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CURSO DE PEDAGOGIA MÓDULO: M M E E T T O O D D O O L L O O G G I I A A D D E E E E S S T T U U D D O O E E D D E E P P E E S S Q Q U U I I S S A A Agosto/2010 FACULDADE INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ Credenciada e recredenciada exclusivamente para EAD pelas Portarias MEC nº 2694/2004 e nº 135/2013 Sede Maringá: Rua dos Gerânios, 1893 - Borba Gato | CEP: 87060-010 - Fone: (44) 3225-1197 / (44) 3034-4488 site: www.insep.edu.br / e-mail: [email protected]

Apostila MEP - Jun2013

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CCUURRSSOO DDEE PPEEDDAAGGOOGGIIAA

MMÓÓDDUULLOO::

MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE EESSTTUUDDOO EE DDEE PPEESSQQUUIISSAA

Agosto/2010

FFAACCUULLDDAADDEE IINNSSTTIITTUUTTOO SSUUPPEERRIIOORR DDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO DDOO PPAARRAANNÁÁ

Credenciada e recredenciada exclusivamente para EAD pelas Portarias MEC nº 2694/2004 e nº 135/2013

Sede Maringá: Rua dos Gerânios, 1893 - Borba Gato | CEP: 87060-010 - Fone: (44) 3225-1197 / (44) 3034-4488

site: www.insep.edu.br / e-mail: [email protected]

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DIRETOR ADMINISTRATIVO

Prof. Me. Argemiro Aluísio Karling

COORDENADORA DE GRADUAÇÃO

Profª. Me. Janaína Ciboto Mulati

EQUIPE DE PRODUÇÃO DE MATERIAL Prof. Me. Argemiro Aluísio Karling

Profª. Me. Nelci Gonçalves Dorigon Profª. Esp. Márcia Helena Leonel

FORMATAÇÃO

Wérica Patrícia Gonçalves da Silva

Nenhuma parte deste fascículo pode ser reproduzida sem autorização expressa do IEC e dos autores. Direitos reservados para:

INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E DA CIDADANIA Av. Carlos C. Borges, 1828 – Borba Gato CNPJ – 02.684.150/0001-97 CEP: 87060-000 - Maringá – PR – Fone: (44) 3225-1197 e-mail: [email protected]

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METODOLOGIA DE ESTUDO E DE PESQUISA

Graduação em Pedagogia

Faculdade Instituto Superior de Educação do Paraná

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ÍÍnnddiiccee

I – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4

II – ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS .................................................................................. 4

III – CONTEÚDO ......................................................................................................... 6

UNIDADE 1 – EESSTTUUDDOO,, CCIIÊÊNNCCIIAA EE PPEESSQQUUIISSAA ..................................................... 6

1 Métodos de estudo .......................................................................................... 6

2 O conhecimento científico e outros tipos de conhecimento .................................. 14

UNIDADE 2 – EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO EE LLEEIITTUURRAA DDEE AARRTTIIGGOOSS CCIIEENNTTÍÍFFIICCOOSS .................. 22

1 Escrevendo um artigo científico ....................................................................... 22

2 Leitura e interpretação de textos científicos ....................................................... 35

UNIDADE 3 – PPRROOJJEETTOO DDEE PPEESSQQUUIISSAA ee MMOONNOOGGRRAAFFIIAA ..................................... 39

1 Processo de pesquisa ..................................................................................... 39

2 Projeto de pesquisa ........................................................................................ 43

3 Elaboração de monografia ............................................................................... 50

IV – ANEXOS ............................................................................................................ 55

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I – INTRODUÇÃO

A disciplina de Metodologia de Estudo e de Pesquisa tem por objetivos provocar

reflexões sobre o processo de estudo e sobre o conhecimento científico, distinguindo-o de

outros conhecimentos, e orientar sobre técnicas e procedimentos para se poder planejar,

realizar pesquisas científicas e publicar seus resultados.

O pedagogo tem necessidade de situar-se dentro do contexto das ciências. Seus

principais ramos estão presentes na educação básica e são objeto de estudo de outras

disciplinas do curso. Este módulo tem caráter instrumental, isto é, propiciará um

entendimento introdutório sobre o que segue. Pretende-se aprofundar aspectos do estudo

individual e em grupo, acentuando-se as características da educação à distância.

A partir de uma noção inicial sobre o que é ciência e sobre o processo de pesquisa,

procura-se entender noções básicas sobre como se prepara (projeto) e como se realiza

uma pesquisa científica (técnicas e procedimentos). É necessário comunicar à

comunidade científica o que e como se pesquisou, bem como o resultado obtido. Teremos

orientações para produzir, bem como para ler e interpretar tais tipos de texto.

Todos esses passos são orientados por regras estabelecidas e aceitas pela

comunidade científica. Cada área ou ramo das ciências tem normas e procedimentos

próprios, obedecendo, porém, a princípios e diretrizes gerais comuns a todos. Neste

módulo estudaremos esses aspectos comuns, ajudando a identificar mais

especificamente caminhos para as ciências sociais.

O estudo deste módulo, portanto, será dividido em unidades sobre a pesquisa, a

saber: I – Ciência e pesquisa, II – Elaboração e leitura de artigos científicos e III – Projeto

de pesquisa e monografia.

II – ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Este módulo servirá para você aprofundar seus conhecimentos sobre os métodos

de estudo, ciência, elaboração de projeto de pesquisa, leitura e estudo de textos

científicos e normas para elaboração de monografia e artigos científicos.

Observe que, para você fazer uma boa leitura de um texto científico você precisa

entender as regras da comunicação e dos caminhos da produção científica.

Para ser um leitor crítico, não é suficiente fazer críticas, mas aprofundar critérios e

fundamentos para a crítica.

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Leia os textos antes das aulas, faça as atividades e vá para as aulas para debater,

aprofundar os conhecimentos e, juntamente com os colegas, fazer uma síntese do que foi

estudado.

As atividades individuais deverão ser respondidas por escrito e entregues para o

professor, pois farão parte do dossiê. Para os alunos que frequentarem as aulas

presenciais, os trabalhos realizados em grupo também farão parte do dossiê. O dossiê

terá peso 4 na média final.

No último encontro será realizado o exame individual, com peso 6 na média final.

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III – CONTEÚDO

UNIDADE 1

EESSTTUUDDOO,, CCIIÊÊNNCCIIAA EE PPEESSQQUUIISSAA

Objetivo geral

Apresentar noções sobre algumas formas de conhecimento, métodos de estudo e

de pesquisa.

Competências

Ao concluir esta unidade, o estudante deverá ser capaz de:

- conhecer alguns métodos de estudo e estar apto a desenvolver seu próprio

método, de forma a facilitar sua aprendizagem;

- distinguir ciência de senso comum, mito, filosofia e tecnologia;

- entender o que é pesquisa e seus diferentes objetivos;

- distinguir entre pesquisa quantitativa e qualitativa;

- conhecer técnicas de observação, questionário e entrevista.

1 Métodos de estudo

Estudar é o ato de aplicar nossa inteligência para aprender algo, é construir

conhecimentos. O processo de estudar é trabalhoso, penoso, exaustivo e exige empenho,

dedicação, perseverança, esforço. Logo, é muito importante estabelecermos metas.

Antes de conhecermos alguns métodos de estudo vamos fazer algumas

considerações sobre por que estudar?

Visualizar o futuro

Antes de iniciar seus estudos procure lembrar quais eram os seus sonhos e

objetivos ao decidir iniciar este curso.

Pensar no futuro é fundamental, pois assim iremos encarar o estudo como um meio

de alcançar nossas metas de realização pessoal e profissional, um meio de construirmos

um futuro com sucesso.

O segredo do sucesso está na motivação. Um estudante desmotivado dedica

pouco tempo ao estudo. Sem motivação aprendemos pouco e esquecemos logo depois.

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Um estudante motivado consegue concentrar-se melhor nas atividades que estão sendo

desenvolvidas. Tudo que é significativo e interessante para o estudante permanece mais

tempo na memória e pode ser recordado com facilidade.

Construir autoconfiança

A autoconfiança permite uma reação positiva perante as dificuldades ou pequenos

fracassos. Todos nós temos limitações, medos e às vezes duvidamos de nossa

capacidade.

Acredite em você! Lute, acredite que você pode!

Não existe matéria difícil. Algumas requerem mais tempo de estudo do que outras,

mas nenhuma é “um bicho de 7 cabeças”. Cada vez que conseguimos derrubar uma

barreira, nos tornamos mais fortes. Com esforço é possível atingir nossos objetivos de

vida, realizar nossos sonhos.

É preciso não só acumular conhecimentos, mas saber utilizá-los em nosso próprio

benefício.

A autoconfiança é construída passo a passo, com pequenos êxitos, baseados no

esforço diário. O importante é não desistir na primeira dificuldade. Ao vencê-la basta

acreditar que quem foi forte o suficiente para vencer uma, poderá vencer todas as demais.

Estudar é ir à procura do assunto estudado em diversas fontes !!!

Muitas pessoas se dizem "estudantes", mas na verdade desconhecem o verdadeiro

sentido da palavra ESTUDAR.

Quando o estudante se depara com um assunto novo, o ideal é se despir de

qualquer ideia pré-concebida e ir buscar conteúdo em diversas fontes. Quando se deparar

com assuntos polêmicos, procure autores que são favoráveis, procure entender sua linha

de raciocínio, quais os motivos que o levam a adotar essa postura. Faça o mesmo com os

que são contrários. Assim, você terá em mãos um conteúdo significativo para conseguir

se posicionar como leitor. Quando você estuda algo, terá uma opinião própria, não

dependendo de opiniões alheias para tirar suas conclusões. Deixe de lado o “achismo”.

Seu posicionamento sobre qualquer assunto deve sempre estar embasado em

argumentos.

Ao responder as questões dos dossiês, não se contente com o conteúdo da

apostila, pois ela é apenas um guia para iniciar o assunto. Busque outras fontes, só assim

você vai fixar o assunto. Não vale a pena decorar, pois isso é momentâneo. A meta do

estudante deve ser sempre aprender, que é diferente de decorar. Decorando conteúdo,

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você pode até fazer uma boa prova, mas o esquecerá logo. Lembre-se, qual é o seu

verdadeiro objetivo?

Mas afinal de contas: Como estudar?

Muitos dos problemas de aprendizagem existentes entre os estudantes são hoje

explicados pela ausência ou uso inadequado de métodos de estudo.

A metodologia oferece instrumentos necessários para alcançar sucesso nos

estudos.

No ensino à distância não medimos o rendimento do aluno pela quantia de horas

que passa na sala de aula, mas pelo conhecimento que reteve no auto-estudo.

O segredo é ter uma boa capacidade de concentração, é estar realmente

interessado em apreender as informações disponíveis. Nunca parta do princípio que esta

matéria ou assunto é difícil e você não vai conseguir aprender. Você pode!!!

Exija o máximo de você. Se conseguir aprender sozinho não vai se esquecer

facilmente. Vá até o seu limite e lembre-se, os professores e tutores do INSEP estarão

sempre dispostos a ajudá-lo nas suas dificuldades.

Existem algumas técnicas que auxiliam o estudante a alcançar seus objetivos.

A seguir daremos algumas sugestões de métodos de estudo, os quais deverão

servir de base para que você descubra qual o seu método de estudo. Ao descobri-lo,

seguramente o sucesso será alcançado e perceberá que pode ultrapassar seus limites.

Ambiente propício – prepare o seu local de estudo. Descubra quais os estímulos

do meio ambiente que podem contribuir para tirar a sua atenção e, em seguida, busque

estratégias para eliminá-los ou evitá-los.

Organize o seu local de estudo considerando os seguintes aspectos:

se possível, deixe um local exclusivamente dedicado ao estudo;

organize todo o material necessário nesse local (para evitar interrupções);

o local deve ser sossegado, confortável, sem barulho, e com boa iluminação;

evite locais em que existam pessoas conversando;

deixe fora do local de estudo (ou desligado) tudo aquilo que normalmente tira

sua atenção (TV, aparelho de som, jogos de computador, etc.).

Quem não traça seus objetivos não sabe para onde quer ir.

É muito importante despertar a vontade de querer saber mais, de sentir prazer em

descobrir coisas novas. Sem esta vontade você não chegará a nenhum lugar. Para que

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isto aconteça você deve saber aonde quer chegar, enfim, ter os seus objetivos bem

definidos.

Você deve ter autodisciplina, isto é, ter domínio sobre fatores que surgem como

barreiras quando nos propomos a estudar, como: pensamentos, imaginação, emoções e

impulsos não relacionados ao assunto. A constância vence as impressões de falso

cansaço que frequentemente nos assaltam no momento de estudo.

Uma das grandes vantagens do ensino à distância é a flexibilidade que você tem

de escolher o seu horário de estudo, mas para obter sucesso nessa modalidade é muito

importante que realmente separe um tempo significativo para se dedicar ao estudo.

A escolha deste período é individual, pois cada pessoa tem os seus compromissos

pessoais no decorrer da semana. Mas se faz necessário um empenho para descobrir

seus horários vagos, os períodos em que você se sente mais "disposto", pois existem

pessoas que trabalham melhor à noite, outros logo ao amanhecer e, separe pelo menos

duas horas diárias para estudo.

Não é bom que você estude horas sem um intervalo. Descansar alguns minutos de

hora em hora ajuda a descansar a mente e manter a concentração durante o estudo.

O seu horário de estudo deverá funcionar como um guia para levá-lo a trabalhar

com regularidade. O cumprimento de um horário favorece a aquisição de autodisciplina,

que é fundamental para o sucesso nos estudos e na vida.

Manter a regularidade no horário de estudo implica em certa dose de sacrifício,

mas traz enormes recompensas como eliminar a preguiça de estudar, pois o estudo vai se

tornar um hábito prazeroso e também previne a fadiga, as confusões e a ansiedade de

quem guarda o estudo para a última hora.

Você, como um bom estudante deve dar prioridade ao trabalho escolar, mas isso

não significa que deve se tornar um “escravo do estudo”.

É importante que você desenvolva atividades desportivas, recreativas e separe um

tempo para o convívio com amigos e familiares.

O tipo de alimentação ingerida é muito importante. Tenha horários fixos para sua

alimentação. Faça uma alimentação equilibrada com variedade e qualidade. Evite

gorduras, frituras, refrigerantes e tudo que contenha muitos conservantes. Dê preferência

a frutas, verduras, legumes, alimentos naturais que contenham fibras. Beba muita água,

ela é essencial para o bom funcionamento de todo o seu organismo.

Uma boa alimentação além de evitar doenças, vai deixar você com mais

disposição, facilitando sua concentração e garantindo um melhor aprendizado.

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A prática de exercícios físicos auxilia a manter corpo e mente saudáveis. Pelo

menos três vezes por semana, separe pelo menos uma hora para a prática de exercícios.

O descanso é fundamental para o sucesso do aprendizado. Portanto, durma pelo

menos 8 horas diárias para recuperar as energias.

Se as atividades durante a semana forem bem programadas, você poderá

aproveitar os fins de semana para se divertir. Afinal, o lazer é importante e ninguém é de

ferro !!!

Envolver-se nas tarefas com muita concentração é o segredo. Ao ler o conteúdo a

ser estudado procure captar o essencial. Leia tantas vezes quantas forem necessárias,

até conseguir respostas para as seguintes questões:

Quais as ideias principais que o autor está querendo transmitir para mim?

O que eu já sabia e quais as novidades sobre o assunto que o texto está me

trazendo?

Com a bagagem que já possuo, concordo com as opiniões do autor?

Como posso aplicar este estudo na prática?

Você deve sempre se portar diante de um texto como um “bom leitor”, isto é,

aquele que manifesta espírito crítico perante aquilo que lê.

O dicionário é uma fonte rápida e segura para tirar dúvidas e devemos tê-lo sempre

por perto. Você deverá recorrer a ele sempre que encontrar palavras ou expressões

desconhecidas ou de sentido duvidoso, pois você só poderá captar as ideias de um texto

se compreender as palavras usadas pelo autor.

Pesquise, sublinhe, faça anotações, desenhos, mapas, associações. Veja algumas

dicas:

Pesquise – pesquisar outras fontes é de fundamental importância para o aluno que

estuda na modalidade à distância. A pesquisa permite que você não se prenda à apostila

e amplie seus conhecimentos sobre o assunto estudado, buscando novidades,

argumentos para poder discutir e analisar os fatos com mais profundidade.

O ato aparentemente simples de pesquisar vai ajudar você a ter mais

conhecimento sobre fatos, argumentos bem fundamentados e, por este motivo, ser visto

como uma pessoa inteligente, interessada, destacando-se do grupo.

Sublinhe – sublinhar é uma forma de prestar mais atenção, de destacar as ideias

principais do texto. Quem sublinha lê duas vezes. Sublinhando você pode fazer revisões

rápidas quando precisar.

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ao sublinhar dê prioridade a definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos e

outros elementos que sejam a chave da ideia principal;

não abuse de traços e/ou cores. Destaque, por parágrafo, uma ou duas frases.

Sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada.

Anote – faça anotações à margem do texto. Essas anotações podem ser:

seus comentários críticos a respeito do texto;

reações expressas com pontos de exclamação (surpresa ou entusiasmo), pontos

de interrogação (dúvida ou discordância);

palavras que resumam o essencial de um parágrafo;

referências a outras ideias sobre o assunto, do mesmo autor ou de autores

diferentes.

Resuma – um resumo bem feito é aquele em que você seleciona e reformula as

ideias principais do texto, usando frases bem articuladas.

O resumo ajuda a:

compreender o texto;

descobrir e registrar as ideias-chave do texto;

reconstruir o texto, de uma forma pessoal, respeitando o pensamento do autor.

Um bom resumo deve ser:

Breve – um bom resumo não deve ultrapassar um quarto do texto original;

Claro – ideias apresentadas de forma “limpa”, sem confusão;

Rigoroso – reproduzir as ideias sem erros ou distorções.

Original – utilizar a sua forma de linguagem (original), isto é, linguagem própria

de cada leitor, mas sendo fiel ao conteúdo transmitindo pelo autor.

Atenção! Resumir não é comentar. Aprender a resumir é fundamental para

comunicar o que sabemos, com rapidez e eficiência.

Vantagens do estudo em grupo

Ensino à distância não significa necessariamente que você tenha que estudar

sozinho. É muito importante cuidar das relações humanas, as relações inter-pessoais

favorecem a confiança mútua, a cooperação e a produtividade do trabalho.

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Nos trabalhos em grupo, você exercita o diálogo como uma forma correta de

ultrapassar conflitos. As principais regras para trabalhar em grupo são:

escute os outros, sem os interromper desnecessariamente;

exercite o auto-domínio, controlando os impulsos momentâneos;

seja tolerante, compreendendo as limitações de membros do grupo;

corrija, se necessário, mas sem ofender;

elogie ideias e atitudes dos demais membros do grupo, isso servirá de

combustível para que surjam novas ideias e comentários, tornando o trabalho

mais interessante e menos cansativo;

use seu bom humor, acalmando e descontraindo o ambiente, se ocorrem

momentos de discordância e/ou tensão.

O trabalho em grupo favorece o rendimento intelectual, pois as pessoas do grupo

se estimulam mutuamente. O simples debate de ideias e a reflexão em grupo fazem

progredir melhor a aprendizagem.

Então, promova encontro com seus colegas de curso. Todos vão ganhar com isto.

Além de ajudarem você a esclarecer suas dúvidas, o trabalho em grupo favorece a

prevenção do individualismo e o excesso de competitividade. Além disso, o trabalho em

grupo é cada vez mais importante para a vida profissional, já que os grandes projetos são

desenvolvidos por equipes multidisciplinares.

Ao aplicarmos os exames, claramente distinguimos dois tipos de atitudes dos

alunos ao preparar-se para os testes: um é o aluno que se preparou através de estudos

organizados e o outro é o aluno que deixou para estudar apenas na véspera do exame.

O estudo “à última hora” não é aconselhável porque a informação apenas fica

registrada na memória a curto prazo, e por pouco tempo. Este tipo de estudo, impede que

você desenvolva as suas capacidades de relacionar, compreender e aplicar conceitos e

conhecimentos de forma inteligente. O estudo “de véspera” trás mais ansiedade e tensão

na hora da prova.

O ideal é que você se prepare para o exame ao longo do tempo e no dia anterior à

prova. Descanse, durma bem, pois o sono regular é indispensável à concentração e à

capacidade de raciocinar com clareza. Se você estiver cansado na hora da prova, tenderá

a precipitar-se nas respostas, sem realizar uma leitura adequada do solicitado nas

questões.

Se você seguiu as etapas acima descritas, estudou de forma organizada e

programada ao longo do tempo, na véspera da prova irá apenas realizar uma revisão

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final, fazer uma leitura cuidadosa dos sublinhados dos textos, das notas pessoais e dos

apontamentos, esquemas e resumos que anteriormente realizou. Essa leitura será

suficiente para você relembrar os conteúdos principais.

Algumas dicas para realizar um bom exame:

é comum uma certa tensão no início do exame. Ao receber sua prova, leia todas

as questões com atenção, pois ao perceber que tem domínio sobre o que está

sendo solicitado, seu estado de tensão irá diminuir, facilitando o fluxo de ideias;

a leitura das questões com atenção é extremamente importante. Muitas vezes o

insucesso num teste deve-se ao fato de o aluno não responder exatamente

àquilo que lhe é pedido. Assim, é necessário que o aluno saiba exatamente o

que significam expressões como: analisar, averiguar, comparar, avaliar, definir,

estabelecer, explicar, interpretar, justificar, descrever, enumerar, resumir, ilustrar,

caracterizar, entre outras;

para dar uma boa resposta, você deve identificar com clareza aquilo que lhe é

solicitado e responder sem fugir ao tema. Uma boa prova não é

necessariamente uma prova extensa. Na avaliação é geralmente valorizado o

essencial, não os pormenores.

Não acredite que drogas ou álcool possam estimular a sua concentração ou facilitar

a lembrança dos conteúdos. Isso é um mito equivocado, pois tais substâncias alteram as

ondas cerebrais.

O segredo de uma boa capacidade de concentração é, então, estar realmente

mobilizado para apreender as informações disponíveis. Escolher uma tarefa como

prioritária é essencial para que a mesma possa ser compreendida. Nesse caso, certas

interferências externas devem ser afastadas.

Para encerrarmos esta unidade, lembre-se que vivemos em uma era em que existe

uma inversão de valores nas mais diferentes áreas. No estudo não é diferente. Estudar

bastante não está fora de moda como muitos querem que acreditemos.

Aproveite todo o seu tempo livre para buscar novas informações e fique sempre

informado. Não se engane, é muito bom ser reconhecido por ser estudioso, conhecedor

de vários assuntos. Não estamos falando apenas de matérias básicas como português,

matemática, ciências, etc. Elas têm grande importância em nossa formação, mas é

necessário também saber das atualidades, conhecer pelo menos mais uma língua,

informática, teatro, cinema, música etc. Aprenda a valorizar todos os conteúdos que

chegam até você, seja através de jornais, telejornais, revistas, internet, entre outros.

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Não fique de braços cruzados deixando o tempo passar. Conhecimentos novos

surgem todos os dias. Aprenda a aprender e tudo que você tiver que fazer, faça da melhor

forma possível. Só uma pessoa ganhará com isso: VOCÊ.

Que bom que o conhecimento é infinito e que você está disposto a aprender

sempre.

Desenvolva seu próprio método de estudo, seja persistente nessa trajetória e

estará direcionando sua vida para conquistar seus sonhos e seu sucesso estará

garantido.

Siga em frente, estaremos torcendo por você!!!

Seu sucesso é também o nosso!!!

REFERÊNCIAS Como estudar. Disponível em: <http://www.espirito.org.br/portal/artigos/ednilsom-comunicacao/ como-estudar.html>. Acesso em: 13 jul. 2007. Como estudar. Disponível em: <http://www.isla.pt/isla/ServicosApoio/Aconselhamento/ Estudar/estudar.htm>. Acesso em: 15 jul. 2007. Como estudar corretamente. Disponível em:<http://www.espirito.org.br/portal/artigos/ ednilsom-comunicacao/como-estudar-corretamente.html>. Acesso em: 13 jul. 2007. GROHS, Simone Janner; SILVA Sílvia Silveira da. Como estudar sozinho. Disponível em:<http://www.espirito.org.br/portal/artigos/ednilsom-comunicacao/como-estudar-sozinho.html>. Acesso em: 13 jul. 2007. Métodos de estudo. Disponível em:<http://pitboorei.vilabol.uol.com.br/vencervida/ metodos_estudo.htm>. Acesso em: 13 jul. 2007.

2 O conhecimento científico e outros tipos de conhecimento

Prof. João Bento de Goes

Parece-nos, à primeira vista, que os conhecimentos que temos são todos da

mesma natureza e têm as mesmas características. Entretanto, numerosas são as

pesquisas, teorias, posicionamentos relativos ao conhecer humano. Podemos identificar

vários tipos de conhecimento como o artístico, o religioso. Neste texto pretendemos

apresentar de modo sucinto algumas noções sobre o senso comum, o mito, a filosofia, a

teologia, a ciência e a tecnologia.

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1.1 O senso comum

O homem, desde o início de sua existência, convive com a natureza e com outros

homens. Para sobrevivência, para se situar e para agir, precisa cada vez mais

compreender o mundo que o rodeia, a sociedade dos mesmos homens e a si mesmo. Ele

precisa entender a realidade, o que ela é, como se organiza, como funciona. Esses

conhecimentos exigem sempre mais dele a observação, a investigação, a reflexão, o

questionamento do que pensava saber, a experimentação e outros meios de verificação.

Para funcionar e poder ir avante o conhecimento exige a retenção, a memória, tanto

individual quanto social.

Esse processo sempre existiu espontaneamente. Costuma-se chamá-lo de senso

comum Desde as constatações empíricas através dos sentidos, as intuições, os

sentimentos, a imaginação, tal processo foi se aperfeiçoando historicamente. Manifesta-

se de extrema importância para a sobrevivência e desenvolvimento do indivíduo, de cada

sociedade e da espécie. Ele significa tanto os conhecimentos recebidos por herança

cultural através da tradição, como a identificação de alimentos e de normas para o

relacionamento entre as pessoas, quanto os conhecimentos novos construídos no dia a

dia pelos grupos, sociedades ou individuo. É a necessidade de resolver problemas,

encontrar soluções, esquivar-se de dificuldades, agir para sobreviver e aperfeiçoar-se.

Esses novos conhecimentos, transmitidos, poderão modificar elementos da cultura

existente, criar novas tradições ou serem simplesmente negados pela sociedade. As

pessoas envolvidas nessas novidades podem ser também excluídas ou possivelmente

constituir um grupo de oposição, que com o tempo poderá predominar.

O senso comum faz classificações, testa a realidade, experimenta. Seus limites se

colocam no número acentuado de crenças não questionadas e no grau de subjetividade,

na falta de sistematização, na pequena preocupação com a precisão do próprio

conhecimento e da linguagem, pela limitação dos recursos investigativos, pela

predominância dos objetivos práticos.

1.2 O mito

Há ainda uma outra maneira de o ser humano interagir com a realidade. Não é só

compreender e realizar. O homem intui e sente as coisas, situações, fenômenos e

acontecimentos. Sente-se seguro ou ameaçado. É um intuir e um sentir, que não

precisam de comprovações, mas de aceitação. O mito é uma intuição que busca

compreender a realidade, fundamentando-se nas emoções e na afetividade. Mais que

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interpretação do mundo, ele é a expressão dos desejos ou temores e angústias, que nos

aproximam ou afastam das coisas. Sua principal função é de situar e tranquilizar o

homem diante das ameaças do mundo.

Este é um exemplo clássico de mito. Pandora, a primeira mulher, sai para levar o

castigo de Zeus a Prometeu, por ter roubado dos deuses o fogo e tê-lo entregue aos

homens. Traz uma caixa fechada, com proibição de abri-la. Não resistindo à curiosidade,

ela a abre e saem todos os males que afligem a humanidade. Assustada, ela a fecha

rápido e dentro da caixa permanece a esperança, que permite ao homem suportar o

sofrimento e a dor.

É comum entre os mitos gerados nas várias culturas aparecerem relatos referentes

a deuses, que explicam ou dominam as energias, forças, potencialidades do universo, da

natureza que nos envolve e do próprio homem. As questões do bem e do mal, do sentido

da vida e da morte, da felicidade ou condenação, do destino, da origem do universo, dos

seres vivos e do homem, dos sofrimentos, do poder, da riqueza, dos fenômenos da

natureza são, entre outros, temas sempre presentes nos mitos dos vários povos.

Os mitos não podem ser confundidos com histórias inventadas, lendas ou

superstições. São um modo criativo e intuitivo de expressar conhecimento ou reflexão

sobre um assunto importante para a compreensão do mundo, do homem e de suas

existências, com uma carga acentuada de sentimentos. São um modo de superar os

medos, encontrar segurança e conviver com os mistérios que nos circundam. Quase

sempre revelam grande sabedoria e bom senso. A própria Bíblia e outros livros

considerados sagrados por religiões apresentam relatos em forma de mitos.

O mito sempre existiu desde as comunidades primitivas. Fez-se básico entre os

gregos e romanos, imortalizando-se na literatura, tornando-se célebre objeto de estudos

científicos atuais. O mito permanece sempre presente nas atividades e crenças humanas,

mesmo após o surgimento da ciência, desempenhando papel importante nos ideários

sociais, políticos e mesmo científicos. Encontramos exemplo na crença de que a ciência é

a única forma de conhecimento válido e que trará o progresso e o bem estar humano. As

concepções culturais que temos de mãe, aniversário, morte, futebol, os ideários políticos

projetados para o futuro, com os vários tipos de crença e de rituais que nos fazem sentir

bem e superar nossos males, são alguns exemplos de pensamento mítico que nos

acompanham.

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1.3 A filosofia

Entre os gregos formou-se a filosofia como uma reação ao pensamento mítico

dominante. A ideia básica é que através da razão o homem é capaz de conhecer o

mundo, a si mesmo e sua própria capacidade de conhecer. O mundo, o homem e seu

próprio conhecer obedecem leis universais que regem o ser, o movimento e suas

relações. Este pensamento, com o evoluir histórico, foi fazendo surgir estudos sobre

aspectos (objetos) específicos da realidade a ser desvendada e racionalmente entendida:

o mundo físico (a terra, os astros e suas propriedades), os seres vivos, a organização e o

processo de conhecimento, as relações sociais e políticas, o questionamento e a análise

dos costumes. Organizam-se, assim, as várias áreas de estudo da filosofia tais como

ontologia, cosmologia, lógica, psicologia, epistemologia, ética, que acompanham o

desenvolver histórico especialmente do mundo ocidental.

A interpretação da realidade, buscando os fundamentos de sua inteligibilidade

através de questionamentos, da busca de evidências e argumentos racionais, da análise

e inter-relação coerente entre as várias dimensões, caracteriza o pensamento filosófico.

Mesmo os filósofos que puseram em dúvida a capacidade de o homem atingir a verdade

(o conhecimento do objeto tal como é), especialmente depois do surgimento da ciência,

fundamentam seu pensamento em tentativas de demonstração racional.

1.4 A teologia

A teologia surge como análise e reflexão a respeito de um ser superior que dá

origem ao homem e ao universo, fundamentando a explicação de seu ser, existência,

funcionamento, ordem, beleza e destino. No mundo ocidental surgiu entre os gregos

como uma das áreas da filosofia. É a chamada teologia natural, que São Paulo considera

necessária a todo homem: conhecer o criador a partir de reflexões sobre as criaturas.

No contexto bíblico, a teologia aparece como reflexão e tentativa de elucidar

racionalmente os dados revelados. Neste sentido, ela se refere ao estudo de tudo que

seja objeto da revelação de Deus. Historicamente, entre os cristãos, a teologia nasce e se

desenvolve intimamente ligada a investigações filosóficas. Mostra características e modos

de analisar a revelação conforme diferentes concepções e tendências filosóficas que

surgem no decorrer dos séculos. No mundo moderno e contemporâneo, o

desenvolvimento científico tem grande influência, juntamente com a filosofia, nas

reflexões teológicas.

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1.5 A ciência

A palavra ciência tem origem no latim: scientia, que significa conhecimento, saber.

Corresponde a palavras gregas como episteme, mathema. Traz consigo a ideia de

segurança ou certeza no conhecimento. Diferencia-se de opinio, opinião, que mais se

refere ao parecer ou julgar de cada um, sem fundamento suficiente para ser seguro, o que

no grego corresponde a doxa.

A ciência experimental surgiu no século XVII, com Francis Bacon, como reação ao

pensamento filosófico, no sentido de procurar na experimentação (método indutivo) a

demonstração das possíveis leis da natureza, em vez de basear-se nos argumentos

puramente racionais (dedutivos) da filosofia. Esse posicionamento traz algo novo como

proposta: a pesquisa experimental planejada e organizada. Aproxima-se, entretanto,

epistemologicamente, da posição filosófica historicamente denominada realismo,

empirismo, positivismo, em que o conhecimento é considerado verdadeiro se estiver

correspondendo às características do objeto estudado.

A partir da ideia da experimentação, que seria o modo de controle para verificar a

realidade, desenvolveu-se a ideia de que para fazer ciência é necessário pesquisar e

construir modos de poder controlar o processo de verificação. Cada ciência deve, dentro

de suas características, estabelecer regras para testar a veracidade do conhecimento.

Na mesma época de Bacon, Descartes buscava fundamentos para o conhecimento

científico (método) numa posição filosófica contrária, que historicamente teve

denominações de idealismo, racionalismo, apriorismo, em que o conhecimento só pode

ser considerado válido se obedecer regras do próprio processo de conhecer, como

evidência e coerência lógica.

O desenvolvimento das ciências processou-se no contexto da discussão das duas

epistemologias, ora pendendo mais para uma das tendências ora mais para outra. A partir

da epistemologia crítica de Kant (século XVIII), especialmente no início do século XX

desenvolve-se grande esforço de superação dessas oposições. Piaget procurou fazer da

análise epistemológica, além de filosofia, uma ciência que pudesse controlar a verificação

dos processos de conhecimento do ser humano e dos grandes ramos de conhecimento

científico.

Os grandes ramos das ciências modernas e atuais foram surgindo na medida em

que apareciam condições históricas e possibilidades de verificação dos dados através de

experimentações ou de outras técnicas de controle de verificação, que foram sendo

construídas para responder às características e necessidades específicas de cada área e

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ciência. A preocupação com racionalidade dos conhecimentos nessas várias áreas tem

suas raízes na história do pensamento filosófico.

As primeiras ciências a se firmarem dentro dessas novas concepções foram a

astronomia, a física, a química, a biologia. As ciências sociais se formaram em tempo

mais recente (século XIX) com a sociologia, a psicologia, a antropologia. Ciências como a

matemática, a história, a geografia, ciências da linguagem têm origem remota, entretanto,

a partir das novas concepções de ciência vêm passando por profundas modificações

metodológicas e conceituais, especialmente a partir do século XIX.

As ciências, para poderem cumprir seu papel de controlar seus testes de realidade,

foram se subdividindo, delimitando cada vez mais seu objeto de pesquisa. Constroem-se

processos novos e específicos para verificação: experimentos (onde são possíveis),

observação, inferências, equiparações, analogias e outros. A interdisciplinaridade entre as

ciências, bem como o desenvolvimento de novas tecnologias ajudam na construção de

novos meios para testar a veracidade das hipóteses. Diante disso aparecem

possibilidades de construção de novas ciências.

O que chamamos de Metodologia e Técnicas de Pesquisa refere-se exatamente ao

estudo das concepções de pesquisa, seus procedimentos e técnicas usadas para produzir

um conhecimento que se chame científico, distinguindo-o de outros tipos de

conhecimento como o filosófico, o das artes, o mito, o senso comum, a religião, a teologia.

Podemos resumir as características do pensamento científico em algumas

palavras: sistematização, teoria, projeto (objetivos, processos, meios e instrumentos),

rigor na verificação (testabilidade), precisão no objeto de estudo e na linguagem,

questionamento contínuo da teoria.

1.6 A tecnologia

O desenvolvimento do conhecimento científico deve muito à motivação para

encontrar novos modos de fazer, geridos e impulsionados pelo novo tipo de economia

surgido na Europa no início da idade moderna. Historicamente caminharam juntos os

estudos para conhecer a natureza e o homem, em suas numerosas dimensões, e os

estudos para construir novos tipos de instrumentos, técnicas, procedimentos que

correspondessem melhor à eficiência, à rapidez e diminuição de custos na realização de

inumeráveis tipos de ações, tanto na produção como na prestação de serviços.

Chamamos de tecnologia à produção intencional de novos conhecimentos referentes ao

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fazer, suas técnicas e instrumentação. A tecnologia parte do conhecimento científico e

caminha junto com a ciência no processo de pesquisa.

Conclusão

Os saberes construídos pelo senso comum saem da pré-história, continuam

percorrendo os caminhos da história e assim sempre será. O conhecimento da natureza

(desde a descoberta do fogo, o uso de instrumentos, invenção da roda, a descoberta e o

uso de metais), quanto os conhecimentos sociais (desde as normas rudimentares das

comunidades humanas até a complexidade dos Estados atuais) têm sua origem no senso

comum.

Também os mitos continuam desempenhando seu papel na vida humana e na

história. Até entre os cientistas que julgam poder conhecer tudo pela experiência, o mito

tem seu papel. A própria ideia de ciência como o super conhecimento do homem não

deixa de ser mítica, trazendo segurança e esperanças para a vida. A história o vem

confirmando. A ciência não é tão poderosa assim. Entretanto tem desempenhado uma

extraordinária função na vida humana, tanto para o bem quanto para o mal.

O pensamento e a metodologia científica, em contínua evolução histórica,

existentes desde o início da era moderna, têm influenciado profundamente as sociedades

e culturas. Dinamizaram e marcaram horizontes para o desenvolver do conhecimento

tecnológico e recebem grande contribuição deste para poder continuar aperfeiçoando-se.

A sociedade do conhecimento, em processo de mundialização e de transformação das

culturas, surgiu basicamente em decorrência do tipo de economia existente e da

contribuição da ciência e da tecnologia. Com todas suas contribuições para o bem e para

o mal do homem.

A filosofia não perdeu seu papel de questionamento. Cresceu sua função de abrir

perspectivas maiores de visão de conjunto, que ajudem superar os limites que cada

ciência se impôs como campo de pesquisa. Emerge com nova força a necessidade de

compreender melhor o homem, a sua história, a ciência, a tecnologia. A vida humana não

se satisfaz com os conhecimentos das várias áreas científicas e das tecnologias.

Perguntas básicas como quem é o homem e qual seu destino? que é o universo, a

natureza e qual seu fim? como poderão se integrar o homem e a natureza? têm

parcialmente respostas em numerosas ciências. Falta, todavia, uma visão globalizante,

que busque as coerências necessárias à sobrevivência, conservação e possível

aperfeiçoamento humano, à conservação da vida em geral, à ética do ser e das relações.

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Em perspectiva semelhante, a teologia reivindica o direito de ampliar e aprofundar

essas e outras temáticas, buscando exercer papel de abrir mais perspectivas para o

homem e de apontar novas dimensões necessárias, baseadas nos dados da revelação.

Talvez se possa dizer que os numerosos tipos de conhecimento precisam

desempenhar no mundo atual papel auxiliar na construção de condições melhores de vida

para todos os homens, com mais igualdade, justiça e fraternidade.

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UNIDADE 2

EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO EE LLEEIITTUURRAA DDEE AARRTTIIGGOOSS CCIIEENNTTÍÍFFIICCOOSS

Objetivo geral

Formar noções de elaboração de artigos científicos e de leitura, análise e

interpretação de um texto de acordo com as diretrizes científicas.

Competências

Ao concluir esta unidade, o estudante deverá ser capaz de:

- distinguir um artigo científico dos demais tipos de trabalhos científicos;

- reconhecer os diversos tipos em que se dividem esses artigos;

- assimilar noções básicas para elaboração de um artigo;

- conhecer a estrutura básica para elaboração de um artigo;

- entender as regras da comunicação e dos caminhos da produção científica;

- escrever de forma correta as referências de documentos impressos e eletrônicos;

- compreender que escrever é uma arte que se desenvolve através de muita leitura

e da experiência do autor;

- identificar os diferentes tipos de textos;

- realizar uma análise textual e temática;

- preparar o leitor para num futuro próximo ser capaz de realizar uma análise

interpretativa, problematização e uma síntese pessoal.

1 Escrevendo um artigo científico

Artigo

Segundo a ABNT (NBR 6022/2003), “artigo é um texto com autoria declarada, que

apresenta e discute ideias, métodos, processos, técnicas e resultados nas diversas áreas

do conhecimento, e que é destinado à divulgação em periódicos”.

O artigo científico é um texto publicado em periódico científico, com objetivo de

divulgar resultados de um estudo ou pesquisa, servindo como principal meio de

comunicação entre os cientistas e estudiosos de uma determinada área.

Os principais objetivos de escrever um artigo é comunicar os resultados de

pesquisas, ideias e debates de uma maneira clara, concisa e servir como um meio de

comunicação e de intercâmbio de ideias entre cientistas e estudiosos de uma

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23

determinada área de conhecimento. O artigo científico torna público e aberto ao debate o

conhecimento elaborado em pesquisa ou estudo referente às ciências.

Normalmente os conhecimentos são classificados em 8 grandes áreas: Ciências

Exatas e da Terra; Ciências Biológicas; Engenharias; Ciências da Saúde; Ciências

Agrárias; Ciências Sociais Aplicadas; Ciências Humanas e Linguística, Letras e Artes.

Os artigos científicos são publicados em periódicos científicos que, em sua maioria,

possuem um quadro de consultores, revisores e editores responsáveis pela qualidade do

material publicado e asseguram que os trabalhos ali publicados são importantes e

inovadores.

O artigo é uma das formas mais rápidas de divulgar os resultados obtidos em uma

pesquisa ou estudos, que poderão ser objetos de conhecimento, ensino e pesquisa.

Devem obedecer às normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT).

Tipos de Artigos

Alguns periódicos dividem seus artigos da seguinte forma:

Artigo original/científico: quando apresenta temas ou abordagens próprias ou

assuntos inéditos. Geralmente relata resultados de pesquisa e é chamado em alguns

periódicos de artigo científico. É resultado de uma investigação concluída e deve atender

aos princípios de objetividade e clareza da questão norteadora.

Artigo de revisão: quando aborda, resume, analisa e/ou discute informações já

publicadas. Geralmente é resultado de pesquisa de revisão de literatura. É uma avaliação

crítica sistematizada da literatura ou reflexão a cerca dos principais fatos e ideias

publicados sobre um determinado tema, devendo conter conclusões.

Relato: quando inclui descrições de experiências acadêmicas, assistenciais e de

extensão (Relato de Experiência). Plano de tratamento de um paciente, ajudando os

profissionais de saúde e da área acadêmica Relato de Caso Clínico.

Artigo de Atualização: informações publicadas sobre tema de interesse para

determinada especialidade.

Comunicação: um relato conciso dos resultados parciais ou conclusivos de um

trabalho. Sua finalidade é informar ao leitor sobre um trabalho que está sendo

desenvolvido e que será posteriormente publicado ou já concluído e publicado.

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Estrutura recomendada para artigos

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS – são elementos que identificam o artigo e

compreende as seguintes partes:

Título

É o termo ou expressão indicativa do conteúdo do artigo.

Autoria

São as pessoas físicas responsáveis pela redação do artigo. A ordem de

disposição dos nomes dos autores deve ser determinada pelo grau de participação de

cada um na redação do trabalho.

Resumo

Descreve sinteticamente o trabalho “com um todo”, abordando o tema, o objetivo

geral, metodologia utilizada e resultado final do trabalho. Normalmente é escrito após a

finalização de todo o trabalho, não deve ultrapassar 250 palavras e deve inteirar o leitor

do que trata o artigo.

O resumo além de apresentar o trabalho, deve motivar o leitor mostrando sua

importância, os principais resultados e sua contribuição para a ciência.

Palavras-chave

São termos representativos do conteúdo do trabalho. Auxilia na indexação do artigo

e sua recuperação nas bases de dados.

Nota de rodapé

Na primeira página do artigo, deve contar na nota de rodapé a qualificação maior

do(s) autore(s), seguido da afiliação institucional e do endereço eletrônico, indicados por

asterisco(s) ao lado direito do nome do(s) autores.

Para ilustrar, observe os elementos pré-textuais do artigo do Anexo VII, página 52.

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ELEMENTOS TEXTUAIS

Introdução

Nesta seção é apresentado o tema, o problema, a definição do assunto abordado,

sua justificativa, relevância da escolha e o enquadramento teórico. Devem ser descritos

fatos históricos e/ou trabalhos clássicos que abordem a temática escolhida.

Corpo / Desenvolvimento

É a essência do artigo, parte em que se faz a exposição ordenada e pormenorizada

do assunto tratado. Divide-se em:

Material e Método: explicação das etapas realizadas para elaboração de estudo

ou para responder à hipótese de pesquisa, indicando quais foram os materiais e os

métodos utilizados no desenvolvimento da pesquisa.

Resultados: os resultados obtidos no estudo ou na pesquisa devem ser

apresentados de forma objetiva e lógica, apresentados de acordo com a proposta

metodológica e sua interpretação coerente dos resultados, bem como dos objetivos

apresentados.

Discussão: debate do tema estudado ou exposição das consequências teóricas

e as aplicações práticas da pesquisa realizada, traçando uma relação entre o observado e

os resultados obtidos. Os resultados devem ser analisados e interpretados de forma

crítica e, se possível, comparado com a literatura, fornecendo elementos para as

conclusões.

Conclusão / Considerações Finais

Resume sinteticamente os resultados obtidos nos estudos ou em relação à

hipótese e objetivos estabelecidos inicialmente. Nesta seção o autor se posiciona, mostra

seu ponto de vista e, diante da experiência adquirida no desenvolvimento do trabalho,

pode sugerir novas pesquisas, indicar problemas a serem resolvidos e/ou propor

soluções.

Para ilustrar, observe os elementos textuais do artigo do Anexo VII, páginas 52 a 58.

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ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS – complementam o artigo e dividem-se em:

Título em língua estrangeira.

Resumo em língua estrangeira. Versão do resumo escrito em língua inglesa

(Abstract) ou espanhola (Resumen).

Palavras-chaves em língua estrangeira. Versão das palavras-chave do artigo

para o inglês (Key words) ou espanhol (Palavras Clave).

Observe os elementos textuais do artigo do Anexo VII, páginas 58 e 59. Você vai encontrar o título do artigo, o resumo e as palavras chave do artigo da página inicial (52), traduzidas para o inglês e para o espanhol.

Notas explicativas

Utilizadas para apresentação de comentários e esclarecimentos. Numerada em

algarismos arábicos e apresentadas no final do artigo (opcional).

Referências

É a relação da literatura utilizada ao escrever. São os documentos efetivamente

citados no trabalho.

Glossário

Relação de termos técnicos utilizados no texto, apresentado em ordem alfabética,

com os seus respectivos significados. Utilizado para facilitar a compreensão do leitor.

Apêndice

Elaborado pelo autor e tem a finalidade de complementar o texto principal.

Anexos

Não elaborado pelo autor do texto principal e tem o objetivo de auxiliar na

fundamentação, comprovação ou ilustração do artigo.

Dados do primeiro autor

No final do artigo informam-se referências para contato como o principal autor do

trabalho, com o endereço (residencial ou profissional), telefone (opcional) e e-mail.

Exemplo:

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Endereço para correspondência: Matheus Esdras Carmo dos Reis. Endereço: Rua

São Paulo, 103. Bairro São Caetano. Itabuna – BA. CEP: 45607-145. E-mail:

[email protected].

Como fazer referência do material citado?

Um texto é sempre elaborado a partir de outros textos, pois novos conhecimentos

se produzem a partir de conhecimentos e descobertas anteriormente realizados.

Atenção, esse conjunto de textos deve servir para atualizar nossos conhecimentos

sobre o assunto, servindo de inspiração, jamais deverão ser copiados, pois copiar

trabalhos elaborados por outros autores denomina-se plágio, e plágio é crime.

As literaturas utilizadas ao escrever devem ser devidamente citadas no texto e

relacionadas no final do trabalho com o título “Referências”.

De acordo com ABNT, NBR 6023/2002:

Os autores são referenciados pelo sobrenome (em letras maiúsculas) seguido

de vírgula e as iniciais dos nomes acompanhadas de ponto (Exemplo: MORAES,

A. J.);

Se houver mais de um autor, serão separados por ponto e vírgula;

As referências devem ser dispostas em ordem alfabética;

As referências devem ser alinhadas à margem esquerda do texto;

Modelos de referências:

Modelo de referências de documentos impressos e eletrônicos – NBR 6023/2002

Livros

MATOS, E. L. M.; MUGIATTI, M. M. T. F. Pedagogia hospitalar: a humanização integrando educação e saúde. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

Capítulo de livros

CRUZ, F. M. M. Emergências clínicas na infância. In: COSTA, M. C. O.; SOUZA, R. P. (Org.). Avaliação e cuidados primários da criança e do adolescente. Porto Alegre: ArtMed, 1998. p. 211-224.

Artigos de periódicos

REIS, M. E. C; SOUZA, M. K. B.; LAVINSKY, A. E. Telenovela brasileira: um meio de veiculação de questões de saúde. Ciência, Cuidado e Saúde. Maringá, v. 3, n. 3, p. 303-310, 2004.

Publicação em Eventos

CAMPOS, R. M. Estágio Programado. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTÁGIOS, 1., 1997, Curitiba. Anais... Curitiba: UFPR, 1997. CD-ROM.

Trabalhos acadêmicos, dissertações e teses

MATHIAS, T. A. de F. A saúde do idoso em Maringá: análise do perfil de sua morbimortalidade. 2002. 184 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia)-Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

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Entidade

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Manual da classificação estatística internacional de doenças, lesões e causas de óbitos. 8th ed. Washington, D. C.: Organização Pan-Americana da Saúde, 1969.

Documentos eletrônicos

GOLDIM, J. R. Ética aplicada à pesquisa em saúde. Porto Alegre: UFRGS, 2003. Disponível em: <http:www.bioetica.ufrgs.br/biopesrt.htm>. Acesso em: 20 abr. 2005.

Referência - Livro:

MATOS, E. L. M.; MUGIATTI, M. M. T. F. Pedagogia hospitalar: a humanização integrando educação e saúde. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

Referência - Capítulo de Livro:

CRUZ, F. M. M. Emergências clínicas na infância. In: COSTA, M. C. O.; SOUZA, R. P. (Org.). Avaliação e cuidados primários da criança e do adolescente. Porto alegre: ArtMed, 1998. p. 211-224.

Referência - Artigo:

REIS, M. E. C; SOUZA, M. K. B.; LAVINSKY, A. E. Telenovela brasileira: um meio de veiculação de questões de saúde. Ciência, Cuidado e Saúde. Maringá, v. 3, n. 3, p. 303-310, 2004.

Referência - Publicação em eventos:

CAMPOS, R. M. Estágio Programado. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTÁGIOS, 1., 1997, Curitiba. Anais... Curitiba: UFPR, 1997. CD-ROM.

Autor Título do capítulo Organizadores do livro

Título do livro (negrito) Cidade da editora Nome da editora Ano publicação

do livro Páginas do capítulo

Autor Nome do evento Numeração Título do trabalho

Ano

evento

Cidade

evento

Cidade

editora Instituição Meio

divulgação

p

Ano

evento

Autores Título do livro (negrito) Sub-título do livro

Edição Cidade da editora Nome da editora

Ano publicação

do livro

Título do artigo

Cidade Título do periódico (negrito)

Ano publicação

Autores

Volume Fascículo Paginação

Sub-título do artigo

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Referência de Trabalhos acadêmicos, dissertações e teses:

MATHIAS, T. A. de F. A saúde do idoso em Maringá: análise do perfil de sua morbimortalidade. 2002. 184 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia)-Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

Referência de Entidades:

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Manual da classificação estatística internacional de doenças, lesões e causas de óbitos. 8th ed. Washington, D. C.: Organização Pan-Americana da Saúde, 1969.

Referência de Documentos eletrônicos:

GOLDIM, J. R. Ética aplicada à pesquisa em saúde. Porto Alegre: UFRGS, 2003. Disponível em: <http:www.bioetica.ufrgs.br/biopesrt.htm>. Acesso em: 20 abr. 2005.

Exemplo de como fazer referência de um livro:

Abaixo temos a capa (Figura 1) e a ficha catalográfica (Figura 2) do livro “Projetos

de Pesquisa: estratégias de ensino e aprendizagem em sala de aula”. Imagine que você

está escrevendo um projeto e ao escrever seu texto você fez algumas citações do

mencionado livro. Se você citou deverá listar a referência no final do trabalho.

Sobrenome do autor

Número páginas

Título do trabalho

(negrito)

Ano publicação

Cidade

Instituição Ano defesa

Grau Tipo

documento

Nome da entidade

Edição

Título (negrito)

Ano Organização Cidade

Nome do autor

Endereço eletrônico

Título

Data acesso

Cidade Instituição Ano

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Figura 1 Figura 2

De acordo com o modelo apresentado na página 24 (Referência - Livro) a

referência é feita na seguinte ordem:

Sobrenome do autor (letras maiúsculas) e iniciais dos nomes do autor. Caso haja

mais de um autor, os nomes deverão estar separados por ponto e vírgula. Olhe na Figura

1 e localize o nome do autor.

Achou? O nome do autor é Jorge Santos Martins. Logo a referência será

MARTINS, J. S.

Muito bem, a seguir coloque o nome do livro (apenas a primeira letra maiúscula).

Se o livro apresentar um subtítulo, após o título deverá ser colocado dois pontos (:) e o

subtítulo com todas as letras minúsculas. De acordo com nosso exemplo, a referência

ficará assim:

MARTINS, J. S. Projetos de pesquisa: estratégias de ensino e aprendizagem em sala de aula.

Note que o nome do livro é escrito em negrito. Caso haja subtítulo, este não deverá

ser destacado.

A seguir localize na ficha catolográfica (Figura 2) a cidade da editora, o nome da

editora e o ano de publicação do livro. Acrescente essas informações à referência. Não

esqueça que a referência é justificada à esquerda.

Se você seguiu corretamente o exemplo, a referência completa deste livro ficará

assim:

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MARTINS, J. S. Projetos de pesquisa: estratégias de ensino e aprendizagem em sala de aula. Campinas: Armazém do Ipê, 2005.

Apresentação de Tabelas e Figuras

TABELAS

Tabelas apresentam dados significantes exatos, normalmente trabalhados

estatisticamente. Contribuem para a compreensão do texto, melhor visualização dos

dados, principalmente quando a quantidade de dados é grande.

Se retiradas de algum documento, deve-se citar a fonte logo abaixo da tabela.

FIGURAS

As ilustrações contribuem visualmente para ajudar na compreensão de conceitos e

dados significantes. Compreendem desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias,

gráficos, mapas, organogramas, plantas e outros.

Citações

É a menção que se faz no texto de uma informação extraída de outra fonte, para

esclarecimento do assunto em discussão ou para ilustrar ou sustentar a afirmação

realizada.

Segundo a ABNT (NBR 10520/2002) as citações podem ser:

Citação direta, literal ou textual é a transcrição de parte de uma obra do autor

consultado. No texto, logo após a transcrição, deve-se indicar o sobrenome do autor e o

ano de publicação da obra de onde foram extraídas as informações. Se possível, também

devemos indicar o número da página de onde foi copiado o texto.

O sobrenome e data acima mencionados poderá aparecer tanto no início, como no

meio ou fim do parágrafo.

Até 3 linhas, a citação deve ser mantida no corpo do texto.

Exemplo:

Cicco (1999, p. 13) define estresse como “[...] o resultado de uma reação que nosso organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis”.

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Com mais de 3 linhas deve aparecer com 4 cm de recuo à esquerda, em espaço

simples, letra menor do que a utilizada no texto, sem aspas, terminando na margem

direita do artigo.

Exemplo:

As discussões sobre as questões de saúde veiculadas pelas telenovelas permitem

a reflexividade, promovida pelos meios de comunicação de massa, conforme afirma

Almeida (2003, p. 211):

A reflexividade é um processo que coloca em xeque a tradição e a manutenção de padrões tradicionais, e é promovida pelos meios de comunicação de massa, pelos livros de auto-ajuda, pelos movimentos sociais que questionam a tradição. [...].

Nas citações diretas podem ser indicadas supressões, interpolações, ênfase ou

destaques.

Supressões - a supressão de uma parte do texto citado é simbolizada por [...] e

podem surgir no início, meio ou fim da citação.

Exemplo:

Segundo Paulo Freire (1994, p. 161), "[...] transformar ciência em conhecimento

usado apresenta implicações epistemológicas porque permite meios mais ricos de pensar

sobre o conhecimento [...]".

Interpolações - quando ao citar um texto se fizer necessário um acréscimo ou

comentário, este deverá ser escrito entre colchetes [ ]

Exemplo:

A OMS [Organização Mundial de Saúde] alertou, esta sexta-feira, para a

probabilidade de o vírus da gripe das aves se alastrar por todo o mundo, como aconteceu

no último Inverno, altura em que apanhou muitos países europeus de surpresa.

Entretanto, na Ásia o vírus está a ganhar terreno.

Ênfase ou destaque grifo é o destaque de palavra(s) ou frase(s). Se houver

necessidade de destacar (negrito ou itálico) uma parte do texto citado para chamar a

atenção do leitor, devemos informar que o destaque não consta no texto original,

acrescentando à referência o texto “grifo nosso”. Caso o destaque já faça parte da obra

consultada utilizar a expressão “grifo do autor”.

Exemplo:

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33

“A zona do cérebro chamada ínsula poderá estar na origem da dependência dos

fumantes [...]” (MACHADO, 2005, p. 9, grifo nosso).

Citação indireta ou livre é a que reproduz a ideia do autor consultado. É

redigida pelo autor do trabalho com base em ideias do outro(s) autor(es). Apesar de ser

livre, deve ser fiel ao sentido do texto original. Deve-se indicar a fonte (sobrenome do

autor e ano) de onde foram extraídas as ideias.

Exemplos:

Sodré (1998) afirma que a apropriação da realidade feita pela telenovela se dá a

partir de parâmetros morais da instituição familiar, ajustando seus conteúdos ideológicos

a determinadas tendências comportamentais socialmente existentes.

Este trabalho foi desenvolvido a partir dos princípios éticos da Pesquisa

Envolvendo Seres Humanos preconizados na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de

Saúde (BRASIL, 1996).

Citação de citação é a citação direta ou indireta de um texto em que não se

obteve acesso ao documento original, mas do qual se tomou conhecimento apenas por

citação em outro trabalho. Para este tipo de citação utilizamos a expressão “apud”, que

indica em que texto foi encontrada e equivale a “citado por”. No texto devemos citar o

sobrenome do autor do documento não consultado, seguido da expressão “apud” e o

sobrenome do autor do documento efetivamente consultado.

Exemplo:

No texto:

Em estudo anteriores, Souza (1977, p. 79) apud Silva (1998, p. 128) afirma que [...]

Em estudo anteriores, Souza (1977, p. 79 apud SILVA, 1998, p. 128) afirma que [...]

Em estudo anteriores, (SOUZA, 1977, p. 79 apud SILVA, 1998, p. 128) afirma que [...]

Nas referências:

SILVA, N. A importância da auto-estima. São Paulo: Atlas, 1998.

SOUZA, B. D. Como enfrentar os problemas na adversidade. Rio de Janeiro:

Ed. Saber, 1998.

Sistema de chamada

Todas as citações indicadas no texto devem obedecer a um determinado padrão

que chamamos de sistema de chamada. É a forma que utilizamos para referenciar as

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citações utilizadas no texto. O sistema de chamada pode ser realizado de duas formas:

autor-data ou Numérico. Ao se optar por um sistema de chamada, deve-se adotá-lo até o

final, para fins de uniformidade do texto e correlação com as referências em notas de

rodapé ou no final do trabalho.

Sistema alfabético (autor-data)

A chamada é realizada pelo sobrenome do autor. Se a chamada for realizada

dentro do texto o sobrenome do autor é escrito com apenas a primeira letra maiúscula e

ano de publicação e página entre parênteses. Se a citação for entre parênteses, o

sobrenome do autor será escrito em letras maiúsculas, seguido do ano de publicação e a

página.

Exemplo:

Na perspectiva de Sodré (1998, p. 303), é incontestável que as telenovelas [...]

Este trabalho foi desenvolvido a partir dos princípios éticos da Pesquisa

Envolvendo Seres Humanos preconizados na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de

Saúde (BRASIL, 1996, p. 55).

Sistema numérico

As citações são numeradas em algarismos arábicos, de forma sequencial,

sobrescrita e entre parênteses. Neste tipo de chamada a referência vem em nota de

rodapé no final da página em que foi citada.

Exemplo:

No texto:

Verificou-se que os consumidores demonstram possuir bons hábitos na compra

dos alimentos, com ressalva para a conferência da data de validade [...](1).

No rodapé: (1)

MAURÍCIO, A. A.; MATIOLI, G. Diagnóstico das etapas de compra, armazenamento e preparação

de alimentos perecíveis por pais de escolares de uma cidade do Noroeste do Paraná. Ciência,

Cuidado e Saúde, v. 3, n. 3, p. 253-259, set/dez. 2004.

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35

Um bom artigo deve ser elaborado

com clareza, frases curtas, simples e

de preferência afirmativas, evitando-

se gírias, expressões regionais,

abreviaturas e jargões.

O texto deve manter uma sequência

lógica e os parágrafos devem estar

interligados.

Sempre que citar, liste nas referências.

Ao escrever um artigo científico

tenha em mãos a norma vigente da

ABNT, atualmente

NBR 6022/2003.

Escrever é uma arte que se

desenvolve através de muita leitura e

da experiência do autor.

Escrever é um desafio que

pode tornar-se uma conquista.

2 Leitura e interpretação de textos científicos

A leitura de um texto científico exige muito mais atenção do que a leitura de um

texto de outro gênero. Ler um artigo científico é diferente de uma leitura de entretenimento

ou distração, a qual é realizada sem maiores preocupações com o aspecto do saber. É

diferente também de uma leitura informativa, cujo objetivo é tomar conhecimento, de

modo geral, do que ocorre no mundo, mas sem aprofundamento e visa apenas o

divertimento, passatempo, lazer. A leitura de um artigo científico é uma leitura formativa

para aprender algo novo ou aprofundar os conhecimentos já obtidos.

O texto científico utiliza conceitos, teorias, uma linguagem mais complexa e uma

ordem de raciocínio com a qual o estudante que começa a cursar uma universidade ainda

não está acostumado. Para aproveitar melhor suas leituras, você deve seguir algumas

diretrizes importantes, esquematizadas aqui.

Em primeiro lugar, você deve ter claro em sua cabeça os objetivos de sua leitura. A

leitura do texto deve ser capaz de:

LLeemmbbrree--ssee

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36

permitir uma compreensão global do significado do texto

permitir uma interpretação crítica do texto

auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico

fornecer instrumentos para o trabalho intelectual

Para tanto, Severino (2000) sugere as três seguintes etapas de leitura:

Análise Textual

Análise Temática

Análise Interpretativa

Análise textual

É só o primeiro contato com as ideias do autor, uma leitura prévia que não visa sua

compreensão total, mas dar uma visão de conjunto do texto. Devemos observar o

seguinte:

Quem é o autor? Qual sua formação? Há quanto tempo realiza pesquisas com o

tema? O próprio livro normalmente traz informações sobre o autor. Outra forma de obter

esses dados é realizando uma pesquisa na Plataforma Lattes do CNPq www.cnpq.br.

Esta plataforma contém o currículo de um grande número de pesquisadores do país.

Esses cuidados são necessários para que o leitor consiga fazer uma seleção dos

principais trabalhos elaborados na área pesquisada, considerando que o volume de

produções bibliográficas é imenso e é necessário realizar uma triagem seletiva.

A leitura deve ser feita com concentração, em lugar tranquilo e durante a leitura, o

leitor deve:

marcar o texto: o ideal é tirar uma cópia do artigo que se pretende ler para que

possamos fazer marcas, sublinhar linhas ou parágrafos, fazendo marcas nas margens ou

anotando observações nos cantos do papel. Esta é uma forma de destacar as principais

ideias e tudo que o leitor julgar importante no texto, facilitando sua localização na

releitura.

levantar vocabulário: anote as palavras que não entendeu e procure no dicionário

seu significado.

Ao terminar esta leitura o leitor deve buscar informações complementares sobre os

fatos citados no texto, sobre as doutrinas e linhas de pensamento apresentados e mesmo

sobre o próprio autor. A análise textual é o primeiro contato com o texto e ao final dessa

fase, devemos ser capazes de elaborar um esquema do texto, sem maiores

aprofundamentos.

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37

Análise Temática

Nesta fase devemos analisar a posição do autor. É o momento de verificar se

compreendemos a mensagem, não é o momento de criticar, concordar ou discordar com

o autor.

Nesta etapa devemos reter qual o tema do texto, qual o problema que o autor

coloca, qual é a ideia central e quais são as ideias secundárias e finalmente qual a tese

do autor, pois não se escreve apenas para demonstrar um problema, mas também para

buscar solucioná-lo. O leitor deve observar “De que forma o autor resolve o problema

apresentado? O que ele propõe para solucionar as dificuldades relacionadas? Qual é a

tese por ele sustentada?”.

Devemos procurar reconstruir o raciocínio do autor, recuperando seu processo

lógico.

Análise Interpretativa

É onde se faz a interpretação da mensagem do autor, se realiza uma reflexão

crítica sobre as ideias apresentadas, assumindo uma posição própria sobre a

problemática discutida no texto.

Num primeiro momento devemos analisar o pensamento do autor, tanto em relação

à sua própria obra, quanto em relação ao conhecimento geral sobre o assunto, ou seja,

comparando com outros autores que examinaram o mesmo fato.

Depois, passamos à interpretação do texto, averiguando se o autor respondeu a

todos os problemas propostos. A partir desse momento, temos que constatar se existe

conexão lógica entre as ideias do autor, isto é, se enquanto leitores, de posse dos

mesmos argumentos, conseguimos chegar ao mesmo raciocínio do autor.

Finalmente, é o momento de fazemos uma crítica do texto, que não significa uma

análise depreciativa, mas sim nos posicionarmos enquanto leitores perante o texto, de

modo a concordar ou discordar com o que foi dito, averiguando se o autor solucionou o

problema de forma satisfatória. Logo, a análise interpretativa é a mensagem que o autor

deixa em forma de pensamento sobre o assunto.

Para fazer uma análise interpretativa é necessário já ter acumulado algumas

leituras anteriores sobre o tema em questão. Se este é o primeiro texto que você vai ler

sobre um tema, contente-se em ficar só com as duas primeiras etapas de leitura (análise

textual e temática). Com o tempo e muita leitura você conseguirá seguir para as próximas

etapas.

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38

Problematização

Esta é outra etapa que só se pode fazer após um acúmulo significativo de leituras

sobre o tema. Para realização desta etapa é necessário conhecer bem o assunto, ter lido

outros autores sobre o assunto e conhecer as críticas que se fazem àquele autor e

àquelas ideias, assim é possível começar a problematizar o assunto. Na prática, isso

significa levantar e discutir problemas com relação à mensagem do autor e de outros

autores estudados. Esses problemas identificados servem de “provocação” para nova

pesquisa, que você ou outro poderão realizar. Para escrever um artigo, monografia ou

relatório de pesquisa temos que ter passado por esta etapa, que é o alvo e a motivação

para realizar a pesquisa. Tanto o artigo, monografia ou relatório irão demonstrar na

revisão bibliográfica os fundamentos em que se baseiam os problemas ou questões a se

resolver através da pesquisa.

Síntese pessoal

Por fim, o leitor poderá fazer a sua própria síntese a respeito do assunto. Vale

lembrar que no início de um curso superior, o ideal é que se faça bem as duas primeiras

etapas de leitura. Com o tempo, será possível avançar para as demais. O esperado é que

após alguns semestres, o graduando esteja realizando as cinco etapas descritas.

Referências

CURTY, M. G.; CURTY, R. G. Artigo científico: estrutura e apresentação na comunicação em Enfermagem. Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá-PR, v. 3, n. 3, p. 311-320, set./dez. 2004. REIS, M. E. C.; SOUZA, M. K. B.; LAVINSKY, A. E. Novela brasileira: um meio de veiculação de questões de saúde. Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá-PR, v. 3, n. 3, p. 303-310, set./dez. 2004. SEVERINO, 2000. Leitura de texto científico. Disponível em: <http://www.ucb.br/prg/comsocial/cceh/ normas_leitura.htm>. Acesso em: 18 out. 2006.

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UNIDADE 3

PPRROOJJEETTOO DDEE PPEESSQQUUIISSAA ee MMOONNOOGGRRAAFFIIAA

Objetivo geral

Formar noções da metodologia para elaboração de projeto de pesquisa e

elaboração de monografia.

Competências

Ao concluir esta unidade, o estudante deverá ser capaz de:

- elaborar um projeto de pesquisa;

- realizar uma pesquisa;

- apresentar o resultado da pesquisa em forma de monografia;

- escrever um texto científico dentro das normas da ABNT.

1 Processo de pesquisa

Em primeiro lugar é necessário desmistificar o termo pesquisador. Pesquisador não

é um gênio ou uma pessoa super dotada de conhecimentos. Eu e você podemos realizar

uma ou várias pesquisas e a melhor maneira de se saber como fazer uma pesquisa é

realmente realizando uma.

Existem vários métodos de se realizar uma pesquisa, mas nenhuma fórmula

mágica, como a de uma receita de bolo. Não pense que os pesquisadores são infalíveis.

Quando lemos o resultado final de uma pesquisa, neles não estão embutidas as

facilidades e dificuldades, as dúvidas e certezas que fizeram parte desse processo. Existe

uma razoável diferença entre o produto final publicado e todo o processo seguido para

que esse resultado fosse alcançado. É relatado apenas o êxito, ou seja, o produto final,

mas é bem possível que tenha havido algumas dificuldades no percurso.

É importante que o principiante entenda que provavelmente não exista uma

pesquisa perfeita e definitivamente concluída. Há sempre algo para continuar sendo

pesquisado, e/ou aprofundado. Os diversos problemas que surgem no processo de

pesquisa também são um aprendizado, colaboram para o amadurecimento científico e

não devem servir como desencorajamento. Todos os pesquisadores têm como objetivo

chegar a um produto final bem acabado, com bons resultados, mas nem sempre é

possível.

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Tenha sempre em mente que é melhor ter realizado um trabalho de pesquisa cujos

resultados não foram satisfatórios, do que nunca ter realizado uma pesquisa. Pesquisar é

um processo crescente de aprendizagem.

Para que realizar uma pesquisa?

Primeiro é necessário entendermos que existem pesquisas nas diferentes áreas do

conhecimento como: saúde; agrárias; biológicas; engenharias; exatas e da terra;

humanas, letras e artes e sociais aplicadas. Cada uma dessas áreas tem suas

especificidades na forma de desenvolver pesquisa, mas o objetivo geral é comum, ou

seja, pesquisar para beneficiar o ser humano. Esse benefício pode ser para melhorar a

saúde, para facilitar as tarefas, para ajudar a solucionar problemas cotidianos ou, no caso

das ciências sociais, contribuir para o desenvolvimento do próprio homem, bem como

aquisição de conhecimento.

Richardson (1989) cita que para adquirir conhecimento, a pesquisa pode ter os

seguintes objetivos:

a) pesquisar para resolver problemas – nesse caso o pesquisador está interessado

em descobrir a resposta para um problema específico. Ex: detectar a eficiência de um

determinado método.

b) Pesquisar para formular teorias – no campo das ciências sociais, em sua maioria

as pesquisas são de natureza exploratória, as quais tentam descobrir relações entre

fenômenos, estudar problemas cujos pressupostos teóricos não estão claros, como não

apenas conhecer o tipo de relação existente, mas verificar se realmente existe essa

relação.

c) Pesquisas para testar teorias – é a formulação precisa onde se testa a teoria

formulada anteriormente. É necessário que as teorias sejam testadas e confirmadas

várias vezes.

Problema de pesquisa

O problema de pesquisa é aquilo que se quer pesquisar a respeito de um

determinado tema. Pode ser qualquer questão não solucionada e que pode ser discutida

em alguma área do conhecimento.

Os problemas de pesquisa não devem conter juízo de valor (bom, ruim...).

Exemplos de problema:

Em que medida a escolaridade determina o grau de produtividade de um

indivíduo em uma determinada empresa?

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De que forma técnicas de dinâmicas de grupo podem facilitar a integração entre

funcionários de uma empresa?

Abordagem do Problema - Métodos Quantitativos e Qualitativos

De uma forma bem superficial denominamos como método a escolha que o

pesquisador faz dos procedimentos sistemáticos que irá utilizar em sua pesquisa para

descrever e explicar os fenômenos estudados.

Gil (1999, p. 26) define método científico como o caminho utilizado para se chegar

a determinado fim ou um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicas para atingir o

conhecimento.

Cada método de investigação tem suas normas e o trabalho de pesquisa deve ser

planejado e executado dentro das normas do método escolhido, pois cada método tem

uma sistemática e uma forma de abordar o problema. Por isso é importante a escolha do

método apropriado para cada tipo de estudo. Segundo Richardson (1989) “... é a natureza

do problema ou o seu nível de aprofundamento que, de fato, determina a escolha do

método.”

Método Quantitativo – caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas

modalidades de coleta de informações quanto no tratamento dessas por meio de técnicas

estatísticas Teixeira e Pacheco, (2005). Esse método tenta garantir a precisão dos dados

e resultados.

Método Qualitativo – não adota um instrumental estatístico como base do processo

de análise de um problema para sua generalização. Não pretende numerar ou medir

unidades ou categorias homogêneas. Utiliza-se do processo de problematização – objeto

e contexto. Teixeira e Pacheco (2005, p. 60)

Técnicas de Pesquisa

Muitas são as técnicas utilizadas nas ciências sociais para realizar pesquisas. As

mais comuns são:

a) Questionário – pode ser realizado na forma de formulários, testes ou enquetes.

Nessa técnica elaboram-se, por escrito, várias questões, com objetivos variados, como

por exemplo, qual a opinião, a expectativa, as crenças etc. de um determinado grupo. Em

uma análise bem superficial, o questionário realizado de forma quantitativa possibilita

atingir um número significativo de pessoas, com baixo custo, garantindo o anonimato do

entrevistado. Por outro lado, traz a desvantagem de excluir os analfabetos e/ou pessoas

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com baixo grau de escolaridade, não garantindo a representatividade da amostra nas

respostas. Também deve ser levado em consideração que os itens do questionário

podem ter significado diferente para cada sujeito pesquisado. A técnica de questionário

também pode ser utilizada na forma qualitativa.

b) Observação – a observação pode ser considerada como um método de

investigação e é uma das técnicas de levantamento de dados mais utilizadas juntamente

com a entrevista. Pode ser utilizada de forma exclusiva na coleta de dados ou conjugada

com outras técnicas e também pode estar presente em outros momentos da pesquisa. A

técnica de observação pode ser:

observação simples ou não-participante – o investigador permanece alheio à

comunidade ou grupo pesquisado;

observação sistemática – descreve de forma precisa um fenômeno e o teste de

hipóteses e é realizado a partir de um plano específico para a organização e registro das

informações;

observação assistemática – a tarefa de observar é mais livre, sem fichas e

cumpre um plano de observação que é determinado pelos objetivos da pesquisa;

observação participante ou direta – é considerada como um método de

investigação e é realizada com participação real do observador na vida da comunidade ou

grupo estudado. Como o pesquisador se enquadra como um dos membros do grupo tem

maiores condições de compreender melhor os seus elementos.

Ao contrário do que parece a facilidade dessa técnica é apenas aparente, pois

exige um cuidadoso preparo do observador para cada tipo de estudo, de forma que o

envolvimento do pesquisado (no caso da forma direta ou participante) não leve a uma

visão distorcida do fenômeno e não provoque alterações no ambiente ou no

comportamento das pessoas envolvidas.

c) Entrevista – é um valioso instrumento de coleta e tem como objetivo dizer ao

entrevistado o que se pretende e por que se está fazendo a entrevista.

Nesta técnica o entrevistador deve registrar exatamente o que foi dito. Também é

possível registrar o não-verbal, isto é, as reações do entrevistado durante a entrevista

(risos, emoção, lágrimas, pausas etc.).

Os autores consideram basicamente três formas de entrevistas:

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Estruturada – as questões são formuladas de uma forma mais rígida e força uma escolha entre as opções, objetivando a obtenção de resultados uniformes;

Não-estruturada ou não-diretiva – enfoca um tema específico mas de forma livre. Não é elaborado em forma de perguntas. Seu objetivo maior não é determinar a frequência do ocorrido e sim procurar entender “o que ocorre”. Nessa técnica é possível detectar atitudes, opiniões e motivações;

Semi-estruturada ou guiada – técnica desenvolvida a partir de um esquema básico para guiar a entrevista, mas sem uma forma rígida. Nessa técnica já se conhece antecipadamente os aspectos que se deseja pesquisar, logo o entrevistador formula alguns pontos, os quais vai explorando ao longo da entrevista.

A escolha do método e das técnicas de pesquisa

A escolha do tipo de entrevista pode variar de acordo com a especificidade dos

dados que o pesquisador pretende obter. Na hora da escolha deve-se considerar:

a intenção do pesquisador

a natureza do problema

os objetivos da pesquisa

o nível de aprofundamento desejado

A diferença entre os vários tipos de pesquisa não está somente na técnica ou

método de coleta de dados, mas também na atenção especial ao informante, na

importância de manter o mesmo observador e nas anotações de campo, as quais vão

além das respostas fornecidas por escrito ao pesquisador.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999 RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social. 2 ed. São Paulo. 1989, 287 p. TEIXEIRA, Rubens de França; PACHECO, Maria Eliza Corrêa. Pesquisa Social e a valorização da abordagem qualitativa no curso de administração: a quebra de paradigmas científicos. Cadernos de Pesquisa em Administração, São Paulo: FEA/USP v. 12, n. 1, 55-98, 2005.

2 Projeto de pesquisa

Segundo Prochonw, Schaffer (1999), projeto é um empreendimento planejado que

consiste num conjunto de atividades inter-relacionadas e coordenadas, com o fim de

alcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamento e de um período de

tempo.

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Normalmente um projeto é uma busca de respostas a um problema concreto. Logo,

o resultado do projeto deverá ser uma contribuição para a solução de problemas,

transformando IDEIAS em AÇÕES.

Ao “projetarmos” devemos observar:

Qual é o problema a resolver ou transformar - deve ser mensurável?

Quais são as pessoas e instituições que irão colaborar na elaboração deste

projeto?

Qual será a fonte de financiamento?

Escolha do tema: escolher um tema do qual gostamos, pois o trabalho de pesquisa

é árduo e, às vezes, cansativo. Se não simpatizarmos com o tema, não conseguiremos o

empenho e a dedicação necessária.

Delimitação do tema: a escolha do tema deve determinar o lugar que ocupa no

tempo e no espaço. Não devemos formular temas exageradamente amplos, geralmente

resumidos em uns poucos vocábulos, tais como: A violência; Falta de Segurança; A

Fome; O Meio Ambiente; A Internet; A televisão; A Música Popular Brasileira; Os meios

de comunicação.

Devemos evitar temas apoiados em palavras e sentido muito amplo, como por

exemplo: "influência" e "atualidade".

Ao escolhermos temas amplos corremos o risco do resultado final do trabalho não

ter sido amplo o suficiente para abranger a proposta inicial.

Um projeto de pesquisa típico possui normalmente entre 5 e 10 páginas, e

constitui-se das seguintes partes:

a) Capa

b) Resumo

c) Introdução

d) Caracterização do Problema e Justificativa

e) Objetivos

f) Metodologia

g) Cronograma

h) Orçamento

i) Referências

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a) Capa

A capa deve identificar o projeto e o proponente. Nesta parte são apresentados os

dados essenciais à identificação do projeto, tais como: Instituição, Título, Nome do aluno

e do Orientador, Área temática (administração, ciências contábeis, economia, publicidade

e propaganda, secretariado), Cidade e Ano.

Exemplo:

b) Resumo

Esta é a última parte do projeto a ser redigida. Deve conter, no máximo, 20 linhas,

posicionando o leitor sobre o tema abordado, a justificativa, os objetivos, o método e a

forma de análise dos resultados.

c) Introdução

A Introdução deve ser sintética e deve apresentar o tema de pesquisa, as razões

de ordem teórica e/ou prática que tornam o estudo relevante e, portanto justificam a sua

execução.

Apresentar o problema enfocado, em relação a outros trabalhos publicados sobre o

mesmo assunto e o estado atual em que se encontra o tema investigado. Não usar

extensas revisões da literatura, apenas referências com base em publicações recentes

selecionadas e resumidas anteriormente.

NOME DA INSTITUIÇÃO EM QUE SERÁ

DESENVOLVIDO O PROJETO

3 cm

TÍTULO

Nome do autor Área: nome da área de conhecimento

Cidade Ano

2 cm

2 cm 3 cm

Page 46: Apostila MEP - Jun2013

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46

d) Caracterização do Problema e Justificativa

Na justificativa o pesquisador deve apresentar o estado da arte, o ponto no qual se

encontram as pesquisas científicas sobre o tema. Fundamentar, através de citações, as

descobertas e avanços registrados na literatura pelos principais autores ou correntes

interpretativas que estudam o tema.

Neste item o proponente deve tentar “convencer” o leitor do valor do tema

escolhido, mostrando a importância do tema na atualidade ou a necessidade de mais

conhecimento nesta área específica.

A justificativa deve apresentar respostas à questão Por quê?

- Por que executar o projeto?

- Por que ele deve ser aprovado e implementado?

Devemos considerar também os seguintes aspectos:

Relevância científica - O que essa pesquisa pode acrescentar à ciência?

Relevância social: Que benefício pode trazer à comunidade? Quais os benefícios

econômicos, sociais e ambientais a serem alcançados pela comunidade e os resultados

para a região?

Interesse: O que levou à escolha do tema?

Viabilidade: Quais as possibilidades concretas desta pesquisa?

Projetos semelhantes: existem outros projetos sendo desenvolvidos nessa região

ou nessa temática?

e) Objetivos

Para redigir os objetivos deve-se começar de forma direta, anunciando para o

leitor/avaliador quais são os objetivos da pesquisa, como por exemplo:

O objetivo desta pesquisa é... ;

Pretende-se ao longo da pesquisa verificar a relação existente entre... ;

Este trabalho enfocará... .

É nesta parte que se aborda o problema, bem como as hipóteses que motivarão a

pesquisa científica. A pergunta que se deve formular é:

"O que se pretende pesquisar?

Alguns autores separam o objetivo geral dos específicos, nestes casos:

Objetivo geral significa traçar as principais metas que nortearão a pesquisa. Qual o

produto final que o projeto quer atingir.

Page 47: Apostila MEP - Jun2013

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47

Objetivos específicos são as ações que se propõe a executar dentro de um

determinado período de tempo e se referem a partes ou etapas a serem atingidas para se

realizar o objetivo geral. Também podem ser chamados de resultados esperados e devem

se alcançados até o final do projeto.

A formulação da hipótese é a ideia geral a ser comprovada no decorrer da

pesquisa. São respostas provisórias, anteriores à pesquisa. Deve ser fundamentada em

conhecimento prévio, ser verificável e formulada por uma afirmação. A pesquisa científica

deverá comprovar a adequação da hipótese, comprovando se ela, de fato, é uma solução

coerente para o problema científico anteriormente formulado.

f) Metodologia

A metodologia deve descrever as formas e técnicas que serão utilizadas para

executar o projeto. O método é a ponte que liga o objeto de estudo às conclusões, ou

seja, a descrição formal dos métodos e técnicas a serem utilizados na pesquisa.

Nesta etapa devemos perguntar:

Como será realizada a pesquisa?

Deve responder, a um só tempo, às questões: Como? Com que? Onde? Quanto?

No projeto poderá ser utilizada uma combinação de duas ou mais técnicas ou

instrumentos de pesquisa.

Nos casos de coleta de dados deve-se explicitar como estes serão coletados e

como irão ser analisados. É necessário que o proponente tenha clareza de sua proposta

metodológica: se for realizar um estudo descritivo, deverá optar por análises estatísticas

descritivas básicas; se for realizar um estudo experimental, deverá utilizar, além da

anterior, também a estatística inferencial; ou ainda, se for realizar um estudo qualitativo,

deverá indicar também a forma de análise: por exemplo, análise de conteúdo, análise

fenomenológica, etc.

É importante que o pesquisador busque referências de metodologias que foram

empregadas em projetos semelhantes, verificando sua aplicabilidade e deficiências, pois

é uma metodologia bem definida que dará ao avaliador a certeza de que os objetivos

propostos pelo projeto estão em condições de serem alcançados.

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g) Cronograma

É a previsão do ritmo de desenvolvimento da pesquisa, procurando prever o tempo

necessário para cada uma das fases. É um planejamento das atividades ao longo do

tempo que se dispõe para a pesquisa. O cronograma é muito importante dentro de um

projeto, pois funciona como uma importante ferramenta para controlar o tempo de

trabalho e o ritmo de produção, bem como para o orientador ou a agência financiadora

acompanhar o andamento da pesquisa.

Nesta fase deve-se elaborar a seguinte pergunta:

Quando as diferentes etapas da pesquisa serão finalizadas?

O cronograma é elaborado em uma disposição gráfica das épocas em que as

atividades deverão ser realizadas, permitindo uma rápida visualização da sequência em

que devem acontecer, demonstrando a viabilidade do projeto ser executado no prazo

previsto.

Exemplo:

Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Levantamento Bibliográfico X X X

Coleta de Dados X X

Processamento dos Dados X

Análise dos Resultados X X

Discussão/Conclusão X X

Redação do trabalho X X X

h) Orçamento

Nesta etapa descrevemos as despesas com o setor pessoal, materiais e serviços

de terceiros necessários para o desenvolvimento do projeto e indica-se a proveniência e a

quantidade dos recursos a serem empregados.

A pergunta a ser respondida nesta etapa é: Com quanto?

Quais serão os gastos e quais as fontes de recursos?

O orçamento é um resumo financeiro do projeto, no qual se indica como, com o

que e quando serão gastos os recursos e quais as fontes de financiamento. Existem

diferentes tipos de despesas que podem ser agrupadas, por exemplo:

material de consumo

material permanente

obras e instalações

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serviços de terceiros

recursos humanos

custeio (diárias e hospedagem)

i) Referências

Nas referências relacionam-se os livros, artigos e outras publicações citadas

durante a apresentação do projeto. Devem ser utilizadas referências que possam

conceituar o problema, ou servir de base para a ação.

As referências mencionadas no projeto dão ao orientador ou financiador uma

noção de quanto o autor está inteirado do assunto que está se propondo a pesquisar.

As referências deverão estar de acordo com as normas da ABNT.

Aspectos Gráficos:

texto redigido em fonte tamanho 12 e espaçamento 1/5.

fonte para os títulos é a Arial e para o texto a fonte Times New Roman ou

similares com Serifa, que facilitam a leitura de texto longos.

tamanho papel é A4 e as páginas devem ser numeradas no canto superior direito,

tendo início naquelas referentes aos elementos textuais. Capa e sumário não são

numerados, muito embora entrem na contagem de páginas.

Referências

BIANCHI, Álvaro. Pequeno e despretencioso guia para a confecção de projetos de pesquisa. <http://paginas.terra.com.br/educacao/politikon/ Modelo%20de%20Projeto%20de%20Pesquisa.pdf>. Acesso em: 10 nov. de 2006. PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini. O trabalho monográfico como iniciação à pesquisa científica. In: CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber. Metodologia científica: fundamentos e técnicas. 7. ed. Campinas: Papirus, 1998. PROCHNOW, M.; SCHAFFER, W. B. Pequeno manual para elaboração de projetos. Rio do Sul, 1999. ( Apostila de curso). Projeto de Pesquisa: etapas de elaboração. <http://www.ucb.br/prg/ comsocial/cceh/normas_projeto_etapas.htm>. Acesso em 11 de nov. de 2006.

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3 Elaboração de monografia

Monografia

Consiste na redação de um texto sobre tema relevante em uma determinada área,

buscando trazer uma contribuição para o processo do conhecimento. A atividade não

deve ser considerada apenas como um exercício metodológico ou exigência formal.

Trata-se de um trabalho da maior relevância que estimula o estudo aprofundado, a

observação cuidadosa, a análise, a reflexão, a habilidade de escrever textos profissionais

e a interlocução sistemática com o orientador. A monografia é também uma oportunidade

privilegiada para produzir e sistematizar um conhecimento que deverá ser útil para a

formação de alunos e para o trabalho de profissionais da área abordada.

Logo, a monografia é um trabalho original, que pode ser uma revisão crítica da

literatura, um estudo de caso ou uma pesquisa e pode ser classifica em:

Monografia acadêmica: Trabalhos de caráter eminentemente didático, organizados

pelos acadêmicos em uma disciplina específica, na preparação de Seminários ou de

Iniciação Científica, solicitada pelos professores do Curso.

Monografia científica: Trabalhos apresentados ao final de cursos de pós-graduação

Lato sensu (especialização) e Strico sensu (mestrado e doutorado). No mestrado este

trabalho é denominado “dissertação” e no doutorado “tese”. Trata-se de um tratamento

escrito, original, de assunto específico, com metodologia definida, que expresse o

resultado de uma pesquisa pura ou aplicada.

Etapas para realização de uma monografia

Segundo PÁDUA (p. 165, 2002), as etapas para realização do trabalho

monográfico são:

Projeto de Pesquisa – fase de planejamento da pesquisa que envolve os

seguintes passos:

Seleção do tema e formulação do problema a ser pesquisado

Levantamento da(s) hipótese(s) que leve(m) à solução/explicação do problema

Levantamento bibliográfico inicial

Indicação dos recursos metodológicos que serão utilizados para a coleta de dados

Elaboração do cronograma de atividades

Coleta de dados – recursos metodológicos:

Pesquisa experimental

Pesquisa bibliográfica

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Pesquisa documental

Entrevistas

Questionários e formulários

Observação

Estudo de caso

Relatórios de estágio

Análise dos dados

Classificação e organização das informações coletadas

Análise e tratamento estatístico dos dados, nas pesquisas quantitativas

Análise dos dados nas pesquisas qualitativas

Estabelecimento das relações existentes entre os dados: análise qualitativa e

análise quantitativa

Elaboração escrita

Estrutura definitiva da apresentação da pesquisa: elaboração final do plano de

assunto – introdução, desenvolvimento e conclusão.

Redação final

Apresentação gráfica geral do trabalho

Estrutura da parte escrita da monografia

Na maioria das vezes, o aluno tem dificuldades de estruturar uma monografia para

apresentar. Alguns tomam como referência a forma de uma apostila ou de um livro. No

entanto, cada tipo de documento tem sua própria forma de ser redigido e apresentado.

Introdução

Justificativa

Objetivos

Metodologia

Referência teórica

É a formulação clara e objetiva do tema investigado e deve ser apresentado em um

escopo mais abrangente, iniciando o leitor no assunto que será tratado.

Mostrar os aspectos e elementos que fazem do tema algo relevante e que mereça

ser tratado pelo trabalho. Apresentar um breve do histórico do assunto e metodologia

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utilizada para o desenvolvimento do trabalho. Abordar também a referência teórica, de

forma rápida, relativa a trabalhos anteriores realizados sobre o mesmo assunto.

Desenvolvimento

Descrição da população estudada

Descrição dos procedimentos e das técnicas utilizadas na coleta da dados

Organização e apresentação dos dados obtidos

Análise e interpretação dos dados

Importância da pesquisa realizada

É a organização lógica do trabalho, expondo as ideias principais. Nesta seção deve

ser composta pela explicação, discussão, demonstração, argumentação, e analise do

objeto ou tema estudado. Também é demonstrado o propósito da pesquisa, a exposição

dos dados coletados.

Conclusão

Resume sinteticamente os resultados obtidos em relação à proposta inicial

(objetivos)

Posicionamento do autor demonstrando seu ponto de vista

Seleciona os dados mais importantes e aqueles que podem sugerir ideias para

uma nova pesquisa

Verifica se os objetivos foram alcançados

Consiste no resumo completo, sintetizado da argumentação dos dados e dos

exemplos constantes nas duas primeiras partes do trabalho. Deve constar a síntese de

toda a reflexão.

Redação

A redação consiste na expressão, por escrito, dos resultados da investigação.

Consistem em uma exposição bem fundamentada do material recolhido, estruturado,

analisado e elaborado de forma objetiva, precisa e clara.

O trabalho científico utiliza linguagem técnica (acadêmica e didática), cuja

finalidade é transmitir conhecimentos.

A linguagem científica deve ser a mais didática possível. Requer linguagem perfeita

em ralação às regras gramaticais, evitando não só o vocabulário popular, vulgar, mas

também o pomposo. Sua finalidade é a objetividade e deve ser impessoal.

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Regras para redação

Saber o que vai escrever e para quê

Escrever sobre o que conhece

Concatenar as ideias e informar de maneira lógica

Respeitar as regras gramaticais

Evitar argumentação demasiadamente abstrata

Utilizar vocabulário técnico estritamente necessário

Evitar repetição de detalhes supérfluos

Manter a unidade e o equilíbrio das partes

Rever o que escreveu

Estilo

Clareza e objetividade

Linguagem direta, precisa e acessível

Frase s curtas e concisas

Simplicidade , evitando estilos prolixo, retórico ou confuso

Vocabulário adequado

Evitar

Afirmar algo sem provar

Descrever ideias que não são suas sem citar o autor

Generalizar algo sem conhecer profundamente todo o assunto (ser autoridade no

assunto)

Concluir algo precipitadamente

Criticar algo com autoridade que não tem

Regras básicas

Utilizar redação técnica, isto é, não utilizar frases de efeito ou de publicidade, nem

linguagem coloquial.

Legendar figuras, tabelas, equações, gráficos etc.

Destacar os capítulos.

A conclusão é fundamental, pois sem ela o trabalho não existe cientificamente.

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Apresentação gráfica

Formato e margens

Modelo de capa

Modelo de folha de rosto

Modelo de folha de rosto

Referência PÁDUA, E. M. M. O trabalho monográfico como iniciação à pesquisa científica. Capítulo 5. In: CARVALHO, M. C. M. (org.). Construindo o saber. Metodologia científica: fundamentos e técnicas. Campinas: Papirus, 2002. CURY, M. G.; CRUZ, A. C.; MENDES, M. T. R. Apresentação de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses. 2. ed. Maringá: Dental Press Editora, 2006.

NOME DO AUTOR

TÍTULO

Dissertação apresentada à (IES) como requisito parcial para obtenção do

título de Mestre em (área).

Cidade Ano

Orientador:

Co-orientador:

3 cm

2 cm

2 cm 3 cm

NOME DO AUTOR

TÍTULO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à (IES), como parte dos requisitos para obtenção do título de

Especialista em (área)

Orietador: ___

Cidade Ano

NOME DA INSTITUIÇÃO

TÍTULO

NOME DO AUTOR

Cidade Ano

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IV – ANEXOS

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Anexo 01

Livro

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Anexo 02

Capítulo de livro

Capítulo 7 - página inicial: 93 - página final: 111

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Anexo 03

Artigo de periódico científico

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Anexo 04

Artigo de periódico de informação

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Anexo 05

Documento eletrônico 1

Desafios da televisão e do vídeo à escola[1]

José Manuel Moran

Diretor Acadêmico da Faculdade Sumaré-SP e Assessor do Ministério de Educação para avaliação de cursos a distância

[email protected]

Estamos deslumbrados com o computador e a Internet na escola e vamos deixando de lado a

televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação.

A televisão, o cinema e o vídeo - os meios de comunicação audiovisuais - desempenham,

indiretamente, um papel educacional relevante. Passam-nos continuamente informações,

interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam alguns valores em detrimento de outros.

A informação e a forma de ver o mundo predominantes no Brasil provêm fundamentalmente

da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens

– e grande parte dos adultos - levam a para sala de aula. Como a TV o faz de forma mais

despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor uma visão mais

crítica, um universo mais mais abstrato, complexo e na contra-mão da maioria como a escola se propõe a fazer.

A TV fala da vida, do presente, dos problemas afetivos - a fala da escola é muito distante e

intelectualizada - e fala de forma impactante e sedutora - a escola, em geral, é mais cansativa.

O que tentamos contrapor na sala de aula, de forma desorganizada e monótona, aos modelos

consumistas vigentes, a televisão, o cinema, as revistas de variedades e muitas páginas da

Internet o desfazem nas horas seguintes. Nós mesmos como educadores e telespectadores

sentimos na pele a esquizofrenia das visões contraditórias de mundo e das narrativas (formas de contar) tão diferentes dos meios de comunicação e da escola.

Na procura desesperada pela audiência imediata, fiel e universal, os meios de comunicação

hiper-exploram nossas emoções, fantasias, desejos, medos e aperfeiçoam continuamente

estratégias e fórmulas de sedução e dependência. Passam com incrível facilidade do real para

o imaginário, aproximando-os em fórmulas integradoras, como nas telenovelas e nos reality-shows como o Big-Brother e semelhantes.

http://www.eca.usp.br/prof/moran/desafio.htm 12/05/2007

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Anexo 06

Documento eletrônico 2

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SESu – Secretaria de Educação Superior PROGRAMA INCLUIR

CONTATO

Dúvidas, sugestões ou

maiores informações sobre o

Programa INCLUIR podem

ser obtidas através dos

telefones:

(61) 2104-8671 / 2104-9831 ou

[email protected]

APRESENTAÇÃO

O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de

Educação Superior, publicou o Edital INCLUIR 04/2008, que

convoca as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) a

apresentarem propostas de criação, reestruturação e

consolidação de Núcleos de Acessibilidade na Instituição que

atuarão na implementação da acessibilidade às pessoas com

deficiência em todos os espaços, ambientes, materiais, ações e

processos desenvolvidos na instituição, buscando integrar e

articular as demais atividades da instituição para a inclusão

educacional e social das pessoas com deficiência, no âmbito do

Programa de Acessibilidade na Educação Superior - INCLUIR,

promovendo, inclusive, o cumprimento disposto no Decreto nº

5.296/2004, nas Portarias MEC e nº 5.626/2005, e no referido

Edital.

Este edital tem por objetivo promover ações que garantam o

acesso e permanência de pessoas com deficiência nas

Instituições Federais de Educação Superior; apoiar a criação,

reestruturação e/ou consolidação de núcleos de acessibilidade

nas instituições federais de ensino superior; implementar a

política de acessibilidade plena de pessoas com deficiência na

educação superior; promover a eliminação de barreiras

pedagógicas, atitudinais, arquitetônicas e de comunicações e a

efetivação da política de acessebilidade universal.

http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=557&ltemid=303

Acesso: 01/08/08

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Anexo 07

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