26
Adenilson Silva. Adriano da Silva Keliane Paiva Lana Borges Vanuza Cruz INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNLOGIA DO MARANHÃO – IFMA – CAMPUS CODÓ LICENCIATURA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

AP. Peixes(Atualizada)

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: AP. Peixes(Atualizada)

Adenilson Silva.

Adriano da Silva

Keliane PaivaLana BorgesVanuza Cruz

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNLOGIA DO MARANHÃO –

IFMA – CAMPUS CODÓLICENCIATURA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Page 2: AP. Peixes(Atualizada)

PeixesOs peixes são animais vertebrados aquáticos que vivem nos rios, oceanos e lagos. Apareceram em nosso planeta há milhões de anos, muito antes da espécie humana. Atualmente, existem mais de 28 mil espécies catalogadas.

Page 3: AP. Peixes(Atualizada)

Os peixes possuem uma visão de curta distância, embora enxerguem em todas as direções. Não conseguem ouvir muito bem, porém possuem partes sensíveis no corpo que lhes permitem perceber o que está ocorrendo nas proximidades. O sangue dos peixes, ao contrário do nosso, é frio.O corpo da maioria dos peixes é coberto por escamas e, para se movimentarem, utilizam as barbatanas (nadadeiras).

Page 4: AP. Peixes(Atualizada)

De acordo com a estrutura física, podemos classificar os peixes em dois tipos:

Ósseos Cartilaginosos

É a grande parte dos peixes. Possuem ossos e sistema esquelético. Fazem parte desta categoria a sardinha, a garoupa, o bacalhau, o atum, etc.

Não possuem ossos, apenas cartilagens que dão sustentação ao corpo. É a minoria dos peixes. Os tubarões e arraias fazem parte desta categoria de peixes.

Page 5: AP. Peixes(Atualizada)

Classificação ecológica

Pelágicos Demersais

Do latim pélagos, que significa o "mar aberto“ os peixes que vivem geralmente em cardumes, nadando livremente na coluna de água; fazem parte deste grupo as sardinhas, as anchovas, os atuns e muitos tubarões.

Os que vivem a maior parte do tempo em associação com o substrato, quer em fundos arenosos como os linguados, ou em fundos rochosos, como as garoupas. Muitas espécies demersais têm hábitos territoriais e defendem o seu território ativamente – um exemplo são as moréias, que se comportam como verdadeiras serpentes aquáticas, atacando qualquer animal que se aproxime do seu esconderijo.

Page 6: AP. Peixes(Atualizada)

Batipelágicos Mesopelágicos

Os peixes que nadam livremente em águas de grandes profundidades.

Espécies que fazem grandes migrações verticais diárias, aproximando-se da superfície à noite e vivendo em águas profundas durante o dia. Exemplo deste grupo são os peixes-lanterna.

Page 7: AP. Peixes(Atualizada)

Anatomia internaA bexiga natatória é um órgão que auxilia o peixe a manter-se a determinada profundidade através do controlo da sua densidade relativamente à da água. É um saco de paredes flexíveis, derivado do intestino que pode expandir-se ou contrair de acordo com a pressão; tem muito poucos vasos sanguíneos, mas as paredes estão forradas com cristais.A bexiga natatória possui uma glândula que permite a introdução de gases, principalmente oxigênio, na bexiga, para aumentar o seu volume. Noutra região da bexiga, esta encontra-se em contato com o sangue através doutra estrutura conhecida por "janela oval", através da qual o oxigênio pode voltar para a corrente sanguínea, baixando assim a pressão dentro da bexiga natatória e diminuindo o seu tamanho.

Page 8: AP. Peixes(Atualizada)

Anatomia externaNadadeiras

As barbatanas ou nadadeiras são os órgãos de locomoção dos peixes. São extensões da derme (a camada profunda da pele) suportadas por lepidotríquias, que são escamas modificadas e funcionam como os raios das rodas de bicicleta. Por essa razão, chamam-se raios os que são flexíveis, muitas vezes segmentados e ramificados, ou espinhos, quando são rígidos e podem ser ocos e possuir um canal para a emissão de veneno.Os números de espinhos e raios nas nadadeiras dos peixes são importantes caracteres para a sua classificação, havendo mesmo chaves dicotômicas para a sua identificação em que este é um dos principais fatores

Page 9: AP. Peixes(Atualizada)

Uma nadadeira dorsalUma nadadeira analUma nadadeira

caudalUm par de nadadeiras

ventrais (ou nadadeiras pélvicas) e

Um par de nadadeiras peitorais.

Os peixes apresentam os seguintes tipos de nadadeiras:

Page 10: AP. Peixes(Atualizada)

Escamas ou placasA pele dos peixes é fundamentalmente semelhante à dos outros vertebrados, mas possui algumas características específicas dos animais aquáticos. O corpo dos peixes está normalmente coberto de muco que, por um lado diminui a resistência da água ao movimento e, por outro, os protege dos inimigos. Embora haja muitos grupos de peixes com pele nua, como as enguias, a maior parte dos peixes tem-na coberta de escamas que, ao contrário dos répteis, têm origem na própria derme.

Page 11: AP. Peixes(Atualizada)

Linha lateralUm órgão sensorial específico dos peixes é a linha lateral, normalmente formada por uma fiada longitudinal de escamas perfuradas através das quais corre um canal que tem ligação com o sistema nervoso; aparentemente, este órgão tem funções relacionadas com a orientação, uma espécie de sentido do olfato através do qual os peixes reconhecem as características das massas de água(temperatura, salinidade e outras).

Page 12: AP. Peixes(Atualizada)

Hábitos alimentaresOs peixes pelágicos de pequenas dimensões como as sardinhas são geralmente planctonófagos, ou seja, alimentam-se quase passivamente do plâncton disperso na água, que filtram à medida que respiram", com a ajuda de branquispinhas, que são excrescências ósseas dos arcos branquiais (a estrutura que segura as brânquias ou guelras).Algumas espécies de maiores dimensões têm também este hábito alimentar, incluindo algumas baleias (que não são peixes, mas mamíferos) e alguns tubarões como os zorros (gênero Alopias). Mas a maioria dos grandes peixes pelágicos são predadores ativos, ou seja, procuram e capturam as suas presas, que são também organismos pelágicos, não só peixes, mas também cefalópodes(principalmente lulas), crustáceos ou outros.

Page 13: AP. Peixes(Atualizada)

Os peixes demersais podem ser predadores, mas também podem ser herbívoros, que se alimentam de plantas aquáticas,detritívoros, ou seja, que se alimentam dos restos de animais e plantas que se encontram no substrato, ou serem comensais de outros organismos, como a rémora que se fixa a um atum ou tubarão através dum disco adesivo no topo da cabeça e se alimenta dos restos de comida que caem da boca do seu hospedeiro (normalmente um grande predador), ou mesmo parasitas de outros organismos.

Alguns peixes abissais e também alguns neríticos, como os diabos (família Lophiidae) apresentam excrescências, geralmente na cabeça, que servem para atrair as suas presas; essas espécies costumam ter uma boca de grandes dimensões, que lhes permitem comer animais maiores que eles próprios. Numa destas espécies, o macho é parasita da fêmea, fixando-se pela boca a um "tentáculo" da sua cabeça.

Page 14: AP. Peixes(Atualizada)

Hábitos de reproduçãoA maioria dos peixes é dióica, ovípara, fertiliza os óvulos externamente e não desenvolve cuidados parentais. Nas espécies que vivem em cardumes, as fêmeas desovam nas próprias águas onde os cardumes vivem e, ao mesmo tempo, os machos libertam o esperma na água, promovendo a fertilização. Em alguns peixes pelágicos, os ovos flutuam livremente na água – e podem ser comidos por outros organismos, quer planctônicos, quer nectónicos; por essa razão, nessas espécies é normal cada fêmea libertar um enorme número de óvulos. Noutras espécies, os ovos afundam e o seu desenvolvimento realiza-se junto ao fundo – nestes casos, os óvulos podem não ser tão numerosos, uma vez que são menos vulneráveis aos predadores.

Page 15: AP. Peixes(Atualizada)

O QUE É PIRACEMA?

Todos os anos, durante a piracema, os peixes sobem os rios para desovar e se reproduzir. O longo percurso é cumprido por algumas espécies entre outubro a maio, e a piracema acontece na cabeceira de um rio principal, ou seja, uma bacia hidrográfica que compreende formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais e reservatórios. Há vários obstáculos naturais a serem vencidos pelos peixes durante o trajeto, como corredeiras e cachoeiras.

Page 16: AP. Peixes(Atualizada)

SISTEMA RESPIRATÓRIO DOS PEIXES

Bebem água para respirar. Após a sua entrada ele fecha a boca e pequenos ossos chamados opérculos obstruem a superfície das brânquias, órgãos respiratórios dos peixes. Com os orifícios fechados cria-se uma pressão que impulsiona a água em direção aos filamentos braquiais, responsáveis pela retirada do oxigênio. O sangue flui nos vasos capilares localizados nestas em sentido contrário ao da água. Essa contra-corrente faz o oxigênio passar para a corrente sanguínea e a água absorve o gás carbônico. Após tal processo, que dura segundos, o peixe abre os opérculos eliminando a água. Uma pequena parte dela, contudo, é engolida e vai para o tubo digestivo auxiliar a metabolizar os alimentos, sendo que o excesso é expelido pelos rins.

Page 17: AP. Peixes(Atualizada)

Piscicultura

Aqüicultura ou aquicultura é a produção de organismos aquáticos, como a criação

de peixes, moluscos,crustáceos, anfíbios e o cultivo de plantas aquáticas para uso do

homem.

Page 18: AP. Peixes(Atualizada)

Sistema Extensivo Este sistema se caracteriza por ser realizado em represas construídas utilizando a declividade do terreno, apenas barrando a água, ou em lagos naturais, não havendo a intenção de esgotar totalmente a água nem tão pouco a introdução de espécies exóticas à região. Essa condição é encontrada na maioria das propriedades rurais do Brasil, nas quais essa coleção de água ainda serve de bebedouro para outros animais, para lazer ou subsistência do proprietário e raramente é explorada no aspecto econômico. Quando se encontra essa situação pode-se obter uma produção anual de 200 a 400kg de pescados por hectare de área alagada. Deve-se dizer que essa produção será afetada pela condições climáticas e geográficas da região e pela qualidade da água.

Page 19: AP. Peixes(Atualizada)

Sistema Semi-Intensivo

É o mais difundido no mundo todo. No Brasil, esse sistema é encontrado em mais de 95% das pisciculturas e se caracteriza pela maximização da produção de alimento natural (fito e zooplâncton, bentos e macrófitas) para servir como principal fonte de alimento dos peixes. Outra restrição é que a alimentação de água do viveiro deve somente para repor a água perdida por evaporação e infiltração, sem que ocorra renovação. Isso porque a adubação dos viveiros implica em custos, e a renovação de água, por sua vez, implica em perda desses nutrientes.

Page 20: AP. Peixes(Atualizada)

Construção dos viveiros: Adubação dos viveiros:

A construção é planejada, e utilizam-se máquinas para escavar o viveiros, o qual deve apresentar uma declividade que possa proporcionar o total escoamento da água e facilitar a despesca. A profundidade do viveiro varia em torno de 1m, porém é desejável que possua, no mínimo, 70cm de coluna d'água, pois é nessa faixa que ocorre fotossíntese com maior intensidade.

Para que se possa maximizar a produção de alimento natural, devemos realizar um aporte de minerais que pode ser feito com adubos orgânicos (esterco de bovinos, suínos, eqüinos, etc.) ou químicos (fontes de N e P).

Page 21: AP. Peixes(Atualizada)

Espécies a serem criadas: Alimentação:

Esse sistema de cultivo favorece a criação de espécies com diferentes hábitos alimentares, aproveitando todos os níveis tróficos do ambiente. Ex: podem ser criadas juntas a carpa capim (herbívora), a carpa comum (bentófaga), o pacu e o tambaqui (onívoros).

Como não ocorre renovação da água dos tanques e ocorre uma adubação periódica do viveiro, o fornecimento de alimento artificial (ração) não deve ultrapassar o limite de 50kg/ha/dia. Caso isso ocorra, o ambiente não conseguirá reciclar todo esse material e o consumo de oxigênio pelos organismos decompositores aumentará, acarretando na morte dos peixes por falta de oxigênio dissolvido na água.

Page 22: AP. Peixes(Atualizada)

Sistema Intensivo Viveiros: Esse sistema é aplicado para espécies que podem ser criadas em monocultivo (uma só espécie), que aceitam bem o alimento artificial (ração) e que possuem tamanho de mercado abaixo de 1kg.

Tal qual no semi-intensivo os viveiros são planejados, escavados com máquinas e possuem declividade para facilitar o escoamento da água e despesca dos animais. A diferença está na alimentação de água que deve promover a renovação da água, para suportar a biomassa de pescado estocada e carrear as excretas para fora.

Page 23: AP. Peixes(Atualizada)

Densidade: Alimentação:

Dependendo da disponibilidade e da qualidade da água pode-se estocar entre 1 a 10 peixes por m2. O fluxo de água é controlado para manter, no mínimo, um teor de oxigênio dissolvido (OD) de 3ppm. 

Como a densidade de peixes por m2 é alta, o alimento natural não é capaz de manter sozinho o desenvolvimento completo dos animais. Portanto se faz necessário o fornecimento de um ração completa. Essa, por sua vez, deve se apresentar em forma de comprimidos prensados, onde se deseja uma estabilidade do mesmo de, pelo menos, 10min na água. Nessas condições de criação, a freqüência e o tipo de alimentador (a lanço ou automático), vão depender da disponibilidade de mão de obra, do tipo de ração e do objetivo da exploração. Sempre que possível deve-se fornecer ração a vontade aos peixes, e o tratador deve observar o consumo, evitando assim o desperdício, através da fixação da quantidade de ração em relação ao peso vivo dos animais

Page 24: AP. Peixes(Atualizada)

Sistema Super IntensivoNo desenvolvimento da criação de peixes uma importância considerada para um aumento de produção é dado na utilização máxima dos recursos de água disponíveis. Como inovação, a construção dos chamados sistemas de fluxo contínuo, a área de lâmina de água passa a não ser importante e sim a quantidade de água como fator limitante na produção. Nesse sistema os peixes são estocados em alta densidade em um longo tanque que exige um contínuo fluxo de água, que garante para o pescado um suficiente suplemento de OD, e elimina os dejetos metabólicos. Aqui a densidade de estocagem não é considerada por unidade por m2 e sim biomassa por m3.

Page 25: AP. Peixes(Atualizada)

Densidade:Viveiros: devem ser de alvenaria, construídos para facilitar a saída das excretas através do fluxo de água.

Alimentação: as condições desse sistema favorece a alimentação pelo fornecimento de ração completa. Pode-se usar um alimentador automático pois a concentração facilita o fornecimento da ração.

A biomassa por m3 supracitada depende da espécie que se deseja criar pois cada uma delas apresentam comportamento e metabolismo diferentes. Por exemplo o pacu criado nessas condições suporta uma densidade de até 35kg/m3, sem alterar seu desenvolvimento. Já o matrinchã aceita uma biomassa de no máximo 15kg/m3. Nesses limites para essas duas espécies a taxa de renovação de água está em uma renovação a cada 30 a 40min, sempre mantendo uma teor de OD na saída do tanque de 3ppm.

Page 26: AP. Peixes(Atualizada)

OBRIGADA PELA ATENÇÃO & BOA NOITE!"A personalidade pode abrir portas,

mas somente o caráter consegue

mantê-las abertas."