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November 2, 2010 Volume VII
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Direito de morrer dignamente
Há situações em que os tratamentos médicos se tornam
um fim em si mesmos e o ser humano é simplesmente ignorado. A atenção tem seu foco no procedimento, na tecnologia, não na
pessoa que padece. Nessas situações, o paciente sempre está em risco de sofrer medidas desproporcionais, pois os interesses da tecnologia deixam de estar subordinados aos interesses do ser
humano. Ademais, a tecnologia e os seres humanos estão em
constante devir, tornam-se a cada momento novidades, sendo
que os seres humanos “tornam-se” por si só, a tecnologia, não. O direito de morrer dignamente não deve ser confundido com
o direito de morrer. O direito de morrer dignamente é a reivindicação por vários direitos, como a dignidade da pessoa, a liberdade, a autonomia, a consciência, refere-se ao desejo de se
ter uma morte humana, sem o prolongamento da agonia por parte de um tratamento inútil. (...) O indivíduo não é e não deve ser objeto da ciência, mas sujeito da existência.
Conceitos básicos
É a boa morte, morte suave ou morte sem dor ou
sofrimento. Nas palavras de Casabona, consiste “na produção
da morte de uma pessoa sem sofrimentos físicos e morais”.
(página 19) O termo aparece cronologicamente em reflexões de
Cícero (106 a.C.), Sêneca (4 a.C.), Suetônio e Francis Bacon
(1623). Cenários em que “(...) qualquer sociedade necessita de
uma estrutura básica de regras sustentadas e comunicadas de
geração à geração (...)”. (Schumacher, A.)
Eutanásia propriamente dita “morte misericordiosa ou piedosa, e é inferida a uma pessoa que sofre de uma enfermidade incurável ou muito penosa,
visando a suprimir a agonia lenta e dolorosa”;
Ortotanásia orthós (normal, correta) e thánatos (morte). Não é eutanásia
passiva. O fundamento principal da ortotanásia é a absoluta ineficácia de uma intervenção médica extremada para evitar a
morte do paciente;
Eutanásia Lenitiva ou Distanásia dis (afastamento) e thánatos (morte). Ligada às chamadas obstinação terapêutica e futilidade médica. Sobressai o imperativo tecnológico. Ocorre quando se empregam meios
mitigadores ou eliminadores de sofrimento, com a antecipação
artificial da morte;
sociologia geral e jurídica
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Eutanásia eugênica eliminação indolor de doentes incuráveis, inválidos e velhos, pessoas consideradas
economicamente inúteis;
Eutanásia criminal morte indolor de pessoas socialmente
perigosas;
Eutanásia experimental morte indolor de pessoas com o fim de
experimentação;
Eutanásia solidarística
visa a salvar a vida de outra pessoa;
Eutanásia terapêutica
ocorre com o emprego ou a omissão de meio terapêutico, visando à morte do
paciente;
Eutanásia ativa é a “realização de um comportamento de ajuda à morte para suprimir ou paliar os sofrimentos do paciente”. Pode ser direta
(a ação visa ao encurtamento da vida meidante atos positivos, diante de um largo processo doloroso considerado
insuportável e de prognóstico infausto, ou seja, que se encontra em fase terminal) e indireta (contém efeito duplo: o de encurtar a vida, ainda quando seu
principal objetivo seja o de aliviar os
sofrimentos);
Eutanásia passiva
é a “omissão do tratamento em que se empregam meios que contribuem para o prolongamento da vida do paciente q u a n d o e s t a j á a p r e s e n t a u m a
deterioração irreversível ou uma enfermidade incurável em fase terminal”. Pode consistir tanto na iniciação do
tratamento quanto na suspensão do
tratamento já iniciado;
Outras denominações eutanásia voluntária ou consentida e involuntár ia ou não consent ida; verdadeira e pesudo eutanásia; eutanásia agônica, estóica, etária, eutanásia
coletiva, teológica, narcotanásia e
mistanásia.
Diante de tantas classificações, convém uma breve distinção entre a eutanásia e
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outras condutas semelhantes, sendo esta a
classificação admitida.
As 4 Categorias
Eutanásiaé a morte de doente que sofre de doença incurável ou que se encontra em estado degenerativo de
saúde e que está submetido a forte sofrimento físico ou emocional, sob cuidados médicos ou não, causada por
qualquer pessoa motivada por sentimento de compaixão ou piedade em relação ao doente; pode ocorrer por ação ou
omissão; constitui crime (homicídio privilegiado por motivo de relevante valor
moral, artigo 121, §1º);
Ortotanásiaé a morte correta; não constitui crime; significa a interrupção, feita pelo médico, da manutenção
artificial de uma vida, sem perspectiva de cura ou melhora, ou melhor, significa o não prolongamento artificial do processo
de morte; é a omissão, pelo médico, da prática de atos que possam prolongar futilmente o processo de morte além de
seu curso natural. Ocorre em situação de
distanásia.
Auxílio ao suicídio
ocorre quando a pessoa não sofre de doença incurável ou não se encontra em estado degenerativo de saúde e não está submetida a forte sofrimento físico ou
mental, e recebe auxílio material de outrem para causar a própria morte;
constitui crime.
Homicídio simples ou qualificado(a depender do caso) é a morte causada a doentes mentais, doentes incuráveis,
idosos, pessoas com deformações, popu lações , pobre s , c r iminosos , desempregados, etc. , movida por sentimentos distintos de compaixão ou
p iedade, como as t en tat iva s de jus t ificat ivas de h ig ienização da soc i edade, pur ificação de r aça ,
eliminação de peso social, dentre outras já alegadas no curso da história dahumanidade, em diversas sociedades;
n e n h u m d e s s e s c a s o s p o d e s e r considerado eutanásia;
Não-tratamento
ocorre quando o paciente tem o direito de não se submeter a tratamento, ou de interrompê-lo, se esta for sua decisão,
após um esclarecimento completo, compreensível, dado pelo médico sobre o estado e as perspectivas do tratamento cabível.
Panorama internacional
Peru e Colômbia Hipótese de perdão judicial para o
homicídio eutanásico.
Uruguai Um dos primeiros países a legislar sobre a eutanásia. Em 1934, quando entrou em vigor o Código Penal, tipificou-se o
homicídio piedoso. Facultou-se ao juiz a não aplicação da pena à pessoa que realiza a eutanásia, se presentes os
requi s i tos de : “ ter antecedentes honrávéis; ser realizado por motivo piedoso e a vítima ter feito reiteradas súplicas”. Não há uma autorização para a
realização da eutanásia. O que pode ocorrer é a não aplicação da pena,
decidida pelo juiz.
Holanda Pioneira na institucionalização legal da eutanásia (aplicável a adultos, acometidos por enfermidades incuráveis e que
solicitarem, voluntariamente, a própria morte - é exigida a opinião de um outro médicodiverso daquele envolvido no
tratamento do doente). Não há uma autorização para a realização da eutanásia. O que pode ocorrer é a não aplicação da pena, decidida pelo juiz.
Os 5 critérios para auxílio à morte
não punível são:
1) A solicitação para morrer deve ser uma decisão vluntária feita por um paciente informado;
2) A solicitação deve ser bem considerada por uma pessoa que tenha uma compreensão clara e correta de sua condição e de outras possibilidades. A
pessoa deve ser capaz de ponderar estas opções, e deve ter feito tal ponderação;
3) O desejo de morrer deve ter alguma
duração; 4) Deve haver sofrimento físico ou mental
que seja inaceitável ou insuportável; 5) A consultoria com um colega é
obrigatória.
O acordo entre o Ministério da
Justiça e a Real Associação Médica da Holanda estabelece três elementos para notificação:
1) O médico que realizar a eutanásia ou suicídio assistido não deve dar um atestado de óbito por morte natural.
Ele deve informar a autoridade médica local através de extenso questionário;
2) A autoridade médica local relatará a
morte ao promotor do distrito;
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3) O promotor do distrito decidirá se haverá ou não acusação contra o
médico.
Na hipótese em que, seguindo o médico as cinco recomendações, o
promotor deixa de fazer a acusação.
Na Holanda, onde a eutanásia ativa e tolerada, trabalhos mostram que 57% de todas as mortes de crianças com
menos de um ano de idade vieram precedidas pela decisão de não oferecer ou retirar suporte vital. Dessas, 8%
vieram precedidas pela administração intencional de drogas que levariam a morte. No ano de 1990, a Holanda registrou 12.000 mortes por eutanásia,
suicídio assistido ou overdose de morfina (9% da mortalidade do país). Sendo que,
das 9.000 solicitações, apenas 2.300 preenchiam os requisitos, tendo sido
atendidas.
Bélgica
Nos moldes do modelo holandês.
Portugal, Itália, Alemanha e Suiça
Homicídio consentido, penas mais leves.
Espanha Lei Geral de Saúde (LGS - Ley General de Sanidad, de 25 de abril de 1986).
Polônia, Estados Unidos, Japão,
Canadá e Austrália Legislações variam desde a absoluta
reprovação sem qualquer benefício do
infrator equiparado a homicídio comum, passando pelo reconhecimento de atenuantes e causas de diminuição de pena, e chegando até mesmo à exclusão
da punibilidade ou da ilicitude;
Perigos ocultos “Há sempre razões para matar um homem. Inversamente, é
impossível justificar que viva.” Albert Camus
1) A cupidez humana: Utilizar-se do bem para alimentar o mal oculto. Ex.: Comércio clandestino de órgãos;
2) Acobertamento do desejo, seja da família, seja do Estado, de livrar-se do encargo que é o doente terminal
inválido.
Estes argumentos pautam-se em observações de que em uma terra como a
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nossa, em que as coisas proibidas se praticam num crescimento ciclópico, imagine-se o que poderá acontecer, se houver a liberação. Há o perigo de que
passemos a matar os nossos semelhantes
através da justificativa da eutanásia. A Alemanha na década de 20 do
século XX vivia um contexto em que a eutanásia pouparia muitas despesas inúteis à família e ao governo. Morrer deixa de ser uma opção terapêutica.
Situações em que a decisão torna-se elemento fundamental: “Quando o paciente diz ‘me mata’, ele quer socorro,
não quer morrer.”
Individualismo e a teoria da Public
Choice:
“As pessoas são livres para escolher.” David Hume, Jeremy Bentham e John
Stuart Mill.
A questão do “argumento de direção”
o efeito da ladeira escorregadia.
Bioética
A autonomia após 1950
A autonomia é a condição de um
indiv íduo ou de um g rupo que determina, ele mesmo, a norma a qual
entende conformar seu agir ou destino. É “(...) pressuposto geral de qualquer sistema jurídico ocidental: todos os
indivíduos são dotados de um grau básico de autonomia e responsabilidade.(...)” (Shumacher, A.)
Kant fez da autonomia da vontade princípio da moral. A autonomia exprime, na ética de Kant, a capacidade
de a pessoa ser autora da norma moral, o que ela acha dever seguir. Na bioética
contemporânea, exprime a capacidade da
autoderminação em geral. Quanto ao
aspecto posi t ivo, o princípio da obrigatoriedade do consentimento foi
oficializado em inúmeros documentos
após a segunda guerra. Veremos que
diversas são as justificações comumente
propostas para este princípio de autonomia que gera imediatamente o direito individual da determinação da própria sorte até certo ponto. O
consentimento do paciente deve ser livre e esclarecido. Provar é algo difícil quer a cargo do médico ou do paciente. A
regulamentacao do procedimento exige
que seja feito por escrito, ou com a
presença de testemunha habilitada. As
informacoes fornecidas ao paciente
devem esc larecer a natureza do tratamento, consequências previsíveis, riscos eventuais e a existência de alternativas. Informações comunicadas
em linguagem acessível e compreensível. O consentimento deve ser autêntico e
livre, isto é, sem coerção nem fraude.
Justificação filosófica e sociológica
Se a bioética atual está dominada pelo princípio da autonomia temos de
reparar uma dupla evolução: vivenciamos a pa s s agem de uma conce pção expontaneamnete comunitária e solidária
da vida humana para uma concepção individualista das relações sociais. Passamos da problemática do dever de cada um para a problemática dos direitos
do dever dos outros. Logo, vê-se que o princípio da autonomia é fruto da evolução cultural do século XX e não
uma geração espontânea. Solidariedade e eqüidade, neste contexto, assumem a justica e avancam um passo a mais no
enriquecimento das relações sociais sem
desserviço pelo bem comum, que é de
todos.
Justificação política e jurídica
“(...) o estudo do direito cabe à ciência jurídica, enquanto o problema da democracia está reservado à ciência
polít ica.( . . . )” (Schumacher, A.) A autonomia é um direito subjetivo em contexto democrático, o regime político
que mais ostensivamente promoveu o indivíduo como pessoa. Autonomia exprime a liberdade do sujeito de saber ou nao saber a respeito de sua saúde, o
direito de decidir a respeito de um tratamento, privilégio de ser o dono teórico de seu itinerário da autonomia. O
advento de novas tecnologias e métodos aliado ao caráter cada vez mais experimental da medicina exigem uma
acentuação da convergência de sua deontologia com os direitos humanos em geral.
Implementacao condicionada
Uma vez sendo condicionada, a implementação e efetivação do princípio
da autonomia está sujeita a restrições. O consentimento do paciente apresenta condicionamentos legais e éticos,
notadamente com relação à eutanásia.
Declaração do conselho consultivo francês: “Toda
pessoa deve ser presumida capaz a priori de
receber informações e de dar o consentimento livre e esclarecido a um ato médico que lhe é proposto. A menos que seja estabelecida a ausência desta
capacidade, cabe ao médico informar de maneira clara e adaptada para que a pessoa seja capacitada para exercer sua capacidade de juízo e
decisão.”
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Autonomia:
princípio teórico de igualdade
A bioética teórica reafirma a igualdade dos seres humanos. A
autonomia é para todos que podem dela se aproveitar. O conceito de autonomia nos remete acima de tudo ao poder e
direitos da pessoa mas em qualquer sociedade o dever de um é dever de outros. “(...) Moral e direito, instituições
sociais que desempenham a mesma
função normativa básica: realizar a
coordenação entre as ações de diferentes
atores sociais, viabilizando a cooperação
social (...)”. (Schumacher, A.) Se um indivíduo tem direitos por ser pessoa, as outras pessoas tem direitos equivalentes, o que forma um sistema de direitos e
deveres intrincados. A liberdade de cada sujeito tem limites na postulação da m e s m a l i b e r d a d e d o s o u t r o s
supostamente iguais.
Entre o reducionaismo científico e a
transcendencia religiosa
A a u t o n o m i a e v i d e n c i a o
pensamento de sociedades adiantadas. A capacidade do ser humano transcender seu aspecto fisico e cultural. Entretanto, o
impacto da crenca religiosa transforma a autonomia em heteronomia. Nem a bioética nem a autonomia individual
escapam do fim do ser humano, que é sobre natural. A devida internalização da lei divina não altera sua origem
extrínseca. Se o paciente como sujeito autônomo não é todo poderoso, nem a
medicina ou o médico o são. Esta eventual dimensão transcendente, afinal, constitui uma razão a mais para aderir ao princípio da autonomia do paciente na
relação clínica, porque, sem ela, a semiologia médica fica cega sobre uma d i m e n s ã o f u n d a m e n t a l p a r a a
interpretação do estado e da vivência, portanto da expressão da própria
autonomia, da maioria dos pacientes.
Autonomia moral versus autonomia legal
“(...) Para que uma sociedade
possa viver exclusivamente sob o império
de tais regras primárias, explica Hart
(1961: 89-90), algumas condições
precisam ser preenchidas. Em primeiro
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lugar, as regras devem compreender
restrições à liber-dade de recorrer à
violência, ao roubo e à fraude, tentações
que os seres humanos devem poder
dominar, para coexistirem em relação de vizinhança. Em sociedades primitivas,
tais regras aparecem juntamente com
outras, que impõem aos indivíduos
obrigações de prestar servi-ços ou
contribuir para a vida em comum. (...)” (Schumacher, A.)
A capacidade ou competência é o
componente funcional e operativo da a u t o n o m i a m o r a l . E l a e s t á n a dependência da presenca de certas
habilidades psicológicas obrigatórias para a tomada de decisões autônomas, sendo que esses critérios de capacidade se
estabelecem como parte do processo de desenvolvimento cognitivo moral do indivíduo. São os fenômenos de
maturação mais importantes:
a) emergência do raciocínio lógico formal;
b) desenvolvimento de uma perspectyiva de socialização;
c) estabelecimento de uma conduta moral
concreta.
Estágios do desenvolvimento moral
de Kohlberg:
Nível I: moralidade pré convencional
Estágio 1 - Orientação para a
punição e obediência;
Estágio 2 - Individualismo,
p r o p ó s i t o i n s t r u m e n t a l e
intercâmbio.
Nível II: moralidade convencional
Estágio 3 - São as expectativas e
relacionamentos interpessoais m ú t u o s e c o n f o r m i d a d e
interpessoal;
Estágio 4 - Sistema e consciência
sociais (lei e ordem).
Nível III: moralidade pós convencional ou
de princípios Estágio 5 - contrato social ou utilidade e
direitos individuais;
Estágio 6 - princípios éticos universais.
A partir da definição destas regras a sociedade e as leis norte americanas reconhecerem a existência de um estado
de maturidade cognitiva independente da idade cronológica conhecida como mature
minor status.
“ ( . . . ) Tr a b a l h a r e m o s p a r a introduzir uma visão mais rica de d e m o c r a c i a , a d e l i b e r a t i v a o u
participativa, não limitada à questão do regime político, mas conectada ao Estado de direito, isto é, ao grau de efetividade dos direitos da cidadania na sociedade.
No interior dessa concepção, o direito aparece indissoluvelmente ligado à democracia, cujo desenvolvimento
depende das condições de comunicação e procedimentos de formação da opinião e da vontade democráticas, únicas fontes de
l eg i t imação das l e i s e po l í t i ca s governamentais. (...)” (Schumacher, A.)
Como analisar conflitos em
bioética clínica
Qualquer deliberação bioética
parte de um princípio fundamental de
re s pe i t o pe lo s e r humano, e o c u m p r i m e n t o d e s t a c o n d i ç ã o é
indispensável para o agir correto. Para
alcançá-la devem participar do debate todos aqueles que detêm interesses envolvidos no caso, trazendo suas contribuições ativas e essenciais, suas
diferentes interpretações do problema, que se enriquecem e se complementam durante a discussão. Momento em que
médicos, enfermeiros, outros profissionais que estejam auxiliando do cuidado do doente, o próprio paciente ou um
familiar/representante podem estar presentes, pessoal ou virtualmente, para
expôr seus argumentos e defendê-los. Todos os participantes devem ter uma
atitude compreensiva e tolerate para com os valors e posicionamentos divergentes, respeitando a pluralidade ético-cultural
imanentes à sociedade contemporânea, e todos devem uti l izar argumentos racionais para defender seus pontos de vista, e, conseqentemente estar apto a
justificá-los moralmente.
Definição da conduta mais adequada
Para chegar a uma conclusão,
duas estratégias são essenciais: primeiro, obter um consenso dentro da própria equipe e, segundo, analisar a vontade
do paciente. Para obter o consenso na
equ ipe de saúde, vár ia s são a s per spec t ivas que neces s i tam ser consideradas. As mais importantes
poderiam ser assim descritas:
a) avaliar a probabilidade de certeza do
prognóstico e do diagnóstico;b) manutenção da conduta padrão da
comunidade cientifica;
c) legalidade da conduta;
d) autonomia do médico ou da equipe;
e) normas institucionais;
f) expectativa da sociedade.
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Para análise dos desejos do
paciente, três critérios principais podem ser considerados:
1. Critérios objetivos Leva-se em consideração aspectos técnicos, a vontade do paciente.
2. Critérios subjetivos: Trata-se de levar em consideração os valores do paciente - o valor da vida, a qualidade de vida que o paciente
considera adequada para si próprio, suas crenças religiosas, os argumentos morais com os quais o paciente justifica sua
vontade.
3. Os melhores interesses
É um balanceamento entre os critérios objetivos e subjetivos; e analisar, diante dos fatores já citados, qual a melhor alternativa do ponto de vista do próprio
paciente, visando ao seu melhor benefício.
Bioética personalista aplicada à
clínica
As decisões bioéticas no contexto
da prática clínica, aquelas decisões que
são tomadas "junto ao paciente", revestem-se de grande importância, porque estão estreitamente ligadas a um paciente particular e específico, suas
condições clínicas, suas necessidades, suas
aspirações e projetos futuros.
O personalismo ontologicamente fundado descobre na razão, na liberdade
e na consciência radicadas na alma espiritual as bases que dão ao homem seu status particular: "o homem é pessoa porque é o único ser no qual a vida é
capaz de refletir sobre si mesma e de
autodeterminar-se; porque é o único ser
que tem a capacidade de entender e
descobrir o sentido das coisas e de dar sentido as suas expressões e linguagem
conscientes.
Princípios da bioética personalista
1. Principio do respeito, da promoção e da defesa da vida;
2. Princípio da liberdade, responsa-bilidade;
3. Princípio da totalidade ou princípio terapêutico;
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4. P r i n c í p i o d a s o c i a b i l i d a d e e subsidiariedade;
Método da bioética personalista
Método triangular
Propõe-se como procedimento
para a tomada de decisões o chamado
"método triangular", que consiste em uma análise que segue três momentos
chave:
1. Deve-se expôr o eixo biomédico de forma objetiva, com dados científicos, consistentes e exatos.
2. A reflexão filosófico-metafísica, é o aprofundamento do s ignificado antropológico, na visão da pessoa humana em toda a sua plenitude e
riqueza. 3. Juízo ético e das decisões operativas,
que expressa a lei moral natural que
move toda a consciência humana a fazer o bem e evitar o mal, e que levará à solução dos problemas que se
traçam na práttica clínica ou no campo biomédico.
Em diálogo triangular, "biologia,
antropologia e decisões éticas", a antropologia põe os critérios e valores que não podem ser transpassados nem
alterados nas análises das situações.
Relações da bioética com o direito
Administração dos riscos
A bioética e o direito, respeitando
a dignidade humana, passam a ter um sentido mais humanista, vinculando-se a justiça. Portanto, em função da crise do
"erro médico" e da obrigatoriedade de programas de administração de riscos para a adesão a planos de seguro, a
administração dos riscos passa a existir, com o objetivo de prevenir, detectar, controlar, exterminar e transferir riscos
na saúde.
Riscos
O risco pode ser:
* A possibilidade de dano ou injúria;
* Um elemento que oferece perigo;
* Um grau ou probabilidade de dano.
Há basicamente dois tipos de
r i s cos que são encontrados nas
instituições de saúde:
1. Os teoricamente considerados;
2. Os genuinamente considerados.
O s r i s c o s t e o r i c a m e n t e
considerados são provenientes de atos que têm a probabilidade de trazer tanto
benefícios, quanto danos, pois são inerentes à indústria da saúde, mas tem a intenção de reverter apenas em ganhos
para os pacientes.
O s r i s c o s g e n u i n a m e n t e
cons iderados são os que têm a probabilidade apenas de causar danos,
podendo resultar na depreciação dos recursos financieros da instituição de
saúde;
Direitos do paciente
Direitos fundamentais do paciente
1. Saúde é um direito do cidadão e um
dever do Estado;2. Decidir livremente sobre a sua pessoa
ou seu bem estar;
3. Ter respeitada a sua privacidade e integridade física, psicológica e moral;
4. Escolher livremente, em qualquer e t a p a d e s e u t r a t a m e n t o , o estabelecimento de saúde e a equipe médica que deseja para efetivarem seu
tratamento - Princípio da livre escolha;5. Consentir, após informação detalhada
com cada uma das etapas de seu
tratamento;
6. Ter o seu prontuár io médico corretamente preenchido e de livre a c e s s o à s u a p e s s o a o u s e u
representante legal;7. Receber laudos médicos quando
solicitar.
Questionamentos éticos no início e no final da vida em pediatria.
E m b o r a e x i s t a m p o u c a s estatísticas no Brasil, Léo Pessini, no seu artigo "Distanásia: até onde investir sem
agredir" afirma:
"Centenas ou talvez milhares de doentes
estão hoje jogados a um sofrimento sem
perspectivas em hospitais, sobretudo nas
UTIs e emergências. Não raramente
acham-se submetidos a uma parafernália
tecnológica, que não só não consegue
minorar-lhes a dor e o sofrimento, como
ainda os prolonga e os acrescenta
inutilmente."
São seres humanos submetidos à
obstinação terapêutica ou à prática
médica fútil. Publicações recentes, nos EUA, mostram uma mudanca nesse panorama nos países desenvolvidos do
hemisfério norte. Percebe-se, então, três comportamentos que resultam em mortes com conotação moral diferente. Ao considerarmos a vida como bem
supremo, podemos incorrer na distanásia
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(para manter a vida, são utilizados todos os recursos disponíveis, mesmo com grande sofrimento, promovendo-se tratamentos fúteis ou desproporcionais).
Ao considerarmos apenas a qualidade de vida, podemos, eventualmente, praticar a eutanásia (abreviação da vida, sem dor
ousofrimento). O ponto de vista que defendemos é o de colocar, em primeiro lugar, a dignidade da pessoa humana,
resultando nossos atos na ortotanásia, que constitui a morte no momento certo, com
conforto e alívio do sofrimento.
Os pacientes internados nas UTIs
podem ser classificados em cinco
categorias:
1. Pacientes criticamente doentes;
2. Pacientes em morte encefálica;
3. Pacientes em estado vegetativo
continuado; 4. Pacientes em estado vegetativo
permanente;
5. Pacientes terminais.
Nesses dois últimos grupos de pacientes é que os dilemas éticos se fazem mais
presentes.
Como se pode definir
qualidade de vida?
Segundo o estudo sintético do Dr.
Tamburini, o conceito de qualidade de vida se apresenta bastante difícil de definir. Sem dúvida, é importante a
análise de alguns aspectos integrados
entre si, cuja avaliação exprime a
percepção dos pacientes sobre:
1. A situação das funções;
2. Os efeitos físicos concomitantes; 3. As verdadeiras condições psicológicas
concomitantes;
4. A interação social.
Classificação das situações clínicas limites
a. Prognóstico;
b. Deter ioração ps íqu ica : com a finalidade de solucionar esta nova complicação foram propostas algumas
providências, tais como o testamento vital e a delegação do consentimento.
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Qualidade de vida no discurso ético
Através de uma pesquisa realizada
com 100 médicos que trabalham em unidades de cuidados paliativos, foi
possível perceber e afirmar que esses profissionais entendem que a qualidade deve se caracterizar principalmente por
dois parâmetros:
1. Um estado subjetivo de bem estar suficiente em todos os aspectos, que
somente pode ser valorizado por cada indivíduo;
2. Necessidade de valorizar alguns
parâmetros objetivos para determinar a qualidade de vida. Destacam-se: autonomia pessoal suficiente e a ausência de sintomas.
Definição de futilidade
Este tema tem sido abordado de
maneiras muito diversas entre os diversos
autores na bioética.
Podemos reuni-los em 5 grupos:
1. autores que associam o problema da fu t i l i dade p r inc ipa lmen te ao s parâmetros estritamente médicos, com
ponto de vista objetivo e técnico, tendo a participação do paciente um papel secundário;
2. Autores que defendem que a decisão sobre a futilidade de um tratamento e principalmente competência do
paciente, ainda que também interfiram os fatores médicos;
3. Autores que afirmam que interferem nas decisões sobre futilidade tanto os
parâmetros médicos objetivos quanto a autonomia do paciente;
4. Autores que consideram que a futilidade está condicionada por três fatores: critérios objetivos do médico, a participação do paciente, e os critérios
sócio econômicos relacionados com uma justa distribuição dos recursos sanitários;
5. Autores que descartam o conceito de futilidade por considerarem que não e é possível defini-lo.
Fatores que fazem referência a participação do paciente na tomada
de decisões
1. A u t o n o m i a d o p a c i e n t e e o consentimento informado;
2. A análise do risco-benefício pelo
paciente;3. Interação da equipe assistencial -
paciente e família;
4. Limites da autonomia do paciente (quando a decisão do paciente vai de frente à prática comum da medicina, quando a decisão do paciente for
contrária aos critérios objetivos do princípio da beneficiência e quando a decisão do paciente for contrária aos
princípios éticos e deontológicos).
Em relação ao Estado, existem
situações que também limitam a
autonomia do paciente:
* O Estado tem o direito de limitar a capacidade do paciente recusar um ato
médico, se essa recusa conduz a um desrespeito à vida humana. O Estado tem o dever de tutelar a vida humana;
* Também o Estado tem a obrigação de tutelar a integridade dos profissionais de saúde, porque as decisões dos pacientes
não podem condicionar a atuação
cont rár ia à consc iênc ia des te s
profissionais.
5. Capacidade do paciente para recusar
um procedimento médico.
Critérios que não podem ser
considerados aceitáveis:
* Falar de vidas que não merecem ser
vividas; * O argumento de que em determinadas
situações o homem perde sua dignidade
em razão de sua doença;* A existência de convicções morais ou
psicológicas que sejam contrárias ao princípio da beneficiência.
Por outro lado, são critérios aceitáveis para recusar um determinado
procedimewnto médico:
* Dor física ou psíquica intratável produzida pelo tratamento;
* Autos índices de mortalidade do procedimento em questão;
* Custo excessivo do procedimento;
* Imposição de encargos excessivos sobre terceiros (familiares, instituições, etc.)
Mecanismos para salvaguardar a
autonomia de pacientes incapazes Testamento vital e o consentimento sub-
rogado.
A suscetibilidade contemporânea
exorbitante ao sofrimento e à morte
Artigo 6º do código de ética médica:
“O médico deve guardar absoluto respeito pela vida
humana, atuando sempre em benefîcio do paciente. Jamais utilizará seus conhecimentos para gerar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra
sua dignidade e integridade.”
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De que maneira lidamos com a morte?
• L. Tolstoi - A morte de Ivan Ilitch,
•Paulo Coelho - Verônica decide morrer;
•Filme: A borboleta e o escafandro;
As religiões
Porque a igreja católica?
• Maior número de adeptos e
exerce maior influência na formação de
opiniões;
• É a que apresenta maior
manancial de textos orientativos acerca
de questões bioéticas;
Equipara a eutanásia ao homicídio:
“Se quisermos sustentar um
fundmento sólido e inviolávelpara os direitos humanos, é indispensável
reconhecer que a vida humana
deve ser defendida sempre, desde o
momento da fecundação. De outra
maneira, as circunstâncias e
conveniências dos poderosos sempre
encontrarão desculpas para maltratar
as pessoas.”
A defesa fundamental da
dignidade e destes valores começa na
família.
A palavra do Papa João Paulo II:
“Um dos sintomas mais
alarmantes da ‘cultura da morte’ que avança, sobretudo nas sociedades do bem
estar, caracterizadas por uma mentalidade eficientista que faz parecer demasiadamente gravoso e insuportável o
número crescente das pessoas idosas e debilitadas. Com muita frequência, estas acabam por ser isoladas da família e da
sociedade, organizada quase exclusivamente sobre a base de critérios de eficiência produtiva, segundo as quais uma vida irremediavelmente incapaz não
tem mais nenhum valor.”
Além de serem as que mais se
aproximam da visão cristã, há tolerância
quanto à ortotanásia (não confundir com a eutanásia passiva ) e também a eutanásia
indireta.
Diferença entre matar e
deixar morrer:
Matar: Ação ou omissão que visa
causar a morte;
Deixar morrer: Considerar que a
natureza seguirá seu curso, não empregando tratamento desnecessário
em paciente terminal, no
momento em que nada mais pode ser
feito. A resolução 1.805/06 do Conselho
Federal de Medicina Foi amplamente divulgada na mídia a aprovação, por unanimidade, que passa a
permitir aos médicos, nos seus termos, a interrupção de tratamentos que prolongam a vida de pacientes terminais
sem chances de cura.
Sobre moral, direito e democracia Estudo do direito - Ciência Jurídica•
Estudo da democracia - Ciência Política Moral e direito: instituições sociais que desempenham a mesma função
normativa básica.
São elas: •realizar a coordenação entre as ações de
diferentes atore sociais;
•viabilizar a cooperação social; •explicitar a relação entre direitos
humanos e soberania popular. Direito e democracia: os indivíduos são dotados de um grau básico de autonomia
e responsabilidade.
Referencial Teórico Reconstrução do direito e da democracia proposta por Habermas - a interpretação e a validação dos direitos à anuência
democrática. A ética da comunicação de Habermas adota o seguinte princípio nuclear: “são
válidas as normas de ação às quais todos os possíveis atingidos poderiam dar seu assentimento, na qualidade de participantes de discursos (comunicações)
racionais” (Habermas, 1996).
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Moral e direito: função similar e
meios diferentes Dualidade e função do direito
moderno Direitos humanos e soberania
popular
Poder comunicativo e deliberação
Bibliografia Biodireito, ciência da vida e novos
desafios. Leite Santos, M.
C. C. - Editora Revista dos
Tribunais Eutanásia e Ortotanásia. Santos
Cabette, E. L. - Editora Juriá
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