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  • IXCongressoInternacionalsobrePatologayRecuperacindeEstructurasIXInternationalCongressonPathologyandRepairofStructuresJooPessoaPB(Brasil),2a5dejunhode2013

    AnaisdoIXCongressoInternacionalsobrePatologiaeRecuperaodeEstruturasCINPAR2013

    ManifestaespatolgicasnaconstruoAnlisedasargamassasderevestimento(industrializadaseusinadas),empregadas

    emobrasdoDistritoFederal,quantoaosrequisitoseaodesempenho.Comparativeanalysisoftherequirementsandperformanceofmortarcoatingemployedinworks

    oftheFederalDistrict

    EltonBauer(1)CludioPereiraFeitosa(1);HalleyRodriguesFilho(2)PhelipeOliveiradeAlmeida(3).

    (1)ProfessorDoutor,UniversidadedeBrasliaUnB/Depto.EngenhariaCivileAmbientalPECC(2)AlunodeMestrado,UniversidadedeBrasliaUnB/Depto.EngenhariaCivileAmbientalPECC

    (3)AlunodeGraduao,IESPLAN/EstagiriodaConcrecon/DF

    [email protected], [email protected], [email protected], Dep. Eng. Civil e Ambiental PECC SG12 Campus Darcy Ribeiro Braslia-DF, [email protected], CONCRECON/DF

    Resumo sabido que os sistemas de revestimentos apresentam uma srie particularidades, entre estas, esto seusconstituinteseprocessosdeproduo,chegandoatsuasprescriesefunes.Esteconjuntodefatoresestligadodiretamente carnciadaespecificao/controledasargamassas, seus requisitos, altonmerode falhas,danos epatologias,ouseja,essesfatoresrefletirodiretamentenavidatildosistemaderevestimento.Opresente estudo e uma primeira abordagemque visa levantar a situaodas argamassas produzidas nasobrasregionaisdoDistritoFederalempregandoasavaliaesdosrequisitosdasargamassasconformepropeaNBR13281.Temsecomoobjetivo tantoo levantamentoamostraldeobras, realizandoadeterminaodosensaiosrespectivoscomotambmadiscussododesempenhoedosvaloreslimitesapartirdosresultadosobservados.Nosresultados foramconstatadosumasriederestriesnasargamassasanalisadas,evidenciandovriosaspectoscrticos quanto ao desempenho dessas argamassas.Observouse que as condiesmais crticas, emmdia, estoassociadasaconfecoemobra,principalmentesobaaodealtastemperaturasebaixasumidades.Naanalisedodesempenhofoipossvelmostraroperfildesejadoeoperfilexistentenolevantamentoefetuado.PalavraChave:Argamassas,classificao,desempenho,requisitos.

    AbstractIt isknown thatcoatingsystemspresentaseriesparticularitiesamong theseare theirconstituentsandproductionprocesses,reachingtheirprescriptionsandfunctions.Thisgroupoffactorsisdirectlylinkedtothelackofspecification/ controlofmortars, their requirements, high numberof failures,damage andpathologies, inotherwords, thesefactorswillreflectdirectlyonthelifetimeofthecoatingsystem.Thisstudyprovidesa firstapproachthataimstoraisethestatusofmortarsproducedworks intheDistritoFederalemploying regional evaluations of the requirements of mortars as proposed by the NBR 13281. It has been asobjectiveboththesamplesurveyofworksbyperformingtestsdeterminingtherespectivebutalsothediscussionoftheperformanceandlimitsfromtheresultsobserved.Theresultswereverified inaseriesofrestrictionsmortarsanalyzed,highlightingseveralcriticalaspectsconcerningtheperformanceofthesemortars.Itwasobservedthatthemostcriticalconditions, inmedia,areassociated inthepreparationwork,especiallyundertheactionofhightemperaturesand lowhumidity. Inanalyzingtheperformancewaspossibletoshowthedesiredprofileandtheexistingprofileinthesurveyconducted.Keywords:Mortars,classification,performance,requirements

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    AnaisdoIXCongressoInternacionalsobrePatologiaeRecuperaodeEstruturasCINPAR2013

    1 IntroduoAsfachadassoelementosimportantesdoedifcioecontribuemparaoseudesempenho.Ossistemasderevestimentoemgeralpossuemcaractersticasparticularesediferenciadas,tantoemrelaoasuacomposioeprocessoexecutivo,comotambmemrelaoasuasdemandasefunes.Destacase que os revestimentos esto submetidos extrema solicitaes de ordem:atmosfrica,deuso,deestticaediferentesmateriaisdistintosfisicamente.Sabemosqueosistemaderevestimentoargamassadopodeserconsideradoumsistemacomplexocomposto por uma grande variedade demateriais (p.ex. argamassas confeccionadas em obra,argamassas semiprontas fabricadas nas indstrias e s produzidas nas usinas), com seusrespectivos processos de produo. Ressaltase ainda que para diferentes tipologias destesmateriais,existemdiferenciaesmuito fortesno resultado finalem funo tantodosmateriais(argamassasmistasrodadasembora,argamassas industrializadas)comotambmnoprocessodeproduodosrevestimentos(BAUERetal.2009)[1].BaaeSabatini(2004apudPEREIRA,2007)[2]ressaltamosavanostecnolgicosqueocorremnossistemasderevestimentosporparteda indstriadaconstruocivil.Entretanto,seobservaumnumeromuitograndede falhas,quantoaplicao tcnicadosmateriais,vistoo sinergismoqueocorre entre os processos. Como consequncia a estes aspectos, constatase uma frequenteincidnciademanifestaespatolgicasquepodemseratribudas,dentreoutrosaspectos,faltadeconhecimentocientficotecnolgicodotema(ALVES,2002)[3].Asespecificaesdosprojetosde fachadaspelosprofissionais,aindahoje,elaboradadecertaformamaisporempirismodoqueembasadaemdefiniestcnicascomportamentais.Boaparteemrazodenoexistirnasnormas,requisitosquantoscondiesdeaplicao. Mesmoassimtemsepermitidoaomenosdarimportnciaadefiniesbsicasfundamentaisquantoamateriaisetcnicas.Dopontoevistadocontroledequalidadeascondiessomuitomaiscrticas,comumacarnciamuitointensadepadreserotinascapazesdeindicarumbomoumaudesempenhonosprocessoseprodutos.Quantoavaliaoexperimentaldasargamassas,nosepodenegaracontribuioqueaNormaBrasileira NBR 13281 (Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos requisitos)trouxecom intuitodefornecerpadronizaesparacaracterizaodestasargamassas.Estanormaabordaalgumaspropriedadesnoestado frescoenoestadoendurecido,atravsdenormas auxiliares que estabelecem algumas exigncias reolgicas e mecnicas atravs dosseguintesrequisitos:

    Mdensidadedemassanoestadoendurecido(kg/m3)NBR13280:2005 Presistnciatraocompresso(Mpa)NBR13279:2005 Ccoeficientedecapilaridade(g/dm2/min1/2)NBR15259:2005 Rresistnciatraonaflexo(MPa)NBR132279:2005 DdensidadedemassaaparentenoestadofrescoNBR13278:2005 AresistnciapotencialdeadernciatraoNBR15258:2005 URetenodegua(%)NBR13277:2005

    UmdosobjetivosdaNBR13281:2005odequeoprojetistadefachadanoespecifiquemaisaargamassa pelo trao, mas sim especifique classes da propriedade que essa argamassa devaatender.Dessaformapodemsereferendarpropriedadescomoretenodegua,coeficientede

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    capilaridade,resistnciatrao,dentreoutrasdemais,enosomenteespecificarumaadernciasuperiora0,30MPa.Nesseprocessooprojetistadiminuiseugraudesubjetividadepassandoaterdeespecificaremcimadepropriedades,sendoquecabeolaboratrioadosagemeavaliaodasargamassasparaatenderasclassesdepropriedadesdefinidas.OscritriosestabelecidosnaNormaBrasileiraNBR13281:2005estolistadosnaTabela1.

    Tabela1Classificaodaspropriedadesdasargamassas

    Classes

    M

    kg/m3

    PMPa

    Cg/dm2/min1/2

    RMPa

    DKg/m

    AMPa

    U%

    1 3,5 >2000 95a100

    Em relaoaoscritriosdeavaliao, so clssicosalgunsparametrosdeavaliaodasnormasinternacionaisparaargamassasderevestimentodefachada.FazendoumacomparaocombasenosrequisitoseconformeoCSTB(1990)[4],devemserconsideradososseguintescritriospara:

    Resistenciaatraoporflexo:pararevestimentoscermicoscolados,oembocodeveserclassificado comoR4ou superior,epara revestimentos sujeitos a choquesdeve serR3ousuperior. Coeficientedecapilaridade:emparedesexpostasachuvaaclassedeveserinferioraC2,enasdemaissituaes,inferioraC3. Retenodeagua:paraclimaetempoquenteeseco,considerasenecessriosersuperioraU5.EmtermosgeraisdevenomnimoserigualaU3.

    Em relao resistncia a fissurao, Silva (2011) [5] eVeiga (1998) [6] comentamoparmetrodutilidade.Adutilidadeeobtidadividindosearesistnciatrao (na flexo)pelaresistnciaacompresso.Quantomaisprximodeum,melhorseriaaresistnciaafissuraodaargamassa.Quanto aos critriosde consistncia, embora forada classificaode requisitos, a consistnciaavaliadapelapenetraodecone foiempregadanesteestudo.Consideraseuma faixatima,apenetrao entre 50 e 65mm conforme convergem as pesquisas de Bauer et al. (2007) [7] eCascudoeCarasek(2006)[8].

    2 MateriaisemtodosAvaliouse diferentes condies de uso das argamassas de revestimento, com dois tipos desistemas produo (argamassa industrializada e rodada em central). A rotina de amostragemenvolveu:

    Caracterizaodaproduo/aplicaodaargamassa

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    Identificaobsicademateriaisefornecedores Identificaodostraosequantitativos Coletademateriaisparareproduodostraosemlaboratrio(quandopossvel).

    Emrelaosavaliaesforamconsideradasdoissituaesbsicasdeestudo,asaber:

    CONDIOA:Avaliouseasargamassasnascondiesdeproduoemobraondeforamfeitosdoisensaiosparamedirconsistncia(ensaiodepenetraodeconeeooutroensaiodeteordearincorporadopelomtodopressomtrico).Logoapsencaminhouseaamostradeargamassaparaasavaliaesemlaboratrio. CONDIOB:Avaliouseasargamassasem laboratrioForamreproduzidas totalmenteemlaboratriocomosmesmosmateriaisetraosdaobra.

    Oprocedimentodecoletaeensaiodasamostrasseguiuasseguintesetapas:I.Identificaodaformadeproduoemcanteiro.II.Nocasodasargamassasrodadasemobra.a.Aferiodosquantitativosdotraoemproduo;b.Coletaeidentificaodosmateriais(cimento,aditivoseagregados);c.Ensaiosdepenetraodecone;d.Ensaiodearincorporado;e.ColetadaargamassaeenvioimediatoaoLaboratriodeEnsaiodeMateriais(LEM),paracontinuao dos ensaiosdelaboratrio;f.Remessadosmateriaisparareproduodostraosemlaboratrio. Foramefetuadasavaliaesdaconsistnciadaargamassa e do teor de ar incorporado nomomentodaproduodamesma.Emsequencia, quando do recebimento da amostradeargamassanoLEMessesensaioseramrepetidos e registrados. Deve-se mencionarqueotempoentreaproduo(emobra)eamoldagememlaboratrio era deaproximadamente40minutos.Emlaboratrioprocederamseosensaiosnoestadofrescoconformelistadoabaixo:

    Penetraodecone(ASTMC780:1996) Mesadeconsistncia(ABNTNBR13276:2005) Densidademassanoestadofresco(ABNTNBR13278:2005) Retenodeagua(ABNTNBR13277:2005) Teordearincorporado(Pressomtrico)(ABNTNM47:1995)

    Almdessesensaiosseprocediaamoldagemdoscorposdeprovaparaavaliao no estadoendurecido.Essesensaiosformaefetuados aos28dias,sendoosmesmoslistadosaseguir.

    Resistenciaatraonaflexo(ABNTNBR13279:2005) Resistenciaacompresso(ABNTNBR13279:2005) Resistenciapotencialdeadernciatrao(ABNTNBR15258:2005) Capilaridade(ABNTNBR15259:2005) Densidademassaestadoendurecido(ABNTNBR13280:2005)

    Afigura1apresentaresumidamenteosensaiosaplicadosnarotinaexperimental.

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    Ensaiodepenetraode

    cone.EspalhamentoMesa

    deconsistnciaRetenodeguaFunil

    deBuchnerTeordearincorporadoMtodopressomtrico

    Resistnciatraona

    flexoResistnciacompresso

    Resistnciapotencialdeadernciatrao

    Coeficientedecapilaridade

    Fig.1DetalhedosprincipaisensaiosenvolvidosAsamostrasanalisadas receberamuma identificaosequencial,conformedetalhaaTabela2aseguir.DasamostrasF1aN1temosargamassasdosadasnasindstrias(anidras)enausina(prontas).Tabela2IdentificaodasamostrasARGAMASSA TIPO CONDIO OBSERVAOF1 Industrializada B LaboratrioG1 Industrializada B LaboratrioH1 Industrializada A MisturadaemobraH2 Industrializada B LaboratrioI1 Industrializada B LaboratrioJ1 Industrializada B LaboratroK1 Usinada A ColetaemobraL1 Usinada A ColetanofornecedorM1 Usinada A ColetaemobraN1 Usinada A ColetaemobraCondioAamostracoletadaemObraCondioBamostrareproduzidaemlaboratrio

    3 Resultadosediscusso importante salientar que toda rotina dos ensaios realizados tiveram como padronizao areproduodasargamassas igualsproduzidasnoscanteirose,porconseguintenoseprocede

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    uma comparaoentreestasargamassas,vistoque cadauma foi confeccionadadeuma formadiferentenosseusrespectivoscanteirosereproduzidasfielmenteemlaboratrio.Os resultados sero apresentados subdividindose em anlise no estado fresco e estadoendurecido(anlisedaspropriedadesfsicomecnicas).3.1Anlisesdaspropriedadesnoestadofresco

    ATabela3trazosresultadosreferentesaoestadofrescoparaasargamassasqueforamdosadasnausina.Tabela3Argamassasusinadasestadofresco

    Ident.Penetraodeconeobra(mm)

    Penetraodeconelaborat.(mm)

    Arimcorporadoobra(%)

    Arimcorporadolaborat.(%)

    Mesadeconsist.(mm)

    Retenodegua(%)

    Dens.demassaestadofresco(Kg/m)

    K1 49 38 11 13 209 66 1175L1 43 13 242 74 1690M1 55 39 13 7 245 77 1843N1 42 43 11 10 249 70 1884

    Mdia 49 41 12 11 236 72 1798As argamassas usinadas possuem em sua formulao aditivos estabilizadores, sendo que asmesmas soadequadasaum tempomaiorentreaproduoeaaplicao.Todavia,ajustesdaquantidade de gua podem ser necessrios para adequar a trabalhabilidade no momento daaplicao.Naavaliaodaconsistncia,observasequepelapenetraodeconenaobra(coletaefetuadanocontainer de estocagem logo aps descarga) apresentou um valor mdio de 49 mm, muitoprximoafaixausual(50a65mm).Jaoseefetuaroensaiodamesmaamostraemlaboratrioobservouse um valor mdio de 41 mm (com reduo da penetrao de cone em todas asamostras).Essareduopodeserentendidacomooriundadeevaporaodeguaou interaoentre os materiais ocorrendo no perodo de tempo coletalaboratrio (40 minutos). Para osvaloresdearincorporadoemobra,amdiafoide12%%,mantendoseomesmoteordearnasmedidasemlaboratrio(11%).HouvereduodoteordearsomentenaobraM1,ondeseidentificou7%emlaboratrio.Osvaloresdedensidadedemassavariaramproximamenteamdiaobservada (1798 kg/m3),oqueeradeseesperar,poisofornecedordeargamassafoinicoparatodasassituaes.Tambmno houve diferenas significativas no teor de ar que justificassem variaes da densidade demassanoestadofresco.A reteno de guamdia j foi de 72%, o que ainda muito baixo. Conforme tabela 1, aclassificao seriaU2, a segundamais baixa. Considerando o clima de Braslia (quente e secoduranteamaiorpartedoanoaproximadamenteoitomeses),baixosvaloresderetenodeguaproporcionam a perda, por evaporao, de gua de amassamento e por consequncia o

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    aparecimento de fissuras precoces que diminuem a capacidade de vedao das fachadas,reduzindoassimsuavidatiloquepermitirodesenvolvimentodemanifestaespatolgicas.Paraasargamassasindustrializadas,osresultadosobservadosnoestadofrescosoapresentadosnaTabela4.Tabela4Argamassasindustrializadasestadofresco

    Identif.Penetraodecone

    Obra.(mm)Penetraodecone

    Labor.(mm)Ar

    IncorporadoObra(%)

    ArIncorporadoLaborat.(%)

    MesadeConsist.(mm)

    Retenodegua(%)

    Dens.MassaEstadoFresco

    (Kg/m)

    F1 54 11 250 79 1798G1 50 7 270 1864H1 45 45 13 13 243 54 1788H2 60 14 247 70 1666I1 59 16 250 68 1879J1 59 12 86 1639

    Mdia 45 54 13 12 252 71 1772Observaramsevaloresmdiosdepenetraodeconede54,0mm,umpoucomaioresdoqueasargamassasusinadas,masnafaixadetrabalhabilidade.Poderiaseinterpretaresteaspectocomouma particularidade diferencial das argamassas industrializadas, uma vez que a plasticidadeaparentedasmesmasmaior,oqueenseja intuitivamenteaooficialpedreiroanecessidadedeuma fluidezumpoucomaiselevada.A retenodeguade71% (aindamuitobaixaparaclimaquentecomoodeBraslia)seguiuatendnciadaargamassausinada.Observase,todavia,valoresprximosmdia,comsomenteumcasodevalormuitobaixo (54%).Emrelaoao teordearincorporado, foiobservadoumvalorprximoentreasargamassasusinadae industrializada.Emmdia 71 e 72% respectivamente como eram esperados, visto que ambas utilizavam aditivosincorporadoresdegua.

    3.2AnlisesdaspropriedadesnoestadoendurecidoEmtermosderecomendao,anormativa francesaqueserviudebaseparaaclassificaoaquiapresentadaediscutida(NBR13281:2006)apresentaalgunsvaloresdeuso,asaber:

    RecomendasequearesistnciatraonaflexotenhaclassificaosuperioraR3(1,5a2,7MPa)pararevestimentosexpostosachoques.ParaocasodeaplicaoderevestimentoscermicosaclassedevesersuperioraR4(2,0a3,5MPa). OcoeficientedecapilaridadeemaplicaesgeraisdeveserinferioraC3(2,0a4,0g/dm2.min1/2). Para paredes expostas a chuva a classificao recomendada C1 ( 1,5 g/dm2.min1/2)ouC2(1,0a2,5g/dm2.min1/2).

    Em relao resistnciapotencialdeaderncia trao,anorma francesanoa faz.Deve sersalientadoqueosensaiossoefetuadosemsubstratospadrofeitosdemicroconcreto(cimentoeareia),debaixaabsorodeguacomparativamenteaoblocodeconcretoeblococermico.Assim,osvaloresobservadosdevemseranalisadosdeformacomparativaenoabsoluta.

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    Arelaoentreresistnciatraoeresistnciacompressopodeserempregadacomo ndicededutilidade.Quantomaisprximadeum,melhoraresistnciafissurao.ATabela5apresentaosvaloresobservadosparaasargamassasusinadas.Tabela5Argamassasusinadasestadoendurecido

    IdentificaoDens.Massa

    EstadoEndurecido(Kg/m)

    Resist.aTraonaFlexo(MPa)

    RESIST.aCompresso

    (MPa)Rt/Rc

    Res.Pot.DeAdernciaaTrao(Mpa)

    CoeficientedeCapilaridade

    (g/dm.min1/2)K1 1759 2,0 5,6 0,4 0,11 6,0L1 1761 2,2 8,0 0,3 0,38 1,8M1 1761 2,5 8,3 0,3 0,20 2,6N1 1855 2,1 8,0 0,3 0,20 2,4

    Mdia 1784,0 2,2 7,5 0,3 0,22 3,2Os valores mdios observados na resistncia trao na flexo (2,2 MPa) classificam essasargamassasnaclasseR4.Ocoeficientededutilidadesimilarsdemaisargamassasobservadas.Em relao aderncia potencial, observase uma mdia de 0,22 MPa, mas valores baixos(argamassa K1) e mais altos (argamassa L1). A argamassa K1 j denota uma resistncia compresso mais baixa, o que provavelmente indica algum problema em seu processo(proporcionamento, estocagem, etc.), uma vez que o fornecedor de todas as argamassas omesmo.AargamassaK1tambmapresentaumcoeficientedecapilaridademaiselevado,talvezpossaseremvirtudedeumaporosidadediferenciada.Elamostrasuadeficinciacomautovalordo ndice.As demais esto na faixa C2 (recomendada para revestimentos sujeitos chuva).Amdiadosvalores,todaviaremeteclassificaoC3.ATabela6apresentavaloresobservadosparaasargamassasindustrializadas.Tabela5Argamassasindustrializadasestadoendurecido

    IdentificaoDens.Massa

    EstadoEndurecido(Kg/m)

    Resist.aTraonaFlexo(MPa)

    RESIST.aCompresso

    (MPa)Rt/Rc

    Res.Pot.DeAdernciaaTrao(Mpa)

    CoeficientedeCapilaridade

    (g/dm.min1/2)F1 1628 2,1 5,7 0,4 0,18 5,4G1 1720 2,3 6,0 0,4 0,13 4,0H1 1687 1,5 3,6 0,4 0,18 1,8H2 1561 1,5 4,5 0,3 0,19 2,2I1 1713 2,0 5,4 0,4 0,33 4,5J1 1631 1,7 4,2 0,4 0,17 3,1

    Mdia 1657 1,9 4,9 0,4 0,20 3,5O valor mdio da resistncia trao classifica a mesma como R3, o que no atende aespecificaopara a condio submetida a choques.Parao casoda aplicaode revestimentocermico(classeR4),ovalormnimoparaatendimentode2,0MPa,oquefoiatendidosportrsamostras.

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    Em relao dutilidade os valores ficaram em termos mdios em 0,4 para argamassaindustrializadae0,3parasusinadas.Valoresprximos,comojeramesperados,provavelmentepeloefeitodoarincorporado.Quantoadernciapotencial,observouseumvalormdiode0,20MPa,sendoqueaamostraG1apresentouosmenoresvalores(0,13)eaamostraI1osmaioresvalores(0,33MPa).OcoeficientedecapilaridademdioestnaclasseC3,forado limiteusual.AsamostrasH1eH2atendem a classe C2 podendo ser aplicadas em regies submetidas chuva, assim como asamostrasL1eN1.

    4 ConclusesDosresultadosobservadospodemseenumerarasseguintesconclusesprincipais;

    a) Noestadofreco: Em relao s avaliaes no estado fresco identificase que a faixa de ensaio deconsistnciapelapenetraodecone,definidapelosestudosdoLEM,de50a65mm(faixaideal). Estes valores foram obtidos emquase todas as amostras que foram ensaiadas logoapssuafabricao. Amdiadoteordearincorporado,mesuradoemlabratrio,ficarammuitoprximosparaasargamassas industrializadaseusinadas,12e11respectivamente.Paraasmensuradasemobratambmobtiveramvaloresprximos,13paraasargamassasindustrializadase12parasusinadas. AretenodeguaobservadaestadentrodoslimitesdeclassificaodaNBR13277:2005(ClasseU1)poremconsideradabaixaprincipalmentepara regiesdeclimaquentee secocomoBraslia.b) Noestadoendurecido: Aresistncia traoestprxima (inferior)de2MPa,oquecrtico (limitante)paraasituaoderevestimentocermicosobreemboodeargamassa(nomnimode2,0a3,5MPaClasseR4). Acapilaridadeparaasargamassasusinadase industrializadasovalormdio ficoupoucoacimade3,0,valorestequesuperaolimiteparafachadasquede2,5g/dm2.min1/2(ClasseC2daNbr15259:2005). Emtermosdeadernciapotencialosvaloressomentepodemsercomparadosentresi(noexiste referncia normativa internacional). Do universo estudado, as mdiasconvergem para o valor de 0,20 MPa. Estes baixos valores podem ser justificados pelapresena de bolhas de ar presente no interior das argamassas que levam em seu interioraditivos incorporadores de ar, aos quais podem diminuir a superficie de contato entre osubstratoeaargamassa.

    5 AgradecimentosOsautoresagradecemaoLaboratriodeEnsaiodeMateriais/UnB(LEM),aoSINDUSCONDF,aoCNPq,aCAPES,eaoCDT/UnB.

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    6 Referncias[1] Bauer, E. Relatrio Tcnico: n. 08110215b. Braslia, Laboratrio de Ensaio de Materiais,

    UniversidadedeBraslia,Braslia,2009.[2] Baa, L.L.M. e Sabbatini, F.H. (2004).Projeto e execuode revestimentode argamassa.O

    NomedaRosa,SoPaulo.[3] Alves,N. J.D.Avaliaodosaditivos incorporadoresdearemargamassade revestimento.

    Dissertao (Mestrado) Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Faculdade deTecnologiadaUniversidadedeBraslia,Braslia,2002,174p.

    [4] GROUPEDECOORDINATIONSDESTEXTESTECHNIQUESEnduitsauxmortiersdeciments,dechaux et de mlange pltre et chaux arienne. Cahier des clause techniques. Paris. CSTB,CahiersDuCSTB,(309),Cahier2413,mai1990.DocumentTechniqueUnifie(DTU)n.26.1.

    [5] Silva,N.G.Avaliao da retrao e da fissurao em revestimento de argamassa na faseplstica. Tese (Doutorado) Departamento de Engenharia Civil, Centro Tecnolgico daUniversidadeFederaldeSantaCatarina,Florianpolis,2011.329p

    [6] Veiga,M.R. S.Comportamento de argamassas de revestimentode paredes contribuioparaoestudodasuaresistncia fendilhao.Tese (Doutorado)LaboratrioNacionaldaEngenhariaCivil,FaculdadedeEngenhariadaUniversidadedoPorto,Portugal,1998,458p.

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