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IBGE DGC - DEPARTAMENTO DE CARTOGRAFIA Base Cartográfica Digital Integrada do Brasil ao Milionésimo BASE CARTOGRÁFICA INTEGRADA DO BRASIL AO MILIONÉSIMO DIGITAL “bCIMd” HISTÓRICO Documentação Versão 1.0 Rio de Janeiro 2003 document.doc 30/08/22 1

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BASE CARTOGRÁFICA INTEGRADA DO BRASIL AO

MILIONÉSIMO DIGITAL“bCIMd”

HISTÓRICO

Documentação Versão 1.0

Rio de Janeiro2003

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APRESENTAÇÃO

No início deste novo milênio, indelevelmente marcado pelos avanços tecnológicos, que prenunciam importantes realizações para o País, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE, dedica todo seu empenho em oferecer os subsídios da pesquisa e da documentação geográfica e cartográfica, necessários ao planejamento e execução dos

programas do desenvolvimento brasileiro.

A Base Cartográfica Digital Integrada do Brasil ao Milionésimo - bCIMd - constitui elemento de fundamental importância para a caracterização do território nacional, a avaliação de suas riquezas naturais, o planejamento de seu desenvolvimento e o estudo de suas potencialidades.O conjunto de 46 folhas impressas da Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo - CIM - convertido para o meio digital e reunido em uma Base Cartográfica Digital Integrada, facilita uma visão de conjunto dos grandes programas passíveis de realização e uma apreciação mais segura dos elementos geográficos necessários ao planejamento e à gestão territorial. Representa, ainda, a participação do País na congregação do esforço de todas as Nações, para a implementação das diretrizes da Agenda 21 e a visualização dos aspectos gerais e globais através de feições básicas, padronizadas e uniformes do território brasileiro.

A Carta do Brasil ao Milionésimo, teve sua primeira edição em 1922, a cargo do Clube de Engenharia e sob a direção de Paulo de Frontin, por ocasião do Centenário da nossa Independência. Desde a criação do então Conselho Nacional de Geografia, em 1937, a atualização da Carta do Brasil ao Milionésimo não foi descurada. A coletânea de 46 folhas, em papel, que retrata o País na escala de 1:1 000 000, atualizada e reeditada em 1998, encontra-se à disposição de técnicos e administradores.

As alterações contínuas da paisagem do espaço brasileiro, que correspondem ao dinamismo do seu desenvolvimento social e econômico, fizeram com que várias dessas folhas tivessem que ser sucessivamente atualizadas e reeditadas. Em função dos avanços da Tecnologia da Informação, em particular na Cartografia, foi possível obter-se uma nova edição em formato digital com melhores resultados quanto à precisão e à apresentação.

A Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital - bCIMd, composta a partir da conversão do conjunto de 46 folhas CIM para o formato digital, constitui uma das incumbências do IBGE, dentro de sua programação institucional e um produto de ampla importância para disseminação de informações no mercado nacional e internacional.

Esta não é apenas mais uma nova edição de um produto existente. Trata-se, certamente, de um fato mais significativo. O que está sendo oferecido aos usuários é a imagem geográfica, em meio digital, desta nação que, embarcando na evolução tecnológica, vem se empenhando na sua emancipação econômica e tecnológica, o que não deve ser encarado como um simples episódio histórico mas como uma permanente conquista, já que a independência implica em incansável esforço e contínuo trabalho em prol da sua manutenção e preservação.

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PresidenteEDUARDO PEREIRA NUNES

Diretor de GeociênciasGUIDO GELLI

Chefe do CCARMOEMA JOSÉ DE CARVALHO AUGUSTO

Coordenação do ProjetoANNA LUCIA BARRETO DE FREITASCLAUDIO JOÃO BARRETO DOS SANTOSPAULO TREZENA CHRISTINO

Equipe TécnicaAZARIAS DE AQUINO NETOCÉLIA REGINA FERNANDES VIANNACLARICE FERNANDA RIBEIRO DA CALDENISE TORRES BAPTISTA VON RANDOWJOSÉ ANGELO MARTINS GOMESLEILA SANDRA TERRA ESPERANDIO DE SÁMARCIA REGINA GAGO DE OLIVEIRAMARILENA BATISTA DE ABREUNEOMERLIN DE SOUZARAFAEL SILVA DE BARROSRENATA CURI DE MOURA ESTEVÃORINALDO DA COSTA MENEZESROSÂNGELA MARQUES FELIXSONIA DO NASCIMENTOSULAMITA BARRETO OLIVEIRATERESA CRISTINA VEIGA

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SUMÁRIO

A documentação referente ao processo de elaboração da Base Cartográfica Digital Integrada do Brasil ao Milionésimo – bCIMd, está estruturada da seguinte forma:

1 - APRESENTAÇÃOApresenta, em linhas gerais, o produto, sua composição e os objetivos de sua produção;

2 - HISTÓRICORelata as diversas fases de produção das folhas CIM em meio analógico e a passagem dessa produção para o meio digital;

3 - METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DO PROJETODescrição geral dos insumos, das etapas de produção da bCIMd e dos produtos obtidos, juntamente com a relação de documentos e fontes de informação utilizados;

4 - ROTEIRO PARA UTILIZAÇÃO DA bCIMdDescrição dos passos necessários para utilização do produto nos ambientes em que está sendo disponibilizado: Intergraph - Geomedia/Geomedia Viewer e ESRI - ArcGis Desktop/Arc-View/ArcExplorer;

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2. HISTÓRICO

2.1 CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO MILIONÉSIMO - CIM EM MEIO ANALÓGICO

A Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo - CIM, composta por 46 (quarenta e seis) folhas articuladas, que cobrem todo o Brasil, constitui elemento de fundamental importância na caracterização do território nacional, compondo o Sistema Cartográfico Nacional (SCN) no que tange ao mapeamento terrestre de referência, na escala de 1:1 000 000, único cobrindo todo o território.

Na década final do século XIX, mais precisamente em 1891, a União Geográfica Internacional (UGI) adotou, em Congresso realizado em Berna, na Suíça, resoluções que visavam à elaboração de mapas, segundo especificações comuns a todo o mundo, cobrindo todos os continentes, na escala de 1:1 000 000.

No começo do século XX, em 1909, a Convenção Internacional da UGI realizada em Londres, discutiu e aprovou um plano para elaboração da Carta Geográfica do Mundo, fixando a escala de referência ao Milionésimo, plano esse corroborado pela Conferência Internacional de Paris de 1913, ao qual o Brasil aderiu e se comprometeu a realizar.

Treze anos depois, em 1922, ainda não havia, no país, uma entidade oficial que coordenasse os trabalhos cartográficos para viabilização desse plano. Este pioneirismo coube ao Clube de Engenharia que tomou para si o encargo de editar, pela primeira vez, a Carta do Brasil ao Milionésimo, no evento comemorativo do Centenário da Independência, contando com a contribuição do Serviço Geográfico Militar e da Comissão de Linhas Telegráficas, sob a chefia do General Cândido Rondon (PENHA, 1993). O trabalho para a elaboração de 24 folhas foi bastante árduo em função da imprecisão e dispersão dos poucos dados cartográficos disponíveis.

Ainda segundo PENHA (1993), na década de 30 a “demanda internacional” por informações territoriais do Brasil, impunha a criação de um órgão de Geografia para atender não só a interesses de expansão do conhecimento geográfico, como interesses mais especificamente nacionais, que se interpunham no tocante à aplicação destes conhecimentos para um melhor direcionamento e planejamento das ações estatais e demarcação das fronteiras brasileiras. O autor também destaca que tais “demandas internacionais”, revestidas de caráter científico, tinham por base “operacional” a escala municipal, justo na qual faltavam conhecimentos sistematizados, justificando a proposta de criação de um órgão oficial de Geografia no Brasil.

Com a criação do então Conselho Nacional de Geografia – CNG (Decreto nº 1527, de

24/03/1937), a execução dos trabalhos cartográficos de revisão e atualização da Carta, Geográfica do Brasil ao Milionésimo, através de novos padrões técnicos-conceituais, para a elaboração da carta oficial ao milionésimo, que fazia parte da Carta do Mundo, bem como o preparo e impressão de uma Segunda edição, conforme consta em PENHA (1993), passou a ser um dos empreendimentos fundamentais de competência da 2ª seção técnica do Serviço de Coordenação Geográfica do CNG.

Em decorrência dos padrões aprovados pelas convenções de Londres e Paris, as cartas deveriam se apresentar em folhas dimensionadas de 6º em longitude e 4º em latitude, totalizando para o Brasil 52 folhas, reduzidas a 46, em função da anexação, na folha vizinha, como encarte, das porções de território que ocupavam uma parcela mínima de folha própria, bem como as ilhas oceânicas mais distanciadas.

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Figura 1.1: Recobrimento cartográfico do Brasil pela Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (com as 52 folhas).

De acordo com Penha (1993), para o preparo de uma 2ª edição dessas cartas, foi constituída uma Comissão Executiva Central para orientar os trabalhos a serem executados pela Secretaria-Geral do CNG, com a colaboração de todos os órgãos do Sistema Geográfico. Essa nova edição, além de atualizar as informações referentes a 1922, apresentou outras mais complexas relacionadas às varias campanhas geográficas realizadas (mapas municipais, limites interestaduais, coordenadas e altimetria). Em função disso, o IBGE, um ano após sua fundação (Decreto-Lei nº 218, de 26/01/1938), em cumprimento à Resolução nº 14, de17 de julho de 1937, de seu Conselho Nacional de Geografia – CNG, estabeleceu como empreendimento fundamental e prioridade absoluta, o aperfeiçoamento e a atualização da Carta do Brasil ao Milionésimo.

Mas somente no início da década de 60, visando atender ao Recenseamento Geral, o IBGE retomou as atividades de mapeamento na escala de 1:1 000 000, atualizando as 24 cartas anteriormente editadas, e produzindo as outras 22 cartas que completavam a cobertura do território nacional, compondo o 2º álbum da Carta do Brasil ao Milionésimo, porém o primeiro álbum completo, comemorativo do 4º aniversário de governo do Presidente Juscelino Kubitschek. É, até hoje, a única série que cobre todo o território brasileiro (OLIVEIRA, 1988).

Em 1965 o IBGE publicou a 1a edição do Manual Técnico – Normas, Especificações e Procedimentos para a Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo – CIM (IBGE, 1965). Este manual foi elaborado a partir das orientações consolidadas na Conferência Técnica das Nações Unidas sobre a Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo, promovida pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, realizada em Bonn, em agosto de 1962, da qual o IBGE participou com três de seus renomados cartógrafos: Rodolfo Pinto Barbosa, Armando Sócrates Schnoor e Clóvis de Magalhães.

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Quando da comemoração do sesquicentenário da Independência Brasileira (1972) fez-se o lançamento de um novo álbum contendo a 3a edição atualizada, das 46 folhas da Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo, que recobrem todo o território brasileiro, com os respectivos encartes.

Entre 1976 e 1982, o IBGE novamente atualizou e reeditou as referidas cartas para retratar com maior fidelidade o nosso território. A instituição contou, nesta empreitada, com a colaboração de entidades e organizações cartográficas públicas e privadas que possuíam documentos recentes e confiáveis.

No final da década de 80 o IBGE iniciou a elaboração da 2a edição do Manual de Normas, Especificações e Procedimentos Técnicos para a Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo (IBGE, 1993), que foi lançado em 1993.

No desenvolvimento crescente de sua produção específica, o IBGE foi aprimorando e modernizando as técnicas de mapeamento, com a incorporação e disseminação das tecnologias de computação e de informação, bem como a utilização das ferramentas mais recentes de geoprocessamento.

Em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, denominada Encontro da Terra ou Rio-92, o IBGE teve presença marcante no evento onde foram discutidas medidas que contemplavam os problemas ambientais globais, tais como: desflorestamento, desertificação, chuva ácida, aquecimento global, diminuição da camada de ozônio, emissão de gases, entre outros indicadores ambientais. Na Agenda 21 ficou estabelecido o plano de ação que iria monitorar o desenvolvimento sustentável, com base em mapeamento na escala de 1:1 000 000, com o nome de Projeto de Mapeamento Global.

A última atualização da 3ª edição, em papel, data de 1999, quando o IBGE concluiu a impressão offset das 46 cartas, com os respectivos encartes, que recobrem o território nacional, elaborada com base nas novas especificações técnicas a partir da última cobertura do mapeamento topográfico sistemático, atualizado com imagens de satélites. Foram utilizados como insumos para atualização, além das bases de referências do IBGE, mapeamentos municipal e topográfico, dados estatísticos (Censo Demográfico) e informações de órgãos setoriais: de Transportes, de Energia e de Recursos Hídricos. As cartas, porém, foram apresentadas através de uma Coletânea e não de um novo Álbum.

A partir do final de 1999, o IBGE empreendeu a conversão desse mapeamento para o meio digital, visando a elaboração de uma base cartográfica digital integrada para o país, que subsidie o planejamento de ações estratégicas para a gestão do Território objetivando o desenvolvimento social e ambiental sustentável.

2.1.1 PROCESSO DE PRODUÇÃO ANALÓGICA DA 3ª EDIÇÃO

A produção do conjunto de 46 folhas com encartes foi desenvolvida através do método de compilação cartográfica a partir de documentos cartográficos provenientes de escalas maiores.

Face à importância de que se revestia este projeto, foi dada ênfase especial à uniformização da simbologia convencional, notadamente no tocante aos acidentes hidrográficos, orográficos e planimétricos. Outra modificação importante introduzida na 3ª edição, foi a substituição da Projeção Policônica Modificada, usada na Carta do Brasil ao Milionésimo, editada em 1960, pela Projeção Cônica Conforme de Lambert que apresenta, entre outras, a vantagem de ser utilizada também pela Organização da Aviação Civil Internacional para sua carta na escala de 1:1 000 000. Não menos significativa foi a alteração havida na representação do relevo, caracterizado e reforçado, com a adoção de um intervalo maior entre as curvas de nível denominadas mestras e a introdução de nova gradação nas cores hipsométricas.

Uma variada gama de modificações, além das já citadas, propiciou notável melhoria na 3º edição convencional da CIM, quer sob o aspecto técnico quer sob o aspecto estético, destacando-se a adoção de imagens orbitais e novas tecnologias de cartografia digital e de

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sistemas de informação geográfica, principalmente nas atividades de elaboração de reticulado de coordenadas e elaboração da lista de topônimos. Para a atualização com imagens orbitais, foi realizado um acordo de cooperação técnica entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, para disponibilização do material mais atualizado. Além dessas modificações, houve a inclusão das áreas especiais, cujo conceito foi originado no XI Recenseamento Geral do Brasil .

No tempo decorrido desde o lançamento da 1ª edição do “Álbum da Carta do Brasil ao Milionésimo”, uma profunda modificação ocorreu no panorama cartográfico nacional. Desenvolvimento acentuado também ocorreu, na década de 70, na cobertura aerofotográfica do País, quando em decorrência do Acordo Cartográfico Brasil – Estados Unidos, o projeto AST-10 da USAF, recobriu mais de cinqüenta por cento do território nacional com fotografias na escala de 1:60 000.

Com a realização do Projeto RADAM, nos anos 80, especialmente na região amazônica, onde as condições atmosféricas não são favoráveis para os recobrimentos aerofotográficos convencionais, uma considerável área foi coberta com a utilização de imageamento por radar para obtenção de mosaicos na escala de 1:250 000.

Uma folha CIM, na parte que toca o espaço territorial brasileiro, é considerada uma carta derivada, isto é, não é elaborada mediante um levantamento original. Cada folha é elaborada por redução e generalização de um conjunto de folhas topográficas contendo elementos cartográficos representados em escalas maiores. Todos os acidentes naturais e artificiais da planimetria, bem como os acidentes altimétricos, se acham representados, ainda que resumidos, isto é, selecionados pela generalização. A precisão da carta não diminui; é apenas compatível com a escala e utilização oferecida pela nova carta. (OLIVEIRA, 1988)

Na atualização da versão convencional de 1999, diversos tipos de documentação cartográfica foram utilizados, destacando-se 733 cartas topográficas na escala de 1:50 000, 238 em 1:100 000, 96 em 1:250 000, 16 folhas da “USAF – Operational Navigation Chart”, cartas aeronáuticas do Projeto CAM/WAC (Carta Aeronáutica do Mundo), e 8 folhas da Bathimetric Chart of the Ocean em 1:1 000 000, além de 128 mapas municipais, cartas batimétricas, imagens de radar oriundas do Projeto Radam Brasil, cartas planimétricas e imagens orbitais, além de mapas estaduais e rodoviários.

A última edição convencional da Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo – CIM, de 1999, retrata com fidelidade o nosso território, pois utiliza os documentos mais atualizados produzidos pelas organizações cartográficas públicas e privadas do País.

2.2 CONVERSÃO DAS FOLHAS DE CARTA CIM DO MEIO ANALÓGICO PARA O MEIO DIGITAL

O IBGE como órgão do SCN coordenador do mapeamento Geográfico vem ao longo de sua existência aprimorando as metodologias de trabalho com a incorporação de novas tecnologias mantendo assim a produção e a disseminação de bases cartográficas nacionais.

A demora e as dificuldades de atualização, bem como conflitos com outros órgãos e a necessidade de conjugação de esforços de várias instituições são, sem dúvida, a maior desvantagem para a manutenção do acervo de cartas CIM em ambiente analógico que, por outro lado, permite uma visualização imediata da situação por parte de qualquer usuário, embora compartimentada por folha.

A demanda por informação digital que contemplasse todo o território nacional, feita principalmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, levou ao desenvolvimento do projeto de conversão dos fotolitos dos originais cartográficos das folhas CIM, do meio analógico para o digital, iniciado no final de 1999, em convênio com a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais - CPRM.

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A execução da versão digital das folhas da Carta CIM utilizou como fonte de referência os fotolitos que originaram a 3º edição atualizada das Cartas CIM (1999), a partir dos quais foram gerados arquivos referenciados e vetorizados, dando origem às categorias de informação referentes à conversão de todos os elementos representados na folha. As etapas de produção envolveram os seguintes processos: conversão automatica (rasterização), georeferenciamento, vetorização semi-automática, validação e edição dos arquivos correspondentes às folhas, ligação de folhas, validação topológica, consolidação dos polígonos representativos de elementos de área (lagos, ilhas, etc.), cálculos de áreas e extensão e incorporação de atributos semânticos.

A partir dos arquivos gerados pela conversão automática dos fotolitos, correspondentes ao azul, amarelo, vermelho, preto e verde, estabeleceu-se a agregação de elementos para a composição das categorias de informação constantes das especificações da Mapoteca Digital – MD v.4, estruturadas topologicamente possibilitando análises espaciais por diferentes tipos de elementos.

Na modelagem das informações referentes à base integrada 1:1 000 000 do país, na qual são retratadas as categorias de informação Hidrografia, Hipsografia/Altimetria, Localidade, Limite, Obra e Edificação, Sistema de Transporte e Vegetação(Mangue-Brejo) estruturou-se topologicamente a Base Cartográfica associada a um Banco de Dados, segundo as especificações da Mapoteca Digital - MD v.4 (IBGE, 1999). As folhas CIM convertidas para o meio digital, vetorizadas e compatibilizadas, foram ligadas para compor uma base integrada do Brasil, ao milionésimo.

A base cartográfica originária das folhas, que compõem o produto em meio analógico, utilizam como referência cartográfica o sistema de Projeção Cônica Conforme de Lambert, tendo como referência geodésica o Datum Córrego Alegre, convertido para SAD 69 (South American 1969). O Sistema de Coordenadas Geográficas, latitude e longitude, foi utilizado para a junção das folhas, na composição da Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital -bCIMd.

O primeiro produto resultante do Projeto CIM, constante da primeira edição da bCIMd foi concluído em outubro de 2003. Considerando os controles e as especificações dos diversos processos de produção, em ambiente digital, todos os elementos representados são compatíveis com a escala de 1: 1 000 000, alertando-se para as distorções que poderão vir a ser geradas com o uso inadequado em escalas maiores, de acordo com os preceitos cartográficos.

2.3 REFERÊNCIAS

IBGE. Manual de normas, especificações e procedimentos técnicos para a Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo - CIM. Rio de Janeiro: IBGE/DECAR, 1ª edição, 1965

IBGE. Manual de normas, especificações e procedimentos técnicos para a Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo - CIM. Rio de Janeiro: IBGE/DECAR, 2ª edição, 1993

OLIVEIRA, C. de. Curso de Cartografia Moderna. Rio de Janeiro: IBGE, 1998.

PENHA, E. A. A Criação do IBGE no Contexto da Centralização Política do Estado Novo. Rio de Janeiro: IBGE/CDDI, 1993.

IBGE. Mapoteca Digital Versão 04. Rio de Janeiro: IBGE/DGC/DECAR, 1999

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