25
Página 1 de 25 LEI N.º 1.149/2000 “Estabelece normas relativas a edificações e demolições no município de Brumadinho e dá outras providências”. O Povo do Município de Brumadinho, por seus representantes aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei: CAPÍTILO I Das Disposições Gerais Art. 1.º - Toda e qualquer construção, reforma e ampliação de edifícios, efetuada a qualquer titulo no município, é regulada pela presente Lei, obedecidas as normas federais e estaduais relativas à matéria. Art. 2.º - Esta Lei tem como objetivos: I - orientar os projetos e a execução de edificações no município; II - assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene, salubridade e conforto das edificações, bem como regulamentar os procedimentos administrativos municipais relativos à fiscalização da atividade de construir e demolir. Art. 3.º - Qualquer edificação ou demolição, de iniciativa pública ou privada, somente poderá ser executada após exame, aprovação de projeto e concessão de alvará pela Prefeitura Municipal. § 1.º - Para que seja permitida a edificação em áreas urbanas ou de expansão urbana, é necessário que o terreno preencha as seguintes condições: I - constitua lote ou subdivisão de terreno aprovado pela Prefeitura Municipal; II - faça frente para logradouro público. § 2.º - A obrigatoriedade de se obter concessão de alvará da Prefeitura Municipal é extensiva às reformas, reconstruções parciais e acréscimos de quaisquer tipos de edificações. Art. 4.º - A aprovação de projeto, a concessão de alvará para edificar, demolir ou reformar, bem como a fiscalização e o acompanhamento pela Prefeitura Municipal, da execução das obras, são exercidos no interesse do Município, não excluindo nem reduzindo a responsabilidade do construtor e do proprietário da obra, inclusive perante terceiros, por qualquer irregularidade, e sua ocorrência não implica na co-responsabilidade da Prefeitura. CAPÍTULO II Das Definições Art. 5.º - Para efeito da presente Lei, são adotadas as seguintes definições: I) Acréscimo: aumento de uma edificação, quer no sentido vertical, quer no sentido horizontal, realizado após a conclusão da mesma;

CAPÍTILO I Art. 1.º - brumadinho.mg.gov.brbrumadinho.mg.gov.br/arquivos/codigo_de_obras.pdf · espaço para estacionamento e guarda de veículos, podendo conter equipamentos para

Embed Size (px)

Citation preview

Página 1 de 25

LEI N.º 1.149/2000

“Estabelece normas relativas a edificações e demolições

no município de Brumadinho e dá outras providências”.

O Povo do Município de Brumadinho, por seus representantes aprovou e

eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTILO I

Das Disposições Gerais

Art. 1.º - Toda e qualquer construção, reforma e ampliação de edifícios,

efetuada a qualquer titulo no município, é regulada pela presente Lei,

obedecidas as normas federais e estaduais relativas à matéria.

Art. 2.º - Esta Lei tem como objetivos:

I - orientar os projetos e a execução de edificações no município;

II - assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene,

salubridade e conforto das edificações, bem como regulamentar os

procedimentos administrativos municipais relativos à fiscalização da atividade

de construir e demolir.

Art. 3.º - Qualquer edificação ou demolição, de iniciativa pública ou

privada, somente poderá ser executada após exame, aprovação de projeto e

concessão de alvará pela Prefeitura Muni cipal.

§ 1.º - Para que seja permitida a edificação em áreas urbanas ou de

expansão urbana, é necessário que o terreno preencha as seguintes condições:

I - constitua lote ou subdivisão de terreno aprovado pela Prefeitura

Municipal;

II - faça frente para logradouro público.

§ 2.º - A obrigatoriedade de se obter concessão de alvará da Prefeitura

Municipal é extensiva às reformas, reconstruções parciais e acréscimos de

quaisquer tipos de edificações.

Art. 4.º - A aprovação de projeto, a concessão de alvará pa ra edificar,

demolir ou reformar, bem como a fiscalização e o acompanhamento pela

Prefeitura Municipal , da execução das obras, são exercidos no interesse do

Município, não excluindo nem reduzindo a responsabilidade do construtor e do

proprietário da obra, inclusive perante terceiros, por qualquer irregularidade, e

sua ocorrência não implica na co -responsabilidade da Prefeitura.

CAPÍTULO II

Das Definições

Art. 5.º - Para efeito da presente Lei, são adotadas as seguintes

definições:

I) Acréscimo: aumento de uma edificação, quer no sentido vertical ,

quer no sentido horizontal, realizado após a conclusão da mesma;

Página 2 de 25

II) Afastamento: menor distância entre a edificação e qualquer das

divisas do lote em que se situa;

III) Alinhamento: linha projetada, locada ou ind icada pela Prefeitura

Municipal para manter o l imite entre o lote e o logradouro público;

IV) Alvará de Obras: autorização expedida pela autoridade municipal,

para execução de obras de construção, modificação, demolição ou reforma com

demolição; o mesmo que licença para edificação;

V) Área Total Construída: é a soma das áreas dos pisos utilizáveis,

cobertos, de todos os pavimentos de uma edificação;

VI) Área Liquida Edificada: área total edificada, deduzidas as áreas

não computadas para efeito do cálculo do coeficiente de aproveitamento,

conforme previsto em texto legal;

VII) Área Aberta: área que l imita com o logradouro por um de seus

lados, sendo guarnecida, nos outros, por paredes de edifício ou divisas do lote;

VIII) Área Fechada: área que não se limita com logradouros;

IX) Área Principal: área que se destina a iluminar compartimentos de

permanência prolongada;

X) Área Secundária: área que se destina a iluminar compartimentos de

utilização transitória;

XI) Andar: qualquer pavimento situado acima do térreo ou de uma

sobreloja;

XII) Apartamento: unidade autônoma e moradia localizada em

edificação residencial multi -família;

XIII) Baixa de Construção: documento expedido pela Prefeitura

Municipal, que habil ita uma edificação ao uso, após o término de suas obras ;

XIV) Balanço: avanço de construção sobre o alinhamento do pavimento

térreo;

XV) Coeficiente de Aproveitamento: e a relação entre a área construída

de uma edificação ou conjunto de edificações sobre um terreno e a área do

terreno a ser vinculado;

XVI) Casas Geminadas: reunião de duas ou mais unidades residenciais,

com pelo menos uma de suas paredes em comum, formando conjunto

arquitetônico único;

XVII) Circulação: compartimento de uma edificação destinada à

movimentação das pessoas entre outros compartimen tos ou entre pavimentos

(corredor, escada)

XVIII) Compartimento: cada uma das divisões dos pavimentos de

ma edificação (cômodo);

XIX) Conjunto Residencial: grupo de edificações residenciais uni-

familiares e/ou mult i-familiares, cujos projetos são aprovados e construídos

conjuntamente em áreas urbanizadas especificamente;

XX) Cota: número que exprime as medidas de comprimento e/ou

distâncias verticais ou horizontais;

XXI) Declividade: é a relação percentual entre a diferença das cotas

altimétricas de dois pontos e a sua distância horizontal;

XXII) Dependência de Uso Comum: é o compartimento ou conjunto de

compartimentos e instalações de uma edificação, que poderão ser utilizados em

comum por usuários de duas ou mais unidades autônomas ou pela totalidade

dos usuários da edificação;

Página 3 de 25

XXIII) Divisa: linha limítrofe de um lote ou terreno;

XXIV) Edificação: casa, edifício, construção destinada a abrigar

qualquer atividade humana; classificam —se de acordo com as categorias de

uso: residencial , industrial , comercial ou de serviços insti tucional e misto;

XXV) Edificação Residencial Unifamiliar: aquela destinada à habitação

permanente, correspondente a uma unidade residencial por lote ou conjunto de

lotes;

XXVI) Edificação Residencial Multifamiliar: aquela que

corresponde a mais de uma unidade residencial , agrupadas horizontal ou

verticalmente e construída em um lote ou conjunto de lotes;

XXVII) Embargo: é o ato administrativo municipal que determina a

paralisação de uma obra por descumprimento de norma legal;

XXVIII) Especif icação: descrição das características de materiais e

serviços empregados na construção;

XXIX) Fachada: qualquer elevação externa da edificação;

XXX) Fundação: parte da estrutura localizada abaixo do nível do solo e

que tem por função distribuir as cargas ou esforços da edificação pelo terreno;

XXXI) Galeria Comercial ou Centro Comercial: conjunto de lojas

cujo acesso e ligação com a via pública se faz através de circulação coberta;

XXXII) Garagem Individual: é o espaço destinado a estacionamento de

veículo de Uso privado de uma unidade autônoma;

XXXIII) Garagem Coletiva: é o espaço destinado a estacionamento de

vários veículos;

XXXIV) Garagens Comerciais: são aquelas destinadas à locação de

espaço para estacionamento e guarda de veículos, podendo conter equipamentos

para lavagem, lubrificação e abastecimento;

XXXV) Habite--se: é o documento expedido pela Prefeitura, que autoriza

a ocupação de uma edificação;

XXXVI) Logradouro público: área de terreno de propriedade pública

destinada ao uso e trânsito públ icos;

XXXVII) Lote: parcela de terreno com frente para logradouro público,

com divisas definidas em documento aprovado pela Prefeitura e em condições

de receber edificação;

XXXVIII) Lindeiros: limítrofe, que se limita com;

XXXIX)Marquise:cobertura saliente na parte externa das edificações;

XL) Meio-fio: elemento de definição entre o passeio e pista de rolamento

de um logradouro;

XLI) Passeio: parte destacada do logradouro público destinado ao

trânsito de pedestres;

XLII) Pavimento: cada um dos pisos ou planos horizontais superpostos

de uma edificação, podendo cada um deles ter um ou mais compartimentos;

XLIII) Patamar: piso intermediário entre 2 lances de escada;

XLIV) Pé Direito: distância vertical entre o piso e o teto ou forro de um

pavimento;

XLV) Pista de Rolamento: parte destacada do logradouro público

destinada preferencialmente ao trânsito de veículos;

XLVI) Pilotis: pavimento com espaço livre destinado a uso comum,

podendo ser utilizado para lazer e recreação;

XLVII) Projetos Complementares: conjunto de projetos de uma obra que

Página 4 de 25

visam complementar e dar suporte ao projeto arquitetônico e estrutural, tais

como: projeto eletrônico, projeto de telefonia, projeto hidrossanitário, projeto

de prevenção de incêndio, projeto topográfico, projeto geológico, pro jeto de

telecomunicações, projeto de lógica, projeto de pára -raios, projetos de

climatização e demais projetos especiais;

XLVIII) Recuo: distância entre o limite externo da edificação e a divisa

do lote;

XLIX) Sobreloja: parte elevada da loja, caracterizada pelo piso

sobreposto ao da loja e pé direito reduzido;

L) Tapume: vedação provisória dos canteiros de obras visando o seu

fechamento e proteção dos transeuntes;

LI) Testada: divisa do lote ou da edificação com o logradouro público,

que coincide com o alinhamento;

LII) Taxa de Ocupação: é a relação entre a área ocupada por edificação

ou conjunto de edificações e a área total do terreno a ela vinculado;

LIII) Verga: parte superior dos vãos de uma edificação; viga que sustenta

as cargas da parede acima dos vãos, distribuindo-as em suas laterais;

LIV) Vistoria: é a diligência efetuada pela Prefeitura, para verificar as

condições de uma obra ou o uso de um imóvel.

CAPÍTULO III

SEÇÃO I

DO PROJETO DE EDIFICAÇÃO

Art. 6.º - O Projeto de edificação completo compre ende projeto

arquitetônico, projeto estrutural e projetos complementares.

§ 1.º - Para toda e qualquer edificação será exigido o projeto

arquitetônico.

§ 2.º - O projeto estrutural tem sua apresentação obrigatória para

edificações com mais de 2 pavimentos. Entretanto, caso a Prefeitura julgue

necessário, poderá exigi -lo para toda e qualquer edificação.

§ 3.º - A Prefeitura, sempre que julgar conveniente, solicitará a

apresentação dos projetos complementares para qualquer tipo de edificação.

§ 4.º - Todo projeto deverá ser assinado pelo responsável técnico e pelo

proprietário, e possuir a respectiva “Anotação de Responsabilidade Técnica -

ART” do CREA-MG.

§ 5.º - Todo projeto deverá ser entregue em formatos padronizados ABNT

- A0, A1, A2, A3 e A4.

§ 6.º - Para atendimento à população de menor renda, a Prefeitura

Municipal manterá arquivo de projetos arquitetônicos residenciais com áreas de

até 70,0m² a serem distribuídos gratuitamente, mediante apresentação do

documento de propriedade do terreno e atestado de c ondições sócio-econômicas

fornecido pela Assistência Social do Município, que justifique a gratuidade.

Art. 7.º - Do projeto arquitetônico deverão constar, obrigatoriamente: I - planta de si tuação em escala mínima de 1:500, com a projeção horizontal da

edificação a ser construída, as dimensões de suas divisas, do passeio e a exata

indicação dos lotes ou partes de lotes que o compõem, construções existentes,

localização de postes e árvores no trecho de passeio correspondente, suas orientações

Página 5 de 25

magnéticas, sua localização e dimensões em relação aos logradouros públicos e à

esquina mais próxima;

II - perfis longitudinal e transversal do terreno, em escala mínima de

1:200;

III - planta de cada pavimento, na escala 1:50, contendo todos os

compartimentos e elementos cotados, com seus respectivos nomes;

IV - planta de Cobertura, na escala mínima de 1:200, indicando os

caimentos, declividade e materiais utilizados na cobertura;

V - elevações externas, na escala de 1:50, com especificações de

materiais de acabamento, bem como greide de rua e gradil;

VI - cortes longitudinal e transversal, na escala de 1:50,

convenientemente cotados;

VII - relação de áreas;

VIII - informações básicas fornecidas pela Prefeitura, relativas a

implantações da edificação no terreno, em confo rmidade com os parâmetros de

uso e ocupação do solo; IX - carimbo padronizado t ipo 1 na primeira folha ou folha única. As demais

folhas conterão o carimbo padronizado t ipo 2, conforme anexo II, devidamente

preenchidos.

Art. 8.º - Os projetos complementares deverão ser elaborados por

profissionais legalmente habil itados e deverão conter todos os elementos

necessários a seu entendimento e perfeita execução.

Art. 9.º - projeto arquitetônico deverá ser elaborado em papel que

permita cópia heliográfica ou xero gráfíca, em dimensões padronizadas ABNT e

deverá conter o carimbo padronizado pela Prefeitura Municipal . Deverão ser

utilizados dois modelos de carimbo, conforme anexo I.

Art. 10 - Os projetos de modificação, reconstrução ou acréscimo de

edificações que contemplam alterações acima de 30 (trinta) m 2 devem ser

apresentados indicando-se com linha cheia as partes da construção que devem

ser conservadas, hachura nas partes a construir e linha tracejada nas partes a

demolir.

Art. 11 - Os interessados em constru ir em ruas desprovidas de meio fio e

sarjeta, deverão requerer à Prefeitura a demarcação de alinhamento e

nivelamento do lote, ficando sujeitos à disponibil idade de recursos da

Prefeitura, para execução deste serviço, sendo facultado aos interessados

contratação de profissional habilitado para esse serviço, às expensas do

interessado.

SEÇÃO II

DO ALVARÁ DE OBRAS

Art. 12 - Aprovado o projeto, o interessado deverá solicitar o respectivo

alvará no prazo de 1 ano, apresentando um requerimento e o recibo do

pagamento da taxa correspondente. Findo prazo, sem que o alvará tenha sido

requerido, ficará cancelada a aprovação do projeto arquitetônico e será

Página 6 de 25

arquivado o processo.

Parágrafo Único: O requerimento de l icença, além das especificações

necessárias, conterá o nome e endereço do construtor, do responsável técnico

pela elaboração do projeto arquitetônico e responsável técnico de execução de

obras, com respectivos registros no CREA.

Art. 13 - No alvará de obras serão expressos o nome do proprietário, do

responsável técnico pela execução da obra, endereço da obra com numeração,

identificação cadastral, prazo de início e término da obra, servidões legais a

serem observadas no local, tipo e destinação da edificação e “zona” e “modelo

de assentamento”.

Art. 14 - O alvará de obras será válido pelo prazo de 1 ano.

§ 1.º - Caso o interessado não inicie a execução das obras nesse período,

deverá renová-lo.

§ 2.º - Se a construção não foi concluída dentro do prazo fixado no

alvará, o interessado deverá requerer a reno vação do alvará.

SEÇÃO III

DO PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO A PROJETAR , CALCULAR E

CONSTRUIR .

Art. 15 - Somente profissional habilitado poderá projetar, calcular e

construir.

Art. 16 - Para a elaboração e apresentação de projetos de construção e a

execução de obras públicas e particulares, os profissionais ou empresas

devidamente habilitados deverão ser registrados na Prefeitura Municipal ,

conforme Decreto Federal n.º 23.569, de 11 de dezembro de 1933.

Art. 17 - O registro será feito em livro próp rio, instruído com carteira

profissional ou documento que a substitua, expedida ou visada pelo CREA,

além da anexação, no caso de empresa, do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas

Jurídicas).

§ 1.º - Os dados constantes do registro serão aqueles da carteira

profissional, além do endereço, telefone e CNPJ (quando empresa)

§ 2.º - Para o exercício da profissão, serão exigidas provas de quitação

do ISSQN e da anuidade do CREA.

§ 3.º - A seção competente da Prefeitura Municipal deverá manter

atualizado o cadastro profissional das pessoas físicas e jurídicas registradas.

SEÇÃO IV

DA APROVAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Página 7 de 25

Art. 18 - Para aprovação do projeto, a Prefeitura Municipal poderá exigir

a marcação de entrevista do arquiteto e/ou engenheiro para exame do projeto da

edificação.

Art. 19 - A marcação de exame de projetos fica condicionada à

apresentação do projeto arquitetônico, em duas vias de cópias, acompanhado

dos documentos abaixo relacionados:

I - requerimento de aprovação de projeto, devidamente preenchido e

assinado;

II - o título de domínio pleno ou útil de posse, sob qualquer modalidade,

do bem imóvel;

III - anotação de responsabilidade técnica - ART de autoria do projeto,

assinada e quitada;

IV - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, do autor do

projeto, referente ao exercício corrente, devidamente quitado;

V - licença de poda/corte de árvores, fornecida pelo órgão ambiental

municipal;

VI - as certidões negativas de impostos municipais, relativas ao imóvel;

VII - comprovante de pagamento de taxas correspondentes;

VIII - notas do alinhamento o nivelamento, quando solicitados pela

Prefeitura.

Art. 20 - O prezo máximo para aprovação dos projetos será de 15 dias

úteis, a contar da data de entrada do requerimento rio protocolo geral da

Prefeitura Municipal .

Art. 21 - No caso de projeto do reforma ou acréscimo de edificação, este

deverá ser submetido a estudos pela Prefeitura a fim de se verificar suas

condições, conveniência e legalidade das obras.

Art. 22 - Serão admissíveis antes do início ou durante a execução da

obra, alterações no projeto arquitetônico aprovado, desde que esses alterações

sejam submetidas a exame pela Prefeitura e esta as aprove.

SEÇÃO V

DA NOTA DE ALINHAMENTO E N IVELAMENTO

Art. 23 - As notas de alinhamento e nivelamento s erão elaboradas em

forma de “croquis” e conterão todas as indicações relativas aos pontos

piquetados no terreno, bem como, pelo menos uma Referência de Nível (RN).

Art. 24 - Nos cruzamentos das vias públicas, os dois alinhamentos serão

concordados por um terceiro, normal a bissetriz do ângulo por eles formado e

de comprimento variável entre 2,50m e 4,50m, podendo ter qualquer forma,

desde que neles se inscreva.

SEÇÃO VI

DAS EDIFICAÇÕES PÚBLICAS

Página 8 de 25

Art. 25 - A construção de edificações públicas de qualquer n atureza está

sujeita a aprovação do projeto arquitetônico e a concessão do alvará por parte

da Prefeitura Municipal .

§ 1.º - O pedido de alvará, feito pelo órgão interessado, deverá ser

acompanhado de projeto arquitetônico da edificação a ser construída,

observando-se as disposições deste Código.

§ 2.º - Existe prioridade e regime de urgência pare os processos relativos

à construção de edifícios públicos em geral.

Art. 26 - Os edifícios públicos deverão possuir condições técnico -

construtivas que assegurem aos deficientes físicos pleno acesso e circulação

nas suas dependências.

SEÇÃO VII

Da Licença Para Demolições

Art. 27 - A demolição de qualquer construção, exceto a dos muros de

fechamento até 3 metros de altura, só poderá ser efetuada mediante licença da

Prefeitura Municipal e sob responsabilidade de profissional legalmente

habilitado.

Art. 28 - O requerimento de licença para demolição será assinado pelo

proprietário da edificação e pelo profissional responsável, constando o período

de duração dos serviços, o qual poderá ser prorrogado por solicitação do

interessado e a juízo do órgão competente da Prefeitura Municipal .

Art. 29 - A Prefeitura Municipal poderá, a juízo do órgão técnico

competente, obrigar a demolição de prédios, conforme estabelecido no a rt igo

114 deste código.

CAPÍTULO IV

SEÇAO I

Da Segurança da Execução das Obras de Edificações

Art. 30 - Nenhuma edificação poderá ser construída sobre terrenos não

edificáveis ou não parceláveis.

Parágrafo Único: Mesmo se aprovado pela Prefeitura Munici pal , o lote

só poderá receber edificação compatível com o tipo de via em que está

localizado, de acordo com as normas estabelecidas em lei.

Art. 31 - Não será permitido o corte de árvores existentes em lotes

urbanos, sem prévia licença do órgão ambiental municipal, mediante

requerimento do interessado.

Art. 32 - Nas edificações ou demolições feitas no alinhamento será

exigido tapume provisório, de material resistente, em toda frente de trabalho,

vedando no máximo metade da largura do passeio, salvo em cas os especiais, a

juízo da Prefeitura Municipal.

Página 9 de 25

Art. 33 - Do lado de fora dos tapumes não será permitida a ocupação de

nenhuma parte da via pública, devendo o responsável pela execução das obras

manter o espaço do passeio em perfeitas condições de trânsito para, no mínimo,

dois pedestres.

Art. 34 - Enquanto durarem as obras, o profissional responsável pelo

projeto e/ou execução será obrigado a manter, em local visível, as placas

regulamentares, com tamanho e indicações padronizados pelo CREA -MG.

Art. 35 - A responsabilidade do construtor perante a Prefeitura

Municipal, começa na data de expedição do alvará de construção.

Art. 36 - Para efeito de fiscalização da Prefeitura Municipal , serão

permanentemente conservadas na obra, em local facilmente acessível ,

protegidas da ação do tempo e de materiais de construção, cópias do projeto

arquitetônico e do alvará de construção e/ou demolição.

Art. 37 - Na edificação que estiver sujeita a cortes para retificação de

alinhamento, alargamento de logradouro ou recuos regulamentares, só serão

permitidas obras de reconstrução parcial ou reforma, nas seguintes condições:

I - reconstrução parcial ou acréscimo, se não forem nas partes a serem

cortadas nem tiverem área superior a 20% da edificação em causa, se nas partes

a reconstruir ou acrescer forem observados os dispositivos deste código, e se as

mesmas não constituírem elemento prejudicial à estética;

II - reformas, se forem apenas para recompor revestimentos e pisos, ou

para realizar pintura externa ou interna.

Art. 38 - Enquanto durarem os serviços de construção, reforma ou

demolição, é indispensável a adoção de medidas necessárias á proteção e

segurança dos trabalhadores, dos pedestres, das propriedades vizinhas e dos

logradouros.

Parágrafo Único: Cabe ao responsável pela obra cumprir e fazer cumprir

as normas oficiais relativas à segurança e higiene do trabalho, da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da Consolidação das Leis do Trabalho

(CLT) e estabelecer a sua complementação, em caso de necessidade ou de

interesse local .

Art. 39 - Durante a execução da estrutura de edifício com mais de 3

(três) pavimentos, deverá existir um andaime de proteção, tipo bandeja salva -

vidas, construído por estrado horizontal de 1,20m (um metro e vinte

centímetros), dotado de guarda-corpo de altura mínima de 1,0m (um metro)

§ 1.º - Os andaimes não poderão danificar árvores nem prejudicar os

aparelhos de iluminação pública e o funcionamento de equipamentos e

instalações de quaisquer outros serviços públicos.

§ 2.º - Retirados os andaimes e tapumes, o responsável técnico deverá

executar imediatamente limpeza completa e geral da via pública e os reparos

dos estragos acaso verificados nos passeios e logradouros, sob pena das

Página 10 de 25

sanções cabíveis.

Art. 40 - Aos proprietários e ocupantes l indeiros às vias pavimentadas é

obrigatória a construção, a reconstrução e a conservação dos passeios.

§ 1.º - A largura do passeio e seu greide serão estabelecidos pela

Prefeitura Municipal .

§ 2.º - Os passeios deverão ter, transversalmente, uma decli vidade de 3%

no sentido do alinhamento para o meio -fio.

§ 3.º - As rampas destinadas à entrada de garagens não poderão ser feitas

no passeio.

§ 4.º - É obrigatório o rebaixamento de meio -fio para acesso de veículos

aos lotes e proibida a construção de rampas ou preenchimentos, na sarjeta. A

Prefeitura deverá ser consultada para execução de rebaixamento de meio -fio.

Art. 41 - As edificações construídas sobre linhas divisórias não poderão

ter beiradas que lancem águas no terreno do vizinho ou logradouro púb lico, o

que se evitará mediante captação por meio de calhas e condutores.

Art. 42 - Em qualquer edificação o terreno será preparado para permitir o

escoamento das águas pluviais dentro dos limites do lote, inclusive as

provenientes das coberturas. § 1.º - O escoamento das águas pluviais será executado através de

canalização embutida no passeio e lançado em rede pluvial ou sarjeta, não sendo

permitidas aberturas em muros confinantes com terrenos vizinhos ou logradouros,

quando o desnível permitir escoamento normal para o logradouro.

§ 2.º - Quando isso não for possível pela declividade do lote, as águas

pluviais serão escoadas através dos lotes inferiores, ficando as obras de

canalização às expensas do interessado e executadas nas faixas lindeiras às

divisas. O mesmo se aplica ao esgoto sanitário.

SEÇÃO II

DAS EDIFICAÇÕES

Art. 43 - Os parâmetros para assentamento das edificações serão os

estabelecidos por Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 44 - A edificação de dois ou mais prédios no lote não lh e confere

condições de divisibilidade.

Art. 45 - A numeração dos novos prédios e das respectivas habitações

será estabelecida pela Prefeitura por ocasião de processamento da licença para

a construção, conforme as normas estabelecidas pelo Código de Postur a

Municipal devendo ser paga, na ocasião, a taxa de numeração.

Art. 46 - O fechamento frontal dos terrenos edificados, quando existir,

consistirá em gradil ou muro, com altura máxima de 2,5Cm, a ser construído de

acordo com projeto aprovado.

Parágrafo Único: A baixa e habite-se só serão concedidos depois de

Página 11 de 25

concluídos o gradil e o passeio.

Art. 47 - O espaço compreendido entre o logradouro e o edifício deverá

ser convenientemente tratado.

Art. 48 - As fundações serão executadas de modo que a carga sobre o

solo não ultrapasse os limites indicados nas especificações da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Parágrafo Único: As fundações de uma edificação deverão ser

executadas de maneira que não prejudiquem os imóveis vizinhos, não invadam

o leito das vias públicas, sejam totalmente independentes e situadas nos limites

do lote.

Art. 49 - O terreno em torno das edificações e junto às paredes será

revestido, numa faixa mínima de 0,60m (sessenta centímetros) de largura, com

material impermeável e res istente, formando a calçada.

Art. 50 - As paredes externas dos edifícios e as paredes estruturais

deverão ter espessura mínima de 0,20m (vinte centímetros), quando

constituídas de alvenaria de tijolos comuns.

Art. 51 - As paredes divisórias deverão ter, no mínimo, 10cm de

espessura.

Art. 52 - Na cobertura dos edifícios, deverão ser empregados materiais

perfeitamente impermeáveis e imputrescíveis, de reduzida condutibilidade

calorífica, incombustíveis e capazes de resistir à ação dos agentes

atmosféricos.

Art. 53 - Nas paredes situadas junto às divisas dos lotes não podem ser

instalados vitrais fixos, janelas ou portas.

Parágrafo Único: As construções residenciais deverão manter um recuo

frontal mínimo de 3,0m e recuos laterais mínimos de 1,5m para lotes com

frente de 12,0m ou mais e de 1,0m para lotes com frente inferior a 12m.

Art. 54 - Em nenhuma hipótese, elementos construídos ou instalações

poderão interferir com a posteação ou a arborização de logradouros públicos.

Art. 55 - As edificações não poderão apresentar elementos salientes, tais

como degraus, elementos basculantes de janelas, marquises, bancadas, floreiras

e elementos decorativos, que se projetam além do alinhamento, em pontos

situados abaixo de 2,50m, medidos a partir do plano do passeio.

Parágrafo Único: São permitidos elementos salientes acima da altura de

2,50m, desde que não se projetem além de 0,80m (oitenta centímetros) sobre o

passeio.

Art. 56 - O Executivo pode, a seu critério, permitir que os toldos

retráteis ou facilmente desmontáveis, se projetem até cobrir o passeio.

Página 12 de 25

Art. 57 - Qualquer projeto de reforma ou intervenção a ser executado

em edificação tombada, ou em processo de tombamento, deverá ter caráter de

restauração e receber anuência prévia do órgão responsável pelo Patri mônio

Histórico e Cultural, antes de ser apresentado, para exame, ao órgão

competente da Prefeitura Municipal . Fica ainda dependendo de parecer prévio

desse órgão, o exame e aprovação de projetos de construção locados no entorno

de edificações ou sít ios tombados ou em processo de tombamento.

SEÇÃO III

Dos Elementos das Edificações

Escadas e Rampas

Art. 58 - Nas habitações coletivas e edificações de uso coletivo, a

largura mínima das escadas será de 1,20m (um metro e vinte centímetros), as

caixas de escada deverão ter a iluminação e a venti lação mínimas exigidas, ser

construídas com material incombustível, ter piso revestido de material

antiderrapante e proteção contra incêndios.

§ 1.º - A largura mínima para o piso de um degrau deve ser 0,25m (vinte

e cinco centímetros) e a altura máxima de cada degrau será de 0,20m (vinte

centímetros).

§ 2.º - Todas as escadas que se elevarem a mais de 1,00m (um metro) de

altura, deverão ser guarnecidas de guarda -corpo e corrimão, com altura de

0,90m (noventa centímetros).

§ 3.º - O patamar intermediário, com comprimento mínimo de l,00m (um

metro), será obrigatório todas as vezes que o número de degraus exceder 19

(dezenove)

§ 4.º - Não serão permitidos escadas em caracol.

§ 5.º - As escadas deverão oferecer condições ta is que, em sua passagem

sob qualquer obstáculo, à distância na vertical entre este e o piso do degrau

seja de, no mínimo, 2,20m.

Art. 59 - Nos edifícios com mais de 3 (três) pavimentos ou sempre que a

diferença entre o piso mais baixo e o mais alto for ig ual ou maior que l0,00m

(dez metros), inclusive subsolo, será obrigatória a instalação de, pelo menos,

um elevador.

§ 1.º - Os elevadores não poderão consti tuir o meio exclusivo de acesso

aos pavimentos, escadas ou rampas na forma estabelecida por esta Lei .

§ 2.º - O elevador ou elevadores de um prédio deverão, quando

obrigatórios, servir a todos os pavimentos.

Art. 60.º - Todo hall que dê acesso a elevador deverá possibilitar a

utilização da escada.

§ 1.º - Toda parede localizada defronte à porta de um el evador deverá

distar desta no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) nos edifícios

residenciais e 2,00m (dois metros) nos outros tipos de edifícios.

Página 13 de 25

§ 2.º - Para efeito do presente artigo, a distância será tomada sobre a

perpendicular tirada de um ponto de parede à porta do elevador

Art. 61 - As rampas para uso coletivo não poderão ter largura inferior a

1,50m (um metro e cinquenta centímetros), sua inclinação será, no máximo,

igual a 12% (doze por cento) e ser revestida com material antiderrapan te.

Parágrafo Único: As declividades compatíveis com o tráfego especial,

como macas, carros de alimentos, etc., devem ser adequadas à natureza de sua

atividade.

Garagens

Art. 62 - As garagens coletivas devem conter as seguintes

especificações:

I - ter pé-direito de, no mínimo 2,20m (dois metros e vinte centímetros),

medidos abaixo do vigamento, e sistema de ventilação permanente; terão as

paredes revestidas de material incombustível;

II - os vãos de entrada devem ter largura mínima de 3,00 (três metros) e,

quando comportarem mais de 50 (cinquenta) veículos, deverão ter, pelo menos,

dois vãos de entrada; terão o piso revestido de material antiderrapante e

impermeável;

III - cada vaga de estacionamento deverá ter largura mínima de 2,40m

(dois metros e quarenta centímetros) e comprimento mínimo de 5, 00m (cinco

metros); quando houver outro pavimento na parte superior, será o teto de

material incombustível;

IV - o corredor de circulação dos veículos deverá ter largura mínima de

3,00m (três metros), 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) ou 5,00m

(cinco metros), quando as vagas de estacionamento formarem, em relação ao

mesmo, ângulo de 30º (trinta graus), 45º (quarenta e cinco graus) ou 90º

(noventa graus) respectivamente;

V - as garagens não poderão ter comunicação direta com outro

compartimento, exceto cômodos de passagem.

Instalação Sanitária

Art. 63 - Toda edificação deverá dispor de instalação sanitária, ligada à

rede pública de esgotos, quando houver, ou à fossa séptica, com abastecimento

de água pela rede pública, ou por outro meio permitido.

SEÇÃO IV

DOS COMPARTIMENTOS

Art. 64 - Toda edificação onde se reúne grande número de pessoas,

deverá ter instalações e aparelhos sanitários proporcionais ao número e t ipo de

usuários, obedecidas as normas previ stas na ABNT e CLT.

Parágrafo Único: Os compartimentos de instalações sanitárias não terão

aberturas diretas para cozinhas ou para qualquer cômodo onde se desenvolvem

Página 14 de 25

processos de preparo e manipulação de produtos alimentícios e medicamentos.

Art. 65 - Os compartimentos de todas as edificações, sejam residenciais,

estabelecimentos escolares, hospitalares, comerciais ou de serviços, deverão

obedecer às disposições deste código quanto a dimensões, iluminação e

ventilação, apresentando boas condições de higie ne e possuindo instalação de

prevenção de incêndio.

Parágrafo Único: Sempre que a especificidade o exigir, deverá ser

consultado profissional especializado, órgão ou entidade de classe pertinente.

Art. 66 - Para efeitos desse Código, o destino dos compart imentos não

será considerado apenas pela sua designação no projeto, mas também pela sua

finalidade lógica, decorrente da disposição em planta.

Parágrafo Único: Em toda e qualquer habitação, compartimento algum

poderá ser subdividido com prejuízo das áreas mínimas aqui estabelecidas.

Art. 67 - Os compartimentos são classificados em:

I - compartimentos de permanência prolongada;

II - compartimentos de permanência transitória;

III - compartimentos de util ização especial.

Art. 68 - São compartimentos de permanência prolongada os de uso

definido, habitáveis e destinados a atividades de trabalho, repouso e lazer e que

exijam permanência confortável por tempo longo ou indeterminado, tais como:

dormitório, refeitório, sala de estar, de visitas, cozinha, sala de co stura, de TV,

loja, armazém, sala de aula/estudo, biblioteca, enfermaria, restaurante, salão de

festa/reunião, locais fechados para esportes, escritórios, consultórios, indústria

e outros de destino semelhante.

Art. 69 - São compartimentos de utilização t ransitória os de uso

definido, ocasional ou temporário, caracterizando espaços habitáveis de

permanência confortável por tempo determinado, tais como: vestíbulo, sala de

entrada, sala de espera, corredor, caixa de escada, rouparia, copa, despensa,

instalação sanitária, banheiro, arquivo, depósito, lavanderia, área de serviço,

garagem, hall e outros de destino semelhante.

Art. 70 - São compartimentos de utilização especial aqueles que, pela

sua destinação específica não se enquadram nos dois anteriores e di spensam

abertura para o exterior, como câmara escura, frigorífico, adega, armário e

outros de natureza especial que requerem iluminação e ventilação especiais

Art. 71 - Os pés direitos dos compartimentos terão as seguintes alturas

mínimas:

I - 2,70m (dois metros e setenta centímetros), para os de utilização ou

permanência prolongada, diurna ou noturna;

II — 2,40m (dois metros e quarenta centímetros), para os de utilização transitória.

Parágrafo Único: As portas de qualquer compartimento terão altura

mínima de 2,10m (dois metros e dez centímetros), no mínimo, sendo suas

Página 15 de 25

larguras variáveis conforme a utilização de cada compartimento.

Art. 72 - Para cada edificação com fins residenciais constituída por três

ou mais compartimentos, inclusive a instalação sani tária, deverá haver um

deles com área mínima de 12,00m 2 (doze metros quadrados).

Art. 73 - Os compartimentos de permanência prolongada terão área

mínima de 7 (sete) m 2 , com exceção da cozinha, que poderá possuir área

mínima de 5 (cinco) m 2 .

§ 1.º - Terão forma tal que permitam a inscrição de um círculo de 1,80m

(um metro e oitenta centímetros) de raio.

§ 2.º - Em unidades residenciais, poderá ser admitido um quarto de

serviço com área inferior a 7,00 (sete) m 2 e com largura mínima de 2,00 (dois)

m.

§ 3.º - A cozinha não poderá possuir comunicação direta com

dormitórios, banheiros e instalações sanitárias e terá suas paredes no mínimo

até 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e o piso revestidos de material

impermeável, resistente e liso.

Art. 74 - Cada pavimento destinado à habitação, diurna ou noturna,

deverá dispor, no mínimo, de uma instalação sanitária.

§ 1.º - Os compartimentos destinados a banheiros e instalações sanitárias

completas deverão ter área mínima de 3,00 (três) m 2 , com largura mínima d

1,20m (um metro e vinte centímetros)

§ 2.º - Os compartimentos destinados exclusivamente a chuveiros

deverão ter área mínima de 1,00 (um)m 2 , com largura mínima de 0,90m

(noventa centímetros).

§ 3.º - Os compartimentos destinados exclusivamente a latrinas, deverão

ter área mínima de 1,50m 2 (um metro e cinquenta centímetros quadrados), com

largura mínima de 0,90m (noventa centímetros) e obrigatoriamente incluir um

lavatório.

§ 4.º - As instalações sanitárias deverão ter as paredes, no mínimo até

1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) e o piso revestidos em material

resistente, liso e impermeável.

Art. 75 - Os compartimentos de util ização transitória deverão ter:

I - área mínima de 1,50m 2 (um metro e cinquenta centímetros

quadrados);

II - ter forma tal que permita a inscrição de círculo de 0,80m (oitenta

centímetros) e diâmetro.

Art. 76 - Os compartimentos de utilização especial deverão ter suas

característ icas adequadas à sua função específica, garantindo condições de

Página 16 de 25

segurança e de habitabilidade, quand o exigirem a permanência do homem.

Art. 77 - Somente será permitida a subdivisão de qualquer

compartimento nos casos em que se mantiverem as condições de área mínima e

formato, aqui estabelecidos, nos compartimentos resultantes.

Art. 78 - O vão livre das portas será maior ou igual a:

I - 0,60m (sessenta centímetros) para acesso a box de vaso sanitário ou

de chuveiro, para acesso a sanitários e banheiros, vestiários ou despensa de uso

privativo de uma unidade autônoma;

II - 0,80m (oitenta centímetros) para acesso a cozinhas, lavanderias,

compartimentos de permanência prolongada em geral e para entrada principal

de unidade residencial, nos casos não contemplados pelas normas específicas,

exceto para quartos onde poderá ser utilizado 0,70m (setenta centímetr os);

III - 1,20m (um metro e vinte centímetros) para acesso a edificação de

uso coletivo (de até 04 pavimentos).

Art. 79 - As passagens ou corredores deverão ter largura suficiente para

o escoamento dos compartimentos ou setores da edificação a que dão ac esso.

§ 1.º - Quando de uso privativo, a largura mínima será de 0,90m (noventa

centímetros);

§ 2.º - Quando de uso comum ou coletivo, a largura mínima será de

1,20m (um metro e vinte centímetros);

§ 3.º - Para passagens ou corredores de uso comum ou coleti vo, com

extensão superior a 10,0m (dez), a largura mínima exigida para escoamento

será acrescida de, pelo menos, 0,10m (dez centímetros) para metro de

comprimento excedente.

Art. 80 - Quando os pavimentos de uma edificação constituem uma única

habitação, deverão comunicar—se internamente por meio de escada ou de

rampa, com largura mínima de 0,90m (noventa centímetros).

SEÇÃO V

Dos Estabelecimentos de Indústria, Comércio e Serviços

Art. 81 - As edificações para o trabalho abrangem aquelas destinadas aos

usos industrial , comercial, institucional e de serviços e que, além do que é

regulamentado neste código, deverão atender as normas e exigências da CLT e

AENT quanto à segurança, à higiene e conforto nos ambientes de trabalho.

Art. 82 - As instalações de uso industrial deverão atender, além das

demais disposições deste código, as seguintes exigências:

I - iluminação natural nos locais de trabalho, através de abertura com

área mínima de 1/6 (um sexto) da área do piso;

II - instalações sanitárias adequadamente dimensionadas e separadas por

bloco, incomunicáveis diretamente com compartimentos de serviços;

Página 17 de 25

III - fontes de calor dotadas de isolamento térmico e afastadas, no

mínimo, 0,5Cm (cinquenta centímetros) das paredes;

IV - depósitos de combustíveis adequadamente localizados e

protegidos;

V - equipamentos e instalações de proteção contra incêndios;

VI - equipamentos e instalações de prevenção contra poluição ambiental ,

aprovado pelo órgão competente da Prefeitura Municipal e Secretaria Estadual

do Meio Ambiente, de acordo com o respectivo processo de licenciamento

ambiental , exigido em Lei;

VII - ter pé direito mínimo de 3,20 (três metros e vinte centímetros)

Art. 83 - Nas edificações destinadas ao comércio e/ou serviços, os

compartimentos deverão atender ao seguinte:

I - ter pelo menos 6,00 (seis) m 2 de área e que permitam a inscrição de

um círculo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de raio;

II - ter pé direito mínimo de 2,70m (dois metros e setenta centímetros)

quando sua área não exceder 25,00 (vinte e cinco) m2 , de 3,20m (três metros e

vinte centímetros) quando a área ficar entre 25,00 (vinte e cinco) e 75,00

(setenta e cinco) m2 e 4,00 (quatro)m para áreas superiores a 75,00 (setenta e

cinco) m2

III - ter instalações sanitárias convenientemente i nstaladas, e quando

a área exceder 75,00 (setenta e cinco) m 2 serem privativas e separadas para

casa sexo;

IV - que tenham depósito de lixo, quando possuírem mais de dois

pavimentos.

Art. 84 - As edificações destinadas a escri tórios, consultórios, estúdio s

de atividades profissionais, salões e similares, terão instalações sanitárias

privativas por sala, ou conjunto de instalações sanitárias, separados para cada

sexo, na proporção de um vaso e um lavatório para cada 10 (dez) salas ou

400,00 (quatrocentos) m 2 de área construída ou fração por pavimento.

Art. 85 - Serão permitidas sobrelojas parciais, desde que não cubram

mais de 60% (sessenta por cento) da área da loja, não prejudiquem os índices

de iluminação e ventilação previstas neste código, e que sejam executadas em

lojas que possuam pé direito mínimo de 5,50m (cinco metros e cinquenta

centímetros), guardando um mínimo de 2,70m (dois metros e setenta

centímetros) abaixo da sobreloja.

Parágrafo Único: As sobrelojas devem comunicar -se com a loja por meio

de escada interna fixa ou rampa.

Art. 86 - Os porões poderão ser usados como depósitos desde que

satisfaçam as seguintes condições:

I - terão piso impermeabilizado;

II - terão pé direito mínimo de 2,0 (dois)m;

III - suas paredes serão revestidas de materi al impermeável e resistente

até 0,30m (trinta centímetros), na face externa acima do terreno exterior.

Página 18 de 25

Art. 87 - As edificações destinadas a hospitais, clínicas e laboratórios de

análise e pesquisa, e a serviços de saúde em geral , deverão estar de acordo com

as normas e padrões de construções e instalações de serviços de saúde

estabelecidas pela Lei Federal n.º 6.229, de 17 de julho de 1.975 e respectivos

decretos e portarias, normas estabelecidas pela Secretaria Estadual de Saúde,

bem como as normas da CLT e da ABNT.

Art. 88 - As edificações destinadas a estabelecimentos de ensino deverão

obedecer ás normas construtivas estabelecidas pela Secretaria de Estado da

Educação, além das disposições deste Código que lhes forem aplicáveis, da

CLT e ABNT.

Art. 89 - Para as edificações destinadas a estabelecimentos de

hospedagem, se estabelecem as seguintes exigências, além das disposições

deste Código e prescrições da CLT e AENT:

I- hall de recepção;

II - entrada de serviço independente da entrada de hóspedes;

III - instalações sanitárias do pessoal de serviços independentes e

separadas das destinadas aos hóspedes;

IV - lavatório com água corrente em todos os dormitórios, quando não

houver banheiro exclusivo ao dormitório;

V - depósito para lixo.

Art. 90 - Os edifícios públicos deverão obedecer, além disposições deste

Código, que lhes forem aplicáveis, seguintes exigências, para cumprir o

previsto no artigo 26 presente Lei:

I - as rampas de acesso ao prédio deverão ter declividade máxima de 8%

(oito por cento) e possuir piso antiderrapante e corrimão na altura de 0,75m

(setenta e cinco centímetros);

II - na impossibilidade de construção de rampas, a portaria deverá ser no

mesmo nível de calçada;

III - quando da existência de elevadores, estes deverão ter dimensões

mínimas de 1,10m x 1,40m (um metro e dez centímetros por um metro e

quarenta centímetros);

IV - os elevadores deverão atingir todos os pavimentos, inclusive

garagens e subsolos;

V - todas as portas deverão ter largura mínima de 0,80m (oitenta

centímetros)

VI - os corredores deverão ter largura mínima de 1,20m (um metro e

vinte centímetros) .

Art. 91 - Nos edifícios públicos, em pelo menos um gabinete sanitário de

cada banheiro masculino e feminino, deverão ser obedecidas as seguintes

condições:

I - dimensões mínimas de 1,40m x 1,85m (um metro e quarenta por um

metro e oitenta e cinco centímetros)

II - o eixo do vaso sanitário deverá ficar a uma distância de 0,45m

(quarenta e cinco centímetros) de uma das paredes laterais;

Página 19 de 25

III - a porta não poderá abrir para dentro do gabinete sanitário e terá, no

mínimo, 0,80m (oitenta centímetros) de largura;

IV - a parede lateral mais próxima ao vaso sanitário, bem como o lado

interno da porta, deverão ser dotadas de alça de apoio, a uma altura de 0,80 m

(oitenta centímetros);

V - os demais equipamentos não poderão ficar a alturas superiores a 1,00

m (um metro).

Art. 92 - As edificações destinadas a asilo, orfanatos, albergues e

congêneres, bem como as destinadas a auditórios, cinemas, teatros, locais de

cultos e similares deverão atender as normas e exigências quanto a segurança,

higiene e conforto, da CLI e ABNT.

Parágrafo único: Para essas edificações a Prefeitura poderá, a qualquer

tempo, exigir a apresentação de projetos de prevenção e combate a incêndio, de

acordo com prescrição do Corpo de Bombeiros, e fiscalizar sua execução.

Art. 93 - Em qualquer estabelecimento comercial, industrial ou de

prestação de serviços, os locais onde houver preparo ou manipulação de

alimentos, deverão possuir piso e paredes, até altura mí nima de 2,00 (dois)m,

revestidos com material l iso, resistente, lavável e impermeável.

§ 1.º - Os açougues, peixarias e estabelecimentos congêneres, deverão

dispor de chuveiros, na proporção de 1 (um) para cada 150,00 (cento e

cinquenta)m2 de área útil ou fração.

§ 2.º - Nos locais em que se servem alimentos ou bebidas ao público, tais

como bares, restaurantes, casas de lanches, confeitarias e similares, os

sanitários e lavatórios deverão ser acessíveis ao público.

§ 3.º - As farmácias deverão ter compart imentos destinados à guarda de

drogas, aviamento de receitas, curativos e aplicações de injeção com pisos e

paredes, estas até a altura de 2,00 (dois)m, revestidos em material liso,

resistente, lavável e sanitários passíveis de serem utilizados pelo públic o.

§ 4.º - Os supermercados, mercados e lojas de equipamentos, deverão

atender as exigências específicas para cada uma das seções, de acordo com as

atividades nela desenvolvidas, conforme as disposições da CLT e AENT

aplicáveis, bem como as normas de Saúde Pública, Vigilância Sanitária e

Código de Posturas Municipal.

SEÇÃO VI

Das Construções Especiais

Art. 94 - As chaminés deverão ser localizadas de tal maneira que o fumo,

fuligem, odores ou resíduos que possam expelir, não incomodem os vizinhos,

exigindo-se a instalação de dispositivos que evitem tais incidentes, quando

necessário.

Parágrafo Único: Na execução de chaminés deverão ser observadas as

normas técnicas estabelecidas pela ABNT.

Página 20 de 25

Art. 95 - As piscinas em geral terão as paredes e o fundo revestid os com

material resistente, l iso, lavável e impermeável, quando se destinarem ao uso

coletivo, aparelhamento para tratamento e renovação da água.

Art. 96 - As estações de tratamento de esgoto deverão ser projetadas e

executadas de acordo com as normas da ABNT, possuir RT (responsável

técnico) de projetos e execução, e ter o respectivo acompanhamento da

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quando do projeto e sua execução.

SEÇÃO VII

Iluminação e Ventilação

Art. 97 - Os compartimentos destinados às at ividades humanas deverão

ter iluminação e ventilação naturais, através de aberturas voltadas diretamente

para a área aberta externa à edificação.

Art. 98 - O total da superfície das aberturas destinadas a iluminar e

ventilar um compartimento se relaciona com a área de seu piso e não poderá ser

inferior a:

I - 1/6 (um sexto) da área do piso de compartimento de permanência

prolongada;

II - 1/8 (um oitavo) da área do piso de compartimento de utilização

transitória ou especial.

§ 1.º - Para efeito de ventilação dos compartimentos, as aberturas

deverão ser dotadas de dispositivos que permitam a renovação do ar em pelo

menos 50% (cinquenta por cento) da área exigida para iluminação.

§ 2.º - A superfície das aberturas destinadas a iluminação e ventilação de

um compartimento, através de varanda, será calculada considerando -se a soma

das áreas dos respectivos pisos.

Art. 99 - Os espaços externos capazes de iluminar e ventilar os

compartimentos são áreas descobertas que devem atender a condições mínimas

quanto à sua forma e dimensões, classificando-se como:

I - áreas abertas;

II - áreas fechadas.

§ 1.º - As áreas abertas devem atender às seguintes características:

a) ter como um de seus lados o alinhamento frontal do lote;

b) permitir a inscrição de dois círculos, tangentes entre si com diâmetro

mínimo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), no caso de edificações

de até 2 (dois) pavimentos;

c) permitir, a partir do segundo pavimento acima do térreo, a inscrição de

um círculo de diâmetro D dado pela fórmula D=H /10 + 1,50, onde H=distância

Página 21 de 25

em metros, do piso do último pavimento ao piso do 2.º pavimento iluminado e

ventilado pela área.

§ 2.º - As áreas fechadas devem atender às seguintes características:

a) apresentar uma superfície medindo, no mínimo, 10m 2 (dez metros

quadrados)

b) permitir a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de 2,30m (dois

metros e trinta centímetros);

c) permitir, a partir do primeiro pavimento acima do térreo, a inscrição

de um circulo de diâmetro D dado pela fórmula D=H/6 + 2, onde H é a

distância em metros, do piso do últ imo pavimento ao piso do 20 pavimento

iluminado e ventilado pela área.

§ 3.º - Os compartimentos de permanência prolongada somente poderão

ser iluminados e ventilados através de área aberta.

Art. 100 - A altura do pé direito, as aberturas para iluminação e

ventilação e a altura mínima de impermeabilização de paredes em função dos

compartimentos estão definidos no Anexo I.

SEÇÃO VIII

Das Disposições Especiais

Art. 101 - No caso de prédios com corpos salientes, o ma is avançado é

que deverá guardar a distância mínima estabelecida para o afastamento frontal

na Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 102 - Será permitida a construção de marquises na fachada das

edificações, desde que obedeçam às seguintes condiçõ es:

I - não excederem a largura máxima de 1,50m (um metro e cinquenta

centímetros) ou metade da largura do passeio, para passeio com largura inferior

a 3,00m;

II - não apresentarem qualquer elemento abaixo da cota de 3,00m (três

metros);

III - serem construídos de material incombustível e resistente à ação do

tempo;

IV - terem, na face superior, caimento em direção à fachada do edifício,

junto à qual haverá calha provida de condutor para coletar e encaminhar as

águas sob o passeio, para a sarjeta do logrado uro;

V - não prejudicarem a arborização e iluminação pública nem ocultarem

placas de sinalização;

VI - quando construídas em logradouros de grande declividade, as

marquises se comporão de tantos segmentos horizontais quantos forem

convenientes.

SEÇÃO IX

DA CONCLUSÃO DAS OBRAS

Página 22 de 25

Art. 103 - Terminada a construção de uma edificação, esta somente

poderá ser habitada ou utilizada após concessão do “Habite -se”.

Art. 104 - O “Habite-se” será concedido mediante solicitação do interessado,

após o pagamento da taxa correspondente e vistoria da Prefeitura, onde se

verifique rigorosa observância das prescrições desta Lei e projeto aprovado.

§ 1.º - Na hipótese de ter sido ocupado o prédio com irregularidade na

sua construção, ser -lhe-á negada a baixa com as cominações legais.

§ 2.º - Será permitida a instalação de máquinas, balcões, armários e

prateleiras nos prédios destinados a estabelecimentos industriais e comerciais,

sem que possam, entretanto, funcionar antes da vistoria.

§ 3.º - Se na vistoria for constatado que a edificação não foi construída,

reconstruída, reformada ou acrescida, de acordo com o projeto aprovado pela

Prefeitura Municipal, o interessado será notificado a legalizar as obras,

executando as necessárias modificações, sob pena de multa.

Art. 105 - Será concedido “Habite-se” parcial de construção nos

seguintes casos:

I - quando se tratar de edificação com mais de 2 (dois) pavimentos em

que poderá ser concedida baixa de construção (habite -se) por partes, à medida

que estas se concluírem;

II - quando se tratar de prédio composto de parte comercial e parte

residencial e cada qual puder ser uti lizada independentemente da outra.

Art. 106 - Concedido o “Habite -se”, não poderá o proprietário mudar a

destinação do prédio, salvo com prévia licença da Prefeitu ra Municipal, sob

pena de sanções cabíveis, inclusive interdição judicial.

§ 1.º - Só será permitida a mudança parcial ou total da destinação de um

prédio quando isto não contrariar as disposições desta Lei e da Lei de Uso e

Ocupação do Solo.

§ 2.º - A licença para mudança de destinação, solicitada em requerimento

instruído com o projeto de edificação, será concedida por alvará, depois de

verificada sua regularidade.

Art. 107 - Antes de ser concedido o “Habite -se”, a Prefeitura deverá

providenciar para que os elementos de interesse da tributação municipal sejam

transcritos no cadastro fiscal.

CAPÍTULO V

Das Infrações e Penalidades

Art. 108 - As infrações aos dispositivos desta Lei, no que se refere às

normas de edificações, serão previstas com as seguint es penas, inclusive no

caso de obras públicas:

I - multa;

II - embargo da obra;

III - interdição do prédio ou dependência;

Página 23 de 25

IV - demolição.

§ 1.º - A imposição de penalidade não se sujeita à ordem em que estão

relacionadas neste artigo.

§ 2.º - A aplicação de uma das penalidades previstas neste art igo, não

prejudica a de outra, se cabível.

Art. 109 - Serão aplicadas ao proprietário, autor do projeto ou

responsável técnico pela obra, conforme o caso, as seguintes multas a serem

pagas no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data da emissão:

I - alteração de projeto aprovado com o falseamento de medidas, cotas e

demais indicações, 3 (três) UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho) por metro

quadrado ou fração, de área irregular;

II - início ou execução de obras sem licença, sem a aprovação do projeto

arquitetônico ou em desacordo com o projeto aprovado, 0,01 (um centésimo) da

UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho) por metro quadrado ou fração;

III - execução de obra cujo Alvará esteja vencido, (três) UFB’s (Uni dade

Fiscal de Brumadinho);

IV - falta de projeto aprovado e demais documentos exigidos no local da

obra, 1 (uma) UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho);

V - inobservância das prescrições sobre andaimes e tapumes, 5 (cinco)

UFB’s (Unidade Fiscal de Brumadinho) ;

VI - ocupação de prédio sem o respectivo “Habite -se”, 5 (cinco) UFB’s

(Unidade Fiscal de Brumadinho);

VII - inobservância das prescrições sobre medidas e equipamentos de

combate e prevenção contra incêndio, 5 (cinco) UFB’s (Unidade Fiscal de

Brumadinho).

Art. 110 - Dar-se-á o embargo da obra nos seguintes casos:

I - execução de obra ou instalação sem o Alvará;

II - execução de obra em desacordo com o projeto aprovado;

III - execução de obra ou instalação com risco de sua própria segurança e

estabil idade, bem como ameaça à segurança pública e dos empregados da obra;

IV - execução de obra sem a responsabilidade técnica de profissional

habilitado e cadastrado na Prefeitura Municipal;

V - não recolhimento no prazo legal de multa imposta ao infrator;

VI - não atendimento das determinações constantes do auto de infração;

VII - quando desrespeitadas as normas da ABNT.

Art. 111 - Ocorrendo alguma das hipóteses do artigo anterior, o

encarregado da fiscalização, depois de lavrado o auto para imposição de multa,

fará o embargo provisório da obra, por simples comunicação ao construtor,

dando imediata ciência do ato à autoridade superior.

Art. 112 - Verificada a procedência do embargo, a autoridade superior

far-lhe-á carácter definitivo em auto que mandará lavrar, no qual fará constar

as exigências para que a obra possa continuar.

Página 24 de 25

Parágrafo Único: O embargo somente será levantado após o

cumprimento de todas as exigências consignadas no respectivo auto.

Art. 113 - A edificação ou qualquer das suas dependências, será

interditada se o proprietário, no prazo que lhe for fixado, não atender as

exigências julgadas necessárias à segurança da edificação.

Art. 114 - A demolição, total ou parcial , será imposta em caso de obra

julgada em risco, quando o proprietário não tomar a s providências

determinadas para a sua segurança.

CAPÍTULO VI

Das Disposições Finais

Art. 115 - Pelo descumprimento de outros preceitos desta Lei, não

especificados anteriormente, o infrator deve ser punido com multa no valor

equivalente a 1 (uma) UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho)

Art. 116 - Para efeito desta Lei, a UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho)

é aquela vigente na data em que a multa for aplicada.

Art. 117 - Os prazos previstos nesta Lei contar -se-ão por dias corridos.

Parágrafo Único: Não será computado no prazo o dia inicial e prorrogar -

se-á para o primeiro dia útil o vencimento de prazo que incidir em sábado,

domingo e feriado.

Art. 118 - A multa não paga no prazo legal será inscri ta em dívida, sendo

que os infratores que estiverem em débito de multa não poderão receber

quaisquer quantia ou créditos que tiverem com a Prefeitura Municipal,

participar de licitações, celebrar contratos de qualquer natureza, ou

transacionar, a qualquer titulo, com administração municipal .

Art. 119 - Os débitos decorrentes de multas não pagas no prazo previsto,

terão valores atualizados com base nos índices de correção monetária, fixados

pelo órgão federal competente, em vigor na data de liquidação da dívida.

Art. 120 - Quando o infrator incorrer simultaneamente em mais de uma

penalidade constante de diferentes disposições legais, aplicar -se-á a pena

maior, acrescida de 2/3 (dois terços) de seu valor.

Art. 121 - Os licenciamentos concedidos na vigência das leis anteriores

para edificação cujas obras não tenham sid o iniciadas até a data da

promulgação desta Lei, serão cancelados.

Art. 122 - As normas aqui estabelecidas não isentam da elaboração das

legislações complementares a esta Lei, especialmente aquelas relativas a meio

ambiente, parcelamento, edificações e cl assificação viária.

Página 25 de 25

Parágrafo Único: Loteamentos específicos poderão adotar parâmetros de

construção mais restritivos que os desta Lei, desde que constantes do projeto

de parcelamento aprovado pela Prefeitura Municipal, ou aprovados pelos

moradores em assembléia majoritária e mediante anuência do Município

Art. 123 - Fazem parte integrante desta Lei os seguintes anexos:

Anexo I - Tabela de Condições de Compartimentos;

Anexo II - Carimbos padronizados tipos 1 e 2.

Art. 124 - Os casos omissos e aqueles que necessitam de avaliações

específicas, serão analisados pelo setor responsável da Prefeitura Municipal,

tendo sua solução de acordo com procedimentos a serem regulamentados pelo

Executivo.

Parágrafo Único: A revisão e atualização desta Lei só poderão ser f eitas

através de Lei específica.

Art. 125 - O Executivo expedirá os decretos, portarias e demais atos

administrativos que se fizerem necessários à fiel observância das disposições

desta Lei.

Parágrafo Único: Antes de iniciar a cobrança de multas, o Executi vo

Municipal promoverá, por um prazo de 06 (seis) meses, contados a partir da

publicação desta Lei, campanha de esclarecimento ao público sobre o novo

Código de Edificações, sem prejuízo da fiscalização.

Art. 126 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,

revogando—se as disposições em contrário, especialmente a Lei n.º 306, de

31/01/74.

Brumadinho, 21 de dezembro de 2000.

NERY BRAGA

Prefeito Municipal