3º RELATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL II.docx

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    1/11

    Sntese da P-nitroacetanilida

    Disciplina: QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II

    Professor: Guilherme Vilela

    Anne Carolina Vieira Sampaio

    Duque de Caxias, 07 de janeiro de 2013

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    2/11

    SUMRIO

    1. INTRODUO .................................................................................. 12. OBJETIVOS ....................................................................................... 33. OBJETIVO GERAL............................................................................. 34. OBJETIVOS ESPECFICOS .............................................................. 35. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS..................................................... 36. EXPERIMENTAL ............................................................................... 47. RESULTADOS E DEBATES.............................................................. 58. CONCLUSES ..................................................................................... 89. BIBLIOGRAFIA .................................................................................... 9

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    3/11

    1. INTRODUOA reao mais comum de um composto aromtico a substituio eletroflica, que

    quando um eletrfilo reage com o anel aromtico e substitui um dos seus tomos de

    hidrognio. Se trata de uma reao caracterstica de todos os anis aromticos, no apenas

    do benzeno e dos benzenos substituintes.

    Vrios substituintes diferentes podem ser introduzidos em um anel por meio desta reao

    como, por exemplo, um halognio (-Cl, -Br, -I), um grupo nitro (NO2), um grupo de cido

    sulfnico (-SO3H), um grupo hidroxila(-OH), um grupo alquila(-R) ou um grupo acila (-

    COR). Comeando com alguns materiais simples, possvel preparar milhares de

    compostos aromticos substitudos.

    Os substituintes afetam a reatividade do anel aromtico. Alguns substituintes ativam o

    anel, tornando este, mais reativo que o benzeno, outros desativam o anel, tornando este

    menos reativo em relao ao benzeno.

    Os substituintes interferem na orientao de outro grupo substituinte. Os trs possveis

    produtos de substituioorto meta e para normalmente no so formados na mesma

    proporo. Sendo assim, o grupo substituinte j presente no anel determina a posio do

    segundo substituinte.

    Alguns grupos orientam a substituio prioritariamente nas posies orto e para, ao passo

    que outros grupos orientam a substituio na posio meta.

    Os substituintes podem ser classificados como: ativadores orto e paraorientadores,

    desativadores orto e paraorientadores e desativadores metaorientadores. No existem

    ativadores metaorientadores.

    Os anis aromticos podem sofrer nitrao atravs da reao com uma mistura de cidos

    ntrico e sulfrico concentrados. Nesta reao, o eletrfilo o on nitrnio (NO2+), que

    gerado a partir do HNO3 pela protonao e perda de gua. O on nitrnio reage com o

    benzeno para produzir um carboction intermedirio, e a perda de H+ deste intermedirio

    fornece um produto de sustituio neutro, o nitrobenzeno. A nitrao de um anel no

    ocorre na natureza, mas uma reao particularmente importante no laboratrio.

    1

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    4/11

    Nesse experimento foi realizado um procedimento analtico chamado de cromatografiade camada fina (CCF). Na CCF uma pequena quantidade da soluo de amostra a seranalisada aplicada, sob forma pontual, na superfcie de um adsorvente. Em geral, esteadsorvente a slica depositada como uma camada fina na superfcie de uma placa devidro. Aps a aplicao da soluo, o solvente evapora, deixando depositada sobre asuperfcie adsorvente a amostra. Esta placa colocada de forma vertical em umrecipiente contendo pequena quantidade de um solvente ou mistura de solventes ,onde aextremidade inferior da placa deve ficar mergulhada de 1 a 2 cm abaixo da superfcie dosolvente. Com o recipiente coberto, o solvente caminha verticalmente na superfcie da

    placa, por ao capilar, carregando a mancha correspondente mistura aplicada. Oscomponentes da mistura movem-se com velocidades diferentes, permitindo ento suaseparao.

    A velocidade de locomoo da cada substncia depende de sua natureza, danatureza do solvente e da atividade do suporte slido.

    2

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    5/11

    2. OBJETIVOSi. OBJETIVO GERAL

    Realizar a sntese da p- nitroacetanilida atravs da reao de substituioeletroflica aromtica de nitrao na acetanilida.

    ii. OBJETIVOS ESPECFICOS Apresentar uma reao de substituio eletroflica utilizada industrialmente

    ;

    Obter o rendimento do produto;

    Determinar a massa impura da p- nitroacetanilida;

    3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

    Bancada especifica Bancada do laboratrioBgua deionizada Acetanilida (2,7 g)Basto de vidro cido Acetico ( 3 mL)Bquer 50 ml Acido Nitrico (1,2 mL )Bquer de 100 mL cido sulfrico concentrado (2 mL)

    Esptula Balana analticaTermmetro CapilarVasilha de plstico DessecadorProveta de 5 mL Funil de Buchner

    GeloKitassatoPapel de filtroPapel tornassolPipeta 5 mLPipeta de 1 mL

    Placa de cromatografiaSal

    3

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    6/11

    4. EXPERIMENTAL

    Em um bquer seco de 50 mL foi adicionado 0,02 mol (2,70 g) de acetanilida seca e

    pulverizada, e em seguida foi colocado 3,0 mL de cido actico. Agitou-se a mistura de

    modo a obter uma suspenso. Nesta suspenso, foi adicionado 2 mL de cido sulfrico

    concentrado.

    O bquer foi resfriado externamente em banho de gelo at atingir uma temperatura de 5

    C. Foi adicionado, vagarosamente e sob agitao, uma mistura gelada de 1,2 mL de cido

    ntrico concentrado e 1 mL de cido sulfrico concentrado contido em outro bquer de 50

    mL, mantendo sempre a temperatura abaixo de 10 C.

    Aps a adio, foi removido o bquer do banho de gelo e mantido em repouso

    temperatura ambiente por 30 minutos. Depois deste perodo agitou-se a mistura e o meio

    reacional foi vertido sobre 30 g de gelo picado, ficando aps isto, em repouso por 5

    minutos. A massa do papel de filtro foi determinada para poder ser acondicionado no funil

    de Buchner .

    A mistura foi adicionada ao funil de Buchner, sendo filtrada e lavada repetidas vezes com

    gua gelada, no processo de lavagem foi realizado controle de pH com o papel tornassol.

    O slido foi deixado no dessecador por uma semana e posteriomente, determinou-se a

    massa da p- nitroacetanilida.

    4

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    7/11

    5. RESULTADOS E DEBATESTemos na molcula de acetanilida um grupo substituinte NHOCCH3 que grupoativador do anel aromtico uma vez que o nitrognio tem um par de eltrons livres.Conseqentemente ativao do anel, este grupo orto e para orientador; devido orientao espacial deste grupo substituinte, a sntese da p-nitroacetanilida favorecidaem relao sntese da o-nitroacetanilida.

    Mecanismo:

    1 etapa - O cido ntrico recebe um prton de um cido mais forte, o cido sulfrico.

    2 etapa - Depois de protonado, o cido ntrico pode dissociar-se para formar um onnitrnio.

    3 etapa - O on nitrnio (eletrfilo) reage com a acetanilida para formar um on arnio

    (estabilizado por ressonncia).

    5

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    8/11

    4 etapa - O on arnio perde um prton para uma base de Lewis e transforma-se na p-

    nitroacetanilida. O cido sulfrico (catalisador) regenerado.

    Observamos um aquecimento no bquer aps a adio de cido sulfrico, sendo assim,

    se trata de um reao exotrmica.

    Na sntese da p-nitroacetanilida, foi iniciada com a mistura da acetanilida pulverizada

    com cido actico, colocando em seguida cido sulfrico. A adio do cido actico se

    contribui para diluir a condio cida do meio reacional e impedir a hidrlise do grupo

    acetil. Aps adicionar o cido sulfrico houve liberao de energia, evidenciada pelo

    aumento da temperatura da substncia.Por conseguinte, a mistura reacional foi posta em

    banho de gelo, sendo adicionado cido ntrico, ocorrendo assim a nitrao da

    acetanilida.

    Terminado o processo de nitrao, a soluo foi deixada em repouso durante meia hora,

    sendo ento, colocado sobre o gelo, formando pequenas partculas amarelas, fazendo

    com que o produto fosse isolado.

    Para a cromatografia em camada fina, foi utilizada acetato de etila em hexano (4:6) e

    diclorometano como solvente. Em um spot foi posto o produto formado e em outro aacetanilida. O resultado obtido foi que o Rf da acetanilida era maior que o do p-

    nitroacetanilida , o produto formado mais polar, tendo uma interao maior com a

    placa de slica (tambm polar), assim fica mais retido, apresentando um menor RF.

    6

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    9/11

    CLCULOS :

    Massa molar acetanilida: 135,17 g

    Massa molar p-nitroacetanilida: 180,17 g

    Para reagir a quantidade certa de acetanilida teria que ser pesada:

    1 mol ------------------135,17 g

    0,02 mol ------------------- X

    X= 2,70 g de acetanilida

    RENDIMENTO

    A relao de 1 mol de acetanilida que forma 1 mol de p-nitroacetanilida ento:

    135,17 g de acetanilida --------------------------------180,17 g de p-nitroacetanilida

    2,70 de acetanilda ----------------------------------------X

    X= 3,60 g de p-nitroacetanilida (rendimento terico).

    Impureza

    3,60 g de p-nitroacetanilida --------------------------- 100%

    (3,60-2,798) g de p-nitroacetanilida -------------------- B

    B = 22,5 %

    Rendimento

    100% - 22,5 %= 77,5 %

    CROMATOGRAFIA

    RF=Marcha /Corrida Total

    RF= 2,5/3,0

    RF= 0,83

    7

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    10/11

    6. CONCLUSOPor meio deste experimento, foi possvel observar e sintetizar uma reao de substituio

    eletrofilica aromtica,observando o mecanismo e as etapas envolvidas.Foi possvel

    tambm, comprovar que nitrao da acetanilida ocorre por uma reao de substituioeletroflica aromtica formando p-nitroacetanilida, utilizando cido actico, cido

    sulfrico e cido ntrico.

    Em suma, pode-se afirmar que a prtica foi bem sucedida, visto que, o uso da

    cromatografia confirmou a formao do produto polar , e o rendimento da reao foi bom,

    correspondendo a 77,5 % .

    8

  • 7/30/2019 3 RELATRIO DE QUMICA ORGNICA EXPERIMENTAL II.docx

    11/11

    7. BIBLIOGRAFIA http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/benzeno/efeitos1.html - Efeito dos

    substituintes na Reatividade - Acesso em: 03/01/13

    McMURRY, J., Qumica Orgnica vol. 1 Editora CENGAGE Learning.Traduo da 7 Edio Norte Americana, 2011.

    Dias, A. Guimares.Costa,M.A.- Guia prtico de qumica orgnica, v. 1 :tcnicas e procedimentos: aprendendo a fazer. Marco Antnio da Costa, PedroIvo Canesso Guimares.Rio de Janeiro: Intercincia, 2004.

    9