Apostila Sistemas Mecanicos

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Elementos de Transmisso

SISTEMAS MECNICOS E ELETROMECNICOSMDULO - MECNICAElementos de TransmissoCom esses elementos so montados sistemas de transmisso que transferem potncia e movimento a um outro sistema.

Na figura abaixo, a polia condutora transmite energia e movimento polia conduzida.

Os sistemas de transmisso podem, tambm, variar as rotaes entre dois eixos. Nesse caso, o sistema de rotao chamado variador.

As maneiras de variar a rotao de um eixo podem ser:

por engrenagens;

por correias;

por atrito.

Abaixo, temos a ilustrao de um variador por engrenagens acionado por um motor eltrico.

Seja qual for o tipo de variador, sua funo est ligada a eixos.

Modos de transmisso

A transmisso de fora e movimento pode ser pela forma e por atrito.

A transmisso pela forma assim chamada porque a forma dos elementos transmissores adequada para encaixamento desses elementos entre si. Essa maneira de transmisso a mais usada, principalmente com os elementos chavetados, eixos-rvore entalhados e eixos-rvore estriados.

A transmisso por atrito possibilita uma boa centralizao das peas ligadas aos eixos. Entretanto, no possibilita transmisso de grandes esforos quanto os transmitidos pela forma. Os principais elementos de transmisso por atrito so elementos anelares e arruelas estreladas.

Elementos Anelares

Esses elementos constituem-se de dois anis cnicos apertados entre si e que atuam ao mesmo tempo sobre o eixo e o cubo.

Arruelas Estreladas

As arruelas estreladas possibilitam grande rigor de movimento axial (dos eixos) e radial (dos raios). As arruelas so apertadas por meio de parafusos que foram a arruela contra o eixo e o cubo ao mesmo tempo.

Descrio de alguns elementos de transmisso

Apresentamos, a seguir, uma breve descrio dos principais elementos de mquina de transmisso: correias, correntes, engrenagens, rodas de atrito, roscas, cabos de ao e coplamento.

CorreiasSo elementos de mquina que transmitem movimento de rotao entre eixos por intermdio das polias. As correias podem ser contnuas ou com emendas. As polias so cilndricas, bricadas em diversos materiais. Podem ser fixadas aos eixos por meio de presso, de chaveta ou de parafuso.

Correntes

So elementos de transmisso, geralmente metlicos, constitudos de uma srie de anis ou elos. Existem vrios tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicao especfica. corrente de elos corrente de buchas

Engrenagens

Tambm conhecidas como rodas dentadas, as engrenagens so elementos de mquina usados na transmisso entre eixos. Existem vrios tipos de engrenagem. RoscasSo salincias de perfil constante, em forma de hlice (helicoidal). As roscas se movimentam de modo uniforme, externa ou internamente, ao redor de uma superfcie cilndrica ou cnica. As salincias so denominadas filetes. Existem roscas de transporte ou movimento que transformam o movimento giratrio num movimento longitudinal. Essas roscas so usadas, normalmente, em tornos e prensas, principalmente quando so freqentes as montagens e desmontagens.

Cabos de aoSo elementos de mquinas feitos de arame trefilado a frio. Inicialmente, o arame enrolado de modo a formar pernas. Depois as pernas so enroladas em espirais em torno de um elemento central, chamado ncleo ou alma.

Exerccio 1

Analise a ltima ilustrao e responda s seguintes questes:

a) Quantas flanges foram usadas no acoplamento?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

b) Qual o formato da cabea dos parafusos e das porcas?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

c) Quantos conjuntos de parafusos, porcas e arruelas foram empregados na

unio?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

d) Que tipo de corte foi empregado?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

e) Quais os nomes das vistas representadas?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................Marque com um X a resposta correta.

Exerccio 2

Os elementos que transmitem fora e movimento so:

a) ( ) rolamentos;

b) ( ) correias;

c) ( ) pinos;

d) ( ) arruelas.

Exerccio 3

A transmisso pode ser feita por:

a) ( ) atrito e presso;

b) ( ) forma e deslizamento;

c) ( ) forma e atrito;

d) ( ) atrito e impulso.

Exerccio 4

Complete os espaos em branco.

Com os elementos de ............................ so montados os .......................... de

transmisso, os quais tm por finalidade transferir .................... de um eixo a outro.Eixos e rvoresEixos e rvores

Assim como o homem, as mquinas contam com sua .coluna vertebral. Como um dos principais elementos de sua estrutura fsica: eixos e rvores, que podem ter perfis lisos ou compostos, em que so montadas as engrenagens, polias, rolamentos, volantes, manpulos etc.

Material de fabricao

Os eixos e rvores so fabricados em ao ou ligas de ao, pois os materiais metlicos apresentam melhores propriedades mecnicas do que os outros materiais. Por isso, so mais adequados para a fabricao de elementos de transmisso:

eixos com pequena solicitao mecnica so fabricados em ao ao carbono;

eixo-rvore de mquinas e automveis so fabricados em ao-nquel;

eixo-rvore para altas rotaes ou para bombas e turbinas so fabricados em

ao cromo-nquel;

eixo para vages so fabricados em ao-mangans.

Quando os eixos e rvores tm finalidades especficas, podem ser fabricados em cobre, alumnio, lato. Portanto, o material de fabricao varia de acordo com a funo dos eixos e rvores.Quanto ao tipo, os eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados, macios, vazados, flexveis, cnicos, cujas caractersticas esto descritas a seguir.

Eixos macios

A maioria dos eixos macios tem seo transversal circular macia, com degraus ou apoios para ajuste das peas montadas sobre eles. A extremidade do eixo chanfrada para evitar rebarbas. As arestas so arredondadas para aliviar a concentrao de esforos.

Eixos vazados

Normalmente, as mquinas-ferramenta possuem o eixo-rvore vazado para facilitar a fixao de peas mais longas para a usinagem. Temos ainda os eixos vazados empregados nos motores de avio, por serem mais leves.

Eixos cnicos

Os eixos cnicos devem ser ajustados a um componente que possua um furo de encaixe cnico. A parte que se ajusta tem um formato cnico e firmemente presa por uma porca. Uma chaveta utilizada para evitar a rotao relativa.

Eixos roscados Esse tipo de eixo composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua utilizao como elemento de transmisso e tambm como eixo prolongador utilizado na fixao de rebolos para retificao interna e de ferramentas para transmitir grande fora.

Eixos-rvore ranhurados

Esse tipo de eixo apresenta uma srie de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferncia. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peas que sero montadas no eixo. Os eixos ranhurados so utilizados para transmitir grande fora.

Eixos-rvore estriados

Assim como os eixos cnicos, como chavetas, caracterizam-se por garantir uma boa concentricidade com boa fixao, os eixos-rvore estriados tambm so utilizados para evitar rotao relativa em barras de direo de automveis, alavancas de mquinas etc.

Eixos-rvore flexveis

Consistem em uma srie de camadas de arame de ao enroladas alternadamente em sentidos opostos e apertadas fortemente. O conjunto protegido por um tubo flexvel e a unio com o motor feita mediante uma braadeira especial com uma rosca. So eixos empregados para transmitir movimento a ferramentas portteis (roda de afiar), e adequados a foras no muito grandes e altas velocidades (cabo de velocmetro).

Exerccio 2

Marque com um X a nica resposta correta. O eixo que transmite movimento ou energia e suporta esforos chama-se:

a) ( ) rvore ou espiga;

b) ( ) eixo vazado ou rvore;

c) ( ) eixo-rvore ou rvore;

d) ( ) eixo ou espiga.

Os elementos de mquina so sustentados por:

a) ( ) espigas;

b) ( ) morsa;

c) ( ) barras;

d) ( ) eixos.

Para usinar peas longas so usadas mquinas-ferramenta com:a) ( ) eixo-rvore vazado;

b) ( ) eixo-rvore macio;

c) ( ) eixo vazado;

d) ( ) eixo macio.

Os eixos podem ser:

a) ( ) flexveis ou giratrios;

b) ( ) imveis ou fixos;

c) ( ) fixos ou giratrios;

d) ( ) fixos ou oscilantes.

Os eixos e rvores podem ser fabricados em:

a) ( ) cobre, alumnio, lato, elstico;

b) ( ) chumbo, alumnio, lato, ao;

c) ( ) chumbo, ao, plstico, ferro;

d) ( ) ao, cobre, alumnio, lato.Polias e correiass vezes, pequenos problemas de uma empresa podem ser resolvidos com solues imediatas, principalmente quando os recursos esto prximos de ns, sem exigir grandes investimentos. Por exemplo: com a simples troca de alguns componentes de uma mquina, onde se pretende melhorar o rendimento do sistema de transmisso, conseguiremos resolver o problema de atrito, desgaste e perda de energia.

Polias

As polias so peas cilndricas, movimentadas pela rotao do eixo do motor e pelas correias.

Uma polia constituda de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia.

A face ligada a um cubo de roda mediante disco ou braos.Tipos de polia

Os tipos de polia so determinados pela forma da superfcie na qual a correia se assenta. Elas podem ser planas ou trapezoidais. As polias planas podem apresentar dois formatos na sua superfcie de contato. Essa superfcie pode ser plana ou abaulada.

A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfcie abaulada guia melhor as correias. As polias apresentam braos a partir de 200 mm de dimetro. Abaixo desse valor, a coroa ligada ao cubo por meio de discos.

A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfcie na qual a correia se assenta apresenta a forma de trapzio. As polias trapezoidais devem ser providas de canaletes (ou canais) e so dimensionadas de acordo com o perfil padro da correia a ser utilizada.

Essas dimenses so obtidas a partir de consultas em tabelas. Vamos ver um exemplo que pode explicar como consultar tabela. Imaginemos que se vai executar um projeto de fabricao de polia, cujo dimetro de 250 mm, perfil padro da correia C e ngulo do canal de 34.

Como determinar as demais dimenses da polia? Com os dados conhecidos, consultamos a tabela e vamos encontrar essas dimenses:Perfil padro da correia: C Dimetro externo da polia: 250 mm

ngulo do canal: 34 T: 15,25 mm

S: 25,5 mm W: 22,5 mmY: 4 mm Z: 3 mmH: 22 mm K: 9,5 mm

U = R: 1,5 mm X: 8,25 mm

Alm das polias para correias planas e trapezoidais, existem as polias para cabos de ao, para correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para correias redondas e para correias dentadas. Algumas vezes, as palavras roda e polia so utilizadas como sinnimos.

No quadro da prxima pgina, observe, com ateno, alguns exemplos de polias e, ao lado, a forma como so representadas em desenho tcnico.

Material das polias Os materiais que se empregam para a construo das polias so ferro fundido (o mais utilizado), aos, ligas leves e materiais sintticos. A superfcie da polia no deve apresentar porosidade, pois, do contrrio, a correia ir se desgastar rapidamente.Correias

As correias mais usadas so planas e as trapezoidais. A correia em .V. ou trapezoidal inteiria, fabricada com seo transversal em forma de trapzio.

feita de borracha revestida de lona e formada no seu interior por cordonis vulcanizados para suportar as foras de trao.

O emprego da correia trapezoidal ou em .V. prefervel ao da correia plana porque:

praticamente no apresenta deslizamento;

permite o uso de polias bem prximas;

elimina os rudos e os choques, tpicos das correias emendadas (planas).

Existem vrios perfis padronizados de correias trapezoidais.

Outra correia utilizada a correia dentada, para casos em que no se pode ter nenhum deslizamento, como no comando de vlvulas do automvel.

Material das correias

Os materiais empregados para fabricao das correias so couro; materiais fibrosos e sintticos ( base de algodo, plo de camelo, viscose, perlon e nilon) e material combinado (couro e sintticos).

Transmisso

Na transmisso por polias e correias, a polia que transmite movimento e fora chamada polia motora ou condutora. A polia que recebe movimento e fora a polia movida ou conduzida. A maneira como a correia colocada determina o sentido de rotao das polias.

Assim, temos:

sentido direto de rotao - a correia fica reta e as polias tm o mesmo sentido de rotao;

sentido de rotao inverso - a correia fica

cruzada e o sentido de rotao das polias inverte-se;

transmisso de rotao entre eixos no paralelos.

Para ajustar as correias nas polias, mantendo tenso correta, utiliza-se o esticador de correia.

Relao de transmissoNa transmisso por polias e correias, para que o funcionamento seja perfeito, necessrio obedecer alguns limites em relao ao dimetro das polias e o nmero de voltas pela unidade de tempo. Para estabelecer esses limites precisamos estudar as relaes de transmisso.

Costumamos usar a letra i para representar a relao de transmisso. Ela a relao entre o nmero de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seus dimetros.

A velocidade tangencial (V) a mesma para as duas polias, e calculada pela frmula:

V = . D . n

Como as duas velocidades so iguais, temos:

Na transmisso por correia plana, a relao de transmisso (i) no deve ser maior do que 6 (seis), e na transmisso por correia trapezoidal esse valor no deve ser maior do que 10 (dez).

Exemplo: 1 - Em um sistema de transmisso de polias e correias, apresenta os seguintes dados: n 2 n1 = ?

Dados:

n 2 = 800 RPM i = n 1 = D 2n 1 = ? n2 D 1 D 1 = 80 mm i = n 1 = 140

800 80 D 2 = 140 mm

i = 1.400 rpmA relao de entre as polias proporcionou um aumento de 75% de rpm no sistema .de transmisso.Exerccio 3

Marque com um X a resposta correta.

3.1 - As polias e correias transmitem:

a) ( ) impulso e fora;

b) ( ) calor e vibrao;

c) ( ) fora e atrito;

d) ( ) fora e rotao.

3.2 - A transmisso por correias exige:

a) ( ) fora de trao;

b) ( ) fora de atrito;

c) ( ) velocidade tangencial;

d) ( ) velocidade.

3.3 - As correias mais comuns so:

a) ( ) planas e trapezoidais;

b) ( ) planas e paralelas;

c) ( ) trapezoidais e paralelas;

d) ( ) paralelas e prismticas.

3.4 - As correias podem ser feitas de:

a) ( ) metal, couro, cermica;

b) ( ) couro, borracha, madeira;

c) ( ) borracha, couro, tecido;

d) ( ) metal, couro, plstico.

3.5 - A correia em .V. ou trapezoidal inteiria fabricada na forma de:

a) ( ) quadrado;

b) ( ) trapzio;

c) ( ) losango;

d) ( ) prisma.

3.6 - Analise o desenho e assinale com um X o perfil de correia adequado polia representada.

3.6 Calcular o dimetro da polia B 2 para que sua RPM seja igual a 1.400 RPM.Dados: A 1 = Dimetro 300 mm B 2 = ? RPM = 2.800 v/ min. RPM = 1.400 v/min. B 2

A 1

CorrentesConceito

As correntes transmitem fora e movimento que fazem com que a rotao do eixo ocorra nos sentidos horrio e anti-horrio. Para isso, as engrenagens devem estar num mesmo plano. Os eixos de sustentao das engrenagens ficam perpendiculares ao plano.

O rendimento da transmisso de fora e de movimento vai depender diretamente da posio das engrenagens e do sentido da rotao.Transmisso

A transmisso ocorre por meio do acoplamento dos elos da corrente com os dentes da engrenagem. A juno desses elementos gera uma pequena oscilao durante o movimento.

Algumas situaes determinam a utilizao de dispositivos especiais para reduzir essa oscilao, aumentando, conseqentemente, a velocidade de transmisso.

Veja alguns casos.

Grandes choques peridicos - devido velocidade tangencial, ocorre intensa oscilao que pode ser reduzida por amortecedores especiais.

Grandes distncias - quando grande a distncia entre os eixos de transmisso, a corrente fica .com barriga.. Esse problema pode ser reduzido por meio de apoios ou guias.

Grandes folgas - usa-se um dispositivo chamado esticador ou tensor quando existe uma folga excessiva na corrente. O esticador ajuda a melhorar o contato das engrenagens com a corrente.

Tipos de corrente

Correntes de rolo simples, dupla e tripla.

Fabricadas em ao temperado, as correntes de rolo so constitudas de pinos, talas externa e interna, bucha remachada na tala interna. Os rolos ficam sobre as buchas.

O fechamento das correntes de rolo pode ser feito por cupilhas ou travas elsticas, conforme o caso.

Essas correntes so utilizadas em casos em que necessria a aplicao de grandes esforos para baixa velocidade como, por exemplo, na movimentao de rolos para esteiras transportadoras.

Corrente de bucha

Essa corrente no tem rolo. Por isso, os pinos e as buchas so feitos com dimetros maiores, o que confere mais resistncia a esse tipo de corrente do que corrente de rolo. Entretanto, a corrente de bucha se desgasta mais rapidamente e provoca mais rudo.

CabosConceitoCabos so elementos de transmisso que suportam cargas (fora de trao), deslocando-as nas posies horizontal, vertical ou inclinada.

Os cabos so muito empregados em equipamentos de transporte e na elevao de cargas, como em elevadores, escavadeiras, pontes rolantes.

Componentes

O cabo de ao se constitui de alma e perna.

A perna se compe de vrios arames em

torno de um arame central, conforme a figura

Vejamos um esquema de cabo de ao. Construo de cabosUm cabo pode ser construdo em uma ou mais operaes, dependendo da quantidade de fios e, especificamente, do nmero de fios da perna. Por exemplo: um cabo de ao 6 por 19 significa que uma perna de 6 fios enrolada com 12 fios em duas operaes, conforme segue:

Quando a perna construda em vrias operaes, os passos ficam diferentes no arame usado em cada camada. Essa diferena causa atrito durante o uso e, conseqentemente, desgasta os fios.

Tipos de distribuio dos fios nas pernasExistem vrios tipos de distribuio de fios nas camadas de cada perna do cabo. Os principais tipos de distribuio que vamos estudar so:

normal;

seale;

filler;

warrington.

Distribuio normal

Os fios dos arames e das pernas so de um s dimetro.

Distribuio seale

As camadas so alternadas em fios grossos e finos.

Distribuio filler

As pernas contm fios de dimetro pequeno que so utilizados como enchimento dos vos dos fios grossos.

Distribuio warrington Os fios das pernas tm dimetros diferentes numa mesma camada.Tipos de alma de cabos de aoAs almas de cabos de ao podem ser feitas de vrios materiais, de acordo com a aplicao desejada. Existem, portanto, diversos tipos de alma. Veremos os mais comuns: alma de fibra, de algodo, de asbesto, de ao.Alma de fibra

o tipo mais utilizado para cargas no muito pesadas. As fibras podem ser naturais (AF) ou artificiais (AFA).

As fibras naturais utilizadas normalmente so o sisal ou o rami. J a fibra artificial mais usada o polipropileno (plstico).

Vantagens das fibras artificiais: no se deterioram em contato com agentes agressivos;

so obtidas em maior quantidade;

no absorvem umidade.

Desvantagens das fibras artificiais:

so mais caras;

so utilizadas somente em cabos especiais.

Alma de algodoTipo de alma que utilizado em cabos de pequenas dimenses.

Alma de asbestoTipo de alma utilizado em cabos especiais, sujeitos a altas temperaturas.

Alma de ao

A alma de ao pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo de ao independente (AACI), sendo que este ltimo oferece maior flexibilidade somada alta resistncia trao.

Tipos de toro

Os cabos de ao, quando tracionados, apresentam toro das pernas ao redor da alma. Nas pernas tambm h toro dos fios ao redor do fio central. O sentido dessas tores pode variar, obtendo-se as situaes:

Toro regular ou em cruz

Os fios de cada perna so torcidos no sentido oposto ao das pernas ao redor

da alma. As tores podem ser esquerda ou direita.

Esse tipo de toro confere mais estabilidade ao cabo.

Toro lang ou em paralelo Os fios de cada perna so torcidos no mesmo sentido das pernas que ficam ao redor da alma. As tores podem ser esquerda ou direita. Esse tipo de toro aumenta a resistncia ao atrito (abraso) e d mais flexibilidade.

O dimetro de um cabo de ao corresponde ao dimetro da circunferncia que o circunscreve.Preformao dos cabos de aoOs cabos de ao so fabricados por um processo especial, de modo que os arames e as pernas possam ser curvados de forma helicoidal, sem formar tenses internas.

lang direita lang esquerda

As principais vantagens dos cabos preformados so:

manuseio mais fcil e mais seguro;

no caso da quebra de um arame, ele continuar curvado;

no h necessidade de amarrar as pontas.

Fixao do cabo de ao

Os cabos de ao so fixados em sua extremidade por meio de ganchos ou laos. Os laos so formados pelo tranamento do prprio cabo.

Os ganchos so acrescentados ao cabo.

DimensionamentoPara dimensionar cabos, calculamos a resistncia do material de fabricao aos esforos a serem suportados por esses cabos. necessrio verificar o nvel de resistncia dos materiais ruptura.

Os tipos, caractersticas e resistncia trao dos cabos de ao so apresentados nos catlogos dos fabricantes.

Roscas de transmissoIntroduo

o automvel est com o pneu furado. Para troc-lo, o motorista necessita de um macaco mecnico que suspenda o veculo.

Macaco mecnico - equipamento para elevar pesos a pequena altura, pelo deslocamento de uma rosca de transmisso do sistema porca e fuso.

As roscas de transmisso apresentam vrios tipos de perfil.

Rosca com perfil quadradoEsse tipo de perfil utilizado na construo de roscas mltiplas.

As roscas mltiplas possuem duas ou mais entradas, que possibilitam maior avano axial a cada volta completa do parafuso.

Essas roscas so utilizadas em conjuntos (fuso e porca) sempre que houver necessidade de se obter mais impacto (balancim) ou grande esforo (prensa).Rosca com perfil trapezoidal Resiste a grandes esforos e empregada na construo de fusos e porcas, os quais transmitem movimento a alguns componentes de mquinas-ferramenta como, por exemplo, torno, plaina e fresadora.

A rosca sem-fim apresenta tambm perfil trapezoidal, e um componente que funciona, geralmente, em conjunto com uma coroa (engrenagem helicoidal), possibilitando grande reduo na relao de transmisso de movimento.

Rosca com perfil mistoEsta rosca muito utilizada na construo de conjuntos fuso e porca com esferas recirculantes.

Os fusos de esferas so elementos de transmisso de alta eficincia, transformando movimento de rotao em movimento linear e vice-versa, por meio de transmisso por esferas.

No acionamento do avano do carro da fresadora ferramenteira por Comando Numrico Computadorizado (CNC) usado esse tipo de rosca, visando transferncia de fora com o mnimo atrito.

Material de fabricao

Fusos, porcas e coroas podem ser fabricados de vrios materiais, conforme as necessidades e indicaes.

Fusos - ao-carbono ou ao-liga.

Porcas e coroas - bronze ou ferro fundido.

Fusos e porcas de esferas recirculares - ao-liga.

Engrenagens V

Conceito

A coroa e o parafuso com rosca sem-fim compem um sistema de transmisso muito utilizado na mecnica, principalmente nos casos em que necessria reduo de velocidade ou um aumento de fora, como nos redutores de velocidade, nas talhas e nas pontes rolantes.

Parafuso com rosca sem-fim

Esse parafuso pode ter uma ou mais entradas.

Veja, por exemplo, a ilustrao de um parafuso com rosca sem-fim com 4 entradas.

O nmero de entradas do parafuso tem influncia no sistema de transmisso.

Se um parafuso com rosca sem-fim tem apenas uma entrada e est acoplado a uma coroa de 60 dentes, em cada volta dada no parafuso a coroa vai girar apenas um dente.

Como a coroa tem 60 dentes, ser necessrio dar 60 voltas no parafuso para que a coroa gire uma volta. Assim, a rpm da coroa 60 vezes menor que a do parafuso. Se, por exemplo, o parafuso com rosca sem-fim est girando a 1.800 rpm, a coroa girar a 1.800 rpm, divididas por 60, que resultar em 30 rpm.

Suponhamos, agora, que o parafuso com rosca sem-fim tenha duas entradas e a coroa tenha 60 dentes. Assim, a cada volta dada no parafuso com rosca sem-fim, a coroa girar dois dentes. Portanto, ser necessrio dar 30 voltas no parafuso para que a coroa gire uma volta.

Assim, a rpm da coroa 30 vezes menor que a rpm do parafuso com rosca sem-fim.

Se, por exemplo, o parafuso com rosca sem-fim est girando a 1.800 rpm, a coroa girar a 1.800 divididas por 30, que resultar em 60 rpm.

A rpm da coroa pode ser expressa pela frmula

EXEMPLO:Em um sistema de transmisso composto de coroa e parafuso com rosca semfim, o parafuso tem 3 entradas e desenvolve 800 rpm. Qual ser a rpm da coroa, sabendo-se que ela tem 40 dentes?

Exerccios 2Utilizando o sistema de transmisso parafuso com rosca sem fim e coroa, uma mquina envasa 16 garrafas de suco por minuto. Houve a necessidade de aumentar de 16 para 22 garrafas por minuto.

Os dados do conjunto de transmisso so:

- RPM DO PARAFUSO ROSCA SEM FIM.............900 RPM

- N DE ENTRADAS DO PARAFUSO......................02

- N DE DENTES DA COROA..................................60

2.1 - Qual a RPM da cora de 60 dentes?

2.2 Calcule qual o n de dentes que dever ter a coroa substituta para atingir a meta de 22

garrafas por minuto.2.3 Qual a RPM da coroa substituta?

Exerccios 3

Numa fbrica de calados houve a necessidade de reduzir a RPM da esteira transportadora para coincidir com o tempo de transporte do calado com o tempo de secagem da cola para realizar a montagem correta do calado. Dados:

Np = 1.600 rpm

Ne = 6

Zc = 80

3.1 Calcular a RPM da coroa.

3.2 Calcular o n de dentes da coroa substituta para reduzir a RPM da esteira em 30%.

3.3 Confira os dados para verificar se realmente houve a reduo de 30% da RPM da

esteira transportadora.