Apresentação Projecto Ilídio Pinho

Além da participação no projecto proposto pela Fundação Ilídio Pinho, a nossa Escola quis também desenvolver

instrumentos, que possam ajudar na divulgação do concelho onde está inserida. Assim, propusemo-nos a desenvolver

um trabalho, que envolvesse um recurso importante para a nossa região, como é o caso do castanheiro.

O projecto desenrolou-se em várias etapas: pesquisa; contactos; levantamento de dados no terreno; compilação das

informações recolhidas; desenvolvimento do ebook, blog e geo-referenciação no Google maps (ainda a decorrer).

Embora não seja um projecto que permita aos alunos um trabalho laboratorial, eles tiveram oportunidade de

compreender o trabalho de quem investiga e procura o “saber”, bem como das contrariedades, que vão sempre

surgindo.

Após a conclusão deste projecto, é nossa intenção, fornecer à Cooperativa Agrícola de Penela da Beira e à Câmara

Municipal de Penedono os materiais, que resultarem daí.

Verificar se existe uma relação entre a idade dos castanheiros, que podem atingir centenas de anos, e as doenças “cancro” e “tinta”;

Sinalizar castanheiros centenários do concelho;

Medir a altura, o diâmetro e o perímetro dos castanheiros antigos;

Determinar a localização desses castanheiros no GPS;

Recolher dados sobre o seu aproveitamento ao longo do tempo;

Levantamento das aplicações gastronómicas da castanha; Elaboração de um ebook, um blog, um livro, bem como fazer a sinalização no google maps dos castanheiros centenários identificados.

Levantamento dos produtores de castanha do concelho. Entretanto não foi necessário contactar com os produtores, pois foram suficientes os dados fornecidos pela Cooperativa de Penela da Beira.

Os alunos dedicaram-se à pesquisa de: - principais doenças que afectam os castanheiros da região (cancro e tinta); - receitas gastronómicas que incluem a castanha, junto das populações das freguesias do concelho; - a história do castanheiro na região; - variedades de castanha; - valor nutritivo da castanha.

JANEIRO / FEVEREIRO

Reuniões com a Cooperativa Agrícola de Penela da Beira. Estas reuniões serviram para nos informarem sobre a mancha de castanheiros mais antigos do concelho, bem como as aplicações da castanha.

Contacto com a UTAD – Universidade de Trás os Montes e Alto Douro. O objectivo era saber se seria possível adaptar o método de datação de oliveiras, que desenvolveram, aos castanheiros.

Entretanto os alunos, na medida da sua disponibilidade, foram reunindo os dados obtidos das suas pesquisas para a elaboração do Ebook e do blog.

MARÇO / ABRIL

Primeira identificação, no terreno, dos castanheiros mais antigos, com os engenheiros da Cooperativa de Agrícola de Penela da Beira.

Elaboração do Ebook, do blog e da geo-referenciação, no Google maps, de cada castanheiro identificado.

MAIO

Levantamento, no terreno, dos dados importantes para o projecto (diâmetro, altura e coordenadas de cada árvore), com alunos e, mais uma vez, com os engenheiros da Cooperativa.

Impossibilidade de datar os castanheiros. O método desenvolvido pela UTAD, permite datar árvores antigas, de todas as espécies, recorrendo a dados dendrométricos (perímetro ou diâmetro recolhido a várias alturas da árvore), no entanto necessita ser calibrado para cada espécie e para cada região ecológica. Neste momento, apenas está calibrado para oliveiras das regiões do Alentejo e Trás-os-Montes e Alto Douro. Assim, a avaliação da idade dos castanheiros foi feita por estimação por observação, daí existir apenas a indicação de serem árvores centenárias.

Pouca disponibilidade dos alunos para o projecto. Os alunos, sendo do 9º ano, estiveram bastante ocupados na preparação dos testes intermédios ao longo do ano, tendo também um horário bastante preenchido com as suas actividades lectivas.

Medição da altura dos castanheiros. A vara telescópica da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira atinge um máximo de 10m, pelo que a medição da altura, em alguns casos, foi feita, também, por estimativa, a partir das fotografias tiradas no momento da medição.

Localização de Penedono em Portugal

Localização das Antas no concelho de Penedono

Mancha de castanheiros centenários identificada na freguesia das Antas.

“Castanheiro da Guerra”

Castanheiros com “cancro”. Notam-se os ramos mortos destas árvores.

Castanheiro morto pelo “cancro”. Castanheiro morto pela “tinta”.

Castanheiro afectado pelo “cancro”.

Os alunos Carlos e Gonçalo, do 9ºA, medem o diâmetro do “Castanheiro da Guerra”.

Castanheiro 1 – “Castanheiro da Guerra”

Medição da altura com a vara telescópica.

Altura: 17m Perímetro: 12,80m Diâmetro: 4,10m Localização: N 40º 56’ 26,5’’

O 7º 22’ 25,54’’

Altitude: 813m

Sem doenças.

Castanheiro 2

Altura: 10m

Perímetro: 4,96m

Diâmetro: 1,58m

Localização: N 40º 56’ 28,7’’ O 7º 22’ 24,9’’

Altitude: 813m

Sem doenças


Castanheiro 3


Altura: 12,5m Perímetro: 5,14m Diâmetro: 1,64m Localização: N 40º 56’ 31’’

O 7º 22’ 31,9’’

Altitude: 820m

Sem doenças

Castanheiro 4

Medição do diâmetro com a fita diamétrica.

Altura: 12,6m Perímetro: 5,52m Diâmetro: 1,76m Localização: N 40º 56’ 31,3’’

O 7º 22’ 32,3’’

Altitude: 820m

Sem doenças

Castanheiro 5

Altura: 12,5m / Perímetro: 4,14m / Diâmetro: 1,32m

Localização: N 40º 56’ 31’’ / Altitude: 820m / Sem doenças O 7º 22’ 33’’

Castanheiro 6


Localização: N 40º 56’ 31’’ / Altitude: 820m / Sem doenças O 7º 22’ 33’’

Castanheiro 7


Latitude: N 40º 56’ 31,4’’ / Altitude: 820m / Sem doenças O 7º 22’ 33,4’’

Castanheiro 8

Medição do diâmetro e da altura.

Altura: 17,77m Perímetro: 3,98m Diâmetro: 1,27m

Localização: N 40º 56’ 33,3’’

O 7º 22’ 45,7’’

Altitude: 833m

Sem doenças

Castanheiro 9

Medição da altura.

Altura: 13,63m Perímetro: 6,9m Diâmetro: 2,2m Localização: N 40º 56’ 33,1’’

O 7º 22’ 44,7’’

Altitude: 833m Sem doenças

Castanheiro 10


Altura: 16,66m Perímetro: 7,19m Diâmetro: 2,29m Localização: N 40º 56’ 34’’

O 7º 22’ 44,7’’


Castanheiro 11


Altura: 10m Perímetro: 4,55m Diâmetro: 1,45m Localização: N 40º 56’ 33,2’’

O 7º 22’ 46,7’’


RELAÇÃO ENTRE A IDADE DOS CASTANHEIROS E AS DOENÇAS TINTA E CANCRO

Pelos estudos já efectuados, não parece haver qualquer relação entre a idade dos castanheiros e estas doenças.

Este é o castanheiro da capa, que morreu, de “cancro”, em pé…

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