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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE MATTOS – FASERRA
JULIANO SILVA GOMES KELLY CRISTINA CALDEIRA
A CRISE SUBPRIME: O IMPACTO NO PREÇO DAS AÇÕES LISTADAS NA BOLSA BM&F BOVESPA
SERRA – ES 2015
1
JULIANO SILVA GOMES KELLY CRISTINA CALDEIRA
A CRISE SUBPRIME: O IMPACTO NO PREÇO DAS AÇÕES LISTADAS NA BOLSA BM&F BOVESPA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos, do curso de Graduação em Ciências Contábeis, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora Mônica Fernanda Santos Porto Pires
SERRA – ES 2015
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JULIANO SILVA GOMES KELLY CRISTINA CALDEIRA
A CRISE SUBPRIME: O IMPACTO NO PREÇO DAS AÇÕES LISTADAS NA BOLSA BM&F BOVESPA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos, do curso de Graduação em Ciências Contábeis, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovado em 17 de Dezembro de 2015.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________________ Mônica Fernanda Santos Porto Pires
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos Orientadora
________________________________________________________ Prof. Ms. Ângelo Roberto Custódio Fiorio
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos
________________________________________________________ Eduardo Rosetti Carrafa
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos
3
Dedicamos este trabalho a Deus, о qυе seria de nós sem а fé qυе temos Nele, ao professor Ângelo e a nossa orientadora Mônica pela paciência na orientação е incentivo para conclusão desta monografia. A nossas famílias e amigos pela confiança e por acreditar em nós.
4
AGRADECIMENTO
Agradecemos primeiramente a Deus por ter dado saúde, força e sabedoria nesses
quatro anos e nos ajudado a superar as dificuldades, pois, sem Ele não teríamos
forças para vencer essa longa jornada.
A esta faculdade, seu corpo docente que transmitiram os conhecimentos
necessários para um futuro melhor e nosso desenvolvimento com confiança e ética
aqui presente.
Ao nosso professor de monografia Ângelo Roberto Fiori Custódios, pelos
importantes ensinamentos, informações e carinho passado para nós alunos.
A nossa orientadora Mônica Fernanda Porto Pires pela atenção e tempo
disponibilizados com todo carinho e muita dedicação em orientar no
desenvolvimento deste trabalho.
A nossa família e amigos, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso
agradecimento.
5
RESUMO
O objetivo deste trabalho é investigar o impacto do preço das ações no período da crise subprime. Para chegar a estes dados vamos descrever o que é ação e preço de uma ação; conceituar o que é a BM&F Bovespa; conceituar a crise subprime e demonstrar o impacto no preço das ações. Esta pesquisa se justifica para ajudar a prevenir os empresários e demonstrar o mau funcionamento do mercado. O estudo tem caráter bibliográfico, descritivo, explicativo e qualificado como uma pesquisa quantitativa. Para a realização deste estudo foi utilizado o preço das ações ordinárias, os dados coletados foram do programa Economática® no período de 2004 a 2012. As empresas foram separadas em 13 grupos contendo 05 empresas cada, no qual foi analisado grupo a grupo e calculado a variação, a média e o desvio padrão trimestralmente. O resultado obtido pela análise dos gráficos foi que a empresa Kepler Weber por ser uma das instituições que mais sofreu variação de valor em suas ações e a Amazônia por ser a empresa que menos sofreu variação de valor em suas ações. Consideramos que a crise afetou determinadas empresas algumas mais e outras menos. O governo Brasileiro usou medidas preventivas para que o impacto da crise americana fosse o menor possível no Brasil.
Palavras-Chave: Ações; BM&F Bovespa; Crise; Subprime;
6
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Empresas do grupo I ............................................................................... 28
Gráfico 2 - Empresas do grupo II .............................................................................. 29
Gráfico 3 - Empresas do Grupo III ............................................................................. 29
Gráfico 4 - Empresas do Grupo IV ............................................................................ 30
Gráfico 5 - Empresas do Grupo V ............................................................................. 31
Gráfico 6 - Empresas do Grupo VI ............................................................................ 32
Gráfico 7 - Empresas do Grupo VII ........................................................................... 32
Gráfico 8 - Empresas do Grupo VIII .......................................................................... 33
Gráfico 9 - Empresas do Grupo IX ............................................................................ 34
Gráfico 10 - Empresas do Grupo X ........................................................................... 34
Gráfico 11 - Empresas do Grupo XI .......................................................................... 35
Gráfico 12 - Empresas do Grupo XII ......................................................................... 36
Gráfico 13 - Empresas do Grupo XIII ........................................................................ 36
Gráfico 14 - Empresas mais próximas da média ....................................................... 37
Gráfico 15 - Empresas mais afastadas da média ...................................................... 38
7
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9
1.1 - PROBLEMA ................................................................................................... 10
1.2 - OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 10
1.4 - JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 10
1.5 - METODOLOGIA ............................................................................................ 11
2 - REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 12
2.1 – AÇÕES ......................................................................................................... 12
2.1.1 - Classificação Das Ações ...................................................................... 12
2.1.1.1 - Ações Ordinárias ............................................................................... 12
2.1.1.2 - Ações Preferenciais ........................................................................... 13
2.1.1.3 - Ações de Gozo ou Fruição ................................................................ 13
2.1.2 – Preço das ações ................................................................................... 14
2.1.3 - Initial Public Offering - IPO ................................................................... 15
2.2 – BOLSA DE VALORES .................................................................................. 16
2.3 - BM&F BOVESPA .......................................................................................... 16
2.4 – CRISES ECONOMICAS ............................................................................... 18
2.4.1 - Conceito ................................................................................................. 18
2.4.2 - Tipos de crises econômicas ................................................................ 18
2.4.2.1 - A crise de 1929 ................................................................................... 18
2.4.2.2 - A crise de 1987 ................................................................................... 20
8
2.4.2.3 - A crise de 2001 ................................................................................... 21
2.4.3 - A Crise Suprime .................................................................................... 23
3 - METODOLOGIA APLICADA ............................................................................... 26
4- RESULTADOS OBTIDOS .................................................................................... 28
4.1 - ANÁLISE EM BLOCOS ................................................................................. 28
4.2 - ANÁLISE COM BASE NA MÉDIA E DESVIO PADRAO ............................... 37
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 40
9
1 - INTRODUÇÃO
Em 2007 a crise do subprime se destacou como um dos temas mais falado no
cenário econômico internacional, tudo em função das perdas relacionadas ao
elevado número de financiamento de imóveis realizado nos Estados Unidos e que
ameaçou a saúde financeira de importantes bancos e fundos de investimento neste
país.
Os investidores como reação, se apressaram em se desfazer dos seus créditos
hipotecários, afetando assim o funcionamento de vários mercados. Houve
considerável redução na liquidez dos títulos de curto prazo nos Estados Unidos, já
que alguns fundos de investimento suspenderam os resgates de suas cotas.
A partir de então, com a elevação dos spreads1, um enorme conjunto de instituições
financeiras que atuavam no segmento imobiliário, bancário e de seguros ficaram
fragilizadas. Devido ao excesso de realização dos contratos subprime, ocasionaram
desequilíbrios entre os fluxos de receitas e débitos, aumentando significativamente o
número de inadimplência e consequentemente as perdas experimentadas por
bancos, fundos e seguradoras se se ampliaram com a mesma rapidez com que o
crédito se tornou insuficiente.
As causa e consequências que nos conduziram a esta crise e a sua veloz
proliferação, deixam em destaque uma característica fundamental da economia
capitalista, segundo foi conceituado por Keynes2, sua volubilidade de fatores
internos. O que se demostra como uma praga para a teoria econômica
convencional, assentada nas hipóteses de mercados financeiros hábeis e de atores
econômicos regulados por perspectivas lógicas, é sem sombra de dúvidas um bom
divisor de águas, seja no campo teórico e quanto no meio prático, das políticas
econômicas.
1 Spread bancário é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles
cobram ao conceder um empréstimo para uma pessoa física ou jurídica. O termo inglês “spread”
significa “margem”.
2 Economista britânico John Maynard Keynes, que em sua obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e
do Dinheiro” estabeleceu os pontos fundamentais da teoria econômica que leva o seu nome.
10
1.1 - PROBLEMA
O presente trabalho, no entanto, dentro desta conjuntura da discussão sobre a crise
imobiliária que recaiu nos Estados Unidos e anseia concentrar o debate em
considerar suas raízes e as implicações que a mesma ocasionou para o valor das
ações das empresas brasileiras listadas na BM&F Bovespa; neste caso define-se
como questão central de pesquisa o seguinte problema: Como a crise do
Subprime impactou no preço das ações das empresas brasileiras listadas na
BM&F Bovespa?
1.2 - OBJETIVO GERAL
O objetivo deste estudo é verificar as origens que levaram o mercado hipotecário
norte-americano à crise que se deflagrou em meados de 2007, e como a crise
subprime Impactou o desempenho econômico das instituições listadas na BM&F
Bovespa, tendo como analise o preço das ações.
1.3 - OBJETIVOS ESPECIFICOS.
— Descrever sobre ações e preço;
— Conceituar BM&F Bovespa;
— Conceituar a crise Subprime;
— Demonstrar o impacto do Subprime no preço das ações;
1.4 - JUSTIFICATIVA
Este trabalho se justifica, tendo em vista as informações contidas nessa pesquisa,
sendo relevantes principalmente para empresários de empresas com capital aberto,
pois nessa pesquisa são encontrados dados que podem prevenir o empresário na
realização de investimentos que podem trazer prejuízo como também a falência.
Servirá também para mostrar como a falta de uma regulação adequada pode
prejudicar todo um sistema, isto é, o mau funcionamento de instituições de controle
11
e avaliação de risco, abalando a confiança de investidores e consumidores,
ameaçando a economia de um país e até mesmo do mundo.
1.5 - METODOLOGIA
A metodologia usada será bibliográfica, pois, serão utilizados vários materiais que
foram publicados em livros, dissertações, artigos, revistas entre outros. Segundo
Vergara (2013, p.43) a pesquisa bibliográfica é estudo sistemático desenvolvido com
base em material publicado como livros, revistas, jornais, redes eletrônicos, isto é
material acessível ao público em geral.
Esta pesquisa também pode ser classificada como descritiva, devido a analise,
classificação e interpretação dos dados coletados, conforme Raupp. et al (2008, p.
81) afirma: “Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre
outros aspectos”.
Toda via também se entendeu que esta pesquisa se identifica como explicativa,
segundo Andrade (2002, p.20): A pesquisa explicativa é um tipo de pesquisa mais
complexa, pois, além de registrar, analisar, classificar e interpretar os fenômenos
estudados procura identificar seus fatores determinantes.
E por fim, a metodologia desta pesquisa será classificada também como
quantitativa, porque buscará encontrar informações sobre o impacto de uma
determinada crise nas empresas listas na bolsa BM&F Bovespa.
A pesquisa seguirá a linha quantitativa, porque buscará encontrar informações sobre
a variação do preço das ações das empresas listas na bolsa BM&F Bovespa, e
exige um número maior de informações para garantir maior precisão nos resultados.
Conforme ressalta Richardson (1999, p. 90) esta pesquisa segue o tipo quantitativa
por que:
Caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc.
12
2 - REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 – AÇÕES
As ações são títulos que representam a menor fração do capital social de uma
empresa de sociedade anônima, sociedade por ações ou companhia. As ações
podem ser classificadas em três tipos: ordinárias e preferenciais e de fruição ou
gozo (ASSAF NETO, 2005).
De acordo com Securato (2005, p. 83) “Ações são títulos de renda variável, emitidos
pelas companhias abertas, que representam a menor parcela de seu capital. Podem
ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados”.
Ações têm sua forma em dinheiro ou direito a receber sendo classificados pela sua
liquidez que é a capacidade que ele possui em serem transformadas realmente ou
efetivamente em dinheiro, as ações podem ser transformadas em dinheiro a
qualquer momento, por negociação nas bolsas e nos mercados de balcão (ASSAF
NETO, 2005).
2.1.1 - Classificação Das Ações
A classificação das ações pode ser de acordo com a natureza dos direitos e
vantagens que atribuem a seus acionistas, e são divididas em três gêneros:
ordinárias, preferenciais e de fruição ou gozo (ASSAF NETO, 2012).
2.1.1.1 - Ações Ordinárias
Segundo Assaf Neto (2005) as ações ordinárias são as que comandam a
assembleia de acionistas de uma empresa, permitindo ao seu titular o direito de
votação em assembleias, também podem eleger e distribuir os membros da diretoria
e do conselho Fiscal da companhia. Podem definir o destino dos lucros, reformar
estatuto social, autorizar a emissão de debentures e aumentos de capital social.
Oferecem participação nos resultados da empresa e permitem aos acionistas o
direito de votação em assembleias gerais (SECURATO, 2005).
13
Os acionistas ordinários tem o direito de definir a direção dos negócios, examinam e
votam nas suas contas patrimoniais, determinam a destinação dos resultados,
podem originar alterações nos estatutos, escolhem a diretoria da sociedade, e
determinam outros assuntos de interesse da companhia (ASSAF NETO, 2012).
Com os acionistas ordinários, habitualmente é realizada a distribuição dos
dividendos em função dos dividendos obrigatórios previsto em lei, ou em
conformidade com o percentual determinado no estatuto de cada companhia
(ASSAF NETO, 2012).
2.1.1.2 - Ações Preferenciais
Securato (2005) entende que ações preferenciais proporcionam prioridade no
recebimento de dividendos e no reembolso de capital em caso de liquidação ou
dissolução da sociedade.
Para o acionista preferencial, o lucro é mais importante do que o controle da
empresa. Quando uma empresa passar três anos consecutivos sem distribuir
dividendos preferencias, essas ações passam a ter direito a voto, podendo alterar o
controle dos acionistas, assim também acontece se estiver estabelecido no estatuto
da companhia. (ASSAF NETO, 2005).
As ações preferenciais não estabelece a seu titular o direito ao voto, mas garante
vantagens aos acionistas como, prioridade para receber dividendos, reembolso do
capital quando ocorre liquidação da companhia (FIPECAFI, 2012).
2.1.1.3 - Ações de Gozo ou Fruição
As ações de gozo ou fruição são ações proporcionais à soma que caberiam somente
aos acionistas na eventualidade de sua dissolução da companhia (ASSAF NETO,
2005).
De acordo com Assaf Neto (2005, p. 247) “Essas ações não são colocadas em
negociação na bolsa de valores para o publico em geral, revelando interesse
somente aos sócios fundadores da sociedade”.
14
2.1.2 – Preço das ações
De acordo com Assaf Neto (2012) o preço da ação na bolsa é formado pelo fluxo de
oferta e procura de cada papel, os investidores dando ordens de compra e venda á
corretoras das quais são clientes, influenciam o processo de formação do preço de
mercado, fazendo com que se aproxime do “ valor justo” da ação.
Quanto maior a demanda por uma ação, mais influência há na sua valorização no
mercado, no entanto, se a oferta de venda for maior do que a demanda, o preço da
ação cai, causando assim a sua desvalorização. Todo esse comportamento
depende, em grande parte, da situação atual e esperada da empresa, de
indicadores econômicos e setoriais, mudanças tecnológicas, crises econômicas
nacionais e internacionais entre outras (ASSAF NETO, 2012).
Lima, Lima, Pimentel (2012) afirmam que a fixação do preço de emissão é item
fundamental e extremamente difícil de ser atribuído e determina o sucesso da
operação de underwriting3. Preços de emissão muito superior ao que o mercado
está disposto a pagar podem resultar em fracasso na operação, o ideal seria cobrar
um preço que fosse justo tanto para os atuais acionistas como para os potenciais
investidores.
Segundo Assaf Neto (2012) ao se admitir que a avaliação deva ser desenvolvida por
meio de sua inserção num portfólio, ou seja, considerando-se a ação como parte
integrante de uma carteira de títulos e valores mobiliários é adotada como
instrumentos de analise os modelos de precificação de ativos.
De outra forma, ao se avaliar uma ação isoladamente Assaf Neto (2012), isto é fora
do contexto de uma carteira, a preocupação do investidor passa a concentrar-se
mais especificamente no titulo em si (dividendos e valorização) e não na influencia
de benefícios sobre o patrimônio da carteira.
3 Underwriter é a denominação da instituição financeira que realiza operações de lançamento de ações no mercado primário, que podem ser bancos múltiplos, bancos de investimentos, distribuidoras de títulos e valores mobiliários entre outras.
15
2.1.3 - Initial Public Offering - IPO
Conforme manual como abrir o capital da sua empresa no Brasil (IPO) - início de
uma nova década de crescimento (2011), muitos empresários estão tomando a
decisão de abrir o capital das empresas como ação estratégica para alterar de forma
definitiva a gestão, os controles internos e a transparência da companhia.
O citado documento discorre que os motivos que incentivam os empresários a
tomarem essa iniciativa se deve ao fato da possibilidade do mercado proporcionar a
organização o acesso à fonte de financiamento, fundo de direito creditório - FIDC,
debêntures, emissão de ações, etc, não disponíveis à empresa de capital fechado;
permite que as empresas atraiam os melhores talentos, porque elas podem pagar
esses profissionais pouco ou nenhum salário com a promessa que eles podem ter
um retorno substancial na abertura de capital e por último esse também permite que
essas empresas possam usar as suas próprias ações como moeda para adquirir
outras empresas (MANUAL COMO ABRIR O CAPITAL DA SUA EMPRESA NO
BRASIL (IPO) - INÍCIO DE UMA NOVA DÉCADA DE CRESCIMENTO, 2011)
Esse mesmo manual define o IPO - Initial Public Offering, como uma oferta pública
inicial de ações que consiste em, um evento de transformação na organização para
receber novos sócios, sendo este procedimento algo caro e demorado e que deve
ser cumprido os seguintes passos: as empresas designam uma pessoa da equipe
para gerenciar o projeto, posteriormente é criada a equipe de IPO composta pelo
banqueiro de investimento, advogados, contadores e especialista da CVM no Brasil
(Comissão de Valores Mobiliários), sendo que o processo da definição do preço das
ações é gerido pelo banqueiro de investimento que inclui a apresentação de
documentos de registro junto às autoridades competentes, a pré-determinação do
preço de oferta para decidir o tamanho da IPO em termos de número de ações e a
oferta pública desses títulos junto ao mercado. (MANUAL COMO ABRIR O CAPITAL
DA SUA EMPRESA NO BRASIL (IPO) - INÍCIO DE UMA NOVA DÉCADA DE
CRESCIMENTO, 2011).
16
2.2 – BOLSA DE VALORES
De acordo com Assaf Neto (2005) as bolsas de valores são associações civis sem
fins lucrativos, com a finalidade básica de manter um ambiente em condições
adequadas para a realização de compra e venda de títulos e valores mobiliários,
entre seus associados.
Assaf Neto (2012) relata que a bolsas de valores se preocupa, ainda com a
preservação dos valores éticos nas negociações realizadas em seu cambio, e a
divulgação rápida dos resultados com eficiência de todas as transações realizadas,
sendo fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CMV).
Quadrimestralmente a Bolsa de Valores atualiza a sua fictícia carteira de ações,
inclusive os papéis que tiveram maior participação no último período e excluindo
aqueles com menor representação. Assim, as ações de um índice podem apresentar
um comportamento diferente no mesmo período, podendo ocorrer valorização ou ao
contrário, desvalorização (Assaf Neto, 2006).
Segundo o site da BM&F Bovespa (2010), no Brasil o desempenho positivo
significativo da bolsa de valores se deu a partir de meados da década de 90. Esse
fato aconteceu devido à aceleração do movimento de abertura da economia
brasileira, o aumento do volume de investidores atuando no mercado de capitais e o
aumento do número de empresas nacionais com participação em bolsas
estrangeiras, principalmente a New York Stock Exchange (NYSE), com o objetivo de
se capitalizar através do lançamento de valores mobiliários no exterior.
2.3 - BM&F BOVESPA
Fundada em 1845, a antiga BVRJ, a bolsa de valores do Rio de Janeiro, por muito
tempo foi a maior bolsa brasileira, mas pouco a pouco perdeu espaço para a bolsa
de valores de São Paulo.
A Bovespa teve sua origem em 1890, com a criação da Bolsa Livre, fundada por
Emilio Rangel Pestana. Logo em 1891 foi fechada por conta da politica de
Encilhamento e quatro anos depois foi reaberta como a bolsa de fundos públicos de
17
São Paulo. Em 1985 foi criada a Bolsa Mercantil de Futuros (BM&F), que introduziu
com sucesso as negociações de instrumentos financeiros dos Brasil, como taxas de
juros, índices futuros e opções de contratos.
Em 1991 a BMSP e a MB&F unificam suas operações sobre a sigla já existente da
BM&F. Em 1997 ocorre a ultima grande fusão, agora com a BBF, Bolsa de Fundos,
sediada no Rio de Janeiro. Em 2008, BOVESPA e BM&F tornam se companhias de
capital aberto após a desmutualização de seu capital. Em 2009 as operações das
duas são unificadas dando origem a BM&F Bovespa.
De acordo com o caderno da comissão de valores mobiliários a BM&F Bovespa S.A
é uma empresa de sociedade anônima, de capital aberto, que tem por objetivo,
dentre outros, organizar, promovendo o bom funcionamento, desenvolvendo
mercados livres e abertos para negociação de qualquer espécie de títulos e/ou
contratos que possuam como referencia, ou tenha como objetivo, ativos financeiros,
índices, indicadores, taxas, mercadorias (commodities) e moedas, nas modalidades
a vista (mercado disponível) e para liquidação futura (mercado a termo, de futuros e
de opções).
O caderno da comissão de valores mobiliários relata que a BM&F Bovespa é regido
por normas legais, originadas dos reguladores como o Conselho Monetário Nacional
(CMN) – Banco Central do Brasil (BACEN) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
e por normas de auto regulação da própria Bolsa.
Esse mesmo caderno discorre que os índices da BM&F Bovespa são indicadores de
desempenho de um conjunto de ações, ou seja, mostram a valorização de um
determinado grupo de papéis ao longo do tempo, sendo que esses preços desses
títulos podem variar por fatores relacionados à empresa ou por fatores externos,
como o crescimento do país, do nível de emprego e da taxa de juros, apresentando
assim um comportamento diferente no mesmo período, podendo ocorrer valorização
ou ao contrário a desvalorização.
18
2.4 – CRISES ECONOMICAS
2.4.1 - Conceito
De acordo com o dicionário Aurélio (2001) crise é um ponto de transição entre uma
época de prosperidade e outra de depressão.
O site conceito de descreve que crise econômica faz referencia a um período de
escassez a nível da produção, da comercialização de produtos e serviços. A
economia é cíclica, ou seja, combina etapas de expansão com fases, mais
conhecidos como ciclos econômicos.
2.4.2 - Tipos de crises econômicas
Ao se tratar de crises econômicas mundiais podemos citar as crises de 1929, 1973,
1979, 1982, 1987, 1997, 1998, 2001, e finalmente, 2008. Dentre essas este trabalho
irá fazer um recorte para as de 1929, 1987, 2001 e a de 2008. A escolha por essas
crises se deve pelo fato das mesmas serem responsáveis por grandes mudanças
econômicas, e de certa forma essas crises contribuíram para que o Estado intervisse
de uma forma mais incisivamente, conforme está narrado abaixo.
2.4.2.1 - A crise de 1929
Segundo Galbraith (2010), na década de xx ocorreu uma crise econômica, também
chamada crash de 1929, com proporções épicas e efeitos duradouros na economia
americana, provocando assim, o fim da posição de protagonista industrial dos
Estados Unidos no mundo, que naquela época possuía um contexto de ampla
prosperidade alcançada ao longo do período de desenvolvimento econômico,
iniciado em meados do século XIX após a 1ª Grande Guerra Mundial.
O site portal do jornalismo – RJ (2013) relata que durante a primeira guerra mundial,
os Estados Unidos produziam e exportavam em grandes quantidades para os países
europeus. Após o conflito, os países europeus começaram a se reerguer e
consequentemente houve uma redução das exportações praticadas pelos Estados
Americanos, aumentando assim a estocagem dos produtos produzidos no país. O
19
resultado disso tudo foi à queda da Bolsa de Nova York, a falência de bancos e
empresas, o que acarretou no aumento do número de desemprego e de suicídios no
país.
Niveu (1969) por sua vez, complementa que para se entender o que ocorreu neste
período é necessário analisar a janela de tempo, que antecede o colapso da Bolsa
de Nova Iorque, que vai de 1922 a 1929.
Niveu (1969) ainda afirma que houve duas recessões menores, que fizeram com
que os EUA passassem a ter uma forte expansão econômica que possibilitou que as
despesas de investimento neste país girassem em torno de 20% do Produto
Nacional Bruto (PNB), como também os Estados Americanos passaram a ter as
seguintes características: o desemprego, com exceção de 1924, estava na casa dos
2%, sua produção de automóveis aumentou 33% ao ano e consequentemente a sua
produção de petróleo, aço, borracha e a construção de estradas receberam fortes
investimentos.
Neste mesmo período a sua geração de energia elétrica duplicou, a produção dos
eletrônicos acompanhou a tendência, houve um aumento significativo no número de
indústrias que passou de 183.900 para 206.700, elevando assim o valor da
produção dessas empresas de 60,8 para 68 bilhões de dólares; o comercio
americano teve um faturamento disparado de 236 milhões para 1,25 bilhão de
dólares e com essas características favoráveis, onde as empresas apresentavam
ganhos estáveis e crescentes, fez com que as cotações das ações ordinárias se
elevassem ao longo desse período, fazendo assim que os Estados Unidos
pudessem vislumbrar o presente com satisfação e o futuro com otimismo (NIVEU,
1969).
Niveu (1969) discorre que a partir de março de 1928, o “boom” da Bolsa de Nova
Iorque perdeu as características citadas acima e passou a ser puramente
especulativa, onde o valor das ações das empresas começou a subir, não de forma
gradual e fortalecida, mas em grandes saltos e consequentemente a alta da bolsa
não tinha mais relação com os lucros, o que aumentou a febre da especulação e a
paixão pelos ganhos fáceis parecia não ter limites. No entanto, esse processo
20
sofrido pela bolsa não poderia durar para sempre, ocorrendo assim a grande crise
de 29.
O site exame.com (2010) descreve que após a crise de 1929 a legislação básica da
bolsa foi modificada, onde podemos destacar a Securities Exchange Act de1934,
uma das mais importantes leis fundamentais para este setor e também foi criada a
Comissão de Valores Mobiliários Americana, organismo responsável pela
supervisão e vigilância dos mercados no EUA.
Neste mesmo site é possível perceber que esta crise afetou muitos países, assim
como o Brasil, que no período da crise de 1929, era conhecido como um grande
exportador de café do mundo, tendo os Estados Unidos como um principal
consumidor na compra deste produto, o que afetou consideravelmente a economia
do mercado brasileiro, pois o valor de sua principal exportação foi bastante reduzido,
a partir deste momento, o Estado passou a interferir na economia brasileira, com o
intuito de incentivar a indústria no país. (EXAME, 2010).
2.4.2.2 - A crise de 1987
O jornal folha de São Paulo (2008) relata que após a recessão causada pelo choque
do preço no petróleo, corrida em 87, a economia dos EUA teve um período de rápido
crescimento. No entanto, refletindo o desequilíbrio nos gastos do governo norte-
americano, os déficits orçamentários e em conta – corrente saltaram para níveis
elevadíssimos entre 1982 a 1987.
Curvo (2011) em sua tese de doutorado intitulada: Comparação entre as Grandes
Crises Sistêmicas do Sistema Capitalista (1873, 1929 e 2008), apresentada ao
Programa de Pós - Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e
Desenvolvimento, Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro,
aponta algumas características geradas pela crise de 87, tais como: o mês 08 do
citado ano da crise o Dow Jones atingiu a marca de 2700 pontos, que provocou um
ciclo de baixa na bolsa e o pânico se espalhou pelos mercados financeiros mundiais,
as perda das riquezas sofridas pelo país em torno de meio trilhão de dólares, e o
desaquecimento sofrido pelo mercado acionário que perdurou por alguns anos.
21
Neste mesmo período, o mercado acionário foi tomado por uma tendência altista,
levando as ações a preços supervalorizados, resultantes de especulações
intensificadas. Temores relacionados a empréstimos bancários, combinados com a
desaceleração da economia e a desvalorização da moeda americana injetou medo
no mercado do país. Em 16 de outubro de 1987, ordens antecipadas de venda
causaram atraso na abertura da Bolsa de Nova York, resultando numa queda do
índice Dow Jones de 22,6%, em apenas um dia.
O temor se estendeu por toda a Europa e pelo Japão. O Brasil se viu em situação de
default, sendo necessário suspender o pagamento da dívida externa. A intervenção
dos Bancos Centrais de todo mundo veio rapidamente através da redução das taxas
de juros. Essa crise de 1987 representou a primeira demonstração do potencial de
contágio imediato do pânico num mundo globalizado. (FOLHA, 2008).
No trabalho de Curvo (2011) é possível ver quais foram as ações adotadas pelo
governo por meio da Reserve Bank (Fed) Regional de Nova Iorque que passou a
disponibilizar linhas de créditos bancários exclusivo às corretoras de valores
mobiliários, para amenização dos efeitos da crise junto ao mercado. Como também
esse contexto serviu de teste de força para o recém-empossado Presidente do
Federal Reserve Bank (Fed), Alan Greenspan4, que de forma prática interviu
rapidamente e contornou assim a dispersão da crise americana para os mercados
mundiais e fez com que a crise ficasse no passado.
2.4.2.3 - A crise de 2001
Segundo Alves (2011), a crise da internet, também conhecida como a crise do ponto
com ou o estouro da bolha da internet. Foi uma crise que se originou da falência
geral de empresas virtuais em 2001. Em 1994 a internet se encontrava em franca
expansão nos Estados Unidos e também em diversos países do mundo, mas, dentro
da rede existiam poucas empresas e sites.
A concorrência era muito baixa e a internet foi vista por muitos empreendedores
como uma nova fronteira econômica que se abria para quem quisesse ter a sua
própria empresa. Em 1995 a Netscape se tornou a primeira empresa a fazer oferta
pública inicial de ações, e lançou ações na Bolsa de Valores de Nova York. Logo,
22
ela conseguiu um grande número de investidores interessados em ganhar nesta
nova fronteira econômica.
Segundo Filho (2015), jovens, na sua maioria estudantes, ávidos por ganhar dinheiro
na internet, apareciam com novas ideias que rapidamente se transformavam em
empresas pontocom e atraíam investidores. Criou-se também a ideia do nerd que
enriquecia unindo grande conhecimento de tecnologia aliada a um grande
empreendedorismo ativo. Todos estes fetiches eram criados em cima destes novos
empreendedores da internet.
Contudo, muitas destas empresas não obtiveram lucro nenhum, eram apenas
promessas que não davam em nada, mas, para não perderem dinheiro os
investidores continuavam a investir nestas companhias, esperando que algum dia
elas dessem lucro, mas não davam. (FILHO, 2015)
Conforme ressalta Filho (2015), com essa prática se percebeu que as pessoas
comuns, que navegavam na internet, não compravam ou não entravam nestas
novas organizações. Para piorar empresas tradicionais entraram no mercado on line
criando seus sites, concorrendo com estas novas firmas, tirando mais ainda seus
lucros.
Em 1999, no entanto, o FED – Federal Reserv System aumentou a taxa básica de
juros tornando mais caro o dinheiro. No ano 2000 percebeu-se que o capital
investido nestas empresas não retornava em forma de lucro e, com as taxas de juros
altíssimas, muitos passaram a temer que suas dívidas crescessem e, alguns
investidores passaram a se desfazer de suas ações. (FILHO, 2015)
Filho (2015) descreve que logo estes acionistas eram seguidos por outros que
também temiam o crescimento de suas dívidas. Breve havia mais ações sendo
vendidas do que compradas o que baixou seus preços absurdamente em poucas
semanas. Sem compradores para as ações muitos investidores perderam dinheiro.
Esta notícia se propagou para outros investidores, que desesperados, tentaram
vender as ações das empresas pontocom, mas não obtiveram êxito e a
consequência desse processo foi o estouro da bolha especulativa em cima dessas
organizações da pontocom. Milhares delas faliram gerando prejuízos a muitos
23
investidores que tinham apostado nelas e as que sobreviveram viram o preço de
suas ações se desvalorizarem de forma drástica, passando a ter prejuízos ao invés
de lucros. (FILHO, 2015)
2.4.3 - A Crise Suprime
Para entender sobre a crise subprime, primeiramente será necessária uma breve
explanação, do que é o subprime, como ela funciona e para que e por que a mesma
existiu.
Segundo Dilorenzo (2008) a Fannie Mae (Federal National Mortgage Association) foi
criada em 1938 por Franklin Delano Roosevelt, durante o New Deal com a função de
fornecer liquidez ao mercado hipotecário. Por um período de 30 anos seguidos, ela
desfrutou do monopólio do mercado secundário de hipotecas nos EUA. Tornou-se
uma corporação privada em 1968, para conter o déficit orçamentário do governo. A
Freddie Mac (Federal Home Loan Mortgage Company) foi criada em 1970, no
governo Nixon, para expandir o mercado secundário de hipotecas e, assim como a
Fannie Mae, tem a função de fazer empréstimos e dar garantias a empréstimos.
Tanto a Freddie Mac como a Fannie Mae, junto com outras empresas, compram
(dos bancos) hipotecas no mercado secundário e as revendem para investidores no
mercado aberto como títulos lastreados em hipotecas. Ambas são empresas de
capital aberto. (DILORENZO, 2008)
Fannie Mae e Freddie Mac são empresas voltadas exclusivamente para o mercado
imobiliário. Mais especificamente, elas são empresas que existem para garantir
liquidez ao mercado de hipotecas. Elas não emprestam dinheiro para compradores
de imóveis; elas apenas compram estes empréstimos dos bancos. (ROQUE, 2013)
Fannie e Freddie, ao comprarem as carteiras de empréstimos imobiliários dos
bancos, permitiam que os bancos dessem continuidade aos seus empréstimos. Em
outras palavras, após um banco conceder um empréstimo para um comprador de
imóveis, ele podia vender este empréstimo para Fannie ou Freddie. Ato contínuo,
este empréstimo não mais estaria nos livros contábeis do banco, o qual estaria
agora livre para fazer novos empréstimos. (ROCKWEEL, 2013)
24
Segundo Rock (2013), uma vez em posse dos títulos hipotecários, Fannie e Freddie
agora eram as responsáveis pelos empréstimos. A relação agora era entre elas e os
tomadores de empréstimos imobiliários. Enquanto estes continuassem pagando
suas hipotecas, Fannie e Freddie continuariam tendo um fluxo de caixa. Se os
tomadores de empréstimos dessem o calote, Fannie e Freddie teriam enormes
prejuízos. Seus títulos hipotecários seriam remarcados para um valor zero e o
patrimônio líquido de ambas seria severamente afetado.
Conforme Rock (2013), Freddie e Fannie são conhecidas como empresas
apadrinhadas pelo governo americano. Elas usufruíam uma linha especial de crédito
junto ao Tesouro americano, no valor de US$2,25 bilhões. Esta garantia implícita de
proteção conseguiu atrair um contínuo financiamento de investidores — que
investiam dinheiro nestas empresas e compravam seus títulos lastreados em
hipotecas —, pois estes investidores sabiam que, caso a coisa degringolasse,
Fannie e Freddie seriam socorridas pelo governo americano.
Em 2005 o mercado imobiliário estava propicio para a compra e venda de casas,
com a alta dos preços de imóveis nos Estados Unidos e a alta liquidez no mercado
internacional, os bancos e financeiras norte-americanas começaram a emprestar
mais dinheiro para que pessoas com histórico de crédito considerado ruim para que
comprassem casas. Antes, só tinham acesso a essas hipotecas, credores com bom
histórico de pagamento de empréstimos e renda comprovada. (FOLHA DE S.
PAULO, 2008)
Conforme o site BANKRATE.COM, subprime nada mais é do que uma classificação
de crédito. Um dos equívocos mais comuns quanto ao termo "subprime" é imaginar
que ele se refira à taxa de juros dos empréstimos. O termo "subprime" não se
relaciona à chamada "prime rate", uma das taxas de juros de referência dos
mercados financeiros, e sim à classificação de crédito do devedor. Em uma escala
que vai de cerca de 300 a 900 pontos, a classificação "subprime" é dada às pessoas
com menos de 620 pontos. A maioria dos consumidores tem classificação de crédito
entre 650 e 800 pontos.
Martelanc E Ghani (2008) descrevem que o mercado subprime foi afetado pela
elevada inadimplência no setor imobiliário americano que entrou em crise em 2008.
25
A principal característica para esse mercado de títulos de segunda linha, sua
característica é a concessão de crédito a pessoas que tenham capacidade duvidosa
de pagamento, isto levou a uma bolha financeira, que estourou no referido ano.
A crise subprime influenciou diretamente na queda das exportações brasileiras a
partir de julho de 2008, de acordo com o relatório do Tribunal de Contas da União –
TCU (2010), o governo brasileiro também implantou ações para estimular o comércio
exterior. Parte das reservas internacionais foi utilizada para financiar exportações, e
novas regras foram estipuladas para facilitar as linhas de crédito aos exportadores.
Estas ações fizeram com que houvesse uma forte recuperação no volume de
exportações a partir de março de 2009.
Carreras (2009) salienta que o setor industrial brasileiro, foi o mais afetado pela
crise, apresentando uma forte redução na produção e na criação de emprego. Este
fenômeno também causou forte impacto nas exportações brasileiras que sofreram
com a contenção de preços de commodities (mercadorias negociadas em bolsas,
onde seus preços são definidos em nível global pelo mercado internacional) e o
setor de manufaturas, que foi afetado pela retração das outras economias, inclusive
países latinos que são importantes compradores da produção brasileira.
No Brasil, apesar da economia ter sido considerada estável, ocorreu um forte
impacto com o processo de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB), aumento
do desemprego com demissões, redução na concessão de crédito para alguns
segmentos, diminuição de investimentos produtivos e decréscimo do consumo
(PINHO, 2009).
Entretanto, Dulci (2009) comenta que o Brasil em partes, ficou protegido do desastre
no sistema financeiro dos Estados Unidos e da Europa, graças à solidez de seus
bancos e à rigidez na supervisão dos órgãos que regulam o setor. As consequências
da crise em outros países levaram, de forma geral, a uma forte reeducação do
crédito, a uma sucessão de falências bancárias e ao aumento da concentração do
capital.
26
3 - METODOLOGIA APLICADA
Para a realização dessa pesquisa foram utilizados os valores dos preços das ações
ordinárias de todos os setores listados na BM&F Bovespa. Os dados foram
coletados no sistema Economática®, sendo utilizadas 4.485 amostras referente a 66
empresas utilizadas na análise dos anos de 2004 a 2012 (ANEXO I), foram extraídos
nos meses de janeiro, abril, agosto e novembro de cada ano, considerando estas as
datas possíveis de publicação das demonstrações contábeis.
Foi medida a taxa de crescimento de cada ação, de cada publicação em relação ao
preço anterior. Foi usada a formula:
∆% = PN-PA PA
Onde:
∆%: taxa de crescimento
PN: valor mais novo da ação
PA: valor mais antigo da ação
Também foi calculado o crescimento de cada empresa estudada na média deixando
em evidencia as 5 empresas mais próximas da média e também as 5 empresas mais
distantes da média, avaliando assim seu impacto.com a seguinte fórmula:
Segundo Levine (2008) a média é calculada através da soma de todos os valores
numéricos observados para uma variável em um conjunto de dados, e posterior a
divisão deste total, pelo numero de observações envolvidas.
Também foi medido o desvio padrão que segundo Humberto (2009) esse cálculo é
uma medida que aponta a dispersão dos dados da amostra, o quanto o resultado se
27
diferencia da média, ele sempre será apresentado junto com a média. Foi utilizada a
fórmula:
De acordo com Levine et al (2005) o desvio padrão é a raiz quadrada da soma das
diferenças em torno da media aritmética elevadas ao quadrado, dividida pelo
tamanho da amostra menos um.
28
4 - RESULTADOS OBTIDOS
4.1 ANÁLISE EM BLOCOS
As empresas foram separadas em 13 grupos, onde foram inseridos gráficos. Cada
gráfico possui 05 empresas em ordem alfabética, sendo que o ultimo gráfico possui
apenas 04 empresas. Todas foram analisadas individualmente de acordo com os
dados coletados na BM&F Bovespa, conforme segue:
GRÁFICO 1 - EMPRESAS DO GRUPO I
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo I foram analisadas as seguintes instituições: AES Elpa, AES
Tiete, Alfa Consorc Alfa Financ e Alfa Holding. Conforme a analise do gráfico acima
deixam evidente que as empresas apresentadas reagem significativamente no ano
de 2007, onde o valor de suas ações cresce na BM&F Bovespa. Porém em 2008
acontece uma queda em seu crescimento, mas logo reagem, em 2009, podemos
destacar a empresa AES Elpa que atualmente é a controladora da Eletropaulo
Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A.
29
GRÁFICO 2 - EMPRESAS DO GRUPO II
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo II foram analisadas as seguintes instituições: Alfa Invest,
Alpargatas, Amazônia, Ambev S/A e Banestes. De acordo com analise do gráfico 2
percebe-se um forte crescimento em 2007 na empresa Banestes diante dos valores
das ações das demais empresas demonstradas, porem sua diminuição no
crescimento do valor de sua ação é nítida, onde só volta a crescer em 2012.
Diferente das empresas Ambev S/A e Alpargatas que diminuiu o valor de sua ação
em 2008, mas logo se recuperaram em 2009.
GRÁFICO 3 - EMPRESAS DO GRUPO III
Fonte: adaptado pelo autor
30
Nas empresas do grupo III foram analisadas as seguintes instituições: Braskem
Brasil, Bradespar, Bradesco, e Banrisul. O gráfico 3 demonstra que as empresas
destacadas praticamente andaram juntas na queda de preço da ação em 2008 e no
seu crescimento em 2009, cada uma na sua proporção, todavia podemos destacar a
empresa Braskem e Bradespar uma companhia de investimentos, onde a
valorização de sua ação foi bem significativa.
GRÁFICO 4 - EMPRESAS DO GRUPO IV
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo IV foram analisadas as seguintes instituições: Celul Irani,
Cemig, Cesp, Cia Hering e CCR SA. No gráfico 4 o preço da ação da empresa Cesp
(Companhia Energética de São Paulo) começa a crescer em 2005, porém o preço
cai em 2008, mas logo volta a crescer em 2009, Como a Cia Hering.
31
Gráfico 5 - Empresas do Grupo
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo V foram analisadas as seguintes instituições: Copel, Coece,
Coteminas, Eletrobras e Eletropar.. Conforme o gráfico 5 a empresa Coece
apresenta forte valorização das suas ações em 2007, a queda da valorização de sua
ação em 2008 é leve, mantendo seu crescimento a partir de 2009. O que não
aconteceu com a empresa Eletropar (empresa subsidiaria da Eletrobras) que
começou a crescer em 2005 e mesmo reagindo após a desvalorização da sua ação
em 2008, volta a cair em 2010.
32
GRÁFICO 6 - EMPRESAS DO GRUPO VI
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo VI foram analisadas as seguintes instituições: Gerdau Met,
Gerdau, Eternit, Energisa MT e Embraer. Como demonstra o gráfico 6 todas as
empresas destacadas tiveram queda no valor de sua ação na BM&F Bovespa,
voltando a crescer em 2009, exceto a empresa Energisa Mt (distribuidora de
energia) que manteve o valor das suas ações, voltando a cair em 2010 e 2012.
GRÁFICO 7 - EMPRESAS DO GRUPO VII
Fonte: adaptado pelo autor
33
Nas empresas do grupo VII foram analisadas as seguintes instituições: Ideiasnet,
IGB S/A, Inds Romi, Iochp-Maxion e Guararapes. No gráfico 7 as instituições
apresentam uma diminuição de valor de suas ações em 2008, a recuperação veio
em 2010, exceto a empresa Guararapes que começa a perder valor na BM&F
Bovespa em 2007, a recuperação só acontece em 2009.
GRÁFICO 8 - EMPRESAS DO GRUPO VIII
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo VIII foram analisadas as seguintes instituições: Itautec,
ItauUnibanco, João Fortes, Kepler Weber e Itausa. Nesse gráfico é clara a queda no
preço da ação da empresa Kepler Weber (soluções no segmento de armazenagem
agrícola e movimentação de graneis sólidos) em meados de 2007, não conseguindo
se valorizar ate 2012. Podemos destacar ainda a empresa Itausa que só reage em
2012.
34
GRÁFICO 9 - EMPRESAS DO GRUPO IX
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo IX foram analisadas as seguintes instituições: Lojas Americ,
Mont Aranha, Mundial, Natura e Oi. Conforme o gráfico 9 a empresa Natura obteve
uma supervalorização no valor de sua ação em 2010, mas logo em seguida perde
ao cair o seu crescimento em 2011. Já as empresas Light S/A e Lojas Americ
manteve seu valor de ação com uma leve valorização em 2010.
GRÁFICO 10 - EMPRESAS DO GRUPO X
Fonte: adaptado pelo autor
35
Nas empresas do grupo X foram analisadas as seguintes instituições:
Paranapanema, Petrobras, Portobello, Randon Part e Oi. Conforme o gráfico 10 a
queda no preço das ações acontece em 2008 de todas as empresas apresentadas.
Nesse gráfico o destaque fica para todas as empresas apresentadas nesse gráfico
que obtiveram uma forte valorização em 2006, onde a desvalorização só acontece
no final de 2008, voltando a crescer em 2010.
GRÁFICO 11 - EMPRESAS DO GRUPO XI
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo XI foram analisadas as seguintes instituições: Rossi Resid,
Sabesp, São Carlos, Sid Nacional e Rede Energia. De acordo com o gráfico 11 a
queda no preço das ações das instituições apresentadas acontece em 2008, porem
podemos destacar a empresa Rede Energia que o impacto foi menor considerando
as empresas analisadas nesse gráfico
36
GRÁFICO 12 - EMPRESAS DO GRUPO XII
Fonte: adaptado pelo autor
Nas empresas do grupo XII foram analisadas as seguintes instituições: Tectoy,
Telebras, Telef Brasil. Tim Part S/A e Souza Cruz. Conforme o gráfico 12 acontece
uma variação de crescimento evidente em 2006 nas empresas, desvalorizando-se
somente em 2008, a empresa Souza Cruz se mantem, aumentando sua valorização
em 2009.
GRÁFICO 13 - EMPRESAS DO GRUPO XIII
Fonte: adaptado pelo autor
37
Nas empresas do grupo XIII foram analisadas as seguintes instituições: Tran Paulist,
Unipar, Usiminas, Vale e Tractebel Conforme o gráfico 13 o crescimento da ação e
sua desvalorização acontecem praticamente ao mesmo tempo para todas as
empresas apresentadas, cada uma na sua proporção. A empresa Tractebel se
destaca por ter uma forte valorização em 2005, em 2008 a queda do preço da ação
é leve, mantendo seu crescimento.
4.2 ANÁLISE COM BASE NA MÉDIA E DESVIO PADRAO
Foram selecionadas todas as empresas ordinárias listadas na BM&F Bovespa
atuantes no período escolhido para análise, no entanto os gráficos abaixo
demonstram somente cinco empresas mais próximas e as cinco empresas mais
afastadas da média e Desvio padrão calculado individualmente nos gráficos 14 e 15
conforme a seguir:
GRÁFICO 14 - EMPRESAS MAIS PRÓXIMAS DA MÉDIA
R$ 0,37
0,253465634
R$ 0,90
0,605665825
R$ 1,87
0,982910532
R$ 1,98
1,173930837
R$ 4,48
1,333293064
MEDIA
DESVIO PAD
Empresas mais próximas da média
Alfa Consorc Eternit Portobello Celul Irani Amazonia
Fonte: adaptada pelo autor
Conforme o gráfico 14 as empresas analisadas mais próximo da média
foram: Alfa Consorc, Eternit, Portobello, Celul Irani e Amazônia, onde na
média o preço da ação não variou muito no decorrer dos anos que foram
analisadas e conforme o desvio padrão pode notar que os valores dela não
38
variaram tanto, estas empresas foram classificadas como as que obtiveram
o menor impacto com a crise.
GRÁFICO 15 - EMPRESAS MAIS AFASTADAS DA MÉDIA
Fonte: adaptada pelo autor
Conforme o gráfico 15 as empresas analisadas foram: Kepler Weber, Mundial,
Tectoy, Oi, Rossi Resid. Estas empresas possuíram a maior variação de preço no
decorrer deste período, portanto, foram as que mais se afastaram da média. Estas
empresas foram classificadas como as que obtiveram o maior impacto da crise
refletido no preço das suas ações no período analisado. Em destaque podemos
notar as empresas Kepler Weber e Amazônia. A empresa Kepler Weber por ser uma
das instituições que mais sofreu variação de valor em suas ações e a Amazônia por
ser a empresa que menos sofreu variação de valor em suas ações.
39
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dados apresentados neste trabalho indicam que houve indícios do impacto da
crise subprime de forma financeira causada nas instituições brasileiras listadas na
BM&F Bovespa, cada uma na sua proporção. O Presidente do Brasil no período
(2008) José Inácio Lula da Silva disse que a crise subprime seria como uma
“marolinha” ao chegar ao Brasil, porém diante dos dados apresentados se percebe
uma variação em algumas empresas, favorecendo o impacto pela crise subprime,
em algumas mais que outras. Esta variação pode ter ocorrido porque o Brasil estava
se preparando para a crise. Já existiam medidas preventivas para amenizar o
impacto. Com a atual organização do sistema financeiro mundial e tecnologias cada
vez mais inovadoras, aumentou consideravelmente a velocidade de transmissão de
informações, de modo que não só o Brasil, mas principalmente os países
desenvolvidos buscam em tempo recorde superar qualquer ameaça, diminuindo seu
impacto nas empresas.
Foram encontradas 620 empresas brasileiras listadas na BM&F Bovespa, porém só
foi possível a utilização dos dados de apenas 66 empresas. Para se fazer as
analises dessa pesquisa é necessário a utilização dos dados completos de cada
empresa, ou seja 554 empresas ficaram de fora da pesquisa por falta de dados,
preços das ações em alguns períodos analisados.
Sugerimos que para novas pesquisas sejam feitas análises por setores, assim pode-
se analisar quais medidas cada setor tomou para não ser impactado pela crise.
40
REFERÊNCIAS
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42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
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66
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