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O direito como vocação Inscrições para advogado da União A importância dos economistas O ASSUNTO HOJE É 06 10 09 CONCURSO Revista da AGU alcança reconhecimento ENTREVISTA O Dia do Advogado é celebrado nesta terça-feira (11) e o AGU Brasil vai atrás das histórias dos profissionais do direito da Advo- cacia-Geral. Afinal de contas, muitos encaram a atividade como vocação e são verdadeiros apaixonados pelo que fazem. E você sabia que este também é conhecido como o “Dia do Pendura”? Saiba o que isso significa. Página 2. Informativo semanal da Advocacia-Geral da União 10/08/2015 – Nº 23 BRASIL al

AGU Brasil digital - N 23

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O Informativo AGU Brasil é uma publicação digital semanal voltada para o público interno.

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O direito como vocação

Inscrições para advogado da

União

A importância dos economistas

O ASSUNTO HOJE É

06 1009

CONCURSO

Revista da AGU alcança

reconhecimento

ENTREVISTA

O Dia do Advogado é celebrado nesta terça-feira (11) e o AGU

Brasil vai atrás das histórias dos profi ssionais do direito da Advo-

cacia-Geral. Afi nal de contas, muitos encaram a atividade como

vocação e são verdadeiros apaixonados pelo que fazem. E você

sabia que este também é conhecido como o “Dia do Pendura”?

Saiba o que isso signifi ca. Página 2.

Informativo semanal da Advocacia-Geral da União 10/08/2015 – Nº 23

BRASILInformativo semanal da Advocacia-Geral da União Informativo semanal da Advocacia-Geral da União Informativo semanal da Advocacia-Geral da União Informativo semanal da Advocacia-Geral da União Informativo semanal da Advocacia-Geral da União Informativo semanal da Advocacia-Geral da União Informativo semanal da Advocacia-Geral da União Informativo semanal da Advocacia-Geral da União

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Os advogados têm um papel fun-damental na sociedade e a ativi-dade permeia praticamente todos os ramos das ciências sociais. Por isso, a carreira exige uma atua-ção regrada, baseada na serieda-de e na ética. Na AGU são cerca de oito mil em atuação, é o maior escritório do mundo. Cabe a eles assegurar a manutenção das po-líticas públicas, a defesa dos in-teresses do Estado e a assistên-cia jurídica aos órgãos da União. Nada mais justo do que homena-geá-los pelo dia 11 de agosto, Dia do Advogado.

A data foi escolhida para lem-brar o dia da criação dos primei-

ros cursos de direito do país, nas cidades de São Paulo e Olinda, em 1827, pelo imperador Dom Pedro I. Desde então, as come-morações tornaram-se tradição. Todos os anos, conta a história, no dia instituído os donos de res-taurante passaram a oferecer co-mida e bebida de graça aos futu-ros advogados.

O número de estudantes de Direito, no entanto, cresceu com o passar dos anos e os comercian-tes não conseguiam mais bancar a conta de todos. Muitos conti-nuaram tentando sair sem pa-gar, o que ficou conhecido como “pendura”.

Mas, segundo os próprios ex--estudantes, tudo não passa de uma brincadeira. Há uma orien-tação para que eles levem dinhei-ro suficiente para pagar a refeição, caso os restaurantes não aceitas-sem o “trote”. “Em certas ocasi-ões, quando os donos ou gerentes não aceitavam e diziam que iam cobrar dos garçons, muitos cole-gas voltavam e pagavam para não deixar que eles arcassem com o prejuízo”, lembra Francisco Vi-lebaldo, advogado da União da PU/RR.

Com o passar dos anos, o cos-tume continuou. Vilebaldo re-corda que muitas vezes a data era

DIA DO ADVOGADO

O dia dos profissionais do direito

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Foto:Arquivo pessoal

Francisco Vilebaldo, advogado da União na PU/RR

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vista como uma oportunidade de oferecer um cardápio mais refi -nado. Por isso, mesmo achando ruim, tratavam a tradição com um certo respeito.

Alguns estabelecimentos até ofereciam cadastro para alunos. “Normalmente algum tempo an-tes da data comemorativa os ba-res e restaurantes mais tradicio-nais e interessados entravam em contato com o centro acadêmico”, explica Fabiana Cristina de Sou-za, procuradora federal da PSF/Campinas (SP).VOCAÇÃO - Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), hoje no Brasil há mais de 900 mil advogados regulares e reca-dastrados. Ainda de acordo com a entidade, a cada ano cerca de 60 mil novos bacharéis entram no mercado. Mas a escolha pela profi ssão, segundo a OAB, exige muito estudo e dedicação.

Para Jussara Oliveira, advoga-da da União na PU/PR, a profi s-são é muito gratifi cante e motivo de orgulho. Ela conta que des-cobriu a vocação cedo. “Desde pequena era muito eloquente e incisiva em minhas colocações e meu pai me chamava de ad-vogada. Daí surgiu a escolha do curso. Gostei desde o começo e fi cou comprovado que meu pai tinha razão”, diz.

Há também quem escolhe o curso mesmo sem uma afi ni-dade imediata. A paixão, neste caso, viria com o tempo. Foi as-sim com Natan de Oliveira, pro-curador federal da PFE/INSS/MT. “Era muito novo quando fi z o vestibular. Fui me encantando com o decorrer da graduação, e afi rmo que não me realizaria tanto em outro curso como me realizei e ainda me realizo todos os dias com o Direito”, conta.

• Curso superior em direito, com du-ração de quatro ou cinco anos, e es-tágio obrigatório.

• O exercício da profi ssão, no entan-to, é regulamentado e só é permiti-do após a aprovação no exame da OAB, uma prova complexa, com um alto índice de reprovação;

• Para ser bem-sucedido, são necessá-rios, entre outros, sólidos conheci-mentos em fi losofi a, lógica, política e economia; domínio da língua por-tuguesa e do vocabulário do direito;

• Também domínio da informática, particularmente da internet, adota-da em massa pela área jurídica para pesquisar grande parte da legisla-ção brasileira e internacional.

PARA ENTRAR NA CARREIRAÉ NECESSÁRIO

DIA DO ADVOGADO

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CURIOSIDADESIm

agens: freepik.com

*Fonte: História do Direito, de Roma à História do Povo Hebreu e Mulçumano. Editora Unama,Universidade da Amazônia.

Advogado - A palavra deriva do latim “ad-vo-catus”, que signifi ca aquele que é chamado em defesa. A tradição antiga mandava que este representante de-veria ser um cidadão de reputação ilibada e bem visto pela sociedade.

Mundo antigo – Es-tudos apontam que a fi gura do advogado teria nascido junto com as sociedades. Os regis-tros mais antigos, no entanto, datam da Babi-lônia, no século 19 a.C., época em que vigorava o Código de Hamura-bi (aquele do ‘olho por olho, dente por dente’).

veria ser um cidadão de reputação ilibada e bem

O primeiro cliente - Antes do cidadão constituir o primeiro advogado, o Estado já utiliza-va-se da defesa profi ssional. Em Atenas, Grécia, diploma-tas estrangeiros defendiam uma causa de vida e morte: o apoio da cidade-estado em suas guerras ou a proteção da cidade-estado.

O primeiro - Demóstenes (384-322 a.C.), fi lósofo grego, teria sido o primeiro grande advogado do mundo Ocidental, ao empregar sua eloquência no combate aos projetos expansionistas de Filipe, rei da Macedônia (385-336 a.C.).

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O ASSUNTO HOJE É

O trabalho de um economis-ta é baseado no estudo sobre como a sociedade produz, dis-tribui e consome bens mate-riais e serviços. De acordo com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), esses profissionais realizam análises de mercado e pode lidar tanto com questões econômicas em larga escala, na-cionais e internacionais, como na implantação de projetos de investimentos.

O reconhecimento à impor-tância da profissão veio no dia 13 de agosto de 1951. O então presi-dente Getúlio Vargas sancionou a lei 144, que regulamentou a pro-fissão. A data é agora conhecida como o Dia do Economista. Só na AGU, eles são 46 – sendo cinco

deles cedidos por outros órgãos, que desempenham um papel fun-damental para a instituição.

Por aqui eles estão lotados nos 41 Núcleo de Cálculos e Perícias (Necap). Cabe a esses profissio-nais verificar os valores a serem desembolsados pelos entes pú-blicos, visando sempre que pos-sível reduzir o impacto financei-ro e garantir a disponibilização orçamentária para investimentos do Estado.

A atividade dos economistas está diretamente ligado à con-cretização dos objetivos e metas da AGU. “Damos assistência em relação a cálculos judiciais. En-tramos em contato com advoga-dos e procuradores para esclare-cer dúvidas. Também atuamos

no planejamento estratégico da instituição no acompanhamen-to orçamentário, planejamento em outras áreas técnicas”, explica Nádia Oliveira, coordenadora do Necap/DF.

Depois que os cálculos são feitos, eles precisam demons-trar por que concordam ou não com os valores apresentados pe-los advogados públicos. “Quan-do não concordamos temos que demonstrar detalhadamente os motivos da discordância. Os motivos de excesso podem ser desde erros na base histórica do cálculo como nos índices e juros aplicados para a atualização”, ob-serva Lídia Frassetto, economis-ta da PU/SC.

Mas a análise não termina aí.

A importância dos economistas

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As ciências econômicas também são vistas como estudos do com-portamento humano, o que exige uma análise técnica que vai além dos números. É o que explica Diogo Palau, advogado da União do DCP/PGU. “Elas investigam como os diversos elementos das instituições das sociedades, onde se enquadra obviamente as nor-mas jurídicas, refletem como forma de incentivos ou desin-centivos para a prática de deter-minadas condutas. Esse é o tema que deverá ser encarado primor-dialmente no futuro pela AGU, como forma de aprimorar a sua defesa em juízo”, observa.

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Fala economista

“A rotina vai des-de de análise de

fichas financeiras, cadastros, aplicação

de índice de atualização monetá-ria, juros, apuração de débitos e multas, análise e oferecimento de cálculos, entre outros. É fundamen-tal como um instrumento de defesa do interesse público”Ulisses José Patriota – econo-mista PU/AL

“Cabe a nós subsi-diar os advogados e procuradores

nos conhecimentos matemáticos. Atua-

mos também como Assistente Téc-nico da União Federal, elaborando quesitos e analisando os Laudos Perícias apresentados pelos Peritos dos Juízo”Bruno MoraisEconomista Necap PU/BA

“É um trabalho, sem dúvida, inte-ressante. Possui

uma relação direta com a atividade fim

na defesa da União, repercutindo anualmente numa significativa eco-nomia aos cofres públicos federais ao constatarmos erros nos cálculos executados”Fleury de Sousa – economista PU/PB

O ASSUNTO HOJE É

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Os interessados em partici-par do concurso de advogado da União têm até a segunda-fei-ra da semana que vem (17) para efetivarem a inscrição no certa-me, que vai selecionar 84 no-vos membros das carreiras. O registro é feito exclusivamente no site http://www.cespe.unb.

br/concursos/AGU_15_ADV. A taxa de inscrição é de R$ 195.

A remuneração inicial do cargo é de R$ 17.330,33. A sele-ção terá as seguintes fases: pro-va objetiva, inscrição defi nitiva, provas discursivas, prova oral, sindicância de vida pregressa e avaliação de títulos.

CONCURSO

Inscrições para advogado vão

até dia 17

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AGU Brasil: Como é feita essa avaliação que confere qualidade às produções acadêmicas?Juliana Sahione: Na verdade, o nível de qualificação come-ça no extrato “C”. Depois, você consegue uma evolução para os quadros “B5”, “B4”, “3”, “2” e “1”. A Revista da AGU conseguiu, depois de cinco anos de muita dedicação, tornar-se “B1” pela classificação da Capes.

AB: Quais são os critérios que utilizados pelo sistema para afe-rir a qualidade de uma publica-ção?JS: São diversos critérios. Um dos mais importantes é a exoge-nia, que é a diversidade de ori-gem dos trabalhos dos nossos autores, dos nossos pareceristas e de nosso conselho editorial. O ideal é que a gente tenha mem-bros de todos os estados da fe-deração e que sejam vinculados

A Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação do Ministério da Educação (MEC), melhorou a avalia-ção da Revista da AGU em 2015. A partir deste ano, a publicação trimestral que re-úne os principais trabalhos acadêmicos de membros da AGU passa a ser classifica-da como “grau B1”, abaixo apenas dos extratos A1 e A2 na escala Capes.

O reconhecimento do tra-balho científico da revista

ENTREVISTA

Revista da AGU alcança novo conceito no mundo acadêmico

faz parte do projeto de cre-denciamento da pós-gradu-ação da Escola da AGU jun-to ao MEC. A revista passou por uma ampla reformu-lação em 2010, ano em que uma primeira avaliação a colocou no nível “C”. Com a nova avaliação em mãos, que aumentou o conceito da revista junto ao mundo acadêmico, a diretora da EAGU, Juliana Sahione, ex-plicou que o plano é melho-rar ainda mais a nota já no próximo ano.

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Foto: Renato Menezes

Juliana Sahione, em conversa com o apresentador Raphael Bruno, no AGU Entrevista

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Sua sugestão de pauta pode ser selecionada para publicação na próxima

edição! [email protected]

[email protected](61) 2026-8524

Chefe da Ascom: Adão Paulo Oliveira

Coordenação: Bárbara Nogueira

Edição: Flávio Gusmão e Uyara Kamayurá

Redação: Rebeca Ligabue

Arte e imagens: Beatriz Lins, Renato Menezes e Roberto Ferreira

Assessoria de Comunicação

Social

ENTREVISTA

a universidades, sejam públicas ou privadas. O segundo seria o impacto da revista no mercado. Ou seja, o número de vezes em que a publicação é citada em ou-tros trabalhos ou artigos.

AB: Qual é a importância do reconhecimento do trabalho científico de advogados e pro-curadores que são publicados no periódico?JS: Há um impacto grande quando você fala que uma re-vista é B1. Isso confere o status de publicação consolidada, for-te e com nível acadêmico eleva-do. Além disso, a pontuação no “currículo lattes” [que o CNPq utiliza para a concessão de bol-sas, por exemplo] também am-plia. Cada trabalho publicado passa a valer até 70 pontos. Essa qualificação da Revista demons-

tra a força e o respeito às teses desenvolvidas no âmbito da Ad-vocacia-Geral da União.

AB: Que temas são mais abor-dados atualmente pelos autores?JS: Geralmente são aqueles fo-cados no exercício diário da ad-vocacia pública. São ligados às áreas de direito público, previ-denciário e fazendário, em sua maioria.AB: Quais são os planos da Es-

cola para melhorar ainda o con-ceito da revista?JS: Hoje estamos focados em estudar muito o regramento da Capes. Para subirmos ou-tro degrau temos que alcançar pelo menos 75% de exogenia [atualmente está em 50%]. Um artigo que chega de um cole-ga de Brasília, por exemplo, vai ser avaliado por pareceristas de outros estados exatamente para que a gente sempre mantenha uma avaliação que garanta a di-versidade. Também queremos aumentar o impacto. Estamos buscando apoio para que a nos-sa distribuição seja feita pelas grandes editoras. Isso pode fa-zer com que alcancemos um pú-blico muito maior. Com isso a gente garante o extrato A2 e A1, espero eu que ainda em 2016.* colaborou Raphael Bruno

“Há um impacto grande quando você fala que

uma revista é B1. Isso confere status de

publicação consolidada, forte e com nível

acadêmico elevado”