ALIMENTAÇÃO AYURVÉDICA

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ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa

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ALIMENTAO NATURAL AYURVDICA ANAr Ojasv dsa - Prof. Dr. Olavo Desimon Phd. PRLOGODA VIGSIMA

mesmo assim, estamos abertos a esclarecimentos e aperfeioamentos que sempre so necessrios e bem vindos. Olavo Desimon Vero 1998 0.0 Introduo ESTE PEQUENO GUIA INTRODUTRIO DE ALIMENTAO NATURAL AYURVDICA (ANA), foi elaborado com o intuito de auxiliar aos iniciantes a esta saudvel maneira de viver, fazendo do alimento seu principal remdio. Os produtos aqui indicados encontram-se facilmente na maioria dos mercados especializados e at mesmo em supermercados tradicionais, no sendo difcil o seu exerccio. Esse pequeno guia no um tratado sobre o assunto, nem tampouco pretende esgotar esta cincia natural da sade, e muito menos substituir um profissional habilitado, destina-se, portanto, a manter um carter informativo e individual, como um auxiliar na iniciao da Alimentao Natural. Em princpios gerais, a alimentao aqui adotada no possui muitas diferenas com a tradicional diria, a no ser no aspecto de que os alimentos devem ser o mais livre possvel de produtos artificiais e txico, como conservantes, defensivos agrcolas, etc. Esta a regra bsica de introduo a uma diettica naturalista: trocar tudo o que industrializado, por aquilo que mais natural possvel. E isso nos dias de hoje no muito difcil de ser conseguido. Alertamos, contudo, que antes de iniciar qualquer dieta ou regime alimentar, devemos ter em mente que nada se d de uma hora para outra, e o resultado que ser obtido depender nica e exclusivamente de como quem o est utilizando. O nosso real desejo e objetivo com o presente trabalho, ver as pessoas livres dos males que as afligem, para que possam ser definitivamente livres dos resultados danosos decorrentes de uma dieta inadequada. 1.0 O ALIMENTO O alimento o melhor remdio que o corpo pode ingerir. Alimentar-se corretamente mais do que um direito, um dever de todos

EDIO

DURANTE VINTE ANOS tivemos este manual reeditado; representando um nmero de aproximadamente 15,000 pessoas que leram e dele tiraram seu proveito em prol da sade, isso sem levar em conta parentes e amigos destes usurios, que sem dvida podem aumentar em o dobro seu contingente. Estamos, de certo modo, satisfeitos com este expressivo nmero de pessoas que, de um modo ou outro, se utilizam de uma reprogramao diettica, levando em conta os princpios naturalistas. Por ser uma edio exclusiva, e que de modo algum interessa a grande indstria do marketing, sabemos que nosso trabalho coloca-nos num patamar de lutas e conquistas revalidadas por nosso esforo e pela compreenso das pessoas interessadas e amigas. Quando iniciamos nosso trabalho no Rio Grande do Sul, h 20 anos atrs, era-nos muito difcil coloc-lo onde existiam muitos equvocos e falsos conceitos e idias, postulados por sobre uma paradigma ultrapassado. Graas ao trabalho continuado e a colaborao de pessoas conscientes, que a ele recorreram com xito, estamos conseguindo levar esta maravilhosa cincia de bem viver a todos os necessitados. Hoje nos encontramos em pleno boom naturalista, e os equvocos agora so outros, sendo que nosso trabalho tm sido aumentado e complementado com a experincia bem como com a vivncia, de modo que podemos dizer, com certeza, que a educao diettica e alimentar constitui-se num problema crnico e ao mesmo tempo salutar, em prol do benefcio de milhares de pessoas. Por isso, no nos cansamos em divulgar os mritos de uma alimentao saudvel para as geraes futuras, pois sabemos que muito fcil nos esquecer e nos equivocar com nossas escolhas, principalmente se no tivermos um preparo crtico para o que nos imposto como verdade. O leitor tem em mos uma Guia Introdutrio de Alimentao Natural, j amplamente testado e aprovado por muitos,

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa ns. Na maioria das vezes, a alimentao tradicional, qumico-industrial artificial, drasticamente desprovida de elementos bsicos e essenciais sade. S para termos uma idia, o acar branco carente das vitaminas do complexo B, importantes para a manuteno de um corpo sadio. As vitaminas B2, B5, B6 e Ferro, so fundamentais para a formao do sangue; no arroz branco (polido), na farinha de trigo branca, etc., tambm ocorre detrimento das potencialidades nutritivas, decorrentes do polimento, branqueamento, e outros processos industriais descaracterizantes. E, so estes alimentos, entre outros tantos, que constituem praticamente a totalidade da alimentao diria da maioria do homem contemporneo. Gros e cereais integrais no polidos, contm a grande maioria de vitaminas e protenas (na forma de aminocidos) necessrias para nosso requerimento diettico dirio para nossa manuteno saudvel, e seu uso dirio promove e devolve a sade de forma quase milagrosa. 1.1 - Alimentao Natural AO FALARMOS DE ALIMENTAO NATURAL , surge quase que imediata e automaticamente uma associao com idias fisiolgicas. No entanto, para compreendermos a idia de alimentao natural devemos entender primeiro a de Alimento Natural, sem que haja com isso qualquer idia de ligao com regime alimentar: entende-se por integral, TODO o tipo de alimento livre de produtos txicos ou qumicos e que mantm suas caractersticas Fsico-qumicas (fisiolgicas e biolgicas), em toda a sua constituio. Observando-se este detalhe, teremos a compreenso da importncia que os alimentos tm em sua forma in natura, ou seja, sem alterao da sua composio nutriente. Nos regimes alimentares, que buscam na Alimentao Natural, uma forma de equilbrio geral, muitas vezes existe um certo dogmatismo que, por assim dizer, carece de embasamento cientfico, devido a inadaptao, tanto climtica e de produtividade agrcola de certos alimentos, bem como de alimentos indispensveis para realiz-los, e suas proposies. Conhecemos oito (8) tipos de alimentao possvel, sendo que podemos delas deduzir o grau de evoluo cultural e espiritual da pessoa que a utiliza. De um modo

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geral, notamos a ocupao das pessoas com o que integral em todos os oito nveis, na medida que todas elas buscam a melhor qualidade possvel na sua dieta alimentar. Contudo, quando falamos de Alimentao Natural, falamos daquela que mais adequada para o uso humano, levando-se em conta tanto os aspectos culturais como antomo-fisiolgicos: 1.1.1 - CARNIVORISMO: sendo o Carnivorismo considerado o primeiro regime alimentar, este igualmente o mais inferior, dentro da escala de evoluo diettica. Neste regime, nota-se a carncia de uma alimentao verdadeiramente natural, j que nos alimentos crneos, alm da sua incapacidade de assimilao adequada, so colocados diversos produtos artificiais txicos, como corantes, antibiticos e hormnios sintticos causadores de cncer, e uma vez que a alimentao destes animais quase sempre artificial e forada; 1.1.2 - ONIVORISMO : neste nvel alimentar, a presena de alimentos, tanto animais como vegetais, constante. Nesta dieta encontramos o consumo de produtos qumicos industriais como o acar branco, caf e certos chs artificiais. Infelizmente, a grande maioria deste produtos esto contaminados no s com defensivos agrcolas como tambm so adicionados de aromatizantes, acentuadores de cor, entre outros txicos desta natureza, que debilitam de maneira drstica o valor qualitativo destes alimentos, alterando sua constituio natural; 1.1.3 - CEREALISMO: neste terceiro nvel encontramos dietas cuja a presena de alimentos crneos no possui tanta importncia como nos dois anteriores. Nota-se, porm, que apesar de ser utilizado alimentos integrais, ainda no so 100% naturais, por encontramos desde produtos industrializados como artificialmente impossveis de serem cultivados na regio climtica do consumidor; 1.1.4 - VEGETARIANISMO : o quarto regime alimentar caracteriza-se pela ausncia da carne, porm ainda vemos o ovo e o leite como alimentos indispensveis. O regime ovolacto-vegetariamo, no ponto de vista da Alimentao Natural, hoje em dia impraticvel, devo a presena de aditivos qumicos artificiais, encontrados na maioria destes produtos, que debilitam suas caractersticas reais; 1.1.5 - VEGETALIANISMO : neste regime no

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa mais utilizado o ovo, mas o leite e seus derivados se constituem no bsico, junto com os vegetais em geral. Segundo o nosso entendimento diettico, o prtica pura do regime lacto-vegetariano nas grandes cidades tambm -nos hoje impossvel, pois a constituio destes alimentos est drasticamente alterada, alm de ser muito difcil encontr-los na sua forma natural (colonial), e mesmo assim, quando se encontra nestes locais, esto mascarados com o uso de produtos qumicos txicos, oportunizados pela introduo qumico-industrial nos meios de produo; 1.1.6 - VEGETARISMO : nesta dieta do tipo vegetariana, no permitido nenhum tipo de alimento de origem animal. Somente vegetais so utilizados, porm a menos que os vegetais sejam cultivados pelo prprio consumidor, esta tambm no ser uma dieta alimentar inteiramente natural, uma vez que a grande parte dos vegetais est contaminada e poluda com produtos txicos e artificiais; 1.1.7 - CRUDIVORISMO : este nvel alimentar diettico, pelo ponto de vista da alimentao natural, impraticvel nas grandes cidades, uma vez que no so produzidos alimentos suficientes para atender a todas as pessoas desta forma, e, se isso fosse possvel, alm de ser uma importante fonte de fornecimento de alimentos txicos, o indivduo fatalmente seria intoxicado; 1.1.8 - FRUGIVORISMO : o ltimo nvel alimentar ocupado pelo Frugivorismo, que uma forma de Crudivorismo. Pelo ponto de vista da alimentao natural, o Frugivorismo impraticvel nos nossos dias, principalmente nas grandes cidades. As frutas so tratadas com aromatizantes e acentuadores de cor, para torn-las mais vendveis, e estes produtos, nas maioria das vezes, so artificiais e cancergenos, sem falar na grande quantidade de agrotxicos que so colocados para proteger as frutas do ataque de insetos de toda a natureza, alm de fungicidas, etc. Analisando friamente os oito tipos de dietas anterior, chegamos a concluso que muito difcil, pelo menos hoje em dia, termo suma alimentao 100% natural, livre de produtos txicos e danosos sade. Sabemos que o problema ainda maior nas grandes cidades. Entretanto, salientamos que os alimentos integrais e naturais so os mais adequados para manuteno da sade bem como promover a cura das doenas dietticas

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adquiridas. A nosso proposta, pois permitir que tenhamos uma vida saudvel com o que est disponvel ao nosso redor, por isso apelamos para a urgncia da purificao dos alimentos, onde ns, consumidores, devemos exigir a qualidade destes produtos. O nosso Guia Introdutrio de Alimentao Natural, dar condies para que se tenha sade comendo o que est disponvel, bastando que se tome o cuidado de ler os rtulos e ver quais so os produtos ali contidos. 2.0 - SUPREMO

ALIMENTAO

NATURAL

EQUILBRIO

2.1 - Os Valores O ALIMENTO CONSTITUI TODO O BSICO sustentatrio da uma civilizao. Hoje sabemos perfeitamente que uma alimentao deficiente a maior causa dos problemas de sade mundial. Enquanto a falta de alimentos preocupa os governos das naes, ainda muito pouco se fala sobre um correto modo de alimentao, e muito pouco e quase nada se faz para introduzir uma educao alimentar de qualidade para os povos do mundo. A superproduo de alimentos industrializados gerou uma esquematizao quase que incontrolvel em torno de alimentos que acabam por possui pouco valor nutritivo e qualidade alimentar. A falta de alimentos no mundo preocupa por haver uma falsa idia de torno da quantidade, no entanto, carece ela de valor nutritivo adequado e suficiente para suprir os povos do mundo, destas carncias nutricionais alimentares essenciais. Quando se fala em alimentao natural, no estamos apenas nos referindo a determinados regimes alimentares, mas sim a todo e qualquer tipo de alimento, tendo como base o Alimento Integral, e que mantm todos os seus valores nutritivos naturais, sem que tenham passado por qualquer espcie de alteraes em sua constituio. No s nos referimos a industrializao indiscriminada e quantitativa, como tambm ao cultivo exagerado de determinados produtos da moda, e que em pouco tempo acabam por desnutrir e desequilibrar o solo e a natureza. A superproduo de um s alimento origina a sua monopolizao, diminuindo drasticamente seu valor nutritivo (qualitativo), bem como prejudica o equilbrio ecolgico e o

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa solo em que cultivado, devido a presena de elementos txicos e nocivos. Ainda nos dias de hoje, apesar de toda a informao existente e de projetos mundiais em prol de uma vida mais pura e de uma alimentao livre de defensivos agrcolas qumicos txicos, produtos artificiais que debilitam seus valores, encontramos pessoas que, por falta de embasamento e de estudo adequado, mostram-se contrrias aos princpios de alimentao natural. Ns compreendemos isso porque esto literalmente viciadas nos seus hbitos deletrios, mas como o tempo podem desenvolver a sensibilidade perdida no consumo de tantos produtos txicos. Se pensar em termos de populaoalimento, veremos surpresos que em todo o processo de quimificao alimentar, principalmente dos decorrentes do polimento (branqueamento), no s se diminui de maneira drstica seus valores qualitativos como tambm os quantitativos, j que muito se perde nesses processos industriais, diminuindo ainda mais o alimento disponvel no planeta. Contudo, nem todo o alimento integral natural, pois apesar de se encontrarem com suas caractersticas fisiolgicas completas, ainda apresentam na sua constituio adubos inorgnicos, que alm de debilitarem o solo em que so usados, esto mascarados com conservantes, aromatizantes artificias e toda uma gama de processos industriais que os degradam e os desqualificam como alimento ideal para o ser humano. Porm, existe cada vez mais a procura de um alimento natural, que dificultado devido ao no incentivo dos produtores destes alimentos. J sentimos deficincia de um suprimento adequado de gros e cereais no mundo. Tambm j sabido que vegetais e gros, bem como produtos animais, considerados superalimentos, no contm o que realmente deveriam ter em nutrientes. Muito ainda deve ser feito para que haja uma conscientizao geral e uma revoluo em termos de alimentos e alimentao no mundo, Ainda corremos o risco de um hipercultivo de alimentos integrais, sem que sejam realmente naturais. Isso dever ser produto de uma longa e minuciosa pesquisa. Para uma introduo a uma dieta natural, no necessrio nenhuma afobao, nem tampouco uma mudana radical do que

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estamos acostumados diariamente. Devemos, contudo, readaptar-nos a um alimento mais puro, mais prximo possvel de sua natureza. Em todos os alimentos sabemos que existe a presena de produtos txicos e artificias; alguns so frutos da poluio atmosfrica, da gua, e a grande maioria est impregnada de falsos auxiliares da agricultura no-biolgica. Apesar disso, em todo o mundo culto, paira uma esperana em torno dos alimentos integrais, pois pelo menos encontramos alguns nutrientes que so carentes nos alimentos polidos e artificializados. Fugir dos alimentos enlatados e quimicamente processados , acima de tudo, um dever daquele que anseia uma melhor sade e a to discutida felicidade. O homem tem o direito de exigir uma melhor alimentao em nvel qualitativo e no deve ficar a lastimar-se por nada poder fazer. Dever partir dele a mudana dos falsos hbitos e a existncia de uma melhor qualidade de vida, mas, por isso, dever colaborar, pois a partir de ns mesmos que inicia a mudana do todo. 2.2 - Alimentao e Nutrio DEVEMOS DEFINIR ALIMENTAO E NUTRIO . Alimentao aquilo feito com a conscincia, e nutrio um processo automtico e inconsciente. Ao deixarmos de nos alimentar impulsivamente, iniciamos a compreenso de nutrio, bem como no real sentido de do que vem a ser alimentar-se, pois como sabemos, a alimentao a razo de nossa existncia. Se a alimentao diria a razo de ser de nossa sobrevivncia, no seria ela tambm responsvel por nossa sade? No h dvida que a sade indiretamente proporcional ao consumo de remdios e produtos qumicos e ao supercultivo de alimentos em monocultura. Temos que aprender a ser imparciais no tocante a sublimao publicitria negativa, pois na maioria das vezes utiliza-se recursos inadequados e apelos incorretos em torno de um produto qumico-industrializado, usando inadequadamente os nomes naturais e integrais, etc. Sabemos que muito recentemente surgiram interesses dos rgos governamentais em regulamentar a chamada propaganda enganosa. Entretanto, devido a ignorncia quase genrica do povo sobre alimentao, permanecem impunes falsas divulgaes de estatsticas, desvirtuando o real sentido das palavras, para servir de

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa aumento para as vendas. Literalmente, as pessoas esto sendo iludidas e enganadas, consumindo lixo pensando tratar-se de alimento. 2.3 - O equilbrio PARA TENTAR SUPRIMIR TANTA POLUIO e quimificao alimentar, o nosso alimento deve ser constitudo o mais possvel de produtos integrais, de preferncia alimentos no polidos. Preferencie-se os alimentos do tipo gros e cereais integrais, alm de frutas e verduras frescas da estao, justo por possurem grande parte de nutrientes adequados sade. Devem ser cozidos os alimentos como gros e cereais, torrados s vezes, porque este processo permite a evaporao de muitos elementos qumicos txicos. O restante dirio, deve ser constitudo de vegetais crus, cultivados naturalmente, bem como podem ser cozidos ou escaldados, nos chamados refogados, para melhorar a constituio, limpando-os um pouco mais. O alimento de origem animal hoje em dia o mais atingido por produtos qumicos txicos, uma vez que se encontram praticamente na ponta da pirmide alimentar, concentram estes produtos. Os animais, por sua vez, tambm so vtimas de inumerveis doenas, causadas por uma superalimentao, tambm carente de nutrientes adequados a sua s sobrevivncia. Apesar de toda a preocupao de pecuaristas neste sentido, o animal grande vtima da quimificao alimentar, industrializada artificialmente. O alimento animal artificializado dever ser evitado ao mximo, ser por ventura o for, no dever constituir mais do que 5% da alimentao total diria, seno o organismo ir intoxicar-se de forma irremedivel. 2.4 - Organizao alimentar 2.4.1 - ALIMENTO PRINCIPAL : de 30% a 40% de nosso alimento diria dever ser preferencialmente constitudo de gros e cereais no polidos, farinhas recm modas de cereais no refinados e seus produtos como o po, etc. O arroz integral, trigo, milho, cevada, etc., so ricos em vitaminas e nutrientes adequados sobrevivncia e a manuteno da boa sade; 2.4.2- ALIMENTO SECUNDRIO : de 20% a 30% de nosso alimento dirio dever ser constitudo de verduras cozidas, todas de preferncia da

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poca climtica e colhidas na mesma regio. Verduras no tratadas quimicamente e com defensivos agrcolas so as preferidas e mais indicadas em qualquer regime; 2.4.3 - ALIMENTO SUPLEMENTAR: o restante de nossa alimentao diria dever ser composto, segundo as necessidades individuais, variando conforme a constituio de cada um, do seguinte: a - feijes de vrios tipos; b - verduras cruas como saladas (naturais); c - frutas frescas e da poca, ou secas, sem acar refinado; d - sementes, nozes, castanhas e amndoas diversas; e - laticnios naturais e f - peixe ou ovos, se achar necessrio. 2.4.4 - TEMPEROS : os temperos devem ser o mais naturais possveis, devendo ser evitado as frmulas ou misturas encontrada prontas. Via de regra, estes temperos possuem muita concentrao de sal e algumas combinaes incorretas, como por exemplo alho e cebola numa mesma frmula, o que geralmente causa gases intestinais. Dentre os temperos benficos, alm do sal marinho e no refinado, encontramos a crcuma, o aafro, noz moscada, a canela, o cravo, a pimenta, etc. 2.4.5 - BEBIDAS : deve-se beber chs naturais, de ervas ou razes, frutos e galhos, folhas e flores, alm de frutos secos, pois so saudveis e operam medicinalmente, sem efeitos txicos e colaterais. Apesar disso, deve-se tomar o cuidado da fonte de origem destes produtos, pois muitos so tratados com substncias anti-fngicas e outros conservantes, que so txicos sade. 2.5 - DIETA EXEMPLAR DE UM DIA Para aquelas pessoas que no sabem exatamente como iniciar uma dieta, damos aqui uma dieta inicial para um dia. Esta dieta para desintoxicao, podendo ser seguida, variando-se os componentes secundrios e suplementares, obtendo-se assim uma ampla variedade de pratos. 2.5.1 - MANH: 50 g de um mistura de castanhas, nozes e amndoas, 50% torradas e 50% cruas. Uma fruta da poca (ma, mamo), com

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa uma colher de sopa de mel puro e ch de camomila, erva doce ou ch Banch (ch verde); 2.5.2 - LANCHE : Po integral com condimentos naturais (pode ser queijo minas, mel, ou doce de ameixas pretas cozidas sem acar). Coalhada de leite natural com mel e limo ou ento um iogurte natural. Complemente com chs verdes sem adoantes, corantes ou aromas. 2.5.3 - ALMOO : 30% de arroz integral, cozido sem sal e sem gordura. Coloque sal marinho apenas no final do cozimento. 30% de verduras cozidas ou refogadas em leo de vegetais do tipo Girassol ou Canola, com temperos verdes frescos. Por exemplo: o Brcolos, a Couve, com cenouras ou beterrabas, podendo colocar duas colheres de sopa de Ricota fresca frita no ghee (leo de manteiga clarificada). 30% de Saladas de verduras e legumes crus, ou ento levemente escaldados, igualmente temperados com temperos frescos (limo, molho shoyu, tempero verde) 10% de feijes ou lentilhas; pode ser ervilha do tipo dhall. Se usar alimento de origem animal tipo crneo, no ultrapasse 5% do total do seu prato, mas acrescente 10% a mais de verduras cruas. 2.5.4 - LANCHE DA TARDE : po integral ou frutas da poca (no misturar os dois, pois pode causar acidez). Se tomar sucos junto com o lanche, coloque uma pequena pitadinha de sal marinho, isso conserva o sabor e as vitaminas. Suco de laranja no combina muito bem com po de trigo, em todo o caso, faa uma experincia em como voc ir se sentir ingerindo-o com o po de trigo. Chs naturais no aromatizados uma inteligente maneira de manter a sade, e prefervel ser ingerido junto com o po de trigo do que sucos de frutas. 2.5.5 - JANTA: repetir o que foi dito para o desjejum, ou ento, se o dia estiver um pouco mais frio, uma sopa de legumes e verduras variados, temperada com sal marinho ou ento com a pasta de soja denominada de misso. Po integral ou biscoitinhos de trigo acompanham bem as sopas. Esquema de alimentos no prato Gros integrais Verduras cozidas Verduras cruas Feijes legumes distribuio

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dos

30% 30% 30% e 10%

2.6 - DICAS COMPLEMENTARES Certifique-se que uma quantidade proporcional esteja distribuda no prato. Um regime vegetariano ir requerer um consumo de maior quantidade de alimentos, mas isso no quer dizer que voc deva exagerar na quantidade. Em todo o caso, esta dieta no est limitando quantidade, apenas est orientando quanto propores. Caso queira incluir algum alimento de origem crnea, do tipo peixe ou peito de frango, inclua sempre 10% de qualquer tipo de salada crua, alm dos 5% permitidos em cada prato. Quando ingerimos queijo cozido ou cru, alm do recomendado nesta dieta acima, inclua 5% de saladas e verduras cruas, como cenoura crua ralada, por exemplo. Evite sobrecarregar seu estmago, bem como no faa presso abdominal sentando-se incorretamente ao comer. Se preciso for, coloque uma almofada na suas costas durante as refeies, a fim de manter o corpo ereto, o mais possvel, ao comer. O modo de cozer os legumes dever ser simples e rpido, sem muito tempo de coco. As saladas cruas devem ser limpas com guas e sal grosso, em alguns casos, colocar uma colher de sopa de vinagre para cada litro de gua para lav-las. 2.7 - DIETA INTRODUTRIA (7 DIAS) O corpo humano leva em mdia sete (7) dias para acostumar-se e a reagir alimentao ingerida durante este perodo. No incio, aconselhado um jejum de um (1) dia, ou seja, vinte e quatro horas (24), podendo, de acordo com cada um, ser utilizado gua pura

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa ou suco de limo. Se se preferir, pode-se iniciar a dieta individual alimentando-se exclusivamente de arroz integral cozido sem gordura, cem algum tempero do tipo gergelim torrado com sal marinho. Alm disso, pode-se colocar at duas colheres de sopa de salsa crua picada. Tambm suco de legumes e verduras frescos podem ser bebidos neste jejum. A dieta inicial de sete dias costuma ser rigorosa, pois podem ocorrem reaes diversas. Procure informar-se com pessoas j conhecedoras do mtodo e deste modo podese conhecer melhor os tipos de reaes que podem aparecer nos primeiros sete dias de dieta introdutria. Isso vai depender, e muito, do tipo de alimentao e intoxicao que voc esteve acumulando nos ltimos anos. No esquea, bem por isso, que cada um possui suas prprias reaes, dependendo do organismo, idade, etc. O arroz integral poder ser substitudo por aveia integral em gro, trigo sarraceno, trigo mourisco, trigo para canjiquinha ou ainda paino natural, pois estas substncias substituem-no de maneira satisfatria, promovendo uma boa quantidade de fibras para servirem como escova nos intestinos intoxicados. 2.7.1 - Perodos alimentares Nosso dia-a-dia constitudo de perodos alimentares. Iniciamos pelo desjejum, sendo que algumas pessoas no iro necessitar de ingerir alimentos pela manh, mas outras no podero ficar sem comer algo ao acordar, pois isso depende muito do tipo de dosha de cada um. Uma vez conhecidos o tipo de dosha que possumos, devemos adaptar a dieta a ele. No entanto, h uma constante em todas as dietas, que so os perodos alimentares e as propores. Uma vez conhecido isso, fica muito fcil fazer uma dieta individual. 2.7.1.1 - DESJEJUM : No desjejum podemos ingerir alimentos leves, de fcil digesto, mas que ao mesmo tempo nos proporcione um bem estar e um aporte nutricional adequado. Iogurte natural com mel, por exemplo, uma excelente pedida. Pode igualmente tomar ch de camomila, erva-doce, ch verde ou hortel. Tambm a cevadinha torrada e moda, como caf, excelente, principalmente para pessoas que tenham a propenso para a presso arterial elevada.

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Torradas integrais e biscoitos com Tahine e mel, ou ainda um pat feito de legumes cozidos e misso, so ideais e acrescentam um bom sabor para acompanhar o po de trigo ou de centeio integral. Se a pessoa possui algum tipo de distrbio de digesto, lenta por exemplo, deve-se dar uma leve tostada no po. Algumas pessoas preferem um mingau de arroz, feito com farinha deste gro. As vitaminas com frutas da poca, mel e cereais integrais, constituem uma boa alternativa de desjejum. A quantidade no deve ser exagerada, para que se evite sobrecarga no estmago. 2.7.1.2 - ALMOO : esta a refeio mais importante do dia, mas nem sempre levada a srio. Em alguns pases costume viver de lanches rpidos, como nos EUA, e, mesmo que estes alimentos sejam de baixa caloria, no so assimilados como deveriam, causando obesidade. Comer sentado prefervel, pois isso d melhor estabilidade ao corpo e propcio para uma melhor digesto. O almoo, contudo, no necessita ser realizado ao meio dia, mas deveria s-lo. Antes de iniciar qualquer refeio, principalmente no incio de uma dieta naturalista, deve-se massagear perto de cinqenta (50) vezes a regio localizada abaixo do queixo, estimulando deste modo as glndulas salivares que ali se encontram. A mastigao dever ser bem feita, permitindo uma boa salivao do alimento e tornando-o mais gostoso. No se aconselha ingerir nenhum lquido durante a mastigao, pois isso destri a importante ao de enzimas digestivas, principalmente do amido. Procure manter-se calmo e no falar durante as refeies. Respire pelo nariz procurando manter o corpo sem que hajam presses abdominais ou de qualquer tipo. 2.7.1.3 - JANTA: A janta no precisa conter os mesmos alimentos do almoo. Existe um ditado indiano que diz que de manh devemos comer como um rei, de tarde como um prncipe e a noite, como um mendigo. A janta deve ser leve, de fcil digesto e ao mesmo tempo fornecer os nutrientes adequados a cada um. Pessoas obesas podem optar por tomar ch-verde, carqueja ou ainda Tansagem. Uma fatia de po integral, de trio ou centeio, levemente tostada ideal. Pessoas mais magras podem tomar uma sopa de

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa legumes variados, havendo casos em que as indicaes so diferentes. Em todo o qualquer caso, deve-se observar um intervalo de no mnimo 4 horas entre uma dieta e outra. No intervalo entre uma dieta e outra, deve-se beber um copo de gua pura, para ajudar a manter o aparelho digestivo em funcionamento e lubrificao adequados. 2.8 - TEMPEROS AYURVDICOS No Ayurveda, os temperos so mais do simples agregadores de sabor aos pratos, eles constituem o que h de mais refinado para a cura e equilbrio da sade. Desta forma, os temperos so utilizados tambm em rituais sagrados, referenciados muitas vezes como nctares enviados pelas divindades. Seu uso no se restringe culinria, podendo ser utilizado isoladamente ou em composio de medicamentos, numa associao muito peculiar de temperos, chs e ervas em geral. 2.8.1 - AAFRO: conhecido como o tempero mais caro do mundo, uma vez que proveniente dos estames de uma flor denominada de crocus sativus, separados mo. Ele colori uma quantidade 1000 vezes ao seu peso. Deve ser deixado de molho antes de ser usado, tendo uma cor amarelo-alaranjado brilhante. Sua utilizao excelente para desintoxicar o organismo, evita a formao de muco, alm de dar um sabor requintado aos doces. 2.8.2 - ANIS ESTRELADO : utilizado nos doces, este aromatizante fornece um perfume aos alimentos e bebidas. Sua ao teraputica de estmulo digesto, eliminado os gases intestinais e a halitose (mal hlito), podendo ser mastigado aps as refeies. 2.8.3 - GUA-DE -ROSAS: essncia extrada das ptalas de rosa, d um sabor e aroma especial aos doces. considerado um dos ingredientes essenciais no preparo do gulab-jamum, ra agulas e arroz biriani (arroz doce). Sua ao muito eficaz na esfera emocional (amor), principalmente dos sentimentos superiores. 2.8.4 - ASSA-FTIDA: tempero feito a partir da resina de uma planta nativa do Afeganisto e Ir (ferula assafaetida), sendo usada em quantidades mnimas. Seu sabor muito parecido com a cebola ou o alho, no sendo txico como estes ltimos. O sabor que

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adiciona aos pratos cozidos forte e picante, sendo um excelente auxiliar na digesto e na circulao. 2.8.5 - CANELA: originria do Sri Lanka (Ceilo), pode ser utilizada tanto em casca como em p, mas nesse ltimo perde parte do sabor. Quando torrada e moda na hora mais saborosa. Seu uso refresca o hlito, limpa as gengivas e auxilia na digesto. 2.8.6 - CARDOMOMO: de aroma forte, este tempero um excelente auxiliar na digesto e agrega um sabor peculiar aos preparos, principalmente doces, e ao garam massala. Seu uso pode ser feito em natura, ainda dentro das vagens. Os da vagem branca utilizado no preparo de doces; da vagem verde de outros alimentos. 2.8.7 - COENTRO: tanto na forma de gro como modo, o coentro um dos principais temperos da culinria indiana. De sabor pronunciado, reala o sabor dos legumes, do dahl, das sopas e dos salgadinhos. Utiliza-se as folhas para acentuar os sabores, que devem ser guardadas na geladeira. Tambm possvel conserva-las mantendo os talinhos na gua. A ao do coentro, alm de dar um sabor especial, proporciona uma melhor digesto e ajuda no agni digestivo. 2.8.8 - COMINHO: de forma semelhante ao coentro, o cominho indispensvel na preparao de legumes, sopas, dahl, feijes e pratos com arroz. Existe duas variedades de cominho o branco e o preto, sendo que este ltimo possui aroma e sabor mais forte. 2.8.9 - CRAVO-DA-NDIA: tempero muito utilizado na ndia foi um dos principais ingredientes da especiarias da ndia Orientais na poca do mercantilismo e das grandes navegaes. Seu emprego vai alm de um simples tempero como a grande maioria dos ingredientes da culinria indiana. Utilizado com anti-sptico e analgsico, sempre foi um produto empregado na odontologia ayurvdica. Seu sabor estimulante e facilita a digesto. O cravo-dandia um ingrediente indispensvel do garam-massala. 2.8.10 - CRCUMA : o aafro da ndia, ou tumerique, uma raiz de bulbo, parente do gengibre. Possui cor amarelo-brilhante e seu

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa uso inmero. Tanto e utilizada como corante, de roupas, de papis, etc., como para dar nfase no amarelo dos alimentos; tambm queimada no fogo ritual de muitas religies. Seu uso medicinal um dos mais amplos, mas a sua principal atividade antibitica, removendo o muco do estmago, lngua, nariz, etc. A crcuma um tempero que pode ser servido no leite quente, dando um sabor muito especial. 2.8.11 - CURRY: o curry (crri) o nome de uma planta que fornece um gosto especial aos alimentos, Entretanto, existe uma mistura de temperos com o nome de curry que no a mesma coisa. Outro significado de curry quando falados preparar um prato ao curry, ou seja, em molho de massala, que u ma mistura de temperos que colocamos geralmente no final do cozimento do prato. O curry verdadeiro acentua o agni digestivo, favorecendo a absoro dos alimentos. 2.8.12 - FENO -GREGO: gro de cor marrom claro, com formato triangular achatado, com sabor amargo penetrante. Seu uso deve ser moderado, uma vez que este sabor o que mais permanece aps o consumo, devem ser dourados no ghee sem queimar. Seu uso medicinal potencialmente contra os vermes, possui ao antibitica, empregado como medicamento em frmulas vegetais ayurvdicas. 2.8.13 - GENGIBRE : Raiz de sabor picante de uso comum na ndia, tanto em preparos de alimentos como de medicamentos. Pode ser usado frito, fresco, modo ou seu suco. Seu uso pode ser tanto interno como externo. Utilizado como compressa, alivia as dores e a inchao. Internamente, auxilia no equilbrio das veias e artrias, alm de auxiliar na digesto dos alimentos, aumentando o agni digestivo. Doenas como o reumatismo, inflamaes do aparelho digestivo, estmago, intestinos e do aparelho respiratrio, so combatidas com sucesso com o emprego desta raiz. 2.8.14 - GHEE : manteiga clarificada. o ghee obtido a partir do cozimento lento da manteiga, onde retirado os componentes slidos. Seu emprego dos mais variados, podendo servir de emoliente para cremes e pomadas. Pesquisas comprovaram que o ghee, apesar de ser um alimento de origem animal,

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no sofre o problema de saturao de gorduras, portanto, no altera o colesterol sangneo. A temperatura do ghee pode ser muitas vezes mais alta do que a da manteiga, acentuando os sabores dos alimentos. O ghee pode ser armazenado por muitos anos, no sendo incomum encontr-lo na desta forma por muitas dcadas. dito do Ayurveda que o uso do ghee de 10 anos, uma gota, retira uma pessoa do estado de coma. 2.8.15 - IOGURTE : na lngua hindi, conhecido como dahi, que alm de ser consumido ao natural empregado no preparo de muitos alimentos, principalmente para equilibrar Vata e outros distrbios desta natureza. O uso do iogurte proporciona uma melhora na digesto, sendo um dos poucos produtos lcteos que pode ser consumido frio ou gelado. 2.8.16 - MOSTARDA: sendo encontrada de duas formas, preta e amarela, sendo que a primeira preferida pelos indianos. Seu sabor picante, ajudando a incrementar pitta e o agni digestivo. Quase sempre so fritos, mantendose a panela tampada, pois eles pipocam. Seu uso com o arroz incrementa o sabor do prato alm de proporcionar uma digesto mais rpida, agregando um ar de satisfao. 2.8.17 - NOZ MOSCADA : sem dvida, junto com o cravo-da-ndia, um produto muito importante para a nossa cultura, uma vez que constituase numa das especiarias vindas da ndia que tanto encantou os portugueses e outros povos da poca do mercantilismo. Seu uso em pequenas quantidades adiciona um sabor muito especial aos pratos, alm de incrementar o sabor de doces. Para ser aproveitado no mximo, deve ser ralado na hora de preparar o prato antes de ser servido. Seu emprego muitas vezes considerado afrodisaco, e seu emprego no se resume temperos, mas freqentemente encontrado em frmulas ayurvdicas, e incensos aromticos. 2.8.18 - PIMENTA: indispensvel na cozinha indiana, mesmo em preparo de pratos doces. No s o gosto picante salientado nos pratos com pimenta, uma vez que produz um tipo de salivao especial alm de agregar a produo de lgrimas que modificam o sabor de forma muito especial. O uso da pimenta usado em muitos preparos de medicamentos,

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 10 aumentado a digesto, e equilibrando principalmente as pessoas do tipo Kapha. 2.8.19 - TAMARINHO: de gosto cido, retirado de uma fruta de uma rvore de grande porte. encontrado na forma de vagens, devendo ser deixado de molho na gua fervente antes de ser utilizado. A gua de tamarindo utilizada para preparar os pratos agridoces, sendo um importante tempero para saladas e dahl, alm de bebidas. O sabor azedo incrementa Vata, devendo ser utilizado com experincia. 3 - ALIMENTOS E PRATOS ESPECIAIS : Alguns pratos constituem-se no dirio da alimentao indiana, por isso no devem faltar no dia-a-dia da dieta de cada um. 3.1 - FARINHA DE GRO-DE -BICO: resultado da moagem do gro-de-bico, esta farinha rica em protenas e sais minerais, sendo utilizada como complemento em diversos preparos de alimentos. Seu sabor d um requinte todo especial s pakoras e pes. Voc poder moer o gro num moinho de pedra porttil - casas macrobiticas - ou ento liquidificar, tomando o cuidado de tost-lo no forno, aumentando o sabor. 3.2 - PAIR: leite coalhado atravs do limo ou outro produto cido desta natureza. O par pode ser frito e utilizado em preparos de refogados ou em recheio de samo a, sendo muito apreciado por todos. Deixa-se o leite coalhar e em seguida coa-se num pano branco e limpo. 3.3 - SEMOLINA: a parte nobre do trigo, ou a sua alma protica. Seu emprego na halava, por exemplo, produz um prato de um rico valor nutritivo, alm de uma funo desintoxicante para as toxinas da carne. 3.4 - DAHL: apesar de ser uma especialidade indiana, o dahl consumido em quase todo o mundo, porm com outros nomes. O dahl representa cerca de 20% de uma dieta tradicional, constituindo-se numa importante fonte de protenas. A palavra dahl refere-se aos gros que foram retirados das vagens e em seguida partidos ao meio. Existem quatro tipos de dahl principais: 3.4.1 - MUNG DAHL: sua cor verde clara ou amarelada (resultado das ervilhas partidas). Seu uso destina-se s crianas e aos idosos, pois sua digesto fcil; 3.4.2 - URAD DAHL : feito com a lentilha, de cor marrom-acinzentada. Seu uso mais para pessoas que exercem uma atividade fsica intensa, como as crianas na fase da adolescncia ou adultos que fazem trabalhos que requeiram esforo fsico. Pessoas que meditam e tm uma vida mais sedentria deveriam abster-se deste dahl. O uso da farinha de lentilhas em massas auxilia para que fique leve e muito saborosa. O Urad dahl contm mais protenas do que a carne, no contendo as toxinas desta ltima, seu consumo deve, no entanto, restringir-se a uma vez na semana; 3.4.3 - TOOR partidas;DAHL :

feito de ervilhas amarelas

3.4.4 - CHANNA DAHL: feito de gro-de-bico, partido ao meio este dahl tambm rico em protenas. Seu consumo poder ser feito tanto com a casca (que envolve o gro) como sem. Quando removemos a casca, depois de ter deixado de molho com um pano, sua digesto mais facilitada. Por liberar muita caloria, via de regra, seu uso restringe-se ao inverno. 3.5 - MASSALA Mistura de temperos em p com condimentos naturais. Pode-se dizer que o segredo da cozinha repousa no uso da massala. Apesar de muitos temperos, saber dos-los e mistur-los constitui-se numa particularidade tambm do cozinheiro. O preparo das especiarias envolvidas numa massala deve ser cozido no mximo at um (1) minuto, e adicionado aps o cozimento dos pratos. Em algumas preparaes, como no sabji por exemplo, a massala adicionada no incio do cozimento. Em pratos como o dahl e vegetais, s adicionase a massala aps o cozimento. Existe a massala com os seis sabores (rasas) recomendados numa dieta ayurvdica, podendo variar de acordo com os ingredientes colocados. Voc poder descobrir a sua massala, fazendo uma combinao interessante de temperos. Veja a seguir alguns exemplos de massala: 3.5.1 - PACA MASSALA (cinco temperos) 2 medidas de cominho inteiro 2 medidas de cominho negro inteiro

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 11 2 medidas de gros de mostarda preta 2 medidas de sementes de anis ou ervadoce 1 medida de feno-grego inteiro MODO DE FAZER Misture todos os ingredientes em um recipiente que possa ser tampado. Procure agitar antes de usar para misturar bem. 3.5.2 - GARAM MASSALA PICANTE 4 medidas de coentro em gro 2 medidas de cominho inteiro 2 medidas de pimenta calabresa ou do reino medida de cardomomo medida de cravo-da-ndia 2 pedaos de canela em pau MODO DE FAZER Toste os gro de coentro em fogo alto, em seguida o cominho, a pimenta, o cardomomo, o cravo-da-ndia e por fim a canela. Moa numa m porttil ou passe no liqidificador (pode ser um moedor utilizado para moer caf ou nozes). Mantenha num recipiente bem fechado. 3.5.3 - GARAMMASSALA QUENTE

usar numa dieta naturalista, at mesmo se for exclusivamente vegetariana. A propsito, muitos confundem vegetarianismo com o consumo apenas de saladas, no se do conta que gro e cereais e legumes, como o arroz e o feijo, por exemplo, sejam de origem vegetal. Se observarmos com ateno, multo mais de 90% da maioria das dietas so vegetarianas, no falta muito, ento, para iniciar uma dieta mais saudvel. 4.1.1 - FRUTAS : via de regra todas as frutas podem ser ingeridas pela maioria das pessoas. Entretanto, cada um dever saber quais as frutas que lhe causam algum desconforto. Algumas frutas como a banana e a ma, podem ser assadas no forno, ou ento cozidas como a pera ou o pssego, constituindo uma importante sobremesa natural. O Potssio (K), encontrado em abundncia na maioria das frutas, e pessoas que de algum modo utilizam de remdios alopticos para regular a presso alta, devem ingerir mais frutas. As frutas podem ser ingeridas durante as refeies desde que aps os alimentos kapha, ou seja, os mais pesados e gordurosos. Em todo o caso as frutas devem estar maduras o suficiente para serem melhor metabolizadas e devem pertencer ao perodo climtico, para que no se corro o risco de comer uma fruta conservada artificialmente e as vezes com produtos muito txicos a nossa sade, at porque est com a sua constituio nutricional alterada. 4.1.2 - SUCOS : os sucos tanto podem ser de frutas como de verduras e de igual modo podem ser ingeridos pela manh ou durante o dia. Apesar disso, deve-se manter uma certa cautela para no desequilibrarmos nossa dieta diria, no exagerando no seu consumo. De um modo geral, os sucos de frutas devem ser tomados ao natural, apenas com um pouquinho de gersal e nunca com acar ou adoantes artificiais ou alterados com outro lquido qualquer. Tambm possvel fazer uma sobremesa com suco de frutas, cozinhando o suco da fruta numa panela e adicionando-se araruta ou amido de milho, fazendo uma espcie de mingau. 4.1.3 - PES E COBERTURAS : os pes de trigo, centeio, milho e mandioca, etc., desde que integrais, so os indicados e preferidos numa

2 medidas de cardomomo 1 medida de cravo-da-ndia 2 pedaos de canela em pau noz moscada ralada. MODO DE FAZER Toste os ingredientes, um aps o outro: cardomomo, canela, cravo-da-ndia. Depois, moa e junte a noz moscada ralada. Depois de pronto deve ficar bem armazenado e tampado. Os temperos da massala podem ser fritos no ghee antes de ser adicionado no prato que est sendo cozido, fazendo assim uma espcie de pasta, podendo ser acrescentado gengibre fresco ralado com um pouco dgua. Assim que terminar o cozimento, adicione no prato complementando os sabores e temperos utilizados. 4. 0 ALIMENTAODIVERSA

4.1 - Os alimentos e produtos utilizados da dieta So inumerveis os alimentos que podemos

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 12 dieta. Algumas pessoas, no entanto, no gostam de comer po, e isso deve ser respeitado, no sendo um alimento obrigatrio. Quanto mais puras forem as farinhas que constituem o po, mais saudvel e benfico ele ser. Se puderem ser feitos em casa, alm de sarem mais baratos, so insuperveis em qualidade e benefcios. Os pes integrais de trigo mais duros so os mais indicados para pessoas obesas e diabticas bem como para pessoas anmicas. Deve-se tomar cuidado quando encontramos com pes integrais muito escuros, pois via de regra esto adulterados com corantes. O po integral quase sempre possui a casquinha do gro que lhe d o nome, mas existem pessoas que colocam casquinhas de aveia em pes coloridos artificialmente, para dar-lhes uma impresso de natural. As coberturas para se colocar por sobre o po, devem ser o mais naturais possvel, como a abbora cozida, o requeijo, mel e tahine, etc. A coalhada, o requeijo e o queijo branco com at 2% de gordura, tambm so excelentes e podem ser usados com moderao, desde que no haja contraindicao. Deve-se observar o cheiro das extremidades, axilas, ps e rgos genitais, a fim de que no se exagere nas quantidades ingeridas, uma vez que estas regies so as primeiras a expressarem este excesso com alterao no cheiro corporal. 4.1.4 - BISCOITOS : biscoitos feitos de farinha integral, de aveia, de arroz, de milho, de centeio e de gergelim, entre outros tantos, esto dentro da categoria de suplementos naturopticos. J possvel encontrar muitos destes biscoitos industrializados, porm devemos sempre relembrar o quanto pode estar alterada sua constituio, e nem sempre o que lemos nos rtulos verdadeiro, mas podemos saber muito do que est na frmula lendo-os. Evidentemente que pes e biscoitos feitos em casa, com farinhas naturais e integrais, modas na hora, so bem mais saborosos e saudveis que os comprados prontos. 4.1.5 - ARROZ INTEGRAL : o tempo de cozimento do arroz integral um pouco maior do que o arroz comum, branco, e no integral. O tempo mdio de cozimento em torno de 45 minutos e a quantidade de gua dever ser em torno de 3:1, isso , trs medidas de gua para uma de arroz integral. O cozimento mais adequado feito com gua, sem gordura e sem sal, deixando-se para adicionar o sal no final do cozimento. O arroz poder ser levemente frito em leo de girassol, milho ou gergelim, at mesmo no ghee, antes de ser adicionado a gua morna para o cozimento final. O arroz sem sal e sem gordura mais indicado para pessoas hipertensas e diabticas bem como pessoas obesas. 4.1.6 - FEIJES : a fonte mais natural e saudvel de protenas absorvveis proveniente das leguminosas. Lentilhas, ervilhas, gro-de-bico, etc., so os representantes destes ricos alimentos. O feijo preto, por sua vez, rico em Ferro, Clcio e Fsforo, mas deve ser deixado de molho por algumas horas, para remover o excesso de Enxofre. Deve-se tomar o cuidado de lav-lo bem, deixar de molho da noite para o dia, para retirar este excesso. Feijes como o mulatinho, mourinho, feijo de cor, o branco, etc., tm a preferncia em qualquer regime alimentar, salvo contraindicao explcita. O feijo-arroz, que recebe o nome de azuki em japons, muito benfico para pessoas com problemas circulatrios e renais. Recomenda-se que no se use uma mistura de feijes, sendo prefervel com-los com outras verduras, arroz e legumes. Quanto da dieta est presente a carne, esta nunca dever ser ingerida com feijes, pois surge uma incompatibilidade digestiva e assimilativa entre os dois, devido a natureza diversa das suas protenas. O modo de fazer os feijes da maneira mais fcil e leve possvel, sem sobrecarga com produtos artificiais, com pouca gordura, de origem vegetal, e com o uso de temperos naturais. O sal marinho complementa o cozimento e os temperos, e deve ser colocado no final da coco. 4.1.7 - SALADAS : os vegetais crus em geral podem ser usados, excetuando-se nas afeces alguns vegetais que sejam contraindicados. O sal refinado, o vinagre no devem ser usados como temperos. O vinagre, por sua vez, um excelente produto para auxiliar na limpeza das saldas, retirando as larvas e ovos de vermes que possam ser prejudiciais a sade. O sal marinho, o limo, so substitutos com vantagens, servindo para temperar as

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 13 saladas com bom gosto. As saladas devem ser bem enxaguadas antes de temperadas e consumidas. Alguns aparelhos de ozonizao da gua so bons para retirar larvas e produtos txicos das saladas, mas deve-se esperar um tempo em torno de 10 minutos para que a toxidade do oznio se evapore. O uso do molho shoyu 100% natural dispensa o leo, o sal e o vinagre em qualquer salada e alm do mais um excelente tonificante do corpo em geral. Apenas com o molho shoyu, sobre as saladas, obtm-se timo tempero e um sabor especial. Caso no se habitue no incio com a sua utilizao, experimente-se diluir o misso (pasta salgada de soja) na proporo de uma colher de sopa para um copo dgua filtrada, alm de ser um bom tempero ajuda a desintoxicar, principalmente se a pessoa deseja parar de fumar. 4.1.8 - OVOS : Por conterem elevado nmero de protenas no 100% absorvveis e at por promoverem uma elevao do colesterol, os ovos no devem ser ingeridos em demasia e de preferncia devem ser suprimidos na dieta de pessoas com propenso a elevao do colesterol. Os ovos da colnia so os mais indicados, pois no so estreis e quase sempre as aves so alimentadas com produtos mais naturais, estando livres de hormnios e antibiticos. Pessoas obesas, hipertensas e com o colesterol elevado, ou ainda com problemas de artrite e reumatismo, devem abster-se do consumo de ovos. 4.1.9 - CH VERDE Conhecido comercialmente como Banch, um excelente digestivo para ser ingerido aps o almoo. Para melhor aproveitamento das qualidades deste ch, devemos tostar as folhas ligeiramente numa panela que no seja de alumnio, antes de se colocar a gua por sobre as folhas. Tom-lo fresco e no muito forte o ideal. 4.1.10 - GENGIBRE Sem dvida alguma este alimento pode ser utilizado no preparo dos mais diversos pratos, alm de ser um importante tnico geral para o corpo. Feito como salada crua ralada, temperado com limo, auxilia na desintoxicao do sangue, cura hemorridas, elimina a clorose, alm, claro, de dar um tom especial no preparo dos pratos. O gengibre pode ser frito para refogar alimentos, evitando assim de que se utilize da cebola, uma vez que este vegetal rico em toxinas do solo onde foi plantada. O gengibre picado e frito como ante-preparo de refogados, auxilia na digesto e na assimilao dos alimentos. 4.1.11- PROTENAS As protenas vegetais substituem com vantagens as de origem animal, uma vez que so mais adequadas para o uso humano. O tofu (queijo de soja), feijes, gros e cereais integrais, lentilhas e todas as castanhas, nozes e amndoas, so ricos em protenas. Os alimentos de origem animal, como o queijo do tipo reino, iogurte, requeijo, etc., fornecem uma protena de excelente qualidade, alm de uma importante fonte de Clcio absorvvel e sais minerais, contudo, devemos verificar a fonte e a origem destes produtos, porque alguns so conservados artificialmente, alm de coloridos, de forma no natural. Os gros e cereais em geral fornecem, as protenas necessrias ao corpo humano de forma adequada, no sobrecarregando o organismo de substncias txicas provenientes do catabolismo celular. A carne vermelha contm alimentos que se convertem em cido rico e outros elementos nocivos sade, alm de remdios do tipo antibitico e hormnios artificiais anabolizantes que provocam doenas como o cncer. 4.1.12 - LEITE: O leite de vaca um alimento ideal para os terneiros... de modo que devemos utiliz-lo na sua forma de subprodutos. O iogurte natural, a coalhada, etc., so formas mais adequadas de consumo humano. At mesmo as crianas deveriam abster-se de tomar leite de vaca. O leite de cereais o mais adequado para o uso humano e pode ser facilmente obtido fervendo-se a farinha de cereais integrais. Existe a possibilidade de consumo do leite de soja, mas quase sempre encontrado com aromatizantes e corantes artificiais, de modo que no saudvel. Caso se consiga o leite de soja natural, ele poder ser enriquecido com frutas naturais como o morango, o mamo, a ma, etc. conveniente colocar uma pitadinha de sal no leite de soja para preparo de vitaminas, a fim de manter as vitaminas das frutas.

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 14 nele. O macarro de trigo sarraceno ou mourisco muito saudvel e rico em protenas naturais adequadas para o uso humano, e substitui com vantagens as massas no integrais e com corantes artificiais txicas. As massas compradas no comrcio, via de regra, se forem muito escuras, puxando para a cor chocolate, contm corantes artificiais e devem ser evitadas ao mximo. O molho shoyu e os temperos naturais complementam o prato, de tal forma que se pode ingerir o macarro praticamente todos os dias, desde que se varie os temperos e o molho. Existe um macarro que feito de arroz, que tambm um excelente prato, e pode ser colocado em sopas de legumes e verduras. 4.1.16 - TOFU: o queijo de soja um excelente substituto do queijo de vaca para pessoas com problema de colesterol, alm da substituio vantajosa da carne da vaca, uma vez que este alimento rico em protenas, vitaminas e sais minerais para o uso humano. O tofu pode ser temperado com os temperos naturais como a salsa e o gengibre, bem como complementam os pratos feitos com verduras e legumes cozidos. Pode-se fritas pedaos de tofu em leo de girassol ou de milho ou ento poder servir de recheio para samosas (pastis) e panquecas integrais. Deve-se espremer bem o queijo de soja que vem mergulhado em gua, tornando-o mais consistente e saboroso. 4.1.17 - GHEE: sem dvida este alimento um dos mais ricos em vitaminas, sais minerais e protenas no txicas. Faz-se ente produto cozendo-se a manteiga at retirar por completo todo o sebo e resduos gordurosos da manteiga, at que sobre um lquido dourado. Colocado nos alimentos, como nos refogados por exemplo, nas massas, e na fabricao de biscoitos, o sabor e os benefcios que resulta so fantsticos. Pessoas debilitadas e convalescentes, podem e devem utilizar o ghee como uma fonte de recuperao das energias. Uma vez que se experimenta o ghee para fazer frituras, ser difcil usar outro processo ou produto, pois alm do mais, apesar de ser um alimento de origem animal, sua gordura no txica nem tampouco causa aumento do colesterol, constituindo-se num enigma para a cincia da nutrio.

4.1.13 - FARINHA DE ARROZ INTEGRAL E SIMILARES : quando indicada numa dieta, a farinha de arroz integral pode fornecer leite de arroz. O consumo da farinha de arroz integral crua, mastigada pela manh, elimina os parasitas intestinais. Nos cremes de gros e cereais, bem como nos cozidos vegetais e refogados, adiciona farinha de arroz integral para obter uma consistncia mais slida, dando um toque especial aos preparos. No caso da utilizao de creme de arroz integral, tipo um mingau, quanto mais farinha colocarmos mais consistente ele ficar. Podese colocar passas de frutas secas no mingau de arroz, sendo um excelente produto nutritivo para crianas pequenas e pessoas idosas tambm. 4.1.14 - AMEIXA SALGADA Muitas dietas provocam no incio uma dor de cabea. Claro que com a introduo de uma alimentao natural, no devemos nos preocupar porque est ocorrendo uma desintoxicao alimentar. O uso da ameixa salgada, que se encontra facilmente no comrcio, auxilia o equilbrio das energias do corpo de forma muito rpida. Algumas pessoas preferem us-las como temperos em saladas e alimentos, aumentando a energia do tipo Vata na dieta. Por serem ricas em Sdio (Na) devem ser consumidas com muita moderao por pessoas portadoras de hipertenso arterial. No surgimento de clicas numa dieta, devemos suspender a alimentao naquele dia, passando a ingerir ch verde, ou outra indicao em especial, com ameixas salgadas a cada hora, at que os sintomas passem por definitivo. Se persistir as clicas por mais de dois dias, provvel que esteja ocorrendo algum outro problema que necessita de auxlio mdico especializado. 4.1.15 - MACARRO E MASSAS : muitos descobrem aliviados que podem continuar a comerem macarro e massas, pois so alimentos muito saborosos e nutritivos. O macarro de trigo integral ou de soja ideal para pessoas hipertensas, sendo tambm ricos em vitamina do complexo B. O macarro de trigo pode ser feito em casa, com farinha de trigo integral bem como de glutem, no carecendo que se coloque ovos

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 15 do vinagre, que txico para o consumo humano. O molho shoyu com arroz integral muito eficaz no tratamento de molstias antigas, promovendo um restabelecimento rpido e efetivo da sade. 4.1.20 - Misso: uma pasta obtida da soja, sendo um complemento alimentar importante, podendo ser ingerido puro ou no preparo de alimentos. Pode ser misturado a verduras como a cenoura, por exemplo, bem como ao tahine, formando um pat muito delicioso para ser colocado por sobre o po. O uso do misso por pessoas fumantes muito benfico, bem como para aquele que usa remdios qumicos durante muito tempo. Quando dilumos o misso em gua obtemos um perfeito tempero para saladas cruas. Em geral, o misso serve para temperar vegetais e legumes cozidos, bem como refogados. Sopas de legumes temperadas com misso, em vez de sal, so excelentes desintoxicantes do sangue e do corpo das toxinas provenientes do ar poludo. Quando adicionamos nabo branco e gengibre na sopa de legumes, coopera-se com a recuperao do corpo nos resfriados, gripes e problemas respiratrios em geral. 4.1.21 - Alho e Cebolas: as cebolas e o alho so remdios naturais, porm, quando utilizados em demasia provocam acidez e gazes, principalmente se estiverem juntos num mesmo preparo alimentar. Tanto a cebola como o alho atuam como importante desintoxicantes do solo, sendo timos eliminadores de agrotxicos, porm, quando consumimos estes produtos, acabamos nos contaminando com eles. Outro fator importante que quando utilizamos remdios qumicos a cebola e o alho ajudam a desintoxicar o organismo deste produtos. mais conveniente que se utilize a cebola e o alho na sua forma verde, nos seus ramos frescos, pois a esto concentrados as vitaminas e os sais minerais e no so to txicos. Entretanto, deve-se observar se no h uma produo de muco exagerada, pois estes produtos formam muco. Contudo, problemas respiratrios em geral, bem como clculos vesiculares, cedem mediante uma sopa de cebolas trs vezes por semana, pois obriga o organismo a defender-se das

4.1.18 - GERGELIM TORRADO COM SAL: costume chamar o gergelim torrado com sal de gersal, sendo que este produto pode substituir o sal com vantagens adicionais, uma vez que rico em clcio e sais minerais. Dependendo da indicao, o geral serve tanto como tempero como complemento alimentar. O gersal exerce uma funo importante no equilbrio da sade, agindo indiscriminadamente em todo o organismo. O gergelim torrado com sal feito das sementes de gergelim que tanto podem ser claras como escuras. O gergelim que ir substituir o sal, nos alimentos cozidos sem sal, dever ser bem tostado - at pipocar - numa panela de ferro. As quantidades de sal e gergelim obedecem a proporo de 7:1, ou seja, sete pores de gergelim para um de sal. Crianas e pessoas com hipertenso, devem usar o gersal na proporo de 14:1, ou seja, quatorze pores de gergelim para 1 de sal. Se mesmo nestas propores, a pessoas com hipertenso sentir-se alterada, deve ento dobrar a quantidade de gergelim, passando para a proporo de 1:28 - uma de sal para vinte e oito de gergelim. Deve-se moer bem o gersal aps pipocar, misturando-se o sal na medida em que ele est pipocando. O produto final ser uma mistura levemente oleosa, com aroma semelhante ao do amendoim, com sabor salgado. Coloca-se esta mistura por sobre os pratos (servidos individualmente, pois cada um possui um paladar adequado), que devem ser cozidos sem sal, seno no faz sentido aumentar ainda mais o sal. 4.1.19 - Shoyu Resultado da fermentao natural da soja, o shoyu um tnico eficiente e saboroso, atuando como um importante elemento em todas as dietas. O processo digestivo auxiliado com o molho shoyu, entretanto, dever ser adquirido de uma fonte segura de produo, uma vez que tambm falsificado com produtos artificiais e acar queimado. Deve-se tomar o cuidado de ler os rtulos dos produtos vendidos no comrcio, a fim de evitar-se o consumo produtos adulterados com produtos qumicos txicos e cancergenos, como o acar branco e corantes artificiais. As saladas devem ser temperadas com o molho shoyu puro, evitando desta forma que se consuma sal em demasia, alm do leo e

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 16 substncias txicas. Apesar de tudo, deve-se procurar por cebolas e alhos de uma provenincia adequada, o mais natural possvel. Pessoas que meditam, realizam exerccios respiratrios bem como praticam yoga, no necessitam da cebola, alm do mais, ela atrapalha a concentrao provocando aumento de secreo em geral (inclusive o smen e a secreo vaginal). 4.1.22 - Tahine: obtido do gergelim, o tahine uma pasta semelhante a manteiga de amendoim, podendo ser utilizado em temperos, recheios bem como condimento para o po, torradas e biscoitos. Tahine com sal assemelha-se ao gersal e com mel ao creme de amendoim. resultando num delicioso produto para pr no po e nos biscoitos. Observe com a teno se o tahine no est comprometido com produtos qumicos artificiais, como conservantes , aromatizantes, entre ou trs coisas, pois a seus benefcios deixam de agir. Se o tahine estiver conservado em vidro, mais saudvel do que em lata e no perigoso, uma vez que a maioria dos enlatados contm conservantes txicos. 4.1.23 - Mel: na realidade o mel um remdio completo, repleto de sais minerais e vitaminas, alem de substncias desintoxicantes. Os componentes do mel so de alto valor nutritivo, mas conveniente no exagerar no seu consumo. O mel jamais deve ser cozido ou fervido, pois alm de perder suas qualidades torna-se txico, podendo causar grave intoxicao. O mel puro contm apenas 1,3% de acar natural, torna-o saudvel e digestivo. Deve-se observar que ao ingerirmos mel no se deve comer alhos, pois comprometem o equilbrio energtico do corpo. O mel puro misturado ao tahine muito saudvel e um tnico digestivo e intestinal. Pessoas com intestino solto devem ter cautela na utilizao do mel. 4.1.24 - leo: leos vegetais so mais saudveis que os leos e gorduras animais. O olho de milho 100% puro, bem como o girassol e o de canola, nas condies de pureza, so indicados para todos, sendo que o de girassol equilibra todos os doshas, por isso todas as pessoas so beneficiadas por ele. O leo de gergelim natural o mais indicado para os refogados nos regimes de emagrecimento. O leo de oliva no deve ser aquecido pois torna-se txico, devendo ser utilizado apenas nas saladas e em tempero de alimentos j prontos, e ser utilizado em pequenas quantidades. 5.0 MANEIRASCORRETAS DE AGIR DURANTE O TRATAMENTO NATURALISTA AYURVDICO

5.1 - Dormir: deitar-se e dormir antes da meia noite, no mnimo duas horas, o ideal. Se por ventura voc no puder deitar-se a esta hora, procure comer uma colher de sopa de misso ou ento uma xcara de ch de gengibre. As roupas de dormir devem ser leves e limpas, devendo ser utilizadas s para isso. Procure relaxar e descontrair cada parte do corpo antes de dormir. Obtm-se um bom relaxamento antes de dormir tendo o hbito de lavarmos os ps com gua morna antes de deitar. Cada faixa etria detm seu horrio de horas para dormir. Uma criana recm nascida ir dormir mais que uma outra de 2 anos, e este tempo de dormir ir diminuindo com o avano da idade bem como est diretamente ligado ao costume dado s crianas quando pequenas. Se a me acostuma-lhes a dormir bastante, depois quando adultas tero uma necessidade de sono maior. Contudo, no se deve acordar uma criana nem mesmo para comer, pois isso acontecer naturalmente. Salvo quando algum esteja doente, o dormir tambm um ato teraputico. Sincronize e respirao de seu corpo, expirando o ar na totalidade e inspirando o mais profundamente possvel, como que estivesse suspirando. Assim o relaxamento ser fcil e agradvel. A respirao dever ser feita com o abdome, isto , movendo-se a barriga para fora quando o ar entrar para dentro dos pulmes e para dentro quando o ar sair. O ar considerado o primeiro dos alimentos, sendo sua importncia vital. A pessoa que relaxar corretamente no precisar dormir muito, apenas o suficiente para sentir-se rejuvenescida. Dormir demasiadamente acaba por desequilibrar a sade, uma vez que aumenta muito o dosha kapha, responsvel pela formao de gordura e de muco, bem como acmulo de lquidos no

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 17 corpo. Alm do mais, o ato de dormir fora da hora acaba por provocar uma alimentao desequilibrada e incorreta, em horrios inadequados, fora do relgio biolgico. O asseio antes de dormir, como escovar os dentes e trocar de roupa, so indispensveis para uma boa sade. 5.2 - Dentes: os dentes devem ser limpos diariamente, e principalmente aps a refeies. No necessrio utilizar qualquer produtos para fazer esta tarefa. Contudo, o uso de uma escova importante, podendo der de pano e tomando o cuidado para que as cerdas no possuam as pontas pontiagudas, e sim arredondadas, uma vez que as primeiras cortam as gengivas, provocando danos desnecessrios. Um galhinho de cinamomo, abacateiro, etc., verde e flexvel, mastigado na ponta at se obter uma vassourinha, e em seguida utilizado como escova. Depois do uso posto fora, sendo barato e eficiente seu uso. O morango fresco timo para massagear as gengivas e limpar os dentes. Uma pasta feita de limo e bicarbonato de sdio muito eficaz na limpeza dos dentes das pessoas que pararam de fumar, colocando-se nas cerdas de uma escova macia e massageando bem por sobre a regio para a limpeza, alm de acabar com o trtaro dentrio. A escovao diria a melhor maneira de prevenir doenas dos dentes, da cavidade bucal e das gengivas. Algumas pessoas costumas escovar a lngua com a escova de dentes, contudo, o uso de uma colherinha para raspar este acmulo de muco d mais resultado e no irrita a lngua como uma escova, sendo por isso preferido o uso da colherinha e no da escova. Frutas frescas, principalmente a ma, um mtodo para tonificao da gengiva e da limpeza dos dentes, principalmente se ingeridas aps as refeies. 5.3 - Lngua: a lngua deve ser limpa diariamente, passando-se por sobre ela uma colherinha de metal. O muco que fica por sobre a lngua, depois de fixar-se nela, este muco txico e causa doenas. Deve-se raspar a lngua do fundo para a ponta, com movimentos leves e firmes, com a parte cncava da colherinha. A melhor hora quando levantamos pela manh, quando estamos escovando os dentes.

5.4 - As vias respiratrias superiores: estas compreendem os seios nasais e paranasais, os seios maxilares. As narinas devem ser limpas diariamente. A grande poluio existente nas cidades deixa estas regies muito intoxicadas, promovendo problemas como rinite e resfriados. Pode-se fazer um ch para limpar as narinas. Este ch pode ser, por exemplo, feito de camomila, ou de ch verde, feito na proporo de duas colheres de sopa do ch para um litro dgua, adicionando-se sal marinho na quantidade de uma colher se sobremesa. Ferve-se e coa-se o ch, aps esfriar ou levemente morno, aplica-se com uma pra de borracha (dota), por uma narina at que o ch sai por outra. Inicia-se introduzindo o ch pela narina do lado direito e termina-se pela do lado esquerdo. Este tratamento das vias areas superiores deve ser feito uma vez por semana, sendo que no inverno possvel fazer at trs vezes por semana, bem como em ambientes sujeitos a muita poluio ou ento quando se permanece muito tempo em locais onde se encontram fumantes. 5.5 - Olhos: durante os primeiros dias do tratamento introdutrio Alimentao Natural Ayurvdica normal que ocorra uma espcie de ardncia, uma vez que muitas toxinas saem por esta via orgnica, e principalmente as provenientes do Fgado. Caso ocorram dores, ardncias, congestionamento, etc., podemos utilizar compressas de salsa verde, crua e levemente escaldada, colocando-se uma pitadinha de sal na mistura. Pode-se fazer um colrio de salsa para usar durante o dia, fazendo um cozimento de salsa verde , na proporo de meio copo dgua para uma colher de sopa de salsa e uma colherinha do tipo cafezinho de sal marinho modo. Coa-se as folhas e colocase num vidro com conta-gotas. Deve-se tomar o cuidado de no encostar o canta gotas nos olhos para no contamin-lo. Pode-se guardar este colrio no refrigerador, no havendo nenhum problema em aplicar gelado nos olhos, isso tnico e age de forma agradvel nos olhos. Na forma de compressa, devemos deixar sobre os olhos mais ou menos 20 minutos. normal que apaream uma espcie de fios brancos nos olhos aps o uso desta frmula,

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 18 sendo um sinal indicativo que a inflamao est sendo curada. 5.6 - Boca, garganta e ouvidos: o aparecimento de aftas, mau hlito e plaquetas na garganta, bem como o surgimento exagerado de cera nos ouvidos, normal no incio do tratamento natural ayurvdico. Quando surgem placas e mau hlito, geralmente o estmago est envolvido, fazendo parte da atividade purificatria do corpo, das glndulas da garganta. A cera nos ouvidos uma forma de eliminao de toxinas existentes no organismo, bem como do conduto auditivo e at mesmo do nariz. O uso exagerado de produtos lcteos o responsvel e o principal formador destes sintomas, sendo que isso desaparece com tempo, sendo tambm um indcio que se est usando em demasia o leite e os seus derivados. conveniente limpar as orelhas com um pano macio aps o banho e nunca usar o cotonetes que acabam empurrando o cerume para dentro do orifcio do ouvido. Somente pessoas especializadas devem empreender a atividade de limpar o ouvidi, contudo, pode-se usar uma mistura de ch de camomila com gengibre, ralando-se e expremendo-se este ultimo, misturando um a pitada de sal, para colocar no ouvido que amolece o cerume. O uso de uma seringa de injeo sem agulha, com gua salmoura morna, pode ser usado para expelir o tornijo de cera que se forma dentro do ouvido, mas sempre deve-se tomar o cuidado para no exagerar na presso, caso esteja muito seco e preso s paredes do ouvido. Colocando algumas gotas de gengibre fresco no ouvido, pode-se eliminar uma dor de ouvido, no entanto, quase sempre que h dor de ouvido, as vias areas superiores esto congestionadas ou contaminadas, de modo que deve-se fazer uma limpeza nasal conforme indicado anteriormente. A limpeza da boca pode ser feita mediante a aplicao de malva verde fresca, como um ch bem forte ou simplesmente espremendo dentro de um almofariz, retirando-se o lquido fresco e fazendo um bochecho com ele. Para remover as placas da garganta, podese utilizar um cotonete de algodo embebido em suco de gengibre fresco, bem como eliminado as dores de garganta fazendo um gargarejo com ch de gengibre com sal. Sementes de aniz estrelado ou de ch desta semente, acabam com o mau hlito, sendo alm disso um importante anti-sptico natural que ajudam a eliminar os gazes intestinais. O ch de Boldo do Chile tambm auxilia na desinfeo da boca, alm de auxiliar preciosamente os problemas de mau hlito provenientes do estmago. 5.7 - Ps: cerca de 72.000 terminaes nervosas so encontradas nos ps. O surgimento de toxinas, escamosidades e mau cheiro nos ps geralmente decorrente do abuso de laticnios e carne vermelha, principalmente se forem consumidos ao mesmo tempo. Deve-se lixar bem os ps uma vez por semana quando estas toxinas so em quantidades exageradas. Lavor os ps com gua morna diariamente e fazer um massageamento nas terminaes nervosas, auxiliam os rgos internos, uma vez que as terminaes nervosas possuem correspondncia com o estmulo energtico destes. Devemos utilizar um calado bem arejado, leve e seco para evitar formao de ps-de-atleta. 5.8 - Coluna vertebral: algumas pessoas possuem reao dolorida na coluna vertebral, sendo muito comum as dores lombares. importante rever as atitudes corporais bem como o hbitos fsicos para saber quais as causas destas dores. Quase sempre a pessoa est com uma vida muito sedentria, no fazendo nenhum exerccio fsico para melhorar e evitar isso. O ideal fazer uma caminhada de 45 minutos por dia, o que d mais ou menos 65 quilmetros, o que no nada extraordinrio e qualquer uma pode fazer sem grandes problemas e esforos. O colcho deve ser adequado ao peso e a altura de cada um, sendo que os ortopdicos so mais indicados. Alguns colches possuem ndulos com ims metlicos na superfcie, prometendo regular a energia magntica. Contudo, deve-se colocar um colchonete por sobre estes colches de mais ou menos 4 cm, para evitar um achatamento vertebral em virtude da presso destes ndulos. 6.0 SINTOMATOLOFIAOU REAES DIVERSAS

6.1 - CLICAS E DORES EM GERAL: dores nas costas, como j falamos, e membros no so raros no

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 19 incio do tratamento natural ayrvdico, at mesmo durante ele durante um bom tempo. Compressas de gengibre e inhame ralados, na proporo de 1:1, adicionados com igual quantidade de farinha de trigo, cozidos com um pouco dgua e aplicadas quente, so excelentes para retirar as dores da coluna. Dores em vrias partes do corpo geralmetne so causadas por acmulos de energia e protudos txicos que esto sendo removidos. Emagrecer quase que constantemente tambm perfeitamente normal e isso geralmente acompanhado de de dores nas camadas mais endurecidas. Clicas de fgado vesiculares so muito comuns. Massagear a rea dolorida e aplicar compressas quentes de gengibre e inhame ralados ajudam a eliminar estas dores. O ato de massagear, sen atrito, os pontos do calcanhar e do peito dos ps, alivia as clicas e as dores, alm de ser muito agradvel para os ps. 6.2 - GAZES : os gazes intestinais ou estomacais so geralmente resultado de combinaes alimentares inadequadas. A carne, via de regra, produz muitos gazes, principalmente se se consome produtos lcteos conjuntamente. Estes produtos provocam apodrecimento nos intestinos. Alguns vegetais velhos e resfriados tambm podem provocar gazes. Ch de boldo, funcho, aniz estreado ou raminhos de funcho fresco, ajudam a eliminar os gazes. Mastigue as sementes de aniz estrelado ou raminhos de funcho fresco, de modo que com o decorrer do tempo os gazes desaparecem por completo. Para qualquer mau funcionamento dos intestinos devemos massagear os pontos das mos entre o polegar e o indicador exatamente na parte carnuda das mos. Se estiver muito duro e dolorido sinal de desequilbrio do Intestino Grosso, massage-lo estimula e regula a energia deste rgo. 6.3 - DIARRIAS: no comum o aparecimento de diarrias no incio do tratamento com a alimentao natural ayurvdico, mas caso surjam deve-se atentar para que no se venha a sofrer de desidratao. Se a diarria persistir, conveniente preparar um caldo de araruta na proporo de uma colher de sopa do p deste produto num ch de gengibre fraco, fervendo a mistura at que fique transparente. Procure diminuir o consumo de produtos lcteos, abstendo-se deles se necessrio durante este perodo. Massageie os pontos, com presso leve e circular, na regio externa da perna, trs dedos abaixo do joelho, bem como o ponto da mo entre os dedos indicador e polegar, em ambas as mos e ambas as pernas. 6.4 - TONTURAS : a eliminao de toxinas provoca, entre outros sintomas, a tontura bem como pode ocasionar uma perda de memria, alguns lapsos, eventualmente. No se deve ficar muito preocupado com isso, pois perfeitamente passageiro, e natural que num corpo que se desintoxica ocorram estes sintomas. O suor exagerado pode ser uma forma de medirmos a quantidade de eliminao de toxinas bem como as escamosidades nos ps. Por isso, saiba que alguns vapores energticos do tipo vata, costumam provocar tonturas, mas passam brevemente. Deve-se beliscar com o dedo polegar e indicador o espao compreendido entre as duas sobrancelhas durante trs minutos, ou mais, e assim estaremos equilibrando as energias do corpo responsveis por este desequilbrio. Uma presso forte no redemoinho durante trs minutos, tambm tonifica a memria. Sempre que ocorrerem estes sintomas deve-se comunicar ao orientador, a fim de que se possa encontrar a causa mais exata do desequilbrio e dos sintomas. 6.5 - IRRITABILIDADE E AGITAO : a irritabilidade provocada pelo mal estar proveniente das toxinas, geralmente pela atividade energtica do humor do Fgado. Nota-se isso observando-se os olhos, a sua colorao, bem como a alterao da viso. As ameixas salgadas auxiliam na regularizao do Fgado e consequente dos processos ligados a ele. Ch de boldo, carqueja e malva purificam as secrees biliares, bem como as do fgado. O ch de camomila tambm eficaz nestes casos, porm a quantidade deve ser dosada para que no seja ingerido muita gua. A prtica regular de yoga e os exerccios de automassagem, do tipo Tao-in (Do-in no Ocidente), regulam estas disfunes equilibram o humor da pessoa. muito saudvel massagear o ponto localizado na sola

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 20 dos ps vrias vezes ao dia, podendo ser utilizado uma bola de tnis ou ento ou rolo semelhante ao de macarro para fazer uma automassagem com instrumentos. O ponto utilizado para clicas tambm equilibra o Fgado; o ponto utilizado para as diarrias diminui a irritao e a angstia. 6.6 - INSNIA: via de regra, no incio do tratamento, decorrente da grande atividade interna dos nossos rgos de captao de energia, bem como dos de eliminao. Se o organismo trabalha demais, ento no conseguimos ter sono. A alimentao em demasia, antes de deitar, alm de ser prejudicial sade como um todo, altera todo o metabolismo e a circulao de energia. Ch verde, ch de gengibre, auxiliam na combate da insnia. O uso do ch das folhas de maracuj tambm so calmantes. Massagear a parte polpuda do artelho maior do p auxilia no equilbrio do sono. Tambm a insnia o sintoma de uma anormalidade que poder manifestar-se no futuro, que est, portanto, se instalando naquele momento. Pessoas que sofrem de insnia crnica geralmente possuem distrbios funcionais grandes, e logo que comear a praticar a Alimentao Natural Ayurvdica ver esse problema desaparecer por completo. assagear o lbulo da orelha, com os dedos polegar e indicador, surte grande efeito calmante, principalmente nas crianas, bem como uma presso leve e firme na regio compreendida entre as duas sobrancelhas relaxante. Outra tcnica muito eficaz para insnia o uso de banho de imerso morno, que auxilia no equilbrio da circulao e muito relaxante. 6.7 - SUORES E CALAFRIOS : com freqncia ocorrem sudorese no incio do tratamento. Uma vez que organismo encontrou possibilidades de se desintoxicar, utiliza todos os recursos que dispe para isso. Ch verde bem como ch de gengibre auxiliam na desintoxicao, aquecendo o corpo corretamente. Se por acaso notar-se a presena de enjo, o ch verde e o gengibre tambm indicado. Para um alvio rpido, aconselhvel massagear o ponto da perna, conforme a figura do ponto 36E, e tambm beliscar com os dedos polegares e indicadores os cantos prximos da base da unha do dedo do dedo mnimo, de ambas as mos, principalmente se os sintomas forem de origem nervosa. Nos distrbios de origem digestiva, massageie o ponto ungueal (canto da unha) interno do segundo artelho. Todo o suor e calafrios comem com a alimentao natural ayurvdica, e com o tempo sero coisas do passado. 6.8 - MENSTRUAO : quando a mulher estiver menstruada deve evitar alterao bruscas de temperatura. por isso que se recomenda popularmente que no deve lavar a cabea. Contudo, se tomar as medidas de temperatura, isso no dever afetar o processo da menstruao, uma vez que no nenhuma doena. Grande quantidade de sangue acumula-se na regio dos ovrios e do tero, e ao lavar a cabea com uma temperatura mais baixa provoca um deslocamento de sangue para a regio do crebro, e devido a sua constituio de eliminao naquele momento, tende a acumular toxinas, alm de promover clicas menstruais, por desviar a temperatura do corpo. A grande prova de que algo est acontecendo que as mulheres em geral ficam muito irritadas, algumas deprimidas quando esto no perodo pr-menstrual. H um provrbio oriental que diz que a mulher no deve sair de cada quando estiver neste perodo, pois todos os outros para ela parecem tambm estar... Ch de camomila, erva-doce e de beladona auxiliam no combate s clicas. Massagear o ponto interno do tornozelo auxilia na menstruao e elimina as clicas. 6.9 - CONSIDERAES FINAIS: outros sintomas podem ocorrer durante o incio da Alimentao Natural Ayurvdica ANA, geralmente encaixam-se com sintomas de reao mudana de dieta. Deve-se comunicar ao orientador individual o que est ocorrendo, a fim de que sejam suprimidos, uma vez que a ocupao da ANA acabar com as causas e no se ater simplesmente nos sintomas. De um modo amplo, os sintomas interessam apenas para que nos aproximemos destas causas, e se entende que a dor uma espcie de alerta do organismo, por ter sido profanado por tanto tempo com produtos txicos nocivos sade, e agora encontra oportunidade para manifestar-se. 7.0

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 21 REGRASDE BEM-VIVER

7.1 - BANHO: um banho dirio o suficiente para os praticantes de ANA, contudo, poder requerer mais de um banho principalmente se for em dias muito quentes e se sua muito. Contudo, no se deve usar sabonete todas as vezes, pois isso retirar a camada de gordura protetora de sobre o corpo. Pode-se usar farinha de milho grossa para remover a sujeira do corpo, sendo uma tcnica muito til para quem tem problemas de alergia para com o sabes em geral. Os praticantes de ANA no precisam esfregar-se em demasia e no necessitam utilizar sabonetes perfumados, pois o corpo no ir manifestar aqueles desagradveis cheiros de putrefao decorrentes da alimentao inadequada, principalmente daquela dos que comem carnes. A maior causa dos cheiros do corpo decorrente do uso de produtos de origem animal, que acumulam no corpo grande parte de suas toxinas e que so eliminadas pelas glndulas sudorferas e de secreo sebcea. Os banhos devero ser de preferncia de imerso, principalmente no incio do tratamento, que alm de relaxantes do Sistema Nervoso, so ao mesmo tempo estimulantes da circulao, ativando as funes orgnicas. Este banho deve durar no mnimo vinte (2) minutos, numa temperatura em torno de 36 C. O ch de gengibre adicionada gua do banho ajuda na eliminao de toxinas, sendo um importante tratamento para quem dificuldades circulatrias. A proporo do ch de trs razes mdias raladas para um litro dgua. Deixar ferver por 15 minutos, coar, e, por fim, adicionar gua do banho. Uma ducha fria, alternando-se quente e frio, complementa o banho de imerso, auxiliando a circulao do sangue. 7.2 - ROUPAS : roupas escuras o tempo todo no so saudveis, sendo preferidas apenas no inverno. As tonalidades mais claras so mais ideais para um equilbrio trmico adequado no vero, pois alm de refletirem os raios solares com maior facilidade, irradiam alegria. As roupas no devem ser muito apertadas, para no interferirem no perfeito funcionamento dos rgos internos e na perfeita mobilidade dos membros e na

circulao do sangue eficiente. As roupas devem ser trocadas no mnimo uma vez por semana, sendo que algumas peas ntimas e meias, devem ser trocadas todos os dias. O tecido de preferncia deve ser o algodo, uma vez que os tecidos sintticos causam problemas e alergias diversas e no auxiliam em nada a eliminao das toxinas do corpo. conveniente lavar as roupas em gua morna, pois deste modo as toxinas que causam o amarelamento da roupa so eliminadas na gua. A aplicao de sal marinho na gua refora as cores e combate possveis bactrias e fungos causadores de dermatites, entre outros agentes infectores. As roupas com colorao azuis so sedativas, em oposto das que possuem tonalidades avermelhadas, que so tonificantes, devendo por isso, estas ltimas tonalidades, ser evitadas por pessoas agitadas e ditas nervosas. 7.3 - RESPIRAO : a respirao profunda pelo nariz e abdominal importante aos pulmes e ao organismo como um todo. Geralmente as pessoas respiram pela boca, o que constitui um modo inadequado e ineficiente. Ao deitarse, procure inalar profundamente pelas narinas, projetando a barriga para fora, em seguida, exale todo o ar tambm pelas narinas, contraindo a barriga para dentro. Realizando uma srie de sete inspiraes e expiraes, acalma-se o Sistema Nervoso, servindo de auxlio para quem tem insnia. Pessoas que fumam no devem deixar de realizar estes exerccios no mnimo duas vezes ao dia, alm daqelas que sofrerm de problemas respiratrios em geral. Um exerccio para ajudar a tonificar os pulmes soprar numa luvao do tipo cirrgica, enchendo-a a bem, e assim repetir esta operao uma vinte (20) vezes. Cinco minutos de respirao completa com a parte baixa e profunda dos pulmes, mediana (diafragmtica) e superior (clavicular), altamente benfico para qualquer pessoa. 7.4 - CLISTER (para priso de venre): evacuar no mnimo uma vez por dia saudvel. Contudo, o ideal seria evacuar aps cada refeio. De fato, pessoas bem reguladas agem desta maneira, uma vez que todo o sistema digestivo entra em funcionamento quando colocamos qualquer coisa na boca. No

ALIMENTAO NATURAL AURVDICA - Ojasv dsa 22 incio da ANA, normal uma priso de ventre que com o tempo some. Como nada est contrrio ao normal equilbrio orgnico, no ha com o que se preocupar. A lavagem intestinal, clister, muito benfica nas prises de ventre decorrentes da purificao do corpo. Ch de gengibre e ch verde podem ser usados para auxiliar na elinao das fezes ressequidas. Apesar dos benefcios do clister, esta tcnica no deve ser usada como nico meio de provocar evacuao, uma vez que o organismo habituase a isso, causando ento problemas intestinais. 7.5 - LAZER: procure passear e andar descalo sempre que puder. Dentro de casa no se deveria usar sapatos, pois alm de trazer sujeira da rua, como fezes de animais, ficamos muito desconfortveis e pouco relaxados. Utilize um chinelo leve, e tecido de preferncia, quando estiver dentro de casa. Caminhar sobre a grama mida um excelente exerccio que estimula a circulao alm de tonificar todo o organismo. Assistir televiso at tarde, sentado numa posio inadequada uma das causas mais freqentes de doenas da coluna, dos olhos e do Sistema Nervoso. As diverses ao ar livre so mais saudveis dos que as realizadas em ambientes fechados, contudo, devemos ser coerentes com as estaes e o clima, a fim de que no fiquemos presos a regras que ns mesmos fazemos sem que se permita uma mudana. Nunca se deve exceder em caminhadas ou exerccios fsicos de qualquer espcie. No se deve confundir esforo fsico com exerccios fsicos. Sempre que puder, visite o campo, colha seus prprios chs e pratique exerccios de respirao completa, a fim de auxiliar o metabolismo na eliminao das toxinas e na captao de energia vital. No esquea que o ar o nosso alimento nmero um. Conversar com pessoas amigas e levar a elas o conhecimento da vida natural mais do que um direito, um dever de todos que a conhecem e a praticam, uma vez que devemos compartilhar nossa felicidade e estar-bem com os outros.