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ISSN - 0103-6688 ABNT Maio 2012 | volume 10 | nº 117 boletim Segurança é fundamental Do campo à mesa, as normas técnicas de segurança de alimentos protegem os consumidores de contaminações e suas consequências danosas. Aliadas a regulamentos, ainda agregam qualidade e confiança para toda a cadeia de suprimentos.

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ISSN - 0103-6688

ABNTMaio 2012 | volume 10 | nº 117

boletim

Segurança é fundamentalDo campo à mesa, as normas técnicas de segurança de alimentos protegem os consumidores de contaminações e suas consequências danosas. Aliadas a regulamentos, ainda agregam qualidade e confiança para toda a cadeia de suprimentos.

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Destaques de maio e junho de 2012Cursos

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.brInformações e inscrições: [email protected] Tel.: (11) 2344 1722 / 1723

Acessibilidade a edificações mobiliário espaços e equipamentos urbanos - ABNT NBR 9050:2004São Paulo – 23, 24 e 25/05

Aplicação da norma ABNT NBR 10151:2000 ao controle do ruído no meio ambiente - Conceitos, procedimentos e uso de instrumentos de medição Brasília – 17 e 18/05São Paulo – 21 e 22/06

Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-san-itárias e controles operacionais essenciais ABNT NBR 15635:2008São Paulo – 18 e 19/06

Sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) - ABNT NBR NM 323:2010São Paulo – 11 e 12/06

Regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação - RDC 216:2004São Paulo – 14 e 15/06

Cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais ABNT NBR 14565:2007São Paulo - 04 e 05/06

Sistemas de gestão da energia - Requisitos com orientações para uso ABNT NBR ISO 50001:2011 São Paulo - 04 e 05/06

Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas ABNT NBR 5419:2005Porto Alegre - 22 e 23/05Rio de Janeiro – 26 e 27/06

Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutençãoSão Paulo - 16, 17 e 18 /05

Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 1: Ambientes com gases e vapores inflamáveisRio de Janeiro - 17/05

Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivasABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 2: Ambientes com pós com-bustíveisRio de Janeiro - 18/05

Curto circuito, coordenação e seletividade em MT ABNT NBR 14039:2005 e BT - ABNT NBR 5410:2004São Paulo – 11, 12 e 13/06

Gestão de riscos - Princípios e diretrizes - ABNT NBR ISO 31000:2009São Paulo - 17 e 18/05Brasília – 12 e 13/06

Trabalhos AcadêmicosBrasília - 15 e 16/05Porto Alegre -05 e 06/06 Rio de Janeiro – 18 e 19/06

Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio Sistemas de Gestão Ambiental - ABNT NBR 14004:2005São Paulo - 31/05 e 01/06

Gestão de Riscos e Crises AmbientaisSão Paulo - 04 e 05/06

Passivo ambiental em solo e água subterrânea: Investigação confir-matória - ABNT NBR 15515-2:2011São Paulo - 04 e 05/06

Responsabilidade social - ABNT NBR 16001:2004 e ABNT NBR ISO 26000:2010Rio de Janeiro – 04 e 05/06/06 Porto Alegre – 28 e 29/06

Auditoria interna da qualidade (ABNT NBR ISO 9001:2008) - Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão - ABNT NBR ISO 19011:2012São Paulo - 24 e 25/05 Rio de janeiro – 13 e 14/06

Indústrias do petróleo, gás natural e petroquímica - Sistemas de gestão da qualidade específicos do setor - Requisitos para organiza-ções de fornecimento de produtos e serviçosABNT ISO/TS 29001:2010São Paulo - 28/05

BPL - Boas Práticas de LaboratóriosSão Paulo – 11 e 12/06

Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho OHSAS 18001:2007Rio de Janeiro – 21 e 22/06

Implantação do plano de gerenciamento de resíduos de saúde – PGRSSSão Paulo - 28 e 29/05

Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a saúdeABNT NBR ISO 14971:2009São Paulo - 31/05 e 01/06

Auditor líder em Sistemas de gestão da segurança da informação (ABNT NBR ISO/IEC 27001:2005) - Diretrizes para auditoriais de sis-tema de gestão - ABNT NBR ISO/IEC 19011:2012São Paulo – 18, 19, 20, 21 e 22/06

Gestão de riscos de segurança da informaçãoABNT NBR ISO/IEC 27005:2008São Paulo - 24 e 25/05

Sistema integrado de gestão (Qualidade, Meio ambiente e Saúde e segurança ocupacional)São Paulo – 17 e 18 /05

Governança corporativa de tecnologia da informação ABNT NBR ISO/IEC 38500:2009São Paulo – 14/06

Etiquetagem de têxteis com ênfase na normaABNT NBR NM ISO 3758:2010São Paulo - 15 e 16/05

Otimização das compras de têxteis hospitalaresSão Paulo - 12 e 13/06

Meios de hospedagem – Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisitos - ABNT NBR 15401:2006Rio de Janeiro - 31/05 e 01/06

Gases Efeito Estufa - Princípios e requisitos para a quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) - ABNT NBR ISO 14064:2007São Paulo – 21 e 22/05

Cursos pagina.indd 13 25/04/2012 16:41:34

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[ Editorial ]

Alimentos seguros ao consumidor

ocada na segurança e na qualidade dos alimentos produzidos e comercializados no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atua no controle sanitário de forma coordenada com estados e municípios em todo o território nacional. Em

sintonia com esse trabalho, as normas técnicas têm oferecido importante contribuição para que a sociedade tenha à disposição alimentos realmente seguros.

A Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104) tem se de-dicado à elaboração de diversas normas com o objetivo de estabelecer parâmetros para o controle na contaminação dos alimentos, destacando-se entre elas a ABNT NBR ISO 22000:2006 e a ABNT NBR 15635:2008.

Usando como base o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), as boas práticas e os controles operacionais essenciais (higienização, tratamento térmico, resfriamento, manutenção e distribuição), essas normas promovem o controle da contami-nação alimentar, desde o campo até a mesa do consumidor.

Entretanto, torna-se fundamental também qualificar o profissional do setor. Por isso, a As-sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) disponibiliza normas que possibilitam aos trabalhadores em serviços de alimentação a conquista de um certificado de competência. É o caso da ABNT NBR 15033:2004, voltada ao manipulador de alimentos, e a ABNT NBR 15048:2004, direcionada a quem exerce função de supervisão.

Com o objetivo de disseminar a importância da certificação, a ABNT e o Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) desenvolveram um projeto que já resultou na aprovação de 120 estabelecimentos nas cidades que vão receber a Copa de 2014. Para as empresas certificadas, além de poderem atestar a eliminação de riscos de contaminação alimentar, a certificação trouxe uma série de benefícios, tais como melhora na qualidade da matéria-prima, redução do desperdício, aumento da competitividade e satisfação do cliente.

Segurança de alimentos é coisa séria. Governo, empresas e entidades de classe concordam que, aliadas à legislação, as normas técnicas da ABNT ajudam a garantir alimentos seguros aos consumidores.

Ricardo FragosoDiretor-geral

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CONSELHO DELIBERATIVO:

Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa

Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra

São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da in-dústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (SINAEES), Instituto de Pes-quisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: MÉTRON Acústica Engenharia e Arquitetura Ltda., / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Con-selho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

CONSELHO FISCAL

Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Man-tenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar

CONSELHO TÉCNICO:

Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

DIRETORIA EXECUTIVA:

Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso ([email protected]) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior ([email protected]) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone ([email protected])/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira ([email protected])

ESCRITÓRIOS:

Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 ([email protected]) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 ([email protected]) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 ([email protected]) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799 ([email protected])

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:

Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exem-plares / Publicidade: [email protected] / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia (MTB 50.448) Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa, Redação e Revisão: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Gar-belini (MTB 19.375) / Boletim ABNT: Maio 2012 – Volume 10 – Nº117 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação ([email protected]) / Impressão: Type Brasil.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:

www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

[ Sumário ]

ISSN - 0103-6688

ABNTMaio 2012 | volume 10 | nº 117

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Segurança é fundamentalDo campo à mesa, as normas técnicas de segurança de alimentos protegem os consumidores de contaminações e suas consequências danosas. Aliadas a regulamentos, ainda agregam qualidade e confiança para toda a cadeia de suprimentos.

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12 [Artigo]

17 [ Turismo e Normalização ]ISO/ TC 2228 reúne-se em Seul

20 [ Foco na MPE ]Por boas práticas nos serviços de alimentação Da inovação ao sucesso

18 [ Consumidor ] A presença do PET

25 [ Fique por Dentro ]

28 [ Certificações ]

13 [Institucional]

23 [ Normalização em Movimento ] ABNT NBR ISO/IEC 31010 Playgrounds em Consulta Nacional ABNT NBR 13883:2012 ABNT ISO TS 22002-1 Manejo florestal Brasil no ISO/IEC JTC 1 ABNT NBR ISO 19011:2012

ISO 9001 completa 25 anos

Vestibilidade para homensGarantia de qualidadeMais um benefício aos associadosObras com rapidez e eficiência

16 [Dúvidas]

22 [ Negócios ]Capacitação ofere novos cursos na área ambientalRedes de proteçãoSeus produtos com valor agregado

24 [ Notícias da Certificação ]Parceria entre ABNT e SimespiRótulo Ecológico ABNTPágina na internetCurso de RotulagemGojo daz divulgação

03 [ Capa ]Segurança é fundamental

09 [ Entrevista ] Sempre vigilantes

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uem costuma fazer refeições fora de casa pre-cisa redobrar a atenção, buscando alimen-tos que tenham qualidade nutricional e não ofereçam riscos à saúde. Mas também nos

lares essa preocupação deve ser mantida, pois basta um descuido em um dos elos da cadeia de suprimen-tos para que a segurança seja ameaçada. A adoção de boas práticas, desde o campo até o comércio varejista e os serviços que oferecem alimentos processados, é fundamental. E as normas técnicas contribuem para a disseminação de métodos de controle da contamina-ção. No acervo da Associação Brasileira de Normas Técni-cas (ABNT) há documentos que atendem toda a cadeia de suprimentos, como embalagens, máquinas, análise de alimento e bebidas, controle de temperatura ali-mentar e competência pessoal em serviço de alimen-tação. Destacam-se as normas elaboradas pela Co-missão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104), como a ABNT NBR ISO 22000:2006, Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requi-sitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos e a ABNT NBR 15635:2008, Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais.

[ Capa ]

Segurança é fundamentalDo campo à mesa, alguns cuidados são essenciais para evitar a contaminação dos alimentos. As normas técnicas ajudam a cadeia de suprimentos a oferecer produtos seguros, que não ameacem a saúde do consumidor.

A ABNT NBR ISO 22000:2006 é direcionada para or-ganizações de qualquer setor envolvido direta ou indi-retamente com a cadeia produtiva de alimentos: agro-pecuária, indústria, transporte, distribuição e serviços de alimentação, identificando os perigos potenciais à segurança do produto desde a obtenção da matéria-prima até o consumo. A norma tem como base o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), reco-nhecido internacionalmente, assim como os pré-re-quisitos e boas práticas (conjunto de técnicas e reco-mendações para realizar determinada atividade), que tornam possível estabelecer o controle das etapas de preparo de alimentos. “Além disso, o processo de ges-tão descrito pela ABNT NBR ISO 22000:2006 constitui uma estratégia de trabalho que promove a melhoria contínua do Sistema”, afirma o coordenador da ABNT/CEE-104 e assessor técnico da Diretoria de Educação Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Co-mercial (Senac-Departamento Nacional), Paulo Bruno. Os diretores da Dzetta - Projetos & Consultoria, assessores técnicos do Programa Alimentos Seguros (PAS) e membros da ABNT/CEE-104, Cristina Prata Neves e Paschoal Guimarães Robbs, ressaltam que na produção de alimentos seguros o objetivo é eliminar ou minimizar qualquer risco à saúde do consumidor. “Em vista disso, as normas técnicas são funda-mentais para padronizar procedimentos, operações e cuidados para a produção de alimentos com os pe-rigos controlados (inócuos) e de qualidade”, justifica Cristina. Os assessores ainda comentam que a organização que faz uso de normas técnicas de alimentos está agregando mais segurança e qualidade ao seu produ-to. “Isso pode ser usado como uma eficaz ferramenta de marketing para o seu negócio”, observa Robbs. Além da ABNT NBR ISO 22000:2006, fazem par-te da “família” as seguintes normas: ABNT ISO/TS 22004:2006, Sistemas de gestão da seguran-ça de alimentos - Guia de aplicação da ABNT NBR ISO 22000:2006; ABNT ISO/TS 22003:2007, Siste-mas de gestão da segurança de alimentos - Requisi-tos para organismos de auditoria e certificação de sistemas de gestão da segurança de alimentos; e

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Paulo Bruno, coordenador da ABNT/CEE-104

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ABNT NBR ISO 22005:2008, Rastreabilidade na cadeia produtiva de alimentos e rações - Princípios gerais e requisitos básicos para planejamento e implementação do sistema. Prontos para consumo

A ABNT NBR 15635:2008, Serviços de alimenta-ção - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais é destinada a orga-nizações que trabalham com alimentos prontos para o consumo. “A norma trata das Boas Práticas, conforme a legislação em vigor no Brasil, e alguns controles ope-racionais essenciais (higienização, tratamento térmico, resfriamento, manutenção e distribuição), promoven-do o controle de contaminação alimentar”, explica o coordenador da ABNT/CEE-104, Paulo Bruno.

A legislação a que Bruno se refere é o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimenta-ção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvi-sa), aprovado pela Resolução - RDC nº 216 em 2004. O documento abrange os procedimentos que devem ser adotados nos serviços de alimentação, a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado.

“A ABNT NBR 15635:2008 atende melhor às micro e pequenas empresas de alimentos que ainda não trabalham com uma ferramenta de segurança de ali-mentos e precisam entrar nesse universo, qualificar e certificar seu serviço”, informa Bruno.

O coordenador enfatiza que a implantação das nor-mas de alimentos seguros reduz efetivamente as per- das de matéria-prima e favorecem uma melhor organi-

zação interna do estabelecimento, incluindo saudáveis hábitos de educação continuada.

Refeição fora do lar

Todos os elos da cadeia produtiva do alimento, desde o plantio, colheita, criação/abate, transporte, armazenagem, embalagem, distribuição, manipulação até o serviço de refeições devem adotar medidas para disponibilizar um alimento seguro, controlando os pe-rigos à saúde do consumidor.

“Cada elo da cadeia deve controlar os perigos sob sua responsabilidade, e o consumidor deverá também aplicar em casa regras importantes para que o produto adquirido continue sendo seguro. Por isso, a seguran-ça dos alimentos vai da produção no campo à mesa”, salienta Paschoal Guimarães Robbs.

Mas, quais são as garantias do consumidor que se alimenta fora do lar? Representante de um setor que reúne aproximadamente um milhão de empresas e gera seis milhões de empregos diretos em todo o país, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abra-sel) estimula o setor a aplicar normas técnicas, além das boas práticas e da legislação vigente para serviços de alimentação.

“Recomendamos que se orientem por normas, porque elas ensinam a fazer o que é tecnicamente correto. O empresário economiza no uso de matéria-prima, adquire conhecimento de como fazer correta-mente a higienização dos alimentos e também garante maior agilidade e produtividade ao estabelecimento”, ressalta o presidente da Abrasel-SP, Joaquim Saraiva de Almeida.

“O processo de gestão descrito pela ABNT NBR ISO 22000:2006 constitui uma estratégia de trabalho que promove a melhoria contínua”

Cristina Prata Neves, assessora técnica do Programa Alimentos Seguros (PAS)

Paschoal Guimarães Robbs, assessor técnico do Programa Alimentos Seguros (PAS)

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Um alimento contaminado não traz apenas um grande prejuízo para o cliente. “A imagem do restau-rante é prejudicada diante de um registro de intoxica-ção alimentar”, alerta Almeida.

Com um aumento do número de consumidores que fazem refeições fora de casa e diante da expectativa de grandes eventos internacionais que serão realizados no Brasil (Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada em 2016), o presidente da Abrasel-SP faz uma recomen-dação ao setor: “Precisamos melhorar a qualidade de nossos serviços cada vez mais. Por isso, é fundamen-tal estimular a qualificação profissional e investir em programas de reciclagem e que sigamos as orienta-ções que já temos à disposição no mercado como, por exemplo, as normas técnicas.”

Qualificação profissional

A capacitação constante do profissional é importante para o cumprimento das boas práticas de manipulação em todas as etapas das atividades relacionadas aos alimentos. “Para garantir melhores condições de segurança nos serviços de alimentação e atender à demanda do mercado por profissionais qualificados, foram elaboradas normas de competência para o setor”, comenta a farmacêutica e microbiologista de alimentos Brigitte Bertin, sócia-diretora da Bioqualitas Análises de Alimentos e Treinamentos Ltda. e participante de três Comissões de Estudo da ABNT. Destacam-se nessa área as normas: a ABNT NBR 15033:2004, Turismo - Manipulador que atua em

estabelecimento de serviço de alimentação no setor de turismo - Segurança de alimentos; e a ABNT NBR 15048:2004, Turismo - Supervisor que atua em estabelecimento de serviços de alimentação no setor de turismo - Segurança de alimentos. A ABNT NBR 15033:2004 é voltada a profissionais que exercem atividades de garçom, cozinheiro, bartender, commis (ajudante de salão), confeiteiro, pizzaiolo, entre outras. Esta norma descreve a competência relacionada à segurança de alimentos.

“Os requisitos definidos na norma indicam que um profissional, para ser considerado competente em segurança de alimentos, deve ser capaz de manter higiene pessoal ao manusear alimentos e bebidas; conservar a adequada higiene no local de trabalho, inclusive no que se refere à prevenção da propagação de pragas; prevenir contaminação dos alimentos e bebidas; e prevenir doenças transmitidas por alimentos (DTA)”, informa o sócio-executivo da Sextante Ltda, Guilherme A.Witte Cruz Machado, que utilizou a norma durante a sua experiência como coordenador do Núcleo de Certificação de Pessoas do Instituto de Hospitalidade. Já a ABNT NBR 15048:2004 é aplicável aos profissionais que têm ocupações como a de maître, chefe-executivo de cozinha, gerente de alimentos e bebidas e outros que atuam na função de supervisão. “Além de atender aos requisitos da norma ABNT NBR 15033:2004, o supervisor deve ser capaz de orientar os profissionais, entender e identificar os pontos de controle de forma que possam ser implementados monitoramentos necessários à segurança de alimentos em um estabelecimento de alimentos e bebidas e orientar quanto à aplicação de medidas de controle sempre que forem observadas falhas nos procedimen-

“A ABNT NBR 15635:2008 atende melhor às micro e pequenas empresas de alimentos que ainda não trabalham com uma

ferramenta de segurança”

Joaquim Saraiva de Almeida, presidente da Abrasel-SP

Brigitte Bertin , sócia-diretora da Bioqualitas Análises de Alimentos e Treinamentos Ltda.

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tos que comprometam a segurança de alimentos”, ex-plica Machado.

Brigitte Bertin lembra que os profissionais podem obter certificação, se atenderem aos requisitos das normas de competência para serviços de alimentação. “A certificação dessas competências possui reconheci-mento nacional e, consequentemente, facilita o enga-jamento do profissional no mercado de trabalho”, ela conclui.

Questão de saúde pública

São inúmeros os prejuízos que o consumo de ali-mentos contaminados, incluindo a água não potável, pode provocar: gastroenterite, intoxicação, lesões no sistema digestivo e, em casos mais graves, a morte. A Anvisa atua justamente com o intuito de promover e proteger a saúde da população e intervir nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e ser-viços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordena-da com os estados, os municípios e o Distrito Federal. (leia entrevista na pág. 09)

Na cidade de São Paulo, a Coordenação de Vigilân-cia em Saúde (Covisa), no âmbito da Secretaria Muni-cipal de Saúde, realiza ações por meio da Gerência de Vigilância de Produtos e Serviços de Interesse à Saúde (GPSIS), visando ao controle da qualidade dos alimen-tos e dos serviços a eles relacionados.

A nutricionista e técnica da Subgerência de Vigilân-cia de Alimentos da Covisa, Martha Virginia Gewehr Machado, explica que no ato da inspeção sanitária, quando constatadas irregularidades que comprome-tem a segurança dos alimentos, as autoridades sanitá-rias lavram auto de infração. “Quaisquer locais, produ-tos, equipamentos, procedimentos que possam, direta ou indiretamente, acarretar riscos à saúde da popula-ção, devem ser objeto de monitoramento e inspeção sanitária”, ela informa.

Segundo a nutricionista, entre as principais irregu-laridades encontradas nos estabelecimentos vistoria-dos estão: a manipulação de alimentos crus e cozidos concomitantemente, o que pode acarretar a conta-minação cruzada (quando as bactérias presentes nas carnes cruas e nos vegetais, bancadas e utensílios não lavados podem ser transferidos para os pratos prontos para o consumo); e procedimentos inadequados exe-cutados pelos manipuladores, como não lavar as mãos quando necessário, utilizar anéis, relógios e pulseiras, estar com as unhas longas e com esmaltes, o que difi-culta a higiene correta das mãos.

“Tudo isso pode comprometer a segurança dos ali-mentos preparados, pois as mãos não higienizadas, unhas longas e o hábito de falar sobre os alimentos podem ser fontes de contaminação”, ressalta Martha Virgínia.

Direito do consumidor

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê a proteção da vida e da saúde contra os riscos provoca-dos por práticas no fornecimento de produtos e servi-ços considerados perigosos ou nocivos. Portanto, a ali-mentação segura também é um direito dos cidadãos.

A questão é contemplada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) desde a sua criação. “O objetivo primordial é ter um aumento na qualidade dos alimentos postos no mercado de consumo brasileiro, para isso a principal reivindicação reside no âmbito da melhora da informação prestada pelas empresas aos consumidores”, explica a advogada do Idec, Mariana Ferraz.

O Idec tem uma postura permanente de exigir melhor qualidade dos alimentos e suficiente infor-mação nos rótulos dos produtos. “Por isso, inicia-mos um programa contínuo e o Idec já realizou mais de 50 testes de alimentos, envolvendo milhares de produtos”, conta Mariana. Ela lista uma série de ir-regularidades alarmantes: azeites fraudados; fari-nhas, chocolates, leites pasteurizados e palmitos contaminados por bactérias; águas minerais com ex-cesso de flúor; alimentos dietéticos com problemasna composição; sal de cozinha sem iodo; arroz con-taminado por agrotóxicos; derivados de amendoim com uma substância altamente cancerígena; pizzas

“A imagem do restaurante é prejudicada diante de um registro de intoxicação alimentar”

Martha Virginia Gewehr Machado, técnica da Subgerência de Vigilância de Alimentos da Covisa

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com excesso de aditivos e balas com aditivos proibidos em muitos países.

Nos testes, o Idec constatou também que cerca de 40% dos alimentos avaliados apresentaram problemas de rotulagem e, consequentemente, descumpriram o Código de Defesa do Consumidor. “Todos os dados das avaliações são enviados às empresas fabricantes que, muitas vezes, adotam medidas corretivas, como a retirada de produtos do mercado, melhoria dos processos de produção e mudanças na rotulagem”, revela a advogada.

A entidade também encaminha os resultados dos testes às autoridades responsáveis pela fiscalização de alimentos e ao Ministério Público, quando há configuração de crime contra o consumidor e à saúde pública.

“Para o consumidor é fundamental que os alimentos disponibilizados para o consumo sejam seguros tanto sob o aspecto nutricional, quanto sanitário”, orienta a consultora técnica do Idec, Silvia Vignola, lembrando que é essencial que os estabelecimentos cumpram normas compulsórias, estabelecidas pelos órgãos reguladores governamentais.

A consultora também aponta os benefícios que a adoção voluntária de normas técnicas pode trazer: “Ao estabelecer parâmetros, as normas podem orientar a atividade de estabelecimentos para atingir esse propósito. Com a crescente preocupação ambiental, outro critério importante é a produção sustentável desses produtos”.

Benefícios da certificação

A ABNT é acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como um Organismo de Certificação de Produtos (OCP) para Serviços de Alimentação, conforme a norma

de requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais (ABNT NBR 15635:2008). Já foram certificadas 47 empresas participantes de um programa piloto do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“Existe um contrato celebrado entre o Sebrae e a ABNT com o objetivo de prestar serviços de auditoria, conforme a ABNT NBR 15635:2008, visando à certificação de 120 estabelecimentos sediados nas doze cidades que vão receber a Copa de 2014”, comenta o gerente comercial de Certificação de Sistemas, Luiz Boschetti.

As empresas que atenderem de forma plena aos re-quisitos da norma receberão certificados com validade de três anos. “Para garantir que os estabelecimentos certificados continuem ajustados ao padrão normati-vo, serão realizadas duas auditorias de manutenção com periodicidade anual”, informa Boschetti.

Ao longo dos próximos anos, o gerente comercial acredita que o número de empresas interessadas na certificação de serviços de alimentação terá um cres-cimento expressivo: “Isso deverá ocorrer em virtude do aumento da fiscalização dos órgãos reguladores do setor, da maior atenção dos consumidores às irregu-laridades apresentadas e da constante exposição na mídia dos estabelecimentos flagrados na condição de não observância dos preceitos regulatórios aplicáveis ao setor”.

A conquista do certificado, entretanto, também traz grandes benefícios aos serviços de alimentação. “A certificação sinaliza, de forma inconteste, aos clientes, fornecedores, colaboradores internos, investidores e à concorrência, que o estabelecimento implementou as melhores práticas aplicáveis ao segmento”, conclui Boschetti.

Questão de saúde pública

São inúmeros os prejuízos que o consumo de ali-mentos contaminados, incluindo a água não potável, pode provocar: gastroenterite, intoxicação, lesões no sistema digestivo e, em casos mais graves, a morte. A Anvisa atua justamente com o intuito de promover e proteger a saúde da população e intervir nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e servi-ços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada com os estados, os municípios e o Distrito Federal.

Na cidade de São Paulo, a Coordenação de Vigilân-cia em Saúde (Covisa), no âmbito da Secretaria Muni-cipal de Saúde, realiza ações por meio da Gerência de

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“Mãos não higienizadas, unhas longas e o hábito de falar sobre os alimentos podem ser fontes de contaminação”

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Mariana Ferraz, advogada do Idec

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Vigilância de Produtos e Serviços de Interesse à Saúde (GPSIS), visando ao controle da qualidade dos alimen-tos e dos serviços a eles relacionados.

A nutricionista e técnica da Subgerência de Vigilân-cia de Alimentos da Covisa, Martha Virginia Gewehr Machado, explica que no ato da inspeção sanitária, quando constatadas irregularidades que comprome-tem a segurança dos alimentos, as autoridades sanitá-rias lavram auto de infração. “Quaisquer locais, produ-tos, equipamentos, procedimentos que possam, direta ou indiretamente, acarretar riscos à saúde da popula-ção, devem ser objeto de monitoramento e inspeção sanitária”, ela informa.

Segundo a nutricionista, entre as principais irregu-laridades encontradas nos estabelecimentos vistoria-dos estão: a manipulação de alimentos crus e cozidos concomitantemente, o que pode acarretar a conta-minação cruzada (quando as bactérias presentes nas carnes cruas e nos vegetais, bancadas e utensílios não lavados podem ser transferidos para os pratos prontos para o consumo); e procedimentos inadequados exe-cutados pelos manipuladores, como não lavar as mãos quando necessário, utilizar anéis, relógios e pulseiras, estar com as unhas longas e com esmaltes, o que difi-culta a higiene correta das mãos.

Esforço recompensado

O proprietário da Robsdri Pizzaria. em São João Del Rei (MG), Robson Antonio Argamim, sabe muito bem da importância das boas práticas na manipulação de alimentos. Ele participou do Programa Alimentos Seguros (PAS), criado pelo Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial (Senai) e pelo Sebrae com a ade-são das demais entidades do “Sistema S” (Sesc, Sesi e Senac), e que tem o objetivo de disseminar as boas práticas e o Sistema APPCC em todo território nacional por meio de seminários, cursos para técnicos, material didático e consultorias às empresas da cadeia produti-va de alimentos.

Após o PAS, Argamim foi convidado a participar do projeto piloto do Sebrae, recebendo consultoria da entidade para adequar seu estabelecimento às orien-tações da norma ABNT NBR 15635:2008.“É muito pra-zeroso ouvir elogios dos clientes que conhecem as exi-gências e o rigor do processo de certificação, pois eles sabem o quanto tivemos de nos esforçar. O público tem visto nosso estabelecimento com outros olhos”, ele comemora.

A sócia-proprietária da Pousada Villa Alferes, em Tiradentes (MG), Mara Nascimento, passou por expe-riência semelhante. “Tivemos de adaptar vários aspec-tos da empresa, inclusive a parte física. O processo de certificação não é fácil, depende muito da vontade do empresário em melhorar, mas o resultado é tão visível e satisfatório que vale a pena”, garante.

Mara lembra também da importante atuação de consultoria prestada pelo Sebrae, que acompanhou todas as fases de adaptação da empresa. “Não sabí-amos nem preencher uma planilha. O pessoal tevepaciência em explicar e motivar a equipe para dar con-tinuidade ao processo”, conta Mara.

O resultado de tanto esforço é facilmente perce-bido. “Entre os benefícios da certificação, conforme a norma ABNT NBR 15635:2008, estão a melhoria da qualidade dos produtos e serviços, a redução do des-perdício, o aumento da competitividade e a satisfação e fidelização do cliente”, declara a sócia-proprietária da Pousada Villa Alferes

“Para o consumidor é fundamental que os alimentos disponibilizados para o consumo sejam seguros tanto sob o aspecto nutricional, quanto sanitário”

Fique atento!* Ao entrar em qualquer estabelecimento que forne-ça alimentos, observe a limpeza do local, a organiza-ção e a presença de pragas, assim como a higiene dos colaboradores. * Sempre que possível, visite a cozinha do estabele-cimento.* Evite alimentos como ostras, carnes mal passadas e maioneses, se não conhece o estabelecimento. Opte por ovos com gema cozida (dura).* No self service, verifique se os alimentos quentes (por exemplo, caldos, sopas, feijão, feijoadas) estão

em equipamentos capazes de manter a temperatura correta (mínimo de 60ºC).* Observe se os alimentos lácteos, os embutidos e as hortaliças são mantidos sob refrigeração.* Na dúvida, consulte o responsável técnico pelo es-tabelecimento. Esse profissional responde pelos pro-cedimentos que devem garantir a segurança dos ali-mentos servidos.* A falta de higiene deve ser comunicada ao serviço de vigilância sanitária de seu município

Silvia Vignola, consultora técnica do Idec

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Sempre vigilantesPara reduzir as doenças causadas por alimentos contaminados, a Anvisa busca aumentar a segurança e a qualidade dos produtos comercializados no Brasil.

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Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvi-sa) atua no controle da

produção e da comercialização de produtos e serviços subme-tidos a vigilância sanitária, as-sim como nos ambientes, nos processos, nos insumos e nas tecnologias a eles relacionados. Sua atividade se dá de forma coordenada com estados e mu-nicípios em todo o território na-cional. A Agência também atua no controle de portos, de aero-portos e de fronteiras, lidando com questões na área de vigi-lância sanitária internacional. A Gerência-Geral de Alimen-tos (GGALI) da Anvisa coordena programas e iniciativas voltadas para segurança alimentar, pre-venção e controle da obesidade, redução do sódio e qualidade nutricional dos alimentos. “Nos-so objetivo é promover modos de vida e alimentação adequa-da e saudável para a população brasileira”, informa a biomédica e gerente-geral de Alimentos da Agência, Denise Resende. Em entrevista ao Boletim ABNT, ela aborda a questão da segurança alimentar e da saúde pública, as boas práticas para a fabricação e o preparo de alimentos e a contribuição de normas técnicas na garantia de produtos seguros e na conquista de maior credibilidade das em-presas entre seus clientes. Como a Anvisa define o conceito de segurança alimentar? Após a Lei n° 11.346/2006, o Brasil adota a seguinte definição para segurança alimentar e nutri- cional: consiste na realização do

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Denise Resende, gerente-geral de Alimentos da Anvisa

direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qua-lidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a ou-tras necessidades essenciais, ten-do como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Dentro desse conceito abrangente, a quali-dade nutricional e sanitária aparece como um dos componentes indis-sociáveis da segurança alimentar. E, mais especificamente, quando tratamos da qualidade sanitária estamos remetendo o alimento seguro ao consumo, sem contami-nantes e outros agentes intrínsecos que possam causar danos à saúde.

O componente relativo à qualidade sa-nitária dos alimentos também é conhe-cido como inocuidade ou segurança dos alimentos.

Por que a segurança alimentar é uma questão de saúde pública?

Segundo estimativas da Organi-zação Mundial da Saúde (OMS), há a ocorrência anual de 1,2 bilhão de episódios diarreicos e 2,2 milhões de óbitos associados ao consumo de ali-mentos contaminados. Apesar de sa-bermos que, no Brasil, os dados que dispomos sobre doenças associadas ao consumo de alimentos (conheci-das pela sigla DTA) são subnotifica-dos, segundo o Sistema de Informa-ções Hospitalares (SIH) do Ministério

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da Saúde, há uma média de 568.341 casos de DTA por ano. Os maiores prejuízos da DTA recaem sobre os consumidores, que nas formas agudas apresentam sin-tomas comuns (diarreia, vômito, náuseas, dor de cabeça, cólicas) os quais comprometem sua qua-lidade de vida e capacidade labo-ral, e outros mais graves e menos frequentes, com sequelas maiores (efeitos neurológicos, danos graves aos rins, abortos, entre outros). Há ainda efeitos cumulativos, princi-palmente associados à presença de substâncias tóxicas e consequência de reincidências de quadros agu-dos. Desses, destacamos efeitos carcinogênicos, neurológicos e ou associados a doenças reumáticas. Mas os prejuízos não estão restri-tos ao consumidor. Hoje os crité-rios de segurança dos alimentos são requisitos essenciais para ga-nhar mercados e, sob outra ótica, com a melhoria dos sistemas de alertas e comunicação, o eventu-al envolvimento de uma empresa em um surto ou evento associado a seu produto repercute cada vez mais, trazendo sérios prejuízos fi-nanceiros e quebrando uma frágil relação de confiança com o consu-midor.

O que são as boas práticas para fabricação e serviços de alimenta-ção?

As empresas que fabricam e pre-param alimentos devem incorporar na sua prática medidas que permi-tam garantir aos seus consumidores alimentos cada vez mais seguros. Essas medidas passam por todo o processo de fabricação e preparo, incluindo as condições estruturais e a conscientização de seus colabo-radores. Uma das principais medi-das necessárias é a seleção de sua matéria-prima (de seus fornecedo-res), colocando o aspecto sanitário

como critério primeiro para essa seleção. A partir de então, todas as etapas de produção ou preparo de-vem incorporar medidas de contro-le que possam minimizar ou elimi-nar os perigos, com foco naquelas que são mais críticas. As empresas devem ir além de seu processo, conscientizando os agentes futuros dessa cadeia a fim de que as me-didas necessárias em fase ulterior também sejam adotadas. Nessa abordagem geral, estamos falando essencialmente das boas práticas de fabricação e preparo de alimen-tos. Estamos, ainda, reforçando todos os princípios do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), que continua sendo uma das ferramentas mais poderosas na prevenção de pro-blemas sanitários. Mas não pode-mos nos esquecer de observar as exigências previstas na legislação sanitária, afinal, elas contêm os de-veres das empresas na garantia de alimentos mais seguros para a po-pulação. Sinteticamente, e na ótica da vigilância sanitária, as boas prá-ticas para a fabricação e preparo de alimentos são procedimentos que devem ser adotados por indústrias e serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sani-tária e a conformidade dos alimen-tos preparados com a legislação vigente.

Por que é importante a capacitação contínua do pessoal envolvido em qualquer etapa da cadeia produti-va de alimentos? As pessoas são um elo essen-cial em todo o processo de pro-dução e preparação de alimentos, assumindo importância crítica ao desempenhar atividades que são imprescindíveis na prevenção de riscos associados aos alimentos. Além disso, o pessoal também re-presenta uma importante fonte de

contaminação para o alimento, por isso mesmo deve ter uma conduta muito bem estabelecida. Ou seja, requer um processo de contínua sensibilização e capacitação a fim de evitar desvios de conduta que normalmente estão associados à falta de conhecimento.

A Anvisa também se dedica à orien-tação sobre boas práticas nutricio-nais. Quais são elas?

As Boas Práticas Nutricionais (BPN) são medidas que visam orientar os serviços de alimenta-ção (estabelecimento no qual o alimento é manipulado, prepara-do, armazenado e/ou exposto à venda) na preparação de alimen-tos com menores teores de açúcar, gordura trans, gordura saturada e sódio, contribuindo para uma ali-mentação mais saudável. A adoção das BPN é voluntária. O pão fran-cês foi o primeiro alimento a ter um Guia de Boas Práticas Nutricio-nais. Esse alimento é um dos que mais contribui para a ingestão de sódio pela população, pois é tradi-cionalmente consumido no café da manhã e, às vezes, no lanche. As associações representantes dos se-tores produtivos e os órgãos de vi-gilância sanitária estão divulgando o Documento de Referência para Guias de Boas Práticas Nutricionais da Anvisa, que apresenta modelo para elaboração de guias especí-ficos para preparo de alimentos. De acordo com recomendação da OMS, a redução do consumo de sal para 5 gramas/dia, por exemplo, diminuiria em 10% a pressão ar-terial da população brasileira, em 15% os óbitos por acidente vascular cerebral e em 10% os óbitos por in-farto. Com essa redução, 1,5 milhão de brasileiros não precisariam de medicação para hipertensão e a ex- pectativa de vida dos hipertensos seria aumentada em até quatro

“A qualidade nutricional e sanitária aparece como um dos componentes indissociáveis da segurança alimentar”

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Acreditados (OIVA), os Organismos de Inspeção Acreditados-

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“No Brasil há uma média de 568.341 casos de doenças associadas ao consumo de alimentos por ano”

anos. Mais informações podem ser obtidas no site da Anvisa.

Como a Anvisa atua na fiscalização de fabricantes de alimentos e esta-belecimentos comerciais? A Anvisa, por meio da GGALI, exer-ce um papel de coordenador das atividades de controle de alimentos realizadas pelos entes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Em outras palavras, a GGALI não atua diretamente na fiscalização de fa-bricantes de alimentos e estabeleci-mentos comerciais, excetuando os casos em que o apoio é solicitado pelo órgão de vigilância sanitária. As atividades de inspeção de fabrican-tes de alimentos e estabelecimentos comerciais são uma responsabilida-de das vigilâncias sanitárias estadu-ais ou municipais, dependendo da forma de organização do serviço em cada Estado. Como parte da função de coordenador, a GGALI desenvol-ve atividades que visam aprimorar a harmonização de procedimentos entre os serviços de vigilância sani-tária, define alguns temas prioritá-rios que devem ser tratados em âm-bito nacional e, principalmente, de-fine requisitos comuns por meio de seus atos normativos. A fiscalização é parte indissociável do processo regulatório, é o exercício do poder delegado pela sociedade para fazer cumprir os requisitos de produção necessários à garantia de alimentos mais seguros ao consumo.

Qual é a ação da vigilância sanitária, durante uma inspeção, quando en-contrada alguma irregularidade?

As vigilâncias sanitárias, ao identi-ficar irregularidades, seguem o rito previsto na Lei Federal nº 6437/77, combinado com os seus códigos lo-cais. Ao final do processo adminis-trativo sanitário, a empresa pode sofrer uma série de sanções, como cancelamento de registros ou au-torizações, apreensão de produtos, interdição da produção e ou multas.

Importante reforçar que, nesse pro-cesso, estão previstos instrumentos que permitem à empresa autuada exercer seu direito à ampla defesa e ao contraditório.

Diante de dois grandes eventos in-ternacionais, a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016, a An-visa pretende realizar alguma ação especial voltada aos estabelecimen-tos de serviços de alimentação?

Coube a área de alimentos a co-ordenação do Grupo de Trabalho no âmbito da Anvisa, instituído pela Portaria nº 1.201, de 18/08/11, para fins de organização das ações de vi-gilância sanitária relativas a Eventos em Massa. Para efeito dessa Portaria consideram-se Eventos em Massa as atividades coletivas que por mo-tivo comum reúnam elevado con-tingente de pessoas vindas de todas as partes do país e ou do mundo. Baseando-se no risco potencial dos alimentos preparados nos serviços de alimentação e do comércio de alimentos em vias e espaços públi-cos, a Anvisa desenvolveu um pro-jeto que focaliza ações prioritárias de intervenção nesses segmentos, com o objetivo de garantir a oferta de alimentos seguros ao consumo e minimizar a repercussão negativa de eventuais surtos alimentares du-rante a realização da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016. Os órgãos de vigilância sanitária estaduais e mu-nicipais, das cidades que serão sede desses eventos no Brasil, estão ela-borando um plano de ação específi-co, em que estão contempladas as atividades de inspeção nos serviços de alimentação.

A Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT) publicou uma série de normas sobre se-gurança alimentar, como a ABNT NBR ISO 22000:2006 e ABNT NBR 15635:2008. Em sua opinião, de que forma as normas técnicas po-dem auxiliar fabricantes e serviços

de alimentação?

Essas normas incorporaram re-quisitos que já estão previstos em legislação, entretanto, foram bem além dos aspectos legais. Ou seja, elas incorporaram outros requisitos que já foram absorvidos no merca-do, quer seja como tendência ou forma de sobrevivência à compe-titividade crescente. Assim sendo, elas normalmente servem de apoio àquelas empresas que querem ga-rantir maior credibilidade entre seus clientes ou mesmo ampliar mercados. Para a vigilância sanitá-ria, focamos em um benefício prin-cipal: elas contribuem para a oferta de alimentos mais seguros à popu-lação.

Ambas as normas técnicas são certi-ficáveis. Como a senhora avalia esse tipo de certificação?

Essa certificação é um tipo de resposta legítima e independente do setor regulado a demandas do mercado ou de outras partes inte-ressadas, sendo, portanto, dissocia-do do papel regulatório das autori-dades governamentais. Inclusive, uma das vantagens desses tipos de auto-regulação é a capacidade e ou sensibilidade de identificar necessi-dades ou demandas não absorvidas pelas autoridades governamentais. De modo que a certificação encon-tra uma forte convergência com os interesses da saúde pública ao atri-buir um valor diferencial às empre-sas que se preocupam com a gestão da segurança de alimentos.

Que conselho a senhora dá para fabricantes e comerciantes sobre a importância da segurança alimen-tar?

Assumam os cuidados com a inocui-dade e a qualidade nutricional dos alimentos como principal estratégia para sobrevivência e crescimento em um mercado cada vez mais com-petitivo.

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m 26 de março de 1987, foi oficialmente lançada a pri-meira norma da família ISO

9000. Enquanto para nós era uma novidade, para os Estados Unidos e muitos países da Europa ela surgiu como uma velha conhecida: era a BS 5750 com outro nome. Mas isto não tirou o brilho do lançamento, afinal oficializava-se a primeira norma com foco em qualidade de abrangência internacional, com aval plurinacional. Um belíssimo primeiro passo!

Qualidade é um fenômeno mer-cadológico que ocorre nas situações em que a oferta supera a curva de de-manda. Aqui no Brasil, nos anos 80, devido ao “fechamento dos portos”, a curva de oferta raramente atendia ao potencial de demanda – portanto não vivenciávamos a qualidade em sua plenitude. De qualquer forma uma época interessante, porque to-mávamos conhecimento de alguns movimentos que a qualidade exercia em países mais desenvolvidos, ater-rissando por aqui o Programa “5 S”, o CCQ (grupos de debate), o TQM (qua-lidade total) etc.

A condição dos países desenvol-vidos no início dos anos 90, de oferta

tal do bug 2k) e até artigos sobre este novo milênio que esqueciam que o novo milênio seria só no ano seguin-te! E no meio disto tudo nasce a nova versão oferecendo uma abordagem absolutamente distinta e distante da antecessora, agora muito moderna com jargão atualizado. Esta norma possibilitou enormes vantagens, des-de a abertura à desburocratização até a ênfase em processo propriamente dito.

A norma atual, de 2008, é pratica-mente igual à versão de 2000, porém com melhorias terminológicas e ade-quações à ISO 14000 e traz principal-mente correções e ajustes na defini-ção de “produto” (que estava errada na de 2000 por incompatibilizar com o conceito de processo), nos objeti-vos da qualidade que de “coerentes” devem ser agora “consistentes” com a política da qualidade e na exigên-cia de análise crítica da “eficácia” das ações preventiva e corretiva – pena que todos estes pontos passam total-mente despercebidos na maioria das auditorias.

Para encerrar, merece o comen-tário de que temos hoje uma ISO 9001 muito boa, madura e atualizada aos ditames da Gestão Empresarial. Lamentável é saber que muitas em-presas ainda não utilizam esta nor-ma como ferramenta de ganho e de controle, mas apenas como um mal necessário

[ Artigo ]

ISO 9001 completa 25 anos* Por Oceano Zacharias

* Oceano Zacharias é consultor e palestran-te em Gestão Empresarial

acima de demanda, já havia trans-formado o freguês em cliente, e as empresas precisavam evidenciar, principalmente para os países impor-tadores, que tinham procedimentos garantindo a qualidade conforme re-quisitos do cliente. Com isto a versão de 1994 teve uma aceitação muito maior que a da sua antecessora: em um ano houve mais certificações do que nos sete primeiros anos.

Por outro lado, esta nova norma estava demasiadamente atrelada à anterior, tanto no aspecto de ser estratificada para organizações (Ins-peção e Testes 9003, Produção 9002 e Projeto 9001), como e também na formalidade do controle da qualida-de – reminiscência das normas de qualidade de origem militar; a estra-tificação propiciou que muitas em-presas optassem indevidamente pela ISO 9002 para fugirem do famigerado 4.4 exigido pela ISO 9001, enquanto o formalismo da norma gerou dois grandes insucessos: procedimentos burocráticos que empapelavam as or-ganizações e a atividade denominada pomposamente de Auditoria Interna, que nada mais era do que uma inspe-ção de conferência documental tipo “cara-crachá”. Estas fraquezas seriam futuramente evidenciadas quando as organizações necessitassem fazer a adequação para a versão seguinte (2003 foi o único ano da história da 9000 que se encerrou com queda no total de certificações!).

O ano 2000 foi um marco! Um ano cheio de zeros, bruxos prevendo o fi-nal dos tempos, o bug do milênio (o

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Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) re-alizou evento em São Paulo,

no dia 18 de abril, para lançamento da norma de vestibilidade para ho-mens, que vinha gerando grande ex-pectativa no mercado. Inovadora no segmento de vestuário masculino, a ABNT NBR 16060:2012 oferece refe-rências de medidas dos tipos físicos normal, atlético e especial, trazendo benefícios para as confecções, o co-mércio e os consumidores. O diretor de Relações Externas da ABNT, Carlos Santos Amorim Junior, abriu o evento destacando que a norma, de aplicação voluntária, trará muitas vantagens ao setor. “Ela de-verá contribuir, principalmente, para que as empresas de pequeno porte tenham acesso ao conhecimento”, ele afirmou. Em breve, 20 mil exemplares de uma cartilha sobre a nova norma, com o título “Que roupa se encaixa ao tamanho do meu corpo?” serão disponibilizados por meio da parceria entre a ABNT e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A superintendente do Comitê Brasi-leiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17), Maria Adelina Pereira, ao iniciar a apresentação da ABNT NBR 16060:2012, afirmou que o merca-do precisava de uma iniciativa desse tipo, devido à mudança do biótipo do brasileiro, que exige maior varie-dade de opções. A partir dessa per-cepção é que foi elaborada a ABNT NBR 15800:2009, sobre vestuário para bebê e infanto-juvenil, fazendo crescer a curiosidade das confecções quanto à norma de vestibilidade para homens.

Vestibilidade para homens

Maria Adelina observou que uma norma ISO de 1987 já preconizava a importância de se considerar a altu-ra da criança, levando-se em conta ainda a etnia e a faixa etária. Ou seja, já naquela época havia consenso de que era impossível limitar a grade de tamanhos aos tipos físicos conven-cionais. Esta constatação guiou a ela-boração da ABNT NBR 15800:2009, que traz anexa uma tabela com 24 medidas diferentes, e da ABNT NBR 16060:2012, com 18 medidas. “Nosso objetivo não é reiventar a roda, mas disseminar um conheci-mento já aplicado por algumas em-presas”, destacou a superintenden-te. Sem restringir a criatividade dos modelistas, a norma orienta que as roupas masculinas, incluindo as de malha e de banho, contenham em etiquetas, tags ou na própria em-balagem indicações das medidas do corpo ao qual as peças se destinam, além da grade tradicional de tama-nhos. Na ABNT NBR 16060:2012, Vestu-ário — Referenciais de medidas do

corpo humano — Vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial, as empresas encontra-rão, por exemplo, as referências em centímetros dos perímetros do qua-dril e da cintura e do comprimento de pernas para a confecção de uma calça. E esta orientação vale também para o consumidor que, conhecendo as suas medidas, não terá de usar os provadores das lojas e pode comprar roupas pela internet, sem risco de er-rar no tamanho.Na avaliação de Maria Adelina, as confecções vão adotar o novo siste-ma de medidas, que beneficia pro-dutores e consumidores. “A norma promove a qualidade e a confiança”, ela assegurou, já anunciando que o próximo trabalho do ABNT/CB-17, previsto para começar ainda neste semestre, será a norma de vestibili-dade para o público feminino. “Te-remos o desafio da diversidade de peças e a vantagem da experiência da elaboração das duas normas an-teriores”, concluiu

A ABNT NBR 16060:2012 chegou para facilitar o mercado de roupas masculinas.

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Nova norma traz benefícios às confecções e aos consumidores

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[ Institucional ]

Pegg Ltda., uma empresa de Caxias do Sul (RS) que se dedica ao desenvolvimento

de produtos e componentes para a indústria, especialmente encarroça-dores de ônibus, obteve em janeiro deste ano a Marca de Conformida-de ABNT para a sua plataforma para ônibus Ellevare, destinada ao des-locamento de pessoas com mobili-dade reduzida. Concluiu, assim, um processo desafiador, cujo resultado o diretor técnico Jairo Pellenz define como “fantástico”. Pioneira no mercado, a Ellevare constitui-se de plataforma eleva-tória e rampa de acesso veicular, apresentando como aspecto mais inovador a tração elétrica. Está em conformidade com duas Normas Brasileiras: a ABNT NBR 15646:2011, Acessibilidade - Plataforma elevató-ria veicular e rampa de acesso vei-cular para acessibilidade em veículos com características urbanas para o transporte coletivo de passageiros - Requisitos de desempenho, projeto, instalação e manutenção; e a ABNT NBR 15570:2011, Transporte — Es-pecificações técnicas para fabricação de veículos de características urba-

Garantia de qualidade

nas para transporte coletivo de pas-sageiros. O projeto de certificação foi desen-volvido de 2007 a 2008, com base nas duas normas técnicas, mas apenas em agosto de 2011 a Pegg iniciaria o processo, concluído em dezembro, ou seja, no prazo de cinco meses, e que lhe daria direito de receber, em janeiro, o certificado com a Marca de Conformidade ABNT. A empresa enfrentou alguns de-safios, como o desenvolvimento do produto de acordo com as normas técnicas, sem alterar a qualidade, mas com um novo conceito e a custo reduzido. Para Jairo Pellenz, o resul-tado valeu todo o esforço empreen-dido. “A certificação significa a concreti-zação de um projeto, a garantia da qualidade de nosso produto e o aten-dimento às normas da ABNT, então considero essa conquista como algo fantástico”, entusiasma-se o diretor técnico. Com mais de 20 anos de experiên-cia no mercado, a Pegg já fornecia produtos para empresas de transpor-te público. Logo que recebeu o certi-ficado da ABNT, iniciou um processo

visando à comercialização de suas plataformas para fabricantes de car-rocerias de ônibus. Estimulada pela conquista, a em-presa agora se prepara para obter a certificação de seu sistema de gestão da qualidade, em conformidade com a ABNT NBR ISO 9001:2008. “Dessa forma, vamos comprovar que a Pegg se destaca pela busca de novas tec-nologias, que tornam seus produtos mais competitivos no mercado, mais práticos na sua operação e ecologi-camente corretos”, conclui Jairo Pel-lenz

A plataforma elevatória veicular Ellevare, fabricada pela gaúcha Pegg, recebe certificação da ABNT.

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Mais um benefício aos associadosNeste mês de maio, a Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT) passou a oferecer mais um benefício aos seus associados: a visualização de normas antes da aquisição.

“O serviço estará disponível pelo site www.abnt.org.br , e os associados poderão utilizá-lo com o CNPJ e senha, que são fornecidos a todos quando fazem a adesão. Para apresentarmos o novo benefício enviaremos uma correspondência informando a senha e o acesso ao sistema”, afirma Roberto Santos, gerente de Articulação Nacional.

O objetivo desse novo benefício é melhorar e facilitar o acesso e a pesquisa de normas a todo o quadro associativo.

Para facilitar o entendimento, o assessor de TI, Nelson Al Assal, explica passo a passo como o sistema vai funcionar:

• O serviço permitirá ao associado a pré-visualização da norma técnica, por uma vez, por um tempo limite, suficiente para que ele leia rapidamente e verifique se é a norma adequada para a compra.

• O associado tem permissão para clicar em um botão VISUALIZE ANTES DE COMPRAR e se autenticar. Para isso ele necessita ter a plataforma java instalada em seu computador (computadores em geral já tem isso pré-instalado).

• A norma abre normalmente por um tempo de 15 segundos por página (ex: 20 pg -> 300 segundos ou 5 minutos) respeitando um limite de no máximo 10 minutos.

Caso algum associado tenha dificuldade basta contatar a área de TI pelos telefones (11) 3017.3642 / 3601 ou pelo e-mail [email protected]

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[ Institucional ]

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou, no dia 10 de abril,

a ABNT NBR 16055:2012, Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações — Requisitos e procedimentos, que deverá auxiliar muito as construtoras do país, nestes tempos em que canteiros de obras surgem por toda parte. O sistema construtivo não é novo, já foi muito usado no Brasil e no exterior, de acordo com Arnoldo Wendler, coordenador da Comissão de Estudo do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02) responsável pela elaboração da norma. Mas a iniciativa da ABNT vem ao encontro do atual momento do setor. “Estamos em uma fase de ampla utilização porque o sistema depende da execução de uma grande quantidade de unidades e com velocidade. Hoje o mercado brasileiro oferece estas condições para a utilização deste sistema construtivo”, observa Wendler. Algumas características da norma: utilização de formas removíveis: utilização de concreto de densidade normal; concretagem simultânea de paredes e lajes; utilização de telas soldadas nas paredes e todas as suas ligações; e incorporação de elementos construtivos, desde que aprovados pelo engenheiro de estruturas.

Obras com rapidez e eficiência

A opção por formas removíveis, como destaca o coordenador, permite o seu uso repetidas vezes. A construção das paredes tem a seguinte sequência: • montagem das armaduras, instalações elétricas e outros elementos construtivos incorporados;• colocação de formas de paredes, escoramentos e forma de laje;• complementação da armadura de laje e elétrica;• concretagem de todo o conjunto;• retirada das formas no dia seguinte, para reutilização. A norma, por sinal, também estabelece requisitos para as formas. “No capítulo 18, temos condições de resistência, rigidez e estanqueidade

das formas, assim como do processo de montagem e desmontagem”, informa Wendler. A ABNT NBR 16055:2012 pode ser adotada por empresas de diferentes portes, que tenham empreendimentos com um número elevado de unidades e que possam se utilizar da velocidade do processo, mas Arnoldo Wendler alerta: “É de extrema importância a correta especificação, dosagem, lançamento e cura do concreto, material básico do sistema”. Atendidos os requisitos da norma, estarão asseguradas a rapidez, a economia com a reutilização da forma e a qualidade de acabamento

Nova norma da ABNT orienta a construção de paredes de concreto moldadas no local, em formas removíveis.

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Canteiro de obras em diferentes fases da construção de paredes: quantidade e velocidade

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1.Gostaria de saber qual norma da ABNT traz informações sobre o método de determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em águas.

Carlos Eduardo Risonho – Globe Química S.A. – Cosmópolis – SP

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 12614:1992 - Águas - Determi-nação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) - Método de incuba-ção (20°C, cinco dias) - Método de ensaio, que prescreve o método de determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em amostras de coleções líquidas em geral, efluentes domésticos e industriais, Iodos e água de mar.

A Norma define demanda bioquímica de oxigênio (DBO) como sendo a quantidade de oxigênio necessária para a oxidação biológica e quí-mica das substâncias oxidáveis contidas na amostra, nas condições de ensaio.

2.Peço que me informem qual norma da ABNT trata de cores de segu-rança para os locais de trabalho.

Fernando Fernandez – Volkswagen do Brasil – Taubaté – SP

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR ABNT NBR 7195:1995 – Cores para segurança, que fixa as cores que devem ser usadas para prevenção de acidentes, sendo empregadas para identificar e adver-tir contra riscos.

A indicação dos riscos por meio de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

3.Gostaria de saber se existe na ABNT alguma norma técnica para cadeira plástica.

Karina Keron – Secretaria Municipal de Assistência Social – São José do Rio Preto – SP

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 14776:2001 - Cadei-ra plástica monobloco - Requisitos e métodos de ensaio, que especifica os métodos de ensaio e os requisitos exi-gíveis para aceitação das cadeiras plásticas monobloco.

A Norma define cadeira plástica monobloco como aque-la produzida em uma única etapa, com as costas em posição fixa, sem partes móveis, com ou sem braço, pelo processo de injeção, destinada ao assentamento de uma pessoa.

4.Qual norma da ABNT dá os parâmetros aceitáveis de climatização em ambientes de escritório?

Claudio da Rocha – Autônomo – Fortaleza – CE

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 16401-2:2008 - Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários - Parte 2: Parâme-tros de conforto térmico. Esta parte da ABNT NBR 16401 especifica os

parâmetros do ambiente inter-no que proporcionem conforto

térmico aos ocupantes de recintos providos de ar-condicionado.

Observamos que a sensação de conforto térmico é essencialmente subjetiva. Devido

às grandes variações individuais, fisiológicas e psicológicas, não é possível determinar condições

que possam proporcionar conforto para 100% das pessoas.

Os parâmetros estipulados nesta parte da ABNT NBR 16401 definem o ambiente térmico em que a maioria da pessoas

(80% ou mais), de um grupo homogêneo em termos de ativi-dade física e tipo de roupa usada, é suscetível de expressar sa-

tisfação em relação ao conforto térmico. Esta parte da ABNT NBR 16401 aplica-se a pessoas adultas, em boa saúde, que estejam no

recinto há mais de 15 minutos.

5.Preciso saber qual norma da ABNT é usada para identificação de tubulações por cores (por exemplo: água, água de combate a incên-dio, vapor, ar comprimido etc.)

Isaias Caldas – I.C.A. Assessoria e Consultoria S/S Ltda. – Três Rios – RJ

A ABNT responde: A norma de seu interesse é a ABNT NBR 6493:1994 - Emprego de cores para identificação de tubulações, que fixa as condi-ções exigíveis para o emprego de cores na identificação de tubulações para a canalização de fluidos e material fragmentado ou condutores elétricos, com a finalidade de facilitar a identificação e evitar acidentes.

Esta Norma aplica-se à identificação de tubulações de maneira geral e pode ser complementada por normas específicas, indicadas pela ne-cessidade de determinadas atividades.

[ Dúvidas ]

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comitê técnico ISO/TC 228 – Tourism reúne-se em Seul, na Coréia do Sul, nos

dias 20 a 25 de maio. Nesse periodo, além da Plenária, haverá reuniões de seis grupos de trabalho: WG2 – He-alth tourims services; WG3 – Tourist information and reception services at Tourist Information Offices; WG5 – Beaches; WG6 – Natural protected areas ; WG7 – Adventure tourism; e WG10 – Environmentally friendly ac-commodation establishments. Vários desses grupos estão desen-volvendo normas de requisitos de serviços as quais, em alguns casos, incluem prescrições de sistemas de gestão. Estas terão de ser reavaliadas em virtude de uma decisão do Tech-nical Management Board (ISO/TMB), que esclarece a política da ISO de que normas de serviços não podem ter requisitos de sistemas de gestão e normas de sistemas de gestão não podem ter requisitos de desempe-nho de serviços. Este é o caso dos WG2, WG3, WG 5 e WG 6. Quanto ao WG 7 – Adventure Tou-rism, que é liderado pelo Brasil, os documentos foram votados na fase de Committee Draft (CD). No dia 29 de março, foi divulgado o resulta-

do da votação desses documentos: ISO/CD 14489-1 – Safe Delivery of Adventurous Activity – Parte 1: Risk Management, ISO/CD 14489-2 – Safe Delivery of Adventurous Activity – Parte 2: Leader Competence e ISO/CD 14489-3 – “Safe Delivery of Ad-venturous Activity – Parte 3: Informa-tion to Clients. De uma forma geral, os projetos de norma foram bem recebidos pelos membros da ISO. O ISO/CD 14489-1 contou com 16 votos a favor, sendo 7 votos de aprovação com comentá-rios (Brasil, França, Malásia, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Trinidad e Tobago), 3 votos contra (Finlândia, Alemanha e Reino Unido) e 17 abs-tenções. O ISO/CD 14489-2 recebeu 15 vo-tos a favor, sendo 8 votos de aprova-ção com comentários, 4 contra e 16 abstenções. Os países que votaram a favor com comentários foram Barba-dos, Brasil, França, Malásia, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Trinidad e Tobago, enquanto os votos negativos foram dados por Dinamarca, Finlân-dia, Alemanha e Reino Unido. O ISO/CD 14489-3 contou com 17 votos a favor, sendo 7 votos de apro-vação com comentários 3 contra, 16

abstenções. Os países que votaram a favor com comentários foram: Brasil, França, Malásia, Holanda, Nova Ze-lândia, Espanha e Trinidad e Tobago, enquanto que os países que votaram negativo foram: Finlândia, Alemanha e Reino Unido. Os comentários recebidos serão analisados na próxima reunião, onde será decidido por consenso se os pro-jetos de norma de turismo de aven-tura passarão para a fase de DIS, que é a penúltima e a mais abrangente em termos de participação, antes da publicação como norma ISO. O WG 10 - Environmentally friendly accommodation establishments vai se reunir para analisar os comentá-rios feitos à primeira minuta de docu-mento, que recebeu contribuições da Suíça e do Reino Unido. A reunião an-terior, que foi realizada em novembro de 2011, na Turquia, teve uma pe-quena participação. Agora será, real-mente, a primeira oportunidade para se analisar com mais profundidade os trabalhos que estão a ser desenvolvi-dos por este grupo de trabalho. O Brasil enviará uma delegação à Coréia do Sul e participará de todas as reuniões

ISO/TC 228 reúne-se em Seul

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[ Turismo e Normalização ]boletim

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Para seu conhecimentoEsta seção é destinada à divulgação de processos,

termos e curiosidades utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados à normalização. Nesta edição destacamos a norma ABNT NBR 9050:2004, sobre Acessibilidade.

Desde 2004, a ABNT NBR 9050 (versão corrigida em 2005) é um instrumento que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando

do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade, de modo a garantir que todas as pessoas possam se orientar e se deslocar facilmente em um ambiente, permitindo segurança e independência a todos. Esta norma está sendo revisada em breve o projeto será submetido à Consulta Nacional

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[ Consumidor ]

ue atire a primeira pe-dra quem nunca usou ou comprou uma emba-

lagem PET! O produto chegou ao Brasil em 1988, sendo utilizado primeiramente na indústria têxtil. A partir de 1993 passou a ter forte expressão no mercado de emba-lagens, principalmente para os re-frigerantes. Atualmente o PET está presente no acondicionamento de diversos tipos de bebidas, óleo de cozinha etc.

O PET – Poli (Tereftalato de Etileno) - é um poliéster, políme-ro termoplástico. É considerado o melhor plástico para fabricação de embalagens de produtos comestí-veis, cosméticos, medicamentos, produtos de higiene, entre outros. Devido à alta resistência de impac-to e química, é capaz de conter os mais diversos produtos com total higiene e segurança, tanto para o conteúdo quanto para o consumi-dor.

Para garantir os atributos e a qualidade do PET, os fabricantes podem se basear em normas técni-cas. A ABNT disponibiliza as seguin-tes normas:

ABNT NBR 15395:2006, Garrafa soprada de PET para refrigerantes e águas - Requisitos e métodos de ensaio. Esta norma estabelece os requisitos mínimos de qualidade e os métodos de ensaio exigíveis para garrafas sopradas de PET, per-sonalizadas ou genéricas, não re-tornáveis, destinadas ao acondicio-namento de refrigerantes e águas.

ABNT NBR 15410:2006, Tampas plásticas com rosca para acondicio-namento de refrigerantes e água

A presença do PET

- Requisitos e métodos de ensaio. Esta Norma estabelece os requi-sitos mínimos e os métodos de ensaio para tampas plásticas com rosca, não dotadas de bico dosa-dor, para garrafas para acondicio-namento de refrigerantes e água.

O PET oferece vários benefícios. Para os consumidores, é extrema-mente leve e 100% reciclável, po-dendo ser facilmente separado de outros produtos. Para a indústria e o comércio, evita desperdício de material, embalagem e produto e possui ótima resistência química, permitindo o envase de variados líquidos. E para o meio ambiente o sistema de fechamento eficiente também traz a sua contribuição. Pode-se dizer que o PET é ambien-talmente correto, porque é inerte e não gera chorume em lixões e ater-

ros, o que preserva a água subter-rânea e os rios. Por ser muito leve, exige o mínimo de matéria-prima na sua fabricação, além de econo-mizar combustível e minimizar a emissão de gases de efeito estufa.

Ao comprar produtos ofereci-dos em embalagens de PET e ao fa-zer o descarte correto, o consumi-dor contribuir para a preservação do meio ambiente e também para a geração de empregos na área da reciclagem.

O Organismo de Normalização Setorial de Embalagem e Acondi-cionamento Plásticos (ABNT/ONS-51) é o responsável pelas normas referentes ao assunto. Para mais informações basta entrar em con-tato com o analista responsável Rodrigo Canosa ([email protected])

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ão importa o tamanho da empresa. Se ela atua no mercado de serviços de

alimentação, deve colocar a segu-rança em primeiro lugar, guiando-se por normas técnicas. E não faltam incentivos às boas práticas, como o Programa Alimentos Seguros (PAS), que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se-brae) mantém em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e outras entida-des do chamado Sistema “S”. As empresas da área de alimen-tos que participam do PAS são cons-cientizadas da importância de im-plementar a ABNT NBR 15635:2008 - Serviços de alimentação - Requi-sitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais. A recompensa é a cer-tificação concedida pela Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), além do reconhecimento dos clientes, que têm a garantia de receber produtos de qualidade, li-vres de contaminações. Pequenos empreendedores, mesmo aqueles que se lançam no mercado confiantes em seus pro-cessos artesanais para a prepara-ção de alimentos, não podem igno-rar as orientações oferecidas pelas normas técnicas. A coordenadora da Comissão de Estudos de Segu-rança de Alimentos da ABNT, Bri-gitte Bertin, assegura que as micro e pequenas empresas (MPE) tam-bém podem aplicar a ABNT NBR ISO 22000:2006 - Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na ca-

deia produtiva de alimentos, norma-que é considerada mais complexa. “Qualquer fabricante de produtos alimentícios pode implantar, im-plementar e manter a norma de Gestão da Segurança de Alimentos. No entanto algumas empresas pre-cisam buscar apoio externo para auxiliá-las na implantação e isso pode ser feito por consultores es-pecializados ou com treinamentos para a capacitação de seus próprios profissionais”, afirma Brigitte, justi-ficando que, apesar de não ser di-fícil, a implantação é trabalhosa e requer conhecimento técnico. Para facilitar a tarefa das em-presas, existe a ABNT NBR ISO 22004:2006 - Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Guia de aplicação da ABNT NBR ISO 22000:2006. Brigitte comenta que este Guia está sendo revisado na ISO e em breve será disponibiliza- do, como uma ótima ferramenta de ajuda. “Já existe um CD em inglês distribuído pela ISO chamado How to Use ISO 22000, e o guia em ela-

boração vai ser baseado nesta fer- ramenta”, ela informa. Especialista em microbiologia de alimentos, Brigitte alerta que as empresas devem garantir a segu-rança dos produtos que oferecem, primeiramente, certificando-se de que as Boas Práticas estejam bem implementadas (pré-requisitos). Ela ensina: “Depois devem implantar o Sistema APPCC (Análises de Peri-gos e Pontos Críticos de Controle) e utilizar um modelo de gestão para gerenciar isso tudo, que é a própria ABNT NBR ISO 22000”. De acordo com a coordenado-ra, é obrigatório que os alimentos não ofereçam riscos à saúde nem à integridade dos consumidores. “A ABNT NBR ISO 22000:2006 estabe-lece os requisitos que as empresas devem atender para dar esta ga-rantia, ou seja, quando ela obtém a certificação, significa que atingiu este objetivo e oferece produtos seguros para o consumo”, conclui Brigitte Bertin

[ Foco na MPE ]

Por boas práticas nos serviços de alimentação

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A empresa até pode ter se lançado no mercado traba-lhando com um produto ou

processo bem sucedido em outras organizações. Afinal, o pequeno em-preendedor, que começa com capital reduzido, não quer e nem pode cor-rer riscos, principalmente quando ele já tem um nicho definido, com retor-no financeiro suficiente para pagar as contas e manter um certo padrão de vida. Mas, até quando? Se as exigên-cias dos clientes crescem, é preciso acompanhá-las. Ao contrário daqueles que ousam, identificam tendências e até se an-tecipam a elas, quem se mantém na estrada reta, com medo de se perder, pode estar renunciando a boas sur-presas ao fim de um atalho. A busca pelo novo nem precisa ser um lance genial. Na maioria das vezes, basta uma simples mudança de rumo, seja em grandes corporações, seja em micro e pequenas empresas (MPE). O que im-porta é que haja um ambiente favorá-vel para a inovação, como ensina Júlio Felix, diretor-presidente do Instituto

de Tecnologia do Paraná (Tecpar). “Associar a inovação com grandes empresas, como a Apple ou a Petro-bras, estruturadas e com grandes orçamentos, é correto, mas não sig-nifica que pequenas empresas ou empreendimentos recém criados não possam inovar. Pelo contrário, é muito comum pequenas empresas começarem ao identificar uma opor-tunidade de negócio e inovar a partir daí”, comenta Felix, lembrando que esse é o caso típico das empresas em incubadoras tecnológicas. Coordenador da Comissão de Es-tudo Especial de Gestão de Pesqui-sa, Desenvolvimento e Informação (ABNT/CEE-130), Júlio Félix ensina que é preciso criar um ambiente pro-pício à inovação para que ela seja pos-sível, independentemente do porte da empresa. “Por meio da aplicação de técnicas, ferramentas e conhecimentos siste-matizados, a empresa passa a fazer a gestão de seu processo de inovação, que a transforma profundamente. Isso é ainda mais importante para a

MPE, que pode adotar essa postura desde seus momentos iniciais”, ele alerta. A utilização da ABNT NBR ISO 9001:2008, sobre gestão da qualida-de, por exemplo, pode ser uma ini-ciativa de inovação, que ocorrerá se a empresa for bem sucedida no merca-do a partir do atendimento aos requi-sitos estabelecidos na Norma. Félix argumenta que “se o empre-endedor, ao implementar a boas prá-ticas apresentadas na Norma ,obtiver mais lucro, maior competitividade ou outro resultado positivo, então ele provavelmente implementou tam-bém alguma inovação de gestão”. De acordo com Júlio Félix, é muito importante que as empresas, espe-cialmente as MPE, adotem a prática de consultar, aplicar e ter sempre atualizadas as normas relacionadas às suas atividades: “Os empresários pre-cisam ter em mente que ali reside o estado da arte dos conhecimentos de suas atividades e é por esse caminho que podem melhorar muito sua com-petitividade”

[ Foco na MPE ]

Da inovação ao sucesso

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[ Negócios ]

Capacitação oferece novos cursos na área ambiental A grade de cursos na área ambiental foi ampliada para melhor atender á demanda, passando agora a contar com os seguintes títulos: Passivo ambiental em solo e água subterrânea: Avaliação preliminar - ABNT NBR 15515-1:2007 Versão corrigida:2011 e Investiga-ção confirmatória - ABNT NBR 15515-2:2011; Gestão de Riscos e Crises Ambientais; Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio - Sistema de Gestão Ambiental - ABNT NBR ISO 14004:2005; Gases Efeito Estufa - Princípios e requisitos para a qualifica-ção e elaboração de relatórios de emissões e remo-ções de gases de efeito estufa (GEE) - ABNT NBR ISO 14064:2007, Política Nacional de Resíduos para a In-dústria, Saúde e Setor Público e Implantação do plano de gerenciamento de resíduos de saúde – PGRSS. Para complementar os conhecimentos dos partici-pantes dos cursos da ABNT, foram agregados treina-mentos sobre regulamentos técnicos, tais como: RDC 275:2002 - Estabelecimentos produtores/industriali-

zadores de alimentos; RDC 216:2004 -Regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimenta-ção; RDC 17:2010 - Boas práticas para a fabricação de medicamentos; RDC 59:2000 - Boas práticas de fabri-cação de produtos médicos; NIT DICLA 035 - Requi-sitos Gerais para laboratórios segundo os princípios das BPL; NIT DICLA 036 - Papel e responsabilidade do diretor de estudos em BPL; NIT DICLA 037 - Aplicação dos princípios de BPL a estudos de curta duração; DI-CLA 038 - A aplicação dos princípios BPL a sistemas informatizados; NIT DICLA 040 - Fornecedores e BPL; NIT DICLA 043: - Aplicação dos princípios da BPL à Or-ganização e ao Gerenciamento de Estudos em Múlti-plas Localidades (Multi -site). Os cursos de auditoria interna baseados na nova norma ABNT NBR ISO 19011:2012 – Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão já estão ocorrendo. Tratam de auditoria da qualidade, ambiental, de se-gurança da informação e na área de alimentos

Redes de proteção O mercado de redes de proteção para edificações já conta com uma Norma Brasileira, com três partes. Fabricantes e instaladores podem aplicar os requisi-tos da norma para garantir a proteção de pessoas, principalmente as crianças, em janelas, sacadas, me-zaninos, escadas e outros locais que exigem maior cuidado contra o risco de queda fortuita. São as seguintes as partes da norma: • ABNT NBR 16046-1:2012, Redes de proteção para edificações - Parte 1: Fabricação da rede de proteção, que especifica os requisitos mínimos para fabricação de redes de proteção como, por exemplo, que o ma-terial utilizado seja resistente a impactos e a tração;

• ABNT NBR 16046-2:2012, Redes de proteção para edificações - Parte 2: Corda para instalação da rede de proteção, que especifica os requisitos mínimos do conjunto de fios não metálicos torcidos ou trançados, utilizado para a fixação da rede de proteção;• ABNT NBR 16046-3:2012, Redes de Proteção para Edificações - Parte 3: Instalação, que contempla o procedimento para instalação da rede, observando os cuidados necessários quanto ao substrato em que ela será instalada (alvenaria, madeira, estrutura metáli-ca), o espaçamento máximo entre os elementos de fixação e entre a rede e o substrato, além de outros aspectos

A ABNT vem oferecendo um novo serviço para promover produtos de empresas que se utilizam de Normas Técnicas nas suas atividades. É a norma pa-trocinada. Ao associar sua marca a uma norma técni-ca, a empresa tem a oportunidade de promover seus

produtos e, ao mesmo tempo, disseminar o conheci-mento técnico consolidado. Entre em contato conosco pelo email [email protected] e conheça as formas de aliar seus produ-tos a uma norma da ABNT

Seus produtos com valor agregado

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[ Normalização em Movimento ]

ABNT NBR ISO/IEC 31010 Foi publicada, no dia 4 de abril, a ABNT NBR ISO/IEC 31010:2012, Gestão de riscos - Técnicas de Segurança para o processo de avaliação de riscos. Após meses de trabalho da Comissão de Estudo Especial de Ges-tão de Riscos (ABNT/CEE-63), já está à disposição da

sociedade a adoção da ISO/IEC 31010, cujo escopo é apoiar a ABNT NBR ISO 31000:2009 e fornecer orien-tações sobre a seleção e aplicação de técnicas siste-máticas para o processo de avaliação de riscos.

ABNT NBR 13883:2012 No dia 4 de abril, foi publicada a nova versão da ABNT NBR 13883:2012, Segurança de artigos para festas - Requisitos e métodos de ensaio. Esta Norma

determina os critérios técnicos para a realização de ensaios para artigos de festas e aplica-se a artigos de festas novos e no estado em que são comercializados.

Playgrounds em Consulta Nacional A norma para playgrounds, com sete partes, está circulando em Consulta Nacional. Os Projetos são os seguintes: 120:000.00-001/1 (Playgrounds - Parte 1: Terminologia); 120:000.00-001/2 (Playgrounds - Parte 2: Requisitos de segurança); 120:000.00-001/3 (Playgrounds - Parte 3: Requisitos de segurança para pisos absorventes de impacto); 120:000.00-001/4 (Playgrounds - Parte 4: Métodos de ensaios); 120:000.00-001/5 (Playgrounds - Parte 5: Projeto da área de lazer); 120:000.00-001/6

(Playgrounds - Parte 6: Instalação); e 120:000.00-001/7 (Playgrounds - Parte 7: Inspeção, manutenção e utilização). Estes documentos deverão cancelar e substituir a ABNT NBR 14350-1 (Segurança de brinquedos de playground Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio) e ABNT NBR 14350-2 (Segurança de brinquedos de playground Parte 2: Diretrizes para elaboração de contrato para aquisição/fornecimento de equipamento de playground).

ABNT ISO TS 22002-1 Foi publicada no final de abril a ABNT ISO/TS 22002-1, Programa de pré-requisitos na segurança de alimentos – Parte 1: Processamento industrial de

alimentos, uma especificação técnica internacional elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Segu-rança de Alimentos.

O Projeto de Norma 103:000.00-003/01, Florestas urbanas – Manejo de árvores, arbustos e outras plan-tas lenhosas – Parte 1: Poda e o Projeto de Revisão da ABNT NBR 14789, Manejo florestal sustentável

— Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, da Comissão de Estudo Especial de Manejo Florestal, foram encaminhados no início de maio para Consulta Nacional, por 60 dias.

Brasil no ISO/IEC JTC 1 O Brasil será representado em mais uma reunião plenária do ISO/IEC JTC 1 SC 7 – Information Techno-logy - Software and systems engineering, na semana de 19 a 25 de maio, que acontecerá na ilha de Jeju (Coréia do Sul). Também haverá participação brasilei-

ra na reunião plenária do ISO/IEC JTC 1 SC 38 – Infor-mation Technology - Distributed application platfor-ms and services (DAPS), marcada para o período de 21 a 25 de maio, em Berlim (Alemanha).

ABNT NBR ISO 19011:2012 A nova versão da ABNT NBR ISO 19011, Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão foi publicada em abril. A Norma fornece orientação sobre auditoria de sistemas de gestão e é aplicável a todas as orga-

nizações que necessitem realizar auditorias internas ou externas de sistemas de gestão ou gerenciar um programa de auditoria.

Manejo florestal

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[ Notícias da Certificação]

Parceria entre ABNT e Simespi Surgem os primeiros resultados do Acordo de Co-operação realizado entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Ele-trônico, Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba, Sal-tinho e Rio das Pedras (Simespi). No dia 16 de março, o sindicato realizou evento, em Piracicaba (SP), para homenagear as empresas associadas que já eram certificadas e as primeiras que obtiveram a certifica-ção da ABNT para seus Sistemas de Gestão da Quali-dade (SGQ) em conformidade com a ABNT NBR ISO 9001:2008. O presidente do Simespi, Tarcisio Angelo Mascarim, falou sobre o programa denominado “Simespi Rumo à ISO”, que oferece aos associados, gratuitamente, consultoria e orientação no processo de implemen-tação do Sistema de Gestão da Qualidade, visando à conquista da certificação. Por sua vez, o representante da ABNT, Antonio S. Parente, destacou a importância da certificação, que

estimula a busca da melhoria contínua. Ele lembrou que as empresas que se propõem a implantar um SGQ têm como objetivo principal a satisfação de seus clientes, e para que isto ocorra buscam assegurar a qualidade dos seus produtos, processos e serviços, beneficiando-se com a melhoria da produtividade e aumento da competitividade. A certificação é tam-bém um indicador para os consumidores de que o produto, processo ou serviço atende a padrões míni-mos de qualidade. Antonio Parente fez a entrega do Certificado de Conformidade de Sistema de Gestão da Qualidade às seguintes empresas: Equipe Indústria Mecânica Ltda.; Gromar Indústria e Comércio Ltda.; Morel Modela-ção Real Ltda. – EPP; Mutti Equipamentos Industriais Ltda.; e Vectra Indústria e Comércio de Peças Agríco-las Ltda. Na ocasião, o próprio Simespi também rece-beu seu certificado

Rótulo Ecológico ABNT

Foram certificadas recentemente com o Rótulo Ecológico ABNT as seguintes empresas: Artline (mo-biliário de escritório); Beaulieu (extensão de escopo para inserir outra linha de carpete Vivencio); e a re-formadora de pneus Paludo

Gojo faz divulgação A Gojo América Latina realizará evento em São Paulo, no dia 29 de maio, para divulgação do Ró-tulo Ecológico ABNT conquistado para a sua linha de higienizadores Purell® (higienizador instantâneo para as mãos em gel e espuma) e também o hi-gienizador Gojo Mild Foam Hand Wash Fragrance Free

Curso de Rotulagem A ABNT, representada por Andréia Oliveira, partici-pou do workshop “Como começar, desenvolver e pro-mover um programa de Rotulagem ambiental Tipo 1”, realizado em Bangkok, na Tailândia, nos dias 5 a 7 de março. O evento teve o objetivo de estimular a troca de experiências entre os organismos de certificação a respeito do Programa de Rotulagem Ambiental (Eco-labelling)

Página na internet Está disponível, a todos os interessados, uma pági-na na internet dedicada exclusivamente ao Rótulo Ecológico ABNT, contendo empresas certificadas, perguntas mais frequentes sobre o assunto e mui-tas outras informações: www.abntonline.com.br/rotulo

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Reuniões das Comissões de Estudo

[ Fique por Dentro ]

ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial

MAIO ABNT/CEE-124 Escadas Transportáveis 21

ABNT/CEE-146 Mercado Voluntário de Carbono 24

ABNT/CEE-174 Análise Sensorial 16

ABNT/CEE-166 Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário 3

ABNT/CEE-166 Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário 4

ABNT/CEE-161 Blindagem e Sistema de Blindagem 8

ABNT/CEE-135 Radiações Ionizantes 16

ABNT/CEE-157 Microbiologia de Alimentos 17

ABNT/CEE-72 Tabaco e Produtos de Tabaco 29

ABNT/CEE- 111 Responsabilidade Social 23

ABNT/CEE- 111 Responsabilidade Social 24

ABNT/CEE-168 Símbolos Gráficos 25

ABNT/CEE-109 Segurança e Saúde Ocupacional 29

ABNT/CEE-94 Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas 30

JUNHO

ABNT/CEE-80 Sistemas de Prevenção Contra Explosão 4

ABNT/CEE-81 Análises Químicas de Cobre e Níquel 8

ABNT/CEE-24 Sistemas de Detecção e Alarme Contra Incêndio 11

ABNT/CEE-106 Análises Ecotoxicológicas 12,13 e 14

ABNT/CE 21:038.00 Plataformas e Serviços de Aplicartivos Distribuídos 13

ABNT/CEE-65 Recursos Hídricos 13

ABNT/CEE-97 Gestão de Segurança para Cadeia Logística 13

ABNT/CEE-162 Elaboração de Orçamentos e Formação de Preços de Empreendimentos de Infraestrutura 14

Nome / Razão Social CategoriasAlexandre Beraldi Santos INDIVIDUAL ESTUDANTE

Assis Moura Ehealth Informática Ltda. COL. CONTR.M.EMP.

Associação Educacional Nove de Julho COLETIVO MANTENEDOR

CISABRASILE Ltda. COLETIVO CONTR. - C

CNH Latin América Ltda. COLETIVO CONTR. - A

Eber Sanzovo Santiago INDIVIDUAL

Geanne Gomes de Moura COL. CONTR.M.EMP.

Human SP Ltda EPP COL. CONTR.M.EMP.

Luceplus Importadora de Produtos Elétricos Ltda. COL. CONTR.M.EMP.

Pandora Informática Ltda. COLETIVO CONTR. - C

Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná COLETIVO CONTR. - D

SPQR Tecnologia da Informação Ltda Me COL. CONTR.M.EMP.

Suzana Casa da Silva INDIVIDUAL

Victor de Paula Brandão Aguiar INDIVIDUAL

[ Novos Sócios ] 16/03/2012 a 15/04/2012

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EventosLançamento da Norma ABNT NBR 16501:2011 – Diretrizes para sistemas de gestão da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação (PD&I)8 de maio de 2012Horário: 15hLocal: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 – Meireles – Fortaleza – CE.Inscrições: [email protected]

Seminário de Energias Renováveis 09 de maio de 2012Horário: 8h30 às 17h30Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CEPara mais informações e inscrições: [email protected]

Seminário de Responsabilidade Social11 de maio de 2012Horário: 8h30 às 17h30Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CEPara mais informações e inscrições: [email protected]

1ª. Feira da Indústria de Fundações e GeotecniaSEFE7 - Seminário de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia17 a 20 de junho de 2012Local: Transamérica Expo CenterAv. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SPPara mais informações: www.acquacon.com.br/sefe7

FENASAN - Feira Nacional de Saneamento e Meio AmbienteXXIII Encontro Técnico AESabesp06 a 08 de Agosto de 2012Local: Expo Center Norte - Pavilhão BrancoRua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SPPara mais informações: www.fenasan.com.br

CNASI - Congresso Latino-Americano de Auditoria de TI, Segurança da Informação e Governança14 e 15 de Maio de 2012 - 9ª. Edição - Local Brasília/DF16 e 17 de Julho de 2012 - 2ª. Edição - Local Recife/PE23 a 24 de Outubro de 2012 - 21ª. Edição - Local São Paulo/SPPara mais informações: www.Ideti.com.br

Seminário de Gerenciamento de Mídias e Redes Sociais & Socialização Web16 de Maio de 2012 - 1ª. Edição - Local Brasília/DF18 de Julho de 2012 - 1ª. Edição - Local Recife/PEPara mais informações: www.Ideti.com.br

FIMA BRASIL - Feira Industrial de Manutenção e Automação 15 a 18 de maio de 2012Local: Mendes Convention Center Av. Gen. Francisco Glicério, 206 - Santos/SPPara mais informações: www.fimabrasil.com.br

Feiras

Apoio

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ECOFAIR BRASIL - Feira Ambiental de Inovações Regionais16 a 20 de Maio 2012Local: Clube União RecreativoRua Francisco Paulo Brajon 650 - Jardim Guadalajara - Sorocaba/SPPara mais informações: www.ecofair.com.br

M&T EXPO 2012 - 8ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção6ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração29 de Maio a 02 de Junho de 2012 Local: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 - São Paulo/SPPara mais informações: http://www.mtexpo.com.br

Medical Design & Manufacturing - MD&M Brazil26 e 27 de junho de 2012Local: Transamérica Expo CenterAv. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SPPara mais informações: www.mdmbrazil.com.br

23° Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 201226 a 28 de Junho de 2012Local: Transamérica Expo CenterRua Dr Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro – São Paulo/SPPara mais informações: www.acobrasil.org.br/congresso2012

AUTOCOM - Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio26 a 28 de junho de 2012 - 14ª. Edição Local: Expo Center Norte - São Paulo - SPPara mais informações: www.autocom2012.com.br

9º COBEE - Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoEficiência Energética 201211 a 12 de Julho de 2012 Local: Centro de Convenções Frei CanecaRua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo - SPPara mais informações: www.metodoeventos.com.br/9eficienciaenergetica

CONAEND & IEV - Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção e 16ª Conferência Internacional sobre Evaluacións de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales16 a 19 de julho de 2012Local: Centro de Convenções Frei CanecaRua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo - SPPara mais informações: www.abendi.org.br/conaend_iev

Brazilian Retail Week 201230 e 31 de Julho a 1 de Agosto 2012Local: Hotel Transamérica - São Paulo/SPPara mais informações: http://exporetail.com.br/

Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos

[ Fique por Dentro ]

Parceria ABNT e SEBRAENossa norma é

ajudar você a crescerA ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.

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A Plasticos MB está presente no mercado há mais de 20 anos, desenvolvendo utilidades domésticas. Somos uma empresa familiar e através do nosso trabalho bucamos alcançar a excelência e qualidade, para estar entre as principais indústrias de nosso segmento. Prezamos pela satisfação, honestidade, lealdade e, acima de tudo, pelo respeito. Plásticos MB, verdadeira paixão pela família braileira.

RAZÃO SOCIAL: PLÁSTICOS MB LTDA (MB). ESCOPO: CADEIRAS PLÁSTICAS MONOBLOCO.. NORMA: ABNT NBR 14776:2001 DATA DA CONCESSÃO: 23/03/2012

RAZÃO SOCIAL:ORTHOFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COLCHÕES LTDA (ORTHOFLEX). ESCOPO: COLCHÃO DE ESPUMA FLEXÍVEL DE POLIURETANO . NORMA: ABNT NBR 13579-1:2003 / ABNT NBR 13579-2:2003 DATA DA CONCESSÃO: 15/02/2012

A Orthoflex sempre desenvolve e aperfeiçoa suas atividades e produtos. Busca por novas tecnologias, modernização de equipamentos, desenvolvimento de matéria-prima, capacitação de colaboradores e melhoria do design são o seu dia a dia. Produz ao mês 60 mil unidades, parque fabril de 26.000m2, área de 42.000 m2, 50 caminhões, mais de 400 funcionários e 35 representantes pelo Brasil. Para ofertar os melhores produtos no mercado, temos a CERTIFICAÇÃO INMETRO. É garantia, reafirmação e valorização de nossos 24 anos de trabalho e respeito aos clientes lojistas e aos consumidores finais.

RAZÃO SOCIAL: COMPUTER STORE COMERCIO LTDA. ESCOPO: INTEGRAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE MICROCOMPUTADORES E NOTEBOOKS. NORMAS: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 13/02/2012

Computer Store está presente no mercado há duas décadas, transformando o conhecimento adquirido em excelência no atendimento e soluções corretas e necessárias para o desenvolvimento e distribuição de tecnologia, montagem de micros e assistência técnica aos seus clientes e parceiros.

RAZÃO SOCIAL: CONSTRUTORA GMS AZEVEDO LTDA. ESCOPO: EXECUÇÃO DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 25/01/2012

Construção civil: residenciais, industriais e comerciais Prestação de serviços de mão-de-obra, Pavimentação, saneamento básico, viárias, rede de água potável, pluvial, esgoto sanitário e industrial, construção, exploração, manutenção e operação de sistemas de tratamento de água e esgoto, Serviços de terraplanagem, drenagem, pavimentação, paisagismo e urbanização, abertura de canais e barragens, Gerenciamento, projeto, consultoria, fiscalização, operação e execução de projetos de contratos.

RAZÃO SOCIAL: COMPANHIA NACIONAL DE CIMENTO - CNC (CNC ) ESCOPO:CIMENTO PORTLAND. MODELOS: CP II-F-32, CP II-E-40, CP IV-32 E CP V-ARI.. NORMA: ABNT NBR 5733: 1991, ABNT NBR 5736: 1991 e ABNT NBR 11578:1991DATA DA CONCESSÃO: 27/02/2012

A fábrica Brennand Cimentos encontra-se em operação na Cidade de Sete Lagoas – MG, desde abril de 2011, produzindo o Cimento Nacional. O empreendimento é composto por jazidas para a exploração de calcário e argila, principais matérias-primas do cimento, e uma unidade industrial para produção, estabelecida às margens da BR 040. Todo o processo foi conduzido dentro dos padrões ambientais exigidos e mantém uma postura de responsabilidade, clareza e respeito com todos os envolvidos: funcionários, prestadores de serviços, fornecedores e comunidades próximas ao empreendimento.

RAZÃO SOCIAL: ISIS TRANSPORTES E LOCAÇÕES LTDA. ESCOPO: TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS QUIMICOS PERIGOSOS E NÃO PERIGOSOS - CARGA GRANEL E CARGA EMBALADA.

NORMAS: SASSMAQ DATA DA CONCESSÃO: 13/03/2012

Composto pelas empresas “Isis Transportes e Terminais” e “Conline VS Serviços de Cargas e Transportes”, o Grupo Isis é uma das mais completas empresas de transportes e terminais Redex. O terminal, na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, em Cubatão, recinto definitivo Redex de aproximadamente 60.000 m2, está localizado em um ponto estratégico, servindo ao porto de Santos tanto a margem direita como a esquerda. O Grupo Isis possui uma grande e moderna frota própria de caminhões personalizados e rastreados, e equipamentos de ultima geração, com máquinas de pequeno, médio e grande porte.

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Para humanos, a cadeiade suprimento de alimentosé maior do que na natureza.

ABNT lança a coletânea eletrônica deSistemas de Gestão de Segurança de Alimentos

A cadeia de suprimentos que coloca os alimentos da fazenda na nossa mesa é maior do que na natureza Ela pode atravessar conti-nentes e inclui produtores, processadores, armazenadores, transporta-dores e o comércio varejista. A família de normas ABNT NBR ISO 22000 ajuda a todos os tipos de envolvidos na cadeia de suprimentos a imple-mentar sistemas de gestão que garantam que os alimentos que nós con-sumimos sejam seguros.

COLETÂNEA DE NORMAS TÉCNICASSISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DE

ALIMENTOS

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