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O cavaleiro da dinamarca categorias da narrativa

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“A Dinamarca fica no Norte da Europa”

Superfície – 43.070 km2

População – 5.387.000 habitantes

Capital – Copenhaga

Governo – Monarquia Constitucional

Moeda – Coroa Dinamarquesa

Língua Oficial – Dinamarquês

Limites:Norte – estreito de Skagerrak, que a separa da Noruega, Leste – estreito de Kattegat, que a separa da Suécia, e pelo Mar Báltico, Sul – Alemanha;Oeste – Mar do Norte.

É constituída pela península da Jutlândia (Jylland) e cerca de 400 ilhas, 82 das quais são habitadas, sendo Funen (Fyn) e a Zelândia (Sjælland) as maiores.

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O Cavaleiro vivia com a sua família numa floresta da Dinamarca no Norte da Europa.

Numa noite de Natal, durante a ceia, quando todos estavam reunidos, comunicou-lhes que iria partir em peregrinação à Terra Santa para orar onde Cristo tinha nascido e que partiria brevemente.

Prometeu que dali a dois anos estariam juntos de novo.

Na Primavera seguinte partiu tendo chegado muito antes do Natal às costas da Palestina, onde visitou todos os locais sagrados relacionados com a vida de Jesus.

A Ação:

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Já de regresso à Dinamarca, uma tempestade violentíssima quase destruiu o barco em que viajava e ele teve que ficar em Itália.

Aí conheceu várias cidades (Ravena, Veneza, Florença, Génova) onde fez diversos amigos.

Após várias situações de perigo, conseguiu chegar à floresta em que vivia, mas uma tempestade quase lhe provocou a morte.

No entanto os anjos acenderam pequenas estrelas no abeto que ficava em frente à sua casa, guiando-o até ao calor do seu lar e à sua família.

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---- Viagem de regresso

Palestina

Viagem de idaPalestina / Ravena / Veneza / Ferrara / BolonhaFlorença / Génova / Bruges / Antuérpia

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Explícito na obra:

“Há muitos anos, há dezenas e centenas de anos” (página 5; 37ª edição)

Implícito na obra:

“Giotto (…) é um pintor do século passado” (pág.31) “Este é um dos capitães dos meus navios”;

“Espantou-se o Cavaleiro com aquilo que via, pois naquele tempo a pimenta era quase tão rara como o oiro.” (pág.31)

Premissas:

Giotto viveu no séc. XIII/XIV (1266-1337); Os descobrimentos ocorreram entre os séculos. XV e XVII.

Dedução:

A ação decorre no séc. XV - início dos descobrimentos (o que explica odesconhecimento do Cavaleiro relativamente às especiarias utilizadas em

casa do negociante flamengo) e um século depois de Giotto.

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“A Dinamarca fica no Norte da Europa. (…)havia certo lugar da Dinamarca, no extremo Norte do país, perto do mar, uma grande floresta de pinheiros, tílias , abetos e carvalhos. Nessa floresta morava com a sua família um Cavaleiro. Viviam numa casa construída numa clareira rodeada de bétulas. E em frente da porta de casa havia um grande pinheiro que era a árvore mais alta da floresta.”

A narração tem início com uma concentração de espaço:Há uma GRADAÇÃO no sentido do geral para o particular:

Norte da Europa Dinamarca extremo Norte do país floresta clareira casa pinheiro

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O espaço alarga-se à medida que o Cavaleiro avança na sua viagem

Dinamarca ~ Palestina ~ Ravena ~ Veneza ~ Ferrara ~

Bolonha ~ Florença ~ Génova ~ Bruges ~ Antuérpia

Para novamente se concentrar:

Pequena povoação a poucos quilómetros da sua floresta floresta ~ aldeia de lenhadores ~ floresta ~ pinheiro ~ casa

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AS PERSONAGENS

  Classificação das personagens quanto à sua importância:

Personagem principal: protagonista, O herói – é a figura central da ação, a que se destaca das restantes figuras da história.

Personagem secundária: personagem menos importante do que o herói. É uma personagem que contribui para o avanço da ação.

Figurante: é uma personagem, em princípio, irrelevante para o avanço da ação. No entanto, pode ser fundamental para a caracterização de uma profissão, uma mentalidade, um espaço social, um determinado ambiente.

Anti-herói: Ao contrário do herói, o anti-herói trava um conflito com a sociedade em que vive, põe em causa os seus valores e expõe-na ao ridículo.

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Homem religioso/cristão;

Homem de palavra;

Bom ouvinte e curioso, (mostrou-se ávido de conhecimento);

Corajoso;

Determinado e persistente;

Dá muito valor à família.

CARACTERIZAÇÃO DO CAVALEIRO

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Aquele que tem a função de contar a história. Pode ser uma personagem a assumir essa função.

A sua presença na narrativa:

PARTICIPANTE – personagem principal ou secundária;

autodiegético homodiegético

Formas verbais, determinantes e pronomes na 1º pessoa;

NÃO PARTICIPANTE – heterodiegético

formas verbais; determinantes e pronomes na 3ª pessoa

O NARRADOR

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A sua ciência na narrativa:

Focalização externaacerca dos acontecimentos, o narrador só sabe o observa;

Focalização interna acerca dos acontecimentos, o narrador só conhece nos que participa;

Focalização omniscienteO narrador sabe tudo sobre os acontecimentos, sentimentos e pensamentos das personagens.

O NARRADOR

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Os narradores mudam, de acordo com a história que é narrada.

OS NARRADORES

HISTÓRIA NARRADOR

História Principal O Cavaleiro

História de Vanina O Mercador de Veneza

História de Giotto e Cimabué Filippo

História de Dante Filippo

História de Pêro Dias O Capitão dos Navios do Negociante Flamengo

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Narrativa central ou principal: Viagem do Cavaleiro (Dinamarca/Palestina/Dinamarca)

São quatro as narrativas encaixadas na principal:

História de Vanina (narrada pelo Mercador de Veneza);

História de Giotto (narrada em casa do banqueiro Averardo, em Florença);

História de Dante (narrada e casa do banqueiro Averardo, em Florença);

História de Pêro Dias ( narrada em casa do negociante, em Antuérpia)

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Descrição : Momento de pausa na ação

“A Dinamarca fica no Norte da Europa.”

Recurso ao Presente do Indicativo

Aparece sempre que a descrição é real, que é dada como intemporal, para sempre.

“Nessa floresta morava com a sua família um cavaleiro.”

Recurso ao Pretérito Imperfeito do Indicativo

tempo da descrição por excelência: quando se descreve uma personagem, um espaço ou um tempo ficcionais, ou seja, do domínio da história que se conta.

Modos de representação do discurso

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Narração: Momento de avanço da ação.

“Mas um dia chegou a Veneza um homem que não temia Orso.”

Recurso ao Pretérito Perfeito do Indicativo

Diálogo: impulsiona a ação, reclamando o discurso direto, ou seja, a intervenção de personagens que falam entre si.

“Vanina sacudiu os cabelos e disse-lhe:   - Hoje não me posso pentear porque não tenho pente.  - Tens este que eu te trago e que mesmo feito de oiro brilha menos do que      o teu cabelo.” 

Monólogo: A personagem verbaliza o seu pensamento, “falando consigo própria.

“- Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.”

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Adjetivação: os adjetivos caracterizam um espaço, um tempo, uma personagem.

A adjetivação é utilizada segundo a importância ou ênfase a dar ao que é descrito; pode ser simples, dupla, tripla ou múltipla.

“…  quando Vanina  chegou  aos  dezoito  anos  não  quis  casar  com  Arrigo  porque  o achava velho, feio e maçador. “

Enumeração: nomes que enriquecem a descrição, pois são elementos que constituem um espaço.

 “  (…)  uma  grande  floresta  de pinheiros,  tílias,  abetos  e  carvalhos”.

Personificação: atribuição de características humanas a seres inanimados.

“Então a neve desaparecia e o degelo soltava as águas do rio que corria ali perto e cuja corrente recomeçava a cantar noite e dia entre ervas, musgos e pedras.”

Recursos expressivos

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Comparação: relação de semelhança entre dois elementos, a partir de um termo comparativo.

“a floresta era como um labirinto sem fim onde os caminhos andavam à roda e se cruzavam e desapareciam”

Metáfora: relação de semelhança real ou imaginária entre dois elementos sem termo comparativo.

“… de novo a  floresta  ficava  imóvel e muda presa em seus vestidos de neve e gelo.”

Hipérbole: realidade exagerada.

Os seus cabelos “…eram tão perfumados que de longe se sentia na brisa o seu aroma.”