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Processo e Procedimentos Administrativos

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Processo e Procedimentos Administrativos

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POLICIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DIRETORIA GERAL DE ENSINO CATPJM/2013

Estudo Dirigido Disciplina: Processo e Procedimentos Administrativos.

Aula 01: Entendendo o Flagrante.

OBJETIVOS DESTA AULA

Nesta aula, você irá:

Identificar o conceito de flagrante, Reconhecer as modalidades de flagrante, Analisar os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema, Compreender os procedimentos relativos a lavratura do flagrante.

INTRODUÇÃO: Na presente aula voltaremos a atenção para a conceituação do que é flagrante, sendo este um passo fundamental para o entendimento do objeto a ser estudado e , consequentemente, reconheceremos as modalidades de flagrante delito, analisaremos os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema, bem como, Compreenderemos os pontos principais relativos a lavratura do flagrante. No final dessa aula você será capaz de: 1 - Identificar o conceito de flagrante, 2 - Reconhecer s modalidades de flagrante,, 3 - Analisar os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema,

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4 - Compreender os procedimentos relativos a lavratura do flagrante.

BIBLIOGRAFIA AMIN MIGUEL, Cláudio e COLDIBELLI. Nelson. Elementos de Direito Processual Penal Militar, Rio de Janeiro, Ed. Lumem Juris – 2000. LOUREIRO NETO, José da Silva. Lições de Processo Penal Militar. São Paulo, Ed. Saraiva, 1992. GIULIANI, Ricardo Henrique Alves. Direito Processual Penal Militar. Porto Alegre, Ed. Verbo Jurídico – 2007.

MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. 10ª Ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2001.

APRENDA MAIS!

solatelie.com/cfap/pdf/parte_M5.pdf

SÍNTESE DA AULA

Nesta aula, você:

- Compreendeu o conceito de flagrante, - Aprendeu a reconhecer as modalidades de flagrante, - Analisou os aspectos que possibilitam refletir sobre o tema, - Compreendeu os procedimentos relativos a lavratura do APFD.

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PRÓXIMA AULA

Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:

- Assunto 1. Inquérito Policial Militar.

- Assunto 2. Sindicância.

Assunto 3. Averiguação.

Assunto 4. Auto de Resistência ( Lesão Corporal Decorrente de Intervenção Policial).

AULAS

Conteúdo Online CONTEUDISTA

LUIS CARLOS DA SILVA CAP PM QOA RG 51.647.

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POLICIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DIRETORIA GERAL DE ENSINO

CATPJM/2013

Estudo Dirigido

Disciplina: Processo e Procedimentos Administrativos.

Aula 02: Entendendo o Inquérito Policial Militar, Sindicância, Averiguação e o Auto de Resistência ( Lesão Corporal Decorrente de Intervenção Policial).

OBJETIVOS DESTA AULA

Nesta aula, você irá:

- Identificar o conceito de Inquérito Policial Militar, Sindicância, Averiguação e Auto

de Resistência ( Lesão Corporal Decorrente de Intervenção Policial);

- Reconhecer as diversas modalidades de procedimentos apuratórios existentes na

PMERJ;

- Analisar os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema; e

- Compreender os procedimentos relativos a correta elaboração do Inquérito Policial

Militar, Sindicância, Averiguação e Auto de Resistência (Lesão Corporal Decorrente

de Intervenção Policial) .

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INTRODUÇÃO: Na presente aula voltaremos a atenção para a conceituação do que é o Inquérito Policial Militar, Sindicância, Averiguação e Auto de Resistência ( Lesão Corporal Decorrente de Intervenção Policial), sendo este um passo fundamental para o entendimento do objeto a ser estudado e , consequentemente, reconheceremos as diversas modalidades de procedimentos apuratórios existentes na PMERJ, analisaremos os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema, bem como, Compreenderemos os pontos principais relativos a correta elaboração do Inquérito Policial Militar, Sindicância, Averiguação e Auto de Resistência ( Lesão Corporal Decorrente de Intervenção Policial). No final dessa aula você será capaz de: 1 - Identificar o conceito de Inquérito Policial Militar, Sindicância, Averiguação e Auto de Resistência ( Lesão Corporal Decorrente de Intervenção Policial), 2 - Reconhecer as diversas modalidades de procedimentos apuratórios existentes na PMERJ, 3 - Analisar os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema, 4 - Compreender os pontos principais relativos a correta elaboração do Inquérito Policial Militar, Sindicância, Averiguação e Auto de Resistência ( Lesão Corporal Decorrente de Intervenção Policial).

BIBLIOGRAFIA

M-5 (Manual de Inquérito Policial Militar e Auto de Prisão em

Flagrante Delito), publicado em Bol PM n.º 163, datado de 14 Out 1983.

APRENDA MAIS!

dc382.4shared.com/doc/vuu3DCfe/preview.html

http://www.sedh.gov.br/clientes/sedh/sedh/2013/01/08-jan-13-nota-publica-sobre-

resolucao-do-cddph-que-recomenda-o-fim-do-uso-do-termo-auto-de-resistencia

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SÍNTESE DA AULA

Nesta aula, você:

- Compreendeu o conceito de Inquérito Policial Militar, Sindicância, Averiguação e Auto

de Resistência (Lesão Corporal Decorrente de Intervenção Policial);

- Aprendeu a reconhecer as diversas modalidades de procedimentos apuratórios

existentes na PMERJ;

- Analisou os aspectos que possibilitam refletir sobre o tema; e

- Compreendeu os procedimentos relativos a correta elaboração do Inquérito Policial

Militar, Sindicância, Averiguação e Auto de Resistência (Lesão Corporal Decorrente de

Intervenção Policial).

PRÓXIMA AULA

Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:

- Assunto 1. Deserção.

- Assunto 2. Comissão de Revisão Disciplinar.

- Assunto 3. Conselho de Disciplina.

AULAS Conteúdo Online

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Inquérito Policial Militar

Conceito: Procedimento administrativo informativo, de índole inquisitiva,

destinado a ministrar elementos de autoria e materialidade ao membro do

Ministério Público para o oferecimento da denúncia, ou não.

Competência: Polícia Judiciária Militar – É competência legal, diferente

da competência dos Delegados de Polícia Civil e Federal (ver art. 144 da

CRFB/88). Há quem entenda que existe competência constitucional da polícia

judiciária, por exceção.

A Polícia Judiciária Militar

Finalidade do inquérito

Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos

termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução

provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à

propositura da ação penal.

Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames,

perícias e avaliações realizadas regularmente no curso do inquérito, por peritos

idôneos e com obediência às formalidades previstas neste Código.

Atribuições da Polícia Judiciária Militar Prisão e Ratificação da Prisão em Flagrante;

Apreensão de objetos e instrumentos do crime;

Isolamento do local do crime;

Reconstituição simulada dos fatos;

Oitiva de testemunhas;

Execução de Perícias técnicas;

Cumprimento de requisições ministeriais e judiciais; e

Cumprimento de mandados de prisão, etc.

Sequência lógica do IPM (não se perca!) (vide página 105, do M-5).

Capa (Aqui está a autuação. É a folha nº 01)

Portaria do encarregado.

Compromisso do Escrivão.

Nomeação do Escrivão

Portaria determinando a Instauração do IPM.

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Conclusão.

Despacho.

Recebimento.

Certidão.

Juntada.

Conclusão.

Relatório (art. 22 do CPM).

Remessa.

Solução.

INQUÉRITO POLICIAL MILITAR – CONFECÇÃO – DETERMINAÇÃO AOS ENCARREGADOS.

Considerando o excessivo número de formalidades e procedimentos não

observados pelos encarregados de IPM;

Considerando que as principais fontes legais para a confecção de um IPM

são a CRF/88B, CPPM, CPM e o M-5 (Manual de Inquérito PolicialMilitar e Auto de Prisão

em Flagrante de Delito);

Considerando que o Comandante Geral da PMERJ é a maior autoridade no

exercício da competência originária dentre as autoridades de polícia judiciária militar, que

delega aos encarregados de IPM a atribuição de polícia judiciária militar (CPPM, art. 7º);

Considerando que os encarregados de IPM também podem ser

responsabilizados administrativamente e/ou criminalmente por erros cometidos durante a

apuração;

Considerando que o IPM é procedimento administrativo inquisitorial, onde

não incidem as garantias constitucionais da ampla defesa e contraditório, sendo ele um

instrumento de suma importância para a Administração da justiça e para a Corporação;

Face o exposto, o Comandante Geral, no uso de suas atribuições, elenca as

falhas mais comuns na confecção de IPM, e determina aos encarregados que doravante

não cometam tais erros durante a confecção do procedimento, sob o risco de serem

penalizados administrativamente e/ou criminalmente.

1.Falta de autuação nas peças exordiais (“autue-se” com a respectiva data, rubrica e

carimbo do encarregado) nos autos do IPM (CPPM, art. 21);

2.Termos - conclusão, recebimento, certidão e juntada, usados de forma incorreta;

3.Utilização indevida do Termo de Juntada para documentos expedidos pelo

Encarregado de IPM, quando somente é utilizado o Termo em comento por ocasião de

documentos recebidos, ou seja, os documentos que “vem de fora” (inclusive ofícios de

apresentação de policiais militares), assim como do despacho de “julgo procedente

junte-se aos autos”, no documento ou documentos a serem juntados, no qual deverá ser

feito pelo encarregado do IPM;

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4.Termo de inquirição superficial, deixando de aprofundar questões relevantes como, por

exemplo, procedência de veículo, armamento, telefone celular, além da não utilização do

termo de acareação por ocasião de depoimentos contraditórios;

5.Falta de auditoria via GPS, quando necessário;

6.Falta de ficha disciplinar do Indiciados e Ofícios de apresentação;

7.Utilização do termo ‘convite’ ao invés de ‘notificação’ (CPPM, art. 347);

8.Relatório bastante sucinto, não descrevendo de forma detalhada o que foi apurado,

conforme prevê o M-5 (OBJETIVO DO IPM, DILIGÊNCIAS REALIZADAS e

RESULTADOS OBTIDOS e CONCLUSÃO). Em síntese, cumprir rigorosamente o

disposto no artigo 22, do CPPM, principalmente quanto a necessidade do Pedido de

Prisão Preventiva – PP do indiciado;

9.Falta de comunicação à CIntPM quando concedida prorrogação de prazo pela

promotoria em exercício junto à AJMERJ;

10. Quando da confecção do relatório não mencionar se houve transgressão da

disciplina (e qual) por parte dos envolvidos no procedimento, além de infração penal

militar;

11. Falta de perícia nos crimes que deixam vestígios, tais como: lesão corporal,

homicídio etc (CPPM, art. 328);

12. Amarração incorreta e capa imprópria para os autos;

13. Não observância das medidas preliminares a serem adotadas (CPPM, art. 12);

14. Denominação incorreta das pessoas ouvidas no procedimento, tais como:

declarante, envolvido, depoente. No IPM o sujeito é ouvido como INDICIADO,

TESTEMUNHA ou OFENDIDO, dependendo de cada situação;

15. Termo de Encerramento de Volume (O termo de encerramento só se usa na fase

judicial, por ordem da autoridade judiciária competente); e,

16. Atraso na remessa dos autos à CIntPM para posterior solução do Comandante

Geral. Tal fato acarreta prejuízos tanto para a administração como para a justiça.

( Fonte Bol da PM n.º 080, datado de 05 Jun 2008).

Conclusões

a) O Inquérito Policial Militar não é processo.

b) O Inquérito Policial Militar não é o único suporte probatório para o

oferecimento de denúncia (ver art. 28 do CPPM).

c) O membro do MP não pode presidir inquérito policial militar.

O MP é o fiscal externo da atividade de polícia judiciária militar. Nem ele,

nem o Juízo da AJMERJ determinam avaliação de aspecto disciplinar.

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Dispensa de Inquérito

Art. 28. O inquérito poderá ser dispensado, sem prejuízo de

diligência requisitada pelo Ministério Público:

a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por

documentos ou outras provas materiais;

b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito

ou publicação, cujo autor esteja identificado;

c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal

Militar.

Desacato

Art. 341. Desacatar autoridade judiciária militar no exercício da função ou

em razão dela.

Desobediência a decisão judicial

Art. 349. Deixar, sem justa causa, de cumprir decisão da Justiça Militar, ou retardar ou fraudar o seu cumprimento.

Publicações importantes – Bol PM nº 083, de 07 de maio de 2001

(Instruções Reguladoras à Resolução GPGJ nº 971/2001); Bol PM nº 132, de 22 de julho

de 2003 (Ofício nº 163/MP/AJMERJ/03); Bol PM nº 138, de 30 de julho de 2003

(Provimento nº 01/2003); Bol PM nº 137, de 28 de julho de 2004; Bol PM nº 012, de 16

de agosto de 2004 (NI nº 004/2004); Bol PM nº 150, de 15 de agosto de 2006; Bol PM nº

177, de 24 de setembro de 2007(ver Boletim Reservado da PM número 08, de 28 de

fevereiro de 2008); Bol PM nº 061, de 07 de maio de 2008.

SINDICÂNCIA

Instaura-se nos casos de existência de indícios de cometimento de crime

Comum.

Atualmente, não existe modelo a ser seguido em sua confecção, em épocas

pretéritas estava em vigor a norma contida no Tópico nº. 2 da 4ª parte do Bol PM nº. 70

de 19 Abr 05, que versava sobre instruções para a confecção de Sindicância,

Averiguação e investigação sigilosa, todavia, tal norma foi tornada insubsistente,

consoante publicação inserta em Bol da PM n.º 175, datada de 21 de Setembro de

2001.

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AVERIGUAÇÃO

Instaura - se Averiguação nos casos de transgressão da disciplina, apuração

de constatação de tempo a ser averbado (INSS e outros), habilitação à percepção de

salário família, autenticidade de certificados ou diplomas, acidentes em serviços e outros

procedimentos apuratórios menos complexos.

Devemos atentar para a norma constante no art. 3º, do Decreto 544, datado

de 07 de Janeiro de 1976, pois não se aplica o disposto no citado Decreto, quando o

Acidente for resultado de crime doloso, transgressão disciplinar, imprudência ou desídia

do policial militar acidentado ou de subordinado seu com a sua aquiescência, nestes

casos, segundo o § único do artigo linhas acima citado, deverá ser instaurado um

Inquérito Policial Militar , nos casos de indícios de cometimento de crime militar, ou uma

Sindicância nos casos de indícios de cometimento de crime comum.

Todo confronto armado, envolvendo policiais militares de serviço em que

resultem civis mortos e/ou feridos, deverá ensejar a instauração de uma

AVERIGUAÇÃO, conforme publicação contida no Bol da PM n.º 062, datado de 14 de

Setembro de 2001.

Outrossim, conforme orientação constante na Resolução n.º 08, da

Secretaria Especial dos Direitos Humanos, datado de 20 de Dezembro de 2012, deve-se

evitar designações genéricas como “autos de resistência”, promovendo o registro, com o

nome técnico de “lesão corporal decorrente de intervenção policial” ou

homicídio decorrente de intervenção policial”, conforme o caso.

CONTEUDISTA LUIS CARLOS DA SILVA

CAP PM QOA RG 51.647.

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POLICIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DIRETORIA GERAL DE ENSINO

CATPJM/2013

Estudo Dirigido Disciplina: Processo e Procedimentos Administrativos.

Aula 03: Entendendo a Ausência e a Deserção, a Comissão de Revisão

Disciplinar e o Conselho de Disciplina .

OBJETIVOS DESTA AULA

Nesta aula, você irá:

- Identificar o conceito de Ausência, Deserção, Comissão de Revisão Disciplinar e do

Conselho de Disciplina;

- Reconhecer algumas das modalidades de procedimentos e processos apuratórios

existentes na PMERJ;

- Analisar os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema; e

- Compreender os procedimentos relativos a correta confecção do termo de

ausência, Deserção, Comissão de Revisão Disciplinar e do Conselho de Disciplina.

INTRODUÇÃO: Na presente aula voltaremos a atenção para a conceituação do que é o Termo de Ausência, a Deserção, Comissão de Revisão Disciplinar e Conselho de Disciplina, sendo este um passo fundamental para o entendimento do objeto a ser estudado e , consequentemente, reconheceremos algumas modalidades de procedimentos e processos apuratórios existentes na PMERJ, analisaremos os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema, bem como, Compreenderemos os pontos principais relativos a correta elaboração do Termo de Ausência, Deserção, Comissão de Revisão Disciplinar e Conselho de Disciplina No final dessa aula você será capaz de: 1 - Identificar o conceito de Termo de Ausência, Deserção, Comissão de Revisão Disciplinar e do Conselho de Disciplina 2 - Reconhecer algumas das modalidades de procedimentos e processos apuratórios existentes na PMERJ, 3 - Analisar os aspectos que possibilitem refletir sobre o tema, 4 - Compreender as principais controvérsias relativas a correta elaboração do Termo de Ausência, Deserção, Comissão de Revisão Disciplinar e Conselho de Disciplina

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BIBLIOGRAFIA M-5 (Manual de Inquérito Policial Militar e Auto de Prisão em Flagrante Delito), publicado em Bol PM n.º 163, datado de 14 Out 1983.

APRENDA MAIS!

dc382.4shared.com/doc/vuu3DCfe/preview.html

http://www.sedh.gov.br/clientes/sedh/sedh/2013/01/08-jan-13-nota-publica-sobre-

resolucao-do-cddph-que-recomenda-o-fim-do-uso-do-termo-auto-de-resistencia

SÍNTESE DA AULA

Nesta aula, você:

- Compreendeu o conceito de Termo de Ausência, Deserção, Comissão de Revisão

Disciplinar e Conselho de Disciplina;

- Aprendeu a reconhecer as algumas das modalidades de procedimentos e processo

apuratórios existentes na PMERJ;

- Analisou os aspectos que possibilitam refletir sobre o tema; e

- Compreendeu os procedimentos relativos a correta elaboração do Termo de Ausência,

Deserção, Comissão de Revisão Disciplinar e Conselho de Disciplina.

Conteúdo Online

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CÓDIGO PENAL MILITAR

Deserção

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CAPÍTULO II - DA DESERÇÃO

Deserção

Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que

deve permanecer, por mais de oito dias:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR

TÍTULO II - DOS PROCESSOS ESPECIAIS

CAPÍTULO I - DA DESERÇÃO EM GERAL

Termo de Deserção. Formalidades Art. 451. Consumado o crime de deserção, nos casos previstos na lei penal militar, o

comandante da unidade, ou autoridade correspondente, ou ainda a autoridade superior, fará

lavrar o respectivo termo imediatamente, que poderá ser impresso ou datilografado, sendo

por ele assinado e por duas testemunhas idôneas, além do militar incumbido da lavratura.

§ 1° A contagem dos dias de ausência, para efeito da lavratura do termo de deserção,

iniciar-se-á à zero hora do dia seguinte àquele em que for verificada a falta injustificada do

militar.

§ 2° No caso de deserção especial, prevista no art. 190 do Código Penal Militar , a lavratura

do termo será, também, imediata.

{"Caput" e parágrafos com redação dada pela Lei n° 8.236, de 20 de setembro de 1991.}

Efeitos do termo de deserção

Art. 452. O termo de deserção tem o caráter de instrução provisória e destina-se a fornecer

os elementos necessários à propositura da ação penal, sujeitando, desde logo, o desertor à

prisão.

{Redação dada pela Lei n° 8.236, de 20 de setembro de 1991.}

CAPÍTULO III - DO PROCESSO DE DESERÇÃO DE PRAÇA, COM OU SEM GRADUAÇÃO, E DE PRAÇA ESPECIAL, NO EXÉRCITO

Inventário dos bens deixados ou extraviados pelo ausente

Art. 456. Vinte e quatro horas depois de iniciada a contagem dos dias de ausência de uma

praça, o comandante da respectiva subunidade, ou autoridade competente, encaminhará

parte de ausência ao comandante ou chefe da respectiva organização, que mandará

inventariar o material permanente da Fazenda Nacional, deixado ou extraviado pelo

ausente, com a assistência de duas testemunhas idôneas.

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{Art. 456 "caput" com redação dada pela Lei n° 8.326, de 20 de setembro de 1991.}

§ 1° Quando a ausência se verificar em subunidade isolada ou em destacamento, o

respectivo comandante, oficial ou não, providenciará o inventário, assinando -o com duas

testemunhas idôneas.

{§ 1° com redação dada pela Lei n° 8.326, de 20 de setembro de 1991.}

Parte de deserção

§ 2° Decorrido o prazo para se configurar a deserção, o comandante da subunidade, ou

autoridade correspondente, encaminhará ao comandante, ou chefe competente, uma parte

acompanhada do inventário.

{§ 2° com redação dada pela Lei n° 8.326, de 20 de setembro de 1991.}

Lavratura do termo de deserção

§ 3° Recebida a parte de que trata o parágrafo anterior, fará o comandante, ou autoridade

correspondente, lavrar o termo de deserção, onde se mencionarão todas as circunstâncias

do fato.

Esse termo poderá ser lavrado por uma praça, especial ou graduada, e será assinado pelo

comandante e por duas testemunhas idôneas, de preferência oficiais.

{§ 3° com redação dada pela Lei n° 8.326, de 20 de setembro de 1991.}

Exclusão do serviço ativo, agregação e remessa à auditoria

§ 4º Consumada a deserção de praça especial ou praça sem estabilidade, será ela

imediatamente excluída do serviço ativo. Se praça estável, será agregada, fazendo-se, em

ambos os casos, publicação em boletim ou documento equivalente, do termo de deserção e

remetendo-se, em seguida, os autos à Auditoria competente.

{§ 4° com redação dada pela Lei n° 8.236 de 20 de setembro de 1991.}

Exclusão do serviço ativo

§ 5° Comprovada a deserção de cadete, sargento, graduado ou soldado, será ele

imediatamente excluído do serviço ativo, fazendo-se, nos livros respectivos, os devidos

assentamentos e publicando-se, em boletim, o termo de deserção.

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Modelo 1: Parte de ausência POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CP___ (OPM)

(cidade), em....... /........ / ...

Do................

Ao Sr. ......................

Assunto: Parte de ausência - faz.

Participo-vos que o …...................(posto ou graduação/RG/nome completo) acha-

se faltando ao quartel desde __________ (data em que se configurou a falta ao serviço), sem causa justificada, completando, a zero hora de hoje, vinte e quatro horas de ausência.

(Assinatura – Posto/RG/ nome completo do Comandante da subunidade)

Modelo 2: Publicação de ausência

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CP___ (OPM)

AUSÊNCIA - INVENTARIO Conforme comunicação do ............. (Comandante da subunidade), o

…................... (posto ou graduação/RG/nome completo), está faltando ao quartel desde ....................., completando, em ....................., vinte e quatro horas de ausência. Em consequência, determino que:

1- Ao ….............. (Comandante da subunidade) para proceder ao inventário dos bens deixados ou extraviados pelo ausente, ficando designados os ...................... (posto ou graduação/RG/nome completo) e ............................. (posto ou graduação/RG/nome completo) para, como testemunhas, o assistirem.

2- Ao Comandante da subunidade para realizar os planos de chamada ao ausente como forma localizá-lo e impedir a consumação da deserção.

3- Aos Oficiais de Dia para lançarem, diariamente, as faltas ao serviço da praça no pernoite até que se consuma o crime de de deserção, caso ele não seja localizado.

Quartel, em …....... de ...................... de .............. .

(Assinatura – Posto/RG/ nome completo do Comandante da subunidade)

Page 21: Aula01ok_APFD

Modelo 3: Inventario

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CP___ (OPM)

(cidade), em....... /........ / ........ .

Do................

Ao Sr. ......................

Assunto: Inventário de bens - faz

Inventario dos bens deixados pelo …................... (posto ou graduação/RG/nome completo), realizado com assistência das testemunhas ..................... e ....................., designadas em Boletim Interno nº .................., de ....................., e abaixo assinadas:

Fardamento não vencido: nenhum foi encontrado (ou, foram encontradas tais e tais peças).

Equipamento: nenhum foi encontrado (ou, tinha em seu poder tais e tais, não sendo encontrados

tais e tais).

Armamento: nenhum tinha em seu poder (ou, tinha em seu poder tais e tais, não sendo

encontrados tais e tais).

Bens particulares: nenhum foi encontrado (ou, foram encontradas tais e tais, que se acham

depositados no ......................).

(Seguem-se as assinaturas do comandante da subunidade e das testemunhas).

Modelo 4: Parte comunicando a consumação da deserção

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CP___ (OPM)

(cidade), em....... /........ / ........ .

Do................

Ao Sr. ......................

Assunto: Deserção - Participação Participo-vos que o …................... (posto ou graduação/RG/nome completo), filho

de ..................... e .................................., natural de ......................., Estado de ......................, nascido em ...................., praça de ............................, faltando ao quartel desde o dia ,......................... do corrente, completou, a zero hora de hoje, os dias de ausência que a lei determina para que se constitua e consume o crime de deserção.

Nada levou nem extraviou do seu fardamento não vencido, e, bem assim, do equipamento e armamento, não tendo sido encontrado, tampouco, qualquer bem particular a ele pertencente, conforme se vê do inventario que a esta acompanha (ou, levou as peças constantes do inventario que a esta acompanha).

Diligencias foram realizadas no sentido de localizar o referido..........................., em sua residência, na de seus familiares ....................(nome completo/IFP/CPF) e ........................ (nome completo/IFP/CPF), tendo sido, ainda, expedido aviso a (unidade

responsável pelo policiamento ostensivo, RP, por exemplo), tudo sem qualquer resultado.

(Assinatura – Posto/RG/ nome completo do Comandante da subunidade)

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Modelo 5: Despachos no termo de deserção. …....... BPM - Gabinete do Comandante da OPM 1- Ciente. 2- Providencie o Chefe da P/1 quanto a lavratura do termo de deserção, a coleta

das assinaturas e sua publicação em Boletim Interno. 3- Providencie a Secretaria a expedição de ofício à Diretoria Geral de Pessoal,

comunicando sobre a deserção e remetendo cópia da publicação do termo de deserção. 4- Providencie a Secretaria a expedição de ofício à Diretoria de Finanças, solicitando

a sustação do pagamento do …..................... e remetendo cópia da publicação do termo de deserção.

5- Providencie a Secretaria a juntada de todos os documentos, incluindo o termo de deserção e de sua publicação em Boletim Interno, para a instrução provisória de deserção (ou autos de deserção) e o seu encaminhamento imediato ao juízo da Auditoria de Justiça Militar (AJMERJ).

Em …. de ….......... de …........

(Assinatura – Posto/RG/ nome completo do Comandante da OPM)

Modelo 6: Termo de deserção.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CP___ (OPM)

TERMO DE DESERÇÃO

Aos............. dias do mês de ......................... do ano de .............................., nesta cidade de .............., Estado de ..........................., no quartel do ......................., presentes o senhor F..............., (posto e nome), comandante, e as testemunhas .......... e ............ (postos/RG/nomes completos), por mim ............ (posto, nome e função), foram lidas as partes de ............, das quais consta estar o.................. F., natural de...................., Estado de ........................., filho de ................. e da ................, nascido em .................... faltando ao quartel desde o dia (ou conforme o caso), tendo completado em ..................... os dias de ausência que constituem o crime de deserção. E, para que conste do processo a que, na forma da lei, será submetido perante a Justiça Militar, lavrou-se este termo, que vai assinado pelo comandante do ....................... e pelas testemunhas, todos acima nomeados. Eu (assinatura, posto e função), o datilografei.

(Seguem-se as assinaturas)

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Modelo 7: Parte comunicando a captura ou apresentação voluntária do desertor

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CP___ (OPM)

(cidade), em....... /........ / ........ .

Do................

Ao Sr. ......................

Assunto: Captura (ou apresentação voluntária) - Participação

Participo-vos que o …................... (posto ou graduação/RG/nome completo), filho

de ..................... e .................................., natural de ......................., Estado de ......................, nascido em ...................., praça de ............................, que se encontrava na condição de desertor desde o dia …..........., apresentou-se voluntariamente no dia …......, por volta das …........., na …...... (ou foi capturado no dia ….., às …....., em ….............., em razão de …..........), sendo o mesmo encaminhado à ….DP para registro de sua captura (ou apresentação voluntária) e, logo em seguida, ao ….......... (nosocômio da PMERJ) para fins de inspeção de saúde e, por fim, sua apresentação na Unidade Prisional para que o mesmo fique preso à disposição da Justiça Militar.

Seguem em anexo a documentação pertinente ao fato.

(Assinatura – Posto/RG/ nome completo do Comandante da subunidade ou Oficial

de Dia)

Modelo 8: Despachos no termo de deserção. …....... BPM - Gabinete do Comandante da OPM 1- Ciente. 2- Providencie o Chefe da P/1 quanto a lavratura do termo de captura (ou de

apresentação voluntária), a coleta das assinaturas e sua publicação em Bo letim Interno. 3- Providencie a Secretaria a expedição de ofício à Diretoria Geral de Pessoal,

comunicando sobre a captura (ou de apresentação voluntária) e remetendo cópia da publicação do referido termo.

4- Providencie a Secretaria a expedição de ofício à Diretoria de Finanças, solicitando o retorno do pagamento dos vencimentos do …................, após a publicação de sua reinclusão (ou reversão) em Boletim da PM.

5- Providencie a Secretaria a juntada do termo captura (ou de apresentação voluntária), de sua publicação em Boletim Interno e da ata de inspeção de saúde na instrução provisória de deserção (ou nos autos de deserção) e o seu encaminhamento imediato ao juízo da Auditoria de Justiça Militar (AJMERJ).

Em …. de ….......... de …........

(Assinatura – Posto/RG/ nome completo do Comandante da OPM)

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Modelo 9: Termo de captura ou de apresentação voluntária.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CP___ (OPM)

TERMO DE CAPTURA DE DESERTOR (OU DE APRESENTAÇÃO VOLUNTÁRIA)

Aos............. dias do mês de ......................... do ano de .............................., nesta cidade de .............., Estado de ..........................., no quartel do ......................., presentes o senhor ..............., (posto e nome), comandante, e as testemunhas .......... e ............ (postos/RG/nomes completos), por mim ............ (posto, nome e função), fica registrado a

apresentação voluntária (ou a captura em …..... - descrever as circunstâncias da captura) o.................., natural de...................., Estado de ........................., filho de ................. e da ................, nascido em .................... que incidiu no crime de deserção em …............ . E, para que conste do processo a que, na forma da lei, será submetido perante a Justiça Militar, lavrou-se este termo, que vai assinado pelo comandante do ....................... e pelas testemunhas, todos acima nomeados. Eu (assinatura, posto e função), o datilografei.

(Seguem-se as assinaturas)

ANEXO - MATERIAL COMPLEMENTAR SOBRE DESERÇÃO 1- Bol PM n.º 192 de 16OUT1995 – Deserção de praças – procedimentos –

Determinação (pgs. 17 e 18). 2- Bol PM n.º 047 de 12MAR2001 - Ofício n.º 030/MP-AJMERJ/2001 –

Devolução do IPD para a OPM de lotação do desertor (pg. 38). 3- Bol PM n.º 075 de 23ABR2001 – Processo de deserção. Transcrição do ofício

n.º 1.630/2001/JLV da AJMERJ (pg. 106). 4- Bol PM n.º 083 de 07MAI2001 – Artigo 8º das Instruções Reguladoras à

Resolução GPGJ n.º 971 de 31JAN2001 da PGJ e ao ofício n.º 030/MP-AJMERJ/2001 (pg. 34). 5- Bol PM n.º 154 de 16AGO2001 - Instruções Reguladoras à Resolução GPGJ

n.º 971 de 31JAN2001 da PGJ e ao ofício n.º 030/MP-AJMERJ/2001, alteração (pgs. 60 e 61). 6- BDR PM n.º 026 de 05OUT2009 – Determinações referentes a remessa de IPD

à AJMERJ (pgs. 19 e 20).

NORMAS PARA FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE REVISÃO

DISCIPLINAR (CRD) PORTARIA/PMERJ nº 0407, de 10 de fevereiro de 2012.

REGULAMENTA A INSTAURAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE

REVISÃO DISCIPLINAR (CRD) NO ÂMBITO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

no uso de suas atribuições legais RESOLVE:

Art. 1º – A Comissão de Revisão Disciplinar (CRD) destina-se a julgar a

incapacidade presumida das Praças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Page 25: Aula01ok_APFD

sem estabilidade assegurada em permanecerem nas fileiras da Corporação, o

que se fará através de processo disciplinar que propicie condições para se

defenderem.

Art. 2º – Ocorrerá a submissão do policial militar a Comissão de Revisão

Disciplinar nas seguintes hipóteses:

I – Por determinação do Comandante Geral em publicação constante

em Bol PM ou BDR;

II – Através de ato de competência dos Comandantes, Chefes,

Coordenadores e Diretores, no âmbito de suas atribuições, mediante

publicação em Boletim Interno ou BDR Interno;

§ 1º – Se no mesmo fato imputado estiverem envolvidos policiais

militares estáveis e sem estabilidade assegurada, caberá aos Comandantes,

Chefes e Diretores de OPM a indicação ao Comandante Geral para que aqueles

respondam a Conselho de Disciplina;

§ 2º – A nomeação dos integrantes da Comissão de Revisão Disciplinar,

ocorrerá preferencialmente na publicação do ato de submissão, devendo ser

composta por 03 (três) Oficiais, dos quais aquele que a presidirá será, no mínimo,

um Oficial Intermediário, o Presidente; o que lhe segue em antiguidade, o

Interrogante e Relator; e o mais moderno, o Escrivão.

Art. 3º – Não poderão fazer parte da Comissão de Revisão Disciplinar:

a) O Oficial que formulou a acusação;

b) Os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado

parentesco consanguíneo ou afim, na linha reta até o quarto grau de

consanguinidade colateral ou de natureza civil; e,

c) Os Oficiais que já tenham feito parte outro PAD a que o revisionado

tenha eventualmente sido submetido.

Art. 4º – Será submetida à Comissão de Revisão Disciplinar ex officio a

praça referida no art 1º desta Portaria que com a sua conduta irregular venha a

incidir nos seguintes casos:

I – Acusada oficialmente ou por qualquer meio lícito de comunicação

social de ter:

a) Procedido incorretamente no desempenho do cargo;

b) Tido conduta irregular; ou,

c) Praticado ato que afeta a honra pessoal, o sentimento do dever,

o pundonor policial militar e o decoro da classe.

II – Ter sido afastada do cargo, na forma do art. 42 do Estatuto dos

Policiais Militares, por se tornar incompatível com o mesmo ou demonstrar

incapacidade ou ineficiência para o exercício da função policial militar;

III – Ter sido condenada por crime doloso, qualquer que seja a pena, ou

por crime culposo, a pena superior a 02 (dois) anos, tão logo transite em julgado a

sentença;

IV – Ingressar pela segunda vez no comportamento “Mau”; e,

V – Ingressando no comportamento “Mau”, pela primeira vez, venha a

ser punido com pena de prisão, desde que classificada como grave.

Parágrafo único – Para os efeitos da previsão da alínea “c” do inciso I

deste artigo, honra pessoal, sentimento do dever, pundonor policial militar e decoro

da classe, possuem a seguinte definição:

Page 26: Aula01ok_APFD

a) Honra Pessoal é a qualidade íntima do militar estadual que se

conduz com integridade, honestidade, honradez e justiça, observando com rigor os

deveres morais que tem consigo e seus semelhantes;

b) Sentimento do Dever consiste no envolvimento a uma tomada de

consciência perante o caso concreto, ou seja, realidade, implicando no

reconhecimento da obrigatoriedade de um comportamento militar coerente, justo e

equânime;

c) Pundonor Policial Militar é o sentimento de dignidade própria,

procurando o militar estadual ilustrar e dignificar a Corporação, através da beleza e

retidão moral que se conduz, resultando honestidade e decência; e,

d) Decoro da Classe é a qualidade do militar estadual baseada no

respeito próprio dos companheiros e da comunidade para a qual serve, visando o

melhor e mais digno desempenho da profissão militar.

Art. 5º – O policial militar submetido à CRD, que receberá a

denominação de Revisionado, será afastado do exercício da atividade – fim e terá

sua cédula de identidade funcional recolhida e seu porte de arma particular

revogado, restrição esta que deverá constar na cédula de identidade provisória que

lhe será emitida.

§ 1º – Incumbirá aos Comandantes, Chefes, Coordenadores e Diretores

a providência do recolhimento da carteira de identidade funcional dos Revisionados;

§ 2º – Incumbirá, ainda, aos Comandantes, Chefes, Coordenadores e

Diretores a apresentação, incontinenti, dos Revisionados à Seção de Perícias

Médicas da Corporação para que sejam submetidos à Inspeção de Saúde.

Art. 6º – O Revisionado poderá exercer seu direito de defesa,

pessoalmente ou, tecnicamente, através de Advogado constituído.

Art. 7º – O teor da acusação a cada revisionado será transcrito em

Libelo Acusatório, que deverá ser assinado por todos os integrantes do colegiado,

sempre apontando a falta cometida e as disposições constitucionais, legais ou

estatutárias violadas, demonstrando a aparente contrariedade entre a conduta do

Revisionado e os deveres e obrigações decorrentes de sua condição de policial

militar que fazem presumir a incapacidade de sua permanência nas fileiras da

Corporação.

Parágrafo único – se a descrição do libelo tiver como base uma conduta

criminosa, além da autoridade processante fundamentar a submissão no art. 4º,

inciso I, letras “a”, “b” ou “c”, desta Portaria, deverá mencionar na peça acusatória,

também, quais foram os dispositivos do Estatuto dos Policiais Militares violados.

Art. 8º – Reunida a CRD, convocada previamente por seu Presidente,

em local, dia e hora designados, presentes o Revisionado e seu defensor, o

Presidente fará a leitura da publicação em boletim que determinou a instauração do

processo e da portaria de nomeação do Colegiado; em seguida, ordenará a leitura

do libelo acusatório pelo Interrogante e Relator, seguindo a qualificação e o

interrogatório do Revisionado, o qual será reduzido a termo, assinado por todos os

membros do Colegiado, pelo próprio Revisionado e o seu defensor.

Page 27: Aula01ok_APFD

§ 1º - Presentes mais de um Revisionado, acusador ou testemunha,

serão interrogados separadamente, de forma que um não ouça o depoimento do

outro.

§ 2º - Se o Presidente do Colegiado, ex-officio ou a pedido, verificar que

a presença do Revisionado, pela sua atitude, poderá influir no ânimo da testemunha

ou do acusador, poderá determinar sua retirada da sessão, prosseguindo na

inquirição, com a presença do seu defensor, devendo, no entanto, fazer constar em

ata tal medida e os motivos que a determinaram.

§ 3º - Os acusadores e as testemunhas, enquanto aguardarem a vez

para prestar depoimento, deverão permanecer em locais separados do

Revisionado.

Art. 9º - Ao Revisionado são assegurados o contraditório e a ampla

defesa, tendo, depois da sua oitiva e recebido o libelo acusatório, o prazo de 03

(três) dias úteis, excluído o dia do começo, para oferecer defesa prévia por escrito,

contrariando o teor do libelo.

§ 1º – As provas a serem realizadas mediante Carta Precatória, no

âmbito do Estado do Rio de Janeiro, serão solicitadas pelo Presidente do Colegiado

a Autoridade Policial Militar do local onde for endereçada, ou na falta desta, a

Autoridade Judiciária local. Fora do âmbito do Estado do Rio de Janeiro, o

Presidente do Colegiado deverá solicitar ao Comandante Geral, via GCG, o envio

da carta precatória àquelas autoridades;

§ 2º – As questões de direito suscitadas na defesa prévia, somente

serão analisadas pelo Colegiado no relatório final da Comissão, junto com as

alegações finais.

Art. 10 – A CRD dispõe de um prazo de 15 (quinze) dias para a

conclusão dos trabalhos, a partir do recebimento da portaria de instauração,

excluído o dia do começo, podendo ser prorrogada, uma única vez, por mais 05

(cinco) dias, justificadamente, devendo o Presidente do Colegiado, no entanto,

solicitar o pedido à autoridade nomeante, com a antecedência mínima de 03 (três)

dias úteis, a qual, se concedida, será publicada em Boletim Disciplinar Reservado.

Art. 11 – Realizadas todas as diligências, a CRD passará a deliberar

sobre o relatório a ser redigido, em sessão pública, notificando previamente o

Revisionado e a defesa, devendo o Presidente, no entanto, antes, abrir vista dos

autos à defesa, por 48h (quarenta e oito) horas, excluído o dia do começo, para

que, ao término deste prazo, sejam apresentadas as alegações finais por escrito.

§ 1º - O Relatório elaborado pela Comissão de Revisão Disciplinar e

assinado por todos os membros, deve decidir se o Revisionado:

a) É ou não culpado da acusação que lhe foi feita; e,

b) Embora sendo culpado, o fato imputado não enseja a incapacidade

do revisionado para permanecer na ativa, sendo suficiente uma sanção reclusória,

acompanhada de reciclagem profissional.

§ 2º - A decisão da Comissão de Revisão Disciplinar será tomada por

maioria dos votos de seus membros, sendo facultada a justificativa por escrito,

havendo voto vencido.

§ 3º - Ao emitir decisão final, o Colegiado deverá considerar, além de

outros julgados convenientes,

os seguintes fatores:

Page 28: Aula01ok_APFD

a) O motivo da submissão;

b) O tempo de serviço na PM, Forças Armadas e Corpo de Bombeiros;

c) Os elogios e outras recompensas;

d) A idade do revisionado;

e) O conceito emitido pelo Comandante imediato do revisionado;

f) Os antecedentes funcionais do Revisionado;

g) A análise das provas colhidas, para dirimir quaisquer dúvidas, de

forma a permitir ao Comandante Geral uma decisão justa; e,

h) Pesquisa Social.

Art. 12 – Encerrados os trabalhos, o Presidente do Colegiado remeterá

os autos a autoridade processante, para a emissão de parecer, podendo homologar

ou avocar a decisão exarada pelos membros da Comissão, a qual, a seguir,

encaminhará o processo ao Comandante Geral para a emissão de juízo

final,devendo protocolar a entrega na CIntPM.

Parágrafo único – Se o Comandante Geral figurar como autoridade

processante, proceder-se-á da mesma forma do caput do artigo.

Art. 13 – Recebidos os autos do processo da CRD, o Comandante

Geral, aceitando ou não o seu julgamento e, neste último caso, motivando sua

decisão, determinará:

I – O arquivamento do Processo, se não julga o Revisionado culpado,

por ter sido inocentado ou reconhecido em seu favor qualquer causa de justificação

ou que exclua a antijuricidade do fato imputado;

II – A aplicação da pena disciplinar, se não considera suscetível de

licenciamento ex-officio a razão pela qual o Revisionado foi julgado culpado,

levando em consideração os seus antecedentes funcionais e penais, submetendo-

o, incontinenti, a reciclagem profissional;

III – A remessa do Processo à Auditoria de Justiça Militar do Estado do

Rio de Janeiro, com fulcro no art. 28, letra “a”, do CPPM, se também considera

crime militar a razão pela qual o Revisionado foi considerado culpado e não há

nenhuma outra diligência a ser feita para a consumação do delito, mas, neste caso,

desde que o fato imputado no libelo ainda não se encontra sendo apreciado

naquela instância penal; ou,

IV – O licenciamento a bem da disciplina, se o Revisionado foi julgado

incapaz de permanecer na ativa.

§ 1º – Todas as decisões finais exaradas na CRD devem ser publicadas

no Boletim Disciplinar Reservado da PM e transcrita nos assentamentos do

Revisionado;

§ 2º – Enquanto não houver uma decisão final do Comandante Geral, o

Revisionado não poderá ser transferido da OPM onde serve.

Art. 14 – O Revisionado ou seu defensor, poderão interpor o recurso de

reconsideração de ato da decisão final exarada pelo Comandante Geral.

§ 1º – O prazo para interposição do recurso será de 48h (quarenta e oito

horas), contadas a partir da data na qual o revisionado tenha ciência da publicação

da decisão do Comandante Geral;

§ 2º – Os recursos interpostos não terão efeito suspensivo, devendo a

sanção de licenciamento, ex-officio, ser cumprida no ato da sua publicação.

Page 29: Aula01ok_APFD

Art. 15 – Caberá ao Secretário de Estado de Segurança, em última

instância, julgar os recursos que forem interpostos nos Processos oriundos da

CRD.

Art. 16 – Esta Portaria não se aplica aos alunos Oficiais, alunos dos

cursos de especialistas, alunos dos estágios probatórios, alunos dos cursos de

formação de Soldados e outros do mesmo gênero, os quais são regidos pela

Portaria PMERJ nº. 0205/2001, objeto da publicação constante no BOL PM nº. 035,

de 19Fev2001.

Art. 17 – Aplicam-se a esta Portaria, subsidiariamente, as normas do

Código de Processo Penal Militar.

Art. 18 – Estando o policial militar de LE, LTS, LTIP, incluindo a eleitoral,

ou LTSPF, não fica prejudicada a instauração da CRD, no entanto, caso o

Revisionado esteja internado em Hospital, o curso do processo deverá ser

sobrestado, até que receba alta.

Art. 19 – Para efeito do disposto nesta Portaria, os atos ilegais

praticados prescrevem-se em 06 (seis) anos, computados a partir da data em que

foram cometidos.

§ 1º – O fato imputado ao acusado, previsto como crime no Código

Penal Militar ou Comum, prescrevem nos prazos neles estabelecidos;

§ 2º – Seja crime ou ilícito administrativo o fato imputado, a prescrição

interrompe-se com a instauração do processo administrativo, porém, havendo o

trânsito em julgado da sentença penal condenatória

o prazo será sempre aferido pela sanção em concreto.

Art. 20 – Se no curso da CRD o revisionado adquirir estabilidade, o

processo segue no seu curso normal.

Art. 21 – Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação,

revogando a Portaria nº 0307/08.

CONSELHO DE DISCIPLINA

1. CAPA

1.1 - A capa constituirá a folha nº 01 do processo;

1.2 - As peças do Conselho de Disciplina serão por ordem cronológica, reunidas num só

processo e datilografadas em espaço dois, com as folhas numeradas e rubricadas pelo

Escrivão, no canto superior direito;

1.3 - O Presidente do Conselho e o Escrivão deverão colocar o carimbo em todos os

documentos assinalados e rubricados;

1.4 - As folhas deverão ser margeadas, 2 cm a direita e 5 cm a esquerda;

Page 30: Aula01ok_APFD

1.5 - No verso das folhas que constituem o processo nada se escreverá, devendo o espaço

em branco ser inutilizado por meio de linhas sinuosas verticais;

1.6 - O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data de

sua nomeação para conclusão de seus trabalhos. (O Art. 11, foi alterado consoante o

Decreto de número 43.642, datado de 10 de Fevereiro de 2012, publico em Bol PM n.º 030,

datado de 13 Fev 2012).

1.7 - A autoridade nomeante, por motivos excepcionais, pode prorrogar até 05 (cinco) dias o

prazo de conclusão dos trabalhos.

2. PORTARIA

2.1 - O Ofício de nomeação do Conselho será a fls. 02;

2.2 - Recebendo a nomeação, o Presidente convocará os Membros do Conselho, para uma

reunião preliminar, em que dará ao mesmo, ciência da matéria a ser apurada;

2.3 - O Presidente do Conselho determinará ao Escrivão, por despacho, que dará no Oficio

supramencionado, a autuação do mesmo Ofício e demais documentos recebidos, na forma que

se segue:

“Autue-se”:

RJ, em .............de ...........de 200...

_____________________________

Presidente do Conselho

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3. PEÇA EXORDIAL

3.1 - Deverá acompanhar obrigatoriamente a Portaria de nomeação, onde estará descrito o

fato apurado, no caso de Averiguação, Sindicância, IPM, Inquérito Policial ou Parte redigida

na forma do RDPM;

3.2 - Dependendo da exordial, o Conselho de Disciplina deverá decidir se :

Art. 12, § 1º :

a – é ou não é, culpada da acusação que lhe foi feita; ou

b – no caso do inciso III do Art 2º, levados em consideração os preceitos de aplicação da

pena previstos no código penal militar, está ou não, capaz de permanecer na ativa ou na

situação em que se encontra na inatividade.

4. CONCLUSÃO

4.1 - Autuados, postos em devida ordem as primeiras pecas do processo, numeradas

corretamente e rubricadas as folhas a partir da Capa ou Autuação, que levará o nº 01, o

Escrivão fará respectiva “CONCLUSÃO”:

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(COMANDO INTERMEDIÁRIO)

( OPM )

C O N C L U S Ã O

Aos.......dias do mês de.........do ano..............nesta cidade do Rio de Janeiro (ou local onde for), no Quartel do (ou local onde for), faço conclusos os presentes autos ao Sr. (Posto, RG e nome), Presidente do Conselho de Disciplina, do que, para constar , lavro este termo. Eu,.............(Posto, RG e Nome), servindo de Escrivão, o escrevi e subscrevo.

______________________________

NOME, POSTO e RG

Page 32: Aula01ok_APFD

4.2- Esta conclusão vira obrigatoriamente, após toda a documentação que deu origem ao

Conselho de Disciplina;

4.3 - Toda vez que os autos forem ao Presidente do CD, o Escrivão lavrará o Termo de

Conclusão, este termo poderá ser lançado sob a forma de carimbo, desde que obedecido o

modelo acima;

5. DESPACHO

5.1 - Ao receber os autos, com a conclusão feita pelo Escrivão do Conselho, o Presidente dará

um despacho, determinando quais as providências que devem ser tomadas, designando para

tal, dia, hora e local, da próxima reunião do Conselho:

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

COMANDO INTERMEDIÁRIO

OPM

D E S P A C H O

Designo o dia ..................................... do corrente, às ...........................horas, para a primeira reunião do Conselho, no

Quartel, do ...................................(ou lugar onde for), convocando-se os Membros e requisitando-se o acusado.

Providencie o Senhor Escrivão.

.......................................................

(Presidente do Conselho)

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5.2 – Independentemente ou não do Despacho, o Presidente do Conselho deverá, no menor

prazo possível, encaminhar o Acusado mediante Ofício, à Junta de Inspeção de Saúde para

fins de Conselho de Disciplina, além de solicitar à Unidade de origem do Acusado a

Pesquisa Social;

6 .RECEBIMENTO

6.1 -Toda vez que o Escrivão entregar os autos ao Presidente do Conselho, fará uma

Conclusão e quando os receber de volta, após o Despacho, lavrará o Termo de Recebimento :

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

COMANDO INTERMEDIÁRIO

OPM

R E C E B I M E N T O

Aos .......dias do mês de .....do ano de ..............(por extenso),

nesta Cidade do Rio de Janeiro (ou onde for), no Quartel do .....(ou onde for), recebi os presentes autos do Sr........(Posto, RG e Nome),

Presidente do Conselho, do que, para constar, lavro este Termo. Eu,...................................(Posto, RG e Nome), servindo de Escrivão, o

escrevi e subscrevo.

____________________________

Escrivão

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7.CERTIDÃO

7.1 - Cumprindo todas as determinações contidas no Despacho do Presidente do Conselho, que

deverão ser feitas por Ofício, o Escrivão lavrará uma Certidão, conforme modelo acima:

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(COMANDOINTERMEDIÁRIO )

( OPM )

C E R T I D A O

Certifico que, em cumprimento ao despacho de fls.......do Sr. Presidente do Conselho, ............(transcrever as providencias

tomadas), do que, para constar, lavrei esta Certidão.

Eu, ...........(Posto, RG e Nome), servindo de Escrivão, o

escrevi e subscrevo.

__________________________

Escrivão

7.2 - As cópias dos documentos referentes as providências tomadas serão anexados aos

autos, sem que haja necessidade de juntada;

7.3 – Este termo poderá ser lançado a forma de carimbo, desde que obedecido o modelo

acima.

Page 35: Aula01ok_APFD

8. TERMO DE COMPROMISSO DO CONSELHO

8.1 - Na primeira reunião do Conselho, antes de iniciar os trabalhos, presentes e todos os seus

Membros, o acusado, ressalvado o caso de revelia, o seu defensor, se houver, o Presidente lera

em voz alta, o seguinte compromisso:

“Prometo examinar cuidadosamente os fatos que me forem submetidos e opinar com

imparcialidade e justiça”.

Terminada a leitura, todos de pé, os demais Membros dirão em voz alta: “Assim o prometo”.

8.2 - Isto feito, o Escrivão lavrará o Termo de Compromisso, conforme modelo acima, que deverá

ser assinado, por todos os Membros :

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

COMANDO INTERMEDIÁRIO

OPM

TERMO DE COMPROMISSO DO CONSELHO

Certifico que, as...................horas do dia.....................do corrente, foi prestado o compromisso regulamentar, do que, para constar, lavro o presente, que Eu, ....................(Posto, RG e Nome), escrevi e assino com os demais Membros do Conselho.

..................................................................................

(PRESIDENTE DO CONSELHO)

...................................................................................

(INTERROGANTE E RELATOR)

...................................................................................

(ESCRIVÃO)

8.3 - Após a lavratura do Termo de Compromisso, o Presidente perguntará ao acusado, se tem

defensor, ou se deseja ser defendido por algum Oficial e, caso diga que sim, indicando o Oficial,

será ele nomeado;

8.4 - Caso o acusado, não indique nenhum, o Presidente nomeará qualquer Oficial da Unidade

(ou o que for), a que pertença o referido acusado, exceto aquela que, por algum motivo, deu

causa a instauração do Conselho.

Page 36: Aula01ok_APFD

9 – LIBELO ACUSATÓRIO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CONSELHO DE DISCIPLINA

Do: Presidente do Conselho

Ao: (Acusado ou Defensor)

LIBELO ACUSATÓRIO

O Conselho de Disciplina nomeado pelo Senhor Comandante Geral, em Bol da PM, nº.................., de ......................de..............de 200......., cientifica-vos, para fins de defesa, de acordo com o Artigo 9º do Decreto nº 2.155, de 13 de outubro de 1978, e letra “f”, nº 13, da Resolução SSP nº 0263, de 26 de dezembro de 1978, que vos são imputadas as acusações de no dia .....do mês .....do ano......., na localidade de.........., estando de serviço ( ou ocasião em que se encontrava de folga ),

Dentro do prazo legal de cinco dias, aguarda, pois, o oferecimento, por escrito, de vossas razões, juntando os documentos e provas que quiserdes.

Rio, em..................de...................................de 200.....

.......................................................................................

(PRESIDENTE DO CONSELHO)

........................................................................................

(INTERROGANTE E RELATOR)

.......................................................................................

(ESCRIVÃO)

CIENTE

Em............................de.....................................de 200...

...................................................................................

ACUSADO ou Defensor (caso de revelia)

Page 37: Aula01ok_APFD

9.1- Peça processual de grande importância, o Libelo Acusatório deverá ser entregue ao acusado

(Defensor em caso de revelia), antes do Interrogatório;

9.2 - Ao acusado é assegurada ampla defesa, tendo ele ou o defensor o prazo de 05 (cinco) dias

para oferecer suas razões, por escrito, devendo o Conselho de Disciplina fornecer-lhe o “Libelo

Acusatório” onde se contenham com minúcias o relato dos fatos e a descrição dos atos que lhe

são imputados;

9.3- Em sua defesa, poderá o acusado requerer a produção, perante o Conselho de Disciplina, de

todas as provas permitidas no Código do Processo Penal Mili tar;

9.4- Devera constar no “Libelo Acusatório”, a ciência pessoal do acusado.

10. INTERROGATÓRIO

10.1 – Considerado como meio preambular de defesa, segue a forma normal, onde deverá

constar a presença dos membros do Conselho, a qualificação do Acusado ou Testemunhas, as

perguntas formuladas pelos membros do Conselho e pela Defesa, os argumentos do Acusado e

assinatura de todos os presentes;

10.2 - Completamente instalado, presente o acusado e seu Defensor, determinará o Presidente

que o Escrivão faça a leitura das pecas acusatórias que constam dos autos;

10.3 - Terminada a leitura das peças referidas, determinará o Presidente que o Interrogante e

Relator interrogue o acusado ( ver modelo de Termo de Interrogatório);

10.4 - Caso o acusado, ao ser interrogado, ou no curso do processo, apresentar documentos

como provas, serão os mesmos juntados aos autos;

* Essas providências deverão constar das atas das sessões que foram realizadas.*

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10.5 - Quando o acusado é Praça PM da Reserva Remunerada ou Reformada e não e localizada

ou deixa de atender a intimação por escrito para comparecer perante o Conselho de Disciplina, a

intimação deverá ser publicada em órgão de divulgação na área do domicílio do acusado,

correndo o processo a revelia, se o acusado não atender a publicação;

11 – ATA DA SESSÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

( COMANDO INTERMEDIÁRIO )

( OPM )

ATA DA 1ª SESSÃO

Aos.........................dias do mês de ..........................do ano de (por extenso), nesta Cidade do Rio de Janeiro (ou local onde for), no Quartel (ou onde for).........................., presentes todos os Membros do Conselho de Disciplina, e acusado e seu Defensor, o Sr. Presidente abriu a sessão às .........................horas, tendo sido...........................(segue-os, sumariamente a descrição de tudo que ocorreu na sessão). E, como nada mais tinha a tratar, determinou o Sr. Presidente o encerramento da sessão, às..............................horas, do que, para constar, lavrei a presente Ata, que eu, ...................(Posto, RG e Nome), servindo de Escrivão, escrevi e subscrevo.

___________________________________

( Assinatura,nome,posto e RG do Escrivão )

11.1 - Toda vez que o Conselho se reunir para deliberar, praticando os atos necessários ao

esclarecimento do caso, audição de testemunhas, inquirições, etc., deverá ser lavrada a Ata da

respectiva sessão;

12.2 - A Ata será juntada aos autos logo depois de praticados os atos referidos no item anterior,

numerada em ordem crescente de sessões realizadas e deverá ser confeccionadas na forma

acima;

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12.3 - O acusado deverá estar presente a todas as sessões do Conselho de Disciplina, exceto à

Sessão Secreta de deliberação de Relatório.

* Por força do disposto no Art. 5º, LX, CF/88 é descabida a deliberação do Colegiado em Sessão

Secreta.*

12 – JUNTADA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

( COMANDO INTERMEDIÁRIO )

( OPM )

J U N T A D A

Aos...............................dias do mês de..................................do ano de (por extenso), nesta Cidade do Rio de Janeiro (ou onde for), no Quartel do ......................(ou onde for), faço juntada a estes autos dos documentos (ou o que for), que adiante se veem, de folhas.........................., do que, para constar, lavrei o presente termo. Eu,................................(Posto, RG e Nome), servindo de Escrivão, o subscrevi e subscrevo.

______________________________________

Escrivão

12.1 - Todos os documentos, Ofícios, etc., que forem sendo recebidos, deverão ser juntados aos

autos, após o despacho de “Junte-se aos Autos”, onde deverá constar a data, a assinatura e o

carimbo do Presidente do Conselho;

12.2 - Não se fará constar em um mesmo termo de Juntada, documentos , Ofícios, etc., cuja as

datas sejam posteriores à data do respectivo termo;

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12.3 - Não se fará juntada dos documentos oriundos do despacho do Presidente do Conselho,

todavia, os mesmos deverão constar dos autos dentro da respectiva ordem cronológica;

12.4 - Uma vez tomadas todas as providências, relativas ao despacho, após a juntada, será feita

uma conclusão pelo Escrivão, respeitada a ordem crescente de datas. Feito novo despacho pelo

Presidente do Conselho, seguir-se-á, sempre, o procedimento anterior : Despacho, Recebimento,

Certidão, Juntada e Conclusão;

13 – INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA 13.1 - Sempre que houver testemunhas a ouvir, o Conselho as inquirirá na presença de acusado

e de seu Defensor, conforme modelo, O Conselho deverá observar o Art.417 § 2º do CPPM,

quanto ao número de testemunha;

13.2 - Se a testemunha for de patente superior à do Presidente do Conselho, será por este

solicitada à autoridade competente que determina comparecimento da testemunha à reunião do

Conselho, ou que esta, se for o caso, marque local, dia e hora, a fim de ser ouvida.

13.3 - Toda testemunha prestará, antes de depor, perante o Conselho, o seguinte compromisso:

(Prometo dizer a verdade sobre o que souber e me for perguntado, e declaro-me ciente das

determinações do Art. 346 do Código Penal Militar que, neste ato me são lidas).

13.4 - Se as testemunhas forem ouvidas em dias diferentes, será necessário lavrar tantos termos

quantas forem as sessões de audição de testemunhas.

13.5 - A testemunha não será inquirida por tempo superior a 04 horas, mas, em caso de

necessidade, ser-lhe-á dado um descanso de meia hora após aquele período;

13.6 - **SEÇÃO VI*** ( CPPM ) DA INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS, DO RECONHECIMENTO DE PESSOA OU COISA E DAS DILIGÊNCIAS EM GERAL Precedência na inquirição

Art. 417. Serão ouvidas, em primeiro lugar, as testemunhas arroladas na denúncia e as referidas

por estas, além das que forem substituídas ou incluídas posteriormente pelo Ministério Público,

de acordo com o § 4º deste artigo. Após estas, serão ouvidas as testemunhas indicadas pela

defesa.

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Indicação das testemunhas de defesa

§ 2º. As testemunhas de defesa poderão ser indicadas em qualquer fase da instrução criminal,

desde que não seja excedido o prazo de cinco dias, após a inquirição da última testemunha de

acusação. Cada acusado poderá indicar até três testemunhas, podendo ainda requerer sejam

ouvidas testemunhas referidas ou informantes, nos termos do § 3º.

14 - INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA POR CARTA PRECATÓRIA

14.1 - Caso seja necessário ouvir alguma testemunha que se encontra ausente, o Presidente do

Conselho determinará a expedição de Precatória, e esta deverá ser dirigida à Autoridade sob

cujas ordens ela servir ou que estiver mais próxima , se for civil;

14.2 – Acompanharão o ofício, cópias das acusações, parte que deu origem o processo, do ofício

de instauração (xerox) e dos quesitos formulados pelo Conselho ou pelo Defensor do acusado, a

fim de serem respondidas pelas testemunhas.

15 – PERGUNTAS AO ACUSADOR

15.1 - Se o acusador estiver ausente e o Conselho achar necessário ser ouvido, poderá fazê-lo

por precatória à autoridade competente , na forma prescrita para as testemunhas;

15.2 - Caso tenham sido realizadas todas as diligências necessárias à elucidação do fato, o

Escrivão fará uma Conclusão ao Presidente do Conselho, a fim de que este determine em

despacho, o dia e a hora, para a Sessão Secreta da Deliberação.

16 – RELATÓRIO

16.1 - A Decisão do Conselho, tomada por maioria de votos de seus Membros (ou unanimidade),

deverá declarar seu acusado:

É, ou não, culpado da acusação que lhe foi feita, no caso dos Incisos I, II e IV, do Art. 2º;

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Está, ou não incapaz de permanecer na Ativa ou na situação em que se encontra na

Inatividade quando o mesmo houver sido condenado pela prática de crime e pena restritiva de

liberdade individual até 02 (dois) anos, tão logo transite em julgado a sentença.

16.2 – Quando houver o voto vencido, o respectivo Membro do Conselho dará justificar o seu

voto, se quiser;

16.3 – A Decisão do Conselho será deliberada em Sessão de Deliberação, tomando parte da

mesma os Membros do Conselho;

16.4 – o Relatório será elaborado pelo Escrivão e assinado por todos os Membros do Conselho .

17 - C E R T I D Ã O

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DORIO DE JANEIRO

( COMANDO INTERMEDIÁRIO )

( OPM )

CERTIDÃO

Certifico que, nesta data, dei ciência da Decisão do Conselho ao acusado ...........(Graduação, RG e Nome), de que, para constar, lavrei a presente data e assino.

Rio, em ....de......................................de 200....

............................................................................

ESCRIVÃO

...........................................................................

ACUSADO

.........................................................................

DEFENSOR

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17.1 - Deverá ser confeccionado uma Certidão, após o Relatório, deve o acusado e seu Defensor

(este, se houver), tiveram ciência da Decisão do Conselho.

18 – PESQUISA SOCIAL

A Pesquisa Social será solicitada à Unidade de origem do acusado e ao final do Processo

deverá ser anexada na contra-capa do mesmo.

19 - ENCERRAMENTO E REMESSA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

( COMANDO INTERMEDIÁRIO )

( OPM )

ENCERRAMENTO E REMESSA

Aos...........dias do mês de ................do ano (por extenso), nesta Cidade do Rio de Janeiro (ou onde for), no Quartel do...............(ou onde for), encerro o presente processo e faço remessa do mesmo ao Senhor..................(Autoridade que determinou a instauração do Conselho), de que, para constar, lavro o presente Termo. Eu,..........(Posto, RG e Nome), servindo de Escrivão, o escrevi e subscrevo.

........................................................................................

ESCRIVÃO

19.1 - Terminado o Processo, o Escrivão lavrará um Termo de “Encerramento e Remessa” à

Autoridade que determinou a instauração do Conselho de Disciplina;

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20 – OFÍCIO DE REMESSA

Encerrado o processo, o Presidente do Conselho remeterá os autos do Conselho de Disciplina,

ao Senhor Comandante Geral da Corporação, no caso de Conselho de Disciplina,no caso de

Comissão de Revisão Disciplinar, ao Comandante da Unidade, ou seja, a Autoridade

Instauradora.

PUBLICAÇÃO E DECISÃO FINAL

23. O despacho final proferido no processo pelo Comandante Geral será publicado no

Boletim Interno da Corporação e deverá ser transcrito nos assentamentos do acusado.

FATOS SURGIDOS NO PROCESSO SEM LIGAÇÃO COM O OBJETIVO DETERMINANTE DO CONSELHO.

24. Os fatos surgidos no curso do processo, que merecem maiores investigações, e desde

que não estejam ligados ao motivo determinante do Conselho, deverão ser participados,

imediatamente, à autoridade nomeante, para as providências cabíveis.

DO RECURSO

25. Ocorrendo a interposição de recurso contra decisão final do Comandante Geral, o

requerimento e os autos do Conselho de Disciplina serão reexaminados pelo Comandante-

Geral, que nos termos do Art. 47 § 2º da Lei Estadual nº 443 de 01 de julho de 1981,

constitui a ultima instância para julgar o Conselho de Disciplina.

CONTEUDISTA

LUIS CARLOS DA SILVA

CAP PM QOA RG 51.647.