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EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2014/2016

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Valter Luiz OrsiPresidenteRogerio Pena ChinezeVice-PresidenteFabricio Massi SallaDiretor SecretárioAlexandra de Paula Yusiasu dos Santos2º Diretor SecretárioRodolfo Tramontini ZanluchiDiretor FinanceiroAngelo Pamplona da Costa

2º Diretor FinanceiroFernando Mauricio de MoraesDiretor ComercialMarcus Vinicius GimenesDiretor IndustrialMarcia Regina Vieira Mocelin ManfrinDiretor de ServiçosClaudio Sergio TedeschiDiretor de Comércio InternacionalLuigi Carrer FilhoDiretor de Produtos

Adelino Favoretto JuniorDiretor Institucional

CONSELHO DELIBERATIVOAry SudanCarlos Alberto Dorotheu MascarenhasEduardo Yoshimura AjitaFlávio Montenegro BalanGeorge HiraiwaHerson Rodrigues Figueiredo Jr.

José Augusto RapchamKatsumi Sergio OtaguiriLuiz Carlos I. AdatiNivaldo BenvenhoOswaldo PitolPaulo Fernando OzelameWilson Geraldo Cavina

CONSELHO FISCAL

TitularesAdoniro Prieto MathiasMarcus Vinicius Bossa GrassanoRafael de Giovanni Netto

SuplentesCarlos Alberto de Souza FariaRafael LopesRogério Silvano da Silva

Paulo BriguetCoordenaçãoVinicius BersiEdiçãoJosoé de CarvalhoFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Diego Rigon MenãoSuperintendenteClaudia Motta PechinGerente ComercialBarbara Della LiberaAnalista de Marketing

ColaboradoresAlexandre SanchesCristiane OyaFernanda Bressan

Loriane ComeliMichelle AligleriPauline AlmeidaViviani Costa

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

PLANEJAR 2015Um novo ano é uma nova oportunidade para rever o planejamento de nossas vidas e renovar sonhos. Uma chance para diminuir os erros e acertar mais. Quem não se enche de esperança ao saber que tem 12 meses para realizar desejos que pela correria e desgaste do cotidiano acabam ficando para depois? O espírito de renovação também se faz presente no mundo empresarial. É hora de reavaliar nossa forma de produzir e reprogramar nossas metas. A Mercado em Foco deste mês mostra que um sistema de produção desenvolvido no Japão do pós-guerra pode ser aplicado ao atual contexto brasileiro, em que o crescimento da produtividade aparece como fator decisivo para a recuperação da economia.

2015 deve ser um ano difícil, de baixo crescimento econômico e altas taxas de juros. Nesse contexto, o planejamento dos próximos 12 meses deve ser feito de forma ainda mais rígida tanto por pessoas quanto pelas empresas. E é claro que o poder público também precisa fazer a sua parte.

Os deputados federais eleitos pela nossa região, Alex Canziani (PTB), Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Marcelo Belinati (PP) prometem colaborar fiscalizando as contas públicas, combatendo a corrupção e simplificando o Sistema Tributário. Na esfera estadual os parlamentares Tercílio Turini (PPS), Tiago Amaral (PSB) e Cobra Repórter (PSC) afirmam que vão cobrar eficiência administrativa do governo, além da valorização das demandas da região de Londrina como a duplicação da PR 445 no trecho que liga a cidade a Mauá da Serra.

Durante a campanha eleitoral em outubro passado, a ACIL e outras entidades comprometidas com o desenvolvimento econômico e social de Londrina atuaram na campanha “Os de fora não nos representam”, que pedia aos eleitores que votassem em candidatos da região. Agora, mais do que nunca, vamos cobrar dos parlamentares eleitos e também dos governos estadual e federal uma postura coerente com a agenda local.

Valter Luiz OrsiPresidente da ACIL

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Agenda fevereiro 2015

FINANÇAS GESTÃO DE RH DIVERSOSMARKETINGATENDIMENTO E VENDAS WEB

Qualidade no atendimento ao cliente como diferencial competitivoNiceia C. Henrichsen23 e 24 de fevereiro19h às 23h• Conhecendooperfildocliente-Oque

motivaoseucomportamento?• Comoatrair,reterefidelizarclientes• Administrandoconflitosno

atendimento• Atitude:Diferencialcompetitivono

atendimentoNãoassociados:R$ 157,00Associadoseestudantes:R$ 81,00

Intensivo em assistente contábil: formação e atualizaçãoElisangela da Silveira25 e 26 de fevereiro19h às 23h• Obrigatoriedadedeapuraçãopelolucro

real• Conceitoetécnicasdolucropresumido• ApuraçãodaPISeCOFINS• Obrigaçõesacessóriascomênfaseno

SPED:SPEDContábil,SPEDFiscal,EFD-Contribuições.FCONT

Nãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

PALESTRA: Otimize a sua empresa com um planejamento de marketingSheila Dal Ry26 de fevereiro19h às 21h• Aimportânciaebenefíciosdo

planejamento• Definindoosobjetivosdaempresa• Identificandoopúblico-alvo• ElaboraçãodeestratégiasNãoassociados:R$ 70,00Associadoseestudantes:R$ 37,00

Gestão de projetos: Como coordenar projetos de forma prática e eficiente – 3ª EdiçãoRodrigo Giraldelli28 de fevereiro8h30 às 12h e das 13h às 17h30• Iniciaçãodoprojeto• Planejamentodoprojeto• Execuçãoeelaboraçãodoprojeto• Gerenciamentodacomunicaçãodos

riscosNãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

Saiba mais:[email protected] ou3374.3082 com Mariana Reche:[email protected]

Associação Comercial e Industrial de Londrina Rua Minas Gerais, 297, 1º andar, Londrina, PR

Av. Saul Elkind, 1820 | Regional Nortewww.acil.com.br Curta

Vendendo ServiçosNatasha Bacchi02 e 03 de fevereiro19h às 22h• Entendendoosserviços• Oqueasempresasdeserviçosdevemter• Apresentaçãodosserviços• PersonalizaçãoNãoassociados:R$ 135,00Associadoseestudantes:R$ 70,00

Como divulgar sua empresa através das redes sociaisSheila Dal Ry05 e 06 de fevereiro19h às 23h• Comoconhecerasredessociaismais

utilizadasnoBrasil• Identificaramelhorparadivulgarasua

empresa• Criaroperfildaempresanasredes

sociais• Elaborarasestratégiasparaobter

melhorresultadonasredesNãoassociados: R$ 157,00Associadoseestudantes:R$ 81,00

Técnicas de cobrança: como cobrar e receber dívidasBraz Vendramini09, 10 e 11 de fevereiro19h às 23h• Relacionamentocrédito/cobrança• Comoobtermaioresresultadosnas

cobrançasdeclientesinadimplentes• Comoorganizarumacarteirade

atrasadosdeformaprodutiva• ComolidarcomsituaçõesdifíceisNãoassociados:R$ 200,00Associadoseestudantes:R$ 100,00

Intensivo em substituição tributária do ICMS Paraná – 5ª EdiçãoRosângela da Silveira11 e 12 de fevereiro19h às 23h• Conceitos,legislaçãoemodalidadesde

substituiçãotributária• BasedecálculodoICMSdevidopor

substituiçãotributária• CálculosdaSTporoperações

interestaduais• Procedimentoseobrigaçõesdo

substitutotributárioNãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

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NOTA FISCAL ELETRÔNICALondrina é pioneira no sistema que modernizaa relação das empresas com o Fisco ................................. 10

REUNIÕES EFICIENTESUma boa condução garante bons resultados ....................... 12

ARTIGOUm passeio pela obra de Vilanova Artigas em Londrina ............................................ 26

PROFISSÕES QUE RESISTEM À MODERNIDADE Em tempos de produção em escala, há quem nãodispense produtos feitos à medida .................................... 28

ATIVIDADES FÍSICASLondrina oferece várias opções para quem quer sairdo sedentarismo mas não gosta de academia .................... 32

PERFIL Waldemar Maran costurou uma história de sucessoempresarial e pessoal em Londrina .................................... 36

ENTREVISTANovo presidente da FACIAP promete integrarassociações comerciais do Estado .................................... 38

COLUNA DA ACILSincolon e ACIL fazem parceria ........................................... 40

ÍNDICE6

LEAN MANUFACTURINGSem desperdícios empresas ganham em produtividade

16

ALÉM DA CONSULTA DE CRÉDITO Serviços ofertados pelo SPC ACIL estão em constante aperfeiçoamento

18

O VALOR DA PÓS-GRADUAÇÃO Novo diploma não garante cargosde gerência

POLÍTICA Deputados da região querem união da sociedade para definir prioridades em momento de atenção às contas públicas

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LEARN MANUFACTURING

janeiro de 2015 | www.acil.com.br6

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 7

O LEAM EXIGE MUDANÇA DE CULTURA NA EMPRESA

Thiago Terzoni, consultor: “Se desde pequenas adotam a filosofia lean, vão crescer como empresas organizadas e mais produtivas”

Por Loriane Comeli

Aumento de produtividade, redução de custos e melhor aproveitamento da mão de obra. E com investimento baixo. Essa fórmula – sonho de todo empresário frente à concorrência acirrada do mercado – existe e está sendo implantada em várias empresas brasileiras há mais de uma década. Na região de Londrina, o modelo eficiente de gestão também já chegou. Há cinco anos empresários vêm obtendo sucesso.

Trata-se do Lean Manufacturing, sistema de produção que pode ser traduzido como manufatura enxuta, também conhecido como Sistema Toyota de Produção, já que a origem remonta da fábrica japonesa de automóveis no pós-Segunda Guerra. Se pudesse ser definido em poucas palavras, a expressão correta aplicada ao lean seria “sistema de eliminação de desperdícios”.

O consultor Thiago Terzoni, da Terzoni Consultoria, especialista em gestão empresarial e em sistema lean, explica que a manufatura enxuta combate sete focos de desperdício: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário (excesso de estoque), excesso de movimentação e defeitos de fabricação.

Porém, mais que um modelo de gestão, o lean exige mudança de cultura na empresa. “É recomendável que se implante o lean de cima para baixo, capacitando líderes para que, posteriormente, os demais colaboradores comprem a ideia”, resume o consultor.

Embora tenha sido desenvolvido para a produção fabril, o sistema, hoje, depois de repensado e aprimorado, cabe para praticamente todo tipo de empresa. “Há casos de sucesso em hospitais e clínicas, construção civil e departamentos administrativos, contábeis e financeiros”, explica Terzoni. Nos setores burocráticos, a metodologia desenvolvida é chamada de “Lean Office”. Na construção civil, de “Lean Construction”.

Os investimentos são relativamente baixos comparados à possibilidade de lucratividade e consistem, basicamente, em capacitação de gestores para administrar sob o modelo lean, contratação de consultoria, que é recomendável, mas, pode ser dispensável, e mudanças estruturais na empresa. “Os investimentos dependem do tamanho da empresa. Dá para adaptar conforme o faturamento”, diz Terzoni. Empresas pequenas também podem se beneficiar, e muito, do lean. “Se desde pequenas adotam a filosofia lean, vão crescer como empresas organizadas e mais produtivas”.

Terzoni pontua que o sistema lean está umbilicalmente associado ao modelo 5S, também de origem nipônica cujos cinco comandos básicos são a utilização e descarte, arrumação e ordenação, limpeza, saúde e higiene e autodisciplina – palavras que começam com ‘s’ quando traduzidas do japonês. “É possível produzir mais e desperdiçar menos em um ambiente organizado, saudável, com disciplina. Economiza tempo”, anota.Terzoni explica que o lean não precisa – e, de fato, não deve – ser implantado de uma vez só em toda a empresa. O ideal é começar um setor de cada vez, de preferência, do

final para o começo da cadeia produtiva. “Recomendamos que se comece pela expedição”. O fato de que a empresa não pode parar é a justificativa para isso. “É como trocar o pneu com o carro andando”.

Resultados Os principais resultados do lean são aumento da produção, redução de estoques (e a consequente liberação de capital), redução do prazo de entrega, melhor aproveitamento da mão de obra e possibilidade de lançar novos produtos. Entre três e seis meses, diz Terzoni, começam a surgir os primeiros resultados. “Em um ano, no máximo, há uma mudança radical”.

Porém, diante dos ganhos de produção e competitividade, o recomendável é que o empresário não se acomode. Entra em cena outro conceito da filosofia japonesa de gestão. “É o conceito da melhoria contínua. Sempre há melhorias a fazer. Se parar de investir, os bons resultados começam a se perder”.

Embora ainda não tenha se tornado popular e largamente utilizado pelos

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janeiro de 2015 | www.acil.com.br

empresários brasileiros, o lean está na moda. A Terzoni Consultoria, fundada há 10 anos em Londrina, já prestou serviço a mais de cem empresas da região que implantaram o sistema. “É uma tendência de mercado. Quando o empresário percebe que o concorrente está trabalhando com melhores resultados, vai atrás e busca se qualificar também”, analisa. “É o mercado que acaba ditando do que as empresas devem correr atrás.”

Case de sucessoO mercado não paga pelos desperdícios. Foi a partir desta constatação que o proprietário da Esquadrilon, fábrica de esquadrias metálicas fundada há 16 anos em Londrina, começou a buscar formas de produzir e reduzir custos. Sem auxílio de consultoria, o diretor da empresa, Eduardo de Oliveira, passou a estudar o sistema lean e, há cerca de cinco anos, começou a implantar conceitos na empresa, que tem 60 colaboradores. Os resultados são surpreendentes: a produtividade aumentou em 30% e os custos tiveram queda de 20%.

Entre os custos desnecessários estavam horas-extras, reduzidas a zero, e a contratação de empreiteiras. “O empregado trabalha menos e produz mais”. Não houve cortes de pessoal. “Houve realocação de mão de obra, mas não cortes”, conta. “A Esquadrilon é um case de sucesso, com certeza”, elogia Terzoni, que prestou consultoria à indústria.

No começo, lembra Oliveira, foi difícil devido à resistência dos colaboradores. “Há 13, 14 anos fazíamos as coisas de um jeito, com outra cultura. Houve reação, mas, acabou sendo contornada”, conta, enfatizando que a “grande sacada” foi capacitar alguns gestores na metodologia lean. “Depois da fase inicial, houve apoio geral”.

Seguindo orientação conceitual do sistema, o empresário começou a adotar

o lean na expedição, após oferecer cursos e treinamento aos gestores. Em seguida, passou para o estoque e, posteriormente, à produção. “Começou a dar resultados, mas, a passos lentos”. Após contratar a consultoria especializada, há cerca de seis meses, os resultados se tornaram expressivos. “Dá pra fazer sem consultoria, mas o tempo é muito maior. Os resultados são mais lentos e o lean é dinâmico. A consultoria facilita”.

O processo de implantação do lean ainda está na produção, em uma fase de documentação de procedimentos para permitir que essas rotinas sejam repetidas. “Isso é que faz o processo se autogerenciar e economizar tempo, trabalho, custos”, explica.

No caso da Esquadrilon, os investimentos foram em treinamento e adaptação da fábrica, com a mudança de layout. “O que investi recuperei em três ou quatro meses”. Durante o processo, Oliveira percebeu que “mudanças simples podem representar diminuição considerável de tempo e, consequentemente, de desperdício”.

Como exemplo, ele conta que antes vidros que precisavam ser ajustados às esquadrias ficavam distantes cerca de

40 metros do trabalhador que faria a montagem. Agora, estão ao lado. “Neste trajeto, o trabalhador para, conversa, toma água, se dispersa. Agora, ele fica mais concentrado no que está fazendo”, ilustra.

Ainda há um desafio importante: fazer os clientes acreditarem que os produtos serão entregues nas datas pactuadas. Isso é fundamental porque permite diminuir ou eliminar estoques. Trabalhando exclusivamente para atender a demanda, a empresa tem à disposição o capital que ficava parado nos estoques. “Para isso, temos que controlar o ambiente do cliente. Fazer com que ele não faça pedido com antecedência desnecessária e confie que vamos entregar a mercadoria no prazo”.

Questionado se ao revelar o sucesso da empresa com o lean não teria receio de “alertar” a concorrência e perder a vantagem, Oliveira se diz muito tranquilo. “Não tenho essa preocupação. Saímos na frente e é saudável que as outras empresas do setor produzam melhor, que se qualifiquem, trabalhando com qualidade”, diz. “É melhor para o mercado”. Depois de cinco anos estudando o método, o empresário tem uma lição: “Se a sua empresa não se atualiza, ela vai fechar”.

Eduardo Oliveira da Esquadrilon: “Mudanças simples podem representar diminuição considerável de tempo e, consequentemente, de desperdício”

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Trabalho em rede Fundada em 1970 em Londrina, a Plaenge aderiu à mudança de cultura empresarial diante da crescente competição do setor, acirrada no último quinquênio. Apenas em Londrina, a Plaenge tem 1,6 mil colaboradores. Atualmente, trabalha na construção de 18 prédios residenciais em Londrina e Maringá.

O gerente de engenharia nas regionais de Londrina e Maringá, Rogério Cardoso, responsável pela implantação do lean, conta que havia um “sentimento de desespero”, de falta de rumo, diante do aumento dos custos e baixa margem de retorno.

Há um ano participou do 21º Congresso Mundial de Lean Construction e “as coisas começaram a clarear”. “Meio desesperado, sem saber exatamente o que fazer, estive no congresso mundial em Fortaleza e conheci o Lean Construction e o PCP, que é o planejamento e controle da produção. É um caminho”, lembra Cardoso, funcionário da Plaenge há 30 anos.

“O lean não é uma fórmula mágica, porque exige mudança de cultura, de paradigma, o que pode levar de 5 a 7 anos, mas mostra os caminhos”, afirma. A mudança de cultura passa pela descrição dos procedimentos e criação de um fluxograma claro de tarefas. “É o modelo que vamos usar para treinar novos colaboradores”.

Foi em Fortaleza que Cardoso conheceu a empresa de Consultoria Terzoni, com a qual começou a trabalhar há cerca de oito meses. Contratou a consultoria para quatro projetos: hidráulico, kits de materiais,

granito e esquadrias de madeiras (portas). “Consultoria permite mais velocidade e consequentemente mais motivação para continuar com o método. Sem ver os resultados, acaba-se desanimando”, avalia. Segundo ele, a única empresa de construção civil do Paraná a adotar o Lean Construction é a Plaenge.

Em dois projetos, os resultados são promissores. No setor hidráulico e na montagem de portas já houve economia média de 25% de mão de obra. Funcionários foram realocados, sem demissões. Os outros dois projetos ainda não foram avaliados. “O método permite evitar desperdício humano, intelectual, de materiais, de tempo e de equipamentos”, resume Cardoso. “Detectamos os chamados custos ocultos e os eliminamos ou diminuímos”.

A exemplo da Esquadrilon, o desafio da Plaenge também é “alinhar uma forma de ação” com fornecedores. Uma das ideias, por exemplo, é pedir aos fornecedores que disponham de embalagens com a quantidade exata de material que será utilizada em cada apartamento. “Isso evita estoques, evita desperdício de tempo para separar e organizar o material a ser usado. Agora, esse é o desafio”, comenta. “Já temos três fornecedores que implantaram o lean justamente para nos atender de forma mais eficiente”.

Sobre os investimentos, Cardoso os considera “muito baixos”, especialmente, frente aos resultados alcançados. “Estamos muito animados. Os ânimos melhoram. Conseguimos enxergar um caminho neste mercado competitivo. O caminho é esse: a eficiência”.

Os sete desperdícios

1. Superprodução2. Tempo de espera3. Transporte4. Excesso de processamento5. Estoque 6. Movimentação7. Defeito de fabricação

Resultados esperados

1. Aumento da produção2. Redução de estoques3. Redução dos prazos de entrega4. Melhor aproveitamento de mão de obra5. Lançamento de novos produtos

Origem do termo

O termo lean foi cunhado originalmente no livro “A Máquina que Mudou o Mundo” (The Machine that Changed the World), de James P. Womack, Daniel T. Jones e Daniel Roos, publicado nos EUA em 1990, que é um estudo abrangente realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) sobre a indústria automobilística mundial e o sucesso da indústria japonesa

Fonte: Lean Institute Brasil

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10 janeiro de 2015 | www.acil.com.br

TECNOLOGIA

Por Pauline Almeida

Uma parceria entre as empresas e o Fisco deu início a um passo importante para a total modernização do controle de operações financeiras no Estado do Paraná, com a criação da Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFC-e). Londrina foi pioneira na iniciativa, por meio da rede de material de construção, Todimo, que instalou o novo sistema em novembro de 2014. Agora, em 40 milésimos de segundo, os dados de compras são repassados à Secretaria de Estado da Fazenda, com a geração do documento fiscal ao consumidor. O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), existente desde 2007, já contava com o meio digital para a escrituração contábil e fiscal, nota fiscal eletrônica (voltada aos produtores) e conhecimento de transporte eletrônico. Agora, chega à ponta do consumidor, por meio do lançamento da NFC-e, pautada no tripé mercado, ecologia e criatividade. Até o mês de dezembro, 18 unidades de quatro lojas da região de Londrina já possuíam o sistema, segundo a Receita Estadual. Em julho de 2014, a Receita Estadual abriu uma convocação para o projeto-piloto da NFC-e. Com o sucesso do teste, a partir do dia 1° de dezembro, a iniciativa foi aberta então a todos os interessados. Segundo o auditor fiscal Eglius Alexandre Colognesi de Sá, a busca por informações por parte do empresariado é grande e a expectativa é de novas adesões ao sistema para 2015.“No Paraná, hoje, são cerca de 80 empresas já com esse sistema. A nossa previsão é que até 2020 haja a evolução para o sistema totalmente digital”, avaliou. Na região de Londrina, são cerca de 650 notas fiscais eletrônicas emitidas por dia no primeiro mês de funcionamento. A Nota Fiscal ao Consumidor é uma evolução do cupom fiscal e fica disponível por meio do QR-Code, uma espécie de código de barras mais elaborado. Com o download de aplicativos gratuitos para smartphones e tablets, o comprador faz a leitura do QR-Code impresso no

cupom fiscal e tem acesso à NFC-e, disponível no banco de dados da Receita Estadual.

CredibilidadeA requisição da nota fiscal ainda não é prática para grande parte dos consumidores. O auditor fiscal Eglius de Sá é uma das pessoas que exige o documento, mas admite que nem sempre

é fácil. Especialmente em atividades de lazer, como restaurantes e bares, o cliente às vezes fica temeroso em exigir o cupom e o estabelecimento nem sempre fornece espontaneamente. Como consumidora, a executiva Rosane Fiori é uma das pessoas que gosta de ter a nota fiscal em mãos e vê o documento como um sinal da boa índole da empresa. “É a certeza que nós temos que os impostos serão recolhidos e revertidos em prol da sociedade. A nota

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 11

Delegado da Receita Estadual, José Favoreto Pereira, destaca que informações de compras chegam em tempo real à base

de dados da fiscalização

fiscal eletrônica deixa isso ainda mais sério e facilita o trabalho dos órgãos de fiscalização”, comentou. A imagem de idoneidade e inovação foi justamente o que a Todimo defende ao ser a pioneira no Estado na implantação da nota fiscal eletrônica em suas lojas. As unidades do Mato Grosso já utilizavam a tecnologia e a empresa foi uma das parceiras da Receita Estadual no projeto-piloto no Paraná. O gerente regional da Todimo, Júlio Cézar Cortez, informou que a implantação se deu em dois dias e deve diminuir 70% dos custos ligados à emissão de nota fiscal. “A empresa também ganha em agilidade. Antes, eu demorava 30, 40 dias para poder abrir um caixa, tinha que contatar a Receita. Hoje, eu posso abrir no momento que eu quiser, apenas com

uma impressora simples. Nós sempre buscamos a inovação, é um sistema que mostra o compromisso da empresa com nossos impostos, respeito aos direitos do consumidor e também dá a segurança para o cliente”, avaliou. Para o futuro, a Todimo vislumbra a emissão apenas eletrônica da nota, em que o cliente poderá fotografar o QR-Code por meio de um tablet ou smartphone, sem qualquer emissão de papel, diminuindo ainda mais os custos e contribuindo com o meio ambiente.

Mudança de culturaO delegado da Receita Estadual em Londrina, José Luiz Favoreto Pereira, acredita que a Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica lança uma nova etapa na cultura tributária do país, com mais transparência. O impacto da tecnologia não deve ser tão relevante na arrecadação, apesar do maior controle que deve inibir a sonegação, mas na rapidez com a transmissão de dados sobre as operações financeiras. “Antigamente, falava-se em tributo e as pessoas não tinham muita noção de educação fiscal. Hoje, você tem programas que, até nas escolas, as crianças já começam com essa cultura de que o tributo tem uma finalidade, que são os serviços prestados pelo Estado. Quanto maior transparência, melhor”, colocou.

Júlio Cézar Cortez, gerente regional da Todimo. Empresa foi a primeira loja do

Paraná a implantar a NFC-e

Como consumidora, a administradora Rosane Fiori vê evolução na emissão

eletrônica da nota, mas acha a iniciativa ainda pouco divulgada

Como funciona a NFC-e?Nas lojas que possuem a tecnologia da Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica, a cada compra, os dados são lançados em tempo real para os órgãos de controle do Estado. A facilidade de acompanhamento se dá para a contabilidade da empresa, a fiscalização da Receita Estadual e o consumidor.

Para o cliente sempre surge a dúvida: é necessário colocar o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) na nota? O CPF só é obrigatório para compras acima de R$ 10 mil ou para NFC-e emitida para entrega em domicílio. Nos demais casos é facultativo. Porém, o Estado lançou o programa Nota Fiscal Paranaense para incentivar a emissão dos documentos, através do cadastro para sorteio de prêmios.

A campanha foi lançada em abril de 2014 para lembrar que a nota fiscal é direito do consumidor e dever do fornecedor de bens e serviços. A partir de 2 de janeiro, também passou a aceitar cupons eletrônicos, com o cadastro no site http://notapr.mjvmobile.com.br/, que promove dois sorteios semanais de R$ 10 mil, dois mensais de R$ 30 mil e dois trimestrais de R$ 100 mil

A campanha seria encerrada em 2014, mas há previsão de sua ampliação para 2015. Iniciativas como a campanha Nota Fiscal Paranaense estão acontecendo em todo o Brasil, como um auxílio dos consumidores ao Fisco. A mais conhecida é a Nota Fiscal Paulista, existente desde 2007, em que a cada compra registrada, o cidadão tem parte do imposto embutido de volta, além também da realização de sorteios de quantias em dinheiro. A medida foi criada para aumentar a arrecadação e coibir a sonegação fiscal.

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MUNDOCORPORATIVO

REUNIÃO É TRABALHO

SIM!Reuniões podem ser produtivas e interessantes

se forem conduzidas da maneira adequada

janeiro de 2015 | www.acil.com.br12

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 13

O SEGREDO DA PRODUTIVIDADE DE UMA REUNIÃO ESTÁ NO PLANEJAMENTO

Por Michelle Aligleri

A palavra reunião causa arrepios em muita gente e leva diretamente ao pensamento de um encontro profissional desgastante, cansativo e improdutivo. Muitas das reuniões têm realmente estas características, mas com alguns conhecimentos e técnicas é possível mudar o quadro e transformar as reuniões em momentos produtivos e agradáveis, como realmente devem ser. A consultora de coach, executiva e leader trainer do Neuroleadership Group Brasil/ Fellipelli, Marisa Barbara, explica que conhecer o funcionamento do cérebro ajuda a coordenar uma reunião com eficácia. Conforme ela, todas as reações do ser humano estão ligadas ao funcionamento do cérebro, que identifica situações de ameaça ou recompensa a cada cinco segundos. “Fazemos esta análise sem percebermos e dependendo do entendimento que temos de cada momento podemos reagir nos afastando ou nos aproximando de determinada situação”, explica. Pesquisas mostram que o inter-relacionamento social é um dos fatores que criam esta sensação de luta ou fuga e que este conhecimento pode ser usado em qualquer situação, até mesmo em uma reunião de trabalho, tornando as pessoas mais colaborativas. De acordo com a técnica, um funcionário que sente medo ou motivação diante de um líder pode apresentar melhor ou pior desempenho na realização de suas funções. “O pensamento é a base da emoção e está relacionado à tomada de decisão, colaboração, regulação emocional e facilitação de mudanças”, elenca. Além disso, ela destaca que o método melhora a qualidade de comunicação e isso automaticamente aumenta a influência dos líderes em relação aos colaboradores. “Assim ele se torna mais capaz de engajar as pessoas e isso se reflete nos resultados alcançados nas reuniões”, complementa. Marisa explica que uma boa reunião precisa de organização e planejamento e deve começar com uma agenda antecipada. “É importante dizer a todos o que se espera da reunião antecipadamente ou, se não for possível, logo no início. Se for necessário que as pessoas se prepararem, os materiais de apoio devem ser entregues com antecedência”, explica. Se a reunião foi agendada para tomar

uma decisão, a coach explica que as opções devem ser apresentadas aos colaboradores. “Se houver possibilidade, deixe duas ou três possibilidades para que as pessoas possam escolher – ainda que o resultado final seja o mesmo - as pessoas precisam participar da escolha do caminho, isso traz a sensação de controle”, salienta. Durante uma reunião, cuidados especiais devem ser tomados com a clareza, a justiça e as relações pessoais. Isso significa que tudo o que for falado deve ficar muito bem esclarecido para todos os presentes. A justiça aparece especialmente no direito à fala. “Todos devem poder falar e aqueles mais quietos devem ser estimulados a apresentar suas opiniões. O tratamento justo é fundamental para que todos se sintam parte do grupo”, aponta. Sentir-se parte do grupo é imprescindível para uma boa convivência e consequentemente uma boa produção. A coach destaca que a pessoa que não se sente bem na companhia dos demais tem a sensação de ameaça ou fuga. “Dependendo da intensidade e do tempo de duração, este sentimento pode até mesmo desencadear doenças no funcionário como depressão”, afirma. Conforme ela, a empresa pode perder talentos e pessoas com grande capacidade de colaboração por este motivo e o comportamento do líder perante os demais é fundamental para que todos se sintam dentro do grupo . “O líder precisa ser menos técnico e desenvolver mais a habilidade de gestão de pessoas”, comenta Marisa. Após a fase de apresentação da pauta, o líder pode contar com ajuda de um auxiliar que ficará encarregado de anotar todas as decisões que forem tomadas e pontos importantes que forem levantados. Para que as pessoas participem e contribuam no sentido de encontrar soluções para a pauta apresentada, é importante que todos sejam reconhecidos pelo seu trabalho e tenham consciência do seu nível de importância dentro do grupo. “Valorizar e reconhecer as ações dos colaboradores é importante e isso não se faz apenas com agradecimentos mas também enxergando a importância de cada indivíduo”, comenta Marisa. A maneira como se conduz uma reunião pode resultar no fracasso ou no sucesso do encontro. Uma das formas de se manter

Para o consultor George Baum, planejamento é fator determinante do sucesso ou fracasso de uma reunião

focado na pauta e fazer com que o assunto se desenvolva de forma a solucionar as questões é direcionar as discussões para a situação atual da empresa e dar opções para solucionar o problema. “Podemos usar de perguntas abertas e focadas na solução”, aponta. Conforme Marisa, o foco no problema favorece um mapa mental negativo, por isso as discussões devem ser direcionadas para a solução da situação. “Quanto mais eu enfatizo o problema menos eu vejo a solução”, considera. No final da reunião o líder precisa se certificar de que todos entenderam com clareza as decisões que foram tomadas e as atribuições de cada um para alcançar o objetivo. Uma das formas de fazer isso é revendo os pontos da agenda e os resultados acordados. “O elemento da certeza é o carro-chefe. Se eu não tenho certeza eu desenvolvo insegurança e isso é ruim”, aponta. Antes de encerrar a reunião a coach destaca que é importante reconhecer a contribuição de cada um, questionar se a reunião alcançou a expectativa de todos e agendar o próximo encontro. Para reuniões virtuais, além de todos estes cuidados, é importante usar um tom de voz adequado, estar em uma sala de reuniões, evitar pausas longas, não permitir conversas paralelas e pedir para todos os presentes desligarem o celular. “As conversas paralelas também são prejudiciais às reuniões presenciais, por isso devem ser cortadas”, complementa.

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Dicas para uma reunião produtiva

Dias antes:Avisar a data e a pauta antecipadamente

Enviar com antecedência para os participantes os materiais de leitura

No dia:Compartilhar conhecimentos

Deixar um momento para perguntasPossibilitar que todos exponham sua opinião

Fazer as pessoas interagirem, mostrar as conexões entre as abordagens que elas trouxeram melhora a relação entre as pessoas Definir o papel de cada um pelo objetivo comum

Finalizar a reunião perguntando o que ficou de aprendizado para cada umValorizar o papel de cada um na reunião

Fonte: Marisa Barbara - consultora de Coach, executiva e leader trainer do Neuroleadership Group Brasil/ Fellipelli.

O segredo da produtividade de uma reunião está no planejamento. A frase é do administrador de empresas e consultor de gestão e planejamento estratégico, George Baum. Ele aponta que o desgaste desencadeado pelas reuniões acontece porque elas não são planejadas e conduzidas adequadamente e por isso a maior parte das pessoas considera as reuniões uma grande perda de tempo. O administrador aponta que antes de convocar uma reunião o líder deve fazer três questionamentos. 1 – As pessoas que vão participar da reunião têm o poder de decidir? 2 – Elas têm conhecimento técnico sobre o assunto que será tratado? 3 – A reunião poderá resultar em um plano de ação? Se sim, as pessoas poderão contribuir com a execução dele? Baum salienta que se uma destas três perguntas for negativa a reunião não deve ser convocada. Conforme ele, reuniões informativas são desnecessárias, já que os assuntos podem ser repassados aos colaboradores usando mecanismos como o e-mail. No entanto, Baum destaca que não é a pauta que garante o objetivo da reunião. “É preciso ter objetivo, meta e um plano de ação”, complementa. Para não cansar os

colaboradores, ele defende que a reunião tenha hora para começar e hora para acabar. “Quando é agendada para definir assuntos estratégicos deve durar no máximo duas horas. O líder deve sempre estar bem preparado ou após os vinte primeiros minutos o participante mais falante acaba tomando a condução da reunião”, destaca. Pesquisas apontam que a fase da preparação da reunião corresponde a 40% das chances de sucesso. Esta etapa inclui o planejamento, a convocação dos participantes e a definição dos objetivos. Baum acrescenta que a fase da ação representa 50% do sucesso e ela está baseada na condução realizada pelo líder no momento da reunião. Os 10% restantes referem-se à importância do acompanhamento pós reunião. “É interessante fazer uma ata ou enviar um e-mail para todos os participantes destacando as tarefas que ficaram distribuídas e a meta que deve ser alcançada por cada um”, aponta. O consultor salienta que para ser considerada produtiva uma reunião não precisa solucionar todos os itens da pauta, mas ela precisa discutir os assuntos e servir para agendar novas reuniões para que

sejam destrinchados os outros temas que forem surgindo. Ele explica que há duas formas de administrar o tempo em uma reunião e a escolha por uma delas depende da pauta e do gestor do grupo. “A primeira maneira é colocar em primeiro lugar na pauta os assuntos mais importantes, assim as pessoas já encerram aqueles temas e depois seguem para os demais itens. A segunda maneira é limpar a agenda logo no início com os pontos mais rápidos da pauta e deixar para o final os temas mais importantes que demandam mais discussão. A escolha depende da situação da equipe, da pauta e das características do líder”, exemplifica. Para o consultor, a falta de foco, as conversas paralelas e o descumprimento de horários são os três principais itens que atrapalham o andamento e interferem no bom resultado de uma reunião e ele lembra que os problemas desencadeados por esta situação não esgotam apenas os colaboradores. “Uma reunião que não é produtiva traz prejuízo para a empresa porque o funcionário fica parado discutindo um assunto sem chegar a lugar algum em vez de produzir”, destaca.

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SPC

Por Gisele Rech

O índice de inadimplência registrado no mês de outubro apresentou uma alta de 3,95% em relação ao mesmo período do ano passado. O dado fornecido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) reforça a preocupação dos empresários com os chamados maus pagadores, que podem causar muito prejuízo na hora do fechamento de caixa.Para o diretor da empresa Léo Madeiras, Adenilson Rotter, antes de fechar uma compra hoje, mais do que nunca, é necessário fazer uma acurada pesquisa de crédito. “É fundamental saber o quão firmes são os compradores. Afinal, não adianta fazer a venda e não receber. Com o aumento da inadimplência, os riscos aumentam”, diz. Para evitar prejuízos, o empresário aderiu ao serviço do SPC ACIL, convênio da Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito Brasil). “Vale pelo custo-benefício, já que antes de fechar negócio temos mais garantias”.No entanto, engana-se quem pensa que o serviço envolve apenas consulta para saber se o cliente em potencial – físico ou jurídico – consta ou não na lista de inadimplência. A gerente comercial da ACIL, Claudia Pechin, explica que o sistema foi mudando ao longo dos anos, especialmente com a acessibilidade proporcionada pelas plataformas digitais. “Antigamente as consultas eram feitas por telefone e buscavam essencialmente dados de inadimplência.

As consultas estão se profissionalizando e tornaram-se também comportamentais”. Vale lembrar que a determinação dos serviços do pacote da SPC ACIL depende da análise do perfil de cada empresa, feita por uma equipe de consultores da associação. Os pacotes de consulta podem variar de R$ 49,00 a R$999,00.O aumento na gama de serviços ofertados aos associados é reflexo direto da ação de dois grupos de trabalho da SPC Brasil, que costumam se reunir a cada três meses em São Paulo para avaliar os produtos de bureau de crédito oferecidos e pensar em novas estratégias que tragam benefícios aos empresários. A coordenadora do Grupo de Melhoria de Produtos (GMP) do SPC Brasil, Sílvia Cravo, diz que o objetivo é discutir melhorias para os associados mediante o contato mais aproximado com as entidades participantes da equipe. “Podemos considerar as associações comerciais como “ouvidos do mercado”, já que são elas que estão em contato direto com os comerciantes”, diz. Um dos produtos criados pelo grupo, por exemplo, veio

Cláudia Pechin, gerente comercial da ACIL: “Antigamente as

consultas eram feitas por telefone e buscavam essencialmente dados

de inadimplência. As consultas estão se profissionalizando

e tornaram-se também comportamentais”

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Para o coordenador do Grupo de

Desenvolvimento de Negócios (GDN), Ronaldo Guimarães, os serviços do SPC

tem reflexo direto na economia

Sílvia Cravo, coordenadora do

Grupo de Melhoria de Produtos

(GMP), considera as Associações Comerciais os

“ouvidos do mercado”

justamente desta escuta de mercado. O SPC Monitora oferece monitoramento contínuo de informações cadastrais que analisa o comportamento de clientes 24 horas por dia, com alertas diários sobre qualquer alteração nos documentos monitorados. “O monitoramento da carteira de clientes é importante para prevenir fraudes e gerar negócios. É fundamental que a empresa conheça e observe o comportamento de seus clientes para estabelecer ações de vendas e estratégias”. Além do ouvido do mercado, Sílvia destaca a importância da aproximação com o outro grupo de trabalho do SPC Brasil: o

Há quase três anos, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) criou a Base Centralizadora Faciap de Proteção ao Crédito (BCF), que tem o envolvimento de 250 entidades ligadas à atividade comercial de 248 cidades paranaenses, entre associações comerciais e câmaras de dirigentes lojistas. O sistema é conveniado ao SPC e a Serasa Experian e disponibiliza toda a sorte de produtos e serviços de bureau de crédito. De acordo com o coordenador da BCF, Edson José de Araújo Filho, o objetivo da base é manter uma rede nacional de informações comerciais à disposição da seção Paraná, facilitando a consulta de crédito e avaliação de risco e a utilização de recursos indispensáveis à atividade comercial. Na gestão da BCF, há dois grupos de atuação, dos quais a ACIL faz parte. O conselho gestor é formado por 20 presidentes de entidades associadas. “Este grupo é

A UNIÃO FAZ A FORÇA

Grupo de Desenvolvimento de Negócios (GDN). O coordenador do GDN, Ronaldo Guimarães, chama a própria equipe de “tropa de elite”, já que reúne os líderes das maiores associações comerciais e câmaras de lojistas do país. “Trabalhamos com foco numa plataforma de soluções com base no conceito de ciclo de negócios, que envolve os quatro macroprocessos operacionais: prospecção e identificação de clientes, análise e fornecimento de crédito, gestão de carteira e na cobrança e estratégias de recuperação”, explica. Em cada uma dessas etapas, busca-se o aperfeiçoamento constante para otimização das atividades comerciais. “Hoje é possível, por exemplo, detectar clientes em potencial por faixa etária, sexo e renda, facilitando o trabalho de planejamento de estratégias”. De acordo com Guimarães, ao passo que facilita o trabalho dos empresários no que diz respeito à concessão de crédito, os serviços do SPC acabam refletindo diretamente na economia. “Se o empresário dá crédito de forma correta, não tem prejuízo e pode investir mais. Para o consumidor, o SPC acaba contribuindo como regulador”, diz.Para 2015, projetado como um ano de baixo crescimento, Guimarães reforça. “Vai ser um ano no qual as empresas terão de ser ainda mais criteriosas”.

ServiçoMais informações sobre o serviço SPC ACIL você encontra na página www.acil.com.br/spc ou ainda pelo telefone (43) 3374-3000.

responsável pelas estratégias da base, geralmente trabalhando com planejamento a longo prazo”, explica Araújo Filho. A equipe se reúne a cada três meses.O outro grupo é a câmara técnica, a chamada CTB, cujas reuniões ocorrem bimestralmente. “Os 20 técnicos e executivos são responsáveis pela discussão de melhorias, como a constante discussão de campanhas de regularização de crédito ou ainda a melhoria no desempenho comercial dos associados vinculados ao sistema”.A cada reunião, os representantes de cada região do Paraná levam demandas e dão o retorno do que vem sendo trabalhado pelas duas equipes. “Há uma grande troca de informações e com a alta representatividade das associações e câmaras, trocamos experiências para ofertarmos uma base de dados cada vez mais completa”, finaliza Araújo Filho.

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DE VOLTA À UNIVERSIDADE

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Por Viviani Costa

O engenheiro agrônomo Claudio Moro Serafini trocou algumas horas de descanso pela sala de aula. Após quatro anos longe das leituras acadêmicas, ele decidiu dar início a um MBA em Gestão Estratégica de Empresas. Serafini já é pós-graduado em ovinocultura e, desta vez, optou pela especialização voltada para o setor de negócios.Gerente de vendas na empresa Duquímica, o engenheiro não visava uma promoção ou um novo cargo. No entanto, após ocupar a mesma função por sete anos, ele se viu obrigado a buscar novas estratégias de mercado. “Para permanecer em determinadas funções, é preciso entender

todas as facetas do negócio: a parte financeira, a parte comercial, a logística e o marketing, por exemplo. Eu já tinha essa visão de outras experiências, mas, com o tempo, você acaba percebendo que tem falhas no seu conhecimento e que você poderia ter resultados muito melhores. Cheguei a conclusão que estava na hora de, no mínimo, me atualizar”, explica.De acordo com o Censo da Educação Superior 2013, mais de 7 milhões de estudantes estavam matriculados, no ano passado, nos cursos de graduação espalhados por todo o país. Há dez anos, esse total não atingia 4 milhões de alunos. Os indicadores apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) em setembro deste ano reforçam o aumento

O consultor empresarial Flávio Moura alerta que o profissional precisa aliar os novos conhecimentos às habilidades e competências já exercidas na rotina de trabalho. “Hoje os profissionais são valorizados pelos resultados. Quando uma pessoa tem especialização, mestrado ou doutorado, ela agrega muito ao currículo. Ela abre portas para que seja avaliada e entrevistada para cargos de liderança, mas é preciso mostrar o quanto o curso agregou na prática à experiência profissional dela”, ressalta o consultor.Para ele, o entendimento sobre a atividade da empresa, a experiência profissional e a capacidade de liderar demonstrada no dia a dia podem ser mais decisivos para a escolha do novo gestor do que a formação acadêmica. “Você não forma um líder de um dia para o outro. Muitas vezes, as pessoas querem ser líderes, mas não estão preparadas para tal. Por exemplo, eu exerço muito bem a minha atividade enquanto executor, mas, a partir do momento em que eu passo a ser líder, o desafio é outro. Eu tenho que fazer com que as pessoas

atendam aos objetivos da empresa. Agora não depende só de mim”, afirma. Conforme ele, saber lidar com as pessoas e conseguir se comunicar de forma satisfatória são itens que precisam ser desenvolvidos por quem pretende ocupar funções em nível gerencial.A Analista de Desenvolvimento de Pessoal, Larissa Botelho, é responsável pelo setor de seleção e recrutamento da Companhia Cacique de Café Solúvel. Ela reforça que “o comportamento interpessoal e a postura no ambiente de trabalho diferenciam os profissionais”. A formação, segundo ela, às vezes representa apenas o requisito mínimo

obrigatório para a ocupação de uma das vagas.Na intenção de qualificar os profissionais mais experientes que já atuam nas empresas, muitas delas oferecem incentivos e valorizam os funcionários que demonstram interesse pelos cursos de pós-graduação. Segundo Larissa, a Cacique concede bolsas de estudo para que o trabalhador se mantenha atualizado em relação às novidades do mercado, mas é o desempenho no dia a dia que pode fazer toda a diferença para quem tem planos de crescimento na empresa.

no número de profissionais graduados no mercado de trabalho: mais de 900 mil iriam concluir os cursos em 2013.Diante da vasta oferta de trabalhadores com curso superior, inúmeros profissionais decidiram retornar às universidades em busca de um diferencial para a carreira. O desejo de aprimorar o conhecimento ou de incrementar o currículo para conquistar novas oportunidades despertou o interesse desenfreado pelos cursos de pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado). Porém, tanta dedicação e empenho dentro das universidades podem não ter reflexos diretos no ambiente de trabalho.

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Profissionais já atuantes voltam às universidades para obter uma melhor posição no mercado

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Dezenas de cursos de especialização, mestrado e doutorado surgem a cada ano em todo o país nas modalidades presencial e à distância. Diante das diversas opções, é preciso verificar se a instituição é cadastrada junto ao Ministério da Educação (MEC) e se os temas das disciplinas atendem, inicialmente, às expectativas dos futuros estudantes.O consultor empresarial Flávio Moura alerta que é preciso ter foco para elaborar as estratégias e definir os rumos da carreira. “Existem muitos profissionais que estão frustrados no mercado porque

A escolha preferida entre os cursos do setor de negócios é o MBA (Master Business Administration) classificado pelo MEC como especialização. O coordenador de vendas da empresa Duratex, João Paulo Fratelli, optou pelo MBA na área de Gestão Comercial. “A gente sente na prática que a empresa passa a valorizar mais o funcionário. Quando você participa de reuniões com clientes ou com representantes da empresa, você se sente mais preparado e acaba conseguindo melhores resultados. Estamos nos deparando com uma geração muito mais preparada para esse mercado e, por isso, a atualização é essencial”, ressalta Fratelli.Cursar a pós-graduação também garante o aumento da rede de relacionamentos e o conhecimento sob diferentes pontos de vista. O engenheiro agrônomo Claudio Moro Serafini garante que a experiência é enriquecedora. “Na minha turma de Gestão Estratégica de Empresas tem médico cirurgião, médico radiologista,

OS BENEFÍCIOS DA PÓS-GRADUAÇÃOveterinário, agrônomo, empresário, engenheiro e nutricionista, por exemplo. É uma gama de gente com conhecimento e análise de mercado bem diferentes. Provavelmente eu não teria a chance de esbarrar com todos esses profissionais no mercado de trabalho”, comenta. Conforme Serafini, quem já trabalha no setor de negócios precisa estar disposto a enfrentar novos desafios ao retomar os estudos. Entre eles estão a desconstrução de velhos conceitos colocados em prática nos últimos anos e a adaptação aos novos modelos de gestão. “Quem volta tem que ter a mente bem aberta. É um grande laboratório. Após algumas aulas, já estou fazendo adaptações na empresa. Modifiquei a descrição do trabalho dos funcionários e aprendi a escutar cada um deles para saber dos interesses profissionais para aproveitá-los melhor na empresa”, avalia. Com a medida, Serafini espera aumentar em até 10% o faturamento previsto para o final do ano que vem.

COMO FAZER A ESCOLHA CERTA?cursaram uma especialização da moda ou porque o curso não era sobre aquilo que ele sabia fazer ou sobre o que ele queria fazer. É importante que o profissional identifique aonde ele quer chegar, qual o tipo de carreira que ele pretende ter e aí então definir o que ele pode desenvolver de habilidades e competências para atingir os objetivos. O profissional pode fazer cursos em áreas diferentes da graduação desde que esses estudos façam parte da meta escolhida para a carreira. A pós-graduação é importante não só pelo título, mas pelo que vai agregar na prática”, conclui Moura.

Após retornar à sala de aula, o engenheiro agrônomo Claudio Moro Serafini adotou

novas estratégias de gestão na empresa em que trabalha

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Existem muitos profissionais que estão frustrados no mercado porque cursaram uma especialização da moda ou porque o curso não era sobre aquilo que ele sabia fazer ou sobre o que ele queria fazer

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As universidades estão de olho no mercado de trabalho e no interesse dos profissionais na hora de ofertar novos cursos de pós-graduação. Uma das novidades previstas para este ano em Londrina é a especialização em Gestão Estratégica do Varejo.A Coordenadora de Educação Continuada da PUC Londrina, Elenice Cacia Teixeira, ressalta que esta foi uma das áreas de interesse apontadas pelos estudantes da área de administração. “Nós montamos o curso de Gestão Estratégica do Varejo para atender a essa demanda de Londrina e região. Fizemos pesquisas com os alunos e constatamos que havia essa necessidade”, explica. O curso será lançado juntamente com a reformulação dos outros cursos de pós-graduação.O Diretor de Educação do Isae/FGV, Antônio Raimundo dos Santos, afirma

UNIVERSIDADES BUSCAM MAPEAR NECESSIDADES DO MERCADO

que as universidades tiveram que se adaptar para corresponder aos desejos dos profissionais que saem em busca de uma qualificação diferenciada. “O terceiro mundo, em geral, ainda não entendeu o que é estar na Era do Conhecimento. Significa o seguinte, no nosso meio produtivo ainda impera a Revolução Industrial. A principal ferramenta de uma empresa moderna hoje chama-se conhecimento. Então isso já traz um impacto. Cada vez mais as escolas entendem que elas precisam se aproximar desse novo mercado de trabalho para entender os desafios enfrentados pelos estudantes”, analisa.Para Santos, a tendência nos próximos anos é o aumento na oferta de cursos de mestrado e doutorado devido a quantidade crescente de profissionais que já possuem uma ou duas especializações.

Elenice Cacia Teixeira, Coordenadora de Educação

Continuada da PUC Londrina: “Nós montamos o curso de

Gestão Estratégica do Varejo para atender a essa demanda

de Londrina e região”

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POLÍTICA

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DEPUTADOS DE OLHO NAS CONTAS PÚBLICASDiante dos problemas nas finanças dos governos estadual e federal, os seis representantes de Londrina e região que tomam posse na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal no dia primeiro de fevereiro, apontam a preocupação com os caixas e a necessidade de união da sociedade com os políticos para a definição de prioridades

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Por Cristiane Oya

No próximo dia primeiro de fevereiro, senadores e deputados estaduais e federais dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, iniciam os quatro anos de mandato para os quais foram eleitos em outubro passado.

Entre os 30 deputados federais pelo Paraná, Londrina conseguiu eleger três representantes. O experiente Luiz Carlos Hauly (PSDB), que assume agora o sétimo mandato na Câmara, o petebista Alex Canziani, que inicia seu quinto mandato na Casa, e Marcelo Belinati (PP), que estreia este ano no Legislativo federal.

Já para a Assembleia Legislativa, dos 54 deputados, a região de Londrina elegeu três representantes: o médico londrinense Tercílio Turini (PPS), que foi reeleito, e os novatos Tiago Amaral (PSB) e Devanil Reginaldo da Silva, do PSC, conhecido como Cobra Repórter.

Em meio à crise econômica, com a iminente recessão em âmbito federal, e os problemas de caixa no governo do Estado, os deputados paranaenses ouvidos pela Mercado em Foco foram unânimes em apontar a preocupação com as finanças públicas e a necessidade de buscar caminhos para o desenvolvimento de Londrina e região.

Para o economista Luiz Carlos Hauly, “2015 será um dos anos mais difíceis da história brasileira”. Diante dessa perspectiva, o tucano promete intensificar a fiscalização sobre o governo. “Estamos em um momento gravíssimo do ponto de vista da economia, que vai muito mal, as contas públicas, a balança comercial negativa, a inflação voltou a subir. Estaremos bastante atentos”, afirmou. “E do outro lado, combatendo ferozmente a corrupção que tomou conta da Petrobras e boa parte do governo, além de defender a micro e a pequena empresa, a educação, a saúde pública e a nossa atuação para trazer recursos para Londrina e região”, complementou.Hauly ainda destacou a necessidade de dar posseguimento aos avanços no sistema tributário. “Na Câmara, sou autor e relator do projeto que amplia os benefícios aos microempresários e sou autor do projeto de reforma tributária com inclusão social. Minha luta é por uma reforma tributária que coloque o Brasil ao lado dos principais países do mundo, adequado para o desenvolvimento econômico”, afirmou.Para Hauly, a industrialização da região deve contar com o envolvimento da sociedade e do poder público. “Deve ter o envolvimento dos prefeitos e dos vereadores com a sociedade civil organizada, com as entidades atuantes, como a ACIL, a Sociedade Rural do Paraná.”

O estreante em Brasília, Marcelo Belinati (PP), também quer ouvir os anseios da população para definir pautas na Câmara Federal. “Ser em Brasília um representante de Londrina e da região Norte, cobrando recursos. Quero uma parceria, discutir com a sociedade as grandes questões que possam impulsionar o comércio, a indústria que agrega valor e faz nossas cidades crescerem.”Marcelo Belinati propõe a formação de um fórum de discussão envolvendo todos os níveis governamentais e a

sociedade. “É prioritário que se elejam prioridades, que se envolva toda a sociedade civil organizada, a população. Precisamos ter projetos e tendo as prioridades vamos fazer a articulação política para conseguir viabilizá-los. A gente precisa fazer esse trabalho de articulação não só da classe política, mas da sociedade civil organizada. Acredito que a Acil possa liderar esse fórum de discussão”, sugeriu. “A gente precisa se unir. Londrina é forte na prestação de serviços, só precisa organizar a coisa e ter união para colocar Londrina nos trilhos, fazer a cidade voltar a crescer e se desenvolver. Crescimento econômico redunda em crescimento social, na qualidade de vida da população. Para que Londrina cresça em outros setores também, fortaleça a industrialização, tem que fazer receita, com crescimento econômico efetivo.”Outro foco de atuação do deputado deve ser a reforma tributária. “Como profissional liberal, não aguento mais pagar impostos. Sou contra todo e qualquer aumento de imposto e acredito que temos que rediscutir a carga tributária”, afirmou. 

Já o petebista Alex Canziani aposta na captação de recursos externos para viabilizar projetos para a região. Segundo o deputado, um projeto em andamento que busca financiamento junto ao Banco Mundial promete ser

Marcelo Belinati (PP) propõe a formação de

um fórum de discussão envolvendo todos os

níveis governamentais e a sociedade para que se

elejam prioridades

O tucano Luiz Carlos Hauly inicia seu sétimo

mandato na Câmara Federal diante de uma perspectiva

preocupante: “Será um dos anos mais difíceis da

história brasileira”

Associação Comercial e Industrial de Londrina 23

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um “grande vetor de desenvolvimento” para a região de Londrina. “Estamos trabalhando para viabilizar recursos junto ao Banco Mundial para projetos de desenvolvimento econômico e mobilidade urbana. Está bem encaminhado. Estamos pensando não só na cidade de Londrina, mas na região” explicou. “Nessa linha, vamos buscar a tecnologia da informação e comunicação para desenvolver as cidades, a geração de empregos. Mas um sonho que eu tenho no meu mandato, é viabilizar uma nova universidade federal aqui no Norte do Paraná”, complementou.Canziani também aposta na amizade com o novo ministro do Comério, Armando Monteiro, para abrir portas aos investimentos e à industrialização. “Tenho uma relação pessoal com ele, uma condição boa para interagir e buscar apoio para a região.”

Assembleia LegislativaEm seu primeiro mandato eletivo, Tiago Amaral (PSB) aposta na formação acadêmica e na experiência adquirida como Controlador-Geral do Paranacidade, órgão ligado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano, como base para a sua atuação na Assembleia Legislativa. Formado em

Direito com especialização em Gestão Pública, o herdeiro político do ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Durval Amaral, quer trabalhar na melhoria da qualidade dos serviços públicos e na recuperação da credibilidade da política.“Fui percebendo que o principal problema da administração pública é apresentar qualidade no serviço público, com as respostas esperadas pelo setor produtivo principalmente voltada à infraestrutura logística, a falta de agilidade de órgãos públicos em conseguir liberar certidões, licenças, pareceres, que possam autorizar o funcionamento das empresas. O principal problema é a dificuldade na modernização da gestão pública”, apontou. De acordo com o deputado, algumas cidades não conseguem captar recursos porque não há o acompanhamento do desenrolar do projeto. “Queremos dentro do nosso gabinete montar uma equipe que possa auxiliar os municípios a captarem essas verbas de forma mais célere.”Tiago Amaral aponta a necessidade de fiscalização do governo tanto em relação aos eventuais atos de corrupção, quanto da correta aplicação dos recursos públicos. “Fiscalizar a eficiência da administração pública, que é aplicar o dinheiro público na melhor forma possível. A sociedade, muitas vezes,

janeiro de 2015 | www.acil.com.br

No quinto mandato na Câmara dos Deputados,

o petebista Alex Canziani (PTB) aposta

na captação de recursos externos para viabilizar projetos para a região

Iniciando o seu primeiro mandato eletivo, Tiago

Amaral (PSB) aposta na formação acadêmica e na

experiência no Paranacidade como base do seu trabalho

na Assembleia

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acha que a política não tem jeito e tende a se afastar dela. Mas a política é o unico instrumento de transformação capaz de fazer a diferença”, finalizou.

O também estreante na política, Cobra Repórter afirma que as necessidades das pessoas vão definir a pauta do seu trabalho no Legislativo paranaense. “Principalmente na área da Saúde, que tem uma deficiência muito grande, e os problemas de segurança, que conheço bem. Na área da Saúde sabemos quais são os problemas, a falta de estrutura, de investimentos, as dificuldades que os hospitais da região enfrentam.”Para atender as demandas na área da industrialização, o deputado disse que já designou um assessor especial. “Vamos ter na nossa equipe de trabalho uma pessoa para trazer empresas para a nossa região, fazer os contatos com as empresas e a ACIL também terá o nosso apoio”, afirmou.Cobra ainda destaca a necessidade de investimentos em logística. “Precisamos do apoio do governo do Estado, do governo federal, para resolvermos o problema do aeroporto, da duplicação da PR-445 até Mauá da Serra. O desenvolvimento da região depende de logística e com certeza, o governo vai ser sensível porque não adianta tapar o sol com a peneira”, concluiu.

Associação Comercial e Industrial de Londrina

A duplicação da PR-445 até Mauá da Serra também será uma das bandeiras do deputado estadual reeleito Tercílio Turini. “Desde que assumi na Assemblea, verifiquei que existiam demandas, revindicações antigas   da nossa cidade e região que não estavam sendo trazidas para o debate, como a duplicação da PR-445 entre Londrina e Mauá. Londrina tem só uma saída para Curitiba e não é duplicada. Deveria ter sido duplicada há muito tempo. É uma batalha que com apoio das entidades vamos ter que enfrentar a partir de 2015”, afirmou.Neste segundo mandato, Turini também promete empenho na atração de investimentos para a região Norte do Estado. “O governo tem um programa muito bom de incentivo que é o Paraná Competitivo que atraiu R$ 35 bilhões de dinheiro privado. O que acontece é que as grandes empresas se instalam ou na Capital ou nos Campos Gerais. Temos que dar incentivos diferenciados para quem quer se instalar no interior”, defendeu.Na avaliação de Turini, as dificuldades de caixa do governo do Estado são reflexo do descontrole nas despesas. Como médico, a preocupação se volta ainda para a área da Saúde. “Vamos trabalhar para verificar a locação do volume de recursos na Saúde, se vamos atender a meta de 12% do orçamento”, concluiu.

Na avaliação do deputado estadual reeleito, Tercílio

Turini (PPS), as dificuldades de caixa do governo do

Estado são reflexo do descontrole nas despesas

“O desenvolvimento da região depende de logística e o governo

vai ser sensível porque não adianta tapar o sol com a peneira”, afirma o estreante na política Cobra Repórter (PSC)

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ARTIGO

Por Juliana Suzuki

Não, caro leitor, o título não está incorreto. É fato que nossa cidade acaba de completar 80 anos, mas o objetivo deste pequeno texto é nos transportarmos, ainda que brevemente, para as comemorações do centenário de Londrina, em 2034. Celebrações de um século devem ser memoráveis, e será o momento em que voltaremos nossos olhares em busca de uma visão retrospectiva. E talvez, naquele momento, daqui a 20 anos, deparemo-nos com o fato de que pouco restou de nosso passado para ser relembrado.Londrina é uma cidade privilegiada: nasceu sob a égide do progresso, num Brasil otimista e esperançoso. Cresceu impulsionada pelo boom da economia cafeeira, fato que a fez receber o título de “capital mundial do café”. Nasceu e cresceu olhando para o futuro – e sua arquitetura é a materialização dessa visão progressista.Em 1934, Londrina era apenas uma pequena vila, erguida às pressas a fim de fornecer suporte para as atividades agrícolas recém-implantadas. As construções, modestos exemplares em madeira extraída da mata derrubada. Essa arquitetura, predominantemente residencial, foi desprezada por ser feita

LONDRINA: 100 ANOS DE PROGRESSO

com material construtivo abundante e, à época, não raro encarado como sinal de pobreza. Assim, tão rápido quanto possível, tratava-se de substituir a madeira pela alvenaria - eram as casas “de material”, como eram denominadas. Testemunhos do espírito pioneiro dos colonizadores, as humildes casinholas estão, atualmente, à beira da extinção, por esquecimento e indiferença.Num cenário ainda dominado pelas casas de madeira, e apenas quinze anos depois de sua fundação, a paisagem londrinense começava a ser pontuada por “arranha-céus” em concreto armado. Talvez os símbolos mais emblemáticos desse período áureo da história de Londrina tenham sido as obras dos arquitetos João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) e Carlos Cascaldi (1918-2010). Juntos, elaboraram para a cidade 12 projetos, construídos e não construídos, dentre os quais se destacam a antiga Estação Rodoviária (atual Museu de Arte), o Cine Ouro Verde, o edifício Autolon e a Casa da Criança. Mais do que obras relevantes para a memória da cidade, tratam-se de significativos exemplares para a história da arquitetura brasileira, representantes da disseminação da arquitetura moderna para além das fronteiras dos grandes centros urbanos do país.

A atual situação desses marcos modernos em Londrina preocupa: a Estação Rodoviária aguarda ações de conservação e restauração urgentes, da mesma maneira que o Autolon; o Cine Ouro Verde, após trágico incêndio ocorrido em 2012, passa lentamente por reconstrução; a Casa da Criança aguarda a superação de etapas administrativas para retomar o processo de restauração. Paradoxalmente, concebidas como expressão da novidade, lutam para permanecer como memória e história de uma cidade que tem o espírito da renovação como vocação.Londrina é cidade indiscutivelmente singular – pode olhar para adiante, mas os sinais dos passos que a conduziram nessa jornada ainda são visíveis. Após as festividades dos 80 anos, celebremos a força e o dinamismo dessa urbe apressada e exigente. Protejamos nosso patrimônio e memória, a fim de que permaneçam íntegros e dignos, para as comemorações, em 2034, de 100 anos de progresso.

Juliana Suzuki é londrinense, arquiteta graduada pela UEL, mestre e doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Atualmente é professora do curso de

Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná.

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Por Alexandre Sanches

A praticidade de determinados produtos e o imediatismo das pessoas em ter alguns materiais e serviços está forçando a uma mudança de comportamento em muitos empreendimentos de Londrina. O que há dez, 15 anos era um estabelecimento bastante procurado, com muitos serviços, hoje está fadado a fechar as portas ou por falta de clientes ou por não haver quem queira aprender uma profissão antiga e que exige habilidades manuais específicas.Um forte exemplo é a máquina de escrever e as calculadoras dos escritórios, principalmente dos de contabilidade. No auge das décadas de 50 até 90, era muito comum empresas e bancos terem diversas máquinas funcionando constantemente, exigindo uma manutenção periódica para que não ficassem paradas. Porém, o advento da computação no Brasil e a sua popularização nos anos 90 fizeram com que aos poucos as máquinas de escrever fossem sendo aposentadas e os habituais compradores encostando o equipamento.O paraguaio Gervásio Falconeri Gonzales Vasquez, 79 anos, é um mecanógrafo que fez a sua vida vendendo, consertando e limpando máquinas de escrever e calculadoras para boa parte das empresas de Londrina. Radicado na cidade desde 1954, quando resolveu parar as viagens constantes por diversos municípios do Paraná, São Paulo e até mesmo do Mato Grosso para dar manutenção às máquinas de escrever do Banco do Brasil, fez sua vida e formou uma família. Em 1969 ele instalou a sua empresa Dom Camilo em duas salas do Centro Comercial, onde trabalhou até 2011. Hoje, atua em uma garagem de um imóvel próprio na esquina da Avenida São Paulo com a Rua Espírito Santo. Mas pela queda na procura por serviços e com a idade beirando os 80 anos de vida, pensa em parar as atividades neste ano.

TRABALHO

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 29

“Eu tive muitos funcionários neste tempo e formei muitos profissionais que acabaram montando as suas oficinas. Alguns subiram muito de vida. Porém, nunca imaginei que um dia isso fosse acontecer de cair a quantidade de serviços. Graças a Deus, tudo que ganhei, investi. Eu e a minha esposa estamos aposentados com um salário mínimo, mas temos como tirar uma renda extra dos investimentos que fiz ao longo dos anos”, afirmou, lembrando que no auge da sua empresa, dava manutenção às 72 máquinas de escrever da agência do Banco do Brasil do Calçadão, a única da cidade até o final dos anos 80.Aos poucos, Gervásio Vasquez foi vendo não só os serviços diminuírem, mas também a dificuldade de conseguir pessoas interessadas em aprender a função. “Gente procurando emprego encontramos bastante, mas não conseguimos é ver pessoas querendo aprender o ofício. Recentemente fui obrigado a dispensar um mecanógrafo de mão cheia, que trabalhava comigo, porque ele estava com um salário maior do que o retorno que tínhamos com o serviço dele”, comentou. “A entrada dos eletrônicos foi fazendo minha clientela desaparecer. Hoje ainda há aqueles que gostam da máquina de escrever e nos procuram. Porém, são pessoas mais velhas que também resistem à modernidade”, enfatizou.Gervásio Vasquez tem três filhos que criou e formou com o suor do trabalho de sua empresa. Até tentou ensinar o ofício a eles. Porém, preferiu que os filhos estudassem, tivessem uma profissão e pudessem escolher com o que trabalhar. “Um dos meus filhos até tentou seguir meus passos. Mas no primeiro dia ele se irritou com uma calculadora, a quebrou e me disse que desse outra máquina para o escritório, pois ele não iria consertar aquela e que não era a vocação dele”, contou com um sorriso de satisfação pelo filho estar se dando bem com a informática.

Oficina de máquinas de escrever de Gervásio Vasquez dava manutenção

para as 72 máquinas do Banco do Brasil do Calçadão

Confecção de roupasAo contrário do trabalho de mecanógrafo, o ofício de alfaiate até que tem clientela fixa e com grande procura. O que falta neste caso são pessoas com o dom da costura, uma vez que a maioria prefere trabalhar com facção. A afirmação é do alfaiate Jabob Lubatcheusky, 70 anos, que tem uma pequena sala no Centro Comercial há 30 anos. Para ele, a alfaiataria é uma arte que exige concentração e detalhe. Ele aprendeu a profissão com o pai, no Estado de São Paulo, quanto tinha 14 anos.“Hoje aumenta cada vez mais pessoas querendo fazer roupas sob medida. Só que para aprender o ofício não vem ninguém. Até encontramos pessoas querendo trabalhar, que possuem experiência com máquinas de costura. Mas o trabalho do alfaiate é artesanal. A única coisa que sinto falta hoje é a falta de mão de obra especializada, pois tenho várias encomendas e hoje (novembro) só estou pegando trabalho para janeiro”, enfatizou.A falta de pessoas especializadas na área não é o único problema que Jacob encontra. Ele também sente falta das lojas que trabalham especificamente com tecido. Há poucos anos uma das lojas mais tradicionais de Londrina, a Hudersfield, que funcionava no Calçadão, fechou as portas. “Ainda encontramos lojas de tecidos, mas elas estão acabando aos poucos. E boa parte dos tecidos que encontramos é de qualidade baixa, de fabricação chinesa ou de outra parte do planeta. Só que meus clientes querem produtos de boa qualidade. Para isso, tenho que andar bastante para conseguir tecidos bons e resistentes”, afirmou.A concorrência com as lojas de roupas, que vendem produtos baratos e de produção em escala industrial, é outro problema encontrado por muitos de seus clientes. Ele cita o caso de ternos serem comprados por R$ 300 e que as pessoas

Para o alfaiate Jabob Lubatcheusky faltam pessoas

com o dom da costura

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acabam o procurando para fazer os ajustes. “Ele acaba pagando caro pelo terno. Eu não tenho o que reclamar. Quem gosta de terno bom, paga hoje de R$ 4 mil a R$ 5 mil numa boa loja de ponta. Em um alfaiate ele chega a custar R$ 2 mil. Por este motivo muita gente está procurando roupas sob medida”, ressaltou.Orgulhoso, ele mostra um tesourão com mais de 80 anos que está pendurado na parede e que foi de seu pai. Sobre ensinar o ofício aos filhos como seu pai fez, diz que preferiu incentivar os estudos deles. E garante não se arrepender disso. “Hoje a clientela é boa e ajuda a manter um bom padrão de vida. E já cheguei a terceirizar serviços aqui. Mas atualmente prefiro fazer tudo sozinho e vou tocando enquanto tiver forças para trabalhar”, enfatizou.

Trabalho de artesãoUm outro ofício que encontra dificuldades em contratar mão de obra ou de repassar a profissão é a de sapateiro. Mesmo com os produtos pré-fabricados, de fácil descarte por conta dos materiais que são confeccionados, ainda há muita gente procurando as sapatarias para reformar ou consertar um calçado de qualidade superior. O sapateiro Milton Abade Bonfim, 78 anos e há 50 trabalhando na Sapataria Expressa, no Centro Comercial, é um desses profissionais. Ele começou a trabalhar aos 12 anos em Vitória da Conquista (BA). Ele já trabalhou em São Paulo e acabou se estabelecendo em Londrina, sempre no mesmo ponto comercial.“Ainda tenho bastante clientes e serviços. Mas a dificuldade é de ter gente para trabalhar. Atualmente tenho um pintor que trabalha comigo. Mas no auge da minha sapataria, já cheguei a ter quatro profissionais que, ou aprenderam o ofício comigo, ou foram contratados para dar conta da

demanda. O profissional dedicado está cada vez mais difícil, pois só querem saber quanto vão ganhar”, afirmou, citando que atende uma média de 20 pessoas por dia procurando recuperar seus calçados.Da mesma forma que aprendeu a profissão, ele disse que dos seus filhos ninguém quis seguir seus passos. “Eu fiz a vida e dei profissão e estudo aos filhos. Um deles hoje trabalha com informática e está muito bem”, comentou satisfeito.Diante da dificuldade de conseguir uma pessoa para aprender a profissão e dar continuidade ao ofício, Milton pensa em parar de trabalhar no próximo ano. “Acho que já trabalhei bastante. Mas ainda estou pensando nisso. Até lá, há muito o que fazer ainda”, enfatizou.

Bons artesãos em faltaA dificuldade de se encontrar quem queira dar segmento a uma profissão, geralmente passada de pai para filho, já foi retratada pela Revista Acil em Foco de maio de 2013, na matéria A Arte de Sobreviver Administrando Negócios

Milton Bonfim, sapateiro: “Eu fiz a vida e dei profissão e estudo aos filhos. Um deles hoje trabalha com informática e está muito bem”

de Família. Nela, um dos personagens, Sérgio Ricardo Peres, 45 anos, terceira geração da família de Manoel Baptista Vera, que fundou uma das selarias mais tradicionais da cidade, a Selaria Estrela, relatou que ele e um primo são os últimos da família a seguir a profissão de artesão.Além da dificuldade de encontrar bons profissionais e gente que queira aprender o ofício de artesão para trabalhar com o couro, há também a queda na procura por serviços com o advento da modernidade. Os tradicionais carroceiros que ficavam no entorno da entiga Estação Ferroviária - atual Museu Histórico Padre Carlos Weiss -, foram sumindo com o crescimento da cidade e o aumento significativo de veículos. Além disso, muitos dos produtos que fabricam passaram a ser produzidos em escala em outros países e importados para o Brasil.“Aqui, meu tio e meu pai aprenderam a arte de trabalhar o couro. Crescemos vendo meu pai e meu tio trabalhando com o artesanato, pegamos o gosto e começamos a nos envolver ainda cedo”, resaltou, lembrando que no final do mês conseguem tirar o sustento suficiente para manter uma vida tranquila, sem concorrência.

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Vamos realizar juntos.Qual o seu sonho?

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BEM ESTAR

NA ÁGUA, NA TERRA, NO AR... O IMPORTANTE É SE EXERCITAR!

Sair do sedentarismo e cuidar da saúde pode ser muito prazeroso, descubra a sua atividade e coloque na agenda de 2015

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escola. “O remo fortalece todo o corpo e não têm impacto nas articulações, pode até ser usado na reabilitação de lesões. Você controla a intensidade do exercício. Pode ser tanto um momento de lazer para quem quer desestressar ou até preparar para competições para quem tem esse objetivo”, descreve. Segundo ele, a combinação do tipo de embarcação, local onde a atividade é realizada e instrução faz o exercício ser mais ou menos intenso. E isso, claro, respeitando a habilidade e vontade de cada um.Na escola há também aulas de canoagem e stand up paddle. Para praticar qualquer uma das atividades - realizadas no Lago Igapó - é preciso saber nadar. “Para quem nunca remou, começamos com aulas no simulador, depois vou junto acompanhando de caiaque até que a pessoa ganha autonomia para remar sozinha. Determinamos até onde ela pode ir”, completa. As aulas podem ser feitas por portadores de alguma necessidade especial. “Pessoas com deficiência física, intelectual ou visual podem fazer a canoagem. Há várias formas. Podemos ir com um barco ao lado, usar barco duplo ou até para quatro pessoas”, cita. Para começar na canoagem é preciso ter pelo menos 7 anos. No remo a idade mínima é 10 anos. Não há idade máxima! “Tenho alunos

Associação Comercial e Industrial de Londrina 33

Por Fernanda Bressan

Quando se fala em praticar exercícios, é comum ouvir: “mas eu não gosto de academia!”. Ok. Mas quem disse que as atividades físicas se resumem a puxar ferro ou agitar nas aulas aeróbicas? Em Londrina há inúmeras opções. Elas vão desde o ballet clássico até aulas de stand up paddle.A estudante de direito Carolina Faria, por exemplo, é apaixonada pelo remo. Ela pratica a modalidade desde os 19 anos e hoje, aos 23, continua firme. “Comecei quando morava no Rio Grande do Sul, na época era até meio enjoadinha, não queria me machucar, o remo fez calo na minha mão, mas era tão bom que fiquei!”, recorda. Em Londrina, ela encontrou um lugar para continuar com o prazer de remar, a Escola de Barco Múltiplo do Iate Clube de Londrina, que funciona dentro do clube mas é aberta a todos. E ela rema cinco vezes por semana! “É muito gostoso estar em contato com o meio ambiente, você relaxa e ao mesmo tempo se exercita bastante e ganha condicionamento físico. O remo fortalece muito as pernas, aliás é um dos exercícios mais completos porque trabalha todos os músculos do corpo”, diz.A informação é confirmada pelo instrutor Gilson Moreira Souza, responsável pela

Carolina Faria: “É muito gostoso estar em contato com o meio ambiente, você relaxa e ao mesmo tempo se exercita bastante”

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de 82 anos, aliás, há vários da terceira idade. A canoagem aproxima o homem da natureza e valoriza o ambiente, traz consciência para manter o local limpo”, diz Gelson. O stand up paddle virou moda nas praias. Para quem gosta de estar em contato com a natureza, é uma ótima opção para sair do sedentarismo. “É um exercício que trabalha a isometria das pernas, equilíbrio e fortalece as articulações de tornozelo, joelho e quadril”, explica o instrutor. O empresário Juliano Siqueira, que mora na Europa, sempre vai ao clube para praticar remo e canoagem quando está no Brasil. “Dá muito equilíbrio físico e mental, está tudo conectado. Eu faço também ioga, gosto de combinar exercícios, estar sempre propondo coisas diferentes”, declara. Para ele, a autoestima é um dos pontos positivos de praticar as modalidades. “É uma coisa de superação mesmo, a academia há milhões de pessoas que fazem, o remo não. Você faz uma coisa diferenciada”, aponta.

Da França para o BrasilO Pilates já é uma modalidade conhecida. A diferença é que, cada vez mais, atrai o público masculino. A fisioterapeuta Larissa Gregório, da Clínica Bella Forma, tem horários em que só há homens nos aparelhos. Um deles é o empresários Sérgio José Nunes de Oliveira, que pratica Pilates há 6 anos. “Comecei para melhorar o meu alongamento e, junto com isso, tinha uma protusão discal que precisava

melhorar com o reforço da musculatura”, recorda. Hoje, sem dores e com o corpo mais alongado, ele divide a semana entre a prática criada por Joseph Pilates, natação e academia. “O Pilates foi além do que eu esperava, a variedade de aparelhos faz com que a aula seja sempre diferente e melhorou a minha postura. Eu tenho prazer em suar para aliviar das tensões do dia a dia, é meu hobby”, declara.O personal trainer Alberto Castelli também adotou o Pilates. Ele descobriu o exercício há dois anos por conta de uma lesão na coluna. “Estava com bico de papagaio e artrose, tive muita dor, fiz fisioterapia, tomei anti-inflamatórios e depois busquei o Pilates para fortalecer e trabalhar mais o alongamento”, conta. A prática passou a ser rotina, junto com a academia. “Gostei tanto do Pilates que hoje

Juliano Siqueira: “É uma coisa de superação mesmo, a academia há milhões de pessoas que fazem, o remo não”

Sérgio de Oliveira: “O

Pilates foi além do que

eu esperava, a variedade de aparelhos faz

com que a aula seja sempre

diferente e melhorou a

minha postura”

sou também instrutor da modalidade. Vejo que um exercício complementa o outro. Com o Pilates você melhora a mobilidade articular, para mim foi muito bom, não tenho mais bico de papagaio e a artrose acredito que esteja estabilizada, porque ela não tem cura”, diz.Para ele, que já gosta de exercícios, o Pilates é também um momento de prazer. “É uma atividade que a gente tem mais autonomia e a aula já tem tudo. Na musculação tem que buscar um alongamento para complementar, por exemplo. No Pilates já trabalhamos tudo. Hoje mesmo a aula está combinando força com condicionamento físico”, descreve. Segundo Larissa, o Pilates é um exercício que pode ser praticado em qualquer idade. “Conseguimos respeitar as limitações de cada pessoa e os aparelhos ajudam quando precisamos deixar os exercícios mais leves e também quando é para ficar mais pesado para quem já consegue realizar exercícios mais intensos. Temos alunos desde adolescentes até da melhor idade”, explica. Dentre os benefícios, ela destaca o aumento da resistência física e mental, maior alongamento e controle corporal, correção postural, aumento da flexibilidade, tônus e força muscular, melhora da coordenação motora, maior mobilidade das articulações, e de quebra, alívio das tensões, estresse e dores crônicas. “É uma atividade que consegue unir o trabalho de força com o relaxamento, são muitos os exercícios possíveis de serem feitos tanto no solo como nos aparelhos”, finaliza.

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SapatilhasAdriely Mari do Carmo é daquelas que não curte academia. “Já tentei fazer, mas não tenho futuro!”, brinca. Mas isso não a impediu de encontrar prazer na atividade física. Aos 14 anos, ela descobriu o Ballet. “Comecei sem ter noção de dança, meio que na onda das amigas, não gostava, mas depois me apaixonei”, recorda. Hoje, aos 24, ela fez dessa dança a sua vida. “Fiz Ballet até os 17 anos e depois parei para fazer minha primeira faculdade, de Ciências Aeronáuticas. Mas em 2014, depois de 7 anos parada, voltei a dançar e dou aulas para as crianças. Foi muito ousado da minha parte largar tudo para me dedicar só à dança, mas é algo que me traz uma satisfação que não tem tamanho e nem tem como explicar”, conta.Ela tem aulas na escola Claudia Lima, que tem turmas para adultos iniciantes. Mesmo quem nunca colocou uma sapatilha pode se aventurar na atividade, que traz consciência corporal, alongamento, força e equilíbrio. “O

Ballet traz bem estar para o corpo, melhora a postura. Tudo o que fazemos hoje encurva nossa coluna. Ficamos no computador, com os ombros para frente. É preciso fortalecer”, orienta Adriely. Para quem acha que só as esbeltas podem ser bailarinas, Adriely retruca: “Não tem essa de tamanho, eu era uma bolinha quando comecei a fazer o ballet e isso nunca me impediu. Hoje também não sou magra, não

Adriely do Carmo em Festival de Dança em Ourinhos

sou um palito, tenho 1,70 metro de altura e 75 quilos e não me impede de fazer ballet”, reforça.A lista de atividades possíveis é enorme: dança do ventre, lutas marciais, aulas de tênis, escalada, bike e corrida. O desafio a ser vencido é deixar a preguiça de lado e colocar o corpo em movimento. O resultado será muita energia para esse ano que está só começando.

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PERFIL

Por Michelle Aligleri

O que o barulho da máquina de costura e a terra vermelha têm em comum? Para o empresário Waldemar Maran tudo. Foi aqui na terra vermelha do Norte do Paraná, onde chegou com a família aos seis anos de idade, que começou seu encanto pelas máquinas de costura - ramo em que atua até hoje. Mesmo tendo se passado 72 anos da primeira vez que pisou o chão de Londrina, Maran lembra de detalhes da cidade. Aliás, memória é uma característica que não lhe falta. “Eu tinha seis anos, morava no patrimônio Selva com a minha família e lembro que o prefeito da época passava por uma porteira com o seu Fordinho. A minha alegria era ouvir o ronco do motor e ganhar as balinhas que ele carregava”, comenta. Da mesma época vêm as memórias da máquina de costura, que ficava nos fundos da casa. “A minha mãe costurava para a família, éramos em onze filhos e eu trocava as bobinas

de linha e movimentava a manivela que fazia a máquina funcionar”, detalha. Desde então Maran nunca mais deixou as máquinas de costura de lado, ele cresceu junto com Londrina e aos 15 anos começou a trabalhar na Companhia Singer. “Ficava na avenida São Paulo, 146, e o telefone de lá era 199. Tínhamos que pedir uma ligação para a telefonista às 16 horas para conseguir falar em São Paulo às 8 horas do dia seguinte”, detalha. Na empresa ele começou nos serviços gerais e passou a responsável pela manutenção. Como levava jeito com as máquinas, foi escolhido entre os funcionários para fazer um curso especial de manutenção em São Paulo. Foram oito anos trabalhando na Singer, depois mais seis anos atuando na mesma área em Paranavaí, e visitando Londrina a cada 15 dias por conta da família e da namorada. Casou-se em 1959 e em 1965 Maran deu início ao próprio negócio, abriu uma portinha na rua Goiás, próximo

à avenida Duque de Caxias – onde está sua loja atualmente – e começou a consertar máquinas de costura. A portinha foi aumentando e ele se tornou representante de uma marca de máquinas japonesas, passou então a revendedor e de lá para cá o negócio só cresceu. Nesta época Maran teve forte influência na instalação de indústrias têxteis na região de Londrina e também em Cianorte – cidade do noroeste do estado conhecida atualmente como a Capital do Vestuário. “Eu ensinei muita gente a costurar e usar a máquina de costura industrial. De forma indireta dei o impulso para algumas indústrias porque eu vendia as máquinas do Japão”, lembra. Ele conta que chegou a sugerir que o prefeito Wilson Moreira comprasse dez máquinas para montar uma escola de corte e costura na cidade, mas a oferta não foi aceita por conta dos custos que envolveriam a implantação.A loja atual “Valeron” tem 49 anos e comercializa máquinas de costura

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industriais e domésticas, máquinas eletrônicas além de utensílios para costura. Quando trocava as bobinas de linha para a mãe, Maran não imaginava que aquele encanto de criança se tornaria um dia uma profissão. Até hoje a relação do empresário com máquinas antigas é diferenciada. “Quando alguém me traz uma máquina para restaurar eu faço questão de fazer o serviço pessoalmente. Durante as horas de trabalho eu volto ao passado, é como uma terapia”, afirma.

Outros tipos de máquinas antigas também ganharam o encanto do empresário. Lembra-se do Fordinho do prefeito? Hoje Maran tem três deles, um de 1928, um de 1929 e o terceiro de 1931. Todos restaurados e impecáveis. Os carros antigos se tornaram o hobby na vida do empresário há 30 anos. Um Fusca 1970, um Dodge 1979, duas Mercedes – uma 280 SL de 1979 e outra 300SL de 1986 e uma moto BMW 1951 fazem parte da coleção que é cuidada com carinho pelo empresário. Os encontros do Clube do Carro Antigo fazem parte da rotina e quando questionado se ele passeia com as relíquias a resposta é rápida. “Só aos finais de semana, quando o trânsito é mais tranquilo”. Apesar de ter nascido no interior de São Paulo, Maran se considera de pé e coração vermelho. “Investi toda a minha vida aqui nesta terra. Quando eu vejo Londrina completando 80 anos eu me sinto muito orgulhoso. Vi a cidade crescer, escorreguei muito na lama formada pela terra vermelha depois das chuvas”, conta. Ele lembra que era preciso colocar galochas para sair de casa e que eram as cercas de balaustra que salvavam as pessoas durante a caminhada. “Se não agarrasse na cerca a gente caía no barro”, detalha. Ao olhar para a Londrina de hoje ele conta que se impressiona com o progresso. “O crescimento foi muito rápido e o planejamento fez muita falta, especialmente na questão do trânsito”, afirma. A busca da melhoria do trânsito é uma das atividades que Maran inclui na sua rotina. Integrante do movimento Viva Duque, que tem neste um dos

principais pontos de ação, ele comenta que a situação atual da avenida está prejudicando muitos empresários. Parte da avenida que não é duplicada teve a instalação da faixa exclusiva para ônibus e o estacionamento de veículos impedido. Atualmente as vagas podem ser utilizadas em um determinado período do dia, mas ainda assim houve queda no movimento das lojas. “Sofremos muito com esta questão. Na minha opinião o certo seria fazer da Duque uma avenida, alargar a rua, como foi feito na rua Goiás”, sugere. Conforme ele, a iniciativa, além de melhorar o trânsito, valorizaria o comércio. “A Duque é uma rua muito rica , vende-se de tudo por aqui”, aponta. Ele afirma que se for feito um bom projeto de estacionamento os comerciantes irão investir na melhoria das calçadas e do salão. “A avenida hoje é feia, mas queremos que ela seja bonita, um lugar agradável para as pessoas passearem. Para isso precisamos de estacionamento na via”, complementa. Maran pensou muito quando foi questionado sobre qual presente ele daria para Londrina. Depois de pedir ajuda da esposa e de refletir ele afirmou que daria mais indústrias, para possibilitar a geração de mais empregos. As indústrias que ele ajudou a fortalecer quando vendia máquinas de costura na década 60, fazem falta na cidade hoje, na visão do empresário. Empreendedor, Maran segue com suas lembranças da velha Londrina tentando trazer melhorias para a cidade que cresce a olhos vistos e que ele ajudou a se desenvolver.

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ENTREVISTA

Por Vinícius Bersi

Guido Bresolin Junior assumiu a presidência Federação das Associações Comerciais do Paraná (FACIAP) neste mês. O industrial do setor madeireiro é de Cascavel, já foi presidente da associação comercial da cidade, da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná) e atualmente comanda o Sicoob Credicapital,

cooperativa de crédito da região. Bresolin garante que sua atuação à frente da FACIAP deve ter como marca a integração da entidade com as associações comerciais do Estado e o fortalecimento das associações como líderes dos processos de mudança que o setor produtivo exige.

Mercado em Foco: Qual é o projeto de gestão do senhor para a entidade?

Guido Bresolin Junior: Nosso projeto é continuar fomentando o associativismo de modo a torná-lo cada vez mais forte, e fazer com que ele venha a apoiar a sociedade no seu desenvolvimento e na melhoria das comunidades e das pessoas, além das empresas. A FACIAP deve se tonar a líder dos processos de mudança que precisamos.

Mercado em Foco: O que o senhor identifica como principal desafio?

Guido Bresolin Junior: Aumentar a participação da FACIAP junto às Associações Comerciais, de modo que todas consigam trabalhar orquestradas, com sincronia e que as suas ações possam realmente fazer efeito na atuação junto às instituições públicas, em todas as esferas do poder. A própria constituição do Conselho de Administração da Federação, com

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A FACIAP PODE AJUDAR AS ENTIDADES A SE TORNAREM IMPRESCINDÍVEIS

Associação Comercial e Industrial de Londrina 39

a participação das Coordenadorias Regionais e das principais Associações Comerciais do Estado, já nos oferece uma maior sustentação enquanto grupo de trabalho. As possibilidades crescem em nível exponencial no momento de agir quando se contempla representatividade em todo o Estado.

Mercado em foco: O senhor assume a presidência da entidade em um ano que deve ser de baixa oferta de crédito, altas taxas de juros, crescimento econômico tímido e aumento de tributos. De que forma a entidade deve atuar nesse contexto?

Guido Bresolin Junior: A situação da economia brasileira preocupa toda a sociedade. A forma ideal de se trabalhar seria buscar a produtividade com redução de custos, eficiência das empresas e melhoria dos processos. Só assim se pode produzir com menores custos e zerar os efeitos. Infelizmente o cenário que vemos não é esse. Vemos um governo sem a apresentação de um plano de trabalho que vise diminuir essas diferenças e facilitar o dia-a-dia do empresariado. Temos que fazer isso acontecer de forma paralela, cobrando junto aos poderes, para ajudarmos a fazer as mudanças necessárias e, assim, passarmos esse período da maneira mais tranquila possível. É preciso dar crédito a quem pede, mas com responsabilidade, buscar ferramentas que diminuam o Custo Brasil, pois sabemos que muito do que se produz no nosso Estado vai para Brasília, com um retorno fraco, então precisamos de um choque de gestão para melhorar os custos. Este choque deve passar pela infraestrutura e também por outras áreas. Muitas atividades não dependem de recursos do Governo e sim de aprovação de projetos, de encontrar a forma de resolver o problema. Vemos o quanto custa hoje para um caminhão sair do Oeste do Paraná e chegar até Paranaguá, passando por uma estrada simples, que foi construída há mais de 40 anos.

Mercado em foco: O setor que mais sentiu retração em 2014 foi o da indústria. As entidades da região de Londrina tem como pauta antiga a ampliação do Parque Industrial da região. Como a FACIAP deve contribuir para a realização dessa demanda em Londrina e em outras cidades do interior?

Guido Bresolin Junior: A industrialização do Paraná já não é mais de primeiro nível, de produtos básicos. Ela já requer uma mão-de-obra qualificada para produção mais elaborada, com tecnologia, pois já é um Estado forte, e cada vez mais vamos ver isso, e Londrina é um grande exemplo. Esta é a vocação e este é o caminho que temos a percorrer. Quanto antes entendermos isso, as nossas instituições apoiarem, isso vai acontecer. O papel da FACIAP é facilitar a vida do empresário e a ocorrência dos polos industriais, porque eles vão gerar renda e maior qualidade de vida. Falando em termos de produção, o Paraná está no centro da América Latina, em um local privilegiado, equidistante dos principais centros consumidores, como Santiago, Buenos Aires, São Paulo, Salvador, então estamos preparados para desempenhar essa vocação da indústria. O Paraná é um bom lugar para se investir, mas precisamos ter infraestrutura preparada, com um corredor para transporte entre os Oceanos Atlântico e Pacífico, uma ligação ferroviária e ainda falta uma boa ligação rodoviária. Precisamos fazer a nossa parte na BR 277 até o Porto de Paranaguá, a ligação da BR 467, do Norte do Paraná até Foz do Iguaçu. Foz, aliás, é o verdadeiro centro da América Latina, tem vários projetos muito interessantes, como a Unila, onde temos 50% de alunos brasileiros e outros 50% latinos. A cidade, que já é um ponto de encontro para eventos, pode se tornar um ponto para comércio e muito mais.

Mercado em Foco: As associações comerciais do Paraná ainda trabalham de forma muito isolada. São poucos os projetos comuns. Como integrar mais as entidades?

Guido Bresolin Junior: A formação do nosso Conselho já é integrador. O Associativismo, no Paraná, já tem tido resultados. A cooperativa de crédito Sicoob é uma boa demonstração disso, pois surgiu dentro das Associações Comerciais. Acredito que agora precisamos de uma maior sensibilização das lideranças para buscar resultado e, assim, construirmos grandes bandeiras. Elas precisam estar alinhadas, sincronizadas, para conquistarmos resultados efetivos. Temos todas as possibilidades para isso, vejo que o cenário é muito favorável para nosso Estado pois ele é rico, tem recursos.

Mercado em Foco: Como o senhor vê o papel da Faciap no fortalecimento das associações, deixando as entidades mais relevantes para o empresário?

Guido Bresolin Junior: Nós estamos preparando a gestão em duas linhas. Uma delas é o desenvolvimento das lideranças das Associações Comerciais através de capacitação e conscientização, de modo que elas consigam realmente liderar a comunidade e fazer a diferença para construir resultados. Todo líder se torna cada vez mais forte à medida que trabalha mais. As pessoas não nascem líderes, elas se tornam. A segunda linha é que a Associações Comerciais se estruturem para uma gestão transparente e ainda mais profissional. A FACIAP pode ajudar as entidades a se tornarem imprescindíveis para suas comunidades, sendo altamente sustentáveis com seus serviços, e que sejam realmente reconhecidas como a força de cada local, independente de posicionamento partidário ou econômico, mas sim em prol do desenvolvimento da comunidade.

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COLUNA DA ACIL

Francisco Alpendre Valério - Consultor de Marketing de Cidades

Marina Fonseca anima o sorteio do Londrinatal Encantado no Calçadão

Valter Orsi - Presidente da ACIL

Simpósio Londrina 80 anosA ACIL foi uma das apoiadoras do Simpósio Londrina 80 anos – Como industrializar com alto valor agregado. O evento contou com a participação de grandes nomes do setor como José Alberto Aranha, diretor do Instituto Gênesis da PUC-RJ e mentor da Endeavor Brasil. O simpósio também contou com a participação do consultor em Marketing de Cidades, Francisco Alpendre Valério, e do presidente da ACIL, Valter Luiz Orsi.

Londrinatal EncantadoOs sorteios do Londrinatal fizeram a festa do comércio da cidade. Teve música, distribuição de pipoca e doces para crianças e – é claro! - muitos prêmios. Foram sorteados dois carros e 50 vales-compra de R$ 1 mil entre os consumidores que compraram nas lojas participantes da campanha. Para cada consumidor contemplado, foi sorteado um vale de R$ 300,00 para o comerciário responsável pela venda que gerou o cupom premiado.

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A cadeia que virou Centro CulturalA solenidade de inauguração do Centro Cultural Cadeião contou com a presença do governador Beto Richa e do presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana. A revitalização da antiga cadeia pública foi realizada pela Fecomércio.

Valter Orsi e Danielle Frank assinam parceria

O médico Aguimário Lafaiete levou um Palio 0 Km da campanha

Presidente da Fecomécio, Darci Piana e governador Beto Richa na inauguração do Centro Cultural Cadeião

O Papai Noel ouviu os pedidos da criançada

ACIL e Sincolon fazem parceriaO presidente da ACIL, Valter Luiz Orsi, e a presidente do Sindicato dos Contabilistas de Londrina, Danielle Cavalcanti Frank assinaram um convênio para certificação digital. Os associados do Sincolon já podem usar os serviços oferecidos pela ACIL por preços especiais.

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NOVOSASSOCIADOS

DISTRIBUIDORA DE GÁSBlue GásAvenida Guilherme de Almeida, 279

MERCEARIA E SACOLÃOMercearia e Sacolão SanayRua Assunção, 115

ELETRÔNICOSGrande Eletro Rua Maranhão, 285

VESTUÁRIOMarli Romão ConfecçõesRua Júlio César Sampaio, 226

BAZAR, AVIAMENTOS E UTILIDADES DOMÉSTICASDona Flor Armarinhos e ConfecçõesRua Maysa, 411

FERRAGENS E FERRAMENTASHarmonia Ferro e AçoRua Suindara, 507

HOTELARIAHotel CrystalCianorte-PR

SISTEMAS PARA COMPUTADORForlogic SoftwaresRua Doutor Elias César, 55

IMOBILIARIAS E CORRETORABrandalize Negócios Imobiliários e CorretorasAvenida Aminthas de Barros, 467

MANUTENÇÃO E TREINAMENTO EM INFORMÁTICAJiva Gestão EmpresarialRua João Huss, 405

EMBALAGENSInova EmbalagensRua Antonio Piovezan, 365

ARTIGOS FOTOGRÁFICOSFotopressRua Santa Catarina, 50

LUBRIFICANTESUltra Lub JKAvenida JK, 888

SERVIÇOS

COMÉRCIO

INDÚSTRIA

COM/SERVIÇOS

Dridy Comércio de LubrificantesRua Astolfo Nogueira, 354

PROGRAMAS PARA COMPUTADOREm Promoção Negócios de InternetRua Piauí, 211

AgiliAvenida Bandeirantes, 263

ARTIGOS ESPORTIVOSWV CompetiçõesAvenida Arthur Thomas, 791

IND/COM

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