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República Federativa do Brasil
DIÁRIOrtilllilllllRiNACfONALSEÇÃO I
ANO XXXVIII - Ng 133 CAPITAL FEDERAL SÁBADO. 15 DE OUTUBRO DE 1983
CÂMARA DOS DEPUTADOS Ata da 133~ SessãoEm 14 de outubro de 1983
I - ATA DA 133' SESSÃO DAI' SESSÃO LEGISLATIVA DA47' LEGISLATURA, EM 14 DEOUTUBRO DE 1983
1- Abertura da Sessão
11 - Leitura e assinatura da atada sessào anterior
UI - Leitura do E"pediente
REQUERIMENTO
Do Sr. Deputado Irineu Collato,requerendo a retirada do projeto n?1.852, de sua autoria.
SEÇÃO DE SINOPSE - CEL
Arquivem-,e, nos termos do ~ 4"do artigo 28 do Regimento Interno,as seguintes proposições: Projetosde Lei n's 202. 313, 376, 419, 433,539,571,601, 1.229, e 704/83.
IV - Pequeno Expediente
NOSSER ALMEIDA - Continuidade dos cursos da FaculdadeParcelada, Estado do Acre.
JOÃO GILBERTO - Apreciação, pelo Congresso Nacional,do Decreto-lei n' 2.045/83.
JOSÉ CARLOS TEIXEIRA Acordo Nuclcar BrasiIAlemanha.
SEBASTIÃO CURIÕ - Prorrogação, por cinco anos, da permanência do garimpeiro em Serra Pelada, Estado do Pará.
HÉLIO DUQUE - Crise cco'nômica.
EDUARDO MATARAZZOSUPLICY - Aplicação de tortu,as no índio Tuiré. João Pessoa,
Estado da Paraíba. Proibição daexibiçlio do documentário. "'FreiTito".
SUMÁRIO
OSVALDO NASCIMENTO Sucessão presidencial. Crise cconomica.
INOCÊNCIO OLIVEIRA Depoimentos do Major Hugo Oliveira Piva e do Prol'. Carlos Girardina Comissão do Interior da Câmara dos Deputados. Liberação de reCUrsos para execução de programado Centro Técnico Aeroespacial noNordeste.
DENISAR ARNEIRO - Supervalorização do dolar. Dívida externa brasileira.
NILSON GIBSON - Pronunciamento do Deputado Olivir Gabardo sobre o Ministro Délio Jardim de Mattos, da Aeronáutica.
ALDO ARANTES - Apresentação, pela bancada municipal doPMDB, de projeto de decreto legislativo sobre declaração de vacc.inciado cargo de Prefeito de Anápolis.Restabelecimento da autonomiamunicipal de Anápolis. Estado deGoiás.
SIQUEIRA CAMPOS - Quar
to aniversário de morte do Deputado Federal José de Assis. Sançãodo projeto de lei que prorroga porcinco anos a garimpagem manualem Serra Pelada, Estado do Pará.
HERÁCLITO FORTES - Reconstrução do cais do rio Parnaíba,em Floriano, Estado do Piauí.
VALMOR GIAVARINA - Pedido de informação ao MinistroCloraIdino Severo, dos Transportes.
DASO COIMBRA - Inconstitucionalidade do feriado religioso
de 12 de outubro.
RALPH BIASI - Eleição direta
para Presidente da República.
HOMERO SANTOS - Cinqüentenário da Associação Comer-
cial e Industrial de Uberlândia, Estado de Minas Gerais.
lONATHAS NUNES - Dia doProfessor.
WILMAR PALlS - Controledo cumprimento das penas carcerárias.
RENATO VIANNA - Elevação da alíquota do ICM.
EDUARDO MATARAZZOSUPLlCY - Comunicação, comoLider. sobre o debate promovido,pelo Departamento Intersindicalde Estatistica e Estudos Sócioeconômicos (DI ESSE) a respeitode alternativas para a política econômica e salarial. Comentáriosobre a resposta do Líder NelsonMarchezan ao convite que lhe foiformulado por aquele Departamento.
LU1Z HENRIQUE - Comunicaçào, como Líder1 sobre pressupostos para a negociação entre oGoverno e os partidos de oposiçãosobre a política salarial. Questão deordem levantada pelo SenadorAloysio Chaves perante a Comis
são de Constituição do Senado Federal.
NILSON GIBSON - Comunicação, como Líder, sobre a novaproposta para a política salarial,resultante de negociação entre opartido do Governo e os partidosde oposição. Decreto-lei n' 2.045.Resposta ao Deputado EduardoMatarazzo Suplicy a propósito doconvite formulado pelo DIEESEao Deputado Nelson Marchezan.Resposta ao Deputado Luiz Henri
que sobre a questão de ordem suscitada pelo Senador Aloysio Chaves.
CARLOS SANT'ANNA - Comunicaçào, comú Líder. sobre aproposta do Líder Nilson Gibson a
Presidência dos Srs.: Walber Guimaràes, 29Vice-Presidente. Ary Kffuri, 29-Secretário,Francisco Studart, 3P-Secretário, e AmaurvMüller, 4P-Secretário. .
1- /is 9:00 horas comparecem os Senhores:
Flávio MarcilioPaulino Cíeero de VasconcellosWalber GuimarãesFernando LyraAry KtTuriFrancisco StudartAmaury MüllerOsmar LeitãoCarneiro ArnaudJosé Eudes
Antonio Morais
Acre
Alércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB;Amilcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming _PM DB; José Mello - PMDB; Nasser Almeida - PDS;Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna - PDS.
Amazonas
Artur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto de'Carli - PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins de Albuquerque - PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota- PMDB; Randoll'o Biltencourt - PMDB; VivaldoFrota - PDS.
Rondônia
Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Francisco Sales - PDS; Lcônidas Rachid - PDS; MúcioAthayde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Muniz - PMDB; Rita Furtado - PDS.
Pará
Ademir Andrade - PMDB; Antônio Aniaral- PDS;Brabo de Carvalho - PMDB; Coutinho Jorge _PMDB; Dionísio Hage - PMDB; Domingos Juvenil _
PMDB; Gerson Peres - PDS; Lúcia Viveiros - PDS;Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; Ronaldo Campos - PMDB; Sebastião Curió - PDS; VicenteQueiroz - PMDB.
10950 Sábado 15I
DIÁRIO ÍJO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1983
AMAURY MÜLLER - Renegociação da dívida externa do País.
RENATO VIANNA - Medidas restritivas adotadas peloINAMPS no atendimento a determinados tipos de tratamento médicos. Proposição, a respeito, da Associação dos Hospitais de SantaCatarina.
Relatório enviado ao Presidente daRepública e ao Presidente do PDSsobre a utilização da imprensa oficial do Estado de São Paulo peloex-Governador Paulo Salim Maluf.Depoimento em favor de Luiz Ignácio Lula da Silva junto à 3' VaraCriminal de Justiça do Distrito Federal. Relatório do Pre'sidente doBanco do Estado de São Paulo(BANESPA) sobre as atividades dobanco nos últimos 4 anos. Necessidade de revogação da lei que instituiu o sigilo bancário.
respeito da apreciação do Decretolei n" 2.045.
v - Grande Expediente
JOÃO HERCULINO - Obstáculos à conciliação nacional proposta pelo Presidente da Repúblicae pelo Governador Tancredo Neves.
CRISTINO CÚRTES - Politica de crédito agrícola. Preços dosimplementas agrícolas. Fixaçãodos preços mínimos.
NILSON GIBSON - Comunicação, como Líder1 sobre o tratamento de sanidade a que irásubmeter-se, em São Paulo, o Senador Nilo Coelho.
PRESIDENTE - Consideraválida a comunicação.
EDUARDO MATARAZZOSUPLICY - Votos de restabelecimento ao Senador Nilo Coelho.
Maranhão
Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; EnocVieira - PDS; Eurico Ribeiro - PDS; Jayme Santana- PDS; João Alberto de Souza - PDS; João RebeloPDS; José Burnetl - PDS; José Ribamar Machado PDS; Magno Bacelar - PDS; Nagib Haiekel - PDS;Pedro Novais - PMDB; Sarney Filho - PDS; Vieira daSilva - PDS; Victor Trovão - PDS; Wagner Lago PMDB.
Piauí
Celso Barros - PDS; Ciro Nogueira - PMDB; Heráelito Fortes - PMDB; Jonathas Nunes - PDS; JoséLuiz Maia - PDS; Ludgero Raulino - PDS; MiltonBrandão - PDS; Tapety Júnior - PDS; WaIl FerrazPMDB.
Ceará
Aécio de Borba - PDS; Alfredo Marques - PMDB;Antônio Morais - PMDB; Carlos Virgílio - PDS; Claudio Philomeno - PDS; Evandro Ayres de Moura PDS; Flávio Marcílio - PDS; Gomes da Silva - PDS;Haroldo Sanford - PDS; Leorne Belém - PDS; Lúc.!oAlcântara - PDS; Manoel Gonçalves - PDS; ManoelViana - PMDB Mauro Sampaio - PDS; Moysés Pimentel- PMDB; Orlando Bezerra - PDS; Ossian I\raripe - PDS; Paes de Andrade - PMDB; Paulo Lustosa- PDS; Sérgio Philomeno - PDS.
Río Grande do Norte
Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara PMDB; Antônio Florêncio - PDS; Henrique EduardoAlves - PMDB; Jcssé Freire - PDS; João Faustino PDS; Vingt Rosado - PDS; Wandcrlcy Mariz - PDS.
Paraíba
Adauto Pereira - PDS; Aluízio Campos - PMDB;Alvaro Gaudéncio '- PDS; Antônio Gomes - PDS;Carneiro Arnaud - PMDB; Edme Tavares - PDS; Ernani Satyro - PDS; Joacil Pereira - PDS; João Agripino - PMDB; José Maranhão - PMDB; Tarcísio Buriti-PDS.
VI - Designação da Ordem doDia
VII - Encerramento
Discurso do Deputado AdemirAndrade, como Líder, proferido nasessão ordinária de 5- 10-83: Política de exploração de minérios noBrasil.
2-ATA DAS COMISSÕES
3 - MESA (Relaçllo dosmembros)
4 - LIDERES E VICELIDERES DE PARTIDOS (Relação dos membros)
5 - COMISSÕES (Relação dosmembros das Comissões Permanentes, Especiais. Mistas e de Inquérito)
Pernambuco
Antônio Farias - PDS; Arnaldo Maciel - PMDB;Cristina Tavares - PMDB; Egídio Ferreira Lima PMDB; Fernando Lyra - PMDB; Geraldo Melo PDS; Gonzaga Vasconcelos - PDS; Inocêncio Oliveira- PDS; Jarbas Vasconcelos - PMDB; João Carlos deCarli - PDS; José Carlos Vasconcelos - PMDB; JoséJorge - PDS; José Mendonça Bezerra - PDS; JoséMoura - PDS; Josias Leite - PDS; Mansueto de Lavor- PMDB; Miguel Arraes - PMDB; Nilson Gibson PDS; Oswaldo Coelho - PDS; Oswaldo Lima FilboPMDB; Pedro Corrêa - PDS; Ricardo Fiuza - PDS;Roberto Freire - PMDB; Sérgio Murilo - PMDB;Thales Ramalho - PDS.
Alagoas
Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; JoséThomaz Nonô - PDS; Manoel Afonso - PMDB; Nelson Costa - PDS; Renan Calheiros - PMDB.
Sergipe
Adroaldo Campos - PDS; Celso Carvalho - PDS;Francisco Rollemberg - PDS; Gilton Garcia - PDS;Hélio Dantas - PDS; José Carlos Teixeira - PMDB;Walter Baptista - PMDB.
Bahia
Afrísio Vieira Lima - PDS; Angelo Magalhães PDS; Antônio Osório - PDS; Carlos Sant'Anna _PMDB; Djalma Bessa - PDS; Elquisson Soares _PMDB; Eraldo Tinoco - PDS; Etelvir Dantas - PDS;Felix Mendonça - PDS; Fernando Gomes - PMDB;Fernando Magalhães - PDS; Fernando Santana PMDB; França Teixeira - PDS; Francisco Pinto PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Gorgônio Neto- PDS; Haroldo Lima - PMDB; Hélio Correia _PDS; Horácio Matos - PDS; Jairo Azi - PDS; JoãoAlves - PDS; Jorge Medauar - PMDB; Jorge Vianna- PMDB; José Lourenço - PDS; José Penedo - PDS;Jutahy Júnior - PDS; Leur Lomanto - PDS; ManoelNovaes - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB; Ney Ferreira - PDS; Prisco Viana - PDS; Raymundo Urbano- PMDB; Raul Ferraz - PMDB; Rômu]o Galvão -
PDS; Ruy Baeclar - PDS; Virgildásio de Senna PMDB; Wilson Falcão - PDS.
Espírito Santo
Hélio Manhães - PMDB; José Carlos Fonseca PDS; Luiz Baptista - PMDB; Max Mauro - PMDB;Myrthes Bevilacqua - PMDB; Nelson Aguiar PMDB; Pedro Ceolim - PDS; Stélio Dias - PDS;Theodorico Fcrraço - PDS.
Rio de .Janeiro
Abdias do Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo PDT; Alair Ferreira - PDS; Aloysio Teixeira PMDB; Amaral Netto - PDS; Arildo Teles - PDT;Arolde de Oliveira - PDS; Bocayuva Cunha - PDT;Brandão Monteiro - PDT; Carlos Peçanha - PMDB;Celso Peçanha - PTB; Clemir Ramos - PDT; DarcílioAyres - PDS; Daso Coimbra - PMDB; Délio dos Santos - PDT; Denisar Arneiro - PMDB; Eduardo Galil- PDS; Fernando Carvalho - PTB; Figueiredo Filho- PDS; Franeiso Studart - PTB; Gustavo Faria -PMDB; Hamilton Xavier - PDS; Jacques D'Ornellas- PDT; JG de Araújo Jorge - PDT; Jorge Cury PTB; Jorge Leite- PMDB; José Colagrossi - PDT; José Frejat - PDT; Lázaro Carvalho - PDS; Léo Simões- PDS; Leônidas Sampaio - PMDB; Marcelo Medeiros - PMDB; Márcio Braga - PMDB; Márcio Macedo - PMDB; Mário Juruna - PDT; Osmar LeitãoPDS; Roberto Jefferson - PTB; Rubem Medina PDS; Saramago Pinheiro - PDS; Sebastião Ataíde PDT; Sebastião Nery - PDT; Sérgio Lomba - PDT;Simão Sessim - PDS; Walter easanova - PDT; Wilmar Palis - PDS.
Minas Gerais
Aécio Cunha - PDS; Antônio Dias - PDS; Bonifácio de Andrada - PDS; Carlos Eloy - PDS; CarlosMosconi - PMDB; Cássio Gonçalves - PMDB; Castejon Branco - PDS; Christóvam Chiaradia - PDS;Emílio Gallo - PDS; Geraldo Renault - PDS; Homero Santos - PDS; Humberto Souto - PDS; Israel Pinheiro - PDS; Jairo Magalhães - PDS; João Herculino - PMDB; Jorge Carone - PMDB; José Aparecido- PMDB; José Carlos Fagundcs - PDS; José Machado- PDS; José Maria Magalhães - PMDB; José Men-donça de Morais - PMDB; José Ulisses - PMDB; Júnia Marise - PMDB; Leopoldo Bessone - PMDB;Luís Dulci - PT; Luiz Baccarini - PMDB; Luiz Guedes - PMDB; Luiz Leal- PMDB; Magalhães PintoPDS; Manoel Costa Júnior - PMDB; Marcos LimaPMDB; Mário Assad - PDS; Mário de Oliveira PMDB; Maurício Campos - PDS; Melo Freire PMDB; Milton Reis - PMDB; Navarro Vieira FilhoPDS; Nylton Velloso - PDS; Oscar Corrêa - PDS; Osvaldo Murta - PMDB; Ozanan Coelho - PDS; Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS; Pimenta da VeigaPMDB; Raul Belém - PMDB; Raul Bernardo - PDS;Ronaldo Canedo - PDS; Rondon Pacheco - PDS; Rosemburgo Romano - PMDB; Sérgio Ferrara PMDB; Vicente Guabiroba - PDS; Wilson Vaz PMDB.
São Paulo
Adail Vettorazzo - PDS; Airton Soares - PT; Alberto Goldman - PMDB; Alcides Fr;lDciseato - PDS; Armando Pinheiro - PDS; Aurélio Peres - PMDB; BeteMendes - PT; Cardoso Alves - PMDB; Cunha Bueno- PDS; Darcy Passos - PMDB; Del Bosco 'Amarul PMDB; Djalma Bom - PT; Doreto Campanari PMDB; Eduardo Matarazzo Supliey - PT; EstevamGalvão - PDS; Farabulini Júnior - PTB; Felipe
Outubro de 1983
Cheidde - PMDB: Ferrcira Martins- PDS; FranciscoDias - PMOB: Freitas Nobre - PMOB; GasthoneRighi - PTB; Gióia Júnior - PDS; Hcrbert Levy POS; Irma' Passoni - PT: Israel Dias-Novaes PMDB; João Bastos - PMDB; João Cunha - PMDB;João Herrmann - PMDB; José Camargo - PDS; JoséGenoino - PT; Maluly Neto - PDS; Marcelo Gato PMDB: Márcio Santilli - PMDB: Marcondes Pereira- PMDB: Mário Hato - PMDB: Mendes BotelhoPTB: Mendonça Falcão - PTB: Moacir Franco PTB; Natal Gaie - PDS; Nelson do Carmo - PTB; Octacilio de Almeida - PMOB; Paulo Maluf - PDS; Paulo Zarzur - PMDB; Raimundo Leite - PM DB: RalphBiasi - PMDB; Renato Cordeiro - PDS; Ricardo Ribeiro - PTB; Robcrto Rollcmberg - PMDB; Ruy CÔdo - PMDB: Salles Leite - PDS; Salvador JulianelliPDS; Samir Achôa - PMDB; Theodoro Mendes PMDB; Tidei de Lima - PMDB; Ulysscs GuimarãesPMDB.
Goiás
Aldo Arantes - PMDB; Brasílio Caiado - PDS:Fernando Cunha - PMDB; Genésio dc Barros PMDB: Ibsen de Castro - POS; [ram Saraiva PMDB; lrapuan Costa Júnior - PMDB; lturival Nascimento - PMDB; Jaime Câmara - PDS; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Bernardes - PMDB: Onísio Ludovico - PMDB; Paulo Borges - PMDB; SiqueiraCampos - PDS: Tobias Alves - PMDB: Wolney Siqueira - PDS.
Mato Grosso
Benlo Porto - PDS: Cristino Cortes - PDS; Dantcde Oliveira - PMDB; Jonas Pinhciro - PDS; MaçaoTadano - PDS; Márcio de Lacerda - PMDB; MiltonFiguciredo - PMDB.
Mato Grosso do Sul
Albino Coimbra - PDS; Levy Dias - PDS; PlínioMartins - PMDB: Ruben Figueiró - PMDB; SauloQueiroz - PDS; Sérgio Cruz - PMDB.
Paraná
Alceni Guerra - POS; Alencm Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Ansclmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PDS; Aroldo Moletta - PMDB; Ary Kffuri - PDS; Borges daSilveira - PMDB: Celso Sabóia - PMDB; Dilson Fanchin - PMDB; Euclides Scalco - PMDB; FabianoBraga Cortes - PDS; Hélio Duque - PMDB; !taloConti - PDS; José Carlos Martinez - PDS; José Tavares - PMDB; Luiz Antônio Fayet- PDS; Mattos Leão- PMDB; Olivir Gabardo - PMDB; Oscar Alves PDS; Otávio Cesário - PDS; Paulo Marqucs PMDB; Pedro Sampaio - PMDB; Rcinhold Stephanes- PDS; Renato Bernardi - PMDB; Renato Bucno PMDB; Renato Johnson - PDS; Santinho Furtado PMDB; Santos Filho - PDS; Sebastião Rodrigues Júnior - PMDB; Valmor Giavarina - PMDB; WalberGuimarães - PMDB.
Santa Catarina
Adhemar Ghisi - PDS; Cacildo Maldaner - PMDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Epitácio Bittencourt PDS; Evaldo Amaral - PDS; Fernando Bastos - PDS;Ivo Vanderlindc - PMDB; João PaganeIla - PDS;Luiz Henrique - PMDB; Nelson Morro - PDS: Nelson Wedekin - PMDB: Odilon Salmoria - PMDB:Paulo Melro - PDS; Pedro Colin - PDS; Renato Vianna - PMDB; Walmor de Luca - PMDB.
DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Rio Grande do Sul
Aldo Pinto - PDT; Amaury Müller - PDT; AugustoTrein - PDS: Balthazar de Bem e Canto - PDS; DarcyPozza - PDS: Emidio Perondi - PDS; Floriceno Paixão - PDT: Guido Moesch - PDS; Hermes Zaneti PMDB: Hugo Mardini - PDS; Ibsen PinheiroPMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; lrineu ColatoPDS; João Gilbcrto - PMDB; Jorge UequedPMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio CostamilanPMDB; Lélio Souza - PMDB; Matheus Sehimidt PDT; Nadyr Rosseti - PDT; Nelson Marchezan PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Facchin - PDS; Osvaldo Nascimento - PDT; Paulo Minearone - PMDB;Pedro Germano - PDS; Pratini de Morais - PDS; Rubens Ardenghi - PDS; Siegfried Heuser - PMDB; SinvaI Guazzelli - PMDB; Victor Faccioni - PDS.
Amapá
Antônio Pontes - PDS; Clarck Platon - PDS; Geovani Borges - PDS; Paulo Guerra - PDS.
Roraima
Alcides Lima - PDS; João Batista Fagundes - PDS;Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PDS.
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - A lista de presença acusa o comparecimento de 148 Senhores Deputados.
Está aberta a sessào.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da Ata da sessão
anterior.
11- O Sr. NILSON GIBSON, servindo como 2'Secretário, procede à leitura da ata da scssão antecedente, a qual é, sem observações, assinada.
o SR. PRESmENTE (Ary Kffuri) - Passa-se à leitura do expediente.
O SR. FRANCISCO STUDART, 3'-Sccretário, servindo corno 1°-Secretário, procede à leitura do scguinte.
III - EXPEDIENTEREQUERIMENTO
Senhor Presidente,Requeiro de Vossa Excelência a retirada de meu proje
to que tomou o número PL 1.852 qUe. "proibe a presençade menores cm Casas de Diversões Eletrônicas".
Sala das Sessões. 14 de outubro de 1983. - IrineuColIato.
Deferido pelo Sr. Presidcnte, cm 14-10-83
SEÇÃO DE SINOPSE - CEL
Arquivem-se, nos termos do § 4' do artigo 28 do Regimento Interno, as seguintes proposições:Projeto de Lei
N' 202/83 (Homero Santos) - Cria isenção sobre serviços postais.
N' 313/83 (Ruben Figueiró) - Assegura aos sucessores do permissionário autônomo de veiculo de aluguel,destinado ao transporte individual de passageiros, o direito de continuarem explorando o serviço de transportede passageiros, na forma que especifica.
N' 376/83 (Inocéncio Oliveira) - Veda a transferência de rccursos dos incentivos fiscais para o Progmma deIntegração nacional (PIN).
Sábado 15 10951
N' 419/83 (Borges da Silveira) - Dispõc sobre os encargos trabalhistas devidos pelas prefcituras municipais.
N° 433/83 (Borges da Silveira) - Inclui os odontólogos e os farmacêuticos dentre os beneficiados com a Gratificação de Interiorização.
N° 539/83 (Inocêncio Oliveira) - Cria no GrupoOutras Atividades de Nivel Superior, previsto na Lei n'5.645, de 10 de dezembro de 1970, a calegoria funcionalde Técnico de Assuntos Jurídicos.
N' 571/83 (Pedro Sampaio) - Isenta de tributação aparcela de compensação orgânica paga aos acronautas.
N' 601/83 (J osé Frcjat) - Estabelece o valor do salário minimo regional para limite inferior de qualquerbencfício de prestação continuada da previdência social.(Anexo; PL. 1.229/83)
N' 1.229/83 (João Bastos)- Determina que o cálculopara efeito de aposentadoria e outros benefícios seja feito com base nos últimos 12 (doze) meses de salários percebidos. (Anexado ao PL. 601/83)
N' 704/83 (Francisco Amaral) - Dispõe sobrc a cumulatividade do benefício de que lrata a Lei n' 4.242, de17 de julho de 1963, e dá outras providências.
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Está finda a leitura do expediente.
IV - Passa-se ao Peqneno Expediente.Tem a palavra o Sr. Nosser Almeida.
O SR. NOSSER ALMEIDA (PDS - AC. ProJlunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Dcputados,atendendo a grande parcela de estudantes de cursos superiores, o sistema de ensino da Faculdadc Parcelada,que ministra ensinamentos no próprio local de residênciado aluno, é considerado hoje experiência completamcntevitoriosa.
Os mesmos professores que lecionam nas dÍversas faculdades que integram a Universidade Federal do Acredeslocam-se, durante as férias, até cidades como Cruzeiro do Sul, por exemplo, lá desenvolvendo o mesmo currículo obscrvado pelos académicos regulares, matriculados em Rio Branco.
Os resultados têm sido altamente animadores. Muitosestudantes, concluindo o segundo grau, não teriam condições de ingresso na Universidade, por motivos cconômicos ou por outras di ficuldades, como distância, alojamento, alimentação, assistência tl família etc.
A Faculdade Parcelada, indo ao encontro do aluno,supre sua necessidade de formação de nível superior, semprcjuízo da quantidade e qualidade das lições, e eliminatoda essa sêrie de problemas.
Dai o meu desacordo com alguns setores educacionaisacrcanos. que estão, sob os mais variados argumentos,obstaculizando a continuidade da Faculdade Parcelada.
Sem considerar os benefícios que o sistema vem asse
gurando, e sem oferecer alternativa que o substitua, essegrupo dcfende a extinção dessa modalidade de ensino,atualmente praticada em várias grandes cidades do Estado do Acre.
Esse posicionamento, que fere os direitos do corpodiscente, vislumbra a imediata implantação da Faculdade Plena. Também concordo com essa necessidade; todavia, considerando quc não há possibilidade, no momento, de atendimento desse pleito. defendo o prosseguimento do sistema de ensino em vigor, até que se removam os obstáculos existentes.
Tendo em vista que já estão disponívcis os recursospara o funcionamcnto da Faculdade Parcelada, considero inadmissível a suspensão do mesmo, sobretudo pelos
10952 Sábado 15
prejuízos que esse fato pode causar aos estudantes denível superior do meu Estado.
À vista do exposto, venho consignar apelo ao Reitorda Universidade Federal do Acre, Dr. Ornar Sabino dePaula, para que assegure a continuidade dos cursos daFaculdade Parcelada, até que se processe a definitiva implantação da Faculdade Plena.
o SR. JOÃO GILBERTO (PMDB - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,os últimos acontecimentos referentes ao Decreto-lei n9
2.045 precisam de uma análise mais profunda e vinculada à tramitação da matéria neste Congresso.
O decreto-lei foi editado em julho. Está em vigor. Nãotem como "ser retirado", como tantos órgãos de imprensa chcgam a noticiar; não é um projeto de lei que podeser retirado do Congresso. A exemplo do 2.012, ele podeser revogado, mas, mesmo depois de revogado, tem deser apreciado pelo Congresso para concluir seu ciclo legislativo.
Portanto. a rejeição do Decrcto-Ici n' 2.045 em vigoroujá revogado no dia de sua votação impõe-se, não podeser afast~da de forma alguma. Quem obra em sentidocontrário, pode estar tendo a malandragem de preparararmadilhas legislativas para o decurso de prazo.
Outro aspecto: o último dia de apreciação normal dodecreto-lei é dia 17, segunda-feira, e é a primeira vez queele virá a plenário. Ora, já vem tarde: no final do seu prazo de apreciação normal e depois quejá foram discutidosdecretos-leis posteriorcs a ele, como 02.046,2.047,2.048etc. Necessita-se de duas sessões de discussão se ela forencerrada na primeira sessão por falta de oradores oupor decisào do Plenário. Caso essa discussão não se en~
cerre na segunda~reíra. entraremos, pois, no períodocrítico das dez sessões de urgência para o decurso dê prazo com o decreto-lei ainda dependendo de discussão,para depois ser votado.
Tudo isso demonstra como cstão jogando contra o re·Iógio e o calendário os que sinceramente desejam umanegociação que estruture algo menos violento do que oDecreto-lei n' 2.045 antes de sua votação.
De outra parte, é preciso debruçar-se sobre as supostas alternativas do POS e de setores do Governo. Nenhuma delas é menos dura do que o Decreto-lei n9 2.024, járcjcitado pela Cámara dos Deputados. Desejam, portanto. impor à Câmara dos Deputados a desonra e o achaque dc terminar aprovando um sacrifício maior ao trabalhador do que aquele que antes rejeitara, o que é inaceit"vel não só pela Oposição, como também pela consciência jurídica e política daqueles que desejam o Legislativohonrado. forte e participante.
É de se salientar, por mais importante ainda, que ogolpe de Estado intentado contra a Cámara dos Deputados. a instituição parlamentar e os eleitores, através daquestão dc ordcm que procurou impedir a Câmara devotar por falta dc quorum no Senado, ainda está emação. Na vcrdade. apesar da manifestação do Presidenteda República sobre diâlogo ou negociação, apesar doscontatos do PDS com os partidos de Oposição, o gestoneccssúrio da retirada da consulta a respeito no Senadonào roi feilo. o PDS, até aqui. junto com o Governo, apenas armou cenário de manobra legislativa e não, concretamente, de aVltnço de negociação. E mantém, agravado com o problema de saúde do Presidente do Senado,a sua ameaça de tentar violentar em definitivo e por dentro a instituição parlamentar, com a exdrúxula interprctação de submeter a Casa que vota primeiro à falta dequnrum na Casa que deliberarâ depois.
Tudo isso nos faz, lamentavelmente, desconfiados,para não sermos ingênuos.
E é preciso que lique claro que a Oposição e aquelesque se envolveram na votação do 2.024 e sua rejeição noCongresso não podem admitir regra de política salarial
DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
mais opressora do que o diploma já rejeitado. O Governo, na verdade, não moveu nada em relação a negociaros salários com quem tem titularidade para isso: a representação classista dos trabalnadores.
As coisas, portanto, pouco ou nada mudaram. Tenhamos precaução, presença em plenário na próxima semana, mobilização c atenção, para não sermos partícipespor omissão de uma nova grande farsa contra os interesses dos trabalhadores.
o SR. JOSlt CARLOS TEIXEIRA (PMDB - SE.Scm revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, registra a imprensa no dia de hoje que uma delegação do Ministério da Economia da República Federalda Alemanha suspendeu ontem o financiamento dc seisnovos projetos apresentados pelo Brasil. Nas duas últimas décadas, projetos similares alcançaram 312 milhõesde dólares. Esse acordo da transferência de tecnologia ede assistência técnica ao Governo brasileiro deveriadesenvolver-se pelas normas de relações diplomáticas ede assistência entre governo e governo.
Sr. Presidente, verifica-se, neste instante, que o Brasilrccebe, mais uma vez, a não compreensão da comunida·de financeira internacional, e agorajá a nível de governo,por parte do nosso segundo maior parceiro de comérciointernacional, o que vem reafirmar o que dizem as Oposições, que Fie fazem presentes, cada vez mais, com nitidez, com clareza e com segurança.
Esta é a grande hora, é o grande momento de se resguardar a soberania brasileira. É imprescíndivel que aspalavras do Sr. Presidente da República João Figueiredoem torno de nossa independência econêmica e de nossasoberania se façam presentes, devolvendo à RepúblicaFederal da Alemanha o Acordo Nuclear que não con·vém ao Brasil, ma's que atende apenas aos interesses daquela comunidade econômica, aos interesses dos meiosfinanceiros da Alemanha. O Acordo prejudica virtualmente a comunidade científica brasileira, que deveria tertido prioridade, e este Governo ainda insiste em não voltar as vistas para aquilo que possuímos de valores humanos, de valores éticos, de valores de soberania.
É por isso. Sr. Presidente, que, ao me deparar com estanotícia, constato que este é o grande momento de o Governo brasileiro, sem nenhum ato que pudesse ferir qualquer suscetibilidade nas relações com a República Federal da Alemanha, tomar as providéncias imediatas e inadiáveis no sentido de também suspender os contratos existentes em prosscguimcnto a este Acordo Nuclear, afim de que todos nós pudéssemos, dcpois, aplaudindoessa decisão. reencontrar o caminho que venha reassegurar aquilo que é fundamental dentro dos primados de interdependência entre governos e entre povos.
Por isso, Sr. Presidente, quando a imprensa registrarque o Sr. Affonso Celso Pastare está alugando o TeatroMermaid, em Londres, para que possa, na próximaterça-feira. rcunir toda a comunidade financeira da Europa, a fim de, mais uma vez, justificar as dificuldadesque atravessa a economia brasileira, verificamos q'ue anossa soberania começa a ficar prejudicada. Esta caminhada do Sr. Pastare é a repetição de tudo aquilo que sevinha desenvolvendo e que foi amplamente condenadopela sociedade brasileira.
Daí por que, Sr. Presidcnte, ncsta hora o PresidenteFigueiredo, ao nos conclamar para estabelecermos umpacto interno. a fim de que a Nação, unida pelos seusmais variados segmentos, e, além disso, pela presençamaciça dos representantes do povo no Congresso Nacionai, possa. diminuindo as idiossincrasias, afastandoos privilégios c os interesses individualistas, olhar maisalto seus objetivos c assim, todos unidos, chegaremos aoentendimento comum c poderemos, de uma vez por todas, dar um basta a csscs assaltantes da comunidade financeira internacional que não compreendem o papel doBrasil no cenário da América Latina, a sua posiçào no
Outubro de 1983
Tercciro Mundo e as perspectivas que temos para a soluçào dos grandes problemas da humanidade.
o SR. SEBASTIÃ.O CURIÓ - (PDS - PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, continuando sua campanha, que considero sistemática e insidiosa contra o meu projeto quc prorroga por cincoanos a permanência dos garimpeiros em Serra Pelada, oCorreio BraziHeDse publica, hoje, em manchete: "Desabamento paralisa área em Serra Pelada. Dois garimpeiros ficaram feridos e foram transportados de avião paraBelém." Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, tratando-sede uma comunidade em que trabalham oitenta mil homens e dois ficam feridos, é ridícula uma manchete comoesta. IstO-.caracteriza, mais uma vez, a campanha quevem scndo feita pela Companhia Valc do Rio Doce epelo Departamento Nacional de Produção Mineral comum objetivo bem claro, o de sensibilizar a opinião pública c o próprio Presidente Figueiredo para que vete o projeto.que dá condições dc trabalho a oitcnta mil garimpeiros, dos quais dependem um milhão de brasileiros. E istonuma época de difícil crise econômica, de desemprego,como esta que atravessamos.
Gostaria dc dcixar claro aqui que, se acidentes estãoocorrendo em Serra Pelada, a culpa é única e exclusivamente do Departamento Nacional de Produção Mineral,que, contrariando determinações do próprio Presidenteda República, não procedeu ao rebaixamento das barrancas de·Serra Pelada este ano. E isto está comprovadono relatório que o Sr. Ministro César Cals encaminhou a·esta Casa, dizendo que máquinas estão trabalhando láem cima e garimpciros lá em baixo. Isso é um crise. E, semáquinas estão trabalhando lá em cima das barrancas eos garimpeiros em baixo, o Índice de acidentes ainda émuito pequeno. Poderiam ter morrido muito mais garimpeiros. A responsabilidade é do Departamento Na-,cional de Produção Mineral, pois tais fatos não ocorreram nos anos anteriores. Tentaram mecanizar Serra Pelada em 50%, este ano, à revelia de determinações dopróprio Presidentc da República.
Outra coisa: quatro aspectos são considerados noproblema de Serra Pclada: o dc segurança. que ê muitodiscutível e contornável, porque, com o rebaixamentobcm feito, os garimpeiros terão condições de trabalho; oeconômico. também muito discutível; o outro é o aspecto social, que não se pode nem discutir, porque é o principal problema daquela região.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o que está havendo, hoje, é desespero por parte da Companhia Valedo Rio Doce, porque, com o projeto aprovado pelo Congresso Nacional as suas ações estão caindo na Bolsa deValores. Sua preocupação é o aspecto financeiro.
Gostaria ainda de dizer que o Departamento Nacionalde Produção Mincral não rcspondeu a uma acusação feita da tribuna desta Casa pelo nobre Deputado AdemirAndrade. Disse S. Ex' o que o Sr. Eike Batista, filho doSr. Elieser Batista, Presidente da Companhia Vale doRio Doce, cstá organizando, no Rio de Janeiro, umareunião de emprcsas para substituir a DOCEGEO, subsidiária da Vale, na exploração do ouro em Serra Pelada.São trés as empresas constituídas pelo Sr. Eike Batista,filho do Presidente da Vale do Rio Doce: Planeta, Autran e Taboca~ para explorar o ouro no lugar dos oitentamil brasileiros que lá estão.
Isto é um crime, Sr. Presidente, Srs. Deputados, e deixo aqui o meu apelo ao Exm' Sr. Presidente da República, para quc "nalisc essc relatório, analise essa jogadaeconômica e dê valor aos oitenta mil brasileiros que láestão.
Muito obrigado.
O SR. H1tLlO DUQUE - (PMDB - PRo Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aabertura política confronta-~e, com violência, com aabertura econômica. A estrutura tecnocrática fundamentada na suposta infalibilidade levou, nos últimos 20
Outubro de 1983
anos, o Brasil à falência financeira. Mas continua a mesma. Arrogante e antidemocrática. Totalitária nos seusobjetivos, joga forte no fechamento político. ConspiraGom atos objetivos contra a redemocratização do País.Cultiva o impasse, desejando o confronto com o Congresso Nacional. Saudosa dos ventos antidemocráticosde outros tempos, ainda recentes, busca restabelecer oExecutivo imperial dos tempos do A[·S.
A nova classe dos tccnocratas tupiniquins, tendocorno símbolo maior o Ministro do Planejamento, desejaver o Legislativo fechado e amordaçado. A insistência naaprovação do Decreto-Lei n' 2.045 retrata isso com muita nitidcz. Agride a classc política, menos a Oposição,muito mais o próprio PDS, que, através de segmentosresponsávcis, vem demonstrando a impossibilidade daaprovação daquele Decreto nascido de inconfessáveiscompromissos assumidos pelos tecnocratas gestores dapolítica econômica com o FMI. Sem ouvir, representar,mas ilaqueando a boa fê da Nação falando em nome dasociedade civil. Daí a imposição que a tecnocracia faz aoprôprio PDS, quando rejeita projetos altcrnativos elaborados por políticos fiéis ao governo. E que expurgado demuitos dos seus conceitos e estratégias, a partir de amplodebate com as Oposições. poderia encaminhar um efetivo diúlogo fortalecedor do Legislativo, vale dizer da classe política. É que os compromissos foram tão extensosjunto ao FMI, sem o conhecimento e audiência dos brasileiros, quc não se admite nenhuma linha de afastamento daquilo que se protocolou nas sucessivas "Cartas deIntenções".
A crise é grave e profunda, e não será com um novogolpe de Estado que sc conscguirá encaminhar o Brasilpara um porto seguro. Quem duvidar disso Ida as últimas declarações do general Alexandre Lanusse o rede·mocratizador da Argentina em [973. Ele acaba'de declarar que o golpe militar de Jorge Rafael Videla foi "umerro nefasto para o País", No Brasil, foi no tempo do AIS, tendo na sua maior parte de vigência o Sr. Delfim Netto como "czar" da economia, que se fabricou o falso"milagre", agora considerado pelos banqueiros internacionais como ""farsante", A imprevidência e a incompetência foram os principais responsáveis pelo endividamento externo, que, para tristeza dos brasileiros, transformou o banqueiro William Rodhes, do Citybank, noverdadeiro ministro econômico do País. E, no Japào,ainda essa semana, consideravam os seus homens de negócio quc o Brasil pclo seu governo não merece credibilidade, mas que, quando tiver uma administração eficiente, sairá da dramática situação em que se encontra.
Quem levou o Brasil a isso?
Foi O pacto tecnoerático-autoritário. A falta de democracia e de liberdade é a principal matriz geradora datriste situação em que estamos mergulhados. Não existealternativa técnica para a crise brasileira. Ela é profundae dilaceladora. A única alternativa é política e passa poresse Poder e pelos setores responsáveis da sociedade nacional.
Elaborar um novo pacote recessivo e anti-social, através de decreto· lei, serú uma brutalidade e uma estupidezpolítica. E é isso que os tecnocratas oficiais Iiélerados porDelfim Netto desejam, É hora de a abertura políticaespraiar-se conduzindo à abertura econômica. São nosmomentos de crises dramáticas que se criam objetivassoluções,· E hoje, no Brasil, não existe uma terceiro caminho: ou se formulam alternativas ajustadoras para a economia brasileira com a solidariedade da Nação, ou seprestigiam os tecnocratas, endurecendo o regime. A última alternativa poderá ser fatal para os donos do poder, amédio e a longo prazo.
A estatégia do Ministro Delfim Nelto é claramentepelo fechamento. Os últimos episôdios, a nível militar,político e econômico deixam isso muito nítido. Até porque Delllm e Democracia sô têm em comum a letra D.Delfim e Ditadura, ao contrário, são coisas harmônicas e,complementadoras.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY (PTSP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, abusos por parte da Polícia Federal continuam acontecendo no País, também com respeito aosíndios 'brasileiros. Comuiniquei esta manhã ao Presidewnte da Comissão do Indio, Deputado Mário Juruna,mais um extraordinário abuso, ocorrido ontem, em JoãoPessoa. na Paraíba, com o índio Tiuré, José HumbertoCosta do Nascimento, potigua",. que tem trabalhado namedição e demarcação de terras dos potiguaras. Estasterras estão sendo ocupadas pela família Lundgren, das"Casas Pernambucanas", que parece ter sido a responsúsvel por aquele abuso. Hú dois dias, Tiuré estava emSão Paulo, quando soube que sua casa fora invadida.Tiuré, que tem aproximadamente 38 anos, com algunsproblemas de saúde, resolveu ir imediatamente com suafamília a João Pessoa. Ali foí a uma clínica para fazerum exame de coração -- eletrocardiograma -. Estavaacompanhado de sua muliher e filho quando, na saída dac1inica, às 15 horas, foi seqüestrado por dois homens,que depois se soube serem da Polícia Federal. Estes doishomens o levaram para um terreno baldio, onde foi violentamente torturado. Disseram inclusive que iriammatú-lo. Duas pessoas que moravam nas cercanias seaproximaram e viram aquela cena, quando os dois policiais o levaram para a sede da Polícial Federal em JoãoPessoa, onde, aínda sob ameaças, solicitaram que ele assinasse papéis que continham inverdades, tais como a deque estaria incentivando conflitos naquela regiào, quando o que tem procurado fazer é defender os direitos dosíndios. Tiuré se recusou a assinar aqueles documentos.Como estava gravemente ferido. foi ao médico, com oqual conversei hoje de manhã. O Dr. José Francisco deAndrade me relatou os m/lUS tratos que Tiuré recebeu daPolícia Federal, dizendo que estava com marcas profundas de algemas nos braços e manchas na coxa, na pernaesquerda, nos testículos, em diversos lugares dos braçose na cabeça, que havia sido castigado fisicamente.
Ora, Sr. Prcsidente, Srs. Deputados, perguntamos seeste é o tratamento que as autoridades governamentais eO próprio PDS podem considerar como adequado porparte da Polícia Federal. Solicitamos ao Ministro da Justiça e à FUNAI providências imediatas e já comunicamos ao Sr. Délio Cunha o ocorrido. A Comissão doIndio, da qual faço parte, está acompanhando este casoem detalhes.
Sr. Presidente, leio ainda, para que seja transcrito nosAnais da Casa, telex que enviei ao Ministro da Justiça,em protesto contra a proibição da exibição do documentúrio "Frei Tito":
"PT PROTESTA CONTRA PROIBIÇÃO DE"FRE[ TITO"
O Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy, noExercício da Liderança do PT, enviou hoje, por telex, a scguinte mensagem ao Ministro das Justiça,Ibrahim Abi-Ackel:
O documentário "Frei Tito", de MarleneFrança, constitui importante registro no cinema detatos da Histôria do Brasil.
Nem todos os fatos de nossa história são agradá·veis. Tentar apagá-los por proibição e censura implica evitar que as novas gerações possam aprendercom os erros cometidos pelos antepassados.
Para as gerações presentes, impedir que sejam divulgados fatos que ocorreram na década passadasignifica não permítir que possamos todos refletirsobre os abusos que foram cometidos.
"Frei Tito" é um documentário de apenas 15 minutos, mas que custou o dedicado esforço de uma
equipe que trabalhou 6 (seis) meses na montagemdessa memória. O documentário foi aceito para serapresentado, no próximo mês, nos festivais de Bilbao, na Espanha, e de Berlim, na Alemanha. Também está prevista sua apresentação no Festival de
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Brasilia. No entanto, foi surpreendentemente proibiúa sua exibição pela Censura Federal.
Solicitamos a imediata revisão deste ato, nãocondizente com as aspirações de democracia e liberdade do povo brasileiro.
Brasília, 7 de outubro de 1983. - Eduardo Matarazzo Suplicy, PT/SP - Líder do PT em Exercício,Freitas Diniz."
Era o que tinha a dizer, Sr. Prcsidente.
O SR, OSVALDO NASCIMENTO - (PDT - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, nós, da Oposição, não concordaremos com medidas que venham mexer no boldo e na mesa do traba
lhador brasileiro.Por isso, Sr. Prcsidentc e Srs, Deputados, aproveita·
mos esta oportunidade para eonclarma os 244 deputadosda Oposição a fazerem vigília permanete na Cámara, nosentido de lavrar mais uma página histórica de independéncia e autenticidade, votando contra os famigeradosdecretos-leis. Já que não seremos os únicos a tal procedi·menta, pois o povo brasileiro espera unido que esta Casamais uma vez, usando de seu poder, rechace democraticamente estes atentados que são os Decretos-Lei n's2.036 e 2.045, cuja rajeiçào é a única resposta do Congresso para a sociedade brasileira.
Portanto, a partir da próxima semana, a Oposiãocomo um todo estará de ouvido à excuta e de prontidão,para a grande derrota do Governo, que, antes de derrotar uma nação inteira, será derrotado pelo sua própriaincompetênc!a. .
Temos cer\eZll. i de que o espírito de coragem cívica, deamor à Páiria, iM presidir os atos que legitimam a vontade populat, na rejeição dessa [egislação espúria e autori-
tária. (Isto posto. faz-se mister que S. Exb 9 o Sr. Presidente
da República rellita mais, pense mais um pouco, aguçeseus timpanos e recolha o grande e nunca visto clamorpopular pela entrega do poder de voto ao povo, para quelivrement~ escolha seus representantes em eleições geraise diretas para Presidente da República.
Eis aí a grande cartada política, que, além de coroarcom o processo de abertura, estaria definitivamente estabelecendo a pacificação da família brasileira.
Queremos ainda dizer que a semana que vem será fundamentaI e histôrica para esta Casa, porque aqui, derrotando os decretos-lei, estaremos lavrando a grande teseda eleição direta para Presidente da República.
O SR. INOCf:NClO OLIVEIRA (PDS - PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a Comissão do Interior desta Casa, sob a nossa
Presidência, recebeu no dia de ontem, no seu plenário,para depoimentos, o Major Brigadeiro·do-Ar Hugo Oliveira Piva e o Prof. Carlos Girardi, do CTA - CentroTécnico Aeroespacial, de São José dos Campos - SãoPaulo, sobre os trabalhos do órgão, que previa em 1978um período de sete anos de secas no N ardeste e os estudos através do MODART - Modificação Artificial doTempo - para produção de chuvas artificiais na região.
O Prof. Girardi mostrou, através de estudos matemáticos estatísticos, que num periodo de 26 em 26 anosrepete-se uma fase de sete anos de longas estiagens noN ordete, e de 13 em 13 anos um periíodo menor de secas,demonstrando que o fato se verifica em fase de uma ro·tação do eixo da Terra, sendo impossível evitá-lo.
Disse ainda que o período crítico das estiagens destafase aconteceu nos anos de 1981, 1982 e [983, mas queainda cm 1984 e 1985 estará o Nordeste sujeito a perío
dos de estiagens, q ae, no entando, serão menos intensosque no corrente ano.
O Brigadeiro Hugo Piva afirmou que o Nordeste tem90 milhões de hectares, sendo que apenas 20% agricultáveis. Tembém informou que se toda a água existente no
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Nordeste fosse utilizada, daria para irrigar apenas 2% daárea, ou seja cerca de 2 milhões de hectares. havendo necessidade de aumentar-se o afluxo e retenção de água naregião nordestina, quer pela construção de açudes, barragens, poços artesianos e amazonas: perenização de riose riachos: transposição de bacias de rios: e pelo MODART - Modificação Artificiial do Tempo. Informoaque o programa é simples, sendo feito através da nucleação artificial com solaçào de cloreto de sódio. Disseda existência de seis bases e três aviõs bandeirantes devidamente aparelhados do programa e estudos para implantação de mais cinco bases. Mostrou qae os recursosequivalente a am dia de emergéncia atualmente gasto noNordeste seriam suficientes para manatençào do programa durante um ano.
Afirmou, também, que os recursos para o MODARTsão rcpassados pelo programa de emergências da SUDENE, quc no corrente ano será de 800 milhões de cruzei·ros.
Assim sendo. solicitamos ao Ministro do InteriorMário Andreazza e ao Superintendente da SUDENE,Walfrido Salmito Filho, que liberem os recursos suficientes para qae o CTA possa realizar, na sua plenitude,o programa no N ordestc, proporcionando mais umaopção para minorar o grave problema de falta de chuvase água em nossüa região.
Era o tinha a dizer.
o SR. DENISAR ARNEIRO (PMDB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputa·dos, preocupa-nos bastante o que foi publicado na revista Times, de Nova Iorque desta semana, do dia 10, reportagem de John Greenhard, com o seguinte título: "O Superd6lar". - Segundo a reportagem, o Secretáriodo Comércio Americano, Sr. Maleolm Baldrige, fazendouma análise da valorização do dólar, nos últimos 3 anos,chegou à conclusão de que a moeda americanavalorizou-se, frente ao franco francês em 105%, frente aomarco alemão 53% e frente à libra ingleza 50%.
A preocupação dos americanos não pára aí, pois segundo o Sr. Fred Bergsten, Diretor do Instituto para Economia Internacional em Washinton, o dólar está valorizado em 25% acima do que seria o desejável. O Professor Wel1ons, da Harward Busines Shool1, afirma que, emjunho deste ano, os bancos americanos do Caribe têmem depósitos do pessoal local e de latinos-americanosum total de US$ I I9 bilhões de dólares, o que representaum aumento no mesmo prazo de 140%, Os Estados Unidos devem comprar este ano, dos países da América Latina, US! 33.900 bilhões de dólares, ou seja, mais 15%que o ano anterior. Com tudo isso, o temor é de que odéficit da sua balança comercial, que foi calculada. emUS$ 42 bilhões de dólares, vai chegar a US$ 70 bilhões, eo susto maior será no próximo ano. O déficit previsto será muito mais elevado.
O desemprego já deu o seu sinal nos últimos meses, eaté o final do ano mais I milhão e meio de americanosestarão sem trabalho e, no próximo ano, 1984, a continuar o valor do dólar forte, mais) milhão e meio estarãodesempregados, atingindo níveis de um início de estagnação econômica, o que não interesse a ninguém.
Em recente viagem ao Brasil, o ex-Secretario do Tesouro dos Estados Unidos, empresário Michael Blumenthal (hoje, Presidente da Burroughs), previu, em reunião da Câmara americana, que deveria surgir nos Estados Unidos, no próximo ano, uma nova onda de protecionismo, principalmente em decorrência do déficit nabalança comercial, que nesse ano deverá chegar a 100 bilhões de dólares.
Sr. Presidente e Srs, Deputados, com esta supervalori
zação do dólar perante as demais moedas do mundo, oque está ocorrendo nos Estados Unidos ê que a sua exportação está decrescendo e sua importação aumentando. O americano, com a sua moeda, compra tudo emqualquer parte do mundo, muito mais barato do que
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
pode produzir em sua indústria - aumento de compra(importação), diminuição de vendas (exportação), tranqüilamente um monstruoso déficit na balança de pagamentos.
Com este fenômeno, o crescimento da economia americana pode voltar à estagnação e ate uma recessão, oque certamente seria um desastre para o Brasil e todos ospaises sub desenvolvidos do 3' Mundo, que estão confiando na retomada de crescimento norte-americano.
O Brasil, com a sua colossal dívida, beirando os 100bilhões de dólares, é que precisa exportar cada dia mais,naturalmente vai passar a tcr sérios problemas - paranão dizer maiores problemas, ainda, do que os que já estamos enfrentando. A nossa preocupação não deve ficarrestrita a exportarmos menos, mas o consideramos deextrema gravidade é que, em qualquer dificuldade nosEstados Unidos, os juros iniciam uma nova escaladapara o alto e todo esforço do nosso aumento com vendasao exterior será para cobrir somente a diferença deste aumento de juros. Cada I% de aumento nos juros americanos vai representar um aumento automático na nossadívida externa de I bilhão de dólares anuais.
Sr. Presidente, temos a impressão de que, queiram ounào as nossas autoridades, chegou o momento de sentarmos na mesa de negociação com os nossos credores. E oprimeiro item a ser discutido é que, deste momento emdiante, os juros das nossas dívidas terão que ser fixos,sob pena de corrermos o risco de nunca mais este Paíspagar os juros do quc deve, não podendo falar nem maisno principal.
O Sr. Prcsidente da Rcpública deve procurar, como está fazendo 1 mas com maior rapidez, ouvir todo o segmento da nossa sociedade, expor-lhe estes problemas epedir um crédito de confiança, para tomar uma decisãode estadista, em defesa de sua Pátria.
Diga Sr. Presidente João Baptista de Figueiredo, que oPaís não suporta dívidas com juros móveis - que desejapagar o que devemos ou que dizem que devemos, masnão concordamos em atrelar a nossa economia aos demais países do mundo altamente desenvolvido, sob penade ficarmos eternamente dependentes.
Faça isso e terá os cento e vinte milhões de brasileirosao seu lado, aplaudindo-o como a um verdadeiro estadista.
O SR. NILSON GIBSON (PDS - PE, Sem revisãodo radar.) - Sr. Presidente, o nobre Deputado OlivirGabardo, recentemente, em pronunciamento à Casa, fezcríticas desairosas contra o Ministro Délio Jardim deMattos, refcrentcs uma denúncia sobre um avião Búfalo,da FAB. Trago a V. Ex' e à Casa informações do Ministro Délío Jardim de Mattos que contrariam totalmente
as informações prestadas e a denúncia do nobre Deputado Olivir Gabardo.
Exmo. Sr,Deputado Olivir GabardoCâmara dos DeputadosBrasília
Senhor Deputado:Tendo em vista o seu pronunciamento, no plenário da
Câmara, acerca do transporte, por avião da FAB, deuma usina de garimpagem, de Cururu para AIta Floresta, gostaríamos de prestar, por amor à verdade, os seguintes esclarecimentos:
Quando o Ministério da Aeronáutica recebe solicitação, de qualquer empresa nacional, para que colaboreem uma determinada missão, submete o problema aosseguintes critérios:
a) Se a firma é legalmente constituída; se está em diacom suas obrigações fiscais c se nada eonsta que desabone a sua postura ética.
b) Se a missão pode ser executada pela aviação civil.c) Se o local pcrmite o transporte por meios terestres
ou por navio.
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Após esta avaliação e verificada a possibilidade técnica do atendimento, a Força Aérea, em aproveitamentode missões já previstas para a área, aceita realizar otransporte desde que devidamente indenizada em seuscustos operacionais, segundo tabelas fixadas pela sua Secretaria de Economia e Finanças.
No caso em tela, efctuamos Um transporte de 18 toneladas, para um distância de 200 milhas, em local desprovido de estradas e rios navegáveis, ao custo de CrS5.321.952,00, para atender a oma empresa nacional,como tantas outras que já foram apoiadas em situaçõessemelhantes,
Atuando dentro da missão constitucional do CorreioAéreo, qual seja a de promover o desenvolvimento e preservar a integração, a Força Aérea repudia a precipitação de V. Ex' em assacar, contra a instituição, suspeitade procedimento ilegal ou desabonador.
O meu Ministério, como é do conhecimento público,está aberto a todas as correntes de pensamento e, assimsendo, V. Ex' pode e poderá sempre a elc recorrer quando suas dúvidas forem maiores que o seu nível de informação.
Atenciosamente, Délio Jardim de Mattos, Ministro daAeronáutica.
PS: Estou enviando cópia desta ao Senhor DeputadoNelson Marchezan.
O SR. ALDO ARANTES (PMDB - GO. pronunciao seguintc discurso.) - Sr. Presidente, Srs, Deputados, abancada do PMDB na Câmara Municipal de Anápolisapresentou à apreciação do Lej1;islativo municipal Projeto de Decreto Legislativo que declara vago o cargo dePrefeito daquela cidade. Em longa justificativa jurídica,os Vereadores demonstram que a Constituição outorgada em seu ar\. 15, § 1', letra b, diz que os prefeitos das cidades consideradas áreas de segurança nacional serãonomeados, pelo Governador do Estado com a prévia aprovação do Presidente da República. O caráter antidemocrático da atual Constituição se expressa neste artigo,que retira do povo o direito de eleger os prefeitos das cidades consideradas áreas de segurança nacional. E esteproblema é agravado pelo Decreto-lei n' 1.866. de 9 demarço de 1981, que permite ao Presidente nomear o Prefeito pro tempore nas cidades consideradas área de segurança nacional. Esta estranha figura jurídica surgiucomo uma clara manobra política diante da perspectivade vitória das oposições em vários Estados do País, Tudoisto indica, de forma cristalina, o carúter ditatorial do atuai regime e o desejo dos atuais detentores de não abrirmão do poder. No entanto, o Prefeito de Anápolis nãoestá amparado nem mesmo por esta legislação arbitrária,pois não é Prefeito nomeado pelo atual Governador nemPrefeito pro tempore. Além de ilegal, a permanéncia doatual Prefeito é sobretudo ilegítima. EIc não conta com oapoio e a confiança do povo anapolino.
Nada justifica que Anápolis, por ser considerada áreade segurança nacional, não tenha o direito de escolher oseu Prefeito. Qual o risco que para a segurança nacionalpoderá representar a eleição do Prefeito de Anápolis?Risco não haverá na tcntativa de manter um Prefeito quenão expresse a vontade da população anapolina? Na ver-odade, o regime procurou vários artificios para retirar omaior número de Municípios da disputa políticoeleitoral. No caso de alguns, sob a alegação de serem capitais. No caso de outros, por serem áreas de segurançanacional c, outros, ainda, por serem estâncias hidrominerais. Num país democrático, tais "razões" seriam motivos de chacota. A verdadeira razão é evidente. A eleição em tais Municípios não coloca em risco a segu
rança nacional, mas, sim, a segurança política de um regime que não tem nenhum respaldo popular e procura.desesperadamente, nos casuísmos burlar a vontade popular. No caso de Anápolis, isto é muito claro, A cidadesempre foi um baluarte da Oposição. Seu povo sempre
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lutou contra o arbítrio e pela plena democratização doPaís. Esta é a verdadeira razão de o povo não poder eleger o seu Prefeito.
A ilegitimidade do mandato do atual Prefeito de Anápolis tornou-se mais afrontosa após a avassaladora vitória do PMDB naquela cidade. Que autoridade politicatem um Prefeito cujo povo está contra o seu partido? Emdeclarações feitas a jornais de Goiânia, o Prefeito afirmou que permanecerá no cargo ·'enquanto o Presidenteda República quiser". Assim ele deixa mais do que evidente que não tem qualquer tipo de compromisso com opovo anapolino. Ele não se importa com a vontade popular. Porém está enganado, não há Governo que subsista sem o apoio do povo.
Por todas estas razões, manifesto a minha total solidariedade à bancada de Vereadores do PMDB de Anápolisem sua luta para declarar vago o cargo de Prefeito. Essaluta não é somente da Câmara Municipal. Ela é a expressão da vontade do povo anapolino.
A solução definitiva pára este problema está no restabelecimento da autonomia política da cidade de AnápoIis. Com este objetivo apresentei, na Câmara Federal, oProjeto de Lei n' 1.913/83, que já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e encontra-se na Comissão de Segurança Nacional. A aprovação deste projeto,no entanto, somente serâ possível com lima ampla mobi
lização do povo de Anápolis.A aspiração do povo anapolino por escolher o seu Pre·
feito é expressão de um sentimento maior do povo brasileiro de conquistar a plena democracia no País atravésda realização de eleições diretas para a Presidência daRepública, da ruptura com o atual modelo econômico eda convocação de uma Assembléia Constituinte lívre esoberana.
Era o que tinha a dizer.
o SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Pronuncia O seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, dois assuntos me trazem hoje à tribuna. Umrelaciona·se ao quarto aniversário da morte do Deputa.do José de Assis; o outro diz respeito a um apelo que dirijo ao eminente Presidente Figueiredo no sentido de imediata sanção do projeto de lei que prorroga por cincoanos a garimpagem manual em Serra Pelada.
José de Assis, Sr. Presidente, desapareceu a 14 de outubro de 1979, no vigor de suas energias físicas e intcleetuais, no início do segundo mandato de Deputado Federal, deixando uma lacuna quase impossível de preencher,tal a sua dedicação e competência na atividade política ena assisténeia aos M unieípios e aos menos afortunadosda sorte.
Os jornais vém noticiando, com detalhes, a possibili.dade de o Presidente da República vetar o projeto de lei,de autoria do ilustre Deputado Sebastião Curió, queprorroga por cinco anos a permanência dos garimpeirosem Serra Pelada, após o que seria estabelecida a exploração mecanizada daquele jazimento de ouro.
A notícia é altamente intranqüílizadora, não somentepara os oitenta mil garimpeiros de Serra Pelada e suasfamílias, mas para o Norte de Goiás, o Sul do Pará eMaranhão, regiões que seriam desestabilizadas com odesemprego de tanta gente.
Por isso, dirijo instante apelo ao eminente PresidenteFigueiredo para que não vete o projeto de lei que prorroga a exploração do Garimpo de Serra Pelada pelos ga·rimpeiros, a fim de não criar sérios problemas econômicos e sociais para aquelas regiões contíguas a Serra Pelada.
Por ser o projeto de lei do Deputado Sebastião Curi9sido aprovado pela unanimidade das duas Casas doCongresso N acionaI, fica muito mal para todos nós, nesta fase em que vai prosseguindo com êxito total o projetode abertura política do Presidente Figueiredo, ser o mesmo vetado.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
José de Assis, nobres colegas. está fazendo muita faltaa Goiás, a esta Casa e ao Brasil. Registro nos Anais a homenagem e a saudade de todos nós do inesquecível com·panheiro.
Era o que tinha a dizer.
O SR. HERÁCLITO FORTES (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso,) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o .lornal de Floriano, que se edita na cidade deFloriano, uma das mais importantes do meu Estado, oPiauí, publica em seu último número uma nota sob otítulo "O Cais Está se Acabando".
O cais, construído às margens do rio Parnaíba, servede ancoradouro às pequenas embarcações que por ali navegam, assim como às canoas a vela que cruzam o rio, levando e trazendo passageiros entre Floriano e Barão deGrajaú, no Estado do Maranhão.
Edificado há vários anos, ao longo do tempo não foiadotada nenhuma medida de conservação, e o cais sofre,hoje, a ação inexorável do tempo e das figuas, ameaçadode ruína total, exigindo, portanto, imediatas providências para sua restauração.
Alêm da finalidade de atracação, o cais protege a margem do rio, evitando a erosão e conseqüentemente alargamento do seu leito e, invadindo a cidade, causa danossérios às vias púbficas.
Eis por que a cidade vê com apreensão o descaso revelado pelas autoridades competentes no sentido de re~tau
rHr aquela obra, e exigindo das referidas autoridades asprovidências imediatas para a solução do problema.
Com efeito, são muitas as dificuldades causadas à p'opulação pelo pêssimo estado de conservação do cais. É adificuldade de atracação das embarcações e a atividadede carga e descarga dos produtos que fazem a economiapiauiense e daquele Município. É a dificuldade de os passageiros das canoas embarcarem e desembarcarem comsegumnça. É a ameaça que paira sobre a cidade, desprotegida do cais, ter suas ruas erodidas pelo rio.
Faço, pois, daqui veemente apelo ao Presidente daPORTOBRÁS, no sentido de que autorize as medidasindispensáveis à reconstrução do cais do rio Parnaíba nacidade de Floriano, Piauí, atendendo aos justos anseiosda população daquela cidade e contribuindo sensivelmente para a melhoria da circulação da economiapiauiense.
O SR. VALMOR GIAVARINA (PMDB - PRo Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, há mais de 60 dias fiz um pedido de informaçãosobre a ·'realidade rodoviária do Paraná", não merecendo, até ontem, do Ministro Cloraldino Severo, dosTransportes, qualquer sati,sfação. Diante disso e comamparo na Lei n9 1.079j50, "denunciei" o Ministro, pedindo à Mesa que decretasse a acusação contra aquelaautoridade, por haver cometidocrime de responsabilidade.
Fui informado, ontem, pelo Presidente FlávioMarcílio que a resposta do Ministro já se encontra naCasa. Tomando conhecimento, pela imprensa, da denúncia que fiz, apressou-se o Ministro em responder aomeu pedido de informação, fazendo·o prontamente.
Sr. Presidente, o crime de responsabilidade foi cometido. Não importa a resposta tardia. S. Ex' teria que fazêlo dentro do prazo de 30 dias, e não o fez tempestivamente. Sua resposta, agora, não elide. O crime não elidea ação penal. O prosseguimento do processo interessamuito mais à Mesa, que representa o Poder, que a esteDeputado, que pouco pode.
É a Mesa, portanto, através de seu Presidente, quedeve pronunciar-se agora. A ofensa do silêncio não ofendeu ao Deputado em particular, mas ao Poder ao qual oDeputado pertence.
O SR. DASO COIMBRA (PMDB - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oPais paralisou suas atividades anteontem, dia 12 de ou-
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tubro, em razão de um fcriado que, não sendo religioso.também nào é cívico e nem histórico.
Os feriados religiosos sào determinados pelas autoridades eclesiásticas de cada grupo religioso, independentementc do calendário oficial dos diversos países. Assim,católicos, judeus, muçulmanos, festcjam suas datas sagradas no ambiente restrito de cada comunidade, semque estas se envolvam com o Estado.
Somos testemunha de que a Igreja Católica ApostólicaRomana jamais interferiu junto ao Congresso Nacional,visando à conquista de um feriado especial para quaisquer comemorações em louvor à chamada Padroeira doBrasil. O feriado de 12 de outubro partiu de iniciativa deum parlamentar, eleito pelo Estado do Pará, que tinhaem mente, na proposição, agradar parcela ponderável deseu eleitorado.
Mas a data feriada está respaldada em lei inconstitucional. Por isso, merece rcparos e críticas, sobretudoporque impõe aos não católicos romanos um dia de "culto" que atenta contra a consciência de grandes segmentos da sociedade brasileira.
Na oportunidade da discussão do projeto'de lei mencionado, manifestamo-nos contrário à sua aprovação. Emais uma vez o fazemos, sobretudo porque o precedenteé perigoso e poderá provocar iniciativas semelhantes deoutros grupos religíosos, pleiteando outros "ferÍados nacionais".
Tivemos uma semana interrompida. Os prejuízos decorrentes desta paralisaçào foram incalculáveis. Numtempo em que o País precisa produzir, para vencer a grave crise em que foi lançado, um dia de paralisação, à custa de um fcriado que resulta de uma lei inconstitucional,é algo de se lamentar, ante a evidência da inoportunidade de tal comemoração.
Registro, pois, estas observações, que se fundamentamem princípios de consciência, que não permitem que fique calado. diante deste arrepio à Constituição, em des- 'respeito à separação do Estado e Igreja.
O SR. RALPH BIASI (PMDB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a crise pela qual esta passando a sociedade braisliera é tãograve que já não é mais possível encontrar soluções permanentes, através da manipulação dos antigos instrumentos de poder, sem que se corra o risco do agravamento das tensões sociais. Governo e povo se dissociam emescala geométrica.
A dcmocracia relativa perdeu a sua vigência como forma de organização política, surgindo outras modalidades autoritárias de dominação que têm como respaldo opoderio de grupos intermediários que passam a preencher o vazio do poder, tais eomo: as forças militares e aburocracia tecnocrática. .
Nesse modelo político novo, estruturado como democracia relativa, é admissível até a participação do povo,desde que dentro dos limites suportáveis e onde jamais aautoridade do Estado seja contestada e as decisões daselites discutidas.
Porém, apareceram novas situações que provocaramum desequilíbrio total do sistema de poder, tendo em vista, principalmente, a onda generalizada de indignaçãopopular, situações que começaram a aparecer devido aoselevados índices da inflação - que bateu todos os recordes da história do País -, a manipulação dos dados doíndice geral de preços, a deterioração dos salários etc.,além do clima de insatisfação gerada no meio da burguesia nacional contra as decisões da cúpula autoritária doSistema.
A legitimidade que paJ'ecia ter o Sistema, tinha comobase econômica o "milagre brasileiro" e como fundamento ideológico o "combate à subversão e à corrupção".
Porêm, hoje asubversão não é mais uma ameaça. Acorrupção é mais favorecida que cerceada pelo Governo,e o propalado "milagre" esgotou-se.
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o bloco do poder começa a desintegrar-se porque a"legitimidade" do regime autoritário desapareceu.
No desespero, objetivando salvar o Sistema da derrocada final, os homens do poder formularam uma série demedidas marcadas pelo maquiavelismo e pelo imediatismo político, arriscando tudo nesse jogo, a fim de que opoder fosse mantido a qualquer custo.
Daí resolveu o Governo apresentar-se como fiador deuma alternativa histórica de democracia, mas que a experiênciajá demonstrou ser embasada em tentativas tradicionais de dominação política, a democracia por viaautoritária. É a abertura como liberação das regras doautoritarismo. '
É possível, porém, romper o impasse c superar a crisedo poder, através de propostas políticas quc viabilizem amais ampla mobilização da sociedade civil. A saída está,exatamente, na capacidade que têm os partidos de oposição de mobilizar as forças vivas da Nação no sentidode tirar proveito das contradições que se estabeleceramdentro do próprio Sistema e do seu isolamento social, e,a partir dai, traçar sem exitação os passos a serem seguidos e um roteiro mínimo de proposta política a ser apresentada ao Pais.
A experiência adquirida na luta deu respaldo suficiente aos partidos de oposição, que agora sabem quando ecomo dar os passos decisivos. A manifestação populardas urnas, em 1982, mostrou claramente o pensamento ea ânsia do povo pela mudança. Começaram a existir condições políticas necessárias à implementação de uma democracia representativa e que facilitam a negociação nasolução dos impasses. Os governos estaduais adquiriramlegitimidade através das eleições diretas, e a partir daísurgiu uma nova geografia política. O Congresso N acional renovou suas bancadas com a ascensão de liderançaspolíticas representativas dos vários segmentos da sociedade. O povo começa a realimentar expectativas depoisde tantos anos de arbítrio.
É necessário, portanto, que agora, após toda essa modificação no quadro político, os partidos políticos fortaleçam suas propostas de alternativas políticas para sanara atual crise nacional.
A oposição organizada no Brasil, após a Revolução de1964, surgiu com o MDB, que passou a ser um pontogalvanizador dos descontentamentos populares. Seu papei, depois continuado pelo PMDB, foi por demais importante no amadurecimento do processo de redemocratização nacional e acabou por forçar a abertura política.
Essc partido, que no arbítrio lutou para não comprometer sua autenticidade c sua representatividade, quenão perdeu seus nítidos contornos ideológicos configurados na sua linha de ação, agora se vê no momento delançar a Campanha Nacional pela Eleição Direta paraPresidente da República, pois o sufrágio dircto para Presidente da República, além de dar mais viabilidade e legitimidade aos partidos, representaria uma espécie de marco zero no reordenamento político do País. A partir daí,a Assembléia Nacional Constituinte seria um marco deruptura para o início do reordenamento institucional.
A maior crise, hoje, no Brasil é a crise de competênciapolítica, é a deterioração da credibilidade política. E éaprovcitando o desgaste das classes dominantes e a ma·turação das elasses dominadas que achamos scja, agora,o momcnto exato para sc lançar esta eampanha.
O desencadeamento deste movimento de mobilizaçãopopular vem corresponder exatamente ao momento deperplexidade das oposições, além da grande possibilidade que tem a proposta de estimular as bases partidárias.
As eleições diretas para Governadores - com amplaparticipação popular e baixo índice de abstenção -acumularam experiências e técnicas de convivência com asmassas populares. E a campanha para Elcição Diretapara Presidente da Repúlbica será a oportnidade de sedimentar na população a plena consciência da necessidadede participação do povo nas decisões nacionais.
A eleição indireta é ilusão eleitoral e uma forma deviabilizar candidaturas impostas pclo Sistema autori-
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tário ou resultante de pactos oligárquicos. Só o sufrágiouniversal e direto é capaz de superar as representaçõesartificiais, porque se transforma em instrumento de compromisso do Governo com as camadas populares.
A eleiçào direta para Presidente da República seráuma resposta política para a profundidade da crise e a ú·nica saída viâvel para se adotarem novos rumos de política econômica, objetivando um ritmo de crescimentodeterminado, fundamentalmente, pela conjugação de decisões tomadas com vistas ao mercado interno e à melhoria da qualidade de vida da população. Assim, o comportamento do setor externo não será o fator condicionante principal do nível de atividade econômica.Criando-se condições para uma rcformulaçào geral damaneira como a economia brasileira se insere na economia internacional.
A eleição direta para Presidente da República corresponde ao consenso democrático; estuário legal e pacíficopara os conflitos da sociedade, exatamente porque nomomento político atual, onde se aprofundam as rupturasinternas e externas, a grande massa da população anseiapor um engajamento no processo político.
Portanto, Sr. Presidente, não vejo outra maneira desoluçào para a crise hrasileira, para a fome, para o endividamente externo, para o fim da corrupção e todos osoutros males que afligem este País, senão através daEleição Direta para Presidente da República.
É a ânsia deste povo sofrido. espolíado, magoado.Somente através da eleição direta para a presidência
da República encontraremos a alternativa política queviabilizará a proposta de convocação de uma AssembléiaNacional Constituinte.
o SR. HOMERO SANTOS (PDS - MG. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,há cinqüenta anos, em 15 de outubro de 1933, pela felizinspiração de Armante Carneiro, nascia a AssociaçãoComercial e Industrial de Uberlândia, em Minas Gerais,instituição que, de sua fundação até o presente' momcnto, só fez constituir uma história de realizações da maiselevada importância para o desenvolvimento do Município, da região e, por extensão natural, de Minas e doBrasil.
A comemoração do cinqüentenário da Associação Comerciai e Industrial de Uberlândia constitui uma bleaoportunidade para o registro da importância destinadaàs lideranças municipais imbuídas do sentimento de responsabilidade para com os destinos da comunidade.
Do ideal de crescimento c desenvolvimento de Uberlândia, do Triângulo Mineiro, de Minas e do Brasilnutriram-se os dirigentes da ACIUB desde seu primeíropresente e fundador, Armante Carneiro, até o atual dirigente, Celson Martins Borges, colocando, no exercíciode suas funções, o mais elevado tirocínio, garantia do sucesso progressivamente alcançado.
Em defesa dos direitos e interesses dos filiados, umelenco significativo de promoções tem encontrado exp'ressão que granjeiam o respeito e admiração não só deseus membros, mas também de órgãos superiores e dacomunidade em geral, em face da orientação altamenteética, fundada no bom senso e nos critérios de construirsempre o melhor.
Idealizando, criando e mantendo a Feira Nacional daIndústria, a FENIUB, a Associação Comercial e Industrial de Uberlândia projeta, a nível nacional. o potencialdo comércio e da indústria municipal, alargando seushorizontes, lançando-se em novas e frutíferas reaJiwzações, abrindo espaço para seu progresso.
Consciente da dinâmica que domina a vida econômicado País, não dorme sobre oS louros da vitória. Mantémse alerta, ativa e flexível criando e cstimulando soluçõespara os problemas e apoiando iniciativas destinadas anovas conquistas e realizações.
A história da Associação Comercial e Industrial de'Uberlândia retrata a tradição de seriedade, trabalho eidealismo de suas diretorias, sempre voltadas para a pro-
Outubro de 1983
moção do desenvolvimento sócio-económico, do âmbitomunicipal ao nacional, em consonância com as vocaçõesregionais e estaduais.
Aos cinqüenta anos a ACIUB é uma jovem instituiçãoque pode sentir o justo orgulho de ter contribuído da forma mais eficiente e equilibrada para a melhoria, a modernização, o dinamismo dos setores secundário e terciário da economia, experiência que lhe atribui a responsabilidade nobre e assumida de continuar a sua preciosacolaboração ao engrandecimento de Uberlândia, doTriângulo Mineiro, de Minas e do Brasil, de acordo comsua norma básica.
à atual diretoria nossas congratulações; a todas que aantecederam, nosso agradecimentos, e à ACIUB nossosvotos de sólido sucesso.
O SR. JÔNATHAS NUNES (PDS - PI. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, aolongo de minha vida, tenho exercido o magistério. Aquimesmo em Brasília, durante mais de uma década, lecio·nei no Ensino Médio Oficial, na Universidade de Brasíliae no Centro de Ensino Unificado de Brasília - CEUB.Nos últimos anos fiz parte do corpo docente da Fundação Universidade Federal do Piauí.
Sr. Presidente, quero destacar que possuo dois compromissos com a elasse do professorado piauiense: O primeiro decorre de minha integração aos seus quadros e osegundo provém de um engajamento político, Realmente, na campanha que empreendi rumo a esta Casa dopovo brasileiro, contei com a valiosa ajuda e apoio doprofessorado. Em todas as cidades do Estado, minha primeira visita era sempre à unidade escolar local, onde discutia com os diretores e professores oS problemas queafligem a classe,
Sr. Presidente e Srs. Deputados, transcorre amanhã,dia quinze de outubro, o Dia do Professor. Homenagemmais do que justa, eu a considero também necessária eedificonte. Desejo; pois, congratular-me com essa laboriosa classe, algumas vezes mal compreendida e quasesempre mal remunerada. Oportunamente, pretendo ocupar esta tribuna para analisar perante a Nação a magna etormentosa questão educacional.
Sr. ,Presidente, aos professores de todo o Brasil, demodo especial aos do Distrito Federal e do Estado doPiauí, envio o meu abraço de solidariedade e de admiração, a minha palavra de fé e de saudação.
o SR, WILMAR PAUS (PDS - RJ. Pronuncia o se·,guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, jáafirmava David Hume que a razão da obediência à lei é anecessidade da coesão social, esse sentimento de .q ue nenhum homem é uma ilha e de que todos nós precisamosagir ~omo responsáveis pelo nosso semelhante. Ncstecontexto, não há como negar a necessidade da ação deum aparato judiciário e de um aparato de manutençãoda ordem pública e de defesa dos direitos dos cidadãos.
Todavia, a razão pela qual me dirijo a este Plen'ário é areferência que se faz necessária à existência, no Brasil J depenas que em muito ultrapassem ao razoável e aO justo,ao mesmo tempo em que observamos, por vezes, exemplos gritantes de impunidades.
O nosso sistema policial e judiciário, sofrendo de carência crônica de recursos, apresenla deficiências que devem scr objeto de uma profunda crítica por parte dos poderes públicos, principalmente do Ministério du Justiça,ao qual está afeta a supervisão do nosso sislema penal.
Freqüentemente temos sabido, através da imprensa,de casos de cidadãos que cumprem penas muito maislongas do que aquelas para as quais foram originalmentecondenados. Existem mesmo exemplos de ·indivíduosque, embora absolvidos, têm permanecido durante longos períodos no cárcere, sofrendo do perverso tipo detratamento que sofrem oS presos sem recursos neste País.
Em matéria publicada recentemente, a imprensa se refere ao caso de um detento há pouco liberado no Rio de
Outubro de 1983
Janeiro 14 anos após ter sido preso. E, pasmem os Senhores, nove anos após ter sido absolvido pela Justiça.
Esse cidadão foi absolvido em São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, em 1974, mas o seu alvará de soltura só foi emitido oito anos depois. O mais grave é queesse homem, habitante da quc é considerada a capitalcultural do Brasil, foi preso por mera falta de documentos em 1969, e somente agora está deixando o presídio.
O caso se constituiu numa verdadeira tragédia de erros, acentuados pela morosidade da máquina judiciáriasobrecarregada pelo acúmulo de processos. Tendo absolvido o réu, em agosto de 1974, o Juiz determinou a expedição do alvará de soltura, mas esse, por engano e semdúvida por descaso para com o cidadão indefeso, foi encaminhado para a comarca de Nova Iguaçu e depois devolvido à Vara de Execuções Criminais, onde ficou aténovembro do ano passado.
O processo foi devolvido então ao Juiz, que mandouarquivá-lo, supondo que o réu já estivesse solto. Sô posteriormente, ao ser informado de que isso não ocorrera,determinou a sua soltura.
Sr. Presidente, como se pode admitir que um casocomo esse ocorra no Rio de Janeiro, até ontem a Capitalda República, com um cidadão brasileiro, inocente dequalquer erime? Até que ponto chega o desrespeito pelosdireitos fundamentais da pessoa humana para que tal sepasse?
Na verdade, é imprescindível que a Justiça em nosSoPaís esteja aparelhada para fazer frente ã avalanche deprocessos, principalmente no que diz respeito às varascriminais, que envolvem um sério risco, seja quanto à segurança dos cidadãos, seja quanto à proteção de seus direitos.
Para tanto, solicito ao Ministério da Justiça que olhe'por aqueles que cumprem pena nos presídios brasileiros,em condições subumanas, para que lá não passem umminuto a mais do que a pena para a qual foram condenados. É preciso que o Poder Público se conscientize de seupapel de guardião dos direitos dos indivíduos, principalmente daqueles que se encontram sob sua guarda e tutela.
É preciso implantar, tão logo quanto possível, sistemade processamento de dados nas varas de execuções criminais, que controle o cumprimento das penas daquelesque se encontram presos em cada Estado - como agoraestá sendo féito em São Paulo para que essas terríveisocorrências não se venham a repetir.
Sem dúvida tais sistemas implicam gastos para o Tesouro, por~m mais importante que essas despesas é a dignidade dos presos em nossos estabelecimentos penais,que está a exigir uma ação urgente por parte da Justiçabrasileira.
o SR. RENATO VIANNA (PMDB- SC. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,não bastasse os inúmeros decretos-leis que as autoridades da área econômica empurram goela abaixo daNação, aumentando a cada dia que passa o desespero nasociedade brasileira, novas medidas estão sendo anunciadas, em considerável prejuízo para o comércio e paraos consumidores em geral.
A elevação da alíquota do ICM de 16 por cento para18 por cento, segundo recentes declarações do empresário Oswaldo Rasi, Vice-Presidente da Federação doComércio do Estado de São Paulo c Presidente do Comércio Varejista de Bauru" "será o golpc de misericórdiapara um setor descapitalizado e que enfrenta, no momento, violenta depressão".
O Governo federal tenta com medidas isoladas, impondo o sacrifício a apenas determinados segmentos dasociedade, uma solução efémera, ao invés de assumir deuma vez por todas a responsabilidade de realizar uma radicaI reforma tributária, atendendo aOS constantes e veementes apelos da Nação.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Numa época em que o descmprego e a fome rondamos lares de milhões de brasileiros, nenhuma medida seriamais inoportunas do que a elevação da alíquota deICM., sobrecarregando os empresários do comércio demaior comprometimento tributário, principalmente opequeno e médio comerciante, e, por outro lado, repassando ao consumidor, submetido a restrições salariais econstantes aumentos dos preços, a uma condição subumana de vida.
Não é justo que a sociedade brasileira arque com 'o pesado ônus de recuperar a imagem do Governo federal,na esfera econômica, com sacrifícios crescentes que lhesão impostos, na busca tardia de redimir-se da persistência de erros que levaram o País à situação caôtica em quese encontra.
Não apenas nos grandes centros urbanos, mas sobretudo no interior, o comércio vive hoje os dias mais tencbrosos da sua história, castigado pela recessão, querestringe a capacidade de aquisição de bens pelo povo,obrigando-o à submissão por vezes vexatória dos altoscustos e das dificuldades creditícias dos bancos e estabelecimentos financeiros.
A afirmação do Sr. Oswaldo Rasi é extremamenteséria e merece. imediata reflexão pelas autoridades daárea econômica, a fim d.e que a .exemplo do que ocorrecom milhares de indústrias que se acham em estado prêconcordatário ou falimentar, também o comércio cerreaos poucos as suas portas, aumentando os índices de desemprego e deixando de contribuir na arrecadação de tributos, fonte inesgotável de renda,para a Nação, para osEstados e Municípios. '
o Sr. Eduardo Mattarazzo Suplicy - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação, como Líder.
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Tem a palavrao nobre Deputado.
O SR. EDUARDO MATTARAZZO SUPLICY (PT- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, no dia de ontem, o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sôcioeconômicos, promoveu debate para o qual foram convidados os partidos politicos a exporem o seu pensamentosobre a política econômica, sobre o Decreto-lei n' 2.045,
e para a discussão de alternativas de política econômica.Foram convidados especificamente os Líderes e Presidentes de cada partido.
Queremos observar, em primeiro lugar, que se tratoude uma iniciativa importante, que de alguma maneirarespondia ao próprio apelo do Presidente João Figueiredo de promover-se um dialogo, um grande debate sobreas alternativas de política econômica e salarial.
Ficamos surpresos quando verificamos que o Lider doPDS, Deputado Nelson Marchezan, enviara um telegrama de resposta, na verdade pouco atencioso, ãquele organismo do qual são sócias entidades sindicais de quasetodo o País. O Deputado Nelson Marchczan mencionou,no telegrama, que aquele convite deveria ter sido remetido ao Presidente do PDS, Senador José Sarney. Ora, se oconvite foi enviado ao Líder Nelson Marchezan, o foiCom o objetivo, também, de que fosse estendido ao Presi
dente do PDS, e, não haveria razão para que um não secomunicasse com o outro ou não mandassem alguns dosseus representantes.
O Deputado Nelson Marchezan disse que havia indicado como representante do seu partido o DeputadoLuis Fayet. S. Ex', no entanto, declarou que havia comparecido à reunião do DIEESE para falar em nome pessoal. Como integrante do, "Grupo dos 11", estava há algum tempo estudando a política salarial, e disse que nãohavia recebido propriamente delegação do Presidente oudo Líder do seu partido.
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o que observamos é que não há vontade da parte doGoverno nem do PDS de pelo menos ouvirem os trabalhadores ou com eles dialogar. O Governo, desta forma,confirma que não recebe as entidades sindicais, não recebe os representantes da CUT, não vai ao encontro dasentidades sindicais quando estas convidam os representantes do partido governamental para discutirem a política econômica. Então, o que estamos receando, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é que este diálogo acabe não secfetivando, que seja mais um diálogo aparente, mais umdiálogo de farsa.
En tregamos as sugestões, as propostas do PT sobre ométodo que utilizaríamos para conversar a respeito dapolítica salarial e mencionamos algumas condições paradialogar. Até agora, porém, não recebemos resposta doLíder Nelson Marchezan ou do Presidente do PDS, Senador José Sarney.
O Sr. Luiz l-lenrique - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Líder.
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Tem a palavrao nobre Deputado.
O SR. LUIZ HENRIQUE (PMDB - SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, estáem pauta na imprensa a negociação sobre a nova políticasalarial. Parece-nos, e parece ao PMDB, que alguns pressupostos sejam vencidos antes que se possa realmentereunir à mesa os partidos de Oposição para uma negociação efetiva, verdadeira. A primeira colocação quefaço, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é sobre a questãode ordem formulada pelo Senador Aloysio Chaves,Líder do PDS, perante a Comissão de Constituição eJustiça do Senado, pela qual procura anular, casuisticamente, o princípio bicameral que norteia a organizaçãodeste Congresso. A questão de ordem tem o objetivo casuístico de paralisar as duas Casas do Congresso Nacional, impedindo-as de votar, impedindo-as de apreciar,impedindo-as de efetivamente deliberar sobre mensagensgovernamentais.
Se o Governo, o PDS realmente desejar a negociação,é fundamental, antes de mais nada, que retirem da Comissão de Constituição e Justiça do Senado aquela questão de ordem, porque, a permanecer o PDS, insistindoem exigir quorum no Senado para votações em sessão doCongresso Nacional, não há que falar em negociação,não há que falar em diálogo, não há que falar em entendimento. Na verdade, o que o Governo pretende é tirardas Oposições uma decisão, de forma violenta, e baseadano poder de fogo que este detém. As Oposições não aceitam esse tipo de conduta. Por isso, o PMDB reage a essetipo de atitude. Não aceitamos iniciar qualquer' negociação se não for removida essa questão de ordem queprocura paralisar o Congresso, que procura impedir quea Câmara dos Deputados soberanamente aprecie osdecretos-leis que estão sob a deliberação das duas Casas.
Mas não há apenas a questão dc ordem, Sr. Presidente. Há outros pressupostos a serem atendidos. Nãoadianta fixar índices percentuais de aumentos salariais senão sabemos qual o critério, qual efetivamente o sistemapelo qual é formulado o INPC. O INPC foi jogado peloGoverno num quarto escuro, estÍl, "fajutado", como sediz na linguagem mais popular. E hoje, manipulado, expurgado, calculado por uma média que se diz geométrica, não representa a efetiva variação do custo de vida,não representa a efetiva oscilação dos preços, não representa a efetiva medida para caracterizar as alterações docusto de vida no País. Por isso, esta é outra questão fundamental para que se incie uma negociação séria, efetiva,para valer: que o INPC seja uma medida efetivamentecapaz de estabelecer os índices do custo de vida e de aumento dos preços.
Mas há outras questões, Sr. Presidente, Srs. Deputados. A imprensa tem anunciado quais os ingredientes do
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novO decreto-lei que estaria na mesa do Sr. Ministro doPlanejamento. As Oposições também não aceitam asubstituição de decreto-lei por decretos-leis, porquc odecreto-lei representa uma prática autoritária. Só accitamos negociar se o Governo enviar para o Congresso umprojeto de lei. As Oposições entendem também que nobojo da negociação se deve inserir a questão do Decretolei n' 2.036, que congela o salário do pessoal das estatais.Entendemos que não é possível, numa negociação salarial, excluir o pessoal do serviço público e da administração indireta. Por isso, entendemos também seja essaquestão fundamental na negociação. Atendidos eSsespressuposto, se o Governo e o PDS efetivamente quiserem negociar, se não estiverem numa tática diversionistade desmobilizar as Oposições, de distrair a ~ossa atençãopara que o decreto-lei acabe passando por decurso deprazo, se for efetivamente sua intenção de negociação,que ponha na mesa antes esses pressupostos, para que asOposições possam, como ontem se debateu no DlEESEcom sindicalistas do Brasil, efetivamente estabelecer amentendimento sobre a política salarial, que haverá de sero início de uma ampla negociação sobre a modificaçàodessa madrasta e perversa política econômica que temoshoje. (Muito bem.)
o Sr. Nilson Gibson - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Líder.
o SR. PRESIDENTE (Ari Kffuri) - Tem a palavra onobre Deputado.
o SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a novaproposta legislativa que substituirá o Decreto-lei n'2.045/83 sô será enviado ao CongreRSo Nacional no finalda próxima semana, visto que o Governo, deseja ouvir ediscutir com todos os partidos políticos suas sugestões.O compromisso do Governo foi assumido ontem peloMinislro Leitão de Abreu, em nome do Presidente Figueiredo, em reunião com o Líder Nelson Marchezan.
Realmente, o Governo já possuía prontas duas alternativas, conforme informa o Correio Braziliense de hoje.
Vejamos:
"AS OPÇÕES ESTÃO PRONTASALTERNATIVA I - Instituição gradual da livrc
negociação para os salários, a partir de 25-10-83, até31-12-87. assegurando-se o aumento composto deuma parte automática, outra ncgociuda. Nesseperíodo, a parte automátiea será obtida pela multiplicação do salário ajustado por um fator correspondente a 80% do INPC. Pode haver negociaçãoentre empregado e empregador. desde que o resultado global na folha de pagamento não ultrapasse ototal que resultaria da aplicação pura e simples doartigo.
A partir de 1'-1-85 e até 31-12-87, a parte automática começa a ter índices decrescentes para o cálculo; no ano de 85, 70% do INPC; em 86, 60% doIN PC, e no ano de 1987, 50% da variação semestrald~ lNPC. Os resultados continoam semestrais, e apt~rte negociada terá um percentual único anual, emescala ascendente. condicionado apenas ao desempenho da empresa, grupo ou categoria econômica.Esse percentual poderá ser diferenciado em relaçãoaos empregados, dcsdc que. no global, a folha depagamento do empregador não ultrapasse o totalque resultaria da aplicação dos índices. A parle negociada não podcrá ser repassada para os preços dcprodutos ou serviços prestados pelo empregador.
ALTERNATIVA 11 - De 1.-1-84 a 31-12-86, oaumento salarial - semestral - será composto deuma parte automática e outra negociada. A parteautomática serú calculada pelo INPC, com as seguintes taxas: em 84, 70% da variação semestral doINPC; em 85, 60%; e 86, 50% da variação do INPC.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
A parte negociada baseia-se no mesmo critério daAllernativa I, podendo também ser diferente paraos empregados. Nessa segunda alternativa, tambémnão poderá haver repasse do aumento nos preçoscobrados pelos cmpregados. Na Alternativa 11, oaumento independe de negociação, podendo ser reclamado individualmente pelo empregado.
Em ambas as hipóteses. a parte negociada poderávariar para classes ou grupos de trabalhadores, desde que a folha tenha. ao final, o mesmo total de reajuste. Assim. por exemplo, o empregador pode negociar com os assalariados que percebem menos umaumento maior, descontando dos que ganham maisa diferença."
Verifica-se que o Governo praticamente descartou aviabilidade de modificar a essência do Decreto-lei n'2.045/83, que é a limitação dos reajustes salariais em80% do INPC.
No entender do Governo. essa parte da proposta legislativa deve ser aprovada.
Afirmamos com segurança que o Governo. isto é, oPresidente Figueiredo é qucm vai definir o decreto-lei resultante da negociação política a nível do PDS com asoposições, e vai seguir caminho inverso: CongressoGoverno.
Apelamos, no sentido de que o Decreto-lei n. 2.045/83não seja rejeitado logo no início da sessão. a fim de queas negociaçôes necessfirias possam ser concluídas com aredação de nova proposta e ocorra o consenso, tão necessário aos interesses nacionais.
Fazemos um registro especial: desde o início das discussoes a respeito do Decreto-lei n. 2.043/83 o LíderNelson Marchezan declarou à imprensa que vislumbrouuma fresta. uma abertura nas negociações para aprovaçào da matéria. E não deu outra coisa.
Portanto, vamos trabalhar em conjunto para aperfeiçoar a lei salarial e os outros benefícios para os trabalhadores, através de reivindicações.
Não é verdadeira a afirmação do eminente Líder doPT, Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy, de qoe oLíder do Governo, Deputado Nelson Marchezan, nãodeseja o diálogo.
Ora, desde o começo, afirma o Líder Nelson Marchezan que exisle lima abertura para a negociação.
O Líder do PM D B. de plantão. hoje. aborda o problema da exigência legal da presença dos parlamentares noplenário. quando do início da votação da matéria noCongresso. E pede a retiraDa da consulta :l Comissào deJustiça sobre o assunto.
Este é o nosso apelo; vamos aceitar o chamamento doPresidente Figueiredo para discutir e firmar um consenso.
Sr. Presidente. Srs. Deputados, afirmumos com toda asegurança que o Governo, isto é, o Presidente Figueiredo, é qucm vai definir a proposta legal resultante da negociação política a nível de PDS com as oposições. Acreditamos. até, que essa nova proposla seguirá um caminho inverso. ou seja, ao invés de ser via ExecutivoCongresso. poderá ser Congresso-Executivo. Essa proposta. inclusive. já está sendo debatida e estudada noPDS. Acreditamos qoe até o dia 20 do corrente mês tenhamos um amplo consenso sobre a matéria.
Apelamos, então. para que o Decreto-lei n' 2.045/83nua seja rejeitada logo na primeira sessão, para que possamos discuti-lo, afim de que as negociações necessúriaspossam concluir-se com a redação de uma nova proposta. O consenso é que é necessário aos interesses nacioni.lis.
Fazemos o registro muito especial, aqui da tribuna, deque o nosso Líder Nelson Marchezan, desde o começoafirmava que vislumbrava a abertura que ocorreu.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, efetívamente, o que oDeputado Nelson Marchezan afirmava. desde o inícioda discussão do Decreto-lei n' 2.045, é que haveria essaabertura que estamos tendo.
Outubro de 1983
Portanto. Sr. Presidente, vamos trabalhar em conjunto para (lperfeiçoar a lei salarial e outros benefícios paraos trabalhadores. procurando atender a uma série de reivindicações que são formuladas pela classe operária,como a garantia do emprego, o aumento da multa de10% para 20% nas rescisões de contrato de trabalho, ofortalecimento dos sindicatos e a modificação da Lei deGreve. Isto é que devemos discutir. diante de um consenso. para que possamos atender à proposta que virá breveao Congresso Nacional. aliás. dentro daquele entendimento que esposamos. Essa nova proposta legal vai tomar o caminho do Congresso Nacional para o Governoc. evidentemente. merecerá o consenso dos partidos políticos.
Realirmumos que o Líder Nelson Marchezan está efetivamente interessado nesse debate.
Sr. Presidenle. o nobre Deputado Eduardo MatarazzoSuplicy disse que o Líder do PDS não teria aceito umconvite do DIEESE nem indicado um parlamentar paraacompanhar uma reunião naquela entidade. Ocorre, Sr.Presidente, que o assunto já saiu do âmbito da bancadado PDS. já está com o nosso partido. Tanto é que foiconvocada a Comissào Executiva para hoje, às 10 horas,definir a data da reunião do Diretório Nacional. Então.o ilustre Líder Nelson Marchezan não poderia indicartlm membro da bancada, porque o assunto já teria extravasado da sua competência. Inclusive urna comissão designada pelo parlido, composta de cinco membros, daqual fazemos parte, já havia entregue o documento sobrea reunião de bancada, ao Sr. Nelson Marchezan.
O nobre Deputado Luiz Antônio Fayel, um dos ilustres mem bros desta Casa. foi indicado para fazer partedo "Grupo dos I I", por ser um dos mais abalizados colegas para discutir a matéria.
Portlmto, contestamos as colocaçoes do Líder do PT.Quanlo à manifestação do ilustre Deputado Luiz Henrique, referente à consulta formulada pelo PDS à Comissão de Constituição c Justiça do Senado, devo dizer quea matéria está do outro lado desta Casa. Acredito quedeveria ser levantada por um ilustre Senador do partidoda Oposição, porque transcende a nossa posição aqui naCámara dos Deputados. Todavia. é matéria que deve serdiscutida. porque. após a consulta ser respondida, quemvai uet.:idir a questào é o Plen{trio do Senado. e não o doCongresso, como poderia até pensar, confundindo-se, oilustre parlamentar que argüiu sobre o assunto.
O Sr. Carlos Sant'Anna - Sr. Presidente, peço a palavra para uma comunicaçào, como Líder.
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Tem a palavra"o nobrc Depulado.
O SR. CARLOS SANT'ANNA (PMDB - BA. ComoLider. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a proposta que O Líder em exercício do PDS fez, no sentido dequc o PMDB e as oposições não eonsumassem a rejeiçãodo Decreto-lei ni? 2.045. na próxima semana, compete àLiderança mainr do PDS formalmente fazê-la às lideranças dos partidos de Oposição, para que essas lideranças, então, negociem com S. Ex', do ponto de vistaparlamentar, o texto exato em que haverá li mohilizaçãodas oposições para a rejeição do mencionado decreto-lei.
Apenas como um apelo isolado de um dos ViceLíderes, obviamente - apesar de todo o respeito que nosmerece o Deutado Nilson Gibson - ela perde força; vindo como uma proposta da Liderança maior do PDS, elapoderá ser examinada pelas Lideranças dos partidos deOposição.
V - O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Passa-seao Grande Expedicnte.
Tem a palavra o Sr. João Herculino
O SR. JOÃO HERCULINO (PMDB - MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. deputados, nesteplenário eheio de tão caras tradições, volto ao velhotema que tem animado todos os meus dias nesta Casa.
Outubro de \983
o Brasil se transformou, Sr. Presidente e Srs, Deputados, num barco em que a tripulação se desentendeu, masfoi surpreendida por um furacão imenso, que põe em risco a nossa Pátria. Então, no instante em que esüi em risco o Brasil, nós, que o amamos tanto, achamos, ser efetivamente necessário, como tem pregado o eminente comandante Tancredo Neves, que cada um de nós volte aoseu posto, para que possamos salvar o nosso País.
Acontece, Sr. Presidente, que esta palavra de ordemdo comandante Tancredo Neves, esse desejo tambémpregado pelo Presidente Figueiredo, tem encontradoobstáculos que vêm impedindo que cada um de nós volteao scu posto. Estes obstáculos. que impedem a realização do desejo do nosso grande comandante TancredoNeves, são. sem dúvida alguma, os obstáculos colocadosou permitidos pelo Governo, que estão impedindo a nossa caminhada. Como é? Nós quercmos salvar O nossoPaís. A Oposição mio tem outro dese.io; sente-se na obrigação de contribuir de toda forma possível para salvar oBrasil. Acontece, Sr. Presidente, que temos obstáculosquase intransponíveis, ou pelo menos até que o Sr. Presidente da República tome uma atitude que permita façamos isto. Notamos haver uma distonia entre o Presidente da República e o seu Governo. O Presidente da República usa uma linguagem~o seu Governo usa outra totalmentc difcrente. E já dizem aí, à boca pequena, quc oGovcrno do Presidente Figuciredo está sendo tuteladopor um general que o acompanha a todos os lugaresonde vai, inclusive aos Estados Unidos, onde foi tratar ocoração, que ê o General Medeiros. Segundo voz corrente, transformou-se no tutor do Presidente Figueiredo.Estamos diante de Um risco tremendo: o Brasil está sentado num barril de pólvora, porque exatamente não hánada mais perigoso para uma nação do que a distoniacntre o Govcrno c o Presidcnte da República. Então. emprimeiro lugar, DO meu entender, cumpre ao PresidenteFigueiredo enquadrar o seu Governo com suas idéias. Opresidente prega a volta do País à plenitude democrática.O Presidente prega a salvação nacional. E o que é que oseu Governo faz'! Faz exatamente aquilo que é contrárioà pregação do Sr. Presidente da República. Estamos vendo ai aos escândalos se sucedendo numa rapidez estonteante. A corrupção cresce de maneira aterradora e háabsoluta impunidade. Eu perguntaria à Liderança doGoverno: qual foi a panição que sofreu qualquer um dosenvolvidos nos escândalos, nas corrupções que se sucedem neste Pais? Infelizmente, sobretudo nos últimostempos....
o Sr. Nilson Gibson - Permite-me V. Ex' um apartc?
o SR. JOÃO HERCULINO - ...não há, nobre Deputado, lider do PDS, uma resposta que venha ungidapela verdade; apenas sofismas poderão responder à minha pergunta.
Com muito prazer ouço o nobrc Dcputado NilsonGibson.
O Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado JoãoJIerculino, eu tenho uma grande admiração por V. Ex....
o SR. JOÃO HERCULINO - É rccíproca.
O Sr. Nilson Gibson - ...admíração que não reside notempo atual; ela já vem de antes de ter chegado a estaCasa, quando lia nos jornais as noticias vinculadas a V.Ex., semprc como líder. Inclusive, se não estou equívocado, V. Ex' um dos políticos mais ligados ao exPresidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Essa admiração que tenho por V. Ex' - a partir da legislatura passada e agora também, na atual - não podc, de maneiraalguma ter uma secção, um rompimento, porque o queV. Ex' está realmente abordando na tribuna é conceitosubjetivo, pessoal de V. Ex',,--- e eu o respeito. Evidentemente que a imprensa tem sempre publicado denúncias,formuladas por oposicionistas interessados em notícias
, para ocupar espaço na imprensa. Todavia, são denúncias
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
sem provas cllbais, sem conteúdo de veracidade, denúncias com efeito apenas sensacionalistas e que. quandoperseguem o caminho processual legal, são prostradaspor terra, sem incriminar os denunciados. Por isso,nobre Deputado. faço esse reparo após ter sido inquiridopor V. Ex'. Não quero deixar que minha admiração e apossibilidade de apludi-lo desapareça, porque, além deadmirá-lo como Parlamentar, também o admiro comoeducador. Na legislatura passada. aprendi muito em pronunciamentos de V. Ex' sobre os problcmas no campoeducacional. setor que V. Ex' abraçou com tanto carinho. Entretanto, hoje, ouso discordar de V. Ex' na colocação que faz, porque o Presidente João Figueiredo - cV. Ex' sabe disso - admira sua postulação. Com efeito,o Presidentc estendeu suas mãos aos partidos de Oposiçào para negociação, mormente agora na discussão dapolítica salarial. Enfim, ainda quero continuar a ser admirador de V. Ex', nesta Casa, embora estejamos emcampos opostos. V. Ex' é daqueles quc são apenas oposicionista - ainda não se ligou ao outro lado, que procurasempre deturpar os fatos. V. Ex' é dos verdadeiros oposicionistas que existem neste país. Muito obrigado a V.
Ex'
O SR. JOÃO HERCULINO - Agradeço a V. Ex' equero dizer que esta adl1']iração é recípr~ea. Nós, que freqüentamos o "Senadinho", todas as manhãs, aprendemos a nos respeitar e, sobretudo, a respeitar o ponto devista de eada um. Acontece que V. Ex' não respondeu àpergunta que fiz.
Quem foi penalizado. quem foi castigado, de todos esses que fizeram falcatruas, de todos esses que abusaramdo poder público para enriquecer as suas burras, de todos esses que viveram fazendo corrupção em cima decorrupção? V. Ex' sabe perfeitamcnte que a fala donobre colega Juruna, e sobretudo a conseqüência da suafala, se transformou em anedota, porque todo mundopergunta se precisava que Juruna fizesse aquela afirmação. V. Ex' não pode rcsponder.
O Sr. Nilson Gibson - pcrnambuco condenou a centoe trinta e oito anos de reclusão os implicados no crime damandioca.
O SR. JOÃO HERCULINO - Pernambuco nãocondenou a corrupçào, não Senhor. Pernambuco nãocondenou ladrões. Pernambuco condenou os que assassinaram o Promotor da República; não condenou ladrões, não condenou a corrupção. Quer ver os ladrões decasaca da CAPEMI, da Coroa-Brastel condenados. Quero ver um deles na cadeia, onde, pelo crime de defender opovo c a democracia, passei noventa dias. Quero ver csses que roubam, quero ver esse povo de casaca lá dentrodo xadrez, porque Pernambuco - nós aplaudimos condenou os assassinos e os coniventes do assassinatobárbaro do Procurador da Rcpública. Lamentavelmente, nobre Deputado, nem uma só ação do Governo foiverificada contra os escândalos que se repetem, contra acorrupção que envergonha esta pobre Nação brasileira.
Mas não é só isso. Já disse aqui, antes de mim, o nohreDeputado Luiz Henrique, já disse o nobre Líder: pior doque isso, pior do que esses roubos, que são assim setorizados, é este absurdo de o Presidente da República, como Congresso aberto, querer governar o País, sobretudoquanto aos assuntos mais graves, à custa de decretos-leis,como se estivéssemos mergulhados numa negra ditadura, onde não houvesse um Congresso aberto, ainda quepara cumprir uma formalidade e poder-se dizer lá foraque o Brasil vive numa democracia.
Esta a grande verdade, nobre Deputado. Estamos sempoder atender ao nosso eminente comandante TancrcdoNeves e sem poder atender aos apelos patéticos do Sr.Presidente da República, que não quer resolver o problema. É como dizem aí fora, na gíria: se barba determinasse respeito, bode não tcria chifrcs. Esta é a grande verdade. Se dizer alguma coisa, se pregar alguma coisa impu-
Sábado 15 10959
sesse respeito, não cstaríamos nesta miserável situaçãoem que nos encontramos.
o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, V. Ex! sabe evou reafirmar: o nobre Líder Nelson Marchezan, reiteradamente, tem orientado o seu corpo de Vice-Líderes nosentido de que afirmem aqui nesta Casa que, de maneiraalguma, criem obstáculos para que se apure qualquer denúncia que ocorra no País. Hoje, repito essa asscrtiva donosso Líder, e faço mais um adendo: concordo com V.Ex' Aqueles que foram encontrados em culpa, mesmoque sejam dc colarinho branco, como são chamados aífora os crimes praticados dentro das financeiras, devemser punidos como são os pobres e modestos ladrões degalinha.
o SR. JOÃO HERCULINO - Muito obrigado a V.Ex'
Ouço o Deputado Luiz Henrique.
o Sr. Luiz Henrique - Nobre Deputado João Herculino, cumprimento-o pelo brilhante discurso que faz, oque jú é uma praxe, partindo de V. Ex' e V. Ex' o fazCOIll muita autoridade, porque foi punido injustamentepor esses que não punem quem deve ser punido. O nobreDeputado Nílson Gibson, Líder do PDS, deve estarequivocado quando diz que os corruptos são condenados. ou que há punição exemplar neste País. Ccrtamentcpensa que o Sr. Kakuei Tanaka, que acaba de seJ, cohdenado, é Deputado por Assai, no Paraná, da cal nialnissei, ou que o Ministro Profumo, condenado na nglaterra, seja habitan:e de Nova Iguaçu, ou que AI1en:jan;,ienvolVIdo no escandalo de Watergate, tenho n:asc!do :cmBlumenau. Na verdade, esses homens foram pJni~os porjustiças exemplares de países democráticos, 9lamerlta-velmentc não chegamos ainda a esse ponto,. ,
O SR. JOÃO HERCULINO - Agradeço a V. Ex' oaparte e o incorporo ao meu discurso. \
Nobre Deputado, V. Ex' tem absoluta razão, e isto mefaz afirmar. ou melhor, me faz assumir um compromissocom esta Casa, que tanto amo e já sofri por amá-la. Vimaqui de preto porque fui a primeira vítima direta daeleíção indíreta; vim de preto para protestar contra aeleição indireta, porquc achava que o povo estava deluto vendo a morte dos seus ideais, a morte do regime dcmocrático, agora, comprometo-me, perante a Câmarados Deputados, a vir todo de branco na hora em que umdesses malandros da Coroa-Brastel. da CAPEMI etc. estiver atrás das grades, porque então teremos iniciado oprocesso de retorno deste Pais à moralidade democrática. (Palmas) Virei, como vim, de preto, de peito aberto,apcsar das amcaças que porventura eu volte a sofrer,porque sofri muito quando decide vir de preto a esta Casa. "Vou matá-lo quando sair de sua casa; vou matarseus familiares, e·eu dava a resposta que a gente aprendeainda no curso primário.
Mas. Sr. Presidente e Srs. Deputados, para que hajaconseqüência na pregação do nosso eminente Chefe, donosso eminente Comandante Tancredo Neves, é preciso,acima de tudo, que o Governo dê uma demonstração devontade real de salvar este País. Que comece, Sr. Presidente. como eu disse, exigindo a punição dos culpadospelas falcatruas, pela corrupção que campeia neste País;que. em vez de mandar decretos-leis em cima dedecretos-leis, organize uma cquipe a fim de apresentaruma emenda total à nossa Constituição, a essa colcha deretalhos que dirige os destinos da economia, da política eda sociedade brasileira. Faça ele uma emenda global,uma emenda que contenha as 83 já existentes. Pasmemos Senhores: são 83 emendas à nossa esfarrapada Constituição! Isso demonstra não merecer ela mais o respeito eo acatamento que a Lei Maior de qualquer país deve merecer daqueles que lutam, sobretudo, na vida pública edaqueles que querem seguir o caminho da legalidade.São 83 emendas; é a falência da nossa Constituição. En-
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tão, creio que a Oposição se daria, pelo menos inicialmente, por satisfeita, se nós tivéssemos essa reformaconstitucional através de uma emenda que consubstanciasse os desejos da sociedade de hoje. Nós estaríamossatisfeitos se essa emenda constitucional contivesse aeleição direta para Presidente da República. É uma questão até de inteligência.
Já uma alta patente do Exército Nacional, na minhacasa. disse. certa vez: "É preciso que os homens dasForças Armadas voltem aos quartéis, porque a presençade general após general na Presidência da República estáfazendo com que seja deslustrada a História das ForçasArmadas brasileiras, pois estas passam a ser responsáveis por tudo o que acontece de mal neste País". Entréguem o poder civil aos civis, em toda a sua amplitude. Oscargos civis estão lotados por militares que vão para a reserva. É aquele caso que aconteceu nos Estados Unidos,o complexo militar industrial. Esta é a grande verdade.Pergunto: que firma que se preze, de alto gabarito, nãotem um coronel ou um general reformado na sua direção? E por que isto acontece? Para haver trânsito nopoder, a fim de possibilitar entendimentos. E não temosnada a reclamar quando esses entendimentos são dignose honestos. Mas, lamentavelmente, é utilizada a forçadas suas posições ou das su,s antigas posições, para finspouco recomendáveis ou que não interessem efetivamente à Pátria brasileira, mas sim às multinacionais, que estão buscando, nesses militares reformados, o sustentáculo para continuar a espoliação nacional.
o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, não possoouvir V. Ex' sem dar uma resposta à colocação que faz.
o SR. JOÃO HERCUUNO - Meu querido amigo eSr. Deputado, estou no fim do meu discurso.
o Sr. Nilson Gibson - Não posso deixar de contestaressa colocação de V. Ex' Sabe V. Ex' que, efetivamente,esses militares que têm colaborado com o Governo,quando convocados para determinadas atividades públicas, evidentemente vêm só com a inteligência e a vontadede trabalhar e colaborar, jamais para abrir as portas,como V. Ex~ disse; a esse trânsito, para facilitar determinadas operações. Eu não poderia ficar ouvindo as suascolocações sem contestá-las.
o SR.•JOÃO HERCULINO - Deputado NilsonGibson, vou tratar da canonização de V. Ex' Vou pedirao Santo Padre que acredite na sua honestidade.
o Sr. Nilson Gibson - Agradeço a V. Ex' Veja que,agora, também a Princesa Grace vai ser canonizada. Eutambém gostaria de sê-lo e espero, posteriormente, chamar V. Ex' para entrar no reino de Deus.
o SR. JOÃO HERCULINO - V. Ex' está lembrando dos seus velhos tempos de seminarista, porque, casocontrário, não faria uma afirmação tão ingênua. Essa êuma grande verdade. Mas respeito-o muito e sei que V.Ex' eslá cumprindo, apenas formalmente, o seu dever,porque no seu coração e na sua alma de verdadeiro patriota isso não pode encontrar guarida.
Sr. Presidente, lamentavelmente a situação é esta.Queremos salvar o barco, mas não temos condições, porque o Sr. Presidente da República, até agora, só temdado a este País conversa de gabinete; ainda não tomouuma medida eficaz, uma medida objetiva contra o queacontece por ai. Ainda outro dia ele declarou que algunstentam atingi-lo através da sua família. Eu não gosto deentrar nesses negócios de família. Nessas coisas defamília nós, mineiros. normalmente não entramos. Masse houve denúncia contra um membro da família do Presidente. tinha de ser ele a primeira pessoa a se levantar.Vou contar um caso aos Senhores: outro dia, uma filhaminha, que trabalha numa organização de minha propriedade, que dirijo, faltou 15 dias ao serviço. O chefe dopessoal nào descontou os dias que ela falhou. Mandei
DIÁRIO DO CONG RESSO NACIONAL (Seção I)
que fosse feito o desconto. Paguci, por fora, os dias queela falhou, porque é preciso ter respeito pela instituição.O Sr. Presidente da República fica apenas dizendo quetentam atingi-lo de maneira indireta.
O Sr. Nilson Gibson - Mas o nobre Presidente não ficou dizendo isto. Dá licença para um esclarecimento? Ocurador da massa falida, Promotor Hélio Gama, indiciou - apenas indiciou - não denunciou. Há uma distinção entre...
O SR. JOÃO HERCULlNO - Já fez muito.
O Sr. Nilson Gibson - Veja V. Ex'; e agora o Juiz deucaráter sigiloso à peça processual. O que é que pretendiaV. Ex'? Que o Presidente o fizesse'! Está sub judice o assunto. Qual seria'a sugestão de V. Ex' ao Presidente daRepública num caso sub judice?
O SR. JOÃO HERCULlNO - Que não entrasse, quenào fizesse intervenção, aqui, na Câmara dos Deputados, para impedir que seu filho fosse ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito criada para estudar o assunto.
O Sr. Nilson Gibson - Não existe isso.
O SR. JOÃO HERCULINO - Ela foi suspensa. AComissão foi suspensa.
O Sr. Nilson Gibson - Deputado, Professor, Dr. JoãoHerculino, não existe isso.
O SR. JOÃO HERCULlNO - A Comissão foi suspensa para que o filho do Presidente da República nãofosse ouvido. Essa a grande verdade.
O Sr. Nilson Gibsou - V. Ex', infelizmente, assacauma denúncia contra a Presidência da Mesa, porquequem decidiu esse caso, esse problema jurídico, esseproblema legal foi a Presidência da Casa, com a Mesa.Então, agora V. Ex' está jorrando acusações contra ...
O SR. ,JOÃO HERCULlNO - Considere-se atingida. Essa a grande verdade.
O Sr. Nilson Gibson - Eu defendo o Presidente daCasa e, infelizmeQte, acho que V. Ex', nesta manhã gloriosa, nesta Câmara dos Deputados, não foi feliz no seupronunciamento e na sua acusaçào.
O Sr. Cid Carvalho - Permite V. Ex' um aparte?
O Sr. Nilson Gibson - Ele não me cortou ainda oaparte.
O Sr. João Herculino - Considere-o cassado.
O Sr. Cid Carvalho - Eu gostaria de fazer um esclarecimento, como membro da Comissão de Inquérito.
O SR. PRESIDENTE - (Francisco Studart) - Oorador, por gentileza. informe à Mesa a quem defere osapartes que deseja conceder.
o SR. JOÃO HERCULlNO - Defiro o aparte aoDeputado Cid Carvalho.
O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - ao mesmo tempo, a Presidência lembra ao nobre orador quedispõe apenas de I minuto para concluir sua oração.
O SR. JOÃO HERCULlNO - Vou terminar, Sr.Presidente.
O Sr. Cid Carvalho - Então não vou dar o apartepara não obstruir o discurso de V. Ex' É que eu, comomembro da CPI da CAPEMI, sem exaltação. ia dar a explicação devida li Casa sobre o acontecido.
o SR. JOÃO HERCULINO - O Sr. Presidente permita que o Deputado Cid Carvalho dê essa explicação'!Dilate um pouco o meu tempo.
OUlubro de 1983
O SR. PRESIDENTE - Francisco Sludarl) - A Presidência não pode liberalizar o Regimento porque há outros oradores inscritos.
O Sr. Nilson Gibson - O nobre Deputado João Herculino tem anistia.
O Sr. Cid Carvalho - Permita V. Ex' Na verdade V.Ex' tem toda razão. Primeiro, foi a convocação do filhodo Sr. Presidente da República que gerou uma nova interpretação jurídica, da seguinte maneira: o Líder emexercício. Deputado Jorge Arbage, requereu ao nobrePresidente desta Casa, Deputado Flávio Marcílio, quedeu procedência às suas alegaçàes e as encaminhou~à Comisstlo de Inquérito da CAPEM I.
O Sr. Nilson Gibson - Com fundamento em parecerda Comisstlo de Justiça, da lavra do ex-Deputado Djalma Marinho. Não esqueça V. Ex' de acrescentar esse detalhe.
O Sr. Cid Carvalho - Na Comissão, como aquele assunto chegava repentinamente, propus fosse dado vistacoletiva. Da vista coletiva, o que se viu é que não tem amenor procedência, nem o argumento do Deputado Jorge Arbage e nem o próprio deferimento do Presidentedesta Casa. Em virtude disso. a Comisstlo está aguardando apenas o prazo que se deu para continuar os seus trabalhos na próxima semana. Era o esclarecimento quequeria dar a V. Ex'.
O SR. JOÃO HERCULINO""': Fico muito grato a V.Ex'
Termino. Sr. Presidente, dirigindo apelo também aoSr. Presidente João Figueiredo no sentido de fazer comque este País retome os caminhos da dignidade. da respeitabilidade. Que puna os culpados pelas faleatruaspraticadas c acobertadas por homens do Governo; quefaça com que este Pais possa respirar tranqüilamente;que retire o Decreto-lei 2.045; que faça possamos esperarque no dia de amanhã os nossos filhos e os nossos netosencontrem um País trilhando os caminhos da verdadeirademocracia, que é o caminho da ordem. da pal c da justiça social. (Palmas. O orador é cumprimentado.)
Duraflle o discur....·(} do Sr. .!olio Herculino () Sr.Ary Kfjilri. 2P-Secretârio. deixa a cadeira da presidência. que é ocupada pelo Sr. Fraoci,co Studarl. 3PSecretário.
O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - Tem apalavra o Sr. Cristina Cortes. (Pausa.)
O SR. CRISTlNO CORTES (PDS - MT. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputado" petaprimeira vez, nesta Legislatura, estamos ocupando a tribuna. Na Legislatura passada lutamos, durante os quatro anos, em prol do homem do campo. Aqui, por muitas e muitas vezes mostramos, com números e dados,como aqueles que lavram a terra no interior deste Paissão injustiçados. Dissemos, Sr. Presidente, durante aque~
le período, aos responsáveis pelo setor pecuário e agrícola, que estava havendo uma defasagem muito grande emrelação à economia rural, economia primária, c a economia industrial. Sempre alertamos. principalmente o Sr.Secretário do Planejamento c o Ministro da Agricultura,sobre o quanto era perigoso para o povo brasileiro acondução daquela política económica, porque se represava o setor rural enquanto se deixava, na área industrial, que os preços subissem continuadamente. Dizia oGoverno que havia subsídios - e, inegavelmente, até1978, nós os tínhamos. Para os homens do campo o juropara a aquisição do adubo era zero. Pagávamos 15% aoano de juros de financiamentos rurais e o VBC era 100%.Mas assim mesmo o preço daquilo que produzíamos nãorepresentava o preço do custo dessa mesma produção.
Outubro de 1983
Mas hoje, depois desses quatro anos, foi retirado paulatinamente o crédito aos agricultores e aumentada ataxa de juros. Chegamos ao absurdo de o produtor ruralhoje pagar correção plena. Evidentemente, se o Governodá ao grande produtor - aquele que planta mais de 300hectares; 300 hectares é muito pouco, mas é consideradopelo Governo como área de grande produtor - somente50% de financiamento, com correção de 85% das ORTNse 3% de juros, de onde esse agricultor vai conseguir osrestantes 50%? Ele vai procurar os bancos particulares,que lhe emprestam com correção plena, a 3% ao ano.
Perguntaria, então, a esta Casa: A que preço poderáser vendido o produto para corresponder a seu verdadeiro custo?
Sr. Presidente, Srs. Deputados, ouvimos, ainda hápoucos momentos, o ilustre Deputado João Herculinodiscorrer sobre problemas políticos do atual Governo.Mas nós, que vivemos no interior deste País, no CentroOeste, na região de Mato Grosso, que só agora está começando a crescer, olhamos com muito mais tristeza,com muito mais apreensão o problema da alimentaçãodo povo brasileiro. Porque quando faltar na mesa aqueleprato mais comum do brasileiro, o arroz - porque o feijão há muito já vem faltando - quando faltar àqueleque vive na terra condições de produzir, não sei onde vaiparar este País.
E vejam, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que a imprensa clama c grita contra o aumento dos artigos de primeira necessidade. Evidentemente, há uma defasagemmuito grande entre o que se ganha e o que se paga. Mas énecessário que esta Casa tenha conhecimento de que, seo consumidor está pagando caro o preço do produto primário, ou seja, o preço da carne, o preço do arroz, opreço do feijão, o preço do óleo de soja, enfim, o preçode uma porção de alimentos que são produzidos pela terra, o produtor está recebendo menos do que devia.
E aqui quero fazer, em rápidas palavras, Sr. Presideute, Srs. Deputados, um paralelo entre 1976 e 1983, paralelo este que vem de agosto de 1976 a agosto de 1983. Tivemos, nesse período - vamos partir da área da indústria que fornece implementos agrícolas para a produção,no setor primário, como tratores de rodas e respectivosimplementos - um aumento de 8.060%. Adubo - vejam os Srs. Deputados que este é o preço de agosto, porque, hoje, talvez, o adubo esteja custando quase o dobro.No dia 30 de agosto fechamos contrato de adubo na basede 190 mil cruzeiros a tonelada e, hoje, a mesma tonelada está custando 270 mil cruzeiros. Todos esses dadosque estamos mostrando são ainda do dia 30 de agosto. Oaumento do óleo diesel foi de 7.490%. Vejam V. Ex's queo óleo diesel, hoje, é um produto de primeira necessidade; ele é de importância vital, pois tudo 'lquilo que semove numa propriedade rural usa esse combustível. E
cu, com tristeza, já ouvi autoridades responsáveis pelosetor dizerem que o preço do óleo diesel tem influénciamuito pequena na produção primária. E nós, que mourejamos com a terra, que vivemos o dia-a-dia no intcriordeste país, onde temos uma propriedade rural, sentimosquanto estão enganados aqueles que assim o dizem.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, continuando a dar osnúmeros nesse período, vejam V. Ex's que houve Um aumento de 6.977% do arroz para o consumidor. Agora, oaumento para o produtor foi de 2.769%. Ê, portanto,uma injustiça muito grande a maneira como é conduzidaa comercialização, hoje fcita praticamente por um órgãogovernamental, a CF? O aumento para o consumidorchegou a quase 7.000%, enquanto o aumento para o produtor foi de 2.769%.
Pergunto, en~ào, aos Srs. Deputados como pode oprodutor, pagando 8,60%, ou 7,90%, produzir algo comum aumento de apenas 2.769%.
De maneira geral, todos os aumentos foram mais oumenos iguais, com exceção do feijão, por causa daquebra de safra. Também a soja, produto de exportação,
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foge a estc padrão a que nos estamos referindo neste momtSrtoPresidente e Srs. Deputados, é muito sério oproblema da agricultura, principalmente com relaçãoaos produtos mais consumidos pelos brasileiros - arroz,feijão, milho, óleo de soja e de milho - porque está havendo um verdadeiro retraimento dos produtores dessescereais.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, não sei aonde vamosparar se continuarmos com esta política, se continuarmos fazcndo com que O produtor fique desanimado, nãotendo ele, neste momento, dinheiro para produzir, porque os próprios bancos particulares estão com medo deemprestar o dinheiro a 50%, mesmo com correção plenae 5% de juros, pois receiam que não haja retorno dessecapital.
Com muito prazer, ouço o aparte do Deputado Francisco Sales.
o Sr. Francisco Sales - Deputado Cristina Cortes,quero, antes de tudo, parabenizar seu Estado por té-Ioaqui como seu representante. V. Ex' está fazendo umprouunciamento em benefício do homem do campo, falando especificamente das dificuldades pelas quais passao agricultor brasileiro. Ê bem verdade que a atual política agrícola do Governo está totalmente errada. O homem do campo está desassistido, faltando crédito e apoio à nossa agricultura e à nOSH3 pecuária. Acima de tudo, falta estímulo ao nosso agricultor. Os insumos, os adubos, os defensivos agrícolas sobem dia a dia. A mãode-obra do campo do trabalhador rural, conseqüentemente, também está subindo. O produtor, o nosso verdadeiro agricultor não tem estímulo nenhum para plantar,porque, quando produz, normalmente as suas despesascom plantio, derrubada, queima e colheita praticamentejá superaram de muito a receita da produção colhida.Esta é a verdadeira realidade, hoje, no Brasil. Num paíseminentemente agrícola como o nosso, hoje, estamos importando arroz e milho, havendo falta de feijão. Paraque V. Ex' tenha uma idéia - já que falou na soja praticamente já não temos soja. Foi proibida também aexportação de soja. Temos algumas culturas básicascomo o cacau e o café, culturas nobres, que ainda estãosobrevivendo graças ao mercado externo. Mas nôs, quevivemos basicamente das culturas de baixa renda, ou seja, do arroz, do milho e do feijão, o pequeno agricultor,aquele que trabalha no campo, com seu suor, não estamos sendo bem remunerados, não estamos sendo bemrecompensados, não estamos tendo uenhum apoio dosbancos. Só quem tem apoio hoje dos bancos oficiais sãoos grandes fazendeiros. É lastimável ver o estado a quechegou o nosso agricultor. O homem do Nordeste, o homem da Região Norte, do Mato Grosso, de Rondónia,do Acre, que trabalha a terra, cstá totalmente à mercêdos atravessadores, sem condição nenhuma de produzir,de descnvolver e de suprir as necessidades básicas de alimentação e da sua família, de ser bem remunerado pelotrabalho do dia a dia, do sol a sol, da luta na qual se empenha juntamente com a esposa e filhos. V. Ex' está deparabéns e seu Estado também. Juntos poderemos trabalhar, durante esta Legislatura, para que o homem docampo, o nosso pequcno agricultor tenha melhores dias.V. Ex' é uma voz viva que defende o homem do campo.
O SR. CRISTlNO CORTE.'; - Ê com prazer que incorporo ao meu pronunciamento o aparte de V. Ex~
Mas, Sr. Prcsidente e Srs. Deputados, há dias estivemos em uma reunião de produtores rurais e ali ouvimosum dos conferencístas dizer: ""Deus há de nos ajudar anunca mais ver o Presidente da República eleger comometa prioritária do seu Governo o apoio a agricultura".Ten ho grande respeito a S. Ex' o Sr. Presidente João Figueiredo, mas infelizmente não mc foi possível det'endêlo, porque aquele conferencista alinhou os números emostrou a situação de diversos setores da economia ru-
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ral, principalmente dos produtores de bens de primeiranecessidade. Tivemos que aceitar e reconhecer que ele estava Com toda a razão.
É com prazer que concedo aparte a V. Ex', DeputadoJonas Pinheiro, porque V. Ex' como eu, também sofrena carne o problema desta política.
O Sr_ ,Jonas Pinheiro - Deputado Cristino Cortes, estamos prcstando bastante atenção às suas palavras. SabeV. Ex' o apreço que tenho por seu trabalho, como político e também como produtor rural. Nossos caminhos,nesta luta, já se cruzaram muitas vezes, porque, na minha atividade de técnico em área rum I, debatemos freqücntemente o problema da agricultura brasileira. FazV. Ex' um retrospecto da nossa política de crédito rural.Hoje, estamos vendo que nosso produtor, com correçãoplena, está tendo inúmeras dificuldades em exercer suaúnica atividade, que é a arte de produzir alimentos paraa subsistência da população. A dificuldade do hom.em docampo é imensa. Por isso, a voz de V. Ex~ nesta Casa teráde ser ouvida, porque desta forma nos aliaremos em defesa da agricultura brasileira, sobretudo da agriculturamato-grossense. Mato Grosso, com 881 mil km', atéhoje só tem cultivados I milhão e 800 mil hectares. VejaV. Ex' o potencial do nosso Estado. E o seu pronunciamento, ouvido pelo Governo, será, de fato, um argumento cm favor da agricullura de Mato Grosso e do Brasil.Parabenizo V. Ex'
O SR. CRISIINQ CORTES - Agradeço a V. Ex' oaparte, qu~ pr#e)osamente incorporo ao meu pronunciamento.. i' I
I I', I .Sr. Presidente, Srs. Deputados, contmuando, no mes-
mo período, ou ~ejla, de agosto de 1976 a agosto de 1983,tivemos au;"'ento na colheitadeira de cerca de 6.937%. E,de agosto a outubro de 1983, essa colheitadeira já subiu45%.
Não entendo, Sr. Presidente, como o órgão que controla o preço dos implementas agrícolas não sente essaproblemática. Parece-me que está completamente divorciado dos números, porque, se há um decreto regulamentando os aumentos nesse setor, como é possível um aumento: em apenas noventa dias, de 45%? O adubo teveaumento de quase 100% cm noventa dias, e o produtorcontinua com o preço mínimo. Enquanto isso, os responsáveis pela política agrícola do Governo fazem comose nada entendessem, porque o preço mínimo dado aosprodutos primários, com um aumento baseado no preçode maio do ano passado, representa praticamente nada.Os preços de todos os implementas agricolas estão completamente descontrolados. Sobem de maneira assustadora. Não há uma diretriz. Em razão disso, depois queos produtos já estavam nas mãos da CFP, já estavam nasmãos dos atravessadores, é que veio esse aumento, paradeixar o consumidor, que vive e depende de salário, àmercê desses comerciantes. A grande verdade é que opreço mínimo deveria ser, sem dúvida alguma, a baseprincipal de apoio que o produtor rural precisaria ter. Énccessário quc o Governo olhe com seriedade o problema do preço da produção. Ê necessário que haja seriedade por parte dos homens que compõem os gabinetes técnico e econômico da CFP, ao analisarem o custo da produção, porque, se csse custo fosse real, se tivesse propiciado ao produtor preço condizeute e um pouco de lucroa que faz jus, evidentemente esse produtor hoje estariabem melhor remunerado e teria mais condiçõcs de produzir. No entanto, o que vemos é o produtor completamente empobrecido, sem condição alguma de produzir,porque, se o Governo lhe dá 50% com juros cm partesubsidiados, cm compensação, os outros 50% ele terá demendigar, porque o que temos visto é o banco se negando a dar os outros 50%, e com razão, com receio de quenão haj~l o retorno desse capital.
Quando emprestamos COm muita usura corremos risco, porque o produtor que apanha dinheiro com correção plena para produzir arroz, milho, feijão, com a
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política de preços tão mal conduzida, evidentemente, haverá de estar em dificuldades para efetuar o retorno destecapital.
Com prazer, ouço o Deputado Valmor Giavarina.
o Sr. Valmor Giavarina ~ Nobre Deputado CristinaCortes, V. Ex' aborda tema realmente apaixonante.Constantemente nos indagamos por que, no Brasil, que éconsiderado um dos maiores celeiros do mundo, o maiorpaís da América do Sul, inclusive em produção agrícola,assistimos a essa massa tão grande de trabalhadores passando fome'! V. Ex' fala em produção de arroz, feijão.Talvez tenha pensado em batata, chuchu e outros produtos agrícolas, mas não interessa ao Governo incentivar asua produção, porque as autoridades governamentais estão voltadas para outro tipo de cultura. Sabemos quequem quiser plantar soja, por'exemplo, em grande quantidade, terá todo o apoio e incentivo do Governo; bastatelefonar ao Banco do Brasil. Quem quiser plantar milhoem grande quantidade terá todo o apoio governamental.Por quê? Porque - já cansei de falar nesta Casa - essesprodutos representam dólares, são produtos exportáveis.Mas quem quiser plantar feijão, quem quiser plantar batata, quem quiser plantar arroz, não encontra apoio doGoverno Federal, porque não exportamos feijão, não exportamos batata, não exportamos arroz. Eis aí O grandeproblema nesse quadro. Há os que têm condições deplantar - esses têm o apoio governamental. Porém, ospequenos, que não têm condições de plantar, esses nãotêm esse apoio. Por isso que há fome no meio das grandes plantações. Parabenizo V. Ex' pelo feliz pronunciamento que ora faz, demonstrando de maneira clara e insofismável a realidade agrícola nacional.
o SR. CRISTINO CORTES - Agradeço o aparte aV. Ex~ e prazerosamente o incorporo ao meu pronunciamento.
Sr. Presidente, o relógio é o nosso inimigo, e neste momento está sendo tambêm inimigo do nosso produtor.Mas, temos que nos curvar às regras da Casa. Ao encerrar as minhas palavras quero, desta tribuna, fazer umapelo aos homens responsáveis pelo setor da produçãodeste País, ou seja, àqueles que compõem o Ministérioda Agricultura: ainda é tempo de acorrer para esta realidade. Nào estamos aqui pregando nenhuma hecatombe,mas sim dizendo que o produtor brasileiro, principalmente o de produtos de primeira necessidade, não tem,neste momento, condições de continuar produzindo.
Muito obrigado. (Palmas.)
O Sr. Nilson Gibson - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Líder.
O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - Tem apalavra o nobre Deputado.
O SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, como Comunicação de Liderança, queria esclarecer a V. Ex' e ao Plenário que oSenador Nilo Coelho, que estava internado no HospitalSanta Lúcia, foi para São Paulo. Em nome do PDS e,creio no dos demais partidos, desejamos o pronto restabelecimento do ilustre Senador e que S. Ex' volte às suasatividades nesta Casa o mais breve possível.
O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - NobreDeputado Nilson Gibson, embora não coubesse, regi·mentalmente, a comunicação de Liderança nesta oportunidade, a Presidência a considera da maior importáncia ea registra nos Anais da Casa, pois interessa a toda aNação, em se tratando do Presidente do Senado Federal,Senador Nilo Coelho.
O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - Concedo a palavra ao Sr. Deputado Eduardo Matarazzo Supliey.
O SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY (PTSP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. De-
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putados, ao iniciar o nosso pronunciamento, queremosem nome da Liderança do Partido dos Trabalhadores,desejar o pronto restabelecimento do Presidente do Se
. nado, Senador Nilo Coelho, que há um mês, em noitemomorável, certamente considerada por todos nós comoa mais importante da presente Legislatura, soube dignificar o seu mandato e a posição de Presidente daquela Casa, ao presidir uma sessão extremamente tensa do Congresso Nacional. Acreditamos que, se porventura, emvirtude do mal que o acometeu, S.Ex' não tiver condições de estar aqui presente por ocasião da apreciação evotação do Decreto-lei n' 2.045, como julgam os seusmédicos, toda a casa e o próprio PDS saberão respeitar aposição do Senador Nilo Coelho, contrária à questão deordem que havia sido colocada pelo Senador AloysioChaves, visando a tentar impedir que a Câmara dos Deputados pudesse apreciar e votar o Decreto-lei n' 2.024.Teremos, pois, que votar aquele Decreto-lei primeiramente na Câmara e depois no Senado.
Sr. Presidente, Sr8. Deputados, na segunda-feira retrasada, 3 de outubro de 1983, enviei ao Exm' Sr. Presiden.te da República, General João Baptista de Oliveira Figueiredo, e ao Presidente do PDS, José Sarney, relatóriooficial, em que mostrava como o então Governador Paulo. Salim Maluf havia utilizado de maneira indevida aImprensa Oficial do Estado para beneficio próprio e doPDS, gastando cerca de 650 milhões de cruzeiros, em termos de cruzeiros do ano passado, mais de um bihão emcruzeiros corrigidos deste ano, para impressão de estatuto, programas, cartazes e panfletos do PDS. Havia sugerido ao Presidente da República que, na própria defesada dignidade da vida nacional, tomasse providências nosentido de o PDS restituir aos cofres do povo paulista aquele dinheiro, por uso indevido. Não vi qualquer providência; nem mesmo o Presidente da República acusou orecebimento do ofício, embora eu o tivesse entregue emmãos ao Ministro Seixas, assessor do Ministro Leitão deAbreu. Nem o próprio Prsidente do PDS, Senador JosêSarney, indicou que tivesse recebido a carta e que queriatomar alguma providéncia. O que notamos é que o PDSnão tem preocupação alguma em averiguar problemasde mau uso de recursos públicos.
Ainda hoje, o Deputado João Hcrculino mencionavaque em Pernambuco foram condenados os assassinos doProcurador Pedro Jorge de Melo e Silva. Porém, observamos que a Justiça, no País, ainda não conseguiu agilidade suficiente para impedir que em atos como o que aquele Procurador denunciava e investigava sejam efetivamente apurados e apontados os responsáveis, os culpados.
Hoje à tarde, comparecerei à Terceira Vara Criminalda Justiça do Distrito Federal, por solicitação do Juizdaquela Vara, com o intuito de depor como testemunhade defesa de Luiz Inácio Lula da silva. Presidente do Partido dos Trabalhadores, em virtude de, no ano passado,como candidato a Governador de São Paulo, em entrevista à Folha, ao lhe ser perguntado sobre como se caracterizava a administração Paulo Salim Maluf, ter respondido que se caracterizava pelo aumento da repressãopolicial, pelo aumento da corrupção e pela, "eara-depau" com que o Governador mentia ao povo de SãoPaulo. Na verdade, não havia da parte do Presidente doPartido dos Trabalhadores a intenção de injuriar a autoridade constituída ou o ex-Governador Paulo Salim Maluf. Mas ele ali estava expressando o seu sentimento de.cidadão, o seu sentimento de indignação com respeito atantas notícias que tinha, e notícias bem fundamentadas,sobre como, de fato, se caracterizava a sua administração. Com respeito à repressão aos trabalhadores, aosmovimentos sociais, estava ali o exemplo, o que haviaocorrido, aos olhos de todos, na Freguesia do Ó. OS administradores regionais da Prefeitura, da administraçãoReynaldo de Barros e membros da administração Malufhaviam simplesmente combinado um verdadeiro massa-
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cre aos manifestantes que ali foram protestar contra asua administração. Houve repressão policial violenta,também durante os movimentos de reivindicação dostrabalhadores do ABC.
Com respeito ao mau uso de recursos públicos, jáapresentamos os caos, por exemplo, da Imprensa Oficialdo BANESPA, Sr. Luís Carlos Bresser Pereira, a respeito do estado em que encontrou aquela instituição apósquatro anos da gestão Paulo Salim Malur e José MariaMarin. E vamos mostrar algu"ns desses det~lhes.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, diz o Presidente doBANESPA, em relatório do primeiro semestre desteauo, que me foi enviado em 19 de julho de 1983:
.. "O BANESPA sofreu graves prejuízos nos últimos quatro anos. Somente na área de operações, obanco registrou no período perdas no valor de Cr$22.713.279.35d,97. Destas, em operaçàes já vencidas, os valores alcançam a casa dos Cr$16.183.494.439,00. E a Créditos em Liquidação foram transferidos Cr$ 4.896.504.824,01, números in·discutíveis por si só e que mostram os resultados degestões mal-orientadas.
O BANESPA, no entanto, se mostrou mais forte queos administradores que por ele passaram e como instituição se mantém firme, prestigiado pela clientela, produzindo bons negócios e lucros razoáveis, dada a suacondição de banco comprometido com o bem sociaL"
É necessário salientar, Sr. Presidente, que neste relatlÍrio há até o cuidado de promover a defesa da instituição, depois de tudo o que aconteceu. Como responsável por ela, o Sr. Luíz Carlos Bresser Pereira tinha quecolocar em termos principalmente de defesa da continuidade da existéncia da instituição, pois o Governo Montoro já tinha tido uma experiência. Quando surgiram denúncias a respeito da má administração da Caixa Econômica do Estado de São Paulo, houve até risco para a instituição. Na medida em que os depositantes perderam aconfiança na instituição, em virtude de tantos desviosocorridos na administração passada, houve até retiradade depósitos. E recuperar a imagem depois de uma máadministração é muito difícil. Dai por que os termos deste relatlÍrio serem muito prudente.
Diz ainda o Sr. Bresser Pereira:
"E o que sustentou esta resisténcia e impediu quea estrutura do banco saísse arranhada nos últimosquatro anos foi o profissionalismo de seus funcionários. Mais de 90% das operações que foram transferidas para as Contas d~. "Operações Vencidas" e"Créditos em Liquidação" quando tramitaram nobanco não foram aprovadas pelos gerentes. E atémesmo quando a diretoria impunha suas decisõessem a observância dos critérios técnicos, muitos gerentes registravam, por escrito nas ordens de operação a discordância e a imposição. O empreguismosem freios que campeou ua administração passadapode ser considerado de proporções limitada noBANESPA. Atê mesmo os 190 "funcionários fantasmas" encontrados registrados nas empresas doconglomerado só se mantiveram nesta condiçãoporque não compareciam ao trabalho não se expondo ao repúdio dos funcionários efetivos.
O banco não atravessou estes quatro anos incólume. Ao contrário, como iremos mostrar, no limite
·do possível foi bastante manipulado. A instituição co seu pessoal, entretanto, souberam se defender. Aintegridade do banco e de seus homens não foi alcançada. E a prova disto é que em poucas semanas,com os cuidados administrativos devidamente tomados, a instituição reviveu.
A legislação federal que regulamenta as atividades das instituições financeiras no Brasil impede que
Outubro de 1983
se faça publico as operações realizadas entre os bancos e seus clientes" Há poucas exceções a esta regra..:E isto ocorre quando alguns dos lados, se sentindoprejudicado, recorre à Justiça ou então quando aprópria Justiça assim o determina. Afora estas situações, os bancos e seus diretores estão proibidospela "lei do sigilo bancário" de revelar as operações".
Quero aqui abrir um parêntese. Acreditamos que essalei do sigilo bancário deva ser modificada, principalmente no que se refere às operações de crédito subsidiado.Estamos elaborando projeto de lei no sentido de que asoperações de crédito subsidiado deixem de ser objeto desigilo bancário. Não ê possível, Srs. Deputados, que emnosso País haja abuso tão grande na distribuição de crêdito subsidiado, com desvio de sua finalidade, e que tudoisso seja protegido sob manto da lei, que impede a transparência dessas informuções aos olhos do povo.
Vejam o próprio escândalo da mandioca. Qua:l foi atremenda dificuldade para se encontrar os responsáveis?Foi exatamente essa questão do sigilo bancário. Em primeiro lugar, os beneficiários do crédito subsidiado recebiam empréstimos a taxas de juros muito menores doque as de mercado, c utilizavam esses recursos na compra de títulos que prometiam um retorno muito acimadaquilo que pagavam pelos seus empréstimos. Obviamente, isso representava uma transferênçia de rendapara as mãos de poucos que não contribuí~m para o aumento da produção nacional. A contrapartida disso éque, na economia como um todo, precisarrtos retirar alguma coisa daqueles que efetivamente conrribuem parao aumento da produção de bens e serviços; Por esta razão é que temos, hoje, decreto-lei como o 2.p45, que procura retirar dos trabalhadores o poder aqui~itivo de seussalários. Por quê? Porque o arrocho salarial é o outrolado da medalha da corrupção descnfread~.
INobre Deputado Luiz Henrique, com t040 prazer da-
rei o aparte a V. Ex' Porém, gostaria de fazer, antes, umareflexào sobre o que ouvi, ainda há poucos! dias, de umempresário. Há alguns anos, quando cu qa DeputadoEstadual em São Paulo, encontrci-me com oireferído empresário e lhe relatei o que havia testemunh4do no recinto da Assembléia Legislativa de São Paulo. Isto em 1979.O Governador Paulo salim Maluf aliciava deputados domeu partido, o então MDB que tinha lá umá bancada de53 Deputados contra 26, apenas, da ARENA.. Eu observava como, dc maneira sofisticada, às vezes mais veladamente às vezes mais abertamente l o GOv~rn01 sob acoordenaçào de Paulo Salim Maluf, do enFo Líder daARENA, Deputado Armando Pinheiro, elde um entãomembro do MDB, que já recebia empréftimo do BANESPA, como vou relatar aqui, galvanizava outros elementos do MDB para votar no Prefeito "biônico" Reynaldo de Barros. Um dia, indignado relatei a esse empresário o que estava ocorrendo na Assembléia, o que euhavia testemunhado. Um Deputado do MDB abriuquestão na bancada, em virtude de ter sido transferido ojuiz da cidade de Assis para Taubaté, às vésperas de umadecisão de arquivamento de processo, que iria indiciarum colega seu, um sôcio seu, ex-Prefeito da cidade, poratos de corrupção. O novo juiz arquivou o processo cerca de 10 dias antes da votação para escolha do PrefeitoReynaldo de Barros. Outro caso foi a concessão de empréstimo subsidiado por indicação de um Deputado doMDB, na cidade de São Carlos, tudo por um chefe de gabinete do então Ministro da Agricultura, Antônio Delfim Netto, em conluio com o Deputado Paulo Salim Maluf. Este concedia empréstimo àquele grupo por indicação de um Deputado do MDB, coordenado por outroque hoje é membro desta Casa. Tudo isto já ,mencioneiclaramente, com todos os nomes, na Assembl~ia Legislativa. Ainda há outros exemplos de como s~ oferecia aDeputados até o controle de Secretarias noigoverno de
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Reynaldo de Barros, caso eles viessem a aprovar o seunome.
Ao relatar este episódio ao empresário, ele me disse,na semana passada: "Quando você me contou aquilo, Eduardo, fiquei pensando que você não imaginava comoeram as coisas, porque não adian ta, tem sido assim mesmo. Mas o problema sério, que estou vendo agora, é quese antigamente havia muito roubo, muita corrupção, todavia - eu pensava - o produto do roubo ficava noBrasil, e os que roubavam compravam fazendas, investiam em indúslrias". Então, o empresário achava que eraum processo de criaçào de riqueza. "'Mas agora", disseme ele, "~o problema é que muitas vezes os que desviamrecursos públicos desta maneira os estão enviando parao exterior. Então a situação é grave, porque se trata deum saque internacional".
Ora eu continuo a me indignar com o desvio de recursos, seja nacional ou internacionalmcnte. O importante éque esta Nação não perca a sua capacidade de se indignar, como está ocorrendo hoje com o próprio Presidenteda República e com o Presidente do PDS, que nada disseram sobre o relatório em que eu documentei o desviode recursos da Imprensa Oficial do Estado.
Ouço V. Ex'
O Sr, Luiz Henrique - Nobre Deputado EduardoMatarazzo Suplicy, veja V. Ex' que o regime produziuessas monstruosidades. O regime fechado, o regime autoritário, o regime arbitrário produziu a eleição biônicadc Prefeitos das Capitais, a eleição biônica de Governadores de Estado e a eleição biônica de Presidente da República. Pois bem. Foi este sistema fechado, hermético,que produziu a figura de que V. Ex' está tratando nestamanhã. Foi ele Prefeito de São Paulo, sem o voto do povo; foi ele Governador de Estado, sem o voto do povo. Eo que é mais triste e lamentável é que a imprensa o coloca como virtual vencedor da corrida para a Presidênciada República, caso essa corrida, para a desdita daNação, se promova dentro do círculo fechado do Colégio Eleitoral. E a imprensa ainda noticia que o cidadão éo candidato mais credenciado porque apresentou a plataforma mais viável, mais factível, mais condizente comas necessidades da Nação. Foi porque tivesse propostomudanças, reformas de base, alterações substanciais nacondução da política econômica e social do Pais? Simplesmente porque tem sido mais hábil nesses atos de queV. Ex' fala, porque tem sido mais hábil em oferecer jantares, ou na tarefa da missão do envolvimento no aliciamento de pessoas. É lamentável que o País esteja diantedesse quadro, que reclama - e reclama com mais força- a necessidade de se ouvir o povo, de se abrir o regime,a fim de que se caminhe efetivamente para uma democracia, através de eleições diretas para Presidente da Re·publica.
O SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY - Defato, observamos esse absurdo. Este sistema de eleiçõespelo Colégio Eleitoral, que o povo não considera legítimo no sentido de efetivamente representá-lo, está produzindo distorções tão graves quanto essas dos presidenciáveis que, utilizando recursos públicos, disputam a preferência de quem? Deste Colégio Eleitoral restrito.
Temos notícia de que o Sr. Paulo Maluf abusa extraordinariamente. Temos notícia de que o MinistroMário Andreazza está reformando um andar inteiro deum prédio do Sistema do BNH, para instalar seu escritório político, como se fosse sua propriedade, utilizandorecursos públicos para sua campanha. E nào fez cerimô-nia disso, nobre Deputado Nilson Gibson. .
Antes de conceder o aparte a V. Ex' solicito a suaatenção para algumas dessas graves irregularidades quevou relatar c que foram causadas pela administraç;toMaluf-Marin.
"A Administração da política de crédito do BANESPA durante o governo de Paulo Maluf e José
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Maria Marin foi marcada pela ausência de critériostécnicos e de diretrizes claras do ponto de vista empresarial e social.
O banco não cumpriu nem seu papel de instituição ligada ao Estado e, portanto, co-responsáveldos problemas sociais vividos. nem de empresa privada (o BANESPA é uma empresa de economiamista: onde o Governo do Estado de São Paulo é omaior acionista) que precisa ser efeciente parasobreviver à agressiva concorrência do mercado financeiro.
Em razão desta indcfinição, por exemplo, o banco deu pouca atenção ao atendimento às pequenas emédias empresas e aos setores econômicos commaior capacidade de geração de emprego. Sob o aspecto empresarial, cOmO se verá mais adiante, os recursos foram tão mal-aplicados que provocaramuma queda na rentabilidade do banco e o crescimento da conta. "crédito em liqüidação" (operaçõesvencidas). Internamente, na estrutura do banco,desvirtuou-se a hierarquia das relações entre a diretoria e as gerências regionais e agêpcias. Os diretores desconheciam as avaliações dos gerentes ou nãoconsultavam estes profissionais em operações duvidosas. E, COm freqüência, simplesmente impunhamsuas ordens, desrespeitando as próprias normas internas de operação. O que caracteriza claramente amá gestão dos negócios.
Como resultado inevitável deste tipo de administração, o BANESPA acumulou no período os seguintes resultados:
- Operações transferidas para Créditos em Li-qüidação. 4.896.504.824,01
- Operações vencidas .. " 16.183.494.439,00- Operações vincendas com perspectivas de ili-
qüidez . .. .. .. . .. .. . .. . ... . .. 1.633.280.091,86- TOTAL.............. 22.713.279.354,87
Na evolução dos depósitos à vista de 1979 a 1982,o Banco do Estado de Sào Paulo perdeu mercadO;,não acompanhando sequer o crescimento dos mciosde pagamento. A análise comparativa da evoluçãodos depósitos ã vista do BANESPA no períodomostra que se o banco tivesse acompanhado a expansão média apresentada pelos seus principaisconcorrentes, teria atingido, em 1982, um volume dedepósitos à vista da ordem de Cr$ 252,3 bilhões,contra apcnas Cr$ 213,7 bilhões efetivamente captados. Esta diferença de 15%, significou concretamente perda de posição no mercado e, cm última análise, uma menor capacidade de financiamento às atividades econômicas e sociais em geral. O que provaque as volumosa~ verbas de propaganda gastas nãoatingiram seus objetivos.
Enquanto a evolução média do PatrimônioLiquido dos 10 maiores bancos privados do Paísapresenton, na gestão de Paulo Maluf e José MariaMarin, um índice de crescimento de 1.475%, o BANESPA evoluiu somente 770%. Esta visível descapitalização do banco oficial do Estado se deu entre
outras razões pelo mau direcionamento do crédito.O que fica cvidenciado pela conta Crédito em Liqüidação (operações vencidas), que sofreu uma evolução de 1.644%: no período de 1979 a 1982, enquanto a média dos 10 maiores bancos privados doPaís registra na mesma conta uma evolução de751%, Esta evasão acarretou Uma redução substancial nos resultados operacionais do banco.
O grande número de operações com objetivos defavorecimento pessoal e político reduziu, abaixo doaceitável, a rentabilidade dos créditos concedidospelo BANESPA. Por exemplo, enquanto na amostra dos 10 maiores bancos privados do País o índicede rentabilidade (resultado operacional/total da
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operação de crédito) indicava 5,84%, o BANESPA,excluindo seus repasses internos, apresentou umíndice de apenas 1,71%. Se o BANESPA tivesseacompanhado o índice de rentabilidade dos bancosanalisados, seu resultado operacional, em dezemrode 1982, seria de Cr$ 18,4 bilhões e não os Cr$ 5,4bilhões efetivamente auferidos. Ou seja, Uma diferença de mais de 13 bilhões."
Concedo o aparte ao nobre Deputado Nilson Gibson.Entretanto, como havia mencionado que não tinha recebido carta do Senador José Sarney, quero ressaltar queacabo de reeebé-la, Sr. Líder do PDS em exercício, nosseguintes termos:
"Brasília, 10 de outubro de 1983Senhor DeputadoEduardo Suplicy,Acuso o recebimento do Expediente de V. Ex'
encaminhando doeumentaçào do Diretor dô Serviço de Imprensa Oficial do Estado de São Paulo,relativa a "possíveis irregularidades" naquele órgão.
Em se tratando do exame de atos administrativos, entendemos que existe legislação específicapara O assunto, com procedimentos para definir responsabilidades.
Assim, a documentaçào deve ser dirigida ao organismo próprio, dentro da lei, para receber o encaminhamento previsto.
Atenciosamente,Senador José Sarney,"
Tem o aparte V. Ex', Deputado Nilson Gibson.
o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, o SenadorJosé Sarney inclusive faz um aditamento, até explicaqual o caminho que V. Ex' deve seguir para que sejam adotadas as providéncias cabíveis. Ele aconsclha que V.Ex' utilize os meios legais, a fim dc que aquele que forencontrado em culpa seja punido. Mas, nobre DeputadoEduardo Suplicy, V. Ex' dizia que se sentia indignado,em decorrência de determinadas acusações...
o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICYSenti indignação.
o Sr. Nilson Gibson - Não é privilégio de V. Ex' sentir essa indignação quando, evidentemente, vemos irregularidades, i1icitudes e determinados comportamentosque não são corretos, dcntro da sociedade e que não sãoapurados. Disso não tenho dúvida alguma. Concordocom V. Ex', que é do Estado de São Paulo. Temos conhecimento de grandes irregularidades e ilicitudes noGoverno de São Paulo, recentemente, principalmente naSecretaria dc Educação. Nisso nós somos solidários comV. Ex', que vê que o Governador de São Paulo não adota as providências cabíveis para que seja dado conhecimento ao povo sobre a matéria. Mas eu desejaria dizer aV. Ex'. que se refere a um relatório...
o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY Peço a V. Ex' que conclua, porque o Presidente está chamando a minha atenção.
O Sr. Nilson Gibson - V. Ex' faz acusações a um colega seu, a um conterrâneo seu, aliás o Deputado Federalmais votado do Brasil, que é o nosso companheiro PauloSalim Maluf. Ocorre o seguinte: se V. Ex' faz uma acusação, se tem documentos comprobatórios de que houveum comportamento ilícito do ilustre Deputado PauloSalim Maluf, poderá agir segundo preceitua o Código deProcesso Penal, através de açào pública, como ensina onosso Presidente do PDS. O Senador José Sarney ensinaa V. Ex' o caminho que deve tomar para reclamar asprovidências cabíveis, a fim de que sejam apuradas essasqenúncias. Em relação...
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
o SR. EDUARDO MATARAZZO SlIPLICY - Agradeço o aparte de V. Ex' Não tenho tempo, infelizmente.
o Sr. Nilson Gihson - Vou contestar ainda aquela colocação que V. Ex' fez quanto ao Ministro do Interior,Mária A ndreazza.
o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY Não é verdade que ele está...
O Sr. Nilson Gíbson - Não são verdadeiros esses argumentos que V. Ex' está usando. Não pertence...
o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCYOnde ele está fazendo o escritório político?
o Sr. Nilson Gibson - ...de maneira alguma, ao Sistema Financeiro de Habitação algum imóvel.
o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY - NoedifÍcio da SEMA.
O SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - A Mesapede a compreensão do ilustre aparteante para o fato deque o tempo do orador já está esgotado e há outros oradores inscritos.
o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY Para concluir. Sr. Presidente...
O Sr. Nilson Gibson - Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY - Sr.Presidente, não terei tempo de ler todo este relatório,mas vou pedir sua transcrição, na íntegra, ressaltandoque os tremendos dcsvios que ocorreram na CorretoraBANESPA não foram efetivamente sanados inteiramente, nem foi feita alguma coisa com os seus responsáveis,além de terem sido destituídos dois deles.
Esta é a lista das financeiras que foram beneficiadascom as operações daquele tipo. Aqui está o exemplo daoperação típica que fazia a Corretora BANESPA, durante a administração Paulo Maluf, uma operação como Banco Regional, que está sendo liquidadajudicialmente.
O Sr. Nilson Gibson - Nohre Deputado EduardoMatarazzo Suplicy...
O SR. EDlJARDO MATARAZZO SUPLICY Não lhe posso conceder o aparte porque não há maístempo.
O Sr. Nilson Gibson - ...devem ser tomadas providências para que sejam apuradas ...
O SR. PRESIDENTE(Amaury Müller) - A Mesa insiste com o Deputado Nilson Gibson para que observe acircunstância de que o tempo do orador já se esgotou hádois minutos.
o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY Leio, Sr. Presidente:
"Exemplo: Operação com o Banco Regional S.A. (emliquidação judicial) Nos casos de compra de ações, ondeo Banco Regional era cliente da Banespa Corretora, obanco pagava apenas no prazo de cinco dias úteis após odia do pregão (+5). J â na venda de ações à Corretora, obanco recebia o pagamento um dia após o dia do pregão(+ 1). Um privilégio absurdo dentro do mercado, pois asnormas da Bolsa de Valores determinam que as operações obrigatoriamente devem ser liquidadas no terceiro dia útil após o dia do pregão (D+3). Idéntico procedimento ocorria com alguns clientes pessoas físicas. Os irmãos Jayme Michaan Chalan e Ralph Miehaan Chalan(ambos diretores do Banco Regional), por exemplo, ti-
Outubro de 1983
nham o raro privilégio de nas compras de ações da Banespa Corretora pagarem em um prazo de sete dias úteisapós o dia do pregão(D+'7) e nas vendas li Corretora receberem no mesmo dia do pregão (0+0). Um tipo demanobra muito rendosa em geral e conveniente nos momentos de aperto de caixa,"Está aqui também. Sr. Presidente. o relatório das despe
sas de propaganda e publicidade, extraordinariamente elevadas, muito acima dos seus concorrentes. Vou pedirque tudo isso seja registrado. Além disso, uma inadequação da mídia, que pagava recursos extraordiná.rios àsempresas jornalísticas, das quais os proprietários eramparlamentares do PDS.
Havia, também, cento e noventa fantasmas, muitosdos quais trabalhando para parlamentares do PDS; havia, ínclussive, o caso de inúmeros Deputados do PDSque receberam empréstimos subsidiados e não pagaramdevidamente. Alguns desses Deputados eram do MDB,antigamente, e passaram para o PDS. Aqui está a maneira como o Governador Maluf aliciava membros da Oposição para se transferirem para o PDS. Aqui estão os relatórios. E este ê do BANESPA, membro da atual administração do Governo Franco Montoro. Então, nâo éverdade que o Governo Franco Montoro tenha dado umatestado de idoneidade ao ex-Governador Paulo Maluf,porque este relatório está aqui registrado nos Anais doCongresso Nacional. da Cámara dos Deputados. e, portanto, é do conhecimento da opinião pública.
Espero que o Governo Montoro haja da mesma maneira com a fmprensa Oficial do Estado e com O BANESPA, de modo mais rigoroso, levando esle caso à Justiça. Eu os transmito ao Congresso Nacional para que aopinião pública saiba como se caracterizou a sua administração, a administração Maluf-Marin, o Governopassado, e a ameaça que constitucm para o Brasil.
O Sr. Jor~e Vianna - Eu desejaria dizer a V. Ex' que,infelizmente, na Bahia, a corrupção não permitiu queprovássemos a mesma coisa. Coisa semelhante deve estarocorrendo com o BANESB, na Bahia.
O SR. EDlIARDO MATARAZZO SUPLlCY - Enão permitiremos que isto se repita na administração atuaI. Se repetir-se estaremos aqui também denunciando.(Palmas.)
Durante o discurso do Sr. Eduardo Matarazzo Sup/icy. o Sr. Francisco S/1/dart. 3'-Secretário. deixa acadeira da presidência. que é ocupada pelo Sr. Amaury Mülier. 4'-Secretário.
o SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - Tem a palavra o Sr. Renato Vianna. (Pausa.)
O SR: RENATO VIANNA (PMDB - Se. Pronuncia oseguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, naárea da Previdência Social, é inconcebível que critériosde custo do tratamento sobreponham-se ao critério humano e social. Quando está em xeque a saúde de milhares e de até milhões de pessoas. nào é lícito falar~se emarrocho das despesas de atendimento, restrições a certostipos de terapia, bloqueio do acesso a determinados medicamentos, redução dos quadros de especialista e outrosprocedimentos que resultam em pcrda da qualidade c dapresteza nos serviços devidos pelo INAM PS aos seus segurados.
Forçoso é reconhecer que a estrutura da saúde no Brasil atravessa uma das mais graves crises. Problemas deordem atuarial têm, inclusive, ameaçado de colapso osistema da Previdência Social, deficit~rio desde as suasorigens, mas nunca tão vulnerável, como nos últimosanos, aos desequilíbrios causados pela crônica dívida daUnião, devedora perene e confessa da parecela correspondente a um terço do total a ser arrecadado pela gigantesca máquina previdenciária. A contribuição tripar-
Outubro de 1983
tite - empregado, empregador e Uniào - continua,pois, desfalcada do terceiro apoio do tripé de sustentação ~o sistema previdenciário.
A situação, como se sabe, tem sido agravada por freqüentes distúrbios conjunturais de ordem financeira,quer decorrentes de desvios de fundos, por ocasionais infidelidadcs de agen tes do órgão, quer em conseqüênciada arrecadação a menor, por inadimplência de empresários sonegadores ou tornados insolventes pela crise econômica, quer, ainda, pela diminuição das rendas arrecadadas em função do processo recessivo que estamos vivendo.
Todos esses fatores adversos estarão contribuindo,por certo, para a sêrie de medidas restritivos ao atendimento médico a que fazem jus os associados dessa monumental empresa seguradora - que assim pode ser definido o SIMPAS - os quais pagam em dia suas contribuições, ao contrário do patrão maior, o Governo daUnião, e, portanto, têm todo o direito de reclamar contra as falhas clamorosas registradas na prestação de serviços médicos-hospitalares. Não é justo que recaia sobreeles o ônus de erros antigos e modernos, cujo acúmuloestá de fato criando dificuldades aos responsáveis pelosetor, não resta dúvida, mas não poderá jamais ser descontado sobre os contribuin tes, em forma de amesquinhamento da quantidade e da qualidade do atendimentooferecijo. .
O Sr. Jor~e Vianna - Permite-me V. Ex! um aparte?
O SR. RENATO VIANA - Pois não, Deputado Jor-ge Vianna. ~. .
O Sr. Jorge Vianna - V. Ex' mal começa o seu discurso, ejá o interrompo. Mas gostaria de dizer a V. Ex! queo assunto que traz hoje a debate é o mais grave que esta
.Nação está vivendo: a saúde de seu povo. Hoje mesmo,através dos jornais, a Previdência Social comunica que,se o Governo não liberar o dinheiro, não terá os 420 bilhões de cruzeiros, o rombo atual. Quer dizer, não valeua pena o sacrifício do ano passado, quando voltou a aumentar a contribuição de empregadores para salvar a assistência médica, tida como a causadora de todos os males da -Previdência. No começo do seu discurso V. Ex'lembra que o responsável por tudo isso é o Governo,porque não só não entra com o seu dinheiro neste ano,mas nunca entrou. Alguns bilhões ou trilhões de cruzerios dariam para pagar tudo e sanear esta situação. Aliás, o próprio Ministro da Previdência Social está dizendo agora que, se o Governo comprisse a sua obrigação,não haveria crise nenhuma. Parabenizo V. Ex' pela colocação que faz, mostrando que a assistência médica não énem nunca foi responsável pelos males da PrevidénciaSocial. No ano passado, diziam que a Previdência podiagastar até 25% do seu orçamento em assistência médica,e neste ano ainda não se chegou aos 19%. V. Ex! chamalogo a atenção de todos para o fato de que não há porque fazer um cerceamento nem tais modificações, comoas que estão pretendendo, a esta altura, na asistência médica, para degradá-la ainda mais. Continuo ouvindo odiscurso de V. Ex'- O SR. RENATO VIANA-Agradeço a V. Ex', nobreDepulado, que, além de grande parlamentar, é médico etenho a certeza de que aqui se associa aos reclamos dasua classe, porque o atual sistema desagrada a classe médica, as associações hospitalares e também os própriospacientes segurados da Previdência Social.
Prossigo Sr. Presidente.Vejamos, por exemplo, como o INAMPS procurou fa
zer tabula rasa das carências dos seus contribuintes, emmatéria de internamento hospitalar, implantando umsistema de atendimento denominado AIH - Autorização dc Internamento Hospitalar -, a partir do qual seestabelecem limites máximos ao número de baixas narede de hospitais, fixando-se, além disso - medida incompativel com os melhores principias da medicina social - prazo certo para a duração do tratamento de de-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
terminadas doenças, assim como do período destinado àconvalescença.
Nem é preciso ser médico para compreender o quantosemelhante sistemática conflita com o adequado atendimento do problema. Pois ninguém ignora que o organismo humano, mesmo acometido de idêntica enfermidade,reage de maneira diversa à terapia nele aplicada, em con~
formidade com fatores que variam de pessoa para pessoa- idade, compleição física, condições sócio-econômicase muitos outros de caráter físico-psíquico que não' se enformam em padrões preestabelecidos.
Pode-se afirmar que o desagrado foi geral, a começarpelo do paciente - o vcrdadeiro prejudicado, é claro, atéos vários segmentos da classe médica, inclusive associações e entidades representativas de profissionais de diferentes categorias da área médica.
No Estado de Santa Catarina, especialmente na cidadede Blumenau, tem sido veemente a condenação da AIH,classificada de artifício utilizado pela Previdência Socialpara baixar os custos da assistência técnica, com o indesejável efeito colateral de degradar a qualidade da medicina social.
As mcdidas restritivas - aponta ainda a classe médicade Santa Catarina - poderão tornar-se causas de deficiências e insucessos nos tratamentos médicos,Constituir-se-ão, ademais, em obstáculos ao aperfeiçoamento dos serviços hospitalares, cada vez mais incapacitados para se equiparem e manterem um padrão condigno de desempenho, o que redundará, evidentemente, emsérios prejuízos para a sociedade.
Também os dirigentes hospitalares do Estado de SantaCatarina, em assembléia geral extraordinária realizadaem 6 de setembro último, aprovou, por unanimidade deseus membros, a seguinte proposição:
I - Rejeição à implantação do sistema AIH, no Estado de Santa Catarina, nos termos e condições até agoraapresentados e conhecidos, tendo em vista o seu insucesso no Estado do Paraná.
O Sr. Jorge Vianna - Deputado, permita-me interromper novamente. Efetivamente, V. Ex' vê que, ao invés de estarem melhorando, os tecnocratas estão piorando a assistência médica. É preciso que esta Casa e aNação fiquem sabendo que, pelo antigo regime da Previdência Social, um hospital de primeira, quer dizer, o melhor hospital psiquiátrico do Brasil receberia hoje, dediária global - diária global incluindo médico, psiquiatra, enfermagem, comida, dormida, tudo - 3 mil c 500cruzeiros. O melhor hospital receberia de diária global 3mil e 500 cruzeiros. E ai se diz que o hospital é ladrão,que o hospital rouba, que gasta não sei quantos quilômetros de esparadrapo. Qual é a pensão mais miserável doBrasil que não cobra isso? Pois bem, isso aí a Previdênciaachou que era muito e passou a utilizar o que V. Ex' coloca muito bem, a AIH, qualquer que seja a doença equalquer que seja o indivíduo que vai ser internado. Nãoé o líder do PDS que vai ser internado, não é o Ministroque vai ser internado. Mesmo porque, quando o Ministro precisa, ele vai para Cleveland. O povo brasileiro éque vai para os hospitais. No momento do internamento, qualquer que seja a doença, o hospital vai ser pagopela doença. Quer dizer, se o sujeito tiver lá uma diarreia, e se não fícar bom com I ou 2 dias, ele vai receber...
O SR. RENATO VIANNA - Ele vai embora.
O Sr. Jorge Vianna - Tanto faz ele passar 1 dia internado, quanto passar \O dias internado, o hospital vai receber pelo internamento, o médico vai receber a mesmacoisa. Então, está-se vendo o que vai ser feito. Quer dizer, o antibiótico que for necessário dar... A corrupção aívai ser desenfreada. Eles estão levando a classe médica eos hospitais, na medida de sua sobrevivência, a diminui·rem o padrão de atendimento médico. E o indivíduo nãovai passar no hospital a quantidade de dias necessários,
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nem vai ter o atendimento médico necessário. Está vistoe revisto que não é dessa forma que vamos resolver oproblema da assistência médica brasileira.
o SR. RENATO VIANNA - Obrigado, DeputadoJorge Vianna.
Continuo alinhando as proposições da Associação dosHospitais de Santa Catarina.
2 - Somente admitir a implantação de novo plano,com a interveniência e aprovação de uma comissão mista, formada por representantes das entidades de classesdos médicos, hospitais, INAMPS e segurados (empregados e empregadores).
3 - Pela mesma comissão mista e ouvida as entidadesinteressadas, como alternativa, até a impla~tação definitiva de novo plano, deverão ser apresentadas medidas deaperfeiçoamento do sistema - "GIH".
4 - Concitar a que todas as entidades de médicos ehospitais, assim como os hospitais e casas de saúde emgeral, não firmem qualquer entendimento isolado com oINAMPS, sem a interveniência das mesmas entidades.
5 - Qualquer entendimento sobre o novo plano quealtere o "GIH" seja somente feito mediante contrato escrito com ampla explicitação dos deveres e direitos daspartes interessadas, notadamente com referência detalhada e desdobrada dos diversos CUStOS (diárias, taxas desala, materiais, medicamentos, serviços auxiliares dediagnástico e tratamento, forma e prazos de apresentação das contas, prazos de pagamentos, periodicidade eíndices de reajustes.
Se a "AIH" não encontrou acolhimento entre as pessoas e entidades atingidas pelas restrições nela implícitas,muito menos aceitação tiveram ,as novas normas vigcntespara o tratamento da insuficiência renal crônica, quepreconizam um método rec~bido com reservas pelas autoridades especialistas em nefrblogia.
Trata-se da substituição do processo de hemodiálise,de custo mensal orçado entre 600 a 900 mil cruzeiros, pormétodo de menor custo, é verdade, mas que apresenta acentuados inconvenientes, expondo, inclusive, o pacientea riscos de infecção, por falta de condições para realizaro tratamento prescrito, que consiste na ','Diálise Peritoneal Ambulatorial Continua - CARPD".
A nova orientação do atendimento a pacientes dessaárea específica foi preconizada pela Portaria n' 24I/83 eestá sendo considerada atentatória à vida dos doentes renais. Baixado com o mesmo intuito de reduzir as despe.sas operacionais de ordem técnica, o ato em questão contraria frontalmente os interesses dos 6.200 pacientes renais cránicos do Brasil, diminuindo-lhes em grau substancial as perspectivas de cura.
A Diálise Peritoneal Contínua Ambulatorial é feita emcasa, depois que um cateter é introduzido pelo abdomemdo doente, ao qual compete a tarefa de manipular, deseis em seis horas, bolsas plásticas com a solução medi·camentosa.
Trata-se de manutenção, a nivel de núcleo familiar, deum tratamento delicado que exige equipamento e preparo técnicos, os quais, embora rudimentares, nem sempreestão ao alcance dos mais carentes.
Foi estipulado em apenas oito, por médico, o númerode pacientes a serem atendidos através da hemodiálise.Contra a limitação, protestam tanto os especialistascomo os integrantes da Sociedade Latino-Americana deNefrologia, Sociedade de Medicina e Cirurgia e Associação Médica Brasileira, unânimes no entendimento deque a CAPD encerra "um enorme risco de infectação dopaciente" .
Na edição de ontem, 13 de ",utubro de 1983, o Jornaldo Brasil, na coluna "Informe", registrou uma passeatade protesto com faixas e cartazes, realizada em Londrina, norte do Paraná, constituída por cem doentes renaiscrônicos, que pediam a revogação da Portaria 241 de 11de agosto de 1983, do Ministêrio da Previdência e Assis-
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tência Social, que reduziu em cinqüenta por cento as Verbas para os hospitais que realizam a hemodiálise.
Ouço o Deputado Carlos Sant'Ana.
o Sr. Carlos Sant'Ana, Deputado Renato Vianna,traz um dos assuntos mais sérios ao estudo desta Casa.Quero ressaltar os aspectos que V. Ex' está desenvolvendo. especialmente a circunstância de que a Previdênciaestá sem recursos, ou conta com parcos recursos, em decorréncia da política recessiva do Governo. O desemprego retira uma massa de contribuinte, da previdência,porque considerável número de empregados passam àclassificação de desempregados. De outra parte, com oachatamento salarial e com o desnível salarial, há perdado poder aquisitivo, diminuindo, também, o que se recolhe 11 Prcvidência. Entcndc-se, então, que a Previdência,com a massa global de recursos muito afetada, tenha departir para a racionalização da assislência médica quepresta. Nada temos contra isto. Entendemos inclusiveque a racionalização ê de máxima importância para quese maximize os mínimos recursos disponíveis. Mas V.Ex' enfaliza que isso não pode ser feilo com prejuízo daqualidade da assistência médica, inclusive quando se opla, por exemplo, por métodos como a diálise pcritonealcontínua, praticamente um método subsidiário, em comparação com a hemodiálise, e que só se utiliza, em determinadas condições, em pacientes altamente qualificados,que têm, portanto, condições de enfrentar o problema dainfecção secundária, quando eles próprios fazem a diálise peritoneal contínua, ou em serviços também extremamente organizados. Parabenizo V. Ex', que trata de umassunto da mais alta importância, Lamento, apenas, apequena platéia para lhe assistir, mas estou certo de queo discurso de V. Ex~ calará fundo nos especialistas na
queslão.
O SR, RENATO VIANNA -Agradcço a V. Ex', Dcplltado Carlos Sant'Ana, o apartc, qlle enriqllcce o meupronunciamento. Sei que V. Exll-, como médico, tambémtem pleno conhecimento das dificuldades que se abatemhoje, não só sobre a classe médica, como também sobre arede hospitalar e sobre os próprios pacientes.
Aliás, neste País, onde vivemos recessão constante,quer-mc parceer que o Governo Federal não cuida devidamente dc dois setores fundamentais para que a criatura, se não viva, pelo menos sobreviva condignamente: aeducação e a saúde. Os parcos recursos aplicados na educação nesle País constituem demonstraçào de que o Governo Federal não tem interesse em erradicar o analfabetismo, para que essa massa de ignorantes continue sobsua tutela. O outro setor fundamental, Deputado CarlosSant'Ana, é justamente a saúde, para que a pessoa pelomenos possa ter o seu desenvolvimento físico e psíquicopleno. possa viver dignamente, com segurança, e ter noEstado justamente o tutelado r dessa sua vida em sociedade.
Ouço o nobre Deplltado Luiz Henrique.
o Sr. Luiz Henrique - Permite-me, nobre Deputado.O Goveno parece que tem Minitros bem quistos e Ministros malditos, porque não é possíveL que o Governo formule políticas contrárias à açào de seus próprios Ministérios, O Ministro Hêlio Beltrão denunciou recentemente à Naçào que o arrocho salarial proveniente da cdiçãodo Decretro-Lei n" 2.045 iria retirar da arrecadação daPrevidência Social, este ano, cerca de 400 bilhões de cruzeiros. Não se pode admitir que o Governo edite um dcereto sc~m olhar, primeiramente, para as circunstânicias cos desdobramentos sociais que dele advirão e cujos resul
lados já estão nas ruas - o caos social, o desemprego, odesespero, a miséria e a fome - e quc não olhe tambémpara as consequências e os desdobramentos que serãogerados cont.ra ele próprio, como está aconlecento COm aPrevidência, que jã apresenta llm novo rombo, um novodéficit provocado pelo arrocho salarial, que já perdura
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
desde 25 de janeiro deste ano e que está fÚzendo com quea Previdência transforme a assistência médica num verdadeiro suplício para o contribuinte, para o beneficiário.Quero, em nome da liderança do PM DB, cumprin,cntálo pela oportunidade e pela profundidade de seu discurso.
O SR. RENATO VIANNA - agradeço o aparte a V.Ex', nobre Deputado Luiz Henrique, Um dos brilhantesVice-Líderes do nosso partido nesta Casa. V. Ex' maisuma vez reitera a nOSSa afirmaçáo de que à medida emque aumenta O número de segurados, de pacientes daPrevidência Social. o Governo reduz a receita a ela destinada, prcjudicando sensivelmcnte a qualidade do atendimento médico"hospitalar.
Prossigo, Sr. Prcsidente.Releva assinnlar, a propósito, a preocupação das asso
ciações médicas, como a UNIMED de Blumenau, comoutro aspecto da limitação do emprego da hemodiúlise, aser considerado pelas autoridades do INAMPS, casoprocedam denúncia de que a Portaria n" 241/83 teria.tambêm, intenção de beneficinr'determinada companhiamultinalcional. Aliás, a interferência de conglomeradoseSlangeiros no campo tem-se constituído em objeto defundadas reclamações da grande maioria das associaçõesmédicas do País.
Estes e outros acontecimentos lamentávies registradosno campo da assistência mêdica a cargo da PrevidênciaSocial fazem parte de um conjunto de medidas, adotadasna área, que estão se refletindo, negativamente, na opi"nião pública brasileira, devendo, portando, ser reezaminados pclo Dr. Aloísio SaBes da Fonseca, Presidente doINAMPS, o qual, embora tcnha afirmado em recente depoímento prestado da Comissão Parlamentar de In
quérito do Senado Federal sobre a Previdência Socialque " ... a imagem pública e a credibilidade institucionaldo INAMPS estão sendo rápida e progressivamente re"cuperadas ...~" não pode ignorar a avalanche de protestos levantados pela sociedade contra as normas recente"mentes estabelecidas, ora ciladas, além de outras também lesivas aos direitos da clientela especílica da entidade, baixadas sem consulta aos interesses da grande massade filiados e dos órgãos vinculados ao sistema,
Apelamos à sensibilidade política e ao espírito públicodo Dr. Aloísio Sanes no sentido de que contemple osproblemas em questão, acima de tudo, do ponto de vistado trabalhador de baixa renda, impossibilitado de recorrer a médicos ou entidades particulares.
Ouço o nobre Deputado Walmor de Luca.
O Sr. Walmor de Luca - Nobrc Deputado RenatoVianna, cumprimento. V, Ex', pois com o brilho que lheé peculiar, trata de um assumto extremamente atual, queesti, na ordem do dia das discussões nacionais que tomaconta, inclusive, dos debates na imprensa: a situação porque passa a Previdência Social, espeeialmcte no que serefere à assistênicia médica. Normas mais recentes têmsido baixadas. Extremamente polémicas, elas estão, hoje,a provocar reação em órgãos. de classe como as associações médicas dos mais diferentes Estados. Existeaquela norma referente à hemodiáiise. Sem dúvida ne"nhuma, o tratamento que V. Ex' dá a esse problema é omais adequado. Eu não quero fazer uma revisão, propriamente, nos conceitos de V. Ex' Pelo contrário, queroendossá-los, na medida em que V. Ex' coloca como fundamentai que se ouça a sociedade, que se abra o debate.Exatamente, é este o ponto nevrálgico desta questão. ODr. Aloysio Salles deveria comprender que ele acertariae recuperaria a imagem do INPS peranle a opiniãopública nacional, na medida em que de transformasse aPrevidência Social num órgão transparente, onde os bcneficiários pudessem efetivamente influenciar nas decisões, Aí creio que encontraríamos o caminho correto.Por outro lado, entendo haver alguma coisa de correto
Oulubro de 1983
nas medidas tomadas pela atual administraç"o da Previdência Social. Não é possível a Previdência Social destePaís continuar com O modelo que privilegia os serviçosaltamente sofisticados. Não é possivel a previdência Social continuar a remunerar trabalhos médicos por tabelas que não se coadunam com a rcalidade brasileira. Presisamos de coragem, nesta Casa. especialmente nós, aOposição, para dizer inclusive que estamos dispostos adebatcr em outros termos com O Ministro da PrevidénciaSocial. Hélio Beltrão, e com a direção do INPS, no sentido dc encontrar um caminho mais adequado para superar esta nova crise em que se acha mergulhado hoje aPrevidência SociaL Sou daqueles - inclusive como profissinoal na área - que entendem que não serú atravésdesse tratamento privilegiado da remuneração pela uni-
·dade de serviço que se encontrará solução para:l crise daassistência médica brasileira. Mas estamos, neste momento, a colacar recursos nas mãos de pessoas muitasvezes sem capacidade profissional e - pior ainda inescrupulosas, que se aprovitam da sistemática de paga"menta das contas hospitalarcs para roubar a PrevidênciaSocial. É necessário exatamente coibir o roubo e a cor"rupção que grassam no seio da asisténcia médica brasileira. Dai por que algumas dessas medidas tomadas naPrevidéncia SocIal nós as temos hojc como corretas ecertas, em que pese condenarmos a sua verticalidade, oseu autoritarismo, por terem sido baixadas sem uma discussão e sem uma democratização da Previdencia Social.
Meus cumprimentos a V. Ex' peia disposíção em trazereste tema ao debate nesta Casa, que, por certo, pela suuatualidade, merece nosso respeito e nosso aplauso.
o SR. RENATO VIANNA -Agradeço a V. Ex', Deputado Walmor de Luca, sempre brilhante e digno repre
sentante do povo eatarincnse nesta Casa, já por três legislaturas, que também, como profissional do ramo, bioquímico que é, tem conhecimento pleno nüo só das dificuldades. COmo apresenta sugestões para o aperreiçoamenta do sistema prividenciário vigente.
Mas o que criticamos, Sr. Presidente e Srs. Deputados,é justamente o tratamento discriminatório dispensadopelo Instituto Nacional da Previdência Social. Governadores, Presidentes da República e pessoas int1uentes têmtratamentco feito em clínicas altamente especializadas esofisticadas do estrangeiro. E, depois, o ressarcimento éfeito em dólares e em moeda estrangeira. Ao passo que otrabalhador, o mais humilde, tem tratamento médicoambulatorial na sua casa, correndo o risco de infecção
do órgão ou da parte do corpo adoecida.Por isso, Sr. Presidente, o nosso apelo continua. Para
terminar, peço que o Dr Aloysio SalIes da Fonseca veja
esses segurados como seres humanos, pessoas carentes,merecedora de cuidados médicos. e nuo como meros números figurando na carteira de contribuinte para efeitode recolhimento da parcela dos seus míseros salários aOScofres da instituição.
Era o quc tínhamos a dizer, Sr. Presidente. (Palmas,)
Durante o discurso do Sr. Renato Vianna o Sr.Amaury Müller. 4'-Secretário, deixa a cadeira dapresidência. que é ocupada pelo Sr. Walber Guimarães, 2'- Vice-Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o Sr. Amaury Müller (Pausa.)
O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Pronunciaseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,pais do carnaval, do juiz artilheiro, do desemprego, dosubemprego, do salário da fome, o Brasil nào conseguesolucionar seus mais angustiantes problemas porque, no
poder de forma ilegítima, estão encarapitados teenocratas incapazes e incompetentes. Por isso, Sr. Presidente eSrs. Deputados, o descalabro continua ...
Outubro de 1983
As últimas notícias dão conta de que o Brasil, atravésde seu Governo, deu a mão à palmatória e detonou oprocesso de renegociação da nossa estonteante dívida externa. Devemos, hoje, à comunidade financeira internacional, alguma coisa como 100 bilhões de dólares, Aocâmbio oficial, isto representa perto de 80 trilhões decruzeiros - ou 4 vezes toda a arrecadação orçamentáriada Uniào prevista para 1984. Trocada em miúdos, cadabrasileiro deve ao exterior nada menos que 615 mil cruzeiros - o que representa 2 anos de trabalho para cadaum dos milhões de empregados que percebem um saláriomínimo de rendimentos mensais.
Negocia-se, agora, com o Fundo Monetário Internacional, um congelamento da divida pelo prazo de 5 anos.Neste espaço de tempo, O País pagaria "apenas" osjurosdo monstruoso débito, a uma taxa de 12 ou 13% ao ano,e isto significa um pagamento anual de 12 a 13 bilhões dedólares. Apenas dc juros, já que o principal fica para seramortizado entre o sexto e nono anos. No sexto ano, assim, deveríamos remeter para o exterior um pagamentolíquido de 37 bilhões de dólares; no sétimo, 34 bilhões,no oitavo ano, 31 bilhões e, finalmente, para nosso desafogo - se é que se pode cbamar isso de desafogo - quitaríamos nossa dívida externa já no nono ano, remetendo para o exterior um saldo líquido de 27 bilhões dedólares...
Sr. Presidente, este é o plano... Os números que estãoai, a sercm exibidos - e que não podem ser subtraidospor aqueles que teimam em defender o indefensável não são números políticos. Eles resultam de um elementar exercício contábil - tomando-se, por baixo e muitopor baixo - juros de 12% ao ano sobre a nossa divida.
Agora, vcjamos: cm 1983, devemos alcançar um superávit de 6,5 bilhões de dólares em nossa balança comerciaI. Mas este saldo favorável - é bom que se diga - será obtido às custas de um profundo e perigoso desequilíbrio social e económico. Nunca, em toda a históriaeconómica do Pais, Srs. Deputados, atingimos niveis tãoaterradores de inflação - já se contabiliza, de graça, demão beijada, 160% ao ano; nunca o desemprego foi tãoalarmante - 10% da força de trabalho, ou cerca de 5 milhões de brasileiros, irmãos nossos com igual dircito aopão, à felicidade e à esperança. Nunca uma recessão renitente fez cair o produto real de maneira tão acentuada;nunea a dívida públiea interna chegou a superar de longea arrecadação anual <Ao Tesouro - o Governo deve, hoje, sem ter como pagar, cerca de 15 trilhões de cruzeiros;jamais, na História brasileira, as taxas dejuros chegarama atingir 12, 13, 15% ao mês, inviabilizando o investimento produtivo, estimulando a especulação, realimentando o processo inflacionário, empobrecendo cada vezmais os pobres e enriquecendo cada vcz mais os poucosricos...
Está ai, a olhos vistos, Sr. Presidente, o resultado social do superávit de 6,5 bilhões de dólares. Imagine agoraV. Ex' o que resultará quando tivermos, a partir de 1984,dc apurar divisas líquidas da ordem dc 12 bilhões dedólares, apenas na balança comercial. Por isso, apesar deser o País do carnaval, do futebol, do juiz artilheiro, detantas outras coisas que enfeitam os eartões postais, masescondem a miséria do nosso povo, o descalabro continua... A imprevidência campeia... A incompetência sealastra... O engodo da sociedade brasileira cada vez maisse dissemina...
O Governo já se desmoralizou perante a comunidadebrasileira, e, agora, através da nova. Carta de Intençõesdo FMI, pretende desmoralizar também o Pais junto àcomunidade internacional. Neste documento fantasioso,contra o qual as Oposições haverão de brandir as suasarmas - armas de paz e de denúncia, nesse documento,repito, que inclusive provocou a exoneração do Sr. Carlos Langoni do Banco Central, por discordância expressa das metas irrealistas nele contidas, o Governo brasilei-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
ro - Governo ilegítimo, porque não brotou da vontadepopular, à revelia de quem quer que seja, comprometese, entre outras coisas:
a) com uma inflação de aproximadamente 60% aolongo de 1984, quando neste ano da graça de 1983 estamos disparando aceleradamente para os 200% ao ano.Como o Governo alcançará este objetivo se a sua avidezpor recursos financeiros o obriga a colocar títulos públicos remunerados a 9,10% e até 12% ao mês? Osjuros pagos pelas ORTNs, Sr. Jlresidcnte, balizam as taxas dejuros no mercado financeiro. os quais, por sua vez, impulsionam os custos das empresas e exercitam cada vez maiso processo inflaeionário. Ou pretende o Governo. após ofechamento de contrato eom o FMl, deixar de pagarsuas contas correntes, ou pretende aplicar um magistralgolpe na praça, congelando a dívida pública e decretando a falência de milhares e milhares de iI)vestidores?Qualquer das duas alternativas, Srs. Deputados, significa o caos económico e financeiro do País, Então, diantedeste quadro doloroso e sombrio, que alternativa resta?Com a arrecadação do Tesouro, o Governo poderá superar o problema? E as demais despcsas, como ficam? Ouefetivamente estamos na iminéncia de um calote monstruoso do Governo aos seus credores? Com a palavraaqueles que ainda se arriscam, jogando-se contra a sociedade para responder a essas questões.
Mais ainda, Sr. Presidente, item b:b) compromete-se, ademais, a reduzir o déficit públi
co a zero, até o final de 1984. Como fazé-Io, Sr. Presidente? Com a arrecadação do Tesouro? e - volto a insistir- as demais despesas? Ou, efetivamente, estamos naiminência de um calote monstruoso do Governo aos seuscredores? As Oposições, aqui e agora, denunciam:aproxima-se um grande calote, que o Governo, o regimeautoritário, pretende aplicar na sociedade brasileira.
Ouço V. Ex' com muito prazer, Deputado Nilson Gibson, para manter a ordem cronológica.
o Sr. Nilson Gibson - Concederei a vez ao nobre colega. Posteriormentc, apartearei V. Ex'
O Sr. Valmor Giavarina - Nobre Deputado AmauryMüller, a história que V. Ex' está contando me fazlembrar outra história que ouvi na minha terra. Conta-seque o Vereador de um Município pequeno chegou tardeà sessão e foi advertido pelo Presidente. Mas ele estavatodo sujo de barro e, para justificar o atraso, disse que oPrefeito não estava consertando as estradas. E a provaestava ali: ele teve que ir a pé, deixando o seu jipe na estrada, porquv."o jipe atolou-se". Nobre Deputado, outro Vereador o aparteou, para dizer que ele estava errado; deveria corrigir o vernáculo; _....Não é atolou-se, é seatolou". Ai o Líder da bancada quis desfazer a celeuma ediss,; "Se foi com as rodas da frente, então é atolou-se sefoi com as rodas de trás, é se atolou". Quando ele explicou que foi com as quatro rodas, o Presidente terminou a'questão:. "Então seu jipe.se atolou-se"; O Brasil, nobreDeputado,. "se atolou-se", e não sei como vai sair desta.
O SR. AMAURY MÜLLER - Profundamente sensibilizado, agradeço a V. Ex' O aparte que, reproduzindoimagem magistralmente colocada, dá bem uma nítidaidéia da situação a que fomos levados, pela incompetência, pcla incapacidade e pela falta de patriotismo daqueles que se encarapitaram no Poder, à revelia da vontadepopular. Mas o dia em que eles do poder sairão pela von·tade do povo, pela manifestação das urnas, peja expressão maior da sociedade brasileira está próximo. O desespero já tomou conta do regime, e ele está acuado, encurralado nas suas próprias contradições. Muito obrigado.
• Ouço com muito prazer o nobre Deputado NilsonGibson.
O Sr. Nilson GibSQn - Nobre Deputado AmauryMüller, V. Ex' fez um trabalho, pelo menos de início, de
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profundidade, um estudo que ell - poderia até contessalo - apesar de estarmos debatendo freqüentemente acrise econômica do País, ainda nào tinha ouvido de outros Parlamentares. Nas colocações iniciais, V. Ex' traz ocronograma para ser discutido, a Carta de Intenções enct1minhada aos nossos credores, a fim de que possamosrenegociar, reestudar a dívida externa. Mas creio que V.Ex' está apenas na vontade...
o SR. AMAURY MÜLLER - Má vontade?
O Sr. Nilson Gibson - Não, na vontade de que, numfuturo próximo, o partido de V. Ex' possa assumir o poder.
O SR. AMAURY MÜLLER - V. Ex' se equivoca.Não disse que o meu partido estaria prestes a assumir opoder. Disse, sim, que, se qualquer partido de Oposiçãochegar ao poder, ou se todos os partidos de Oposiçãounidos, chegarem ao poder, haverá dc se mudar este quadro doloroso e sombrio.
O Sr. Nilson Gibson - Também é uma colocação queconsidero muito otimista, que diverge do pessimismoque V. Ex' apresenta em relação à Carta de Intençõesque o País apregoa, para que possamos reduzir a nossainflação a 60%, no ano de 1984.
O SR. AMAURY MÜLLER - E V. Ex' acredita nessa lírica pretensão?
O Sr. Nilson Gibson - Ê claro sou otimista.
O SR. AMAURY MüLLER - Eu também sou otimista, mas não cego para a História.
O Sr, Nilson Gibson - Acredito que nào seria o caso.Se V. Ex' fosse um homem que desenvolvesse seu trabalho no setor primário, na agricultura, jamais poderia seragricultor no Nordeste, pois não se conformaria ao veraquelas nuvens carregadas irem embora e não cair águapara que pudesse colher os produtos da terra. Mas estenão é o assunto que nos interessa. Vamos ao pronunciamento de V. Ex'
O SR, AMAURY MÜLLER - Com a brevidade queo tempo está a exigir.
O Sr. Nilson Gibson - O nobre Deputado que me anotecedeu no aparte foi muito infelíz, porque tentou empanar um pronunciamento da envergadura do de V. Ex',com colocações como as que S. Ex' fez, dizendo que,"atolou-se" e "se atolou". Isso não condiz com esta Casa, em hipótese alguma. Teremos que discutir o problema da economia brasileira e não procurar saber do casode um jipe de um Vereador que se atolou ou deixou deatolar.
O SR. AMAURY MÜLLER - É que V. Ex' não entendeu a metáfora empregada pelo Deputado ValmorGiavarina.
o Sr. Nilson Gibson - Exatamente não entendi a inoportunidade do aparte de S. Ex' Pedi um esclarecimentoporque, evidentemente, há um ponto obscuro no pronunciamento de V. Ex' A imagem não foi bem colocada.
O SR. AMAURY MÜLLER - É exatamente por isso, por não entender, que V. Ex' continua a defender oindefensável, a tentar explicar o inexplicável. Pediria a V.Ex' que concluisse o séu aparte.
O Sr. Nilson Gibson - V. Ex' aborda, no seu pronun·ciamento, o descalabro, problcma de incompetência. Todavia V.. Ex', no final, toma uma posição, que eu nãoacredito seja deste ilustre parlamentar, que conheço bastante, embora em posições contrárias, e com quem, emSão Paulo, tivemos oportunidade de debater assuntos semelhantes. Eu não entendo: V. Ex' quer que nós passemos calote nos nossos credores?
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o SR. AMAURY MÜLLER - Nobre Deputado,acho que, mais uma vez, V. Ex' não entendeu as coisas.
o Sr. Nilson Gibson - Pelo amor de Deus, não dcfenda essa tcse, quc já foi aqui defendida pelo Presidente...
o SR. AMAURY MÜLLER - Ou V. Ex' cstá deturpando, deliberadamente, a bússola do meu discurso paratorpedeá-lo, ou V. Ex' está precisando realmente de maisluzes.
o Sr. Nilson Gibson - Escute bem: o único Estadoque temos no País, cuja direção está entregue à agremiação de V. Ex' - e posso dizer que tenho até uma certa admiração pelo programa do PDT - ...
o SR. AMAURY MÜLLER - Muito obrigado.
o Sr. Nilson Gibson - ... é um dos Estados que maisdeve, inelusive arcando com problemas do nosso endividamento externo, por causa do seu metrô, da Ponte RioNiterói e do aeroporto. Veja V. Ex' que este Estado govcrnado pelo PDT foi privilegiado no contexto da infraestrutura do País. Mas eu queria chcgar ao seguinte: V.Ex' também está advogando uma tese que é daqueles quenão querem fazer um trabalho evidentemente apurado.como o nobre Presidente do PMDB, Deputado UlyssesGuimarães, que, há cerca de uns cinco dias, fazia umpronunciamento propondo a mesma coisa que V. Ex':passar o calote. V. Ex', evidentemente, no exercício detal trabalho, não aceita essa Carta de Intenções com queo nosso Governo porcura, futuramente zerar o déficit ebaixar a taxa de inflação para 60%. Não acredita V. Ex'nessa viabilidade da estrutura cconômica do País? Quepessimismo carrega V. Ex' hoje nesta tribuna? Sempre oconsiderei como um dos Parlamentares mais lúcidos.Quando iniciei meu ligeiro aparte, rclativamente às colocações de V. Ex~ sobre a situação econômica, inclusivecom referência à Carta de Intenções, V. Ex' falava sobreo problema do desemprego no País.
o SR. AMAURY MÜLLER - Sr. Presidente, façouma pergunta à Presidência: se o orador que está na tribuna é o Deputado Nilson Gibson, ou cu, porque o discurso paralelo de S. Ex' deixou-me na dúvida.
o Sr. Nilson Gibson - Vou cncerrar c sci que o Dcputado Amaury MaIler é homem liberal e habituado ao debate. Quanto ao desemprego, V. Ex' diz que ele existe emconseqaécia da nossa dívida externa. Discordo integralmente. Por que essa colocação?
O SR. AMAURY MÜLLER - Retomo a palavra, Sr.Presidente. O aparte de V. Ex', que muito me honrou,constitui o mais flagrante calote que V. Ex" passou aomeu discurso. (Risos.) Mas, continuo, Sr. Presidente.
Ainda há mais. O Governo almeja um saldo, na balança comercial, de 9 bilhões de dólares em 1984. Comodcvc 14 bilhões ou tcm um compromisso da ordem de 14bilhões, de onde tirará - se é que aleançará esse saldo de9 bilhões nas suas contas com o comércio exterior - osrestantes 5 bilhões? Do bolso raspado e vazio dos trabalhadores?
Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, as únicas formasconhecidas de se obter divisas consistem em superávit dabalança comercial, superávit na balança de serviços, nosinvestimentos externos diretos. ou no esvaziamento deeventuais reservas, ou ainda, no crescente endividamentoexterno. Como não temos um tostão, sequer, de reservaspara esvaziar. como as empresas multinacionais não irãoinvestir num País claudicante e duvidoso, e como nãopoderemos incrementar ainda mais o endividamento externo, sobraria apenas a vã e sonhadora hipótese de umsuperávit de 5 bilhões de dólares na balança de serviços,o que representa uma cândida ou uma draconiana utopiados formuladores de nossa política de salvação econômica e social.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Eis aí, Sr. Presidente, Srs. Deputados, um balanço antecipado do futuro que nos espera. E notem os Srs. Parlamentares que não estou sendo pessimista, como pretcndeu inutilmente, com seus argumentos rot"s e esfarrapados, o ilustre Líder do Partido Oficial. Estou sendo atéotimista, estou propondo fórmulas dentro aquilo que éviável e possível para se obter esses recursos que o Governo diz que vai obter.
Chegamos a este termo porquc a Nação vem sendo tutelada por um grupo de tecnocratas deslumbrados, aquem falta aquela visão política e humanista que deveria"pautar qualquer planejamento económico. Não estaríamos. aqui, à beira do caos, se os formuladorcs de nossosdestinos fossem a anônima e legítima massa de cidadãosbrasileiros que compõem este País, que não têm voz eque não têm vez e contra quem, nobre Deputado NilsonGibson, o Governo de V. Ex' uma vez mais brande osinstrumentos, os mecanismos do autoritarismo paratirar-lhe o que já não têm: nem liberdade, nem pão, nemesperanças.
Não estaríamos no desespero absoluto se a sociedadebrasileira participasse cfctivamente das grandes decisõesnacionais, ao invés de ser gerida por meia-dúzia de iluminados. Apenas a democracia, Srs. Deputados, representaa solução justa para um País, por maiores os descaminhos e atropelos que possam acometê-lo. O povo pagarápor seus erros, mas não é justo esperar que pague peloserro~ alheios, ainda mais quando tais erros se embasamna ineúria administrativa, no despreparo, na negligênciae no mais profundo desprezo pela vontade de umaNação intcira.
O Sr. Cid Carvalho - Permite V. Ex' um aparte?
O SR. AMAURY MüLLER - Ouço V. Ex' com muito prazer.
O Sr. Cid" Carvalho - Nobre Dcputado AmauryMüller, estamos todos ouvindo com a maior atenção opronunciamento de V. Ex!]. V. Ex' entra, agora, numaquestão que me parece fundamental: em que medida oPaís inteiro, a Nação inteira pode avalizar os erros defalsos dirigcntes. Sou daqueles, nobre Deputado, que cntendem que, se a Nação é viável, essa direção que aí estáé inviável. Logo, há uma contradição entre a Nação e adireção. Um País numa crise como a que enfrentamosnão vai resolver problema nenhum, não vai pagar dívidanenhuma se não estiver exercitando todas as suas potcnciaJidades. E esta Nação tem condição de se mobilizarpara isso. Mas só pode se mobilizar se readquirir a suacredibilidade. De forma que resolver os problemas doPaís da sua dívida interna e externa, através de uma direção nacional inteiramente desacreditada e sem nenhuma capacidade de mobilizar a Nação é inteiramente impossível. Sou daqueles que acham que o País tem seuscompromissos, mas tem de ver em que medida é responsável por compromissos assumidos em scu nome. E só aatitude viril da moratória, só uma virada de página, só areformulação da direção nacional é que" pode mobilizaras forças para atravessarmos essa crise tão profunda queenfrentamos. Muito obrigado a V. Ex'
O SR. AMAURY MüLLER - Eu é que quero expressar minha gratidão pelo oportuno aparte de V. Ex' e rciterar aqui que são colocações como as que V. Ex' faz, semelhantes às que fez o nobre Deputado Valmor Giavarina, que o nobre Líder da Minoria governista nesta Casanão consegue ou não quer entender. Na sua ânsia de servir a um regime, que nada lhe dá senão encargos espinhosos como este de defender o indefensável, mas paraviver na doce vida. à sombra do poder, arrisca-se S. Ex'até a agredir o próprio processo histórico.
Mas quero concluir, Sr. Presidente, lembrando que,enquanto o Governo esmaga os salários, estimula o desemprego, patrocina o subemprego, eleva os Índices demortalidade infantil e taxas comprometedoras para llmpaís civilizado e que pretende ser democrático. Enquanto
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tudo isso acontece, protegidos do regime, que levam umavida principesca, excursionam pelo exterior gastando oque não temos. O Governo, que se dá ao luxo até de acenar com a possibilidade de cortar o cafezinho nas repartições públicas, cafezinho que é uma instituição nacional. sob o pretexto de fazer economia, quer agora, não sócortar O cafezinho, o que é uma pilhéria sem graça, masinvestir contra as empresas estatais, que constituem ummarco histórico da soberania nacional, também com opretexto ridículo e hipócrita de conter despesas que elepatrocina nessas viagens principescas de presidentes deestatais ao exterior. Mas não traz nenhum benefício aosseus empregados.
O Sr. Valmor Giavarina - Permita-me. V. Ex', nobreDeputado Amaury Maller, me perdoe, mas não está fazendo justiça à vivacidade do nobre Líder da Minoria,Deputado Nilson Gibson. S. Ex' é um homem muito comedido.
O SR. AMAURY MüLLER - E atilado.
o Sr. Valmor Giavarina - E atilado. S. Ex' chega aoponto - para que V. Ex' sinta, perceba, veja a vivacidade do Líder da Minoria - de aqui tomar uma postura elá fora tomar outra. Aqui, S. Ex' é defensor intransigcntedo indefensável, disto que aí está S. Ex' chegou a ficarquatro horas sentado ali levando cantadas e defendendoO que é indefensável. Mas, nobre Deputado, ele é manhoso. Tive oportunidade. recentemente, de ler um discurso que o nobre Deputado Nilson Gibson não leu.
O SR. AMAURY MüLLER - Era isso que eu ialembrar" V. Ex....· Um discurso cncaminhado à Mesa.
o Sr. Valmor Giavarina - Encaminhou como lido umdiscurso onde tece críticas terríveis ao Governo que aí está, para depois mandar tirar separata desse discurso paramostrar aos seus eleitores no seu Estado que aqui eletoma uma postura de defensor do povo. De modo que,nobre Deputado, V. Ex' tem que entender melhor o Deputado Nilson Gibson. Ele ê um homem de duas posturas: uma para efeito interno e outra para efeito externo.
O SR. AMAURY MüLLER - Eu nutro pelo nobreDeputado Nilson Gibson o maior respeito, a maior admiração. Creio que divcrgir é próprio do homcm. Mas,para que essas divergências não separem as pessoas e sirvam. ao revés. para aproximá-Ias, elas precisam ser cons"'cientes e responsáveis. E na medida em que debatemos,na medida em que o Deputado Nilson Gibson tenta defender um governo que nada lhe dá, senão esses encargosespinhosos, mas se manifesta, através de um pronunciamento de Pequeno Expediente encaminhado à Mesapara publicação no Diário do Congresso, contrário a determinadas diretrizes que o Governo vem adotando, eureconheço nele essé direito de divergir, que é próprio doshomens.
O Sr. Nilson Gihson - Permite-me, nobre Deputado?
o SR. AMAURY MüLLER - Tenho quc concluir,nobre Deputado Nilson Gibson. Não posso mais conceder apartes. A Presidência me alerta que o meu tempo está esgotado.
o Sr. Nilson Gibson - Apenas para esclarecer determinadas posições que eu venho adotando - e posso reafirmar, hoje. aqui, como afirmei naquele pronunciamento, que tive a honra de o nobre Deputado Valmar Giavarina pedir para que fosse também adotado como pronunciamento dcIc aqui no Pequeno Expediente. Eu dcfendi, Sr. Presidente e nobre Deputado Amaury Maller,a tese de que o Presidente da República deveria invertersituação que estava ocorrendo. Primeiro cuidar doproblcma da economia, do problcma da nossa dívida externa, quc V. Ex' hoje está dcbatendo, e dcixar para umplano secundário a sucessão presidencial. O outro assunto que V. Ex' abordou em seu pronunciamento é o da
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credibilidade. Defendi. defendo e continuo ainda expondo a minha posição, que é mais importante conquistarmos a credibilidade do País do que reeebermos o aval doFM I. Coloco-me nesta posição. Por isso pedi que ficasseesclarecido o nosso pronunciamento, deixando registrado que me senti muito honrado quando o Deputado Valmor Giavarina leu o meu discurso pela segunda vez aquinesta Casa.
o SR. AMAURY MÜLLER - Para concluir, Sr. Presidente, dianle de tudo isto ~ e isto é muito pouco paraa realidade brasileira - quero dizer que a sorte estálançada ... Não existem caminhos visíveis que conduzamao saneamento de nossa economia sem que, em contrapartida, se pague um preço por demais elevado no campo social. Os homens que, um dia, se assenhorearam doleme da Nação, à revelia de seu povo e de suas instituições, llaverão de pôr a mão na consciência e assumir apérfida paternidade do monstro que geraram. Dos malesfeitos, e do sangue derramado, pelo menos restará umalição para a p';steridade: o poder, Sr. Presidente, aindaque legítimo, embriaga. Mas o poder, Srs. Deputados,quando ilegítimo, e pelos resultados que costuma trazer,coloca os seus detentores dentre os mais pérfidos vilõesda humjlnidade. (Palmas.)
o SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Nadamais havendo a tratar, vou levantar a sessão.
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
Pará
Carlos Vinagre - PMDB; Jorge Arbage - PDS.
Maranhào
Edison Lobão - PDS.
Ceará
Furtado Leite - PDS; Marcelo Linhares - PDS.
Paraíba
Raymundo Asfora - PMDB.
Pernambuco
Carlos Wilson - PMDB.
Sergipe
Augusto Franco - PDS.
Bahia
Domingos Leonelli - PMDB; Francisco Benjamim PDS.
Rio de Janeiro
José Eudes - PT.
Minas Gerais
Aníbal Teixeira - PMDB; Jorge Vargas - PMDB; Juarc/ Batista - PMDB.
São Paulo
Airton Sandoval - PMDB~ Diogo Nomura - PDS;
F1úvio Bierrenbach - PMDB; Francisco Amaral PMDB: Ivelc Vargas - PTB.
Mato Grosso
Gilson dc Barros - PMDB.
Mato Grosso do Sul
lIarr)' i\nlllrim - PMDB; Ubaldo Barém - PDS.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Paraná
Norton Macedo - PDS.
Rio Grantle do Sul
Rosa Flores - PMDB.
ORDEM DO DIA
(VI - Levanta-se a Sessão às I2 horas e 35 minutos.)
DISCURSO DO DEPUTADO ADEMIR ANDRADE, PROFERIDO NA SESSÃO ORDINÁRIA DE 5-10-I983.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PMDB - PA. ComoLíder.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, não voltaria aesta tribuna se não tivesse sido solicitado pela Liderançado meu Partido, como homem da região, como políticodo Município de Marabá, para ainda tratar do assuntorelativo a Serra Pelada.
Aos garimpeiros, que comemoram esta primeira vitória, alerto que temos mais dois passos em nossa luta: oprimeiro é a aprovação desse projeto no Senado; o segundo é a sanção do Presidente da Rept1blica. Aconselhoos companheiros garimpeiros a que, na mcdida do possível, continuem firmes e permaneçam em Brasília, até quea questão seja totalmente definida.
Passo a ler um trecho do relatório do DepartamentoNacional da Produção Mineral - DNPM, sobre SerraPelada, que diz o seguinte, no seu item 5.3:
"5.3.-Mineração aurífera
Ao longo de toda a coluna metavulcanosedimentar ocorrem disseminações auríferas a níveisde ppm e/ou ppb, porém existem dois intervalosque apresentam ouro em quantidades anômalas daordem de kg/mJ • O primeiro intervalo, encaixadonos metamorfitos vermelhos da Serra Velha, obedece ao mesmo mergulho dcsta rocha, aproximadamente 359 SW. Trata-se de um metachert com aproximadamente 20 em de espessura e de ocorrênciarestrita, por sinal atualmente destruido pelos trabalhos de garimpagem. O outro encontra-se na basedos metamorfitos vermelhos, a aproximadamente50 metros abaixo da atual superfície. Esta faixa mineralizada é parte integrante de um metamorfitoargilo-grafitoso, bastante cataclasado com microfraturas, enriquecido em ouro paladiado."
Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, isso demonstraclaramente que em Serra Pelada existe ainda enormequantidade de ouro, que, defendemos, deve ser explorado pelos garimpeiros que lá estão.
Ouço o Sr. Deputado José Lourenço.
O Sr•.José Lourenço - Nobre Deputado, apenas parainformar que, após entendimentos com o Senador Aloysio Chaves, posso garantir a V. Ex' que esta matéria seráaprovada também em regime de urgência no Senado daRepública. Era a comunicação que gostaria de fazer.
O SR. ADEMIR ANDRADE - Fico extremamentesatisfeito com esta notícia. Começo a achar que o PoderLegislativo deste País está realmente cumprindo seu papel. Mas gostaria que V. Ex' nos pudesse dar essa garantia - aí, sim, eu ficaria ainda mais satisfeito - de que oPresidente da República sancionará esta lei. Creio porém, que V. Ex' não poderá fazer tal afirmação, porquenào sabe se o Presidente irá vetá-lo ou sancioná-lo. Gostaria de ter a resposta do Líder do PDS. Como nada érespondido, fica portanto a dúvida.
Diria ainda, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que o art.73 do Código de Mineração e os artigos 29, 110, 112, 113da lei que regulamenta este mesmo Código, mostram de
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maneira clara e insofismáve! que O poder de decisão estánas mãos do Ministro de Minas e Energia e do Sr. Presidente da República. O que este Congresso está fazendo éapoiando a luta dos garimpeiros, exercendo sua pressãolegítima, como Poder que cfetivamente representa o povo, esperando que o Presidente tcnha sensibilidade parasancionar a lei e, efetivamente, deixar nas mãos dos garimpeiros de Serra Pelada aquela rica mina:
Dou o aparte ao companheiro Márcio de Lacerda,com muita satisfação.
O Sr. Márcio de Lacerda - Deputado Ademir Andrade, é muito válida a preocupação de V. Ex' com relaçãoà garantia de que realmente 0.5 garimpeiros de Serra Pelada terão, prorrogado o prazo para explorar a mina pormais 5 anos, com a sanção desta lei aprovada pelo Congresso. Meu Estado, O Mato Grosso, sabe V. Ex' muitobem, é um dos que tem grande ocorréncia de garimpos ede conflitos em suas áreas. Os Estados de Mato Grosso,Pará, Amazonas, assim como toda a Amazônia, estão requeridos e com alvará de pesquisa concedida peloDNPM. Ocorre que nenhuma empresa mineradora promove essas pesquisas. Todas as descobertas minerais naAmazônia, sem exceção, de todos os minérios - o ouro,diamante, ~assiterita e tantos outros - foram feitas pelos garimpeiros. Depois de os garimpeiros, a duras penas, abrirem o garimpo, iniciarem a exploração, como éo caso de Serra Pelada - e esta deve ser a décima comissão de garimpeiros daquela região que vem a Brasília os detentores da autorização legal, do alvará de pesquisa, requerem ao Departamento Nacional da ProduçãoMineral, ao Ministério das Minas e Energia, a garantiapara poderem efetuar suas pesquisas - pesquisas entreaspas. Fomos testemunhas de despejos violentíssimos,ocorridos no Município de Alta Floresta, no Garimpode Nova Planeta, há pouco mais de quatro meses, quando o DNPM determinou que a Polícia Federal evacuasseda área mais de dez mil garimpeiros que ali trabalhavam,para que pudesse entregar o minério deseoberto pelosgarimpeiros a uma firma multinacional. Este é um fenômeno que ocorre em todas as ocorrências minerais daAmazônia, nos Estados do Pará, Amazonas e Territóriode Roraima. Ninguém se esqueça também da expulsãodos garimpeiros de cassiterita de Rondônia - quandohouve, inclusive, muitas mortes - efetuada pela PolíciaFederal. É o risco que ainda eorrem não só os garimpeiros de Serra Pelada. mas de toda a Amazônia.
O SR. ADEMIR ANDRADE - Agradeço ao Deputado Márcio de Lacerda o aparte. Digo a V. Ex' que fatoscomo os narrados continuam acontecendo. Ainda anteontem e ontem, dois garimpos foram fechados peloGoverno. O problema dos garimpos é muito amplo, e dizrespeito à soberania nacional. São interesses patrióticosque aqui defendemos, quando lutamos para que a exploração seja feita pelos garimpeiros, é porque entendemosque são brasileiros que estão gozando desta riqueza.Mesmo sabendo que o processo não é o mais justo, queos que têm mais dinheiro exploram os chamados formigas ou meia-praças, ainda assim é a opção que nos restadefender, pois deixar esta exploração na mão do Governo, significa a insegurança, o desvio, ou a entrega destasriquezas a empresas multinacionais, pois não se podeconfiar num Governo sem independência e sem respaldopopular.
Eles alegam a questão da segurança. Entendemos queé uma questão séria e que dcve ser profundamente analisada, mas não podemos aceitar nunca que isto seja condição para fechar o Garimpo. Os garimpeiros estão dispostos a pagar pelo serviço de rebaixamento das encostas e a parar o tempo necessário à realizaçào do serviço,desde que cada um continue com o seu barranco e possaexplorá-lo até seu final.
10970 Sábado 15
Mas voltando ao assunto do projeto, quando levantamos dúvida sobre o comportamento do Presidente Figueiredo, temos razão para fazê-lo. Deus qucira que estejamos errados. Oxalá S. Ex' se sensibilize COm oproblema; queremos que a pressão dos garimpciros sejatão forte que S. Ex' não tenha o poder de vetar, como seiefetivamente ser sua vontade; e se não é a sua, pelo me
nos é a das multinacionais, que, hoje, praticamente, comandam os destinos do nosso Pais.
Direi porque duvido da decisão do Presidente Figueiredo. Duvido porque estou vendo o que se está fazendocontra os trabalhadores; duvido porque estou vendo queo seu Governo se submete às determinações do FMI, duvido porque S. Ex' lança nas costas do trabalhador brasileiro este Decreto-lei 2.045, que leva o nosso povo apassar fome e necessidade, a ponto de saquear lojas eroubar supermercados porque não agüenta a dor da miséria. É por isso que duvido do Presidente da República.Duvido porque ainda na semana passada, assisti a estaNação inteira clamar pela reforma tributária. Todos osDeputados, Prefeitos e Governadores deste País estão aexigir da Presidência da República uma reforma tributária, enquanto o Presidente Figueiredo se mantém intransigente, afirmando que não a dará, como se fosse umrei, COmo se fosse proprietário do Brasil. Duvido porquevejo a Nação inteira exigir a moratória da nossa dívidaexterna, a suspensão dos pagamentos, tanto dos juros,como dos valores efetivos dos empréstimos.
A teimosia cega em pagar esta dívida é que está condu
zindo toda política econômica. Uma política suicidapara nós, boa para os bancos estrangeiros. Estão a nosexigir 9 bilhões de dólares de superávit em 1984. Tudoque produzimos é para ser exportado. Querem nos obrigar a mandar para outros países, o que necessitamospara comer. Desejam sacrificar os trabalhadores, diminuindo o seu nível de vida e seu poder de compra, parasobrar para a exportação. Aumentam os juros internos,para que haja captação de dólares no exterior, acabamos subsídios, provocando um aumento incontrolável nospreços, enfim fazem o que são ordenados a fazcr, semouvir o único poder representativo do povo, que é oCongresso Nacional.
A Nação inteira clama por uma mudança de rumos,com propostas concretas, como as apresentadas peloPMDB, entre outras, mas o Presidente Figueiredo sóouve o Ministro Delfim Netto, que é um incompetente.E quem diz que cle é incompetente não sou só eu, é todaa Nação brasileira. É a lógica, é o bom senso, pois comose pode admitir o sacrifício do trabalhador, concomitantemente com a especulação financeira, que nada produze beneficia amplamente os agiotas.
Há poucos dias, no. '"Jornal Nacional", o SI. Ermíriode Moraes era questionado por um repórter nos seguintes termos,:, ·'Mas, se nós declararmos a moratória, os Estados Unidos não nos emprestarão mais dinheiro". Aoque ele respondeu mais ou menos assim;, "'Não precisamos mais do dinheiro dos Estados Unidos. Precisàm05ter a nossa própria economia. Precisamos redirecionarnossos destinos em função do nosso povoH. Pergunto:Quem tem mais capacidade? Um industrial que venceuna vida, inclusive sem a ajuda do Governo, até porqueestá até se opondo diretamente a ele, como o Sr. Ermíriode Moraes, ou o Ministro Delfim Netto, que nunca foinada, a não ser homem de Governo, que teve inclusiveseus auxiliares diretos, acusados nesta Casa, de corrupção, de terem desviado dinheiro quando foi Embaixador em Paris? Quem é o mais competente? No entanto.o Presidente Figueiredo ouve apenas o Ministro DelfimNetto. Por tudo isso, duvidamos da sua atitude.
Concedo o aparte ao Deputado Gilson de Barros.
OIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
o Sr. Gilson de Barros - Nobre Deputado, hoje aconteceu aqui, algo realmente extraordinário, inusitado: umDeputado do PDS apresentou um projeto que beneficiaos trabalhadores. Não estamos acostumados a ver Deputados do PDS defenderem garimpeiros. Se o DeputadoSebastião Curió realmente quer ser defensor de garimpeiros, terá que assumir com o PMDB alguns compromissos, como por exemplo, o de pressionar o Ministroda Justiça, para que S. Ex' mande apurar o assassinatode 300 garimpeiros no Mato Grosso. S. ExQ vai ter queapoiar nossa pretensão de modificar o Código de Mineração, para assegurar aos garimpeiros, aos trabalhadores, o direito ao solo e ao subsolo nacional l ao invés deentregá-los, como atualmente se faz, às BRASCAN,Saint Louis, Saint James, enfim, a poderosos grupos estrangeiros que nos sugam o ouro, o diamante. a cassiterita e outras riquezas, além de ludibriarem o Fisco, causando grandes prejuízos à Nação. Essa luta de V. Ex',corno a de tantos companheiros do PMDB do Pará, doAmazonas, do Mato Grosso. de Goiás e de outras regiões auríferas, hoje está robustecida, muito embora, porironia da sorte, por um projeto de um Deputado do PDSque jamais defendeu o trabalhador, muito menos os garimpeiros deste País.
o SR, ADEMIR ANDRADE - Deputado Gilson deBarros, fico contente de ouvir V. Ex', entretanto, comojá disse, começo a confiar mais nos políticos, começo aacreditar que a sociedade está sabendo fazer a sua pres~
sào, e, de certa forma, está recebendo respostas, porque,mesmo dentro do PDS, já vimos Deputados votandocontra iniciativas do Governo, fazendo inclusive, críticasostensivas ao seu próprio governo. Temos aí o caso doSenador Nilo Coelho, que está condenando abertamentea posição do Regime, já implorando pela vinda de umnovo Governo. Mas voltando ao Ministro Delfim Netto,está com essa farsa, com essa história de dizer que nósdevemos ler o Decreto dele, porque este decreto-lei, nãodcle, mas do FMI, diz que também diminui a prestaçãoda casa e a prestação do aluguel. Ora, do aluguel eu concordo, mas da prestação do BNH, absolutamente. Elepode até fazer com que ela seja 0,8% do INPC, mas eleprorroga o prazo, faz uma renegociação da dívida, perpetuando por toda a vida aquele que quer ter a sua casa eque vai ter que pagar durante anos e anos, talvez morrer,sem que ela seja efetivamente sua, e que só venha apossuí-Ia depois que tenha morrido.
Queria dizer ainda que o povo brasileiro, abismadodiante de tanta corrupção, de tanta sujeira, que enlameiaesta Nação, está a exigir a punição desses homens quedesviam os dinheiros públicos, e que, infelizmente, o Presidente Figueiredo não tem tido o mínimo pulso paraagir. Não sei o que falta a S. Ex', pois teria, se agisse, oapoio de toda a Nação. A impressão que temos é de queo Presidente da República não lê jornal, não vê televisão,não sabe de coisa alguma. A impressão que temos é que,como no caso Juruna, o Presidente recebe as notícias pelas màos do Minístro Leitão de Abreu, como um fuxiquinho que sc faz por detrás da porta, às escondidas,como sugerem as fotos publicadas na revista "VEJA" eno '"Correio Brasiliense". Ou S. Ex' não vê as coisas ounão tem sensibilidade, ou está demonstrando ser totalmente incompetente para reger os destinos do Brasil e jádeveria, a esta altura, ter desístido de ser Presidente, ouentão, Nobre Líder do PDS, se quisesse deixar seu nomena história, demonstrando o seu desejo de fazer destePaís uma democracia, que apoiasse a realizaçào deeleições diretas - conforme o desejo do povo - paraeleger um Presidente da República comprometido comos interesses maiores da nacionalidade, comprometidocom a melhoria de vida de seu povo, preocupado em de-
Outubro de 1983
fender as suas riquezas, em impedir que as multinacionais levem tudo o que temos aqui.
o Sr. José Lourenço - Permite V. Ex' um aparte?
o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - A Mesa lembra ao nobre orador que seu tempoestá esgotado e, infelizmente, não é mais possível conceder apartes. A Mesa, não podendo ser generosa com otempo dcstinado a outros oradores inscritos, lamentanão poder permitir o aparte.
o SR, ADEMIR ANDRADE - Concluo, Sr. Presidente, dizendo que, o modelo mineral brasileiro é formado pelo tripê - Governo - Iniciativa Privada Nacionale participação estrangeira. A sanção deste projeto castraria os interesses da Cia. Vale do Rio Doce. Como SerraPelada está localizada na área de Carajás, é óbvio que ainiciativa privada c principalmente O capital estrangeiroterão que pensar duas vezes antes de investir, motivo este, que acima de qualquer coisa, mais preocupa o Governo, e motivo também que por nosso lado mais nos incentiva à luta pelo direito dos garimpeiros. Muito emborare!evante a luta do garimpo de Serra Pelada, a luta maioré a do povo brasileiro, em busca da sua liberdade, embusca de um Governo que respaldado pela vontade popular, coloque fim ao imperialismo internacional, motivo maior da desgraça dos Países do Terceiro Mundo.
Esta é a nossa manifestaçào.
SEÇÃO DE SINOPSE - CEL
Arquivem-se, nos termos do artigo 117 do RegimentoInterno, as seguintes proposições:
Projetos de Lei
N' 136/83 (Jorge Carone) - Acrescenta artigo à Lein' 4.595, de 31 de dezembro de 1964, para determinarque as deliberações emanadas do Conselho MonetárioNacional e do Banco Central do Brasil, sejam submetidas à apreciação do Congresso Nacional.
N' 465/83 (Inocéncio Oliveira) - Veda às instituições financeiras a exigéncia do aval nos contratos deempréstimo contraído por pessoas físicas, e determinaoulras providências.
N' 779/83 (Jorge Arbage) - Altera dispositivo daLei n' 5.692, de 11 de agosto de 1971, que "fixa diretrizese bases para o ensino de ]'? e 29 graus".
N' 908/75 (Francisco Amaral) - Altera dispositivos·da Lei n' 5.971, de Ii de dezembro de 1973, que dispõesobre a atividade turística no País.
N' 919/83 (Jorge Arbage) - Dispõe sobre a inclusão do ensino de religião como disciplina obrigatória,nas escolas de todos os níveis e modalidades.
N0 1.234/83 (Francisco Dias) - Introduz modificação na Lei n' 6.268, de 11 de novembro de 1975, quedispõe sobre a averbação do pagamento de títulos protestados, a identificação do devedor em títulos cambiaise duplicatas de fatura, e dá outras providéncias.
N' 1.374/83 (Mozarildo Cavalcanti) - Acrescentaitem e parágrafo ao artigo 17 do Decreto-lei n' 411, de 8de janeiro de 1969, que "dispõe sobre a Administraçãodos Territórios Federais,'a organização dos seus Municípios c dá outras providências.
N' 1.607/75 (Francisco Amaral) - Dispõe sobrereajustamento salarial e dá outras providências.
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JOÃO HERCULJI/O
OSVALJW.-LIMA FILHO
RA ftWNlJO ASF~RA
FRANCISCO DIAS
FRANcrsco STUDART
OSWALDO LI:-fA FILHO
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
SECRETARIA-GERAL DA MESA1 983
REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES EnCAMINHADOS
EMENTA
Solioita informações a SEPLAN sobre 08 aumentos
dos p~eços dos de~ivados do pet~óleo.
Solicita info~maçõe8 ao S~. MINISTRO EXTRAORDI
NARIO PARA ASSUNTOS FUI/OlARIaS 8ob~e o despejo
de 150 fam'Ílias de ag'l'i("H1.tOf'(,B da "Fazenda MH.
Zata", em Pernambuoo.
Solicita info~mrrçõe8 à CAIKA ECONOMfCA FEDERAL
sobre finanoiamento na ~onstrução na ~araiba.
Solicita info~mações ao MINISTtRIO DA FAZENDA
sobre arrecadação de todas as loterias reali
zadas no Pats.
Solicita à SEPLAN e ao HANCO CENTRAL DO BRA
SIL relação nominal das empreBGR estatais in~
dimpZentea com ~omp~omis8oa no exterior e in
fOJ1mações sobr'e o montante da d{vida e:r:terna
de órgãos públiaoe.
SoLioita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA
SObJ18 a reme8sa de dÕZaJ168 par~ o ~xterior por
DATA DA RE:.zSSA ~O GAEI::S~S :::.::FRESIO~:;';I..... c.:.. .~::'P:.;;:': 1.::-'\
Of. SGM-20, de Og.03 ••;.'
Of. SGM-13ô, de lS.05.:3
Of. SGM-137, de 16.05.83
Of. SG/of-i4j, de 'ir. g5'. f~
Df. SGM-24{, de C9.a~.BZ
Sábad@ 15 10971
ompresas naaionaiB e e~tl'angeira8~
1981 e 1982.
em 1980~
Df. SGM-393 1 de 24.06.93
21/8.1
25/8.1
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U/B3
,17/83
,l$/8S
40/83
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.J 2/83
.J .1/8.~
41/8.1
RAr/IUNDO ASFCRA
OSVALDO NELO
FERREIRA MARTINS
OSt'ALDO .'.ff;00
CRISTINA TAVARES
SF-RGIO CRUZ
EDISON LOBÃO
SISGFRIED !lEUSER
FRA,','crsr'O AMARAL
FR,lflCT8('O II1·!ARilL
RAYMUNDO ASFORA
Solioita informações ao MfNISTtRIO DA JUSTIÇA
8ob~e projetos e recursos para a construção
de uma penitenciá~ia em Campina Grande (PBJ.
SoZicita informações ao MEC sobre_ as obras do
Patrimônio Histórico de Belém da Pará.
Solicita info~mações ao S~, MINIS7'RO EXTRAORDI
NÁRIO PARA ASSUNTOS FUNDIÃRIOS 80b~e a·a~recada
çào pelo INCRA, nos exetcicios de 1978 a 1982,
do Imposto Territo~ial Rural.
SoZi~ita informações ao UINlsrtRTo DAS MINAS E
ENERGIA sobre a implantação do projeto AZbrá8
Alunorte.
Soliaita informações ao INSTITUTO BRASr~EIRO
DE DESENVOLVIMENTO FGORESTAG - IHDF 80bre 08
projetos aprovados pelo órgão nos úZtimos
anos.
Solicita informações ao MINISTtRIO DO INTE
RIOR sobre o número de mutu5rios ·do Sistema
F1:nanceiT'o de H<'zbitGçã.(I lnacUmr't.·tltes 110S lUtimos 5 anos.
Solicita info~mações ao MINISTtRIO DA AGRICULTURA sabp€ comerciaZização de arroz e fp-ijão
Solicita info~maçõe8 ao'UINISTtRIO DA FA~FNDA
FJobre o mon.tante ded!tz7~do do Imposto de R.Plda
a títuZo do rJT'édito finmlae{po antl17~(l<ldQ rOl'
emp:t'eS:18 de aapitaúJ naoionais e P01' empNJaaS
de capitaZ estpangeipo.
Solicita informações ao BANCO NACIONAL DA HABf
TAÇÃO sobre os mutuáf'l:os em at)'OBO nas presta
ções aa casa própria.
Solicita infol'mações ao MINISTtRro DO IIlTF:RIOR
sobre aquisiç5es de ter~~non rpZo BNH nos aZtimOS 3 anos.
Solicita informações ao MINISTF-RIO DAS COMUNI
CAÇBEE sobre tarifas de telefonia e telex.
Of. SGII-395, de 24.06.8l
Of. SGM-b86, de 29.08.83
Of. SGM-b87, ·de 29.08.83
Of. SGU-b88, de "g.ra.B3
Of. SGM-589~ de ~~.J8.aJ
Df. SGM-591 1 J~ ~J.(5.f~
Df. SGM-592, de 2P.:g.~z
Of. SGM-.S!l.3 1 de U. ~ li. !J J
Ofl SGN~.'j9';~ dé 2J, 1 ...- , ,.
Of. SG!-J-59.S~ àl:!. :;9 " ::,'
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SECRETARIA-GERAL DA MESA
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REQUERIMEIITOS DE INFORMAÇÕES ENCAUINIIADOS
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ALtRCIO DIAS
ARIiALDO I·IACIF:L
HeLIO DUQUE
EMENTA DATA DA .riE:·:~SSI.. p.J G::=;::~:-E ;;:~'':':: ;.~
PRESIDt'!C!.!" D.~ .~~?~'E:I c.~
50lieita info~mações ao MINISTE:RIO DOS TRANSPO~
TES sobre o andamento dos trabathon de pavimen
tação da BR-364, no trecho Cuiabá-Po~to Velho-
Abunã-Rio Braneo. Df. SGM-598, de 29.08.~J
Soliaita info~maçõe. ao MINISTE:RIO DA FAZENDA
sobre a Loteria Esportiva Federal e a Loto. Of. SGM-599, de 29.03.83
Solicita informações ao MINISTtRIO DAS MINAS E
ENERGIA sobre operações no mercado financeiro
internacional, pela PETROBRAs, de agosto de
1982 a 30 de abril de 1983. Of. ~GM-601, de 29.09.83
53/83
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FRAlICISCO AMARAL
AIRTOII SOARE:S
MOZARILDO CAVALCAI/TI
FRANCISCO AMARAL
FRAIiCISCO AMARAL
WALL FERRAZ
OSVALDO MELO
HeLIO DUQUE
CRISTII/A TAVARES
FRANCISCO AMARAL
RAYfIUI/DO ASFIJRA
RAYHUNDO ASFIJRA
Soli~ita informações ao GABINETE: CIVIL DA PRE
SIDEI/CIA DA REP~BLICA sob~e o não atendimento
e quais os impedimentos aos requerimentos enviados a dive~8oB MinistroB de Estado.
Solioita informações ao MII/~STE:RIO DA FAZENDA
8obl'i: a CGI tj!4I.! apul"ou ípregularidades "la Cai:...
xa Econâmida Fede~at de Goiás.
Solicita informaçõen ao TRIBUNAL DE CONTAS DAUNIXO sobre as contas do Governo do Território
Ft/.deral. de Roraima, re'1.ativas are eX81'c"Ícios de
1979 a 1982 - Governo Otomar de SOU3a Pinto.
Solicita informações 00 NJNISTtRIO DAS MINAS EENERGIA 60bre a Conta de ReB~rVa GZobal da Re
versão, movimentada pela ELETROBRAs.
Soliaita informações aos MINISTSRIO DA FAZEI/DA,
SECRETARIA DE: PLANE:JAlIENTO DA PRESIDtNCIA DA R~
PO~LICA e MINISTtRIO DA PREVID~NCIA E: ASSISTEI/
CIA SOCIAL, sob~e o débito da União pal'a com a
Previdência SociaZ.
Solicita informações ao MINISTtRIO DA AGRICUL
TURA sobre a impLantação do Parque Nacional da
Capivara, em são Raimundo JJ6nato, no Piaul.
Solicita informaçõ•• à SECRE:TARIA DE PLANEJAMEN
TO DA PRESIDENCIA DA REP~BLICA sob~e a implant~
ção de Tróleibu8 em Beqém.
Solicita informações ao MINISTtRJO DA AERONAUTJCA 80bre as obras de ampLiação do Aeroporto de
Macaé. no Estado do Rio de Janeiro.
Solicita informaç~eB ao MINISTtRIO DO INTERIOR
sobre a·situação juriaico-financeipa do Conju~
to Residencial YpiI'anga~ em Recifo.
Solicita informações ao MINISTCRIO DA PREVIOtNCIA E ASSISTeNCIA SOCIAL eobre os débito. em
at~a80 das ppefeitu~a8 municipais e 80bre acor
dos para pagamento paraelado.
Soticita info~maçõe8 ao MINI5TF.RTO DA AGRICUL
TURA nobre a intervenção na CoopBrativa RBgio
na! dos Produtores de Sisa7-- da Paraíba.
Solicita info~mações ao MINISTtRID DO INTERIOR8ob~e a paraZisação dae obras da Barragem ds
"Curimatã"~ no Estado "da Para'Íba.
Of. Sa:·f-81E, de (',,·.1:' ....:..:
Of. GP-O-2.38~. de07.10.83, ao ~F.IEV~AL DE CC1TAS I'E UIII;'.(.
0f_ SGM-820, de 04.1D.83
0f. SGM-82;~ dB 04.1Ü.jJ
Df. SGM-822~ de aq.l'. ~2
Of. SGM-82;, de 04.10.;3
Of. SGM-825, de G;.la.53
Df. SGM-8:27, de C'J.1.~. ::,;:
0[. SGM-828, de 04.10.83
Outubro de 1983
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DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
SECRETARIA-GERAL DA UESA
1 983
REQUERIUoYTOS DE INPORMAÇaES ENCAMINHADOS
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ALBeRICO CORDEIRO
PAULO MIIICAROIIE
RAnlUlIDO ASFORA
OSVALDO Meío
OSVALDO MELO
FRANCISCO MIAi?AL
RAYMUlIDO ASFORA
ORESTES MUNIZ
Solioita informações ao MINISTeRIO DA INDOSTRIA
E DO COl1eRCIO sobre programas destinado,s "" dssenvotvimento da atividade turiatica do Nordes
te.
Solicita informações ao MINIST/JRIO DA PAZEIIDA8ob~e os gastos e as apZicações do Fundo PIS/
PASEP.
Solioita informações ao MINIST/JRIO DO INTERIOR
sobre as Zocatidades em que Bstão situados os
açudes constru~dos neste Governo.
SoUoita informações ao MINISTr.RIO DAS MINAS EENERGIA sobre o Projeto da Fábrica Albrás-AZu
norte J no Pará.
Solioita informações à SECRETARIA DE PLANEJAMEIITO DA PRESJ;.DtNCIA DA. REP(JRLICA sobre emp"esas
brasileiras com sode p~ópria ou ~Lugada no ext~
l"io}'.
Solicita informações ao MINISTeRIO DO INTERIOR
sobre Projetos BNH-COHAB. no Pará.
Solicita informações a~ PODER EXECUTIVO sobre
a composição das delegaçõee.oficiais braeileira8 às Conferências Internacionais do Trabalha promovidas pela Organização InternacionaL
do TJ:Oabalho - OU:
Solicita informações ao MINISTtRIO DO INTERIOR
sobre investimentos nas obras de abasteoimento
de água de João Peosoa.
Solicita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDASObl'B o número de Instituições ;'·Financeil"as que
estão amparadas pelo Banco Centl'aZ do Brasil.
Of. SGM-829. de 04.10.93
Df. SGf.t-8JO, de [I';.1J. 21
Of. SGM-83i, de 04.1J.g3
Of. 5GI1-B32, de a4. L". ,o'
Of. X/oI-eH, de 04.1G. ,J
Of; SGU-e3S. de C4.10;,J
7E/83 EDUARDO MATARAZZO SUPLICY SoUcita informações aO MINIST/JRIO DA FAZENDAsobre a fiecaZiaação das Instituições Financei
ra8~ e§peciaZmente com a Ziquidação da COl'oa
Bra.teZ. Of. SGN-89!?, de (lt:.l(J ••';.~
ATA DAS COMISSÕESCOMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
Décima Reunião Ordinária da Turma "B",realizada no dia 4 de outubro de 1983.
Às dez horas do dia quatro de outubro de mil novecentos e oitenta e três na Sala n' 17 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Senhor Deputado Brabo de Carvalho, Vice-Presidente, presentes osSenhores Deputados Bonifácio de Andrada, Presidente,Leorne Belém, Vice-Presidente, Antônio Dias, ArmandoPinheiro, Osvaldo Melo, Valmor Giavarina, João Gilberto, Ernani Sátyro, Guido Moesch, Gomes da Silva,Nilson Gibson, Arnaldo Maciel, Júlio Martins, GersonPeres, Plínio Martins, Hamilton Xavier, José Tavares,Jorge Carone, Rondon Pacheco, Ademir Andrade, JoséGenoino e Otâvio Cesârio, reuniu-se a Comissão deConstituição e Justiça. A ata da reunião anterior foi
aprovada por unanimidade. ORDEM DO DIA: I) Projeto de Lei n' 1.889/83 - do Sr. Leônidas Sampaio- que "assegura ao trabalhador autônomo o direito àgratificação de Natal e à remuneração de férias, e dá outras providências". Relator: Deputado Osvado Melo.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa, com emenda. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 2) - Projeto de Lei n.1.810/83 - do Sr. Djalma Bom - que "estabelece opiso salarial para o empregado da categoria profissionaldos metalúrgicos". Relator: Deputado Osvaldo Mclo.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votaçào, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 3) - Emenda oferecida em plenárioao Projeto de Lei n. 1.116-B/79, que "assegura a difusãodos programas partidários, modificando o texto do ar!.118 da Lei n. 5.682, de 2 dejulho de 1971, alterado pelaLei n. 6.339, de I' de julho de 1976, e dá outras providências". Relator: Deputado Nilson Gibson. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,
no mérito, pela aprovação. O Deputado João Gilberto,que pedira vista, devolveu o projeto, apresentando votoem separado pela constitucionalidade e, no mérito, pelarejeição. Adiada a discussão. 4) - Projeto de DecretoLcgilativo n. 31/83 - da Comissão de Economia, Indústria e Comércio (Mensagem n. 522/81-PE) - que "concede homologação a ato do Conselho Monetário Nacional que autorizou a emissão de papel-moeda, no ano de1981, no valor de Cr$ 150.000.000.000,00 (cento e cinqüenta bilhões de cruzeiros)". Relator: Deputado Osvaldo Melo. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. O Deputado João Gilberto, que pedira vista, devolveu o projeto, apresentando voto em separado pela ilegalidade. Na votação, constatou-se empate. Votaram com o relator os Deputados Ernani Sátyra,Gerson Peres, Gomes da Silva, Guido Moeseh, NilsonGibson e Hamilton Xavier; votaram contra o relator osDeputados Jorge Carane, Arnaldo Maciel, João Gilberto, José Tavares, Plínio Martins, Valmor Giavarina eBrabo de Carvalo. A decisão ficou adiada para reunião
Outubro de 19S3DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)------------------------ ----------------------------
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seguinte (arl. 77, parágrafo único, do Regimento Interno). 5) - Projeto de Lei n' 1.745/83 - do Sr. HerbertLevy - que "introduz alterações na Lei n' 6.223, de 14de julho de 1975, que dispõe sobre a fiscalização financeira c orçamentária da União pelo Congrcsso Nacional,c dú outras providências". Relator: Deputado João Gilberto. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa, com emenda. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 6) - Rcdaçãopara scgunda discussão do Projcto de Lei n' 218-A/79,quc "assegura a permanência no emprego do trabalhador readaptado em virtude de acidente, e dá outras providências". Relator: Deputado Nilson Gibson. Em votação, foi aprovada unanimemente a Redação para Segunda Discussão oferecida pelo relator. 7) - Projeto deLei n' 1.905/83 - do Sr. Eaclides Scalco - que "declarade utilidadc pública a Associação Comunitária SantoInácio de Loyola, com sede em Curitiba, no Estado doParaná". Relator: ,Deputado Valmor Giavarina. Parecer: pela consdtuci~naliaahc,:juridicidade e técnica legislativa. Em voth.~àol foi kpro~ado unanimemente o parecer do rclator.I:i) - Prdjeto Ge Lei n' 4.306/8 I - do Sr.José Ribamar Machado!- que "dispõe sobre penalidadeà infringência das tabelas da SUNAB, e dá outras providências". Relator: Deputado Valmor Giavarina. Parecer: pela constitucionalidade c, no mérito, pela rejeição.Discutiu a matéria o Deputado Gomes da Silva. Em voetuçà0 1 foi aprovado unanimemente o parecer do relator.9) Projeto de Lei N' 4.382/81 - do Senado Federal que "altera a redação do arl. 394 do Código de ProcessoPenal e acrescenta parágrafo ao ar!. 34 do Código deProcesso Penal Militar". Relator: Deputado Ernani Sátyro. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa c, no mérito, pela aprovação. Discutiu amatéria o Deputado Gomes da Silva. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do rclator. 10) Projeto de Lei n' 1.749/83 - do Sr. Manoel Affonsoque "modifica dispositivo da Lei n' 5.107, de 13 de setembro de 1966, que dispõe sobre o Fundo de Garantiado Tempo dc Serviço". Relator: Deputado GuidoMoeseh. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 11) Projeto dc Lei n'I.799/83 - do Sr. Henrique Eduardo Alves - que "acrescenta parágrafo ao art. I' da Lei n" 5.197, de 3 dejaneiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna". Relator: Deputado Guido Moesch. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.12) Projeto de Lei n' 1.394/83 - do Sr. Anselmo Peraro- que "dispõe sobre a aposentadoria ao 25 anos de serviço aos representantes de laboratórios de Divisão Farmacêutica". Relator: Deputado Gomes da Silva. Parecer: pela constitucionalidade, juridieidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 13) - Projeto de Lei n" 1.566/83 - do Sr.Cardoso Alves - que. "isenta do imposto a casa própriaou o único imóvel constante do inventário, até a importância correspondente a 5.000 UPCs". Relator: Deputado Gomes da Silva. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade c técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do .elator. 14) - Emendaoferecida em Plenário ao Projeto de Lei n" 5.809-A/81,que "proibe o pagamento de honorários a diretores e delucros a sócios por empresas em débito para com a Previdência Social". Relator: Dcputado Nilson Gibson. Parecer; pela constitucionalidade1 juridicidade e técnica legislativa, com subemenda. Em votação, foi aprovado unanimerilCnte o parecer do relator. 15) - Projeto de Lei n"2.120/83 - do Sr. Josê Luiz Maia - que "dispõe sobreo vestibular para os cursos de Comunicação Social nascondições que especifica, c dá outras providências". Relator: Deputado Nilson Gibson. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com substitutivo. Em votação, foi aprovado unanimemente o pureeer do relator. 16) - Projeto de Lei n' 1.409/83 - do
Sr. Albino Coimbra - que "autoriza o Poder Executivoa criar a Escola Técnica Federal de Mato Grosso do Sul,e dá outras providências". Relator: Deputado ArnaldoMaciel. Parecer: pela constitucionalidade, juridie.idade etécnica legislativa. Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 17) - Projeto de Lei n'2.67Bj76 - do Sr. Francisco Amaral - que "dispõesobre o pagamento de indenizações pelas sociedades seguradoras, c dá outras providências". Relator: Deputado Arnaldo Maciel. Parecer: pela constitucionalidade,juridieidade c técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 18) - Projetode Lei n' 1.622/83 - do Sr. Ibsen Pinheiro - que "fixaem 10 dias o prazo para, após o término do aviso prévio,o empregador fazer os registros na Carteira de Trabalhoe pagar os respectivos consectários decorrentes da rescisão, e dá outras providências". Relator: Deputado PlínioMartins. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 19) - Projeto de Lei n'1.623/83 - do Sr. Ibsen Pinheiro - que "modifica o artigo 9' da Lei n' 605, de 5 de janeiro de 1949 - Lei doRepouso Semanal Remunerado e o pagamento de salário, nos dias feriados civis e religiosos - e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Plínio Martins. Parecer: pela constitucionalidade,juridieidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 20) - Projeto de Lei n' 1.531/83 - do Sr.Ibsen Pinneiro - que "introduz parágrafo único ao artigo 464 da Consolidação das Leis do Trabalho, e dá outras providências". Relator: Deputado Gerson Peres.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente oparceer do relator. 21) - Projeto de Lei n' 1.634/83 do Sr. Sérgio Ferrara - que "regula a rcalização deeleições em asscmbléias-gerais convocadas por entidadesdesportivas no País". Relator: Deputado Gerson Peres.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi ap~ovado unanimemente oparccér do relator. 22) - Projeto de Lei n' 1.351/83do Sr. Renato Vianna - que "dispõe sobre a aposenta:daria especial do advogado autônomo, e determina DU
tras providências". Relator: Deputado Hamilton Xavier.Parccer: pela constitucionalidade e, no mérito, pela rejeição. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 23) - Projeto de Lei n' 1.470/83 - do Sr.Jorge Cury - que "acrescenta parágrafo único ao art. 11do Decreto-lei n' 5.452, de I' de maio de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho - e dá outras providências". Rclator: Deputado Hamilton Xavier. Parecer:pela eonstitueionalidadc, Icgalidade e técnica legislativa,com substitutivo. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 24) - Projeto de Lei n'1.828/83 do Sr. Jorge Arbage - que "dispõe sobre aadoçào de eritêrios para a taxação de juros incidentessobre contratos de financiamentos agrícolas, c dâ outrasprovidências". Relator: Deputado Jorge Carone. Parecer: pela constitucionalidade, jurídicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 25) - Projeto de Lei n' 1.888/83 - do Sr.Francisco Amaral - que "dá denominação ao aeroporto internacional de Campinas". Relator: Deputado Jorge Carone. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 26) - Projeto de Lei n'1.734/83 - do Sr. Paulo Lustosa - que "institui o Fundo de Descnvolvimento dos Recursos Minerais do Nordeste". Relator: Deputado Arnaldo Maciel. Parecer:pela constitucionalidade, juridieidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecerdo relator. O Deputado Brabo de Carvalho deixa a eadcira da Presidência, que é ocupada pelo Deputado Bonifácio Andrada. 27) - Projeto dc Lei n' 1.797/83 - doSr. Vai mor Giavarina - que "fixa em 60 anos a idadepara aposentadoria por velhice de ex-combatente~'. Relator: Deputado José Tavares. Parecer: pela constitucio-
nulidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 28)Projeto de Lei n' 1.802/83 - do Sr. Nilson Gibson que "altera dispositivo do Decreto-lei n' 75, de 21 de novem bro de 1966, que dispõe sobre a aplicação da correção monctitria aos dêbitos trabalhistas". Relator: Deputado José Tavares. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa. Em votaçào, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 29) - Projetode Lei n' 473/83 - do Sr. Marcondes Pereira - que"cria -o Fundo Nacional de Pleno Emprego (FNPE),para a aplicaçào do disposto nos artigos 43, item X, c[65, item XVI, da Constituição Federal, referente aoseguro-desemprego, e determina outras providências".Relator: Deputado Rondon Pacheco. Parceer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.30) - Projeto de Lei n' 602/83 - do Sr. Gastone Righi- que "institui, como crime de usura, a cobrança de juros c comissões superiores à taxa de 12% ao ano, acimada correção monetária c a exigência de saldos médios ousujeição a contratos de outra natureza, para concessãode empréstimos, modificando o arl. 4' da lei n' 1.521, de26 de dezembro de 1951". Relator: Deputado Brabo deCarvalho. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade. técnica legislativa e, no mérito. peja aprovação. Emvotação. foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 31) - Projeto de Lei n' 626/83 - do Sr. Iram Saraiva - que "altera a redaçào do caput do art. 143 da Consolidação das Leis do Trabalho, para facultar ao empregado a conversão de todo o período de fêrias em abonopecuniário". Relator: Deputado. Brabo de Carvalho. Parecer: pela ';onstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação 1 foi nprovado unanimemente o pareCer do relator. 32) - Projeto de Lei n° i,882/83 - doSr. Anselmo Peraro - que "altera a redaçào do caput doart. 487 da Consolidação das Leis do Trabalho, aumentando o prazo estipulado para o aviso-prévio". Relator:Deputado Nilso Gibson. Parecer: pela constitucionalidade·, juridicidade c técnica legislativa. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 33) Projeto de Lei n' 6.703/82 - do Sr. Bonifácio de Andrada - que "dispõe sobre a profissão de barbeiro e cabelereiro c define o exercício da mcsma". Rclator: DcputadoNilson Gibson. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade c técnica legislativa. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 34) - Projeto de Lein' 1.472/83 - do Sr. Francisco Amaral - que "dispõesobre a dedução, do lucro tributável, para fins do Imposto sobre a Renda, do dobro das dcspcsas realizadas comprogramas de transporte do trabalhador e dctermina outras providências". Relator: Deputado Gomes da Silva.Parecer: pela constitucionalidade, juridieidade e têcnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente oparccer do relator. 35) - Projeto de Lei n' 1.906/83 do Sr. Carlos Mosconi - que "modifica dispositivo dalei n' 6.360, de 23 de setembro de 1979, proibindo a propaganda de drogas e medicamentos nos veícuJos de comunicação de massa". Relator: Deputado Brabo de Carvalho. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do rclator. 36) - Projeto de Lei n'432/83 - do Sr. Borges da Silveira - que "altera a redação do ar!. 188 do Código Eleitoral". Relator. Deputado Brabo de Carvalho. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade c, no mérito, pela rejcição. Em votaçãofoi aprovado unanimemente o pareecr do relator. 37)Projeto de Lei n' 1.673/83 - do Sr. Siqueira Camposque "inclui trecho de estrada no Sistema Rodoviário doPlano Nacional de Viação, aprovado pela Lei n' 5.917,de 10 de setembro de 1973". Relator: Deputado ArnaldoMaciel. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanime
mente o parecer do relator. 38) - Projeto de Lei n"1.927/83 - do Se Orestes Muniz - que "cria a EscolaTécnica Federal de Rondônia, na Cidade de Porto Velho
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- Rondánia - e determina outras providências". Relalar: Deputado Arnaldo Maciel: Parecer: pela constitucionalidade. juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.39) - Projeto de Lei n' 1.834/83 - do Sr. MarcondesPereira - que ·'acrescenta parúgrafo 39 ao art. 19 do
Decreto-lei n' 201. de 27 de fevereiro de 1967, que dispõesobre a responstlbilidade dos Prefeitos e Vereadores e dáoutras providências". Relator: Deputado GuidoMoesch. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade.técnica legislativa e, no merito, pela aprovação. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.40) - Projeto de Lei n' 1.593/83 - do Sr, Oscar Alves- que "atribui ao registro de admissões e dispensas, doMinistério do Trabalho, criado pela Lei n' 4,923, de 23de dezembro de 1965. a incumbencia de manter tambemum serviço de registro de emprego (SARE), e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Guido Moeseh. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 41) - Projeto de Decreto Legislativo n'34/83 ~ da Comissão de Relações Exteriores (Mensagem n' 143/83 - PE) - que "A prova o texto do Acordorelativo ã construção de uma ponte internacional sobre oRio Tacutu. entre o governo da República Federativa doBrasil e o governo da República Cooperativista da Guiana, celebrado em Georgetown, a 29 de janeiro de 1982",Relator: Deputado Leorne Belém, Parecer: pela constitucionalidade, juridicidac!e e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.42) - Projeto de Lei Complementar n' 39/83 - do Sr.Edme Tavarcs - que "altera dispositivo da Lei Complementar n' 11, de 25 de maio de 1971, que instituiu oPRORURAL". Relator: Deputado Leorne Belem. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 43) - Projeto de Lei n' 1.023/83 - do Sr.Jorge Carone - que "estabelece jornada de trabalhopara os servidores públicos civis da União e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Josê Tavares. Parecer, ora reformulado, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 44) Projeto de Lei n' 1.568/83 - do Sr. Jorge Carone - que"introduz alterações nos artigos 532 e 538 da Consolidação das Leis do Trabalho, dispondo sobre a reeleiçãonos sindicatos e nas associações sindicais de grau superior". Relator: Deputado José Tavarcs. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 45) - Projeto de Lei n' 1.904/83 - do Sr. WildyVianna - que "altera a redação do § 2' do artigo 9' daLei n' 4,070, de 15 dejunho de 1962, que elevou o Território do Acre à categoria de Estado". Relator: DeputadoBrabo de Carvalho. Parecer: pela inconstitucionalidade.
Adiada a discussão. 46) - Projeto de Lei n' 605/83 do Sr. José Carlos Teixeira - que "dispõe sobre oexercício da profissão dc Tecnico Agropecuário". Relator: Deputado Brabo de Carvalho. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, comduas emendas. Em votação, foi aprovado unanimementeo parecer do relator. 47) - Projeto de Lei n' 6.701/82do Sr. Tidei de Lima - que "dispõe sobre o fornecimento gratuito de material didático para alunos matriculados nas escolas públicas de l' grau, e dá outras providéncias". Relator: Deputado Guido Moesch. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e tecnica legislativa,Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 48) - Projeto de Lei n' 1.811/83 - do Sr. Francisco Dias - que "dispõe sobre o pagamento de remuneração pelo empregador aos herdciros, em caso de falecimento do empregado, e dá outras providências", Relator: Deputado Guido Moesch. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecc;:r do relator. 49) Projeto de Lei n' 1.136/83 - do Sr. Celso Peçanha -
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
que "concede aposentadoria cspecial ao jogador profissional de futebol, aos 15 anos de exercício na atividade",Relator: Deputado Leorne Bclém. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer do relator.50) - Projeto de Lei n' 1.850/83 - do Sr. Aluízio Bezerra - que "exclui o Município de Senador Guiomard, noEstado do Acre, dentre os declarados de interesse da segurança nacional". Relator: Deputado Leorne Belém.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa, Em votação, foi aprovado unanimemente opurecer do relator. 5 I) - Emenda oferecida em Plenárioao Projeto de Lei n° 2.989-A/80, que "determina a construção de conjuntos habitacionais pelo BN H para seremalocados aos trabalhadores que ganham até 5 saláriosminimos regionais". Relator: Deputado Jorge Carone.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 52) - Projeto de Lei n' 5.737/81 do Sr. Osvaldo Melo - que "estabelece vantagens aosadquirentes de casa própria pelo Sistema Financeiro daHabitaçuo, no caso e condições que especifica". Relator:Deputado Jorge Carone. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e tecnica legislativa. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 53) Projeto de Lei n° 949/83 - do Sr. Domingos Juvenilque "dispõe sobre a criação de Escola Federal de Pesca,sediada no Município de Vigia, Estado do Pará", Relatpr: Deputado Leorne Belém. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 54) Projeto de Lei n' 1.660/83 - do Sr. Airon Rios - que'"dispõe sobre a criação da Universidade do Agreste Meridional e do Vale do Ipanema, no Estado de Pernambuco. e dá outras providéncias". Relator: Deputado Leorne Belem. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanime
mente o parecer do relator. 55) - Projeto de Lei n'1.815/83 - do Sr. Valmor Giavar!na - que "acrescentaparágrafo único ao art. 67 da Lei n' 5.ÚJ8, de 21 de setembro de 1966 - Código Nacional de Tránsito - tornando obrigatórias as indicações do tipo sangüineo e, sediabético, na Carteira Nacional de Habilitação". Relator: Deputado José Tavares. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votaçào, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 56) Projeto de Lei n' 1.763/83 - do Sr. Francisco Amaral- que "esclui dos encargos do Decreto-lei n' 2.047, de10 dejulho de 1983, as pessoas que especifica, e dá outrasprovidências". Relator: Deputado José Tavares. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 57) - Projeto de Lei n' 6.166/82 - do Sr.Alberto Goldman - que "introduz modificações na Lein' 3.071, de I' de janeiro de 1916 (Código Civil), e na Lei11' 6.533, de 24 de maio de 1978, e determina outras providências relativas ao direito autoral dos fotografadoscom fins lucrativos". Relator: Deputado Leorne Belém.Parecer: p,ila constitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa e, no mérito, pela aprovaçào. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 58) Projeto de Lei n' 1.851/83 - do Sr. Aluízio Bezerraque "exclui o Município de Plácido de Castro, no Estadodo Acre, dentre os declarados de interesse de segurançanacional". Relator: Deputado Lcorne Belém. Parecerpela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecerdo relator. 59) - Projeto de Lei n' 417/83 - do Sr. Borges da Silveira - que "revoga a Lei n' 6.950. de 4 de novembro de 1981, que altera a Lei n9 3.807, de 26 de agos·to de 1960, fixa novo limite máximo do salário-decontribuição previsto na Lei n' 6,.332, de 18 de maio de1976, c dá outras providências". Relator: DeputadoTheodoro Mendes. Parecer: pela constitucionalidade, injuridicidade e ilegalidade. O Deputado José Tavares, quepedira vista conjunta com o Deputado Joaci! Pereira, de-
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volveu o projeto, aprcsentando voto em separado pelaconsUtucionaJidade l juridicidade e técnÍCa legislativa,com substitutivo. Discutiram a matéria os DeputadosGerson Peres e Hamilton Xavier. Adiada a discussão.Encerramento: Às doze horas e trint.a minutos, nadamais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e, paraconstar, eu. Ruy Osmar Prudéncio da Silva, Secretário,lavrei a presente Ata, que depois de aprovada será assinada pelo Senhor Presidente.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇAVigésima Non~ Reunião Ordinária Plenária,Realizada no dia 5 de outubro de de 1983.
Às dez horas do dia cinco de outubro de mil novecen,tos c oitenta e tres, na Sala n' 17 do Anexo 11 da Câmarados Deputados, sob a Presidência do Senhor DeputadoBonifúcio de Andrada, Presidente, presentes os SenhoresDeputados Leorne Belém e Brabo de Carvalho, VicePresidentes, Valmor Giavarina, João Gilberto, OsvaldoMelo, Hamilton Xavier. Josê Genoino, Ernani Sátyro,Gerson Peres, Nilson Gibson, Gorgônio Neto, JutahyJúnior, Otávio Cesário, Theodoro Mendes, João Cunha,Pimcnta da Veiga, Mário Assad, Arnaldo Maciel, GuidoMoesch, Rondon Pacheco, Jorge Carone, Egídio Ferreira Lima, Armando Pinheiro, Gastone Righi, BrandãoMonteiro, Walter Casanova, Ibsen Pinheiro, NelsonMorro e Natal Gale, reuniu-se a Comissão de Constituição e Justiça. A Ata da reunião anterior foi aprovadapor unanimidade. Ordem do Dia: I) Projeto de Lei n"2.284/83 - do Sr. Sebastião Curió - que "concede autorização, a título precário, para que os atuais garimpeiros continuem explorando o ouro de Serra Pelada, e determina outras providéncias". Relator: Deputado Brabode Carvalho. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade c têcnica legislativa. Discutiram a materia os Deputados João Gilberto, Theodoro Mendes e Ernani Sátyrõ.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 2) Projeto de Lei n' 445/83 - do Sr. FranciscoDias - que "autoriza o Poder Executivo a instituir o"cupão de alimentação", e dá outras providências". Relator: Deputado João Gilberto, Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecerdo relator. 3) Projeto de Lei n' 1.226/75 - do Sr.Francisco Amaral - que "cria seguro de vida opcionalpara o usuário do transporte aéreo". Relator: DeputadoHamilton Xavier. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa, com emenda. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 4)Projeto de Lei n' 1.537/83 - do Sr. Rubens Ardenghi- que "dispõe sobre habitação rural", Relator: Deputado Hamilton Xavier. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa, Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 5) Projeto deLei n° 732/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira - que "permite ao médico assistente o desligamento dos aparelhosde um paciente em estado de coma terminal ou na omissão de um medicamento que iria prolongar inutilmentelima vida vegetativa, sem possibilidade de reeuperar condições de vida sofrível, em comum acordo com os familiares, e dá outras providências". Relator: DeputadoRondon Pacheco. Parecer: pela inconstitucionalidade.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 6) Projeto dc Lei n' 767/83 - do Sr. PauloZarzur (anexo o Projeto de Lei n' 799/83) - que "acrescenta parágrafos ao ari. l' da Lei n' 6.195, de 19 de dezembro de 1974, para estender ao trabalhador rural,bóias-frias, diaristas ou tarefeiros o direito ao seguro deacidentes do trabalho, e determina outras providências",Relator: Deputado Jose Genoíno. Parecer: pela inconstitucionalidade deste e pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei n' 799/83,anexado. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. Aprovado também requerimento do relator, solicitando a desanexação do Projeto de Lei n'
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799/83 deste. 7) Projeto de Lei n' 806/83 - do Sr.Evandro Ayres de Moura - que "dispõe sobre o pagamento de férias ou licença-prémio não gozadas e nemcomputadas ao tempo de serviço público federal, estadual ou municipal". Relator: Deputado Raimundo Leite. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 8) Projeto de Lei n' 807/83 - do Sr. Sérgio Cruz - que "concede anistia ajornalistas profissionais, processados ou condenados com base na Lei de Segurança Nacional". Relator: Deputado Guido Mocsch. Parecer: pela iaconstitucionalidade. Concedida vista ao Deputado João Cunha,9) Projeto de Lei n' 846/83 - da Sr' Cristina Tavares- que "estende ao empregado doméstico a proteção dalegislação de acidentes do trabalho". Relator: DeputadoMário Assad. Parecer: pela inconstitucionalidade. Faceao voto em separado do Deputado Valmor Giavarina, orelator solicitou, e foi atendido, a retirada do projeto dapauta, para reexame. 10) Projeto de Lei n' 861/83 do Sr. Osvaldo Melo - que "modifica a redação do inciso IH do arl. 50 da Lei n' 6.880, de 9 de dezembro de1980 - Estatuto dos Militares". Relator: Deputado Jorge Arbagc. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente o pareccr do relator.11) Projeto de Lei n' 865/83 - do Sr. Manoel Affonso- que "revoga o item I do arl. 70 do Decreto Federal n'·80.228, de 25 de agosto de 1977". Relator: DeputadoGomes da Silva. Parecer: pela inconstitucionalidade. Emvotação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 12) Projeto de Lei n' 869/83 - da Sr' Lúcia Viveiros - que "cria a Fundação Universidade de Bragança edá outras providências". Relator: Deputado Joacil Pereira. Parecer; pela inconstitucionalidade. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 13)Projeto de Lei n' 882/83 - do Sr. Freitas Nobre --,que "acrescenta dispositivo à Lei n- 6.683, de 28 de agosto de 1979 (Lei da Anistia)". Relator: Deputado JorgeArbage. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedidavista ao Deputado João Gilberto. 14) Projeto de Lei n'885/83 - do Sr. Cunha Bueno - que "dispõe sobre acriação do Instituto Brasileiro de Gerontologia, e determina outras providéncias". Relator: Deputado Raimundo Leite. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, roi aprovado unanimemente o parecer do relator.15) Projeto de Lei n' 893/83 (anexo o Projeto de Lei n'1.471/83) - Do Sr. Pedro Germano - que "uniformizaas aposentadorias, as pensões e as contribuições do beneficiário, na previdência social do servidor federal e doempregado regido pela legislação trabalhista". Relator:Deputado Gorgânio Neto. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 16) Projeto de Lei n' 920/83 - do Sr.Sérgio Cruz - que "susta por cinco anos o despejo depequenos arrendatários e parceiros rurais. e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Rondon Pacheco. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedida vista aoDeputado José Genoino. 17) Projeto de Lei n' 936/83- do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõe sobre a criaçãodo Fundo Nacional de Casas do Estudante Carente, e dáoutras providências". Relator: Deputado Walter Casanova. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedidavista ao Deputado Valmor Giavarina. 18) Projeto deLei n- 937/83 - do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõesobre vencimentos de Juízes da União". Relator: Depu·tado Osvaldo Melo. Parecer: pela inconstitucionalidade.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 19) Projeto de Lei n' 942/83 - do Sr. Mendonça Falcão - que "dispõe sobre recurso em feitos dajustiça desportiva". Relator: Deputado Armando Pionheiro. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedidavista conjunta aos Deputados Brabo de Carvalho e JoãoCunha. 20) Projeto de Lei n- 948/83 (anexo o Projetode Lei o' 967/83) - do Sr. Brandão Monteiro - que"institui o monopólio da atividade das instituições financeiras, de que trata a Lei n' 4.595, de 31 de dezembro de1964". Relator: Deputado Armando Pinheiro. Parecer:
DIÃRI'O DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
pela inconstitucionalidade. Concedida vista conjunta aosDeputados João Cunlia e Vai mor Giavarina. 21) Projeto de Lei n- 956/83 - do Sr. Hélio Dantas - que"proíbe a fabricação de veículos que especifica e dá outras providências". Relator: Deputado Hamilton Xavier.Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 22) Projetu de Lei n' 989/83 - do Sr. João Divino - que "determina que o reajustamento de vencimentos da Magistratura Federal. concedido anualmente, não seja inferioraos índices de inflação oficialmente apurados". ReJator:Deputado Joacil Pereira. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 23) Projeto de Lei n' 1.025/83 - do Sr.Carneiro Arnaud - que "restabelece direito de scrvido·res públicos, no caso que especifica". Relator: DeputadoJoacil Pereira. Parecer: pela inconstitucionalidade. Emvotação, foi aprovado unanimemcnte o parecer do relator. 24) Projeto de Lei n' 1.026/83 - do Sr. LeônidasSampaio - que "considera como de efetivo exercício asfaltas dadas ao serviço por servidores públicos da União,na forma que especifica, e dá outras providências". Relator: Deputado Osvaldo Melo. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 25) Projeto de Lei n' 1.056/83 - doSr. Nilson Gibson - que "dispõe sobre a incorporaçãode gratificação aos vencimentos do cargo efetivo, após 5anos de exercício na função gratificada". Relator: Deputado Jorge Arbage. Parecer: pela inconstitucionalidade.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 26) Projeto de Lei n' 1.083/83 - do Sr. IbsenPinheiro - que "permite a troca de partido, sem perdado mandato, nos casos de aliança ou acordo partidário, edá outras providências". Relator: Deputado ArmandoPinheiro. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedidavista ao Deputado João Gilberto. 27) Projeto de Lei n'1.095/83 - do Sr. Antônio Pontes - que "dispõe sobrea utilização de nomes brasileiros nos produtos que menciona, e dá outras providências". Relator: Deputado Arnaldo Maciel. Parecer: peja inconstitucionalidade. Emvotação, foi aprovado o parecer do relator, contra os votos dos Deputados João Gilberto e José Genoino.28) Projeto de Lei n' 1.097/83 - do Sr. Adhemar Ghisi - que "estende aos sindicatos de trabalhadores de todas as categorias os benefícios fiscais já concedidos aostaxistas para aquisição de carro a álcool". Relator: Deputado Raimundo Leite. Parecer: pela inconstitucionali.dade. Concedida vista ao Deputado João Gilberto.29) Projeto de Lei n' 1.122/83 - do Sr. Francisco Dias- que "permite aposentadoria voluntária, com proventos proporcionais ao tempo de serviço, aos professorespúblicos federais, nas condições que especifica, e dá outras providências". Relator: Deputado Plínio Martins.Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado unanimemente O parecer do relator. 30) Projeto de Lei n' 1.125/83 - do Sr. Carneiro Arnaud - que'"autoriza o aproveitamento de servidores públicos civisda União em cargos compatíveis com sua formação uni·versitária". Relator: Deputado Joacil Pereira. Parecer:pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 31) Projeto de Lein' 1.l83/83 - do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõesobre a atualização salarial dos militares e servidorespúblicos civis da União". Relator: Deputado DjalmaBessa. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 32)1bProjeto de Lei n' 1.250/83 - do Sr. Nelson do Carmo- que "suspende a emissão de títulos da dívida públicados governos federal, estaduais e municipais pelo período de dois anos, e dá outras providências". Relator: Deputado Armando Pinheiro. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedida vista ao Deputado Jorge Carone.33) Projeto de Lei n' 1.252/83 - do Sr. Ruy Côdo que "acrescenta parágrafo ao artigo 57 da Lei n' 6.697,de 10 de outubro de 1979 (Código de Menores), determi.nando a localização de casas de diversões eletrônicas a
mais de 500 metros das escolas". Relator: DeputadoTheodoro Mendes. Parecer: pela inconstitucionalidade.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 34) Projeto de Lei n' 1.268/83 - do Sr.Adroaldo Campos - que "dispõe que a compra do carro novo de passeio por parte de pessoa física ou jurídicafica condicionada à prova de possuir espaço em garagcmpara guardá-lo". Relator: Deputado Antônio Dias. Parecer: peja inconstitucionalidade. Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 35) Projetode Lei n' 1.308/83 - da Sr' Lúcia Viveiros - que "dispõe sobre admissão de funcionário inativo em virtude deconcurso público. e dá outras providências". Relator:Deputado Plínio Martins. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare·cer do reJator. 36) Projeto de Lei n' 1.331/83 - do Sr.Ruy Côdo - que "estabelece novos critérios de escolhados membros do Conselho Federal de Educação". Relator: Deputado Natal Gale. Parecer: péla inconstitucionalidade. Concedida vista ao Deputado Gorgõnio Ncto.37) Projeto de Lei n' 1.387/83 - do Sr. Agnaldo Timóteo - que "altera o Código de Menores, a rim deinserir-lhe nova modalidade assistencial". Relator: Deputado Armando Pinheiro. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedida vista ao Deputado Jorge Carone.38) Projeto de Lei n- 1.411/83 - do Sr. Celso Peçanha- que "assegura o pagamento da pensão nos termos doDecreto-lei n° 3.347, de 12 dejunho de 1941, aos dependentes dos ferroviários". Relator: Deputado Natal Gale.Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado o parecer do relator, contra os votos dos Deputados João Gilberto e Josê Genoino. 39) Projeto deLei n' 1.629/83 - do Sr. Nelson Wedekin - que "introduz modificação no Decreto-lei n' 1.867, de 25 de marçode 1981, que alterou o Decreto-lei n' 1.861, de 25 de fevereiro de 1981, este dispondo sobre as contribuições compulsórias recolhidas pelo lAPAS à conta de diversas entidades". Relator: Deputado Osvaldo Melo. Parecer:pela inconstitucionalidade. Em votação. foi aprovado oparecer do relator, contra os votos dos Deputados JoãoGilberto e José Genoino. 40) Projeto de Lei n'1.705/83 - do Sr. Saramago Pinheiro - que "dispõesobre a dupla promoção do militar na passagem para areserva remunerada". Relator: Deputado Júlio Martins.Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 41) Projeto de Lei Complementar n- 16/83 - do Sr. João Divino - que "isenta dos tributos que especifica a aquisiçãode equipamentos rodoviários pelas municipalidades".Relator: Deputado Júlio Martins. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedida vista ao Deputado TheodoroMendes. 42) Projeto de Lei Complementar n' 30/83do Sr. Frnacisco Amaral - que "fixa o termo final domandato dos Prefeitos nomeados e dá outras providên~
cias". Relator: Deputado Armando Pinheiro. Parecer:pela inconstitucionalidade. Concedida vista ao Deputado Brabo de Carvalho. 43) Projelo de Lei Complementar n' 44/83 - do Sr. Múcio Athayde - que "institui oimposto que menciona. e dá outras providências". Rela·toro Deputado Djalma Bessa. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 44) Projeto de Lei n' 274/83 - doSr. Paulo Zarzur - que "dispõe sobre o prazo de vencimento das contas de água c energia elétrica, e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Darcilio Ayres. Parecer: pela inconstitucionalidade. Discutiram a matéria osDeputados Jorge Carone e Theodoro Mendes. Em votação, foi rejeitado o parecer do relator. Aprovado o Parecer do Deputado Valmor Giavarina, designadO relalordo vencedor, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e. no mérito. pela aprovuçào 1 com substi·tutivo. O parecer do primitivo relator passou a constituirvoto em separado. 46) Projeto de Lei n' 395/83 - doSr. José Frejat - que "dispàe sobre a participação de reprcs~ntantes oposicionistas em missão oficial ao exterior". Relator: Deputado Pedro CoJin. Parecer: peja in·
Outubro de 1983
constitucionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. O Deputado Valmor Giavarina apresentou valo em separado. 47) Projeto deLei n° 413j83 - Do Sr. Renato Vianna - que "altera ovalor do salário-família do servidor público". Relator:Deputado Joacil Pereira. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foi rejeitado o parecer do relator,contra os votos dos Deputados Gorgônio Neto, EmaniSátyro, Juthay Júnior, Hamilton Xavier, Otávio Cesário,Rondon Pacheco, Mário Assad, Pedro CoJin e Brabo deCan'alho. Aprovado o parecer do Deputado José Tavares, designado relator do vencedor, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. O parecer do primitivo relator passou a constituir voto em separado. 48)Projeto de Lei no 470j83 - do Sr. Inocêncio Oliveira- que "isenta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias - ICM as operações comerciais interestaduaisentre pessoas jurídicas". Relator: Deputado ArnaldoMaciel. Parecer. pela inconstitucionalidade. Discutiu amatéria o Deputado Theodoro Mendes. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 49) Projeto de Lei no 702j83 - do Sr. Adhemar Ghisi - qne"introduz modificação no Decreto-lei no 1.910, de 29 dedezem bro de 1981, que dispõe sobre contribuições para ocusteio da Prcvidência Social, visando excluir do deverde contribuir os aposentados e pensionistas que percebem importância de valor até o salário mínimo". Relator: Deputado Mário Assad. Parecer: pela inconstitucionalidade. Voto em separado do Deputado José Tavarcs,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislati'a. Discutiu a matéria o Deputado Theodoro Mendes. Orelator solicitou, e foi atendido, a retirada do projeto dapauta, para reexame. 50) Projeto de Lei no 820j83
da Sr" Lúcia Viveiros - que "imprime nova redação aoitem I do art. 11 da Lei Orgánica da Previdência Social,para alterar as condições de perda da qualidade de dependente de segurado do sistema". Relator: DeputadoOtávio Cesário. Parecer: pela inconstitucionalidade. Discutiu a matéria o Deputado Brabo de Carvalho. Em votação, foi rejeitado o parecer do relator, contra os votosdos Deputados Ernani Sátyro, Hamilton Xavier e NilsonGibson. Aprovado o parecer do Deputado José Tavares,designado relator do vencedor, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa, com emenda. O parecerdo primitivo relator passou a constituir voto em separado. O Deputado Brabo de Carvalho votou com restrições. 51) Projeto de Lci no 831 j83 - do Sr. OlivirGabardo -' que "concede adicional de insalubridade aservidores da SUCAM". Relator: Deputado AntônioDias. Parecer: pela ineonstitucionalidadc. Em votação,foi aprovado o parece do relator, contra o voto do Depu
tado José Genoino. 52) Projeto de Lei no 859/83 - doSr. Jorge Carone - que "somente permite a elevação tarifária dos transportes coletivos quando efetivada concomitantemente com o reajuste dos salários". Relator: Deputado Hamilton Xavier. Parecer: pela inconstitucionalidade. Voto em separado do Deputado Valmor Giavarina pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o ·parecer do relator, ora reformulado, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. 53) Projeto de Lein' 1.359j83 - do Sr. Eduardo Matarazzo Supliey - que"estabelece o reajuste automático dos salários, emfunção da variação do INPC, o reajuste anual referente
.aos ganhos cm produtividade e a"s critérios de eqüidadeacordados em negociação entre empregados e empregadores, garante informações às entidades de trabalhadores c dá outras providéncias". Relator: Deputado NilsonGibson. Parecer: pela inconstitucionalidade. Adiada adiscussão. 54) Projeto de Lei n' 1.600j83 - do Sr. Pedro Germano - que "uniformiza o salário-maternidadeda empregada regida pela legislação trabalhista, da funcionária federal e da trabalhadora rural". Relator: Deputado Arnaldo Maciel. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovado o parecer do relator,contra o voto do Deputado José Genoino, 55) Projeto
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
de Lei Complementar n' 47 j83 - do Sr. JG de AraújoJorge - quc "estabelece normas sobre a sucessão presidencial em 1984, a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte e as eleições para Presidente da República". Relator: Deputado Jairo Magalhães. Parecer:pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 56) Projeto de LeiComplemenlar no 63j83 - do Sr. Renato Bueno - que"isenta do Imposto de Renda e do Imposto sobre Serviços os médicos recém-formados, nas condições que especifica". Relator: Dcputado Júlio Martins. Parccer:pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 57) Projeto de Lein' 677 j83 - da Sr' Cristina Tavares - que "dispõesobre Assessoria Especializada dos Partidos Políticos".Relator: Deputado Armando Pinheiro. Parecer: pela inconstitucionalidade. O Deputado Jorge Carone, que pedira vista, devolveu o projeto, aprcsentando voto em separado pela constitucionalidade,juridieidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovaçào l com substitutivo.Adiada a discussão. 58) Projeto de Decreto Legislativono 31 j83 - a Comissão dc Economia, Indústria c Comércio (Mensagem n° 522j81-PE) - que "concede homologação a ato do Conselho Monetário Nacional queautorizou a emissão de papel-moeda, no ano de 1981, novalor de Cr$ 150.000.000.000,00 (cento e cinqüenta bilhões de cruzeiros)". Relator: Deputado Osvaldo Melo.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Voto em separado do Deputado Joào Gilberto, pela ilegalidade. Tendo em vista o empate na votaçãoocorrido na reuniilo anterior, o Senhor Presidentereabriu a discussão. O Deputado João Gilberto fez umresumo de seu voto em scparado c do voto do relator. ODeputado Armando Pinheiro requereu - e foi atendido- o adiamento da discussão, face a ausência do relator.O Deputado João Gilberto manifestou seu desagradopela decisão da Presidência em adiar a votação da matéria. O Senhor Presidente, justificando sua atitude,lembrou episôdio ocorrido com o Projeto de Lei n'1.208/83, que em cireunstáncias semelhantes tivera a votação adiada mais de uma vez, em virtude da ausência dorelator, Deputado Gomes da Silva. Disse que a discussàodeste projeto fora reaberta devido a alta releváncia damatéria. Esclareceu que o critério estabelecido para aapreciação dos projetos na reunião, que seriam votados,mesmo sem a presença dos relatores, exceto se algummembro levantassc objeção. O Deputado João Gilbertolembrou que a presença do relator seria despicienda,uma vez que seu voto já fora proferido, sendo, pois, doconhecimento geral, principalmente porque durante areunião ele mesmo já fizera uma explanação sobre seu
conteúdo. O Senhor Presidente, após consulta, marcoupara quarta·feira, dia 19 próximo l data para a decisào,com ou sem a presença do Deputado Osvaldo Melo. ODeputado Nilson Gibson requereu - e foi atendido - adistribuição antecipada dos dois votos constantes doprocesso a todos os membros dcstc ôrgão. Encerramcnto: às doze horas e quarenta minutos, nada mais havendo a tralar, foi encerrada a reunião e, para constar, eu,Ruy Omar Prudência da Silva, Secretário, lavrei a presente Ata, que depois de aprovada será assinada pclo Senhor Presidente.
O Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Comissào de Constituição e Justiça, fez a seguinte
Redistribuição
Em 7-10-83Ao Sr. Ademir Andrade:
Projeto de Lei no 1.091j83 - do Sr. Francisco Amaral- que "revoga dispositivo da legislação que disciplina orepouso semanal renumerado, para o fim de desvincularo benefício das faltas ou atrasos ao serviço".
Sábado 15 \0977
Ao Sr. Antônio Dias:
Projeto de Lei no 1.526j83 - do Sr. Francisco Diasque '"fixa valores a serem cobrados nas loterias que menciona, e dá outras providéncias".
Ao Sr. Brandão Monteiro:
Projeto de Lei no 1.611j83 - do Sr. Paulo Lustosaque "preserva a pensão previdenciária aos fihos maioresque sejam inativos ou estejam desempregados".
Ao Sr. Djalma Bessa:
Projeto de Lei n' 3.625j80 - do Sr. Jorge Cury - que"determina a devolução das condecorações c a reinclusão nos quadros das respectivas ordens das quais tenhasido excluído o ex-Presidente João Belchior MarquesGoulart e dá outras providências".
Ao Sr. Gastone Righi:
Projeto de Lei no 6.606j82 - do Sr. Jorge Cury - que"altera dispositivo da Consolidação das Leis do Trabalho, abreviando o prazo concedido ao empregador paraa apresentação de reclamatôria em caso de apuração defalta grave".
Ao Sr. Gcrson Peres:
Projcto de Lci n' 1.553j83 - do Sr. Jorge Arbage que "introduz modificação no Estatuto da Terra - Lein' 4.504, de 3D de novembro de 1964 - dispondo sobre anão incidência do Imposto Territorial Rural ás situaçõesque especifica".
Ao Sr. Gomes da Silva:
Projeto de Lei no 1.388j83 - do Sr. Adroaldo Campos - que "altera a Lei n' 6.437, de 20 de agosto de 1977que configura infrações à legislação sanitária fedcral, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências",
Projeto de Lei n' 6.427 j82 - do Sr. Jorge Cury - que"dispõe sobre moradia para porteiros de edifícios, e dáoutras providências".
Ao Sr. Gorgônio Neto:
Projeto de Lei n' 1.238j83 -'-- do Sr. Paulo Lustosaque "isenta da retenção do Imposto de Renda, na fontepagadora, a pessoa física com renda líquida mensal inferior a dez salários mínimos".
Ao Sr. Hamilton Xavier:
Projeto de Lei n' 1.340j83 - do Sr. Geraldo Bulhões- que "estabelece o salário mínimo profissional dosbancários e determina outras providências)',
"Ao Sr. Jairo Magalhães:- Projeto de Lei no 1.694j83 - do Sr. JorgeCury
que "altera dispositivo da Lei no 6.868, de 3 de dezembrode 1980, que aboliu a exigéncia da apresentação de atestados de bons antecedentes e de boa conduta".
Ao Sr. Joaeil Pereira:Projeto de Lei no 6.388j82 - do Sr. Jorge Cury - que
"altera a redação do art. 11 do Decreto-lei no 5.452, dc I'de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho) eda outras providêacias".
Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei Complementar no 260j81 - do Sr. Jor
ge Cury - que "altera a redação da lctra "n" c suprimea letra "p" do item I do art. lo da Lei Complementar no5. de 29 de abril de 1970, e dá outras providências".
Ao Sr. Jorge Medauar:Projeto de Lei no 6.656j82 - do Sr. Jorge Cury - que
"dá nova redação ao ar!. 20 da Lei no 5.559, de II de de-
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zembro de 1968, reconhecendo ao aposentado o direitoao salário-família, e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 6.659/82 - do Sr. .Jorge Cury - que"dá nova redação ao "caput" do art. 4. da Lei n. 5.107,de 13 de setembro c(e 1966, que cria o Fundo de Garantiado Tempo de Serviço, e dá outras providências".
Ao Sr. José Burnet!:Projeto de Lei n. 1.313/83 - do Sr. Carneiro Arnaud
- que "dispõe sobre a atualização dos serviços médicohospitalares prestados ao INAMPS".
Ao Sr. José Carlos Fonseca:Projeto de Lei n. 1.379/83 - do Sr. Francisco Amaral
- que "altera o art. 4. do Decreto-lei n. 1.706, de 27 deoutubro de 1939, que institui o Livro do Mérito".
Projeto de Lei n. 3.640/80 - do Sr. Jorge Cury - que"determina a devolução das condecorações e a reinclusão nos quadros das respectivas ordens dos quais tenhamsido excluídos os ex-Senadores, Deputados Federais,Deputados Estaduais, Prefeitos, Vice-Prefeitos, Vereadores e aqueles outros não detentores de cargos oufunções públicas, apenados pelos Atos Institucionais revogados pela Emenda Coustitucional n. lI, de 17 de outubro de 1978 e os anistiados pela Lei nO 6.683, de 28 deagosto de 1979, e dá outras providências".
Projeto de Lei nO 3.689/80 - do Sr. Jorge Cury - que"determina a devolução das condecorações e a reinclusão nos quadros das respectivas ordens dos quais tenhamsido excluídos os ex-Governadores e ex-ViceGovernadores de Estado, apenados com a perda de mandatos e suspensão de direitos políticos por Atos revogados pela Emenda Constitucional nO li, de 17 de outubrode 1978, ou pela Lei n. 6.683, de 28 de agosto de 1979, edá outras providências".
Ao Sr. José Gcnoino:Projeto de Lci n" 1.643/83 - do Sr. João Paganella
que "altcra o art. 55 da Lei nO 4.506, de 30 de novembrode 1964 - Lei do Imposto de Renda".
Projeto de Lei n. 6.643/82 - do Sr. Jorge Cury - que"acrescenta o inciso VII do art. 473 da Consolidação dasLeis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nO 5.452, del0 de maio de 1943".
Ao Sr. José Penedo:Projeto de Lei nO 1.652/83 - do Sr. Denisar Arneiro
- quc "reinclui na incidência do Imposto de Renda ren.dimentos auferidos por militares".
Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei nO 972/83 - do Sr. Leur Lomanto
que "veda a dispensa do empregado reclamante na Justiça do Trabalho".
Projeto de Lei nO 2.419/79 - do Sr. Jorge Cury- que"aplica-se aos funcionários aposentados dos Poderes Legislativos e Judiciário, a Lei nO 6.703, de 26 de outubrode 1979".
Ao Sr. Jutahy Júnior:Projeto de Lei nO 1.130/83 - do Sr. Adroaldo Cam
pos - que "estabelece que nenhuma pensão será inferiorao salário mínimo regional".
Projeto de Lei nO 1.264/83 - do Sr. Leônidas Sampaio - que "dispõe sobre a contagem em dobro do tempo de serviço militar, para a finalidade e no caso que especifica",
Ao Sr. Luiz Leal:Projeto de Lei nO 701/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira
- que "acrescenta dispositivo à Lei nO 6.229, de 17 deju-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
lho de 1975, que dispõe sobre a organização do SistemaNacional de Saúde", regulando a reposição parcial dopreço do medicamento".
Projeto de Lei n. 768/83 - do Sr. Léo Simões - que"modifica dispositivo da Consolidação das Leis do Trabalho, no capítulo conccrnente às férias".
Projeto de Lei nO 6.596/82 - do Sr. Jorge Cury - que"altera dispositivo da Lei nO 6.649, de 16 de maio de1979, que disciplina a locação predial urbana".
Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei nO 1.589/83 - do Sr. Victor Faccioni
que "cria o Sistema Nacional de Bolsas de. E~tudo(SNBEj e dá outras providências".
Ao Sr. Milton Reis:Projeto de Lei nO 1.158/83 - do Sr. Renato Bueno
que "dispõe sobre indenização a Municípios paranaenses em virtude da construção da Usina Hidrelétrica deItaipu".
Projeto de Lei n. 1.699/83 - do Sr. Cunha Bueno que "faculta as companhias seguradoras e às entidadesde previdência privada a aplicação de suas reservas técnicas em empreendimentos de construção civil e determinaoutras providências".
Projeto de Lei nO 6.525/82 - do Sr. Jorge Cury - que"altera dispositivos da Lei n" 5.889, de 8 de junho de1973, que instituiu normas reguladoras do trabalho rural".
Ao Sr. Nilson Gibson: .Projeto de Lei nO 1.277/83 - do Sr. Brandão Montei
ro - que "altera a redação do ar!. 22 do Decreto-lei n. 5,de 4 de abril de 1966, que estabelece normas para a recuperação econômica das atividades da MarinhaMercante, dos portos nacionais e da Rede FerroviáriaFederal S/A, e dá outras providências".
Projeto de Lei n. 1.319/83 - do Sr. Morazildo Cavalcante - que "dá nova redação ao artigo 15 do Decretolei nO 411, de 8 de janeiro de 1969, que dispõe sobre a administração dos Territórios Federais, a organização dosseus Municípios e dá outras providências".
Ao Sr. Otávio Cesário:Projeto de Lei n' 1.342/83 - do Sr. Antônio Mazurek
- que "dispõe sobre a venda de gasolina automotiva ede álcool etílico hidratado em embalagens de até 5 (cinco) litros, no caso indicado".
Ao Sr. Raimundo Leite:Projeto de Lei nO 983/83 - do Sr. Jorge Leite - que
"determina as empresas de transportes coletivos rodoviários, a manutenção de caixas com medicamentos paraprimeiros socorros, nos ônibus". (anexo o PL 1.129/83).
Ao Sr. Ronaldo Canedo:Projeto de Lei n. 1.646/83 - do Sr. Paulo Lustosa
que "acrescenta parágrafo ao art. 273 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto-lei nO 5.452,de I. de maio de 1943, dispondo sobre a jornada parcialde trabalho da mulher".
Ao Sr. Theodoro Mendes.Projeto de Lei nO 817/83 - do Sr. Diogo Nomura
que "dispõe sobre a participação dos municípios na arreCadação bruta de apostas da Loteria Esportiva Federal,para os fins que especifica, e dá outras providências".
Projeto dc Lei nO 6.090/82 - do Sr. Ruy Côdo - que"dispõe sobre a Merenda Escolar e dá outras providências'~ .
Sala da Comissão, 7 de outubro de 1983. - Ruy OrnarPrudêncio da SUva - Secretário.
Outubro de 1983
O Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, fez a seguinte
Distribuição
Em 10-10-83Ao Sr. Ademir Andrade:Projeto de Lei nO 2.171/83 - do Sr. Henrique Eduar
do Alves - que "dá nova redação ao ar!. 5., da Lei nO5.107, de 13 de setembro de 1966 - Fundo de Garantia·do Tempo de Serviço".
Ao Sr. Afrisio Vieira Lima:Projeto de Lei n. 2.001/83 - do Sr. Dionísio Hage
que "estabelece o regime de trabalho do pessoal docentede lo e 20 graus da rede oficial de ensino".
Projeto de Lei nO 2.044/83 - do Sr. Francisco Diasque "estabelece condições para construção de núcleoshabitacionais no País".
Ao Sr. Antônio Dias:Projeto de Lei nO 2.038/83 - do Sr. Francisco Amaral
- que "considera como atividades penosas, para efeitode aposentadoria especial, as profissões de cantor e locutor de Rádio e Televisão".
Projeto de Lei nO 2.057/83 - do Sr. Cardoso Alves que "acrescenta parágrafo único ao art. 13, do Deeretolei nO 73, de 21 de novembro de 1966, que "dispõe sobrco sistema nacional de seguros privados, regula as operações de seguros c resseguros e dá outras providências",suprimindo cláusula de franquia".
Projeto de Lei nO 2.097/83 - do Sr. Mário Frota que "altera a redação do art. 6. da Lei nO 5.107, de 13 desetembro de 1966, que criou o FGTS".
Projeto de Lei n' 2.119/83 - do Sr. José Luiz Maiaque "altera a redação dos artigos 2. e 30 da Lei nO 6.746,de lO de dezembro de 1979, que alterou dispositivos doEstatuto da Terra".
Projeto de Lei n' 2.191/83 - do Sr. Leônidas Sampaio - que "dispõe sobre gratuidade nos transportes coletivos a excepcionais, e dá outras providéncias".
Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei nO 2.051/83 - do Sr. Herbert Levy
que "estabelece normas para o funcionamento e liquidação das empresas estatais".
Projeto de Lei n. 2.069/83 - do Sr. Francisco Diasque "dispõe sobre a remissão total de débito relativos atributos federais, e dá outras providéncias".
Ao Sr. Arnaldo Maciel:Projeto de Lei nO 2.002/83 - do Sr. Flávio Bierren
bach - que "proíbe qualquer pagamento pelo uso demarcas estrangeiras nos casos que especifica e dá outrasprovidênciasH
•
Projeto de Lei nO 2.023/83 - do Sr. Nilson Gibson que "modifica dispositivo da Consolidação das Leis doTrabalho, aprovada pelo Decreto-lei nO 5.452, de l0 dcmaio de 1943, e dá outras providências".
Projeto de Lei nO 2.058/83 - do Sr. Siqueira Campos- que "altera a redação e revoga dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho relativos às férias dos empregados".
Projeto de Lei nO 2.132/83 - do Sr. Augusto Treinque "dispõe sobre a liquidação pelos bancos, dos cheques que menciona, e dá outras providências".
Projeto de Lei nO 2.140/83 - do Sr. Freitas Nobreque "determina que as empresas concessionárias de serviços de telefonia apresentem fotografia do contador deassinante, a requerimento deste",
Projeto de Lei nO 2.153/83 - do Sr. Augusto Treinque "dá nova redação ao § 1°do art. 279 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lein. 5.452, de lo de maio de 1943".
Outubro de 1983
Ao Sr. Brandão Monteiro:Projeto de Lei n' 2.169/83 - do Sr. Augusto Trein
que "institui o adicional por tempo de trabalho c dá outras providências".
Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n' 2.064/83 - do Sr. Manoel Costa Jú
nior - que "determina a instalação, nas zonas de garimpo, de escolas, postos de saúde. rede de saneamento básico, de geração de energia, de comunicação e abertura deestradas".
Projeto de Lei n' 2.079/83 - do Sr. Fernando Gomes- que "cria a contribuição de exportação de cacau e dáoutras providências".
Projeto de Lei n' 2.090/83 - do Sr. RenatoJohnsson- que "estabelece medidas para permitir ocumprimento da política de integração dos serviçospúblicos de telecomunicações, instituída pela Lei n'5.792, de 11 de julho de 1972".
Projeto de Lei n' 2.116/83 - do Sr. Leônidas Rachid- que "reduz o número de medicamentos oferecidos àvenda em todo o País e dá outras providências".
Ao Sr. .Darcílio Ayres:Projeto de Lei n' 2.088/83 - do Sr. Marcondes Perei
ra - que "deelara de utilidade pública a CorporaçãoMusical Santana do Paraíba, com sede em São José dosCampos, no Estado de São Paulo".
Ao Sr. Djalma Bessa:Projeto de Lei n' 1.989/83 - do Sr. Marcelo Gato
que "acrescenta parágrafo ao art. 3' da Lei n' 5.107, de13 de setembro de 1966, que criou o Fundo de Garantiado Tempo de Serviço. estabelecendo a mensalidade paracrédito dos valores relativos a juros e a correção monetária",
Ao Sr. Edison Lobão:Projeto de Lei n' 2.148/83 - do Sr. Alcides Lima
que "institui o Dia Nacional da Extensão Rural".
Projeto de Lei n' 2.172/83 - do Sr. Marcondes Pereira - que "declara de utilidade pública a Associação deProteção e Assistência aos Condenados, com sede emSão José dos Campos, no Estado de São Paulo".
Ao Sr. Egídio Ferreira Lima:Projeto de Lei n' 1.992/83 - do Sr. Theodoro Mendes
- que "dcelara de utilidade púlbica a Associação dosEngenheiros e Arquitetos de Sorocaba, no Estado de SãoPaulo".
Projeto de Lei n' 2.093/83 - do Sr. Paulo Lustosaque "altera a Lei Orgânica dos Partidos Políticos no querespeita ao Fundo Partidário, a divulgação das atividades dos partidos políticos e determina outras providências".
Projeto de Lei n' 2.131/83 - do Sr. Freitas Nobreque "dispõe sobre o exercício da profissão de Escritor".
Ao Sr. Elquisson Soares:Projeto de Lei n' 2.037/83 - do Sr. Adhemar Ghisi
que "introduz modificação na Lei n' 3.807, de 26 deagosto de 1960, para o fim de assegurar a mulher separada judicialmente o direito à pensão previdenciária deixada pelo ex-marido, nos casos que especifica".
Projeto de Lei n' 2.122/83 - do Sr. Leônidas Sampaio - que "altera a redação do art. 5' do Decreto n'74.379, de 8 de agosto de 1974, proibindo a interrupçãodo serviço telefônico pelas empresas concessionárias, emrazão de atraso no pagamento das respectivas contas edá outras providênciasn.
Ao Sr. Ernani Satyro:Projeto de Lei n' 2.025/83 - do Sr. Francisco Amaral
- que "modifica a redação do art. 7' da Lei n' 5.107, de13 de setembro de 1966, que instituiu O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço".
DIÁRIO DO CONGRESSO NACION;:\L (Seção I)
Projeto de Lei n' 2.042/83 - do Sr. Rubens Ardengbi- que "fixa em cinco anos o interstício para que dirigentes de instituições financeiras públicas possam ocuparcargos diretivos em instituições financeiras privadas, edetermina outras providências".
Projeto de Lei n' 2.084/83 - do Sr. Cardoso Alvcsque "acrescenta um parágrafo ao artigo 50 do Decretolei n' 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais), permitindo jogos de azar quando explorado por entidade beneficente, assistencial ou filantrópi-ca",
Ao Sr. Gastone Rghi:Projeto de Lei n' 2.053/83 - do Sr. Celso Barros
que "altera dispositivo da Lei n' 1.579, de 18 de marçode 1952, que "dispõe sobre as Comissões Parlamentaresde Inquérito".
Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lei n' 2.077/83 - do Sr. Doreto Campana
ri - que "isenta da contribuição previdenciária, partedo empregador, os sindicatos de trabalhadores rurais".
Projeto de Lei n' 2.099/83 - do Sr. Leôtlidas Rachid- que "isenta de impostos federais as cooperativas sediadas na Amazônia Ocidental".
Ao Sr. Gomes da Silva:Projeto de Lei n' 2.035/83 - do Sr. França Teixeira
- que "estabelece a obrigatoriedade de os fabricantes deautomóveis garantirem seus produtos contra a corrosãopor 3 (três) anos".
Projeto de Lei n' 2.071 /83 - do Sr. Francisco Amaral- que "permite acesso as áreas restritas de trànsito, nasvias públicas, aos carros-fortes transportadores de valores, para carga ou descarga, e determina outras providências".
Projeto de Lei n' 2.092/83 - do Sr. Felipe Cheiddeque "determina o cômputo do tempo de serviço efetivodo cônjuge, após o casamento, que deverá ser acrescentado ao do cabeça do casal, para fins de aposentadoria".
Projeto de Lei n' 2.111/83 - do Sr. Ruy Lino - que"altera o art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho,dispondo sobre organização de horário de trabalho paraempregados estudantes".
Projeto de Lei n' 2.139/83 - do Sr. Carneiro Arnaud- que "dispõe sobre revogação do § 4' do art. 5', da Lein' 3.807, de 26 de agosto de 1960 - Lei Orgânica da Previdência Social".
Ao Sr. Gorgónio Neto:Projeto de Lei n' 2.073/83 - do Sr. Carlos Vinagre
que "modifica o art. 1.150 do Código Civil c o art. 35 daLei n' 3.365, de21 dejunho de 1941, assegurando ao expropriado ou a seus herdeiros necessários o direito dereivindicar o imóvel expropriado, na hipótese que menciona".
Ao Sr. Guido Moesch:
Projeto de Lei n' 1.993/83 - do Sr. Gióia Júnior que "dispõe sobre a prestação de alimentação gratuita àgestante e às crianças necessitadas".
Projeto de Lei n' 2.028/83 - do Sr. Dionísio Hageque "isenta do Imposto de Renda das Gratificações deRaios-X e de Substâncias Radioativas".
Projeto de Lei n' 2.045/83 - do Sr. Francisco Diasque ··destina as importâncias não pagas dos prêmios daLoteria Federal, Loteria Esportiva Federal e Loteria deNúmeros (LOTO), aos municípios atingidos por desastres climáticos, econômicos ou ecológicos. c dá outrasprovidências".
Projeto de Lei n' 2.082/83 - do Sr. Denisar Arneiro- que "obriga a utilização do transporte ferroviáriopara as cargas dos órgãos e entidades da AdministraçãoPública Direta e Indireta, suas subsidiárias e fundaçõesinstituídas pela União".
Sábado 15 10979
Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n' 2.006/83 - do Sr. Henriqne Eduar
do Alves - que "introduz alteração na Lei n' 3.807, de26 de agosto de 1960, e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 2.055/83 - do Sr. Theodoro Mendes- que "dá nova redação ao art. 10 da Lei Orgânica daPrevidência Social".
Projeto de Lei n' 2.062/83 - do Sr. Délio dos Santos- que "dá nova redação ao eaput do art. 492 da Consolidação das leis do Trabalho, assegurando estabilidadeao trabalhador 3 (três) meses após sua admissão no emprego".
Projeto de Lei n' 2.086/83 - do Sr. Doreto Campanari - que "estende o adicional de periculosidade aos motoristas em transporte de carga".
Projeto de Lei n' 2.1 .2/83 - do Sr. Alberto Goldman- que "altera dispositivos da Lei n' 5.682, de 21 dejulhode 1971 - Lei Orgânica dos Partidos Políticos - parapermitir a formação de Diretórios Municipais em cida-des de mais de um milhão de habitantes". •
Projeto de Lei n' 2.157/83 - do Sr. Marcondes Percira - que "proíbe o exercício de qualquer atividade comvínculo empregatício, por aposentados e reformados,nas condições que fixa".
Ao Sr. Jairo Magalhães:Projeto de Lei n° 1.991/83 - do Sr. Sérgio Cruz
que "institui o Dia do Revisor Tipográfico, e dá outrasprovidências" .
Projeto de Lei n' 2.046/83 - do Sr. Celso Peçanhaque "altera a redação do caput do art. 193 da CLT, paraestender o direito ao adicional de periculosidade aos "eletricitários" que trabalham em condições de risco acentuado". .
Projeto de Lei n' 2.106/83 - do Sr. Homero Suntos- que "isenta de multa, pelo prazo de 2 anos, os empregados rurais que tenham deixado de proceder ao registrode seus empregados".
Projeto de Lei n'! 2.166/83 - do Sr. Aldo Arantes que "modifica os artigos 4', inciso XIII, e 15, § 3', da Lein' 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre ocontrole sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos e dá outras providências" .
Ao Sr. Joaci! Pereira:Projeto de Lei n' 2.098/83 - do Sr. Nelson do Carmo
_ que "revoga o art. 566 da Consolidação das Leis doTrabalho, permitindo a sindicalização dos funcionáriospúblicos".
Projeto' de Lei n' 2.173/83 - do Sr. Siqueira Campos_ que ~'vcda a transmissão 1 pelas emissoras de rádio etelevisão, de programas e mensagens sobre educação sexual, e dá outras providências".
Redação para Segunda Discussão do Projeto de Lei n'6.082-A/82 - que "dispõe sobre a inviolabilidade dosVereadores" .
Ao Sr. João Cunha:Projeto de Lei n' 2.102/83 - do Sr. Francisco Sales
que "acrescentu dispositivos à Consolidação das Leis doTrabalho, dispondo sobre a instituição, no âmbito dossindicatos das categorias profissionais, da Comissão deConciliação e Agilização do Processo Trabalhista".
Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei n' 2.007/83 - do Sr. Marcondes Perei
ra - que "acrescenta parágrafo único ao art. 476 daConsolidação das Leis do Trabalho e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 2.125/83 - do Sr. Mário Frotaque "altera a Lei n' 6.334, de 31 de maio de 1976, quefixa idade máxima para inscrição em concurso públicodestinado ao ingresso em empregos e cargos do ServiçoPúblico Federal".
10980 Sábado 15
Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei n" 2.041/83 - do Sr. Siqueira Campos
- que "institui O salário mínimo profissional para as categorias que, na forma do Decreto-lei n' 1.632, de 4 de"gosto de 1978, cxcrçam atividades consideradas essenciais à segurança nacional'~.
Projeto de Lei n" 2.048/83 - do Sr. Clarck Platon que "concede isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados às saídas de máquinas e implementas agrícolas e industriais destinadas ao Território Federal doAmapá".
Projeto de Lei n" 2.205/83 - do Sr. Francisco Diasque "fixa prazo para restituição do Imposto de Renda, edá outras providências".
Ao Sr. Jorgc Carone:Projeto de Lei n" 2.081/83 - do Sr. Walter Casanova
- que "proíbe a interrupção dos calouros, nos programas de rádio e televisão, durante sua interpretação".
Projeto de Lei n' 2.137/83 - do Sr. Augusto Trein que "obriga a adição de até 10% de farinha de trigo mourisco ou sarraceno à farinha de trigo pura".
Ao Sr. Jorge Medauar:Projeto de Lei n" 2.186/83 - do Sr. Antônio Pontes
.- quc "dispõc sobre a prescrição do prazo para intentaração em que seja parte o trabalhador rural, e dá outrasprovidências".
Ao Sr. José Burnetl:Projeto de Lei n' 1.997/83 - do Sr. Marcondes Perei
ra - que "declara de lutilidade pública a "FundaçãoAvibrás", com scdc em São ,José dos Campos, no Estadode São Paulo". i
Projeto de Lei n" 2.061/83 - do Sr. Siegfried Heuser- que "'acrescenta parágrafos ao art. 239, da Lei nl?6.404, de 15 de dezcmbro de 1976, que dispõe sobre associedades por ações",
Projeto de Lei n" 2.135/83 - do Sr. Carlos Sant'Anna- quc "autoriza o Poder Executivo a instituir contribuição compulsória, correspondente ao valor do custode um cigarro, para o combate ao câncer, da forma queespecifica".
Projeto de Lei n' 2.152/83 - do Sr. Henrique Eduardo Alves - que institui o Fundo de Prevenção ContraIncêndios, e dá outras providéncias".
Ao Sr. José Carlos Fonseca:Projeto de Lei n" 2.170/83 - do Sr. Marcelo Gato
que "altera a redação do "caput" do arl. 4' do Decretolei n'! 1.034, de 21 de outubro de 1969, dispondo sobre vigilância de estabe!ccimcnto de crédito".
Projeto de Lei n' 3.639/80 - do Sr. Jorge Cury - que"determina li devolução das condecoraçàes e a reinclusão nos quadros das respcctivas ordens dos quais tenhasido excluído o ex-Presidente Jânio da Silva Quadros edá outras providências:
Projeto de Lei n° 4.727/81 - do Sr. Jorge Cury - que"congela os alugueres dos prédios residenciais e dá outras providências".
Ao Sr. José Gcnoino:Projeto de Lei n' 2.031/83 - do Sr. Hermes Zaneti
que Hassegura uma pensão de 70% do salário mínimo regional aos excepcionais cujas famílias percebam menosde três salários mínimos regionais",
Projeto de Lei n" 2.052/83 - do Sr. Herbert Levyque "dispõe sobre o exercício da profissão de Comerciário".
Ao Sr. José Melo:Projeto de Lei n' 1.990/83 - do Sr. Fernando Bastos
- que "autoriza o funcionamento de moinho de trigo,do tipo colonial, na condição que especifica".
Projeto de Lei n" 2.036/83 - do Sr. Gerson Peres que Ucria o Polígono Castanheiro da Amazônia e dá ou..tras providências".
Projeto de Lei n° 2.009/83 - do Sr. Francisco Amaral- que "concede estabilidade provisória, por dois anos,aos servidorcs contratados pelo regime da CLT nos anoseleitorais" .
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Projelo de Lei n" 2.054/83 - do Sr. Iram Saraiva que "Isenla do Imposto de Renda os proventos de inatividade auferidos pelos trabalhadores com idade superiora 60 anos".
Projeto de Lei n' 2.070/83 - do Sr. Saramago Pinbeiro - que "·proíbe a construçào de moradias em locais inseguros".
Ao Sr. José Penedo:Projeto de Lei n° 2.107/83 - do Sr. Paulo Lustosa
qUe "extingue o Fundo Nacional de Telecomunicações-FNT":
Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei n" 2.043/83 - do Sr. Nilson Gibson
que "atribui vantagens aos ocupantes de cargos oufunções em comissão".
Projeto de Lei no 2.056/83 - do Sr. Mozarildo Cavalcanti - qUI; "dispõe sobre a venda de bens imóveis residenciais da União, situados na área urbana de Boa Vista,Roraima e dá outras providências".
Projeto dc Lei no 2. I 17/83 - do Sr. Ronaldo Campos- que, "autoriza o Poder Executivo a criar a EscolaAgrotéenica de Monte Alegre, no Estado do Pará, e dáoutras providências".
Projeto de Lei n" 2.151/83 - do Sr. Valmor Giavarina- qu~ "dispõe sobre o emprego de guardas-mirins e acontribuição previdenciária correspondente".
Projeto de Lei n" 2.183/83 - do Sr. Celso Barros que "dispõe sobre a criação da Zona Franca de Parnaíba, e dá outras providências".
Ao Sr. Júlio Martins:Projeto de Lei no 2.000/83 - do Sr. Domingos Juvenil
~ que ·"acrescenta dispositivo a Lei n' 6.950, de 4 de novem bro de 1981, para o fim de excluir da taxação ali prevista e destinada à previdência social os petrechos utilizados na pesca artesanal".
Projeto de Lei n" 2.033/83 - do Sr. Mozarildo Cavalcanti - que udispõe sobre a venda de bens imóveis residenciais da União, situados na árca urbana de BO!l Vist!l,Roraima e dá outras providências".
Projeto de Lei n" 2.094/83 - do Sr. Clarck Platonque "isenta do imposto sobre a importação a entrada demáquinas e implementas agrícolas e industriais para oTerritório Fcderal do Am!lpá".
Projeto de Lei 2.126/83 - do Sr. Mozarildo Cavalcanti - que "dispõe sobre a venda de bens imóveis residenciais da União aos deputados Federais e Servidoresda Câmara dos Deputados".
Projeto de Lei n" 2.190/83 - do Sr. Marcelo Gatoque "acrescenta dispositivo ao arl. 58 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho fixando, em 6 (seis) horas, a jornada de trabalho dos que exercem a>'suas atividades em regime de turnos de revezamento".
Ao Sr. Leorne Belém:Projeto de Lei n" 2.0 I7/83 - do Sr. Lélio Souza
que" exclui, dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional, o Município de Porto Lucena, no Estado do Rio Grande do Sul".
Projeto de Lei " 2.018/83 - do Sr. Lélio Souza- que"exclui, dentre os considerados de interesse da Seguranç!l Nacional, o Município de Porto Xavier, no Estadodo Rio Grande do Sul".
Ao Sr. Luiz Leal:Projeto de Lei n" 6.595/82 - do Sr. Jorge Cury - que
"introduz alteração na alínea "e", do inciso lI, do art. 8lJ,da Lci n" 5.107. de 13 de setembro de 1966, que criou oFGTS".
Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei n" 2.049/83 - do Sr. Denisar Arneiro
- que "permite a tolerância de 5% na pesagem de c!lrgaem veículos de transporte".
Projeto de Lei n" 2.142/83 - do Sr. José Carlos Teixeira - que "altcra a redação da Lei n" 4.726, 13 de julho de 1965, pam suprimir restrições ao arquivamentono Registro do Comércio de documentos relativos a pessoas com antecedentes criminais".
Outubro de \983
Projeto de Lei n" 2.145/83 - do Sr. Siqueim Campos- que "dispõe sobre o fornecimento de géneros de primeira necessidade ao trabalhador desempregado e dáoutras providências".
Projeto de Lei n' 2.181/83 - do Sr. Milton Reisque "!Iltem !I redação do *4" do arl. 5" do Código deProcesso Penal".
Ao Sr. Miton Reis:Projeto de Lei n' 6.607/82 - do Sr. Jorge Cury~ que
"acrescenta parágrafo único ao art. 58 da Consolidaçãodas Lei do Trabalho e dá outras providências".
Ao Sr. Natal Gale:Projeto de Leí n' 2.065/83 - do Sr. Djalma Bom _
que "acrescenta ~§ 7" e 8" ao artigo 543, da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n"5.452, dc I' de maio de 1943".
Projeto de Lei n" 2.076/83 - do Sr. Carlos Teixeiraque "dispõe sobre a obrigatoriedade de exames periódicos nos cigarros produzidos no País, pela Secretaria Nacional de Vigiláncia Sanitária e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 2.110/83 - do Sr. Ruy Côdo - que" torna obrigatória !I realização de partidas preliminaresentre amadores em todos os jogos oficiais entre equipesprofissionais, e determina outras providências".
Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n" 2.030/83 - do Sr. Sérgio Cruz
que "dispõe sobre o parcelamento dos débitos relativos atributos federais, e dá outras providéncias".
Projeto de Lei n" 2.039/83 - do Sr. Leopold~ Bessoné- que "dispõe sobre manutenção de contas no exterior,por cidadãos brasileiros. e dá outras providências",
Projeto de Lei n' 2.050/83 - do Sr. Pedro Colin que "altera a Lei n" 6.136, de 7 de novembro de 1974,que inclui o salário-maternidade entre as prestações daPrevidência Social, e dá outras providências".
Projeto de Lei n" 2.083/83 - do Sr. Ademir Andrade- que "acrescenta dispositivo à Consolidação das Leisdo Trabalho, na parte que trata da competêncía da Justiça do Trabalho".
Projeto de Lei 2.109/83 - do Sr. Francisco Amaralque "'dispõe sobre a aposentadoria do motorista deguindastes e empilhadeiras",
Projeto de Lei n" 2.114/83 - do Poder Exccutivo Mensagem n° 338/83 - que "autoriz!l o Instituto doAçúcar e do Ãlcool a alienar bens de sua propriedade localizados nos Estados de Minas Gerais, São Panlo,Bahia, Alagoas, Pernambuco e Paraíba e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 2.115/83 - do Poder ExecutivoMensagem n" 339/83 - que "dispõe sobre a criação decargos na Secretaria do Tribunal Superior do Trabalho,e dá outras providências".
Projeto de Lei n" 2.164/83 - da Sr' Myrthes BeviHicqua - que "garante ao aposentado o direito de votar eser votado na sua organização de classe".
Ao Sr. Otávio Cesário:Projeto de Lei n" 2.124/83 - do Sr. Paulo Lustosa
que "dá nova denominação e estruturação ao Ministérioda Educação e Cultura".
Projeto de Lei n" 2.155/83 - do Sr. Prisco Vian!l que "altera dispositivos da Lei n' 4.737, de 15 de julho de1965 - Código Eleitoral- e da Lei n' 5.682, de 21 dejulho dc 1971 - Lci Orgânica dos Partidos Políticospara rcgular a propaganda eleitoral e partidária".
Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n' 2.059/83 - do Sr. Ruben Figueiró
- que "faculta ao mutuário do Sistema Financeiro deHabitação optar pela transferência de seu contrato decompra e venda para contrato de locação e dá outrasprovidências".
Projeto de Lei n' 2.100/83 - do Sr. Sérgio Cruzque "dispõe sobre o !Ieréscimo de um dia no salário ou·provento dos trabalhadores regidos pel!l CLT, e dá outras providências".
Outubro de 1983
Projeto de Lei n' 2.129/83 - do Sr. Jorge Viannaque "dispõe sobre a atividade de corretagem internacional de cacau e seus derivados".
Ao Sr. Onísio Ludovico:Projeto de Lei n' 2.206/83 - do Sr. Renato Johnsson
- que "dispõe sobre as obrigações dos consórcios debens duráveis".
Ao Sr. Pedro Colin:Projeto de Lei n' 2.063/83 - do Sr. Délio dos Santos
- que "dispõe sobre a inalterabilidade dos valores dealuguéis de imóveis, pelo prazo de 2 (dois) anos".
Projeto de Lei n' 2.075/83 - do Sr. Amaury MilIler- que "acrescenta dispositivo à Lei n' 6.717, de 12 denovembro de 1979, que "autoriza modalidade de concurso de prognósticos da Loteria Federal regida peloDecreto-lei n' 204, de 27 de fevereiro de 1967", e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 2.080/83 - do Sr. Augusto Treinque "estabelece rito especial para cobrança judicial dcsalários e dá outras providências".
Projeto de Lci n' 2.113/83 - do Sr. Carneiro Arnaud- que "dá nova redação ao art. 10 da Lei n' 5.890, de 8de junho de 1973, que alterou a Lei Orgániea da Previdência Social".
Projeto de Lei n9 2.144/83 - do Sr. Hermes Zaneti que "inclui o marido entre os dependentes de mulher segurada da Previdência Social".
Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de Lei n' 2.121/83 - do Sr. Jônathas Nunes
- que "cria a Zona Franca de Luiz Correia e Parnaíba,no Estado do Piauí, e dá outras providências".
Projeto de Lei n° 2.127/83 - do Sr. Mozarildo Cavalcanti - que "dispõe sobre a criação e instalação de Superintendência Regional do lNAMPS no Território Federal de Roraima, e dá outras providências".
Ao Sr. Raymundo Asfora:-, Projeto de Lei n' 2.187/83 - do Sr. Siqueira Campos':"" que "institui o auxílio-educação para o ensino de I' e2' grau e os cursos de nível superior".
ko Sr. Raimundo Leite:Projeto de Lei n' 2.085/83 - do Sr. Ferreira Martins
- que "dispõe sobre o parcelamento do pagamento doImposto sobre a Propriedade Territorial Rural- ITR".
Projeto de Lei n' 2.118/83 - do Sr. Augusto Treinque "altera a redação do art. 6' da Lei n' 5.890, de 8 dejunho de 1973, que altera a legislação da previdência social".
Ao Sr. Roberto Freire:Projeto de Lei n' 6.664/82 - do Sr. Jorge Cury - que
"introduz alterações nos dispositivos da Consolidaçãodas Leis do Trabalho que se referem a aumento de remuneração por hora extraordinária".
Ao S~. Rondon Pacheco:Projeto de Lei n' 2.066/83 - do Sr. José Genoino
que "estabelece o dircito de acesso, de qualquer cidadãobrasileiro, às atas das reuniões do Conselho de Segu-'rança Nacional".
Ao Sr. Sérgio Murilo:Projeto de Lei n' 1.996/83 - do Sr. Renato Cordeiro
- que "dispõe sobre o auxílio-desemprego".Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto dc Lci n' 2.024/83 - do Sr. lrincu Colato
que "prevê isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados na compra de automóveis a álcool destinadosao transporte cscolar autônomo e ao uso das cooperati-
- vas rurais".Projeto de Lei n' 2.150/83 - do Sr. Francisco Dias
que "dispõe sobre a correção trimestral dos proventos daaposentadoria, e dá outras providências".
Ao Sr. Valmor Giavarina:Projeto de Lei n' 2.032/83 - do Sr. Hermes Zaneti
que "introduz modificação no artigo 19 da Lei das Contravenções Pcnais - Decreto-lei n' 3.688, de 3 de outubro de 1941".
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Projeto de Lei n' 2.047/83 - do Sr. Amaury MilIler,- que "concede isenção do Imposto sobre Produtos IndustrialiZados para veículos a álcool, no caso que especifica".
Projeto de Lei n° 2.128/83 - do Sr. Odilon Salmoria- que "altera a Política Nacional do trigo estabelecendonovas normas para seu abastecimento, sua industrialização e comercialização".
Projeto de Lei n' 2.149/83 - do Sr. Celso Sabóia que "determina que sejam custeados pela previdência social os procedimentos médicos necessários ao planejamento familiar e determina outras providéncias".
Projeto de Lei n' 1.983/82 - do Sr. Nilson Gibsonque "cria a Junta de Conciliação e Julgamento de BeloJardim, no Estado de Pernambuco, e determina outrasprovidências" .
Sala da Comissão, 10 de outubro de 1983. - RuyOrnar Prudêncio da Silva, Secretário.
O Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, fez a seguinte
Redistribuição
Em 7-10-83Ao Sr. Nilson Gibson:,Projeto de Lei n' 1.918/83 - do Sr. Marcelo Unhares
- que "dispõe sobre a emissão de uma série especial deselos comemorativos do primeiro centenário da aboliçãoda escravatura no Estado do Ceará~·.
Sala da Comissão, 7 de outubro de 1983. - Rny OrnarPrudêncio da Silva, Secretário.
COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Décima Reunião Ordinária, realizada nodia 14 de setembro de 1983
Às dez horas e trinta minutos do dia quatorze de setembro de mil novecentos e oitenta e três, realizou-se noPlenário da Comissão de Defesa do Consumidor, a suadécima reunião ordinária, sob a Presidência do Deputado Paulo Lustosa. Compareceram os Senhores Deputados Agenor Maria, Agnaldo Timóteo, Figueiredo Filho,França Teixeira, Hélio Manhães, José Carlos Vasconcelos e Mendes Botelho. Havendo número regimental, oSenhor Presidente declarou aberlos os trabalhos, pondoem votação a Ata da reunião anterior que foi aprovadapor unanimidade. A seguir o Senhor Presidente fez as seguintes comunicações: 1) O Burreau de Denúncias daComissão tem funcionado a co~tento, e de um modo gerai o êxito no encaminhamento das denúncias que nostem sido feitas tem sido quase que total e a Comissãotem sido procurada por entidades e firmas, como o Consórsio Nacional Garavelo, para esclarecimento das denúncias existentes; 2) A Comissão tem recebido comunicação de vários Estados c Municípios dando ciência dacriação de órgão de Defesa do Consumidor e de Comissões semelhantes a nossa nas Assembléias Legislativas eCâmara de Vereadores; 3) De 12 a 16 de outubro próximo será realizado em Brasília o VI Congresso Brasileirode Ciência e Tecnologia de Alimentos para o qual a Co-,missão foi convidada a participar; 4) A comissão recebeu convite para participar também, do 4' Encontro Na·cional de Entidades de Defesa do Consumidor a realizarse em São Paulo, de 18 a 20 de novembro próximo; 5) AUniversidade Federal de Viçosa encaminhou a Comissãoproposta de Assessoria na implementação de um programa de Educação do consumidor, de âmbito nacional. Pediu aos Senhorcs Deputados que examinassem a proposta e se achassem viável seria pleiteado do Presidentc daCámara a assinatura de um convênio entre a Universidade Federal de Viçosa e este Órgão Técnica para realização do programa; 6) O Dr. Milton Dallari, solicitou aindicação de um membro da comissão para participar deuma reunião da SEAP com representantes da indústria
Sábado 15 10981
farmacêutica para discutirem o problema do preço dosmedicamentos. Dando continuidade aos trabalhos o Senhor Presidente falou que haviam algumas pendênciasna Comissão que precisavam ser resolvidas com urgências. A primeira delas é relacionada com a consolidaçãoda legislação de defesa do consumidor. O Deputado Samir Achoa foi designado para coordenar esta consolidação, mas como ainda não apresentou uma proposta oSenhor Presidente sugeriu que a Comissão recorresse aAssessoria Legislativa para que esta elaborassc o trabalho com a supervisão do Deputado Samir Achoa e doDeputado Virgildásio de Senna. A segunda consiste emvoltar a insistir com o Presidente da República nacriação de uma Secretaria Especial de Defesa do Consu·midor porquanto é impossível que o Governo Federalpossa operar na área de proteção efetiva ao consumidorsem dispor de um, esquema de coordenação desta proteção e que os órgãos instalados nos vários Ministériosnão têm estrutura, não têm meios, não têm instrumentos. O Deputado Hélio Manhães concordou com o Senhor Presidente e voltou a insistir na ida de um grupo daComissão ao Presidente da República para apresentarum trabalho objetivo com reivindicações em favor doconsumidor. Sugeriu que cada membro da Comissãoapresentasse suas sugestões que seriam reunidas num documento final. O Deputado Paulo Lustosa achou válidaa sua proposta e citou alguns itens fundamentais que deveriam ser apresentadas e cobradas soluções: 1) Estabelecimento de critérios de fixação dc aumento das taxas deserviço público; 2) Conclusões da mesa-redonda sobre apolítica habitacional brasileira; 3) Criação da SecretariaEspecial de Defesa do Consumidor; 4) Tabelamento dospreços de medicamentos e alimentos básicos. Pedindo apalavra, o Deputado França Teixeira informou que aFORO lançou um carro com três anos de garantia contra a corrosão e pediu que a Comissão enviasse ofício atodas as fábricas de automóveis sugerindo que as mesmas estendessem essa garantia a todos os carros de suafabricação, Informou também que está tramitando naCâmara dos Deputados um projeto de lei, de sua autoria, que trata do assunto mas na sua opinião as fábricasdeveriam dar esta garantia independentemente de umalegislação que as obrigue a tal. O Senhor Presidente acatou a idéia e prometeu enviar o Ofício e a cópia do Projeto de Lei do Deputado para as fábricas de automóveis.Continuou o Senhor Presidente afirmando que mandaráofício também em nome da Comissão, ao Dr. MiltonDallari solicitando uma rápida intervenção no mercadode óleo de soja, sugerindo seja suspensa a exportação doproduto até que o preço do mercado volte a normalidade. O Deputado Hélio Manhães mostrou sua indignaçãocom as altas constantes do preço de óleo no que o Senh,?r Presidente falou que isto é caso de polícia e que eleiria sugerir ao Governador do Distrito Federal, como jávem fazendo com todos os governadores, a criação deuma Delegacia de Defesa do Consumidor, que tem poder de polícia uma vez que esta Comissão não pode atuarneste sentido. A seguir o Deputado Agenor Maria enfocou o problema do Nordeste afirmando que parasolucioná-lo era preciso em primeiro lugar fazer uma Reforma Tributária, mas que infelizmente o congresso nãopode legislar sobre a matéria financeira. Debateram o assuntos os Senhores Deputados Agnaldo Timôteo, JoséCarlos de Vasconcelos e Hélio Manhães. Às doze horas,nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e,para constar cu. Maria Júlia Rabello de Moura, Secretária lavrei a presente Ata qe depois de lida e aprovadaserá assinada pelo Senbor Presidente.
Distribuição n' 8/83
Elaborada pelo Senhor Presidente Deputado PauloLustosa
10982 Sábado 15
Em 10-10-83- Ao Senhor Deputado Del Bosco Amaral1. Projeto de Lei nº 1.398/83 - Define os crimes e
contravenções contra a economia popular e estabelece orespectivo processo de julgamento.
Autor: Cunha BuenoBrasília-DF. 10 de outubro de 1983. - Maria Júlia
Rahello de Moura. Secretária.
COMISSÃO DE ECONOMIADistribuição n' 18/83
Efetuada pelo Senhor Presidente. Deputado PedroSampaioEm 6-10-83
Ao Senhor Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy.I. Projeto de Lei n" 906/83 - Altera a letra c do arl.
2' do Dccrcto n' 24.150, de 20 de abril de 1934, para dispensar a exigência de exploração trienal no mesmo ramo, em caso de renovação de locação comercial ou in
dustriaLAutor: Deputado José Frejat.Ao Scnhor Deputado Odilon Salmoria.2. Projetü de Lei n' 3.139/80- Torna obrigatória a
cobrança da gorjeta nos estabelecimentos hoteleiros e similares e dá outras providências.
A utor: Deputado Marcelo Cordeiro.Ao Scnhor Deputado Gustavo Faria.3. Projeto de Lei n' 1.746/83 - Concede remissão
total aos débitos dü Imposto Territürial Rural que especifica. e dá outras providências.
Autor: Deputado Sérgio Cruz.Ao Senhm Deputado Sebastião Nery.4. Projeto de Lei n' 1.563/83 - Dispõe sobre os
anúncios classificados de jornais quanto ã oferta de emprcgos.
Autor: Depuladü Sérgio Lomba.Ao Senhor Deputado Genebaldo Correia.5. Projcto de Lei nº 2.875/80 - Obriga as compa-
nhias seguradoras a efetuarem seguro de táxis.Autor: Deputado Marcelo Cordeiro.Ao Senhor Deputado José Lourenço.6. Projeto de Lci n' 32/83 - Dispõe sobre o fimlll
ciamento. pelo Banco do Brasil, às municipalidades,para aquisição de máquinas e implementas rodoviários edá outras providências.
Autor; Deputado Adhemar Ghisi.Ao Senhor Deputado Darcy Passos.7. Projeto de Lei n' 552/83 - Isenta de correção
monetária os financiamentos concedidos pelo BNH amutuários com renda mensal de até cinco salários mínimos, estabelece a consolidação dc débitos e dá outrasprovidências.
A utor; Deputado Marcelo Cordeiro.Ao Senhor Deputado João Agripino.8. Projeto de Lei n' 1.062/83 - Introduz modifi
caç(jes no Decreto-lei n' 1.242, de 30 dc outubro de 1972.que alterou o Decreto-lei n' 999, de 21 de outubro de1969. relativo à criação da TRU.
Autor; Deputado Freitas NolJre.Ao Senhor Deputado José Ulisses.
9. Projeto de Lei n' 1.427/83 - Autoriza ü Poder
Executivo a prorrogar, pelo prazo de 2 (dois) anos, o pagamento de débitüs dos Estados para com a União.
Autor: Deputado Joaquim Roriz.Ao Senhor Deputado Saulo Queiroz.10. Projeto de Lei n' 1.199/83 - Dispõe sobre a
aplicação. pelas agências bancárias, dos depósitos rccebidos de tcrceiros, no município onde estão situadas.
Autor: Deputado José Frejal.Ao Senhor Deputado Saulo Queiroz.11. Projeto de Lei n' 1.620/83 - Dispõe sobrc os
serviços de Registro do Comércio e atividades afins e dáoutras providências.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Autor; Deputado Francisco Erse.Ao Senhor Deputado José Jorge.12. Projeto de Lei n' 1.043/83 - Dispõe sobre a
criação do Fundo de Desenvolvimento do NordesteFDNE. altera a legislação do Imposto sobre a Renda relativa a incentivos fiscais de pessoas físicas. e dá outras
providências.Autor: Deputado Paulo Lustosa.Ao Senhor Deputado Virgildásio de Senna.13. Projeto de Lei n' I.t72/83 - Enquadra as enti
dadcs do Sistema Nacional de Seguros Privados nas dis
posições do Decreto-lei n' 8.621. de 10 de janeiro de1946, e do Decreto-lei n' 9.853, de 13 de setembro de1946, c estende aos securitários os benefícios e atividadesdo SENAC e SESC.
Autor: Deputado Celsü Peçanha.Ao Senhor Deputado Luiz Fayel.14. Projeto de Lei n' 1.858/83 - Equipara os preços
de tratores. máquinas e implementos agrícolas em todo oTerritório Nacional.
Autor: Deputado Carneiro Arnaud.15. Projeto dc Lei n' 1.781/83 - Isenta do Imposto
de Renda os rendimentos adicionados ao salário do trabalhador em razão da insalubridade ou periculosidade.
Autor; Deputado Darcy Pozza.Ao Senhor Deputado Pratini de Moraes.16. Projeto de Lei n" 1.546/83 - Extingue gradual
mente o sjstema de indexação. correção monetária e outros, previsto pela Lei n' 4.380, de 21 de agosto de 1964, e
dá outras providências.Autor; Deputado Victor Faccioni.Ao Senhor Deputado Ralph Biasi.17. Projcto de Lei n' 1.484/83 - Dispõe sobre a in
cidência de correção monetária a partir da data em quefor requerido o pagamento de indenização referente li
contrato de seguro, e dá outras providências.Autor: Deputado José Tavares.Ao Senhor Deputado Isracl Pinheiro.18. Projeto de Lei n' 1.092/83 - Dispõe sobre a
aplicação obrigatória e exclusiva da "'Tabela Price" aoscontratos de financiamentos realizados no Sistema Fin'anceiro da Habitação.
Autor: Deputado José Frejat.
i 19. Projeto de Lei n' 1.181/83 - Concede isençàod:o Imposto sobre Produtos Industrializados para veicuIe\s automotores com motor a álcool. quando adquiridos
p~los pequenos e médios agricultores.Autor; Deputadü Fernando Gomes.
I 20. Projeto de Lei n? 1.603/83 - Concede isençãodo Imposto sobre Produtos Industrializados incidentesobre máquinas e equipamentos, bem como seus acessórios, quando adquiridos pelas Prefeituras Municipais,n~s condições que menciona.IAutor: Deputado Nilton Alves.I Ao Senhor Deputado Evandro Ayres de Moura.i 21. Projeto de Lei n? 6.700/82 - Dá nova redação
a6s iN 2' e 4' do arl. 38 da Lci n' 4.595. de 31 de dez/'mbro de 1964, alterando disposições relativas ao sigilob~ncário.
Autor: Deputado Tidei de Lima.: 22. Projeto de Lei n' 1.458/83 - Dispõe sobre a
etiação de sctor de assistência jurídica aos empregados,n~s empresas que especifica, e dá outras providências.!Autor: Deputado Francisco Dias.
Brasília, 7 de outubro de 1983. - Delzuite Macêdo deAvelar~ Secretária.
COMISSÃO DO fNDIO
3' Reunião Ordinária. realizada nodia 4 de outubro de 1983.
(Com a presença do Sr. Andrê Tora!. antropólogo do
Museu Nacional do Rio de Janeiro)
Aos quatro dias do més de outubro do ano de mil novecentos e oitenta e três, às dez horas e q~arenta minu-
Outubro de 1983
tos. no Plenário da Comissão de Redação. localizado noEdifício Anexo 11 da Câmara dos Deputados. reuniu-se aComissão do Indio sob a Presidência do Sr. DcputadoAlcides Lima. I' Vice-Prcsidente da Comissão e com apresença dos Srs. Deputados Ricardo Ribeiro, 2' VicePresidente. Márcio Santilli, Orestes Muniz, RonaldoCampos. Eduardo MataraLZo Suplicy, Rubens Ardenghi, Domingos Leonelli, Luiz Guedes. Gilson de Bar
ros, Nasser Almeida. Assis Canuto, Randolfo Bittencourt e Mansueto De Lavor. Declarada aberta a Reu
nião, foi dispensada a leitura da Ata da Reunião anterior, considerada aprovada sem restrições. Inicialmente,o Sr. Presidente comunicou ao Plenário que por motivode força maior. o Sr. João Javaê, Cacique da AldeiaBoto Velho, não poderá comparecer à Reunião, ficandoprevista a sua presença para o próximo dia onze do corrente. A seguir. foi concedida a palavra ao Sr. André Toral. antropólogo do Museu·N acionai do Rio de Janeiro.que discorreu sobre a construção da cstrada Transaraguaia. Passou-se. então, à fase dos debates e o assuntofoi discutido com o conferencista pelos Srs. DeputadosMá1cio Santilli, Randolfo Bittencourt, Mansueto De Lavor, Domingos Leonelli, Assis Canuto e Ricardo Ribeiro. Finalizando, o Sr. Presidente agradeceu a presençados convidados. lamentou o esvaziamento do Plenáriopor parte da maioria dos membros da Comissão, e deu
conhecimento dos detalhes sobre a viagem ã região dosíndios Pataxós que está programada para o próximo dia
doze do corrente. E nada mais havendo a tratar, a Reuniào foi encerrada às treze horas c eu, Ivan Roque Alves,Técnico Legislativo, Classe Especial, servindo como Secrelúrio, lavrei a presente Ata que. depois de lida e apro
vada. será assinada pelo Sr. I' Vice-Presidente, Deputado Alcides Lima, e irá à publicação.
COMISSÃO no INTERIOR
Distribuição de Projeto
o Senhor Presidente da Comissão do Interior, Deputado Inocêncio Oliveira. fez. em 14 dc outubro de 1983. aseguinte distribuição.
Ao Sr. Deputado Pedro Novaes
Projeto de Lei n' 1.984/83, do Sr. Geovani Borges,que '"autoriza li criaçào de fundação habitacional noTerritório Pederal do Amapá, e dá outras providências".
Sala da Comissão. 14 de outubro de 1983. - DeoícioMendes Teixeira. Secretário Substituto.
Distribuição de Projetos
O Senho!' Presidente da Comissão do Interior, Deputado Inocéncio Oliveira, fez, em 13 de oatubro de 1983,as seguintes distribuições:
Ao Sr. Deputado Ângelo MagalhãesProjeto de Lei n'" 259/83, do Sr. Paulo Lustosa, que
"acreseenta dispositivo à Lei n' 5.107, de 13 dc setembrode 1966. determinando percentual mínimo de aplicaçõesdos recursos do FGTS em financiamento da produçãode moradias populares". (Anexo o PL n' 2.301/83, doSr. Henrique Eduardo Alves)
Ao Sr. Deputado A ntónio PontesProjeto de Lei n' 853/83. do Sr. Henrique Eduardo
Alves. que "introduz modificação na Lei n' 3.807, de 26de agosto de 1960 (Lei Orgânica da Previdência Social),visando ampliar o alcance da isenção ali prevista para otrabalhador que constrói casa própria de tipo económico".
Ao Sr. Deputado Augusto Franco
Projeto de Lei n° 1.066/83, do Sr. Horácio Hortiz, que"isenta o proprietário de casa popular de até 100 m' da
responsabilidade solidária com o construtor pelas obrigações previdenciárias. introduzindo alteração no § 2' doarl. 79 da Lci Orgânica da Previdência Social - Lei n'3.807, de 26 de agosto de 1960".
Outubro de 1983
Ao Sr. Deputado Evandro Ayres de MouraProjeto de Lei n' 1.393/83, do Sr. Hélio Manhães, que
"dispõe sobre anistia de juros, multas c correção monetária para mutuário do Sistcma Habitacional Financeiro, exclui () seu nome do SPC, e dá outras providências".
Ao Sr. Deputado Délio dos SantosProjeto de Lei n' 1.414/83, do Sr. Adroaldo Campos, "
Que "dispensa a autenticação de documentos que transitem pela administração pública dircta ou indireta e Banco Nacional da Habitação".
Ao Sr. Deputado João RebcloProjeto de Lei n' 1.532/83, do Sr. R uben Figueiró, que
"institui normas de proteção aos mutuários do SistcmaFinanceiro da Habitação que tenham seus salários atrasados por responsabilidade do empregador".
Ao Sr. Domingos LeonelliProjeto de Lei n' 1.632/83, do Sr. Leônidas Sampaio,
que "dispõe sobre o funcionamento de cassinos. e dá outras providéncias".
Ao Sr. Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 1.807/83, do Sr. Júlio Martins, que
"altera a redação do artigo 6' da Lei n° 7.106, de 28 dejunho de 1983, que deline os crimes de responsabilidadedo Governador do Distrito Federal, dos Governadoresdos Territórios Federais c de seus respectivos Secretários. e dá outras providências".
Ao Sr. Deputado Mansueto De LavorProjcto de Lei n' 1.819/83, do Sr. Carneiro Arnaud,
que "altcra dispositivo da Lci n' 4.380, de 21 de agostode 1964, que institui a correção monetária nos contratosimobiliúrios de interesse social, o sistema financeiro paraaquisição da casa própria, cria o Banco Nacional da Habitação (BNH), e Sociedade de Crédito [mobiliário, asLetras Imobiliárias, o Serviço Federal de Habitação eUrbanismo. e dá outras providências".
Sala da Comissão, 14 de outubro de 1983. - BeníeioMendes Teixeira, Secretário Substituto.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUltRITODESTINADA A INVESTIGAR OS EPiSÓDIOS QUEENVOLVERAM O BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN E QUE CULMINARAM COM A INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL NO REFERIDO GRUPO.
8' Reunião realizada em 29-9-83
Às dez horas do dia vinte e nove do mês de setembrode mil novecentos oitenta e três, presentes os SenhoresDeputados Brandão Monteiro, Vice-Presidente noexercício da Presidência. Alberto Goldmann, Relator;Paulo Minearone, Arthur Virgílio Netto, Nelson Vedekim, Sérgio Ferrara, membros cfetivos da Comissão;Irma Passoni; Márcio Braga, Gustavo de Faria,membros suplentes; e. mais o senhor Deputado NilsonGibson, reuniu-se no plenária da Comissão de Minas eEnergia, Anexo " da Câmara dos Deputados, emBrasília, Distrito Federal, esta Comissão Parlamentar deInquérito destinada a investigar os episódios que envolveram o Banco Nacional de Habitação e o Grupo Delfinque culminaram com a intervenção do Banco Central noreferido Grupo, para tomada de depoimento dos senhores Lycio de Farias e Mário Villela Falcão, ex-Diretoresdo BNH. Ata: Lida, discutida e aprovada a da reuniãoanterior. Expediente: Leitura dos seguintes ofícios: GP0-2303 da Presidência da Câmara dos Deputados, encaminhando sugestão dos senhores líderes à Comissão;1599/83 do BNH, encaminhando cópia :do laudo apre·sentado pelo engenheiro José Carlos Pellegrino;1665/83, ainda do BNH, respondendo o ofício n'013/83-PR, da Comissão, que requisitava informações
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
sobre matéria paga por aquela empresa; or. PRESo83/1462 do BACEN, respondendo o Of. n" 05/83-PR.,da Comissão, que solicitava informações sobre a decretação da intervenção no Grupo Delfin. O Senhor Relator, Deputado Alberto Goldman, encaminhou a Presidência dois requerimentos, que são: no primeiro, propõeum novo calendário de convocações, iniciando peloadiamento sine die do depoimento do Senhor RonaldGuimarl1es Levinsohn, previsto para 20-10 próximo. Asdemais datas ficarão assim dispostas: 6-10 - MaurícioSchulman. ex-Presidente do BNH: 20-10 - Luiz Antônio Pompéia, Diretor da EMBRAESP; Victor Luiz Vieira, perito da CEF; Osvaldo Freitas Grossmann, peritodo BACEN: 27-10- Luiz Carlos Vital, Chefe do Departamento de Engenharia do BNH; Ayrton Alvarenga Xerez, encarregado da Fiscalização de Obras BNH; 10-1 I- Mário Castorino de Fontes Brito e Zaven Boghossiani, Diretores do BNH. No segundo, propõe requisiçãode docomentos e pedidos de informações aos seguintesórgãos e empresas: Junta Comercial do Estado de SãoPaulo o contrato inicial e alterações das Empresas Dellin- Crédito Imobiliário S.A., União das ConstrutorasS.A., APX-Participação Empreendimentos Uda, IPEROIG Construtora e Imobiliária Uda e Santa CatarinaComércio e Participações Ltda; À Junta Comercial doRio de Janeiro o contrato inicial e alterações das Empresas Dellin-Rio Crédito Imobiário S.A.. ConstrutoraNovo Mundo Uda, KECIL KOS-Empresa de Construções Comércio e Indústria Uda, Galdeano SimõesEmpreendimentos Imobiliários S.A., MestraEmpreendimentos e Construções Uda, Arca Editora eGrálica S.A., Mercator !nvestiment Company Ud, MopaI Engenharia Ltda, Antígua Comércio ParticipaçõesEmpreendimentos Uda, Emader Empresa Auxiliar deEngenharia e Sistema Imobiliário S.A; à Receita Federalas declarações de bens os últimos 15 anos dos Direitos daDelfín-Rio e Dellin-Crédito Imobiliário; ao BNH, o fornecimento dos saldos do Grupo Delfin para com o BNHanteriores a 1973. a instrução n' 15, o ofício do DiretorMário Castorino de Fontes Brito ao Presidente do BNHem 21-10-82, o fornecimento de todas as avaliações existentes no BNH, realizadas por peritos oficiais ou porparticulares, exceto as já encaminhadas, a respeito dasglebas de Jacarepaguá (Rio) e Cotia (SP) e estudo de viabilidade dos empreendimcntos a serem realizados nosimóveis objetos de dação, o estudo do Dr. Luiz CarlosVital- Chefe do Departamento de Engenharia do BNHa respeito do valor das áreas objeto da dação, o fornecimento da ID/GDA n' 14 de 7-12-77 e o fornecimento dorelatório do Grupo de Trabalho constituído em 9-7-81
propondo fórmulas para a recuperação do Grupo Dellin; Ao Ministério 'do Interior o fornecimento dos estudos ou anteprojetos de lei remetidos à consideração dossetores competentes que visavam dar nova redação aoartigo I' do Decretai-lei n' 1.477 de 28-8-76, exceto a exposição de motivos que concluiu pela emissão do
Decreto-lei n' 2.015. Submetida a votação, as propostasforam aprovadas. O Senhor Deputado Paulo Mincaronelevantou Questão de Ordem, com assento na disposiçãodo art. 81, 111, § 2' do Regimento Interno, solicitando aComissão que fosse encaminhado a Presidência destaCasa a relação dos senhores Deputados que deixaram de
comparecer a cinco reuniões consecutivas da Comissão.A proposta foi acolhida pcla Prcsidência. O senhor Presidente convidou os senhores Depoentes a tomarem assento à mesa e, após, prestaram o compromisso de praxe. Os senhores Depoentes foram ouvidos separadamente e inquiridos pelos senhores Deputados Alberto Goldman, Nelson Vedekim, Irma Passoni, Sêrgio Ferrara,Paulo Mincarone. Gustavo ~e. Faria, Arthur VirgilioNctto e Brandão Monteiro. O depoimento e as inquirições foram gravados, e depois de traduzidos e datilografados serão anexados aos autos do presente inquérito.Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente agrade-
Sábado 15 10983
ceu as presenças dos Depoentes e encerrou a reunião àsquinze horas e trinta minutos, convocando os senhoresmembros da Comissão para a próxima reunião, arealizar-se no dia seis do próximo mês, às nove horas,para tomada de depoimento do senhor Maurício Schulman, ex-Presidente do BNH. E, para constar, eu, Sebastião Augusto Machado, Secretário, lavrei a presente Ata,que depois de lida, discutida e aprovada será assinadapelo senhor Presidente.
Slf Reunião Ordinária realizadaem 10 de a~osto de 1983
Aos dez dias do mês de agosto de mil noveccntos e oitenta e três, reuniu-se. às dez horas, na Sala Quinze doAnexo II a Comissão de Serviço Público, sob a Presidência do Senhor Deputado Paes de Andrade. Compareceram os Senhores Deputados Jorge Leite e Francisco Erse- Vice-Presidentes, Francisco Pinto, Gomes da Silva,M ozarildo Cavalcanti, Myrthcs Bevilácqua c RenatoVianna. Aberto os trabalhos, o Senhor Presidente, apóscomunicar que não há Expediente a ser lido, comunica aPauta dos Trabalhos da presente Reunião e concede apalavra ao Senhor Deputado Renato Vianna, que lê oseu parecer às seguintes proposições: favorável ao Projeto de Lei Complementar n' 33, de 1983, que "altera o artigo 61 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional", deautoria do Senhor Deputado Paulo Lustosa. Em discussão, nenhum dos presentes fez uso da palavra. Em votação, é aprovado por unanimidade o Parecer do Relator. O projeto vai à Comissão de Finanças; favorável,com adoção da emenda oferecida pela Comissão deConstituição e Jostiça, ao Projeto de Lei n' 320, de 1983,que "faculta ao Servidor Estatutário converter em pecúnia, a Licença Especial de que trata a Lei n' 1.711, de 28de ootubro de 1952, e dâ outras providências", de autoria do Senhor Deputado Leônidas Sampaio. Em di~cus
são, nenhum dos presentes fez uso da palavra. Em votação. é aprovado por unanimidade o Parecer do Relator. O projeto vai à Comissão de Finanças. A seguir oSenhor Presidente concede a palavra à Senhora Deputada Myrthes Bevilácqua, que lê o seu parecer favorável aoProjeto de Lei n' 456, de 1983, que "institui a licençapaternidade para os funcionários públicos". de autoriado Senhor Deputado Francisco Amaral. Em discussão,nenhum dos presentes fez uso da palavra. Em votação, éaprovado por unanimidade o Parecer da Relatora. Oprojeto vai à Comissão de Finanças. Nada mais havendoa tratar, e como nenhum dos presentes quisesse fazer usoda palavra, o Senhor Presidente dá por encerrada a Reunião às dez horas e trinta minutos. E, para constar, cu,Oclair de Maltos Rezende, Secretário, lavrei a presenteAta que, depois de lida e aprovada, será assinada peloSenhor Presidente.
COMISSÃO DE SERViÇO P(rBLICO6' Rennião Ordinária realizada
em 17 dc a~osto de 1983
Aos dezessete dias do mês de agosto de mil novecentose oitenta e três. reuniu-se, às dez horas, na Sala Quinzedo Anexo 11, a Comissão de Serviço Público, sob a Presidência do Senhor Deputado Jorge Leite, Primeiro VicePresidente. Compareceram os Senhores DeputadosFrancisco Erse, Vice-Presidente, Francisco Pinto, Gomes da Silva, Mozarildo Cavalcanti, Myrthes Bevilácquae Renato Vianna. Deixa de comparecer, por motivo jus-
. tilicado o Senhor Deputado Paes de Andrade. Abertosos trabalhos foi lida e aprovada a Ata da Reunião anterior. O Senhor Presidente faculta o uso da palavra aosSenhores Membros que queiram fazê-lo. Nenhum dosprcsentcs fez uso da palavra. O Senhor Presidente, apóscomunicar a Pauta da presente Reunião, dá a palavra aoSenhor Deputado Renato Vianna, que lê o seu Pareceràs seguintes proposições: Favorável ao Projeto de Lei n'
10984 Sábado 15
80-B, de 1983 - Substitutivo do Senado ao Projeto deLei n" 80-A, de 1983, que "altera a composição e a organização interna dos Tribunais Regionais do Trabalhoque menciona, cria cargos, e dá outras providências", deautoria do Poder Executivo. Em discussão, nenhum dospresentes fez uso da palavra. Em votação, é aprovadopor unanimidade o Parecer do Relator. O projeto vai à
Coordenação de Comissões; favorável ao Projeto de Lein9 1.717 de 1983, que "fixa os valores de retribuição do
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Grupo-Atividades de Comercialização e Classificaçãodo Café, e dá outras providéncias", de autoria do'PoderExecutivo. Em discussão, nenhum dos presentes fez usoda palavra. Em votação, é aprovado por unanimidade oParecer do Relator. O projeto vai à Comissão de Finanças. Favorável ao Projeto de Lei n" 1.524, de 1983,que '"reajusta os atuais valores de vencimentos e proventos dos servidores ativos e inativos do Senado Federal, edá outras providéncias", de autoria do Senado Federal.
Outubro de 19lU
Em discussão, nenhum dos presentes fez uso da palavra.Em votação, é aprovado por unanimidade o parecer doRelator. O projeto vai à Comissão de Finanças. Nadamais havendo a tratar, e como nenhum dos presentesquisesse fazer uso da palavra, o Senhor Presidente dá porencerrada 3 Reunião às onze horas. E1 para constar, eu,Oelair de Mattos Rezende, Secretário. lavrei a presenteAta que, depois de lida e aprovada, será assinada peloSenhor Presidente.
MESA LIDERANÇAS
Presidente:
Flávio Marcílio - PDS
1."-Vice-Presidente:
Paulino Cicero, de Vasconcellos - PDS
2.0 _ Vice-Presidente:
Walber Guimarães - PMDB
l.°-Secretário:
Fernando Lyra - PMDB
2.0 -Secretário:
Ary Kffuri - PDS
3.o-Secretário:
Francisco Studart - PTB
4.0 -Secretário:
Amaury Müller - PDT
SUPLENTES
Osmar Leitão - PDS
Carneiro Arnaud - PMDB
José Eudes - PT
Antônio Morais - PMDB
PDS
Lider:
Nelson Marchezan
Vice-Lideres:
Alcides Franciscato
Amaral NettoDjalma BessaEdison LobãoGióia Júnior
Joacil PereiraJorg€ ArbageRicardo Fiuza
Siqueira CamposCelso Barros
Nilson GibsonJosé Lour<mço
Francisco BenjamimAugusto Franco
José Carlos FonsecaSaramago Pinheiro
otávio CesárioAdhemar GhisiAugusto Trein
PMDB
Lider:
Freitas Nobre
Vice-Lideres:
Egidio Ferreira Lima
Sinval GuazzelliCardoso Alves
Carlos Sant'AnaChagas VasconcelosDel Bosco AmaralEpitácio Cafeteira
Haroldo LimaHélio Duque
Hélio Manhães
Iram SaraivaJoão Herculino
João HerrmannJorge Medauar
José Carlos VasconcelosJuarez BatistaLélio de SouzaLuiz Hemique
Marcelo CordeiroMárcio Macedo
Mário FrotaPaulo MarquesRoberto Freire
Sebastião Rodrigues Jr.Walmor de Luca
PDT
Lider:
Bocayuva Cunha
Vice-Líderes:
Nadir RossettiSérgio Lomba
Brandão MonteiroClemír Ramos
PTB
Líder:
Ivete Vargas
Vice-Líderes:
Celso PeçanhaRicardo RibeiroGasthcne Righi
PTLíder:
Airton Soares
Vice-Líder
Eduardo Matarazzo SuplicyIrma Passoni
DEPARTAMENTO DE COMISSÕES
COMISSÕES PERMANENTES
1) COMISSÃO DE AGRICULTURA EPOLITICA RURAL
Diretor: Jolimar Corrêa PintoLocal: Anexo Ir - Telefone 224-2848
Ramal 6278
Onisio LudovicoPaulo MarquesPimenta da VeigaRaul FerrazVago
PDT
MáriO JurunaVago
PT
Jonathas NunesRubens Ardenghi
PDS
PMDB
Marcelo Gato
Suplentes
Presidente: Fernando Cunha - PMDBVice-Presidente: Dirceu Carneiro - PMDBVice-Presidente: Antônio Florêncio - PDS
Titulares
PDS
Irineu Colato
Arildo Teles
2) COMISSÃO DE CIÊNCIA ETECNOLOGIA
Jorge VargasManoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de LavarNelson AguiarOlavo Pires
Eduardo MatarazzoSnplicy
Reuniões:Quartas e Quintas'-feiras. às 10 horasLocal: Anexo Ir - sala 11 - R.: 6293 e 6294Secretârio: José Maria de Andrade Córdova
Jorge UequedJorge Vargas
Adail VettorazzoBrasílio Caiado
Evaldo AmaralJoão Rebelo
Juarez BernardesLélio SouzaMárcio LacerdaIWarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreireOswaldo Lima FilhoRaul BelémSantinho Furtado
PT
PDTSérgio Lomba
PMDB
Epitácio BittencourtEstevam GalvãoHumberto SoutoIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesOtávio Cesár:ioOsvaldo CoelhoPedro ~ GermanoPrisco VianaRubem MedinaSaIles LeiteSebastião Curió
PMDBDel Bosco AmaralDoreto CampanariHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão Bastos
Suplentes
PDS
Airton Soares
Aldo PintoOsvaldo Nascimento
Airton SandovalArolda MolettaCardoso AlvesCarlos VinagreFernando GomesGeraldo FlemingHarry AmorimIvo VanderlindeJorge ViannaJuarez Batista
Agenor MariaAntônio CâmaraCarlos MosconiCasildo MaldanerDante de Oliveira
Afrísio Vieira LimaAlceni GuerraAntônio DiasAntônio FariasAntônio FlorêncioAntônio MazurekAntônio UenoAssis CanutoCristino CortesDarcy PozzaDiogo NomuraEnoc Vieira
Gerardo RenaultHélio DantasJoão Carlos de CarliJoão PaganeIlaJonas PinheiroLevy DiasMaçao TadanoPedro CeolimReinhold stephanesRenato CordeiroSaramago PinheiroWildy Vianna
Adauto PereiraAlcides LimaAmilcar de QueirozBalthazar de Bem
e CantoBento PortoCarlos EloyCelso CarvalhoEmidio PerondiFabiano Braga CortesFrancisco SalesGeovani Borges
Coordenação de Comissões Permanentes
Diretora: Sílvia Barroso MartinsLocal: Anexo Ir - Telefone: 224-5179
Ramais: 6285 e 6289
Presidente: Iturival Nascimento - PMDEVice-Presidente: José Mendonça de Moraes
PMDB
Vice-Presidente: Antônio Gomes - PDS
Titulares
PDS
3~ COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO
Presidente: Henrique Eduardo AlvesPMDB
4} COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA
Vice-Presidente: Moacir Franco - PTBVice-Presidente: José Carlos Martinez - PDS
Titulares
Gerardo RenaultGerson Peres,José BurnettJosé CamargoJosé Carlos Martinez.José Luiz ,MaiaNagib HaickelNylton Ve1losoOrlando BezerraRenato JohnssonVic~or Trovão
PDSJosé LourençoJosé MouraJosé Thomaz NonôLuiz Antonio FayetOscar COrrêaPratini de MoraesRicardo FiuzaRubem MedinaSaulo QueirOZSérgio Philomeno
PMDB
Haroldo LimaHélio DuqueJoão AgripinoJosé UlissesManoel AffonsoOdilon SalmoriaRalph BiasiSiegfried Heuser
PMDBMãrio HatoMiguel ArmesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhoSebastião Rodrigues
JúniorVirgild:ísio de Senna4' vagas
PDT
Alencar FurtadoAlberto GoldmanAntônio CâmaraArthur Virgílio NetoCiro NogueiraCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGustavo Faria
Amaral NettoAntônio FariasAntônio OsórioCelso de BarrosEstevam GalvãoEtelvir DantasFernando Col1orHerbert LevyJoão Alberto de SouzaJosé JOrge
Adauto PereiraAlcides FranciscatoBalthazar de Bem e
cantoCarlos VirgílioDjalma BessaEduardo Ga1i1Evandro Ayres de
MouraFelix MendonçaGeraldo BulhõesGeraldo Mele.
Suplentes
PDS
Eduardo MatarazwSu,plicy
7} COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ECULTURA
Aldo Pinto
PT
José GenoinoReuniõeS:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 hora'Local: Anexo II - Sala 4 - R.: 6314Secretária: Delzuite Macedo de Aguiar
PTRicardo Ribeiro
6} COMISSÃO DE ECONOMIA,INDúSTRIA E COMÉRCIOPresidente: Pedro Sampaio - PMDB
Vice-Presidente: Genebaldo Correia - PMDBVice-Presidente: Israel Pinheiro - PDS
Titulares
PTB
Sebastião NeryPDT
PTBFernando Carvalho
Carlos WilsonCid CarvalhoEuclides ScalcoHenrique Eduardo
AlvesIrajá RodriguesIrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo Cordeiro
Presidente: João Faustino - PDSVice-Presidente: Ferreira Martins - PDSVice-Presidente: Hermes Zaneti - PMDR
TitularesPDS
Rômulo GalvãoSalvador JulianelliStélio DiasVictor Faccioni
Darcílio AyresEraldo TinocoOly FachinRita Furtado
Walter Casanova
Luiz LealMárcio MacedoMilton ReisRenan CalheirosRoberto FreireWagner Lago6 vagas
PT
PT
Theodoro MendesValmor Giavarina
PDT
Matheus Sclunidt
PTB
PTB
PDT
PMDB
PDS
França Teixeira
PMDB
Samir AchôaVirgildásio de Senna
Suplentes
PDS
Suplentes
PDS
Mozarildo CavalcantiSérgio Philomeno
PMDBMário FrotaRonaldo Campos2 vagas
PDT
Gastone Righi
Brandão Monteiro
José Genoino
Reuniões
Terças, quartas, quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 6.308Secretário: Ruy Omar Pl'udêncio da Silva
5} COMISSÃO DE DEFESA DOCONSUMIDOR
Airton Soares
Aurélio PeresJosé Carlos
Vasconce1los
Presidente: Paulo Lustosa - PDSVice-Presidente: Agnaldo Timóteo - PDTVice-Presidente: Olivir Gabardo - pMDB
Titulares
Floriceno Paixão
Celso Barros Lázaro CarvalhoDarcílio Ayres Magalhães PintoEdison Lobão Nelson MorroFrancisco Benjamim Ney FerreiraGomes da Silva Osmar LeitãoGonzaga Vasconcelos Pedro ColinHélio Correia Ricardo FiuzaJoão Paganella Ronaldo CanedoJosé Carlos Fonseca Sarney FilhoJosé Mendonça Bezerra Tarcisio BuritiJosé Penedo Theodorico FerraçoJutahy Júnior
Amadeu GearaCal'doso AlvesFrancisco AmaralIbsen PinheiroJorge LeiteJorge MedauarLélio SouzaLuiz Hem'ique
Nílton Alves
Raimundo LeiteRaymundo AsroraSérgio Murilo
Agenor MariaDel Bosco AmaralHélio Manhães
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo IISecretária: Maria Júlia Rabe110 de Moura
Albino CoimbraFigueiredo Filho
Celso Peçanha
Aécio CunhaCláudio Philomeno
VagoVago
.João GilbertoJorge CaroneJosé MeloJosé TavaresOnísio LudovicoPimenta da VeigaPlínio Martins
PDS
Sal1es LeiteSiqueira CamposVieira da Silva
PDSJosé BurnettJúlio MartinsMário AssadNatal GaleNilson GibsonOctávio CesárioOsvaldo MeloRondon Pacheco
PTB
PDT
Sérgio MuriloVagoVago
PMDB
Carneiro ArnaudIbsen PinheiroMarcelo MedeirOS
PDT
PMDB
PMDB
Pedro CeolimRômulo GalvãcSaulo QueirozVingt Rosado
PMDB
Cristina Tav'ilresManuel VianaSinval Guazzelli
Anibal TêixeiraAntônio MoraisCarlos Wilson
Carlos VirgílioGióia JúniorJaime CâmaraMagno Bacelar
Fernando Carvalho
Sebastião Nery
Alair :E'erreiraFernando Col1orFrança TeixeiraManoel Ribeiro
Ademir AndradeAluízio CamposArnaldo MacielDjaIma FalcãoEgídio Ferreira LimaElquisson SoaresJoão Cunha
JG de Araújo Jorge
Suplentes
PDS
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Ramais 6304 e G300Secretário: Iole Lazzarini
Heráclito FortesMárcio BragaPaulo ZarzurSamir Achôa
Presidente: Bonifácio de Andrada - PDSVice-Presidente: Leorne Belém - PDSVice-Presidente: Brabo de Carvalho - PMDB
Titulares
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - Sala 3 - R.: 6295Secretário: Luiz de Oliveira Pinto
Afrísio Vieira LimaAntônio DiasArmando PinheiroDjalma BessaEduardo GalilErnani satyroGerson PeresGorgônio NetoGuido MoeschHamilton XavierJairo MagalhãesJoacil PereiraJorg~ Arbage
Moacir FrancoPT
PDTAb>dias do Nascimento Clemir Ramos
PTB
Irma PassoniReuniões:Quartas-feiras, às 10 :00 horasLoca],; Anexo rI - Sala 9 - R.: 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra
Luiz GuedesMárcio SantilliOrestes MunizRandolfo BittencourtRonaldo CamposSérgio Cruz
Nagib HaickelNosser AlmeidaPaulo GuerraRita FurtadoRuben:: Ardenghi
Irineu ColatoJosé Mendonça BezerraJosué de SouzaOtávio CesárioUbaldo BarémWildy Vianna
PMDB
João HerrmannJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Jr.3 vagas
Suplentes
PDS
Aldo ArantesDante de OliveiraEduardo Matarazzo
Suplicy (PT)Gilson de BarrosIbsen Pinheiro
Adhemar GmsiAlbino CoimbraAntonio MazurekAssis CanutoBento PortoFrança Teixeira
Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo LimaIsra€l Dias-Novaes
11) COMISSÃO DO iNDlO
Jaime CámaraJoão Batista FagundesJoão PaganellaJosé FernandesManoel RibeiroMozarildo Cavalcante
PMDB
Pr€sidente: Mário Juruna - PDTVice-Presidente: Alcides Lima - PDSVice-Presidente: Ricardo Ribeiro - PTB
Titulares
rPDS
Jessé FreireRenato CordeiroThales RamalhoWanderley Mariz
PMDB
Raul BelémRuy CôdoWilson Vaz
PDT
Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca
PDTVago
PTB
PMDB
Suplentes
PDS
Presidente: Irajá Rodrigues - PMDBVice-Presidente: Floriceno Paixão - PDTVice-Presidente: José Carlos Fagundes - PDS
Titulares
PDSJayme SantanaRenato JohnssonVicent·e Guabiroba
Ademir AndradeDomingos JuvenilLeopoldo BessoneMarcos Lima
Ricardo Ribeiro
Nadyr Rossetti
9) COMISSÃO DE FINANÇAS
Luiz BaccariniLuiz LealMoysés Pimentel
Aécio de BorbaChristóvam ChiaradiaFernando MagalhãesIbsen de Castro
Angelo MagalhãesCelso CarvalhoEtelvir DantasFerreira Martins
PT
PMDB
Márcio BragaRandolfo BittencourtRaymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz
PDTWalter Casanova
PTB
SuplentesPDS
Magno BacelarNorton MacedoOscar AlvesSimão SessimVieira da Silva
PMDBMarcondes PereiraOctacílio AlmeidaOlivir GabardoPaulo MarquesRaimundo Asfóra
Celso Peçanha
Carlos Bant'AnnaCasildo MaldanerDionísio HageFrancisco DiasJoão Bastos
Luís Dulci
Arildo Teles
Aldo ArantesFrancisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosJoão HerculinoLuiz Baptista
Albérico CordeiroBrasílio CaiadoCunha BuenoJairo MagalhãesLeur Lomanto
Arildo TelesPTB
PDT
8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMOPresidente: Márcio Braga - PMDB
Vice-Presidente: Oly Fachin - PDSVice-Presidente: Albérico Cordeiro - PDS
TituIarl~S
PDT
PTB
Agnaldo Timóteo
Vago
Reuniões:
Terças-feiras, às 10 horasQuintas-feiras, às 9 horasLocal: Plenário da Comissão de Redação'Secretário: Ivan Roque Alves - R.: 6391 e 6393
12) COMISSÃO DO INTERIIOR
Presidente: Inocêncio Oliveira - PDSVice-Presidente: Evandro Ayres de MOura
PDSVice-Presidente: Heráclito Fortes - PMDB
Titulares
PMDB
Aldo Arantes José Maria MagalhãesCarlos Alberto de Carli Luiz BaptístaDante çl~ Oliveira Luiz GuedesDilson Fancmn Manoel Costa Jr.Domingos Leonelli Mansueto de LavorJorge Medauar Mário FrotaJosé Carlos Olavo Pires
Vasconcelos Orestes MunizJosé Maranhão Pedro Novaes
Albérico Cordeiro Leur LomantoAngelo Magalhães Lúcia ViveirosAntônio Mazurek Manoel GonçalvesAntônia Pontes Manoel NovaesAssis Oanuto Milton BrandãoAugusto Franco Nagib HaickelClarck Platon Nylton VellosoCristino Cortes Orlando BezerraGeraldo Melo Osvaldo CoelhoGnton Garcia Paulo GuerraJoão Rebelo Pedro CorrêaJosé Luiz Maia Victor TrovãoJosé Mendonça Bezerra Vingt RosadoJosué de Souza Wanderley MarizJutahy Júnior
PDS
Manoel NovaesMarcelo LinharesUbaldo BarémWilson Falcão
Siegfríed Hemer2 vagas
PTB
PDS
Haroldo SanfordJoão AlvesOzanam Coelho
Ulysses GuimarãesWilson Vaz
PTB
PMDB
PMDB
PTB
Alencar FurtadoFrancisco Pinto
João HerculinoRoberto Rollemberg
Aécio de BorbaAlvaro GaudêncioAmilcar de QueirozJorge ArbageJosué de Souza
Mendonça Falcão
Augusto TreinCastejon BrancoFurtado LeiteGeraldo Bulhões
10) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E TOMADA DE CONTAS
Ricardo Ribeiro
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLOcaI: Anexo rI - Sala 15 - R.: 6325Secretário: Geraldo da Silva
Suplentes
PDS
Celso Peçanha
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - sala n.o Ui - R.: 6322 e 6323
Secretário: Jarbas Leal Viana
Presidente: Humberto Soutc} - PDSVice-Presidente: Nosser de Almeida - PDSVice-Presidente: Milton Figueiredo - PMDB
Titulares
PTB
PD\S
José Carlos MartinezJosé MouraManoel RibeiroPaulo Lustosa
PMDBHeráclito FortesJosé Eudes (PT)Manoel AffonsoMilton Reis
PDT
Aloysio TeixeiraBete Mendes (PT)Ciro NogueiraIbsen PinheiroJoão Bastos
SuplentesPDS
Aécio de BOrba Léo SimõesAlbino Coimbra Marcelo LinharesArolde de Oliveira Simão SessimFrancisco Erre Siqueira CamposJoão Carlos de Carli Victor Faccioni
PMDBLeônidas SampaioLuiz HenriqueRaul FerrazRoberto Rollemberg
Mendonça Falcão
Ricardo RibeiroReuniões:
Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário da Comissão de Defesa do
Consumidorsecretária: Maria Linda Morais de MagalhãesRamais: 6386 e 6387
Agnaldo Timóteo
Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo
Alves
Aécio CunhaAlércio DiasFernando CollorFrança Teixeira
Miguel ArraesMilton ReisNelson AguiarOctacilio Alm.eidaPaulo MarquesRenato BuenoRosa FloresSebastião Rodrigues
Júnior
PDT
Abdias do Nascimento José FrejatClemir Ramos Nilton Alves
PTB
Jarbas VasconeelosJoão HerrmannJosé AparecidoJosé Carlos TeixeiraJosé FogaçaJÚIlÍa MarireLeopoldo BessoneMárcio MacedoMárcio Santilli
Ivete Vargas
PT
João AgripinoWalmor de Lucavago
PDT
PMDB
Suplentes
PDS
José LourençoJosé MachadoLevy DiasLuiz Antonio FayetManoel GonçalvesPratini de MoraesRondon Pacheco
Alberto GoldmanCoutinho JorgeFernando Santana
Aécio CunhaAdhemar GhisiBento PortoClarck PlatonHaroldo SanfordIrineu ColatoJoão Alberto de SouzaJosé Fernandes
Mário Juruna
Vago.
PT
Ronaldo CamposSinval GuazzelliWagner LagoWalter BaptistaVago
PDT
PDS
'PTB
Suplentes
Délio dos Santos
Irma Passoni
Oswaldo MurtaPaulo BorgesRaul FerrazRenato BernardiRoberto Freire
13} COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Luís Dulci
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLo~al: Anexo II - Sala 8 - R.: 6333
PMDB
Manoel AffonsoManoel Costa Jr.Odilon SalmoriaOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoRuy CôdoTheodoro MendesTobias AlvesUlysses Guimarã€sWalter BaptistaVago
PDT
Jacques D'OrneIlasSérgio Lomba
PTB
PT
PDT
Vago
Lúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOscar Alves
PMDB
Manuel VianaMário HatoMax Mauro
Suplentes
PDS
Joacil PereiraJoão AlvesJoão Batista FagundesJoão Carlos de CarliJosé Thomáz NonôLúcia ViveirosNosser AlmeidaOscar CorrêaOsvaldo MeloOzanan CoelhoPaulo GuerraPaulo LustosaRaul Bernardosararnago PinheiroSiqueira Campos
Armando PinheiroAugusto FrancoBOllifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani satyroFernando BastosFernando MagalhãesFurtado LeiteGilton GarciaGogônio NetoHamilton XavierHélio DantasHomero Santosítalo ContiJaime CâmaraJayme Santana
Albino CoimbraAlceni GuerraFigueiredo FilhoLeônidas Rachid
Anselmo P.eraroDor..to CampanariEuclides ScalcoLeônidas Sampaio
Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgílio NetoBorges da SilveiraCarlos Sant'AnnaDionísio HageDjalma FalcãoGustavo FariaJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez BernardesLuiz GlWdes
Bete Mendes
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - sala 7 - R.: 6347 e 6348Secretária: Edna Medeiros Barreto
Mendes Botelho
Agnaldo TimóteoJG de Araújo Jorge
16} COMISSÃO DE SAúDEPresidente: Borges da Silveira - PMDB
Vice-President.. : Carlos Mosconi - PMDB
Vice-Presidente: Tapety Júnior - PDS
TituIares
PDS
José Eudes
PTB
PMDB
Flávio BierrenbachFreitas NobreIram saraivaIrapuan Costa Júnior
João Herculino
PDT
PDT
Suplentes
PDS--
Siqueira CamposVago
PMDB
José Carlos VasconcelosPedro Novaes
Aluizio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando Santa-na
Matheus Schmidt
Presidente: Diogo Nomura - PDSVice-Presidente: Pedro Colin - PDSVice-Presidente: Israel Dias-Novaes - PMDE
Titulares
PDS
Adroaldo Campos Marcelo LinharesAntônio Ueno Nelson MorroCunha Bueno Norton MacedoEdison Lobão Ossian AraripeEnoc Vieira Paulo MalufFrancisco Benjamim Rubens ArdenghiJessé Freire santos FilhoJonathas Nunes Sarney FilhoJosé Camargo Tarcisio BuritiJosé Carlos FDnseca Thales RamalhoJosé Machado Theodorico FerraçoJosé Penedo Ubaldo BarémJosé Ribamar Machado Wilson FalcãoMagalhães Pinto VagoMaluly Neto
14} COMISSÃO DE REDAÇÃOPresidente: Aloysio Teixeira - PMDB
Vice-Presidente: Mário Rato - PMDBVice-Presidente: Rita Furtado - PDS
TituIa.res
PDS
Djalma Bessa Simão SessimFrancisco Rollemberg
PMDB
Daso Coimbra
15} COMISSÃO DE RELAÇÕESEXTERIORES
J oacil Per,eiraPrisco Viana
Sérgio Lomba
Moacir Franco
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 7 - R.: 6336Secretária: Allia Felício Tobias
Freitas NobreJúnia Marise
Délio dos Santos
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - sala 14 - R.: 6342 e 6340Secretária: Laura Perrela Parisi
Marcos LimaVicente Queiroz
Léo SimõesMaurício CamposNelson CostaPaulo MelroPrisco VianaWolney Siqueira
João FaustinoJonas PinheiroJosé JorgeJosé MouraJúlio MartinsLéo SimõesLeorne BelémLúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOssian AraripeRuy BacelarTapety JúniorVivaldo FrotaWilmar Pa1lis
PTB
PDT
PT
Milton FigueiredoPlínio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRenato ViannaRuben FigueiróVagoVagoVagoVagoVagoVagoVagoVago
PDT
Osvaldo NascimentoPTB
PMDB
Nadyr Rossetti
NelsOn do Carmo
Bayma JúniorEmllio GalloEpitácio BittencourtEvaldo AmaralFelix MendonçaGonzaga VasconcelosJoão Batista Fagundes
PMDB
Celso SabóiaGenésio de BarrosMarcelo Cordeiro
Adroaldo CamposAlcides LimaAlércio DiasAntônio AmaralAntônio OsórioBayma JúniorCelso BarrosChristóvam ChiaradiaEurico RibeiroFabiano Braga CortesFrancisco ErseF1rancisco SalesGeovani BorgesHerbert LevyHugo MardiniIbsen de Castro
José Frejat
Vago
Presidente: Hugo Mardini - PDSVice-Presidente: Horácio Matos - PDSVice-Presidente: Cid Carvalho - PMDB
Titulares
PDS
Aloysio TeixeiraAluízio BezerraAluízio CamposAnibal TeixeiraAroldo MolettaDenisar ArnelroFernando GomesHaroldo LimaHarry AmorimJoão HerrmannJoaquim RorizJosé MelloMarcelo CordeiroMárcio Lacerda
PDT
PMDB
17) COMiISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL
Suplentes
PDSNava.rro Vieira FilhoPedro GermanoRaul BernardoSimão 8essimWilmar PaIlis
Leônidas RachidMaçao TadanoMaurício camposPaulo MalufSantos Filhostélio DiasVictor FaccioniWolney Siqueira
PT
PDT
PDS
PMDB
Paulo ZarzurRuy CôdoSérgio FerraraTidei de Lima
PMDB
Suplentes
José Colagrossi
Adail VettorazzoAmaral NettoAlcit1es FranciscatoAugusto TreinCarlos EloyEdme TavaresEmídio PerondiEraldo Tinoco
Carlos PeçanhaDomingos JuvenilFelipe CheiddeJoaquim RorizPaulo Mincaroni
Bete Mendes
Hélio CorreiaHomero SantosJairo AziJosé FernandesLázaro CarvalhoManoel Ribeiro
PMDB
Jmge UequedMoyses Pimentel
PDS
PDT
Osmar LeitãoRonaldo CanedoVivaldo FrotaVago
PMDB
Mário de OliveiraNelson WedekinRenan Calheiros
Epitácio CafeteiraFreitas NobreGilson de Barros
Reuniões:
Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 12 - R.: 6360Secretário: Oclair de Mattos Rezende
sebastião Ataide i
Adhemar GhisiAlcides FranciscatoAlvaro GaudêncioAntônio AmaralFernando BastosJosé Lins de
Albuquerque
Amadeu GearaAurélio PeresÇássio GonçalvesJúlio CostamilanLUiz Henrique
Presidente: Dj&lma Bom - PTVice-Presidente: Edme Tavar.es - PDSVice-Presidente: Francisco Amaral - PMDB
19) COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL
Titulares
Navarro Vieira FilhoPedro CorrêaRita FurtadoSalvador Julianelli
Mattos LeãoRenato Bueno3 vagas
Pl\IDB
Ruy Lino
PDT
Castejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio OliveiraJairo AziJosé Lins de Albu
querque
Carneiro ArnaudJorge ViannaJosé .Maria MagalhãesLuiz Guedes
Presidente: ítalo Conti - PDSVice-Presidente: Francisco Rollemberg - PDSVice-Presidente: Gilson de Barros - PMDB
Titulares
PDS
Sebastião CurióNey Ferreira
Ruben Figueiró
vago
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 10 - R.: 6352Secretária: Iná Fernandes Costa
Suplentes
PDS
Antônio Pontes Milton BrandãoJosé Ribamar Machado Vicente Guabiroba
Gastone Righi
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLOcal: Anexo II - sala 13 -- R.: 6355 e 6358Secretário: Walter Flores Figueira
Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - sala 5 - R.: 6372 e 6373Secretário: Carlos Brasil de Araújo
Jaques D'Ornellas
FaríLbulini Júnior
Flávio ·BierrenbachLuiz Baccarini
vago
PTB
PMDB
José Tavares
PDT
PTB
Jorge Cury
Antônio GOmesEmílio GalloGióia JúniorMaluly NetoMáric AssadNatal Gale
Brabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando CunhaIvo Vanderlinde
Brandão Monteiro
PTB
Suplentes
PDSNelson CostaNilson GibsonPaulo MelroReinhold StephanesVago
PMDB
Marcelo GatoMirthes BeviIac~ua
VagoVago
PDT
Airton SandovalDilson FanchinFrancisco DiasGeraldo FlemingJosé Ulisses
Sebastião Ataíde
Nelson do Carmo
Djalma Bom
Reuniões:
Juarez BatistaLuiz LealOrestes MunizPaulo BorgesRosa Flores
PDT
PTB
PT
18) COMISSÃO DE SERVIÇOPÜBLlCO
Gastone Righi
PTB
PT
COORDENAÇÃO .DE COMISSÕESTEMPQRARIAS
Titulares
Presidente: .Paes de Andrade - PMDHVice-Presidente: Jorge Leite - PMDBVice-Presidente: Francisco Erse - PDS
Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito
Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza
Local: Anexo II ~ Tel. 223-728<1Ramal 6403
Diretor: Walter Gouvêa Costa
Local: Anexo II - Tel: 226-2912
Ramal: 6401
Seção de Comissões Especiais
Chefe: Stella Prata da Silva Lopes
Local: Anexo II - Te!.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409
Darcy PozzaEurico Ribeiro
Titula.res
PDS
J·osé Eudes
Reuniões:
Alair FerreiraAlércio Dias
Presidente: Ruy Bacelar - PDSVice-Presidente: Denisar Arneiro PMDBVice-Presidente: Mendes Botelho - PTB
20) COMISSÃO DE TRANSPORTES
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - R.: 6367Secretário: Agassis Nylander Brito
PDS
Oly FacchinWildy Vianna
Gomes da Silva
Guido MoeschHorácio Matos
PDS
Mozarildo CavalcantiVago
PMDB
Francisco Pinto Renato ViannaMyrthes Bevilacqua
Suplentes
1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI Nl? 634175, DO PODER EXE·CUTIVO, QUE INSTITUI O cóDIGOCIVIL
Airton SoaresJoão Herrmann
Sérgio Lomba
PMDB
Israel Dias-NovaesPimenta da Veiga
PDT
Aldo ArantesAlencar FurtadoAnibal Teixeira
PMDB
Fernando SantanaHélio Duque
PDT
PDT
Presidente: Pimenta da Veiga - PMDBVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDBVice-Presidente: Gilton Garcia - PDS
Relator-Geral: Err.ani Sátyro - PDS
Relatores Parciais:
Dep. Israel Dias-Novaes -- parte Geral - Pessoas, Bens e Fatos JurídicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro H - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Afrísio Vieira Lima - Livro IH - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamfliaDep. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar
Titulares
PDSAfrísio Vieira Lima Francisco RollembergFrancisco Benjamim
PMDB
Cristina Tavares Roberto FreireIsrael Dias-Novaes
Terças-feiras, 9:30 h.Local: Plenário da Comissão de EconomiaSecretária: Marci Ferreira BorgesRamal: 6406
5) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A EXAMINARA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HI·DRICOS NO BRASIL
Flávio BierrenbachJoão CunhaJosé Fogaça
PDT
Pratini de MoraesRicardo Fiuza
PMDB
Titulares
PDS
Suplent.~'3
PDS
Jacques D'OrnBllas
Dj alma FalcãoEduardo Matarazzo
Suplicy
Reuniões:
REQUERIMENTO N.O 12/83
Prazo: de 27-9-83 a 19-6-84
Presidente: Deputado Osvaldo CoelhoVice-Presidente: Deputado Mendes Botelho
Relator: Deputado Coutinho Jorge
Sebastião Nery
Antonio MazurekLuiz Antonio FayetLúcio Alcântara
Presidente: Theodorico FerraçoVice-Presidente: Brandão Monteiro
Relator:
Arthur Virgílio Neto Sérgio FerraraNelson VBdekin Paulo Mincaroni
Suplentes
1'00
TitulaJres
PDSJoão Batista FagundBs Renato JohnssonJairo Magalhães Theodorico FerraçoJorge Arbage
REQUERIMENTO N.o 10/83
Prazo: 17-8-83 a 11-5-84
PMDB
3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QUéRITO DESTINADA A INVESTI·GAR OS EPISóDIOS QUE ENVOL·VERAM O BANCO NACIONAL DAHABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN EQUE CULMINARAM COM A INTER·VENÇÃO DO BANCO CENTRAL NOREFERIDO GRUPO
Quintas-feiras, 10 :OOh
Local: Plenário das Comissões Parlamentaresde Inquérito - Anexo H
Secretária: Márcia de Andrade PereiraRamal 6407
Reuniões:
Suplentes
PDSGuido MoeschJorge ArbageVago
PMDB
Arnaldo MacielDjalma Falcão
Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo
Brandão Monteiro
Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto
Anexo II - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan
2) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QUéRITO DESTINADA A INVESTIGAR EM TODA A SUA PLENITUDEE CONSEQO~NCIAS AS ATIVIDADES DO GRUPO CAPEMI
REQUERIMENTO N.o 9/83
Prazo: 18-5-83 - 7-3-84
Presidente: Deputado Léo SimõesVice-Presidente: Deputado Siqueira Campos
Relator: Deputado Matheus Schmidt
Titulares
PDS
Nilton Alves
Reuniões:
Quintas-feiras, 9 :00 horas
Local: Plenário das CPIs
Secretário: Sebastião Augusto MachadoRamal 6405
4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A APURARAS CAUSAS E CONSEQO~NCIAS DOELEVADO ENDIVIDAMENTO EXTERNO BRASILEIRO, TENDO EM VISTAAS NEGOCIAÇõES COM O FUNDOMONETARIO INTERNACIONAL
Francisco BenjamimLudgero RaulinoOsvaldo Coelho
Marcelo CordeiroRandolfo BittencourtFernando Santana
PDT
PTB
Marcelo LinharesMilton BrandãoVictor Trovão
PMDB
PMDB
VagoVagoVago
PDT
Suplentes
PDS
Mendes Botelho
Adroaldo CamposAntônio FlorêncioEtelvir DantasEvandro AyrBs de
Moura
Aldo.-Pinto
Antonio GomesJ essé FreireJosias LeiteManoel Novaes
Coutinho JorgeDomingos LeonelliJorge Vargas
Geraldo FlemingPaulo MarquesVago
PTB
Reuniões:
Local: Plenário das CPls - Anexo IrSecretária: Nelma Cavalcanti BonifácioAnexo H - Tel.: 213·6410
Vago
Osvaldo Nascimento
Octávio CesárioPedro Colin
Tarcísio BurityVictor Faccioni
Márcio BragaRuben Figueiró
PDT
PMDB
Adhemar GhisiJorge ArbageJosé Camargo
Gustavo FariaIrajá RodriguesIrma Passoni (PT)
Adhemar GhisiJcsué de SouzaNey Ferreira
REQUERIMlElNTO N.o 08/83
Prazo: 16-8-33 a 10-5-84
Presidente: Alencar Furtado - PMDB/PRVice-PrBsidente: Sebastião Nery - PDT/RJ
Relator: Sebastião Nery - PDT/RJ
Titulares
PDS
PDT
J oacil PereiraMaçao Tadano
Sebastião Curió
PMDB
Airton Soares (PT)
Orestes Muniz
Suplentes
PDS
PDT
Antônio AmaralBento PortoEdison Lobão
Israel PinheiroSarney Filho
Ademir AndmdeCid CarvalhoFarabulini Júnior
Vago
Reunião:
r
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL
PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)
Seçêo I (CAmara dos Deputados)
Via-Superfície:
Semestre .. . . . Cr$Ano . . . . . . . . . . . . . . . Cr$Exemplar avulso . Cr$
Saçêo II (Senado Federal)
Via-Superfície:
3.000,006.000,00
50,00
SemestreAnoExemplar avulso
........... Cr$. . . . . . . . . . . . . . . . Cr$
...................... Cr$
3.000,006.000,00
50,00
Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou
Ordem de Pagamemo pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente n9
920001-2, a favor do:
Centro Gráfico do Senado Federal
Praça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF
CEP 70.160
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
QUADRO COMPARATIVO
(4~ edição)
Texto constitucional vigent~ (incluindo a EmendaConstitucional n9 22/82) comparado à Constituição promulgada em 1967 e à Carta de 1946.
li'
152 notas explicativas, contendo os textos dos AtosInstitucionais e das Emendas à Constituição de 1946.
Indice temático do texto constitucional vigente.
À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas - Senado Federal (229 andar do Anexo I) - Brasília, DF - CEP:70160, ou mediante vale postal ou cheque visado pagável emBrasília (a favor da Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal). Atende-se, também, pelo reembolso postal.
LEGISLAÇÃO ELEITORALE PARTIDÁRIA
(4' edição - 1982)Leis e Instruções que regularão as eleições de 1982
Textos atualizados, consolidados, anotados e indexados:
- Código Eleitoral- Lei Orgânica dos Partidos Políticos- Lei das Inelegibilidades- Lei de Transporte e Alimentação- Lei das Sublegendas
Legislação alteradora e correlata.instruções do Tribunal Superior Eleitoral.
À venda na Subsecretaria de Edições TécnicasSenado Federal (229 andar do Anexo I)
Brasília, DF - CEP 70160, ou mediante vale postalou cheque visado pagável em Brasília (a favor daSubsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal). Atende-se, também, pelo reembolso postal.
SEGURANÇA NACIONAL
(2' edição - 1,982)
Lei nQ6.620, de 17-12-78
lndice temático. Tramitação legislativa.1 __
- Legislação vigente (Lei nQ6.620/78) comparada, artigo porartigo, à legislação anterior (Decretos-Leis nQs 314/67 e510/69 e Lei nQ1.802/53).
- Notas a cada dispositivo: legislação correlata, comentáriosde juristas e da imprensa, elaboração legislativa.
- Textos constitucionais e legislação ordinária (de 1824 a1982).
368 páginas
Preço: Cr$ 800,00
À venda na Subsecretaria de Edições -Técnicas
Senado Federal
22Q andar - Brasília-DF
Encomendas mediante vale postal ou cheque visado(a favor da Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal) ou pelo REEMBOLSO POSTAL.
DIREITO FINANCEIRO"
Lei n'" 4.320. de 17 de março de 1964. que "estatu'i Normas Geraisde Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços
da União. dos Estados. dos Municípios e do Distrito Federal".
Normas disciplinadoras da matéria.
Plano de contas único da Administração Direta.
3~ edição ampliada - 1981
278 páginas
Preço: Cr$ 600,00
À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas - Senado Fedem'229 andar - Brasília. DF - 70160. ou pelo REEMBOLSO POSTAL
EDIÇÃO DE HOJE: 4'8'PÁGINAS
entro Gráfico do Senado FederalCaixa Postal 07/1203
Bruma - DF
I PREÇO DESTE EXEMPLAR: Cr$ 5O,()() I
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