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CENTRO CULTURAL THIAGO DE MELLO - PR-VESTIBULAR 2013 APOSTILA MODULAR 2 VESP./NOT.
CENTRO CULTURAL THIAGO DE MELLO - PR-VESTIBULAR 2013 APOSTILA MODULAR 2 VESP./NOT.
BIOLOGIA PROFESSORA ANA PAULA PORTO
1. UNIDADE 1 INTRODUO A ECOLOGIA
Etimologicamente Ecologia significa o estudo da casa.
Que casa? O nosso planeta. Mas o conceito mais aceito para a Ecologia
atualmente : o estudo das relaes dos seres vivos entre si e com o ambiente em que vivem.
O entendimento dos nveis de organizao biolgica
importante para que vocs entendam Ecologia, ento vamos revisar alguns deles:
1.1 Populao: conjunto de organismos (indivduos) da mesma espcie, ocupando um mesmo espao em um mesmo intervalo de tempo.
1.2 Comunidade (ou Biocenose): conjunto de populaes de determinado ambiente (local).
1.3 Ecossistema: conjunto de fatores biticos (seres vivos/comunidade) e de fatores abiticos/bitopo (luz, gua, solo, gases, temperatura) em permanente interao. Em outras palavras: a comunidade (fatores biticos) em interao com o bitopo (fatores abiticos).
1.4 Mais alguns conceitos importantes para entender ecologia.
1.4.1 Hbitat: lugar ocupado por uma espcie na natureza (endereo).
1.4.2 Nicho ecolgico: conjunto de atividades da espcie no ecossistema, incluindo abrigo, alimentao e reproduo (profisso).
2. UNIDADE 2 - NVEIS TRFICOS
2.1 Produtores: so os seres autotrficos do ecossistema. Utilizam substncias inorgnicas na produo de matria orgnica, que serve de alimento para toda a comunidade. So as plantas, as algas, as cianobactrias e algumas bactrias.
2.2 Consumidores: seres heterotrficos, incapazes de produzir matria orgnica. Compreendem predadores (como a ona-pintada), parasitas (como o carrapato), necrfagos (como o urubu) e detritvoros (como a minhoca). Os consumidores que se alimentam dos produtores so os herbvoros, chamados consumidores primrios ou de primeira ordem; aqueles que se alimentam de consumidores so os carnvoros, classificados sucessivamente como consumidores secundrios ou de segunda ordem, consumidores tercirios ou de terceira ordem, e assim por diante.
2.3 Decompositores: micro-organismos heterotrficos, como muitos fungos e bactrias. Degradam a matria orgnica de restos e de resduos de outros seres em compostos inorgnicos, que so reaproveitados pelos produtores na produo de matria orgnica (para entender melhor os nveis trficos veja a figura 1).
Figura 1: Nveis trficos
3. UNIDADE 3 - CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES
3.1 Cadeia alimentar: uma sequncia de alimentao que mostra um possvel caminho seguido pela matria orgnica e a energia nela contida entre os seres do ecossistema (Veja a figura 2).
Figura 2: exemplo de uma cadeia alimentar simples.
3.2 Teia alimentar: um conjunto de cadeias alimentares que mostra os caminhos seguidos pela matria e energia entre os seres do ecossistema. Em uma teia alimentar, o mesmo organismo pode ocupar, simultaneamente, nveis
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trficos diferentes. Quanto maior a teia alimentar, maior a estabilidade do ecossistema (figura 3).
Figura 3: teia alimentar
4. UNIDADE 4 - FLUXO DE ENERGIA
Nos ecossistemas, enquanto a matria reciclada graas ao dos decompositores e de produtores, a energia tem fluxo unidirecional, ou seja, no reciclada: inicialmente na forma de luz, converte-se em energia qumica dos alimentos e perde-se, finalmente, na forma de calor, que no reutilizado. A energia obtida pelos organismos de cada nvel trfico em uma cadeia alimentar parcialmente utilizada para a manuteno da vida, sendo transferida apenas uma parcela para o nvel trfico seguinte. Quanto mais prximos do incio da cadeia alimentar, mais energia os organismos de um nvel trfico conseguem quando se alimentam (figura 4).
Figura 4: transferncia de energia entre os nveis trficos.
Ateno! A cada transferncia de um ser para o outro,
a quantidade de energia diminui. Por esse motivo, so poucas as sequncias alimentares com mais de quatro componentes.
4.1 Produtividade: a quantidade de matria orgnica produzida (e, consequentemente, de energia fixada) em
certo intervalo de tempo. Quando se refere aos produtores, fala-se em produtividade primria que pode ser:
4.1.1 Produtividade primria bruta (PPB): refere-se ao total de matria orgnica produzida na fotossntese (ou quimiossntese).
4.1.2 Produtividade primria lquida (PPL): representa a quantidade de matria orgnica no consumida na respirao celular aerbia dos produtores (R) e que est disponvel para os hetertrofos (Veja figura 5).
Figura 5: Diferena entre PPB e PPL.
5. UNIDADE 5 - PIRMIDES ECOLGICAS So representaes grficas das cadeias alimentares.
Os degraus, de baixo para cima, representam, em sequncia, os nveis trficos. A largura de cada degrau informa o nmero de indivduos (pirmide de nmeros), a quantidade de matria orgnica (pirmide de biomassa) ou a energia disponvel (pirmide de energia).
Lembre-se: pirmides de energia nunca so invertidas! Figura 6: exemplos de pirmides ecolgicas. (a)
Pirmide de nmeros, de biomassa ou de energia. (b) Pirmide de nmeros invertida: as poucas rvores tm biomassa suficiente para alimentar muitas aves, e estas para alimentar uma quantidade ainda maior de protozorios parasitas. (C) Pirmide de biomassa
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invertida: apesar de sua menor biomassa, as algas do fitoplncton reproduzem-se rapidamente, mantendo a oferta de alimento para o zooplncton, de reproduo mais lenta.
6. UNIDADE 6 - FLUXO DE MATRIA / CICLOS BIOGEOQUMICOS
O transporte de matria nos ecossistemas reside na
existncia de circuitos nos quais os diversos elementos so constantemente reciclados. Em relao energia, h uma diferena fundamental, pois esta degradada sob forma de calor e perdida sem ser jamais reutilizada.
Os seres vivos tm necessidade de mais ou menos 40 elementos para fazer a sntese de sua matria viva. Os mais importantes so o carbono (C), o hidrognio (H), o nitrognio (N), o oxignio (O), o fsforo (P) e o enxofre (S). E esses elementos principais acrescentam-se outros, necessrios em quantidades menores, como o clcio (Ca), ferro (Fe), potssio (K), magnsio (Mg), sdio (Na), etc.
Esses elementos passam alternativamente da matria viva aos outros componentes do planeta (atmosfera, hidrosfera e litosfera). Com a morte do organismo ou a perda de partes do seu corpo, sua matria orgnica degradada e os tomos que a constituem retornam ao ambiente, onde podero ser incorporados por outros seres vivos. Deste modo os tomos percorrem ciclos, chamados ciclos biogeoqumicos.
6.1 O Ciclo da gua: a gua importante por estar associada aos processos metablicos de todos os seres vivos. As diversas formas da gua do planeta relacionam-se entre si por meio dos processos de evaporao, precipitao, infiltrao e escoamento, num movimento cclico que se denomina ciclo da gua. Nele, a gua dos oceanos, dos lagos, dos rios, das geleiras e mesmo a gua embebida no solo evapora, passando forma gasosa. Nas camadas mais altas da atmosfera, o vapor de gua condensa-se formando nuvens, das quais se originam as chuvas que se precipitam sobre o solo. Com as chuvas, a gua retorna superfcie terrestre, completando o ciclo. Desde o passado, esse movimento das guas vem contribuindo para tornar o ambiente da Terra favorvel vida como a conhecemos.
Os seres vivos interferem nesse movimento cclico ao terem a gua fluindo atravs das teias alimentares. Por exemplo, em um ecossistema de terra firme, as plantas absorvem, por meio de suas razes, a gua infiltrada no solo. A gua absorvida, alm de ser solvente e reagente em diversas reaes qumicas intracelulares, uma das matrias-primas da fotossntese processo em que os tomos de hidrognio da gua so usados para a sntese de glicdios e seus tomos de oxignio unidos dois a dois, formando o gs oxignio (O2), que liberado para a atmosfera. E seu processo de respirao, as plantas degradam molculas orgnicas que fabricaram, obtendo energia e liberando gs carbnico (CO2) para o meio.
As plantas perdem gua continuamente por transpirao, principalmente durante o dia, quando seus estmatos esto abertos. A liberao de gua na fora de
vapor pelos estmatos no apenas resfria a planta como tambm contribui para a manuteno de um grau de umidade do ar favorvel vida.
A gua tambm participa de muitos processos do metabolismo animal. Animais obtm gua bebendo-a ou ingerindo-a em alimentos, porm, esto continuamente perdendo gua do corpo na urina, nas fezes e por meio da transpirao.
Parte da gua que as plantas e os animais absorvem utilizada na sntese de outras substncias, ficando incorporada nos tecidos animais ou vegetais at sua morte, quando devolvida ao ambiente pela ao dos decompositores.
6.2 O Ciclo do Carbono: o carbono um elemento qumico importante porque participa da composio qumica de todos os compostos orgnicos, o percurso que esse elemento qumico realiza no ambiente e nos seres vivos denominado ciclo do carbono. Para fins didticos, vamos considerar como o incio do ciclo a passagem de tomos de carbono presentes em molculas de gs carbnico (CO2) para as molculas de substncias orgnicas dos seres vivos. Isso acontece quando o gs carbnico do ambiente captado pelos seres autotrficos e seus tomos so utilizados na sntese de molculas orgnicas.
Como j mencionamos, parte substancial das molculas orgnicas produzidas na fotossntese degradada pelo prprio organismo fotossintetizante, por meio da respirao celular, para a obteno de energia necessria a seu metabolismo. Nesse processo, o carbono devolvido ao ambiente em forma de CO2. O restante da matria orgnica produzida na fotossntese passa a constituir a biomassa dos produtores.
O carbono da biomassa dos produtores pode ter dois destinos: ser restitudo ao ambiente na forma de CO2, o que ocorre com a morte do organismo produtor e a consequente degradao de sua matria orgnica, ou ser transferido aos animais herbvoros, o que se d at quando estes se alimentam dos produtores.
Nos herbvoros, a maior parte da energia contida no alimento ingerido no absorvida, mas eliminada nas fezes, que tambm sofrem a ao de decompositores.
Das substncias orgnicas incorporadas por um herbvoro, grande parte degradada na respirao celular para fornecer energia metablica s clulas, enquanto outra parte empregada na sntese de substncias orgnicas. No processo de respirao celular, o carbono liberado para o meio na forma de CO2. A outra parte das substncias alimentares incorporadas passa a constituir a biomassa do herbvoro.
Se o herbvoro for comido por um carnvoro, este incorpora parte de sua biomassa; o que no incorporado eliminado como fezes e sofre a ao de decompositores. Assim, o carbono originalmente captado na fotossntese vai passando de um nvel trfico para outro e, ao mesmo tempo, retornando aos poucos atmosfera, como resultado da respirao dos prprios organismos e da ao dos decompositores, que atuam em todos os nveis trfico.
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Combustveis fsseis
Em certas condies ocorridas no passado, restos e cadveres de organismos de diversos nveis trficos (microrganismos, plncton, plantas, animais etc.) escaparam da decomposio, geralmente por terem sido rapidamente sepultados no fundo do mar, sob depsitos de sedimentos que depois se tornam rochas.
As molculas orgnicas desses seres soterrados, a salvo da ao dos decompositores, puderam conservar sua energia potencial qumica. As substncias orgnicas preservadas sofreram lentas transformaes e originaram os chamados combustveis fsseis, como o carvo mineral e o petrleo. A energia contida nas molculas que formam esses combustveis foi, portanto, originalmente captada da luz solar por meio da fotossntese, milhes de anos atrs.
A utilizao de combustveis fsseis pela espcie humana vem restituindo atmosfera, na forma de CO2, tomos de carbono que ficaram fora de circulao durante milhes de anos. A queima desses combustveis fez a concentrao de gs carbnico na atmosfera aumentar, nos ltimos cem anos, de 0,029% para cerca de 0,0375%. Embora possa parecer insignificante, esse aumento representa, em termos proporcionais, quase 30%. O aumento do teor de CO2 na atmosfera est provocando a elevao da temperatura mdia da Terra, em decorrncia da intensificao do efeito estufa.
6.3 O Ciclo do Nitrognio: o ciclo do nitrognio consiste na passagem de tomos de nitrognio de substncias inorgnicas do meio fsico para molculas orgnicas constituintes dos seres vivos e vice-versa. tomos de nitrognio fazem parte de diversas substncias orgnicas, sendo mais importantes as protenas e os cidos nucleicos.
O maior reservatrio de nitrognio do planeta a atmosfera, onde esse elemento qumico se encontra na forma de gs nitrognio, ou nitrognio molecular (N2), perfazendo, aproximadamente, 79% do volume do ar atmosfrico.
A grande maioria dos seres vivos, entretanto, no consegue utilizar diretamente o nitrognio na forma molecular (N2). Isso feito apenas por umas poucas espcies de bactrias, conhecidas genericamente como bactrias fixadoras de nitrognio, por serem capazes de incorporar os tomos do N2 s suas molculas orgnicas. Essa incorporao denominada fixao de nitrognio.
Consequentemente, todos os outros seres dependem das bactrias fixadoras para utilizar o N2 atmosfrico. Vejamos como isso ocorre.
6.3.1 Fixao do nitrognio e nitrificao
Algumas bactrias fixadoras de nitrognio, dentre elas as cianobactrias, tm vida livre e fixam o nitrognio diretamente da atmosfera. Outras, no entanto, vivem no interior de clulas de organismos eucariticos, como, por exemplo, as bactrias do gnero Rhizobium (rizbios).
As bactrias do gnero Rhizobium se associam principalmente s razes de plantas leguminosas (feijo, soja, ervilha etc.), instalando-se dentro das clulas, nas quais passam a viver e a se reproduzir. Sua presena
estimula a multiplicao das clulas colonizadas, o que leva formao de tecidos denominados ndulos.
Devido associao simbitica com os rizbios, as plantas leguminosas podem viver em solos pobres em compostos nitrogenados, nos quais outras plantas no se desenvolvem bem. Os rizbios, por sua vez, tambm se beneficiam com a associao, pois utilizam substncias orgnicas fabricadas pela planta como alimento. Ao morrerem e se decomporem, as plantas leguminosas liberam, em forma de amnia, o nitrognio de suas molculas orgnicas, fertilizando o solo.
Algumas plantas conseguem aproveitar diretamente a amnia, mas o composto nitrogenado mais empregado pelos vegetais o nitrato (NO3-). O processo de formao de nitratos no solo denominado nitrificao e ocorre pela ao conjunta de dois grupos de bactrias quimiossintetizantes, conhecidas genericamente como bactrias nitrificantes. As bactrias do gnero Nitrosomonas transformam amnia em nitrito, e as do gnero Nitrobacter convertem nitrito em nitrato.
Os nitratos liberados pelas nitrobactrias so altamente solveis em gua, o que facilita sua assimilao pelas razes das plantas. Estas utilizam o nitrognio dos nitratos na produo de certas molculas orgnicas, principalmente protenas e cidos nucleicos.
Quando as plantas so comidas pelos herbvoros, as substncias nitrogenadas so utilizadas para a constituio das molculas desses animais. O mesmo ocorre nos nveis trficos superiores ao longo de toda a teia alimentar.
A degradao de protenas e de cidos nucleicos que ocorre no metabolismo animal produz compostos nitrogenados denominados genericamente excrees, ou excretas, tais como amnia, ureia e cido rico, que so eliminados no ambiente.
Pela ao de decompositores nas excretas animais e em plantas e animais mortos, o nitrognio constituinte das molculas orgnicas retorna ao solo na forma de amnia e pode passar novamente por processos de nitrificao.
Enquanto uma parte dos compostos nitrogenados presentes no solo sofre nitrificao, outra sofre desnitrificao, processos realizado por bactrias do solo denominadas genericamente bactrias desnitrificantes. Para obter energia, essas bactrias degradam compostos nitrogenados, liberando gs nitrognio (N2), que retorna atmosfera.
6.4 Ciclo do Oxignio: consiste na passagem de tomos de oxignio de compostos inorgnicos do ambiente para substncias orgnicas dos seres vivos e vice-versa. Trata-se de um ciclo complexo, pois o oxignio utilizado e liberado pelos seres vivos em diversas substncias, tais como gs carbnico (CO2), gs oxignio (O2) e gua (H2O).
O principal reservatrio de oxignio para os seres vivos a atmosfera, onde esse elemento se encontra na forma de O2 e de CO2.
O O2 utilizado na respirao aerbica de plantas e animais; processo em que os tomos de oxignio combinam-se a tomos de hidrognio e originam molculas de gua. Essas podem ser empregadas na
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sntese de diversas outras substncias, das quais seus tomos de oxignio tornam-se parte.
O CO2 atmosfrico utilizado na fotossntese e seus tomos de oxignio passam a fazer parte da matria orgnica das plantas. Esses tomos de oxignio so restitudos atmosfera como molculas de gua e de gs carbnico pela respirao celular e pela decomposio da matria orgnica.
Assim, gs oxignio, gs carbnico e gua, que constituem as trs principais fontes inorgnicas de tomos de oxignio para os seres vivos, esto constantemente trocando tomos entre si durante os processos metablicos da biosfera.
6.5 O Ciclo do Fsforo: tomos deste elemento fazem parte, por exemplo, da composio do material hereditrio (DNA) e das molculas energticas de ATP.
Em certos aspectos, o ciclo do fsforo mais simples que os ciclos do carbono e do nitrognio, pois, como no h muitos compostos gasosos de fsforo, no h passagem de tomos desse elemento pela atmosfera. Outra razo para a simplicidade do ciclo do fsforo a existncia de apenas um composto de fsforo realmente importante para os seres vivos: o on fosfato (PO4
3). As plantas obtm fosfatos dissolvidos na gua que retiram do solo; os animais obtm fosfatos da gua e do alimento que ingerem.
Os processos de decomposio da matria orgnica devolvem o fsforo ao solo ou gua. Da, parte dele levada pelas chuvas para os lagos e mares, onde caba se incorporando s rochas. Nesse caso, o fsforo s retorna aos ecossistemas bem mais tarde, quando essas rochas se elevam em consequncia de processos geolgicos e, na superfcie so decompostas e transformadas em solo.
Assim, no ciclo do fsforo distinguem-se dois aspectos, relacionados a escalas de tempo bem diferentes. Uma parte dos tomos do fsforo reciclada localmente, entre o solo, plantas, consumidores e decompositores, em um tempo relativamente curto, no chamado ciclo de tempo ecolgico. Outra parte do fsforo sedimentada e incorporada s rochas e seu ciclo envolve um tempo muito mais longo, o ciclo de tempo geolgico. EXERCCIOS 1. (UFC-2000) Leia com ateno o texto a seguir. "Todo ano o ciclo da vida se repete no Pantanal Mato-grossense. Durante a estao das chuvas, os rios transbordam e alagam os campos onde se formam banhados, lagoas e corixos temporrios. O gado levado em comitivas para as partes altas. Aproveitando a inundao, os peixes saem dos rios e espalham-se por toda a rea inundada. Quando as chuvas param e os rios voltam a seus leitos, milhes de peixes ficam aprisionados nas lagoas. um banquete para aves, jacars e ariranhas. Os pastos, renovados pela matria orgnica trazida pela gua, crescem verdes atraindo cervos, capivaras e outros animais que convivem com o gado, os quais, por sua vez, atraem onas e jaguatiricas.. (Revista VEJA, 02 de junho de 1999).
Com base no texto anterior, assinale a alternativa que representa uma cadeia alimentar, comeando pelos produtores e terminando com os consumidores secundrios. (A) Rios, ariranhas e peixes. (B) Pastos, capivaras e onas. (C) Campos, gado e capivaras. (D) Pastos, jacars e aves. (E) Campos, jaguatiricas e cervos. 2. (ENEM 2011) Os personagens da situao hipottica de cadeia alimentar. Disponivel em: http://www.cienciasgaspar.blogspot.com.
Suponha que, em cena anterior apresentada, o homem tenha se alimentado de frutas e gros que conseguiu coletar. Na hiptese de, nas prximas cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de alimento aos abutres, tigre e abutres ocuparo, respectivamente, os nveis trficos de: (A) Produtor e consumidor primrio. (B) Consumidor primrio e consumidor secundrio. (C) Consumidor secundrio e consumidor tercirio. (D) Consumidor tercirio e produtor. (E) Consumidor secundrio e consumidor primrio. 3. (UERJ) Nos ecossistemas, o fluxo de energia dos organismos produtores para os consumidores pode ser representado por um diagrama.
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Dentre os diagramas anteriores, o que melhor representa esse fluxo na cadeia alimentar o de nmero: (A) I. (B) II. (C) III. (D) IV. (E) I e II dependendo do ecossistema. 4. (UNESP-2005) As cadeias alimentares podem ser representadas graficamente por pirmides ecolgicas nas quais cada degrau representa um nvel trfico. As pirmides podem representar o nmero de indivduos, a biomassa ou a energia em cada nvel da cadeia, e a extenso de cada degrau depende dos componentes do nvel. Uma pirmide invertida, com a base menor e o topo maior, poderia representar: (A) A energia ou a biomassa, mas no o nmero de indivduos. (B) A energia, mas no a biomassa ou o nmero de indivduos. (C) O nmero de indivduos ou a biomassa, mas no a energia. (D) O nmero de indivduos ou a energia, mas no a biomassa. (E) O nmero de indivduos, a biomassa ou a energia. 5. (UNIFESP-2005) I. A comunidade de So Janurio, localizada no mdio So Francisco, formada basicamente por mulheres de todas as idades, por meninos e homens velhos. II. Prximo nascente do rio, existem somente peixes detritvoros (alimentam-se de detritos). medida que o rio se alarga, podem ser vistos peixes que se alimentam de algas, plantas, artrpodes e at de outros peixes. III. As cercrias, larvas da esquistossomose, alojam-se nos tecidos de alguns caramujos. Esses tecidos abrigam grande quantidade de cercrias, por possurem fibras musculares menos justapostas. Trs importantes conceitos em Ecologia esto presentes nas afirmaes apresentadas. Tais conceitos podem ser identificados em I, II e III, respectivamente, como: (A) Migrao, habitat e comensalismo. (B) Populao, sucesso e nicho ecolgico. (C) Populao, nicho ecolgico e habitat. (D) Comunidade, predao e nicho ecolgico. (E) Comunidade, teia alimentar e parasitismo. 6. (ENEM-2010) O aquecimento global, ocasionado pelo aumento do efeito estufa, tem como uma de suas causas a disponibilizao acelerada de tomos de carbono para a atmosfera. Essa disponibilizao acontece, por exemplo, na queima de combustveis fsseis, como a gasolina, os leos e o carvo, que liberam o gs carbnico (CO2) para a atmosfera. Por outro lado, a produo de metano (CH4), outro gs causador do efeito estufa, est associada pecuria e degradao de matria orgnica em aterros sanitrios. Apesar dos problemas causados pela disponibilizao acelerada dos gases citados, eles so imprescindveis
vida na Terra e importantes para a manuteno do equilbrio ecolgico, porque, por exemplo, o: (A) Metano fonte de carbono para os organismos fotossintetizantes. (B) Metano fonte de hidrognio para os organismos fotossintetizantes. (C) Gs carbnico fonte de energia para os organismos fotossintetizantes. (D) Gs carbnico fonte de carbono inorgnico para os organismos fotossintetizantes. (E) Gs carbnico fonte de oxignio molecular para os organismos heterotrficos aerbios. 7. (ENEM-2010) A figura representa uma cadeia alimentar em uma lagoa. As setas indicam o sentido do fluxo de energia entre os componentes dos nveis trficos. Sabendo-se que o mercrio se acumula nos tecidos vivos, que componente dessa cadeia alimentar apresentar maior teor de mercrio no organismo se nessa lagoa ocorrer um derramamento desse metal? (A) As aves, pois so os predadores do topo dessa cadeia e acumulam mercrio incorporado pelos componentes dos demais elos. (B) Os caramujos, pois se alimentam das razes das plantas, que acumula maior quantidade de metal. (C) Os grandes peixes, pois acumulam o mercrio presente nas plantas e nos peixes pequenos. (D) Os pequenos peixes, pois acumulam maior quantidade de mercrio, j que se alimentam das plantas contaminadas. (E) As plantas aquticas, pois absorvem grande quantidade de mercrio da gua atravs de suas razes e folhas. 8. (UFRGS) Considere os itens a seguir, que apresentam aes humanas relacionadas ao ambiente. I - Adubar o solo, fornecendo nutrientes para as plantas. II - Colocar o lixo domstico em aterros sanitrios. III - Utilizar o petrleo, liberando gs carbnico para a atmosfera. Quais dentre eles apresentam aes que interferem nos ciclos biogeoqumicos? (A) Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas III
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(D) Apenas II e III (E) I, II e III
9. (PUC-SP) O esquema a seguir representa um dos ciclos biogeoqumicos que ocorrem nos ecossistemas.
Nesse esquema, os espaos I e II devem ser substitudos correta e respectivamente por: (A) oxignio e consumidores primrios. (B) gua e consumidores primrios. (C) dixido de carbono e produtores. (D) oxignio e produtores. (E) dixido de carbono e consumidores primrios. 10. (UEPG-2008) Na natureza, tomos como os de nitrognio, hidrognio, carbono e oxignio no so criados ou destrudos, nem transformados uns nos outros. A matria que constitui os componentes dos ecossistemas constantemente reciclada. Fala-se ento de ciclo da matria ou ciclos biogeoqumicos. Sobre este tema, assinale o que for correto: (01) Nos ciclos biogeoqumicos, a atividade dos decompositores fundamental. Eles degradam os restos dos animais e vegetais, devolvendo ao solo a gua e ao ar os materiais que constituem esses restos, que podem ento ser reutilizados. (02) Quatro categorias de bactrias participam do ciclo de nitrognio: fixadoras, decompositoras, nitrificantes e desnitrificantes. (04) As leguminosas so capazes de absorver, pelas folhas, nitrognio atmosfrico, a partir do qual sintetizam nitratos. (08) Todas as molculas orgnicas dos seres vivos - carboidratos, protenas, lipdios e cidos nuclicos - apresentam tomos de carbono em sua composio. (16) O fsforo, um dos elementos que circulam nos ecossistemas, de grande importncia para a vida. Ele faz parte dos cidos nuclicos, do ATP e dos fosfolipdios, alm de constituir, nos animais, um componente mineral dos ossos e dos dentes. Assinale a alternativa que contm o somatrio das afirmaes corretas: (A) 31.
(B) 08. (C) 16. (D) 20. (E) 27.
11. (Enem 2012) Paleontlogos estudam fsseis e
esqueletos de dinossauros para tentar explicar o
desaparecimento desses animais. Esses estudos permitem
afirmar que esses animais foram extintos h cerca de 65
milhes de anos. Uma teoria aceita atualmente a de que
um asteride colidiu com a terra, formando uma densa
nuvem de poeira na atmosfera.
De acordo com essa teoria, a extino ocorreu em funo
de modificaes no planeta que:
(A) Desestabilizaram o relgio biolgico dos animais,
causando alteraes no cdigo gentico.
(B) Reduzirem a penetrao da luz solar at a superfcie
da terra, interferindo no fluxo energtico das teias
trficas.
(C) Causaram uma srie de intoxicaes aos animais,
provocando a bioacumulao de partculas de poeira nos
organismos.
(D) Resultaram na sedimentao das partculas de poeira
levantada com o impacto do meteoro, provocando o
desaparecimento de rios e lagos.
(E) Evitaram a precipitao de gua at a superfcie da
Terra, causando uma grande seca que impediu a
retroalimentao do ciclo hidrolgico.
12. (Enem 2012) O menor tamandu do mundo solitrio e tem hbitos noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um emaranhado de cips, com o corpo curvado de tal maneira que forma uma bola. Quando em atividade, se locomovem vagarosamente e emite som semelhante a um assobio. A cada gestao, gera um nico filhote. A cria deixada em uma rvore noite e amamentada pela me at que tenha idade para procurar alimento. As fmeas adultas tm territrios grandes e o territrio de um macho inclui o de vrias fmeas, o que significa que ele tem sempre diversas pretendentes disposio para namorar!
(Cincia Hoje da Crianas, ano 19, n. 174, Nov. 2006
(adaptado)
Essa descrio sobre o tamandu diz respeito ao seu:
(A) Hbitat
(B) Bitopo
(C) Nvel trfico
(D) Nicho ecolgico
(E) Potencial bitico
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13.(UEA 2102/2013) Um ecossistema contm diversos
componentes, sejam eles biticos ou abiticos. Dentro
dos fatores biticos existe o conceito ecolgico de
comunidade, que pode ser definido, em um determinado
hbitat:
(A) Pelas funes ecolgicas exercidas por um ser vivo.
(B) Pela cooperao entre as espcies.
(C) Pela sequncia de nveis trficos.
(D) Pelo conjunto das populaes de seres vivos.
(E) Pelos integrantes da populao de uma espcie.
14. (UEA 2102/2013) A hemoglobina (1) responsvel pelo
transporte de oxignio por todo o organismo, est
presente no eritrcito (2), constituinte do sangue (3) dos
mamferos. As estruturas 1, 2 e 3 so classificadas, correta
e respectivamente, como:
(A) Molcula, clula e tecido.
(B) Globulina, glbulo vermelho e linfa.
(C) Enzima, elemento figurado e plasma.
(D) Protena, organela e clula.
(E) Organela, hematcito e fluido.
15. (ENEM-2002)
O Globo, 01/09/2001
Na charge, a arrogncia do gato com relao ao
comportamento alimentar da minhoca, do ponto de vista
biolgico:
(A) No se justifica, porque ambos, como consumidores,
devem cavar diariamente o seu prprio alimento.
(B) justificvel, visto que o felino possui funo superior
da minhoca numa teia alimentar.
(C) No se justifica, porque ambos so consumidores
primrios em uma teia alimentar.
(D) justificvel, porque as minhocas, por se alimentarem
de detritos, no participam das cadeias alimentares.
(E) justificvel, porque os vertebrados ocupam o topo
das teias alimentares.
16. (UNIFESP-2009) A sonda Phoenix, lanada pela NASA, explorou em 2008 o solo do planeta Marte, onde se detectou a presena de gua, magnsio, sdio, potssio e cloretos. Ainda no foi detectada a presena de fsforo naquele planeta. Caso esse elemento qumico no esteja
presente, a vida, tal como a conhecemos na Terra, s seria possvel se em Marte surgisse formas diferentes de: (A) DNA e protenas. (B) cidos graxos e trifosfato de adenosina. (C) Trifosfato de adenosina e DNA. (D) RNA e acares (E) cidos graxos e DNA. 17. (ENEM-2009) O ciclo biogeoqumico do carbono compreende diversos compartimentos, entre os quais a Terra, a atmosfera e os oceanos, e diversos processos que permitem a transferncia de compostos entre esses reservatrios. Os estoques de carbono armazenados na forma de recursos no renovveis, por exemplo, o petrleo, so limitados, sendo de grande relevncia que se perceba a importncia da substituio de combustveis fsseis por combustveis de fontes renovveis. A utilizao de combustveis fsseis interfere no ciclo do carbono, pois provoca: (A) Aumento da porcentagem de carbono contido na Terra. (B) Reduo na taxa de fotossntese dos vegetais superiores. (C) Reduo da produo de carboidratos de origem vegetal. (D) Aumento na quantidade de carbono presente na atmosfera. (E) Reduo da quantidade global de carbono armazenado nos oceanos. 18. UFPA (2007) Os organismos fotossintetizantes formam a base de todas as cadeias alimentares, pois conseguem captar a energia da luz solar e convert-la em energia qumica. Ao longo de uma cadeia alimentar: (A) A energia qumica armazenada nos compostos orgnicos dos seus produtores transferida para os demais componentes da cadeia e permanece estvel. (B) A cada nvel trfico, parte da energia que ingressou na cadeia alimentar dissipada nas atividades vitais. (C) A quantidade de energia aumenta devido produo de energia realizada pelos consumidores. (D) A energia transferida de um nvel trfico para outro e retorna integralmente ao ecossistema pela ao dos organismos decompositores. (E) A concentrao de energia aumenta nos nveis trficos superiores. 19. UEA (2011/2012) Em relao concentrao de mercrio (Hg) nos ecossistemas aquticos, correto afirmar que: (A) O mercrio um metal, assim sendo, afunda na gua e sua maior concentrao na forma metilizada (MeHg) est no sedimento dos rios e lagos, e no nos organismos aquticos. (B) O mercrio no bioacumulativo, logo no representa nenhuma ameaa aos seres vivos aquticos e terrestres.
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(C) Os peixes que se alimentam de fitoplncton tendem a ter maior concentrao de mercrio em seus tecidos do que os peixes carnvoros. (D) Os peixes que se alimentam de fitoplncton tendem a ter menor concentrao de mercrio em seus tecidos do que os peixes carnvoros. (E) O consumo de peixes com elevada concentrao de mercrio em seus tecidos, no representam mal algum para a sade de seus consumidores. 20. UEMS (2006) Embora o nitrognio molecular seja abundante na atmosfera terrestre, somente algumas espcies so capazes de incorpor-lo em molculas orgnicas. As reaes de fixao do nitrognio podem ser ditas "realizadoras de uma funo de destaque" para o suprimento de nitrognio. Por que o nitrognio um elemento to importante para os organismos vivos?
(A) Porque faz parte das molculas de aminocidos e nucleotdeos.
(B) Porque o principal constituinte das molculas de lipdios e glicdios.
(C) Porque um elemento que armazena energia em suas ligaes qumicas.
(D) Porque faz parte das molculas do ATP e do colesterol. (E) Porque faz parte das molculas de vitaminas e de
lipdios.
21. (PUC-SP) Analise a cadeia alimentar a seguir: A menor quantidade total de energia disponvel deve ser encontrada em: (A) I (B) II (C) III (D) IV (E) V 22. (Unirio) As pirmides ecolgicas podem ser de nmeros, de biomassa ou de energia.
Observando as pirmides simplificadas representadas acima, podemos concluir que: (A) As trs formas podem representar qualquer tipo de pirmide, dependendo apenas das populaes consideradas. (B) Somente a pirmide I pode ser de energia, porque a energia vai sendo perdida e diminui com o aumento dos nveis trficos, logo sua forma no pode se apresentar invertida. (C) A pirmide II no pode ser de biomassa porque ocorre grande perda na transferncia de um nvel trfico para outro. (D) A pirmide III poderia ser uma pirmide de nmeros cujos nveis trficos seriam grama / zebras / carrapatos. (E) O nvel trfico correspondente aos produtores representado pelo retngulo de maior rea, em quaisquer das trs pirmides. 23. (UEL 2010) Nas cadeias alimentares a energia luminosa solar transformada em energia qumica pela ao dos produtores, a qual transferida para os herbvoros e destes para os carnvoros. Portanto, o fluxo de energia no ecossistema unidirecional. Com base nessas informaes, considere a afirmativas a seguir: I. A energia na cadeia alimentar acumula-se gradativamente, alcanando a sua disponibilidade mxima nos carnvoros. II. A energia disponvel maior nos produtores quando comparada com a disponvel para os carnvoros. III. A energia fixada pelos produtores transferida sempre em menor quantidade para os herbvoros. IV. A energia consumida pelos carnvoros sempre maior quando comparada com a consumida pelos produtores e herbvoros. Assinale a alternativa correta. (A) Somente as afirmativas I e IV so corretas. (B) Somente as afirmativas II e III so corretas. (C) Somente as afirmativas III e IV so corretas. (D) Somente as afirmativas I, II e III so corretas. (E) Somente as afirmativas I, II e IV so corretas. 24. (UERJ) Alm do impacto ambiental agudo advindo do derramamento de grandes quantidades de leo em ambientes aquticos, existem problemas a longo prazo associados presena, no leo, de algumas substncias como os hidrocarbonetos policclicos aromticos, mutagnicos e potencialmente carcinognicos. Essas substncias so muito estveis no ambiente e podem ser encontradas por longo tempo no sedimento do fundo, porque gotculas de leo, aps adsoro por material particulado em suspenso na gua, sofrem processo de decantao. As substncias mutagnicas mencionadas no texto podem atingir o topo da pirmide alimentar atravs do fenmeno denominado: (A) Biognese. (B) Biossntese. (C) Biodegradao. (D) Bioacumulao.
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(E) Biomutao. 25. (UFV MG) Contrariando a sua fama de vils, como causadoras de doenas nos seres vivos, muitas bactrias se relacionam com a natureza como agentes importantes nos ciclos biogeoqumicos. No ciclo do nitrognio, as bactrias nitrificantes convertem: (A) Amnia em nitrato. (B) Amnia em aminocidos. (C) Nitrognio atmosfrico em amnia. (D) Nitrato em nitrognio. (E) Aminocidos em amnia. 26. UDESC/2009) Com relao aos ciclos biogeoqumicos, analise as seguintes afirmativas: I. No ciclo do carbono: as cadeias de carbono formam as molculas orgnicas atravs dos seres autotrficos por meio da fotossntese, na qual o gs carbnico absorvido, fixado e transformado em matria orgnica pelos produtores. O carbono volta ao ambiente atravs do gs carbnico por meio da respirao e da decomposio. II. No ciclo do oxignio: o gs oxignio produzido durante a construo de molculas orgnicas pela respirao e consumido quando essas molculas so oxidadas na fotossntese. III. No ciclo da gua: a energia solar possui um papel importante, pois ela permite que a gua em estado lquido sofra evaporao. O vapor de gua, nas camadas mais altas e frias, condensa-se e forma nuvens que, posteriormente, precipitam-se na forma de chuva, e a gua dessa chuva retorna ao solo formando rios, lagos, oceanos ou ainda se infiltrando no solo e formando os lenis freticos. IV. No ciclo do nitrognio: uma das etapas a de fixao do nitrognio, na qual algumas bactrias utilizam o nitrognio atmosfrico e fazem-no reagir com oxignio para produzir nitrito, que ser transformado em amnia no processo de nitrificao. Assinale a alternativa correta. (A) Somente as afirmativas II e IV so verdadeiras. (B) Somente as afirmativas I e II so verdadeiras. (C) Somente as afirmativas I, III e IV so verdadeiras. (D) Somente as afirmativas II, III e IV so verdadeiras. (E) Somente as afirmativas I e III so verdadeiras.
7. UNIDADE 7 - RELAES ECOLGICAS/INTERAES
ECOLGICAS
As interaes ecolgicas so classificadas primeiramente em intraespecficas ou interespecficas.
7.1 Relaes intraespecficas: entre indivduos da mesma espcie.
7.2 Relaes interespecficas: entre indivduos de espcies diferentes.
Alm desta classificao, as relaes ecolgicas
tambm podem ser classificadas em harmnicas/positivas e desarmnicas/negativas.
7.3 Relaes harmnicas/positivas: aquelas em que s h benefcio (para um ou ambos os participantes).
7.4.Relaes desarmnicas/negativas: as que apresentam prejuzo para pelo menos um dos indivduos.
7.5 Relaes harmnicas intraespecficas
7.5.1 Colnia: associao com unio fsica; pode existir, ou no, diviso de trabalho. Exemplos: bactrias, protozorios, porferos, cnidrios (Obelia, corais).
7.5.2 Sociedade: Associao cooperativa, sem unio fsica e com diviso de trabalho. Exemplos: abelhas, formigas e cupins.
7.6 Relaes desarmnicas intraespecficas
7.6.1 Competio intraespecfica: entre seres da mesma espcie, pelos recursos ambientais (gua, alimento, espao, luz, etc.), insuficientes para todos, pois ocupam o mesmo nicho ecolgico. Neste caso ambos os indivduos envolvidos na relao tem perdas. Exemplos: comportamento de demarcao de territrios, exibido por mamferos, aves, rpteis, anfbios e peixes.
7.6.2 Canibalismo: um indivduo usa outro da mesma espcie como alimento. Exemplo: a fmea do louva-a-deus remove a cabea do macho durante a cpula e o devora.
7.7 Relaes harmnicas interespecficas
7.7.1 Mutualismo/mutualismo.obrigatrio: obrigatrio a sobrevivncia, com benefcio mtuo. Exemplos: liquens (algas e fungos), bactrias e leguminosas.
7.7.2 Protocooperao/mutualismo facultativo: no obrigatrio a sobrevivncia, com benefcio mtuo. Exemplo: paguro e anmona-do-mar, pssaro-palito e jacar.
7.7.3 Comensalismo: uma espcie se beneficia e o recurso principal o alimento, j para a outra indiferente (sem benefcio ou prejuzo). Exemplo: rmora e tubaro.
Observao: alguns autores colocam o inquilinismo como uma relao em separado, mas outros colocam como um tipo de comensalismo, onde uma espcie obtm benefcio da outra na forma de abrigo ou suporte. Exemplo: rvores e orqudeas.
7.8 RELAES DESARMNICAS INTERESPECFICAS
7.8.1 Competio interespecfica: entre diferentes espcies que ocupam nichos ecolgicos semelhantes. Neste caso os dois envolvidos na relao tem perdas.
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Exemplo: carnvoros da savana africana competem por alimento.
7.8.2 Herbivoria: a relao entre plantas e animais herbvoros que delas se alimentam. Em muitos casos, os animais comem apenas partes da planta, no chegando a mat-la. Exemplos: mamferos que se alimentam de grama, larvas de insetos que comem folhas.
7.8.3 Predao/predatismo: a relao em que uma espcie animal, predadora, mata e come indivduos de outra espcie animal, suas presas. A espcie predadora se beneficia e a presa prejudicada, pois morre. Exemplos: a ona-pintada (predador) e a cutia (presa).
Ateno: algumas presas apresentam alguns
comportamentos especficos para tentar enganar o predador, esses comportamentos so: mimetismo, camuflagem, tanatose, autotomia e colorao de advertncia/colorao aposemtica.
Mimetismo: quando uma espcie imita a outra.
Exemplo: certas borboletas assemelham-se a outras, de sabor desagradvel, sendo ambas evitadas por pssaros predadores, com ntido benefcio para a imitadora.
Camuflagem: quando uma espcie apresenta disfarces
em relao ao ambiente. Exemplos: semelhana de cor, como ocorre com o camaleo, ou de forma, como acontece com o bicho-pau.
Tanatose: quando o animal se finge de morto.
Exemplo: a mucura. Autotomia: quando o animal perde partes do seu
corpo. Exemplo: lagartos que perdem a cauda. Colorao de advertncia/colorao aposemtica:
presena de cores fortes e geralmente contrastantes. Estes animais geralmente possuem sabor ruim ou so venenosos, podendo conter substncias txicas, como o caso dos sapos da famlia Dendrobatidae (sapos coloridos). Essa colorao de aviso muito til tambm para os predadores, que aps experimentarem a presa, passam a evit-la.
7.8.4 Parasitismo: o parasita vive dentro (endoparasita) ou sobre (ectoparasita) o hospedeiro, utilizando-o como abrigo e fonte de alimento, sem necessariamente mat-lo. Exemplos: carrapatos e bovinos, vermes e seres humanos.
Tambm existem plantas que so parasitas, e estas
plantas ainda podem ser parasitas de dois tipos: Holoparasitas ou parasitas completos: aclorofilado e,
portanto incapaz de realizar fotossntese; suas razes sugadoras penetram na planta parasitada e dela retiram seiva rica em matria orgnica. Exemplo: cip-chumbo.
Hemiparasita ou parasita incompleto: clorofilada,
realiza fotossntese, suas razes sugadoras retiram da
planta parasitada seiva bruta, contendo apenas gua e sais minerais.
Ateno! Parasitoidismo um caso especial de
parasitismo, neste caso: Um parasitide um ser vivo que passa um perodo
importante da sua vida no interior de um organismo hospedeiro. O parasitide, invariavelmente, mata o hospedeiro e muitas vezes o consome. Exemplo: algumas vespas capturam aranhas e colocam seus ovos na aranha, depois os ovos eclodem e as larvas da vespa consomem (comem) a aranha.
7.8.5 Amensalismo ou antibiose: uma espcie libera substncias que inibem o crescimento, a reproduo ou at mesmo a sobrevivncia de outra. Exemplos: fungos e bactrias liberam antibiticos que impedem a proliferao bacteriana. 7.8.6 Esclavagismo: uma espcie aproveita-se do trabalho da outra. Exemplo: chupim bota ovos no ninho do tico-tico, que cria os filhotes como se fossem seus.
EXERCCIOS 1. (ENEM 2011) O controle biolgico, tcnica empregada no combate a espcies que causam danos e prejuizos aos seres humanos, utilizado no combate lagarta que se alimenta de folhas de algodoeiro. Algumas espcies de borboleta depositam seus ovos nessa cultura. A microvespa Trichogramma sp. introduz seus ovos nos ovos de outros insetos, incluindo os das borboletas em questo. Os embries da vespa se alimentam do contedo desses ovos e impedem que as larvas de borboleta se desenvolvam. Assim, e possvel reduzir a densidade populacional das borboletas at nveis que no prejudiquem a cultura. A tcnica de controle biolgico realizado pela microvespa Trichogramma sp. consiste na: (A) Introduo de um parasita no ambiente da espcie que se deseja combater. (B) Introduo de um gene letal nas borboletas, a fim de diminuir o nmero de indivduos. (C) Competio entre a borboleta e a microvespa para a obteno de recursos. (D) Modificao do ambiente para selecionar indivduos melhor adaptados. (E) Aplicao de inseticidas a fim de diminuir o nmero de indivduos que se deseja combater. 2. (ENEM 2011) Os vaga-lumes machos e fmeas emitem sinais luminosos para se atrairem para o acasalamento. O macho reconhece a fmea de sua espcie e, atrado por ela, vai ao seu encontro. Porm, existe um tipo de vaga-lume, o Photuris, cuja fmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus fingindo ser desse gnero. Quando o macho Photinus se aproxima da fmea Photuris, muito maior que ele, atacado e devorado por ela.
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BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Cincia &
sociedade: a aventura da vida, a aventura da tecnologia. Sao Paulo: Scipione, 2000 (adaptado).
A relaco descrita no texto, entre a fmea do gnero Photuris e o macho do gnero Photinus, um exemplo de: (A) Comensalismo. (B) Inquilinismo. (C) Cooperao. (D) Predatismo. (E) Mutualismo. 3. (UNESP-2005) Moradores dizem que h risco de queda de rvores na zona norte. (...) Um dos moradores reclama de duas rvores cheias de cupim, que ficam em frente sua casa: "- Quero ver quando a rvore cair sobre um carro e matar algum, o que a prefeitura vai dizer."(...)
(Folha de S.Paulo, 12.01.2005.) Embora se alimentem da madeira, os cupins so incapazes de digerir a celulose, o que feito por certos protozorios que vivem em seu intestino. As relaes interespecficas cupim-rvore e cupim-protozorio podem ser classificadas, respectivamente, como casos de: (A) predao e comensalismo. (B) comensalismo e parasitismo. (C) parasitismo e competio. (D) parasitismo e mutualismo. (E) inquilinismo e mutualismo. 4. (ENEM-2008) Um estudo recente feito no Pantanal d uma boa idia de como o equilbrio entre as espcies, na natureza, um verdadeiro quebra-cabea. As peas do quebra-cabea so o tucano-toco, a arara-azul e o manduvi. O tucano-toco o nico pssaro que consegue abrir o fruto e engolir a semente do manduvi, sendo, assim, o principal dispersor de suas sementes. O manduvi, por sua vez, uma das poucas rvores onde as araras-azuis fazem seus ninhos. At aqui, tudo parece bem encaixado, mas... justamente o tucano-toco o maior predador de ovos de arara-azul mais da metade dos ovos das araras so predados pelos tucanos. Ento, ficamos na seguinte encruzilhada: se no h tucanos-toco, os manduvis se extinguem, pois no h disperso de suas sementes e no surgem novos manduvinhos, e isso afeta as araras-azuis, que no tm onde fazer seus ninhos. Se, por outro lado, h muitos tucanos-toco, eles dispersam as sementes dos manduvis, e as araras-azuis tm muito lugar para fazer seus ninhos, mas seus ovos so muito predados.
Internet: (com adaptaes). De acordo com a situao descrita: (A) O manduvi depende diretamente tanto do tucano-toco como da arara-azul para sua sobrevivncia. (B) O tucano-toco, depois de engolir sementes de manduvi, digere-as e torna-as inviveis.
(C) A conservao da arara-azul exige a reduo da populao de manduvis e o aumento da populao de tucanos-toco. (D) A conservao das araras-azuis depende tambm da conservao dos tucanos-toco, apesar de estes serem predadores daquelas. (E) A derrubada de manduvis em decorrncia do desmatamento diminui a disponibilidade de locais para os tucanos fazerem seus ninhos. 5. (ENEM-2008) Um grupo de eclogos esperava encontrar aumento de tamanho das accias, rvores preferidas de grandes mamferos herbvoros africanos, como girafas e elefantes, j que a rea estudada era cercada para evitar a entrada desses herbvoros. Para espanto dos cientistas, as accias pareciam menos viosas, o que os levou a compar-las com outras de duas reas de savana: uma rea na qual os herbvoros circulam livremente e fazem podas regulares nas accias, e outra de onde eles foram retirados h 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados observados nessas duas reas.
Internet: (com adaptaes). De acordo com as informaes acima: (A) A presena de populaes de grandes mamferos herbvoros provoca o declnio das accias. (B) Os hbitos de alimentao constituem um padro de comportamento que os herbvoros aprendem pelo uso, mas que esquecem pelo desuso. (C) As formigas da espcie 1 e as accias mantm uma relao benfica para ambas. (D) Os besouros e as formigas da espcie 2 contribuem para a sobrevivncia das accias. (E) a relao entre os animais herbvoros, as formigas e as accias a mesma que ocorre entre qualquer predador e sua presa. 6. (UEL-1994) "O fenmeno da mar vermelha ocorre em
determinadas condies ambientais. Certas algas
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marinhas microscpicas de cor avermelhada produzem
substncias altamente txicas e, como proliferam
intensamente, formam enormes manchas vermelhas no
mar. A grande concentrao de toxinas produzidas por
essas algas provoca grande mortalidade de animais
marinhos".
O fenmeno acima descrito constitui uma relao
ecolgica do tipo:
(A) Mutualismo.
(B) Competio.
(C) Predatismo.
(D) Parasitismo.
(E) Amensalismo.
7. (FGV 1996) Em uma comunidade ocorrem vrios tipos
de interaes entre populaes microbianas, plantas e
animais. Algumas interaes so neutras ou indiferentes;
outras so benficas ou positivas, outras, ainda so
prejudiciais. Essas interaes positivas e negativas atuam
sobre o balano ecolgico dentro da comunidade.
Assinale as afirmaes corretas:
I - A relao de mutualismo entre duas espcies indica
que ambas se beneficiam pela associao.
II - No predatismo, ocorre prejuzo para a presa, no
entanto importante para o processo de seleo natural.
III - No comensalismo, uma populao beneficiada e a
outra no tem benefcios, nem sofre desvantagens.
IV - No relacionamento de parasitismo, a populao
parasitria se beneficia e a populao hospedeira nunca
prejudicada.
A alternativa que contm as afirmaes corretas :
(A) I e IV.
(B) I, II, III.
(C) II e IV.
(D) IV e III.
(E) IV.
8. (PUC-RIO 2005) Os macacos vermelhos do Qunia
apresentam tempo de vida em torno de 4 a 5 anos no
ambiente natural e podem viver at 20 anos em cativeiro.
Uma possvel explicao para este fato poderia ser a
ausncia, em cativeiro, de uma das relaes ecolgicas
abaixo relacionadas. Assinale a relao ecolgica cuja
ausncia em cativeiro pode explicar corretamente este
fato:
(A) Predatismo.
(B) Inquilinismo.
(C) Mutualismo.
(D) Simbiose.
(E) Comensalismo.
9. (UFC-2008) As esponjas desempenham papis
importantes em muitos habitats marinhos. A natureza
porosa das esponjas as torna uma habitao ideal para
vrios crustceos, equinodermos e vermes marinhos.
Alm disso, alguns caramujos e crustceos tm,
tipicamente, esponjas grudadas em suas conchas e
carapaas, tornando-os imperceptveis aos predadores.
Neste caso, a esponja se beneficia por se nutrir de
partculas de alimento liberadas durante a alimentao de
seu hospedeiro. As relaes ecolgicas presentes no texto
so:
(A) Protocooperao e competio.
(B) Inquilinismo e protocooperao.
(C) Inquilinismo e parasitismo.
(D) Competio e predao.
(E) Parasitismo e predao.
10. (UFSM-2007) Quem pratica esportes muitas vezes no
avalia os avanos tecnolgicos que carrega em seu
"uniforme de trabalho". Em calados como o tnis, h o
cuidado com o uso de materiais redutores da
transpirao. Tudo para prevenir as micoses, geralmente
causadas por fungos que se aproveitam do calor e
umidade dos ps para obter abrigo e "saborear" a
queratina das unhas, pele e pelos.
Revista "Sade", Janeiro de 2002, p. 105 (adaptado)
Os fungos causadores de micoses, ao buscar abrigo e
alimento nos ps dos atletas, causando danos ao
organismo, exercem um tipo de associao conhecido
por:
(A) Mutualismo.
(B) Inquilinismo.
(C) Parasitismo.
(D) Comensalismo.
(E) Predatismo.
11. Explique o que parasitoidismo.
8. UNIDADE 8 - DINMICA DE POPULAES
8.1 Conceito de populao: conjunto de indivduos de
uma mesma espcie que vivem em uma determinada
rea.
As populaes so dinmicas, pensem nas populaes
humanas. Todos os dias temos indivduos nascendo,
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indivduos morrendo, indivduos se deslocando de uma
populao para a outra, ou seja, migrando.
Desse modo, as populaes podem ter quatro
destinos com o passar do tempo:
- Crescer.
- Se manter estvel (nem crescer, nem declinar).
- Declinar.
- Se extinguir.
Dois aspectos so importantes na caracterizao das
populaes: densidade populacional e taxa de
crescimento populacional.
8.2 Densidade populacional: nmero de indivduos de
uma mesma espcie que vivem em uma determinada
rea ou volume (geralmente o volume usado para
caracterizar populaes de hbitats aquticos).
8.3 Taxa de crescimento populacional (TC): variao
(aumento ou diminuio) do tamanho populacional
(nmero de indivduos) em determinado intervalo de
tempo.
A taxa de crescimento de uma populao depende de
dois conjuntos de fatores: um que contribui para o
aumento da taxa de crescimento taxa de natalidade e
taxa de imigrao e outro conjunto que contribui para a
diminuio da taxa de crescimento taxa de
mortalidade e taxa de emigrao (Figura 1).
8.3.1 Taxa de natalidade (TN): nmero de novos
indivduos que so adicionados populao, por meio da
reproduo, em determinado intervalo de tempo, ou seja,
nmero de nascimentos em um determinado intervalo de
tempo.
8.3.2 Taxa de mortalidade (TM): nmero de indivduos
que so eliminados da populao, por morte, em
determinado intervalo de tempo.
8.3.3 Taxa de imigrao (TI): nmero de indivduos que
entram (que chegam) em uma populao, em
determinado intervalo de tempo.
8.3.4 Taxa de emigrao (TE): nmero de indivduos que
saem da populao, em determinado intervalo de tempo.
Figura 1: Fatores que influenciam a taxa de crescimento
populacional.
Deste modo, a taxa de crescimento populacional (TC)
definida do seguinte modo:
Ento, quando a natalidade e a imigrao so maiores
que a mortalidade e a emigrao temos uma populao
em crescimento.
Quando a natalidade e a imigrao so menores que a
mortalidade e a emigrao temos uma populao em
declnio.
Quando a natalidade e a imigrao so iguais (ou
quase iguais) a mortalidade e a emigrao temos uma
populao em equilbrio (Figura 2).
Figura 2: Esquema mostrando as caractersticas de
populaes em crescimento, em declnio e em equilbrio.
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8.4 Potencial Bitico (taxa de crescimento intrnseco),
resistncia ambiental e capacidade de suporte:
O potencial bitico (taxa de crescimento intrnseco)
de uma populao corresponde sua capacidade
potencial para aumentar por reproduo, seu nmero de
indivduos em condies ideais, isto , sem fatores que
impeam esse aumento.
Qualquer populao tem, a princpio, potencial para
crescer indefinidamente. Se a mortalidade fosse zero,
uma nica bactria reproduzindo-se a cada 20 minutos,
levaria apenas 36 horas para produzir uma descendncia
suficiente para cobrir toda a superfcie da terra. Um nico
paramcio poderia produzir em alguns dias uma massa de
indivduos correspondente a 10 mil vezes a massa da
terra. Essa capacidade terica de crescimento mximo de
uma populao biolgica denomina-se o potencial bitico
ou a taxa de crescimento intrnseco da espcie (Figura 3).
Porm em condies naturais, o potencial bitico de
uma espcie limitado por vrios fatores, entre eles, a
disponibilidade de recursos como: alimento, espao,
abrigo e pela ao de possveis predadores, parasitas e
populaes competidoras. Esse conjunto de condies
que limita o potencial bitico chamado de resistncia
ambiental ou resistncia do meio.
Deste modo, a curva de crescimento de uma
populao, portanto, resulta da interao entre a sua taxa
de crescimento intrnseco (isto , sua capacidade de
crescer) e a resistncia imposta pelo ambiente onde ela
vive (Figura 3). E chama-se capacidade de suporte o limite
mximo de indivduos que o ambiente consegue suportar,
ou seja, o tamanho populacional mximo que um
ambiente pode suportar.
Figura 3: Representao grfica do potencial bitico,
resistncia do meio e curva de crescimento real.
8.5 Fatores que fazem parte da resistncia do meio
8.5.1 Competio intraespecfica: se os indivduos de uma
mesma espcie tem o mesmo nicho ecolgico, eles tm as
mesmas necessidades, logo vo competir pelos mesmos
recursos. Se a populao cresce muito faltam recursos
para todos, os indivduos que conquistam os recursos se
mantm e os que no conseguem os recursos acabam
sendo eliminados ou ficando mais suscetveis
eliminao.
8.5.2 Competio interespecfica: se duas populaes de
espcies diferentes tem nichos muito semelhantes, isso
quer dizer que elas necessitam de vrios recursos
comuns, a populao da espcie que conseguir esse
recurso pode crescer e a outra que no conseguir este
recurso pode declinar e at mesmo se extinguir.
8.5.3 Predao: a relao entre predador e presa em
comunidades estveis ajuda a estabelecer equilbrio entre
as populaes envolvidas. A populao de predadores
pode regular a densidade da populao de presas e vice-
versa.
Um exemplo clssico de equilbrio dinmico da
populao de presas e respectivos predadores dado
pelas lebres e pelos linces que vivem nas regies frias
(Figura 4).
Figura 4: Grfico relacionando as variaes no tamanho
das populaes de lebres e linces em uma regio do
Canad, ao longo de 90 anos.
8.5.4 Parasitismo: mesmo que parasitas, geralmente no
matem os seus hospedeiros, eles reduzem a qualidade de
vida, podendo deix-los debilitados, consequentemente
contribuindo para a sua maior suscetibilidade seja para
uma morte natural, seja para ser predado.
8.6 Estrutura etria
A estrutura etria de uma populao refere-se a
proporo de indivduos nas vrias faixas etrias.
Populaes em crescimento tm muitos indivduos
jovens, enquanto populaes estveis apresentam maior
equilbrio entre o nmero de jovens e o de adultos.
Populaes em declnio apresentam menor proporo de
jovens em relao s demais classes etrias.
Os dados de estrutura etria podem ser apresentados
em grficos e neles podemos especificar para cada classe
etria a porcentagem de representantes dos sexos
feminino e masculino (Figura 5).
CENTRO CULTURAL THIAGO DE MELLO - PR-VESTIBULAR 2013 APOSTILA MODULAR 2 VESP./NOT.
Figura 5: Estruturas etrias de duas populaes
humanas.
EXERCCIOS
1. (PUC-PR) Leia com ateno as proposies abaixo:
I - Potencial bitico a capacidade potencial que tem uma
populao de aumentar numericamente em condies
ambientais favorveis.
II - Os fatores chamados resistncia do ambiente
impedem as populaes de crescerem de acordo com seu
potencial bitico.
III - A densidade de uma populao independe das taxas
de nascimento e mortes, assim como das taxas de
emigrao e imigrao.
ou so verdadeiras:
(A) Todas.
(B) Apenas I.
(C) Apenas I e II.
(D) Apenas II e III.
(E) Apenas I e III.
2. (UFPA) As populaes tendem a crescer
indefinidamente, mas, em condies naturais, so
limitadas por um conjunto de fatores denominado
resistncia do meio. Sobre esse assunto correto afirmar:
(A) As taxas de imigrao e emigrao de indivduos so
fatores biticos que garantem o crescimento exponencial
de uma populao.
(B) A resistncia do meio s atua nas populaes que no
possuem os inimigos naturais.
(C) O potencial bitico de uma populao limita a
resistncia do meio.
(D) A densidade populacional no afeta as taxas de
crescimento de uma populao natural.
(E) medida que a populao cresce, a resistncia do
meio tende a aumentar.
3. (UFRGS) Leia os itens a seguir, que contm informaes
sobre a dinmica de trs populaes.
I - Uma populao humana com taxa de natalidade de 150
nascimentos/ano, taxa de mortalidade de 80 mortes/ano
e iguais taxas de imigrao e emigrao.
II - Uma populao de insetos com iguais taxas de
natalidade e mortalidade, taxa de emigrao de 45
indivduos/ano e taxa de imigrao de 15 indivduos/ano.
III - Uma populao de roedores com taxa de natalidade
de 50 nascimentos/ano, taxa de mortalidade de 27
mortes/ano e taxas de imigrao e emigrao iguais a
zero.
Quais das populaes mencionadas estariam mais sujeitas
ao desaparecimento?
(A) Somente a dos humanos.
(B) Somente a dos insetos.
(C) Somente a dos roedores.
(D) Somente a dos humanos e a dos roedores.
(E) Somente a dos humanos e a dos insetos.
4. (UFRGS) Publicaes recentes, como o artigo "O Brasil
de cabelos brancos", de Bernardo Esteves, apresentam
dados estatsticos que indicam uma tendncia ao
aumento das classes etrias mais velhas e ao declnio na
taxa de fecundidade mdia da populao brasileira.
("Cincia Hoje", n. 137, abril, 1998). Atravs destas
informaes pode-se supor que vem ocorrendo:
(A) Um declnio na densidade populacional.
(B) Uma estabilizao na taxa de crescimento
populacional.
(C) Um aumento no potencial bitico da populao.
(D) Um declnio da capacidade de suporte do ambiente.
(E) Uma modificao na dinmica migratria da
populao.
5. (Unifor-CE) A tabela abaixo apresenta as taxas dos
determinantes populacionais em trs diferentes anos.
Os dados mostram que a populao cresceu mais no ano
de
Taxa de 1980 1990 2000
Natalidade 34% 25% 29%
Mortalidade 15% 18% 9%
Emigrao 5% 8% 4%
Imigrao 8% 10% 7%
CENTRO CULTURAL THIAGO DE MELLO - PR-VESTIBULAR 2013 APOSTILA MODULAR 2 VESP./NOT.
(A) 1980 e menos em 1990.
(B) 1990 e menos em 1980.
(C) 1990 e menos em 2000.
(D) 2000 e menos em 1980.
(E) 2000 e menos em 1990.
6. (UFSM- RS) Escolha a alternativa que completa a frase a
seguir: (---) e (---) aumentam o tamanho de uma
populao.
(A) Natalidade Emigrao
(B) Mortalidade Emigrao
(C) Mortalidade Imigrao
(D) Emigrao Imigrao
(E) Natalidade Imigrao
7. (ENEM-MEC) Ao longo do sculo XX, a taxa de variao
na populao do Brasil foi sempre positiva (crescimento).
Essa taxa leva em considerao o nmero de nascimentos
(N), o nmero de mortes (M), o de emigrantes (E) e o de
imigrantes (I) por unidade de tempo.
correto afirmar que, no sculo XX:
(A) M I + E + N
(B) N + I M + E
(C) N + E M + I
(D) M + N E + I
(E) N M I + E
8. (Unioeste-PR) No estudo da dinmica das populaes
naturais, entre os fatores que regulam o crescimento
populacional, podemos citar natalidade, mortalidade,
imigrao e emigrao.
Considerando as associaes abaixo:
I. Natalidade + imigrao = mortalidade + emigrao.
II. Natalidade + imigrao > mortalidade + emigrao.
III. Natalidade + imigrao < mortalidade + emigrao.
Determine a alternativa cuja(s) associao (es) leva(m)
ao crescimento populacional:
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
(E) I, II e III.
9. (UEL-PR) Sobre uma populao ecolgica em declnio,
correto afirmar que:
(A) Ou a taxa de mortalidade ou de emigrao, ou ambas,
devem estar suplantando a soma das taxas de natalidade
e de imigrao.
(B) Ou a taxa de natalidade ou a de imigrao devem estar
suplantando a soma das taxas de mortalidade e de
emigrao.
(C) A soma das taxas de natalidade e imigrao deve estar
suplantando a soma das taxas de mortalidade e de
emigrao.
(D) O declnio resultado de uma emigrao menor.
(E) As taxas de emigrao e imigrao no influenciam o
tamanho populacional.
10. (UFSJ) Leia atentamente as informaes a seguir. As
diatomceas so algas unicelulares que ocorrem tanto no
ambiente marinho como no dulccola, sendo responsveis
por cerca de 25% da produo primria do planeta.
Produo primria pode ser entendida, de forma
simplificada, como a capacidade apresentada pelos
organismos autotrficos em converter a energia da luz
solar em energia qumica na forma de hidratos de
carbono. Toda espcie do planeta apresenta em teoria a
capacidade de crescer exponencialmente a uma razo r
inerente as particularidades reprodutivas de cada espcie
(p.e. insetos multiplicam-se em mais quantidades que
aves e mamferos). O crescimento exponencial no
acontece porque as populaes atingem um ponto onde o
ambiente no suporta mais o crescimento. A esse
patamar damos o nome de capacidade de suporte do
ambiente, tradicionalmente representado pela letra K.
Observe as figuras abaixo.
De todas as espcies do planeta Homo sapiens a nica a
desenvolver tecnologias. Dentre estas tecnologia esto as
diversas tcnicas de produo animal e vegetal que
tendem a otimizar o uso do recurso, disponibilizando
alimento de qualidade para vrias pessoas no mundo.
Com base nas informaes, analise as afirmativas
seguintes.
I Os avanos tecnolgicos permitiram aos humanos
dilatar a capacidade de suporte, e com isso crescer a
nmeros que seriam impossveis em condies naturais.
II - Os humanos com seus avanos tecnolgicos
principalmente da industria de alimentos e inovaes no
campo da agropecuria tornaram-se independentes da
produo primria.
http://3.bp.blogspot.com/-Zb_zasgTDOs/T9S07zFrLPI/AAAAAAAABqY/PzDeERvHluQ/s1600/220.jpgCENTRO CULTURAL THIAGO DE MELLO - PR-VESTIBULAR 2013 APOSTILA MODULAR 2 VESP./NOT.
III A capacidade de suporte do ambiente, termo usado
em ecologia, no se aplica a espcie H. sapiens, pois essa
tende a reproduzir exponencialmente sendo controlada
principalmente por outros fatores tais como catstrofes
naturais, doenas, guerras, desastres, violncia urbana
etc.
IV Para populao humana continuar crescendo, os
avanos tecnolgicos que dilatam a capacidade de
suporte, acabam por reduzir a capacidade de crescimento
de outras populaes animais. Isso ocorre, pois todas as
espcies consumidoras so dependentes da energia
oriunda, direta ou indiretamente, da produo primria.
A partir dessa anlise, esto CORRETAS apenas as afirmativas: (A) III e IV (B) I e II (C) I e IV (D) II e III (E) I, II e III
9. UNIDADE 9 - SUCESSO ECOLGICA
o processo de colonizao de um ambiente por seres
vivos, neste processo a composio da comunidade se
altera ao longo do tempo, bem como o prprio ambiente.
Antes de aprendermos mais sobre a sucesso
ecolgica, que a dinmica das comunidades, vamos
revisar alguns conceitos sobre comunidades:
9.1 O que uma comunidade?
Conjunto de populaes que vivem em uma determinada rea (local).
Lembre-se! Que o termo biocenose sinnimo de
comunidade. Quando definimos em palavras fcil, mas na prtica
no to fcil definirmos uma comunidade. Pense em um
pedao de floresta, digamos um hectare. Se fossemos
estudar, ou quantificar a comunidade existente nesse
espao teramos que incluir todas as populaes
existentes ali, e isso muito difcil de fazer na prtica,
deste modo a maioria dos cientistas no trabalham com a
comunidade/biocenose como um todo, mas com parte
dela, com uma taxocenose ou uma guilda.
9.2 Taxocenose: a frao de uma comunidade que reune um conjunto de espcies (populaes) com semelhana taxonmica que podem ou no possuir semelhanas em seus papis ecolgicos (ex.: orqudeas de uma mata, aranhas de um bosque, anfbios de uma lagoa).
9.3 Guilda: a frao de uma comunidade que reune um
conjunto de espcies (populaes) que exploram o
mesmo recurso da mesma maneira. Existe uma
semelhana ecolgica, podendo ou no existir
semelhana taxonmica (p.ex. pssaros insetvoros de
uma floresta, roedores e formigas granvoros de um
deserto). Um agrupamento funcional.
Uma comunidade tambm apresenta alguns atributos
que a caracterizam como:
9.4 Riqueza/diversidade: nmero de espcies
(populaes) que compem determinada comunidade.
Observao: Existe um grande conflito entre os eclogos
na determinao do termo diversidade, aqui vamos us-lo
no sentido mais aceito atualmente.
9.5 Composio de espcies: identidade das espcies
(populaes) que compem determinada comunidade.
Agora que j revisamos alguns conceitos de
comunidades vamos tentar entender a sucesso ecolgica
e para tal vamos tomar como exemplo uma regio
completamente desabitada, como uma rocha nua. O
conjunto de condies para que plantas e animais
sobrevivam ou se instalem nesse ambiente so muito
desfavorveis:
- Iluminao direta causa altas temperaturas.
- A ausncia de solo dificulta a fixao de vegetais.
- A gua das chuvas no se fixa e rapidamente evapora
ou escorre.
Seres vivos capazes de se instalar em tal ambiente
devem ser bem adaptados e pouco exigentes. Como
exemplos podemos citar os liquens (associao
mutualstica de algas com fungos), que conseguem
sobreviver apenas com gua, luz e pouca quantidade de
sais minerais.
Isso caracteriza a formao de uma comunidade
pioneira. Os organismos que colonizam esse ambiente
desprovido de vida, por serem os primeiros seres a se
instalarem so chamados de "organismos pioneiros". A
atividade metablica dos liquens, por exemplo, vai
lentamente modificando as condies iniciais da regio.
Os liquens produzem cidos orgnicos que corroem
gradativamente a rocha, formando atravs da eroso as
primeiras camadas de solo.
Camada sobre camada de lquen, vo formando um
tapete orgnico, que enriquece o solo, deixando o
mesmo mido e rico em sais minerais. A partir de ento
as condies, j no to desfavorveis, permitem o
aparecimento de plantas de pequeno porte, como
brifitas (musgos), que necessitam de pequena
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quantidade de nutrientes para se desenvolverem e
atingirem o estgio de reproduo. Novas e constantes
modificaes se sucedem permitindo o aparecimento de
plantas de maior porte como samambaias e arbustos.
Tambm comeam a aparecer os pequenos animais.
Dessa forma etapa aps etapa a comunidade pioneira
evolui, at que a velocidade do processo comea a
diminuir gradativamente, chegando a um ponto de
equilbrio, no qual a sucesso ecolgica atinge seu
desenvolvimento mximo compatvel com as condies
fsicas do local (solo, clima, etc.). Essa comunidade a
etapa final do processo de sucesso, conhecida como
comunidade clmax. Cada etapa intermediria entre a
comunidade pioneira e o clmax e chamada de sere.
9.6 As caractersticas de uma comunidade clmax:
Ao observarmos o processo de sucesso ecolgica
podemos identificar um progressivo aumento na
biodiversidade e na biomassa total. As teias e cadeias
alimentares se tornam cada vez mais complexas e ocorre
a formao de novos nichos.
A estabilidade de uma comunidade clmax est em
grande parte associada ao aumento no nmero de
espcies e da complexidade das relaes alimentares.
Isso ocorre, pois ao possuir uma teia alimentar complexa
e multidirecional, torna-se mais fcil contornar a
instabilidade ocasionada pelo desaparecimento de uma
determinada espcie. Comunidades mais simples
possuem poucas opes alimentares e, portanto, so mais
instveis. fcil imaginarmos essa instabilidade quando
observamos, como uma monocultura agrcola suscetvel
ao ataque de pragas.
Apesar da biomassa total e a biodiversidade serem
maiores na comunidade clmax, temos algumas diferenas
em relao produtividade primria. A produtividade
primria bruta (total de matria orgnica produzida) em
comunidades clmax grande, sendo maior do que as das
comunidades antecessoras. Entretanto a produtividade
lquida prxima a zero, pois toda a matria orgnica que
produzida consumida pela prpria comunidade. Por
isso uma comunidade clmax estvel, ou seja, no est
mais em expanso.
Em comunidades pioneiras e nas seres, ocorre um
excedente de matria orgnica (Produtividade primria
lquida) que exatamente utilizada para a evoluo do
processo de sucesso ecolgica.
9.7 Tipos de sucesso ecolgica: vale lembrar tambm
que podemos ter dois tipos de sucesso: sucesso
primria e sucesso secundria (Veja algumas
caractersticas na tabela 1).
9.7.1 Sucesso primria: quando a sucesso ocorre em
locais antes desabitados. Exemplo: superfcies rochosas.
Nesse caso as condies iniciais so bastantes
desfavorveis e o processo todo de sucesso mais lento.
9.7.2 Sucesso secundria: quando a sucesso ocorre em
locais que j haviam sido ocupados por uma comunidade
biolgica, mas que sofreu algum distrbio. Exemplo: uma
rea destruda por uma queimada. J aqui na sucesso
secundria, a ocupao prvia propicia condies iniciais
mais favorveis ao estabelecimento de seres vivos e o
processo de sucesso geralmente mais rpido.
Vamos ento fazer um resumo do que vimos at aqui
sobre sucesso ecolgica:
A sucesso ecolgica nada mais do que uma
sequencia de alteraes nas comunidades, o que culmina
com a formao de uma comunidade relativamente
estvel (equilbrio dinmico), equilibrada com o meio.
Tabela 1: Tipos de sucesso ecolgica.
Sucesso
Primria
Sucesso
Secundria
Comea em ... Regio ou local
estril (sem vida
anterior)
Regio ou local
anteriormente j
habitada.
Condies
iniciais
Desfavorveis Favorveis
Estgios
Longos Curtos
Exemplos
Rocha nua
floresta
Campo de cultivo
abandonado
floresta.
9.8 Etapas da sucesso ecolgica: uma sucesso ecolgica
compreende trs estgios:
9.8.1 Comunidade pioneira: pequena e resistente. Ex.:
liquens.
9.8.2 Comunidades intermedirias ou seres: transio
com aumento de diversidade, biomassa, e nmero de
nichos, bem como com a formao de teias alimentares
mais complexas. Ex.: gramneas arbustos pequenas
rvores.
9.8.3 Comunidade climax: comunidade relativamente
estvel.
Durante a sucesso ecolgica, aumentam, alm da
diversidade e do nmero de nichos ecolgicos, o tamanho
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e a complexidade da teia alimentar, a biomassa, a
produo e o consumo. Na comunidade clmax, a
biomassa torna-se estvel, porque a comunidade
consome praticamente tudo o que produz.
EXERCCIOS
1. (UNESP) Considere as afirmativas:
1. Sucesso ecolgica o nome que se d ao processo de
transformaes graduais na constituio das
comunidades de organismos.
2. Quando se atinge um estgio de estabilidade em uma
sucesso, a comunidade correspondente a comunidade
clmax.
3. Numa sucesso ecolgica, a diversidade de espcies
aumenta inicialmente, atingindo o ponto mais alto no
clmax estabilizando-se ento.
4. Numa sucesso ecolgica ocorre aumento de biomassa.
Assinale:
(A) Se todas as afirmativas estiverem incorretas.
(B) Se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) Se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem corretas.
(D) Se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem incorretas.
(E) Se somente a afirmativa 4 estiver correta.
2. (UFCE) Observe as frases abaixo, relativas s
caractersticas de um ecossistema, medida que a
sucesso caminha para o clmax:
(1) A diversidade de espcies vai aumentando.
(2) H um aumento nos nichos ecolgicos, tornando a teia
alimentar mais complexa.
(4) H um aumento na biomassa total do ecossistema.
(8) O ecossistema tende a uma maior estabilidade ao se
aproximar do clmax.
(16) No h modificao do meio fsico do ecossistema
nos diferentes estgios da sucesso.
D, como resposta, a soma dos nmeros das alternativas
corretas.
(A) 3
(B) 4
(C) 8
(D) 12
(E) 15
3. Suponhamos que o charco onde viva a pre e os outros
seres vivos de nossa histria, com o decorrer do tempo,
vai lentamente se modificando. O espelho dgua
diminua, pela progressiva invaso de novas plantas,
causando o assoreamento e a instalao de plantas mais
duradouras; pelo surgimento de novos animais e
desaparecimento de outros. O cenrio se modifica. Esse
fenmeno denomina-se:
(A) Comunidade clmax.
(B) Comunidade em equilbrio dinmico.
(C) Comunidade em equilbrio esttico.
(D) Sucesso ectona.
(E) Sucesso ecolgica.
4. (PUC-SP) Numa sucesso ecolgica de uma comunidade ocorre: (A) Constncia de biomassa e de espcies. (B) Diminuio de biomassa e menor diversidade de espcies. (C) Diminuio de biomassa e maior diversidade de espcies. (D) Aumento de biomassa e menor diversidade de espcies. (E) Aumento de biomassa e maior diversidade de
espcies.
5. So exemplos de organismos pioneiros, capazes de
colonizar ambientes inspitos:
(A) Conferas e musgos.
(B) Fungos e protozorios.
(C) Gramneas e liquens.
(D) Musgos e insetos.
(E) Angiospermas e gimnospermas.
6. Uma diferena entre sucesso ecolgica primria e
sucesso ecolgica secundria :
(A) O tipo de ambiente existente no incio da sucesso.
(B) O tipo de comunidade clmax que se estabelece em
cada caso.
(C) O tempo de durao da sucesso, mais rpido na
sucesso ecolgica primria.
(D) O fato de a sucesso ecolgica secundria levar a
menor biodiversidade.
(E) No existe diferena entre sucesso primria e
secundria, so termos sinnimos.
7. (Unifor-CE) Sobre o fenmeno da sucesso ecolgica,
correto afirmar que:
(A) Uma rocha nua, submetida a condies climticas
muito severas, pode ser colonizada por uma comunidade
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formada por angiospermas dicotiledneas e insetos que
se alimentam dessas plantas.
(B) Uma rea desmatada da floresta amaznica pode dar
origem a um processo de sucesso primria.
(C) Algum tempo aps a colonizao de uma rea, chegam
diversas espcies que passam a competir com as espcies
pioneiras, podendo elimin-las.
(D) Durante o processo de sucesso, surgem novos
microambientes que passam a ser ocupados pelas
espcies mais abundantes naquela regio em particular.
(E) Na sucesso, tanto primria como secundria, verifica-
se um aumento no nmero de espcies, mas uma
diminuio da biomassa total da regio.
8. (UFRGS-RS) Considere as seguintes afirmaes sobre
sucesso ecolgica.
I. Quando uma comunidade atinge o estgio clmax, a teia
alimentar torna-se mais complexa.
II. A composio das espcies tende a permanecer
constante ao longo da sucesso.
III. Os diferentes organismos dos estgios de sucesso
ocasionam modificaes nas condies ambientais locais.
Quais esto corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
9. (UFES) A tradio cultural de algumas tribos indgenas
da Amaznia tem influncia no tipo de agricultura
praticada, que consiste na rotao de reas de plantio,
com derrubada e queimada de pequenas reas de
floresta, para o cultivo por um perodo de quatro anos. Ao
final desse perodo, a baixa fertilidade do solo faz com
que a rea seja abandonada, e uma nova rea
derrubada e queimada. Depois de aproximadamente
vinte anos, volta-se primeira rea, que novamente
desmatada, queimada e cultivada. Do ponto de vista da
ecologia, essa prtica se apoia no conceito de:
(A) Sucesso ecolgica primria, em que ocorre
substituio temporal das espcies colonizadoras.
(B) Sucesso ecolgica secundria, em que h formao
de uma floresta com espcies diferentes das da floresta
original.
(C) Competio intraespecfica, em que as espcies mais
sensveis so eliminadas.
(D) Competio interespecfica, em que as espcies mais
sensveis so substitudas pelas mais resistentes.
(E) Seleo natural, com o aumento da produtividade
primria lquida.
10. (UFMG) Observe esta figura, em que est
representada a recuperao da comunidade de uma rea
que sofreu uma queimada, depois avalie as afirmaes
feitas abaixo e marque a(s) resposta(s) correta(s):
I. Este tipo de sucesso trata-se de uma sucesso
primria.
II. Com o processo de sucesso acontece aumento de
biomassa.
III. Com o processo de sucesso acontece aumento da
complexidade da teia alimentar.
IV. A sucesso indicada no contexto da questo trata-se
de uma sucesso secundria.
10. UNIDADE 10 PROBLEMAS AMBIENTAIS
10.1 Poluio a presena no ambiente de resduos em quantidade superior capacidade que o ambiente tem de absorv-los ou inativ-los, o que pode acarretar prejuzo ao funcionamento do ambiente e/ou danos aos seres vivos.
10.1.1 Poluio atmosfrica: neste caso os resduos produzidos esto presentes no ar, na atmosfera.
Vrias atividades humanas liberam poluentes para a
atmosfera, entre eles podemos listar:
10.1.1.1 Chuva cida: a queima de carvo e de derivados de petrleo em indstrias e usinas termeltricas gera dixido de enxofre (SO2) e dixido de nitrognio (NO2), que se combinam com a gua na atmosfera, formando cido ntrico (HNO3) e cido sulfrico (H2SO4), que precipitam com as chuvas. A chuva cida provoca problemas pulmonares, destruio das folhas da vegetao e danos materiais (esttuas, monumentos, ou prdios, por exemplo).
10.1.1.2 Reduo da camada de oznio: na atmosfera terrestre, na estratosfera, forma-se grande quantidade de gs oznio (O3) por ao da radiao ultravioleta solar. O oznio, derivado do gs oxignio (O2) atmosfrico, constitui uma camada protetora contra a radiao ultravioleta, funcionando como um verdadeiro filtro
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solar. A reduo da camada de oznio deve-se a ao dos clorofluorcarbonos (CFCs), usados como propelentes de aerossis, e tambm em refrigeradores e condicionadores de ar e na produo de isopor. Os CFCs so fracionados na estratosfera, liberando tomos de cloro (Cl) que se combinam com o oznio (O3), provocando sua destruio.
10.1.1.3 Poluio por oznio: nas grandes cidades, poluentes liberados pelos veculos motorizados potencializam a reao de formao de oznio (O3) na baixa atmosfera. Apesar de ser benfico vida quando presente nas altas camadas atmosfricas, o oznio poluente quando se forma na baixa atmosfera, onde vivemos. Esse gs provoca irritao nos olhos e problemas respiratrios, alm de danos vegetao.
10.1.1.4 Monxido de carbono: um gs liberado pela combusto incompleta de combustveis fsseis. Quando inalado e absorvido combina-se com a hemoglobina, reduzindo sua capacidade de transporte de oxignio no organismo, o que pode determinar a morte por asfixia.
10.1.1.5 Efeito estufa e o aquecimento global: o efeito estufa a reteno de calor na atmosfera por ao de gases como o CO2 (gs carbnico), o CH4 (metano), o NO2 (dixido de nitrognio), o N2O (xido nitroso) e vapor dgua.
Parte da radiao solar que chega terra refletida pelas nuvens e pela superfcie terrestre, outra parte absorvida principalmente pelo solo e reirradiada para a atmosfera na forma de calor (radiao infravermelha) que fica aprisionada na camada de gases que compem o efeito estufa.
Este efeito natural e responsvel pela conservao da superfcie terrestre aquecida, impedindo a perda rpida de calor para o espao. Graas ao efeito estufa, a terra mantm uma temperatura mdia compatvel com a existncia de vida.
Vrias atividades humanas, como a combusto de carvo, petrleo, gs natural e matria vegetal (como madeira), entre outras, liberam gases que fazem parte do efeito estufa, o que tem contribudo para a intensificao deste efeito.
Um grupo de cientistas defende que essa intensificao do efeito estufa levar a um aumento na temperatura mdia na superfcie terrestre, o que denominado de aquecimento global. Esse aquecimento causaria uma mudana nos padres globais do clima.
10.1.1.6 Inverso trmica: em condies normais, as camadas mais baixas da atmosfera so mais quentes porque absorvem calor irradiado pela superfcie terrestre. Como o ar quente menos denso, sua tendncia subir, carregando consigo os poluentes em suspenso. O ar quente que sobe substitudo por ar frio que desce, o qual, ao se aquecer, volta a subir. Esse movim