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I Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG A VIABILIDADE ECONOMICA DA SUBSTITUIÇÃO DA AREIA QUARTZOSA PELA AREIA DESCARTADA DE FUNDIÇÃO NA FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE CONCRETO PARA CONSTRUÇÃO CIVIL Juliano Ferrari a , Nelson Vinícius Lopes Branchi b a Bacharel em Administração (UCS); Mestrando pela UFRGS/FSG; [email protected] b Mestre em Administração (UFRGS); [email protected] Informações de Submissão Juliano Ferrari Rua Os Dezoito do Forte, 2366 Caxias do Sul RS CEP: 95020-472 Resumo A areia descartada de fundição é reconhecidamente um dos maiores passivos ambientais deixados pela indústria manufatureira. Este artigo visa ressaltar a viabilidade econômica na substituição da areia quartzosa por este resíduo, quando aplicados na fabricação de artefatos de concreto para a construção civil. Palavras-chave: Areia Descartada de Fundição. Construção Civil. Artefatos de Concreto. 1 INTRODUÇÃO Em 2011, pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), concluíram o "Estudo da Viabilidade de Utilização de Subprodutos Industriais na Produção de Materiais Construtivos Fase Pré-Industrial", através do qual buscaram uma solução para o reaproveitamento da Areia Descartada de Fundição. O subproduto, oriundo do processo de desmoldagem na fundição convencional, foi avaliado como possível substituinte da areia quartzosa de rio na produção de blocos para a construção civil, já que a extração contínua dessa matéria-prima gera modificações ambientais. A substituição da areia por subprodutos industriais é uma maneira de diminuir o impacto ambiental, além de proporcionar uma destinação correta ao referido resíduo. Os resultados do estudo indicam que a substituição da areia quartzosa é viável tecnicamente, constituindo-se numa alternativa para o aproveitamento dos subprodutos industriais avaliados.

A Viabilidade Economica Do Uso Da Areia de Fundação

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O uso de areia como produção de bloco

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I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG A VIABILIDADE ECONOMICA DA SUBSTITUIO DA AREIA QUARTZOSA PELA AREIA DESCARTADA DE FUNDIO NA FABRICAO DE ARTEFATOS DE CONCRETO PARA CONSTRUO CIVIL Juliano Ferraria, Nelson Vincius Lopes Branchib a Bacharel em Administrao (UCS); Mestrando pela UFRGS/FSG; [email protected] b Mestre em Administrao (UFRGS); [email protected] de Submisso Juliano Ferrari Rua Os Dezoito do Forte, 2366Caxias do Sul RS CEP: 95020-472 Resumo A areia descartada de fundio reconhecidamenteum dos maiores passivosambientaisdeixadospelaindstriamanufatureira.Este artigo visa ressaltar a viabilidade econmica na substituio da areia quartzosaporesteresduo,quandoaplicadosnafabricaode artefatos de concreto para a construo civil. Palavras-chave:Areia Descartada de Fundio. Construo Civil. Artefatos de Concreto. 1 INTRODUO Em 2011, pesquisadores do Centro de Cincias Exatas e Tecnologia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), concluram o "Estudo da Viabilidade de Utilizao de Subprodutos IndustriaisnaProduodeMateriaisConstrutivosFasePr-Industrial",atravsdoqual buscaram uma soluo para o reaproveitamento da Areia Descartada de Fundio. Osubproduto,oriundodoprocessodedesmoldagemnafundioconvencional,foi avaliadocomopossvelsubstituintedaareiaquartzosaderionaproduodeblocosparaa construocivil,jqueaextraocontnuadessamatria-primageramodificaes ambientais. A substituio da areiapor subprodutos industriais uma maneira de diminuir o impacto ambiental, alm de proporcionar uma destinao correta ao referido resduo. Osresultadosdoestudoindicamqueasubstituiodaareiaquartzosavivel tecnicamente,constituindo-senumaalternativaparaoaproveitamentodossubprodutos industriais avaliados. I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 2 combasenestainformaoqueopresenteartigobuscaexplanarsobrea viabilidade econmica na fabricao de artefatos de concreto a partir da reutilizao da areia de fundio. 2 REFERENCIAL TERICO Drucker(2003),defendequeumnegciodevesurgirdaidentificaodas necessidadesdeumpotencialconsumidor.Emummomentoondesustentabilidadee progresso devem andar juntos, muitas so as possibilidades em inovar e empreender de forma sustentvel, principalmente na indstria. Igualmenterelevantenasociedademoderna,almdesertidopormuitoscomoo opostodoprogresso,apreocupaocomomeioambientee,principalmente,a sustentabilidade,socadavezmaiscomuns,esemostramnecessriostendoemvistaa importnciadoequilbrioentrehomemenatureza,quepormuitotempoestevedesgastada devido ao modelo de explorao irresponsvel dos recursos naturais (DALLACOSTA, 2011). Alinhada a esta tendncia, pesquisadores do Centro de Cincias Exatas e Tecnologia daUniversidadedeCaxiasdoSul,desenvolveramoprojeto"EstudodaViabilidadede UtilizaodeSubprodutosIndustriaisnaProduodeMateriaisConstrutivosFasePr-Industrial",atravsdoqualpesquisaram,durantetrsanos,umasoluoparao reaproveitamentodaAreiaDescartadadeFundio,subprodutogeradoemgrandeescala pelas fundies convencionais. Segundo o professor Jos Luiz Piazza, coordenador do CCET, o projeto foi realizado graas a um convnio entre a Universidade de Caxias do Sul e as empresas caxienses Voges Fundio,FundioRioBrancoeMdulo2.Oestudoapontouqueautilizaodeareias descartadas de fundio, em substituio areia quartzosa na produo de blocos de concreto, nomodificaascaractersticastcnicasnemalteraatoxicidadedosprodutosquando confrontada com as de blocos produzidos com areia quartzosa. Ou seja, os blocos produzidos com os subprodutos industriais no so txicos. Dessa forma, os resultados do estudo indicam que a substituio da areia quartzosa vivel tecnicamente, constituindo-se numa alternativa paraoaproveitamentodossubprodutosindustriaisavaliados.Afigura1ilustraasunidades prottipos, construdas na Cidade Universitria, em Caxias do Sul. I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 3 Figura 1: Unidades prottipos Fonte: UCS (2012) Combasenestainformao,esteartigo,porm,delimita-seaavaliarapenasa viabilidadeeconmicanaremanufaturadaareiadefundio,umavezqueestaconstitui-se comooprincipalresduoslidodasempresasdefundio,sendogeradasnaetapade confeco e desmoldagem de peas metlicas (FAGUNDES, 2010). Aaplicaodoresduoindustrialemquestoemumprocessoquecontempla produtos to procuradosatualmente, como osartefatos para construo civil, complementa a ideia de negcio sustentvel, ou aquele que no deixa o meio ambiente pior do que ele era no incio do mesmo perodo, no fim de um perodo contbil (ROVER; ALVES, 2008). 2.1 A construo civil O setor da construo civil impacta na economia brasileira de forma bem mais ampla do que se julgado por senso comum, como o produto imobilirio ou uma obra de construo pesada como uma estrada, por exemplo. Na verdade, a importncia e o impacto desta atividade sobre o ambiente econmico, seestabeleceapartirdonotvelpadrodearticulaointersetorialqueseformaatravsda cadeiaprodutiva,queligadesdefornecedoresdematrias-primas,insumoseequipamentos, at aquelas atividades de servios. Atravs da identificao das inter-relaes entre os elos da cadeia,possveldimensionaromacrosetordeformacompletae,assim,pode-seavaliaro impacto resultante do seu efeito multiplicador sobre a economia (CBIC, 2011). I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 4 2.2 A areia de fundio Oprincipalcomponenteparaafabricaodomoldedefundio,aareiade moldagemumagregadofino,mineralogicamentepuro,aoqualsomisturadosligantesou aglomerantes, como a bentonita, que tem a finalidade de garantir a manuteno dos machos e cavidades internas dos moldes durante o processo de fundio (PEREIRA, 2008). Aextraodesteminriorealizadamecanicamente,comousoderetro escavadeirasecaminhesbasculantesparatransporteatobeneficiamento,comopodeser verificado pela figura 2. Figura 2: A extrao da areia de fundio. Fonte: Disponvel em . Acesso em 30 mar. 2012. Oestudodareutilizaodaareiadefundiocomomatria-primatotalouparcial dentro da construo civil leva inicialmente ao conhecimento das normas brasileiras relativas caracterizao deste resduo slido industrial. Consistem ento estas normas essencialmente emdeterminarascaractersticasqumicasealgumascaractersticasfsicasdestesresduos, atravsdaavaliaodosriscospotenciaisaomeioambienteesadepblica,gerando manuseio e destinos adequados aos mesmos (NASCIMENTO, 2006). Desta forma, e conforme descrito por Nascimento (2006), so previstas as seguintes normas: a) NBR 10.004 - Resduos Slidos: Estanormaprocuraclassificarosresduos,quantoasuapotencialidadedeagresso aomeioambienteesadepblica.Todoresduoclassificadodeacordocomassuas I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 5 caractersticasfsicas,qumicaseinfectocontagiosas.Sodefinidostrsgruposderesduos: Classe I (Perigosos), Classe II (No Inertes) e Classe III (Inertes). OsresduoscompreendidosnasClassesIIeIIIpodemserincineradosoudispostos ematerrossanitrios,desdequepreparadosparatalfimequeestejamsubmetidosaos controlesemonitoramentoambientais.OsresduoscompreendidosnaClasseIsomente podemserdispostosematerrosconstrudosespecialmenteparataisfins,oudevemser queimados em incineradores especiais. b) NBR 10.005 - Lixiviao de Resduos: OensaiodelixiviaoreferenteNBR10.005utilizadoparaaclassificaode resduosindustriais,pelasimulaodascondiesencontradasematerros.Alixiviao classifica um resduo como txico ou no, seja classe I ou no. c) NBR 10.006 - Solubilizao de Resduos: OensaiodesolubilizaoprevistonaNormaNBR10.006umparmetro complementaraoensaiodelixiviao,naclassificaoderesduosindustriais.Esteensaio tem por objetivo, a classificao dos resduos como inerte ou no, isto , classe III ou no. d) NBR 10.007 - Amostragem de Resduos: Esta norma referente coleta de resduos e estabelece as linhas bsicas que devem serobservadas,antesdeseretirarqualqueramostra,comoobjetivodedefiniroplanode amostragem(objetivodeamostragem,nmeroetipodeamostras,localdeamostragem, frascos e preservao da amostra). Aareiadefundioclassificada,segundoanormaNBR10.004,comoumresduo no inerte classe II-A, constituda por areia, agentes ligantes, carbono orgnico e partculas de ferroresidual.Geralmenteessematerialapresentaumidademuitobaixaeausnciade compostosorgnicosemfunodasaltastemperaturasdoprocessoprodutivo(QUISSINI, 2009). Oteordemetais,prossegueQuissini(2009),umacaractersticaimportantedas ADF,etemsidoalvodemuitostrabalhos,emespecialnosEstadosUnidos,ondealguns estados tem regulamentao prpria para o reaproveitamento de resduos. Um ensaio que tem sidosolicitadopelosrgosambientaisdaquelepasoTCLP(ToxicityCharacteristic LeachinsProcedure)paradefinirapericulosidadedoresduo.Seoextratoapresentar contaminantesacimadoregulamentado,entooresduoconsideradotxicoparaomeio ambiente, e imprprio para o uso em qualquer aplicao. I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 6 2.3 O reaproveitamento de resduos industriais Os avanos na rea ambiental, principalmente quando relacionadas com a cincia dos materiais,tmsemostradoelevados,devidoadisponibilidadedesubstituiodemateriais convencionais por alternativos (QUISSINI, 2009). Contudo,garanteNascimento(2006),grandesvolumesderesduosslidos continuamsendogeradosepreocupamosempresriosdediversossetores,devido principalmente s leis de responsabilidade ambiental e ao custo relativamente elevado para a gesto e destinao dos resduos. Diantedestecontextodepreservaoambientaledeviabilidadeeconmica,a indstriadaconstruociviltemocupadopapeldedestaquepordemandargrandes quantidadesdemateriais,apresentando-se,portanto,comopotencialconsumidorderesduos slidos industriais e urbanos, e com possvel aplicao em vrios setores da construo civil, comoconfecodetijoloscermicos,argamassasparaconfecodeblocos,argamassasde revestimento, entre outros (NASCIMENTO, 2006). Diversas mudanas podem ser notadas no aspectoambiental,nosomentetendoemvistaasnovaslegislaesimpostas,mastambm por comprovar inmeras vantagens, destacando a reduo de custos como a varivel que mais desperta o interesse do ponto de vista empresarial (QUISSINI, 2009). Emcontrapartida,osetordafundio,deacordocomQuissini(2009),temum importantepapeldentrodaeconomiadopas,porm,tambmcontribuisignificativamente nosimpactosambientais.Dentreosproblemasambientaisdosetor,ageraoderesduos umdosmaisimportantes.Osresduosmaisexpressivosnasindstriasdefundiosoas areias descartadas de fundio, que so consideradas insumos na montagem dos moldes. 2.4 O bloco de concreto EmpasescomoosEstadosUnidos,Frana,Alemanha,Canademuitosoutros,a utilizao do bloco de cimento pr-moldado no lugar de tijolos de barro na construo civil muito comum. Em nosso pas, o uso desse material comea a se impor aos construtores, no s pela economia de matrias-primas e insumos, como na diminuio da mo de obra, e pela leveza da construo, seu maior conforto eat possveis redues das taxas de seguros, uma vez que se trata de material totalmente incombustvel (GRANDI, 2012). Somenteemmodeobra,deacordocomestudosdaempresaPremol(2012),um pedreiroproduz10vezesmaiscomblocosdecimentosecompradaautilizaodotijolo I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 7 tradicional.Seforlevadoemcontaqueoblocodecimentopr-moldadoexigemenos argamassa de assentamento e metade da argamassa de reboco, concluiremos que a economia para o construtor realmente considervel no oramento final de uma obra.Os blocos de concreto para alvenaria estrutural podem ser definidos como elementos pr-moldados, confeccionados a partir da homogeneizao adequada entre agregados, cimento egua.Seguemasespecificaesdascaractersticasdosblocosvazadosdeconcretopara alvenariaestrutural,segundoaNormaBrasileira(NBR6136/2007).Sodivididosemduas classes: Classe A: destinados para uso de paredes externas acima ou abaixo do nvel do solo e quenorecebemrevestimentos;ClasseB:destinadosparausoacimadonveldosolo,em paredesinternaseexternarevestidacomargamassadecimento,eprotegidadasintempries (MENEZES, 2009). Uma das caractersticas importantes, em relao a esse tipo de bloco, segundo Franco (1992),queoblocodeveservazado,ouseja,semfundo,paraaproveitarosfurosparaa passagemdasinstalaesegarantiraperfeitapenetraodograute(concretopara revestimento de alvenaria, popularmente conhecido como reboco), nos casos de necessidades desuautilizao.Oconcretoutilizadoparaafabricaodosblocosestruturaisdeveser constitudodecimento,guadeamassamentolimpaeisentadeprodutosnocivoseos agregados.Estespodemserareias,pedriscosououtrostipos,devidamenteestudadoparatal utilizao.Asdimensesmximasdosagregadosnodevemultrapassarametadedamenor espessura da parede do bloco, para que no venha interferir na homogeneidade do concreto. 3 METODOLOGIA Do ponto de vista da finalidade, esta pesquisa pode ser considerada como descritiva. DeacordocomSamaraeBarros(2002),osestudosdescritivos,comodizoprprionome, procuramdescreversituaesdemercado,apartirdedadosprimriosquegeralmenteso obtidos por meio de entrevistas pessoais, discusses emgrupos ouaplicao de questionrio de pesquisa. Com relao ao mtodo, para este estudo foi realizada pesquisa de campo. Segundo Mattar(2001),umexperimentodecampoumprojetodepesquisaexperimentalconduzido numasituaoreal,ondeumaoumaisvariveisindependentessomanipuladaspelo pesquisador.Empesquisademarketing,osexperimentosdecamponopermitemao pesquisador exercer total controle sobre todas as variveis intervenientes no processo, porm, I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 8 temavantagemdeoportunizaraconduonumasituaorealquedificilmentepoderiaser reproduzida em laboratrio. Astcnicasdecoletadedadosaplicadasnesteestudoforamoquestionrioea entrevista. O questionrio o instrumento mais utilizado em pesquisa quantitativa. Ele um instrumentodecoletadedadosquebuscamensuraralgumacoisa,paratanto,requeresforo intelectual anterior de planejamento, com base na conceituao do problema de pesquisa e do planodepesquisa.Algunsfatoresaseremconsideradosso:otipodeinstrumentoaser utilizado,omtododeabordagemdosrespondentes,asequnciadasquesteseotipode questoaserutilizada(ROESCH,1999).Umaentrevistaasseguramaiortaxaderespostas, tendoemvistaqueosentrevistadorespodemdarumaexplicaomaisconvincentesobreos objetivos da pesquisa. 3.1 Amostragem Amostragem,segundoMattar(2001),oprocessodecolheramostrasdeuma populao.Aideiabsicadautilizaodeamostragememumprocessodepesquisade mercado de que a coleta de dados relativos a alguns elementos da populao e sua anlise, possam proporcionar relevantes informaes sobre a populao pesquisada. Para definio do pblico alvo, levou-se em considerao a totalidade do universo de 1.387empresasqueformamosetordaconstruocivildeCaxiasdoSul.Segundodados fornecidos pelo SINDUSCON CAXIAS, deste total, as empresas so subdivididas conforme descrito na tabela 1. Tabela 1: Distribuio das empresas no setor da construo civil de Caxias do Sul TIPOQUANTIDADEPARTICIPAO Construtoras49435,61% Incorporadoras32323,29% Empreiteiras50036,05% Engenharia705,05% TOTAL1.387100,00% Fonte: SINDUSCON CAXIAS, 2012. DeacordocomSamaraeBarros(2006),asamostrasnoprobabilsticaspartemda seleoporcritriossubjetivosdepesquisador,deacordocomsuaexperinciaecom objetivosdoestudo.Nosoobtidasutilizando-seconceitosestatsticos,massim, I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 9 selecionadosdeacordocomaconveninciadopesquisador,ouseja,atravsdepessoasque esto ao alcance do mesmo e dispostas a responder um questionrio. Com relao amostra, partiu-se de um pblico alvo de 1.387 empresas que formam osetordaconstruocivilemCaxiasdoSul.Otamanhodaamostrafoide54empresas escolhidaspelopesquisador,porconvenincia,oquecaracterizaumaamostrano probabilstica. 3.2 Pr-teste SegundoMalhotra(2001),opr-testerefere-seaotestedoquestionrioemuma pequenaamostradeentrevistadosquetemporobjetivoidentificareeliminarproblemas potenciais.Umquestionriopodenoteroretornoesperadoseforutilizadoemcamposem tersidoaperfeioadopelopr-teste.Opropsitodopr-teste,concluiAaker(2004), assegurar que o questionrio atinja as expectativas do pesquisador em termos das informaes que precisam ser obtidas. E seu objetivo corrigir as diferenas que possam existir. Entre os dias treze e quatorze de abril de dois mil e doze, o questionrio inicialmente desenvolvido neste projeto, foi aplicado como forma de pr-teste em uma amostra em pessoas representantesdetrsempresas,integrantesdouniversoemquesto,eescolhidospor convenincia do pesquisador. As observaes retiradas dos entrevistados so as que seguem: Notextointrodutrio,foiadicionadoumpequenopargrafoondesediscorre brevementesobreoestudorealizadopeloCentrodeCinciasExataseTecnologiada Universidade de Caxias do Sul, que verificou a viabilidade tcnica do projeto. Pode-se notar que os entrevistados os quais foram aplicados o pr-teste detinham pouco conhecimento sobre o referido assunto. Nasquestesdenmeroumetrsfoiadicionadaasentenaassinaleapenasuma dasalternativas,poisemdoiscasosdostrsaplicados,foiquestionadaapossibilidadede assinalar mais de uma questo. Jnaquestodenmeroonze,adicionaram-seasalternativasblocosmaciose blocos vazados. Por um equivocodo pesquisador, apenas durantea aplicao do pr-teste, pode-se evidenciar a falta dos dois principais produtos do negcio proposto, nesta questo do questionrio. Nasquestesdenmerotrs,cincoeonze,ondeseperguntaqualafunodo entrevistadodentrodaempresa,equalotipodeartefatocompradoequegerariapossvel compra,respectivamente,foiadicionadaaalternativaoutro,ondedeformaaberta,o I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 10 entrevistadopoderexemplificaresugeriroutrarespostamaisadequadaqueasalternativas propostas. Feitas as alteraes, o instrumento de coleta de dados mostrou-se apto a coleta final (Apndice A). 3.3 Coleta de dados Napesquisadecarterquantitativo,oprocessodecoletadedados,defineRoesch (1999),deveacontecerantesdaanlise,aocontrriodapesquisaqualitativa.Astcnicasde coleta de dados utilizadas nesta pesquisa o questionrio. Oquestionriodesenvolvidoparaesteprojetodepesquisafoiaplicadoentreosdias vinteesetedeabrilevinteedoisdemaiodedoismiledoze.Aamostrapesquisadaera formadaporcentoedozeelementos,quedentreosquais,cinquentaequatroapresentaram retorno. 3.4 Processamento Para correta anlise, os dados obtidos por meio dos questionrios precisam passar por umapreparaoantesquepossamseranalisadospormeiodautilizaodastcnicas estatsticas. A qualidade dos resultados obtidos com a aplicao das tcnicas estatsticas e sua subsequenteinterpretaodependem,emgrandeparte,dequoadequadamenteosdados foram preparados e transformados para anlise (AAKER, 2004). SamaraeBarros(2007)defendematabulao,padronizaoecodificaodas respostas de uma pesquisa, dispondo os resultados numricos de maneira ordenada para que a leitura e a anlise sejam facilitadas.A anlise dos dados desta pesquisa est disposta no captulo seguinte. 4 ANLISE E DISCUSSO DOS RESULTADOS 4.1 Classificao do tipo da organizao I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 11 Tabela 2: Tipo da empresa pesquisada TOTALPERCENTUAL A) Construtora2546,30% B) Incorporadora1833,33% B) Empreiteira35,56% C) Escritrio de Engenharia 59,26% D) Escritrio de Arquitetura 35,56% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 3: Tipo da empresa pesquisada Fonte: O autor Com ndices de retorno prximos s mdias da diviso da participao de empresas no setordaconstruocivildeCaxiasdoSul,pode-seconsideraraamostrarepresentativa. Segundoatabela2,notvelaamplaparticipaodeconstrutoraseincorporadorasneste mercado, o que revela o atual momento que vive o setor na regio da Serra Gacha, e tambm no Brasil. Muitos empreendimentos imobilirios vm sendo lanados, e estes so executados por,namaioria,grandesgruposdeempresasconstrutoraseincorporadoras.Apartirdeste resultado, tambm realizou-se a anlise setorial, conforme os dados levantados. 4.2 Identificao do porte da empresa Tabela 3: Tamanho da empresa pesquisada TOTALPERCENTUAL A) De 1 a 10 colaboradores1731,48% B) De 11 a 50 colaboradores1629,63% C) De 51 a 100 colaboradores1425,93% D) De 101 a 200 colaboradores00,00% E) Mais de 200 colaboradores712,96% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor 46,30% 33,33% 5,56% 9,26% 5,56% A) Construtora B) Incorporadora C) Empreiteira D) Escritrio de EngenhariaE) Escritrio de ArquiteturaI Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 12 Figura 4: Tamanho da empresa pesquisada Fonte: O autor Observandoageneralidadedosdadoslevantadospelapesquisademercado,pde-se perceber que, deacordocom a tabela3, a maior parte das empresas respondentes pesquisa so as de pequeno e mdio porte, tendo no mximo cem funcionrios. Ainda de acordo com a tabela analisada, poucas empresas possuem mais de cem funcionrios. 4.3 Identificao do perfil do respondente Tabela 4: Perfil do respondente TOTALPERCENTUAL A) Scio Proprietrio3157,41% B) Comprador47,41% C) Gerente de Compras35,56% D) Tcnico Responsvel1324,07% E) Outro (Financeiro)11,85% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 5: Perfil do respondente Fonte: O autor 31,48% 29,63% 25,93% 0,00% 12,96% A) De 1 a 10 colaboradores B) De 11 a 50 colaboradores C) De 51 a 100 colaboradores D) De 101 a 200 colaboradores E) Mais de 200 colaboradores 57,41% 7,41% 5,56% 24,07% 1,85% A) Scio Propietrio B) Comprador C) Gerente de Compras D) Tcnico Responsvel E) Outro (Financeiro) I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 13 Um dado levantado que enriqueceu a pesquisa realizada que, de acordo com a tabela 4,amaioriadosrespondentesaestapesquisademercadososciosproprietriosdas empresaspesquisadas.Emsegundolugar,opblicorespondenteformadoemsuamaioria portcnicosresponsveis,queintegraogrupodeengenheirosearquitetosresponsveis diretos pelos projetos das empresas. A representatividade deste pblico fundamental para a afirmaodequeapesquisatemretorno,emsuagrandeparte,juntoaorestritogrupode pessoas responsveis pela tomada de deciso dentro das organizaes. Saber se este grupo de pessoas est disposto a aceitar os novos produtos propostos essencial para a verificao do sucesso do empreendimento. 4.4 Verificao da inteno de compra de artefato de concreto Tabela 5: Utilizao de artefatos de concreto TOTALPERCENTUAL A) Sim4787,04% B) No712,96% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 6: Utilizao de artefatos de concreto Fonte: O autor Deacordocomatabela5,verificou-sequeamaioriadasempresaspesquisadas, compra(nocasodasconstrutoras,incorporadoraseempreiteiras)ouindica(nocasodos escritriosdeengenhariaearquitetura),atualmente,algumtipodeartefatodeconcreto.O resultadodemonstraqueestesartefatosdeconcretosocadavezmaiscomunsdentroda construocivil,seusbaixoscustos,facilidadenaaquisioeagilidadequeproporcionam obra,suplantaramopreconceitoexistenteatpoucotempoatrscomosreferidosprodutos, que se tornaram indispensveis no setor da construo civil atualmente.87,04% 12,96% A) Sim B) No I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 14 4.5 Identificao do tipo de artefato de concreto com maior demanda Tabela 6: Tipo de artefato com maior demanda FREQUENCIA % A) Blocos Vazados35 64,81% B) Blocos Macicos11 20,37% C) Pavers de autoencaixe para calamentos34 62,96% D) Meio-fio24 44,44% E) Outro (Fossa Sptica)1 1,85% TOTAL105 - Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 7: Artefato de concreto com a maior demanda Fonte: O autor Muitoemboratodososartefatoslistadostenhamboaaceitaoentreopblico pesquisado,deacordocomatabela6,observou-sequeosblocosvazadossoosartefatos mais utilizados pelo mesmo pblico, porm, praticamente com a mesma demanda dos pavers de autoencaixe para calamentos. 4.6 Nvel de conhecimento sobre a reutilizao de resduos industriais Tabela 7: Nvel de conhecimento sobre reutilizao de resduos TOTALPERCENTUAL A) Nenhum Conhecimento59,26% B) Pouco Conhecimento1935,19% C) Conhecimento Razovel2444,44% 64,8162,96 44,44 20,37 1,85 0 10 20 30 40 50 60 70 A) Blocos Vazados C) Pavers de autoencaixe para calamentos D) Meio-fioB) Blocos Macicos E) Outro (Fossa Sptica) I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 15 TOTALPERCENTUAL D) Bom Conhecimento611,11% E) Total Conhecimento00,00% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 8: Nvel de conhecimento sobre a reutilizao de resduos industriais Fonte: O autor Verificou-sequeaspropostasdereutilizaoderesduosindustriaisnaconstruo civil no so muito difundidas entre os pesquisados. De acordo com a tabela 7, a maioria dos entrevistados classifica seu nvel de conhecimento destas propostas como pouco ou razovel. Apenas 11,11% da amostra garantiu deter bom conhecimento sobre o assunto, e curiosamente, nenhum classificou seu conhecimento como total. 4.7 Posicionamento quanto reutilizao de resduos industriais pela construo civil. Tabela 8: Posicionamento quanto reutilizao de resduos TOTALPERCENTUAL A) A favor5398,15% B) Indiferente00,00% C) Contrrio11,85% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor 9% 35% 45% 11% 0% A) Nenhum Conhecimento B) Pouco Conhecimento C) Conhecimento Razovel D) Bom Conhecimento E) Total Conhecimento I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 16 Figura 9: Posicionamento quanto a reutilizao de resduos Fonte: O autor Analisando-seatabela8,constata-sequeagrandemaioriadosentrevistados posicionou-secomoafavordoreaproveitamentoderesduosindustriaisnaconstruocivil. Apenasemumdosquestionriosrespondidosfoiencontradoposicionamentocontrrio proposta. 4.8 Identificao do conhecimento sobre o estudo realizado pelo CCET-UCS. Tabela 9: Conhecimento sobre o estudo do CCET-UCS TOTALPERCENTUAL A) Sim59,26% B) No4990,74% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 10: Conhecimento sobre o estudo do CCET-UCS Fonte: O autor Combasenatabela9,pode-secompreender,ondeeraquestionadosobreo conhecimentocomrelaoaoestudodoCCET-UCS,queverificouaviabilidadetcnicado 98,15% 0,00% 1,85% A) A favor B) Indiferente C) Contrrio 9,26% 90,74% A) Sim B) No I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 17 negcioproposto,mesmocomtodaexposiodadapelasmdias.Apenas9,26%dos respondentestinhamcinciadoestudo,oquedemonstraqueopblicoalvotempouco conhecimento sobre o tema proposto. 4.9 Disponibilidadepararealizaodetestescomosblocosproduzidospelonovo negcio Tabela 10: Disposio em realizar testes TOTALPERCENTUAL A) Sim2342,59% B) No611,11% C) Talvez2546,30% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 11: Disponibilidade em realizar testes Fonte: O autor Identificou-se,apartirdaanlisedatabela10,queaamostrapesquisadano demonstra muito interesse em realizar testes com blocos fabricados a partir da reutilizao da areia de fundio. Porm, muitas empresas se disponibilizaram em realizar os referidos testes, o que demonstra que a amostra est dividida com relao aos testes. Somadososrespondentesdenoetalvez,porm,aamostrademonstra-sectica com relao ao assunto, e demonstra-se inclinada a aceitar os referidos artefatos uma vez que jtestadosporoutrasempresas.Cabeaquiressaltarqueoceticismoadmissvelquantoa propostas inovadoras. 4.10 Verificao da inteno de compra de artefatos de concreto, fabricados a partir da reutilizao de ADF 42,59% 11,11% 46,30% A) Sim B) No C) Talvez I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 18 Tabela 11: Inteno de compra de artefatos fabricados a partir do reuso de ADFs TOTALPERCENTUAL A) Sim5092,59% B) No47,41% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 12: Inteno de compra Fonte: O autor Quandoquestionou-sesobreaintenodecompradequalquerartefatopara construo civil fabricado a partir da reutilizao de areia de fundio, de acordo com a tabela 11,identificou-sequeopblicorespondentedemonstragrandeinteresse,com92,59%da amostra inclinada a adquirir estes artefatos. 4.11Identificaodotipodeartefatodeconcretofabricadoapartirdareutilizaode ADF que desperta a maior demanda Tabela 12: Verificao da demanda por tipo de produto proposto FREQUENCIA % A) Pavers32 59,26% B) Meio-fio27 50% C) Postes ou colunas7 12,96% D) Blocos Vazados24 44,44% E) Blocos Macicos9 16,67% TOTAL99 Base: 54 questionrios Fonte: O autor 92,59% 7,41% A) Sim B) No I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 19 Figura 13: Artefato de concreto que desperta maior demanda Fonte: O autor Verificou-sequeosartefatosfabricadosapartirdoreusodeareiasdefundio,que demonstrarammaioraceitaopelaamostrapesquisada,deacordocomatabela12,soos pavers de autoencaixe para calamentos, seguidos pelo meio-fio. Isso demonstra que, embora o estudo tenha se dedicado na sua essncia verificar a viabilidade econmica na abertura de uma fbrica de blocos, estes artefatos no so os mais procurados, quando fabricados a partir dareutilizaodeADF.Apreocupaocomaqualidadetcnicadeumprodutoato momento no existente no mercado propicia a amostra tendncia aceitao de produto no estrutural, quando aplicada a reutilizao de resduos industriais. 4.12 Verificao da inteno de compra a partir do conceito de sustentabilidade Tabela 13: Inteno de compra a partir do conceito de sustentabilidade TOTALPERCENTUAL A) Sim3666,67% B) No11,85% C) Talvez1629,63% BRANCOS E NULOS11,85% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor 59,26 50 44,44 16,67 12,96 0 10 20 30 40 50 60 70 A) PaversB) Meio-fioD) Blocos Vazados E) Blocos Macicos C) Postes ou colunas I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 20 Figura 14: Inteno de compra a partir do conceito de sustentabilidade Fonte: O autor Deacordocomatabela13,identificou-seque,quandosituadoaoentrevistadoquea proposta alia-se ao conceito de sustentabilidade, e que os artefatos sero feitos a partir de uma fonterenovvelequesuafabricaoauxilianadestinaoderesduosqueagridemaomeio ambiente, a grande maioria dos respondentes (66,67%) inclina-se a aceitar a possibilidade de compra. 4.13Verificaodaintenodecompra,casoosartefatosproduzidosapartirda reutilizao de ADF, sejam mais caros que os artefatos comuns Tabela 14: Inteno de compra dos artefatos, sendo mais caros que os convencionais TOTALPERCENTUAL A) Sim712,96% B) No1935,19% C) Talvez2851,85% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 15: Inteno de compra dos artefatos, sendo mais caros que os convencionais Fonte: O autor 66,67% 1,85% 29,63% 1,85% A) Sim B) No C) Talvez BRANCOS E NULOS 12,96% 35,19% 51,85% A) Sim B) No C) Talvez I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 21 Quandoquestionadoseopesquisadocomprariaosartefatosparaconstruocivil, fabricadosapartirareutilizaodaareiadefundio,mesmoestessendomaiscaroqueos artefatos normais, fabricados a partir da areia quartzosa, de acordo com a tabela 14, a amostra posiciona-se tendenciosa a no aceitar a compra. Mesmo com 12,96% dos respondentes terem afirmadoquemanteriamaintenodecompra,asrespostasdeno(35,19%)etalvez (51,85%)tronaimprecisaademandadosnovosprodutospropostoscasoestessejammais caros que os normais. 4.14Origemdaintenodecompra,casoosartefatosproduzidosapartirda reutilizao de ADF, sejam mais baratos que os artefatos comuns Tabela 15: Origem da inteno de compra dos artefatos, caso sejam mais baratos TOTALPERCENTUAL A) Daria preferncia compra destes artefatos por causa do preo. 2342,59% B) Daria preferncia compra destes artefatos por causa do conceito de sustentabilidade. 2750,00% C) No daria preferncia compra destes artefatos e continuaria a comprar artefatos normais. 11,85% D) No daria preferncia nenhum dos tipos, pois os fatores exemplificados no so determinantes. 35,56% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 16: Origem da inteno de compra, caso sejam mais baratos Fonte: O autor 42,59% 50,00% 1,85% 5,56% A) Daria preferncia compra destes artefatos por causa do preo. B) Daria preferncia compra destes artefatos por causa do conceito de sustentabilidade. C) No daria preferncia compra destes artefatos e continuaria a comprar artefatos normais. D) No daria preferncia nenhum dos tipos, pois os fatores exemplificados no so determinantes. I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 22 Verificou-seque,casoosartefatosparaconstruocivilfabricadosapartira reutilizaodaareiadefundio,fossemmaisbaratosqueosartefatosnormais,deacordo comatabela15,amaioriadaamostrapesquisada(50%)afirmouqueaintenodecompra deve-se ao conceito de sustentabilidade que ser ligado aos produtos. O preo, porm, aparece emsegundolugarcomofatordeterminanteparaacompradosprodutospropostos,com 42,59% dos respondentes afirmando que comprariam estes artefatos se o preo for inferior aos artefatos normais. 4.15Intenodecompradeblocosdeconcretofabricadosapartirdareutilizaode ADF Tabela 16: Inteno de compra de blocos fabricados a partir do reuso de ADF TOTALPERCENTUAL A) Sim3768,52% B) No11,85% C) Talvez1629,63% TOTAL54100,00% Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 17: Inteno de compra de blocos fabricados a partir do reuso de ADF Fonte: O autor Questionando-sediretamenteosentrevistadosseelescomprariam,destavez,blocos fabricadosapartirareutilizaodaareiadefundio,levando-seemcontaatabela16, identificou-sequeagrandemaioriadaamostrapesquisasepropeacompr-los,mesmo tendodemonstradointeresseemadquirirartefatosdeaplicaonoestrutural,como demonstradopelaquestoonze.Destavez,porm,onmeroderespondentesdaalternativa talvezfoiomenorquandocomparadasasoutrasquestesquebuscavamidentificara 68,52% 1,85% 29,63% A) Sim B) No C) Talvez I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 23 intenodecompraporartefato,demonstrandoqueestetipodeartefatobemaceitopelo pblico pesquisado, mesmo sendo fabricado a partir a reutilizao da areia de fundio. 4.16 Comentrios ou sugestes com relao ao negcio proposto. Tabela 17: Comentrios ou sugestes com relao ao negcio proposto FREQ. % Disposto a comprar, desde que garantida a qualidade tcnica1324,07% Compraria se houvesse incentivo ou compensao11,85% Parabeniza a iniciativa e a ideia do novo negcio proposto35,56% Acredita ser mais vivel a aplicao em algo no estrutural35,56% Interesse em saber o resultado da pesquisa para fabricao prpria23,70% TOTAL22 Base: 54 questionrios Fonte: O autor Figura 18: Comentrios Fonte: O autor Quando dada a oportunidade ao entrevistado em, abertamente, fornecer sugestes ou comentrios sobre o negcio proposto, classificando-se as respostas dadas conforme a tabela 17,constatou-sequeamaioriadosentrevistadosdeixaclaroquesomentecomprariamos artefatossegarantidaaqualidadetcnicadosmesmos,atravsdecertificadoselaudos tcnicos.Trsrespondentesparabenizaramainiciativadarealizaodoestudo,eamesma quantidadeacreditasemaisvivelaaplicaodestesartefatosfabricadosapartirda 24,07 5,565,56 3,7 1,85 0 5 10 15 20 25 30 Disposto a comprar, desde que garantida a qualidade tecnica Parabeniza a iniciativa e a ideia do novo negcio proposto Acredita ser mais vivel a aplicao em algo no estrutural Tem interesse em saber o resultado da pesquisa para fabricao prpria Compraria se houvesse incentivo ou compensao I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 24 reutilizaodaareiadefundioemalgonoestrutural.Doisrespondentesdemonstraram interesseemsaberoresultadodapesquisaparafabricaoprpria,eemumquestionrio respondido, o entrevistado salientou que somente compraria estes artefatos fabricados a partir da reutilizao da areia de fundio, caso houvesse incentivo por parte do governo, ou algum tipo de compensao. 5 CONSIDERAES FINAIS Arealizaodoestudosobreaviabilidadetcnicadaaplicaodaareiadescartada de fundio na fabricao de blocos de concreto para a construo civil, demostra uma viso inadequada da dimenso real que um novo negcio com o foco voltado na atividade descrita acimapodetomar.Apsarealizaodapesquisademercado,identificou-sequeopblico alvopodersermaisreceptivoaoutrostiposdeartefatosdeconcreto,casoestessejam fabricados a partir do reuso de ADF. Levando-seemconsideraoquedemandainicialpossasedarnosartefatosno estruturais,comopaversdeautoencaixeparacalamentosemeio-fio,verifica-semaisque umaoportunidade,umanecessidadeparaoprovvelnovonegciooferecerestestiposde artefatos, tambm fabricados a partir da reutilizao da areia de fundio. Estanecessidadedediversificaodosprodutosfabricadosindispensvelpara manteracompetitividadeeaviabilidadeeconmicadestenegcioproposto,principalmente noperododeinciodasatividades,etambmparaofereceraospotenciaisclientesa oportunidade de testar os novos produtos. Portanto,sugere-seaelaboraodeumplanodenegciosparaumafbricade artefatos de concreto a partir da reutilizao da areia descartada de fundio. 6 REFERNCIAS AAEKER, David; KUMAR, V.; DAY, George S. Pesquisa de marketing. So Paulo : Atlas, 2001. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. 6 p. I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 25 ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR5674. Rio de Janeiro: ABNT, 1999. 6 p. Disponvel em: . Acesso em : 28 ago. 2012. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Peas de concreto para pavimentao: especificao. Rio de Janeiro: ABNT, 1987. 4 p. DRUCKER, Peter F., Inovao e Esprito Empreendedor (Enrepreneurship): Pratica e Princpios, So Paulo, Pioneira Thomson, 2003. Empresas que integram o setor da Construo Civil no RS, disponvel em . Acesso em 24 mar. 2012. FAGUNDES, Alexande Borges, Mapeamento do gerenciamento das areias de fundio no estado do Paran, sob a tica de uma produo mais limpa. Curitiba, Universidade Federal do Paran, 2010. FRANCO, L.S Aplicao de diretrizesde racionalizao construtiva para a evoluo tecnolgica dos processos construtivos em alvenaria estrutural no armada. Tese (Doutorado). Escola Politcnica da Universidade de So PAULO, 1992. Disponvel em . 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MeunomeJulianoFerrariedesenvolvopesquisaquetemporobjetivoverificara viabilidade econmica na reutilizao da areia de fundio. Para tal, solicito a Vossa Senhoria, que responda o questionrio abaixo, de acordo com o posicionamento de vossa empresa com relao s questes que sero apresentadas. Agradeo desde j vossa cordial contribuio para esta pesquisa. 1. Sua empresa um(a): (Assinale apenas uma das alternativas) a.( )Construtora b.( )Incorporadora c.( )Empreiteira d.( )Escritrio de Engenharia e.( )Escritrio de Arquitetura 2. Quantos colaboradores tem sua empresa? a.( )De 1 a 10 colaboradores b.( )De 11 a 50 colaboradores c.( )De 51 a 100 colaboradores d.( )De 100 a 200 colaboradores e.( )Mais de 200 colaboradores 3. Qual sua funo dentro da empresa? (Assinale apenas uma das alternativas) a.( )Scio Proprietrio b.( )Comprador c.( )Gerente de Compras d.( )Tcnico Responsvel e.( )Outro. Qual? _________________________________________________ 4.Suaempresacompraouindicaemseusprojetosautilizaodeartefatosdeconcreto atualmente? a.( )Sim b.( )No 5.Casoafirmativo,qualotipodeartefatodeconcretocompradoouindicadoporsua empresa? a.( )Blocos vazados b.( )Blocos macios c.( )Pavers de autoencaixe para calamentos d.( )Meio-fio e.( )Outro. Qual? _________________________________________________ 6. Como voc avalia o seu conhecimento com relao s propostas dereutilizao de alguns resduos industriais na construo civil? a.( )Nenhum conhecimento b.( )Pouco conhecimento c.( )Conhecimento razovel d.( )Bom conhecimento e.( )Total conhecimento I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 28 7. Qual sua posio quanto ao reaproveitamento de resduos industriais na construo civil? a.( )A favor b.( )Indiferente c.( )Contrrio 8.VocousuaempresativeramconhecimentodoestudodesenvolvidopeloCentrode CinciasExataseTecnologiadaUniversidadedeCaxiasdoSul,queverificouaviabilidade tcnicadareutilizaodaareiadefundionafabricaodeartefatosdeconcretoparaa construo civil? a.( )Sim b.( )No 9. Sua empresa estaria disposta a realizar alguns testes com estes blocos fabricados a partir da reutilizao da areia de fundio? a.( )Sim b.( )No c.( )Talvez 10. Sua empresa compraria qualquer outro artefato para construo civil que seja fabricado a partir da reutilizao da areia de fundio? a.( )Sim b.( )NoSe sua resposta foi No na questo 10, passe para a questo 12. 11. Caso afirmativo, qual? a.( )Pavers de autoencaixe para calamentos b.( )Meio-fio c.( )Postes ou colunas d.( )Blocos Vazados e.( )Blocos Macios f.( )Outro. Qual? _________________________________________________ 12.Suaempresaestariadispostaacomprarqualquertipodeartefatoparaconstruocivil fabricadoapartirdareutilizaodaareiadefundio,sabendoqueesteartefatofeitode umafonterenovvelequesuafabricaoauxilianadestinaoderesduosqueagridemao meio ambiente?a.( )Sim b.( )No c.( )Talvez 13.Suaempresaestariadispostaacomprarqualquertipodeartefatoparaconstruocivil fabricadoapartirdareutilizaodaareiadefundio,mesmoesteartefatosendomaiscaro que os artefatos normais? a.( )Sim b.( )No c.( )Talvez 14.Seestesartefatosfabricadosapartirdareutilizaodaareiadefundioforemmais baratos que os artefatos normais, sua empresa: a.( )Daria preferncia compra destes artefatos por causa do preo. b.( )Daria preferncia compra destes artefatos devido o conceito de sustentabilidade. c.( )No daria preferncia compra destes artefatos e continuaria a comprar artefatos normais. d.( )No daria preferncia nenhum dos tipos, pois os fatores exemplificados no so determinantes. I Congresso de Pesquisa e Extenso da FSG Caxias do Sul RS, de 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2013 29 15.Suaempresacomprariaestesblocosfabricadosapartirdareutilizaodaareiade fundio? a.( )Sim b.( )No c.( )Talvez 16. Deixe aqui alguma sugesto ou comentrio com relao ao negcio proposto. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Grato pela colaborao!