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Parabéns Macatuba Especial de Macatuba Caderno Especial Macatuba 116 anos - do jornal Sabadão do Povo - 11 de junho de 2016 116 anos

Caderno Especial Macatuba 116 anos

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Caderno Especial Macatuba 116 anos do jornal Sabadão do Povo

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Parabéns Macatuba

Especial de MacatubaCaderno Especial Macatuba 116 anos - do jornal Sabadão do Povo - 11 de junho de 2016

116 anos

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A experiência pessoal, inúmeras vezes, é a melhor forma para que as pes-soas enxerguem o quanto podem ser importantes na vida das outras. Com Valdecir José Lemes,fun-dador e coordenador da Comunidade Terapêutica Casa do Oleiro foi assim. Hoje, a entidade, que fica na Fazenda Santo Antô-nio do Campinho, atende dependentes químicos e busca ampliar sua atuação na região. Até agora, cerca de 270 residentes passa-ram pelo local.

“A Casa do Oleiro sur-giu dentro de um processo de internação que passei no decorrer de minha vida, como usuário de drogas. Em 2009, quando estive em tratamento no Esquadrão da Vida, em Bauru, me espelhei em um jovem que tinha um ótimo comportamento e um bom relacionamento com Deus, comecei a ter amizade com ele, e come-çou a despertar a minha vida espiritual. Comecei a ter um relacionamen-to com Deus, fazíamos pequenas vigílias de ma-drugada, períodos de

Como se estivessem nas mãos do oleiro, vidas se transformam

orações, orava muito pela minha esposa e filhas, quando Deus começou a falar, em meu coração, que deveria orar pelos dependentes das drogas. Assim começou a Casa, lugar de transformação de vidas, que hoje tem pouco mais de cinco anos”, lem-brou Valdecir.

A Casa do Oleiro aten-de usuários de drogas, hoje principalmente, no apoio espiritual, mas con-ta com atendimento de profissionais psicólogos, dentistas, médicos em

geral. “Objetivo é mostrar que existe vida após as drogas e encaminhar para um emprego assim que terminarem o processo de tratamento, que é de sete meses”, disse Valdecir.

A parceria com volun-tários começa a se forta-lecer, o que melhora ainda mais a atuação de todos. “Estamos começando a nos reunir também com o Comad, CAPS, igrejas e associações para juntos nos for ta lecermos e podermos ajudar mais o nosso município, não

só no combate ao uso, mas também na preven-ção”, avaliou.

Por ser entidade sem fins lucrativos, quem qui-ser ajudar a Casa do Olei-ro tem mecanismos legais para isso. “Empresas e pessoas que quiserem nos ajudar podem entrar em contato. Toda ajuda é bem vinda, como a doação de alimentos, roupas, produ-tos de higiene e limpeza. Temos empresas de Len-çóis Paulista e Macatuba que já nos ajudam”.

Um dos projetos em

andamento é a adap-tação de tanques para criação de peixes, que deve contribuir mui-to com a manutenção da Casa. “Vamos criar tilápias para o nosso c o n s u m o e t a m b é m comercializar, para o nosso auto-sustento, aprovei tando a be la represa que temos, com abundânc ia de água de ótima qualidade”, adiantou o coordenador.

Com planos para o fu-turo, ele pretende manter e ampliar o atendimento que oferece atualmente. “Queremos ajudar qual-quer pessoa que precisar, de qualquer região. Hoje temos 30 leitos e estamos com 18 residentes, que é como nos o chamamos. Temos residentes de Len-çóis, Macatuba, Bauru, Pederneiras, São Paulo, Barra Bonita, entre ou-tros municípios.

Um dos maiores planos para o futuro está a cria-ção da versão feminina e para menores da Casa. “Assim que tivermos bom alicerce, com uma boa qualidade de tratamento e situação financeira, va-

mos lutar para a Casa do Oleiro feminina por que nossa região está neces-sitando deste trabalho, além de atender menores de idade, dentro do que determina a lei”.

Por enquanto, um dos eventos da Casa do Olei-ro é a Terceira Passea-ta do Amor Contra as Drogas, que será reali-zada no próximo dia 25, dentro da programação de aniversário de Maca-tuba. A passeata sai do estádio Amadeu Artioli, às 15h, seguindo pela Avenida Coronel Virgí-lio Rocha, com destino à Praça Mario Galassi. “Lá serão apresentadas peças teatrais, louvores, testemunhos de pessoas que tiveram dificuldade com as drogas e hoje estão libertas. Tragam carta-zes,faixas de frases contra o uso de drogas estamos convidando a todos sem separação de igrejas, credo ou religião”, con-vidou Valdecir. A pas-seata também irá mar-car o Dia Internacional do Combate às Drogas, lembrado anualmente, no dia 26 de junho.

Reuniões de partilha e amizade

Casa do Oleiro aprimorou condições de atendimento e hoje abriga pessoas vindas de várias cidades do país; clima é de transformação pessoal

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A iniciativa de um ma-catubense e seu olhar hu-manitário para pessoas que viviam à margem da socie-dade contagiou, há cerca de três anos, outras pessoas. Hoje o Grupo União faz um trabalho de redução de danos junto a dependentes do álcool e de drogas, que vivem em situação de rua, e com apoio do CAPS, de Macatuba, e outros profis-sionais, estão, aos poucos, retomando sua cidadania.

A ideia de levar um sim-ples café da manhã para os homens que “moravam” na praça Cristo Rei, no Jardim Bocaiuva, foi de Sílvio Sér-gio Pereira, funcionário pú-blico lotado na Delegacia de Policial, da cidade. Porém, para fazer a coisa certa, Fivo, como é conhecido, procurou orientação com Fábio Luiz de Campos Trentin, enfer-meiro e coordenador do CAPS (Centro de Atenção Ppsicossocial).

O grupo era conhecido da região por permanecer na praça, sempre consumindo bebida alcóolica, e causar constrangimento aos mora-dores próximos e pessoas que passavam pelo local, por seu comportamento. A princípio, para Fivo, o objetivo era apenas garan-tir que aquelas pessoas se alimentassem dignamente

ao menos uma vez no dia. Mas, com o envolvimento de todos, ao invés de sim-plesmente serem levados para outro local, as pessoas passaram a serem tratadas com respeito e amizade. “A gente tem que arregaçar as mangas e ajudar. São pes-soas doentes, que precisam ser tratados”, afirmou Fivo. “Não queríamos varrer a “sujeira social” para debai-xo do tapete, simplesmente tirando essas pessoas dali e levando para outro lugar”, completou Fábio.

O resultado foi que, com o passar do tempo, além do café da manhã, os morado-res da praça passaram a ter acompanhamento psicoló-gico, de assistência social e médico por intermédio do CAPS, que tem atendimento também voltado a este públi-co. Além disso, os voluntá-rios Marlí de Lucca Passos, Alberto Matiello Dias e José Vitor Mariano passaram a ajudar Fivo em suas ações, que incluem orientação espi-ritual aos participantes.

Devido ao grau de depen-dência, foi preciso tempo, dedicação e paciência até que o grupo percebesse que tinha nos voluntários pes-soas de confiança, dispostas a ajudá-los a retornarem suas vidas, especialmente através do tratamento con-

tra a dependência química. “O que fizemos foi mostrar o que tínhamos para ofe-recer, formar um vínculo. Eles passaram a respeitar nosso trabalho, ao invés de temer, porque antes eu só ia até a praça quando havia determinação de internação compulsória. Conseguimos internar muita gente na Casa do Oleiro, que nós dá um suporte muito grande. Ou-tros foram encaminhados para hospital psiquiátrico, muitos se perderam e outros continuam lá. Mas, estes, na nossa presença, demonstram respeito. Só não podemos forçar a fazer o que não

querem. É preciso que eles queiram mudar de vida”, afirmou Fábio. O trabalho tem apoio também da Pas-toral da Sobriedade.

Atualmente, a média de atendidos é de 20 homens. “Eles estão aparecendo, bus-cando ajuda para tratamento”. E o trabalho começa a ter efeito também nas famílias dos atendidos. “Na maioria das vezes, a família se can-sou de tentar ajudar, pois são anos e anos de dependência, mas apesar de termos quem ainda fica na praça, muitos estão conseguindo voltar para seus familiares. Eram pessoas invisíveis que estão

Saindo da praça de volta à vida

voltando para a sociedade”, contou Fábio.

A nova fase do projeto é oferecer atividade laboral para o grupo, através da criação de uma horta co-munitária, cujos produtos cultivados por eles seriam destinados gratuitamente para suas próprias famílias. “Este seria o próximo passo. Temos o vínculo com eles, então quem quiser trabalhar vai poder”. Segundo Fábio, a horta tem apoio da Prefeitura Municipal.

Além disso, os voluntário também atuam para quebrar o preconceito que a socieda-de criou em torno do grupo

de ocupantes da praça. “Isso acontece, quando descobrem o histórico, a história de vida de cada um. Apesar da ima-gem de homens fortes, sem trabalhar, ali na praça ser ainda impactante socialmen-te, estamos tentando mostrar que são pessoas doentes, que precisam de tratamento”.

O efeito da redução dos danos, de acordo com Fábio, deve ser medido oficialmen-te através de índices que os voluntários pretendem reunir, tendo como fonte registros das polícias Civil e Militar e do Pronto Socorro, entre outros. “Muitos me falam que é loucura, que es-tamos enxugando gelo, mas enquanto vejo que um ou dois tiveram resultado, acre-dito que o terceiro ou quarto virão. Mas, se eu apenas ficar olhando, o gelo apenas vai derreter e ninguém vai fazer nada. Nossa redução é natural, não é clássica, é redução no consumo e nos conflitos. Precisamos com-provar que está funcionando para nos orientar e buscar outros apoios”, concluiu Fábio.

“É prazeroso ver os pri-meiros resultados e estamos vendo os resultados. Quando a gente se apega a Deus, tudo dá certo. O remédio é o amor ao próximo, assim sempre há resultado”, afirmou Fivo.

MarcosOlivattoMarcosOlivatto

Cada cidadão de Macatuba

constrói sua história com amor,

dedicação e trabalho, por isso,

todos nós hoje temos muito a

comemorar. Parabéns povo

macatubense!

Local é ponto de encontro por homens atendidos pelo Grupo União

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A Câmara de Verea-dores é responsável por aprovar, ou não, os pro-jetos apresentados pela administração municipal voltados para atendimen-to da população carente da cidade. Na semana em que Macatuba completa 116 anos, o presidente da Câmara da cidade, Mar-cos Góes comenta sobre a importância do papel de entidades e ações sociais e voluntárias, voltadas para amparo de famílias carentes. “As ações pre-enchem lacunas deixadas pelo poder público, não são importantes apenas para as pessoas menos favorecidas, mas quando colocadas efetivamente em prática, possuem a capacidade de melhorar a qualidade de vida de toda população”, diz.

Sabadão do Povo: Este é um ano de mudan-ças para os município, de-vido às eleições. Qual sua expectativa em relação ao que pode melhorar em Macatuba, a partir do ano que vem?

Marcos Góes: É im-prescindível que o novo prefeito mantenha diálogo constante com os verea-dores. O Executivo tem que estar afinado com o Legislativo, o próximo prefeito tem que procurar mais o Legislativo, preci-sa ter uma comunicação maior com os vereadores para fazer uma boa admi-nistração. Já se passaram três anos e meio do man-dato, e o que sentimos na população é a falta de manutenção, até mesmo

dos os serviços básicos, principalmente nas áreas de Saúde e Educação. Pre-cisamos com urgência de um novo Distrito Indus-trial, a população precisa de empregos, a geração de renda no município é uma grande preocupação, pois o jovem que se forma aqui tem que sair para conse-guir entrar no mercado de trabalho.

SdP: O que acredita que seja o maior desejo ou necessidade do ma-catubense em relação a essas mudanças?

MG: Uma administra-ção séria, baseada no de-senvolvimento industrial e comercial, manutenção dos serviços básicos, mas com promessas que po-dem ser cumpridas. Acre-dito que metas a curto pra-zo levam a metas a longo prazo, ou seja, primeira-mente teremos que “ar-rumar” a casa. A cidade carece de muitas coisas. Tenho andado nas ruas e as pessoas me pergun-tam sobre as promessas do prefeito, como casas populares, UTI, creche 24 horas, novo Distrito Industrial e tantas outras promessas não cumpri-das. O maior anseio da população é uma vida melhor, garantia do básico em Educação e Saúde e novos empregos, novas empresas. Isso é essencial para desenvolvimento de qualquer município. Claro que devemos considerar que o país passa por uma séria crise econômica, mas o bom administrador

Câmara de Vereadores apoiaprojetos solidários e assistenciais

deve saber administrar nas horas boas e ruins.

SdP: Como foi cumprir o papel de presidente da Câmara em seu primeiro mandato? Pode ajudar de alguma forma as entida-des e grupos que promo-vem ações sociais?

MG: Foi uma gestão de responsabilidade e serie-dade. Foi feito o possível para pautarmos os traba-lhos dentro das normas e preceitos da ética política. Um desafio muito grande, mas encaro esta situação com naturalidade, pois não estou sozinho nesta empreitada, temos o apoio dos colegas e principal-mente da comunidade. Atualmente respondo pela presidência, mas antes de tomar qualquer decisão temos a humildade de ouvir os outros pares. En-

tendemos que o mandato não é nosso, e sim, da população macatubense. Dentre muitos projetos, destaco a Rádio Câmara que deu acesso a toda a cidade, assim, as pes-soas que não têm como se deslocar, ouviram os vereadores pelo rádio.

Foram aprovados mui-tos projetos de subvenção para ONG São Francisco, APAE, Associação de Pais e Mestres, dentre outras. A Câmara Muni-cipal está sempre atenta em seu dever de legislar e fiscalizar, mas também cada vereador sempre está em busca de emendas com deputados estadu-ais e federais. Em suma, fecho este ano o man-dato com alegria. Feliz por ter instalado a Rádio Câmara, projetos como Aluno Nota 10, de ter

dinamizado as coisas; de ter fechado a gestão com transparência e ter feito o mais transparente possí-vel. Fazer com que o povo tenha mais participação. Fazer com que esta Casa seja não só seja dinâmica mas, também, auxiliar com que os vereadores façam os seus mandatos com muito respeito.

SdP: O quanto acre-dita que seja importante para a cidade, especial-mente para a população mais carente, as ações sociais dos grupos e enti-dades locais?

MG: As ações sociais são de suma importância, ações voltadas ao bem da comunidade têm po-tencial, gerando ganhos para todos os envolvidos, assumindo a responsa-bilidade de desenvolver projetos sociais que ca-beriam ao governo, mas que este não consegue cumprir. Vale dizer que as ações preenchem lacunas deixadas pelo poder pú-blico, não são importantes apenas para as pessoas menos favorecidas, mas quando colocadas efetiva-mente em prática, possuem a capacidade de melhorar a qualidade de vida de toda população, como por exemplo, a diminuição da violência proporcional-mente à ampliação do siste-ma público educacional de qualidade. Uma população educada, respeita mais o meio ambiente, os idosos, as crianças, as leis, os li-mites de cada um, enfim colaboram na construção

de um mundo melhor. SdP: Em que acredita

que o município se de-senvolveu nestes últimos anos e em que ainda pre-cisa melhorar, em relação às ações voltadas para as pessoas mais carentes?

MG: Acredito no mu-nicípio e na vida como uma grande engrenagem, que precisa de todas as peças para funcionar. Com base nisso, o muni-cípio precisa melhorar em diversas áreas, deve-se pensar no desenvolvi-mento industrial, tenho informações que existem empresas com ótimo grau de desenvolvimento, sem local para expandir suas atividades, mas infeliz-mente o município não possui local para oferecer, ou seja, trava o empresá-rio, trava a população que não tem emprego, trava o comércio local, por isso uma grande engrenagem. Claro que deve existir po-líticas públicas direciona-das à população carente, mas com certeza, essa população carente deseja não só ajuda mensal, mas um emprego decente, la-zer, educação e saúde de qualidade, somente assim, construiremos um município forte e bem alicerçado. Quero agra-decer a todos pelo apoio nesses anos como verea-dor, e nesse biênio como Presidente da Câmara, enfatizar que a Casa está de portas abertas para to-dos munícipes, queremos ouvir e lutar a favor do clamor popular.

Marcos Góes: apoio da Câmara a boas práticas

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Cerca de 15 voluntárias e colaboradoras se dedicam à produção de guardanapos, tapetes, toalhas e outras lindas peças que são a prin-cipal base dos recursos da Associação das Voluntárias de Macatuba, entidade que há 19 anos mantém o aten-dimento de pacientes em tratamento com câncer.

Izabel Aparecida Gime-nes Daré, ou Cida Daré, presidente da entidade, e Maria Bernadete F. Arantes, explicam que a Rede man-tém um consórcio, onde as pessoas retiram em produtos o valor que pagam durante o ano. A entrega é feita duas ou três vezes ao ano, como aconteceu na útlima quarta-feira, dia 1º.

Todo material, como linha, pano e barbante são doados pela própria entidade e quem quer ajudar apenas empresta o

Amor em Rede também em Macatubatalento e a mão de obra.

Com o que arrecada, a entidade atende com leite, cesta básica, vitaminas, fral-das geriátricas e cesta de frutas cerca de 30 pacientes na cidade. Também fornece medicamentos, quando não há disponível na Farmácia do Povo e custeia a realização de exames e dietas especiais quando o paciente tem esta necessidade. O que garante uma expressiva melhora na qualidade de vida dos pa-cientes. “Às vezes, quando demora muito para fazerem exames, a gente também aju-da. A gente mantém a caracte-rística da rede, de atender em tudo o que o paciente precisa”, explicou Cida.

Atualmente, a redução na ajuda de voluntárias e colaboradores é o maior pro-blema enfrentado pelo grupo solidário. “Nós temos muita

credibilidade em doações, o que pedimos as pessoas doam mesmo, graças a Deus. Mas, realmente temos muita dificuldade com a mão de obra, que diminuiu muito,

voluntárias são idosas, na maioria, por isso temos medo que chegue uma época que isso tudo acabe”, ressaltou Cida.

Mas, quem ainda se man-tém produzindo voluntaria-mente, segundo Bernadete, faz o trabalho com muito amor, como mostram as peças produzidas. Como a voluntá-ria de Borebi tem ajudado a entidade com a produção do crochê. “A pessoa não precisa nem vir aqui. A gente leva na casa da pessoa todo o material para ela produzir dentro dos seus horários”.

Semanalmente, as volun-tárias se reúnem às quartas-feiras, na sede para tratar dos assuntos da entidade. “É mui-to gratificante nosso trabalho, porque nos sentimos uteis. Tenho um amor enorme por este trabalho e não me vejo longe da entidade”.

muito mesmo”.O temor das voluntárias

é que daqui há algum tempo não existam mais pessoas que se dediquem ao crochê, bordado e pintura em tecido.

“Este trabalho não pode ter fim. O artesanato é a principal atividade que precisamos de apoio. A gente sobrevive com isso. Não temos jovens que fazem esta atividade, nossas

Parabéns MACATUBA, pelos 116 anos! Parabéns povo macatubense!

DO POVOJORNAL SABADAO

LENÇÓIS PAULISTA - BOREBI - MACATUBA

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE

Os trabalhos produzidos são todos revertidos ao projeto: dedicação, cuidado e carinho para ajudar ao próximo

Ação voluntária para uma causa muito nobre: o bem estar e a vida do próximo

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Esporte e adrenalina salvam jovens em risco8 Sabadão do Povo - ESPECIAL MACATUBA - 11 de junho de 2016 _

Apesar da Polícia Mi-litar ser responsável pela segurança dos cidadãos, a distância entre os policiais e a comunidade, muitas ve-zes, é difícil de ser superada apenas com boa intenção, então é preciso agir. É isso que o policial militar Cabo Emerson Ângelo Harberkon vem fazendo em Macatuba, há cerca de dois anos e meio, com o Projeto Impacto de Artes Marciais oferecido a jovens, adultos e crianças.

Segundo seu idealizador, o projeto é voltado para toda a população, mas especial-mente para jovens que tenham algum tipo de envolvimento com drogas. As aulas de Jiu Jitsu impõem para os partici-

pantes a disciplina das artes marciais, que deve nortear a conduta dos interessados.

Quando as aulas começa-ram, em uma antiga garagem da sede da Polícia Militar, a ideia era apenas aproximar PM e comunidade, mas com apoio do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) e do Conselho Antidrogas do município, a iniciativa foi sendo norteada para atender também jovens que tivessem envolvimento ou corressem risco em relação as drogas.

Para Harberkon, o esfor-

ço físico imposto nas aulas e a adrenalina que o praticante de artes marciais consegue liberar, algumas vezes, dão uma sensação tão boa que substituiu o uso de drogas. E é esse tipo de satisfação que o projeto quer oferecer através do esporte.

O policial conta que a iniciativa deu tão certo que jovens internos da Casa Abri-go, que antes tinham repulsa à Polícia Militar hoje são amigos do Cabo, devido a frequência das aulas. Além disso, a procura cada vez maior de jovens interessados

Para os pequenos, com todo carinhoEnquanto Macatuba

comemora seu aniversá-rio, o macatubense Adão Valério já pensa no mês de outubro, quando es-pera realizar a Festa do Dia das Crianças pelo 14º ano seguido. O voluntário realiza a maior festa em comemoração ao Dia das Crianças, apenas com doa-ções que arrecada com sua Equipe Carisma.

Ele conta que, além das bençãos de Deus sempre pode contar com os comer-ciantes e moradores da cida-de, que se unem em doações

para garantir que todas as crianças que queiram ir ao CART no dia 12 de outubro tenham um dia especial, para comer cachorro quen-te, algodão doce e pipoca, e tomar refrigerante, enquan-to se divertem umas com as outras.

No ano passado, Adão lembra que foram cerca de quatro mil crianças, e para elas cerca de cinco mil pães e 160 quilos de salsicha, além de bala e outras guloseimas.

A festa começou como uma brincadeira entre ami-

gos, que lamentavam que as crianças da cidade não tivessem um dia especial.

Hoje, além de Adão e Vera Lúcia de Souza, que é da equipe Carisma, cerca de 50 outros voluntários se unem no dia da festa para atender a criançada.

A data 12 de outubro é sempre respeitada, segundo Adão. Assim, a festa ode ser em um sábado ou em uma segunda-feira, não importa. Em qualquer dia da semana as crianças terão o seu dia especial, se depender do esforço dos voluntários.

em participar fez com que Harberkon tivesse que contar com outros professores, De-nis e Bruno, além de outros três voluntários. As aulas acontecem de segunda a quinta-feira, das 18h às 21h. Nas sextas são oferecidas aulas de muai tai. “A gente quer isso, que as pessoas possam superar seus pro-blemas e consigam ampliar seus horizontes”, orienta o professor policial.

Atualmente, cerca de 60 alunos frequentam as aulas, que são totalmente gratuitas. Como a procura é cada vez

maior e os resultados apare-ceram, o objetivo é ampliar o projeto, levando as aulas para as escolas do município e assim possibilitar que mais jovens e crianças participem. “Estamos sempre empenha-dos em mostrar o valor das pessoas como cidadãos. Mes-mo quem se envolveu com algum tipo de crime, tem que ver que existe uma pos-sibilidade, uma oportunidade de mudar de vida. Estamos valorizando quem é bom e quem quer melhorar”.

Como resultados do proje-to que já podem ser medidos, o professor menciona dois exemplos. O primeiro são os ótimos resultados que os participantes alcançam em competições dentro e fora de Macatuba. “Além de treinar, é importante para essas crianças

e jovens mostrar o quanto se desenvolveram no esporte e na vida, de forma geral”.

O outro resultado é prático e tem reflexo na sociedade. O policial conta que houve uma significativa melhora nas reclamações por perturbação do sossego, desde que as aulas começaram. “Antes, quando íamos apurar uma ocorrência deste tipo, éramos hostiliza-dos. Hoje, quando chegamos aos locais tudo se resolve com mais tranquilidade e apenas com diálogo. Os participantes do projeto se preocupam com seu próprio comportamento, por medo de serem afastados das aulas”, contou.

Para Harberkon, o projeto se transformou em uma alter-nativa social importante para jovens que corriam um sério risco em seu futuro.

Alunos do Projeto Impacto, desenvolvido

Aulas dão oportunidade a jovens e adultos

Festa no ano passado repetiu sucesso; organizadores já buscam apoio

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9Sabadão do Povo - ESPECIAL MACATUBA - 11 de junho de 2016 _

A Eletro Santa Clara está junto de você, macatubense!Parabéns pelo aniversário de 116 anos dessa cidade maravilhosa

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Para comemorar os 116 anos de Macatuba, ama-nhã, a partir das 9h, haverá desfile cívico com tema Jogos Olímpicos, da Gré-cia Antiga à Modernidade. Alunos e professores das escolas do município per-correm a avenida Coronel Virgílio Rocha.

Mas, a programação de aniversário tem a maior previsão de eventos na se-gunda-feira, dia 13, dia do aniversário da cidade e feriado em Macatuba. A partir das 8h, na quadra de esportes do Mário Rosa e Campo do Nenzão (Jardim Esperança e Sonho Meu) acontece o Festival Esporti-vo dos 116 anos da cidade. Às 19h30 será celebrada missa solene em Ação de Graças, na igreja Matriz de Santo Antonio, e a partir das

Programação tem esporte, músicae caminhada contra drogas

21, na praça da igreja acon-tece show de música com a banda Dona Encrenca.

Após o feriado, na ter-ça-feira, dia 14, tem Fes-tival do Livro, a partir das 8h, no Teatro Municipal. A Copa Regional de Futebol Society acontece no dia 18, no Campo do Santa Rita e, no mesmo dia, tem work shop de artes mar-ciais e dança, no ginásio de esportes Brasílio Artio-li, a partir das 9h.

No dia 19 tem encontro de carros antigos, no Cen-tro de Lazer do Trabalha-dor, e no dia 25, às 15h, 3ª Caminhada do Amor, saindo do estádio Ama-deu Artioli (Campão). No dia 26, tem Cultura na praça Alfredo Belphman e encerrando a a progra-mação, no dia 29, às 10h, inauguração do Espaço de Leitura Abigraf, na praça do projeto Mário Rosa, no Jardim Esperança.

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Água Viva:O futuro endereço da busca pela libertação

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Em breve, Macatuba deve contar com uma Casa de Passagem que vai ampliar e qualificar o atendimento que já é pres-tado a pacientes depen-dentes de álcool e drogas. A Associação Água Viva pretende concluir, até o final deste ano, a casa do projeto Resgatando Vidas, obra retomada há cerca de três anos, pouco depois da nova diretoria assumir a entidade, e que é man-tida exclusivamente por doações múltiplas e a co-laboração dos associados.

A atual presidente Ma-ria de Lourdes Francis-co da Silva contou que a Associação existe há cerca de 15 anos, mas há cinco, com a mudança da então diretoria, ela e o marido João Ribeiro Sobrinho sentiram que deveriam dar continui-dade à proposta de ajudar dependentes químicos a se livrarem da doença e a homens e mulheres retomarem sua dignidade e cidadania perdidas.

A presidente conta que na época que a antiga

diretoria ia devolver para Prefeitura de Macatuba a área onde está sendo cons-truída a casa, ela teve uma experiência espiritual, que apontou o caminho que deveria seguir para ajudar quem precisava. “Estava na igreja adorando Jesus Eucarístico, quando sai, atravessando a praça, vi um homem desmaiado em um banco, sujo, exalando mau cheiro e com mos-cas saindo de sua boca. Quando vi aquilo, virei o rosto e fiquei com nojo. Na mesma hora foi como se ouvisse Jesus me dizer: ‘Ei, estou aqui. Olha para mim. Você dizia que me amava e agora virou o rosto para mim?’. A partir disso, partilhei o que tinha sentido com meu marido e resolvemos assumir o trabalho de vez, com outras pessoas que tam-bém tiveram chamados para trabalhar”, contou Lurdinha. Desde então, voluntários e associados também se empenham em concluir a obra.

Mas, enquanto isso não acontece, o grupo

não esmorece e mantém o acompanhamento e enca-minhamento para interna-ções pessoas interessadas em se livrar da dependên-cia. Toda quarta-feira, se encontram com pacientes e familiares na reunião de partilha, na capela Santa Rita. O projeto é desen-volvido em parceria com a Pastoral da Sobriedade, e tem apoio do CAPS, Centro de Saúde, Santa Casa e Prefeitura.

Porém, para ter suces-so, segundo Lurdinha, é fundamental a participa-ção da família. “Se a famí-lia não estiver preparada para recebê-los, quando retornam da recuperação, por exemplo, fica mais di-fícil manter a sobriedade. A família fica destruída e se torna codependente, por isso precisa de recu-peração e cura também”.

Na Associação, são cinco frentes de trabalho: prevenção, intervenção, recuperação, reinserção e atuação politica. Quando há necessidade de inter-nação, elas são feitas ge-ralmente em Pirajuí, onde

ficam o Lar Dom Bosco e Lar Santa Maria. Já foram encaminhadas cerca de 30 pessoas, mas que se recuperaram totalmente foram três.

Atualmente, o proje-

to acompanha cerca de 15 pessoas, de todas as classes sociais, idades, com família ou em situa-ção de rua. “O problema do álcool e das drogas está em toda a sociedade,

mesmo Macatuba sendo pequena. Não é um pro-blema de cidades grandes e atinge todos os níveis sociais”, explica Lurdi-nha. “Queremos que a Casa da Passagem seja um endereço referência para quem precisa e busca ajuda. Que possa ajudar pessoas de toda a região, com terapia ocupacional, psicólogo, orientação es-piritual. Mas, para isso precisamos de ajuda da comunidade. A sociedade precisa entender que a de-pendência é uma doença, e aprender que sozinhas as pessoas não conseguem se curar”, concluiu.

A FORÇA DA NOSSA REGIÃO

Plantar e colher cana de açúcar com SUSTENTABILIDADE.

Esse é o nosso desafio e o nosso compromisso com o meio ambiente.

PARABÉNS MACATUBA!

Sede, em construção, pode ser referência regional

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Parabéns, Macatuba,pelos seus 116 anos!

A Zilor deseja à nossa cidade muitosanos de prosperidade e conquistas.

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