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Contabilidade Avançada e Pronunciamentos Contábeis para o ICMS/SP Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 01
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SUMÁRIO CONTINUAÇÃO... ............................................................................................................ 2
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ................................................................. 3
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL ............................................................................ 3
VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA ............................................................... 3
VALOR DE USO ............................................................................................................... 4
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS .................................................. 5
FLUXOS DE CAIXA FUTUROS EM MOEDA ESTRANGEIRA ....................................................... 6
TAXA (OU TAXAS) DE DESCONTO ..................................................................................... 6
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO ......................... 6
IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE GERADORA DE CAIXA À QUAL UM ATIVO PERTENCE ................. 7
VALOR RECUPERÁVEL E VALOR CONTÁBIL DE UMA UNIDADE GERADORA DE CAIXA................ 8
ÁGIO EM DECORRÊNCIA DE EXPECTATIVA DE RESULTADOS FUTUROS (GOODWILL) ............... 9
ATIVOS CORPORATIVOS ................................................................................................ 12
REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO .................................................................. 13
DIVULGAÇÃO ................................................................................................................ 14
CPC 04 - ATIVO INTANGÍVEL (REVISÃO 1) ....................................................................... 15
OBJETIVO .................................................................................................................... 15
ALCANCE ..................................................................................................................... 16
DEFINIÇÕES ................................................................................................................. 18
ATIVO INTANGÍVEL ....................................................................................................... 19
IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................ 21
CONTROLE ................................................................................................................... 22
BENEFÍCIO ECONÔMICO FUTURO .................................................................................... 23
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO ................................................................................ 23
AQUISIÇÃO SEPARADA .................................................................................................. 24
AQUISIÇÃO NO CONTEXTO DE COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS .............................................. 25
MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO DE ATIVO INTANGÍVEL ADQUIRIDO EM COMBINAÇÃO DE
NEGÓCIOS ................................................................................................................... 26
FUNDO DE COMÉRCIO – GOODWILL GERADO INTERNAMENTE. .......................................... 26
ATIVO INTANGÍVEL GERADO INTERNAMENTE ................................................................... 27
FASE DE PESQUISA ....................................................................................................... 27
FASE DE DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 28
CUSTO DE ATIVO INTANGÍVEL GERADO INTERNAMENTE ................................................... 29
RECONHECIMENTO DE DESPESA ..................................................................................... 30
DESPESA ANTERIOR NÃO RECONHECIDA COMO ATIVO ..................................................... 30
MÉTODO DE CUSTO ....................................................................................................... 31
VIDA ÚTIL .................................................................................................................... 31
ATIVO INTANGÍVEL COM VIDA ÚTIL DEFINIDA ................................................................. 31
ATIVO INTANGÍVEL COM VIDA ÚTIL INDEFINIDA .............................................................. 32
BAIXA E ALIENAÇÃO ...................................................................................................... 32
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................. 34
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................ 70
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................... 83
AULA 01: REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS E ATIVO INTANGÍVEL
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CONTINUAÇÃO...
Olá, meus amigos. Como estão?!
Prazer revê-los novamente em mais uma aula para o concurso de AGENTE
FISCAL DE RENDAS DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE SÃO
PAULO. Esperamos que estejam estudando com o afinco devido.
Hoje, CONTINUAREMOS a tratar do interessantíssimo tema TESTE DE RECUPERABILIDADE DE ATIVO e daremos início ao estudo sobre os ATIVOS
INTANGÍVEIS, regidos, respectivamente, pelos CPC 01 e 04.
Os assuntos estão assim previstos no cronograma:
Aula 01 (Disponível): Continuação - Redução do valor recuperável de ativos: objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos da Resolução nº 1.292/10 do CFC. Ativo intangível: objetivo, alcance, definições,
procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.303/2010 do CFC. Conceitos e procedimentos: reconhecimento e
mensuração. Reconhecimento de despesa. Mensuração após reconhecimento.
Vida útil. Ativo intangível com vida útil definida e indefinida. Recuperação do valor contábil, perda por redução ao valor recuperável de ativos. Baixa e
alienação.
Pedimos que enviem as dúvidas existentes ao fórum de dúvidas do site.
Nossos e-mails, repetimos, são:
Vamos à aula?! Então, aos estudos!
Um abraço.
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.
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CONTINUAÇÃO - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL
Lembremo-nos:
Valor Recuperável Maior valor entre: a) valor líquido de despesas de venda;
b) valor de uso.
Uma questão de prova pode conter o seguinte questionamento: Para a análise
do valor recuperável, será sempre necessário calcular-se o valor líquido de despesas de venda e o valor de uso. A resposta deve ser assinalada como falsa.
O Pronunciamento 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) diz que
se qualquer desses valores exceder o valor contábil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor. Lembrem-se
de que só serão feitos ajustes quando o valor contábil for maior que o recuperável.
Pode ocorrer, também, de não ser possível determinar qual o valor justo líquido
de despesa de venda a se obter, hipótese em que não será necessário calculá-lo. Neste caso, o valor de uso será considerado como o valor recuperável.
Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda
significativamente seu valor justo líquido de despesa de venda, o valor justo líquido de despesas de venda do ativo pode ser considerado como seu valor
recuperável. Esse será freqüentemente o caso para um ativo que é mantido para alienação. Isso ocorre porque o valor em uso de um ativo mantido para
alienação corresponderá principalmente às receitas líquidas da baixa, uma vez que os futuros fluxos de caixa do uso contínuo do ativo, até sua baixa,
provavelmente serão irrisórios.
Como regra, o valor recuperável deve ser determinado para ativos
individualmente.
VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA
A melhor evidência de um valor líquido de venda é um preço de um contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes
conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas adicionais que seriam
diretamente atribuíveis à venda do ativo.
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Explique-se. O valor líquido de venda é o preço contratado na venda,
descontadas as despesas relacionadas à alienação (como frete, seguro, montagem).
A norma ainda prega o seguinte: Se não houver contrato de venda firme,
porém um ativo é negociado em um mercado ativo, o valor líquido de venda é o preço de mercado do ativo menos as despesas de venda.
E mais: Se não houver um contrato de venda firme ou mercado ativo para um
ativo (...) a entidade deve considerar o resultado de transações recentes para ativos semelhantes, do mesmo setor.
Esquematizando.
CÁLCULO DO VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA
1) Valor justo líquido de despesas de venda Valor contratado (-) despesas de
vendas; 2) Inexistindo Valor Contratado Valor negociado no mercado ativo (-)
despesas de vendas; 3) Inexistindo Mercado Ativo Última transação realizada para ativos
semelhantes.
VALOR DE USO
O valor de uso de um ativo é o valor de caixa gerado – na verdade, é o valor que se espera gerar - pela utilização do bem em sua vida útil ajustado a valor
presente por uma taxa de desconto.
Se o uso de um ativo em separado não criar, por si só, entradas de caixa independentes de outros ativos, o procedimento deve ser realizado em relação
ao grupo de ativos (ao qual o ativo em comento pertença), cujo uso gere caixa, de forma independente dos demais ativos, esse grupo de ativos é denominado
unidade geradora de caixa.
A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos:
(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa decorrentes de uso contínuo do ativo e de sua baixa final; e
(b) aplicar taxa de desconto adequada a esses fluxos de caixa futuros.
Exemplo: Supondo que estamos no ano de X0 e que se espera que um ativo
gere receitas para os anos de X1 e X2 no valor de $ 100.000,00, ao final de cada ano. Qual será o valor de uso, supondo uma taxa de desconto de 10%?
Resposta: O valor de uso será encontrado através da seguinte fórmula:
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Valor de uso: Σ (Receita Esperada em n/(1+i)^n.)
Logo, o nosso valor de uso na questão será: 100.000/1,1^1 + 100.000/1,1^2
= 90.909,10 + 82644,60 = $ 173.553,70.
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS
As estimativas de fluxos de caixa para se achar o valor de uso devem ser razoáveis, com análise econômica mais profunda sobre o ambiente externo. A
análise do fluxo de caixa também deve se basear em políticas mais recentes adotadas pela empresa e abranger um período máximo de 5 anos adiante
(salvo se se justificar período mais longo). Todavia, deve-se excluir qualquer estimativa de fluxo de caixa que se espera surgir das reestruturações futuras ou
da melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo.
Geralmente não estão disponíveis orçamentos e previsões financeiras confiáveis detalhados e explícitos de fluxos de caixa futuros para períodos superiores a
cinco anos. Por essa razão, as estimativas da administração de fluxos de caixa futuros são baseadas nos mais recentes orçamentos e previsões por um período
máximo de cinco anos. A administração pode usar projeções de fluxo de caixa com base em orçamentos e previsões financeiras para um período superior a
cinco anos se estiver convicta de que essas projeções são confiáveis e possa demonstrar sua capacidade, baseada em experiência passada, de fazer previsão
de fluxo de caixa acurada para esse período mais longo.
As estimativas de fluxos de caixa futuros devem ser estimadas para o ativo no
estado em que se encontrarem, em suas condições atuais (atenção: não devemos considerar eventuais futuras melhorias no ativo) e incluir:
(1) projeções de entradas de caixa a partir do uso contínuo do ativo;
(2) projeções de saídas de caixa, necessárias para gerar as entradas de caixa; e
(3) fluxos de caixa, a serem recebidos ou pagos pela baixa do ativo.
Se a taxa de desconto considerar o aumento de preços, como no caso da inflação, os fluxos de caixa projetados devem estar em valores nominais; ao
contrário, se os fluxos de caixa estiverem projetados em moeda de valor constante, a taxa de desconto não deve conter embutida a inflação do período.
Se uma questão pedir para calcularmos o fluxo de caixa e der valores a serem
recebidos, como clientes, e valores a pagar, como salários a pagar, não devemos incluí-los para cálculo do valor de uso.
A estimativa de fluxos de caixa líquidos a serem recebidos ou pagos pela
alienação de um ativo no fim de sua vida útil deve ser o montante que a entidade espera obter da alienação do ativo, em uma transação com isenção de
interesses entre partes conhecedoras e interessadas, após deduzir as despesas
estimadas da alienação.
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FLUXOS DE CAIXA FUTUROS EM MOEDA ESTRANGEIRA
Os fluxos de caixa futuros são estimados na moeda na qual eles são gerados e, em seguida, descontados, usando-se uma taxa de desconto adequada para
essa moeda. A entidade deve converter o valor presente usando a taxa de câmbio à vista, na data do cálculo do valor em uso.
TAXA (OU TAXAS) DE DESCONTO
Para o cálculo do desconto no valor de uso, utilizaremos a taxa antes dos
impostos.
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO
Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor
recuperável.
Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.
Segundo a norma, essa perda deve ser reconhecida no resultado do exercício (outras despesas), exceto se o ativo tiver sido reavaliado; neste caso a perda
será lançada como reversão da reserva de reavaliação.
Imaginemos agora uma situação: Um ativo vale, contabilmente, R$ 1.000. A perda estimada, todavia, foi avaliada em R$ 1.500. O que fazer nesta situação?
O CFC manda que se constitua uma conta no Passivo (obrigação), no valor da diferença, no caso concreto de R$ 500, se outra norma (Pronunciamento,
Resolução, etc.) mandar que assim se faça.
Depois de calculada a perda por desvalorização de um ativo, já devidamente
lançada no ativo, devemos proceder ao reajuste dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão. Por exemplo, um ativo no valor de R$ 1.000,
depreciado em 10 anos (10% ao ano, R$ 100 por ano), já utilizado por 5 anos, sem valor residual, teve registrada uma perda por desvalorização no valor de
R$ 250.
O valor contábil será de R$ 1.000 – R$ 500 (depreciação de 5 anos) = R$ 500.
Vejam que faltam 5 anos para que o ativo seja depreciado totalmente. Porém, houve uma desvalorização, para R$ 250 (R$ 500 – R$ 250). Assim, não mais
deveremos calcular a depreciação no valor de R$ 100, por ano, mas devemos reajustá-la. R$ 250/5 anos = R$ 50/ano.
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IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE GERADORA DE CAIXA À QUAL UM ATIVO
PERTENCE
Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o valor recuperável deve ser estimado individualmente para cada ativo. Se não
for possível estimar o valor recuperável individualmente, a entidade deve determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo
pertence (a unidade geradora de caixa do ativo).
Portanto, para a prova:
1) Estima-se o valor recuperável do ativo individualmente! Impossível? 2) Estima-se o valor recuperável da unidade geradora de caixa! Veja o exemplo
que se segue...
Exemplo 1: Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular
para dar suporte às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida somente pelo valor (residual) de sucata e ela não gera entradas de
caixa provenientes de uso contínuo que sejam em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos da mina.
Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valor
em uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata. Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de
caixa à qual a estrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo.
Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo de ativos que gera entradas de caixa que são em grande parte independentes das entradas de caixa
provenientes de outros ativos ou grupos de ativos. A identificação de uma unidade geradora de caixa requer julgamento. Se o valor recuperável não puder
ser determinado para cada ativo, a entidade identifica o menor grupo de ativos
que geram entradas de caixa, em grande parte independentes.
Exemplo 2: Uma entidade de ônibus fornece serviços, sob contrato, a um município que exige serviço mínimo em cada um de cinco percursos. Os ativos
dedicados a cada percurso e os fluxos de caixa provenientes de cada percurso podem ser identificados separadamente. Um dos percursos opera com prejuízo
significativo.
Como a entidade não tem a possibilidade de eliminar nenhum dos percursos, o nível mais baixo de entradas de caixa identificáveis, que são substancialmente
independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos de ativos, são as entradas de caixa geradas pelos cinco percursos juntos. A
unidade geradora de caixa para cada percurso é a entidade de ônibus como um todo.
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Para se identificar unidades geradoras de caixa de uma entidade, o CPC 01
propõe os seguintes critérios: 1) existência de mercado ativo para o produto resultante da atividade da unidade geradora de caixa – mesmo que sua
produção seja consumida internamente (por outra unidade geradora de caixa da entidade).
As unidades geradoras de caixa devem ser identificadas de maneira consistente
de período para período para o mesmo ativo ou tipos de ativos, a menos que haja justificativa para uma mudança.
VALOR RECUPERÁVEL E VALOR CONTÁBIL DE UMA UNIDADE GERADORA
DE CAIXA
O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o valor mais alto entre o valor líquido de venda e o valor em uso.
O valor contábil de uma unidade geradora de caixa deve ser determinado de maneira consistente com o modo pelo qual é determinado o valor recuperável
de uma unidade geradora de caixa.
Para determinarmos o valor contábil de uma unidade geradora de caixa, incluímos apenas os ativos que gerem entradas de caixa ou participem para a
sua futura geração.
Se houver uma compra com ágio ou deságio de determinado ativo, o valor contábil da unidade geradora de caixa deve incluir, também, esta condição.
Se uma questão de prova, prática, der um valor passivo da empresa e pedir
para calcularmos o valor contábil de uma unidade geradora de caixa, não devemos incluir esta obrigação, a menos que seja parte indispensável do ativo.
Pode ser necessário considerar determinados passivos reconhecidos para determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa. Isso pode ocorrer
se na alienação de uma unidade geradora de caixa há exigência de que o comprador assuma um passivo. Nesse caso, o valor justo líquido de despesa de
venda, ou o fluxo de caixa estimado da baixa final da unidade geradora de caixa, é o preço de venda estimado para os ativos da unidade geradora de caixa
e o passivo em conjunto, menos as despesas da baixa. A fim de efetuar uma comparação significativa entre o valor contábil da unidade geradora de caixa e
seu valor recuperável, o saldo do passivo deve ser deduzido ao se determinar tanto o valor em uso da unidade geradora de caixa quanto seu valor contábil.
Entendamos esse trecho por um exemplo trazido pela norma. As questões
podem vir nestes moldes:
Exemplo 1: Uma entidade opera uma mina em um local no qual a legislação
exige que o proprietário restaure o local ao encerrar suas operações de
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mineração. O gasto de restauração inclui a reposição da superfície ambiental,
que precisou ser removida antes que as operações da mina se iniciassem. Uma provisão para os gastos de reposição da superfície ambiental foi reconhecida
tão logo ela foi removida. Esse valor foi reconhecido como parte do custo da mina e está sendo depreciado durante a sua vida útil. O valor contábil da
provisão para os gastos de restauração é $500, que é igual ao valor presente desses gastos.
A entidade está testando a capacidade de recuperação do valor investido na
mina. A unidade geradora de caixa da mina é ela, como um todo. A entidade recebeu várias ofertas de compra da mina, a um preço em torno de $800. Esse
preço considera o fato de que o comprador assume a obrigação de restaurar o que é necessário. As despesas de baixa da mina são ínfimas. Seu valor em uso
é de aproximadamente $1.200, excluindo os gastos de restauração. O valor contábil da mina é $1.000.
O valor líquido de venda da unidade geradora de caixa é $800. Esse valor considera os gastos de restauração que já foram provisionados. Como
conseqüência, o valor em uso da unidade geradora de caixa é determinado depois de considerar os gastos de restauração, e é estimado em $700 ($1.200
menos $500). O valor contábil da unidade geradora de caixa é $500, que é o valor contábil da mina ($1.000), menos o valor contábil da provisão para gastos
de restauração ($500). Portanto, o valor recuperável da unidade geradora de caixa supera seu valor contábil. Nada haverá que ser feito.
ÁGIO EM DECORRÊNCIA DE EXPECTATIVA DE RESULTADOS FUTUROS
(GOODWILL)
O que é goodwiill? Podemos considerá-lo sobre as seguintes perspectivas: 1) Como o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou
patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos; 2) Nas
consolidações, como o excesso de valor pago pela companhia-mãe por sua participação sobre os ativos líquidos da subsidiária.
Por exemplo: Uma determinada empresa está à venda. O valor contábil de seus
ativos, somado os direitos a receber e subtraindo-se as obrigações a pagar, atinge R$ 10.000.000,00 (valor do patrimônio líquido).
Mas não será esse o valor para negociação. A empresa pode estar com ativo
imobilizado totalmente depreciado (e, portanto, com valor zero, na contabilidade), mas que podem ser vendidos por um valor maior que o contábil.
Mas não é só. Trata-se de uma sólida e lucrativa empresa, bem conceituada,
com clientela estável, e o dono atual só a vende por R$ 18.000.000,00.
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Negócio fechado. Esta empresa é vendida por R$ 18.000.000,00. Como fica a
contabilização na empresa compradora? Lembre-se de que o patrimônio é de R$ 10.000.00,00.
Teremos o valor de: a) Investimentos: R$ 10.000.000,00; b) Ágio na aquisição:
R$ 8.000.000,00.
Estes R$ 8.000.000,00 de ágio são o goodwill objetivo, que é contabilizado.
O CPC 01 dispõe que: Para fins de teste de redução ao valor recuperável, o ágio (goodwill) pago em uma aquisição em decorrência de expectativa de resultado
futuro deve, a partir da data da aquisição, ser alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de unidades geradoras de caixa,
que devem se beneficiar das sinergias da aquisição, independentemente de os outros ativos ou passivos da entidade adquirida serem ou não atribuídos a
essas unidades ou grupos de unidades.
Explicando. O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura, via de regra,
se refere a benefícios que não estão diretamente relacionados com um determinado ativo ou com uma determinada unidade geradora de caixa; mas se
refere a um conjunto de unidades geradoras de caixa de uma entidade adquirida. Como é o exemplo da empresa vendida citado acima. Deste modo, o
ágio deverá ser apropriado a cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de unidades geradoras de caixa, que devem se
beneficiar das sinergias da aquisição. Nesse caso, o ágio deve ser atribuído a esse conjunto de unidade geradoras de caixa (em conjunto), de forma
proporcional.
O ágio pago, correspondente à diferença entre o valor de mercado de parte ou de todos os bens do ativo da entidade adquirida e o respectivo
valor contábil, deve ser reconhecido pela investidora como custo desses
ativos.
Exemplo 1: Uma entidade vende por R$ 100 uma operação que fazia parte de uma unidade geradora de caixa na qual houve alocação de ágio pago por
expectativa de resultado futuro (goodwill). O ágio alocado à unidade não pode ser identificado ou associado, exceto arbitrariamente, a um grupo de ativos em
um nível mais baixo do que aquela unidade. O valor recuperável da parcela remanescente da unidade geradora de caixa retido é de R$ 300.
Como o ágio alocado à unidade geradora de caixa não pode ser identificado ou
associado, de forma não arbitrária, a um grupo de ativos em um nível mais baixo do que aquela unidade, o ágio associado à operação alienada é medido
com base nos valores relativos da operação alienada e na parcela da unidade remanescente. Portanto, 25% do ágio alocado à unidade geradora de caixa são
incluídos no valor contábil da operação que é vendida.
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É simples! Uma questão de proporção. Vejam que foi vendida uma operação no
valor de R$ 100. Sobraram R$ 300. Ou seja, somando, teríamos o valor de R$ 400.
Como foram vendidos 25%, a baixa no ágio deverá ser proporcional, 25%
também.
Outra coisa. Se um ágio está alocado em uma unidade geradora de caixa, e, posteriormente, há divisão dessa unidade. Basta fazermos uma proporção para
aplicarmos o percentual às outras unidades.
Veja mais um exemplo. O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) foi alocado originariamente à unidade geradora de caixa A. O ágio
alocado a A não pode ser identificado ou associado de forma não arbitrária a um grupo de ativos em um nível mais baixo do que A. A é dividida e integrada
em três outras unidades geradoras de caixa, B, C e D.
Como o ágio alocado a A não pode ser identificado ou associado de forma não-
arbitrária a um grupo de ativos em um nível mais baixo que A, ele deve ser alocado proporcionalmente para as unidades B, C e D com base nos valores
relativos das três partes de A, antes que essas partes sejam integradas a B, C e D.
Se tivermos, por exemplo, um investimento A no valor de R$ 1.000.000,
adquirido com ágio de R$ 100.000, e formos dividi-lo em outros três no valor de R$ 500.000, R$ 250.000 e R$ 250.000, o ágio deverá ser proporcionalmente
dividido entre os novos investimentos, ou seja, respectivamente R$ 50.000, R$ 25.000 e R$ 25.000.
90. Uma unidade geradora de caixa à qual houve alocação de ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) deve ser anualmente testada
para verificar a necessidade de redução ao valor recuperável e sempre que
houver uma indicação de que a unidade pode estar desvalorizada, comparando-se seu valor contábil, incluindo o ágio (goodwill), com o valor recuperável da
unidade. Se o valor recuperável da unidade ultrapassar seu valor contábil, a unidade e o ágio (goodwill) alocado àquela unidade devem ser considerados
como não estando desvalorizados. Se o valor contábil de uma unidade ultrapassar seu valor recuperável, a entidade deve reconhecer a perda por
desvalorização.
O teste anual de redução ao valor recuperável para unidade geradora de caixa à
qual tenha ocorrido alocação de ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) pode ser realizado a qualquer momento durante o período anual,
desde que o teste seja realizado, todos os anos, na mesma ocasião. Unidades geradoras de caixa diferentes podem ser testadas, em momentos diferentes,
para redução ao valor recuperável. Porém, se parte ou todo o ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) alocado a uma unidade geradora
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de caixa decorre de combinação de negócios ocorrida durante o período anual
corrente, essa unidade deve ser testada para redução ao valor recuperável antes do fim do período anual corrente.
ATIVOS CORPORATIVOS
Ativos corporativos são ativos que contribuem, mesmo que indiretamente, para
os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa. Como exemplo, uma
máquina que pode ser utilizada para a fabricação de vários produtos.
As características distintas dos ativos corporativos são as de que não geram entradas de caixa independentemente de outros ativos ou grupo de ativos, e
que seu valor contábil não pode ser totalmente atribuído à unidade geradora de caixa sob revisão.
Tomemos como exemplo a sede de uma fábrica que produz duas mercadorias distintas. Ela (a sede) não gera entrada de caixa por si só, e
independentemente de um ativo ou grupo de ativo. Também, o valor contábil da sede, na hora de se realizar um teste de recuperabilidade, não pode ser
totalmente atribuído a uma única mercadoria, uma vez que a sede serve para fabricação dos dois produtos. Assim, podemos classificá-la como ativo
corporativo.
Quando realizarmos a revisão para ver se houve desvalorização de uma unidade geradora de caixa, devemos verificar quais os ativos corporativos que se
encontram a ela relacionados.
Depois disso, a entidade analisa: Posso alocar uma parte (por meio de proporção) deste ativo corporativo a esta unidade geradora de caixa? Por
exemplo, posso alocar R$ 1.000, deste ativo corporativo, que vale R$ 10.000,
para cálculo de teste de recuperabilidade da máquina X? Se a resposta for sim, havendo base razoável e consistente para tanto, ótimo! O assunto estará
resolvido.
Ao revés, não sendo possível a alocação, primeiramente, a entidade comparará o valor contábil com o valor recuperável da unidade geradora de caixa,
excluindo-se o ativo corporativo. Se o valor contábil for maior do que o recuperável, faz-se a provisão para perda.
Feito isso, em seguida, identificaremos um grupo de unidades geradoras de
caixa, que incluem o ativo corporativo, e para as quais poderemos alocar consistentemente o valor contábil do ativo corporativo. Compararemos, após, o
valor recuperável deste grupo de unidades geradoras de caixa com o valor contábil deste mesmo grupo. Se o valor contábil for, também, maior do que o
valor recuperável devemos realizar provisão para perda por desvalorização.
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REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO
A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos
anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação,
a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.
Ou seja, haverá uma suspeita de que após a avaliação da perda, noutro exercício, ela deixara de existir ou possa ter diminuído. Procederemos, neste
caso, à estimação do valor recuperável do ativo.
Ao avaliar se há alguma indicação de que uma perda por desvalorização, reconhecida em períodos anteriores para um ativo, possa ter diminuído ou
possa não mais existir, a entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações:
Fontes externas de informação
(a) o valor de mercado do ativo tenha aumentado significativamente durante o
período; (b) mudanças significativas, com efeito favorável sobre a entidade, tenham
ocorrido durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal no qual ela opera ou no mercado
para o qual o ativo é destinado; (c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre
investimentos tenham diminuído durante o período, e essas diminuições possivelmente tenham afetado a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor
em uso do ativo e aumentado seu valor recuperável materialmente;
Fontes internas de informação
(d) mudanças significativas, com efeito favorável sobre a entidade, tenham ocorrido durante o período, ou se espera que ocorram em futuro próximo, na
extensão ou na maneira por meio da qual o ativo é utilizado ou se espera que
seja utilizado. Essas mudanças incluem custos incorridos durante o período para melhorar ou aprimorar o desempenho do ativo ou para reestruturar a operação
à qual o ativo pertence; (e) há evidência disponível advinda dos relatórios internos que indica que o
desempenho econômico do ativo é ou será melhor do que o esperado.
Vejam que são todos indicadores contrários àqueles que utilizamos para
apreciar a desvalorização do ativo. Lá, falávamos que a taxa de juros subiu, aqui, falamos que ela caiu. Lá, falávamos que o relatório indicava desempenho
pior que o esperado. Aqui, o desempenho se saiu melhor que o esperado, e assim por diante.
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Se houver indicação de que uma desvalorização reconhecida para um ativo pode vir a não mais existir ou tenha diminuído, isso pode indicar que a vida útil
remanescente, o método de depreciação, amortização ou exaustão ou o valor residual podem requerer revisão e ajustes, mesmo se não houver reversão
da perda por desvalorização para o ativo.
Segundo a norma, a perda por desvalorização reconhecida em anos anteriores
para um ativo, exceto o ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura, só será revertida se existiu uma mudança nas estimativas usadas para
determinar o seu valor recuperável após a data em que a última desvalorização foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser
aumentado, aumento este que ocorrerá pela reversão da perda por desvalorização.
A reversão da perda por desvalorização não pode resultar em elevação do
valor contábil do ativo acima do valor original. Qualquer aumento no valor
contábil de um ativo acima do seu valor contábil que seria determinado, líquido de depreciação, amortização ou exaustão, caso não tivesse sido reconhecida,
em anos anteriores, a perda por sua desvalorização, é considerado uma reavaliação, procedimento extinto pela Lei 11.638/2007.
A reversão será reconhecida no resultado ou como reversão da reserva
de reavaliação, se o ativo tiver sido reavaliado.
Após reconhecer a reversão da perda com desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão para o ativo deve ser ajustada em
períodos futuros, para apropriar o valor contábil revisado do ativo menos, se aplicável, seu valor residual, em base sistemática sobre sua vida útil
remanescente.
DIVULGAÇÃO
A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:
(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do
período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por desvalorização foram incluídas;
(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas
reversões foram incluídas; (c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido
em outros resultados abrangentes durante o período; e (d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos
reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período.
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CPC 04 - ATIVO INTANGÍVEL (REVISÃO 1)
Antes de começarmos a norma que rege os ativos intangíveis, devemos nos
perguntar: O que são ativos intangíveis? A resposta é simples. Podemos dizer, em linguajar simples, que os intangíveis são aqueles ativos que não têm
existência física. Como exemplos de intangíveis, temos os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder
Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido.
Segundo a lei 6.404:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
Isto é muito importante para concursos: classificam-se no intangível os direitos
que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.
O subgrupo intangível ganhou existência com a vigência da Lei 11.638/07, que separou os direitos corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível.
Antes, classificaríamos tudo no imobilizado.
Frise-se, também, que o subgrupo deve estar contido no grupo ativo não-circulante.
O ativo intangível é matéria que tem seu regulamento na Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n. 1.139/08 e no CPC 04.
Vamos tratar agora dos principais aspectos contidos no CPC 04, com ênfase nos
aspectos com maior probabilidade de cobrança em provas.
OBJETIVO
1. O objetivo do presente Pronunciamento Técnico é o de definir o tratamento contábil dos ativos intangíveis que não são abrangidos especificamente por outro Pronunciamento. Este Pronunciamento estabelece que uma entidade
deve reconhecer um ativo intangível apenas se determinados critérios especificados neste Pronunciamento forem atendidos. O Pronunciamento
também especifica como mensurar o valor contábil dos ativos intangíveis,
exigindo divulgações específicas sobre esses ativos.
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Artigo de fácil entendimento. A Resolução do Intangível só é válida se outra
norma mais específica não tratar do tema. Além disso, para se reconhecer um intangível, alguns critérios (estudados adiante) devem ser atendidos.
ALCANCE
O Pronunciamento se aplica aos ativos intangíveis, exceto: a) Intangíveis regulados por outra norma;
b) Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill ou fundo de comércio) adquirido em combinação de negócios;
c) Ativos financeiros, que atendam à definição de instrumentos financeiros. d) Arrendamentos mercantis dentro do alcance de outra norma;
e) Direitos de exploração de recursos minerais e gastos com a exploração ou o desenvolvimento e a extração de minérios, petróleo, gás natural e outros
recursos exauríveis similares; f) Ativos intangíveis de longo prazo, classificados como mantidos para venda,
ou incluídos em um grupo de itens que estejam classificados como mantidos para venda;
g) Ativos fiscais diferidos;
h) Ativos decorrentes de benefícios a empregados; e i) Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis resultantes dos direitos
contratuais de seguradora segundo contratos de seguro. No caso dos ativos intangíveis, mesmo relacionados a contratos de seguro, os requerimentos de
divulgação contidos nesta Norma são aplicáveis
É interessante, para concursos, que se dê uma lida com atenção a estes casos
em que não se aplica a norma.
Nos casos citados acima aplica- se a normatização específica. Todavia, caso a empresa possua intangíveis que não sejam os ligados diretamente a essa
atividade especializada, a aplicação do CPC 04 recairá sobre eles, como exemplo, um software que seja ferramenta da administração.
Sempre que houver uma norma específica tratando sobre determinado
ativo intangível, prevalecerá o conteúdo da norma específica.
Visualizamos a cobrança desse aspecto apenas na forma teórica ou, também,
com um caso concreto. Por exemplo: um ativo intangível X possui normatização própria, neste caso, devemos utilizar a Resolução 1.139/08 ou o CPC 04?
Gabarito: Não, utilizaremos a normatização própria.
Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância física, como um disco (como no caso de software), documentação
jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo
imobilizado ou como ativo intangível a entidade avalia qual elemento é mais
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significativo. Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta
controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo
imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador.
Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.
Esse assunto já foi tratado em prova pela Fundação Carlos Chagas da seguinte
forma:
(FCC/2009) O auditor da empresa Ava Geral S.A. constatou que a licença para uso de um software, destinado a movimentação de robôs de solda de produtos fabricados pela empresa, usado ou vendido somente com esse equipamento, foi
contabilizado no Intangível. O valor do bem e do software foram destacados na nota fiscal. Com relação a esse fato, o auditor deve recomendar
(A) sua ativação no investimento para poder mensurar o seu retorno. (B) a validação do procedimento em decorrência de poder identificar a parcela
do imobilizado e a parte referente ao ativo intangível. (C) que o valor seja contabilizado no resultado, visto não trazer benefícios
futuros. (D) a reclassificação para o ativo imobilizado juntamente com o bem.
(E) que o valor seja contabilizado como despesa por não ser possível calcular o
retorno a ser gerado.
O gabarito da questão é a letra D, uma vez que a licença é usada ou vendida somente com esse equipamento.
O CPC 04 aplica-se a gastos com propaganda, marcas, patentes,
treinamento, início das operações (também denominados pré-
operacionais) e atividades de pesquisa e desenvolvimento.
As atividades de pesquisa e desenvolvimento destinam-se ao desenvolvimento de conhecimento. A despeito de poderem gerar um ativo com substância física
(p. Ex., um protótipo), o elemento físico do ativo é secundário em relação ao seu componente intangível, isto é, o conhecimento incorporado ao mesmo.
Frise-se. Mesmo que a atividade de pesquisa e desenvolvimento de um ativo
intangível possa gerar um ativo com substância física, prevalecerá a norma sobre intangível, em virtude do conhecimento incorporado.
6. No caso de arrendamento financeiro, o ativo correspondente pode ser tangível ou intangível. Após o reconhecimento inicial, o arrendatário aplica a
presente Norma para a contabilização de um ativo intangível. Direitos cedidos por meio de contratos de licenciamento para itens como filmes
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cinematográficos, gravações em vídeo, peças, manuscritos, patentes e direitos
autorais se enquadram na presente Norma.
De conformidade com o estudado até aqui, concluímos: no caso de
arrendamento, utilizaremos a Resolução que trata sobre o assunto para o reconhecimento inicial na Contabilidade, qual seja o CPC 06 (sobre
arrendamento). Depois disso, avaliaremos se se trata de bem tangível ou intangível. Tratando-se de intangível, regular-se-á, também, pelo
Pronunciamento do Intangível.
DEFINIÇÕES
O CFC trouxe à baila algumas definições que podem ser objeto de cobrança em concurso. Vejamos as principais:
a) Combinação de negócios é uma operação ou outro evento em que um
adquirente obtém o controle de uma ou mais negócios, independentemente
da forma jurídica da operação.
A recente aquisição do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, de acordo com a Resolução 1.139 e CPC 04 é caracterizada como uma combinação de
negócios.
b) Amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua vida útil.
Assim como ocorre com a depreciação, a contabilização da amortização dos
bens do intangível também é registrada a débito de uma conta de despesa em contrapartida a uma conta retificadora do ativo:
D – Despesa com amortização
C – Amortização acumulada
c) Ativo é um recurso:
(I) controlado por uma entidade como resultado de eventos passados; e
(II) do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a entidade.
Como exemplo, temos uma mercadoria comprada para o estoque de uma
empresa X. A mercadoria é resultado de evento passado, qual seja a compra à vista ou a prazo. Também se espera que dela resulte benefícios econômicos
futuros para a entidade, através da geração de receitas.
Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido no balanço patrimonial após a dedução da amortização acumulada e da perda por desvalorização.
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Assim, se compramos um intangível no valor de R$ 100, a amortização
acumulada é R$ 10 e a perda por desvalorização é R$ 5. O valor contábil será:
Intangível 100 (-) Amort. Acumulada (10) (-) Perda por desvalorização (5)
Valor contábil R$ 85.
Custo é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago (como bancos conta movimento) ou o valor justo de qualquer outra remuneração dada para
adquirir um ativo na data da sua aquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativo quando inicialmente reconhecido de acordo com
as disposições específicas de outro Pronunciamento.
Valor amortizável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual.
IMPORTANTÍSSIMO: Ativo intangível é um ativo não monetário
identificável sem substância física.
Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem
recebidos em dinheiro. Ora, interpretando-se a contrario sensu, ativo não monetário é aquele que não é representado por dinheiro ou direito a ser
recebido em dinheiro. Uma máquina é representada por dinheiro ou direito a ser recebido em dinheiro? Não! Logo, é um ativo não monetário. O mesmo vale
para os intangíveis. No exemplo do software, é representado por dinheiro ou direito a ser recebido em dinheiro? Não! Logo, é um ativo não monetário. Mas o
software será imobilizado ou intangível? Intangível. Por quê? Vejam a definição:
Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.
A importância para a prova (tanto de contabilidade básica, como de avançada) desse conceito de ativo intangível dispensa comentários.
Valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que uma entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda,
caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
ATIVO INTANGÍVEL
9. As entidades freqüentemente despendem recursos ou contraem obrigações com a aquisição, o desenvolvimento, a manutenção ou o aprimoramento de
recursos intangíveis como conhecimento científico ou técnico, desenho e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual,
conhecimento mercadológico, nome, reputação, imagem e marcas registradas
(incluindo nomes comerciais e títulos de publicações).
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Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de
clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes,
participação no mercado e direitos de comercialização.
Segundo o CPC, três são as condições para que os itens acima sejam considerados ativos intangíveis, a saber:
Em suma, é isto o que vocês precisam saber: um item será intangível quando
atenda esses três requisitos cumulativamente: seja identificável; seja controlável; seja gerador de benefícios futuros.
Por exemplo, um cursinho está sendo vendido. Junto dele há uma lista de 1.000
alunos que a entidade considera como clientela fiel. Essa clientela será considerada intangível? Analisemos. É identificável? Sim! São 1.000 alunos.
Gera benefícios futuros? Sim! Gera receitas para a empresa, através do pagamento de mensalidades e matrículas. É controlável? Não. Não é
controlável. Logo, podemos concluir que não devemos considerar como intangível.
Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis,
controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.
Atenção! Caso um item abrangido pelo presente CPC não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser
reconhecido como despesa quando incorrido. No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, passa a fazer parte do ágio
derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição.
O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela
compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos.
Ativo Intangível
Identificável
Gerador de Benefícios Econômicos Futuros
Controlável
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Vejamos um exemplo. Suponha que uma empresa seja avaliada pelo valor de
mercado em $ 100.000. Todavia, um comprador, interessado no negócio, examinando a situação da empresa resolve pagar $ 120.000. Nesta situação
temos um goodwill de $ 20.000. Não podemos identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso, pode ser considerado como o
somatório de vários itens não identificáveis como, por exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.
Gravem para a prova! É esta a diferença entre o intangível e o ágio de expectativa futura: o intangível pode ser reconhecido individualmente,
o ágio não.
Vejam se ficou mais fácil compreender o texto abaixo:
IDENTIFICAÇÃO
11. A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill). O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido
em uma combinação de negócios é um ativo que representa benefícios econômicos futuros gerados por outros ativos adquiridos em uma combinação
de negócios, que não são identificados individualmente e reconhecidos
separadamente.
É só lembrar o exemplo da compra de uma sociedade empresária no seu todo citado acima que a compreensão fica facílima. Os ativos em sinergia valorizam
a sociedade como um todo, sendo que individualmente falando não chegaríamos a este valor.
12. Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando:
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um
contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; (Obs: Podemos novamente citar como exemplo a aquisição de um
software) (b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,
independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. (Obs: Podemos citar como exemplo
uma licença de pesca).
Separável
Ativo é identificável quando
Separável Resultar de Contrato ou Lei
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CONTROLE
13. A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de
terceiros a esses benefícios. Normalmente, a capacidade da entidade de controlar os benefícios econômicos futuros de ativo intangível advém de
direitos legais que possam ser exercidos num tribunal. A ausência de direitos legais dificulta a comprovação do controle. No entanto, a imposição
legal de um direito não é uma condição imprescindível para o controle, visto
que a entidade pode controlar benefícios econômicos futuros de outra forma.
Vejam que, em regra, o controle de um ativo é comprovado pelo exercício do seu direito em um tribunal.
Como exemplo, uma sociedade tem direito à utilização exclusiva de uma marca
X, muito conhecida no cenário nacional. Assim, caso um terceiro queira lograr
proveito desta condição, lançando no mercado produtos de mesmo nome, o prejudicado poderá requerer o quê de direito em um tribunal. A simples
possibilidade de poder se valer do juízo para persecução de direitos, comprova que a sociedade exerce o controle sob o ativo.
A norma, todavia, permitiu que este controle seja comprovado por outros
meios, como se vê ... “a imposição legal de um direito não é uma condição imprescindível para o controle, visto que a entidade pode controlar benefícios
econômicos futuros de outra forma”.
Assim, uma questão teórica poderá perquirir o seguinte: É condição, para que se comprove o controle sob um ativo, que se possa exercer sobre ele direito em
um tribunal. O item está correto ou falso? Ora, claramente falso. O controle pode ser comprovado através de outras formas.
Agora um caso: Temos um funcionário brilhante, genial, em nossa empresa, que indubitavelmente gera benefícios futuros (Atendeu-se a um dos requisitos
para classificar-se como ativo intangível). Pode ser também identificável este ativo, uma vez que separável (Dois requisitos estão claramente atendidos para
a classificação, falta apenas um). Daí perguntamos: É controlável? Esse capital intelectual é controlável? Se não for, não poderá ser feita a classificação como
intangível. Agora, se houver um dever de confidencialidade por parte do empregado, se houver direitos autorais envolvidos, tudo isso será exercitável
num tribunal, atendendo-se, destarte, ao último requisito para a classificação como intangível.
Atentem-se agora para um exemplo extremamente elucidativo que a norma
trouxe:
16. A entidade pode ter uma carteira de clientes ou participação de mercado e esperar que, em virtude dos seus esforços para criar relacionamentos e
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fidelizar clientes, estes continuarão a negociar com a entidade. No entanto, a
ausência de direitos legais de proteção ou de outro tipo de controle sobre as relações com os clientes ou a sua fidelidade faz com que a entidade
normalmente não tenha controle suficiente sobre os benefícios econômicos previstos, gerados do relacionamento com os clientes e de sua
fidelidade, para considerar que tais itens (p. Ex. carteira de clientes, participação de mercado, relacionamento e fidelidade dos clientes) se
enquadrem na definição de ativos intangíveis. Entretanto, na ausência de direitos legais de proteção do relacionamento com clientes, a capacidade de
realizar operações com esses clientes ou similares por meio de relações não contratuais (que não sejam as advindas de uma combinação de negócios)
fornece evidências de que a entidade é, mesmo assim, capaz de controlar os eventuais benefícios econômicos futuros gerados pelas relações com clientes.
Uma vez que tais operações também fornecem evidências que esse relacionamento com clientes é separável, ele pode ser definido como ativo
intangível.
BENEFÍCIO ECONÔMICO FUTURO
17. Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. Por exemplo, o uso da
propriedade intelectual em um processo de produção pode reduzir os custos de
produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras.
Portanto, repita-se! O benefício econômico futuro não inclui apenas as receitas. Podem incluir a redução de custos ou consistir em outros benefícios
para a entidade.
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
IMPORTANTE
Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos seguintes critérios:
- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário identificável sem substância física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.
ATENÇÃO O exposto acima é aplicável a custos incorridos inicialmente para
adquirir (comprar) ou gerar internamente um ativo intangível e aos custos incorridos posteriormente para acrescentar algo, substituir parte ou recolocá-lo
em condições de uso.
Questão da prova de vocês: os requisitos para reconhecer um intangível são
válidos apenas quando de sua aquisição. Verdadeiro ou Falso? Ora, falso! São
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válidos também para intangíveis gerados internamente (vistos adiante) e custos
que venham posteriormente a essa geração e compra.
A natureza dos ativos intangíveis implica, em muitos casos, não haver o que ser adicionado ao ativo nem se poder substituir parte dele. Por conseguinte, a
maioria dos gastos subseqüentes provavelmente são efetuados para manter a expectativa de benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo intangível
existente, e não atendem à definição de ativo intangível, tampouco aos critérios de reconhecimento do CPC 04.
Além disso, dificilmente gastos subseqüentes são atribuídos diretamente a
determinado ativo intangível em vez da entidade como um todo. Portanto, somente em raras ocasiões os gastos subseqüentes (incorridos após o
reconhecimento inicial de ativo intangível adquirido ou a conclusão de um gerado internamente) devem ser reconhecidos no valor contábil de ativo
intangível.
Assim, gastos subseqüentes com marcas, títulos de publicações, logomarcas,
listas de clientes e itens de natureza similar (quer sejam eles adquiridos externamente ou gerados internamente) sempre são reconhecidos no
resultado, quando incorridos, uma vez que não se consegue separá-los de outros gastos incorridos no desenvolvimento do negócio como um todo.
Para que um intangível seja reconhecido é necessário que seja provável que os
benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo sejam gerados em favor da entidade E o seu custo deve ser estimado com segurança. Ao
revés, seu reconhecimento não deve ser feito.
IMPORTANTÍSSIMO: UM ATIVO INTANGÍVEL DEVE SER RECONHECIDO
INICIALMENTE AO CUSTO.
AQUISIÇÃO SEPARADA
25. Normalmente, o preço que a entidade paga para adquirir separadamente um ativo intangível reflete sua expectativa sobre a probabilidade de os benefícios econômicos futuros esperados, incorporados no ativo, serem gerados
a seu favor. Em outras palavras, a entidade espera que haverá benefícios econômicos a seu favor, mesmo que haja incerteza em relação à época e ao
valor desses benefícios econômicos. Portanto, a condição de probabilidade a que se refere o item 21(a) (que diz que um intangível deve ser reconhecido
apenas se for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo sejam gerados em favor da entidade) é sempre considerada
atendida para ativos intangíveis adquiridos separadamente.
Adquirindo-se um intangível individual, via de regra, resta automaticamente
atendido o requisito expectativa de benefícios futuros (lembre-se de que os
requisitos para reconhecimento são: controle, identificação, benefícios futuros).
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Assim, temos uma grande empresa de remédios. Todavia, uma pequena empresa começa a produzir um outro medicamento que pode acabar com o
mercado desta grande empresa. A de grande porte, estrategicamente, resolve comprar o projeto de pesquisa da pequena empresa. Deverá contabilizar no
intangível o projeto de pesquisa adquirido, considerando-se atendido o requisito expectativa de benefícios futuros.
O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui: (a) seu preço de compra + impostos de importação + impostos não
recuperáveis sobre compra – descontos comerciais e abatimentos. (b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a
finalidade proposta.
Como exemplo destes custos (item b) temos os custos com testes para verificar
se o ativo está funcionando adequadamente.
Todavia, na aquisição de ativos adquiridos separadamente, alguns custos não
fazem parte do valor a ser registrado na contabilidade, como exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível: custos com
propaganda, atividades de promoção, treinamento, custos administrativos e outros custos indiretos relacionados ao ativo.
O reconhecimento dos custos no valor contábil de ativo intangível cessa
quando esse ativo está nas condições operacionais pretendidas pela administração. Vejam o exemplo do nosso software. Compramos o programa!
Os gastos que o comprador tiver até que este software esteja em uso serão contabilizados como custo do intangível comprado. Eventual gasto com
reinstalação, uso ou transferência deste software, por exemplo, deverá ser lançado diretamente no resultado do exercício.
AQUISIÇÃO NO CONTEXTO DE COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
Lembrem-se de que combinação de negócios é o resultado de transações ou outros eventos em que um adquirente obtém o controle de uma ou mais
atividades empresariais diferentes. Como exemplo, temos a compra, pela empresa X, do estabelecimento empresarial da empresa Y.
33. Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o seu custo é o valor justo na data de aquisição, o qual reflete as expectativas sobre
a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo
serão gerados em favor da entidade.
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MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO DE ATIVO INTANGÍVEL ADQUIRIDO EM
COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
35. Se um ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios for separável ou resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,
considera-se que o seu valor justo pode ser mensurado com segurança.
Assim, se compramos uma empresa que vende água mineral, por exemplo, a marca deverá ser reconhecida como intangível, se puder ser separada dos
outros bens, sejam tangíveis, sejam intangíveis. Sendo separável, considera-se que o valor justo pode ser mensurado com segurança.
Segundo a norma valor justo para uma aquisição de combinação de negócios é
o preço de mercado cotado em mercado ativo. Não havendo mercado ativo, considera-se valor justo o valor que a entidade teria pago por ele, na data de
aquisição, em operação sem favorecimento entre partes conhecedoras do
assunto e dispostas a negociar com base na melhor informação disponível, considerando-se operações similares.
36. Um ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios pode ser separável, em determinadas circunstâncias, apenas conjuntamente com os
ativos tangíveis ou intangíveis relacionados. Nesses casos, o adquirente deve reconhecer o ativo intangível separadamente do ágio derivado da expectativa
de rentabilidade futura (goodwill), mas em conjunto com o item relacionado.
Por exemplo, o título de uma revista pode não ser negociável separadamente
da base de dados de assinantes ou uma marca de água mineral de determinada fonte não pode ser vendida sem a própria fonte. Nesses casos em que o valor
justo individual de cada ativo do grupo não puder ser medido com segurança, o adquirente deve reconhecer um grupo de ativos como um único ativo
separadamente do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura
(goodwill).
Lembrem-se de que o ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor
de mercado de seus ativos líquidos.
FUNDO DE COMÉRCIO – GOODWILL GERADO INTERNAMENTE.
O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo (item 48). Em
alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos futuros, mas que não resultam na criação de um ativo intangível que se enquadre nos
critérios de reconhecimento estabelecidos. Esses gastos costumam ser descritos como contribuições para o ágio (goodwill) gerado internamente, o qual não é
reconhecido como ativo porque não é um recurso identificável (ou seja, não é
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separável nem advém de direitos contratuais ou outros direitos legais)
controlado pela entidade que pode ser mensurado com segurança ao custo.
50. As diferenças entre valor de mercado da entidade e o valor contábil de seu patrimônio líquido, a qualquer momento, podem incluir uma série de fatores que afetam o valor da entidade. No entanto, essas diferenças não representam
o custo dos ativos intangíveis controlados pela entidade.
ATIVO INTANGÍVEL GERADO INTERNAMENTE
Por vezes é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se
qualifica para reconhecimento, devido às dificuldades para, por exemplo, avaliar se o ativo gerará benefícios futuros, ou para determinar seu custo com
segurança.
Lembrem-se do que diz o item 21:
21.Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:
(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com segurança.
O CESPE cobrou a questão da seguinte forma, para o concurso de contador da
EMBASA/2009: “Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis a ele
sejam gerados em favor da entidade e se o custo desse ativo puder ser mensurado com segurança”. Fácil inferir que o gabarito da questão é certo.
Assim, para que um intangível gerado internamente seja registrado, os
requisitos já citados devem ser atendidos (controlável, identificável, gerador de
benefícios futuros, seu custo deve ser estimado com segurança), além disso, outros requisitos específicos para ativos gerados internamente também devem
ser atendidos.
Existem duas fases para a geração de ativo intangível interno:
1) fase de pesquisa; e 2) fase de desenvolvimento.
FASE DE PESQUISA
54. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase
de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa
quando incorridos.
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55. Durante a fase de pesquisa de projeto interno, a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios
econômicos futuros. Portanto, tais gastos são reconhecidos como despesa
quando incorridos.
São exemplos de atividades de pesquisa: a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; b) busca de alternativas para materiais, dispositivos,
produtos, processos, sistemas ou serviços; c) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros conhecimentos; e d)
formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
aperfeiçoados.
FASE DE DESENVOLVIMENTO
IMPORTANTE: Nesta fase podemos reconhecer um ativo intangível gerado
internamente, na fase de pesquisa não podemos!
57. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a
entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;
Por exemplo, uma microempresa tem viabilidade técnica para montar um
software que concorra com a Microsoft? Não!
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; (d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros.
Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado
para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
(f) capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.
Gastos com Pesquisa Despesa quando incorridos
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Exemplos de atividades de desenvolvimento: projeto, construção e teste de
protótipos e modelos pré-produção ou pré-utilização; projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova tecnologia.
ATENÇÃO: Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares, gerados internamente, não devem ser reconhecidos como ativos
intangíveis.
64. Os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares não podem ser separados dos custos relacionados ao
desenvolvimento do negócio como um todo. Dessa forma, esses itens não são
reconhecidos como ativos intangíveis.
CUSTO DE ATIVO INTANGÍVEL GERADO INTERNAMENTE
Dissemos anteriormente que um ativo intangível deve ser reconhecido
inicialmente ao custo.
Os custos do ativo intangível serão computados a partir do momento em que
1) for provável que serão gerados benefícios econômicos futuros a favor da entidade;
2) o custo do ativo puder ser mensurado com segurança; 3) atender aos requisitos previstos no item 57 acima estudado.
O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos
diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração.
Na sua prova vai cair: O custo do intangível inclui os gastos direta e
indiretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do
ativo. V ou F? Ora, falso! Tem que ser diretamente atribuível, como o são: gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo
intangível; taxas de registro de direito legal; custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativo intangível.
Exemplo trazido pela norma:
Exemplo do item 64
Uma entidade está desenvolvendo novo processo de produção. No exercício de 20X5, os gastos incorridos foram de $ 1.000, dos quais $ 900 foram incorridos
antes de 1º de dezembro de 20X5 e $ 100 entre essa data e 31 de dezembro de 20X5. A entidade está apta a demonstrar que em 1º de dezembro de 20X5 o
processo de produção atendia aos critérios para reconhecimento como ativo intangível.
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O valor recuperável do know-how incorporado no processo (inclusive futuras saídas de caixa para concluí-lo e deixá-lo pronto para uso) está estimado em $
500. Ao final de 20X5, o processo de produção está reconhecido como ativo intangível ao custo de $ 100 (gasto incorrido desde a data em que os critérios
de reconhecimento foram atendidos, ou seja, 1º de dezembro de 20X5). Os gastos de $ 900 incorridos antes de 1º de dezembro de 20X5 são reconhecidos
como despesa porque os critérios de reconhecimento só foram atendidos nessa data, não sendo incluídos no custo do processo de produção reconhecido na
data do balanço.
No exercício de 20X6, os gastos incorridos são de $ 2.000. Ao final de 20X6, o valor recuperável do know-how incorporado no processo (inclusive futuras
saídas de caixa para concluí-lo e deixá-lo pronto para uso) está estimado em $1.900.
Ao final de 20X6, o custo do processo de produção é de $ 2.100 (gastos de $
100 reconhecidos no final de 20X5 mais $ 2.000 reconhecidos em 20X6). A
entidade deve reconhecer uma perda de valor de $ 200 para ajustar o valor contábil do processo antes dessa perda de valor ($ 2.100) ao seu valor
recuperável ($ 1.900). Essa perda de valor deve ser provisionada para o caso de, em um período posterior, os requerimentos de reversão de perda de valor,
previstos na NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, serem
atendidos.
RECONHECIMENTO DE DESPESA
Os gastos incorridos com intangível, via de regra são reconhecidos como despesa quando incorridos, exceto, obviamente, quando: 1) forem custo do
intangível; 2) o item é adquirido em uma combinação de negócios e não possa ser reconhecido como ativo intangível. Nesse caso, esse gasto (incluído no
custo da combinação de negócios) deve fazer parte do valor atribuível ao ágio
derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) na data de aquisição. Exemplifique-se este segundo caso: Suponha que uma empresa seja avaliada a
valor de mercado em $ 100.000. Todavia, um comprador, interessado no negócio, examinando a situação da empresa, resolve pagar $ 120.000. Nesta
situação temos um goodwill de $ 20.000. Não podemos identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso, pode ser
considerado como o somatório de vários itens não identificáveis como, por exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.
DESPESA ANTERIOR NÃO RECONHECIDA COMO ATIVO
71. Gastos com um item intangível reconhecidos inicialmente como despesa não devem ser reconhecidos como parte do custo de ativo intangível em data
subseqüente.
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MÉTODO DE CUSTO
74. Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda
acumulada com Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
VIDA ÚTIL
A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume de produção ou
unidades semelhantes que formam essa vida útil. A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na análise de todos os
fatores relevantes, não existe um limite previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a entidade.
IMPORTANTE: A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de
um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
94. A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou outros
direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos, podendo ser menor dependendo do período durante o qual a entidade espera utilizar o ativo. Caso
os direitos contratuais ou outros direitos legais sejam outorgados por um prazo limitado renovável, a vida útil do ativo intangível só deve incluir o prazo de
renovação, se existirem evidências que suportem a renovação pela entidade
sem custo significativo.
95. Podem existir tanto fatores econômicos como legais influenciando a vida útil de ativo intangível. Os fatores econômicos determinam o período durante o qual a entidade receberá benefícios econômicos futuros, enquanto os fatores
legais podem restringir o período durante o qual a entidade controla o acesso a
esses benefícios.
A vida útil a ser considerada deve ser o menor dos períodos determinados por esses fatores.
ATIVO INTANGÍVEL COM VIDA ÚTIL DEFINIDA
97. O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver
disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela
administração. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como
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mantido para venda ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer
primeiro.
O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade
dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com segurança, deve ser utilizado o método linear. A despesa de
amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser que outra norma contábil permita ou exija a sua inclusão no valor contábil
de outro ativo.
98. Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método de
linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A seleção do método deve obedecer ao padrão de consumo dos
benefícios econômicos futuros esperados, incorporados ao ativo, e aplicado
consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão.
IMPORTANTE O valor amortizável de ativo com vida útil definida é determinado após a dedução de seu valor residual. Um valor residual diferente
de zero implica que a entidade espera a alienação do ativo intangível antes do final de sua vida econômica.
105. Ao longo da vida de ativo intangível, pode ficar evidente que a estimativa de sua vida útil é inadequada. Por exemplo, o reconhecimento de prejuízo por
perda de valor pode indicar que o prazo de amortização deve ser alterado.
ATIVO INTANGÍVEL COM VIDA ÚTIL INDEFINIDA
IMPORTANTE: Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser
amortizado.
A vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada periodicamente para determinar se eventos e circunstâncias continuam a
consubstanciar a avaliação de vida útil indefinida. Caso contrário, a mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida deve ser contabilizada como
mudança de estimativa contábil.
BAIXA E ALIENAÇÃO
112. O ativo intangível deve ser baixado: (a) por ocasião de sua alienação; ou
(b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua
utilização ou alienação.
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113. Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o
valor contábil do ativo. Esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado (exceto se critério específico estiver previsto
em outra norma contábil), mas os ganhos não devem ser classificados como
receitas de venda.
Vejam que o ganho pode ser expresso pela seguinte equação:
Ganho = valor líquido de alienação – valor contábil do ativo.
Ganho e receita não correspondem ao mesmo conceito, o ganho está, neste caso, representando o lucro, por isso a norma diz que os conceitos são
distintos, em seu item 113.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) Conforme a Resolução CFC n.º 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, assinale a opção CORRETA.
a) Uma entidade deverá testar, no mínimo a cada três anos, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo
intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável.
b) Um ativo não está desvalorizado quando o valor recuperável excede o valor contábil.
c) Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, uma entidade deve fazer estimativa formal do valor
recuperável de todos os seus ativos imobilizados.
d) As companhias de capital aberto estão obrigadas a avaliar trimestralmente se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização.
Comentários:
Vamos analisar cada alternativa nesta questão.
(A) A regra é a que se segue: Sempre que houver indicação de
desvalorização a entidade deverá proceder à avaliação do ativo, estimando seu valor recuperável! Neste caso, analisará aqueles fatores externos e
internos indicados no item “Identificação de que um ativo pode estar desvalorizado”. Todavia, existindo ou não indicadores de desvalorização a
entidade deve testar, no mínimo anualmente (o gabarito, portanto, está incorreto) a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida
útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso,
comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. (B) Um ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor
recuperável. Se o valor recuperável é maior do que o valor contábil, o ativo não está desvalorizado. Devemos manter o valor contábil, em homenagem
ao princípio da prudência e princípio do registro pelo valor original. O gabarito está correto!
(C) Como dito, a desvalorização se dá quando o valor contábil excede o valor recuperável. A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de cada período
de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve fazer uma
estimativa formal do valor recuperável do ativo. Não havendo indícios dessa desvalorização, dispensada está essa estimativa formal. O item está
incorreto! (Ver itens 8 e 9 da norma). (D) Errado. A norma diz que a desvalorização se dá quando o valor contábil
excede o valor recuperável. A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de
cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa
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ter sofrido desvalorização. Portanto, não cabe falar em trimestre. O item
está incorreto.
Gabarito B.
2. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) De acordo com a Resolução CFC
n.º 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, uma entidade deve divulgar em suas demonstrações contábeis as
informações para cada classe de ativos. Com relação a este assunto, assinale a opção INCORRETA.
(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do
período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por
desvalorização foram incluídas; (b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas reversões foram incluídas;
(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período;
(d) o valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas no resultado do período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s)
qual(is) essas reversões foram incluídas;
Comentários
Há assuntos muito mais interessantes e didáticos para se cobrar em prova, quando se trata de teste de recuperabilidade, do que o tema divulgação.
Todavia, vamos vê-lo. Segundo o item 126 do CFC 1.110/07:
A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos: (a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por
desvalorização foram incluídas; (b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas reversões foram incluídas;
(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período; e
(d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos
reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período.
O gabarito é a alternativa D, que é a incorreta. Mas não só por não atender à
literalidade é que a assertiva peca. Leiamos novamente a questão: O valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas parte no resultado do
exercício e parte no patrimônio líquido.
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Está errado! Ora, como visto no capítulo, a reversão da perda por desvalorização de um ativo deve ser reconhecida imediatamente no resultado
do período, a menos que o ativo esteja registrado por valor reavaliado. Neste caso, qualquer reversão de uma perda por desvalorização sobre um ativo
reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação.
Ressalte-se que a questão diz que a perda por desvalorização (não se fala em reavaliação) vai ser reconhecida parte no patrimônio líquido, o que vai de
encontro ao previsto no parágrafo acima.
Assim, levem para a prova
Reversão da perda por desvalorização de ativo “normal” lança-se no resultado do exercício.
Reversão da perda por desvalorização de ativo “reavaliado” lança-se no
patrimônio líquido, como aumento da reavaliação.
Lembrem-se, por fim, de que o aumento do valor contábil de um ativo atribuível à reversão de perda por desvalorização, não deve exceder o valor
contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação, amortização ou exaustão, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida em anos
anteriores.
Gabarito D.
3. (Autoria própria) O CPC 01, devidamente revisado, prescreve que, a fim de para checarmos possível desvalorização de ativos, sejam eles imobilizados,
sejam eles intangíveis, o valor contábil deve ser comparado com:
a) Não há nas normas de contabilidade comparação a ser feita, em homenagem ao princípio do registro pelo valor original.
b) Valor em uso. c) Valor recuperável
d) Valor líquido de venda e) Valor depreciável.
Comentários
Segundo a norma, devemos comparar o valor contábil líquido com o valor recuperável, que é definido como o maior valor entre o valor de uso e o valor
de venda líquido.
Gabarito C.
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4. (Auditor do TCM PA/2008/FGV) A Empresa Industrial J, no ano t, efetuou
adequadamente o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do valor contábil de determinado equipamento, sabendo-se que:
I. O valor de registro original desse equipamento é $80.000,00. A depreciação
acumulada do equipamento, até a data do teste, é $50.000,00; II. O valor de mercado desse equipamento, na data do teste, é $32.000,00.
Caso a Empresa J vendesse o equipamento, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;
III. Caso a Empresa J não vendesse o equipamento e continuasse utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir 5.000 unidades do produto Ju
por ano pelos próximos 4 anos (assuma que a produção anual ocorra no final de cada ano). Ao final desse período, o equipamento se reduziria a sucata. O preço
de venda do produto Ju é $5,00 por unidade.
Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto
Ju é $3,00. O custo de capital da Empresa J é 10% ao ano;
IV. a Empresa J é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.
Segundo a Resolução CFC 1.110/07, indique o valor da variação que deverá sofrer o resultado da Empresa J.
(A) Entre $ –6.000,00 e $ –4.000,01.
(B) Entre $ –4.000,00 e $ –2.000,01. (C) Entre $ –2.000,00 e $ –0,01.
(D) Zero. (E) Entre $ 0,01 e $ 2.000,00.
Comentários
Para efetuar o teste de recuperabilidade, devemos comparar o valor contábil com o maior entre o valor em uso e o valor líquido de vendas.
Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.
Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada
Valor contábil = $ 80.000,00 (-) $ 50.000,00 = $ 30.000,00
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que
devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
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Valor em uso anual = 5.000x(5 – 3) = 10.000
Ano 1: 10.000 / 1,1 = 9090,91
Ano 2: 10.000 / 1,21 = 8.264,46 Ano 3: 10.000 / 1,33 = 7518,80
Ano 4: 10.000 / 1,46 = 6849,31 Valor atual 31.723,48
Como o valor em uso superou o valor contábil, não haverá necessidade de
nenhum ajuste referente ao teste de recuperabilidade. Portanto, já podemos indicar a resposta:
Vamos calcular o valor liquido de venda apenas para fins didáticos.
Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de
uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre
partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.
Valor de mercado do equipamento 32.000,00 (-) Despesa de venda (5.000,00)
(=) Valor líquido de venda 27.000,00
Gabarito D.
5. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2008/FGV) Em consonância à Resolução CFC
1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser apurado logo após o reconhecimento contábil do teste de recuperabilidade do
valor contábil do imobilizado.
Sabe-se que:
- O valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a
Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;
- Caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000
unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto Espeto em t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do
produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma que a produção anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no
final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia. Churrasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de
$400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é
$9,50;
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- A Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer
tributo;
- O custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano;
- O Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido
reconhecido contabilmente é o seguinte:
(A) Maior que $19.200,00.
(B) Entre $18.800,01 e 19.200,00. (C) Entre $18.400,01 e 18.800,00.
(D) Entre $18.000,01 e 18.400,00. (E) Menor ou igual a $18.000,00.
Comentários
Mais uma questão de teste de recuperabilidade, como já é tradicional na FGV. Mas esta questão apresenta um problema que resultou na sua anulação. Vamos
apresentar primeiro a resolução pretendida pela banca e depois trataremos da anulação.
O teste de Recuperabilidade (também chamado de “Impairment”) parte da
premissa de que nenhum ativo pode ficar registrado no balanço por valor superior aos benefícios futuros que irá produzir.
Um ativo pode produzir benefícios de duas formas:
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1) sendo utilizado para produzir bens que serão vendidos, o que é chamado de
“Valor em Uso”; 2) Através da venda do ativo, que é o “Valor Justo Líquido de Despesa de
Venda”. Esse valor deve ser considerado líquido das despesas de venda.
Comparamos o valor contábil do ativo com o maior valor apurado entre o Valor em Uso e o Valor de Venda. Se o valor contábil for menor (ou seja, o ativo irá
gerar benefícios futuros que excedem o seu valor contábil), não há necessidade de nenhum ajuste.
Do contrário, devemos reconhecer uma perda, cuja contabilização é a seguinte:
D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado)
C – Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo).
Após estas considerações, vamos à resolução da questão.
Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.
Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada
Valor contábil = $ 75.000,00 (-) $ 55.000,00 = $ 20.000,00
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o
maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
Preço de venda = $12,00 por unidade.
Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é $9,50; portanto, cada unidade vendida gera fluxo de caixa de $ 2,50.
De acordo com os dados da questão, podemos montar o seguinte quadro:
Ano Produção Lucro unitário Total Deflator Valor presente
1 4.000 R$ 2,50 R$ 10.000,00 1,2 R$ 8.333,33
2 3.000 R$ 2,50 R$ 7.500,00 1,44 R$ 5.208,33
3 2.000 R$ 2,50 R$ 5.000,00 1,728 R$ 2.893,52
4 1.000 R$ 2,50 R$ 2.500,00 2,0736 R$ 1.205,63
5 500 R$ 2,50 R$ 1.250,00 2,48832 R$ 502,35
Valor residual R$ 1.600,00 2,48832 R$ 643,00
Valor Total R$ 18.786,17
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Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de
uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.
Valor Líquido de Venda = 23.000,00 -8.000,00 = 18.000,00
O valor em uso e o valor liquido de venda são menores que o valor contábil.
Nesse caso, reconhecemos uma perda no teste de recuperabilidade, usando como parâmetro o maior valor entre o valor em uso e o valor liquido de venda.
Assim:
Valor contábil 20.000,00
Valor em uso 18.786,17 Perda apurada 1.213,83
Contabilização:
D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado) 1.213,83 C – Perda com teste de recuperabilidade (ret. a. imobilizado) 1.213,83
Ativo permanente inicial 20.000,00
(-) ajuste recuperabilidade (1.213,84) Ativo permanente final 18.786,16
Assim, a resposta, neste caso, seria a Letra C, que foi apontada como o
gabarito provisório.
Ocorre que a questão misturou a terminologia antiga (ativo permanente) com a terminologia atual (ativo não circulante). O Ativo Permanente compreendia os
sub-grupos Investimentos, Imobilizado e Ativo Diferido.
O atual Ativo Não Circulante compreende os sub-grupos Ativo Realizável a
longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
Quando a questão menciona “Outros ativos não circulantes exceto imobilizado”, se considerarmos que o valor apontado refere-se ao Ativo Realizável a Longo
Prazo, chegamos à resposta da banca.
Mas se considerarmos que tal valor pertence ao Investimento ou ao Ativo Intangível (que também se encaixam na descrição de “Outros Ativos não
Circulantes exceto Imobilizado), aí a resposta seria 60.000,00 + 18.786,16 = 78.786,16, LETRA A.
Por apresentar duas possíveis resposta, a questão foi anulada.
Gabarito preliminar C.
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Gabarito definitivo Anulada.
6. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quais os elementos que devem ser considerados no cálculo do valor em uso do ativo?
a. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; e o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco; inflação e taxa de câmbio.
b. ( ) Expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela taxa
de juros livre de risco; e o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; inflação e taxa de câmbio.
c. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a
entidade espera obter com o ativo. d. ( ) Expectativas presentes dos fluxos de caixa futuros; taxa de juros ajustada
e livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo e ao setor empresarial; e outros fatores, tais como falta de liquidez, inflação, taxa de
câmbio, etc. e. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela
atual taxa de juros livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado
iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com o ativo.
Comentários
Conforme o pronunciamento CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
(...) 30. Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do
ativo: (a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse
ativo; (b) expectativas acerca de possíveis variações no montante ou no período de
ocorrência desses fluxos de caixa futuros;
(c) valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco;
(d) preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo (prêmio); e
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(e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam considerar ao precificar os fluxos de caixa futuros esperados da entidade,
advindos do ativo.
A única alternativa completa é a alternativa E.
GABARITO E.
7. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) De acordo com o CPC-01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, Vida Útil é
definida como:
a. ( ) apenas o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo,
independentemente do número de unidades de produção que a entidade espera obter ou produzir com esse ativo.
b. ( ) o período de tempo, não superior ao ciclo operacional da entidade, no qual a entidade espera usar um ativo.
c. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera
obter do ativo. d. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo
de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando o ciclo operacional especifico da atividade da entidade.
e. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando sua vida remanescente
além do ciclo operacional especifico da atividade.
Comentários
De acordo com o pronunciamento CPC 01:
Vida útil é: (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter do ativo.
GABARITO C.
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8. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quanto
à unidade geradora de caixa, pode afirmar:
a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento. b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela
geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na demonstração do fluxo de caixa.
c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos. d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que
gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes
das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos
Comentários
Novamente uma questão que é cópia do pronunciamento do CPC. Confira:
Pronunciamento CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos:
Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
68. Conforme definido no item 6, uma unidade geradora de caixa de um ativo é o menor grupo de ativos que inclui esse ativo e gera entradas de caixa que são
em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos de ativos. A identificação de uma unidade geradora de caixa
do ativo envolve julgamento. Se o valor recuperável não puder ser determinado
para um ativo individual, a entidade identifica o menor agregado de ativos que
gera entradas de caixa em grande parte independentes.
Alternativa correta C.
Vamos analisar rapidamente as outras alternativas:
a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento.
Alternativa INCORRETA, a identificação de uma unidade geradora de caixa envolve julgamento.
b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela
geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na
demonstração do fluxo de caixa.
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Alternativa INCORRETA, não há essa restrição (apenas aquelas responsáveis pela geração de caixa decorrente das atividades operacionais) no
pronunciamento.
c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
Alternativa CORRETA.
d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de
caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
Alternativa INCORRETA, é o menor grupo de ativos que gera ENTRADAS de
caixa.
e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes
das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos
Alternativa INCORRETA, é o MENOR grupo de ativos que gera ENTRADAS de caixa.
GABARITO C.
9. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Determinada entidade, ao realizar os
testes para a recuperabilidade de seus ativos, não encontrou mercado ativo para sua unidade geradora de caixa, estimando, porém, que o correspondente
valor em uso era de R$ 10 milhões. O valor contábil líquido da unidade geradora de caixa registrava R$ 12 milhões. Nessa situação, a entidade deveria
reconhecer o fato com reduções no ativo e no resultado do período pelo valor da diferença de R$ 2 milhões.
Comentários
O item está correto. Como o valor contábil é maior do que o valor recuperável,
reconhece-se uma perda por desvalorização no valor de R$ 2 milhões, devendo o lançamento ser feito a débito de conta de resultado e a crédito de conta
retificadora do ativo imobilizado.
Gabarito Correto.
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10. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Ao realizar os testes para a
recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade realizou as estimativas para o valor recuperável de sua unidade geradora de caixa, encontrando um
valor realizável líquido de R$ 3,5 milhões e um valor de uso de R$ 3 milhões. O valor contábil líquido da unidade geradora de caixa está registrado como R$ 4
milhões. Nessa situação, a entidade deverá reconhecer uma perda ao valor recuperável de R$ 1 milhão.
Comentários
O item está incorreto. O valor recuperável é o maior valor entre o valor em uso
e o valor justo líquido de despesas de vendas. Neste caso, o maior é R$ 3,5 milhões. A perda a ser reconhecida é, portanto, de R$ 500.000,00.
Gabarito Errada.
11. (Agente Legislativo/FCC/2010) A empresa Lâmbda S.A. realizou o teste de
recuperabilidade de ativos e constatou a perda de valor em um ativo reavaliado, em montante inferior ao saldo da Reserva de Reavaliação. Essa
empresa deve:
a) manter o valor do bem, uma vez que o mesmo apresenta o valor reavaliado. b) lançar a perda a débito da conta de resultado, pelo valor total, realizando o
valor da reserva de reavaliação. c) reverter a reserva de reavaliação do Patrimônio Líquido contra a conta de
reserva de reavaliação no Ativo. d) lançar a perda a crédito da conta de ajuste especial no Patrimônio Líquido.
e) registrar contra a conta de reavaliação no Patrimônio Líquido, até o
montante do valor da perda.
Comentários
A reversão da perda por desvalorização de um ativo deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo esteja
registrado por valor reavaliado. Neste caso, qualquer reversão de uma perda por desvalorização sobre um ativo reavaliado deve ser tratada como
aumento de reavaliação.
Assim, levem para a prova
Reversão da perda por desvalorização de ativo “normal” lança-se no resultado do exercício.
Reversão da perda por desvalorização de ativo “reavaliado” lança-se no
patrimônio líquido, como aumento da reavaliação.
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Lembrem-se, por fim, de que o aumento do valor contábil de um ativo
atribuível à reversão de perda por desvalorização, não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação, amortização ou
exaustão, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida em anos anteriores.
Gabarito E.
12. (Analista de Controle Externo/TCE/GO/2009/FCC) De acordo com a Lei n° 11.638/07, um ativo intangível com vida útil econômica indefinida, após o
reconhecimento inicial,
a) deve ser amortizado.
b) deve ser depreciado. c) deve ser exaurido.
d) deve ser trazido a valor presente. e) está sujeito ao teste de recuperabilidade.
Comentários
Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos
pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber:
Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda
acumulada (se houver).
Método de Avaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um
ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao valor justo na data da reavaliação.
Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização
pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser aplicada nas demonstrações contábeis.
Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de
vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para
calcular, não saberemos apurar a amortização senão de forma arbitrária (como utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos
de depreciação sem valor residual = 10% ao ano). Incabível também se falar em depreciação ou exaustão.
Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à
análise de impairment anual. Como prevê o CPC 01, existindo ou não
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indicadores de desvalorização a entidade deve: testar, no mínimo
anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para
uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no
período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período.
Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente
reconhecidos durante o ano corrente, deve ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; e
Gabarito E.
13. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) Recentemente, foi instituída uma
obrigação acessória a ser observada por 100% das empresas, chamada “teste de impairment”, ou recuperabilidade dos ativos. Essa obrigação surge em um
contexto de mudança de paradigma no setor contábil. Nossa contabilidade, que, em alguns aspectos, acompanhava a escola americana, passou a observar os
pronunciamentos internacionais, os chamados IFRS (International Financial Reporting Standards). Isso permitirá, entre outros aspectos, que as
demonstrações contábeis de empresas brasileiras sejam inteligíveis aos investidores europeus. Com a contabilidade uniformizada, nossas empresas
gozarão de maior confiança, o que poderá resultar em maiores investimentos, contribuindo para alavancar o crescimento de nosso país. Essas alterações têm
demandado muitos estudos por parte dos contadores, para adaptar as empresas a essa nova realidade. Em termos práticos, já fazem parte da nossa
realidade a nota fiscal eletrônica, o SPED (Sistema Público de Escrituração
Digital), etc. O impairment faz parte dessa nova realidade.” (Carvalho, Jornal do CRC-SC) A respeito do impairment, consoante o disposto na Res. 1.292/10,
é correto afirmar que
(A) a recuperabilidade dos investimentos feitos nos estoques deve ser apurada por meio do valor de uso.
(B) a recuperabilidade de ativos advindos de planos de benefícios a empregados deve ser apurada por meio do valor de uso.
(C) a recuperabilidade de ativos financeiros que estejam dentro do alcance das normas do CFC que disciplinam instrumentos financeiros será apurada por meio
do valor de uso. (D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio exclusivamente do
valor de venda, não sendo permitida sua alocação em uma unidade geradora de caixa.
(E) a recuperabilidade do imobilizado será feita por meio do valor de uso ou de
venda.
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Segundo a Resolução n. 1.292/10 do CFC:
2. Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:
(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – Estoques); (b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento Técnico
CPC 17 – Contratos de Construção); (c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre
o Lucro); (d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento
Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados); (e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos
Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros; (f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver
Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento);
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 29 –
Ativo Biológico e Produto Agrícola); (h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento
Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada.
Portanto, de plano descartamos as assertivas de “a” a “c”, já que possuem normatização específica.
Resta a alternatida “d” e a alternativa “e”.
Analisemo-las.
(D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio exclusivamente do valor de venda, não sendo permitida sua alocação
em uma unidade geradora de caixa.
Esta assertiva está incorreta.
Inicialmente, deve-se avaliar o valor recuperável de um ativo imobilizado priorizando-se o ativo individual. Todavia, muitas vezes não é possível estimar
o valor recuperável do ativo por si só. Quando isto ocorrer, devemos nos utilizar, para fazer a estimativa, do menor conjunto possível de ativos. É o
que chamamos de unidade geradora de caixa.
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Segundo a resolução do CFC:
Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
(E) a recuperabilidade do imobilizado será feita por meio do valor de
uso ou de venda.
Segundo a resolução do CFC:
Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em
uso.
Gabarito E.
14. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) A respeito do impairment, consoante o disposto na Resolução CFC 1.292/10, é INCORRETO afirmar que:
a) o prazo para o teste de recuperabilidade dos ativos sugerido pelo CFC é de,
no mínimo, 10 anos. b) unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera
entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
c) ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de
caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras
unidades geradoras de caixa. d) independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao
valor recuperável, a entidade deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo
intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser
executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem
ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente,
devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente. e) a capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros
suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na
fase em que ele já se encontra disponível para uso.
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O item a está incorreto. Segundo o CPC 01, as estimativas de fluxos de caixa
para se achar o valor de uso devem ser razoáveis, com análise econômica mais profunda sobre o ambiente externo. A análise do fluxo de caixa também deve
se basear em políticas mais recentes adotadas pela empresa e abranger um período máximo de cinco anos adiante (salvo se se justificar período mais
longo). Todavia, deve-se excluir qualquer estimativa de fluxo de caixa que se espera surgir das reestruturações futuras ou da melhoria ou aprimoramento do
desempenho do ativo.
A letra b está correta.
Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo de ativos que gera entradas de caixa que são em grande parte independentes das entradas de caixa
provenientes de outros ativos ou grupos de ativos.
Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar
suporte às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida somente pelo valor (residual) de sucata e ela não gera entradas de caixa
provenientes de uso contínuo que sejam em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos da mina.
Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valor
em uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata. Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de
caixa à qual a estrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo.
A letra c está correta e traz a exata definição de ativo corporativo.
Ativos corporativos são ativos que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão
quanto da de outras unidades geradoras de caixa. Como exemplo, uma
máquina que pode ser utilizada para a fabricação de vários produtos.
As características distintas dos ativos corporativos são as de que não geram entradas de caixa independentemente de outros ativos ou grupo de ativos, e
que seu valor contábil não pode ser totalmente atribuído à unidade geradora de caixa sob revisão.
Tomemos como exemplo a sede de uma fábrica que produz duas mercadorias
distintas. Ela (a sede) não gera entrada de caixa por si só, e independentemente de um ativo ou grupo de ativo. Também, o valor contábil
da sede, no momento de se realizar um teste de recuperabilidade, não pode ser totalmente atribuído a uma única mercadoria, uma vez que a sede serve para
fabricação dos dois produtos. Assim, podemos classificá-la como ativo corporativo.
A letra d está correta. Segundo o CPC 01:
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A entidade deve:
a) Testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não
disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a
qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável
testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deve ter a redução ao valor
recuperável testada antes do fim do ano corrente; e
b) Testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em uma aquisição de entidades.
O item e está correto e representa o item 11 do CPC 01:
11. A capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior
incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na fase em que ele já se encontra disponível para uso. Isso posto, este
Pronunciamento Técnico requer que a entidade proceda ao teste por desvalorização, no mínimo anualmente, de ativo intangível que ainda não esteja
disponível para uso.
Gabarito A.
15. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) A empresa Inovação S.A.
fez um novo investimento em uma nova unidade de negócios, no nordeste brasileiro, no valor de R$ 1.000.000,00. Após um ano de funcionamento houve
alagamento na região e inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de negócios, neste momento, era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e
gastos com recuperação. Seu valor de venda apurado, mediante propostas formais de interessados a comprá-la, apresentava valor médio de R$
1.500.000,00 e o valor do fluxo de caixa descontado da unidade sugeria a recuperação do valor de R$ 800.000,00. Neste caso a empresa deverá
(A) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.
(B) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$ 600.000,00.
(C) manter o valor de custo de R$ 900.000,00.
(D) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00. (E) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.
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Comentários
Trata-se de questão sobre o CPC 01 – redução ao valor recuperável de ativos.
O teste de recuperabilidade (também conhecido por impairment test) tem como
finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será realizado. Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem quanto pela sua
utilização nas atividades empresariais. O CPC 01 estabelece que seu objetivo é assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não
exceda seus valores de recuperação.
Já dissemos, em questões anteriores, que o valor recuperável é o maior entre o valor de venda e o valor em uso. Encontrado o valor recuperável, devemos
compará-lo com o valor contábil e proceder aos devidos ajustes, caso necessário.
O investimento na unidade de negócios foi de R$ 1.000.000. Após um ano de funcionamento houve alagamento na região e inundação da fábrica. O valor
contábil da unidade de negócios, neste momento era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e gastos com recuperação.
Este é o ponto chave da questão. Houve um alagamento. A empresa incorreu
em perdas e gastos com recuperação. Que recuperação é essa?
Pelo gabarito da questão, embora seja um enunciado ambíguo, é a recuperação da área inundada, e das máquinas eventualmente afetadas pela água. Pode
envolver restauração de pisos e paredes, perda com máquinas inutilizadas (que seriam baixadas como sucata), manutenção de máquinas, consertos, enfim,
não é a perda com o teste de recuperabilidade.
Então como o valor contábil passou de R$ 1.000.000 para R$ 900.000, se não
foi através do teste de recuperabilidade?
Duas hipóteses:
1) Depreciação. Uma unidade de negócios é uma fábrica que irá produzir determinado tipo de produto. Deve ter depreciação das máquinas,
equipamentos, imóveis.
2) Perda na inundação. Vamos supor que uma máquina no valor de R$ 10.000 tivesse perda total. A contabilização é a seguinte:
D – Perdas com imobilizado (outras receitas e despesas – Resultado) 10.000
C – Máquina – imobilizado 10.000
Esse não é o teste de recuperabilidade.
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É apenas a baixa de uma máquina que estragou na enchente. Não tendo mais
serventia, não tem valor algum, deve ser baixada, contra o resultado.
E no caso de máquina que gerou gasto com reparo? Se o reparo não aumentar a vida útil, não irá afetar o valor contábil.
A contabilização do reparo seria:
D – Despesas com reparos e manutenções (resultado)
C – Caixa/bancos.
Depois de considerar as perdas e gastos com recuperação, e antes do teste de recuperabilidade, a unidade de negócio apresentava o valor contábil de R$
900.000.
O teste de recuperabilidade indicou valor de uso de R$ 800.000,00 e valor de
venda (deveria ser o “valor justo líquido de vendas”) de R$ 1.500.000,00.
O valor recuperável é de R$ 1.500.000,00 e, por ser maior que o valor contábil, não gera nenhuma perda de recuperabilidade.
É possível que a diminuição de valor da unidade de negócio (de R$
1.000.000,00 para R$ 900.000,00) tenha ocorrido pelo teste de recuperabilidade anterior?
É possível, mas não provável, pois:
1) A questão não menciona nada sobre um teste anterior.
2) Não é provável que a unidade de negócios tenha um valor de venda de R$ 900.000,00 (que seria necessário para apurar perda com recuperabilidade) e,
de repente, passasse para R$ 1.500.000,00. Principalmente depois da
inundação. E, se o valor de venda na época da inundação já fosse de R$ 1.500.000,00, não haveria perda com impairment.
Se a diminuição do valor contábil fosse decorrente de teste de recuperabilidade,
aí deveríamos reverter a perda.
Portanto, nesta hipótese, como o valor contábil é menor do que o valor recuperável, devemos mantê-lo, em homenagem ao princípio da prudência.
Nenhum ajuste há que ser feito.
Gabarito C.
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16. (Prova de qualificação técnica de auditores independentes/CFC/2009) Com
relação à divulgação de informações relativas aos ativos intangíveis, nos termos da Resolução CFC n.º 1.139/08, que aprovou a NBC T 19.8, assinale a opção
CORRETA.
a) Na divulgação das informações a respeito desses ativos, a entidade deve fazer a distinção entre os ativos intangíveis gerados internamente e outros
ativos intangíveis. b) Deve-se informar a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer
amortização de ativo intangível for incluída, sendo dispensada, neste caso, a conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando
adições por aquisições ou desenvolvimento interno, entre outras. c) Para ativos intangíveis com vida útil definida, não se faz necessária a
divulgação dos métodos de amortização utilizados. d) É facultativa a informação do valor contábil bruto e eventual amortização
acumulada (mais as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no
final do período, caso seja informada a movimentação ocorrida no período.
Comentários
O item a está correto. A letra a versa sobre o tema divulgação. O item não fora tratado no capítulo, pois são muitos detalhes de baixo custo-benefício. Porém,
como esta questão abordou o assunto e é passível de cobranças, vamos enfrentar.
Segundo o item 118 da norma: A entidade deve divulgar as seguintes
informações para cada classe de ativos intangíveis, fazendo distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis
(...). Portanto, há que se fazer as devidas distinções quando da divulgação.
O item b está incorreto. Observem:
Divulgação Geral
118. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, fazendo distinção entre ativos intangíveis gerados
internamente e outros ativos intangíveis: (d) a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer amortização de
ativo intangível for incluída;
(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período, (...);
Portanto, se uma entidade irá amortizar determinado ativo intangível, deverá demonstrar ao leitor, “dizendo”: - Usuário, determinado intangível está sendo
amortizado na conta tal, grupo tal, classificação tal.
Além disso, nessa conciliação (citada no item e) a entidade especificará
eventuais adições nos intangíveis e aumento por reavaliação.
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A letra c também pecou. Segundo o CFC: 118. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, fazendo distinção
entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis: (...) (b) os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil
definida.
A letra d está, outrossim, incorreta. Veja a norma: 118. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis,
fazendo distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis: (c) o valor contábil bruto e eventual amortização acumulada (mais
as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do período. Basicamente, neste estilo:
Valor Contábil Bruto – Intangível 100
(-) Amort. Acumulada (10)
(-) Perda por desvalorização (5) Valor contábil R$ 85.
Gabarito A.
17. (Prova de qualificação técnica de auditores independentes/CFC/2009) O
ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente, de acordo com a NBC T 19.8:
a) Deve ser reconhecido contabilmente como ativo, desde que seja possível
quantificá-lo.
b) Não deve ser reconhecido como ativo. c) Não deve ser reconhecido como ativo, a menos que seja avaliado por peritos
e amortizado pelo prazo que vier a ser definido no laudo da avaliação. d) Deve ser reconhecido como ativo, porém não deverá ser amortizado,
somente submetido ao teste de valor recuperável.
Comentários
Segundo a norma:
47. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo.
Em alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos
futuros, mas que não resultam na criação de ativo intangível que se enquadre
nos critérios de reconhecimento estabelecidos na Resolução do CFC. Esses gastos costumam ser descritos como contribuições para o ágio derivado da
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente, o qual não
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é reconhecido como ativo porque não é um recurso identificável (ou seja, não é
separável nem advém de direitos contratuais ou outros direitos legais) controlado pela entidade que pode ser mensurado com segurança ao custo.
Gabarito B.
18. (Questão de autoria própria) A Labtec Ltda é uma empresa de médio porte, atuante no ramo químico-farmacêutico, e é bastante atuante na área de
pesquisa de novos medicamentos.
Atualmente, seu mais promissor projeto de pesquisa refere-se a uma vacina para qualquer tipo de gripe, inclusive a gripe suína. O principal cientista
pesquisador da empresa estima que, em aproximadamente 6 meses, a vacina
estará em condições de ser comercializada.
Entretanto, o contador da empresa já alertou diversas vezes que os altos custos do laboratório de pesquisa (e deste projeto em particular) podem comprometer
a situação financeira da empresa.
Indique a contabilização correta dos gastos do projeto de pesquisa, conforme o CPC 04:
A) No ativo diferido, para ser amortizado posteriormente, no prazo de 10 anos.
B) Como despesa, quando incorridos C) No ativo intangível; mas, só será amortizado se a vacina tiver vida útil
limitada. D) Como receita diferida, no grupo Passivo Não Circulante
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial, no PL
Comentários
Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de
projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando
incorridos.
Gabarito B.
19. O Laboratório Qfizer Remédios S/A, empresa multinacional de grande porte, demonstrou interesse em adquirir o projeto de pesquisa da Labtec. Após rápida
negociação, acertou-se a venda, com transferência de parte da equipe de pesquisa envolvida para o Laboratório Qfizer.
Indique a contabilização desta operação no Laboratório Qfizer:
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A) D – Despesa (resultado)
C – Bancos (AC)
B) D – Receitas Diferidas (PNC) C - Bancos (AC)
C) D – Ativo diferido (ANC)
C – Bancos (AC)
D) D – Ativo Intangível (ANC) C – Bancos (AC)
E) D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL)
C – Bancos (AC)
Comentários
Segundo a norma, quando uma empresa adquire um projeto de pesquisa, esse
projeto pode ser registrado como intangível, se atender aos critérios estabelecidos no item 34, quais sejam: (a) corresponder à definição de ativo; e
(b) for identificável, ou seja, é separável ou resulta de direitos contratuais ou outros direitos legais.
Todavia, os gastos posteriores com pesquisas que a empresa tiver, devem ser
registrados como despesas quando incorridos.
Assim
Projeto de pesquisa comprado pode ser registrado como intangível
Projeto de pesquisa interno despesa quando incorrido
Gabarito D.
20. O Laboratório Qfizer imediatamente montou uma estrutura de pesquisa exclusivamente para este projeto, incluindo equipamentos novos e vários de
seus pesquisadores.
Indique a contabilização dos gastos com o projeto de pesquisa no Laboratório
Qfizer:
A) No ativo diferido, para ser amortizado posteriormente, no prazo de 10 anos. B) Como despesa, quando incorridos
C) No ativo intangível; mas, só será amortizado se a vacina tiver vida útil limitada.
D) Como receita diferida, no grupo Passivo Não Circulante
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E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial, no PL
Comentários
54. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de
pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando
incorridos.
Gabarito B.
Para responder as questões 21 e 22, considere os dois cenários alternativos
apresentados abaixo
Cenário 1
Após 8 meses, os frutos começam a aparecer. O projeto de pesquisa transforma
em desenvolvimento de produto. A diretoria da empresa acredita que é viável desenvolver a vacina de forma a disponibilizá-la para venda; tem intenção de
concluir este projeto e usar a sua rede de distribuidores para comercializar a vacina. O mercado potencial foi estimado em 12.000.000 de vacinas por ano.
21. Indique a contabilização da fase de desenvolvimento do produto:
A) No ativo diferido, para ser amortizado posteriormente, no prazo de 10 anos.
B) Como despesa, quando incorridos C) No ativo intangível
D) Como receita diferida, no grupo Passivo Não Circulante
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial, no PL
Comentários
Lembrem-se: na fase de pesquisa não reconhecemos qualquer intangível. Já na fase de desenvolvimento, o reconhecimento é possível, como se vê:
57. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a
entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; (d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros.
Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado
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para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso
este se destine ao uso interno, a sua utilidade; (e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
(f) capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.
58. Na fase de desenvolvimento de projeto interno, a entidade pode, em alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que este gerará prováveis
benefícios econômicos futuros, uma vez que a fase de desenvolvimento de um
projeto é mais avançada do que a fase de pesquisa.
Destarte, na questão, deverá reconhecer os gastos no intangível, juntamente com os gastos efetuados para a compra do projeto de pesquisa.
Gabarito C.
22. Após desenvolver a vacina, o Laboratório consegue patente de
exclusividade por 5 anos. Assinale a contabilização decorrente de tal fato:
A) Os gastos com a aquisição do projeto de pesquisa e com o desenvolvimento do produto, contabilizados no Ativo Intangível, serão amortizados em 5 anos.
B) O custo de obtenção da patente ( despachantes, advogados, registro no INPI) serão contabilizados como Investimentos
C) Não irá gerar nenhuma contabilização, pois “patente” não pode ser reconhecida como ativo.
D) Irá para despesa no mês em que os gastos foram incorridos
E) Serão contabilizados no Ativo Diferido e amortizados em 10 anos
Comentários
Observem o que diz a norma:
89. A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. Os
exemplos incluídos nesta Norma ilustram a determinação da vida útil de diferentes ativos intangíveis e a sua posterior contabilização com base na
determinação da vida útil.
94. A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou outros direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos,
podendo ser menor dependendo do período durante o qual a entidade
espera utilizar o ativo. Caso os direitos contratuais ou outros direitos legais sejam outorgados por um prazo limitado renovável, a vida útil do ativo
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intangível só deve incluir o prazo de renovação, se existirem evidências que
suportem a renovação pela entidade sem custo significativo.
Dessa forma, como a entidade se utilizará dos benefícios pelo prazo de 5 anos,
deverá amortizar o intangível neste prazo.
Gabarito A.
Cenário 2
O projeto fracassa. A vacina apresenta efeitos colaterais que inviabilizam o seu
uso.
23. Em conseqüência, o Laboratório deverá:
A) Reconhecer a perda diretamente no PL, na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial
B) Manter o valor contabilizado em ativo permanentemente, pois não há mais base confiável e objetiva para efetuar a amortização
C) Transferir o projeto para “Investimentos destinados a negociação imediata”, e aguardar um possível comprador.
D) Não será necessária nenhuma contabilização E) Reconhecer a perda diretamente no Resultado.
Comentários
112. O ativo intangível deve ser baixado: (a) por ocasião de sua alienação; ou
(b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.
113. Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem ser
determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do ativo. Esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos no
resultado quando o ativo é baixado (exceto se critério específico estiver previsto em outra norma contábil), mas os ganhos não devem ser classificados como
receitas de venda.
Logo, o gabarito da questão é a letra E.
Gabarito E.
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24. (AFR/SEFAZ SP/2009) São características necessárias para a identificação
de um ativo Intangível
(A) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível.
(B) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter
indivisibilidade patrimonial. (C) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.
(D) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. (E) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.
Comentários
Questão simples da SEFAZ SP 2009. Vimos exaustivamente que os requisitos
são ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.
Gabarito C.
25. (FCC/Auditor Fiscal de Rondônia/2010) Sobre os ativos intangíveis gerados internamente pode-se afirmar que
a) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento, e em alguns casos,
identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis benefícios econômicos futuros.
b) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade.
c) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser
reconhecidos no ativo pelo valor do custo. d) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na
fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento.
e) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser reconhecidos no resultado.
Comentários
O ativo intangível pode ser reconhecido na fase de desenvolvimento, desde que
demonstre as exigências previstas no item 57 do CPC, a saber:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado
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para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso
este se destine ao uso interno, a sua utilidade; (e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
(f) capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.
Portanto, a letra a está escorreita, sendo o gabarito da questão.
Na fase de desenvolvimento podemos reconhecer um ativo intangível gerado internamente, na fase de pesquisa não! Portanto, a letra e está incorreta.
Os gastos com pesquisa são reconhecidos como despesas (letra b incorreta).
A letra c também está incorreta. Segundo o CPC 04:
56. São exemplos de atividades de pesquisa: (a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; (b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa
ou outros conhecimentos; (c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos,
sistemas ou serviços; e (d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para
materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
aperfeiçoados.
As atividades de pesquisa, como já dito, devem ser consideradas como despesas, quando incorridas.
A letra d também está incorreta. Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto interno de criação de ativo
intangível, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de pesquisa (item 53).
Gabarito A.
Gastos com Pesquisa Despesa quando incorridos
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26. (Auditor Fiscal da SEFAZ/SC/FEPESE/2010) Assinale a alternativa que
apresenta algumas contas pertencentes/registradas no sub-grupo “Ativos Intangíveis”.
a. ( ) Patentes, terrenos, prédios, franquias, direitos autorais.
b. ( ) Software, direitos autorais, veículos, licenças, marcas. c. ( )Licenças, patentes, marcas, direitos autorais, arrendamento mercantil
financeiro. d. ( ) Marcas, pesquisa e desenvolvimento (quando ativáveis), patente, direitos
autorais. e. ( ) Terrenos, prédios, veículos, instalações, máquinas.
Comentários:
Vamos classificar os itens que aparecem nas respostas:
Patentes Intangível
Terrenos Imobilizado
Prédios Imobilizado
Franquias Intangível
Direitos autorais Intangível
Veículos Imobilizado
Licenças Intangível
Marcas Intangível
Pesquisa e desenvolvimento (quando
ativáveis) Intangível
Instalações Imobilizado
Máquinas Imobilizado
Software: um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte
integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador.
Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.
Arrendamento mercantil financeiro: No caso de arrendamento financeiro, o
ativo correspondente pode ser tangível ou intangível. Assim, pode ser classificado no Imobilizado ou no Intangível. Note que, como a questão pedia a
alternativa que apresenta algumas contas pertencentes/registradas no sub-grupo “Ativos Intangíveis”, a letra C também poderia ser considerada correta.
Outro item cuja classificação gera dúvidas refere-se à Benfeitorias em
Imóveis de terceiros, que passamos a analisar:
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Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao proprietário
do imóvel ao final do contrato de locação, são classificadas no ativo imobilizado.
Confira abaixo o item 19 do sumário do Pronunciamento Técnico CPC 13 –
Adoção Inicial da Lei 11638/07 e da Medida Provisória 449/08:
“19. A reclassificação precisa ser feita no balanço de abertura de 2008, lembrando que o ágio por diferença de valor de mercado e valor contábil de
ativos e passivos continua no grupo de investimentos, as benfeitorias em imóveis de terceiros continuam no imobilizado e os softwares que não
têm vida própria, por estarem integrados a máquinas e equipamentos, vão para o imobilizado. “
O Pronunciamento Técnico do CPC 04 – Ativo Intangível – estabelece que, para
se enquadrar como Intangível, um ativo deve ser identificado, controlado e
gerador de benefícios econômicos futuros.
Conforme o item 12 do citado pronunciamento:
“12. Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando:
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido,
licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade;
ou (b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente
de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros
direitos e obrigações.”
As benfeitorias em imóveis de terceiros e os softwares que não têm vida
própria, por estarem integrados a máquinas ou equipamentos, não satisfazem o critério de identificação (não são separáveis), e portanto não devem ser
classificados no Intangível.
Ficam, como já esclarecido pelo Sumário citado acima, no Ativo Imobilizado.
A propósito, as Benfeitorias devem ser amortizadas ou depreciadas?
Resposta: Depende. Se a benfeitoria for realizada num imóvel com contrato por tempo indeterminado, deve ser depreciada pela melhor estimativa técnica.
Se a Benfeitoria tem vida útil de 10 anos e o contrato de aluguel do imóvel for
de 15 anos, a Benfeitoria será depreciada em 10 anos.
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Mas, se a Benfeitoria tem vida útil de 10 anos e o contrato de aluguel do imóvel
for de 8 anos, então a benfeitoria será amortizada em 8 anos.
Ou seja, se o desgaste da benfeitoria for reconhecido pelo prazo normal de sua vida útil (seja porque o contrato é por prazo indeterminado, seja porque é por
prazo determinado, mas maior que a vida útil da benfeitoria), teremos depreciação, conforme a vida útil da benfeitoria.
Se o contrato tiver duração menor que a vida útil da benfeitoria (portanto
abreviando o seu reconhecimento), será amortização, pelo prazo do contrato de locação.
Gabarito D.
27. (Oficial de inteligência/ABIN/2010) A contabilização do ativo intangível baseia-se na sua vida útil e, conseqüentemente, um intangível com vida útil
definida deve ser amortizado periodicamente, o que não se aplica nos casos de intangíveis com vida útil indefinida, que não chegam a ser reconhecidos no
balanço patrimonial.
Comentários
Ambos os ativos são contabilizados. A diferença reside na amortização, que existe para o ativo com vida útil definida, mas não para os com vida útil
indefinida.
Gabarito Errado.
28. (MPU/Técnico de CI/2010/Cespe) Os gastos incorridos na fase de pesquisa de novos produtos devem ser reconhecidos como ativo intangível, uma vez que
esses gastos atendem às condições de reconhecimento de um ativo, sobretudo no que diz respeito à garantia mínima de provável geração de benefícios
futuros.
Comentários
Já vimos que o item está incorreto, uma vez que nenhum ativo intangível deve
ser reconhecido em fase de pesquisa.
Gabarito Incorreto.
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29. (Analista de Controle Externo/TCE/GO/FCC/2009) De acordo com a Lei n°
11.638/07, um ativo intangível com vida útil econômica indefinida, após o reconhecimento inicial,
a) deve ser amortizado.
b) deve ser depreciado. c) deve ser exaurido.
d) deve ser trazido a valor presente. e) está sujeito ao teste de recuperabilidade.
Comentários
Vimos que o ativo intangível com vida útil indefinida não deve sofrer
amortização. Contudo, sujeitar-se-á, normalmente, ao teste de recuperabilidade de ativos previsto no CPC 01.
Gabarito E.
30. (ESAF/AFRFB/2012) A Cia. Mercúrio inicia em janeiro de 2009 uma
pesquisa para desenvolvimento de um protótipo de captação de energia solar. Quando concluído, será patenteado pela empresa. Até junho de 2009, a
empresa já havia efetuado diversos gastos com pesquisa no valor de R$ 200.000,00. Após essa data, com o avanço do processo de pesquisa, foi
possível definir um critério confiável de controle, acumulação, identificação e registro do Ativo Intangível. No final de 2009, os gastos da empresa com
pesquisas totalizaram R$ 280.000,00 e o valor recuperável do intangível incorporado foi de R$ 100.000,00.
Com base nas informações fornecidas, o registro contábil desse evento é:
a) Ativo Intangível 280.000 a Disponibilidades 280.000
b) Despesas 280.000
a Disponibilidades 280.000
c) Ativo Intangível 80.000 Despesas 200.000
a Disponibilidades 280.000
d) Despesas 80.000 Ativo Intangível 200.000
a Disponibilidades 280.000
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e) Despesas 80.000
Ativo Intangível 100.000 Perda por Imparidade 100.000
a Disponibilidades 280.000
Comentários
Resolvamos esta questão com base no Pronunciamento Contábil que trata do ativo intangível.
Nos termos do CPC 04:
54. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com
pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.
Portanto, até junho de 2009, o lançamento deve ser o que se segue:
D – Despesas 200.000
C – Disponibilidades 200.000
Posteriormente, o ativo atendeu o critério para reconhecimento. Senão vejamos. Segundo o CPC, três são as condições para que os itens acima sejam
considerados ativos intangíveis, a saber:
Em suma, é isto o que vocês precisam saber: um item será intangível quando atenda esses três requisitos cumulativamente: seja identificável; seja
controlável; seja gerador de benefícios futuros.
Portanto, o valor de R$ 80.000,00 deverá ser incorporado ao ativo, inicialmente ao custo.
Assim, o lançamento correspondente será:
D – Ativo intangível 80.000,00
C – Disponibilidades 80.000,00
Ativo Intangível
Identificável
Gerador de Benefícios Econômicos Futuros
Controlável
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Resta uma análise a se fazer, qual seja, a análise da recuperabilidade do ativo
intangível.
Vejam que o valor recuperável é maior do que o valor contábil, assim, em homenagem ao princípio da prudência, nenhum registro há que ser feito.
Unindo, por fim, os dois lançamentos, teremos:
D – Intangível (ativo) 80.000,00
D – Despesas (resultado) 200.000,00 C – Disponibilidades (ativo) 280.000,00
Gabarito C.
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) Conforme a Resolução CFC n.º
1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, assinale a opção CORRETA.
a) Uma entidade deverá testar, no mínimo a cada três anos, a redução ao valor
recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com
seu valor recuperável. b) Um ativo não está desvalorizado quando o valor recuperável excede o valor
contábil. c) Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao
valor recuperável, uma entidade deve fazer estimativa formal do valor
recuperável de todos os seus ativos imobilizados. d) As companhias de capital aberto estão obrigadas a avaliar trimestralmente
se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização.
2. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) De acordo com a Resolução CFC n.º 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, uma entidade deve divulgar em suas demonstrações contábeis as informações para cada classe de ativos. Com relação a este assunto, assinale a
opção INCORRETA.
(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por
desvalorização foram incluídas; (b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas
reversões foram incluídas; (c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido
em outros resultados abrangentes durante o período; (d) o valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas no
resultado do período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s) qual(is) essas reversões foram incluídas;
3. (Autoria própria) O CPC 01, devidamente revisado, prescreve que, a fim de
para checarmos possível desvalorização de ativos, sejam eles imobilizados, sejam eles intangíveis, o valor contábil deve ser comparado com:
a) Não há nas normas de contabilidade comparação a ser feita, em homenagem
ao princípio do registro pelo valor original. b) Valor em uso.
c) Valor recuperável
d) Valor líquido de venda
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e) Valor depreciável.
4. (Auditor do TCM PA/2008/FGV) A Empresa Industrial J, no ano t, efetuou
adequadamente o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do valor contábil de determinado equipamento, sabendo-se que:
I. O valor de registro original desse equipamento é $80.000,00. A depreciação
acumulada do equipamento, até a data do teste, é $50.000,00; II. O valor de mercado desse equipamento, na data do teste, é $32.000,00.
Caso a Empresa J vendesse o equipamento, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;
III. Caso a Empresa J não vendesse o equipamento e continuasse utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir 5.000 unidades do produto Ju
por ano pelos próximos 4 anos (assuma que a produção anual ocorra no final de cada ano). Ao final desse período, o equipamento se reduziria a sucata. O preço
de venda do produto Ju é $5,00 por unidade.
Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto
Ju é $3,00. O custo de capital da Empresa J é 10% ao ano;
IV. a Empresa J é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.
Segundo a Resolução CFC 1.110/07, indique o valor da variação que deverá sofrer o resultado da Empresa J.
(A) Entre $ –6.000,00 e $ –4.000,01.
(B) Entre $ –4.000,00 e $ –2.000,01. (C) Entre $ –2.000,00 e $ –0,01.
(D) Zero. (E) Entre $ 0,01 e $ 2.000,00.
5. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2008/FGV) Em consonância à Resolução CFC 1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser
apurado logo após o reconhecimento contábil do teste de recuperabilidade do valor contábil do imobilizado.
Sabe-se que:
- O valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a
Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;
- Caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000
unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto Espeto em t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do
produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma
que a produção anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no
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final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia.
Churrasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gastos
médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é $9,50;
- A Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer
tributo;
- O custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano;
- O Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido
reconhecido contabilmente é o seguinte:
(A) Maior que $19.200,00. (B) Entre $18.800,01 e 19.200,00.
(C) Entre $18.400,01 e 18.800,00. (D) Entre $18.000,01 e 18.400,00.
(E) Menor ou igual a $18.000,00.
6. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quais os elementos que devem ser considerados no cálculo do valor em uso do ativo?
a. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; e o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco; inflação e taxa de câmbio.
b. ( ) Expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela taxa
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de juros livre de risco; e o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo;
inflação e taxa de câmbio. c. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a
entidade espera obter com o ativo. d. ( ) Expectativas presentes dos fluxos de caixa futuros; taxa de juros ajustada
e livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo e ao setor empresarial; e outros fatores, tais como falta de liquidez, inflação, taxa de
câmbio, etc. e. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela
atual taxa de juros livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado
iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade
espera obter com o ativo.
7. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) De acordo com o CPC-01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, Vida Útil é
definida como:
a. ( ) apenas o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo, independentemente do número de unidades de produção que a entidade espera
obter ou produzir com esse ativo. b. ( ) o período de tempo, não superior ao ciclo operacional da entidade, no
qual a entidade espera usar um ativo. c. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo ou o número
de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo.
d. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo
de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando o ciclo operacional especifico da atividade da entidade.
e. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando sua vida remanescente
além do ciclo operacional especifico da atividade.
8. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quanto à unidade geradora de caixa, pode afirmar:
a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento.
b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na
demonstração do fluxo de caixa. c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que
gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
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d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que
gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes
das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos
9. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Determinada entidade, ao realizar os testes para a recuperabilidade de seus ativos, não encontrou mercado ativo
para sua unidade geradora de caixa, estimando, porém, que o correspondente valor em uso era de R$ 10 milhões. O valor contábil líquido da unidade
geradora de caixa registrava R$ 12 milhões. Nessa situação, a entidade deveria reconhecer o fato com reduções no ativo e no resultado do período pelo valor
da diferença de R$ 2 milhões.
10. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Ao realizar os testes para a
recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade realizou as estimativas para o valor recuperável de sua unidade geradora de caixa, encontrando um
valor realizável líquido de R$ 3,5 milhões e um valor de uso de R$ 3 milhões. O valor contábil líquido da unidade geradora de caixa está registrado como R$ 4
milhões. Nessa situação, a entidade deverá reconhecer uma perda ao valor recuperável de R$ 1 milhão.
11. (Agente Legislativo/FCC/2010) A empresa Lâmbda S.A. realizou o teste de
recuperabilidade de ativos e constatou a perda de valor em um ativo reavaliado, em montante inferior ao saldo da Reserva de Reavaliação. Essa
empresa deve:
a) manter o valor do bem, uma vez que o mesmo apresenta o valor reavaliado. b) lançar a perda a débito da conta de resultado, pelo valor total, realizando o
valor da reserva de reavaliação.
c) reverter a reserva de reavaliação do Patrimônio Líquido contra a conta de reserva de reavaliação no Ativo.
d) lançar a perda a crédito da conta de ajuste especial no Patrimônio Líquido. e) registrar contra a conta de reavaliação no Patrimônio Líquido, até o
montante do valor da perda.
12. (Analista de Controle Externo/TCE/GO/2009/FCC) De acordo com a Lei n° 11.638/07, um ativo intangível com vida útil econômica indefinida, após o
reconhecimento inicial,
a) deve ser amortizado. b) deve ser depreciado.
c) deve ser exaurido. d) deve ser trazido a valor presente.
e) está sujeito ao teste de recuperabilidade.
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13. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) Recentemente, foi instituída uma
obrigação acessória a ser observada por 100% das empresas, chamada “teste de impairment”, ou recuperabilidade dos ativos. Essa obrigação surge em um
contexto de mudança de paradigma no setor contábil. Nossa contabilidade, que, em alguns aspectos, acompanhava a escola americana, passou a observar os
pronunciamentos internacionais, os chamados IFRS (International Financial Reporting Standards). Isso permitirá, entre outros aspectos, que as
demonstrações contábeis de empresas brasileiras sejam inteligíveis aos investidores europeus. Com a contabilidade uniformizada, nossas empresas
gozarão de maior confiança, o que poderá resultar em maiores investimentos, contribuindo para alavancar o crescimento de nosso país. Essas alterações têm
demandado muitos estudos por parte dos contadores, para adaptar as empresas a essa nova realidade. Em termos práticos, já fazem parte da nossa
realidade a nota fiscal eletrônica, o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), etc. O impairment faz parte dessa nova realidade.” (Carvalho, Jornal
do CRC-SC) A respeito do impairment, consoante o disposto na Res. 1.292/10,
é correto afirmar que
(A) a recuperabilidade dos investimentos feitos nos estoques deve ser apurada por meio do valor de uso.
(B) a recuperabilidade de ativos advindos de planos de benefícios a empregados deve ser apurada por meio do valor de uso.
(C) a recuperabilidade de ativos financeiros que estejam dentro do alcance das normas do CFC que disciplinam instrumentos financeiros será apurada por meio
do valor de uso. (D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio exclusivamente do
valor de venda, não sendo permitida sua alocação em uma unidade geradora de caixa.
(E) a recuperabilidade do imobilizado será feita por meio do valor de uso ou de venda.
14. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) A respeito do impairment, consoante o disposto na Resolução CFC 1.292/10, é INCORRETO afirmar que:
a) o prazo para o teste de recuperabilidade dos ativos sugerido pelo CFC é de,
no mínimo, 10 anos. b) unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera
entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
c) ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de
caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades geradoras de caixa.
d) independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao
valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo
intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com
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seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser
executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem
ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente,
devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente. e) a capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros
suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na
fase em que ele já se encontra disponível para uso.
15. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) A empresa Inovação S.A. fez um novo investimento em uma nova unidade de negócios, no nordeste
brasileiro, no valor de R$ 1.000.000,00. Após um ano de funcionamento houve alagamento na região e inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de
negócios, neste momento, era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e
gastos com recuperação. Seu valor de venda apurado, mediante propostas formais de interessados a comprá-la, apresentava valor médio de R$
1.500.000,00 e o valor do fluxo de caixa descontado da unidade sugeria a recuperação do valor de R$ 800.000,00. Neste caso a empresa deverá
(A) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.
(B) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$ 600.000,00.
(C) manter o valor de custo de R$ 900.000,00. (D) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00.
(E) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.
16. (Prova de qualificação técnica de auditores independentes/CFC/2009) Com relação à divulgação de informações relativas aos ativos intangíveis, nos termos
da Resolução CFC n.º 1.139/08, que aprovou a NBC T 19.8, assinale a opção
CORRETA.
a) Na divulgação das informações a respeito desses ativos, a entidade deve fazer a distinção entre os ativos intangíveis gerados internamente e outros
ativos intangíveis. b) Deve-se informar a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer
amortização de ativo intangível for incluída, sendo dispensada, neste caso, a conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando
adições por aquisições ou desenvolvimento interno, entre outras. c) Para ativos intangíveis com vida útil definida, não se faz necessária a
divulgação dos métodos de amortização utilizados. d) É facultativa a informação do valor contábil bruto e eventual amortização
acumulada (mais as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do período, caso seja informada a movimentação ocorrida no período.
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17. (Prova de qualificação técnica de auditores independentes/CFC/2009) O
ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente, de acordo com a NBC T 19.8:
a) Deve ser reconhecido contabilmente como ativo, desde que seja possível
quantificá-lo. b) Não deve ser reconhecido como ativo.
c) Não deve ser reconhecido como ativo, a menos que seja avaliado por peritos e amortizado pelo prazo que vier a ser definido no laudo da avaliação.
d) Deve ser reconhecido como ativo, porém não deverá ser amortizado, somente submetido ao teste de valor recuperável.
18. (Questão de autoria própria) A Labtec Ltda é uma empresa de médio porte,
atuante no ramo químico-farmacêutico, e é bastante atuante na área de pesquisa de novos medicamentos.
Atualmente, seu mais promissor projeto de pesquisa refere-se a uma vacina para qualquer tipo de gripe, inclusive a gripe suína. O principal cientista
pesquisador da empresa estima que, em aproximadamente 6 meses, a vacina estará em condições de ser comercializada.
Entretanto, o contador da empresa já alertou diversas vezes que os altos custos
do laboratório de pesquisa (e deste projeto em particular) podem comprometer a situação financeira da empresa.
Indique a contabilização correta dos gastos do projeto de pesquisa, conforme o
CPC 04:
A) No ativo diferido, para ser amortizado posteriormente, no prazo de 10 anos. B) Como despesa, quando incorridos
C) No ativo intangível; mas, só será amortizado se a vacina tiver vida útil
limitada. D) Como receita diferida, no grupo Passivo Não Circulante
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial, no PL
19. O Laboratório Qfizer Remédios S/A, empresa multinacional de grande porte, demonstrou interesse em adquirir o projeto de pesquisa da Labtec. Após rápida
negociação, acertou-se a venda, com transferência de parte da equipe de pesquisa envolvida para o Laboratório Qfizer.
Indique a contabilização desta operação no Laboratório Qfizer:
A) D – Despesa (resultado)
C – Bancos (AC)
B) D – Receitas Diferidas (PNC)
C - Bancos (AC)
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C) D – Ativo diferido (ANC) C – Bancos (AC)
D) D – Ativo Intangível (ANC)
C – Bancos (AC)
E) D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL)
20. O Laboratório Qfizer imediatamente montou uma estrutura de pesquisa
exclusivamente para este projeto, incluindo equipamentos novos e vários de seus pesquisadores.
Indique a contabilização dos gastos com o projeto de pesquisa no Laboratório
Qfizer:
A) No ativo diferido, para ser amortizado posteriormente, no prazo de 10 anos.
B) Como despesa, quando incorridos C) No ativo intangível; mas, só será amortizado se a vacina tiver vida útil
limitada. D) Como receita diferida, no grupo Passivo Não Circulante
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial, no PL
Para responder as questões 21 e 22, considere os dois cenários alternativos apresentados abaixo
Cenário 1
Após 8 meses, os frutos começam a aparecer. O projeto de pesquisa transforma
em desenvolvimento de produto. A diretoria da empresa acredita que é viável
desenvolver a vacina de forma a disponibilizá-la para venda; tem intenção de concluir este projeto e usar a sua rede de distribuidores para comercializar a
vacina. O mercado potencial foi estimado em 12.000.000 de vacinas por ano.
21. Indique a contabilização da fase de desenvolvimento do produto:
A) No ativo diferido, para ser amortizado posteriormente, no prazo de 10 anos. B) Como despesa, quando incorridos
C) No ativo intangível D) Como receita diferida, no grupo Passivo Não Circulante
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial, no PL
22. Após desenvolver a vacina, o Laboratório consegue patente de exclusividade por 5 anos. Assinale a contabilização decorrente de tal fato:
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A) Os gastos com a aquisição do projeto de pesquisa e com o desenvolvimento
do produto, contabilizados no Ativo Intangível, serão amortizados em 5 anos. B) O custo de obtenção da patente ( despachantes, advogados, registro no
INPI) serão contabilizados como Investimentos C) Não irá gerar nenhuma contabilização, pois “patente” não pode ser
reconhecida como ativo. D) Irá para despesa no mês em que os gastos foram incorridos
E) Serão contabilizados no Ativo Diferido e amortizados em 10 anos
Cenário 2
O projeto fracassa. A vacina apresenta efeitos colaterais que inviabilizam o seu uso.
23. Em conseqüência, o Laboratório deverá:
A) Reconhecer a perda diretamente no PL, na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial
B) Manter o valor contabilizado em ativo permanentemente, pois não há mais base confiável e objetiva para efetuar a amortização
C) Transferir o projeto para “Investimentos destinados a negociação imediata”, e aguardar um possível comprador.
D) Não será necessária nenhuma contabilização E) Reconhecer a perda diretamente no Resultado.
24. (AFR/SEFAZ SP/2009) São características necessárias para a identificação
de um ativo Intangível
(A) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível.
(B) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a
mensuração de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.
(C) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. (D) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.
(E) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.
25. (FCC/Auditor Fiscal de Rondônia/2010) Sobre os ativos intangíveis gerados internamente pode-se afirmar que
a) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento, e em alguns casos,
identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis benefícios econômicos futuros.
b) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade.
c) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser
reconhecidos no ativo pelo valor do custo.
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d) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na
fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento.
e) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser reconhecidos no resultado.
26. (Auditor Fiscal da SEFAZ/SC/FEPESE/2010) Assinale a alternativa que
apresenta algumas contas pertencentes/registradas no sub-grupo “Ativos Intangíveis”.
a. ( ) Patentes, terrenos, prédios, franquias, direitos autorais.
b. ( ) Software, direitos autorais, veículos, licenças, marcas. c. ( )Licenças, patentes, marcas, direitos autorais, arrendamento mercantil
financeiro. d. ( ) Marcas, pesquisa e desenvolvimento (quando ativáveis), patente, direitos
autorais.
e. ( ) Terrenos, prédios, veículos, instalações, máquinas.
27. (Oficial de inteligência/ABIN/2010) A contabilização do ativo intangível baseia-se na sua vida útil e, conseqüentemente, um intangível com vida útil
definida deve ser amortizado periodicamente, o que não se aplica nos casos de intangíveis com vida útil indefinida, que não chegam a ser reconhecidos no
balanço patrimonial.
28. (MPU/Técnico de CI/2010/Cespe) Os gastos incorridos na fase de pesquisa de novos produtos devem ser reconhecidos como ativo intangível, uma vez que
esses gastos atendem às condições de reconhecimento de um ativo, sobretudo no que diz respeito à garantia mínima de provável geração de benefícios
futuros.
29. (Analista de Controle Externo/TCE/GO/FCC/2009) De acordo com a Lei n°
11.638/07, um ativo intangível com vida útil econômica indefinida, após o reconhecimento inicial,
a) deve ser amortizado.
b) deve ser depreciado. c) deve ser exaurido.
d) deve ser trazido a valor presente. e) está sujeito ao teste de recuperabilidade.
30. (ESAF/AFRFB/2012) A Cia. Mercúrio inicia em janeiro de 2009 uma pesquisa para desenvolvimento de um protótipo de captação de energia solar.
Quando concluído, será patenteado pela empresa. Até junho de 2009, a empresa já havia efetuado diversos gastos com pesquisa no valor de R$
200.000,00. Após essa data, com o avanço do processo de pesquisa, foi
possível definir um critério confiável de controle, acumulação, identificação e
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registro do Ativo Intangível. No final de 2009, os gastos da empresa com
pesquisas totalizaram R$ 280.000,00 e o valor recuperável do intangível incorporado foi de R$ 100.000,00.
Com base nas informações fornecidas, o registro contábil desse evento é:
a) Ativo Intangível 280.000
a Disponibilidades 280.000
b) Despesas 280.000 a Disponibilidades 280.000
c) Ativo Intangível 80.000
Despesas 200.000 a Disponibilidades 280.000
d) Despesas 80.000 Ativo Intangível 200.000
a Disponibilidades 280.000
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e) Despesas 80.000
Ativo Intangível 100.000 Perda por Imparidade 100.000
a Disponibilidades 280.000
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
QUESTÃO GABARITO
1 B
2 D
3 C
4 D
5 ANULADA
6 E
7 C
8 C
9 C
10 E
11 E
12 E
13 E
14 A
15 C
16 A
17 B
18 B
19 D
20 B
21 C
22 A
23 E
24 C
25 A
26 D
27 E
28 E
29 E
30 C