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Conversão de Energia II Aula 2.4 Departamento de Engenharia Elétrica Aula 2.4 Máquinas Rotativas Prof. João Américo Vilela

Aula 2_4 - Conversao de Energia II

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Conversão de Energia II

Aula 2.4

Departamento de Engenharia Elétrica

Aula 2.4

Máquinas Rotativas

Prof. João Américo Vilela

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Torque nas Máquinas Síncronas

Os anéis coletores da máquina síncrono servem para alimentar oenrolamento de campo (rotor) com corrente contínua.

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Anéis coletores de uma máquina síncronaEnrolamento de campo no rotor da

máquina síncrona.

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Torque nas Máquinas Síncronas

Corrente nos enrolamentos do rotor e do estator produzem forçasmagnetomotriz. Essa condição corresponde ao surgimento de pólosmagnéticos em ambos o estator e o rotor (veja figura abaixo). Oconjugado é produzido pela interação da força magnetomotriz do estator(campo girante) com a corrente no rotor.

Conversão de Energia II

Page 4: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

O torque pode ser calculado pela relação entre densidade de fluxo ecorrente no condutor, sendo sempre a corrente perpendicular ao fluxo.

iBsenliBF ,α⋅⋅⋅=

Dessa forma a corrente em todosos fios contribui para o movimentodo motor.

Torque nas Máquinas Síncronas

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Força Fmmrotor

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A defasagem entre a Fmm do rotor e do estator interfere no torque, poiscom um ângulo menor que 90º alguns condutores geram torque contrário.

O torque é função do módulo dasFmm e do ângulo entre elas,conforme pode ser visto no gráficoabaixo.

Fmmrotor

Torque nas Máquinas Síncronas

Conversão de Energia II

Força

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Como existe uma relação direta entre corrente no rotor e Fmm produzidapelo rotor. Assim, podemos calcular o torque em função das Fmms dorotor e estator, conforme equação abaixo.

( )erre senFFkT δ⋅⋅⋅−=

Quando δer é positivo o conjugado énegativo e a máquina estáfuncionando como gerador. De modo

Torque nas Máquinas Síncronas

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funcionando como gerador. De modosemelhante, um valor negativo de δercorresponde a um conjugadopositivo é, correspondentemente,funciona como motor.

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A constante k na equação do torque é obtida pelo método da co-energia,ficando a equação de torque da seguinte forma:

( )erre senFFg

lDpT δ

πµ⋅⋅⋅

⋅⋅⋅⋅

−=

22

0

Onde:

l = comprimento axial do entreferro;

Torque nas Máquinas Síncronas

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l = comprimento axial do entreferro;

D = diâmetro médio;

g = comprimento total do entreferro;

Fe = Fmm produzida no estator (composição das três fases), onda senoidal espacial.

Fr = Fmm produzida no rotor, onda senoidal espacial.

δer = ângulo de fase entre os eixos magnéticos em graus elétricos das ondas de Fmm do estator e do rotor

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Um gerador de 60 [Hz] síncrono trifásico de dois pólos ligado em Y erotor cilíndrico tem um enrolamento de campo com Nr espiras distribuídase um fator de enrolamento kr. O enrolamento de armadura tem Nfs espiraspor fase e fator de enrolamento ka. O comprimento do entreferro é g, e oraio médio do entreferro é r. O comprimento ativo do enrolamento dearmadura é l. As dimensões e os dados do enrolamento são:

Exercício

Nr = 68 espiras em série;Nfs = 18 espiras em série/fase;r = 0,53 [m];

kr = 0,945;ka = 0,933;g = 4,5 [cm];

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l = 3,8 [m];

Para uma corrente contínua de campo de Ir = 720 [A] e as correntes noestator são de 100 A/fase eficaz, calcule:a) O torque máximo produzido pelo motor nas condições especificadas?

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Torque no motor de Indução

No motor de indução todas as barras do rotor estão em curto circuito.

Campo girante induzindo tensão nas barras do rotor

Fluxo máximo na espira destacada.

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dt

dNe

φ⋅=Campo girante no ângulo Φ = 0.

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Torque no motor de Indução

Quando o fluxo é máximo a tensão induzida é zero, quando o fluxo é zeroa variação do fluxo é máxima e por consequência a tensão induzida émáxima.

Conversão de Energia II

dt

dNe

φ⋅=Campo girante no ângulo Φ = 90.

Page 11: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

Torque no motor de Indução

Rotor com características puramente resistiva

- Corrente em fase com a densidade de fluxo (tensão induzida)

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Fmmrotor

Page 12: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

Rotor com elevada reatância indutiva

- Corrente defasada da densidade de fluxo.

Torque no motor de Indução

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Fmmrotor

Page 13: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

O campo girante produzido noestator induz uma tensão nasbarras do rotor girantetambém.

Essas barras em curto-circuitoproduzem uma corrente quenão esta totalmente em fasecom a tensão induzida devidoa indutância do rotor

Torque no motor de Indução

Conversão de Energia II

O valor de Φ2 é função darelação entre reatância eresistência no rotor.

Fmm do rotor está defasadade mais de 90º graus elétricosda tensão induzida na barra,prejudicando o torque domotor.

Page 14: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

Torque no motor de Indução

Conversão de Energia II

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A tensão no rotor é induzida pelo campo girante produzido no estator, eestá sempre 90º defasada do campo girante. A corrente pode estardefasada da tensão induzida devido a característica reativa das barras dorotor.

( )erre senFFkT δ⋅⋅⋅=

Torque no motor de Indução

Fmmestator

Reescrevendo a equação em funçãodo ângulo ψ.

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Fmmrotor

( )ψcos⋅⋅⋅= re FFkT

do ângulo ψ.

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Torque no motor

Pela lei circuital de Ampère o percursoapresentado na figura “a” representa aFmm produzido pela corrente nas barrasdo rotor.

Considerando a distribuição de correntesenoidal a Fmm no percurso apresentadoé:

JdsenJF ⋅=α⋅α⋅= ∫π

2

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mmp JdsenJF ⋅=α⋅α⋅= ∫ 20

2

Onde:

Jm = valor de pico da densidade da lâmina de corrente no rotor;

F2p = representa a Fmm por par de pólos;

Page 17: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

m

p

rotor JF

Fmm ==2

2

Em lugar do condutor e da corrente quecircula nele, aproximamos para uma

O percurso apresentado na figura “a”envolve dois entreferro. Assim, a Fmm depico por pólo (por travessia do entreferro)é:

Torque no motor de Indução

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circula nele, aproximamos para umalâmina continua de corrente.

( ) α⋅α⋅=α⋅= dsenJdJi m

Vamos considerar os angulo em grauselétricos.

Page 18: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

A densidade de fluxo é produzida pelo campogirante do estator. Lâmina de corrente representa acorrente induzida no enrolamento do rotor.

Considerando uma defasagem ψ entre a densidade de fluxo e a lâmina de

Torque no motor de Indução

Conversão de Energia II

( )α⋅ψ+α⋅⋅⋅α⋅== dsenJlsenBBilF mme )())((

Considerando uma defasagem ψ entre a densidade de fluxo e a lâmina decorrente.

Calculo da força elementar (Fe) produzida numa faixa de correnteelementar do enrolamento de armadura.

Obs. a corrente no motor é perpendicular a densidade de fluxo

Page 19: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

O torque elementar é obtido multiplicando a força elementar pelo raio domotor.

α⋅ψ+α⋅α⋅⋅⋅⋅=⋅= dsensenrlJBrFT mmee )()(

Calculo do torque total desenvolvido na lâmina de corrente sobre um póloda distribuição de campo.

∫π

α⋅ψ+α⋅α⋅⋅⋅⋅= )()( dsensenrlJBT mmP

Torque no motor de Indução

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∫0

Page 20: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

Para um motor com p pólos o torque total será:

∫π

α⋅ψ+α⋅α⋅⋅⋅⋅⋅=0

)()( dsensenrlJBpT mm

Utilizando alguns artifícios trigonométricos obtemos:

)cos(2

ψ⋅π

⋅⋅⋅⋅⋅= rlJBpT mm

Torque no motor de Indução

Conversão de Energia II

2

A equação é válida para distribuições senoidais da densidade de fluxo e dedensidade de corrente.

Quando o angulo ψ é diferente de zero uma parcela da corrente gera torquecontrário o que produz uma redução do torque total.

Page 21: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

lrBlrB ⋅⋅⋅=

⋅⋅π⋅⋅

⋅=φ422

Área associada a um pólo do motor

lrp

Ap ⋅⋅π⋅=2

O fluxo máximo produzido pela bobina do estator (Φpico) é dado por:

Torque no motor de Indução

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lrBp

lrp

B mmpico ⋅⋅⋅=

⋅⋅π⋅⋅

π=φ

Page 22: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

Colocando o fluxo por pólo na equação de torque obtemos:

].)[cos(8

2mNJpT mpico ψ⋅⋅φ⋅⋅

π=

Onde:

p = número de pólos;

Φpico = fluxo máximo por pólo [Wb];

Jm = valor de pico da lâmina de corrente equivalente que representa uma distribuição ideal de ampère-condutor [A/rad];

Torque no motor de Indução

Conversão de Energia II

distribuição ideal de ampère-condutor [A/rad];

ψ = ângulo de deslocamento de fase entre o início da lâmina de corrente e o início da onda de densidade de fluxo debaixo de um pólo;

Page 23: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

A distribuição de ampère-condutores (lâmina de corrente) se relacionacom a Fmm produzida no rotor.

mr JFmm =

Relembrando que o valor de pico da Fmm por pólo é:

Torque no motor de Indução

rr

rr Ip

NkFmm ⋅⋅⋅=

π

4

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Onde:

Ir = corrente de pico no enrolamento do rotor [A];

p = número de pólos;

kr = fator de enrolamento do rotor;

Nr = número de espiras no enrolamento do rotor.

Page 24: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

O principio de geração de torque no motor de indução é semelhante ao domotor síncrono. Contudo, no motor de indução a corrente é induzida norotor.

)cos(8

2 ψφπ

⋅⋅⋅⋅= rpico FmmpT

Torque no motor de Indução

lrB ⋅⋅⋅=4

φ

A relação entre fluxo de pico é densidade de fluxo é:

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lrBp

mpico ⋅⋅⋅=4

φ

Obtendo assim:

)cos(4

8

2 ψπ

⋅⋅

⋅⋅⋅⋅⋅= rm FmmlrB

ppT

Page 25: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

A equação de torque fica:

Torque no motor de Indução

A relação entre densidade de fluxo produzida no estator e a Fmme docampo girante produzido no estator.

)cos(2

ψπ

⋅⋅⋅⋅⋅⋅= rm FmmlrBpT

HBm ⋅= 0µ gHgBm ⋅⋅=⋅⇒ 0µ em FmmgB ⋅=⋅⇒ 0µ

Conversão de Energia II

assim:

HBm ⋅= 0µ gHgBm ⋅⋅=⋅⇒ 0µ em FmmgB ⋅=⋅⇒ 0µ

g

FmmB e

m

⋅= 0µ

)cos(2

0 ψµπ

⋅⋅⋅⋅

⋅⋅⋅= r

e Fmmlrg

FmmpT

Page 26: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

Reorganizando a equação

Torque no motor de Indução

Considerando que o diâmetro dividido por dois é igual ao raio.

)cos(2

0 ψπµ

⋅⋅⋅⋅⋅⋅

⋅= re FmmFmmg

lrpT

)cos(22

0 ψπµ

⋅⋅⋅⋅

⋅⋅⋅⋅= re FmmFmm

g

lDpT

Conversão de Energia II

)cos(22

ψ⋅⋅⋅⋅

⋅= re FmmFmmg

T

Page 27: Aula 2_4 - Conversao de Energia II

O ângulo entre Fmm do estator edistribuição de corrente no rotor é ψ.Defasado de 90º temos a Fmmproduzida no rotor.

Torque no motor de Indução

Fmmestator

( )090)cos( += ψψ sen

090+=ψδer

Conversão de Energia II

assim:

)(2

0erre senFmmFmm

g

lrpT δ

πµ⋅⋅⋅

⋅⋅⋅⋅=

Fmmrotor

Essa equação é idêntica a equação de torque da máquina síncrona.