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FLUXO DE CAIXA USO E APLICAÇÃO EM SISTEMAS CORPORATIVOS Apostila de Orientação Apostila F

Apostila de Fluxo de Caixa Aplicado a Erp[1]

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  • FLUXO DE CAIXA

    USO E APLICAO EM SISTEMAS CORPORATIVOS

    Apostila de Orientao

    Apostila

    F

  • Fluxo de Caixa Aplicado a Sistemas Coorporativos Maj Service Autor Jorge Tomazi Trajane Todos os Direitos Reservados Cpia Proibida

    M A J S E R V I C E L T D A

    Cursos e Treinamentos Coorporativos

    MAJ SERVICE LTDA 29.240-000 Rua VII, Lote 3 Sala 2 Alfredo Chaves - ES

    [email protected]

  • ndice analtico

    Introduo __________________________________________ 2

    Objetivos deste Curso _________________________________ 3

    Fluxo de Caixa ____________________________________ 3

    Abrangncia ______________________________________ 3

    Objetivo Principal _________________________________ 3

    Conceitos ___________________________________________ 4

    Anlise da Informao ao Longo do Tempo Padronizao 4

    Regime de Caixa ___________________________________ 4

    Regime de Competncia ____________________________ 4

    Resultado Contbil_________________________________ 4

    Resultado Financeiro _______________________________ 5

    Resultado Econmico _______________________________ 5

    Plano de Contas ___________________________________ 5

    Caixa ____________________________________________ 6

    Fluxo de Caixa ____________________________________ 6

    Origem de Recursos ________________________________ 6

    Aplicao de Recursos ______________________________ 7

    Custo sobre Origens Emprestadas por Terceiros ________ 7

    Rendimentos na Aplicao Financeira de Recursos ______ 7

    Como Montar um Plano de Contas ______________________ 8

    Hierarquizao de Contas ___________________________ 8

    Exemplo de Plano de Contas para Fluxo de Caixa _______ 8

    Diferena para o Plano Contbil _____________________ 9

    Apropriao do Compromissado e do Realizado _________ 9

    Realizado x a Realizar ______________________________ 9

    Diferena entre Sistemas ____________________________ 9

    Contas que Merecem Cuidados Especiais _____________ 10

    Fluxo de Caixa Realizado _____________________________ 11

    Realizado _______________________________________ 11

    Fluxo de Caixa pelo Mtodo Direto ou Fluxo de Caixa

    Contbil ________________________________________ 11

    Fluxo Caixa Financeiro _____________________________12

    Fluxo de Caixa Projetado ______________________________14

    Fluxo de caixa projetado ____________________________14

    Projeo em Curto Prazo ___________________________14

    Projeo em Longo Prazo ___________________________14

    Projeo das Receitas ______________________________15

    Projeo das Despesas ______________________________15

    Modelo de Fluxo de Caixa Projetado __________________15

    Sistemas Coorporativos ________________________________17

    Independncia entra a Apropriao do Compromissado e do

    Realizado ________________________________________17

    Ferramentas de Incluso e Gerenciamento de Previses __17

    Oramento Empresarial ____________________________17

    Pedidos em Carteira e Ordem de Compra a atender _____17

    Fluxo de Caixa com Ferramentas de Cubo _____________18

    Dia a Dia do Fluxo de Caixa ___________________________19

    Crdito Rotativo ___________________________________19

    Rotina Diria do Fluxo _____________________________19

    Passo 1 Saldo dos Bancos __________________________19

    Passo 2 Crditos Rotativos _________________________20

    Passo 3 Contas a Receber __________________________20

    Passo 4 Contas a Pagar ____________________________21

    Passo 5 Primeira anlise ___________________________21

    Passo 6 Necessidade de Crdito _____________________21

    Recebveis em Atraso _______________________________22

    Formas de Emprstimos ____________________________22

    Endividados ______________________________________23

    Concluso ________________________________________23

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    Introduo

    As relaes capitalistas de troca de bens e servios por empresas e indivduos tornam-se cada vez mais complexas e dinmicas. A expresso Time is Money dos anos 80 nunca esteve to atual. Ela sintetiza bem a relao de tempo versus recursos e a aplicao de recursos a tempo.

    Cada indivduo possui necessidades variadas como alimentao, moradia, higiene, vesturio. Como no conseguimos produzir com nossas prprias mos tudo aquilo que necessitamos, buscamos adquirir de terceiros os produtos ou servios que nos satisfaam.

    A relao necessidade versus satisfao por meio de troca culminou em nossa complexa sociedade capitalista, em que a moeda o facilitador das trocas nas relaes de trabalho e na comercializao de bens e servios.

    Essas necessidades se refletem em gastos, ou seja, no montante em moeda que deve ser entregue em contra partida ao que foi adquirido junto a terceiros. Porm esse montante em moeda no financiado pelo Estado e muito menos infinito, ele oriundo do montante recebido em moeda pelo exerccio de uma profisso ou atividade econmica.

    Em resumo, indivduos e empresas fazem parte do mesmo ciclo onde cada um uma unidade econmica que necessita vender para obter recursos e comprar para suprir as necessidades.

    O fluxo de caixa a relao na linha do tempo entre as entrada de recursos e sua aplicao na aquisio de bens e servios. Porm nem sempre essa relao harmnica, existindo pontos nesta linha de sobras ou faltas de recursos para equilibrar essa relao.

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    Objetivos deste Curso

    Fluxo de Caixa

    Neste curso estaremos tratando os conceitos e aplicao do fluxo de caixa como ferramenta de gesto dos recursos, ou seja, o fluxo temporal de relao entre os recursos disponveis e as obrigaes assumidas.

    Abrangncia

    No nos aprofundaremos na gesto financeira, ou seja, nas fontes disponveis no mercado para obter recursos e nas formas de aplicao de recursos para obter rendimentos financeiros.

    Objetivo Principal

    O objetivo principal dominar os conceitos e a ferramenta Fluxo de Caixa e como utiliza-la em sistemas coorporativos (ERP).

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    Conceitos

    Anlise da Informao ao Longo do Tempo Padronizao Uma empresa necessita fazer comparaes de informaes ao longo do tempo e utiliza-las como base para tomada de decises futuras. Uma das premissas para que isso seja possvel a padronizao de conceitos e a padronizao do uso de ferramentas gerenciais, dentre elas o fluxo de caixa.

    Por exemplo, se em 2005 eram computados na conta despesas administrativas todas os gastos referentes ao escritrio. Caso em 2006 essas mesmas despesas sejam divididas em dois novos grupos: despesas de escritrio e despesas de informtica, a comparao ao longo do tempo ficar prejudicada, pois ser necessrio que o analisador tenha conhecimento da mudana e faa as devidas correes em sua anlise.

    Na implantao da ferramenta de fluxo de caixa ser necessrio que os conceitos e aplicabilidades sejam definidos e assimilados por todos envolvidos. Sugerimos que a empresa transforme esse conceitual em descritivos num manual interno que possa ser utilizado por todos envolvidos.

    Regime de Caixa

    Regime de caixa a forma de apurao de resultados baseado na data em que o efetivo pagamento ou recebimento ocorreu no fluxo.

    Essa viso somente recomendada para uso nas anlises de fluxo de caixa e altamente enganadora para verificao de lucros ou prejuzos.

    Regime de Competncia

    Regime de competncia a forma como a contabilidade apropria as receitas e despesas de uma empresa, observando o momento de sua efetiva realizao e no a de desembolso.

    Resultado Contbil

    A Contabilidade a nica capaz de medir o Lucro/Prejuzo de uma entidade em um determinado perodo. Seus princpios garantem a uniformidade da informao e a possibilidade de anlise por diversos grupos de usurios.

    O resultado contbil o lucro ou prejuzo baseado no custo histrico e seu conceitual cientfico determina que a Entidade reconhea seus custos e receitas dentro de suas efetivas competncias.

    O formato cientfico da contabilidade, com seus postulados, princpios e normativas garante o resultado demonstrado como uma informao real e de anlise ampla e irrestrita.

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    ATIVO PASSIVO

    Patrimnio Lquido

    Lucro ou Prejuzo

    Resultado Financeiro

    O resultado financeiro no possui como base os princpios e estudos de uma cincia, como a contabilidade. Seu resultado depende diretamente da forma como cada empresa aplica tcnicas difundidas de formas variadas no mercado.

    O resultado financeiro no demonstra se a empresa obteve lucro ou prejuzo, simplesmente demonstra a forma como os recursos monetrios foram utilizados na linha do tempo.

    Por exemplo, para a contabilidade a compra de um veculo um Ativo e no afeta o resultado da empresa, somente sua depreciao afetar o resultado.

    No Caixa, a compra de um veculo inteiramente deduzida do saldo e representa uma aplicao de recursos, ou seja, uma empresa pode estar com o caixa deficitrio e necessitar de financiamentos para comprar um veculo e mesmo assim possuir lucro contbil.

    Nas tcnicas de demonstrao financeira o que levado em conta o valor do dinheiro na linha do tempo e suas variadas formas de origem a aplicao.

    Resultado Econmico

    O resultado econmico tambm depende da aplicao de tcnicas variadas e no possu um padro cientfico definido. Sua principal varivel adicionar os elementos do custo de oportunidade, ou seja, a comparao com os resultados que poderiam ser obtidos com a aplicao dos mesmos em outras atividades.

    O resultado econmico tambm avalia a situao patrimonial da empresa dentro de seu valor de mercado, ignorando o custo histrico contbil. A maior dificuldade desta metodologia a dificuldade de obter os valores de mercado para todos os itens patrimoniais e seus demonstrativos acabam no possuindo uniformidade nas tcnicas aplicadas de valorao.

    Plano de Contas

    O plano de contas um elenco de nomes que representam o agrupamento de origens e aplicao de recurso dentro do fluxo de caixa. Cada nome representa uma conta especfica, como por exemplo: Receita de Vendas; Despesas de Informtica; etc.

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    O plano de contas um dos elementos de padronizao que iremos utilizar para que o fluxo de caixa seja uma pea de anlise ampla e atemporal.

    Alm dos nomes das contas adicionada uma classificao numrica que permite agrupar contas com semelhanas entre si, por exemplo:

    1 Receita Total 1.1 Receita de Vendas 1.2 Receitas de Servios 2 Despesas 2.1 Despesas Operacionais 2.2 Despesas com Vendas 2.3 Despesas de Escritrio

    Figura 1 Pequeno Exemplo de Plano de Contas

    Caixa

    O caixa o somatrio de todos os recursos disponveis pela empresa para liquidez imediata, podendo estar representado em saldos bancrios ou espcie em poder da prpria empresa.

    Fluxo de Caixa

    o comportamento do fluxo de entrada e sada de recursos do caixa ao longo de um perodo.

    R$500,00 + R$200,00 + R$400,00 0 --------- 1 --------------- 2 -------------- ... 30 - R$300,00 - R$250,00

    Origem de Recursos

    As origens de recurso so todas as fontes que a empresa obtm fluxos positivos de caixa, como por exemplo:

    Recebimento de venda de mercadorias;

    Recebimento de prestao de servios;

    Recebimento de venda de ativos;

    Desconto de recebveis em bancos;

    Saques em contas garantidas;

    Emprstimos de capital de giro;

    Financiamentos, leasing ou FINAME para aquisio de bens;

    Etc.

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    Aplicao de Recursos

    As aplicaes de recursos so todas as fontes que a empresa obtm fluxos negativos de caixa, como por exemplo:

    Aquisio de mercadorias ou matrias primas;

    Aquisio de insumos e materiais de consumo;

    Pagamento de mo-de-obra;

    Aquisio de ativos;

    Pagamento de emprstimos;

    Investimentos em renda fixa ou varivel;

    Compra de aes;

    Etc.

    Custo sobre Origens Emprestadas por Terceiros

    A origem de capital relacionada a crditos que obtemos junto a terceiros, geralmente instituies financeiras, possui custos que devem ser observados antes da tomada de deciso.

    Nas prestaes ou nos valores descontados de recebveis alm dos juros existem outros encargos como taxas administrativas, taxas de cadastro, seguro e outros desembolsos que podem mascarar a verdadeira taxa de juros.

    Rendimentos na Aplicao Financeira de Recursos

    A boa gesto do fluxo de caixa possibilita empresa determinar as sobras de recursos e os prazos em que sero necessrios para aplicao no fluxo. Com essas informaes a empresa pode aplicar e obter rendimentos, ou seja, o dinheiro gerando dinheiro.

    As aplicaes possuem ganhos e graus de risco variados, ou seja, para cada tipo de rentabilidade oferecida existe um risco aliado.

    Os maiores riscos esto geralmente na compra de papeis em bolsa de valores, pois possvel perder o capital aplicado, porm geralmente oferecem a maiores rentabilidades.

    necessrio pesquisar ao mximo sobre os riscos e garantias de uma aplicao antes de adquira-la e nunca esquecer de observar o tempo que ela estar liberada, ou seja o D + X.

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    Como Montar um Plano de Contas

    Hierarquizao de Contas

    O plano de contas nos permite hierarquizar as origens e aplicaes do caixa de forma a permitir relatrios e visualizaes dentro do padro desejado pela empresa.

    Caso o fluxo de caixa esteja sendo feito mo ou no excel o a utilizao uniforme do plano de contas dificultada, os sistemas coorporativos exigem sua utilizao de forma obrigatria.

    A hierarquizao representada pela adoo da mscara de classificao dos planos de contas. So seqncias de algarismos, geralmente separados por pontos, que em uma rpida visualizao j se percebe os nveis hierrquicos e os agrupamentos definidos.

    As classes so ordenadas da esquerda para direita e as contas de nveis superiores ou sintticos possuem menor nmero de algarismos, indicando sua superioridade em relao aos que possuem a mesa raiz de conta, porm adicionam outras subdivises.

    Exemplo de Plano de Contas para Fluxo de Caixa

    1 Origens de Recursos

    1.01 Recebimentos Lquidos

    1.01.001 Venda de Mercadorias

    1.01.002 Prestao de Servios

    1.02 Crdito com Terceiros

    1.03.001 Desconto de Recebveis

    1.03.002 Saques em Contas Garantidas

    1.03.003 Emprstimos de Capital de Giro

    1.03.004 Financiamento, Leasing, FINAME;

    2 Aplicao de Recursos

    2.01 Atividade Econmica

    2.01.001 Compra para Estoques de mercadorias

    2.01.002 Compra de matria Prima

    2.01.003 Despesas diretas na prestao dos Servios

    2.02 Despesas

    2.02.001 Material de Escritrio

    2.02.002 Combustvel

    2.02.003 Luz

    2.02.004 gua

    2.03 Pagamento de Crditos com Terceiros 2.03.001 Parcela Emprstimo, Financiamento, Leasing, FINAME

    2.03 Pagamento de Impostos 2.04.001 ICMS

    2.04.002 IPI

    2.04.003 PIS

    2.03.04 COFINS 2.05 Imobilizado

    2.05.001 Veculos

    2.05.002 Equipamentos

    2.05.003 Mveis e Utenslios

    Figura 2 - Exemplo de Plano de Contas Financeiro

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    Diferena para o Plano Contbil

    O plano de contas financeiro no pode ser confundido com o plano de contas contbil, pois o caixa possui somente dois grupos: origem e aplicao, enquanto a contabilidade possui uma complexidade maior ao conter grupos patrimoniais (Ativo e Passivo) e grupos de resultado (Receitas, Despesas e Custos).

    O mais importante na montagem do plano de contas saber como se deseja extrair os relatrios de anlise, ou seja, necessrio saber onde se deseja chegar para poder trilhar o caminho.

    O plano de contas utilizado no exemplo dificultaria a anlise das despesas operacionais e parte do pressuposto que o sistema permite apropriar o realizado.

    Apropriao do Compromissado e do Realizado

    Compromissado ou proviso a apropriao das origens ou aplicao do fluxo no momento da compra ou venda, no momento que criado o direito ao recebimento ou a obrigao do pagamento.

    Realizado ou quitao a apropriao das origens ou aplicao do fluxo no momento do efetivo pagamento ou recebimento, ou seja, na real movimentao do caixa.

    Realizado x a Realizar

    O fluxo de caixa trabalha com duas vises distintas, porm de igual importncia. A primeira a viso do realizado, que permite que a empresa analise o que ocorreu e faa as projees necessrias para o futuro. A segunda a realizar, que o fluxo do que ir acontecer, ou seja, os compromissos e direitos j assumidos, bem como as previses baseadas no histrico da empresa.

    Diferena entre Sistemas

    Os sistemas possuem vises diferentes sobre a apropriao das receitas e despesas no financeiro:

    1 - Alguns sistemas possuem vantagens ao permitir apropriar o compromissado e o realizado separadamente, apesar de aparentemente aumentarem o trabalho do usurio na digitao de documentos, aumenta o nmero de possibilidade de uma gesto mais efetiva do fluxo de caixa;

    2 - Alguns sistemas permitem somente apropriar o compromissado. O realizado calculado na proporo da quitao do ttulo em relao ao total, por exemplo, em um documento de DESPESA DE ALIMENTAO de R$500,00, pagos em duas vezes, ele jogaria como realizado o valor de R$250,00 em efetivo pagamento de cada parcela.

    Apesar dos dois formatos parecerem semelhantes, inmeras situaes do dia a dia tornam os sistemas com a possibilidade de apropriar o realizado melhores para a

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    gesto do fluxo de caixa, como por exemplo, a apropriao dos juros de mora, das multas, dos descontos, o que no possvel nos sistemas que no apropriam o realizado.

    Contas que Merecem Cuidados Especiais

    Algumas contas merecem cuidados especiais em sua criao no plano de contas, pois vo determinar o comportamento futuro dos lanamentos no sistema.

    Financiamento - para que a aplicao possa ser representada na aplicao necessrio apropriar o crdito obtido com financiamento na origem. Caso no represente como origem, somente as parcelas de desembolso podem ser representadas na aplicao.

    Essa mesma sistemtica vai acontecer com contas como: emprstimos, leasing, financiamentos, FINAME, etc.

    Compra de material de consumo para estoque - quando a empresa utiliza a apropriao por centro de custos somente poder ser reconhecido o departamento de efetivo uso do material em sua real aplicao.

    Os adiantamentos tambm merecem tratamento diferenciado, pois a realizao da aplicao acontece antes do compromissado. Para o adiantamento deve ser adotada uma sistemtica dentro das possibilidades do sistema, porm o ideal seria que no lanamento do adiantamento no fosse informado o compromissado, somente o realizado e na entrada do documento de proviso seja somente compromissado e no realizado.

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    Fluxo de Caixa Realizado

    Realizado

    A possibilidade de anlise das informaes passadas tornaram-se mais relevantes no Brasil aps o Plano Real, pois a estabilidade da moeda permite que perodos maiores sejam comparados e utilizados como base para projees futuras.

    Analisar o fluxo de caixa realizado importantssimo para a empresa avaliar seus erros e acertos, traar novas metas buscando novos acertos e evitando os erros do passado.

    A finalidade do fluxo de caixa realizado mostrar como se comportaram as origens e as aplicaes de recursos financeiros da empresa em determinado perodo. O estudo cuidadoso do fluxo de caixa realizado, alm de propiciar anlise de tendncia, serve de base para o planejamento do fluxo de caixa projetado.

    Outro aspecto que deve ser considerado a comparabilidade que existe entre os fluxos de caixa realizado e o projetado. Isto possibilita identificar os motivos das variaes ocorridas, se ocorreram por falha de projees ou por falhas de gesto.

    A anlise das variaes ocorridas no fluxo de caixa permite identificar as causas de eventuais divergncias de valores; funciona como feedback, gerando informaes para o processo decisrio e para o planejamento financeiro futuro.

    Fluxo de Caixa pelo Mtodo Direto ou Fluxo de Caixa Contbil

    A contabilidade tambm possui um relatrio contbil chamado Fluxo de Caixa, que pode ser pelo mtodo direto ou indireto. Neste curso vamos apenas demonstrar o mtodo direto e apresentar algumas diferenas entre a viso contbil do fluxo de caixa e a viso financeira do fluxo de caixa.

    A contabilidade elabora seu fluxo de caixa a partir das informaes contbeis de um perodo j realizado e sua metodologia demonstrar como o caixa da empresa foi utilizado na execuo de suas atividades.

    Apesar do modelo de relatrio contbil lembrar alguns exemplos de relatrios financeiros, a diferena maior que a contabilidade utilizou o regime de competncia para fazer seus lanamentos.

    Neste relatrio tambm aparecem outros elementos contbeis no presente em relatrios financeiros, como a depreciao e o lucro do perodo.

    O relatrio de fluxo de caixa contbil visa demonstrar o comportamento do caixa em relao o lucro/prejuzo do perodo, permite principalmente identificar a aplicao que recebeu o lucro da empresa, ou seja, porque o lucro no se reflete diretamente no Caixa.

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    Fluxo de caixa das atividades operacionais Recebimentos de clientes xx Dividendos recebidos xx Juros recebidos xx Recebimentos por reembolso de seguros xx Recebimentos de lucros de subsidirias xx (-) Pagamentos a fornecedores (xx) (-) Pagamentos de salrios e encargos (xx) (-) Imposto de renda pago (xx) (-) Juros pagos (xx) Outros recebimentos ou pagamentos lquidos xx

    Caixa Lquido das Atividades Operacionais xx Fluxo de caixa das atividades de investimentos

    Alienao de imobilizado xx Alienao de investimentos xx (-) Aquisio de imobilizado (xx) (-) Aquisio de investimentos (xx)

    Caixa Lquido das Atividades de Investimentos xx Fluxo de caixa das atividades de financiamentos

    Integralizao de capital xx Juros recebidos de emprstimos xx Emprstimos tomados xx Aumento do capital social xx (-) Pagamento de leasing (principal) (xx) (-) Pagamentos de lucros e dividendos (xx) (-) Juros pagos por emprstimos (xx) (-) Pagamentos de emprstimos/debntures (xx)

    Caixa Lquido das atividades de financiamentos xx Aumento ou reduo de Caixa Lquido xx Saldo de Caixa Inicial xx Saldo de Caixa Final xx

    Figura 3 - Modelo de Fluxo de Caixa Contbil pelo Mtodo Direto

    Fluxo Caixa Financeiro

    O fluxo de caixa realizado pode ser no formato sinttico ou analtico, porm sempre vinculado temporalidade, podendo variar por dia ou por ms e at mesmo por ano.

    Conta 26 27 28 29 30 Prxima

    Sema Na

    Prximos

    15 Dias

    At o Fim do

    Ms

    Prximo Ms

    Res tan te

    Saldo de Caixa

    Bancos 500,00 420,00 920,00 1.020,0 1.320,00 1.720,00 1.520,00 1.720,00 3.520,00 12.920,0

    Origem

    Recebimentos 120,00 500,00 450,00 300,00 400,00 2.000,00 5.000,00 1.770,00 15.000,0 70.000,0

    Aplicaes

    D. Administrativas (200,00) (350,00) (550,00) (13.200,)

    Mo-de-Obra (2.200,0) (2.300,0) (30250,)

    Impostos (3.000,0) (3.300,0) (28.760,)

    Figura 4 - Modelo de Fluxo Realizado Dia

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    CONTA JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    Saldo de Caixa

    Bancos

    Origem

    Recebimentos

    Aplicaes

    D. Administrativas

    Mo-de-Obra

    Impostos

    Figura 5 - Modelo de Fluxo de Caixa Realizado Mensal

    Conta

    2007 2008 2009

    1 TRI

    2 TRI

    3 TRI

    4 TRI

    1 TRI

    2 TRI

    3 TRI

    4 TRI

    1 TRI

    2 TRI

    3 TRI

    4 TRI

    Saldo de Caixa

    Bancos

    Origem

    Recebimentos

    Aplicaes

    D. Administrativas

    Mo-de-Obra

    Impostos

    Figura 6 - Modelo de Fluxo de Caixa Realizado Anual por Trimestre

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    Fluxo de Caixa Projetado

    Fluxo de caixa projetado

    O objetivo principal do fluxo de caixa projetado informar como se comportar o fluxo de origens e aplicaes de recursos financeiros em determinado perodo, podendo ser projetado a curto ou em longo prazo.

    Projeo em Curto Prazo

    Em curto prazo busca-se identificar os excessos de caixa ou a escassez de recursos dentro do perodo projetado, para que atravs dessas informaes se possa traar uma adequada poltica financeira.

    bom lembrar que as informaes de que a empresa dispe para elaborar o fluxo de caixa projetado em curto prazo diferem daquelas que esto disponveis quando se projeta em longo prazo.

    Normalmente, quando se projeta em curto prazo, as principais operaes que vo provocar entradas e sadas de dinheiro j foram compromissadas e a empresa trabalha com relativo grau de certeza dos recebimentos e/ou pagamentos dentro do perodo.

    Projeo em Longo Prazo

    Em longo prazo, o fluxo de caixa projetado, alm de identificar os possveis excessos ou escassez de recursos, visa tambm obter outras informaes importantes, tais como:

    Verificar a capacidade da empresa de gerar os recursos necessrios para custear suas operaes;

    Determinar o capital em giro no perodo;

    Determinar o ndice de Eficincia Financeira da empresa (IEF = capital em giro / capital de giro da empresa);

    Determinar o grau de dependncia de capitais de terceiros da empresa; etc.

    No entanto, quando se projeta em longo prazo, o que se conhece so apenas projeo das operaes de ingressos e/ou desembolsos de recursos financeiros, ficando o fluxo de caixa projetado em longo prazo exposto a eventos estranhos ao conhecimento primrio por parte da empresa, podendo comprometer as previses consideradas.

    Para que a projeo em longo prazo seja mais eficiente necessrio que a empresa trabalhe com a ferramenta de oramento anual que fornece maiores subsdios para as projees necessrias.

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    Projeo das Receitas

    As projees das receitas so baseadas na anlise de informaes passadas e na aplicao de percentuais de crescimento ou recuo baseados na poltica comercial da empresa, no ciclo de maturao do produto e na conjuntura micro e macro econmico projetadas.

    Por prudncia a projeo de receitas em longo prazo deve ser conservadora, pois a prtica demonstra que menos danoso para empresa errar na projeo para baixo do que comprometer as receitas que no acontecero efetivamente.

    Projeo das Despesas

    As despesas possuem um grau maior de facilidade do que as receitas, pois um grande nmero de despesas so fixas ou possuem pequeno grau de variao.

    As compras para estoque de mercadorias ou matria primas so baseadas na projeo das receitas e geralmente se conhece ou o percentual de markup mdio do mercado para as mercadorias de revenda ou a composio de cada produto no caso de matria prima.

    Logicamente o preo de venda do produto comporta-se de forma diferente do preo de compra de estoques, pois existem variveis como cmbio e entressafras que nem sempre podem ser repassadas para o preo de venda.

    Da mesma forma que as receitas a prudncia necessria para quem projeta em longo prazo. Deve-se sempre projetar as despesas com um grau maior de pessimismo para forar a empresa trabalhar constantemente em regime de conteno de gastos e economias financeiras.

    Modelo de Fluxo de Caixa Projetado

    Dependendo do sistema que utilizado e as ferramentas disposio para anlise prudente que os valores projetados ou previstos estejam destacados do j compromissados, desta forma podemos observar distores e at duplicidades.

    Conta 26 27 28 29 30 Prxima Semana

    Prximos 15 Dias

    At o Fim do Ms

    Prximo Ms

    Restan te

    Saldo de Caixa

    Bancos

    Origem

    Contas a Receber

    Previses de Recebimentos

    Aplicaes

    D. Administrativas

    D. Administrativas Previstas

    Mo-de-Obra

    Mo-de-Obra Prevista

    Impostos

    Impostos Previstos

    Figura 7 - Modelo de Fluxo de Caixa Projetado

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    Os valores previstos podem ser destacados em grupos para permitir totais separados e consolidados, como segue:

    Conta 26 27 28 29 30 Prxima Semana

    Prximos 15 Dias

    At o Fim do Ms

    Prximo Ms

    Res tan te

    Saldo de Caixa

    Bancos

    Compromissados

    Origem

    Contas a Receber

    Aplicaes

    D. Administrativas

    Mo-de-Obra

    Impostos

    Previsto

    Origem

    Contas a Receber

    Aplicaes

    D. Administrativas

    Mo-de-Obra

    Impostos

    Figura 8 - Modelo de Fluxo de Caixa Previsto Agrupado

    Os outros modelos apresentados para o fluxo de caixa realizado podem ser utilizados para o fluxo de caixa projetado, na verdade o ideal que os relatrios sejam os mesmos, somente modificando os perodos de filtro e o destaque da informao de previso em relao informao do compromissado.

    Outra forma de visualizao desses relatrios substituir o nome das contas pelo nome dos clientes e fornecedores. Esse modelo utilizado na reprogramao de prazos e confirmao dos recebveis.

    Conta 26 27 28 29 30 Prxima Semana

    Prximos 15 Dias

    At o Fim do Ms

    Prximo Ms

    Res tan te

    Saldo de Caixa

    Bancos

    Compromissados

    Origem

    Jos da Silva

    Aplicaes

    Escelsa

    Folha de Pagamento

    Receita Estadual

    Figura 9 - Modelo de Fluxo por Cliente / Fornecedor

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    Sistemas Coorporativos

    Independncia entra a Apropriao do Compromissado e do Realizado

    O fluxo de caixa projetado no ferramenta comum para todos os sistemas coorporativos e alguns que o comercializam na prtica no possuem ferramentas que facilitem seu uso.

    Como j vimos possibilidade de informar o realizado de forma independente do compromissado um ponto positivo em relao proporcionalidade matemtica do compromissado versus o j quitado.

    Ferramentas de Incluso e Gerenciamento de Previses

    Uma ferramenta de enorme relevncia a possibilidade de projeo de Receitas e Despesas previstas, pois permitem a incluso de valores j conhecidos ou projetados e seu gerenciamento para evitar duplicidade.

    Muitos sistemas possuem a incluso das previses, mas o gerenciamento para evitar duplicidade nem sempre claro e inteligente, por exemplo, foi inclusa a conta de telefone no valor de R$500,00 para todos os meses do ano, o sistema tem que possuir mecanismo para que quando a conta real de cada ms for compromissada a previso no dobre o valor da despesa.

    Oramento Empresarial

    A melhor forma de trabalhar as projees do fluxo de caixa buscar informaes no oramento empresarial. Esta ferramenta, quando utilizada corretamente, est baseada em tcnicas de projeo que envolve toda empresa e so seu norte para atingir os objetivos.

    A grande dificuldade de alinhar o fluxo de caixa com o oramento empresarial eliminar as duplicidades com as contas j compromissadas. Como saber, por exemplo, que determinada despesa esta compromissada em duplicidade ou se o valor realmente extrapolou o previsto no oramento.

    Pedidos em Carteira e Ordem de Compra a atender

    Alguns sistemas permitem incluir os pedidos em carteira e as ordens de compra a atender no fluxo de caixa projetado. A incluso de ambos permite aumentar o grau de certeza do projetado, porm tambm podem incorrer nas duplicidades entre o previsto e ao compromissar.

    necessrio observar os nveis de cada tipo de pedido de venda ou ordem de compra para distinguir os efetivamente j est em andamento e as promessas de compra e venda com baixa possibilidade de ocorrncia.

    Em sistemas que no utilizem o Oramento Empresarial ou em sistemas que no permitam a vinculao do mesmo com o fluxo de caixa, pode-se utilizar os pedidos

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    como fonte de informao para o fluxo, a previso de vendas e compras de estoques a curto e longo prazo pode ser realizada por este caminho.

    Nesse caso necessrio criar mecanismos que evitem as duplicidades entre as vendas ou compras previstas e as j compromissadas.

    Fluxo de Caixa com Ferramentas de Cubo

    Os cubos so ferramentas que permitem a visualizao de dados em trs dimenses e so muito interessantes para visualizao do fluxo de caixa.

    Caso o sistema coorporativo no possua tal ferramenta possvel trabalhar com ferramentas externas para essa finalidade, bastando para isso ou a exportao manual dos dados ou a conexo direta entre a ferramenta de cubo e o banco de dados do sistema coorporativo.

    A ferramenta de cubo mais comum do mercado o Excel que atravs de sua planilha dinmica permite a criao de vises interessantes de cubos.

    Figura 10 - Tabela Dinmica de Fluxo de Caixa em Excel

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    Dia a Dia do Fluxo de Caixa

    Crdito Rotativo

    Pouqussimas empresas conseguem tocar seus negcios com 100% de capital prprio. A grande maioria faz uso de crditos rotativos junto a instituies financeiras para suprir suas necessidades dirias de caixa.

    O crdito rotativo o limite pr-aprovado que fica a disposio da empresa para eventuais saques. Geralmente lastreado por recebveis depositados a ttulo de cauo junto instituio.

    Essa modalidade bem atrativa por possuir taxas menores de juros, pois sua garantia est baseada em algo de boa liquidez e de baixo risco.

    A instituio financeira avalia o nvel da carteira de recebveis da empresa, ou seja, o valor mdio do ttulo, o padro dos clientes e o prazo mdio de recebimento. Mediante essa anlise oferece uma taxa de juros e um limite de crdito em contra partida a garantia oferecida.

    O mercado geralmente ficar com limite de crdito liberado a no mximo 80% do valor das garantias oferecidas.

    Rotina Diria do Fluxo

    Geralmente as empresas conciliam seus caixa e bancos na manh do dia seguinte. Aps essa conciliao e de posse do saldo bancrio real iniciada a anlise do fluxo de caixa.

    Se partirmos do princpio que a empresa possui regularidade na anlise do fluxo, normalmente no encontrar surpresa em sua anlise diria, pois as aes anteriores j contemplavam as solues para a demanda do caixa do dia.

    Para efeitos deste curso vamos partir do princpio que hoje o primeiro dia de montagem do fluxo e necessitamos juntar todos os elementos para fechar o movimento do dia.

    Passo 1 Saldo dos Bancos O primeiro passo separar o saldo de todas as contas bancrias j deduzidas dos valores no compensados.

    Muitas empresas cometem o erro elementar de usar o saldo apontado no extrato dos bancos e no observam os pagamentos j efetuados, mas que ainda no foram compensados.

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    Passo 2 Crditos Rotativos O segundo passo verificar quais as linhas de crditos rotativos que a empresa possui e quanto seus limites esto tomadas, ou seja, o quando de crdito j foi utilizado pela empresa.

    No crdito rotativo o limite do crdito disponvel vinculado a uma equao matemtica simples, como no exemplo abaixo:

    1 - Montante de recebveis em cauo R$100.000,00

    2 Multiplicado pelo percentual de garantia 80%

    3 Limite bruto disponvel R$80.000,00

    4 Subtrado do crdito tomado R$35.000,00

    5 Adicionado dos recebveis em cauo Liquidados pelos clientes no dia anterior R$15.000,00 6 Total do crdito disponvel R$30.000,00

    Passo 3 Contas a Receber As contas a receber devem ser separadas diariamente todos os ttulos a receber da empresa, porm os seguintes elementos devem ser observados:

    1 Os ttulos que foram colocados em cauo nos crditos rotativos no podem aparecer nos ttulos a receber, pois eles passaram a fazer parte da garantia oferecida;

    2 Os ttulos vencidos devem ser colocados agrupados por potencial de recebimento, sendo os que possuem maior possibilidade, destacados para confirmao de quitao junto aos clientes;

    3 Os ttulos a vencer de clientes que j possuem dbitos vencidos devem ser segregados, pois a grande possibilidade de no recebimentos;

    4 Os ttulos de clientes que geralmente pagam em atraso devem ter sua data prorrogada no fluxo. Alguns sistemas possuem ferramentas para informar a data de fluxo diferente da data de vencimento.

    O mais importante a ser observado no momento do fluxo que estamos avaliando a necessidade ou no de levantarmos crditos junto a terceiros, para isso devemos nos aproximar da certeza quanto aos recebimentos do dia.

    Utilizar os recebimentos do dia como saldo disponvel para o fluxo de caixa diminui a necessidade de crdito, portanto reduz os juros e outros encargos a serem pagos, ou seja, o risco de no alcanar 100% de recebimentos previstos menor que os encargos pagos por desconsiderar os recebveis do dia em sua totalidade e recorrer a crdito com terceiros.

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    Passo 4 Contas a Pagar As contas a pagar devem ser separadas por grau de custo de atraso e possibilidade de negociao com credores, sendo assim devem ser observadas:

    1 A Folha de pagamento possui um prazo mximo de 5 dias teis para ser trabalhada dentro do fluxo de caixa. Se o dia de anlise o ltimo destes a folha passa a ser prioridade;

    2 - Os impostos que vencem no dia, pois possuem maior encargo em curto prazo se pagos fora da data;

    3 Dbitos automticos em conta corrente de financiamentos, emprstimos, seguros, etc. Essas contas possuem datas especificadas em contrato, no possui forma de renegociar a data de seu vencimento e possuem geralmente encargos altos por atrasos de pagamentos;

    4 O carto de crdito da empresa deve ser pago sempre em dia e na sua totalidade, pois os juros do carto so muito superiores aos juros de qualquer outro tipo de crdito junto a terceiros;

    5 Os fornecedores de mercadorias e matrias primas so prioritrios em relao a fornecedores espordicos, pois os atrasos constantes podem acarretar em perda de benefcios, diminuio de limite de crdito e etc. Solicitar prorrogao de prazo com esse tipo de fornecedor no pode ser constante, mas sempre possvel em uma emergncia;

    6 Os fornecedores espordicos que por no possurem uma relao direta com a empresa so mais flexveis em prorrogao de vencimentos;

    7 Os demais fornecedores de servios e outros itens administrativos possuem uma relao direta com a empresa e a possibilidade de prorrogao deve ser estudada caso a caso.

    Passo 5 Primeira anlise A primeira anlise a ser feita e se o saldo de bancos suficiente para pagar todas as contas, ou seja, se necessrio estabelecer confiana sobre parte ou na totalidade dos recebveis no caucionados para o dia.

    Nesta primeira anlise estamos buscando formas de honrar os compromissos do dia sem necessitar de crditos junto a terceiros.

    Passo 6 Necessidade de Crdito A necessidade de crdito, ou seja, a diferena entre o saldo de bancos mais os recebveis do dia, pode ser obtida de vrias formas, sendo:

    1 Renegociando com fornecedores para pagar em outra data sem encargos;

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    2 Tentando buscar recursos na carteira de ttulos vencidos, negociando com devedores;

    3 Atrasando com fornecedores de encargos menores;

    4 Buscando crdito rotativo junto a instituies financeiras;

    5 Descontando ttulos no mercado;

    6 Recorrendo a emprstimos de capital de giro. Obs: Geralmente so demorados e enormemente burocrticos. Dificilmente so liberados a tempo de evitar o uso do passo 7.

    7 Recorrendo a limites de cheques e especial e carto de crdito. Se necessrio a utilizao desse tipo de crdito, a empresa deve refazer todo seu planejamento financeiro e reavaliar a sua situao atual, pois esse tipo de crdito a porta de entrada para um ciclo financeiro altamente mortal.

    Recebveis em Atraso

    Muitas empresas preferem buscar crditos caros a tentar negociar com devedores. Na maioria das vezes mais barato negociar ou comissionar uma empresa de cobrana do que bancar os encargos de emprstimos, cheques especiais ou carto de crdito.

    Formas de Emprstimos

    O melhor capital de giro sempre o prprio, mas as empresa que possuem uma boa gesto financeira conseguem ser altamente lucrativas utilizando o capital de terceiros.

    Caso a empresa necessite buscar capital em instituies deve obter pelas formas com menor encargos, como j citamos os crditos rotativos com lastro em recebveis.

    Porm somente possvel buscar as melhores formas de crditos as empresas que possuem ma efetiva gesto do seu fluxo de caixa, pois conseguem identificar com antecedncia cada tipo de demanda e buscar as melhores solues.

    Risco dos Recebveis

    Apresar de ser um crdito de encargo mais acessvel a empresa deve mensurar o limite de antecipar receitas, ou seja, usar recebveis como garantia, pois pode mascarar prejuzos atuais com receitas futuras.

    Se o prejuzo estender-se por longos perodos e a empresa no observa-lo poder transformar os crditos com recebveis em uma bola de neve de ladeira a baixo.

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    Endividados

    No o foco do nosso curso apontar as solues para empresas endividas, at mesmo porque cada caso deve ser analisado separadamente, porm a melhor dica para o endividado que utilize a ferramenta fluxo de caixa e procure seus credores para negociar.

    Nenhum credor legal fechado para negociaes melhor facilitar ao devedor do que no receber, porm a melhor forma de negociar com um credor e utilizar seu fluxo de caixa para medir sua capacidade de pagamento daquela dvida, ou seja, o devedor deve oferecer uma soluo ao credor para que o novo compromisso esteja dentro de suas capacidades.

    Concluso

    A gesto de fluxo de caixa da empresa permite que ela utilize com plenitude seus recursos e com prudncia os recursos de terceiros.