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Aula_8_Revela_o_de_caracteres_suprimidos.pdf

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� Em todo o mundo, veículos automotores, objetos de uso restrito, comoarmas de fogo (e agregados), containers de reagentes químicoscontrolados, recebem comumente uma gravação em baixo relevo comcaracteres (geralmente letras e números) que servem para identificação;

� Tais caracteres fornecem informações relacionadas a sua origem,continente e país em que foi fabricado, identificação do fabricante eoutras características;

� Nos últimos anos, houve um aumento significativo no número deapreensões de veículos automotores com caracteres de identificação dechassis adulterados;

� Já as armas de fogo utilizadas em crimes diversos, em sua maioria,possuem numeração de série raspada cuja finalidade é simplesmente(tentar) omitir dados posteriores de identificação;

� Nesse sentido, a adulteração da numeração de veículos e armas constituiem um sério problema enfrentado pelos órgãos de segurança pública.

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� Remoção da numeração

� Regravação� É comum a verificação de adulterações dos caracteres “3” para “8”, “5” para

“6”, “F” para “E”, “P” para “R”.

� Recobrimento

� Transplante/implante� Substituição da chapa registrada ou utilização de caracteres de outro veículo.

� Remontagem� Caracterizada pelo aproveitamento de determinadas partes do veículo ou da

arma para a montagem de novos produtos;� No caso das armas de fogo, esse processo é conhecido no meio policial como

armas de fogo “Frankenstein”.

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Para as armas de fogo

De acordo com PORTARIA N° 7-D LOG, DE 28 DE ABRIL DE 2006 doMinistério da Defesa – Exército Brasileiro, destacam-se o Art. 5° do CapítuloIII, DA IDENTIFICAÇÃO

As armas de fabricadas no país deverão apresentar as seguintes marcações:I – nome ou marca do fabricante;II – nome ou sigla do País;III – calibre;IV – número de série impresso na armação, no cano e na culatra, quando

móvel;V – o ano de fabricação quando não estiver incluído no sistema de

numeração serial.

§ 2° As marcações deverão ter profundidades de 0,10mm mais ou menos 0,02mm.

§ 3° O número de série deverá ser impresso nos componentes metálicos por meiode deformação mecânica, com profundidade de 0,10mm mais ou menos 0,02mm.

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Para a identificação de automóveis, O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO –CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei n°9503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro,resolve:

Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo os tratores, os veículosprotótipos utilizados exclusivamente para competições esportivas e as viaturasmilitares operacionais das Forças Armadas.

§ 1° Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identificados, nomínimo, com os caracteres VIS ( número sequencial de produção) previsto na NBR 3 nº6066, podendo ser, a critério do fabricante, por gravação, na profundidade mínima de0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutívelquando de sua remoção, ou ainda por etiqueta autocolante e também destrutível nocaso de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e componentes:

I - na coluna da porta dianteira lateral direita;II - no compartimento do motor;III - em um dos para-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes;IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes,

excetuados os quebra-ventos.

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A identificação é feita a partir do VIN (vehicle identification number) ou NIV,sendo constituído por letras e algarismos, totalizando 17 caracteres gravadosem maiúsculo. A sequência dos caracteres deve ser analisada de acordo com àResolução CONTRAN 659/85, de 25/10/85, que adotou a norma técnica NBR6066 da ABNT, ou seja:

� Os três primeiros dígitos representam dados da montadora do veículo. O primeiroindica a região geográfica em que o veículo foi fabricado, por exemplo:� 1 ou 4 – EUA;� 9 – Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai;� W – Alemanha.

� O segundo dígito informa o país onde o veículo foi fabricado. Para veículosfabricados no Brasil, os dígitos “A”, “B”, “D”, “E”, “3”, “4” e “9” podem serencontrados;

� O terceiro dígito identifica a montadora do veículo, por exemplo: “F” veículosfabricados pela Ford; “G” para General Motors; “D” para Fiat; “W” para Volkswagen;“M” para veículos da Mercedes-Benz;

� Do quarto ao nono dígitos, são fornecidas informações acerca da seçãoidentificadora do veículo (VDS), ou seja, características gerais, como tipo de cabine emotorização;

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� O décimo dígito traz informações a respeito do ano de fabricação de veículo;

� O décimo primeiro dígito informa dados referentes da fábrica ou linha de montagemem que tal veículo foi produzido/montado;

� Do décimo segundo ao décimo sétimo dígitos, as informações do número de sériesão encontradas, sendo que o 12° e 13° podem ser utilizados números ou letras e apartir do 14° dígito somente algarismos.

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O processo de gravação dos caracteres de identificação consiste na

alteração da estrutura cristalina do metal no local em que é impresso.

Na etapa inicial, um punção é utilizado para marcação do caractere

desejado por compressão. Após este processo, a superfície metálica

onde sofreu a compressão fica afundada quando comparada com o

restante da superfície.

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� A análise visual em armas de fogo e veículos automotores é processo

inicial de verificação de possíveis adulterações� Pontos de solda remanescentes;� Repintura;� Polimento.

� Preparo da superfície� Remoção da tinta e outras substâncias;� Polimento da superfície com lixas (Inicia-se com lixas de n° 200, 400, por

exemplo, e depois utiliza-se as mais finas como as lixas n° 600);� O aquecimento da superfície às vezes é indicado, pois acelera o processo de

revelação.

� Escolha adequada do reagente e ataque químico� De acordo com a composição da superfície;� Emprego de ácidos, bases, solventes orgânicos (diminui as ionizações) e

agentes oxidantes.

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O reagente de Murakami é um dos reativos mais utilizados para a

revelação de caracteres suprimidos de veículos e armas de fogo.

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Peritos receberam para exame metalográfico um revólver TAURUS, calibre .38 SPL, de fabricação nacional, de repetição, não automático,

percussão central indireta, tambor com capacidade para 6 munições, e com numeração de série raspada.

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A região raspada da arma foi polida utilizando lixas n° 180 e 220 e em seguida, de grãos mais finos, n° 300 e 400.

Após a etapa de polimento, utilizou-se o reativo de Murakami. Aplicou-se o reativo na superfície metálica e repetiu-se o procedimento de aplicação cuja

finalidade era otimizar a operação, ou seja, fazer com que os caracteres originais que foram suprimidos pudessem ser identificados de forma mais

clara possível.

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A revelação metalográfica executada no revólver possibilitou a visualização parcial do número de série (6 dígitos). A numeração revelada foi ?89045.

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Os aços inoxidáveis austeníticos possuem na sua composição um

porcentual de cromo (17 a 25%), de níquel (7 a 20%) e de carbono

variando entre 0,02 a 0,15%. A adição de níquel muda a estrutura em

temperatura ambiente para arranjo atômico cúbico de face centrada,

que é também não magnético.

STARHOUSE STAINLESS STEEL

Quais as letras/palavras foram reveladas a partir do ataque químico do reagente de Marble?

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Equilíbrio de oxidorredução das espécies químicas presentes no reagente

de Marble

Equilíbrio de oxidorredução das espécies químicas presentes na amostra