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Apresentação para décimo primeiro ano, aula 42

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Na última aula, nas pp. 173-175 de Antologia, vimos o trecho inicial de Os Maias, em que se justificavam as obras no Ramalhete (e se fazia um breve historial do edifício). O primeiro capítulo continua com uma descrição detalhada da casa-palácio (que não está reproduzida no manual).

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Apresenta-se-nos depois Afonso da Maia e passa-se logo a uma analepse em que se relata a vida do avô de Carlos (o exílio, por ser partidário das ideias liberais; o casamento com Maria Eduarda Runa, mulher conservadora; o nascimento de Pedro).

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2.

Maria Eduarda Runa não se adaptou à vida em Inglaterra, por, católica exacerbada, considerar os ingleses, protestantes, «hereges». Faltavam-lhe ali os rituais a que se habituara. Decerto era a sua índole beata que a levava a rejeitar tudo o que fosse inglês (e a procurar reproduzir, dentro de portas, o ambiente a que se habituara em Lisboa).

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3.1

Primeiro, Afonso quis reagir à educação tacanha, fechada, malsã, que ministravam a Pedro. Porém, as tentativas que fizera para libertar o filho daquele ambiente desesperaram tanto a mulher, que Afonso desistira de intervir, para não a contrariar. Aliás, também Pedro, medroso, parecia já conformado ao estilo de educação «português».

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Para remediar a crescente melancolia da mulher, Maria Eduarda Runa, Afonso viaja para Itália. Acabam mesmo por regressar a Lisboa, à casa de Benfica. Maria Eduarda continua devotíssima (e esse ambiente beato muito influencia Pedro). Morre. Depois de um luto — exagerado e mórbido — pela mãe, Pedro tem um ano de «estroinice» romântica. Mas retoma a beatice. É então que se apaixona por Maria Monforte.

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A Vilaça (l. 10) preocupava que Pedro, mais do que precisar de dinheiro para satisfazer uma amante, pudesse estar a pensar casar com Maria Monforte.

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Quanto a Afonso da Maia, mais confiante (por orgulho nos pergaminhos da família), inicialmente nem concebia que Maria Monforte não fosse apenas uma amante.

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No entanto, depois de a ver, e de perceber como era bonita, Afonso não respondeu a uma exclamação que valorizava Maria, ficando cabisbaixo, o que nos faz inferir que compreendeu que o caso era mais sério do que pensara.

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3.

A gravidade e pureza do mármore grego pode aludir, ironicamente, à — posteriormente consabida — inconstância de Maria, como pode antecipar a tragédia que trará à família. A cor dos olhos da Monforte («azul sombrio») talvez conote a mesma premonição. No caso da «sombrinha escarlate», fica quase explicitado o sentido trágico que contém: «larga mancha de sangue a alastrar» e sob o «verde triste» das árvores.

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1875 | 5 pp. I cap. 1 I Descrição do Ramalhete.

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entre 1820 e 1875 | 85 pp. | caps. I-IV | [Analepse] Juventude de Afonso da Maia. Exílio de Afonso. Casamento de Afonso com Maria Eduarda Runa. Infância de Pedro, em Inglaterra. Regresso a Benfica, juventude, amores e casamento de Pedro. Suicídio de Pedro. Infância e educação de Carlos, em Santa Olávia. Carlos cursa Medicina, em Coimbra. Carlos viaja pela Europa.

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1875 a 1877 | 590 pp. | caps. IV-XVII | [Miolo da narrativa.] Carlos em Lisboa.

1877 | 2 pp. | cap. XVIII | Carlos e Ega viajam.

1886 a 1887 | 25 pp. | cap. XVIII | Carlos regressa a Lisboa.

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TPC

[Para aqueles a quem devolvi hoje o texto «Carta ao Padre Vieira»:]

Ponderar enviar texto ao concurso; nesse caso, seguir regras que pus em folha anexa.

[Para todos:]

Ir lendo Os Maias.

Melhorarei informação acerca do trabalho «grande» em Gaveta de Nuvens.

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Tepecê grande

Trabalho tem de ser entregue até daqui a um mês (apontemos para 12/13 de Março — enfim, 16/17 de Março, para quem precise, mas também um pouco mais cedo, a quem isso não desconvenha, já que me seria vantajoso não receber tudo demasiado perto do final do período).

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Como em trabalhos anteriores (microfilme autobiográfico, bibliofilme, publifilme), deve haver discurso oral gravado (seja em leitura, seja em dramatização, seja em conversa «espontânea», seja em canção, etc.). Embora espere sobretudo filmes WMP, admitem-se gravações audio (como já permitira no caso dos publifilmes).

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Trabalhos podem ser individuais ou em dupla (neste caso, com intervenções orais dos dois colegas)

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O formato e duração dos filmes são semelhantes aos combinados nos trabalhos anteriores. [especificarei, de novo, em Gaveta de Nuvens]

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São temas:

(1) Os Maias;

(2) algum outro livro de Eça;

(3) amores de Pedro e Inês (ou outro amor célebre da

literatura portuguesa).

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A razão dos temas 1 e 2 é óbvia; o tema 3 é para não descartar a possibilidade de se concorrer ao Concurso Inês de Castro (neste caso, conviria que a gravação ficasse pronta o mais cedo possível, já que o concurso, embora feche a 27/3, implica outras diligências).

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Estes temas podem ser tratados de múltiplas formas. De tantas, que nem darei aqui exemplos (fá-lo-ei depois em Gaveta de Nuvens) — basta lembrar que a relação com o tema pode ser quase literal, mas também é admissível, e talvez até aconselhável, que se estabeleça com ele uma ligação indirecta, inferida apenas (ainda que o filme seja efectivamente relacionável com o assunto original).

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texto de Eça ou de ...

texto próprio

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desde a leitura ou dramatização do original

algum tipo de adaptação, transposição, recriação, paródia, pastiche, inversão, apreciação crítica, ...

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enfim, sob qualquer género (de índole narrativa, lírica, ensaística, teatral, etc.), produto inspirado no tema escolhido (nos casos menos óbvios, indicar-me o tipo de transformação operada ou pretexto assumido).

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