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CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO - “Ramo do direito público que compreende um conjunto de normas coercitivas que estabelecem relações jurídicas entre os contribuintes e o Estado, direitos e deveres de ambos e dos agentes fazendários; regula o sistema tributário e disciplina o lançamento, a arrecadação, fiscalização e aplicação dos impostos em geral, taxas e contribuições . O mesmo que direito fiscal e direito financeiro” (Pedro Nunes). - Artigo 3 o c/c 16 CNT. CARACTERÍSTICAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO - Ramo do direito público; - atividade pública financeira . Despesa: autorizada em lei orçamentária . Gestão: administração do patrimônio público . Receita (arrecadação): tributária / decorrente de patrimônio . - relação jurídica a partir de um tributo (artigo 3 o . CNT) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Não há delegação de competência no direito tributário, somente admite-se as previstas na CR/88, exceto a pessoa jurídica de direito público; UNIÃO (arts. 153, 154, 145, 148, 149 e 195 CF) : II – Imposto de Importação (FG: entrada de mercadoria): facultado ao poder executivo alterar a alíquota nos limites legais, e não segue anterioridade ;

Apostila Direito Tributario I

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Direito Tributário

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CONCEITO DE DIREITO TRIBUTRIO

CONCEITO DE DIREITO TRIBUTRIO

- Ramo do direito pblico que compreende um conjunto de normas coercitivas que estabelecem relaes jurdicas entre os contribuintes e o Estado, direitos e deveres de ambos e dos agentes fazendrios; regula o sistema tributrio e disciplina o lanamento, a arrecadao, fiscalizao e aplicao dos impostos em geral, taxas e contribuies. O mesmo que direito fiscal e direito financeiro (Pedro Nunes).

- Artigo 3o c/c 16 CNT.

CARACTERSTICAS DE DIREITO TRIBUTRIO- Ramo do direito pblico;

- atividade pblica financeira . Despesa: autorizada em lei oramentria

. Gesto: administrao do patrimnio pblico

. Receita (arrecadao): tributria / decorrente de patrimnio.

- relao jurdica a partir de um tributo (artigo 3o. CNT)

COMPETNCIA TRIBUTRIA

No h delegao de competncia no direito tributrio, somente admite-se as previstas na CR/88, exceto a pessoa jurdica de direito pblico;

UNIO (arts. 153, 154, 145, 148, 149 e 195 CF) :

II Imposto de Importao (FG: entrada de mercadoria): facultado ao poder executivo alterar a alquota nos limites legais, e no segue anterioridade ;

IE Imposto de Exportao (FG: sada de mercadoria): facultado ao poder executivo alterar a alquota nos limites legais, e no segue anterioridade;

IR Imposto de Renda (FG: disponibilidade econmica ou jurdica de renda ou proventos de qualquer natureza): informado pelos critrios da generalidade, universalidade, progressividade e no incidindo sobre proventos decorrentes exclusivamente do trabalho para maiores 65 anos, nos limites legais; c)IR Imposto de Renda;

IPI Imposto Sobre Produtos Industrializados (FG: desembarao / sada de produtos/ arrematao): facultado ao poder executivo alterar a alquota nos limites legais, ser seletivo, no-cumulativo e no incidir sobre produtos destinados ao exterior, e no segue anterioridade ;

IOF Imposto Sobre Operaes Financeiras (FG: operaes financeiras): facultado ao poder executivo alterar a alquota nos limites legais, e incidir tambm sobre o ouro, e no segue anterioridade;

ITR Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (FG: propriedade de zona rural): ter alquotas de forma a desestimular a manuteno de propriedade improdutiva e no incidir sobre pequenas glebas de uma s famlia;

IGF Imposto Sobre Grandes Fortunas (FG:grandes fortunas);

Impostos de Competncia Residual mediante lei complementar, no-cumulativos e que no tenha fato gerador ou base de clculo prprios de outros tributos ;

Imposto Extraordinrio - compreendido ou no na sua competncia, na iminncia ou caso de guerra externa, e no segue anterioridade e deve ser suprimido gradativamente no mximo em 5 anos contados da celebrao da paz;

Taxa exerccio de poder de polcia e pela utilizao do servio pblico;

Contribuio de Melhoria obra pblica;

Emprstimo Compulsrio- mediante lei complementar, para despesas extraordinrias decorrente de calamidade pblica e iminncia ou caso de guerra externa (no segue anterioridade) ou investimento pblico de relevante interesse social (segue anterioridade);

Contribuio Social interventiva e corporativa (seguem a legalidade, irretroatividade e anterioridade) e previdencirias (empregador, folha de salrios, receita ou faturamento e lucro) e no seguem a anterioridade (90 dias art. 195 6 CF), e ainda outras fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social, mediante lei complementar (art. 195 4 CF), que tambm no seguem a anterioridade (90 dias art. 195 6 CF).

ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (art. 155 CF)

ICMS Imposto Sobre a Circulao de Mercadoria e Prestao de Servios transporte, comunicao e operaes que se iniciem no exterior, no-cumulativo e seletivo e a iseno e a no-incidncia no implicar crdito, facultado ao Senado Federal estabelecer alquotas e no incidir sobre operao destinadas ao exterior e sobre ouro;

ITD Imposto de transmisso causa mortis e doao de bens e direitos (FG: bens e doao);

IPVA Imposto Sobre a Propriedade de Veculo;

contribuio cobrada de seus servidores para lhes custear a previdncia e assistncia social (art. 149 nico CF);

Taxa exerccio de poder de polcia e pela utilizao do servio pblico;

Contribuio de Melhoria obra pblica.

MUNICPIOS (art. 156 CF):

IPTU Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - ser progressivo para assegurar o cumprimento da funo social da propriedade;

ITBI Imposto de transmisso inter vivos, exceto bens e direito incorporados pessoa jurdica e decorrentes de fuso incorporao ciso, e extino, salvo se este for a atividade preponderante do adquirente;

ISS - servio de qualquer natureza, exceto os de competncia estadual, cabendo lei complementar fixar alquotas e excluir sua incidncia se exportao;

contribuio cobrada de seus servidores para lhes custear a previdncia e assistncia social (art. 149 nico CF);

Taxa exerccio de poder de polcia e pela utilizao do servio pblico;

contribuio melhoria obra pblica.

ELEMENTOS OBRIGATRIOS AO TRIBUTO- Prestao pecuniria (somente dinheiro); H excees regra, portanto. As excees dependem de lei ordinria.

So as excees:

a. a) INSS - Lei n. 9.711/98 INSS: o particular compra ttulos da dvida pblica no leilo do tesouro nacional, atravs de um banco, pagando ao INSS. So bancos de dados, no havendo emisso de notas.

b. b) TDA - Ttulos da dvida agrria: so portadores que vendem para devedores, que quitam suas dvidas com o TDA.

c. c) Lei da Anistia - Lei n. 13.243/99: em seu artigo 24, h a dao em pagamento, autorizando o executivo a receber. H um problema, porm, no h o decreto que regulamenta a questo.

- compulsria;- no decorrente de ato ilcito;

Artigo 3o CNT, tributo no pena, portanto, o ato deve ser lcito Em regra, multa nunca tributo. Excepcionalmente, o tratamento jurdico da multa o mesmo do tributo.

Tratamento jurdico do Tributo = notificao para execuo fiscal.

- instituda em lei;

- cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada (logo, no tem poder discricionrio).

Procedimento:

Notificao remessa para a Procuradoria inscrio na dvida ativa, se houver controle de legalidade (para ver se a cobrana do fiscal se foi feita corretamente) extrao da certido da dvida ativa (CDA), sendo ttulo executivo extrajudicial junta-se o CDA com as peties para pagar ou nomear os bens penhora abre-se o prazo de 5 dias para pagamento e tem 30 dias para embargos (diferentemente do processo civil).

ESPCIES DO GNERO TRIBUTO- Alguns autores afirmam existir apenas as trs primeiras espcies de tributos mas, na verdade, so 5 as seguintes espcies de tributos:

IMPOSTOCONCEITO- Prestao pecuniria, direta ou indireta, que o Estado e rgos fazendrios exigem de cada particular, pessoa fsica ou jurdica com capacidade contributiva, para ocorrer s despesas da administrao, sem se obrigarem contraprestao de servio especificado ou determinado (...) Deve ser justo, certo, cmodo e econmico (CR/88, artigos, 145 I, 153, 155, 156) (Pedro Nunes).

- Artigo 16 CTN.- o tributo cuja obrigao tenha por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica relativa ao contribuinte. criado em funo da capacidade contributiva de cada um e no implica contraprestao direta por parte do Estado e cobrado em face da ocorrncia de fato social de carter econmico, revelador da capacidade contributiva do indivduo.

- Os impostos so perenes at sua revogao, exceto o imposto extraordinrio - compreendido ou no na sua competncia, na iminncia ou caso de guerra externa, e no segue anterioridade e deve ser suprimido gradativamente no mximo em 5 anos contados da celebrao da paz.

CARACTERSTICAS- Imposto tributo no vinculado (pois no se vincula atividade estatal especfica).

- No caso de imposto, no se permite exigir obras e servios pblicos (a lei oramentria que indicar onde ser gasta a contribuio).

- O contribuinte que paga a mais no tem direitos de pedir mais obras ou servios daquele que pagou menos.

- Porque se paga o imposto, se no h contraprestao? Porque h uma descrio legal (fontes formais), uma hiptese de incidncia (uma conduta) e porque h um fato gerador (uma tipificao).

- O imposto trata da vida pessoal financeira do contribuinte.

CLASSIFICAO DOS IMPOSTOSa)Discriminados: artigos 153, 155 e 156 CR/88.

b)De Competncia Residual: artigo 154, I, CR/88.

c)Extraordinrios: artigo 154, II, CR/88.

O ESTADO PODE CRIAR NOVO IMPOSTO?Somente atravs de Emenda. No caso do imposto ter sido criado mediante uma lei ordinria, trata-se vcio de constitucionalidade, o imposto no constitucional.

RESIDUAL- Lei Complementar

- U.F.

- No Cumulativo (ICMS / IPI)

- Base de Clculo diferente do texto constitucional base de clculo diferente, no pode copiar a base de clculo, deve-se inventar um produto novo.

EXEMPLO DE NO CUMULATIVIDADE- Compensa-se em cada operao o devido na operao anterior.

- O comerciante repassa o valor do tributo a ele cobrado nos produtos que vende, o consumidor no repassa pra ningum. O vendedor que paga o tributo (ele que assina a guia, obrigado a apurar e efetuar o tributo) o contribuinte de direito. Contribuinte de fato o consumidor final, quem realmente assume o encargo.

TAXAForma de contribuio que os indivduos pagam como remunerao de servios especiais que o Estado lhes presta diretamente ou pela utilizao normal de coisa do seu domnio patrimonial; tributo especial que se ope a imposto (...) CR artigo 145, II c/c art. 77 CNT) (Pedro Nunes).

- FG: servio pblico e poder de polcia.

- o tributo, de competncia comum, cujo fato gerador o exerccio do poder de polcia ou a utilizao efetiva ou potencial de servios pblicos, especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos sua disposio.

- O poder de polcia tem o propsito de promover e assegurar o bem comum pela limitao e disciplinamento de direitos, interesse e liberdades, tais como polcia de pesos e medidas, polcia sanitria, expedio de passaporte, etc (art. 78 CTN).

- O servio pblico pode ser prestado ou to-somente colocado disposio do contribuinte, ou seja, mesmo que o beneficirio a dispense, a taxa ser devida, bastando que o servio pblico lhe seja posto disposio para que se verifique a obrigatoriedade do tributo. Ex. na situao em que mesmo que a pessoa deixe fechado o imvel, ainda estar obrigada ao pagamento de taxa de coleta de lixo . O especfico aquele que pode ser destacado em unidade autnomas para sua prestao (tem que ser prestado para cada um) e divisvel aquele que suscetvel de utilizao, separadamente, por parte de cada usurio (cada um vai pagar quando usar) (art. 79 CTN). Ex. certides.

- No pode ter fato gerador idntico a de imposto, tampouco pode ser cobrada em funo do capital das empresas.

CONTRIBUIES ESPECIAIS- Artigos 149 e 195 CR/88.

- Espcie tributria que se caracteriza como forma de interveno do Estado no domnio econmico privado, com vistas a atender uma particular situao de interesse social ou das categorias econmicas

- De competncia privativa da Unio, h contribuies sociais interventiva e corporativa (seguem a legalidade, irretroatividade e anterioridade) e, ainda e contribuio social previdenciria do empregador, folha de salrios, receita ou faturamento e lucro (90 dias) e outras fontes destinadas a garantir a expanso e manuteno da seguridade social, que tambm no seguem a anterioridade e criadas por lei complementar;

- De competncia dos Estados, Distrito Federal e Municpios h a contribuio cobrada de seus servidores para lhes custear a previdncia e assistncia social (art. 149 nico CR/88).

OBSERVAOTaxa e Contribuio de Melhoria pagamento de contribuintes em face de uma contraprestao estatal (vinculado uma ao do Estado).

EMPRSTIMO COMPULSRIO- Calamidade pblica

- Guerra externa

- Investimentos pblicos de carter urgente.

- Artigo 148 CR/88.

- Competncia exclusiva da Unio que, mediante lei complementar, pode instituir emprstimo compulsrio para despesas extraordinrias decorrente de calamidade pblica e iminncia ou caso de guerra externa (no segue anterioridade) ou investimento pblico de relevante interesse social (segue anterioridade), podendo ser, em tese, restitudo.

CONTRIBUIES DE MELHORIA (PARA OBRAS PBLICAS)CONCEITO- Tributo para melhoria que decorre de obras pblicas.

- FG: valorizao do imvel.

- S pode ser criada por Lei Complementar.

Contribuio de Melhoria (art. 81 e 82 CTN)

- o tributo que decorre de obras pblicas, de competncia comum, e a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios podem cobrar, quando for feita uma obra pblica que beneficia diretamente a um grupo restrito, ou seja, houve valorizao imobiliria. Assim o valor total da obra (limite total) ser rateado entre os beneficirios na medida de seus ganhos individuais, ou seja, o acrscimo de valor que resultar da obra para cada imvel beneficiado (limite individual).

- Tem carter contraprestacional (art. 82 CTN) e deste modo no restituvel .

- O procedimento tem que ter publicidade, ampla defesa administrativa, devido processo e o lanamento.

OBJETIVOReembolsar aos cofres pblicos o que foi gasto na obra.

CARACTERSTICAS- Competncia comum (Unio, Estados, Municpios).

- Artigo 81 e 82 CNT e 145, III CR/88.

- Vinculado ao contribuinte e descrito da hiptese de incidncia.

- No trata da vida pessoal financeira do contribuinte; nesse caso o Estado realiza um ato e tem um direito de cobrar uma contraprestao.

- Ampla publicidade.

- No pode haver lucro para o Estado.

- No se permite cobrar alm do custo da obra.

- Alguns doutrinadores consideram a Contribuio de Melhoria como o tributo menos injusto.

- O Estado poder cobrar apenas uma parcela como contribuio de melhoria e arcar com o restante da obra, de acordo com o artigo 82 CTN.

- Poder o Estado, da mesma forma, cobrar valores diferenciados para contribuintes diversos, a valorizao para cada uma das reas diferenciadas, recepcionada no mesmo artigo citado anteriormente, por que pode ocorrer que um contribuinte aufira maiores vantagens com determinada obra do que outro, em localidade diversa, mas dentro da mesma regio que est sendo tributada.

FATO GERADOR- Realizao da obra pblica

- Valorizao imobiliria (para situao de desvalorizao no existe Contribuio de Melhoria).

CRITRIOS DO CLCULO- Limite individual: quantum da valorizao, diferena de preo antes e depois da obra.

- Limite global: custo da obra % nmero de beneficirios.

Realiza-se o clculo, optando-se por aquele que for menor.

PUBLICAO OBRIGATRIA- Memorial escrito

- Projeto

- Oramento da obra

- Regulamento do PTD (processo tributrio administrativo) para que se possa impugnar o valor e realizar a obra.

TRIBUTOS VINCULADOS E NO VINCULADOS- O nome do tributo cobrado irrelevante, no o nome que vincula, a natureza jurdica do tributo (natureza jurdica = fato gerador).

- Diz o artigo 4o. CTN, que a destinao legal da arrecadao irrelevante mas, tendo em vista que existem tributos que so vinculados, o diploma legal conta com uma impropriedade.

- Havendo, numa contribuio de melhoria, cobrana de maior valor do que aquele provado como sendo necessrio para ser feita a obra, pode ser que esteja ocorrendo a cobrana de um tributo em relao propriedade. Lembra-se que, nos casos de tributos vinculados, no se discute a renda da vida pessoal dos contribuintes, seria um caso errneo de cobrana de IPTU, o que no possvel no caso. Trata-se de imposto indevido. Dessa forma, melhor sada seria ajuizar uma ao de repetio de indbito. A ao de repetio do indbito, muitas vezes ocorre para os casos em que o Estado, sem dolo, mas com descontrole interno, faz cobrana de tributo j pago, por exemplo. A restituio se d mediante precatrio.

TRIBUTOS VINCULADOS- Relao direta com o Estado.

- O tributo vincula-se atividade que est remunerando e, se for utilizado para outros fins desvio de finalidade.

- Ex. contribuio de melhorias e taxas.

OBRAS QUE DESVALORIZAM O IMVEL- O artigo 82 CTN c/c 145, II CR/88.

- A carta federal no exige a valorizao individual do imvel erroneamente, no entendimento de alguns doutrinadores, j que o fato gerador da contribuio de melhoria a obra + valorizao. No caso de desvalorizar o imvel, no houve melhoria, portanto, no h de se falar neste tipo de tributao. Poder ser cobrado sim, mas sob outra forma que no seja tributo, pela via do Direito Administrativo, por exemplo.

- Outra corrente afirma que somente o fato de haver uma obra pblica justifica a exigncia do tributo lembrando-se, porm, que no recepcionado pelo CTN.

OUTROS IMPOSTOS- INSS

- CPMF

- PIS / COFINS

- taxa de iluminao

- taxa de lixo

LIMITAES AO PODER DE TRIBUTAR

PRINCPIOS Capacidade Contributiva (art. 145 CF) os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte, que a qualidade pr-jurdica do indivduo que o capacita a dispor parte do seu patrimnio em favor das necessidades coletivas;

Legalidade (art. 150 I CF) exigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabelea e no exceo faculdade do Poder Executivo em alterar a alquota nos limites legais do II, IE, IPI e IOF;

Isonomia Tributria (art. 150 II CF) vedado aos entes tributantes instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, como forma de abolir toda forma de privilgio;

Irretroatividade da Lei (art. 150,III,a CF) vedado aos entes tributantes cobrar tributo em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado, como forma de preservar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;

Anterioridade da Lei (art. 150, III, b CF) vedado aos entes tributantes cobrar tributos no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, ou seja, estabelece a competncia do exerccio financeiro para a aplicao das normas que os instituem ou aumentam, exceto II, IE, IPI, IOF, imposto extraordinrio, emprstimo compulsrio para despesas extraordinrias decorrente de calamidade pblica e iminncia ou caso de guerra externa, e contribuio social previdenciria do empregador, folha de salrios, receita ou faturamento e lucro (90 dias) e outras fontes destinadas a garantir a expanso e manuteno da seguridade social, que tambm no seguem a anterioridade e criadas por lei complementar ;

Vedao de Efeitos Confiscatrios (art. 150, IV CF) como modo de impedir que a tributao possa caracterizar-se como violao ao direito de propriedade, que est mais ligado ao impostos sobre o patrimnio;

No Limitao ao Trfego (art. 150 V CF) veda tributao ao trfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais e intermunicipais, ressalvada a cobrana de pedgio que tem caracterstica de taxa;

Uniformidade Tributria (art. 151 I CF) - admite to-somente a concesso de incentivos fiscais destinados a promover o equilbrio scio-econmico;

Vedao de tributao pela Unio da rendas das obrigaes da dvida pblica dos Estados, Distrito Federal e Municpios (art. 151, II CF);

Vedao da instituio pela Unio de tributos de competncia dos Estados, Distrito Federal e Municpios (art. 151 III CF);

Vedao de diferenciao tributria (art. 152 CF) imposta aos Estados, Distrito Federal e Municpios para o estabelecimento de diferena tributria entre bens e servios de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino, em decorrncia do princpio da uniformidade imposta Unio;

Princpios especficos aplicveis ao IPI, e ICMS (art. 153 3 I, II e 155, 2 I, III CF) o da no-cumulatividade pois compensa-se o que for devido em cada operao com o montante cobrado nas anteriores e o da seletividade em funo da essencialidade do produto, das mercadorias ou servios, ou seja, quanto maior a essencialidade, menor ser a alquota incidente;

IMUNIDADES Incidncia fatos previstos pelo legislador como necessrios e suficientes ocorrncia do fato gerador;

No-incidncia - fatos no previstos pelo legislador como necessrios e suficientes ocorrncia do fato gerador;

Iseno forma de excluso do crdito tributrio que est no campo de incidncia, ou seja, os fatos previstos pelo legislador como necessrios e suficientes ocorrncia do fato gerador existiram, mas h lei que dispensa o pagamento do tributo (art. 175 CTN);

Imunidade limitao do exerccio do poder de tributar prevista na CF, ou seja, a excluso constitucional do poder de tributar, dirigida ao legislador que impede o exerccio da competncia tributria dos entes nos casos que especifica, cabendo somente a impostos.

No IncidnciaIncidncia

ImunidadeIseno

Casos de Imunidade (pode cobrar taxas de contribuio de melhoria):

imunidade de imposto de forma recproca do patrimnio, renda e dos servios dos entes polticos entre si (art. 150 VI a CF);

imunidade de imposto dos templos de qualquer culto (art. 150 VI b CF);

imunidade de imposto sobre patrimnio, renda e servios dos sindicatos e partidos polticos (art. 150 VI c CF);

imunidade de imposto para os livros jornais e revistas e do papel destinado sua impresso (art. 150 VI d CF);

imunidade de imposto para aposentados e pensionistas com mais de 65 anos que receberem da previdncia social dos entes tributantes, exclusivamente rendimentos do trabalho, nos limites legais (art. 153 2, II CF);

imunidade de IPI de produtos destinados ao exterior ( art. 153 3 III CF);

imunidade de ITR para pequenas glebas exploradas pela famlia (art. 153 4 CF);

imunidade de ICMS mercadorias e produtos industrializados destinadas ao exterior; operaes com outros Estados relativamente a petrleo, lubrificantes, combustveis e energia eltrica; ouro ativo financeiro quando j incida IOF ( art. 155 X e XII CF);

imunidade de ITBI de bens e direito incorporados pessoa jurdica e decorrentes de fuso incorporao ciso, e extino, salvo se esta for a atividade preponderante do adquirente;

FONTES DO DIREITO TRIBUTRIOFONTES MATERIAIS- Ex: a compra de um medicamento tem a incidncia do ICMS, por causa de uma lei.

- Na ordem:

* CR

* Tratados e Convenes Internacionais

* Lei Complementar

* Lei Ordinria

* Medida Provisria

* Decreto

Observaes:

- ICMS para transportes e telecomunicaes de uma cidade para outra. Na mesma cidade ISS.

- IPVA o antigo AIR (trata-se o AIR de imposto sobre imposto, o Estado cobrando percentagens sobre o IR, inconstitucional).

- ISS o antigo IVV.

BITRIBUTAODois entes tributantes cobrando dois tributos sobre o mesmo fato gerador.

bis in iden EFEITO CONFISCATRIO- Artigo 153, 155 e 156 CR/88.

- H de estabelecer limites para o tributo para ele no tenha efeito confiscatrio.

- Artigo 150 CR/88: limitao constitucional ao poder de tributar.

ANLISE DO ARTIGO 150 CR/88I) Princpio da Legalidade (artigo 5o CR/88)

II)Princpio da Isonomia (artigo 5o CR/88)

III.a) Princpio da Irretroatividade (de lei nova)

III.b) Princpio da Anterioridade

IV)Princpio do no Conflito

Observao: artigo 159 CR/88 competncia da Unio e parte dele destinado ao Municpio.

CONSTITUIO FEDERALEMENDAS CONSTITUCIONAIS- No pode suprimir direitos e garantias fundamentais (artigo 150 CR/88).

- no suprimir a anterioridade, para estabelecer tributos para o ms seguinte, mesmo que expresso que no se aplica na emenda.

TRATADOS INTERNACIONAIS- Artigo 98 CNT.

NORMA INTERNACIONAL- Negociaes

- Troca de notas diplomticas. O Congresso por decreto do legislativo e o Presidente por decreto do executivo.

- Tratado Internacional no pode revogar lei, simplesmente suspende a eficcia da lei. O termo do artigo 98 CNT tecnicamente errado.

- As comunidades internacionais so feitas mediante livre comrcio (para obteno de menos imposto).

LEIS COMPLEMENTARES- No h hierarquia entre lei ordinria e lei complementar.

- A lei complementar deve ser editada sempre que a constituio exigir (forma especfica).

- Define: fato gerador / base de clculo / contribuintes

- O CTN tem o status de lei complementar mas, originalmente, foi editado como lei ordinria.

- Artigos sobre lei complementar: 148, 149, 196, 195 CTN.

- A Lei n 5.172/66 tem status de lei complementar que somente pode ser alterada por outra lei complementar (art. 146 CF). - Cabe lei complementar : dispor sobre conflito de competncia, regular limitaes constitucionais ao poder de tributar estabelecer normas gerais de direito tributrio (definio de tributo, fato gerador, base de clculo, contribuinte, obrigao, lanamento crdito, prescrio, decadncia e cooperativas) e ainda instituir emprstimo compulsrio, imposto de competncia residual e fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social.

- No serve para instituir impostos estaduais.

FATO GERADOR- O que Iss? Imposto sobre servios.

- Pra quem pago? Para o Municpio.

- Quem paga? Quem presta servios (contribuinte).

- Quem exige? Lei complementar.

- E se estiver no decreto? O decreto legal.

- Salrio renda? Sim, produto do capital + trabalho.

- Indenizao renda? No.

- Plano de Demisso Voluntria tem que pagar IR? No, pois tem natureza indenizatria.

- Desapropriao paga IR? No.

ANLISE DO ARTIGO 195- Alm das contribuies presentes no artigo, pode-se criar outras? Sim, o pargrafo quarto trata desse aspecto, atravs de lei complementar.

INSS- Instituto Social de Seguridade Social.

- loteria

- empregadores, baseado em: folha de salrios / faturamento (PIS / COFINS) / lucro.

- trabalhadores

ANLISE DO ARTIGO 154- Pode criar imposto novo? Sim, apenas a Unio, por lei complementar.

FONTES FORMAIS/NORMAS - Artigo 96 a 100 CTN.

- A legislao tributria compreende as leis (leis ordinrias e Medidas Provisrias), tratados internacionais, decretos (atos do Poder Executivo com fim de regulamentar as leis) e normas complementares (atos normativos, decises com eficcia normativa, prticas reiteradas e convnios), que versem sobre tributos e relaes jurdicas a eles pertinente.

- So tidas como formais, uma vez que expressam a vontade exteriorizada.

- Fontes primrias : CF emenda constitucional, lei complementar, tratado internacional, lei ordinria, lei delegada, medida provisria, decreto legislativo e resoluo do senado .

- Fontes secundrias : atos normativo, deciso com eficcia normativa, doutrina, prtica reiterada, convnio, decreto regulamentar.

- So as leis em sentido amplo: CR / Constituies Estaduais / Emendas / Lei Complementar / Lei Ordinria / Lei Delegada / Decretos / Resolues / Tratados.

ATOS NORMATIVOS- Forma com que se interpreta a autoridade da lei, ato normativo uma ordem escrita.

- Positivo: uniformiza a interpretao da lei no funcionalismo pblico.

- Se pagar errado, por exemplo, errando o valor do cheque e pagar mais imposto que devia por causa disso, atravs de uma Ao de Repetio de Indbito ser restitudo o valor, atravs do pagamento em precatrios, o que extremamente demorado, na prtica.

- Aps 1991, a Lei n. 8.383/91, em seu artigo 66, por via administrativa, mais eficiente, d a possibilidade ao contribuinte de compensar o tributo nos prximos pagamentos. Apensar disso, atravs de uma Instruo Normativa, estabeleceu-se que somente poderia haver a compensao de tributos par tributos do mesmo cdigo (para uma idia, somente o IPI possui mais de 300 cdigos diferentes). inconstitucional, de acordo com alguns doutrinadores, cabendo mandado de segurana.

- Decretos, regulamentos, atos, instrues, circulares, portarias, ordens de servios.

- Artigo 100, I CTN.

JULGADOS ADMINISTRATIVOS- Conselho de Contribuintes do Ministrio da Fazenda (para Federal, Municipal e Estadual).

- Cmaras de Julgamento CAJ (para INSS).

- Junta de Julgamentos Fiscais primeira instncia (para Belo Horizonte)

- Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (para Minas Gerais)

- Junta de Julgamento de Recursos Fiscais segunda instncia (para Belo Horizonte).

- Artigo 100, II CTN.

- Decises viram normas apenas quando possuem eficcia normativa.

- inter partes.

- A deciso administrativa contra a Fazenda faz coisa julgada e extingue o crdito tributrio (artigo 156, IX, CNT).

Vias:

* Judicial

* Administrativa (mais econmica, no h necessidade de advogado, clere. Pode ser usada, na prtica, portanto, como uma forma de se protelar o incio do pagamento do tributo).

Artigo 151 CNT- Pressuposto de Admissibilidade do Recurso na via administrativa: 30% do valor demandado (apenas para o Ministrio da Fazenda e INSS).

PRTICAS REITERADAS- Artigo 100, III, CNT

CONVNIOS- Artigo 100, IV, CNT- Ato bilateral da extraterritorialidade da aplicao da norma.

- Ocorre para a troca de informaes (ex. encontrar sonegador).

- CONFAZ: uniformiza a ampliao (Conselho de Polticas Fazendrias) e alteram as leis, muitas vezes ferindo a CR. O CONFAZ vale como lei complementar.

VIGNCIA E APLICAO DAS LEIS TRIBUTRIAS- Vigncia Aquilo que est pronto para produzir efeitos, ou seja, 45 dias depois de oficialmente publicada (vacatio legis o espao de tempo entre a data da publicao e a vigncia da LICC)ou a data da publicao, quando no h vacatio legis. No se destinando vigncia temporria, a lei ter vigor at que outra a modifique ou a revogue expressa ou tacitamente, nos casos de serem incompatveis ou quando regule inteiramente a matria de forma diferente. A vigncia dos atos normativos a data da publicao, das decises administrativas 30 dias da data da publicao e dos convnios a data neles prevista.

Aplicao Possibilidade de incidncia de um mandamento legal hiptese concreta ocorrida, ou seja, em regra h a aplicao do princpio da anterioridade que determina que vedado cobrar tributos no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou. Ex.

TributoData de Vigncia (Eficcia)Data de Aplicao (Cobrana)

IR15/01/199401/01/1995

II, IE,IPI, IOF, I Extraordinrio, Emprstimo Compulsrio decorrente de despesa extraordinria15/01/199415/01/1994

Contribuio Previdenciria15/01/199415/04/1994

Taxa15/01/199401/01/1995

Verifica-se ainda no art. 105 CTN que a legislao tributria aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e pendentes, cujo incio tenha se verificado, mas no esteja completo (art. 116 CTN, tendo em vista a regra da irretroatividade da lei. Considera-se ocorrido o fato gerador, que a situao de fato definida em lei como necessria e suficiente para sua ocorrncia : situao de fato desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que se produzam os efeito. Ex. sada da mercadoria do estabelecimento - IPI, ou auferimento da renda no ano-base - IR;

situao jurdica desde o momento em que esteja definitivamente constituda. Excepcionalmente a lei pode ser aplicada a ato ou fato pretrito: penalidade resultantes de interpretao errnea;

ato no definitivamente julgado : quando a lei deixe de defini-lo como infrao, quando a lei deixe de trat-lo como contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, ou quando comine penalidade menos severa.

INTERPRETAO E INTEGRAO DA LEGISLAO TRIBUTRIA

Interpretao literal verifica-se o pensamento da lei e no do legislador;

histrico verifica-se as razes que inspiraram sua edio;

lgico-sistemtico verifica-se o sistema;

teleolgico verifica-se a finalidade da lei.

Quanto aos efeitos :

a)extensiva o legislador diz menos que deveria ou queria dizer;

b)restritiva o legislados diz mais que deveria dizer;

c)declarativa o legislador usou exatamente as palavras necessrias ao bem entendimento do texto legal, ou seja, no exagerou nem se conteve. Ex. interpreta-se d)literalmente : a suspenso e excluso do crdito tributrio, outorga de iseno, e dispensa do cumprimento de obrigaes acessrias (art. 111 CTN).- Em caso de dvida haver a interpretao mais favorvel ao contribuinte quanto : (art. 112 CTN): capitulao legal do fato, natureza do fato ou natureza dos seus efeitos, autoria, ou natureza da penalidade aplicvel ou sua graduao.

Integrao (art. 108 CTN)- Nenhum fato ocorrido na prtica pode estar fora da previso legal, mas na falta de disposio legal expressa a autoridade pode utiliza : analogia (situaes obscuras), princpios gerais de direito tributrio, princpios gerais de direito pblico e eqidade.

A FAZENDA PBLICA PODE PEDIR A FALNCIA DO DEVEDOR?Falncia uma forma de coao e no uma forma de execuo. Pode-se escolher entre ser vinculado ou usar a Lei de Execuo Fiscal? No, deve ser pela Lei de Execuo, mas os tribunais tm entendido que pode pedir a falncia (TJ e STJ)

ANLISE DO ARTIGO 154 CR/88INCISO II- Extraordinrio.

- Ente Tributante: Unio.

- Instrumento Normativo:

Primeira Corrente: no necessria lei complementar, pode ser institudo, portanto, atravs de lei ordinria.

Segunda Corrente: diferentemente, a segunda corrente afirma que, diante da urgncia, pode ser institudo at mesmo por medida provisria ou decreto do Presidente da Repblica. O disposto (...) compreendidos ou no em sua competncia tributria permitiria afirmar que poderia, at mesmo, ser cobrado imposto sobre imposto, bases de clculo diferentes, etc. E o disposto (...) suprimir gradativamente no traria bases lgicas para ser afirmado.

OBRIGAO TRIBUTRIA- Vnculo jurdico atravs do qual o Estado, com base exclusivamente na lei, pode exigir do sujeito passivo (contribuinte ou responsvel) um tributo. - A obrigao tributria (art. 113 CTN) a relao jurdica abstrata, de carter temporrio, que vincula o sujeito ativo (Estado) ao sujeito passivo (contribuinte):a)principal que surge com a ocorrncia do fato gerador , tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniria e extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente. Ex. pagamento do imposto;b)acessria - a que decorre da legislao tributria tem por objeto as prestaes positivas nela previstas no interesse da arrecadao, e converte-se em principal pelo simples fato da sua inobservncia, relativamente penalidade pecuniria. Ex. escriturao de livros, entrega de declarao, etc.

FATO GERADOR- Fato que cria uma obrigao tributria.

a)Obrigao principal situao definida em lei como necessria e suficiente sua ocorrncia (art. 114 CTN). Fonte da obrigao principal: lei.

b)Obrigao acessria qualquer situao que, na forma da legislao aplicvel que impe prtica ou absteno de ato que no configura obrigao principal (art. 115 CTN).

- S h tributo se houver um FG (fato que gera uma obrigao tributria) e uma fonte acessria (mera disposio legal).

- Concepo Abstrata Descrio, em tese, de fato ou situao que vai gerar uma obrigao tributria.

Ex: na ocorrncia de um fato X, ocorrer a obrigao Y.

- Concepo Concreta Existente no mundo real.

Ex: o fato X ocorreu que gerou a obrigao Y.

- Aspectos do Fato Gerador a)Aspecto Subjetivo:

a1)Sujeito Ativo:

- Com competncia tributria: podem criar, fiscalizar e arrecadar tributos. Unio, Estados, D.F. e Municpios.

- Sem competncia tributria mas com capacidade tributria: no podem criar tributos, apenas fiscalizar e arrecadar.

A2)Sujeito Passivo:

- Aquele que deve pagar o tributo/ relao direta com o fato gerador: contribuinte ou responsvel.

- Contribuinte: devedor direto, artigo 121, I CTN. Ex: o empregado.

- Responsvel: sem ser contribuinte, sua obrigao vem expressa em lei; artigo 121, II CTN. Ex: o empregador. IR retido na fonte.

- Questo da validade dos contratos entre particulares: se quem paga o IPTU o locador do imvel, isto no importa para questes tributrias, ou seja, o proprietrio que ser sujeito passivo numa futura execuo fiscal.

H Quem tem interesse no fato gerador do ICMS? O comerciante que vende a mercadoria, contribuinte.

b)Aspecto Objetivo:

- Verbo.

- Ex: FG do ICMS = circulao de bens. Sobre o ICMS, quando retira-se mercadoria para transferir para outra loja no h pagamento de ICMS.

c)Aspecto Temporal:

- Quando ocorreu o FG.

- Aplica-se a lei do momento da ocorrncia do FG.

- A lei tributria no tem efeitos retroativos, exceto para penalidades.

- Se o que mudou na lei nova foi a penalidade, haver efeito retroativo se a lei nova for mais benfica.

- Princpio da Anterioridade.

d)Aspecto Valorativo / Quantitativo:

- Quanto ser pago.

e)Aspecto Espacial:

- Onde ser pago.

- ICMS = devido no Estado de onde est partindo a mercadoria.

- IPTU = devido onde est situado o imvel.

- ISS = devido no local do estabelecimento prestador de servios. Ex. se o gerente do banco de Nova Lima leva documentao para casa do cliente em BH para, neste local, efetuar os servios, ser cobrado o ISS em Nova Lima, pois l o estabelecimento prestador. Ex. o advogado que tem estabelecimento em BH e atua no interior pagar ISS em BH. Excees para a construo civil, onde ser pago no local da obra.

ESPCIES DE OBRIGAES TRIBUTRIASa)Obrigao Principal:

- Pagar o tributo.

- Fonte da obrigao principal: lei.

b)Obrigao Acessria:

- Prestaes negativas institudas em lei no interesse da fiscalizao e arrecadao dos tributos.

- A obrigao acessria independe da principal para existir = em direito tributrio, o acessrio no segue o principal.

- Ex: uma empresa que, ao fim do ano, teve prejuzo, no precisar pagar o imposto, mas deve apresentar a declarao de IR de qualquer forma.

- Prestaes Positivas = emitir nota fiscal.

- Prestaes Negativas = submeter-se fiscalizao.

SOLIDARIEDADE- Em direito tributrio, somente a lei fonte de solidariedade (diferente do direito privado).

- Solidariedade no se presume (igualmente no direito privado).

So solidrias (no h benefcio de ordem, ou seja, a obrigao pode ser exigida de qualquer dos coobrigados a um s tempo, e tampouco h solidariedade ativa, somente passiva):

a)as pessoas que tenham interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao principal. Ex imvel comprado em condomnio em relao ao IPTU;

b)as pessoas expressamente designadas por lei.

EFEITOS DA SOLIDARIEDADE- O pagamento feito por um dos co-obrigados exonera os demais.

- A remisso (iseno), levando-se em conta o imvel exonera a todos (concedida em carter objetivo), salvo se outorgada especialmente a um deles. Ex consrcio de empresas, em que somente uma localiza-se em zona de incentivo fiscal, somente ela ter iseno;

- A interrupo da prescrio em favor ou contra um dos coobrigados, favorece ou prejudica os demais.

INEFICCIA DAS CONVENES PARTICULARES

- Artigo 123 CTN.

- As convenes particulares relativas responsabilidade pelo pagamento do tributo no podem ser opostas Fazenda Pblica para modificar a definio legal do sujeito passivo da obrigao tributria correspondente.

- Ex. clusulas de contratos que atribui ao clube de futebol a responsabilidade pelo pagamento do IR, cujo titular da disponibilidade econmica o atleta.

CAPACIDADE TRIBUTRIA

- Artigo 126 CTN.- A aptido de uma pessoa para participar da relao jurdica tributria na qualidade de sujeito passivo da obrigao, aptido esta a qual no h restries.

- A capacidade tributria passiva independe :

capacidade civil das pessoas naturais ainda que absoluta (menores de 16 anos, surdo-mudo, louco ou ausente) ou relativamente (menores entre 16 e 21 anos, prdigos e silvcolas) incapaz para praticar atos da vida civil, situao em que ser representado ou assistido respectivamente, pode ser sujeito passivo da obrigao tributria;

que a pessoa natural que tenha sofrido privao ou limitao do exerccio de atividades civis, comerciais ou profissionais ou da administrao direta dos seus negcios. Ex. falido, interditado, etc;

que a pessoa jurdica no esteja regularmente registrada, bastando que configure uma imunidade econmica ou profissional.

DOMICLIO

- Eleio a regra.

- Artigo 127 CNT.

- Excees :

a)pessoa natural : domiclio ou centro habitual de suas atividades;

b)pessoa jurdica de direito privado: sede ou estabelecimentos em relao s obrigaes;

c)pessoa jurdica de direito pblico qualquer de suas reparties;

d)local da situao dos bens;

e)local da ocorrncia dos atos ou fatos que derem origem obrigao.

RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA

- Artigos 128/138 CTN.

- A lei pode de modo expresso atribuir a responsabilidade a terceira pessoa vinculada ao fato gerador da obrigao, nos seguintes casos:

no lugar do contribuinte, se este por qualquer motivo no cumpre a obrigao . Ex.sucesso causa mortis; junto com o contribuinte , no caso de pai com filho;

no lugar do contribuinte, sem que este sequer tenha participado da relao jurdica . Ex. substituio tributria de bebidas, cigarro, etc.

- A responsabilidade tributria pode ser :

a)Sucessores :

adquirentes de bens;

sucessor a qualquer ttulo;

meeiro;

esplio at a abertura da sucesso;

pessoa jurdica resultante de ciso, fuso, incorporao e transformao;

scio remanescente ou esplio que der continuidade atividade de uma empresa extinta;

pessoa que adquire o fundo de comrcio e continua a explorao, responde integralmente se o alienante cessar a explorao e subsidiariamente se o alienante prosseguir a explorao ou iniciar nova atividade em 6 meses.

b)Terceiros

- No caso de impossibilidade exigncia do cumprimento da obrigao pelo contribuinte, respondem solidariamente nos atos que intervierem ou pelas omisses de que forem responsveis. Quem administra patrimnio alheio no devedor, mas se a massa no pagar o devido, por exemplo, por opo do inventariante, seus bens pessoais respondero pela dvida. O pai ser co-obrigado da responsabilidade de pagamento dos filhos impberes. Duas ou mais pessoas no plo passivo, so solidariamente responsveis, so co-devedores solidrios. Pela lei, apenas os scios gerentes so co-obrigados, apesar de a PFN citar todos os co-obrigados.

pais filhos menores;

tutores - tulelados;

curadores curatelados;

administradores de bens - terceiros titulares dos bens;

inventariante - esplio;

sndico massa falida;

comissionrios concordatrios;

tabelies terceiros;

scios - sociedade de pessoas liquidada;

responsabilidade pessoal - todas estas pessoas, mandatrios, gerentes e diretores por crditos decorrentes de atos praticados com excesso de poder ou infrao legal ou contratual. Artigo 128 CTN.

- Responsabilidade Empresarial: artigos 132 e 133 CTN.

- Sucesso Imobiliria / Responsabilidade Por Sucesso: artigo 130 CTN; o tributo adere ao imvel e fica por conta de quem adquire o imvel as responsabilidades tributrias, no importando qual sucedido no pagou. A CDA pode vir negativa (no momento) e mesmo assim haver um dbito constante no imvel. O adquirente o responsvel para garantir o crdito pblico no caso de um no pagamento. possvel penhorar bem de famlia nesse caso.

- Sucesso Empresarial: artigo 132 e 133 CTN. Quem adquire a empresa com o mesmo ramo de atividade da anterior e aproveita do ponto de comrcio e clientela (ex. CEASA, postos de gasolina, etc) arcaria com os tributos devidos pelo anterior no pagos por ele, no importando contrato entre as partes dispondo de forma diferente.

ANLISE DO ARTIGO 138 CTN- Denncia Espontnea: ir ao FISCO para pagar o tributo em atraso, antes de ser autuado.- Multa: no caberia multa, e Sacha Calmon diz que no se pode diferenciar multa pelo atraso de multa moratria (de mera atualizao), muitas vezes cobrada, erroneamente, pela Fazenda Nacional.

- Parcelamento: dissdio jurisprudencial neste sentido, se caberia ou no denncia espontnea para os casos de parcelamento (e no apenas para o pagamento integral).

INFRAES

O contribuinte permanece obrigado pelo pagamento do tributo, assumindo o responsvel a obrigao pela penalidade aplicada. Esta responsabilidade independe da inteno do agente, e excluda pela denncia espontnea da infrao acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido ou dos juros de mora.A responsabilidade pessoal ao agente quando :

quanto s infraes conceituadas por lei como crime ou contraveno;

quanto s infraes em cuja definio o dolo especfico seja elementar, no cabendo a culpa;

quanto s infraes que decorram diretamente do dolo especfico de pessoas com poder de representao de terceiros.

A denncia espontnea (art. 138 CTN) previne a exigncia da multa fiscal, quando acompanhada do recolhimento do tributo e juros, desde seja procedida antes do incio da ao fiscal.CRDITO TRIBUTRIO

- O crdito tributrio decorre da relao jurdica de natureza obrigacional obrigao principal - e tem a mesma natureza desta (art. 139 CTN).

- O crdito tributrio se constitui pelo lanamento, assim entendido como a atividade administrativa vinculada e obrigatria, tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e sendo o caso, propor a aplicao da penalidade aplicvel (art. 142 CTN).

- O lanamento somente pode ser alterado pela impugnao, recurso de ofcio, ou por inciativa da prpria administrao (reviso)./

a)extino

Hiptese ....................... FG (obrigao..........................Lanamento............... b)suspenso

Incidncia tributria) (crdito tributrio) c)execuo

LANAMENTO

CONCEITO- A obrigao tributria (apenas um vnculo jurdico) precisa se transformar em crdito tributrio, e o lanamento que a torna exigvel.PROCEDIMENTO- Identificao do crdito tributrio;

- Lanamento do crdito tributrio;

- Exigibilidade do crdito tributrio.

NATUREZA JURDICACorrentes:a)Constitutiva do crdito tributrio: adotada pelo CTN, no seu artigo 142, a corrente oficial.

b)Declaratria do crdito tributrio: defendida por alguns doutrinadores.

CARACTERSTICAS DO LANAMENTO- Ato privativo da autoridade administrativa (fiscal)- Notificao.

- O sujeito passivo no lana, para efeitos fiscais.

- Clculo do montante = alquota e BC.

- Quando comea o processo administrativo: com a chegada do fiscal na empresa.

- Quando termina o processo administrativo: com o auto de infrao.

- Atividade vinculada do artigo 142 CTN, pargrafo nico do CTN, diz o mesmo do artigo 3o do CTN.

FASES DO LANAMENTO1.Hiptese de Incidncia

2.FG (que gera a obrigao tributria)

3.Crdito tributrio

COMPENSAO DE NOTAS- Compensao de notas de entrada e sada no crdito tributrio e sim a antecipao de recolhimento.

ESQUEMADecadncia do direito ' lanamento pela PFN ' prescrio da ao

MODALIDADES DE LANAMENTO

Por Declarao (art. 147 CTN) o sujeito passivo presta as informaes, mediante declarao, sobre a matria de fato, que serviro para que a administrao constitua o crdito tributrio, materializado em uma guia expedida para o contribuinte. Efetuado o clculo, o sujeito passivo ser notificado para o recolhimento.

De Ofcio / Direto o sujeito ativo procede ao lanamento, sem a colaborao do sujeito passivo. Pode haver reviso, de ofcio, do lanamento, nas hipteses enumeradas no art. 149 CTN, enquanto no extinto o direito da fazenda de constituir o crdito tributrio. Ex: IPVA, IPTU.

Por Homologao (art. 150 CTN) o sujeito passivo no s informa sobre a situao de fato do lanamento, como tambm antecipa o pagamento do tributo, que ser homologado pela administrao, em regra no prazo de 5 anos a contar da ocorrncia do fato gerador, de forma tcita. Findo o prazo o crdito se extingue (art. 156 CTN). Ele antecipa o recolhimento a partir do momento que incorre no FG, sendo este lanamento a forma mais comum, e s haver crdito tributrio a partir do momento que for homologado. Ex: IR, ITCD, ISS, ICMS, CS, IPI. Somente aps 5 anos da extino do crdito tributrio (quando ocorre a homologao fiscal visita a empresa) que pode ser requerido o valor do tributo pago indevidamente.

a)Homologao Expressa - Efetiva atuao do FISCO.

b)Homologao Tcita - 5 anos sem atuao do FISCO.

OBSERVAO- Para as modalidades de lanamento por declarao e de ofcio, o prazo prescricional comea a contar do dia 1o de janeiro do exerccio seguinte e para o lanamento por homologao a partir do FG (artigo 150, pargrafo quarto, CTN).

FG ................................................. lanamento...............................................EF

5 anos para constituir o CT do CT 5 anos para cobrar seno

prescreve e extingue o CT

ALTERAES DO CRDITO TRIBUTRIO

- Suspenso apenas da exigibilidade do crdito tributrio (art. 151/155 CTN) :

moratria dilao ou prorrogao de prazo para cumprimento de obrigao no vencida; pressupe um favor do credor para o adimplemento da obrigao, dilatando o prazo. No a recusa do devedor de pagar. Pode eleger uma categoria para beneficiar, mas deve estar previsto em lei e deve ser por prazo certo.

depsito do montante integral artigo 151, II CTN, seja na via administrativa, seja na via judicial. O depsito no obrigatrio mas, se no for depositado numa ao anulatria, no suspender a exigibilidade do crdito tributrio. No interessante, pois a execuo fiscal muito mais clere em face de uma ao anulatria. Na via judicial, a faculdade de suspender uma execuo e na via administrativa, somente para recursos com mbito federal com depsito de 30% ou nomeao de bens penhora (mas aqui deve-se nomear todos os bens).

reclamaes e recursos;

concesso de medida liminar em mandado de segurana.

- a nica forma que se mostra provisria.

- Extino do crdito tributrio (art. 156/174 CTN) pagamento do montante do imposto devido; se for devido, caber Ao de Repetio de Indbito, repetindo o principal, juros e encargos moratrios. (Taxa SELIC)

compensao entre dbitos e crditos; Lei No. 8.383/91. Somente por lei ordinria. Forma de extino de obrigaes recprocas (mesmo ente tributante e mesmo contribuinte). O REFIS permite que se compre o prejuzo de uma empresa com o lucro da empresa que optar pelo REFIS. Anota-se o prejuzo no LALUR e compensa-se com o lucro do ano seguinte. Paga-se somente sobre a sobra.

transao concesses mtuas. Forma de extino de obrigaes recprocas mediante concesses mtuas. Pressupe direitos disponveis e em direito tributrio, o crdito tributrio indisponvel, logo, somente por lei ordinria e no por deliberao do procurador, por exemplo. Fazer desconto remisso, dar prazo moratria e diminuir o valor da dvida anistia. Dessa forma, no h que se falar em transao, na prtica pois sempre incorre em alguma das citadas formas de benefcio.

remisso perdo. Perdo do tributo. O crdito existe, no est prescrito e exigvel. Deve ser feito mediante lei ordinria. Para pequenos valores, onde fica mais caro cobrar do que perdoar a dvida.

prescrio perda da possibilidade de propositura de uma ao administrativa ou judicial para cobrana do crdito tributrio, que pode ser suspenso pela citao do devedor e protesto judicial, iniciando-se a contagem como se nenhum tivesse ocorrido. O prazo de 5 anos, nos termos do art. 174 do CTN. Ex. arts 155, 172, 179 e 182 CTN.

decadncia perda do direito de constituir o crdito tributrio pelo seu no exerccio. O prazo fatal de 5 anos e contado a partir do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento de ofcio ou por declarao poderia ter sido efetuado, nos termos do art. 173 CTN. O prazo fatal de 5 anos e contado a partir da ocorrncia do fato gerador, no caso de lanamento por homologao, nos termos do art. 150 4 CTN. Este prazo no se suspende, nem se interrompe.

converso do depsito em renda garantia dos tributos, cuja exigibilidade examinada na via judicial e administrativa;

pagamento antecipado e homologao do lanamento o dbito somente se extingue na implementao da condio resolutria da homologao pelo sujeito ativo.

consignao em pagamento em juzo;

deciso administrativa irrecorrvel quando favorvel ao contribuinte faz coisa julgada administrativa;

deciso judicial passada em julgado quando favorvel ao contribuinte - faz coisa julgada judicial.

- Excluso do crdito tributrio (art. 175/182 CTN) no implica a dispensa de cumprimento de obrigaes acessrias : iseno dispensa de tributo concedida por lei em carter geral ou individual, por prazo certo ou indeterminado, e pode ser revogada a qualquer tempo, tambm, por lei. Exonera fato gerador futuro. Lei ordinria.

anistia dispensa da infrao cometida (penalidade e juros) concedida por lei e pode ser em carter geral. Exonera fato gerador passado. Lei ordinria. Todo fator fiscal demanda lei ordinria do prprio ente tributante, no pode lei federal para impostos estaduais, por lei.

IMPOSTO SOBRE SERVIO

-Para trabalhos de arquitetura = paga-se no local do projeto (ex. em Belo Horizonte) ou no local da obra (ex. em Nova Lima).

-Decreto Lei 406/68 = foi recepcionado como lei complementar porque altera o CTN (que lei complementar) e s quem pode alterar lei complementar outra lei complementar ou uma emenda constitucional.

-Regra: a base de clculo do ISS o preo do servio artigo 9o. do Decreto Lei 406/68.

-Exceo: profissional liberal no paga por 5% e sim um valor fixo.

-Lei Municipal (Lei 5641/99, artigo 9o.). A lei 6.810/94/94 equipara associao de autnomo (ex. advogados) como se fosse empresa para efeitos do pagamento de INSS. Bate de frente com o Decreto Lei 406/68, na prtica paga-se muito mais do que deveria.

-Argumentos da Fazenda Municipal: o Decreto Lei 406/68 no foi recepcionado. Diz da aplicao do artigo 151, III, CR/88. Diz que o artigo 150, pargrafo sexto CR/88 que s o Municpio (lei especfica) pode dar iseno (reduo de base de clculo) mas no se trata de reduo, trata-se de critrio de fixao de base de clculo. Diz que o Decreto 406/68 no respeita a isonomia e, na verdade, trata-se de critrio de fixao de base de clculo.

Diz que o Decreto 406/68 no respeita a isonomia e, na verdade, alm de no respeitar a desigualdade com a lei municipal foi uma tentativa de tratar os iguais como iguais e desiguais como desiguais. A lei municipal inconstitucional.

- devida a equiparao de empresa somente quando houver carter empresarial na sociedade sem responsabilidade pessoal ou com profisses diferentes.

-A converso do depsito em renda extingue o crdito tributrio. Pode ser administrativo ou judicial.

-Artigo 156, VII CTN: se a homologao no ocorrer? Sempre ocorre, seja expressamente ou tacitamente. A partir de quando comea a correr o prazo para a Fazenda Pblica lanar? A partir do fato gerador. A conseqncia para a no antecipao foge regra e passa a ser cobrado no primeiro dia do exerccio seguinte (artigo 173 CTN).

-Consignao em Pagamento: artigo 156, VIII CTN e artigo 164 CTN. Para os casos em que a Fazenda Pblica no quer receber por algum motivo, para os casos em que se paga dois tributos juntos (ex. IPTU e Taxa de Limpeza) e o contribuinte paga apenas o IPTU porque acredita que o outro inconstitucional e discute o outro em juzo; ex. da terceira hiptese = dois municpios cobrando ISS.

-Artigo 164, pargrafo primeiro CTN = ocorre porque uma forma forada de extino do crdito tributrio.

-Artigo 156, IX (processo administrativo) e X (processo judicial) CTN

-Artigo 166 CTN = pode haver a repetio por quem pagou. Quem no pode pedir? Aquele que transferiu o tributo. Ex. ICMS, quem vendeu o produto para algum. Apenas para natureza jurdica de repasse, porque na questo econmica todos os tributos devem ser repassados para a sobrevivncia da empresa.

GARANTIAS DO CRDITO TRIBUTRIO

- Meio ou modo de assegurar um direito.

- O direito que tem a fazenda pblica de exigir o crdito tributrio prevalece sobre os interesses dos particulares, exceto com relao aos crditos trabalhistas.

- Iniciada a fase de execuo, qualquer onerao de bens ou rendas, presume-se, de forma absoluta, fraudulenta.

PRIVILGIOS DO CRDITO TRIBUTRIO

- Preferncia de que goza o crdito tributrio.

- O crdito tributrio prefere a qualquer outro, exceto ao crdito decorrente da legislao trabalhista.

- A cobrana no se sujeita ao concurso de credores.

- A preferncia segue a ordem do art. 187 CTN :

unio, em seguida suas autarquias;

estados e distrito federal, conjuntamente e pro rata em seguida suas autarquias;

municpios conjuntamente e pro rata em seguida suas autarquias.

INFRAES E PENALIDADES

- O ilcito tributrio entendido como toda conduta ao ou omisso voluntria ou involuntria violadora da norma tributria tipificada e punvel por esta.

- Funes da sano : penalista, civilista e administrativa.

- Admite-se a retoratividade da lei mais benigna para o sujeito passivo (art. 106 CTN).

- Tipos de pena : privativa de liberdade, restritiva de direitos e liberdades, privativa do patrimnio, moratria.

a)Eliso conduta por meio lcito que evita ou retarda a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria ou reduz os efeitos que lhe so prprios.

b)Evaso conduta por meio ilcito que impede ou modifica a configurao do fato gerador de obrigao tributria.

Espcies de evaso :

infrao comportamento antijurdico por culpa (ilcito tributrio);

delito comportamento antijurdico por dolo, que a vontade consciente dirigida a um fim ilegtimo.

Espcie de dolo :

fraude toda ao ou omisso dolosa tendente a impedir ou retardar total ou parcialmente a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria principal ou excluir ou modificar as suas caractersticas essenciais, de modo a reduzir o montante do imposto devido ou evitar ou diferir seu pagamento (art. 72 Lei $.502/64);

sonegao - toda ao ou omisso dolosa tendente a impedir ou retardar total ou parcialmente a o conhecimento por parte da administrao fazendria da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria principal sua natureza ou circunstncias materiais e das condies pessoais do contribuinte, suscetveis de afetar a obrigao tributria principal ou o crdito tributrio correspondente (art. 71 Lei $.502/64). uma fraude qualificada.

c)Conluio ajuste doloso visando os efeitos da sonegao ou fraude.

PEDIDO DE RESTITUIO

O art. 10 do Decreto-lei n 2.288, de 23/06/1986, instituiu o emprstimo compulsrio, que foi exigido dos consumidores de gasolina e lcool para veculos automotores, bem assim dos adquirentes de automveis de passeio e utilitrios, na forma prevista nos arts. 11 e 15. O resgate do emprstimo, de acordo com o art. 16, seria efetuado em quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento FND, criado pelo mesmo Decreto-lei, e regulamentado pelo Decreto n 193, de 21/08/1991.

Como o Supremo Tribunal Federal STF, em aes incidentais vinha decidindo no sentido da inconstitucionalidade de parte dos dispositivos citados (incisos II, III e IV do art. 11, pargrafos e caput do art. 13, art. 15, pargrafo 2 e caput do art. 16, e a expresso bem como dos adquirentes de automveis de passeio e utilitrios no pargrafo nico do art. 10 o Poder Executivo, ao editar a Medida Provisria n 110, de 1995, estabeleceu :

Art. 18 - Ficam dispensados a constituio de crditos tributrios da Fazenda Nacional, a inscrio como Dvida Ativa da Unio, o ajuizamento da respectiva execuo fiscal , bem assim cancelados o lanamento e a inscrio, relativamente :

II ao emprstimo compulsrio institudo pelo Decreto-lei n 2.288, de 23 de julho de 1986, sobre a aquisio de veculos automotores e de combustvel;

Posteriormente, foi baixada a Resoluo do Senado Federal n 50, de 09/10/1995, que suspendeu a execuo dos precitados dispositivos do Decreto-lei n 2.288, de 23/06/1986, declarados inconstitucionais nos autos do recurso extraordinrio n 121.336.

O Parecer COSIT n 58 de 27/10/1998,, que tratou, entre outras questes, da restituio da restituio de tributos ou contribuies cobrados com base em lei declarada inconstitucional pelo STF, estabeleceu que so passveis de restituio os valores recolhidos indevidamente que no tiverem sido alcanados pelo prazo decadencial de cinco anos, contados a partir da data do ato que conceda ao contribuinte o efetivo direito de pleitear a restituio. No caso tratado nos autos, com relao s hipteses elencadas nos incisos II a VII do art. 18 da Medida Provisria n 1.699-40/1998 (atual Medida Provisria n 1.770-5/1999), o termo inicial seria da data da publicao da Medida Provisria n 1.110, de 30/08/1995, j que sua edio ocorreu antes da mencionada Resoluo do Senado Federal n 50, de 09/10/1995.

Entretanto, cabe esclarecer que o resgate do emprstimo compulsrio em comento seria efetuado em quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento, cuja gesto, administrao e representao do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDES.

Coube Secretaria da Receita Federal, to-somente, baixar pauta peridica de valor de veculos usados para efeito do clculo do emprstimo, bem assim divulgar o valor do seu resgate, no que se refere aos combustveis, segundo o valor do consumo mdio por veculo, verificado no ano do recolhimento. No lhe foi atribuda qualquer competncia para tratar do resgate das referidas quotas como forma de devoluo do emprstimo compulsrio tampouco dispor sobre sua devoluo, uma vez que estas atividades encontram-se sob a esfera de competncia dos administradores e gestores do Fundo Nacional de Desenvolvimento FND, que no caso o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDS.

Ademais, o atual Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF n 227, de 03/09/1998, determina :

Art. 209 Aos Delegados da Receita Federal e, no que couber, aos Inspetores e aos Chefes de Inspetoria, incumbe :

XXII apreciar os processos administrativos relativos a restituio, compensao, ressarcimento, imunidade, suspenso, e reduo de tributos e contribuies administrados pela SRF; (grifo nosso)

Sobre a matria, o art. 6 da Lei n 7.862, de 30/10/1989, estabeleceu restrio restituio em comento no sentido de que : o Banco Central do Brasil seria o rgo competente para remunerar o saldo do Depsito da Unio relativos ao emprstimo compulsrio tratado nos autos;

este saldo ficaria disponvel exclusivamente para aquisio de quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento;

os recursos mencionados seriam recolhidos ao Tesouro Nacional para atender as necessidades financeiras decorrentes do resgate do emprstimo, observados os cronogramas e condies estabelecidas pelo Poder Executivo.

Logo, inobstante a declarao de inconstitucionalidade, com efeitos erga omnes, ocorrida em 1995, a Secretaria da Receita Federal no tem competncia para analisar os pedidos de restituio referentes ao emprstimo compulsrio institudo pelo Decreto-lei n 2.288, de 23/06/1986.

PRESCRIO E DECADNCIA

-Artigos 168, 150, pargrafos quarto, 156, VII, 173 (decadncia), 174 (prescrio).DECADNCIAFG(OT) ..................................... Lanamento (CT) ............................. Execuo Fiscal

1. 1 2

1 5 anos sob pena de decadncia (perda do direito material de constituir o crdito tributrio).

2 5 anos sob pena de prescrio (perda do direito de ao).

Contagem de Prazo:

Tributo lanado por:a. a) Declarao / de ofcio / direta (artigo 173 CTN)

.Regra

.Artigo 173, I.

b. b) Por homologao (artigo 150, pargrafo quarto CTN)

.5 anos do fato gerador

. a exceo.

Alguns Exemplos de Fato Gerador-FG do ICMS: no dia em que a mercadoria foi vendida.-FG do IR: no dia em que a restituio foi recebida.

-FG do IPTU: no tem dia certo. Ento, nesses casos, abandona-se o ano em que ocorreu o fato gerador, pois no mesmo ano j poder ter sido feito o lanamento e, se por erro, a Fazenda Pblica no constituiu o crdito, ter 5 anos a partir do primeiro dia do exerccio seguinte.A data a do lanamento (o ano do lanamento) e no do fato gerador. -Ex. se uma pessoa compra um apartamento no dia 31/12/92. O tributo devido em 92, pois tem que pagar (pela sucesso imobiliria). At quando pode cobrar? At janeiro de 1998. E se foi em 10/05/92 que a mercadoria foi vendida? O prazo de 5 anos do fato gerador, porque ICMS (contando-se do fato gerador).-Quando no tem o que homologar, porque o contribuinte no antecipou o pagamento, cai na regra geral, lavrando-se auto de infrao (que lanamento direto).-Exemplo do artigo 173, II CTN: em 92 houve um auto de infrao com vcio formal (ex. no foi chamado um representante da empresa para a fiscalizao), mas o contribuinte realmente devia e somente em 96 o tribunal reconhece e d provimento Ao Anulatria. Sendo assim, a partir de 96 a Fazenda Pblica tem 5 anos para lanar.

EXECUO FISCAL LEI 6.830/80-Artigo 174 CTN = a ao para cobrana do crdito tributrio prescreve em 5 anos da data de constituio definitiva.-Prazo para arrolar testemunhas = na petio inicial dos embargos.-Impugnao e recurso = prazo de 30 dias-Prescrio: interrompe o prazoa)por qualquer ato da Fazenda Nacional (artigo 174, I, II, III) de exigir do sujeito passivo o crdito tributrio.Oub)do contribuinte que se manifesta para pagar (artigo 174, IV).-O inciso II no se aplica. Na verdade, a prescrio se interrompe a partir da distribuio (Lei 6.830/80) e no da citao (artigo 174, I CTN).-Artigo 174, IV CTN: pedido de parcelamento a forma mais comum de reconhecer o dbito.Ex:jan/92 = venda de mercadoriafev/87 = lavrado auto de infraomar/97 = defesa do Conselho de ContribuintesOut/90 = julgamento mantendo auto de infraojan/98 = cancelamento do auto de infrao por vcio formal.fev/98 = novo auto de infraonov/90 = ajuizada execuo fiscal

Hipteses:a. a) 5 anos do fato gerador. Artigo 173 CTN. No pagou, no h o que ser homologado. At janeiro de 98 a Fazenda Nacional poder lanar.

b. b) No houve prescrio. Foi feito novo auto de infrao em fevereiro de 98.

SISTEMA TRIBUTRIOObter arrecadao para desenvolver a atividade financeira do Estado.

constitucional rgido a determinados princpios constitucionais.

DISCRIMINAO CONSTITUCIONAL DE RENDASConceito = partilha tributria entre os entes tributantes.

Regido pela CR/88.

Impostos de competncia da Unio = artigo 153 CR/88.

Impostos de competncia dos Estados = artigo 155 CR/88.

Impostos de competncia dos Municpios = artigo 156 CR/88.

COMPETNCIA TRIBUTRIAA competncia tributria cabe somente Pessoa Jurdica Pblica, sendo apenas a UNIO quem determina a competncia tributria.

A Competncia Tributria (indelegvel) no se confunde com Capacidade Tributria (delegvel, para aquele que arrecada ou paga o tributo).

Cometimento = quando o poder de arrecadar transferido para uma pessoa (fsica ou jurdica) de direito privado.

A legislao plena ao estabelecer, por exemplo, quem pode legislar sobre determinada matria. No mesmo sentido, o no exerccio da competncia tributria por determinado ente tributante no d o direito a outro de exerce-la.

MODALIDADES DE COMPETNCIA TRIBUTRIA

1)Comum (para todos os entes tributantes)

-Taxa

-Contribuio de Melhoria

Somente o ente tributante que efetivamente realizou a obra poder cobrar o tributo.

2)Privativa-Impostos

Os impostos foram todos nomeados pela lei, assim como a competncia tributria.

3)Exclusiva (Unio)

-Emprstimo Compulsrio

-Contribuies Especiais

4)Residual (Unio)

Utilizado para que outros impostos sejam institudos, mas desde que com base clculo e fato gerador diferenciados dos anteriores.

5)ExtraordinriaEm caso de iminncia de guerra ou guerra.

CONFLITOS DE COMPETNCIA

1)Invaso de competncia = um ente no pode invadir a competncia de outro legislando, por exemplo.

2)Bitributao = tributao sobre o mesmo contribuinte, com a mesma causa jurdica, baseada em duas ou mais leis diversas e cobrada por entes diferentes.

3)Bis in idem = tributao dupla ou maior, em relao ao mesmo contribuinte, cobrada pelo mesmo ente tributante e em relao mesma causa jurdica.

LIMITAES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR

Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:I exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;II instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos;III cobrar tributos:

a) em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado;

b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;IV utilizar tributo com efeito de confisco;V estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo poder pblico;VI instituir impostos sobre:

a) patrimnio, renda ou servios, uns dos outros;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua impresso. 1 A vedao do inciso III, b, no se aplica aos impostos previstos nos arts. 153, I, II, IV e V, e 154, II. 2 A vedao do inciso VI, a, extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes. 3 As vedaes do inciso VI, a, e do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exoneram o promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel. 4 As vedaes expressas no inciso VI, alneas b e c, compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 5 A lei determinar medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e servios. 6 Qualquer subsdio ou iseno, reduo de base de clculo, concesso de crdito presumido, anistia ou remisso relativos a impostos, taxas ou contribuies s poder ser concedido mediante lei especfica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matrias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuio, sem prejuzo do disposto no art. 155, 2, XII, g. 7 A lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a condio de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fato gerador presumido.Art. 152. vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios estabelecer diferena tributria entre bens e servios, de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino.PRINCPIO DA LEGALIDADE

Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:I exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea...

Instrumentos com fora de lei no direito em geral = medidas provisrias, emendas, decretos, CR/88, portarias, e outros (os instrumentos citados no so hbeis em direito tributrio, para a instituio de tributos).

Em direito tributrio, para se obter o instrumento com fora de lei necessrio que este apresente dois aspectos: formal e material para que se possa instituir um tributo.

Sendo assim, somente a lei em sentido estrito (formal e material) hbil em direito tributrio, sendo = lei ordinria e lei complementar. No so lei em sentido estrito = decreto e medida provisria.

PRINCPIO DA ISONOMIA

Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:...II instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos....

Art. 151. vedado Unio:...II tributar a renda das obrigaes da dvida pblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, bem como a remunerao e os proventos dos respectivos agentes pblicos, em nveis superiores aos que fixar para suas obrigaes e para seus agentes;...

Tratamento igual para os iguais e tratamento desigual para os desiguais.

PRINPIO DA IRRETROATIVIDADE

Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:...III cobrar tributos.a)em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado;...

O tributo no incide sobre o fato gerador antes da lei ou tributo que os aumentou.

PRINCPIO DA ANTERIORIDADE (ANUALIDADE)

No pode ser exigido um tributo no mesmo ano em que foi publicada. A lei que entra em vigor hoje no tem eficcia, pela anterioridade.

Atualmente, basta a publicao da lei para no incidir tributo pela anterioridade, no precisando, necessariamente, estar em vigor.

Anualidade

O tributo tinha que estar previsto em oramento. Hoje no se aplica e sim deve estar publicada no ano anterior. Alguns tributaristas, com a nova Lei de Responsabilidade Fiscal, acreditam que a anualidade a melhor garantia ao contribuinte.

PRINCPIO DO NO CONFISCO

Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:...IV utilizar tributo com efeito de confisco;

Lembra-se que o conceito de confisco relativo.

PRINCPIO DA INTEGRAO NACIONAL DE PESSOAS E BENS LIVRES DE BARREIRAS

Art. 152. vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios estabelecer diferena tributria entre bens e servios, de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino.PRINCPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRFICA

Art. 151. vedado Unio:I instituir tributo que no seja uniforme em todo o territrio nacional ou que implique distino ou preferncia em relao a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio, em detrimento de outro, admitida a concesso de incentivos fiscais destinados a promover o equilbrio do desenvolvimento scio-econmico entre as diferentes regies do Pas;...

Um Estado no pode ser beneficiado em detrimento de outro.

Permite-se incentivo fiscal, porm.

Somente para impostos federais.

NO INVASAO DE COMPETNCIA

Art. 151. vedado Unio:...

III instituir isenes de tributos da competncia dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios....

..........................................................................

Questes

1)POR MEIO DE LEI ORDINRIA PODE A UNIO EDITAR NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTRIO?

Sim, somente por lei ordinria, de acordo com o artigo 146, III Cr/88:

Art. 146. Cabe lei complementar:III estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente sobre:a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes;b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios;c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas

2)EM QUE SE DIFERENCIAM TAXA E CONTRIBUIO DE MELHORIA?

Para a taxa, diferentemente da contribuio de melhoria, no importa se h valorizao ou apenas a conservao do patrimnio pblico.

Art. 77. As taxas cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, tm como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto sua disposio.Pargrafo nico. A taxa no pode ter base de clculo ou fato gerador idnticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em funo do capital das empresas. (Redao dada pelo Ato Complementar n 34, de 30.1.1967)Art. 81. A contribuio de melhoria cobrada pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, instituda para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acrscimo de valor que da obra resultar para cada imvel beneficiado.3)PORQUE DIZEMOS QUE A COMPETNCIA TRIBUTRIA INDELEGVEL? indelegvel no sentido que somente a Unio (pessoa jurdica de direito pblico) tem competncia para legislar em matria tributria, de acordo com o artigo 150, I CR/88 (Princpio da Legalidade). Outros entes tributantes no tem competncia para legislar, por preceito constitucional.Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:I exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea...

4)A CATEGORIA A POSSUI DIVERSOS IMVEIS. ESTES ESTO SUJEITOS AO IPTU? E AS TAXAS MUNICIPAIS? JUSTIFIQUE.

No esto sujeitos ao IPTU, desde que ligadas s suas finalidades essenciais, de acordo com o artigo 150, 2o CR/88:

Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:...

2 A vedao do inciso VI, a, s autarquias extensiva e s fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes.

Sim, porque as imunidades do citado artigo refere-se apenas aos impostos.

5)O MUNICPIO DE BETIM, ATRAVS DO DECRETO DO EXECUTIVO, MAJOROU AS ALQUOTAS DO IPTU PARA 1999, PARA COBRANA NESSE MESMO ANO. DISCORRA.Para majorar tributo tem que ser por lei ordinria, de acordo com o artigo 153, 1o CR/88.Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre: 1 facultado ao Poder Executivo, atendidas as condies e os limites estabelecidos em lei, alterar as alquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.

..........................IMPOSTO DE IMPORTAO1)Competncia: Unio.2)Fundamentao: 2.1)Artigo 153, I CR/88, que estabelece a competncia para instituir:Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre:I importao de produtos estrangeiros;

2.2)Artigo 19 a 22 CTN, que estabelece regras gerais, a lei complementar no institui tributo.

2.3) Decreto Lei 37, que realmente institui o imposto de importao e foi recepcionado como lei ordinria.Observao: a)no se sujeita ao Princpio da Legalidade Estrita, de acordo com o artigo 153, 1o CR/88:b)no se sujeita ao Princpio da Anterioridade, de acordo com o artigo 150, 10 CR88, podendo ser cobrado imediatamente:

3)Tipos do Imposto

3.1) Indireto

Aquele em que o contribuinte de direito (incorporador) se diferencia do contribuinte de fato (quem compra), que quem efetivamente paga o imposto. (Apesar de ser o contribuinte de direito que o contribuinte perante a Administrao Pblica).

3.2) Real

Aquele onde as caractersticas pessoais do contribuinte no influem no clculo do imposto.

3.3)Proporcional

Como regra geral, o imposto de importao proporcional, significando que incide uma porcentagem sobre a base de clculo (que no muda, independente do aumento da base de clculo). A exceo regra o produto importado via correio, por exemplo.

3.4)Extrafiscal: o objetivo do poder pblico, muitas vezes, no a arrecadao, mas sim a normalizao da economia do mercado interno, que est desarticulada. Devido isso, no respeita o Imposto de Importao os princpios gerais de direito tributrio.

4)Fato Gerador / Hiptese de IncidnciaEntrada dos produtos estrangeiros em territrio nacional (artigo 1o do Decreto 37/66):

O momento o incio do desembarao (despacho) aduaneiro que ocorre o fato gerador, momento esse definido jurisprudencialmente, ou seja, na passagem pela alfndega.

5) Base de ClculoArt. 20. A base de clculo do imposto :I - quando a alquota seja especfica, a unidade de medida adotada pela lei tributria;II - quando a alquota seja ad valorem, o preo normal que o produto, ou seu similar, alcanaria, ao tempo da importao, em uma venda em condies de livre concorrncia, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no Pas;III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilo, o preo da arrematao.6) AlquotaDepende de um plano econmico para incentivo ou no de determinada importao de produto para o Brasil, estabelecendo-se assim a alquota cabvel.Depende tambm do produto a ser importado e do momento econmico da importao.Alquota no iseno, apesar da conseqncia ser a mesma (para a iseno, necessrio uma lei especfica, o que no ocorre na majorao da alquota).Os produtos que, por motivo de aumento de alquota, forem apreendidos ou abandonados sero leiloados, de acordo com o artigo 22, V, 5o da Lei 8.866, a saber:

O artigo 20, I do Decreto 37/66 determina as formas de alquota existentes, a saber:a)Alquota Especfica:Por unidade de medida pr estabelecida, como o metro, por exemplo.Art. 20. A base de clculo do imposto :I - quando a alquota seja especfica, a unidade de medida adotada pela lei tributria; ....b)Alquota Ad Valorem:Pelo valor econmico do bem.Art. 20. A base de clculo do imposto :...II - quando a alquota seja ad valorem, o preo normal que o produto, ou seu similar, alcanaria, ao tempo da importao, em uma venda em condies de livre concorrncia, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no Pas;

7) ContribuintesArt. 22 CTN. Contribuinte do imposto :I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados

8) LanamentoA forma mais comum de lanamento do Imposto de Importao feita por homologao. Se o contribuinte no pagou ou o fez de forma errada, faz-se ento o lanamento direto (feito pelo poder pblico).

9)Institutos Prpriosa)DrawbackImportao de matria prima estrangeira que vai entrar em composio de produto nacional (com iseno) e que ser exportado para baratear o produto nacional, para que tenha concorrncia fora do pas.b)Franquia TemporriaPara que haja uma suspenso do Imposto de Importao porque entra para determinado tempo e vai sair (no fazendo parte do conselho interno). Ex: para carros de Frmula 1 e mquinas prprias de turistas. Se o produto ficar no pas (ex: feiras).c)Clusula de Nao Mais Favorecidad)Zonas Francase)Portos Francos = ocorrendo em funo do pas.f)Unies AduaneirasQuando dois ou mais pases se unem formando um bloco forte para a troca de mercadorias entre eles, seja impondo preos e tarifas mais baixas no mercado internacional. Ex: Mercosul, Unio Europia, Ala.g)Colix PosteauxImportao pelos correios, no havendo um benefcio especfico, como iseno, por exemplo. uma forma diferente, alquota progressiva. Ex:-De U$ 0 a U$ 50,00 = isento-De U$ 50,00 a U$ 200,00 = alquota de 50%-De U$ 200,00 .... = alquota de 100%O Contribuinte quem recebe a mercadoria (destinatrio).10)Aspectos do FGa)PessoalSujeito Ativo = UnioSujeito Passivo = Contribuinte (importador)b)EspacialDentro do territrio nacional.c)TemporalMomento da entrada do produto estrangeiro em territrio nacional = incio do despacho aduaneiro.d)MaterialImportar produto estrangeiro.e)Quantificativo: e.1)BC -Ad Valorem = valor aduaneiro, segundo o GATT. Art. 20. A base de clculo do imposto : ... II - quando a alquota seja ad valorem, o preo normal que o produto, ou seu similar, alcanaria, ao tempo da importao, em uma venda em condies de livre concorrncia, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no Pas;

-Alquota Especfica: Por unidade de medida pr estabelecida, como o metro, por exemplo. Art. 20. A base de clculo do imposto : I - quando a alquota seja especfica, a unidade de medida adotada pela lei tributria; ....

e.2)Alquota Porcentagem que incide sobre a BC, no variando em funo da BC e so seletivas (variam dependendo do momento de importao do produto).

.....................................

EXERCCIOS1.A instituio educativa sem fins lucrativos, arrematante (em licitao) de filmadora proveniente do Paraguai (que foi apreendida e levada leilo). B importador de chapas de ao para a fabricao de veculos destinados importao. A Unio notificou A e B para o pagamento do Imposto de Importao. A e B se insurgiram contra esse pagamento. Eles tem razo? Justifique.Resposta: A no tem razo, pois produtos importados apreendidos pela fiscalizao, de acordo com o artigo 31, III do Decreto 37/66 o adquirente de mercadoria entrepostada.ou sua graduao.

2.C importou um guindaste da Alemanha que deu entrada no territrio nacional em 01/03/95, quando estava em vigor a alquota de 20%. Utilizou-se do Instituto da Franquia Temporria, porque participaria de uma feira internacional at 31/05/95. em 20/04/95 a alquota foi majorada para 50%. Em 30/04/95 o guindaste foi vendido para empresa nacional e o equipamento no saiu do pas. Haver incidncia do Imposto de Importao? Qual a alquota? Por que?Resposta: sim, quando o produto saiu do pas, na alquota de 20%, na entrada no territrio nacional, porque o produto no saiu do pas, de acordo com o artigo 1o, 2o do Decreto 37, ficando suspenso, a saber:.................................................IMPOSTO DE EXPORTAAO1.Competncia-Unio-Artigo 153, II CR/88

2.Fundamentao-Artigo 153, II CR/88-Artigo 150, 1o CR/88 (Exceo ao Princpio da Anterioridade)-Artigo 153, 1o CR/88 (Exceo ao Princpio da Legalidade)-Artigos 23 ao 28 do CTN-Dec Lei 1578/77

3.Tipos de Imposto de Exportaoa)Indiretob)ProporcionalPorcentagem sobre a BC, porcentagem que no aumenta medida que aumenta a BC.c)RealCaractersticas pessoais da contribuio na influi no clculo do imposto.d)Extrafiscal O objetivo do poder pblico, muitas vezes, no a arrecadao, mas sim a normalizao da economia do mercado interno, que est desarticulada. Devido isso, no respeita o Imposto de Importao os princpios gerais de direito tributrio.

4.Fato GeradorSada de produto nacional (produzido dentro do pas) ou nacionalizado (importado ttulo definitivo) do territrio nacional.

ReexportaoSada do pas de mercadoria no nacionalizada. Ex: carros que chegaram no Brasil quando a alquota aumentou, os importadores desistem da compra e reexportam o produto, no pagando, portanto, o Imposto de Exportao.

Quando, por um motivo qualquer, a mercadoria ser reexportada.

O FG do Imposto de Exportao ocorre antes da sada fsica do produto, de acordo com o artigo 1o 1o do Decreto Lei 1.578/77, a saber:Art.1 - O Imposto sobre a Exportao, para o estrangeiro, de produto nacional ou nacionalizado tem como fato gerador a sada deste do territrio nacional. 1 - Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedio da Guia de Exportao ou documento equivalente. 2 - (Revogado pela Lei n 9.019, de 30/03/1995)No caso concreto: foi paga a Guia de Exportao no dia 15/02 e 20/02 ocorreu um sinistro no navio. O Imposto devido porque j ocorreu o FG. importante especificar o aspecto temporal do FG (o momento exato de ocorrncia) para o estabelecimento de qual lei ser aplicada.

5.Base de Clculo-Artigo 24 do CTN-Artigo 2o Decreto Lei 1.578/77Art. 24. A base de clculo do imposto :I - quando a alquota seja especfica, a unidade de medida adotada pela lei tributria;II - quando a alquota seja ad valorem, o preo normal que o produto, ou seu similar, alcanaria, ao tempo da exportao, em uma venda em condies de livre concorrncia.Pargrafo nico. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da sada do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operao de exportao e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento.Art. 2 - A base de clculo do imposto o preo normal que o produto, ou seu similar, alcanaria, ao tempo da exportao, em uma venda em condies de livre concorrncia no mercado internacional, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo, mediante ato do Conselho Monetrio Nacional. 1 - O preo vista do produto, FOB ou posto na fronteira, indicativo do preo normal. 2 - Quando o preo do produto for de difcil apurao ou for susceptvel de oscilaes bruscas no mercado internacional, o Poder Executivo, mediante ato do Conselho Monetrio Nacional, fixar critrios especficos ou estabelecer pauta