Upload
truongnguyet
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Página 1 de 25
LEI N.º 1.149/2000
“Estabelece normas relativas a edificações e demolições
no município de Brumadinho e dá outras providências”.
O Povo do Município de Brumadinho, por seus representantes aprovou e
eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTILO I
Das Disposições Gerais
Art. 1.º - Toda e qualquer construção, reforma e ampliação de edifícios,
efetuada a qualquer titulo no município, é regulada pela presente Lei,
obedecidas as normas federais e estaduais relativas à matéria.
Art. 2.º - Esta Lei tem como objetivos:
I - orientar os projetos e a execução de edificações no município;
II - assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene,
salubridade e conforto das edificações, bem como regulamentar os
procedimentos administrativos municipais relativos à fiscalização da atividade
de construir e demolir.
Art. 3.º - Qualquer edificação ou demolição, de iniciativa pública ou
privada, somente poderá ser executada após exame, aprovação de projeto e
concessão de alvará pela Prefeitura Muni cipal.
§ 1.º - Para que seja permitida a edificação em áreas urbanas ou de
expansão urbana, é necessário que o terreno preencha as seguintes condições:
I - constitua lote ou subdivisão de terreno aprovado pela Prefeitura
Municipal;
II - faça frente para logradouro público.
§ 2.º - A obrigatoriedade de se obter concessão de alvará da Prefeitura
Municipal é extensiva às reformas, reconstruções parciais e acréscimos de
quaisquer tipos de edificações.
Art. 4.º - A aprovação de projeto, a concessão de alvará pa ra edificar,
demolir ou reformar, bem como a fiscalização e o acompanhamento pela
Prefeitura Municipal , da execução das obras, são exercidos no interesse do
Município, não excluindo nem reduzindo a responsabilidade do construtor e do
proprietário da obra, inclusive perante terceiros, por qualquer irregularidade, e
sua ocorrência não implica na co -responsabilidade da Prefeitura.
CAPÍTULO II
Das Definições
Art. 5.º - Para efeito da presente Lei, são adotadas as seguintes
definições:
I) Acréscimo: aumento de uma edificação, quer no sentido vertical ,
quer no sentido horizontal, realizado após a conclusão da mesma;
Página 2 de 25
II) Afastamento: menor distância entre a edificação e qualquer das
divisas do lote em que se situa;
III) Alinhamento: linha projetada, locada ou ind icada pela Prefeitura
Municipal para manter o l imite entre o lote e o logradouro público;
IV) Alvará de Obras: autorização expedida pela autoridade municipal,
para execução de obras de construção, modificação, demolição ou reforma com
demolição; o mesmo que licença para edificação;
V) Área Total Construída: é a soma das áreas dos pisos utilizáveis,
cobertos, de todos os pavimentos de uma edificação;
VI) Área Liquida Edificada: área total edificada, deduzidas as áreas
não computadas para efeito do cálculo do coeficiente de aproveitamento,
conforme previsto em texto legal;
VII) Área Aberta: área que l imita com o logradouro por um de seus
lados, sendo guarnecida, nos outros, por paredes de edifício ou divisas do lote;
VIII) Área Fechada: área que não se limita com logradouros;
IX) Área Principal: área que se destina a iluminar compartimentos de
permanência prolongada;
X) Área Secundária: área que se destina a iluminar compartimentos de
utilização transitória;
XI) Andar: qualquer pavimento situado acima do térreo ou de uma
sobreloja;
XII) Apartamento: unidade autônoma e moradia localizada em
edificação residencial multi -família;
XIII) Baixa de Construção: documento expedido pela Prefeitura
Municipal, que habil ita uma edificação ao uso, após o término de suas obras ;
XIV) Balanço: avanço de construção sobre o alinhamento do pavimento
térreo;
XV) Coeficiente de Aproveitamento: e a relação entre a área construída
de uma edificação ou conjunto de edificações sobre um terreno e a área do
terreno a ser vinculado;
XVI) Casas Geminadas: reunião de duas ou mais unidades residenciais,
com pelo menos uma de suas paredes em comum, formando conjunto
arquitetônico único;
XVII) Circulação: compartimento de uma edificação destinada à
movimentação das pessoas entre outros compartimen tos ou entre pavimentos
(corredor, escada)
XVIII) Compartimento: cada uma das divisões dos pavimentos de
ma edificação (cômodo);
XIX) Conjunto Residencial: grupo de edificações residenciais uni-
familiares e/ou mult i-familiares, cujos projetos são aprovados e construídos
conjuntamente em áreas urbanizadas especificamente;
XX) Cota: número que exprime as medidas de comprimento e/ou
distâncias verticais ou horizontais;
XXI) Declividade: é a relação percentual entre a diferença das cotas
altimétricas de dois pontos e a sua distância horizontal;
XXII) Dependência de Uso Comum: é o compartimento ou conjunto de
compartimentos e instalações de uma edificação, que poderão ser utilizados em
comum por usuários de duas ou mais unidades autônomas ou pela totalidade
dos usuários da edificação;
Página 3 de 25
XXIII) Divisa: linha limítrofe de um lote ou terreno;
XXIV) Edificação: casa, edifício, construção destinada a abrigar
qualquer atividade humana; classificam —se de acordo com as categorias de
uso: residencial , industrial , comercial ou de serviços insti tucional e misto;
XXV) Edificação Residencial Unifamiliar: aquela destinada à habitação
permanente, correspondente a uma unidade residencial por lote ou conjunto de
lotes;
XXVI) Edificação Residencial Multifamiliar: aquela que
corresponde a mais de uma unidade residencial , agrupadas horizontal ou
verticalmente e construída em um lote ou conjunto de lotes;
XXVII) Embargo: é o ato administrativo municipal que determina a
paralisação de uma obra por descumprimento de norma legal;
XXVIII) Especif icação: descrição das características de materiais e
serviços empregados na construção;
XXIX) Fachada: qualquer elevação externa da edificação;
XXX) Fundação: parte da estrutura localizada abaixo do nível do solo e
que tem por função distribuir as cargas ou esforços da edificação pelo terreno;
XXXI) Galeria Comercial ou Centro Comercial: conjunto de lojas
cujo acesso e ligação com a via pública se faz através de circulação coberta;
XXXII) Garagem Individual: é o espaço destinado a estacionamento de
veículo de Uso privado de uma unidade autônoma;
XXXIII) Garagem Coletiva: é o espaço destinado a estacionamento de
vários veículos;
XXXIV) Garagens Comerciais: são aquelas destinadas à locação de
espaço para estacionamento e guarda de veículos, podendo conter equipamentos
para lavagem, lubrificação e abastecimento;
XXXV) Habite--se: é o documento expedido pela Prefeitura, que autoriza
a ocupação de uma edificação;
XXXVI) Logradouro público: área de terreno de propriedade pública
destinada ao uso e trânsito públ icos;
XXXVII) Lote: parcela de terreno com frente para logradouro público,
com divisas definidas em documento aprovado pela Prefeitura e em condições
de receber edificação;
XXXVIII) Lindeiros: limítrofe, que se limita com;
XXXIX)Marquise:cobertura saliente na parte externa das edificações;
XL) Meio-fio: elemento de definição entre o passeio e pista de rolamento
de um logradouro;
XLI) Passeio: parte destacada do logradouro público destinado ao
trânsito de pedestres;
XLII) Pavimento: cada um dos pisos ou planos horizontais superpostos
de uma edificação, podendo cada um deles ter um ou mais compartimentos;
XLIII) Patamar: piso intermediário entre 2 lances de escada;
XLIV) Pé Direito: distância vertical entre o piso e o teto ou forro de um
pavimento;
XLV) Pista de Rolamento: parte destacada do logradouro público
destinada preferencialmente ao trânsito de veículos;
XLVI) Pilotis: pavimento com espaço livre destinado a uso comum,
podendo ser utilizado para lazer e recreação;
XLVII) Projetos Complementares: conjunto de projetos de uma obra que
Página 4 de 25
visam complementar e dar suporte ao projeto arquitetônico e estrutural, tais
como: projeto eletrônico, projeto de telefonia, projeto hidrossanitário, projeto
de prevenção de incêndio, projeto topográfico, projeto geológico, pro jeto de
telecomunicações, projeto de lógica, projeto de pára -raios, projetos de
climatização e demais projetos especiais;
XLVIII) Recuo: distância entre o limite externo da edificação e a divisa
do lote;
XLIX) Sobreloja: parte elevada da loja, caracterizada pelo piso
sobreposto ao da loja e pé direito reduzido;
L) Tapume: vedação provisória dos canteiros de obras visando o seu
fechamento e proteção dos transeuntes;
LI) Testada: divisa do lote ou da edificação com o logradouro público,
que coincide com o alinhamento;
LII) Taxa de Ocupação: é a relação entre a área ocupada por edificação
ou conjunto de edificações e a área total do terreno a ela vinculado;
LIII) Verga: parte superior dos vãos de uma edificação; viga que sustenta
as cargas da parede acima dos vãos, distribuindo-as em suas laterais;
LIV) Vistoria: é a diligência efetuada pela Prefeitura, para verificar as
condições de uma obra ou o uso de um imóvel.
CAPÍTULO III
SEÇÃO I
DO PROJETO DE EDIFICAÇÃO
Art. 6.º - O Projeto de edificação completo compre ende projeto
arquitetônico, projeto estrutural e projetos complementares.
§ 1.º - Para toda e qualquer edificação será exigido o projeto
arquitetônico.
§ 2.º - O projeto estrutural tem sua apresentação obrigatória para
edificações com mais de 2 pavimentos. Entretanto, caso a Prefeitura julgue
necessário, poderá exigi -lo para toda e qualquer edificação.
§ 3.º - A Prefeitura, sempre que julgar conveniente, solicitará a
apresentação dos projetos complementares para qualquer tipo de edificação.
§ 4.º - Todo projeto deverá ser assinado pelo responsável técnico e pelo
proprietário, e possuir a respectiva “Anotação de Responsabilidade Técnica -
ART” do CREA-MG.
§ 5.º - Todo projeto deverá ser entregue em formatos padronizados ABNT
- A0, A1, A2, A3 e A4.
§ 6.º - Para atendimento à população de menor renda, a Prefeitura
Municipal manterá arquivo de projetos arquitetônicos residenciais com áreas de
até 70,0m² a serem distribuídos gratuitamente, mediante apresentação do
documento de propriedade do terreno e atestado de c ondições sócio-econômicas
fornecido pela Assistência Social do Município, que justifique a gratuidade.
Art. 7.º - Do projeto arquitetônico deverão constar, obrigatoriamente: I - planta de si tuação em escala mínima de 1:500, com a projeção horizontal da
edificação a ser construída, as dimensões de suas divisas, do passeio e a exata
indicação dos lotes ou partes de lotes que o compõem, construções existentes,
localização de postes e árvores no trecho de passeio correspondente, suas orientações
Página 5 de 25
magnéticas, sua localização e dimensões em relação aos logradouros públicos e à
esquina mais próxima;
II - perfis longitudinal e transversal do terreno, em escala mínima de
1:200;
III - planta de cada pavimento, na escala 1:50, contendo todos os
compartimentos e elementos cotados, com seus respectivos nomes;
IV - planta de Cobertura, na escala mínima de 1:200, indicando os
caimentos, declividade e materiais utilizados na cobertura;
V - elevações externas, na escala de 1:50, com especificações de
materiais de acabamento, bem como greide de rua e gradil;
VI - cortes longitudinal e transversal, na escala de 1:50,
convenientemente cotados;
VII - relação de áreas;
VIII - informações básicas fornecidas pela Prefeitura, relativas a
implantações da edificação no terreno, em confo rmidade com os parâmetros de
uso e ocupação do solo; IX - carimbo padronizado t ipo 1 na primeira folha ou folha única. As demais
folhas conterão o carimbo padronizado t ipo 2, conforme anexo II, devidamente
preenchidos.
Art. 8.º - Os projetos complementares deverão ser elaborados por
profissionais legalmente habil itados e deverão conter todos os elementos
necessários a seu entendimento e perfeita execução.
Art. 9.º - projeto arquitetônico deverá ser elaborado em papel que
permita cópia heliográfica ou xero gráfíca, em dimensões padronizadas ABNT e
deverá conter o carimbo padronizado pela Prefeitura Municipal . Deverão ser
utilizados dois modelos de carimbo, conforme anexo I.
Art. 10 - Os projetos de modificação, reconstrução ou acréscimo de
edificações que contemplam alterações acima de 30 (trinta) m 2 devem ser
apresentados indicando-se com linha cheia as partes da construção que devem
ser conservadas, hachura nas partes a construir e linha tracejada nas partes a
demolir.
Art. 11 - Os interessados em constru ir em ruas desprovidas de meio fio e
sarjeta, deverão requerer à Prefeitura a demarcação de alinhamento e
nivelamento do lote, ficando sujeitos à disponibil idade de recursos da
Prefeitura, para execução deste serviço, sendo facultado aos interessados
contratação de profissional habilitado para esse serviço, às expensas do
interessado.
SEÇÃO II
DO ALVARÁ DE OBRAS
Art. 12 - Aprovado o projeto, o interessado deverá solicitar o respectivo
alvará no prazo de 1 ano, apresentando um requerimento e o recibo do
pagamento da taxa correspondente. Findo prazo, sem que o alvará tenha sido
requerido, ficará cancelada a aprovação do projeto arquitetônico e será
Página 6 de 25
arquivado o processo.
Parágrafo Único: O requerimento de l icença, além das especificações
necessárias, conterá o nome e endereço do construtor, do responsável técnico
pela elaboração do projeto arquitetônico e responsável técnico de execução de
obras, com respectivos registros no CREA.
Art. 13 - No alvará de obras serão expressos o nome do proprietário, do
responsável técnico pela execução da obra, endereço da obra com numeração,
identificação cadastral, prazo de início e término da obra, servidões legais a
serem observadas no local, tipo e destinação da edificação e “zona” e “modelo
de assentamento”.
Art. 14 - O alvará de obras será válido pelo prazo de 1 ano.
§ 1.º - Caso o interessado não inicie a execução das obras nesse período,
deverá renová-lo.
§ 2.º - Se a construção não foi concluída dentro do prazo fixado no
alvará, o interessado deverá requerer a reno vação do alvará.
SEÇÃO III
DO PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO A PROJETAR , CALCULAR E
CONSTRUIR .
Art. 15 - Somente profissional habilitado poderá projetar, calcular e
construir.
Art. 16 - Para a elaboração e apresentação de projetos de construção e a
execução de obras públicas e particulares, os profissionais ou empresas
devidamente habilitados deverão ser registrados na Prefeitura Municipal ,
conforme Decreto Federal n.º 23.569, de 11 de dezembro de 1933.
Art. 17 - O registro será feito em livro próp rio, instruído com carteira
profissional ou documento que a substitua, expedida ou visada pelo CREA,
além da anexação, no caso de empresa, do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas).
§ 1.º - Os dados constantes do registro serão aqueles da carteira
profissional, além do endereço, telefone e CNPJ (quando empresa)
§ 2.º - Para o exercício da profissão, serão exigidas provas de quitação
do ISSQN e da anuidade do CREA.
§ 3.º - A seção competente da Prefeitura Municipal deverá manter
atualizado o cadastro profissional das pessoas físicas e jurídicas registradas.
SEÇÃO IV
DA APROVAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO
Página 7 de 25
Art. 18 - Para aprovação do projeto, a Prefeitura Municipal poderá exigir
a marcação de entrevista do arquiteto e/ou engenheiro para exame do projeto da
edificação.
Art. 19 - A marcação de exame de projetos fica condicionada à
apresentação do projeto arquitetônico, em duas vias de cópias, acompanhado
dos documentos abaixo relacionados:
I - requerimento de aprovação de projeto, devidamente preenchido e
assinado;
II - o título de domínio pleno ou útil de posse, sob qualquer modalidade,
do bem imóvel;
III - anotação de responsabilidade técnica - ART de autoria do projeto,
assinada e quitada;
IV - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, do autor do
projeto, referente ao exercício corrente, devidamente quitado;
V - licença de poda/corte de árvores, fornecida pelo órgão ambiental
municipal;
VI - as certidões negativas de impostos municipais, relativas ao imóvel;
VII - comprovante de pagamento de taxas correspondentes;
VIII - notas do alinhamento o nivelamento, quando solicitados pela
Prefeitura.
Art. 20 - O prezo máximo para aprovação dos projetos será de 15 dias
úteis, a contar da data de entrada do requerimento rio protocolo geral da
Prefeitura Municipal .
Art. 21 - No caso de projeto do reforma ou acréscimo de edificação, este
deverá ser submetido a estudos pela Prefeitura a fim de se verificar suas
condições, conveniência e legalidade das obras.
Art. 22 - Serão admissíveis antes do início ou durante a execução da
obra, alterações no projeto arquitetônico aprovado, desde que esses alterações
sejam submetidas a exame pela Prefeitura e esta as aprove.
SEÇÃO V
DA NOTA DE ALINHAMENTO E N IVELAMENTO
Art. 23 - As notas de alinhamento e nivelamento s erão elaboradas em
forma de “croquis” e conterão todas as indicações relativas aos pontos
piquetados no terreno, bem como, pelo menos uma Referência de Nível (RN).
Art. 24 - Nos cruzamentos das vias públicas, os dois alinhamentos serão
concordados por um terceiro, normal a bissetriz do ângulo por eles formado e
de comprimento variável entre 2,50m e 4,50m, podendo ter qualquer forma,
desde que neles se inscreva.
SEÇÃO VI
DAS EDIFICAÇÕES PÚBLICAS
Página 8 de 25
Art. 25 - A construção de edificações públicas de qualquer n atureza está
sujeita a aprovação do projeto arquitetônico e a concessão do alvará por parte
da Prefeitura Municipal .
§ 1.º - O pedido de alvará, feito pelo órgão interessado, deverá ser
acompanhado de projeto arquitetônico da edificação a ser construída,
observando-se as disposições deste Código.
§ 2.º - Existe prioridade e regime de urgência pare os processos relativos
à construção de edifícios públicos em geral.
Art. 26 - Os edifícios públicos deverão possuir condições técnico -
construtivas que assegurem aos deficientes físicos pleno acesso e circulação
nas suas dependências.
SEÇÃO VII
Da Licença Para Demolições
Art. 27 - A demolição de qualquer construção, exceto a dos muros de
fechamento até 3 metros de altura, só poderá ser efetuada mediante licença da
Prefeitura Municipal e sob responsabilidade de profissional legalmente
habilitado.
Art. 28 - O requerimento de licença para demolição será assinado pelo
proprietário da edificação e pelo profissional responsável, constando o período
de duração dos serviços, o qual poderá ser prorrogado por solicitação do
interessado e a juízo do órgão competente da Prefeitura Municipal .
Art. 29 - A Prefeitura Municipal poderá, a juízo do órgão técnico
competente, obrigar a demolição de prédios, conforme estabelecido no a rt igo
114 deste código.
CAPÍTULO IV
SEÇAO I
Da Segurança da Execução das Obras de Edificações
Art. 30 - Nenhuma edificação poderá ser construída sobre terrenos não
edificáveis ou não parceláveis.
Parágrafo Único: Mesmo se aprovado pela Prefeitura Munici pal , o lote
só poderá receber edificação compatível com o tipo de via em que está
localizado, de acordo com as normas estabelecidas em lei.
Art. 31 - Não será permitido o corte de árvores existentes em lotes
urbanos, sem prévia licença do órgão ambiental municipal, mediante
requerimento do interessado.
Art. 32 - Nas edificações ou demolições feitas no alinhamento será
exigido tapume provisório, de material resistente, em toda frente de trabalho,
vedando no máximo metade da largura do passeio, salvo em cas os especiais, a
juízo da Prefeitura Municipal.
Página 9 de 25
Art. 33 - Do lado de fora dos tapumes não será permitida a ocupação de
nenhuma parte da via pública, devendo o responsável pela execução das obras
manter o espaço do passeio em perfeitas condições de trânsito para, no mínimo,
dois pedestres.
Art. 34 - Enquanto durarem as obras, o profissional responsável pelo
projeto e/ou execução será obrigado a manter, em local visível, as placas
regulamentares, com tamanho e indicações padronizados pelo CREA -MG.
Art. 35 - A responsabilidade do construtor perante a Prefeitura
Municipal, começa na data de expedição do alvará de construção.
Art. 36 - Para efeito de fiscalização da Prefeitura Municipal , serão
permanentemente conservadas na obra, em local facilmente acessível ,
protegidas da ação do tempo e de materiais de construção, cópias do projeto
arquitetônico e do alvará de construção e/ou demolição.
Art. 37 - Na edificação que estiver sujeita a cortes para retificação de
alinhamento, alargamento de logradouro ou recuos regulamentares, só serão
permitidas obras de reconstrução parcial ou reforma, nas seguintes condições:
I - reconstrução parcial ou acréscimo, se não forem nas partes a serem
cortadas nem tiverem área superior a 20% da edificação em causa, se nas partes
a reconstruir ou acrescer forem observados os dispositivos deste código, e se as
mesmas não constituírem elemento prejudicial à estética;
II - reformas, se forem apenas para recompor revestimentos e pisos, ou
para realizar pintura externa ou interna.
Art. 38 - Enquanto durarem os serviços de construção, reforma ou
demolição, é indispensável a adoção de medidas necessárias á proteção e
segurança dos trabalhadores, dos pedestres, das propriedades vizinhas e dos
logradouros.
Parágrafo Único: Cabe ao responsável pela obra cumprir e fazer cumprir
as normas oficiais relativas à segurança e higiene do trabalho, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) e estabelecer a sua complementação, em caso de necessidade ou de
interesse local .
Art. 39 - Durante a execução da estrutura de edifício com mais de 3
(três) pavimentos, deverá existir um andaime de proteção, tipo bandeja salva -
vidas, construído por estrado horizontal de 1,20m (um metro e vinte
centímetros), dotado de guarda-corpo de altura mínima de 1,0m (um metro)
§ 1.º - Os andaimes não poderão danificar árvores nem prejudicar os
aparelhos de iluminação pública e o funcionamento de equipamentos e
instalações de quaisquer outros serviços públicos.
§ 2.º - Retirados os andaimes e tapumes, o responsável técnico deverá
executar imediatamente limpeza completa e geral da via pública e os reparos
dos estragos acaso verificados nos passeios e logradouros, sob pena das
Página 10 de 25
sanções cabíveis.
Art. 40 - Aos proprietários e ocupantes l indeiros às vias pavimentadas é
obrigatória a construção, a reconstrução e a conservação dos passeios.
§ 1.º - A largura do passeio e seu greide serão estabelecidos pela
Prefeitura Municipal .
§ 2.º - Os passeios deverão ter, transversalmente, uma decli vidade de 3%
no sentido do alinhamento para o meio -fio.
§ 3.º - As rampas destinadas à entrada de garagens não poderão ser feitas
no passeio.
§ 4.º - É obrigatório o rebaixamento de meio -fio para acesso de veículos
aos lotes e proibida a construção de rampas ou preenchimentos, na sarjeta. A
Prefeitura deverá ser consultada para execução de rebaixamento de meio -fio.
Art. 41 - As edificações construídas sobre linhas divisórias não poderão
ter beiradas que lancem águas no terreno do vizinho ou logradouro púb lico, o
que se evitará mediante captação por meio de calhas e condutores.
Art. 42 - Em qualquer edificação o terreno será preparado para permitir o
escoamento das águas pluviais dentro dos limites do lote, inclusive as
provenientes das coberturas. § 1.º - O escoamento das águas pluviais será executado através de
canalização embutida no passeio e lançado em rede pluvial ou sarjeta, não sendo
permitidas aberturas em muros confinantes com terrenos vizinhos ou logradouros,
quando o desnível permitir escoamento normal para o logradouro.
§ 2.º - Quando isso não for possível pela declividade do lote, as águas
pluviais serão escoadas através dos lotes inferiores, ficando as obras de
canalização às expensas do interessado e executadas nas faixas lindeiras às
divisas. O mesmo se aplica ao esgoto sanitário.
SEÇÃO II
DAS EDIFICAÇÕES
Art. 43 - Os parâmetros para assentamento das edificações serão os
estabelecidos por Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 44 - A edificação de dois ou mais prédios no lote não lh e confere
condições de divisibilidade.
Art. 45 - A numeração dos novos prédios e das respectivas habitações
será estabelecida pela Prefeitura por ocasião de processamento da licença para
a construção, conforme as normas estabelecidas pelo Código de Postur a
Municipal devendo ser paga, na ocasião, a taxa de numeração.
Art. 46 - O fechamento frontal dos terrenos edificados, quando existir,
consistirá em gradil ou muro, com altura máxima de 2,5Cm, a ser construído de
acordo com projeto aprovado.
Parágrafo Único: A baixa e habite-se só serão concedidos depois de
Página 11 de 25
concluídos o gradil e o passeio.
Art. 47 - O espaço compreendido entre o logradouro e o edifício deverá
ser convenientemente tratado.
Art. 48 - As fundações serão executadas de modo que a carga sobre o
solo não ultrapasse os limites indicados nas especificações da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Parágrafo Único: As fundações de uma edificação deverão ser
executadas de maneira que não prejudiquem os imóveis vizinhos, não invadam
o leito das vias públicas, sejam totalmente independentes e situadas nos limites
do lote.
Art. 49 - O terreno em torno das edificações e junto às paredes será
revestido, numa faixa mínima de 0,60m (sessenta centímetros) de largura, com
material impermeável e res istente, formando a calçada.
Art. 50 - As paredes externas dos edifícios e as paredes estruturais
deverão ter espessura mínima de 0,20m (vinte centímetros), quando
constituídas de alvenaria de tijolos comuns.
Art. 51 - As paredes divisórias deverão ter, no mínimo, 10cm de
espessura.
Art. 52 - Na cobertura dos edifícios, deverão ser empregados materiais
perfeitamente impermeáveis e imputrescíveis, de reduzida condutibilidade
calorífica, incombustíveis e capazes de resistir à ação dos agentes
atmosféricos.
Art. 53 - Nas paredes situadas junto às divisas dos lotes não podem ser
instalados vitrais fixos, janelas ou portas.
Parágrafo Único: As construções residenciais deverão manter um recuo
frontal mínimo de 3,0m e recuos laterais mínimos de 1,5m para lotes com
frente de 12,0m ou mais e de 1,0m para lotes com frente inferior a 12m.
Art. 54 - Em nenhuma hipótese, elementos construídos ou instalações
poderão interferir com a posteação ou a arborização de logradouros públicos.
Art. 55 - As edificações não poderão apresentar elementos salientes, tais
como degraus, elementos basculantes de janelas, marquises, bancadas, floreiras
e elementos decorativos, que se projetam além do alinhamento, em pontos
situados abaixo de 2,50m, medidos a partir do plano do passeio.
Parágrafo Único: São permitidos elementos salientes acima da altura de
2,50m, desde que não se projetem além de 0,80m (oitenta centímetros) sobre o
passeio.
Art. 56 - O Executivo pode, a seu critério, permitir que os toldos
retráteis ou facilmente desmontáveis, se projetem até cobrir o passeio.
Página 12 de 25
Art. 57 - Qualquer projeto de reforma ou intervenção a ser executado
em edificação tombada, ou em processo de tombamento, deverá ter caráter de
restauração e receber anuência prévia do órgão responsável pelo Patri mônio
Histórico e Cultural, antes de ser apresentado, para exame, ao órgão
competente da Prefeitura Municipal . Fica ainda dependendo de parecer prévio
desse órgão, o exame e aprovação de projetos de construção locados no entorno
de edificações ou sít ios tombados ou em processo de tombamento.
SEÇÃO III
Dos Elementos das Edificações
Escadas e Rampas
Art. 58 - Nas habitações coletivas e edificações de uso coletivo, a
largura mínima das escadas será de 1,20m (um metro e vinte centímetros), as
caixas de escada deverão ter a iluminação e a venti lação mínimas exigidas, ser
construídas com material incombustível, ter piso revestido de material
antiderrapante e proteção contra incêndios.
§ 1.º - A largura mínima para o piso de um degrau deve ser 0,25m (vinte
e cinco centímetros) e a altura máxima de cada degrau será de 0,20m (vinte
centímetros).
§ 2.º - Todas as escadas que se elevarem a mais de 1,00m (um metro) de
altura, deverão ser guarnecidas de guarda -corpo e corrimão, com altura de
0,90m (noventa centímetros).
§ 3.º - O patamar intermediário, com comprimento mínimo de l,00m (um
metro), será obrigatório todas as vezes que o número de degraus exceder 19
(dezenove)
§ 4.º - Não serão permitidos escadas em caracol.
§ 5.º - As escadas deverão oferecer condições ta is que, em sua passagem
sob qualquer obstáculo, à distância na vertical entre este e o piso do degrau
seja de, no mínimo, 2,20m.
Art. 59 - Nos edifícios com mais de 3 (três) pavimentos ou sempre que a
diferença entre o piso mais baixo e o mais alto for ig ual ou maior que l0,00m
(dez metros), inclusive subsolo, será obrigatória a instalação de, pelo menos,
um elevador.
§ 1.º - Os elevadores não poderão consti tuir o meio exclusivo de acesso
aos pavimentos, escadas ou rampas na forma estabelecida por esta Lei .
§ 2.º - O elevador ou elevadores de um prédio deverão, quando
obrigatórios, servir a todos os pavimentos.
Art. 60.º - Todo hall que dê acesso a elevador deverá possibilitar a
utilização da escada.
§ 1.º - Toda parede localizada defronte à porta de um el evador deverá
distar desta no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) nos edifícios
residenciais e 2,00m (dois metros) nos outros tipos de edifícios.
Página 13 de 25
§ 2.º - Para efeito do presente artigo, a distância será tomada sobre a
perpendicular tirada de um ponto de parede à porta do elevador
Art. 61 - As rampas para uso coletivo não poderão ter largura inferior a
1,50m (um metro e cinquenta centímetros), sua inclinação será, no máximo,
igual a 12% (doze por cento) e ser revestida com material antiderrapan te.
Parágrafo Único: As declividades compatíveis com o tráfego especial,
como macas, carros de alimentos, etc., devem ser adequadas à natureza de sua
atividade.
Garagens
Art. 62 - As garagens coletivas devem conter as seguintes
especificações:
I - ter pé-direito de, no mínimo 2,20m (dois metros e vinte centímetros),
medidos abaixo do vigamento, e sistema de ventilação permanente; terão as
paredes revestidas de material incombustível;
II - os vãos de entrada devem ter largura mínima de 3,00 (três metros) e,
quando comportarem mais de 50 (cinquenta) veículos, deverão ter, pelo menos,
dois vãos de entrada; terão o piso revestido de material antiderrapante e
impermeável;
III - cada vaga de estacionamento deverá ter largura mínima de 2,40m
(dois metros e quarenta centímetros) e comprimento mínimo de 5, 00m (cinco
metros); quando houver outro pavimento na parte superior, será o teto de
material incombustível;
IV - o corredor de circulação dos veículos deverá ter largura mínima de
3,00m (três metros), 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) ou 5,00m
(cinco metros), quando as vagas de estacionamento formarem, em relação ao
mesmo, ângulo de 30º (trinta graus), 45º (quarenta e cinco graus) ou 90º
(noventa graus) respectivamente;
V - as garagens não poderão ter comunicação direta com outro
compartimento, exceto cômodos de passagem.
Instalação Sanitária
Art. 63 - Toda edificação deverá dispor de instalação sanitária, ligada à
rede pública de esgotos, quando houver, ou à fossa séptica, com abastecimento
de água pela rede pública, ou por outro meio permitido.
SEÇÃO IV
DOS COMPARTIMENTOS
Art. 64 - Toda edificação onde se reúne grande número de pessoas,
deverá ter instalações e aparelhos sanitários proporcionais ao número e t ipo de
usuários, obedecidas as normas previ stas na ABNT e CLT.
Parágrafo Único: Os compartimentos de instalações sanitárias não terão
aberturas diretas para cozinhas ou para qualquer cômodo onde se desenvolvem
Página 14 de 25
processos de preparo e manipulação de produtos alimentícios e medicamentos.
Art. 65 - Os compartimentos de todas as edificações, sejam residenciais,
estabelecimentos escolares, hospitalares, comerciais ou de serviços, deverão
obedecer às disposições deste código quanto a dimensões, iluminação e
ventilação, apresentando boas condições de higie ne e possuindo instalação de
prevenção de incêndio.
Parágrafo Único: Sempre que a especificidade o exigir, deverá ser
consultado profissional especializado, órgão ou entidade de classe pertinente.
Art. 66 - Para efeitos desse Código, o destino dos compart imentos não
será considerado apenas pela sua designação no projeto, mas também pela sua
finalidade lógica, decorrente da disposição em planta.
Parágrafo Único: Em toda e qualquer habitação, compartimento algum
poderá ser subdividido com prejuízo das áreas mínimas aqui estabelecidas.
Art. 67 - Os compartimentos são classificados em:
I - compartimentos de permanência prolongada;
II - compartimentos de permanência transitória;
III - compartimentos de util ização especial.
Art. 68 - São compartimentos de permanência prolongada os de uso
definido, habitáveis e destinados a atividades de trabalho, repouso e lazer e que
exijam permanência confortável por tempo longo ou indeterminado, tais como:
dormitório, refeitório, sala de estar, de visitas, cozinha, sala de co stura, de TV,
loja, armazém, sala de aula/estudo, biblioteca, enfermaria, restaurante, salão de
festa/reunião, locais fechados para esportes, escritórios, consultórios, indústria
e outros de destino semelhante.
Art. 69 - São compartimentos de utilização t ransitória os de uso
definido, ocasional ou temporário, caracterizando espaços habitáveis de
permanência confortável por tempo determinado, tais como: vestíbulo, sala de
entrada, sala de espera, corredor, caixa de escada, rouparia, copa, despensa,
instalação sanitária, banheiro, arquivo, depósito, lavanderia, área de serviço,
garagem, hall e outros de destino semelhante.
Art. 70 - São compartimentos de utilização especial aqueles que, pela
sua destinação específica não se enquadram nos dois anteriores e di spensam
abertura para o exterior, como câmara escura, frigorífico, adega, armário e
outros de natureza especial que requerem iluminação e ventilação especiais
Art. 71 - Os pés direitos dos compartimentos terão as seguintes alturas
mínimas:
I - 2,70m (dois metros e setenta centímetros), para os de utilização ou
permanência prolongada, diurna ou noturna;
II — 2,40m (dois metros e quarenta centímetros), para os de utilização transitória.
Parágrafo Único: As portas de qualquer compartimento terão altura
mínima de 2,10m (dois metros e dez centímetros), no mínimo, sendo suas
Página 15 de 25
larguras variáveis conforme a utilização de cada compartimento.
Art. 72 - Para cada edificação com fins residenciais constituída por três
ou mais compartimentos, inclusive a instalação sani tária, deverá haver um
deles com área mínima de 12,00m 2 (doze metros quadrados).
Art. 73 - Os compartimentos de permanência prolongada terão área
mínima de 7 (sete) m 2 , com exceção da cozinha, que poderá possuir área
mínima de 5 (cinco) m 2 .
§ 1.º - Terão forma tal que permitam a inscrição de um círculo de 1,80m
(um metro e oitenta centímetros) de raio.
§ 2.º - Em unidades residenciais, poderá ser admitido um quarto de
serviço com área inferior a 7,00 (sete) m 2 e com largura mínima de 2,00 (dois)
m.
§ 3.º - A cozinha não poderá possuir comunicação direta com
dormitórios, banheiros e instalações sanitárias e terá suas paredes no mínimo
até 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e o piso revestidos de material
impermeável, resistente e liso.
Art. 74 - Cada pavimento destinado à habitação, diurna ou noturna,
deverá dispor, no mínimo, de uma instalação sanitária.
§ 1.º - Os compartimentos destinados a banheiros e instalações sanitárias
completas deverão ter área mínima de 3,00 (três) m 2 , com largura mínima d
1,20m (um metro e vinte centímetros)
§ 2.º - Os compartimentos destinados exclusivamente a chuveiros
deverão ter área mínima de 1,00 (um)m 2 , com largura mínima de 0,90m
(noventa centímetros).
§ 3.º - Os compartimentos destinados exclusivamente a latrinas, deverão
ter área mínima de 1,50m 2 (um metro e cinquenta centímetros quadrados), com
largura mínima de 0,90m (noventa centímetros) e obrigatoriamente incluir um
lavatório.
§ 4.º - As instalações sanitárias deverão ter as paredes, no mínimo até
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) e o piso revestidos em material
resistente, liso e impermeável.
Art. 75 - Os compartimentos de util ização transitória deverão ter:
I - área mínima de 1,50m 2 (um metro e cinquenta centímetros
quadrados);
II - ter forma tal que permita a inscrição de círculo de 0,80m (oitenta
centímetros) e diâmetro.
Art. 76 - Os compartimentos de utilização especial deverão ter suas
característ icas adequadas à sua função específica, garantindo condições de
Página 16 de 25
segurança e de habitabilidade, quand o exigirem a permanência do homem.
Art. 77 - Somente será permitida a subdivisão de qualquer
compartimento nos casos em que se mantiverem as condições de área mínima e
formato, aqui estabelecidos, nos compartimentos resultantes.
Art. 78 - O vão livre das portas será maior ou igual a:
I - 0,60m (sessenta centímetros) para acesso a box de vaso sanitário ou
de chuveiro, para acesso a sanitários e banheiros, vestiários ou despensa de uso
privativo de uma unidade autônoma;
II - 0,80m (oitenta centímetros) para acesso a cozinhas, lavanderias,
compartimentos de permanência prolongada em geral e para entrada principal
de unidade residencial, nos casos não contemplados pelas normas específicas,
exceto para quartos onde poderá ser utilizado 0,70m (setenta centímetr os);
III - 1,20m (um metro e vinte centímetros) para acesso a edificação de
uso coletivo (de até 04 pavimentos).
Art. 79 - As passagens ou corredores deverão ter largura suficiente para
o escoamento dos compartimentos ou setores da edificação a que dão ac esso.
§ 1.º - Quando de uso privativo, a largura mínima será de 0,90m (noventa
centímetros);
§ 2.º - Quando de uso comum ou coletivo, a largura mínima será de
1,20m (um metro e vinte centímetros);
§ 3.º - Para passagens ou corredores de uso comum ou coleti vo, com
extensão superior a 10,0m (dez), a largura mínima exigida para escoamento
será acrescida de, pelo menos, 0,10m (dez centímetros) para metro de
comprimento excedente.
Art. 80 - Quando os pavimentos de uma edificação constituem uma única
habitação, deverão comunicar—se internamente por meio de escada ou de
rampa, com largura mínima de 0,90m (noventa centímetros).
SEÇÃO V
Dos Estabelecimentos de Indústria, Comércio e Serviços
Art. 81 - As edificações para o trabalho abrangem aquelas destinadas aos
usos industrial , comercial, institucional e de serviços e que, além do que é
regulamentado neste código, deverão atender as normas e exigências da CLT e
AENT quanto à segurança, à higiene e conforto nos ambientes de trabalho.
Art. 82 - As instalações de uso industrial deverão atender, além das
demais disposições deste código, as seguintes exigências:
I - iluminação natural nos locais de trabalho, através de abertura com
área mínima de 1/6 (um sexto) da área do piso;
II - instalações sanitárias adequadamente dimensionadas e separadas por
bloco, incomunicáveis diretamente com compartimentos de serviços;
Página 17 de 25
III - fontes de calor dotadas de isolamento térmico e afastadas, no
mínimo, 0,5Cm (cinquenta centímetros) das paredes;
IV - depósitos de combustíveis adequadamente localizados e
protegidos;
V - equipamentos e instalações de proteção contra incêndios;
VI - equipamentos e instalações de prevenção contra poluição ambiental ,
aprovado pelo órgão competente da Prefeitura Municipal e Secretaria Estadual
do Meio Ambiente, de acordo com o respectivo processo de licenciamento
ambiental , exigido em Lei;
VII - ter pé direito mínimo de 3,20 (três metros e vinte centímetros)
Art. 83 - Nas edificações destinadas ao comércio e/ou serviços, os
compartimentos deverão atender ao seguinte:
I - ter pelo menos 6,00 (seis) m 2 de área e que permitam a inscrição de
um círculo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de raio;
II - ter pé direito mínimo de 2,70m (dois metros e setenta centímetros)
quando sua área não exceder 25,00 (vinte e cinco) m2 , de 3,20m (três metros e
vinte centímetros) quando a área ficar entre 25,00 (vinte e cinco) e 75,00
(setenta e cinco) m2 e 4,00 (quatro)m para áreas superiores a 75,00 (setenta e
cinco) m2
III - ter instalações sanitárias convenientemente i nstaladas, e quando
a área exceder 75,00 (setenta e cinco) m 2 serem privativas e separadas para
casa sexo;
IV - que tenham depósito de lixo, quando possuírem mais de dois
pavimentos.
Art. 84 - As edificações destinadas a escri tórios, consultórios, estúdio s
de atividades profissionais, salões e similares, terão instalações sanitárias
privativas por sala, ou conjunto de instalações sanitárias, separados para cada
sexo, na proporção de um vaso e um lavatório para cada 10 (dez) salas ou
400,00 (quatrocentos) m 2 de área construída ou fração por pavimento.
Art. 85 - Serão permitidas sobrelojas parciais, desde que não cubram
mais de 60% (sessenta por cento) da área da loja, não prejudiquem os índices
de iluminação e ventilação previstas neste código, e que sejam executadas em
lojas que possuam pé direito mínimo de 5,50m (cinco metros e cinquenta
centímetros), guardando um mínimo de 2,70m (dois metros e setenta
centímetros) abaixo da sobreloja.
Parágrafo Único: As sobrelojas devem comunicar -se com a loja por meio
de escada interna fixa ou rampa.
Art. 86 - Os porões poderão ser usados como depósitos desde que
satisfaçam as seguintes condições:
I - terão piso impermeabilizado;
II - terão pé direito mínimo de 2,0 (dois)m;
III - suas paredes serão revestidas de materi al impermeável e resistente
até 0,30m (trinta centímetros), na face externa acima do terreno exterior.
Página 18 de 25
Art. 87 - As edificações destinadas a hospitais, clínicas e laboratórios de
análise e pesquisa, e a serviços de saúde em geral , deverão estar de acordo com
as normas e padrões de construções e instalações de serviços de saúde
estabelecidas pela Lei Federal n.º 6.229, de 17 de julho de 1.975 e respectivos
decretos e portarias, normas estabelecidas pela Secretaria Estadual de Saúde,
bem como as normas da CLT e da ABNT.
Art. 88 - As edificações destinadas a estabelecimentos de ensino deverão
obedecer ás normas construtivas estabelecidas pela Secretaria de Estado da
Educação, além das disposições deste Código que lhes forem aplicáveis, da
CLT e ABNT.
Art. 89 - Para as edificações destinadas a estabelecimentos de
hospedagem, se estabelecem as seguintes exigências, além das disposições
deste Código e prescrições da CLT e AENT:
I- hall de recepção;
II - entrada de serviço independente da entrada de hóspedes;
III - instalações sanitárias do pessoal de serviços independentes e
separadas das destinadas aos hóspedes;
IV - lavatório com água corrente em todos os dormitórios, quando não
houver banheiro exclusivo ao dormitório;
V - depósito para lixo.
Art. 90 - Os edifícios públicos deverão obedecer, além disposições deste
Código, que lhes forem aplicáveis, seguintes exigências, para cumprir o
previsto no artigo 26 presente Lei:
I - as rampas de acesso ao prédio deverão ter declividade máxima de 8%
(oito por cento) e possuir piso antiderrapante e corrimão na altura de 0,75m
(setenta e cinco centímetros);
II - na impossibilidade de construção de rampas, a portaria deverá ser no
mesmo nível de calçada;
III - quando da existência de elevadores, estes deverão ter dimensões
mínimas de 1,10m x 1,40m (um metro e dez centímetros por um metro e
quarenta centímetros);
IV - os elevadores deverão atingir todos os pavimentos, inclusive
garagens e subsolos;
V - todas as portas deverão ter largura mínima de 0,80m (oitenta
centímetros)
VI - os corredores deverão ter largura mínima de 1,20m (um metro e
vinte centímetros) .
Art. 91 - Nos edifícios públicos, em pelo menos um gabinete sanitário de
cada banheiro masculino e feminino, deverão ser obedecidas as seguintes
condições:
I - dimensões mínimas de 1,40m x 1,85m (um metro e quarenta por um
metro e oitenta e cinco centímetros)
II - o eixo do vaso sanitário deverá ficar a uma distância de 0,45m
(quarenta e cinco centímetros) de uma das paredes laterais;
Página 19 de 25
III - a porta não poderá abrir para dentro do gabinete sanitário e terá, no
mínimo, 0,80m (oitenta centímetros) de largura;
IV - a parede lateral mais próxima ao vaso sanitário, bem como o lado
interno da porta, deverão ser dotadas de alça de apoio, a uma altura de 0,80 m
(oitenta centímetros);
V - os demais equipamentos não poderão ficar a alturas superiores a 1,00
m (um metro).
Art. 92 - As edificações destinadas a asilo, orfanatos, albergues e
congêneres, bem como as destinadas a auditórios, cinemas, teatros, locais de
cultos e similares deverão atender as normas e exigências quanto a segurança,
higiene e conforto, da CLI e ABNT.
Parágrafo único: Para essas edificações a Prefeitura poderá, a qualquer
tempo, exigir a apresentação de projetos de prevenção e combate a incêndio, de
acordo com prescrição do Corpo de Bombeiros, e fiscalizar sua execução.
Art. 93 - Em qualquer estabelecimento comercial, industrial ou de
prestação de serviços, os locais onde houver preparo ou manipulação de
alimentos, deverão possuir piso e paredes, até altura mí nima de 2,00 (dois)m,
revestidos com material l iso, resistente, lavável e impermeável.
§ 1.º - Os açougues, peixarias e estabelecimentos congêneres, deverão
dispor de chuveiros, na proporção de 1 (um) para cada 150,00 (cento e
cinquenta)m2 de área útil ou fração.
§ 2.º - Nos locais em que se servem alimentos ou bebidas ao público, tais
como bares, restaurantes, casas de lanches, confeitarias e similares, os
sanitários e lavatórios deverão ser acessíveis ao público.
§ 3.º - As farmácias deverão ter compart imentos destinados à guarda de
drogas, aviamento de receitas, curativos e aplicações de injeção com pisos e
paredes, estas até a altura de 2,00 (dois)m, revestidos em material liso,
resistente, lavável e sanitários passíveis de serem utilizados pelo públic o.
§ 4.º - Os supermercados, mercados e lojas de equipamentos, deverão
atender as exigências específicas para cada uma das seções, de acordo com as
atividades nela desenvolvidas, conforme as disposições da CLT e AENT
aplicáveis, bem como as normas de Saúde Pública, Vigilância Sanitária e
Código de Posturas Municipal.
SEÇÃO VI
Das Construções Especiais
Art. 94 - As chaminés deverão ser localizadas de tal maneira que o fumo,
fuligem, odores ou resíduos que possam expelir, não incomodem os vizinhos,
exigindo-se a instalação de dispositivos que evitem tais incidentes, quando
necessário.
Parágrafo Único: Na execução de chaminés deverão ser observadas as
normas técnicas estabelecidas pela ABNT.
Página 20 de 25
Art. 95 - As piscinas em geral terão as paredes e o fundo revestid os com
material resistente, l iso, lavável e impermeável, quando se destinarem ao uso
coletivo, aparelhamento para tratamento e renovação da água.
Art. 96 - As estações de tratamento de esgoto deverão ser projetadas e
executadas de acordo com as normas da ABNT, possuir RT (responsável
técnico) de projetos e execução, e ter o respectivo acompanhamento da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quando do projeto e sua execução.
SEÇÃO VII
Iluminação e Ventilação
Art. 97 - Os compartimentos destinados às at ividades humanas deverão
ter iluminação e ventilação naturais, através de aberturas voltadas diretamente
para a área aberta externa à edificação.
Art. 98 - O total da superfície das aberturas destinadas a iluminar e
ventilar um compartimento se relaciona com a área de seu piso e não poderá ser
inferior a:
I - 1/6 (um sexto) da área do piso de compartimento de permanência
prolongada;
II - 1/8 (um oitavo) da área do piso de compartimento de utilização
transitória ou especial.
§ 1.º - Para efeito de ventilação dos compartimentos, as aberturas
deverão ser dotadas de dispositivos que permitam a renovação do ar em pelo
menos 50% (cinquenta por cento) da área exigida para iluminação.
§ 2.º - A superfície das aberturas destinadas a iluminação e ventilação de
um compartimento, através de varanda, será calculada considerando -se a soma
das áreas dos respectivos pisos.
Art. 99 - Os espaços externos capazes de iluminar e ventilar os
compartimentos são áreas descobertas que devem atender a condições mínimas
quanto à sua forma e dimensões, classificando-se como:
I - áreas abertas;
II - áreas fechadas.
§ 1.º - As áreas abertas devem atender às seguintes características:
a) ter como um de seus lados o alinhamento frontal do lote;
b) permitir a inscrição de dois círculos, tangentes entre si com diâmetro
mínimo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), no caso de edificações
de até 2 (dois) pavimentos;
c) permitir, a partir do segundo pavimento acima do térreo, a inscrição de
um círculo de diâmetro D dado pela fórmula D=H /10 + 1,50, onde H=distância
Página 21 de 25
em metros, do piso do último pavimento ao piso do 2.º pavimento iluminado e
ventilado pela área.
§ 2.º - As áreas fechadas devem atender às seguintes características:
a) apresentar uma superfície medindo, no mínimo, 10m 2 (dez metros
quadrados)
b) permitir a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de 2,30m (dois
metros e trinta centímetros);
c) permitir, a partir do primeiro pavimento acima do térreo, a inscrição
de um circulo de diâmetro D dado pela fórmula D=H/6 + 2, onde H é a
distância em metros, do piso do últ imo pavimento ao piso do 20 pavimento
iluminado e ventilado pela área.
§ 3.º - Os compartimentos de permanência prolongada somente poderão
ser iluminados e ventilados através de área aberta.
Art. 100 - A altura do pé direito, as aberturas para iluminação e
ventilação e a altura mínima de impermeabilização de paredes em função dos
compartimentos estão definidos no Anexo I.
SEÇÃO VIII
Das Disposições Especiais
Art. 101 - No caso de prédios com corpos salientes, o ma is avançado é
que deverá guardar a distância mínima estabelecida para o afastamento frontal
na Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 102 - Será permitida a construção de marquises na fachada das
edificações, desde que obedeçam às seguintes condiçõ es:
I - não excederem a largura máxima de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros) ou metade da largura do passeio, para passeio com largura inferior
a 3,00m;
II - não apresentarem qualquer elemento abaixo da cota de 3,00m (três
metros);
III - serem construídos de material incombustível e resistente à ação do
tempo;
IV - terem, na face superior, caimento em direção à fachada do edifício,
junto à qual haverá calha provida de condutor para coletar e encaminhar as
águas sob o passeio, para a sarjeta do logrado uro;
V - não prejudicarem a arborização e iluminação pública nem ocultarem
placas de sinalização;
VI - quando construídas em logradouros de grande declividade, as
marquises se comporão de tantos segmentos horizontais quantos forem
convenientes.
SEÇÃO IX
DA CONCLUSÃO DAS OBRAS
Página 22 de 25
Art. 103 - Terminada a construção de uma edificação, esta somente
poderá ser habitada ou utilizada após concessão do “Habite -se”.
Art. 104 - O “Habite-se” será concedido mediante solicitação do interessado,
após o pagamento da taxa correspondente e vistoria da Prefeitura, onde se
verifique rigorosa observância das prescrições desta Lei e projeto aprovado.
§ 1.º - Na hipótese de ter sido ocupado o prédio com irregularidade na
sua construção, ser -lhe-á negada a baixa com as cominações legais.
§ 2.º - Será permitida a instalação de máquinas, balcões, armários e
prateleiras nos prédios destinados a estabelecimentos industriais e comerciais,
sem que possam, entretanto, funcionar antes da vistoria.
§ 3.º - Se na vistoria for constatado que a edificação não foi construída,
reconstruída, reformada ou acrescida, de acordo com o projeto aprovado pela
Prefeitura Municipal, o interessado será notificado a legalizar as obras,
executando as necessárias modificações, sob pena de multa.
Art. 105 - Será concedido “Habite-se” parcial de construção nos
seguintes casos:
I - quando se tratar de edificação com mais de 2 (dois) pavimentos em
que poderá ser concedida baixa de construção (habite -se) por partes, à medida
que estas se concluírem;
II - quando se tratar de prédio composto de parte comercial e parte
residencial e cada qual puder ser uti lizada independentemente da outra.
Art. 106 - Concedido o “Habite -se”, não poderá o proprietário mudar a
destinação do prédio, salvo com prévia licença da Prefeitu ra Municipal, sob
pena de sanções cabíveis, inclusive interdição judicial.
§ 1.º - Só será permitida a mudança parcial ou total da destinação de um
prédio quando isto não contrariar as disposições desta Lei e da Lei de Uso e
Ocupação do Solo.
§ 2.º - A licença para mudança de destinação, solicitada em requerimento
instruído com o projeto de edificação, será concedida por alvará, depois de
verificada sua regularidade.
Art. 107 - Antes de ser concedido o “Habite -se”, a Prefeitura deverá
providenciar para que os elementos de interesse da tributação municipal sejam
transcritos no cadastro fiscal.
CAPÍTULO V
Das Infrações e Penalidades
Art. 108 - As infrações aos dispositivos desta Lei, no que se refere às
normas de edificações, serão previstas com as seguint es penas, inclusive no
caso de obras públicas:
I - multa;
II - embargo da obra;
III - interdição do prédio ou dependência;
Página 23 de 25
IV - demolição.
§ 1.º - A imposição de penalidade não se sujeita à ordem em que estão
relacionadas neste artigo.
§ 2.º - A aplicação de uma das penalidades previstas neste art igo, não
prejudica a de outra, se cabível.
Art. 109 - Serão aplicadas ao proprietário, autor do projeto ou
responsável técnico pela obra, conforme o caso, as seguintes multas a serem
pagas no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data da emissão:
I - alteração de projeto aprovado com o falseamento de medidas, cotas e
demais indicações, 3 (três) UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho) por metro
quadrado ou fração, de área irregular;
II - início ou execução de obras sem licença, sem a aprovação do projeto
arquitetônico ou em desacordo com o projeto aprovado, 0,01 (um centésimo) da
UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho) por metro quadrado ou fração;
III - execução de obra cujo Alvará esteja vencido, (três) UFB’s (Uni dade
Fiscal de Brumadinho);
IV - falta de projeto aprovado e demais documentos exigidos no local da
obra, 1 (uma) UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho);
V - inobservância das prescrições sobre andaimes e tapumes, 5 (cinco)
UFB’s (Unidade Fiscal de Brumadinho) ;
VI - ocupação de prédio sem o respectivo “Habite -se”, 5 (cinco) UFB’s
(Unidade Fiscal de Brumadinho);
VII - inobservância das prescrições sobre medidas e equipamentos de
combate e prevenção contra incêndio, 5 (cinco) UFB’s (Unidade Fiscal de
Brumadinho).
Art. 110 - Dar-se-á o embargo da obra nos seguintes casos:
I - execução de obra ou instalação sem o Alvará;
II - execução de obra em desacordo com o projeto aprovado;
III - execução de obra ou instalação com risco de sua própria segurança e
estabil idade, bem como ameaça à segurança pública e dos empregados da obra;
IV - execução de obra sem a responsabilidade técnica de profissional
habilitado e cadastrado na Prefeitura Municipal;
V - não recolhimento no prazo legal de multa imposta ao infrator;
VI - não atendimento das determinações constantes do auto de infração;
VII - quando desrespeitadas as normas da ABNT.
Art. 111 - Ocorrendo alguma das hipóteses do artigo anterior, o
encarregado da fiscalização, depois de lavrado o auto para imposição de multa,
fará o embargo provisório da obra, por simples comunicação ao construtor,
dando imediata ciência do ato à autoridade superior.
Art. 112 - Verificada a procedência do embargo, a autoridade superior
far-lhe-á carácter definitivo em auto que mandará lavrar, no qual fará constar
as exigências para que a obra possa continuar.
Página 24 de 25
Parágrafo Único: O embargo somente será levantado após o
cumprimento de todas as exigências consignadas no respectivo auto.
Art. 113 - A edificação ou qualquer das suas dependências, será
interditada se o proprietário, no prazo que lhe for fixado, não atender as
exigências julgadas necessárias à segurança da edificação.
Art. 114 - A demolição, total ou parcial , será imposta em caso de obra
julgada em risco, quando o proprietário não tomar a s providências
determinadas para a sua segurança.
CAPÍTULO VI
Das Disposições Finais
Art. 115 - Pelo descumprimento de outros preceitos desta Lei, não
especificados anteriormente, o infrator deve ser punido com multa no valor
equivalente a 1 (uma) UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho)
Art. 116 - Para efeito desta Lei, a UFB (Unidade Fiscal de Brumadinho)
é aquela vigente na data em que a multa for aplicada.
Art. 117 - Os prazos previstos nesta Lei contar -se-ão por dias corridos.
Parágrafo Único: Não será computado no prazo o dia inicial e prorrogar -
se-á para o primeiro dia útil o vencimento de prazo que incidir em sábado,
domingo e feriado.
Art. 118 - A multa não paga no prazo legal será inscri ta em dívida, sendo
que os infratores que estiverem em débito de multa não poderão receber
quaisquer quantia ou créditos que tiverem com a Prefeitura Municipal,
participar de licitações, celebrar contratos de qualquer natureza, ou
transacionar, a qualquer titulo, com administração municipal .
Art. 119 - Os débitos decorrentes de multas não pagas no prazo previsto,
terão valores atualizados com base nos índices de correção monetária, fixados
pelo órgão federal competente, em vigor na data de liquidação da dívida.
Art. 120 - Quando o infrator incorrer simultaneamente em mais de uma
penalidade constante de diferentes disposições legais, aplicar -se-á a pena
maior, acrescida de 2/3 (dois terços) de seu valor.
Art. 121 - Os licenciamentos concedidos na vigência das leis anteriores
para edificação cujas obras não tenham sid o iniciadas até a data da
promulgação desta Lei, serão cancelados.
Art. 122 - As normas aqui estabelecidas não isentam da elaboração das
legislações complementares a esta Lei, especialmente aquelas relativas a meio
ambiente, parcelamento, edificações e cl assificação viária.
Página 25 de 25
Parágrafo Único: Loteamentos específicos poderão adotar parâmetros de
construção mais restritivos que os desta Lei, desde que constantes do projeto
de parcelamento aprovado pela Prefeitura Municipal, ou aprovados pelos
moradores em assembléia majoritária e mediante anuência do Município
Art. 123 - Fazem parte integrante desta Lei os seguintes anexos:
Anexo I - Tabela de Condições de Compartimentos;
Anexo II - Carimbos padronizados tipos 1 e 2.
Art. 124 - Os casos omissos e aqueles que necessitam de avaliações
específicas, serão analisados pelo setor responsável da Prefeitura Municipal,
tendo sua solução de acordo com procedimentos a serem regulamentados pelo
Executivo.
Parágrafo Único: A revisão e atualização desta Lei só poderão ser f eitas
através de Lei específica.
Art. 125 - O Executivo expedirá os decretos, portarias e demais atos
administrativos que se fizerem necessários à fiel observância das disposições
desta Lei.
Parágrafo Único: Antes de iniciar a cobrança de multas, o Executi vo
Municipal promoverá, por um prazo de 06 (seis) meses, contados a partir da
publicação desta Lei, campanha de esclarecimento ao público sobre o novo
Código de Edificações, sem prejuízo da fiscalização.
Art. 126 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
revogando—se as disposições em contrário, especialmente a Lei n.º 306, de
31/01/74.
Brumadinho, 21 de dezembro de 2000.
NERY BRAGA
Prefeito Municipal