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Carvão Mineral BrasileiroCarvão Mineral Brasileiro
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Gilberto Lobo JuniorGilberto Lobo Junior
Tipos de Carvão Mineral
Existem diferentes tipos de carvão, alguns de melhor qualidade como fonte de energia (os que têm maior porcentagem de carbono) e outros de poder calorífero inferior.
Turfa
Linhito
Hulha
Antracito
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TURFA :
Origem: As turfas resultam da decomposição dos vegetais nas lagoas, pântanos, encontrando-se como massa de estruturas fibrosa, emaranhada de raízes, hastes e detritos dos vegetais donde provieram.
Utilização: É um combustível fraco, com aplicações restritas (fornalhas, cerâmicas, estufas)
Reservas: No Brasil, se tem encontrado algumas turfeiras, nas costas baixas dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Marambaia).
LINHITO :
Origem: Constituídos pelos produtos de decomposição de vegetais de certo porte, acumulados e soterrados por fenômenos geológicos.
Utilização: Combustíveis de importância industrial, aplicáveis a fornalhas, fornos, fornos de calcinação e cerâmica. Alguns podem produzir semicoque, por destilação a baixas temperaturas, com aproveitamento dos gases.
Reservas: Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina
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HULHA :
Origem: São resultados de decomposição de verdadeiras florestas que existiram em épocas em que as condições climáticas da terra foram extremamente favoráveis a vida vegetal
Utilização: Fornecem, além de Carbono para coque siderúrgico, os hidrocarbonetos tornando-se assim importantes fontes de matéria prima de natureza química, sendo aproveitados como subprodutos da destilação e empregadas para a fabricação de corantes, anilinas, medicamentos, explosivos, borracha sintética, solventes.
Reservas: Ocorrem em abundância os mais importantes centros industriais do mundo moderno: Pensilvânia, Ruhr, Inglaterra, Rússia, França e China.
ANTRACITO :
Origem: O ultimo estagio destas transformações é representado pelo antracito (do grego ANTRAX = CARVAO), que contem o mínimo de umidade e matéria voláteis e o Maximo de carbono.
Utilização: Combustíveis de importância industrial, de elevado PCI, utilizado amplamente na produção do coque siderúrgico, podendo ser utilizado na injeção direta em altos-fornos.
Reservas: Austrália e China
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Porcentagem dos Elementos no Carvão Mineral
O quadro abaixo mostra a composição elementar, desde vegetais até o termo mais evoluído do carvão mineral que é o antracito, quase carbono puro:
Tipo % O2 % H2 % C
Celulose 49.4 6.2 44.4
Turfa 40.0 6.0 54 a 60
Linhito 25.0 5.0 65 a 75
Hulha 15.0 4.5 75 a 85
Antracito 3.0 2.0 95.0
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Porcentagem dos Elementos no Carvão Mineral
O quadro abaixo mostra a composição elementar, desde vegetais até o termo mais evoluído do carvão mineral que é o antracito, quase carbono puro:
Tipo Valor Calorífico kcal
Turfa 1500 - 2000
Linhito 2000 - 7000
Hulha 7000 - 8500
Antracito 8500 - 9000
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Reservas no Brasil
No Brasil, as principais reservas de carvão mineral estão situadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, em ordem decrescente, São Paulo é a menor:
Reservas de Carvão no Brasil ( x 109 ton)
Rio G. do Sul 28.859
Santa Catarina 1.941
Paraná 179
São Paulo 10
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Reservas de Carvão Mineral no Rio Grande do Sul
* 3,9 bilhões são mineráveis a céu aberto
Região do Estado Reservas ( bilhões de ton ) %
Candiota * 12,27 42,5
Baixo Jacuí 8,41 29,2
Litoral 8,13 28,2
TOTAL 28,81 100
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CARACTERÍSTICAS
O carvão brasileiro é considerado de "má qualidade" para uso siderúrgico, devido a sua alta porcentagem de cinzas e enxofre, que, além de reduzir o poder calorífico do carvão, também influi nas características do aço.
Composição do Carvão Brasileiro
Carbono 59.87%
Hidrogênio 3.78%
Oxigênio 7.01%
Enxofre 2..51%
Cinzas 26.83%
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Carvão Mineral Australiano e Chinês
A Austrália está perdendo para a China a sua fatia de mercado de carvão no Brasil.
As principais usinas siderúrgicas brasileiras, que têm sido tradicionais compradoras do carvão australiano, estão preferindo o da China. O carvão australiano é de melhor qualidade, mas o produto chinês custa menos, devido à assistência governamental, aos incentivos à exportação e à expansão das ferrovias e dos portos chineses.
O carvão Australiano e Chinês são considerados como hulha e antracito.
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Coqueificação x Qualidade do carvão Mineral
Fundamentalmente, a coqueificação consiste em submeter uma mistura de carvões de características adequadas a uma destilação, em ausência de ar, até temperaturas da ordem de 1000 – 1100°C, dando origem a produtos voláteis e a um resíduo sólido e poroso, infusível, basicamente constituído de carbono, denominado coque.
É desejado, na maioria dos casos, que o coque não tenha mais do que 5% de umidade, 9% de cinzas e 0,7% de enxofre. Portanto é evidente que quanto maior for o percentual de cinzas num carvão, menor será sua valorização.
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Características exigidas
O coque metalúrgico deve atender a quatro requisitos principais, que são:
forte resistência mecânica
alto ponto de fusão
boa porosidade
baixo teor de cinzas.
Também deve obedecer os seguintes comportamentos decisivos:
Produzir CO necessário para reduzir o óxido de ferro e obter redução dos elementos secundários que entram na composição do gusa.
Fornecer com sua combustão a energia necessária ao processo.
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Fatores que Influenciam na Qualidade do Coque
Umidade: A umidade representa prejuízo porque durante a sua vaporização consome calorias prejudicando o balanço térmico do alto forno, sendo que 1% de umidade do coque abaixa em cerca de 6% a temperatura dos gases quentes. Um bom coque de alto forno não deve conter mais do que 5% de umidade.Enxofre: O enxofre diminui a eficiência do coque porque quanto maior for a quantidade de enxofre, maior será conseqüentemente a quantidade de escória a ser eliminada. Atualmente, em muitas usinas, usa-se dessulfurar o gusa em instalações localizadas fora dos altos fornos.Cinzas: Quanto mais baixo for o teor de cinzas, melhor será a qualidade do coque a ser usada no alto forno, pois com o aumento do teor de cinzas precisa-se de uma maior quantidade de fundentes, ocasionando uma maior geração de escória e diminuindo a produtividade do alto forno.Matérias Voláteis: É o grau de coqueificação do carvão. Normalmente um coque de boa qualidade apresenta-se praticamente isento de matérias voláteis, ou num teor muito baixo.Carbono Fixo: É o componente mais importante para a determinação da qualidade do coque. O seu percentual varia entre 78% a 90%.
Métodos de Lavra de carvão no Brasil
A CÉU ABERTO – Cortes com decapeamento de largas faixas de jazimento, remoção do solo e posteriormente retirada da camada de carvão
Mina do Recreio, Butiá – Leão, RS
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Mina de Candiota, RS
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Lavra a céu aberto
Métodos de lavra do carvão no Brasil
LAVRA SUBTERRÂNEA – O principal método de lavra subterrânea no Brasil é o método de câmaras e pilares. Nesse método, o fator de recuperação da jazida é de 50%
Mina Santa Augusta, SC
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Observações :
Lavra a céu aberto – Facilidade de extração e na recuperação da área
Lavra Subterrânea – Dificuldade de extração, risco de desabamentos e menor fator de recuperação da jazida.
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Os recursos mundiais de carvão situam-se provavelmente entre 8 e 10 trilhões de toneladas.
Porém, esse carvão nunca será extraído totalmente, pois a maior parte desse minério estende-se em camadas finas ou profundas demais para serem exploradas.
Sendo assim, em alguns casos seria necessário usar mais energia para retirar os últimos resíduos de carvão da profundeza da terra do que a própria energia que são capazes de produzir.
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Conseqüências da extração
Como conseqüência da lavra de carvão, tanto a céu aberto quanto subterrânea, grandes áreas foram degradadas e tiveram seus recursos naturais comprometidos, tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina.
Assim, algumas áreas, em ambos os estados, já foram recuperadas e outras estão em fase de recuperação.
Área em recuperação em Criciúma - SC Área recuperada em Criciúma - SC
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Área recuperada em Candiota - RS
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Utilização
85% do carvão extraído no Brasil é consumido na produção de termoeletricidade
6% na indústria cimenteira
4% na indústria de papel celulose
5% nas indústrias de cerâmica, de alimentos e secagem de grãos.
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Ela é resultante da queima de algum tipo de material orgânico que serve como combustível e que, ao ser queimado, produz vapor.
A pressão deste vapor é tão alta que faz mover pás de uma turbina, que por sua vez, aciona o gerador e produz energia.
Os combustíveis mais utilizados são:
óleo combustível
óleo diesel
gás natural
urânio enriquecido (que dá origem à energia nuclear)
carvão mineralcarvão mineral
Energia Termelétrica
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Termoelétrica ( Funcionamento)
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Vantagens da termelétrica no Brasil
Existência de’ boas jazidas’ na região sul
Fácil extração
Custos moderados, com substancial redução pelo acréscimo das escala produtiva
Questões ambientais equacionadas
Usina Presidente Médici – Candiota - RS
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Empreendimento
Proprietário Município UF Potência MW
São Jerônimo
GGTE São Jerônimo
RS 20
Presidente Médici
GGTE Candiota RS 446
Figueira COPEL Capivari de Baixo
PR 20
Jorge Lacerda A
TRACTEBEL Capivari de Baixo
SC 232
Jorge Lacerda B
TRACTEBEL Capivari de Baixo
SC 262
Jorge Lacerda IV
TRACTEBEL Capivari de Baixo
SC 363
Charqueadas
TRACTEBEL Charqueadas
RS 72
Total 1415MW
Usinas Termelétricas a Carvão no Brasil
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Empreendimento
Proprietário Município UF Potência MW
Fase C da Pr. Médici
GGTE Candiota RS 350
Seival SEIVAL LTDA
Candiota RS 542
Sul Catarinense
SUL CATARINEN
SE S/A
Treviso SC 440
Jacuí TRACTEBEL Charqueadas
RS 350
Figueira II COPEL Figueira PR 140
CT Sul DMC Cachoeira do Sul
RS 650
Total 2472MW
Novos Projetos
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Conseqüências
Emissão do gás carbônico (CO2) que é o principal responsável pelo aumento do efeito estufa.
Influencia na formação da chuva ácida devido à liberação de poluentes como dióxido de carbono (CO2) e enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio durante a combustão.
Outros poluentes que causam danos às pessoas, animais e plantas.
Chuva ÁcidaChuva Ácida
Desgaste de esculturas em mármore na Grécia
Chuva ÁcidaChuva Ácida