50
8.001 - GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA A PARTIR DE LACTATO NÃO CONTRIBUI PARA O MELHOR PERFIL HIPOGLICÊMICO OBSERVADO EM RATOS SOB RESTRIÇÃO ALIMENTAR APÓS SESSÃO AGUDA DE EXERCÍCIO E HIPOGLICEMIA INDUZIDA POR INSULINA Babata, L. K. R. , Peicher, M. V. , Garcia, R. F. , Godoi, V. A. F. , Pedrosa, M. M. D. , Ciências Fisiologicas - UEM Medicina - Uningá Introdução: Em ratos adultos submetidos a restrição calórica, os episódios de hipoglicemia induzida por insulina (HII) se caracterizam por redução glicêmica severa, persistência da hipoglicemia e recuperação menos completa da glicemia. No entanto, a realização de uma sessão de exercício físico intenso antes do episódio de HII eleva a glicemia basal, reduz a velocidade de instalação e a intensidade da hipoglicemia e melhora a recuperação glicêmica. Considerando que o lactato per se é fonte de carbono importante para a gliconeogênese hepática e que o lactato plasmático está aumentado após exercício físico intenso, pode-se especular que o lactato poderia ser responsável pela melhora do perfil hipoglicêmico dos ratos sob restrição calórica após a sessão aguda de exercício físico. Objetivos: Estabelecer uma relação entre a produção hepática de glicose a partir de lactato e o perfil HII in vivo em ratos Wistar sob restrição calórica, submetidos ou não a uma sessão aguda de exercício. Métodos: parecer 050/2010 Os animais foram divididos em grupo controle (GC, ninhada de 6 filhotes, alimentação livre) e grupo restrição (GR, ninhada de 12 filhotes, redução de 50% da alimentação desde o desmame até os experimentos). Os protocolos experimentais foram realizados aos 50-60 dias de idade, após jejum noturno, com ratos machos pesando 190-230 g (GC) e 100-140 g (GR), e incluíram: a) HII (insulina intraperitoneal, 1 U.kg-1) precedida ou não por sessão de exercício físico até a exaustão em esteira ergométrica (experimentos in vivo), e b) perfusão hepática com lactato 5 mM (experimentos in situ), sem sessão prévia de exercício (aprovação pelo CEUA nº 050/2010). Resultados:

8.001 - GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA A PARTIR DE … · Dados mostrados como média±desvio padrão. Na ausência de exercício físico, o GR mostrou hipoglicemia severa, persistente

Embed Size (px)

Citation preview

8.001 - GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA A PARTIR DE LACTATO

NÃO CONTRIBUI PARA O MELHOR PERFIL HIPOGLICÊMICO

OBSERVADO EM RATOS SOB RESTRIÇÃO ALIMENTAR APÓS

SESSÃO AGUDA DE EXERCÍCIO E HIPOGLICEMIA INDUZIDA

POR INSULINA

Babata, L. K. R. , Peicher, M. V. , Garcia, R. F. , Godoi, V. A. F. ,

Pedrosa, M. M. D. ,

Ciências Fisiologicas - UEM Medicina - Uningá

Introdução:

Em ratos adultos submetidos a restrição calórica, os episódios de hipoglicemia

induzida por insulina (HII) se caracterizam por redução glicêmica severa,

persistência da hipoglicemia e recuperação menos completa da glicemia. No

entanto, a realização de uma sessão de exercício físico intenso antes do

episódio de HII eleva a glicemia basal, reduz a velocidade de instalação e a

intensidade da hipoglicemia e melhora a recuperação glicêmica. Considerando

que o lactato per se é fonte de carbono importante para a gliconeogênese

hepática e que o lactato plasmático está aumentado após exercício físico

intenso, pode-se especular que o lactato poderia ser responsável pela melhora

do perfil hipoglicêmico dos ratos sob restrição calórica após a sessão aguda de

exercício físico.

Objetivos:

Estabelecer uma relação entre a produção hepática de glicose a partir de

lactato e o perfil HII in vivo em ratos Wistar sob restrição calórica,

submetidos ou não a uma sessão aguda de exercício.

Métodos:

parecer 050/2010 Os animais foram divididos em grupo controle (GC,

ninhada de 6 filhotes, alimentação livre) e grupo restrição (GR, ninhada de 12

filhotes, redução de 50% da alimentação desde o desmame até os

experimentos). Os protocolos experimentais foram realizados aos 50-60 dias

de idade, após jejum noturno, com ratos machos pesando 190-230 g (GC) e

100-140 g (GR), e incluíram: a) HII (insulina intraperitoneal, 1 U.kg-1)

precedida ou não por sessão de exercício físico até a exaustão em esteira

ergométrica (experimentos in vivo), e b) perfusão hepática com lactato 5 mM

(experimentos in situ), sem sessão prévia de exercício (aprovação pelo CEUA

nº 050/2010).

Resultados:

Dados mostrados como média±desvio padrão. Na ausência de exercício físico,

o GR mostrou hipoglicemia severa, persistente e sem recuperação (25,65±4,19

mg.dL-1 no GR, n=12 vs. 69,25±6,40 mg.dL-1 no GC, n=12, após 300 min;

p<0,05). No GR, a sessão de exercício antes da HII aumentou a glicemia basal

(92,21±8,09 mg.dL-1 no GR, n=12 vs. 67,08±5,12 mg.dL-1 no GC, n=12;

p<0,05), atenuou o perfil hipoglicêmico e melhorou a recuperação da glicemia

(39,12±9,60 mg.dL-1 no GC, n=12 vs. 69,71±8,93 mg.dL-1 no GR, n=12,

após 300 min, P<0,05). Durante a perfusão, a produção hepática de glicose

(PHG), na ausência de fonte de carbono, foi insignificante no GC (0,8±0,2

µmol.g-1, n=6), porém elevada no GR (11,6±2,7 µmol.g-1,n=6; p<0,05). A

PHG a partir de lactato não diferiu entre os grupos GC e GR (4,3±1,2 µmol.g-

1 no GC, n=5 vs. 3,2±1,1 µmol.g-1 no GR, n=5; p>0,05).

Conclusão:

A gliconeogênese hepática a partir do lactato parece não colaborar

diretamente com a melhora do perfil hipoglicêmico in vivo dos animais sob

restrição calórica submetidos ao exercício físico agudo.

Apoio Financeiro:

FADEC

Gerado em: 2014-5-21 16:20:44

8.002 - CONSEQUENCIAS AO ORGANISMO EM CRESCIMENTO

DA INGESTÃO DE DIETA OCIDENTALIZADA POR RATOS

DESMAMADOS ORIUNDOS DE MÃES ALIMENTADAS COM

DIETA HIPOCALORICA NA VIDA PERINATAL

Félix, M. O. S. , Trindade, N. G. V. , Muniz, G. S. , Rocha, L. S. , Silva, M.

M. . C. , Nascimento, E. ,

nutrição - UFPE

Introdução:

Restrições energéticas seguidas de alimentação não restrita mostram-se

favoráveis ao ganho de peso subsequente

Objetivos:

O escopo foi avaliar em ratos em crescimento oriundos de mães que tiveram

restrição hipocalórica algumas consequências decorrentes da ingestão de

dietas, padrão ou ocidentalizada

Métodos:

n.23076.028444/2012-73

36 ratos (8-12 por grupo) desmamados provenientes de mães alimentadas com

dieta padrão ou hipocalórica na vida perinatal, formaram 4 grupos aleatórios:

controle-padrão (GCP), controle-ocidentalizado (GCO), hipocalórico-padrão

(GHP), hipocalórico-ocidentalizado (GHO). Avaliou-se ganho de peso e

consumo de ração semanalmente (do desmame, 22dias, aos 60 dias de vida),

consumo de ração por ciclo (escuro e claro) e o consumo acumulado no

período, além das gorduras viscerais aos 63-65 dias de vida. O projeto obteve

aprovação da Comissão de Ética no uso de animais da UFPE

(n.23076.028444/2013-73). Para fins estatísticos considerou-se a margem de

erro de 5% e a determinação da significância foi obtida pelo teste de análise

de variância (ANOVA) one-way ou two-way RM seguido do pós-teste de

Bonferroni.

Resultados:

Dados estão apresentados em média e desvio padrão. O percentual de ganho

de peso dos grupos hipocalóricos na lactação foi de cerca de 200% menor que

os ganhos observados nos controles (GCP=716,5±61,5%;

GCO=742,8±29,5%;GHP=496,1±69,4%;GHO=495,3±68,1%; P<0,001).

Significantes resultados também foram observadas no aumento percentual do

tamanho longitudinal do corpo (GCP=80,8±6,8%; GCO=81,8±4,2%;

GHP=93,3±9,6%; GHO=95,6±6,5%; P<0,001). Após o desmame, o uso de

dieta ocidentalizada não influenciou o percentual de ganho de peso dos

controles, mas ambos os grupos hipocalóricos ganharam mais peso

comparados aos respectivos controles (GCP= 415,5±65,7%; GCO=

412,4±73,2%; GHP= 522,0±44,6%; GHO= 604,5±95,0%; P<0,001).

Contudo, ambos igualaram o peso aos 63-65 dias de vida (GCP=269,6±32,3g;

GCO= 284,2±31,5g; GHP=250,6±16,4g ; GHO=27984,1±43,2g; P=0,16). Os

grupos ocidentalizados reduziram o consumo percentual de ração no período

claro do ciclo (GCP= 30,8±2,8%; GCO=18,6±3,5%; GHP= 30,3±1,3%;

GHO=23,6±4,0%, P<0,001). Contudo, o grupo hipocalórico ocidentalizado, o

GHO, reduziu menos comparado a redução do GCO com os respectivos

controles (GCP e GHP, respectivamente). Isto refletiu em maior gordura

retroperitoneal (GCP= 4,1±1,5g; GCO=6,0±1,1g; GHP=3,8±1,3g;

GHO=6,9±3,3g; P=0,01) e visceral total (GCP= 7,3±1,9g; GCO= 10,1±2,5g;

GHP=6,2±1,8g; GHO=9,9±3,6g; P<0,01) no grupo GHO comparado ao GHP.

Conclusão:

O consumo de dieta ocidentalizada por ambos os grupos é reduzido

significantemente no período claro do ciclo, mas este percentual é menor no

grupo hipocalórico. Esta diferença refletiu diretamente sobre o maior acúmulo

de gordura visceral no hipocalórico que se associa a maior ocorrência de

distúrbios metabólicos.

Apoio Financeiro:

Pró-Reitoria de Pesquisa-PROPESQ/UFPE

Gerado em: 2014-5-21 16:20:44

8.003 - Ingestão de dieta “ocidentalizada” durante seis semanas por ratos

Wistar causa aumento de gordura retroperitoneal e redução do consumo

de ração no ciclo claro.

Feitosa, M. G. S. , Silva, M. M. C. , Muniz, G. S. , Felix, M. O. S. , Silva, J.

M. L. , Nascimento, E. ,

Nutrição - UFPE

Introdução:

O aumento do sobrepeso/obesidade tem como um dos principais fatores os

hábitos alimentares da alimentação ocidental, com excesso de açúcar, gordura

e sódio.

Objetivos:

Avaliar em ratos wistar machos desmamados algumas repercussões orgânicas

do consumo de dieta experimental ocidentalizada por 6 semanas

Métodos:

n.23076.028444/2012-73 14 ratos recém-desmamados foram alimentados com

dieta comercial (3,6 kcal/g, 4g% de gordura e 23g% de proteína) para

roedores ou ocidentalizada (4,2 kcal/g, 15g% de gordura e 21g% de proteína,

20g% de açúcar simples) durante 6 semanas formando os grupos controle (C,

n=8) e ocidentalizado (O, n=6). Durante todo o período os ratos foram

mantidos em condições padrão de biotério com ciclo claro e escuro de

12horas/cada e temperatura ambiente entre 22 e 24ºC com ração e água à

vontade. O consumo de ração foi avaliado semanalmente e durante 3 dias se

obteve a média de consumo no período claro e no período escuro do ciclo de

24h. Avaliou-se peso e tamanho corporal, consumo de ração segundo ciclo e

peso de órgãos úmidos. O projeto obteve aprovação da Comissão de Ética no

uso de animais da UFPE (n.23076.028444/2013-73). Para fins estatísticos

considerou-se a margem de erro de 5% e a determinação da diferença entre os

grupos realizou-se através do teste “t” de Student.

Resultados:

Os dados estão apresentados em média e desvio padrão da média. O peso

corporal não diferiu ao desmame (C=50,1±4,4g; O=53,5±3,6g, P>0,05) nem

ao final do período experimental (C=258,4±25,8g; O=265,0±34,2g, P<0,05).

Contudo, o grupo de animais submetidos a dieta ocidentalizada apresentaram

maior percentual de gordura retroperitoneal relativa (C=1,5±0,5g%;

O=2,1±0,2g%, P<0,01). Todavia o grupo “O”apresentou uma redução do

consumo total de ração em torno 25% (C=25,8±2,8g; O=19,1±1,4g, P<0,01) e

a diminuição em percentual ocorreu durante o período do ciclo claro

(C=30,82,8%; H=19,1±3,3%).

Conclusão:

A partir do exposto observa-se que apesar da redução da ingestão de ração, o

consumo da dieta ocidentalizada por poucas semanas foram suficientes para

incrementar o tecido adiposo na região retroperitoneal, a qual é mais associada

ao risco de desequilíbrios no metabolismo e instalação de doenças crônicas.

Apoio Financeiro:

Pró-Reitoria de Pesquisa-PROPESQ/UFPE

Gerado em: 2014-5-21 16:20:44

8.004 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA NATAÇÃO SOBRE AS

ALTERAÇÕES HEPÁTICAS RESULTANTES DA DIABETES.

1Bezerra, T.L., 1Pinheiro, G.O., 1Silva, A.L.L., 1Souza, K.S., 1Santos,

A.C.V., 1Ting, E., 1Aires, M.B., 1Departamento de Morfologia,

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão/SE.

Bezerra, T. L. , Aires, M. B. ,

Departamento de Morfologia - UFS

Introdução:

A Diabetes mellitus é uma doença caracterizada por distúrbios no

metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas causados por insuficiência

completa ou relativa da secreção de insulina e/ou da ação da insulina. O

sedentarismo, a obesidade, e a adoção de estilo de vida pouco saudável estão

associados ao desenvolvimento de diabetes, por isso o interesse pela atividade

física como complemento no tratamento dessa doença.

Objetivos:

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da natação sobre as alterações

metabólicas e hepáticas resultantes da diabetes.

Métodos:

CEPA 86/2011 Os experimentos foram aprovados pelo protocolo CEPA

86/2011. Foram utilizadas 10 ratas Wistar, com idade de 2 meses, pesando

entre 150g e 200g, para indução de diabetes por meio da aplicação de aloxana

(37 mg/kg/IV). Após 24 horas da indução foi verificada a glicemia e

consideradas diabéticas as ratas com glicemia ≥ 200mg/dL. As ratas

diabéticas foram divididas nos grupos treinado (trei) e sedentário (sed). As

ratas diabéticas do grupo treinado foram submetidas a sessões diárias de

natação durante 30 minutos, em balde de plástico (52cm x 43cm x 40cm;

comprimento x largura x profundidade), com água à temperatura de 30±2oC,

5 dias por semana, durante 5 semanas com carga de 1% do peso corporal.

Todas as ratas passaram por uma semana de adaptação na qual foram

colocadas no tanque com água durante 30 minutos. Após 6 semanas, as

fêmeas de ambos os grupos, foram anestesiadas e laparotomizadas para a

coleta de sangue e fígado. O fígado foi removido, pesado e fixado para

processamento histológico. Foi realizada análise bioquímica dos níveis séricos

de colesterol e triglicerídeo. A análise estatística foi realizada por meio de

Análise de Variância seguido pelo teste de Tukey para as diferenças de peso e

glicemia, e pelo Teste T para diferenças no peso do fígado entre os grupos.

Resultados:

Houve redução da glicemia dos animais do grupo treinado (135,0 ± 4,6 mg/dl,

p < 0,05) em relação ao sedentário (369,7 ± 86,86 mg/dl), no entanto, não

houve diferença no peso corporal (trei: 213,5 ± 17,6 g vs sed: 195,0 ± 14,75 g)

e no peso do fígado (trei: 9,60 ± 1,11 g vs sed: 9,52 ± 0,79 g) após o

treinamento. Observou-se aumento significativo dos níveis séricos de

colesterol e triglicerídeo do grupo sedentário (col: 118,9 ± 13,9 mg/dl, trig:

90,95 ± 10,96 mg/dl), enquanto os animais do grupo treinado apresentaram

aumento somente dos níveis de triglicerídeo (42,9 ± 5,35 mg/dl). Observou-se

uma maior incidência de hepatócitos com vacúolos citoplasmáticos em ambos

os grupos.

Conclusão:

Concluímos que a natação pode auxiliar na redução da glicemia e

colesterolemia resultantes da diabetes. No entanto, o treinamento de natação

não foi capaz de reduzir o acúmulo de glicogênio ou lipídeos citoplasmáticos

nos hepatócitos.

Apoio Financeiro:

CnPq.

Gerado em: 2014-5-21 16:20:44

8.005 - MORFOLOGIA INTESTINAL DE POEDEIRAS COMERCIAIS

SUPLEMENTADAS COM MINERAIS ORGÂNICOS

Medeiros, J. P. , Almeida, J. C. , Silva, I. B. , Leite, S. P. ,

Departamento de Histologia e Embriologia - UFPE

Introdução:

A manutenção da integridade morfofuncional do sistema digestório é de

fundamental importância para o bom desempenho zootécnico de galinhas

poedeiras, pois dela depende a digestão e a absorção de nutrientes para a

conversão do alimento em ovos de consumo. A adição de minerais em dietas

de poedeiras tem resultado em melhoras em diversos parâmetros de

desempenho e qualidade de ovos. Os minerais são substâncias necessárias

para o funcionamento do organismo e que não podem ser sintetizadas em sua

integridade pelo metabolismo das aves. Os minerais inorgânicos atendem às

exigências nutricionais das aves, porém, ao alcançarem o trato

gastrointestinal, podem se complexar com outros componentes da dieta,

dificultando a absorção. Busca-se, atualmente, um maior interesse de fornecer

minerais orgânicos ou fontes quelatadas de minerais.

Objetivos:

Avaliar a morfologia intestinal de poedeiras comerciais suplementadas com

minerais orgânicos.

Métodos:

23076.020479/2011-83 As aves receberam luz natural (12 horas diárias)

durante o período do experimento. As rações oferecidas para os animais foram

à base de milho e farelo de soja, sendo isocalóricas e isoprotéicas, uma delas

sem o suplemento, como diferencial e a outra ração teste, contendo o

suplemento, na proporção de 0,1%. Sendo administrado ao grupo tratado 800g

do produto para cada 1 tonelada de ração. Durante todo o período do

experimento (10 meses, divididos em 4 períodos, de 10 semanas cada) foi

administrado o suplemento mineral (Bioplex® Repro que é uma combinação

de Sel-Plex® (0,3 ppm), Bioplex® Zinco(200g) e Bioplex® Manganês

(200g)) na ração. Os animais foram divididos, ao acaso em 2 grupos, cada um

constituído por 1250 aves, a saber: Grupo I – Controle, aves sem

administração do suplemento; Grupo II – Aves submetidas à administração do

suplemento. Foi avaliada a morfologia do duodeno, todas estas análises foram

realizadas no período de 52 a 82 semanas. Após a ortonásia das aves por

deslocamento cervical, foi feita a coleta dos fragmentos do duodeno, 10 aves

por grupo, estes foram fixados em líquido de BOÜIN por 6 horas.

Posteriormente processados para microscopia de luz. Os resultados foram

avaliados por análise de variância e quando significativa esta foi

complementada pelo teste de comparações múltiplas Tukey e Kramer. Os

dados foram tabulados e processados em programa estatístico SAS (Statistical

Analysis System, 2004). Adotando-se o nível de significância de 5% (p £

0,05). A morfometria da mucosa do duodeno foi obtida através das análises

dos cortes histológicos realizadas com auxílio do microscópio biológico

trinocular Nikon 50i acoplado a um sistema de captura de imagem

microscópica, a unidade de medida utilizada foi micrômetro (µm), com o

auxílio do sistema analisador de imagem. Foram realizadas 10 medidas da

mucosa de cada lâmina estudada.

Resultados:

Ao analisar a morfometria do duodeno das aves, observamos um epitélio

simples cilíndrico preservado em ambos os grupos. Com relação ao

comprimento das vilosidades da mucosa intestinal não houve diferenças

significativas (P>0,05) entre os grupos experimentais, onde o grupo controle

obteve comprimento médio de 2.110 µm e o grupo tratado de 2.115 µm, assim

como também não diferiu com relação à densidade (vilos/área).

Conclusão:

Baseado em nossos resultados, podemos concluir que a suplementação com

minerais orgânicos em poedeiras comerciais não alterou sua morfologia

intestinal.

Apoio Financeiro:

UFPE

Gerado em: 2014-5-21 16:20:44

8.006 - EFEITO DA REMOÇÃO DO BAÇO SOBRE AS PROTEÍNAS

DA COAGULAÇÃO EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE NA

FORMA HEPATOESPLÊNICA

Lopes, T. R. R. , Abreu, G. O. A. , Silva, I. M. S. , Montenegro, S. M. L. ,

Lopes, E. P. A. , Domingues, A. L. C. , Lima, V. L. M. , Leite, L. A. C. ,

Departamento de Biofísica e Radiobiologia - UFPE Departamento de

Imunologia - CPqAM/ FIOCRUZ-PE Departamento de Medicina Clínica

- UFPE Departamento de Bioquímica - UFPE

Introdução:

A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária na qual os pacientes

na forma hepatoesplênica (HE) apresentam manifestações tais como: fibrose

periportal, hipertensão portal, esplenomegalia e consequentemente hemorragia

digestiva. No entanto, muitos pacientes exibem normalidade das provas de

função hepática mesmo com o prolongamento do tempo de protrombina.

Objetivos:

Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito da retirada do baço sobre os

testes da coagulação em pacientes com esquistossomose.

Métodos:

028/11 CEP - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UFPE Foram

selecionados 100 pacientes com esquistossomose, sendo 55 com a forma

hepatoesplênica (grupo I) e 45 esplenectomizados (grupo II). Todos os

pacientes foram submetidos ao exame clínico e à ultrassonografia do

abdômen, no serviço de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da

Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. Foram coletadas amostras de

sangue para determinação do tempo de protrombina (TP), tempo de

tromboplastina parcial ativada (TTPa) tempo de trombina (TT) e fibrinogênio.

Além disso, os fatores (II, VII, VIII, IX e X), antitrombina IIa (ATIIa),

proteína C, ativador do fator tecidual plasminogênio (t-PA), inibidor do

ativador do fator tecidual plasminogênio (PAI-1), foram determinados por

métodos cromogênicos e por ELISA. Pacientes com histórico de alcoolismo,

hepatite B e C, doenças sistêmicas e os que faziam uso de anticoagulantes

foram excluídos.

Resultados:

Quando analisados os parâmetros idade, sexo e padrão de fibrose periportal,

não foi detectada diferença significativa. Os pacientes do grupo I

apresentaram média de veia porta maior que os do grupo II, (1,28cm x

0,96cm), p=0,001. Também foi observado prolongamento do TP nos pacientes

com a forma HE quando comparados com esplenectomizados (19,3 x 13,0

segundos), p=0,001. Em relação às proteínas da coagulação, foi mostrado que

pacientes com a forma HE apresentavam menor valor médio que os pacientes

esplenectomizados, fator II (65,1 x 71,6%), fator VII (49,9x 66,6%) e proteína

C (63,8x 77,7%), p<0,001. Os valores de PAI-1 no grupo I foram menores

que os do grupo II (61,9 x 227,0 ng/dL), p <0,001.

Conclusão:

O presente estudo mostrou que a remoção do baço resultou em melhora dos

parâmetros da coagulação, provavelmente devido à redução da hipertensão

portal.

Apoio Financeiro:

FAPESP, CNPq e CAPES.

Gerado em: 2014-5-21 16:20:44

8.007 - AVALIAÇÃO DO PERFIL HEMOSTÁTICO EM PACIENTES

COM ESQUISTOSSOMOSE NA FORMA HEPATOESPLÊNICA E NA

DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA MISTA

Abreu, G. O. A. , Lopes, T. R. R. , Montenegro, S. M. L. , Lopes, E. P. A. ,

Domingues, A. L. C. , Lima, V. L. M. , Leite, L. A. C. ,

Departamento de Biofísica e Radiobiologia - UFPE Departamento de

Imunologia - CPqAM/FIOCRUZ-PE Departamento de Medicina Clínica

- UFPE Departamento de Bioquímica - UFPE

Introdução:

A esquistosomose é uma doença hepática e parasitária em que os pacientes

que desenvolvem a forma hepatoesplenica (HE) exibem algumas alterações

clínicas, tais como fibrose periportal, hipertensão portal e esplenomegalia que

resulta no sangramento digestivo.

Objetivos:

O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil hemostático e os testes de função

hepática em pacientes com esquistossomose na forma HE e nos pacientes com

doença hepática mista.

Métodos:

028/11 CEP - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UFPE Foram estudados

85 pacientes, onde os mesmos foram divididos em dois grupos: Grupo I

aqueles que apresentavam apenas a forma HE e Grupo II aqueles que exibiam

associação entre esquistossomose na forma HE e hepatite B ou C (doença

hepática crônica mista). Os fatores da coagulação (II, VII, VIII, IX e X),

proteína C (PC), antitrombina IIa (ATIIa) e D-dímero (DD) foram dosados a

partir de métodos cromogênicos (Density plus,Trinity Biotech, Ireland). Os

níveis séricos de albumina foram determinados por método colorimétrico

(Cobas 6000, Roche, US).

Resultados:

Quando analisados testes de função hepática de rotina, os pacientes do grupo

II exibiam níveis séricos de albumina menores que os pacientes do grupo I

[3,4 x 4,0 g/dL] (p<0,001). Para os testes de coagulação, os pacientes do

grupo II apresentaram atividade reduzida de fator VII (41,5 x 49,9%, p=0,02)

e fator II (52,8 x 65,1%, p<0,0001) quando comparados aos pacientes do

grupo I. Além disso, os níveis de proteína C e ATIIa no grupo II foram

menores que pacientes do grupo I (50,2 x 63,8% p<0,01), (69,2 x 91,0%

p<0,0001), respectivamente. Os níveis plasmáticos de DD no grupo II foram

maiores que os pacientes do grupo I (469,0 x 210,0 ng/dL, p <0,001).

Conclusão:

O presente estudo indica que testes de função hepática e o perfil hemostático

sofrem influência da infecção pelo vírus da hepatite B ou C, provavelmente

devido a um maior dano hepático nestes pacientes com consequente

diminuição da capacidade de síntese das proteínas da coagulação.

Apoio Financeiro:

FAPESP, CNPq e CAPES.

Gerado em: 2014-5-21 16:20:44

8.008 - INVESTIGAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ENZIMAS

DIGESTÓRIAS DO INTESTINO DE APAIARI (Astronotus ocellatus)

Lino, L. H. S. , Andrade, D. H. H. , Silva, J. F. , Nascimento, L. C. P. ,

Silva, M. M. , Moreira, L. M. S. V. L. , Soares, K. L. S. , Ferreira, A. C.

M. , Bezerra, R. S. ,

Departamento de Bioquímica - UFPE

Introdução:

Dentre as espécies de peixes com potencial comprovado para a piscicultura

ornamental, destaca-se o Astronotus ocellatus. Esta espécie, conhecida como

Apaiari ou Oscar, é nativa da região Amazônica, porém encontra-se

disseminada em quase todo o Brasil. Apesar do potencial comprovado para o

cultivo de A. ocellatus, a criação deste peixe em cativeiro ainda apresenta

limitações. Conhecimentos referentes à sua biologia e às técnicas apropriadas

de cultivo ainda necessitam ser aprimorados. Além disso, existe ainda uma

enorme lacuna no que diz respeito aos conhecimentos acerca de suas

necessidades nutricionais.

Objetivos:

Dessa forma, o presente trabalho objetivou investigar e caracterizar enzimas

digestórias do intestino de A. ocellatus.

Métodos:

Para a realização deste trabalho foram utilizadas apenas as vísceras do peixe

A. ocellatus. Estes resíduos seriam descartados no ambiente local, pois não

apresentam valor comercial. Os subprodutos rejeitados foram aproveitados

para obtenção de biomoléculas ativas. Para tanto, foram adquiridas vísceras

de exemplares adultos de A. ocellatus, as quais seriam descartadas no

ambiente. O material sem valor comercial (víscera) foi oriundo de pescadores

no município de Paulo Afonso?BA. Os tecidos das vísceras foram

homogeneizados em solução tampão Tris HCl 0,01M pH 8,0 com 0,9% de

NaCl (p/v) obtendo-se o extrato bruto. Foram determinadas as atividades

proteolíticas utilizando substrato inespecífico (azocaseína) e específicos:

BApNA (tripsina) e SApNA (quimotripsina). A influência da temperatura

(25º- 85ºC) e do pH (tampão Glicina-HCl 0,25M para a faixa de pH 1,5-3,5,

tampão Citrato-Fosfato 0,25M para a faixa de pH 4,0-7,0, tampão Tris-HCl

0,25M para a faixa de pH de 7,5-8,5 e tampão Glicina-NaOH 0,25M para pH

9,0-12,0) na atividade enzimática foi avaliada. A estabilidade da enzima ao

pH e temperatura foi realizada de acordo com Klomklao (2007) modificado. O

efeito de inibidores de proteases, tais como: TLCK 4 mM e Benzamidina

4mM (inibidores de tripsina), TPCK 4 mM (inibidor de quimotripsina) e

PMSF 4 mM (inibidor de serino-proteases), sobre atividade enzimática

também foi investigado.

Resultados:

A atividade proteolítica total resultou em 0,840±0,04U.mg-1, enquanto as

atividades proteolíticas específicas foram 0,603±0,10U.mg-1(tripsina) e

0,493±0,05U.mg-1 (quimotripsina). A atividade tríptica máxima foi observada

a 60°C e pH 9,0. Entretanto a protease mostrou-se sensível a temperaturas

acima de 60°C. A mesma manteve-se estável entre pH (6 a 8,5), perdendo

mais de 50% de sua atividade acima do pH 9,0. A atividade enzimática foi

fortemente inibida pelo TPCK (99,3%) e Benzamidina (99,1%), enquanto

PMSF e TPCK inibiram cerca de 30,4% e 17,26%, respectivamente.

Conclusão:

Os resultados evidenciaram a presença de proteases digestivas do tipo tripsina

e quimotripsina no intestino de A.ocellatus. A tripsina tem um papel

fundamental na digestão de proteínas e os resultados obtidos neste trabalho

fornecem informações importantes para a compreensão da fisiologia digestiva

e o desenvolvimento de uma gestão adequada no processo de cultivo da

espécie.

Apoio Financeiro:

CNPq, FACEPE

Gerado em: 2014-5-21 16:20:45

8.009 - EFEITO DE METAIS PESADOS SOBRE A ATIVIDADE

PROTEOLÍTICA DO ESTÔMAGO DE PINTADO (Pseudoplatystoma

corruscans)

Andrade, D. H. H. , Silva, J. F. , Lino, L. H. S. , Neri, R. C. A. , Santana,

W. M. , Ferreira, A. C. M., Roberto, N. A. , Marcuschi, M. , Bezerra, R.

S. ,

Departamento de Bioquímica - UFPE

Introdução:

Dentre as espécies de peixes que apresentam um grande potencial para a

aquicultura nacional, está o Pintado (Pseudoplatystoma corruscans).

Pertencente à família Pimelodidae, a espécie carnívora pode ser encontrada

nos rios São Francisco, Amazonas e Paraná. Este é um dos peixes de água

doce de maior valor comercial, considerado produto nobre por apresentar

carne saborosa, com baixo teor de gordura e ausência de espinhas

intramusculares, o que o torna adequado aos mais variados preparos.

Entretanto, devido à frequente contaminação dos ambientes dulcícolas por

esgoto industrial e urbano, grandes prejuízos podem ser causados à biota. Os

peixes possuem uma boa capacidade de acumular metais ou de terem seu

metabolismo alterado quando exposto a estes xenobióticos, os quais podem,

dependendo da concentração, provocar problemas toxicológicos.

Objetivos:

Baseado nestas informações, o trabalho objetivou a avaliação da atividade

proteolítica da pepsina do estômago de P. corruscans na presença de diferentes

íons metálicos.

Métodos:

Para realização da referente pesquisa foram utilizadas apenas as vísceras do

peixe Pintado. O resíduo ou subproduto, sem valor comercial, seria totalmente

descartado no ambiente. O material foi adquirido de pescadores no município

de Pilão Arcado - BA. Os peixes não foram capturados para esta pesquisa.

Foram utilizadas apenas o material rejeitado pelos pescadores. Para tanto,

foram obtidas vísceras de exemplares adultos de P. corruscans, as quais

seriam descartadas no ambiente. O material sem valor comercial (víscera) foi

adquirido com pescadores no município de Pilão Arcado–BA. Os tecidos

estomacais foram homogeneizados em solução de NaCl 0,9% (p/v) obtendo-se

o extrato bruto. As atividades proteolíticas do extrato bruto foram realizadas

utilizando hemoglobina 2% como substrato específico, na presença de

diferentes íons metálicos sob a forma de sais (AlCl3, CdCl2, HgCl2, MgCl2,

BaCl2, CaCl2 e CuCl2). Os íons foram testados nas seguintes concentrações:

0,5 mM, 1,0 mM, 2,5 mM e 5,0 mM. A atividade 100% da enzima foi obtida

na ausência dos metais. Todos os ensaios ocorreram a 37°C e pH 2,0.

Resultados:

Em comparação com o controle, houve uma maior inibição da atividade

enzimática do estômago na presença de Ba2+ (24,7%), K+ (17,4%), Mg2+

(16,5%), Ca2+ (16,0%), Hg2+ (11,7%) e Al3+ (10,6%) a 5 mM.. Em relação

à concentração de 2,5 mM, os íons K+ (23,4%), Mg2+ (21,2%), Ba2+

(13,0%), Ca2+ (11,3%) e Al3+ (9,4%) apresentaram valores de inibição

enzimática mais elevados. Na concentração de 1 mM, os íons Ba2+, Mg2+,

K+ e Al3+ inibiram a atividade de pepsina em cerca de 23,7%, 20,7%, 16,9%

e 10,9%, respectivamente. A inibição da atividade enzimática na presença de

íons a 0,5 mM apresentou valores mais elevados para os seguintes elementos:

K+ (22,3%), Mg2+ (21,1%), Ba2+ (15,1%), Ca2+ (12,6%) e Cd2+ (10,0%).

Conclusão:

De acordo com o exposto, observou-se uma influência negativa de íons

metálicos sobre a principal enzima digestiva do estômago de P. corruscans,

evidenciando sua vulnerabilidade quando expostos a estes contaminantes.

Além disso, estes resultados demonstram que esta biomolécula pode servir

como um biomarcador de contaminação por metais pesados e possível

reconhecimento de impactos antrópicos no ecossistema dulcícola.

Apoio Financeiro:

CNPq, FACEPE

Gerado em: 2014-5-21 16:20:45

8.010 - INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE ASPARTAME SOBRE A

INGESTÃO ALIMENTAR E PARÂMETROS FÍSICOS EM RATOS

ADOLESCENTES

Souza, M. A. , Silva, A. E. , Gomes, M. S. C. , Frazao, M. F. , Soares, J. K.

B. ,

Nutrição - UFCG

Introdução:

Nos últimos anos, o consumo de alimentos diet e light têm aumentado

constantemente, promovendo um maior investimento na elaboração de novos

produtos direcionados consumidores que estão à procura de alimentos com

baixo teor calórico. Surgindo assim no Brasil diversos edulcorantes, dentre os

quais, os mais comercializados são o ciclamato, a mistura de sacarina e o

aspartame. O aspartame, ou éster metílico de N-alfa-aspartil-L-fenilalanina,

esta sendo amplamente consumido por adolescentes ou aqueles que se

consideram com excesso de peso. Esse fato pode estar associado ao estágio de

vida que os adolescentes se encontram, somado ao apelo mercadológico,

predispondo assim, o consumo de grandes quantidades de produtos contendo

este edulcorante (refrigerantes, sorvetes e goma de mascar), e por se tratar de

um organismo em formação, a consequência do consumo exacerbado é de

suma importância para o conhecimento dos profissionais de saúde. Além

disso, o seu uso gera grande polêmica, pois alguns estudos sugerem que pode

ajudar a controlar o peso, enquanto outras pesquisas advertem que o mesmo

pode estimular o apetite.

Objetivos:

Avaliar os efeitos do aspartame sobre ingestão alimentar e parâmetros físicos

em ratos adolescentes.

Métodos:

A referida pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética animal da UFCG, nº

128-2013. A referida pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética animal da

UFCG, nº 128-2013. Foram utilizados 18 ratos machos, adolescentes, da

linhagem Wistar, com cinco semanas de idade e tratados durante 28 dias. Os

animais foram alocados aleatoriamente em dois grupos: grupo controle (GC) –

tratados com água destilada por gavagem; grupo aspartame (GA) –tratados

com solução contendo 50 mg/kg de aspartame. Todos os animais receberam

ração comercial (Essence ®) e água ad libitum. O controle da ingestão

alimentar foi realizado semanalmente. Ao final do experimento, os animais

foram anestesiadas com Cloridrato de Quetamina e Xilazina e a circunferência

torácica (CT), a abdominal (CA) e o comprimento, foram medidas com fita

métrica (cm). O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado utilizando peso

corporal e o comprimento do animal (g/cm²). A gordura visceral total foi

retirada e pesada (g).

Resultados:

Os ratos tratados com aspartame apresentaram um aumento significativo no

peso corpóreo na primeira (GA: 150 ± 13,96 x GC: 139,25 ± 13,48), segunda

(GA: 192 ± 17,53 x GC: 168,75 ± 20,37) e terceira semana (GA: 228, 29 ± 17,

18 x GC: 204,86 ± 18,97) quando comparados ao grupo controle (P<0,05). O

mesmo foi observado com a ingestão alimentar da primeira. (GA: 160,67 ±

9,17 x GC: 150 ± 8,94), segunda (GA: 164,22 ± 15,01 x GC: 151,71 ± 15,51)

e terceira semana (GA: 185,71 ± 23,02 x GC: 158,67 ± 13,95), onde o GA

apresentou maiores valores durante todo experimento (P<0,05). Não houve

diferença nos parâmetros físicos analisados do grupo GA e GC

respectivamente: A CT (12 ± 1,03 x 12 ± 0,71), CA (14 ± 1,36 x 13,50 ±

1,25), comprimento (21,50 ± 0,71 x 21,25 ± 1,04), IMC (0,46 ± 0,06 x 0,50 ±

0,02), Gordura Visceral (5,52 ± 1,50 x4,54 ± 1,87). Para as análises dos dados

foi utilizado o teste de teste t-student com nível de significância P≤ 0,05.

Conclusão:

De acordo, com os resultados óbitos podemos perceber que o aspartame

proporcionou um aumento significativo tanto na ingestão alimentar quanto no

ganho de peso. Desta forma o mesmo não pode ser considerado a melhor

opção para substituição do açúcar por indivíduos que almejam uma redução

calórica, tendo em vista que este não garante perda ou manutenção do peso

corporal.

Apoio Financeiro:

Gerado em: 2014-5-22 10:05:24

8.011 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS INIBITÓRIOS DE

INGREDIENTES POTENCIAIS PARA A INDÚSTRIA DE RAÇÕES

SOBRE AS PROTEASES DIGESTIVAS DE ESPÉCIES DE PEIXES DE

INTERESSE COMERCIAL.

Moreira, L. M. S. V. L. , Lima, I. J. , Soares, K. L. S. , Santos, J. F. ,

Santos, J. F. , Silva, M. M. , Cahú, T. B. , Lino, L. H. S. , Roberto, N. A. ,

Bezerra, R. S. ,

Departamento de Bioquímica - UFPE Departamento de Engenharia de

Pesca - UFRPE/UAST

Introdução:

Atualmente, a aquicultura está em crescente desenvolvimento devido a grande

demanda mercadológica de pescados e seus derivados. Muitas espécies de

interesse econômico possuem cultivos com elevados valores, sendo a

alimentação fornecida aos animais a maior parcela desses custos, 70% dos

custos totais. Atualmente as fontes de proteína mais usadas na fabricação de

rações são de origem vegetal e a farinha de peixe, porém esta última é uma

alternativa não sustentável e de alto custo. A proteína utilizada na formulação

de rações influencia nos processos digestivos dos peixes alterando as

atividades proteolíticas, acarretando modificações no processo de digestão e

absorção dos aminoácidos essenciais, responsáveis pelo bom funcionamento

fisiológico dos animais.

Objetivos:

Com isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar as atividades enzimáticas de

proteases do intestino de peixes de interesse comercial frente a ingredientes de

rações comerciais e três bioprodutos com potencial uso na fabricação de

rações.

Métodos:

Os órgãos dos peixes obtidos para a realização dos experimentos foram

obtidos em rejeitos da indústria de beneficiamento de pescados em Recife -

Pernambuco, a empresa que cedeu os rejeitos para esse trabalho foi a Noronha

Pescados. Os intestinos dos peixes das espécies tilápia do Nilo (Oreochromis

niloticus), pintado (Pseudoplatystoma corruscans), oscar (Astronotus

ocellatus), tucunaré (Cichla ocellarin) e curimatã (Prochilodus costatus),

foram obtidos de uma indústria de beneficiamento. Extratos brutos desses

órgãos foram obtidos para a realização dos experimentos de atividade

proteolítica e de inibição proteolítica alcalina. Os ingredientes comerciais,

proteína de origem vegetal e farinha de peixe, foram obtidos em casas de

rações. Os bioprodutos I, II, III e a proteína alternativa de origem animal

foram preparados a partir do reaproveitamento de resíduos da indústria de

beneficiamento. Para a obtenção das atividades proteolíticas totais foi

utilizado o substrato azocaseína 1%, à temperatura ambiente. Para os testes de

inibição os ingredientes e bioprodutos foram incubados com os extratos brutos

dos intestinos e depois foram testadas as atividades proteolíticas com o

substrato azocaseína 1%, esses resultados foram comparados com os das

atividades proteolíticas totais e apresentados em forma de média/desvio

padrão. Para as análises estatísticas foram realizados testes de análise de

variância (ANOVA) e o teste de Tukey, com nível de significância P<0,05,

utilizando o programa Origin 8.0.

Resultados:

A espécie que obteve uma maior atividade proteolítica, em U · mg Proteína-1,

foi o oscar (1,92 ± 0,08) e a menor atividade o tucunaré (1,29 ± 0,25). Quanto

aos efeitos inibitórios, a proteína de origem vegetal mostrou inibição para

todas as espécies, tendo a tilápia do Nilo a menor atividade proteolítica

residual (27,4 ± 6,8%). A farinha de peixe comercial mostrou uma mínima

inibição, o pintado mostrou a maior inibição com atividade residual de 89,6 ±

11,8%. Quanto aos bioprodutos formulados em laboratório, todos mostraram

relativa baixa inibição, o bioproduto III mostrou a maior inibição para o

curimatã com atividade residual de 70,0 ± 8,1%. A proteína alternativa de

origem animal mostrou maior inibição para o tucunaré, com atividade residual

de 69,6 ± 2,6%.

Conclusão:

Os bioprodutos mostraram baixas inibições proteolíticas, o que indica que eles

podem ser boas alternativas de fontes proteicas na fabricação de rações para

peixes de agregado valor comercial.

Apoio Financeiro:

FACEPE, CNPq, CAPES, FINEP, EMBRAPA, PETROBRAS.

Gerado em: 2014-5-22 10:05:24

8.012 - CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DA TRIPSINA-SÍMILE

DO TAMBAQUI (Colossoma macropomum) ATRAVÉS DE

DICROÍSMO CIRCULAR

Nascimento, L. C. P. , Marcuschi, M. , Silva, J. F. , Monte, F. T. D. , Silva,

M. M. , Ferreira, A. C. M. , Silva, R. P. F. , Ferreira, A. C. M. , Andrade,

D. H. H. , Bezerra, R. S. ,

Bioquímica - UFPE

Introdução:

A determinação da estrutura secundária (α-hélice, conformações β, voltas e

estrutura desenovelada) de muitas proteínas tem sido alcançada com sucesso

através da técnica de Dicroísmo Circular (DC). No presente trabalho, o objeto

de estudo escolhido para a realização de análises estruturais foi a tripsina do

trato digestório do peixe tambaqui (Colossoma macropomum).

Objetivos:

O presente trabalho buscou caracterizar a estrutura secundária da tripsina do

tambaqui, comparando-a à tripsina suína, para melhor compreender as

divergências comportamentais desta enzima.

Métodos:

O experimento foi realizado com vísceras de peixe de origem comercial. O

peixe é processado na própria empresa (Peixe vivo), a qual realiza o processo

de despesca e evisceração do animal, e nos fornece os subprodutos deste

processamento (víscera, carcaça, pele, escama etc.) Caso as vísceras não nos

fossem repassadas, as mesmas seriam descartadas como resíduos sólidos, no

lixo comum e sem tratamento, já que as estas não apresentam interesse

comercial para empresas de pescado. Inicialmente foram coletados os cecos

pilóricos de três exemplares juvenis de C. macropomum na empresa Peixe

Vivo. Os tecidos foram homogeneizados com tampão Tris-HCL 0,1M pH 8,0.

A tripsina foi purificada em três etapas: (1) aquecimento a 45oC por 30 min.;

(2) precipitação salina com sulfato de amônio (3) cromatografia de afinidade

com p-aminobenzamidina-agarose. A tripsina comercial de porco (sigma)

também foi submetida a purificação com p-aminobenzamidina-agarose. O

efeito da temperatura (10 a 80 ºC) sobre a estrutura secundária das enzimas foi

analisado pela técnica de dicroísmo circular. As tripsinas foram também

submetidas à presença do surfactante Dodecil Sulfato de Sódio (SDS) a 1%.

Os valores de elipticidade, pontos fixos dos espectros de dicroísmo (200 nm e

222 nm para os ensaios com temperatura e SDS, respectivamente), foram

comparados por análise de variância (ANOVA) seguida de teste de Tukey. As

diferenças foram relatadas como estatisticamente significantes quando p<0,05.

Resultados:

Ambas as enzimas estudadas apresentaram estrutura secundária típica de

tripsinas, com um baixo índice de α-hélice, alta concentração de β-folha e

voltas. Proteínas desnaturadas em geral geram espectros com picos negativo

em 200 nm. Os valores de elipticidade em 200 nm da proteína de porco a

partir de 60 °C (-4372.13 ± 834.84 deg cm-2 dmol) é significativamente

inferior ao das temperaturas anteriores (ex: 55°C, -2691.00 ±671.97 deg cm-

2 dmol). Já o tambaqui só apresentou diferenças significativas em 80 °C (-

6545.74 ± 1235.57 deg cm-2 dmol), o qual foi significativamente superior a 75

°C (-3452.02 ± 704.10 deg cm-2 dmol), porém este último não teve diferença

significativa com nenhuma das demais temperaturas. Estes resultados

apontam para a maior resistência estrutural da tripsina do tambaqui ao

aquecimento, quando comparada à de porco. Após interação com o SDS 1%,

o espectro de dicroísmo da tripsina de porco foi modificado, de forma que o

pico em 222 nm da enzima com e sem SDS foram significativamente

diferentes (-2146.59 ± 236.44 e -6300.89 ± 273.27 deg cm-2 dmol,

respectivamente). Já a tripsina do tambaqui não apresentou nenhuma diferença

visual em seus espectros e os picos em 222 nm com e sem SDS não foram

significativamente diferentes (-2697.16 ± 357.94 e -2117.83 ± 130.60 deg cm-

2 dmol, respectivamente). Um pico negativo em 222 nm é parte de um

espectro típico para proteínas ricas em alfa-helice, e esse resultado indica a

ocorrência de um dobramento parcial da tripsina de porco, com diminuição de

estrutura em beta e aumento de α-hélices.

Conclusão:

Assim, pode-se considerar que a tripsina do tambaqui se mostrou mais ativa e

robusta do que a tripsina de porco, características que são imprescindíveis

para aplicações industriais, principalmente aquelas que se dão em presença de

agentes desnaturantes e temperaturas até 60°C.

Apoio Financeiro:

FACEPE, CAPES e CNPq.

Gerado em: 2014-5-22 10:05:24

8.013 - CARACTERIZAÇÃO DE COLESTEROL TOTAL EM LEITE

BOVINO, CAPRINO E MISTO

Andrade, A. E. B. , Beltrão, F. A. S. ,

Departamento de Alimentos - UFPB

Introdução:

O colesterol é uma substância pertencente ao grupo dos lipídios, que

desempenha funções importantes no organismo, sendo constituinte de todas as

células do corpo, essencial na produção de ácidos biliares, precursor de

hormônios e da síntese da vitamina D3. A maior parte do colesterol do

organismo humano, aproximadamente 70%, é proveniente da síntese

biológica, sendo que apenas 30% são fornecidos pela dieta, denominado de

colesterol exógeno

Objetivos:

A proposta deste trabalho foi quantificar o teor de colesterol total em leite

bovino, caprino e misto, utilizando Cromatografia Líquida de Alta Eficiência

(CLAE).

Métodos:

Não se aplica porque é um experimento com alimento A dosagem de

colesterol total foi realizada tomando-se por base o método de Bragagnolo e

Rodriguez-Amaya ( 325-34,1992), o qual é constituído de quatro etapas:

extração dos lipídeos, saponificação, extração dos lipídeos insaponificáveis e

injeção do extrato lipídico no cromatógrafo CLAE. Dentre as extrações

lipídicas apresentadas optou-se pela extração por FOLCH et al. (456-45 e

46,1957). A analise estatistica foi um DIC com esquema fatorial 3x3, e um

teste de tukey ao nível de 5 % de significancia.

Resultados:

Quantificou-se o teor de colesterol total leites bovino, caprinos e misto.

Realizaram-se análises em triplicata, obtendo valores médios de

68,61mg/100g para o leite bovino, 68,69 mg/100g para o leite caprino e 88,37

mg/100g para leite misto. Com os resultados obtidos foi possível determinar o

valor da Curva de calibração de colesterol (Unidades de absorbância x

Concentração) para amostras com concentração de 0,003 a 0,3 mg de

colesterol/ml da fase móvel como descrito na equação y=0,064x- 0,001 e R2

=0,9552. Os resultados para o colesterol total em leite bovino foi de 65,49, o

leite caprino 56,14 e o leite misto foi de 84,21, sendo o leite misto o mais

recomendado ao nivel de 5% de variação.

Conclusão:

Os resultados experimentais obtidos neste trabalho mostraram que o colesterol

total de leite bovino, caprino e misto, estão dentro dos padrões normais de

colesterol total para leite em geral.

Apoio Financeiro:

UFPB

Gerado em: 2014-5-22 10:05:24

8.014 - RESTRIÇÃO PROTEICA PERINATAL E SUAS

IMPLICAÇÕES NO METABOLISMO HEPÁTICO DE RATOS

JUVENIS

Lima, T. R. L. A. , Costa, P. C. F. , Filho, R. C. S. , Freitas, C. M. ,

Santana, D. F. , Silva, G. S. M. , Lagranha, C. J. , Fernandes, M. P. ,

Núcleo de Nutrição - UFPE Núcleo de Educação Física e Ciências do

Esporte - UFPE Pós Graduação em Neuropsiquiatria do Comportamento

- UFPE

Introdução:

Durante o período critico do desenvolvimento, o corpo pode sofrer influência

de fatores externos, como a desnutrição, o que pode induzir mudanças

metabólicas crônicas em diferentes órgãos e tecidos.

Objetivos:

Avaliar os efeitos de uma restrição proteica perinatal no metabolismo hepático

de ratos juvenis.

Métodos:

23076.044262/2010-88 Foram utilizados ratos machos da linhagem Wistar. O

presente trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em estudos com animais

do Centro de Ciências Biológicas da UFPE (n°23076.044262/2010-88). As

ratas prenhas foram divididas em dois grupos de acordo com a dieta fornecida:

controle (caseína a 17%) e desnutridas (caseína a 8%). Na lactação, as ratas

continuaram recebendo dieta conforme o grupo experimental e após o

desmame (21 dias de idade) os filhotes receberam dieta de laboratório

Labina®. As análises metabólicas ocorreram quando os animais completaram

50 dias. Foi avaliado o peso do fígado do animal, os níveis de peroxidação

lipídica pela metodologia de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico

(Buege & Aust. Methods Enzymol. 52:302-10, 1978), atividade de enzimas

antioxidantes como superóxido dismutase (Misra & Fridovich. J. of Biol.

Chem. 247:3170-75, 1972) e catalase (Aebi. Meth. Enzym. 105:121-26,

1984), como também a atividade da enzima citrato sintase (Alp et al.

Biochem. J. 154(3): 689-700, 1976).

Resultados:

Foi verificada uma redução no peso do fígado dos animais desnutridos em

relação ao grupo controle (Controle: 6,08±0,16 g (n=4) vs Desnutrido:

5,02±0,08 g (n=5), p<0,05). Houve um aumento da peroxidação lipídica no

grupo desnutrido (Controle: 0,27±0,02 nmol/mg de proteína (n=3) vs

Desnutrido: 0,48±0,06 nmol/mg de proteína (n=4), p<0,05), acompanhado de

uma diminuição na atividade da enzima superóxido dismutase (Controle: 0,26

± 0,03 U/mg de proteína (n=4) vs Desnutrido: 0,16 ± 0,02 U/mg de proteína

(n=5), p<0,05). Em relação à atividade da enzima antioxidante catalase não

houve diferença significativa entre os grupos (Controle: 0,252 ± 0,019 mU/mg

de proteína (n=4) vs Desnutrido: 0,257 ± 0,035 mU/mg de proteína proteína

(n=5)). A atividade de uma enzima reguladora do ciclo de Krebs, a citrato

sintase, foi significativamente menor no grupo desnutrido em relação ao

controle (Controle: 90,9±4,72 nmol/min/mg proteína (n=3) vs Desnutrido:

63,8±5,19 nmol/min/mg proteína (n=5), p<0,05).

Conclusão:

Em resposta aos dados obtidos pode-se sugerir que a desnutrição proteica

perinatal durante o período crítico do desenvolvimento induz redução no peso

do fígado dos animais desnutridos, além de acarretar aumento de peroxidação

lipídica, provavelmente em virtude da diminuição na atividade da enzima

antioxidante superóxido dismutase. A redução na atividade da enzima citrato

sintase pode comprometer o metabolismo oxidativo dos animais desnutridos,

com prejuízo da oxidação de acetil-CoA e liberação de coenzimas reduzidas

(NADH e FADH2), essenciais ao balanço redox do organismo.

Apoio Financeiro:

FACEPE

Gerado em: 2014-5-22 10:05:24

8.015 - IMPACTO DA SUPLEMENTAÇÃO DIÁRIA DE

EDULCORANTE SOBRE O GANHO DE PESO E PARÂMETROS

BIOQUÍMICOS DE RATOS WISTAR JOVENS.

Pereira, D. E. , Queiroz, . M. P. , Barbosa, V. S. A. , Sampaio, T. B. M. ,

Holanda, C. M. C. X. , Medeiros, D. M. F. , Sousa, M. M. , Soares, J. K. B.

,

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFCG DEPARTAMENTO DE

CIÊNCIAS DA SAÚDE - UFRN DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA

SAÚDE - UNP

Introdução:

O consumo de açúcar tem sido correlacionado com aumento do risco de

doenças crônicas e obesidade, só no Brasil o consumo deste produto chega em

média á 16,4% das calorias totais diárias. Como alternativa para a diminuição

da ingestão de açúcar o consumo de adoçantes tem se tornado cada vez mais

frequente, pelo fato de ser um produto de baixo teor calórico. Porém, estudos

tem relacionado o consumo crônico destes produtos com o acúmulo de

gordura visceral, hipertrigliceridemia, inflamação, esteatose hepática e

resistência à insulina.

Objetivos:

Avaliar as repercussões da suplementação diária de edulcorante natural

(frutose) sobre a bioquímica de ratos Wistar jovens.

Métodos:

C E P n º 128 - 2013 Foram utilizados 16 ratos machos da linhagem wistar (35

dias de vida), os quais foram divididos em 2 grupos (n=08): GC (controle):

tratado com água destilada; GF (frutose): tratado com 50mg/kg de frutose.

Todos os animais receberam água e dieta comercial Essence (Purina) ad

libitum e suplementação com edulcorante uma vez ao dia por gavagem, sendo

administrado 2ml/g/dia durante 28 dias. O ganho de peso e o consumo de

ração foram aferidos semanalmente. Ao final do experimento os animais

foram anestesiados com Cloridrato de Quetamina e Cloridrato de Xilazina (1

ml/kg de peso), sendo posteriormente submetidos a punção cárdica para a

retirada das amostras de sangue. O sangue coletado foi imediatamente

centrifugado a 3000rpm, por 10 minutos, após a separação do plasma

realizou-se as seguintes análises bioquímicas: alanina aminotransferase

(ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina, Gama glutamil

traspepitidase (GGT), bilirrubina total, bilirrubina direta e indireta, colesterol

total e frações (LDL e HDL), triglicerídeos (TG), proteína total e frações

(albumina e globulina), utilizando-se o auto-analisador bioquímico Konelab

60i (kit de teste de Weiner, São Paulo, Brasil). Utilizaram-se médias, desvio

padrão para as variáveis numéricas, para comparação entre os grupos

empregou-se o test-T.

Resultados:

A suplementação de frutose não alterou o consumo alimentar entre os grupos.

O GF (49,67±4,24) apresentou maior ganho de peso do que o GC

(33,01±4,02) na 1ª semana (p<0,05), porém não houve diferença na 2ª e 3ª

semana. Quanto aos parâmetros bioquímicos o GF apresentou maiores valores

comparado com o GC respetivamente nos seguintes parâmetros: AST

(268±54,04 UI/L versus 43,25±3,20 UI/L), Bilirrubina Indireta (0,38±0,13

UI/L versus 0,15±0,06 UI/L), Fosfatase Alcalina (775,2±177,01 UI/L versus

212,50±73,20 UI/L) e do GGT (8,25±2,06 UI/L versus 1,68±0,36 UI/L)

(P<0,05). No que diz respeito aos demais parâmetros bioquímicos não foi

observado diferença estatística significativa entre os grupos.

Conclusão:

No presente estudo, a frutose foi ofertada em quantidade considerada segura

para o consumo humano e mesmo assim demonstrou que pode alterar o peso

corporal e parâmetros bioquímicos envolvidos com danos hepáticos. Este

adoçante é comumente presente em bebidas açucaradas e outros alimentos

consumidos por jovens. Pesquisa futura que avaliem um consumo mais

prolongado em animais jovens deve ser realizada.

Apoio Financeiro:

Gerado em: 2014-5-22 10:05:24

8.016 - DIETA HIPERLIPÍDICA DURANTE PERIODO PERINATAL E

PÓS DESMAME: EFEITOS SOBRE CONSUMO ALIMENTAR E

GANHO DE PESO EM RATOS JOVENS

Santos, L. S. , Perez, G. S. , Cordeiro, G. S. , Almeida, K. T. , Deiró, T. C.

B. J. , Santo, D. A. E. , Sousa, A. C. S. , Macedo, A. P. A. , Medeiros, J. M.

B. ,

Ciências da Nutrição - UFBA

Introdução:

Durante a gestação e lactação, variações ou inadequações na nutrição da

genitora podem refletir em alterações nos sistemas fisiológicos dos seus

descendentes (FOWDEN et al. Physiol. 21:29, 2006). Pesquisas tem

demonstrado que o consumo alimentar na vida adulta pode ser influenciado

por agressões nutricionais no período critico de desenvolvimento (OLIVEIRA

et al. Lipids. 46(11):1071, 2011; BARRETO-MEDEIROS et al. Nutrit. Neuro.

5 (3): 211, 2002).

Objetivos:

Avaliar o efeito de dieta hiperlipídica durante a gestação e lactação sobre o

consumo alimentar e percentual de ganho ponderal em ratos jovens

alimentados ou não com a dieta materna após o desmame.

Métodos:

02/13 Aprovado pelo Comitê de Ética em experimentação animal da

Faculdade de odontologia da UFBA. Protocolo 02/13. Ratos jovens, da

linhagem Wistar, descendentes de ratas alimentadas com dieta padrão (grupo

controle - GC) ou alimentadas com dieta hiperlipídica (H) (grupo hiperlipídica

- GH), durante a gestação e lactação, foram subdivididos em quatro grupos,

provenientes de quatro ninhadas diferentes: Grupo descendentes controle

(GDCC, n=11), formado por descendentes de ratas do grupo C e alimentados

com dieta controle até 60 dias de vida, Grupo descendentes

controle/hiperlipidica (GDCH, n=10), formado por descendentes de ratas do

GC e alimentados com dieta hiperlipídica a partir do 21º dia de vida, Grupo

descendente hiperlipídica controle (GDHC, n=9), composto por descendentes

do GH e alimentados com dieta padrão a partir do desmame e Grupo

descendente hiperlipídica (GDHH, n=10), composto por descendentes do GH

e alimentados com dieta hiperlipídica até 60 dias de vida. No 1° dia de vida,

no desmame (21°), 28° e 60°dia, foi aferido o peso corporal para observar o

percentual do ganho de peso nos períodos. Aos 45 dias, os animais foram

alocados em gaiolas individualizadas para verificação do consumo alimentar

em dias alternados (45° ao 60° dias de vida). A comparação entre cada grupo

nutricional foi realizada pelo método ANOVA e teste de Tukey (p<0,05).

Resultados:

As análises dos dados (média±EP) evidenciaram que houve diferença

significativa entre os grupos em relação ao percentual do ganho ponderal no

21° dia da lactação para os animais dos grupos GDHC e GDHH (GDCC:

494,68±10,28; GDCH: 524,74±12,94; GDHC: 542,63±18,93; GDHH:

547,35±27,13). Após o desmame, não houve diferença no ganho de peso entre

todos os grupos (28°: GDCC= 164,49±9,16; GDCH= 138,12±8,62; GDHH=

149,16±4,77; GDHC= 120,71±4,04; 60º:GDCC= 230,81±17,28; GDCH=

206,19±12,32; GDHH= 223,03±19,81; GDHC= 234,17±11,23), assim como

não houve diferença significativa na média do consumo alimentar (GDCC:

25,88±0,79; GDCH: 27,53±2,33; GDHC: 28,36±1,50; GDHH: 26,03±0,76).

Conclusão:

A dieta hiperlipídica promoveu elevação ponderal dos animais no 21° dia de

vida, mantendo o percentual do ganho ponderal e a média do consumo

alimentar similar entre os grupos descendentes de mães que consumiram dieta

hiperlipídica na gestação e lactação e que mantiveram o consumo até 60 dias

de vida. Outros estudos são necessários para elucidar a temática em questão.

Apoio Financeiro:

CAPES, CNPQ, FAPESB, PIBIC/UFBA.

Gerado em: 2014-5-22 10:05:24

8.017 - GANHO DE PESO, CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E

PARÂMETROS GLICÊMICOS EM RATOS JOVENS SUBMETIDOS

AO CONSUMO DE DIETA HIPERLIPÍDICA APÓS O DESMAME.

Santo, D. A. E. , Perez, G.S., Cordeiro, G. S. , Santos, A.C.S., Santos, L.S.,

Macedo, A. P. A. , Almeida, K.T, Oliveira, T.W.S, Pereira, B. G. A. ,

Barreto-Medeiros,J.M.,

Departamento de Ciências da Nutrição - UFBA

Introdução:

No Brasil, dados dos estudos sobre a disponibilidade domiciliar de alimentos

nas áreas metropolitanas do país, desde a década de 70 até 2009 demonstram

alterações na dieta destacando o aumento do consumo de alimentos

industrializados ricos em gordura (hiperlipídicos), contribuindo para um

aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis na população,

em especial a obesidade. (IBGE, POF 2008-2009, 42-60, 2010). Dietas

hipercalóricas têm sido utilizadas para a reprodução de modelos experimentais

de obesidade e síndrome metabólica. Ratos submetidos à dieta hiperlipídica

mostraram, um aumento na quantidade dos tecidos adiposos retroperitoneal

(RET) e epididimal (EPI), com tendências a distúrbios no perfil lipídico e

alterações nas etapas iniciais da sinalização de insulina. (DUARTE et al. Rev.

Nutr. 19; 341-348, 2006). Diante das evidências expostas, torna-se necessário

realizar mais investigações sobre os efeitos de uma inadequação alimentar em

períodos precoces da vida.

Objetivos:

Verificar os efeitos provocados pelo consumo de dieta hiperlipídica sobre o

ganho de peso, circunferência abdominal e parâmetros glicêmicos em ratos

jovens.

Métodos:

Protocolo n°02/2013 Foi utilizado ratos jovens da linhagem Wistar com 21

dias de vida, sendo divididos em dois grupos através da dieta oferecida: Grupo

Controle (GC n=11), composto por animais alimentados com dieta controle

até 60 dias de vida e Grupo Hiperlipídica (GH, n=10), formado por animais

alimentados com dieta hiperlipídica até o 60° dia. Foram aferidos o peso e a

circunferência abdominal no 21°, 28° e 60° dia. A glicemia dos animais foi

aferida no 60° dia de vida através do corte na cauda após permanecer 12h de

jejum (tempo 0’). Em seguida foi administrada por via intraperitoneal, uma

solução de glicose a 50% (EQUIPLEX) na dose de 1mg/kg de peso do animal

nos tempos 15’, 30’, 45’ e 60’ minutos para realização do Teste de Tolerância

à Glicose (TTG). Para análise dos dados paramétricos foi empregado o teste

ANOVA Twoway (média, n, EP) seguido do teste de Sidak’s. Para os não

paramétricos, foi utilizado o teste Kruskal-Wallis. A significância estatística

foi considerada, admitindo-se um nível crítico de 5%, em todos os casos.

Resultados:

A análise dos dados (Média ±EP) mostrou que o percentual do ganho de peso

do 21° ao 28°dia de vida (GC=67,56+5,84; GH= 47,23+6,96), e do 28° ao 60°

(GC=241,84+13,82; GH=210,12 + 10,83) foram similares entre os dois

grupos (GC=113,34+9,85; GH= 95,98 + 6,86), bem como a circunferência

abdominal no 28° (GC=10,42 + 0,11; GH=10,17 +0,14) e 60° dia (GC=15,86

+ 0,33; GH= 15,39 + 0,18). Não foi observada diferença na glicemia de jejum

(GC=117,36+3,67; GH=126,50+1,86) nem durante o TTG (após

administração de solução de glicose) nos tempos de 15min (GC=185,18 +

5,84; GH= 193,20 + 3,47), 30 min. (GC=168,73 + 5,32; GH= 167,70 + 3,53),

45 min. (GC=150,73 + 3,42; GH= 146,90 + 3,21) e 60 min. (GC=128,91 +

3,21; GH= 133,10 + 3,15) foram semelhantes.

Conclusão:

O presente estudo demonstrou que a utilização da dieta hiperlipídica do 21°

dia ao 60° dia de vida não foi suficiente para alterar o peso, a circunferência

abdominal, a glicemia de jejum e a curva de tolerância à glicose desses

animais.

Apoio Financeiro:

CNPQ,CAPES,FAPESB, PIBIC/UFBA

Gerado em: 2014-5-22 10:05:24

8.018 - NÍVEIS DE TRIGLICERÍDEOS E TECIDO ADIPOSO

VISCERAL EM RATOS JOVENS SUBMETIDOS AO CONSUMO DE

DIETA HIPERLIPIDICA APÓS O DESMAME

Cordeiro, G. S. , Perez, G. S. , Santos, L. S. , Almeida, K. T. , Sousa, A. C.

S. , Macêdo, A. P. A. , Santo, D. A. E. , Oliveira, T. W. S. , Medeiros, J. M.

B. ,

Ciência da Nutrição - UFBA

Introdução:

O estilo de vida moderno, no qual se insere o alto consumo de gordura,

proveniente de alimentos industrializados, vem se tornando um dos principais

fatores para que grande parte da população mundial apresente excesso de

peso. Este desajuste alimentar também contribui cada vez mais para o

surgimento precoce da obesidade, o que é de extrema preocupação para o

processo de desenvolvimento na juventude (GIUGLIANO et al. Jornal de

Pediatria. v.80,n2.2004) A composição da dieta, em especial a quantidade de

lipídeos e calorias, é conhecida por influenciar na alteração de peso corporal

além de influenciar a peroxidação lipídica, desde a infância até a vida adulta

(GIUGLIANO et al, Jornal de Pediatria. v.80,n2.2004). Dietas hipercalóricas

têm sido utilizadas para a reprodução de modelos experimentais de obesidade

e síndrome plurimetabólica, com sucesso. De acordo Duarte et al, (Revista de

Nutrição Campinas, v. 19, nº. 341-348, maio/jun.2006), ratos submetidos à

dieta hiperlipídica mostram, a partir de três semanas, um aumento na

quantidade dos tecidos adiposos, com tendências a distúrbios no perfil

lipídico. Na obesidade, os depósitos de gorduras estão aumentados,

consequentemente maior armazenamento de triglicerídios (SENGER et al. VII

Jornada de Iniciação científica. 2011). Levando em consideração o aumento

do consumo de dietas hiperlipídica e sua influência cada vez mais precoce no

surgimento de doenças, torna-se válido a investigação da relação dos níveis de

triglicerídeos e tecido adiposo visceral em ratos jovens com o consumo de

dieta hiperlipídica após desmame.

Objetivos:

Avaliar o efeito do consumo de dieta hiperlipídica após o desmame sobre

níveis de triglicerídeos e tecido adiposo visceral em ratos jovens.

Métodos:

02/2013 Aprovado pelo Comitê de Ética em experimentação animal da

Faculdade de odontologia da UFBA. Protocolo 02/13. Foram utilizados ratos

jovens da linhagem Wistar provenientes de mães alimentadas com dieta

padrão durante a gestação e lactação, divididos em dois grupos conforme dieta

oferecida após o desmame. Grupo Controle (GC n=11), formado por ratos

alimentados com dieta controle até 60 dias de vida e Grupo Hiperlipidica

(GH, n=10), ratos alimentados com dieta hiperlipídica a partir do 21º dia de

vida. Ao final do experimento, foi coletado o sangue para análise dos

triglicerídeos, e sacrifício com dose excessiva de anestésico. Após uma

incisão na cavidade abdominal foi retirado e pesado o tecido adiposo visceral.

Para a comparação dos grupos foi utilizado o Teste-t de Student, com nível de

significância de 5% (p<0,05).

Resultados:

A análise dos dados (média + EP) apontou para uma ausência de diferença nos

níveis de triglicérides dos ratos do GH (73,31±1,79) quando comparado aos

do GC (66,66±2,73) (P= 0,061). No entanto, o consumo da dieta hiperlipídica

foi capaz de aumentar a quantidade de tecido adiposo visceral relativo nos

ratos jovens (GC=0,99 + 00,7; GH= 1,35 + 0,11) com p=0,01.

Conclusão:

A dieta hiperlipídica ofertada aos ratos após o desmame resultou em aumento

na adiposidade visceral, embora não tenha sido observadas alterações nos

níveis de triglicérides. Outros estudos devem ser realizados.

Apoio Financeiro:

CAPES, CNPQ, FAPESB, PIBIC/UFBA

Gerado em: 2014-5-22 11:29:40

8.019 - TEOR PROTEÍCO DO LEITE MATERNO DE RATAS

SUBMETIDAS AO CONSUMO DE DIETA HIPERLIPÍDICA

DURANTE O PERIODO DE GESTAÇÃO E LACTAÇÃO

Deiró, A. Q. S. , Santo, L. F. P. , Sousa, A. C. S. , Almeida, K. T. , Santos,

L. S. , Perez, G. S. , Cordeiro, G. S. , Macedo, A. P. A. , Santo, D. A. E. ,

Medeiros, J. M. B. ,

Ciência da Nutrição - UFBA

Introdução:

Estudos demonstram que importantes modificações na composição do leite

materno são observadas de acordo com o período da lactação (MOTIL et al.,

1994; PINE et al, 1994). Keen e col. (1981) revelam que a dieta materna

exerce significantes efeitos sobre os processos anabólicos do tecido mamário,

principalmente sobre a síntese de proteínas, lipídios e carboidratos do leite

(PRENTICE & PRENTICE, 1995; HARTMANNET et al., 1995). Sabe-se

que a exposição a um ambiente intrauterino anormal desempenha um papel

importante na predisposição do feto, para o desenvolvimento de diversas

doenças metabólicas como também a desnutrição e o baixo peso ao nascer

(CHECHI et al., 2010).Tem sido demonstrado que uma das causas para

expressar tal ambiente intrauterino anormal seria a influência da alimentação

contemporânea a qual reflete um consumo elevado de dieta com alta

concentração calórica, conhecida como dieta de cafeteria, hiperlipídica ou

dieta hiperpalatável. (BAYOL et al., 2010; ELAHI et al., 2009).

Objetivos:

Investigar o efeito do consumo de dieta hiperlipídica durante o período de

gestação e lactação sobre o teor proteico do leite materno, ganho de peso e o

número de filhotes por ninhada em ratas adultas.

Métodos:

02/2013 Aprovação do Comitê de Ética protocolo n°02/2013. Foram

utilizadas seis fêmeas primíparas de ratos Wistar com 90 a 100 dias de vida,

que apresentavam peso corporal mínimo de 220g e máximo de 280g. O grupo

Controle (GC=3) foi constituído de fêmeas alimentadas com ração comercial

para ratos durante o período da gestação e lactação enquanto o grupo

Hiperlipídica (GH=3) apresentou consumo de dieta hiperlipídica. Foi

analisado neste período o ganho ponderal materno (para acompanhamento da

gestação), o peso ao nascer e número de filhotes obtidos em cada ninhada. Ao

final foi calculado o ganho de peso. No 21º dia de lactação foi realizada a

extração do leite materno para ser submetido a uma posterior análise. Para

análise dos dados foi empregado o teste t de Student, com p< 0,05.

Resultados:

A análise dos dados (média + EP) mostrou que não houve alteração na

composição da proteína do leite materno entre os grupos estudados (GC=

14,88 + 2,60; GH= 10,7 + 0,0). A utilização da dieta hiperlipídica durante o

período de gestação e lactação também não foi capaz de promover alterações

nas demais varáveis analisadas: Ganho de peso das ratas na gestação

(GC=107,855 + 6,56; GH= 114,92 + 12,14), lactação (GC= 0,47 + 17,09;

GH= -4,66 + 11,11); o peso ao nascer da ninhada (GC=73,22 + 1,02; GH=

71,89 + 4,69) e o número de filhotes por ninhada (GC= 11,00 + 1,00 +

GH=10,33 + 0,33) (p>0,05).

Conclusão:

O consumo de dieta hiperlipidica durante o período de gestação e lactação não

alterou o ganho de peso e o número de filhotes por ninhada em ratas adultas.

Da mesma forma, que tal dieta, não interferiu no teor proteico do leite, como

referido em outros estudos. Sendo assim, outros estudos são necessários para

elucidar melhor os resultados.

Apoio Financeiro:

CAPES, CNPQ,FAPESBE, BIPIC/UFBA.

Gerado em: 2014-5-22 11:29:40

8.020 - Efeitos de uma dieta “high fat” na expressão gênica de alvos

envolvidos no metabolismo glicêmico e lipídico em camundongos C57Bl/6.

Nunes-souza, V. , Melo, L. C. , Silva, C. E. M. , Nascimento, T. A. ,

Rabelo, L. A. ,

Laboratório de Reatividade Cardiovascular - Universidade federal de

Alagoas

Introdução:

O consumo de dieta “high fat” representa um dos principais fatores indutores

de distúrbios metabólicos e da incidência da Síndrome metabólica (SMet)

(Obesity, 15:798,2007).

Objetivos:

Avaliar o efeito de uma dieta “high fat” na expressão gênica de alvos

envolvidos no metabolismo glicêmico e lipídico em camundongos com

fenótipo para a SMet.

Métodos:

processo nº 005480/2011-15 Utilizou-se camundongos C57BL/6 machos (30-

32 semanas), divididos em 2 grupos experimentais: C57Bl/6 alimentado com

dieta “chow”, 10% Kcal provenientes dos lipídios (CT, n=6; peso corporal

31,0 ± 1,1) e C57Bl/6 alimentado com dieta “high fat”, 45% Kcal

provenientes dos lipídios, durante 20-22 semanas (DHF, n=6, peso corporal

44,6 ± 1,3). Avaliações metabólicas de peso corporal, depósito de gordura,

glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose e sensibilidade à insulina

foram realizadas para monitoramento do fenótipo sindrômico após consumo

de diet “high fat”. A expressão gênica relativa no tecido adiposo e hepático foi

avaliada pela técnica da reação em cadeia da polimerase quantitativa

(RTqPCR). Os dados estão expressos como média ± EPM. Utilizou-se o teste

t para análise dos dados. Valores de p < 0,05 foram considerados

estatisticamente significativos. O protocolo experimental foi aprovado pelo

Comitê de Ética em Experimentação Animal/UFAL, processo nº

005480/2011-15.

Resultados:

Ao término do período experimental, o grupo DHF apresentou significativo

ganho de peso corporal (DHF= 44,6 ± 1,3 n= 6 vs CT= 31,0 ± 1,1 n= 8, p

<0.0001) acompanhado de elevado index de tecido adiposo branco (DHF= 8,2

± 0,5 n= 6 vs CT= 2,9 ± 0,7 n= 5, p <0.0001). A dieta “high fat” induziu

aumento da glicemia de jejum (DHF= 159,0 ± 8,4 n= 6 vs CT= 118,8 ± 9,9 n=

6, p =0,012) e causou prejuízo na tolerância à glicose e na sensibilidade à

insulina. No tecido adiposo branco, a expressão gênica da leptina elevou-se

significativamente após consumo de DHF (DHF= 3,39 ± 0,41 n= 6 vs CT=

1,12 ± 0.23 n= 6, p =0,0007) enquanto que a expressão da adiponectina

(DHF= 0,48 ± 0,07 n= 6 vs CT= 1,03 ± 0.11 n= 6, p =0,0012), do receptor

adrenérgico β3 (DHF= 0,26 ± 0,09 n= 6 vs CT= 1,11 ± 0.18 n= 6, p =0,0019)

e do receptor para insulina (DHF= 0,57 ± 0,05 n= 6 vs CT= 1,01 ± 0.08 n= 6,

p =0,0009) foram significativamente menores no DHF comparado ao CT. A

expressão gênica no tecido adiposo da lipase lipoprotéica, lipase hormônio

sensível e do transportador para glicose tipo 4 não apresentou modificações

entre os grupos estudados. No fígado, a expressão gênica do CD36 (DHF=

7,71 ± 0,95 n= 6 vs CT= 1,03 ± 0.13 n= 5, p =0,0001) e PPARγ (DHF= 2,38 ±

0,22 n= 6 vs CT= 1,02 ± 0.09 n= 6, p =0,0002) foi significativamente maior

após consumo de DHF. Entretanto, os níveis de mRNA hepático para a

sintase de ácido graxo, glicoquinase, receptor da insulina e transportador para

glicose tipo 2 não foi diferente entre os grupos avaliados

Conclusão:

Em conjunto, os resultados obtidos sugerem que o consumo de uma dieta

“high fat” prejudicou a expressão de diversos genes envolvidos no

metabolismo lipídico e glicêmico, sugerindo que o fenótipo sindrômico

observado neste modelo murino pode ser consequência de modificações

gênicas.

Apoio Financeiro:

PROCAD-NF 2450/2008 (CAPES).

Gerado em: 2014-5-22 11:29:40

8.021 - Avaliação da atividade inibitória do extrato e frações do Alecrim

de tabuleiro (Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth) sobre a α-amilase.

Lima, A. C. B. , Nunes, R. K. V. , Moraes, S. Z. C. , Araujo, B. S. , Santos,

J. L. , Santos, W. N. , Silva, A. , Shan, A. Y. K. V. , Siqueira, A. P. P. ,

Estevam, C. S. ,

Fisiologia - UFS

Introdução:

O diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica de etiologia múltipla

caracterizada por uma hiperglicemia crônica com distúrbios de carboidratos,

gorduras e proteínas, resultante dos defeitos na secreção de insulina, da ação

da insulina , ou ambos. A rápida absorção da glicose no intestino é um

importante fator para o os picos elevados de glicose sanguínea pós-prandial e

uma das enzimas que participam da hidrólise do amido e oligossacarídeos.

Acredita-se que a inibição ou diminuição da atividade dessa enzima pode ser

uma importante estratégia para controlar a elevação pós-prandial dos niveis de

glicose sanguínea. Em humanos, as α-amilases são produzidas pelas glândulas

salivares e pelo pâncreas e participam do rápido processo metabólico dos

carboidratos, do qual é acompanhado de respostas glicêmicas elevadas, o que

é indesejável para diabéticos. Alguns estudos relataram que a inibição desta

enzima retarda a digestão e absorção do amido, diminuindo os picos elevados

de glicose sanguínea pós-prandial e aumentando a tolerância à glicose em

diabéticos. A Hyptis fruticosa, pertencente à família Lamiaceae, é bastante

utilizada na cultura popular como hipoglicemiante, fato que a torna importante

para investigação científica pois permitiria seu uso de maneira sustentável e

racional.

Objetivos:

Verificar o efeito inibitório do extrato hidroetanólico e frações de suas folhas,

utilizando testes in vitro da inibição da enzima α-amilase pancreática,

provenientes do município de São Cristovão, Sergipe.

Métodos:

Durante o estudo não foi utilizado animais nem humanos para experimentação

Métodos: As folhas foram secas e reduzidas a pó utilizando-se um moinho de

facas e em seguida submetidas maceração com etanol 90% por 10 dias,

obtendo-se o extrato hidroetanólico. Parte do extrato foi submetida à partição

líquido-líquido com solventes de polaridade crescente obtendo-se as frações

hexânica (FH), clorofórmica (FC), acetato de etila (FAE) e hidrometanólica

(FHM). O ensaio enzimático da a-amilase foi feito segundo Souza et al.

(Planta Med 78:393, 2012) em 5 repetições e o percentual de inibição foi

calculado utilizando-se as absorbâncias do branco da amostra (BA)(amostra +

tampão no lugar da enzima), do branco da enzima (BE) (apenas tampão) e do

branco do solvente (BS)( enzima + solvente utilizado para diluir a amostra -

DMSO:etanol) em relação ao controle da enzima (CE)(enzima +água no lugar

do extrato), considerado como máxima atividade (100%).

Resultados:

Resultados: Os PI obtidos foram 70,2% (sd 13,5); 86,9% (sd 6,4); 73,8% (sd

13); 52,72% (sd 17,3) e 51,69% (sd 3,9), para EEB, FH, FC, FAE e FHM

respectivamente e, embora as últimas frações tenham apresentado PI mais

baixo, ainda foram capazes de diminuir a atividade enzimática à metade.

Conclusão:

A Hyptis fruticosa pode ser considerada promissora fonte de compostos

bioativos por apresentar potencial efeito sobre a atividade das enzimas α-

amilases

Apoio Financeiro:

CAPES

Gerado em: 2014-5-22 11:29:40

8.022 - INFLUÊNCIA DE ÍONS METÁLICOS SOBRE A ATIVIDADE

ENZIMÁTICA DE TRIPSINA DO INTESTINO DE APAIARI

(Astronotus ocellatus)

Lino, L. H. S. , Andrade, D. H. H. , Silva, J. F. , Roberto, N. A. , Neri, R.

C. A. , Santana, W. M. , Ferreira, A. C. M. , Monte, F. T. D., Bezerra, R.

S. ,

Departamento de Bioquímica - UFPE

Introdução:

Astronotus ocellatus apresenta um grande potencial para a piscicultura

ornamental, além de ser comumente utilizado na alimentação, principalmente

na Amazônia brasileira. Conhecida popularmente na região Nordeste como

apaiari, a espécie é considerada de grande importância econômica devido à

pesca de subsistência nas comunidades ribeirinhas. Assim como outros

organismos aquáticos, estes peixes também estão sujeitos à contaminação por

metais pesados provenientes da ação antrópica, como esgotos domésticos e

efluentes industriais. Esses metais, bioacumulativos, em contato com o

organismo provocam danos fisiológicos, particularmente alterações nas

atividades enzimáticas digestivas, comprometendo o seu desenvolvimento.

Objetivos:

Baseado nestas informações, o trabalho objetivou a avaliação da atividade

proteolítica da tripsina do intestino de A. ocellatus na presença de diferentes

íons metálicos.

Métodos:

Para a realização desta pesquisa foram utilizadas apenas as vísceras do peixe

em estudo. Estes subprodutos ou resíduos, sem valor comercial, seriam

descartados no ambiente. O material foi adquirido de pescadores, desta forma

os peixes não foram sacrificados para este fim. Foram apenas utilizados seus

subprodutos que seriam descartados. Para tanto, foram obtidas vísceras de

exemplares adultos de A. ocellatus, as quais seriam descartadas no ambiente.

O material sem valor comercial (víscera) foi adquirido com pescadores no

município de Paulo Afonso–BA. Os tecidos das vísceras foram

homogeneizados em solução tampão Tris HCl 0,01 M pH 8,0 com 0,9% de

NaCl (p/v) obtendo-se o extrato bruto. As atividades trípticas do extrato bruto

foram realizadas utilizando BApNA como substrato específico, na presença de

diferentes íons metálicos sob a forma de sais (AlCl3, CdCl2, HgCl2, MgCl2,

BaCl2, ZnCl2, PbCl2, CaCl2 e CuCl2). Os íons foram testados nas seguintes

concentrações: 0,5 mM, 1,0 mM, 2,5 mM e 5 mM. A atividade 100% da

enzima foi obtida na ausência dos metais. Todos os ensaios ocorreram a 25°C

e pH 8,0.

Resultados:

Em comparação com o controle, houve uma maior inibição da atividade

enzimática do intestino na presença de Pb2+ (75,7%), Cu2+ (34,9%), Ca2+

(28,6%), Zn2+ (39,2%), Ba2+ (36,5%) e Mg2+ (31,3%) a 5 mM. Na mesma

concentração, a inibição da atividade enzimática foi de 17,8%, 16% e 13,4%

na presença de Hg2+, Al3+ e Cd2+, respectivamente. Em relação à

concentração de 2,5 mM, os íons Pb2+ (64,5%), Cu2+ (35,7%), Zn2+ (33,1%)

e Ba2+ (24,0%) apresentaram valores de inibição enzimática mais elevados.

Na concentração de 1 mM, os íons Pb2+, Cu2+, Zn2+ e Ba2+ inibiram a

atividade tríptica em cerca de 52,8%, 21,7%, 26,4% e 24,6%,

respectivamente. A inibição da atividade enzimática na presença de íons a 0,5

mM apresentou valores mais elevados para os seguintes elementos: Zn2+

(25,4%), Pb2+ (25,2%), Cu2+ (14,9%), Ca2+ (14,8%), Hg2+ (14,2%) e Cd2+

(13,9%).

Conclusão:

De acordo com o exposto, observou-se uma influência negativa de íons

metálicos sobre a principal enzima digestiva do intestino de Astronotus

ocellatus, evidenciando sua vulnerabilidade quando expostos a estes

contaminantes. Além disso, estes resultados demonstram que esta biomolécula

pode servir como um biomarcador de contaminação por metais pesados e

possível reconhecimento de impactos antrópicos no ecossistema estuarino.

Apoio Financeiro:

CNPq, FACEPE

Gerado em: 2014-5-22 11:29:40

8.023 - INFLUÊNCIA DO ÍON CÁLCIO SOBRE A ATIVIDADE DA

TRIPSINA DO PEIXE TAMBAQUI (Colossoma macropomum)

SUBMETIDA A VARIAÇÕES TÉRMICAS

Nascimento, L. C. P. , Marcuschi, M. , Silva, J. F. , Monte, F. T. D. , Silva,

M. M. , Ferreira, A. C. M. , Roberto, N. A. , Soares, K. L. S. , Lino, L. H.

S. , Bezerra, R. S. ,

Bioquímica - UFPE

Introdução:

O tambaqui é um peixe dulcícola que apresenta grande importância para a

aquicultura brasileira, estando em segundo lugar dentre os peixes mais

cultivado no país. A tripsina encontrada em seu trato digestório é capaz de

resistir a temperaturas de até 60°C e à presença de íons e tenso-ativos. Estas

características tornam o estudo desta enzima relevante para suas futuras

aplicações industriais e biotecnológicas.

Objetivos:

No presente trabalho objetivou-se investigar o efeito do íon Ca+2 na atividade

da tripsina dos cecos pilóricos do tambaqui (Colossoma macropomum) e de

uma tripsina suína comercial. Os testes com o cálcio foram realizados a fim de

se avaliar a capacidade deste íon de estabilizar a enzima contra a autólise.

Métodos:

O experimento foi realizado com vísceras de peixe de origem comercial. O

peixe é processado na própria empresa (Peixe vivo), a qual realiza o processo

de despesca e evisceração do animal, e nos fornece os subprodutos deste

processamento (víscera, carcaça, pele, escama etc.). Caso as vísceras não

nos fossem repassadas, as mesmas seriam descartadas como resíduos

sólidos, no lixo comum e sem tratamento, já que as estas não apresentam

interesse comercial para empresas de pescado. O efeito de temperaturas entre 10 a 80 ºC sobre as enzimas foi avaliado na

presença de CaCl2 e EDTA 10 mM, em triplicata. O substrato utilizado foi o

BapNA e a atividade tríptica foi acompanhada no espectrofotômetro de

microplacas (405nm). Para o ensaio de estabilidade térmica, as enzimas foram

incubadas em cada temperatura por 60 min e depois tiveram suas atividades

mensuradas em 25 °C. Já no ensaio temperatura ótima, as enzimas foram

incubadas em cada temperatura, com o substrato, por 10 minutos. O

tratamento estatístico dos dados foi feito por análise de variância (ANOVA)

associada ao teste de Tukey. As diferenças foram relatadas como

estatisticamente significantes quando p<0,05, com uso do

software MicrocalTM OriginTM versão 8.0 (Software, Inc, USA).

Resultados:

A atividade da tripsina do tambaqui em temperaturas de até 60°C foi mais alta

na presença de EDTA (10,51 ± 0,29 U/mg) do que de CaCl2 (5,93 ± 0,47

U/mg). Já a partir de 65 °C, a enzima incubada com EDTA (1,24 ± 0,11

U/mg) diminuiu significativamente sua atividade, enquanto a atividade da

tripsina com CaCl2 semanteve (5,55 ± 0,42 U/mg). A tripsina do porco, por

sua vez, além de ter sido menos ativa do que a do tambaqui, se mostrou mais

dependendo de cálcio, uma vez que em 50 °C, a atividade da mesma na

presença de EDTA (1,13 ± 0,07 U/mg) já foi mais baixa do que com CaCl2

(2,15 ± 0,04 U/mg). Com relação à estabilidade térmica, observou-se que na

presença de EDTA, a tripsina do tambaqui e do porco mantiveram até 80% de

suas atividades quando incubadas à 55 e 35 °C, respectivamente. Já na

presença de cálcio, a estabilidade termica subiu para 70 e 65 °C, para as

tripsinas do tambaqui e do porco, respectivamente.

Conclusão:

Para as tripsinas de mamíferos o cálcio confere uma proteção contra a

autólise, através de uma aumento na rigidez da estrutura. Já que as tripsinas de

peixe não têm esta propensão à autólise, é provável que o efeito inibitório do

cálcio sobre a enzima do tambaqui esteja relacionado à dimiunução na

flexibilidade da mesma. Desta forma, a manutenção da atividade na tripsina

do tambaqui em temperaturas superiores a 60 °C na presença de cálcio está

provavelmente associada à rigidês conferida à sua estrutura, o que a protege

contra a denaturação térmica. Estes resultados apontam para as diferenças na

eficácia da enzima do tambaqui em relação à enzima suína, sendo possível se

sugerir que a enzima do peixe seria mais resistente e viável para aplicações

biotecnológicas.

Apoio Financeiro:

FACEPE, CAPES e CNPq.

Gerado em: 2014-5-22 11:29:40

8.024 - INFLUÊNCIA DO ÓLEO DE CÁRTAMO SOBRE A

MATURAÇÃO SOMÁTICO DE NEONATOS DE RATAS WISTAR

TRATADAS DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO

Souza, M. A. , Gomes, M. S. C. , Frazao, M. F. , Oliveira, M. E. G. , Silva,

A. E. , Soares, J. K. B.,

Nutrição - UFCG

Introdução:

Os ácidos graxos (AG) são constituintes estruturais das membranas celulares,

cumprem funções energéticas e de reservas metabólicas. Alguns AG não são

sintetizados pelo organismo devem ser supridos através da dieta, sendo

denominados ácidos graxos essenciais (AGE). Em humanos, a maturação do

sistema nervoso central tem início na fase intra-uterina e persiste até os

primeiros anos de vida pós-natal e são influenciados por fatores nutricionais

em função da existência de períodos críticos para a formação e diferenciação

de circuitos neurais. Assim, a nutrição materna é essencial durante a gestação

e lactação para garantir um adequado desenvolvimento dos neonatos, pois

nesta fase, há aumento da demanda de AGE.

Objetivos:

Avaliar os efeitos dietéticos dos lipídios do óleo de cártamo ofertados a ratas

durante a gestação e lactação sobre o desenvolvimento somático.

Métodos:

Comitê de ética do Cbiotec/UFPB, aprovação No 0407/13. Este trabalho foi

submetido a avaliação do comitê de ética do Cbiotec/UFPB, aprovação No

0407/13. Utilizou-se ratas primíparas da linhagem Wistar com idade entre 120

e 150 dias e peso de 250 ± 50 g para obtenção dos neonatos. Foram formados

dois grupos, sendo um grupo controle (C – recebendo 7% óleo de soja – n=12)

e o grupo experimental (CT – recebendo 7% óleo de cártamo- n=10). Os

animais receberam dieta e água ad libitum, a dieta experimental foi ofertada

do 14º dia de gestação até o final da lactação, nos demais dias os animais

receberam dieta controle. Os indicadores de maturação somática analisados

foram: Abertura do Pavilhão Auricular (APA), Abertura do Conduto Auditivo

(ACA), Erupção dos Dentes Incisivos Superiores (EIS), Erupção dos Dentes

Incisivos Inferiores (EII), Abertura dos Olhos (AO) e Comprimento da Cauda

(CC). A maturação somática foi avaliada diariamente e o crescimento da

cauda semanalmente, do 1º ao 21º dia pós-natal. O CC foi expresso em média

e desvio padrão e a maturação somática em mediana do dia, mínimo e

máximo. Na comparação entre os grupos empregou-se teste de Student

seguido de Tukey para dados paramétricos e os não paramétricos o teste Rank

Sum seguido de Mann-Whitney com nível de significância (p< 0,05).

Resultados:

Comparando o GC como CT respectivamente com relação à maturação

somática observou-se antecipação no EIS [11,5 (11 – 12) x 11(10-11)] e EII

[12 (11-13) X 11(10-12)] P<0,05. Com relação ao crescimento da cauda, o

GC comparado com o CT respectivamente apresentou: 1º dia (1,42±0,16 x

1,48±0,14mm), 7º dia (2,95±0,19 x 2,84±0,39mm), 14º dia (4,93±0,27 x

4,35±0,78mm), 21º dia (7,43±0,41 x 6,36±1,20mm). O CT apresentou menor

CC apenas no 21º dia P<0,05.

Conclusão:

Concluindo desta forma que o consumo do óleo de cártamo pelas gestantes

pode retardar o desenvolvimento físico da prole e em contrapartida favorecer

a maturação somática, tendo em vista a antecipação no nascimento de dentes

incisivos superiores e inferiores.

Apoio Financeiro:

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, CNPq.

Gerado em: 2014-5-22 11:29:40

8.025 - EFEITOS DO CONSUMO MATERNO DE UMA DIETA A

BASE DE GORDURA VEGETAL HIDROGENADA DURANTE A

GESTAÇÃO OU LACTAÇÃO SOBRE O COMPORTAMENTO DA

PROLE NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO.

Assuncao, I. P. E. S. , Silva, D. C. S. , Batista, R. M. B. , Melo, A. P. R. ,

Borba, J. M. C. , Silva, M. S. P. ,

Nutrição - UFPE

Introdução:

Na dieta humana, o papel dos lipídios, representados pelas gorduras

alimentares e pelos óleos, é complexo e controverso. Durante anos acreditou-

se que os óleos parcialmente hidrogenados contendo ácidos graxos trans

(TFA) eram mais saudáveis do que as gorduras animais. Atualmente, vem

sendo preconizado o controle de sua ingestão, bem como o aumento do

consumo de ácidos graxos ω3 e ω6 e a redução de ácidos graxos saturados. Os

estudos também sustentam que as gorduras trans podem ser transferidas ao

feto pela placenta e ao neonato pelo leite materno.

Objetivos:

Neste trabalho, avaliaram-se os efeitos do consumo de uma dieta hiperlipídica,

a base de gordura vegetal hidrogenada, durante a gestação ou lactação sobre o

comportamento da prole no Labirinto em Cruz (LCE).

Métodos:

23076015781/2012-09 Número da aprovação do presente projeto

(23076,015781/2012-09) no comitê de ética em experimentação em animais.

Ratas Wistar foram alimentadas com dieta isocalórica com 7% de óleo de soja

na gestação (G) e lactação (L) grupo Controle-C. Os grupos experimentais

receberam dieta Hiperlipídica-H com 14% de gordura vegetal hidrogenada na

G ou na L grupo HG e HL. Após o desmame feito com 21 dias, filhotes

machos do grupo C (n=5), HG (n=9) e HL (n=9) passaram a receber dieta

padrão de biotério. Aos 30 dias, foram pesados. Ao completarem 35 dias de

idade, os animais foram testados no LCE. No início do teste, cada animal foi

colocado no centro do labirinto com a cabeça voltada para um dos braços

fechados, por um período de 5 minutos. As sessões foram filmadas para

posterior análise das seguintes categorias comportamentais. Número de

entradas nos braços abertos (EBA); Número de entradas nos braços fechados

(EBF); Tempo gasto nos braços abertos (TBA);Tempo gasto nos braços

fechados (TBF). Os dados foram sistematizados e representam média±EPM.

Para análise estatística foi utilizando o teste “t”de student com nível de

significância para p< 0,05.

Resultados:

O peso corporal (g) aos 30 dias de idade não apresentou diferenças

significantes entre os grupos (HG= 98,45±3,18; HL= 84,10±4,10; C=

86,87±3,18). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos

estudados quanto ao número de entradas nos braços abertos (HG= 12,66±1,68;

HL= 13,33±1,20; C= 13,8±1,53) e fechados (HG= 12,83±1,94; HL=

13,55±1,24; C= 13,0±1,87). Quanto ao tempo despendido nos braços abertos

(HG= 108,38±16,18; HL= 72,90±12,48; C= 36,38±14,37) e fechados (HG=

108,72±10,92; HL= 83,69±11,84; C= 87,6±10,68) não foram observadas

diferenças significativas entre os grupos estudados.

Conclusão:

O consumo de uma dieta hiperlipídica a base de gordura vegetal hidrogenada

durante o período de gestação ou lactação não resulta em alterações do ganho

ponderal da prole na pré-adolescência. A ingestão materna de uma dieta rica

em gordura vegetal hidrogenada parece não promover efeito ansiogênico nos

filhotes pré-adolescentes, a julgar pelos seus desempenhos no labirinto em

cruz elevado.

Apoio Financeiro:

UFPE/ PROPESQ.

Gerado em: 2014-5-22 11:29:40