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BRASIL LIVRE DA RUBÉOLA RELATÓRIO CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO PARA ELIMINAÇÃO DA RUBÉOLA, BRASIL, 2008 Brasília / DF MINISTÉRIO DA SAÚDE

Campanha Nacional Vacinacao Rubeola p1

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Rubéola

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  • Brasil livreda ruBola

    relatrio

    Campanha naCionalde vaCinao para eliminao

    da ruBola, Brasil, 2008

    disque sade: 0800 61 1997

    Secretaria de Vigilncia em Sade:www.saude.gov.br/svs

    Biblioteca Virtual em Sade:www.saude.gov.br/bvs

    Braslia / dF

    ministrio da sade

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  • Brasil livreda ruBola

    Campanha naCionalde vaCinao para eliminao

    da ruBola, Brasil, 2008

  • 2009 ministrio da sade.

    Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial.

    a responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica. a coleo institucional do ministrio da sade pode ser acessada, na ntegra, na Biblioteca virtual em sade do ministrio da sade: www.saude.gov.br/bvs

    srie B. Textos Bsicos de sade

    Tiragem: 1 edio 2009 500 exemplares

    Elaborao, edio e distribuiominisTrio da sadesecretaria de vigilncia em sadedepartamento de vigilncia epidemiolgicaorganizao: Coordenao-Geral do programa nacional de imunizaesproduo: ncleo de Comunicao

    Endereoesplanada dos ministrios, Bloco Gedifcio sede, 1 andar, sala 134Cep: 70058-900, Braslia dFE-mail: [email protected] endereo eletrnico: www.saude.gov.br/svs

    Produo editorialprojeto grfico: ministrio da sadediagramao: sabrina lopes, Fred loboFotos: arquivo ms e cedidas pelas secretarias municipais e estaduais de sade

    impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Ficha Catalogrfica

    Brasil. ministrio da sade. secretaria de vigilncia em sade. departamento de vigilncia epidemiolgica.

    Brasil livre da rubola: campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola, Brasil, 2008: relatrio / ministrio da sade, secretaria de vigilncia em sade, departamento de vigilncia epidemiolgica. Braslia : ministrio da sade, 2009.

    196 p. : il. (srie B. Textos Bsicos de sade)

    isBn 978-85-334-1548-5

    1. Campanhas de vacinao. 2. rubola. 3. sade pblica. i. Ttulo. ii. srie.

    Cdu 614.47:659.111.31

    Catalogao na fonte Coordenao-Geral de documentao e informao editora ms os 2008/1086

    Ttulos para indexao

    em ingls: Brazil free of rubella: vaccination campaign to eliminate rubella, Brazil, 2008: reportem espanhol: Brasil libre de la rubola: campaa nacional de vacunacin para eliminacin de la rubola, Brasil, 2008: informe

    esta publicao segue as normas do novo acordo ortogrfico da lngua portuguesa.ual para Capacitacin en vigilancia epidemiolgica de las hepatitis virales

  • Janeiro, 2009

    Ministrio da Sadesecretaria de vigilncia em sade

    departamento de vigilncia epidemiolgica

    Brasil livreda ruBola

    relaTrio

    Campanha naCionalde vaCinao para eliminao

    da ruBola, Brasil, 2008

  • Elaboradores e colaboradores

    Presidente da Repblica: luiz incio lula da silva

    Ministra-Chefe da Casa Civil: dilma vana rousseff

    Ministro da Defesa: nelson Jobim

    Ministro da Agricultura, Pecuria e Abastecimento: reinhold stephanes

    Ministro das Cidades: mrcio Fortes

    Ministro da Cincia e Tecnologia: sergio machado rezende

    Ministro das Comunicaes: hlio Costa

    Ministro da Cultura: Joo luiz silva Ferreira

    Ministro do Desenvolvimento Agrrio: Guilherme Cassel

    Ministro do Desenvolvimento Social e Combate Fome: patrus ananias de sousa

    Ministro do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior: miguel Jorge

    Ministro da Educao: Fernando haddad

    Ministro do Esporte: orlando silva de Jesus Jnior

    Ministro da Fazenda: Guido mantega

    Ministro da Integrao Nacional: Geddel Quadros vieira lima

    Ministro da Justia: Tarso Genro

    Ministro do Meio Ambiente: Carlos minc Baumfeld

    Ministro das Minas e Energia: edison lobo

    Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto: paulo Bernardo silva

    Ministro da Previdncia Social: Jos Barroso pimentel

    Ministro das Relaes Exteriores: Celso amorim

    Ministro do Trabalho e Emprego: Carlos lupi

    Ministro dos Transportes: paulo srgio passos

    Ministro do Turismo: Walfrido dos mares Guia neto

    Ministrio da Sade

    Ministro da Sade: Jos Gomes Temporo

    Secretria-Executiva: mrcia Bassit lameiro da Costa mazzoli

    Secretrio de Vigilncia em Sade: Gerson oliveira penna

    Secretrio de Ateno Sade: alberto Beltrame

    Secretrio de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos: reinaldo Felippe nery Guimares

    Secretrio de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade: Francisco eduardo de Campos

    Secretrio de Gesto Estratgica e Participativa: antnio alves de souza

    Chefe da Assessoria de Comunicao Social: marcier Trombiere moreira

    Coordenador-Geral de Recursos Logsticos (CGRL): luiz roberto da silva Klassmann

    Comunicao do Ministrio da SadeAssessoria de Comunicao Social: marcier Trombiere moreira (coordenador atual); valderez Caetano (anterior)

    Publicidade: Jos eduardo d. de oliveira (coordenador). equipe: Juliana C. vieira, ana miguel T. da silva, Fernanda scavacini

    Imprensa: Gabriela Wolthers, priscila lambert (coordenadoras atuais), sandra de Carvalho (coordenadora anterior). equipe: paulo henrique souza, rodrigo Caetano, renato strauss, rodrigo hilrio, adriana Baumgratz, Carolina valadares, Carolina oliveira, Joo Carlos saraiva pinheiro, Jorge vasconcelos, laura regina martins Tosta, luce Jane Zoccoli, luciana Carvalho, ludimila martinelli, mariana alves oliveira, renatha melo, rosane Garcia, shirley marques Carvalho, Tas rocha, Thaisis Barboza, Tinna evangelista de oliveira, ubirajara rodrigues, valria do amaral santos

  • Secretaria de Vigilncia em Sade

    Colegiado Executivoeduardo hage Carmo, Fabiano Geraldo pimenta Junior, Guilherme Franco neto, heloiza machado de souza, maringela simo, otaliba libnio de morais neto, regina Coeli pimenta mello, maria regina Fernandes de oliveira, sergio alexandre Gaudncio, snia maria Feitosa Brito, vanessa pinheiro Borges

    Central Nacional de Armazenagem e Distribuio de Insumos (Cenadi): Joo leonel Batista estery

    Departamento de Vigilncia Epidemiolgica (Devep)eduardo hage Carmo (diretor), Carla magda a. s. domingues (diretora adjunta e Coordenadora/CGdT)

    Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV): ricardo Gadelha de abreu

    Programa Nacional de Eliminao de Hansenase (PNEH): maria aparecida de Faria Grossi

    Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT): draurio Barreira

    Coordenao-Geral de Laboratrios de Sade Pblica (CGLAB): eduardo Guerra

    Coordenao-Geral de Doenas Transmissveis (CGDT): Carla magda a. s. domingues

    Sistema de Informao de Agravos de Notificao (Sinan): ruth Glatt (Gerente Tcnica)

    Coordenao de Vigilncia das Doenas de Transmisso Hdrica (Coveh): Greice madelene i. Carmo

    Coordenao de Vigilncia das Doenas Transmitidas por Vetores e Antopozoonoses (Covev): ana nilce s. maia elkhoury

    Coordenao de Doenas Transmitidas por Vetores (CDTV): Joo Batista Furtado vieira

    Coordenao de Vigilncia das Doenas de Transmisso Respiratria e Imunoprevenveis (Cover): marcia lopes de Carvalho

    Centro de Informaes Estratgicas e Resposta em Vigilncia em Sade (Cievs): Wanderson Kleber de oliveira

    GT-Exantemticas: Teresa Cristina vieira segatto, maria Carolina Coelho Quixad pereira, mrcia mesquita silva, adriana Zanon moschen e Fabiano marques rosa. Fiocruz: marilda mendona siqueira. Opas: ana Ceclia morice. Colaboradores: maria salet parise, rosane Will (lacen/Ba), Glria regina da silva e s, anita Cardoso Gomes (ses/es), ingrid plazzi (sms/Cariacica), Joelva ambrozim (sesd/es), helena sato (Cve/sp), Yda Clia (ses/es). Assessores: maria darclia r. arajo (ro), vanusa auto da silva (aC), Ftima Tereza praia Garcia (am), emerson ricardo s. Capistrano (rr), ana Gabriela de andrade Carreira (pa), Flvia maia Campos (ap), vanessa siqueira Campos (To), loide dos santos Ferreira Wanderley (ma), lgia Fernanda vieira Borges (pi), luciano pamplona de Ges Cavalcanti (Ce), Jos alexandre menezes da silva (rn), diana de Ftima a. pinto (pB), Gabriela Ferraz murakami (pe), maria das Graas Cajueiro rego (al), Catarina sampaio Freire de mello lima (se), silvone santa Brbara da s. santos (Ba), Jean Carla de lima (Ba), Kleber abreu santos (mG), Weslei seibel (es), rosana de souza lemos (rJ), ana lcia Frugis Yu (sp), Gisleine de Ftima Zanoni Carvalho (pr), maria Cristina Willemann (sC), ivone andreatta menegolla (rs), dirce regina simczak (ms), raimunda rosicler p. Guimares (mT), Carla Cristina somenzi (Go), priscila mara arajo de oliveira (dF)

    Coordenao-Geral do Programa Nacional de Imunizaes (CGPNI)

    Coordenadora-Geral: marlia mattos Bulhes

    Coordenadora da Campanha Nacional de Vacinao para Eliminao da Rubola: marlene Tavares Barros de Carvalho

    Assessoria Tcnica: ana rosa dos santos, ernesto issac m. renoiner, marlene Tavares B. de Carvalho, pedro Cirlini (estagirio)

    Grupo Tcnico Incorporao Tcnica-Cientfica e Normatizao/GT-Intec: rejane maria de souza alves (responsvel pelo GT), Benedita Teles de souza (estagiria), Catarina aparecida schubert, Flvio da silva arajo, Giane rodrigues Costa ribeiro, Janilce Guedes de lima, laura dina Bedin Bertollo s. arruda, luana melo (estagiria), mara el-Corab moreira de oliveira, rodrigo ramirez dos reis horrio (estagirio), sandra maria deotti Carvalho, sirlene de Ftima pereira, stelamares vieira ribeiro Campos (estagiria), Thiago vinicius neves de menezes (estagirio)

    Grupo Tcnico Anlise e Informao/GT-Ainfo: antonia maria da silva Teixeira (responsvel pelo GT), samia abdul samad

    Grupo Tcnico Gesto de Sistemas de Informao/GT-Gesin: marcelo pinheiro Chaves (responsvel pelo GT), dailan amorim vogado (estagirio), diego leite milhomem (estagirio), erik vaz da silva

    Grupo Tcnico Gesto de Insumos/GT-Gein: maria arindelita neves de arruda (responsvel pelo GT), ana elisa pagliarini (Gesto de insumos), Karla maria Carmona Queiroz, Karla rosane de alarco, luana alves dalmeida (estagiria), rayana de Castro da paz (estagiria), regina Celia silva oliveira

    Grupo Tcnico Gesto da Rede de Frio/GT-Gerf: Walquria Gonalves dos santos Teles (responsvel pelo GT), Joo rafael motta pinheiro (estagirio), nubia Forzani Ferreira (estagiria), rasa de souza Ferreira (estagiria), Wagner Jose da silva

  • Coordenadores Estaduais de Imunizaes: adriana da silva Baltar (pe), anderson Clementino de souza (mT), andria ayres (rJ), arlete rodrigues de Farias (al), Beatriz Bastos Thiel (pr), Carmen lcia osterno silva (Ce), Clcia di lourdes vecci menezes (Go), elba miranda (ro), erotides maria Garcia Justino (rn), eudxia rosa dantas (pi), helena Keico sato (sp), iolanda lcia Gonalves Bastos (ap), Jara atade dos santos de Brito (pa), Ktia mougenot B. lima (ms), leonor Gamba proena (sC), maria auxiliadora leopoldo de holanda (aC), maria de Ftima s Guirra (Ba), maria izabel n. do nascimento (am), maria Tereza m. T. scherman (rs), marlene a. lopes rodrigues (To), marta Casagrande Koehler (es), mildes mendes pereira (ma), rosilene rodrigues (dF), sandala maria T. s. de oliveira (se), Tnia maria soares a. C. Brant (mG), Tatiana seo (rr), Walter oliveira albuquerque (pB).

    Grupo Tcnico do Datasus/Coordenao de Sistemas da Ateno Bsica (Cosab): Jos Carlos de souza santos Jorge (Coordenador) ricardo Freitas Gonalves (Gerente do Geips), Consuelo de s. Freiria (lder do projeto vacinmetro), marlanfe michaelis r. de oliveira (projeto vacinmetro).

    Grupo Tcnico de Vacinao Indgena (Funasa): Barbara Cristina m. souza (responsvel pelo programa de vacinao indge-na), Cezar Gabriel h. Zaleski, ricardo soletti.

    Apoio Gesto: Cristina maria vieira da rocha (responsvel pela rea), Carmen lcia miranda silvera, Cleberson santos de Jesus, diego Borges de Carvalho (estagirio), diogo Ferreira de melo (estagirio), everton arajo Fontinele, Ktia Cristina Gonsalves, luana aparecida souza dos santos (estagiria), marcos aurlio de souza, maria edite pereira de sousa, maria Tereza de lima santos (secretria), suellen amaral de andrade (estagiria)

    Ncleo de Comunicao da Secretaria de Vigilncia em Sadevanessa Borges (Coordenao). valria vasconcelos padro (imprensa). ana elizabeth almeida Gomes, eduardo dias abreu, aline Bouhild (Jornalismo). Fabiano Camilo, sabrina lopes, Fred lobo (produo editorial e Grfica). eunice de lima, Carolina Gontijo, rochelle patrcia Ferraz de oliveira, Thiago Freitas, eduardo moraes (eventos e Cerimonial). sueli Bastos (secretaria). Fbio marques, leonardo de souza (estgio)

    Comit Tcnico Assessor em Imunizaes (CTAI)

    Akira Homma Fundao oswaldo Cruz (Fiocruz), do ministrio da sade (ms)

    Brendan Flannery organizao pan-americana da sade (opas)

    Eduardo Hage Carmo departamento de vigilncia epidemiolgica (devep), da secretaria de vigilncia em sade (svs/ms)

    Eitan Berezin sociedade Brasileira de pediatria

    Expedito Jos de Albuquerque Luna instituto Butantan

    Gabriel Wolf Oselka universidade de so paulo (usp)

    Helena Keiko Sato secretaria de estado da sade de so paulo

    Jos Cssio de Moraes Faculdade de Cincias mdicas, da santa Casa de misericrdia de so paulo

    Jos Geraldo Leite Ribeiro secretaria de estado da sade de minas Gerais

    Jos Luis da Silveira Baldy sociedade Brasileira de imunizaes

    Lauro Ferreira da Silva Pinto Neto sociedade Brasileira de medicina Tropical

    Lily Yin Weckx universidade Federal de so paulo (unifesp)

    Lus Antnio Bastos Camacho escola nacional de sade publica (ensp), da Fiocruz/ms

    Juliana Bertoli da Silva agncia nacional de vigilncia sanitria (anvisa/ms)

    Maria ngela Wanderley Rocha hospital universitrio oswaldo Cruz, da universidade Federal de pernambuco (uFpe)

    Marta Helosa Lopes sociedade Brasileira de infectologia

    Maria Ins Costa Dourado instituto de sade Coletiva (isC), da universidade Federal da Bahia (uFBa)

    Marlia Mattos Bulhes CGpni/devep/svs/ms

    Reinaldo Menezes Martins instituto de Tecnologia em imunobiolgicos (Bio-manguinhos), da Fiocruz/ms

    Susan Martins Pereira sociedade Brasileira de sade Coletiva (abrasco)

  • Governos Estaduais

    Acre: Binho marques. Alagoas: Teotonio vilela Filho. Amap: Waldez Ges. Amazonas: eduardo Braga. Bahia: Jaques Wagner. Cear: Cid Gomes. Distrito Federal: Jos roberto arruda. Esprito Santo: paulo hartung. Gois: alcides rodrigues. Maranho: Jackson lago. Mato Grosso: Blairo maggi. Mato Grosso do Sul: andr puccinelli. Minas Gerais: acio neves. Par: ana Jlia Carepa. Paraba: Cssio Cunha lima. Paran: roberto requio. Pernambuco: eduardo Campos. Piau: Wellington dias. Rio de Janeiro: srgio Cabral Filho. Rio Grande do Norte: Wilma de Faria. Rio Grande do Sul: Yeda Crusius. Rondnia: ivo Cassol. Roraima: Jos de anchieta Jnior. Santa Catarina: luiz henrique da silveira. So Paulo: Jos serra. Sergipe: marcelo deda. Tocantins: marcelo miranda.

    Secretarias Estaduais de Sade

    Acre: osvaldo de souza leal Jnior. Alagoas: andr valente. Amap: pedro paulo dias de Carvalho. Amazonas: agnaldo Gomes da Costa. Bahia: Jorge Jos santos pereira solla. Cear: Joo ananias vasconcelos neto. Distrito Federal: augusto silveira de Carvalho. Esprito Santo: anselmo Tozi. Gois: hlio antnio de sousa. Maranho: edmundo da Costa Gomes. Mato Grosso: augustinho moro. Mato Grosso do Sul: Beatriz Figueiredo dobashi. Minas Gerais: marcus vincius Caetano pestana da silva. Par: laura rossetti. Paraba: Geraldo de almeida Cunha Filho. Paran: Gilberto Berguio martin. Pernambuco: Joo soares lyra neto. Piau: assis Carvalho. Rio de Janeiro: srgio luis Crtes. Rio Grande do Norte: George antunes de oliveira. Rio Grande do Sul: osmar Terra. Rondnia: milton luiz moreira. Roraima: eugnia Glaucy moura Ferreira. Santa Catarina: Carmen Zanotto. So Paulo: luiz roberto Barradas Barata. Sergipe: rogrio Carvalho santos. Tocantins: eugnio paceli de Freitas Coelho.

    Conselho Nacional de Representantes Estaduais (Conares)

    Acre: Fernando Jos da Costa, Francisco eduardo saraiva de Farias, raimundo alves da Costa. Alagoas: oneide regina Camilo s. Cndido, Francisco Carlos lins da silva, pedro hermam madeiros. Amazonas: manuel Barbosa de lima, manuel Jesus pinheiro Coelho, aurimar simes Tavares. Amap: Jos da silva monteiro, emanuel Bentes, luis Carlos soares da silva. Bahia: suzana Cristina silva ribeiro, Jos Carlos raimundo Brito, mary Guiomar almeida rocha. Cear: Jos policarpo de arajo Barbosa, luiz odorico monteiro de andrade, Wilames Freire Bezerra. Esprito Santo: mrcia Cruz pereira andriolo, luiz Carlos reblin, Juliana soneghet Baicco louzada. Gois: rodrigo Csar Faleiro de lacerda, paulo rassi, vincius de Ceclio luz. Maranho: raimundo nonato lisboa, Terezinha de Jesus penha abreu, Gildasio angelo da silva. Minas Gerais: mauro Guimares Junqueira, helvcio miranda magalhes Jnior, sinvaldo alves pereira. Mato Grosso do Sul: norberto Fabri Jnior, luiz henrique mandetta, sonia Kamitani Yokoro. Mato Grosso: marineze araujo meira, luiz antonio vitrio soares, edinia da Costa nonato. Par: Jader Texeira Gardeline, rejane olga oliveira Jatene, emannuel silva. Paraba: porcina dos remdios G. Trigueiro, roseana maria Barbosa meira, lindinalva dantas dos santos. Pernambuco: roberto hamilton C. Bezerra, Tereza de Jesus Campos neta, oscar Capistrano dos santos. Piau: patrcia maria santos Batista, Joo orlando ribeiro Gonalves, denise de sousa leal martins moura. Paran: antnio Carlos Figueiredo nardi, edimara Fait seegmuller, mauro Campiolo. Rio de Janeiro: valter luiz lavinas ribeiro, Jacob Kligerman, maria da Conceio de souza rocha. Rio Grande do Norte: maria neuman de azevedo, edmilson de albuquerque Jnior, solane maria Costa. Rondnia: afonso emerick, Givanilde alves nogueira, paulo roberto espndula Travassos. Roraima: namis levino da silva Filho, Francisco moiss lopes de morais. Rio Grande do Sul: roberto honrio miele, eliseu santos, Flavia richper antunes. Santa Catarina: Celso luiz dellagiustina, Joo Jos Cndido da silva, marlene madalena possan Foschiera. Sergipe: murilo porto de andrade, marcos ramos Carvalho, lourdes Goretti de oliveira reis. So Paulo: Jorge harada, Janurio montone, maria do Carmo Cabral Carpintro. Tocantins: aurea maria Casagrande da luz, samuel Braga Bonilha e marli pires.

    Organizao Pan-Americana da Sade (Opas)

    Diego Victoria representante da opas/organizao mundial da sade no Brasil

    Brendan Flannery Consultor internacional para imunizaes e doenas imunoprevenveis, opas/Brasil

    Carlos Castillo-Solorzano ponto Focal para a eliminao de sarampo e rubola das amricas, opas/Washington, d.C.

    Ana Morice Consultora internacional para a eliminao do sarampo e rubola nas amricas, opas

    1Grupo assessor do Conselho de secretrios municipais de sade (Cosems).

  • n d i C e

    Apresentao 11

    Agradecimentos 13

    . Introduo 15

    1.1 Brasil: o pas e sua diversidade 151.2 a rubola e a srC como problema de sade pblica 191.3 eliminao da rubola nas amricas 201.4 situao epidemiolgica da rubola e srC no Brasil 21

    2. A realizao da Campanha de Vacinao para Eliminao da Rubola no Brasil 28

    2.1 objetivos 282.2 meta e populao-alvo 292.3 estratgias e etapas da campanha 312.4 organizao e planejamento 332.5 Capacitao 352.6 microprogramao 382.7 imunobiolgicos, outros insumos e logstica 382.8 vacinao em rea de fronteira 402.9 vacinao segura 412.10 sistema de informao 452.11 superviso 472.12 monitoramento e avaliao 492.13 dinmica da campanha no Brasil 522.14 aspectos facilitadores e limitaes 552.15 Custos da campanha 73

    3. Comunicao social 74

    3.1 aes do ministrio da sade 743.2 aes de comunicao nos estados 132

    4. Resultados da campanha 161

    4.1 Cumprimento da meta de cobertura 1614.2 homogeneidade dos resultados 1644.3 resultados da campanha por uF 165

    5. Lies aprendidas 171

    Referncias 172

    Anexo Divulgao da campanha em sites parceiros 175

  • a p r e s e n T a o

    este relatrio que o governo brasileiro encaminha organizao pan-americana de sade (opas) sistematiza o processo vivenciado pelo sistema nico de sade (sus) na realizao da Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola a maior j realizada no pas, e em todo o mundo, em termos de doses ministradas, logstica (recursos humanos e financeiros) e mobilizao da sociedade brasileira. em 20 semanas, de nove de agosto a 30 de dezembro de 2008, 67,1 milhes de brasileiros (homens e mulheres de 20 a 39 anos de todo o pas e o grupo de 12 a 19 anos dos estados de minas Gerais, maranho, rio Grande do norte, rio de Janeiro e mato Grosso) receberam a vacina contra a rubola, o que representa uma cobertura de 95,79% da populao-alvo. este documento registra os fundamentos tcnicos e operacionais que sus-tentaram a deciso poltica de realizar esta operao.

    a parceria do ministrio da sade com as secretarias estaduais e municipais de sade, tam-bm representadas pelos seus conselhos (Conass e Conasems, respectivamente), foi imprescin-dvel para alcanarmos o nosso maior objetivo: deixar os brasileiros livres da rubola. recursos financeiros vultosos, das esferas federal, estaduais e municipais somaram mais de 300 milhes de reais, excetuando-se os custos com salrios de pessoal e despesas adicionais, ao encargo dos estados e municpios. o ministrio da sade adquiriu e distribuiu, em tempo recorde, 90 milhes de doses de vacinas e seringas. milhares de profissionais de sade e parceiros da socie-dade civil trabalharam na campanha, sem os quais no teramos obtido o xito alcanado.

    esta campanha teve como objetivo a eliminao da rubola e da sndrome da rubola con-gnita (srC) at 2010 nas amricas, conforme acordo firmado com a opas. o primeiro passo foi dado: estabelecemos a imunidade de grupo na populao e j podemos comemorar, por critrios epidemiolgicos, a interrupo da circulao autctone do vrus da rubola, ou seja, a transmisso originada entre pessoas residentes no pas. agora, vamos intensificar a vigilncia ativa da doena para que nos prximos 12 meses registremos a eliminao do vrus no territrio nacional, com reconhecimento internacional.

    vale ratificar que a possibilidade de monitorar os dados dirios, referentes s pessoas vaci-nadas por municpio e por estado, permitiu que tanto gestores quanto a populao pudessem acompanhar, passo-a-passo, o andamento da vacinao. o vacinmetro fez parte da minha rotina, assim como de vrios gestores. Cada mudana de cor no patamar alcanado foi come-morada por toda a nossa equipe.

    desta forma, em nome do presidente lula, apresento sociedade brasileira e opas, os resultados desse esforo coletivo que culmina com mais uma vitria e mais um exemplo da capacidade e competncia do Brasil no campo das doenas imunoprevenveis e que servir de exemplo para outras naes populosas do planeta.

    Jos Gomes TemporoMinistro da Sade

  • 3

    a G r a d e C i m e n T o s

    nada mais importante, nesse momento, que atribuir o xito dessa campanha a um trabalho verdadeiramente integrado entre as trs esferas de gesto do sistema nico de sade (sus). a deciso poltica tripartite, com expressiva colaborao do Conass e Conasems, em realizar uma tarefa dessa magnitude, em um pas de dimenses continentais e em um perodo de elei-es municipais no Brasil, reflete que ...a poltica a arte de tornar possvel o necessrio....

    a relao nominal dos elaboradores e dos apoiadores est descrita nas primeiras pginas desta publicao, que engloba uma pequena parte de dirigentes do sus, porm no reflete, nem de perto, a imensido de profissionais de sade, com destaque s equipes de sade da Famlia, os agentes comunitrios de sade, todos os profissionais da vigilncia, que, aliados a parceiros governamentais, em especial o ministrio da defesa e o ministrio da educao, os in-tergovernamentais e os no governamentais, se somaram a essa enorme empreitada. por tudo isso, atrevo-me, em nome dos brasileiros e das brasileiras, a agradecer a participao cidad de todos na busca por deixar o nosso pas livre da rubola.

    Tudo isto de nada valeria sem o vacinador, sem aquele que fez verdadeiramente a campanha acontecer, que esteve sempre atento e com o devido cuidado quanto dose correta, ao proce-dimento adequado de administrao da vacina, ao registro da vacina administrada, e ao aten-dimento e convencimento respeitoso do usurio da vacinao onde quer que ele estivesse, nas praas, nas empresas, nas feiras, nas margens dos rios, nas escola, nos postos, nos rodeios ou campos de futebol. eles so os verdadeiros heris de mais esta vitria do pas, cuja experincia acumulada na realizao de estratgias massivas de vacinao, h pelo menos 35 anos, deve-se ao esforo e empenho dos vacinadores, responsveis pela construo de um programa nacional de imunizaes (pni) que modelo e referncia para todo o mundo no plano poltico, tcnico, operacional e logstico.

    em nome da Coordenadora-Geral do programa nacional de imunizao, marlia mattos Bulhes, presto homenagem a todos os trabalhadores dos programas de imunizaes estaduais e municipais, e, para essa multido de profissionais de sade e apoiadores, que ratifico, em nome dos brasileiros e brasileiras, o respeito dos gestores do sus.

    Gerson oliveira pennaSecretrio de Vigilncia em Sade

  • 5

    relatrio Brasil livre da rubola

    1. Introduo

    . Brasil: o pas e sua diversidade

    o Brasil uma repblica Federativa, formada pela unio do distrito Federal e dos 26 estados federados, com seus 5.564 municpios. a organizao poltico-administrativa compreende trs poderes: o Judicirio, o executivo e o legislativo; com o princpio da autonomia entre unio, distrito Federal, estados e municpios. o presidente da rep-blica o chefe do poder executivo Federal, sendo auxiliado pelos ministros de estado.

    uma democracia, ou seja, o exerccio do poder atribudo a rgos distintos e inde-pendentes, cada qual com uma funo, prevendo-se ainda um sistema de controle de modo que nenhum desses rgos possa agir em desacordo com as leis e a Constituio.

    uma nao com mais de 500 anos de histria, formada por vrios povos, dona de uma cultura variada e de um vasto territrio que ocupa quase metade (47%) da rea da amrica do sul, correspondendo a 8,5 milhes de quilmetros quadrados. o pa-s possui 20% da biodiversidade mundial, sendo, assim, detentor da maior diversidade biolgica do planeta, tendo como exemplo desta riqueza a Floresta Tropical amazni-ca, com 3,6 milhes de quilmetros quadrados. em termos de clima, predominam o tropical, subtropical, equatorial e semi-rido.

    dentre os 26 estados, 11 fazem fronteira com 10 pases, numa extenso de 15,7 mil quilmetros, com intensa movimentao de populaes de pases como a venezuela, a Guiana, o suriname e com o departamento ultramarino da Guiana Francesa (ao norte); com o uruguai (ao sul); com a argentina e o paraguai (a sudoeste); com a Bolvia e com o peru (a oeste) e com a Colmbia (a noroeste).

    no pas, vivem 189.612.814 habitantes, 81% dos quais fixados em reas urbanas, podendo-se falar de aproximadamente 50 milhes de famlias, numa densidade po-pulacional de 22 habitantes por km2. o estado com maior nmero de municpios minas Gerais, totalizando 853, e o com menor nmero roraima, com 15. a maioria dos 5.564 municpios brasileiros (60%) tem menos de 20 mil habitantes, mas 60% da populao reside, hoje, nas grandes regies metropolitanas, sendo so paulo capital o municpio com maior contingente populacional, com cerca de 11 milhes de habi-tantes. este cenrio coloca o pas no 5 lugar entre os mais populosos do mundo.

    a mortalidade infantil de 23,6 por mil nascidos vivos e a taxa de fecundidade de 2,3 filhos por casal. a esperana de vida ao nascer, hoje, de 72,7 anos, estimando-se que nas prximas quatro dcadas a maioria da populao tenha entre 15 e 44 anos, representan-do um dos maiores mercados de trabalho e de consumo dentre os pases das amricas.

    1disponvel em http://www.presidencia.gov.br (acesso em 7/1/2009).

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    a lngua oficial o portugus, que chegou ao territrio brasileiro a bordo das naus portuguesas, no sculo Xvi, para se juntar famlia lingustica tupi-guarani, em es-pecial o tupinamb, um dos dialetos tupi. hoje, o portugus o oitavo idioma mais falado no planeta, somando 200 milhes de pessoas, e a terceira entre as lnguas oci-dentais, aps o ingls e o castelhano. , ainda, o idioma oficial de sete pases, todos eles ex-colnias portuguesas: angola, Brasil, Cabo verde, Guin Bissau, moambique, portugal e so Tom e prncipe. o portugus falado e escrito pela imensa maioria da populao brasileira, registrando-se um ndice de alfabetizao no pas prximo dos 90%. o Brasil o nico pas de lngua portuguesa das amricas.

    a unidade monetria brasileira o real, adotado desde 1994. o pas responde por 3/5 (trs quintos) da produo industrial da economia sul-americana e participa de di-versos blocos econmicos, como: o mercosul (mercado comum formado por cinco pa-ses da amrica do sul); o G-22 (bloco econmico integrado por pases emergentes) e o Grupo de Cairns (organizao formada por 19 pases exportadores de produtos agro-pecurios). o desenvolvimento cientfico e tecnolgico brasileiro, aliado a um parque industrial diversificado e dinmico, atrai empreendimentos externos. os investimentos diretos foram em mdia da ordem de us$ 20 bilhes/ano, contra us$ 2 bilhes/ano da dcada passada.

    mantm comrcio regular com mais de uma centena de pases, sendo que 74% dos bens exportados so manufaturas ou semimanufaturas, tendo como maiores parceiros a unio europia, com 26% do saldo; os estados unidos da amrica (eua), com 24%; o mercosul e a amrica latina, com 21%, e a sia, que responde por 12% desse total. um setor dos mais dinmicos nessa troca o de agronegcio, que mantm o pas, h duas dcadas, entre os pases com maior produtividade no campo.

    dono de sofisticao tecnolgica, o Brasil desenvolve de submarinos a aeronaves, e tambm est presente na pesquisa aeroespacial, possui Centro de lanamento de veculos leves e foi o nico pas do hemisfrio sul a integrar a equipe de construo da estao espacial internacional (iss).

    pioneiro na pesquisa de petrleo em guas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir as 10 maiores empresas monta-doras de automvel em seu territrio.

    o agronegcio representa 34% do produto interno Bruto (piB) nacional, 37% de to-dos os empregos do pas e responsvel por 43% das exportaes nacionais, sendo o setor superavitrio entre todos os setores exportadores do Brasil.

  • relatrio Brasil livre da rubola

    O sistema de sade brasileiro2,3

    o sistema de sade do Brasil o sistema nico de sade (sus), institudo pela Constituio Federal de 1988, organizado e regulamentado conforme a lei orgnica da sade, a lei n 8.080/90. ao completar 20 anos da instituio, o sus considerado a maior poltica de incluso social do Brasil, atendendo 80% da populao, exibindo uma trajetria de importantes conquistas para a sociedade.

    presente em todo o territrio nacional, o sistema integra uma rede de mais de 27 mil equipes sade da Famlia, responsvel por quase 100 milhes de brasileiros. so mais de 63 mil unidades ambulatoriais e cerca de seis mil unidades hospitalares, com mais de 440 mil leitos (prprios e conveniados). realiza, por ano, cerca de dois milhes de partos, 12 milhes de internaes hospitalares, 132 milhes de atendimentos de alta complexidade e 150 milhes de consultas mdicas.

    o sus, ao mesmo tempo em que consolida e fortalece novas iniciativas, como o financiamento pblico do transplante de rgos, em que o Brasil ocupa posio de liderana mundial, com a realizao de 14 mil transplantes por ano, d continuidade e expande aes que merecem reconhecimento internacional, como os programas de imunizaes e de controle das dsT/aids. alm disso, vem atuando intensamente em polticas, programas e aes de promoo da sade, vigilncia em sade, vigilncia sanitria e de regulao do sistema de sade suplementar.

    as aes e servios de sade, implementados pelos estados, municpios e distrito Federal, so financiados com recursos prprios e de outras fontes suplementares de financiamento; todos devidamente contemplados no oramento da seguridade social. Cada esfera governamental assegura o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de sade. as transferncias, regulares ou eventuais, da unio para estados, municpios e distrito Federal esto condicionadas contrapartida destes nveis de governo, e ocor-rem por meio de transferncias fundo-a-fundo, realizadas pelo Fundo nacional de sade (Fns) diretamente para os estados, distrito Federal e municpios, ou pelo Fundo estadual de sade aos municpios, de forma regular e automtica, propiciando que gestores estaduais e municipais contem com recursos previamente pactuados, no de-vido tempo, para o cumprimento de sua programao de aes e servios de sade.

    para viabilizar a gesto do sistema, garantindo as diretrizes preconizadas, foram institudas instncias de articulao e pactuao poltica que objetivam orientar, regu-lamentar e avaliar os aspectos operacionais do processo de gesto do sistema. Toda e qualquer deciso, relativa a questes tcnicas e operacionais, levada deliberao desse frum de gesto.

    2o sus de a a Z Tpicos, disponvel em http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/topicos/ (acesso em 7/1/2009).

    3sus 20 anos. a sade do tamanho do Brasil. Carta de mobilizao sus 20 anos, disponvel em http://conselho.saude.gov.br (acesso em 7/1/2009).

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    na esfera federal, ou seja, na direo nacional do sus, atua a Comisso intergesto-res Tripartite (CiT), integrada por gestores do sus das trs esferas de governo (unio, estados/dF e municpios). a Comisso de composio paritria formada por 15 mem-bros, sendo cinco indicados pelo ministrio da sade, cinco pelo Conselho nacional de secretrios de sade (Conass) e cinco pelo Conselho nacional de secretrios muni-cipais de sade (Conasems). a representao de estados e municpios nessa Comisso regional, sendo um representante para cada uma das cinco regies do pas. nesse espao, as decises so tomadas por consenso e no por votao. a CiT est vinculada direo nacional do sus.

    J na esfera estadual, o espao de articulao e pactuao a Comisso intergesto-res Bipartite (CiB), constituda, paritariamente, por representantes do governo estadu-al, indicados pelo secretrio de estado da sade, e dos secretrios municipais de sa-de, indicados pelo rgo de representao do conjunto dos secretrios dos municpios da unidade federada, em geral denominado Cosems.

    merece referncia, nesse contexto, o pacto pela sade, em suas trs dimenses: pac-to pela vida; pacto em defesa do sus; e pacto de Gesto. nesses documentos, esto estabelecidos os princpios, diretrizes e compromissos que norteiam a regionalizao solidria e cooperativa como eixo do processo de descentralizao e a integrao das vrias formas de repasse dos recursos da sade e a definio de metas e resultados a serem cumpridos e alcanados nas diferentes esferas.

    referncia especial deve ser feita ao pni, que, nos 20 anos do sus, exibe 35 anos de trajetria, pois foi oficializado em 1973. os avanos e expanso do programa colocam-no como uma das principais intervenes governamentais, na contribuio para o controle, eliminao ou erradicao de doenas imunoprevenveis, sendo inquestionvel o impac-to do uso sistemtico das vacinas no perfil epidemiolgico da populao brasileira.

    a erradicao da varola no mundo, em 1973, a erradicao da transmisso do po-liovrus selvagem nas amricas, em 1989, e a interrupo da transmisso autctone do sarampo, desde 2001, so resultados marcantes nessa trajetria. outras conquistas vm sendo alcanadas como a baixa incidncia do ttano neonatal, que j pode ser considerado eliminado como problema de sade pblica, da raiva humana transmitida por animais domsticos que tambm est prxima da eliminao, alm do controle da difteria, coqueluche e ttano acidental, estando bem prxima a concretizao da eliminao da rubola e da sndrome da rubola congnita (srC), dentro de um com-promisso conjunto com os pases das amricas.

    a evoluo do pni nesses 35 anos, desde sua instituio, em termos de qualidade, de extenso, bem como de estrutura tcnica, operacional e logstica, uma realidade inquestionvel. iniciado com um calendrio bsico para a criana, com seis vacinas, trabalha, hoje, com trs calendrios de vacinao (criana, adolescente e adulto/idoso) e com 44 produtos entre vacinas, soros e imunoglobulinas.

    o crescimento e a manuteno das coberturas de vacinao o dado concreto desse perodo, saindo, por exemplo, de percentuais mdios nacionais que giravam em torno

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    relatrio Brasil livre da rubola

    dos 60% no final dos anos 1980, para percentuais mdios iguais ou superiores aos preconizados (90% para a BCG e 95% para as demais vacinas) a partir da metade da dcada de 1990.

    em termos de estratgia, o programa vem ousando e se superando. os dias na-cionais de vacinao; a multivacinao; a qualificao dos profissionais das salas de vacina; o investimento em infraestrutura da rede de frio (aquisio e distribuio de equipamentos; construo, reforma ou ampliao de centrais de frio; construo de cmara fria) so pontos fundamentais para o xito alcanado, aliados consolidao do processo de descentralizao do sus e progressiva estruturao e expanso da ateno bsica em todo o pas.

    a realizao da Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola o ltimo exemplo da capacidade do programa de imunizaes brasileiro de enfrentar e superar grandes desafios.

    .2 A rubola e a SRC como problema de sade pblica

    o Conselho diretor da opas, em sua 44 reunio (2003), por meio da resoluo Cd44 r1, definiu para os pases das amricas a meta de eliminao da rubola e da srC para o ano 2010, considerando os resultados obtidos em imunizaes a exemplo da erradicao da varola, da certificao da eliminao da poliomielite e da circulao autctone do vrus do sarampo.

    a rubola, doena exantemtica aguda, de etiologia viral, que apresenta alta trans-missibilidade, tem sua importncia epidemiolgica relacionada srC, quando a infec-o ocorre durante a gestao, caracterizando-se pelo risco de abortos, natimortos e malformaes congnitas, como cardiopatias, catarata e surdez.

    os custos diretos e indiretos da sndrome so muito elevados e incalculveis, princi-palmente para a famlia e para a criana que tem a doena. em funo da necessidade de procedimentos diagnsticos e tratamento especializado, assim como pela cronici-dade e gravidade das manifestaes4, incluindo o nus para a sociedade decorrente da incapacidade5, 6, ainda h a questo psicolgica familiar a ser superada. a estimativa de custo, em termos da ateno mdica de um caso de srC, durante toda a vida, gira em torno de 120 e 200 mil dlares.

    a comparao entre o elevado custo da assistncia e a alta eficcia e o baixo custo da vacina contra a rubola resulta em ponto positivo para a vacinao, numa proporo

    4CuTTs, F. T.; vYBBYCKY, e. modelling the incidence of congenital rubella syndrome in developing countries. international Journal of epidemiology, oxford, v. 28, p. 1176-1184, 1999.

    5Kandola, K. Crs cost burden analysis for Guyana. in: meeTinG oF The enGlish-speaKinG CariBBean epi manaGers, 14., 1997. Castries, st. lucia. Final report... Washington, dC: pan american health organization, 1998.

    6hinman, a.r. et al. economic analyses of rubella and rubella vaccines: a global review. Bulletin of the World health organization, Geneva, v. 80, p. 264-270, 2002.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    estimada de 12:1 (intervalo 8:1 e 16:1)7. este fato mais urgente diante da expectativa do registro de 20 mil casos da srC, ao ano, nas amricas, segundo estudos disponveis, se no for adotada uma estratgia de eliminao.

    assim, a disponibilidade de uma vacina com essas caractersticas coloca a questo tica de se permitir o nascimento de crianas portadoras da srC no Brasil, quando se tem uma vacina disponvel e, mais ainda, quando se tem um histrico de xitos na eliminao e erradicao de doenas evitveis pela vacinao.

    .3 Eliminao da rubola nas Amricas

    as amricas vm mostrando notvel progresso na interrupo da transmisso end-mica da rubola. no fim de 2006, 91% dos pases e territrios (o que representa 75% da populao da regio) haviam utilizado estratgias de vacinao e de eliminao, mediante campanhas em massa voltadas a crianas que frequentavam a escola, ado-lescentes e adultos, objetivando interromper rapidamente a transmisso do vrus da doena e prevenir a srC.

    o nmero de casos confirmados diminuiu em 98%, entre 1998 e 2006, passando de 135,9 mil para 2,2 mil. J os casos de srC passaram de 23, em 2002, para 10, em 2006. a repercusso na reduo da incidncia da rubola e da srC foi mais forte nos pases que, em campanhas, vacinaram homens e mulheres (Figura 1).

    Figura 1. Impacto das estratgias de eliminao do sarampo e da rubola nas Amricas, 1980-2006

    80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06

    300

    250

    200

    100

    50

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    150

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    ab.

    Ano

    Eliminaodo sarampo

    Eliminaoda rubola

    % Reduo: 98%(1998- 2006)

    Fortalecimento da vigilncia de doenas febris eruptivas

    Sarampo RubolaFonte: Opas; Ministrio de Sade.

    7CasTillo-solrZano, C. et al. new horizons in the Control of rubella and prevention of Congenital rubella sndrome in the americas. The Journal of infectious diseases, Chicago, v. 187, n. s1, p. 146-152, 2003.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    destaque-se, ainda, que alm de interromper a transmisso da rubola, as cam-panhas de vacinao contriburam para consolidar a eliminao do sarampo. os 238 casos confirmados dessa doena ocorridos em 2006, nas amricas, localizaram-se em pases que ainda no haviam realizado ou concludo operaes de vacinao envolven-do adolescentes e adultos.

    de outro lado, a melhoria na vigilncia laboratorial para a deteco e caracterizao viral aumentou o conhecimento sobre os gentipos do vrus da rubola endmica na regio, sendo mais frequente o tipo 1C, seguido pelo 1e. os gentipos 1G e 2B estive-ram vinculados a casos importados.

    incontestvel que a iniciativa de eliminao do sarampo e da rubola fortaleceu a vigilncia epidemiolgica das doenas exantemticas. em 1998, apenas 41% dos pases e territrios notificavam casos suspeitos de srC, chegando a 100% em 2003. a notificao semanal de casos suspeitos da srC pelos pases comeou em 2005, quando foram registrados 1.952 casos suspeitos com 20 confirmaes. em 2006, houve uma reduo, registrando-se 1.227 notificaes e 10 casos confirmados da sndrome.

    durante a 27 Conferncia sanitria pan-americana e 59 sesso do Comit regional, realizada em outubro de 2007, em Washington dC, foram reconhecidos os avanos alcanados tendo em vista a eliminao da rubola e da srC, quando foi aprovada a formao de um Comit Tcnico, responsvel pela documentao e comprovao da interrupo da transmisso do vrus endmico do sarampo e da rubola nas amricas.

    .4 Situao epidemiolgica da rubola e da SRC no Brasil

    a estratgia utilizada pelo Brasil para implantao da vacina trplice viral (vTv) con-tra sarampo, caxumba e rubola foi pautada na realizao de campanhas pelas uni-dades federadas (uF) de modo gradativo, comeou em 1992, e foi concluda, em todo o pas, no ano 2000. inicialmente, o pblico-alvo foi de crianas de um a 11 anos de idade, ampliando-se, posteriormente, para o grupo de mulheres em idade frtil (miF) (Figura 2).

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    Figura 2. Estratgias de Controle e Incidncia Anual da Rubola Brasil, 1992- 2008

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    92 93 94 95 96 97 98 99 0 1 2 3 4 5 6 7 8

    Inci

    dn

    cia/

    100

    mil

    hab

    .

    Ano

    NOTIFICAO COMPULSRIA

    CAMPANHA DE SEGUIMENTO* EMIF_RN

    CAMPANHA DE SEGUIMENTO*

    CAMPANHA DE VACINAOHOMENS E MULHERES*

    MIF_DFMIF_PR MIF_13 UF

    MIF_11 UF

    IMPLANTAO DA VTV 1 a 11 anos

    Fonte: SVS/MS.

    *Vacina DV e VTV.

    essa estratgia resultou na reduo da circulao do vrus da rubola e consequente mudana no padro de incidncia por grupos de idade (Figura 3). a partir de 2001, essa taxa, em homens e mulheres, foi superior na faixa de 20 a 29 anos, quando comparada aos grupos de menor idade. o deslocamento da suscetibilidade para a populao em idade frtil mantido at o momento, com uma taxa inferior no segmento feminino.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    Figura 3. Taxa de incidncia por faixa etria, segundo sexo Brasil, 1997-2007*

    02468

    10121416182022242628

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007*

    10 - 19 20 - 29 30 - 39 40 a e +

    02468

    10121416182022242628

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007*

    10 - 19 20 - 29 30 - 39 40 a e +

    Inci

    dn

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    r 10

    0 m

    il

    Homens

    Mulheres

    Inci

    dn

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    po

    r 10

    0 m

    il

    Fonte: SVS/MS.

    *Dados preliminares at SE 52/2007.A faixa etria utilizada em 2007 de 12 a 19 anos.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    a reduo da incidncia em mulheres resultado das aes de vacinao realizadas no pas a partir de 2001, mediante plano de vacinao em duas fases, usando a vaci-na dupla viral (vdv) com o objetivo de acelerar a preveno da srC. a primeira fase foi executada em 13 uF, em novembro de 2001, dirigida a 15 milhes de miF8, com faixa etria especfica para cada realidade, de modo geral, o grupo de mulheres de 12 a 39 anos de idade. a segunda fase ocorreu em 2002, nas uF restantes. a cobertura vacinal mdia (Cv) nesses dois momentos foi de 93,5%, mas no foi homognea entre os municpios, acumulando suscetveis e contribuindo para ocorrncia dos surtos de 2006 e 2007.

    esse conjunto de aes de vacinao, dirigido a diversos grupos etrios, sem dvida, provocou importante reduo na incidncia da doena e modificou o ciclo e extenso dos surtos de rubola no pas, mas no foi capaz de interromper a circulao do vrus, como pode ser visto na Figura 4.

    Figura 4. Distribuio dos casos confirmados de rubola por semana epidemiolgica Brasil, 2000-2007*

    Fonte: SVS/MS.

    *Dados preliminares at SE 52/2007.

    050

    100150200250300350400450500550600

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007*

    1 10 19 28 37 46 3 12 21 30 39 48 5 14 23 32 41 50 7 16 25 34 43 52 8 17 26 35 44 1 10 19 28 37 46 3 12 21 30 39 18 5 14 23 32

    n.: 8.147

    em 2006, a partir da semana epidemiolgica (se) 33, houve um aumento signifi-cativo do nmero de casos confirmados, caracterizando surtos no rio de Janeiro e minas Gerais. a disseminao do vrus ocorreu em todo o ano de 2007, afetando 20 uF, totalizando 8.753 casos confirmados, distribudos principalmente em quatro ma-crorregies: sudeste, sul, nordeste e Centro-oeste (Figuras 5 e 6). o vrus identificado foi do gentipo 2B.

    8Brasil. ministerio de salud de Brasil. Brasil acelera el control de la rubola y la prevencin del sndrome de rubola Congnita. Boletin informativo pi, Washington, dC, v. XXiv, n. 2, p. 1-3, 2002.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    Figura 5. Unidades federadas com casos confirmados de rubola Brasil, 2007

    Fonte: SVS/MS.

    *Dados provisrios atualizados em 19/3/2008.

    S.E: 52/2007N.: 8.147

    Figura 6. Evoluo do surto de rubola por ms Brasil, 2007

    Fonte: SVS/MS.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    Com relao ocorrncia de casos de srC (Figura 7), a taxa mais elevada (3,3 por 100 mil crianas menores de um ano de idade) foi registrada em 2001 (72 casos con-firmados). a despeito da vacinao nas miF ter reduzido o nmero de casos de srC, no perodo 2002 a 2006, em 2007 foram confirmados 17 casos pelo critrio laboratorial.

    Figura 7. Incidncia e nmero de casos confirmados e compatveis de SRC. Brasil 1997-2007*

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

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    3

    3,5

    0

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    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Inci

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    0 m

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    *Crianas

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    relatrio Brasil livre da rubola

    Figura 8. Estimativa de nmero e porcentagem de pessoas no vacinadas* contra rubola, por faixa etria e sexo Brasil, 2007

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    0 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35 36 a 40

    Grupo etrio

    % M

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    0

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    % mulheres no vacinadas

    Nm. mulheres no vacinadas

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    0 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35 36 a 40

    % H

    om

    ens

    no

    vac

    inad

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    0

    1.000.000

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    m. h

    om

    ens

    no

    vac

    inad

    os

    % homens no vacinados

    Nm. homens no vacinados

    Fonte: SVS/MS.

    *Vacina DV e VTV.

    assim, em funo desses dados, foi definida a faixa etria de 20 a 39 anos como a populao suscetvel para vacinao contra rubola em todo o pas. nos estados do maranho, minas Gerais, mato Grosso, rio Grande do norte e rio de Janeiro, foram acrescentados ao grupo a vacinar homens e mulheres de 12 a 19 anos de idade, que, conforme a anlise citada, registrava alta suscetibilidade nesses estados.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    2. A realizao da Campanha de Vacinao para Eliminao da Rubola no Brasil

    a definio da necessidade da campanha nacional de vacinao para homens e mu-lheres, tendo em vista o esgotamento da populao ainda suscetvel, de forma a inter-romper a circulao do vrus da rubola no pas, deixando assim a populao brasileira livre dessa doena, foi fundamentada na anlise da situao epidemiolgica, na esti-mativa da coorte da populao no vacinada e na experincia internacional, conforme j referido.

    em 2007, foram iniciadas as articulaes no mbito do sus e a deciso poltica foi adotada de forma conjunta pelas trs esferas de gesto, aps processo de discusso dos aspectos tcnicos, operacionais e logsticos, bem como da factibilidade e viabili-dade da proposta. os gestores do sus ministrio da sade, secretarias estaduais e municipais de sade assumiram o compromisso e envidaram todos os esforos para o alcance da meta preconizada.

    programada inicialmente para os meses de agosto e setembro, a campanha se es-tendeu at dezembro de 2008. a vacinao foi indiscriminada, independentemente do antecedente de vacinao ou de doena.

    2. Objetivos

    a campanha foi proposta e estruturada na perspectiva de trs objetivos fundamentais:

    interromper a transmisso endmica do vrus da rubola no territrio brasileiro;

    atingir, nos grupos de adultos, os suscetveis para o sarampo, consolidando a es-tratgia de eliminao desta doena no pas;

    alcanar a meta de eliminao da rubola e srC, deixando o pas livre dessa doena.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    2.2 Meta e populao-alvo

    Foi estabelecido como meta alcanar coberturas de vacinao iguais ou maiores que 95% da populao-alvo nos 5.564 municpios brasileiros.

    o grupo-alvo correspondeu a 70.149.025 homens e mulheres (Quadro 1). na faixa de 20 a 39 anos de idade, onde se localizam os no vacinados, o quantitativo corres-pondeu a 63.410.755. nos cinco estados em que a populao a vacinar foi acrescida do grupo de 12 a 19 anos, o contingente correspondeu a 6.738.270 adolescentes. incluem-se no total do grupo-alvo a populao indgena aldeada e a populao que se movimenta entre os municpios da fronteira do Brasil.

    Quadro . populao-alvo da Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola, conforme faixa de idade e diferencial em termos de uF Brasil, 2008

    Populao-alvo Homens Mulheres Total

    Populao total 34.771.925 35.377.100 70.149.025

    Faixa etria de 20 a 39 anos (VDV contra sarampo e rubola), em todas as UF

    31.354.395 32.056.360 63.410.755

    Faixa etria de 2 a 9 anos de idade (VTV contra sarampo, caxumba e rubola), no MA, MG, MT, RJ e RN

    3.417.530 3.320.740 6.738.270

    Fonte: iBGe; datasus/ms; svs/ms, 2008.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    Quadro 2. populao-alvo da Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola, segundo uF e sexo Brasil, 2008

    Unidade Federada Homens Mulheres Total

    Brasil 34..925 35.3.00 0.49.025

    Regio Norte 2.605.285 2.588.26 5.93.56

    acre 114.756 116.070 230.826

    amazonas 573.083 590.336 1.152.399

    amap 103.427 107.731 211.158

    par 1.234.115 1.213.718 2.447.833

    rondnia 275.495 274.510 550.005

    roraima 73.786 66.149 139.935

    Tocantins 230.623 230.782 461.405

    Regio Nordeste 9.386.63 9.603.6 8.989.924

    alagoas 487.393 512.847 1.000.240

    Bahia 2.399.611 2.418.304 4.817.915

    Cear 1.330.753 1.391.428 2.722.181

    maranho 1.574.224 1.557.068 3.131.292

    paraba 591.820 612.745 1.214.565

    pernambuco 1.409.445 1.485.778 2.895.223

    piau 503.295 512.696 1.015.991

    rio Grande do norte 753.534 761.385 1.514.919

    sergipe 336.688 350.910 687.598

    Regio Sudeste 5.20.062 6.030.96 3.5.020

    esprito santo 594.937 606.357 1.201.294

    minas Gerais 4.678.705 4.631.249 9.309.954

    rio de Janeiro 3.447.761 3.562.695 7.010.456

    so paulo 6.998.659 7.230.666 14.229.325

    Regio Sul 4.49.95 4.499.94 8.99.42

    paran 1.728.227 1.752.800 3.481.027

    rio Grande do sul 1.739.472 1.740.188 3.479.660

    santa Catarina 1.012.096 1.006.959 2.019.055

    Regio Centro-Oeste 2.580.020 2.654.49 5.234.69

    distrito Federal 430.806 480.047 910.853

    Gois 1.016.663 1.056.213 2.072.876

    mato Grosso do sul 387.315 391.044 778.359

    mato Grosso 745.236 727.445 1.472.681

    Fonte: datasus/ms; svs/ms.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    2.3 Estratgias e etapas da campanha

    a campanha nacional, conforme esquema apresentado na Figura 9, a seguir, foi de-senvolvida basicamente em trs etapas.

    o incio, no dia 9 de agosto, foi marcado pela concomitncia com o 2 dia nacional de vacinao contra a poliomielite, focalizando a vacinao da famlia, considerando os grupos-alvos a vacinar nas duas estratgias: crianas menores de cinco anos e adul-tos jovens que poderiam ser pais, mes, tios ou responsveis.

    as peas publicitrias utilizando a famlia Z Gotinha e casais famosos com seus filhos adotou o slogan vaCinao virou proGrama Famlia, numa perspectiva que vem sendo trabalhada pelo ministrio da sade em vrias frentes. a primeira etapa objetivou captar o grupo-alvo em lugares de grande concentrao e fluxo de populao, mas tambm com oferta da vacina na rede de servios do sus.

    Figura 9. Estratgias e etapas da campanha de vacinao para eliminar a rubola Brasil, agosto-setembro de 2008

    Comunicao e Mobilizao

    5 62 43 711Semanas

    Vacinao durante ps-parto e ps-aborto

    otnemanaL

    lanoican

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    Populaes em trnsito elugares de alta concentrao

    Postos fixos e mveis

    Populaes institucionalizadas:local de estudo, trabalho, lazer

    Casa a casa, quando indicado

    Monitoramento rpido decoberturas, onde necessrio

    Fonte: SVS/MS.

    o dia central da campanha nacional foi 30 de agosto um sbado , para permitir que a populao em idade economicamente ativa, ainda no vacinada at esta data, especialmente trabalhadores e estudantes, tivesse mais uma oportunidade de acesso vacinao, em postos fixos ou mveis. nesta 2 etapa, a chamada da campanha publi-citria adotou o slogan Brasil livre da ruBola.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    a vacinao prolongou-se at 30 de dezembro de 2008, totalizando 20 semanas de campanha. a durao variou de estado para estado, de municpio para municpio, em razo de caractersticas de concentrao e/ou disperso das populaes nas comu-nidades urbanas e rurais. outro fato que exigiu adequaes foi a coincidncia com o perodo de eleies para o executivo e o legislativo municipal nos 5.564 municpios brasileiros.

    no ms de dezembro, a mobilizao foi estimulada por uma chamada adicional, di-rigida especialmente aos no vacinados, alertando sobre a responsabilidade destes na manuteno da transmisso da doena e os riscos da srC para as crianas brasileiras. o slogan, neste momento, foi: aGora s FalTa voC!, parodiando o refro de msica bastante popular no pas, de autoria da cantora rita lee.

    na etapa final, que se estendeu at 20 de fevereiro de 2009, foi realizada uma avalia-o das coberturas, utilizando a metodologia de verificao final do alcance da meta. essa avaliao tomou como base os resultados da vacinao em cada localidade e a anlise feita pela equipe de sade, tendo como referncia a sala de vacinao.

    destaque-se que a extenso do prazo desta etapa foi necessria em funo do gran-de nmero de municpios (5.564) e em consequncia do nmero de salas de vacinao (mais de 30 mil) e a verificao ou checagem da cobertura alcanada.

    as estratgias adotadas foram diferenciadas em cada etapa, com as equipes de co-ordenao buscando a melhor alternativa, mas sempre trabalhando de forma a se complementarem e se adequarem a cada realidade. algumas uF adotaram desde o incio uma estratgia mais agressiva, antecipando aes de busca em instituies, na indstria e no comrcio, aliada manuteno de equipes nos horrios de pico em lo-cais de movimentao, o que permitiu avanos significativos na cobertura e o alcance da meta mais rapidamente.

    deve ser ressaltada, de outro lado, a retomada de iniciativas e medidas fundamen-tais em operaes massivas de curta durao que estavam esquecidas ou eram descar-tadas em funo de justificativas muitas vezes falaciosas, como o caso de colocar a vacina em risco trmico por fazer vacinao extramuros.

    a intensidade da mobilizao brasileira para a campanha foi uma experincia indita no pas. pode-se afirmar, sem exageros, que todos os brasileiros foram informados so-bre a campanha. a populao masculina, especialmente o grupo de 20 a 29 anos, que no primeiro momento manifestou resistncia vacinao, colocando-se como poss-veis razes: o medo de injeo; o fato de no se considerar como integrante do grupo suscetvel; o no conhecimento da alta incidncia da rubola em homens, sendo o grupo responsvel pela manuteno da cadeia de transmisso; o insuficiente entendi-mento das razes da campanha (eliminao da rubola e da srC) e dos argumentos que justificavam a vacinao de homens e mulheres, aderiram participao na cam-panha, conforme os dados demonstram.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    Como exemplos de estratgias que merecem destaque:

    Vacinao em estabelecimentos de sade: a oferta da vacina foi mantida em to-dos os servios de sade que realizam vacinao na rotina, atendendo demanda espontnea, busca de no vacinados no atendimento da unidade, e com recomen-dao para que no perodo da campanha fossem ampliados os horrios de vacina-o, inclusive noturno.

    Vacinao em trnsito e em lugares de alta concentrao: a vacina foi ofertada nos mais diferentes locais e horrios mais adequados: mercados, centros comerciais, shoppings, portos, aeroportos, rodovirias, estaes de metr, comrcio ambulante, paradas de nibus, estdios, centros recreativos e esportivos (jogos do campeonato brasileiro de futebol), igrejas, festas regionais, como a do peo Boiadeiro em Barrei-ras/sp, entre outros. essa foi uma estratgia mantida durante toda a campanha, pela sua efetividade em identificar pessoas no vacinadas e por permitir a flexibilidade de horrios, de acordo com cada realidade.

    Vacinao de populaes institucionalizadas: na fase pr-campanha, por ocasio da microprogramao, foram identificadas instituies que abrigavam populaes permanentes, a exemplo de empresas, instituies pblicas, colgios, universidades, fbricas, entre outras. Tambm largamente utilizada, possibilitou que uma grande parcela da populao-alvo fosse vacinada nestes locais.

    Vacinao casa a casa: a finalidade foi ofertar a vacina queles que, por diferentes motivos, no foram vacinados nas chances oferecidas. esta atividade, bastante com-plexa nas grandes cidades e periferias, em especial nas reas expostas violncia, foi viabilizada mediante consulta comunidade, inclusive para que a visita fosse feita em horrios mais convenientes ou com maior probabilidade de encontrar as pessoas em suas residncias.

    Vacinao no ps-parto ou ps-aborto: as mulheres grvidas poca da campa-nha foram orientadas a no tomarem a vacina, devendo ser vacinadas imediatamen-te aps o parto ou aborto, disponibilizando-se a vacina e o vacinador em grandes maternidades e nas unidades de sade.

    2.4 Organizao e planejamento

    a Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola, pela sua magnitu-de e complexidade, caracterizou-se pela oportunidade de aprendizado para todos os envolvidos em todas as esferas de gesto do sus, direta ou indiretamente vinculados vacinao ou ao pni. a necessidade de estabelecer um plano de ao, com definio de estratgias especficas, foi sentida e desenvolvida em cada canto deste pas.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    um Grupo de Gesto estratgica da campanha foi liderado pelo secretrio de vigi-lncia em sade e integrado por representantes de todos os setores que, de diferentes formas, tinham responsabilidades por atividades vitais para o andamento do trabalho. nas reunies semanais, iniciadas em maio, eram procedidas avaliaes do andamento das atividades e definidas tarefas especficas para cada um dos setores envolvidos.

    este foi, sem dvida, um dos pontos de sustentao da campanha, superando im-passes, resolvendo questes, articulando setores, dirigentes e pessoas, fazendo com que todos vissem que a campanha no era da CGpni, ou da secretaria de vigilncia em sade (svs) e, sim, do ministrio da sade, do sus.

    assim foram superadas questes relacionadas aos recursos logsticos (licitaes; aqui-sio e distribuio de imunobiolgicos; desembarao de produto importado; aquisi-o, distribuio e remanejamento de seringas/agulhas; transporte de imunobiolgicos e outros insumos; impresso de material; dentre outros), mas tambm em relao campanha publicitria; superviso e cooperao tcnica; aos recursos financeiros; e formao do comit de mobilizao e s alianas com parceiros. o papel desempenhado pela autoridade maior do ministrio, o ministro da sade, foi fundamental no acom-panhamento de todos os passos da operao, lanando mo do seu prestgio e credi-bilidade para mobilizar a populao, autoridades governamentais e gestores do sus, autoridades dos governos federal, estadual e municipal e a sociedade civil organizada.

    o detalhamento da organizao e programao por esferas de gesto e a micropro-gramao formulada na base do sistema, com identificao e efetivao de estratgias diferenciadas de captao da populao, foram fundamentais para o xito da campa-nha, inclusive pela necessidade de prorrogar a execuo de cinco para 20 semanas, num esforo adicional para alcanar a meta proposta.

    a estratgia de mobilizao e de comunicao social foi importantssima. a popula-o-alvo da campanha foi informada e sensibilizada para a vacinao. Todas as ferra-mentas, desde as mdias tradicionais at o uso pioneiro da internet em uma campanha de vacinao, foram usadas e potencializadas de forma inteligente para informar e esclarecer no somente a populao, mas, tambm, os profissionais de sade vidos por conhecimentos atualizados, e tambm aos incansveis parceiros e aliados.

    a interatividade do nvel nacional com as coordenaes estaduais e municipais da campanha foi presente de forma contnua e ininterrupta. isso garantiu a confiana e uma interlocuo eficiente e produtiva de sustentao tanto no plano tcnico, opera-cional, quanto no da manuteno de um clima de entusiasmo durante a campanha.

    destaque-se no contexto desta megaoperao a preocupao e a montagem de toda uma estratgia especfica para a garantia da vacinao segura e de respostas rpidas a situaes que poderiam caracterizar-se como crise e perturbar o andamento do traba-lho, a exemplo de notcias plantadas de que a vacinao objetivava a esterilizao da populao jovem ou de histrias de eventos graves aps a vacinao. Todos os nveis do trabalho estavam atentos a essas situaes, que rapidamente foram contornadas e solu-cionadas. pode-se afirmar, sem exageros, que na histria do pni nunca antes um contin-

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    relatrio Brasil livre da rubola

    gente to grande de pessoas havia sido vacinado num clima de tamanha tranquilidade. mencione-se, por fim, a formulao e disponibilizao do sistema de informao

    on line que permitiu a obteno e o acompanhamento de resultados quase em tempo real e inaugurou o salutar costume da consulta constante dessa ferramenta, batizada de vacinmetro. uma representao do smbolo do pni (o Z Gotinha) em um grfico figurativo automaticamente atualizvel que, num lance, mostrava a situao da cober-tura de vacinao total e em homens e mulheres, para o pas.

    a disponibilizao de metodologia de monitoramento e avaliao final de cobertu-ras tambm pode ser destacada como marco do esforo por modernizar e atualizar as possibilidades de verificao de resultados pelo setor sade.

    2.5 Capacitao

    a capacitao desencadeada a partir da esfera nacional e pautada na formao de multiplicadores atendeu, principalmente, necessidade de padronizao de conte-dos e de um mnimo de unidade em termos de logstica e organizao da estratgia de forma ascendente, a partir das necessidades locais.

    para tanto, foi elaborada uma srie de documentos disponibilizados em meio impres-so e eletrnico, com distribuio para as equipes de coordenao nas uF, chegando, em alguns casos, at aos municpios, a saber: plano de ao, com distribuio direta aos gestores (tiragem 8 mil); manual tcnico-operacional, destinado a subsidiar a campanha em todas as etapas (tiragem 50 mil) e organizando a vacinao: subsdios para as equipes locais, para uso dos vacinadores (tiragem 50 mil).

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    publicaes disponveis no endereo eletrnico www.saude.gov.br/svs

    o contedo desses materiais abrangeu os fundamentos histricos, polticos, tcni-cos e cientficos da deciso pela eliminao da rubola e da srC, as estratgias progra-mticas e todas as orientaes necessrias ao desenvolvimento das vrias etapas da operao, visando em especial ao vacinador e ao supervisor de campo.

    um cronograma de capacitaes foi desencadeado a partir da esfera nacional, ini-ciando com um encontro entre coordenadores de imunizaes das uF para discutir a campanha e estabelecer um esboo do plano de trabalho, contemplando a micropro-gramao, a vacinao segura, o sistema de informao, a logstica, a rede de frio, a superviso, o monitoramento e a avaliao. a partir da, num processo em cascata e num prazo de cerca de 30 dias, foram cobertas as cinco macrorregies do pas.

    nos 26 estados e no distrito Federal, entre maio e julho, da mesma forma, foram elaboradas programaes e desencadeados processos de capacitao. ao fim desse perodo, portanto, as equipes de sade do pas inteiro conheciam a proposta para eliminao da rubola no Brasil, formando-se, assim, em curto espao de tempo, uma considervel massa crtica de profissionais conhecedores da estratgia, e, principal-mente, envolvidos com a misso.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    um grupo de profissionais com experincia em imunizaes foi preparado para um trabalho de cooperao tcnica com estados e municpios, participando das capacita-es descentralizadas, da superviso e do suporte tcnico e operacional. Foram reali-zados encontros regionais para capacitar as equipes e discutir os avanos na progra-mao e na organizao da campanha, assim como reforar alguns aspectos-chave nas diferentes etapas.

    em cada uF as capacitaes foram reproduzidas junto aos municpios. no nvel local, foi assegurado o treinamento das equipes executoras, abordando, dentre outros, os seguintes aspectos: bases da campanha (justificativa, objetivos, grupos-alvo, estrat-gias); vacinas (indicaes e contraindicaes); conservao da vacina (rede de frio); descarte do material utilizado; registro e consolidao de dados; acompanhamento de eventos adversos ps-vacinao (eapv); conduta em relao gestante vacinada inadvertidamente; monitoramento e avaliao de coberturas.

    Foram mais de 230 mil pessoas envolvidas, entre supervisores, profissionais de sa-de, especialmente enfermeiros e mdicos, gerentes de servios, vacinadores, estudan-tes universitrios e de nvel mdio, motoristas, lderes comunitrios, parceiros e aliados nos diferentes pontos do territrio brasileiro. do menor ao maior municpio, todos estavam trabalhando com o mesmo objetivo: fazer a campanha de vacinao contra rubola acontecer no Brasil.

    Cerca de 230,2 mil9 agentes comunitrios de sade e de controle de endemias ti-veram participao ativa na microprogramao nas reas sob sua responsabilidade, possibilitando, inclusive, a ampla e permanente mobilizao da populao. Foram fundamentais em todo o processo, inclusive no monitoramento para verificao final de coberturas.

    nesse particular, destaque-se a incluso do tema da campanha contra rubola na programao de atividades da iii mostra nacional de produo em sade da Famlia, concomitante com o iii Concurso nacional de experincias em sade da Famlia, e o iv seminrio internacional de ateno primria/sade da Famlia realizados no per-odo de 5 a 8 de agosto de 2008. esses eventos ocorreram na semana que antecedeu o lanamento da campanha nacional, oportunizando vrios momentos de sensibili-zao junto a milhares de profissionais da rede do sus, a exemplo do encontro te-mtico sobre ateno Bsica/sade da Famlia e vacinao: protegendo grupos-alvo e controlando doenas imunoprevenveis e da roda de discusso Campanha nacio-nal de vacinao para eliminao da rubola: o papel das esF fazendo-a acontecer nos municpios.

    9Fonte: site do departamento de ateno Bsica, secretaria de ateno sade/ms, com base nos dados do sistema de informao de ateno Bsica (siaB) e sistema de Cadastro nacional de estabelecimentos de sade (sCnes). www.saude.gov.br/dab

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    2.6 Microprogramao

    a elaborao da microprogramao constituiu medida fundamental para o xito da campanha nacional. o objetivo maior era localizar a populao-alvo e identificar as formas de alcan-la em cada municpio brasileiro, em especial aquela vinculada a uma instituio (indstria, empresa, escola etc.) ou em locais de concentrao e de fluxo contnuo (estaes rodovirias, estaes de trem, pontos de nibus, metrs, dentre outros), principalmente com o intuito de programar as atividades a serem desenvolvi-das fora do servio de sade.

    o primeiro passo consistiu em mapear a rea a ser trabalhada para, em seguida, fazer a setorizao e o agrupamento de pequenas reas, como quarteires, bairros ou localidades. a definio de uma populao de referncia para cada unidade de sade foi medida imprescindvel, a partir do que foi estabelecida em relao a esta populao a ser trabalhada uma adequada programao considerando a necessidade de recursos humanos, adequao de horrios das atividades, transporte e suprimento de insumos para a vacinao.

    Todos os locais com populaes a vacinar foram relacionados e definidas estratgias extramuros, com previso de horrios disponveis para visitas, num trabalho que exigiu permanente articulao e coordenao com empresas e instituies diversas, assim como a formao de alianas estratgicas com organizaes governamentais e no governamentais, conselhos comunitrios, dentre outros.

    na prtica, foi constatado que nos municpios onde a microprogramao foi feita com critrio e ateno s peculiaridades e especificidades, os resultados favorveis fo-ram obtidos desde o incio da campanha. diferentemente, naqueles municpios que no cumpriram essa etapa do processo de planejamento, o mapeamento foi feito durante a operao, fazendo-se necessrio rever roteiros e realizar levantamentos emergenciais capazes de localizar a populao-alvo da campanha, exigindo, muitas vezes, recursos adicionais no pensados na fase de organizao. exemplos dessa situao foram iden-tificados durante a execuo da campanha, em municpios que tiveram de recorrer, em diferentes etapas da campanha, reprogramao das aes para alcance das metas.

    2. Imunobiolgicos, outros insumos e logstica

    a vacina contra a rubola utilizada na campanha nacional produzida a partir da cepa Wistar ra 27/3. essa vacina pode ser apresentada na forma monovalente ou com-binada. liofilizada, sendo reconstituda utilizando diluente de gua estril formulada especificamente para a vacina.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    uma vacina segura e com efetividade mdia maior que 95%. a resposta mxima de anticorpos observada entre o 14 e o 21 dia aps a vacinao e alguns estudos indicam que a imunidade se mantm por toda a vida10.

    na campanha foram utilizados frascos de dose mltipla da vacina combinada vdv ou vTv contendo 10 doses. uma dose corresponde a 0,5 ml, devendo ser administra-da por via subcutnea no tero superior externo do brao. para o clculo da necessida-de da vacina, foi considerado um percentual de perda estimado de 20%.

    a vdv, utilizada na campanha nacional para a populao de 20 a 39 anos, foi adqui-rida por meio do Fundo rotatrio da opas do laboratrio serum institute. composta pelo vrus da cepa Wistar ra 27/3 da rubola, conforme j referido, e da cepa edmons-ton Zagreb do sarampo.

    a vTv, utilizada para a populao de 12 a 19 anos de idade, fornecida pelo instituto de Tecnologia em imunobiolgicos Bio-manguinhos, da Fiocruz, do ministrio da sa-de, contm as cepas Wistar ra27/3 do vrus atenuado da rubola, schwarz de sarampo e riT 4385 derivado da Jeryl lynn do vrus da caxumba.

    para garantir a efetividade dessas vacinas num percentual maior que 95%, buscou-se garantir a manuteno das condies adequadas de conservao entre +2C a +8C, em todos os nveis da rede de frio. a vacina aps reconstituio pode ser utilizada at um pra-zo mximo de oito horas. da mesma forma, foram orientados os procedimentos para o descarte dos resduos em relao s sobras de vacinas no final de cada turno de trabalho.

    as contraindicaes vdv e vTv so bastante restritas: antecedente de reao anafiltica grave, imunossupresso e doenas agudas graves. os efeitos secundrios vacinao so pouco frequentes e passageiros. Com relao grvida, embora exista evidncia de que a vacina no provoca malformao ao produto da concepo, optou-se, nesta campanha, por recomendar no vacinar as mulheres gestantes.

    a distribuio de quase 90 milhes de doses dessas vacinas, desde o nvel nacional para estados e municpios, a partir da Central nacional de armazenagem e distribui-o de insumos (Cenadi), da secretaria de vigilncia em sade, atendeu a cronogra-ma estabelecido a partir da meta de vacinao de cada uF. o cronograma tambm considerou a capacidade de armazenamento em centrais estaduais e regionais, sen-do necessrio, em alguns casos, adquirir ou locar equipamentos de refrigerao para complementar a necessidade de estocagem dos produtos. a Cenadi foi, sem dvida, importante componente desse processo, envidando todos os esforos para garantir o transporte em tempo hbil, dentro das condies adequadas de conservao.

    na reunio de avaliao da campanha, realizada no final de outubro, este item foi pontuado positivamente por tcnicos das uF e capitais, vez que, a despeito da gran-diosidade da campanha, no houve atrasos na entrega, problemas relacionados con-servao, nem perdas que prejudicassem o andamento das atividades.

    10Greaves, W. l. et al. Clinical efficacy of rubella vaccine. The pediatric infectius disease Journal, [s.1.], v.2, p. 284-286, 1983.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    os estados, por sua vez, montaram esquemas logsticos de distribuio para o nvel local, de forma a atender s necessidades sem comprometer a qualidade dos produtos, nem as estratgias estabelecidas para vacinao da populao em cada municpio.

    Com relao a seringas e agulhas, que so insumos crticos para a realizao da cam-panha, deve-se destacar o empenho das equipes tcnica e administrativa na esfera na-cional na busca de solues para superar impasses no processo de aquisio centralizado e limitaes de mercado. o objetivo de todo esse esforo foi o de garantir o quantitativo de mais de 90 milhes de seringas e de agulhas, destinados diluio da vacina e vacinao da populao. deve ser ressaltado que a compra centralizada destes insumos (seringas e agulhas) foi uma deciso especfica para a Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola, que fugiu do padro de rotina adotado pela svs, que, tra-dicionalmente, elabora uma ata de registro de preos qual a uF adere, assume o pa-gamento e o processo de entrega. alm disso, dado o volume a ser adquirido, o parque produtor nacional teve de superar a capacidade de produo para atender s cotas em tempo recorde, ou seja, menos de trs meses, entre aquisio e entrega do produto.

    uma das lies aprendidas com este fato diz respeito necessidade de maior aten-o e antecedncia no planejamento dos insumos para uma campanha desse porte, evitando-se o estresse vivido pelas equipes em todas as esferas. o esforo despendido e a superao dos impasses, entretanto, permitiram que este tambm fosse um aspec-to bem avaliado pelas equipes estaduais, que reconheceram no ministrio da sade a capacidade de resposta s demandas e s intercorrncias.

    a logstica para distribuio de materiais impressos foi estabelecida considerando a capacidade de liberao das publicaes pelas grficas e em funo do atendimento s necessidades de utilizao dos documentos para o desenvolvimento das atividades previstas como capacitaes e mobilizaes.

    nesse particular, o transporte de imunobiolgicos, seringas e agulhas e materiais impressos resultou em competente e eficiente logstica, considerada, na histria do pni, a maior operao j realizada nas ltimas dcadas pelo ministrio da sade, com a efetiva interveno e atuao da Coordenao-Geral de recursos logsticos (CGrl), da secretaria-executiva do ministrio da sade, bem como da unidade de Gerncia de projetos (uGp), responsvel na svs pela gesto de insumos estratgicos.

    2.8 Vacinao em rea de fronteira

    dentre os 26 estados basileiros, 11 fazem fronteira com pases da amrica do sul. so 15,7 mil quilmetros de extenso terrestre, com intensa movimentao de populaes.

    o ministrio da sade desenvolve trabalhos com o objetivo de aprofundar a articula-o e a ao integrada interpases, para contribuir na organizao e fortalecimento dos servios locais no campo da vigilncia em sade, preveno e controle de doenas.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    em funo da Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola, foram implementadas aes nos pontos de fronteira para garantir a vacinao de cerca de um milho de pessoas, destacando-se as seguintes iniciativas:

    definio de estimativas populacionais (populao flutuante) com maior probabi-lidade de no estar vacinada contra a rubola;

    elaborao de plano de vacinao integrado nos municpios de fronteira, contem-plando pontos formais e informais de acesso;

    operacionalizao da vacinao da populao em trnsito identificada nos munic-pios de fronteira;

    monitoramento rpido da cobertura vacinal (Cv) em municpios fronteirios.

    2.9 Vacinao segura

    os aspectos relacionados vacinao segura receberam uma ateno especial na Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola, em todas as esferas, ressaltando-se: a capacitao de todos os envolvidos, em especial dos responsveis pela administrao das vacinas; a vigilncia dos eventos adversos ps-vacinao; o monito-ramento das gestantes vacinadas inadvertidamente e o abastecimento de sangue.

    na esfera federal podem ser destacadas a definio de diretrizes, normativas e pro-tocolos, a articulao intersetores dentro do ministrio da sade, a capacitao de pessoal, a consulta a experts e o estabelecimento de referncias por intermdio do Comit Tcnico assessor de imunizaes (CTai). nas demais esferas, alm da capacita-o dos profissionais e da definio de especialistas como referncia, foi efetivada uma vigilncia ativa e a pronta investigao das ocorrncias.

    Vacinadores capacitados para administrao de imunobiolgicos

    a capacitao do pessoal na administrao dos imunobiolgicos crucial para a vacinao segura, ainda mais quando se considera o tamanho da rede de vacinadores do sus e a magnitude da campanha. assim, tanto os profissionais que atuaram na superviso como na administrao de imunobiolgicos foram envolvidos em processo de capacitao continuada, focalizando os procedimentos e indicaes para o manejo dos produtos, uso e descarte de seringas, agulhas e sobras de vacinas, o que permitiu maior segurana na realizao das atividades.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    para a campanha foram disponibilizados um manual operativo e um mdulo espe-cfico para subsidiar o desenvolvimento das aes locais destinado a cada supervisor e vacinador, facilitando o treinamento e possibilitando o acesso consulta em diferentes situaes. um dos destaques deste mdulo foi a seo especfica sobre a vigilncia de eventos associados vacinao, que, conforme relato das equipes locais, contribuiu para o encaminhamento adequado de notificao indevida de eventos associados vacinao, descartados pela equipe ainda no servio de sade.

    Vigilncia de eventos adversos ps-vacinao

    uma operao do porte da Campanha nacional de vacinao para eliminao da rub-ola, com a perspectiva de vacinar cerca de 70 milhes pessoas, representa, como se sabe, a possibilidade do aumento da ocorrncia de eventos adversos associados temporalmen-te vacinao, alm de ser uma realidade o fato de que, nessa situao, mais comum atribuir vacina qualquer sinal ou sintoma originado por outras causas, em especial por conta da vacinao de adultos. essas questes exigiram a adoo de providncias e de iniciativas relacionadas a uma melhor preparao das equipes, definio de protocolos e indicao de referncias tcnicas especializadas no nvel nacional e nos estados.

    a vacina contra a rubola segura, mas em 5% das pessoas vacinadas suscetveis podero ser observados eventos adversos, na sua maioria sem complicaes.

    um aspecto bastante positivo que facilitou a vigilncia foi a definio e a dissemina-o da informao sobre os eventos adversos ps-vacinao (eapv) a serem notifica-dos imediatamente:

    os eapv graves, como choque anafiltico, hospitalizaes e bito seriam informa-dos imediatamente, por telefone ou por fax;

    os eapv causados pelos chamados erros programticos: dose maior ou via de admi-nistrao diferente da indicada, uso equivocado da diluio ou m assepsia;

    os rumores sobre ocorrncias (conversas da populao ou dos profissionais, notcias de jornais), os quais deveriam ser investigados de imediato para informar correta-mente populao ou aos profissionais envolvidos, especialmente para no levan-tar ou fortalecer dvidas quanto credibilidade, eficcia e segurana da vacina.

    no tocante questo dos rumores, foi necessrio orientar as equipes para dar res-postas rpidas e acertadas referentes aos eapv e para o manejo de situaes que poderiam resultar em crise para a campanha de vacinao. no nvel nacional foi fun-damental a atuao dos membros do CTai e representantes de sociedades cientficas e de comunicadores e formadores de opinio trabalhados mediante interlocuo com a mdia, tendo em vista a correta informao populao.

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    relatrio Brasil livre da rubola

    vinculados Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola, foram notificadas no sistema de informao de eventos adversos ps-vacinao (si-eapv), at 10 de fevereiro de 2009, 1.372 ocorrncias, para um total de 66,7 milhes de pes-soas vacinadas, correspondendo a 2,06 para cada 100 mil doses administradas, sendo inferior freqncia de 2,8 relatada na literatura.

    a maior proporo dos eventos notificados foi registrada entre as mulheres (843: 61,4%). a regio sul contribuiu com 449 (36,4%), seguida das regies sudeste (399: 29,0%) e nordeste (265: 19,3%). nas regies norte e Centro-oeste os registros foram mais escassos, correspondendo a 82 (5,9%) e 177 (12,9%), respectivamente. Quatro estados das regies sul e sudeste concentraram 50% das notificaes: santa Catarina, rio de Janeiro, so paulo e esprito santo, respectivamente, 346 (25,3%), 132 (9,6%), 112 (8,2%) e 95 (6,9%).

    Com relao aos tipos de eventos, os mais presentes foram: exantema generalizado (471: 28,6%); a trade exantema, linfadenopatia e febre (258: 15,7%); e as reaes locais intensas (dor/rubor/calor) (226: 13,7%).

    a despeito de reconhecer a provvel subnotificao de casos, pode-se considerar, diante desses resultados, que o nmero e o tipo de ocorrncias registradas, tendo em conta, especialmente, o universo de pessoas vacinadas com o quantitativo de mais de 66,7 milhes de doses administradas, evidenciam que a vacina pouco reatognica e que as equipes estavam devidamente preparadas para a operao. destaque-se, alm disso, a vigilncia eficiente em todos os nveis, a ateno dos profissionais e a ao pronta diante de qualquer ocorrncia conhecida, tornando esta experincia uma refe-rncia para outros pases no desenvolvimento de aes coletivas semelhantes.

    Gestantes vacinadas inadvertidamente

    a vacina contra a rubola, embora no tenha efeitos teratognicos no feto, no indicada durante a gestao11,12,13,14. entretanto, considerando que a vacinao de gr-vidas pode ocorrer, especialmente quando de operaes massivas, imprescindvel o registro e o acompanhamento dessas mulheres. para tanto, o ministrio da sade defi-niu protocolo de abordagem e orientaes para o monitoramento dessas situaes.

    11Bar-oZ, B. et al. pregnancy outcome Following rubella vaccination: a prospective Controlled study. american Jour-nal of Clinical Genetics, [s.1.], v.130a, p.52-54, 2004.

    12Badilla, X. et al. Fetal risk associated with rubella vaccination during pregnancy. The pediatric infectius disease Journal, [s.1.], v.26, n.9, p.830-835, 2007.

    13hamKar, r. et al. inadvertent rubella vaccination of pregnant women: evaluation of possible transplacental infec-tion with rubella vaccine. vaccine, [s.1.], v.24, n.17, p.3558-3563, apr. 2006.

    14s, G. r. da silva et al. seroepidemiological profile of pregnant women after vaccination in the state of rio de Janeiro, Brazil, 2001-2002. pan american Jounal of public healt, [s.1.], v.19, n.6, p. 371-378, Jun. 2006.

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    Campanha nacional de vacinao para eliminao da rubola Brasil, 2008

    na Campanha quando foram vacinadas mais de 34,2 milhes de mulheres, o percen-tual ficou muito abaixo da estimativa de 5% de gestantes vacinadas inadvertidamente (Gvi), conforme estudos j realizados, estando muito abaixo da expectativa em uma operao dessa magnitude. at a data referida, 13.215 grvidas foram vacinadas, cor-respondendo a 0,04% do total de mulheres.

    deste total, de acordo com o protocolo definido, foram descartados para acompa-nhamento 8.256 casos (62,4%) e 4.518 (34%) esto em fase final da anlise laborato-rial. sero acompanhadas at o final da gestao, 441 grvidas vacinadas inadvertida-mente (3,3%) e seus filhos, na seqncia aps o parto. Caso a projeo se confirme, este ser o maior estudo j realizado no mundo, no que diz respeito a mulheres grvi-das vacinadas contra rubola, resultando em informaes fundamentais confirmando que a vacina incua para a gestao e seus conceptos.

    nesse particular, deve ser destacado o trabalho de informao desenvolvido junto po-pulao e aos profissionais de sade. o uso da internet, especialmente a partir do minis-trio da sad