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Atividades a partir da obra O cavaleiro da Dinamarca Aprendizagens Interculturais Secção II - Para os alunos mais velhos Adelina Gouveia Lúcia Vidal Soares Paulo Feytor Pinto São José Côrte-Real PROJETO: Estratégias e materiais de ensino-aprendizagem para Português Língua Não Materna (PLNM)

Atividades a partir da obra O cavaleiro da Dinamarca

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Atividades a partir da obra O cavaleiro da Dinamarca

GUIÃO PARA O PROFESSOR

Público-alvo 3º ciclo (8º/9º anos) / Nível B1 ou B2.

Resumo da história Há muitos, muitos anos vivia, na Dinamarca, um cavaleiro. Na sua casa celebrava-se, com solenidade, o Natal. A ceia era preparada e partilhada por todos e, ao serão, contavam-se histórias e lendas de perto e de longe, como a do nascimento de Jesus e a da visita que uns reis do oriente lhe tinham feito…

Um certo Natal, o cavaleiro anunciou que tinha decidido visitar os lugares onde vivera Cristo e, por isso, no ano seguinte, nesta data, não estaria com os seus.

Assim fez! Percorreu e rezou em todos os lugares sagrados para os cristãos, pedindo o fim da miséria e das guerras.

Cumprido o seu propósito, preparou-se para o regresso; a viagem foi acidentada e cheia de aventuras que lhe permitiram conhecer mais terras, pessoas e costumes diferentes.

Passou pelas grandes cidades de Itália, França, pela Flandres e por Antuérpia…

Finalmente, sozinho no seu cavalo, lutando contra todas as intempéries, conseguiu chegar a casa, no dia de Natal, como tinha prometido.

Materiais/recursos Planisfério ou fotocópia ampliada do folheto “Viagens de Palavras” da revista Noesis, 51.

Objetivos e Conteúdos

Linguístico-comunicativos valorizando aspetos sonoro-musicais em prol da linguagem

I. Desenvolver a oralidade

• Ouvindo a leitura de excertos de narrativas literárias; e de Discursos expositivos;

• Exprimir opiniões e pontos de vista, justificando os argumentos;

• Participar em diálogos e debates.

II- Desenvolver a leitura

• Fazer uma leitura expressiva de uma narrativa literária;

• Utilizar o dicionário.

III- Desenvolver a expressão escrita

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• Construir narrativas (a partir da estudada) alterando um ou mais elementos.

IV. Funcionamento da Língua

• Conhecer, distinguir e usar os tempos do Passado em Português (Pretérito Perfeito Simples, Pretérito Imperfeito e Pretérito Mais que Perfeito);

• Enriquecimento do vocabulário – origem de algumas palavras.

Interculturais, para valorização do reconhecimento da diversidade cultural:

• Reconhecer a importância da intercomunicação entre todas as pessoas;

• Ser sensível ao “encontro” como sustentáculo do entendimento e da paz;

• Valorizar a aprendizagem de línguas como forma de aproximação entre falantes de línguas e culturas diferentes;

• Entender a LÍNGUA como uma entidade dinâmica que se constrói por interação com outras línguas e culturas (dá e recebe palavras).

Descrição da atividade 1. Trabalho autónomo

Leitura integral do conto com recurso a guiões de orientação.

2. Organização da turma em 5 grupos para análise de diversos aspetos relacionados com a forma como a “diversidade” é apresentada. (anexo 1)

Oralidade, Leitura e Escrita

• Apresentação do trabalho de cada grupo e construção de um ou mais cartazes que entrecruzem os dados resultantes da análise.

• Na sequência do trabalho anterior, cada grupo pode selecionar um texto que considere significativo/ interessante ou que melhor evidencie os aspetos por si analisados.

• Os textos podem ser trabalhados segundo estratégias diversificadas (p. ex, leitura oral, seguida de questionário oral e/ou escrito, trabalho de grupo para análise do texto, leitura e interpretação (…)). (anexo 2)

Oralidade e Leitura

• Leitura silenciosa do texto;

• Levantamento do vocabulário ou expressões desconhecidas;

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• Utilização do dicionário e/ ou explicação pelo professor;

• Resposta oral a perguntas feitas pelo professor para assegurar a compreensão global do texto;

• Leitura oral expressiva.

Escrita

Tema para a escrita de um texto: “Como poderia ter acabado o “desencontro” entre o Português e o Africano? Como poderia ter corrido aquele encontro?”

• Discussão de hipóteses em trabalho de grupo;

• Organização e escrita da narrativa em trabalho individual autónomo (em sala de aula ou não).

Funcionamento da língua

• Valor dos três tempos do Passado em Português;

• Exercícios para a sua utilização correta;

• Viagens de palavras.

Utilização e explicação do “folheto” da revista Noesis, 51. “Todos iguais, todos diferentes”.

Sabendo que nem todos os alunos celebram o Natal, organizar a turma em grupos. Procurar que, se possível, em cada grupo, haja alunos/alunas de várias origens. (anexo 3)

Consultar o calendário Celebração do Tempo – edições Paulinas e realização de atividades da ficha “Celebração do Tempo” (consultar ficha)

Atividade de síntese e de avaliação: debate

Tema “A importância de saber línguas no Encontro/ Desencontro” (anexo 4)

Articulação com as outras disciplinas

Geografia - Localização dos sítios referidos na narrativa. (consultar ficha)

História - Renascimento italiano

- Rotas comerciais – papel de Veneza, da Flandres, Antuérpia (…).

- Portugal e o desvio para Lisboa da rota das especiarias

- ….

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ANEXO 1

Temas e tópicos para o trabalho de grupo

Grupos Temas Tópicos

Grupo A Diversidade

a) – cultural; b) – étnica; c) – religiosa; d) – física; e) – de classe social e económica.

Grupo B Forma como a diversidade é apresentada

a) estereotipada/ não estereotipada;

b) enquadrada nos seus contextos/ realçando apenas aspetos folclóricos?;

c) realçando as diferenças/ as semelhanças?,

d) desprezo/admiração…

Grupo C Identificação de estilos de vida

a) diversos/uniformes?;

b) existência ou não de subgrupos dentro do grande grupo?;

c) -…

Grupo D Identificação das relações dos sujeitos

a) interação /isolamento?;

b) partilha/solidariedade ou de dominação?;

c) aceitação ou de intolerância?

Grupo E Heróis e heroínas

a) Como se chamam? A que género pertencem? Em que grupos sociais se integram?;

b) Suscitam admiração ou não?;

c) Por que motivo são valorizados?

....

Nota

1. Os tópicos de análise apresentados são apenas indicativos; não precisam de ser trabalhados de forma exaustiva e podem ser substituídos por outros eventualmente mais pertinentes. Caso não se consigam 5 grupos, os temas e os tópicos podem ser organizados de outra maneira.

2. Julgamos conveniente a explicitação de conceitos como diversidade, tolerância, estereótipo, etc. Pode ser organizada uma atividade de pesquisa com um guião de orientação.

3. As sugestões de trabalho propostas apoiam-se em Morgado, M. e Pires, M.N (2010) – Educação Intercultural e Literatura Infantil – ed. Colibri

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ANEXO 2

Porém havia paragens onde os africanos e os portugueses já se conheciam e negociavam. E às vezes, em lugares da costa onde nunca um navio tinha parado, acontecia serem acolhidos com festa e alvoroço. Então, bailando e cantando, os negros vinham ao encontro dos navegadores que, para corresponderem ao bom acolhimento, bailavam e dançavam também à moda da sua terra.

Mas o entendimento entre ambas as partes, muita vez, pouco mais avançava, pois uns e outros não entendiam as respetivas linguagens, (e mesmo os intérpretes berberes não conheciam a fala usada em tão longínquas paragens). Este desentendimento das línguas foi a causa de muitas mortes e combates.

(…)

O português (mal ficou sozinho) caminhou até meio da praia e ali colocou panos coloridos que tinha trazido como presente. Depois recuou até à orla do mar, encostou-se ao batel (que ficara) e esperou. Ao cabo de algum tempo saiu da floresta um homem que trazia na mão uma lança longa e fina e avançava negro e nu na claridade da praia. Avançava passo por passo, lentamente, vigiando os gestos do homem branco que junto do batel continuava imóvel. Quando chegou perto dos panos parou e examinou com alvoroço a oferta. Depois ergueu a cabeça, encarou o português e sorriu. Este sorriu também e avançou uns passos. Houve uma pequena pausa. Depois, num acordo mútuo, os dois homens, sorrindo, caminharam ao encontro um do outro. Quando eles ficaram só a seis passos de distância, pararam.

- Quero paz contigo – disse o branco na sua língua -.

O negro sorriu e respondeu três palavras desconhecidas.

- Quero paz contigo – disse o branco em árabe -.

O negro tornou a sorrir e tornou a repetir as palavras ininteligíveis.

- Quero paz contigo – disse o branco em berbere.

O negro sorriu de novo e mais uma vez respondeu as três palavras exóticas.

Então Pêro Dias começou a falar por gestos, Fez o gesto de beber e o negro apontou-lhe a floresta. Fez o gesto de comer e o negro apontou-lhe a floresta. Com um gesto de convite o marinheiro apontou-lhe o seu batel.

Mas o negro sacudiu a cabeça e recuou um passo. Vendo-o retrair-se o português, para voltar a estabelecer a confiança, começou a cantar e a dançar. O outro, com grandes saltos, seguiu o seu exemplo. Em frente um do outro bailaram algum tempo. (…)

In O cavaleiro da Dinamarca – de Sophia de M.B. Andresen (excerto adaptado, páginas 38 até 41).

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ANEXO 3

Sabendo que nem todos os alunos celebram o Natal, organizar a turma em grupos. Procurar que, se possível, em cada grupo, haja alunos/alunas de várias origens.

Sugestão de questões possíveis:

1. Em tua casa, festeja-se o Natal?

A festa mais importante é a 24 ou a 25?

O que se faz?

O que se come?

O que não pode faltar?

Faz-se a consoada?

Trocam-se prendas? Antes ou depois da meia-noite? Ou no dia 25?

Canta-se? O quê?

a) Registar todos os pormenores.

b) Anotar as semelhanças e as diferenças numa tabela.

2. Se houver quem não celebre o Natal ou o celebre noutra data ou celebre outra festa

religiosa de cariz semelhante:

Como celebra?

O que se faz?

O que se come?

O que não pode faltar na mesa?

Trocam-se prendas? Quando?

Há canções/ cânticos próprios?

a) Procedimentos semelhantes ao anterior.

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ANEXO 4

Tema do debate: ”Importância de saber línguas no “Encontro / Desencontro “

Sugestão de perguntas motivadoras:

a) O que se sente quando se chega a um país cuja língua se não conhece? (de férias, como

imigrante, como exilado ou refugiado (…)).

b) Como nos sentimos quando, no estrangeiro, alguém nos fala na nossa língua?

c) Vantagens de saber línguas – “ as línguas abrem caminhos…”

d) Exemplos concretos de “encontros” e “desencontros”

e) Como evitar “desencontros”?

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ANEXO 5 - Folheto “Viagens de Palavras” da revista Noesis, 51

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INFORMAÇÃO DE APOIO

O Cavaleiro da Dinamarca (3º ciclo) (Sobrenatural, ritual, comercial)

A audição e a produção musical ativam mecanismos emocionais que potenciam – acelerando –

os mecanismos racionais (Damásio 2006)1 desenvolvidos na prática pedagógica tradicional do

ocidente. No meio bi- ou multilinguístico, a educação auditiva – atendendo não só ao som mas

a outras características da música e da fala – reveste-se de significado especial. Nesta

perspetiva, as sugestões para uma educação auditiva que propomos a partir deste conto

sublinham aspetos úteis para a reflexão em torno do sobrenatural, moldada nas várias

civilizações humanas especialmente em contextos de ritual diversos, explorados cultural e

comercialmente. O recurso a informação e obras/interpretações musicais disponíveis na

internet para a construção de discussões e atividades pedagógicas a partir de ideias que

possam surgir revela-se especialmente vantajoso.

Para a reflexão acerca do poder da música na comunicação com o sobrenatural:

A partir da narração da deslocação do cavaleiro ao berço da cristandade para celebrar o Natal,

e no contexto da educação intercultural, sugerimos a propósito da reflexão acerca do

relacionamento entre música e religião (católica e outras).

Questões muito pragmáticas:

- O nome das notas musicais (dó, ré, mi, ... ) foi inventado por monges medievais a partir

das iniciais dos versos da primeira estrofe de um hino religioso em latim a S. João

Baptista. Atribui-se esta invenção ao monge italiano Guido d’Arezzo que viveu no século

XI. Para uma interpretação deste hino religioso, com acesso à sua transcrição musical

sugerimos o exemplo disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=3iR3bJKk1Xc&feature=related

(acedido a 28.02.2012)

- A escrita musical, sobre a pauta, que igualmente se generalizou em termos globais por

todo o planeta, resulta de um processo muito longo que começou precisamente na Idade

1 Comunicação de abertura da Conferência Mundial de Educação Artística da UNESCO em Lisboa em

Março de 2006 in Damásio, António e Hanna (2007) “Brain, Art and Education”, disponível em:

http://portal.unesco.org/culture/en/files/33947/11798495493AntonioDamasio-

SpeechRevised.pdf/AntonioDamasio-SpeechRevised.pdf (acedido a 28.02.2012).

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Média na Europa, nos escritórios dos mosteiros e conventos da religião católica. Para uma

noção da evolução dos símbolos de escrita musical sugiro a tabela disponível em:

http://www.clem.ufba.br/bordini/not_mus/hist.htm (acedido a 23.03.2012)

- A escrita musical e a arte bibliográfica desenvolveram-se em conjunto e, no final da Idade

Média, já circulavam na Europa livros de música fora do circuito religioso dos conventos e

das igrejas. É o caso do exemplo de um livro de música francês do final do século XV, de

notar em especial o valor artístico dado à primeira letra de cada texto, decorada no

formato e técnica que ficou conhecido como iluminura, de notar também que os espaços

livres das páginas eram no geral decorados com motivos alusivos ao conteúdo dos textos

musicados, disponível em:

http://medievalthedas.tumblr.com/post/16586923864/french-music-book-from-c-1475-

medieval

(acedido a 28.02.2012)

- Embora a edição de livros se tenha autonomizado relativamente às instituições religiosas,

a inquisição, o sistema de inspeção do pensamento e da escrita, assim como o domínio da

tarefa educativa, ficaram por muitos séculos subjugados ao poder da igreja católica. Assim

sendo, as instituições educativas debruçaram-se por muito tempo apenas sobre a música

de caráter religioso.

A celebração musical do Natal através do tempo:

- Puer Natus in Bethlehem em canto gregoriano de origem medieval, cantado por monges

de São Domingos de Silos, província de Burgos, Espanha, em uníssono, isto é, a uma só

voz. Disponível em:

http://all.gloria.tv/?media=118265&postings

(acedido a 28.02.2012)

- Muitos anos depois, já no Período Barroco a música coral, então já polifónica, isto é

cantada a várias vozes, e com acompanhamento de instrumentos musicais, numa tradição

cultural religiosa de inspiração protestante, apresenta características completamente

diferentes das medievais. Um excerto (a Parte V) da Oratória de Natal BWV 248 de

Johann Sebastian Bach, pelo Coro Monteverdi e os English Baroque Soloists, numa

interpretação excelente, com instrumentos da época está disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=jLLYsoHF9pg&feature=related

(acedido a 28.02.2012)

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- Da mesma época, o Período Barroco, data a célebre oratória O Messias de George Frideric

Handel, a obra musical da tradição erudita europeia com mais representações de sempre.

Dela sugerimos a audição do número coral Alleluia, numa interpretação do coro do King’s

College de Cambridge, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=C3TUWU_yg4s&feature=related

(acedido a 28.02.2012)

- Desde o tempo da reforma protestante da igreja católica no século XVI, começou a

crescer a tradição dos cantos de natal polifónicos, chamados no mundo anglófono

Christmas Carols. À falta de registos sonoros que só foram possíveis a partir do final do

século XIX, as edições impressas de música escrita testemunham a prática desta tradição

desde as primeiras décadas do século XIX. A profusão das indústrias musicais, e das que

usaram a música como potenciadora de sucesso, no século XX encarregou-se de tornar

esta tradição num êxito popular e comercial nunca antes visto. Entre os exemplos mais

significativos constam os das indústrias americanas que desde cedo atenderam a aspetos

linguísticos interculturais de interesse turístico como o testemunha o canto de Natal

havaiano Mele Kalikimaka cantado, por exemplo, pelo recordista de vendas Bing Crosby,

disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=hEvGKUXW0iI&feature=list_related&playnext=1&list

=AVGxdCwVVULXfvYEgQaJHpO60Xx9rpCxkD

(acedido a 28.02.2012)

Uma indústria que desenvolveu esta tradição de um modo muito significativo foi a da

Walt Disney. Sugerimos neste caso, como exemplo, um excerto do filme Mickey’s Once

Upon A Christmas, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=PN37QU7yoj4

(acedido a 28.02.2012)

- O Natal celebra-se musicalmente por todo o mundo, na sequência da influência

civilizacional dita ocidental, com maior ou menor influência industrial. Alguns exemplos

ilustrativos provenientes de tradições variadas são:

o Da Rússia um exemplo coral disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=gkLXbNAlQGo

(acedido a 28.02.2012)

o Da Roménia um exemplo a solo com acompanhamento à guitarra, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=1brU9i2Y8xA&feature=related

(acedido a 28.02.2012)

o Da Áustria um exemplo coral dos Pequenos Cantores Viena, disponível em:

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http://www.youtube.com/watch?v=SC1GfEXjaBU

(acedido a 28.02.2012)

o Da França o tradicional cântico Il est né le Divin Enfant pelos Pequenos Cantores da

Cruz de Pau, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=W2QEYNMIem4&feature=player_embedded#

(acedido a 28.02.2012)

o Dos Estados Unidos da América uma rapsódia do tradicional Gospel de Natal por

Jennifer Hudson, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=M7wxhYcLO9k

(acedido a 28.02.2012)

o Do Brasil, um anúncio da companhia de aviação Varig que tornou célebre uma

canção de Natal, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=obEFYxT8Y4E

(acedido a 28.02.2012)

o De Cabo Verde, pela voz de Cesária Évora, Hoje é Natal, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=w46ogcfnvjk

(acedido a 28.02.2012)