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23-07-2015
Revista de Imprensa23-07-2015
1. (PT) - Viva Cidade, 01/07/2015, Unidade de Saúde de Baguim do Monte pronta para 18 mil utentes em2017
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2. (PT) - RH Magazine, 01/07/2015, Prestar um bom serviço público com qualidade nos seus recursoshumanos
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3. (PT) - Jornal de Notícias, 23/07/2015, Portela reconduzido 5
4. (PT) - Diário Económico, 23/07/2015, Poder local - Governo dá 70 milhões por ano às autarquias pelasnovas competências
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5. (PT) - Correio da Manhã, 23/07/2015, 2 milhões não vão ao médico 10
6. (PT) - Jornal de Notícias, 23/07/2015, Centros de saúde podem vir a ter consultas de especialidade 11
7. (PT) - Público, 23/07/2015, Ordem contrapõe que “se o SNS funcionasse, os doentes não iam para asurgências”
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8. (PT) - Jornal de Notícias, 23/07/2015, Investigadas 13 fraudes por mês 13
9. (PT) - Público, 23/07/2015, Macedo inaugura remodelação de um milhão com fraudes na saúde emagenda
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10. (PT) - Negócios, 23/07/2015, Mas porque não falam disto? 16
11. (PT) - Negócios, 23/07/2015, Despesa com medicamentos hospitalizados sobre 17% 17
12. (PT) - Jornal de Notícias, 23/07/2015, SNS no fio da navalha! 18
13. (PT) - Correio da Manhã, 23/07/2015, «Tratamento inovador está a revelar-se eficaz» - Entrevista a VítorVeloso
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14. (PT) - Correio da Manhã, 23/07/2015, Consulta de enfermagem 20
15. (PT) - Correio da Manhã, 23/07/2015, Maioria aprova taxas no aborto 21
16. (PT) - OJE, 23/07/2015, Aborto 22
17. (PT) - Correio da Manhã, 23/07/2015, Ministério deve mudar de casa 23
18. (PT) - Diário de Notícias, 23/07/2015, Alemanha dá salário de topo de carreira a médicos internos 24
19. (PT) - OJE, 23/07/2015, O novo destino da emigração portuguesa na Europa 27
20. (PT) - Negócios, 23/07/2015, Docworld tratou da saúde a dois desempregados 28
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Tiragem: 10000
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Regional
Pág: 13
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Área: 19,00 x 11,55 cm²
Corte: 1 de 1ID: 60207253 01-07-2015
Unidade de Saúde de Baguim do Monte pronta para 18 mil utentes em 2017O Centro de Saúde de Baguim do Monte deverá entrar em funcionamento em “meados de 2017”, segundo a Adminis-tração Regional de Saúde do Norte (ARS-N). A obra, com um orçamento de mais de 1,2 milhões de euros, já abriu concurso público e servirá 18 mil utentes.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
O concurso público para a empreitada de construção de um edifício foi publicado a 10 de julho em Diário da República (DR) e, à Lusa, a ARS-N explicou que o investimento total é da ordem dos 1.275.000 euros, sendo 1.100.000 para construção e 175.000 destinado ao equipamento. O prazo de execução da obra é de 630 dias após a atribuição da empreitada, enquanto o valor base do procedimento é de cerca de 800 mil euros.
O terreno cedido pela Câmara Municipal de Gondomar e localizado entre a rua da Carreira e a rua D. António Castro Meireles [ver mapa] vai finalmente ser ocupado com o novo equipamento e servirá 18 mil utentes. A Unidade de Saúde Familiar “Lusíadas” e Unidade de Cuidados na Comunidade de Baguim do Monte que atualmente assistem a população baguinense vão, assim, transferir os seus utentes para o novo Centro de Saúde.
Sem conseguir, para já, precisar o número de recursos humanos que irão trabalhar nesta nova unidade, fonte da ARS-N apontou à Lusa que “as futuras instalações foram dimensionadas para a prestação de serviços da carteira básica preconizada atualmente e adequada às características da população que vão servir”.
A Câmara Municipal referiu, em comunicado, que o “Município colocou este processo em marcha há mais de dez anos”, vincando que o arranque “só se tornou possível agora depois do atual executivo ter aceitado incluir esta obra no mapeamento das verbas a atribuir no âmbito do Portugal 2020”. ■
Serviços à disposição dos utentes na nova Unidade. promoção da saúde e prevenção da doença nas diversas fases da vida. cuidados em situação de doença aguda. acompanhamento clínico das situações de doença crónica e patologia múltipla. cuidados no domicílio e integração . colaboração em rede com outros serviços, setores e níveis de diferenciação, numa perspetiva de `gestor de saúde` do cidadão
Foto DR
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Tiragem: 8000
País: Portugal
Period.: Bimestral
Âmbito: Outros Assuntos
Pág: 22
Cores: Preto e Branco
Área: 19,00 x 25,15 cm²
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Tiragem: 8000
País: Portugal
Period.: Bimestral
Âmbito: Outros Assuntos
Pág: 23
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Tiragem: 8000
País: Portugal
Period.: Bimestral
Âmbito: Outros Assuntos
Pág: capa
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Tiragem: 76650
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 21
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Tiragem: 15799
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 4
Cores: Preto e Branco
Área: 26,00 x 31,17 cm²
Corte: 1 de 4ID: 60278407 23-07-2015
Governo dá 70 milhõespor ano às autarquiaspelas novas competênciasAna [email protected]
O Governo vai transferir 70 mi-lhões de euros por ano para as au-tarquias que passam a receber no-vas competências nas áreas daeducação, saúde e cultura. Para já,foram 34 as autarquias que aderi-ram aos projectos-piloto que vãodurar cinco anos. Contas feitas,até 2019 serão transferidos 350milhões para os municípios queaceitaram participar no projectode descentralização de compe-tências. “O valor é exactamente omesmo que o Estado Central gas-tava no exercício daquela compe-tência”, garante ao Económico oministro Adjunto e do Desenvol-vimento Regional, Miguel PoiaresMaduro, que explica que “nãoexiste aumento da despesa” comeste processo.
Após quase dois anos de con-versas entre o Governo e as au-tarquias, o Executivo encerrouontem as negociações sobre atransferências de competênciaspara os municípios. Para já, hou-
Descentralização O Executivo encerrou ontem as negociações com as autarquiaspara a transferência de competências nas áreas da educação, saúde e cultura.
ve o acordo com 34 autarquias devárias cores políticas que abran-gem um milhão e 800 mil habi-tantes (mais de 10% da populaçãoportuguesa) e que vão assumir agestão e manutenção de 168 edi-fícios, como escolas ou centros desaúde. O número de municípiosque vai avançar no projecto-pilo-to pode subir para 38, uma vezque há quatro autarquias quechegaram a acordo com o Gover-no e aguardam agora aprovaçãodas respectivas Assembleias Mu-nicipais. “Ilustra bem que é umprojecto-piloto com significado”,diz Poiares Maduro (ver entrevis-ta na página 6).
Para a Associação Nacional deMunicípios a descentralização decompetências “deve ser tratada
EDIFÍCIOS
168Os municípios vão passar a serresponsáveis pela gestão e manu-tenção de 168 edifícios, como es-colas ou centros de saúde.
Poder localDestaque
Saúde fica aquém das expectativasInicialmente, as autarquiastambém iam gerir alguns dosrecursos humanos da saúde.
A transferência de competênciasda área da saúde para as autar-quias ficou aquém das expectati-vas dos municípios. No arranquedas negociações estava prevista atransferência da gestão de recur-sos humanos como técnicos su-periores de saúde, técnicos dediagnóstico e terapêutica, assis-tentes técnicos e assistentes ope-racionais, onde se incluem porexemplo os psicólogos, nutricio-nistas ou fisioterapeutas. Foradesta equação ficariam os médi-cos e os enfermeiros.
Mas afinal, durante o projecto-
-piloto as câmaras não vão assu-mir qualquer competência nagestão de pessoal, ficando apenasresponsáveis pela gestão e manu-tenção dos horários e dos edifíciosdos centros de saúde, pelo trans-porte dos doentes não urgentes eserviços de apoio domiciliário.
Os contratos da delegação decompetências da saúde - a que oEconómico teve acesso - pre-vêem que a competência sobrea gestão do pessoal da saúdepossa ser realizada mais tarde.Mas o facto de não ter avançadojá, levou a que, pelo menos,uma das autarquias do Norte dopaís desistisse do protocolo esuspendesse as negociaçõescom o Governo. “Não era de
todo o que nós gostaríamos”,diz ao Económico a vereadorada autarquia do Norte, acres-centando que “sem um maiorpoder de decisão não fica ga-rantida a cobertura dos serviçose não nos interessa fazer só agestão de edifícios”.
Também o presidente da Câ-mara de Cascais - a única autar-quia que vai assumir competên-cias nas áreas da saúde, educa-ção e cultura - confessa que ti-nha “uma ambição maior” comeste processo. Mas, continuaCarlos Carreiras, “dadas as es-pecificidades do sector” o pro-cesso “deve ser feito com algu-ma prudência”. O mesmo argu-mento foi usado por Poiares Ma-
duro, que lembra que na saúdeeste é “o primeiro passo de des-centralização que é dado”.
Já a Associação Nacional deMunicípios frisa que a área dasaúde “é especialmente sensí-vel” e que não é conhecido“nenhum dado que aponte paraa virtude em pulverizar res-ponsabilidades” neste sector.Por isso, avisa Manuel Macha-do, esta é uma área onde osmunicípios “devem avaliarcom extremo cuidado aquiloem que se vão meter” já que asautarquias “não têm condiçõespara recrutar recursos huma-nos porque a lei o impede e nãotêm ‘know-how’ adaptadopara este efeito”. ■ A.P.
AS COMPETÊNCIAS QUE O
EducaçãoA partir de Setembro, há 15 au-tarquias que vão passar a geriraté 25% do currículo dos alunosde todos os anos escolares, po-dendo aumentar o número de ho-ras semanais de algumas disci-plinas ou até passar a organiza-ção do ano lectivo para dois se-mestres. Podem ainda criar dis-ciplinas extra-curriculares quese adequem ao contexto regio-nal. Além disso, os municípiosvão gerir todo o pessoal não do-cente e podem contratar profes-sores para as disciplinas locais,caso as escolas não tenham pro-fessores para leccionar a disci-plina. À excepção das escolas daParque Escolar, a manutençãodos edifícios também vai ser res-ponsabilidade das câmaras.
CulturaNa área da culturaserão sete as autarquiasque vão poder gerirmuseus, bibliotecas, teatros,salas de espectáculo,galerias e edifícios,desde que não tenhama classificaçãonacional. Além disso,vão gerir os orçamentosdessas entidades assimcomo os seus trabalhadores.Também a vigilânciae limpeza destes espaçospassam a ser responsabilidadedas autarquias.
Bru
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Bar
bos
a
com regras muito rigorosas, se-gundo planos de trabalho de modoa que não seja um pretexto paraaliviar despesas ao Estado Centrale pô-las nas costas da administra-ção municipal”, alerta o presiden-te da ANMP, Manuel Machado.
Uma crítica que Poiares Ma-duro rejeita, lembrando que oprocesso foi feito “em consenso”com os municípios e que “háuma cláusula que prevê a revisãoao fim de um ano deste montante[70 milhões de euros]” para ga-rantir que com a “competênciaque é delegada nos municípiosvai um pacote financeiro quecorresponde ao que o EstadoCentral gastava” para asseguraras mesmas competências.
Das três áreas que fazem partedo processo de descentralização,a educação a “mais significati-va”: tem um maior número demunicípios a participar (ver in-fografia) - subiu, aliás, de 13 para15 - e é nesta área que mais res-ponsabilidades vão ser transferi-das para as câmaras.
O PS teceu várias críticas ao
processo de descentralização.Mas no programa que leva a votosnas próximas legislativas, os so-cialistas defendem o reforço dascompetências das autarquiasatravés da descentralização nummaior número de áreas face àsque vão avançar com o Governo.É o caso dos transportes, ou doemprego, por exemplo.
No entanto, durante o processode negociação que ocorreu entreos municípios e o Governo, Mariada Luz Rosinha, membro da di-recção nacional socialista, mani-festou-se contra o modelo de des-centralização seguido pelo Execu-tivo. O Diário Económico contac-tou ontem Maria da Luz Rosinha –até porque oito das câmaras quechegaram a acordo com o Gover-no são PS -, mas não conseguiuobter um comentário.
Os projectos-pilotos têm a du-ração de cinco anos e anualmenteserá feita uma avaliação e moni-torização dos processos. O objec-tivo do Governo é alargar a trans-ferência de competências às 308autarquias de todo o país. ■M.M.O.
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Tiragem: 15799
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 2 de 4ID: 60278407 23-07-2015ESTUDOA versão final do estudo sobrea evolução das despesas e receitasdas autarquias foi ontem divulgada.Conheça as principais conclusões:
● Extinção faseada do IMT deveser mantida. O Parlamento votouo adiamento deste plano por um ano.O imposto deverá agora ser extintoem 2018 e não em 2017 .
● Maior flexibilização na gestão doquadro de pessoal dos municípios,que permita uma progressiva dimi-nuição do peso das despesas compessoal.
● A continuação da política de trans-ferências de competências específi-cas adicionais da administração cen-tral para os municípios através decontratos voluntários.
GOVERNO VAI PASSAR PARA AS AUTARQUIAS
SaúdeA transferência dascompetências na saúdefoi o último processoa estar concluído. Nesta área,ao contrário do que estavainicialmente previsto, asautarquias não vão gerirrecursos humanos. No totalserão 19 municípios que vãoassumir a gestão e manutençãodos edifícios dos centrose extensões de saúde. Alémdisso, as câmaras passama ter liberdade para alargaros horários dos centrosde saúde, assumir o transportede doentes não urgentese serviços de apoiodomiciliário dos doentes.
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Infografia: Mário Malhão | [email protected]
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Tiragem: 15799
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 6
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Área: 26,00 x 31,31 cm²
Corte: 3 de 4ID: 60278407 23-07-2015
Destaque Poder local
Poiares Maduro diz que os doisobjectivos do projecto-piloto fo-ram cumpridos: conseguir umnúmero de municípios que des-sem massa crítica ao processo eque representassem diversidadesocio-demográfica e geográfica.
Trinta e quatro autarquias já fe-charam acordo para avançar,mas o número ainda pode subir?Sim. O processo é progressivo epode ir avançando. O nosso ob-jectivo é ter um conjunto de mu-nicípios nas diferentes áreas quepermitissem ter projectos-pilotoe depois, numa segunda fase,avançar e generalizar o modelo.É uma reforma profunda e porisso tem de gerar credibilidade econfiança para ser generalizada.Há décadas que se ouve falar dedescentralização e finalmenteestamos a avançar.É um número ideal para come-çar?Não tínhamos um número emmente. Tínhamos dois objecti-
“Uma reformaprofunda tem degerar confiança”Projecto-piloto O Governo quer generalizar adescentralização a todo o país e fazer “um processode transferência de competências universal”.
ENTREVISTA MIGUEL POIARES MADUROMinistro adjunto do Desenvolvimento Regional
A descentralização está muitolonge da regionalizaçãoA regionalização é uma soluçãomais ampla que é precisodecidir e definir.
Paula Cravina de [email protected]
A descentralização é uma ini-ciativa positiva, mas há um lon-go caminho a fazer até à regio-nalização. Assim o entendem osespecialistas ouvidos pelo Diá-rio Económico. E há autarcasinteressados em voltar a discu-tir a regionalização, tema polé-mico que foi a referendo em1998, mas que mereceu o ‘Não’dos portugueses.
O ex-secretário de Estado doOrdenamento do Território einvestigador coordenador doInstituto de Ciências Sociais daUniversidade de Lisboa, JoãoFerrão, explica que a regionali-zação é “uma solução mais am-pla”, em que a descentralizaçãode competências é apenas umaparte. “Tem de se definir o quefazer com o nível regional - sese valoriza ou não - e como”,considera. “A partir daí tem dedefinir-se um modelo de regio-nalização, isto é, falta um siste-ma que tem de ter um modelocoerente”, acrescenta. A des-centralização é “uma compo-nente solta”, sendo que “pode
Paulo Figueiredo
O ex-secretáriode Estado doOrdenado doTerritório, JoãoFerrão, diz que“tem de se definiro que fazer como nível regional –se se valorizaou não – e como”.
haver descentralização de com-petências sem regionalização”.
No mesmo sentido, o coor-denador do Observatório dosPoderes Locais ligado à Univer-sidade de Coimbra, FernandoRuivo, afirma que “o chapéunão está lá; falta uma coisa quedê unidade”. Para o especialista“é preciso definir o caminho eter vontade política”. A regio-nalização traria “racionalizaçãode meios e de recursos finan-ceiros”, defende.
Por outro lado, o estudo so-bre a monitorização da evolu-ção das receitas e das despesas
dos municípios, pedido peloGoverno à Universidade do Mi-nho, revela que há autarcas queestão interessados em voltar adiscutir a regionalização. O es-tudo entrevistou dez presiden-tes de câmara, entre as quaisAlmada, Felgueiras, Montale-gre, Elvas. Entre estes dez au-tarcas há quem defenda (o es-tudo não refere quais) que pe-dem o regresso do tema ao de-bate político.
“A existência das Comuni-dades Intermunicipais (CIM)não deve excluir da agenda po-lítica o debate sobre a reorgani-zação administrativa do paísem geral e sobre a regionaliza-ção em particular”, pode ler-seno estudo. “A definição clara deuma matriz de competênciasdeve ser uma prioridade nospróximos anos”, sendo que“existe uma opinião favorávelgeneralizada à criação de umnível administrativo intermé-dio que assuma competênciassupramunicipais”.
Sobre a descentralização emconcreto, tanto João Ferrão comoFernando Ruivo consideram ainiciativa positiva, mas advertemque a transferência de competên-cias para as autarquias e os meiosque serão disponibilizados nãosão totalmente claros. ■
O projecto que defendia a divisão do país em oito regiõesadministrativas foi a referendo no dia 8 de Novembro de 1998.O ‘Não’ à regionalização venceu, com 60% dos votos.
Nas diferentesáreas da delegaçãode competênciashá indicadoresde manutenção e deprestação de serviçosque estão previstos etambém da melhoriade qualidade dosserviços públicos.
“
vos e conseguimos: ter um con-junto de municípios que nos for-necessem projectos-piloto emassa crítica suficiente para po-dermos depois tirar conclusões,para dar segurança e credibili-dade na generalização do mode-lo a todo o país. Isto foi conse-guido com o número de municí-pios [que aderiram] e com ummilhão e 800 mil portuguesesenvolvidos. O segundo objectivoera a diversidade, ao nível depopulação socio-demográfica,geográfica e também diversida-de ao nível da cor política dasautarquias que participassemneste processo. Conseguimosisso também.No processo da saúde, inicial-mente, estava prevista a trans-ferência da gestão de pessoal nãoclínico. Porque não avançou?Por acordo com os municípios eo Ministério da Saúde entendeu--se, nesta primeira fase, nãoavançar já com uma delegaçãoao nível dos recursos humanos.Mas vários dos contratos pre-vêem que isso possa vir a acon-tecer numa fase subsequente, e éum dos aspectos que ao longodesta primeira fase será discuti-do e analisado.Há algum tipo de metas estabe-lecidas com os municípios?Em relação às diferentes áreas dadelegação de competências, emtodos os contratos, há indicado-res de manutenção e de presta-ção de serviços que estão previs-tos e também da melhoria dequalidade dos serviços públicos.Qual é a vossa expectativa para ofuturo deste processo?A nossa expectativa é que comessa avaliação seja afinado o quetem de ser afinado no sentido demelhorar a descentralização. E,a partir daí, generalizar a todo opaís e fazer um processo detransferência de competênciasuniversal. Acreditamos queuma reforma estrutural tão pro-funda e tão necessária para opaís é viável e é implementávelno terreno. ■
O coordenador do Ob-servatório dos Pode-res Locais, FernandoRuivo, considera que“o chapéu não estálá; falta uma coisaque dê unidade.É preciso definiro caminho e tervontade política”.
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Tiragem: 15799
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 1
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Área: 18,91 x 7,59 cm²
Corte: 4 de 4ID: 60278407 23-07-2015
Governo dá 70 milhõesa 34 câmaras comnovas competênciasConjunto de autarquias vai ganhar competências própriasnas áreas da Saúde, Cultura e Educação, e receberão do Estado350 milhões de euros durante os próximos cinco anos.Número de câmaras aderentes pode ainda vir a subir. ➥ P4 A 6
Dois terçosdas adesões sãode municípios PSD
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A10
Tiragem: 147336
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 19
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Área: 10,87 x 6,34 cm²
Corte: 1 de 1ID: 60278946 23-07-2015
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Tiragem: 76650
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
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Área: 5,60 x 25,66 cm²
Corte: 1 de 1ID: 60279532 23-07-2015
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Tiragem: 33183
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 10
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Área: 10,77 x 18,91 cm²
Corte: 1 de 1ID: 60277637 23-07-2015
Para o bastonário da Ordem dos
Médicos, é “inadmissível falar em
urgências desnecessárias”. José
Manuel Silva considera que “se o
Serviço Nacional de Saúde (SNS)
funcionasse bem, os doentes não
iam para as urgências” e seriam
atendidos nos centros de saúde. “O
Ministério da Saúde nunca apostou
nos cuidados primários e os doentes
vão para os hospitais porque sabem
que, lá, têm resposta”, disse o repre-
sentante dos médicos, num comen-
tário ao facto de 40% dos doentes
que foram em 2014 a uma urgência
terem recebido pulseiras verdes e
azuis — que correspondem a casos
que poderiam, em teoria, ser trata-
dos noutros locais.
De acordo com o Relatório Anual
sobre o Acesso a Cuidados de Saúde
nos Estabelecimentos do SNS e Enti-
dades Convencionadas de 2014, que o
PÚBLICO noticiou em primeira mão
ontem, os hospitais do SNS atende-
ram, no ano passado, mais de seis
Ordem contrapõe que “se o SNS funcionasse, os doentes não iam para as urgências”
milhões de urgências. Só em 60% dos
casos os doentes receberam pulsei-
ras vermelhas, laranjas e amarelas,
atribuídas aos mais urgentes. Quase
1,5 milhões de pessoas continuavam
sem médico de família.
José Manuel Silva, ao PÚBLICO,
rejeitou a expressão “urgências des-
necessárias”, considerando-a “um
insulto para os doentes” e defendeu
que a própria triagem de Manches-
ter “é um remendo, uma camisola
de tamanho único”, que acaba por
atribuir azul e verde a pessoas que
têm situações mais graves. Por ou-
tro lado, salientou que não basta ter
médico de família, “é preciso ter con-
sulta sem ser daqui a duas semanas”.
Como exemplo, o clínico lembra que
“nos últimos cinco anos, saíram 1500
médicos de família doSNS, a esmaga-
dora maioria por reforma antecipa-
da”. Para o bastonário, estas saídas
mostram que o Ministério da Saúde
“já podia ter dado um médico de
família a cada português se tivesse
sabido reter o capital humano”.
Também sobre o relatório, o mi-
nistro da Saúde, à margem de uma
sessão sobre fraudes na saúde, de-
fendeu que o número de utentes
sem médico de família tem vindo a
diminuir e alertou que “temos muito
mais portugueses com médico de fa-
mília do que aqueles que o utilizam”.
Segundo Paulo Macedo, há “dois mi-
lhões de pessoas que não usam mé-
dico de família”.
SaúdeRomana Borja-Santos e Ana HenriquesBastonário reage a relatório que diz que 40% dos utentes que foram às urgências poderiam ter sido tratados noutros locais
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Tiragem: 76650
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
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Área: 25,50 x 30,00 cm²
Corte: 1 de 2ID: 60279542 23-07-2015
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Tiragem: 76650
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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A15
Tiragem: 33183
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 10
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Corte: 1 de 1ID: 60277636 23-07-2015ADRIANO MIRANDA
Há doentes do privado a saltar listas de espera para serem operados nos hospitais públicos
Custou um milhão de euros a re-
modelação de um edifício no Hos-
pital Júlio de Matos, que agora dá
pelo nome de Parque de Saúde de
Lisboa, destinado a albergar a Ad-
ministração Central do Sistema de
Saúde.
Com o tema das fraudes na saúde
em agenda, o ministro Paulo Ma-
cedo inaugurou ontem a obra, que
permitirá poupanças estimadas
em meio milhão por ano — soma
do valor das rendas anuais pagas
por este instituto público nas ante-
riores instalações que ocupava, nas
Avenidas Novas. Segundo a ACSS,
75% do custo da empreitada foi
comparticipado pelo Fundo de Re-
abilitação e Conservação Patrimo-
nial da Direcção-Geral do Tesouro
e Finanças, “destinado a assegurar
a reabilitação de edifícios e patri-
mónio do Estado que, por esta via,
fi cam em usufruto e com garantia
de manutenção”.
Em preparação está a reabilitação
de um segundo edifício do mesmo
Macedo inaugura remodelação de um milhão com fraudes na saúde em agenda
recinto, também para albergar servi-
ços da mesma entidade no ano que
vem, por mais 825 mil euros, desta
vez contra poupanças de rendas da
ordem dos 300 mil euros anuais.
Paulo Macedo manifestou o dese-
jo de a própria sede do ministério
vir também a funcionar no recinto
do hospital psiquiátrico, a exemplo
de outros serviços do Ministério da
Saúde, como o Infarmed. Ciente de
que isso não acontecerá até ao fi nal
do seu mandato, mostrou-se con-
fi ante de que a transferência possa
acontecer a médio prazo.
Embora a obra inaugurada tenha
sido alvo de concurso público, o
mesmo não sucedeu com o respec-
tivo projecto, adjudicado, por ajus-
te directo, ao Serviço de Utilização
Comum dos Hospitais por 57 mil
euros. Os ajustes directos — espe-
cialmente os de elevados montan-
tes — estiveram de resto também na
agenda de Paulo Macedo, quando o
governante aproveitou, juntamente
com vários dirigentes do ministério,
para apresentar um balanço das ac-
tividades do combate à fraude na
área da saúde.
Há poucos meses no cargo, a no-
va inspectora-geral das Actividades
em Saúde, Leonor Furtado, deixou
claro que, apesar do muito que já
foi conseguido no que às fraudes diz
respeito — incluindo condenações
de membros de redes criminosas
em tribunal —, muito falta ainda fa-
zer, nomeadamente no que se refere
às empreitadas para construção de
estabelecimentos de saúde. A pro-
curadora referiu-se a “adjudicações
directas de milhões” e a “derrapa-
gens signifi cativas” no preço inicial
das obras como fenómenos que vai
ser necessário perscrutar, apesar de
o serviço que dirige “não ter meios
orçamentais que suportem muitas
deslocações para fora de Lisboa”.
Já o ministro olha para aquilo que
designa por “escândalo do Hospital
da Guarda” como uma inesperada
fonte de receitas compensatórias:
acha que, para além das punições
dos envolvidos, o Estado deve ser
indemnizado pelos prejuízos que
sofreu. O hospital devia ter aberto
em 2011, mas só começou a funcio-
nar em 2013 e, pouco depois, já pre-
cisava de obras de ampliação.
Se até aqui uma das apostas do
combate à fraude tem sido o desvio
dos doentes para unidades privadas
de saúde, daqui em diante a tutela
quer debruçar-se também sobre o
movimento inverso: a entrada nos
hospitais públicos, para tratamentos
e cirurgias dispendiosas, de doentes
de médicos privados, ultrapassando
as listas de espera aí existentes. A
dispensa de medicamentos nos hos-
pitais e o transporte de doentes não
urgentes são igualmente áreas sus-
ceptíveis à fraude que os serviços
do Ministério da Saúde tencionam
começar a escrutinar.
SaúdeAna Henriques
Nova inspectora-geral das Actividades em Saúde quer prosseguir investigações, mas diz que lhe falta orçamento
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opinião
“Somos todos contra o aborto”. Quem acompanhoude perto a campanha que antecedeu o referendo de2007 lembra-se bem do slogan que muitos defen-sores da liberalização proclamavam à boca cheia.Ninguém acha que o aborto seja um bem e todosentendem ser a demografia um dos principais pro-blemas de Portugal. Certo é que, desde então, ospoderes públicos não tomaram iniciativas que visas-sem pôr cobro a este flagelo, dando um efetivo dire-ito de escolha às mulheres que vêem no aborto nãoum derradeiro recurso mas a primeira solução paraangústias que nos deviam fazer corar de vergonha.Independentemente da posição que tenhamos sobrea liberalização do aborto, devíamos estar todos mobi-lizados para que as mulheres tivessem condições depoder ter os seus filhos. Eis que oito anos volvidossobre esse marcante referendo, a coligação governa-mental, tentando responder ao apelo da iniciativalegislativa de cidadãos pelo "direito a nascer", entre-gou na semana passada no Parlamento uma propos-ta legislativa, tornando obrigatórias as consultas deacompanhamento social e psicológico antes de sefazer um aborto (eufemisticamente apelidado deInterrupção Voluntária da Gravidez).
Antes do referendo de 2007, assim como em todasas ocasiões em que alguém se atreveu a propor alte-rações à lei que foi aprovada após o referendo, cujoconteúdo extravasa o âmbito da pergunta que entãonos fizeram, muitos defensores do aborto livre insur-giram-se contra qualquer tentativa de mitigação dosefeitos nefastos da liberalização desta prática, queatingem sobretudo as mulheres que ao aborto recor-rem, preferindo igualmente ignorar as suas conse-quências sociais, num país cada vez mais envelheci-do.
A este propósito, não é de mais relembrar que oGoverno de então, chefiado por José Sócrates, prome-tia uma legislação que acompanhasse as melhorespráticas europeias na matéria. O Presidente daRepública, o que está ainda em funções, optou pordeixar passar uma lei que, ao invés do prometido,instituiu, até às dez semanas, um dos regimes maisprogressistas e liberais em matéria de aborto e quepela sua cúmplice promulgação, aceitou as dezenasde milhares de abortos que se verificaram entre 2007e 2015, todos patrocinados pelo Estado, à custa deum cada vez mais magro erário público.
Não pretendo, neste espaço, discutir a “bondade”da prática do aborto, mas apenas salientar ahipocrisia de todos aqueles que, por mera propagan-da, sempre defenderam o aborto como um malnecessário e que vêm agora manifestar o repúdio poruma iniciativa de cidadãos eleitores que, não pre-tendendo pôr em causa o resultado do referendo de
2007, visa informar as mães que ponderam recorrerao aborto, tornando a sua decisão consciente e infor-mada e dar conta das alternativas que existem a umato disruptivo e insuscetível de ser anulado.
Numa altura em que existe uma cada vez maiorconsciência social para questões como a defesa dosdireitos dos animais e do ambiente, não deixa de sercaricato que, com o apoio do Estado, se opte pormanter a prática do aborto na clandestinidade, evi-tando dizer às mães que, frequentemente num atode puro desespero, vêem nele a única solução paraum problema aparentemente sem solução ou alter-nativa.
“Olhos que não vêem, coração que não sente”, diza sabedoria popular, havendo ainda muitas pessoasque apostam no desconhecimento e na desinfor-mação para formar consciências sociais, em nome deum alegado progressismo ou modernidade que maisnão é do que puro experimentalismo social e armade arremesso de quem, hipocritamente, se apoia naignorância e no obscurantismo para impor a sua ide-ologia.
Não posso, por isso, deixar de acolher com satis-fação esta iniciativa que, apesar de tímida, casovenha a ser efetivamente implementada, traz espe-rança a quem, como eu, considera o aborto umaprática intrinsecamente má.
Aborto
ideiasRui Tabarra e CastroAdvogado da FCB&A
Numa altura em que existe
uma cada vez maior con-
sciência social para questões
como a defesa dos direitos
dos animais e do ambiente,
não deixa de ser caricato
que, com o apoio do Estado,
se opte por manter a prática
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O Reino Unido afirmou-se nos úl-timos anos como um destino fun-damental da emigração portugue-sa. Segundo o Observatório da E-migração, é simultaneamente, opaís de destino em que é maior aproporção de portugueses qualifi-cados. Entre as migrações qualifi-cadas de portugueses para estespaíses, destaca-se, nos últimosanos, a de enfermeiros.
Apesar de não haver um regis-to sistemático dos que emigra-ram, o presidente do conselho di-retivo regional da secção regionaldo sul da Ordem dos Enfermeiros,Alexandre Tomás, avança ao OJEum número: “Perspetivamos queestejam a exercer no Reino Unidomais de 5 mil enfermeiros por-tugueses”. Para trabalharem fora
do país, os enfermeiros pedem àOrdem uma declaração específi-ca. “Sabemos que em 2010 forampedidas cerca de 1000 declaraçõese que em 2014 foram solicitadasmais de 2500”, acrescenta.
No início desta vaga migratória,há cerca de cinco anos, quem e-migrava eram sobretudo os jo-vens que, no final da sua forma-ção, não conseguiam acesso aomercado de trabalho. Hoje temosenfermeiros experientes e espe-cialistas a sair confrontados coma desvalorização progressiva dassuas competências.
Embora, as qualificações e com-petências dos portugueses sejamapreciadas em todo o mundo, hárazões que explicam esta prefe-rência. Por exemplo, a existência
de condições de prática profissi-onal segura. Os enfermeiros por-tugueses referem também que a“carga de trabalho é substanci-almente menor que em Portugal”e que o trabalho é “mais valoriza-do”. Ainda segundo AlexandreTomás, no Reino Unido, os enfer-meiros encontram unidades desaúde que “incentivam e finan-ciam” a formação, “havendo acorrespondente valorização tam-bém financeira, e respetiva pro-gressão dentro das instituições.”Vários enfermeiros referem tam-bém que o Sistema de Saúde noReino Unido está, e bem, centra-do mais em cuidados de enfer-magem e na comunidade do queem atos médicos hospitalares.
Os enfermeiros “são o único ca-
so” em que as pessoas partem“com todo o processo já tratadodesde Portugal, a seleção, a candi-datura, a equivalência, o aloja-mento”, refere Claúdia Pereira,co-autora do estudo “Enfermeirosportugueses no Reino Unido”, doObservatório da Emigração, CIES-IUL, ISCTE-IUL.
A emigração portuguesa recen-te para o Reino Unido é muito bi-nária. Inclui, por um lado qua-dros qualificados, desde adminis-trador da banca até ao contabilis-ta e ao informático, passando pe-las profissões liberais e, pelo ou-tro lado, um vasto número deportugueses que trabalham maio-ritariamente na restauração emfábricas, no comércio e serviços,em estufas e no turismo.
Os enfermeiros são o rosto mais visível de uma diáspora relativamente recente, comparada com a tradicional. A emigração para o Reino Unido é, no entanto, bastante heterogénea.
REINO UNIDO
O novo destino da emigração portuguesa
na Europa
GEORGE DOYLE
�Os enfermeiros
encontram unidades
de saúde que incentivam
e financiam a formação,
havendo a
correspondente
valorização financeira
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