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8/11/2019 ciencias_6_ano.pdf http://slidepdf.com/reader/full/ciencias6anopdf 1/48 Lindo Balão Azul Eu vivo sempre no mundo da Lua Porque sou um cientista O meu papo é futurista, É lunático Eu vivo sempre no mundo da Lua Tenho alma de artista Sou um gênio sonhador E romântico(a) Eu vivo sempre no mundo da Lua Porque sou aventureiro Desde o meu primeiro passo pro infinito... Eu vivo sempre no mundo da Lua Porque sou inteligente Se você quer vir com a gente Venha que será um barato Pegar carona nessa cauda de cometa Ver a Via Láctea, Estrada tão bonita Brincar de esconde-esconde Numa nebulosa, Voltar pra casa, Nosso lindo balão azul. (ARANTES, Guilherme. Meu Mundo e Tudo Mais ao Vivo. CBS/Sony/Columbia, 1990.) Um olhar para o Universo EF2_6A_CIE_003         O            l                i        v        e           r          S           t       e       i     n   .       N        A       S       A  .        N        A       S       A   .

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Lindo Balão Azul

Eu vivo sempre no mundo da Lua

Porque sou um cientista

O meu papo é futurista,

É lunático

Eu vivo sempre no mundo da Lua

Tenho alma de artista

Sou um gênio sonhador

E romântico(a)

Eu vivo sempre no mundo da Lua

Porque sou aventureiro

Desde o meu primeiro passo pro infinito...

Eu vivo sempre no mundo da Lua

Porque sou inteligente

Se você quer vir com a gente

Venha que será um barato

Pegar carona nessa cauda de cometa

Ver a Via Láctea,

Estrada tão bonitaBrincar de esconde-esconde

Numa nebulosa,

Voltar pra casa,

Nosso lindo balão azul.

(ARANTES, Guilherme. Meu Mundo e Tudo Mais aoVivo. CBS/Sony/Columbia, 1990.)

Um olhar

para o Universo

EF2_6A_CIE_003

        O           l               i       v       e

          r 

        S          t

      e      i    n

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      N       A      S      A

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       N       A      S      A

  .

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O Universo  Analise a letra da música da página anterior e discuta com os colegas as seguintes

questões:Por que o cantor se refere à Via Láctea como uma estrada?

O que é o balão azul?

É isso aí amigo. Pegue uma carona conosco e venha fazer esta viagem!Que tal observarmos o céu por alguns instantes?

   M   i   l  o  s   l  a  v   D  r  u  c   k  m  u   l   l  e  r .

  Em algum momento, você já se perguntou como o Universo surgiu? De onde vieramtodos os planetas e estrelas como as da foto?

Mas, será que o que realmente existe nessa imensidão são só planetas e estrelas? O cor-reto é dizer céu ou Universo?

A fração do Universo que podemos observar aqui da Terra é o que chamamos de céu ou

abóboda celeste. Universo é tudo aquilo que existe: desde as menores partículas até os astroscomo as estrelas, planetas, satélites naturais, entre outros.

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Astronomia é a ciência que tem por objetivo estudar os astros, seus movimentos,sua constituição, origem e evolução.

Muitas são as teorias que tentam ex-plicar a origem do Universo. Entretanto, ateoria mais aceita, entre os cientistas, é ado Big Bang ou a grande explosão.

Entre as evidências de que essa explo-são tenha ocorrido estão as observações esuposições de cientistas como o astrônomoEdwin Hubble, como também as mediçõesfeitas por satélites e as informações cap-tadas pelo telescópio Hubble, lançado noespaço em 1990.

Hubble:  esse telescópio consegue,por exemplo, captar a luz das estrelas e as radiações cósmicas de fundo dando informações sobrecomo elas eram há milhões de anos.

A Agência Espacial Europeia e a NASA entraram em acordo em julho de 2007 para

a cooperação no processo de construção do telescópio que irá substituir o Hubble. Onovo telescópio, James Webb (JWST – James Webb Space Telescope), tem lançamentoprevisto para 2013.

Estrelas

As estrelas são corpos quentes constituídos por vários elementos, principalmente o hélioe o hidrogênio, que se encontram em temperaturas elevadíssimas. No interior das estrelas ocor-rem reações que liberam uma grande quantidade de energia em forma de luz e calor, percorrendo

grandes distâncias no Universo, como a luz do Sol que chega à Terra. Por isso, afirma-se queas estrelas são astros luminosos. Atualmente, graças ao avanço da tecnologia e da pesquisa,

 já é possível identificar outras características das estrelas como o tamanho, descobrir por quebrilham e até há quanto tempo elas existem.

Observando as diferenças que existem entre as estrelas foi possível classificá-las. Um dosprimeiros critérios usados foi o brilho.

Estrelas de primeira magnitude são as mais brilhantes.

É verdade que há milhões de anosteve uma grande explosão que originou

as estrelas, os planetas e tudo mais queo Universo tem?

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Apesar de parecer mais brilhante que todas as outras estrelas, o Sol é uma estrela dequinta magnitude. Temos essa percepção porque ele está mais próximo de nós, ou seja, da Terra.Além disso, o que realmente vemos quando olhamos para uma estrela é apenas uma parte deseu brilho, o brilho aparente, que não é o seu brilho real. A luz emitida pelas estrelas viaja pelo

Universo e pode levar muitos anos para chegar até nós, por essa razão, muitas das estrelas quevemos brilhar no céu já não existem mais.

Outra diferença está na cor  das estrelas. As estrelas que apresentam coloração branca ouazul estão na fase inicial de sua existência, já aquelas que apresentam coloração avermelhadaestão na fase final. É verdade que as estrelas nascem e morrem, elas não são eternas. As ne-bulosas são consideradas o berçário das estrelas, pois essas nuvens de gases e poeira, com otempo, vão se aglomerando, até formarem estrelas.

O Sol, que também é uma estrela, um dia vai acabar. Mas não se assuste! Esse processo émuito lento, deve durar pelo menos cinco bilhões de anos.

Galáxias

Os povos da Antiguidade já haviam observado em noites escuras a presença de uma ex-tensa faixa esbranquiçada no céu. O aspecto leitoso que ela apresenta deu origem ao seu nome,Via Láctea, que é uma galáxia onde muitas estrelas, aproximadamente 150 milhões, inclusiveo Sol, encontram-se.

   N   A   S   A

   /   E   S   A .

Foto das várias galáxias existentes.

Não são só estrelas que existem em uma galáxia. Além de estrelas, há outros astros, poei-

ra e gases. Eles se mantêm unidos pela força da gravidade. A Via Láctea não está sozinha. Comela há muitas outras galáxias de formas diversas, como as esféricas e espiraladas, que formamo Universo.

Constelações

Você já olhou para o céu em uma noite estrelada e teve a ideia de que as estrelas formamagrupamentos? Usando a imaginação, os povos da Antiguidade uniram as estrelas como linhasimaginárias associando esses agrupamentos de estrelas a figuras de animais, objetos e lendas.A esse aglomerado de estrelas, que parece formar figuras, deu-se o nome de constelação.

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A Teoria do Big Bang

Segundo a Teoria do Big Bang, tudose originou de uma grande explosão deum átomo primordial. Quando observa-va o espaço através de um telescópio, oastrônomo americano Edwin Hubble no-tou que num grupo as estrelas estavamse afastando uma das outras. Isso gerou

reflexão geral de todas as teorias exis-tentes até então. Se as galáxias estãose afastando, significa que elas já forammais próximas.

George Gamow, juntamente comRobert Hermann e Ralph Alpher começaram a desvendar o mistério. Segundo essescientistas, as galáxias se encontravam tão próximas que ocupavam todas o mesmoespaço, a temperatura e densidade eram muito elevadas e como se sabe que a ten-dência de tudo que é muito quente e muito denso é de se esfriar e expandir, elesacreditavam que tudo se esfriou. À medida que o tempo foi passando, a matéria foi se

resfriando e se agrupando, dando origem aos planetas, estrelas e galáxias. Mas paraa teoria ser aceita os cientistas tinham que provar que ela era verdadeira, apesar detodos os dados matemáticos apresentados havia de ter uma prova concreta do queeles propuseram na teoria.

É neste momento que surgem duas novas figuras da Teoria do Big Bang, Arno Penziase Robert Wilson. Havia um chiado que não tinha explicação, pois não vinha de nenhumlugar da Terra. Era um ruído nas antenas usadas em ligações interurbanas. E os dois cien-tistas ficaram intrigados para resolver tal mistério, em busca de uma solução. Descobriramque se tratava de uma radiação de pequeno comprimento de onda e invisível ao olho nu.Acidentalmente, Arno Penzias e Robert Wilson acabaram descobrindo o que faltava para

comprovar a Teoria do Big Bang, o chiado que interferia nas antenas de ligação interur-bana era nada mais, nada menos que o som do Big Bang. Assim, pode se dizer que é reala teoria da grande explosão.

(PERCÍLIA, Eliene. Equipe Brasil Escola.com. Disponível em: <www.brasilescola.com/geografia/big-bang.htm>. Adaptado.)

A grande explosão.

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1.  Observe as ilustrações abaixo. Elas estão relacionadas com um modelo para explicara origem do Universo. A seguir, responda: que ideia este modelo representa?

   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i   l   S .   A .

Solução:

Esse modelo está relacionado com a ideia da expansão do Universo.

1.  Durante centenas de anos, os povos da Antiguidade não tinham instrumentos comobússolas, por exemplo, para orientar a navegação noturna. Explique como era feita aorientação naquela época.

2.  Relacione a coluna da esquerda com a da direita:

(a) Via Láctea ( ) Nuvem de gases e poeira

(b) Conjunto de estrelas ( ) Expansão do Universo

(c) Nebulosa ( ) Constelação

(d) Hubble ( ) Galáxia em forma de um disco espiralado

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3.  Você já deve ter observado o céu em uma noite estrelada. Quando olhamos umaestrela, pode ser que ela tenha morrido há muito tempo e não exista mais. Expliquepor que isso acontece.

4.  A teoria mais aceita para a origem do Universo é a do Big Bang. Cite as ideias prin-cipais que essa teoria apresenta.

5.  Existem respostas definitivas para o futuro do Universo? Por quê?

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6.  Você aprendeu que a teoria mais aceita para a origem do Universo é a do Big Bang.Mas, qual seria a outra teoria? Faça uma pesquisa sobre ela, discuta com seus colegase seu professor e elabore um quadro diferenciando-a da do Big Bang.

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Um grande Sistema

Que tal ser astronauta por alguns minutos? Nestemódulo, viajaremos pelo Sistema Solar. Será que

ele é mesmo muito distante como dizem? E os plane-tas? Por que só na Terra encontramos vida? 

Muito bem, embarque nesta nave espacial e va-mos juntos descobrir as respostas para todas essasquestões.

Decolagem do Mariner 1.

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       S       A

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       S       A

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O Sistema Solar 

Sistema Solar é o

conjunto formado pelo Sol e pelos

planetas que giram em torno dele? Ou será que

devemos considerar os demais

astros também?

   I   E   S   D   E   B  r  a  s

   i   l   S .   A .

Bem, de fato o Sistema Solar é formado pelo Sol, localizado em um dos braços da espiral

da nossa galáxia, Via Láctea, reunindo ao seu redor vários astros como os planetas. Mas, alémdeles, encontramos no Sistema Solar, satélites, asteroides, cometas e meteoroides. Todos gi-ram em torno do Sol, pois, devido à sua massa e volume, ele exerce maior força de gravidade.A trajetória que esses astros realizam é denominada de órbita.

Via Láctea.

   D  o  m   í  n   i  o  p   ú   b   l   i  c  o .

A força da gravidade é uma força natural existente em todo o Universo. É umaforça de atração entre os corpos. É essa força que mantém tudo o que existe sobre oplaneta Terra preso a ele.

Os planetas do Sistema Solar 

O Sistema Solar é representado atualmente por oito planetas conhecidos. Para ser consideradoum planeta, os astrônomos observam alguns aspectos, como:

  serem astros iluminados, isto é, não terem luz própria;

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  girarem ao redor de uma estrela;

  o seu diâmetro deve ser superior a mil quilômetros.

Que tal conhecer um pouco mais sobre eles? Observe a imagem a seguir:

TerraÉ o terceiro planetamais próximo do Sol.Terra em números:– Diâmetro –

12 756km;– Duração do ano* –

365 dias e 6 horas;– Duração do dia* –

24 horas;– Distância média do

Sol – 150 milhõesde km;

– Satélites – 1.

MarteConhecido como oplaneta vermelho, é

o quarto planeta doSistema Solar. Graças àMissão Marte sabe-se queexiste água congeladanas calotas polares.

 Júpiter*É o quinto e omaior planetado SistemaSolar.

NetunoÉ o oitavo planeta emordem de distância doSol.

Urano*É o terceiromaior planeta doSistema Solar.

VênusÉ o segundo planetamais próximo do Sole o mais próximo daTerra. Aparece no céuao amanhecer e surgeao entardecer. Por essarazão é conhecido comoEstrela d’Alva ou EstrelaVespertina.

Saturno

É o segundo maiorplaneta do SistemaSolar. Ao seu redor girampedaços de gelo e rochasque formam anéis.

MercúrioÉ o planeta maispróximo do Sol.Não possui águae sua atmosfera émuito fina.

   N   A   S   A .

*Curiosidade: assim como Saturno, Júpiter e Urano também apresentam anéis.

*Duração do dia – tempo que um planeta leva para dar uma volta em torno de seupróprio eixo.

*Duração do ano – tempo que um planeta leva para dar uma volta ao redor do Sol.

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Em 2006, Plutão deixou de ser um planeta, sendo considerado apenas um planeta-anão.Porém, após estudos científicos, em junho de 2007, Plutão foi rebaixado novamente, deixandode ser considerado o maior planeta-anão. Leia mais sobre o assunto:

Coitado de Plutão, foi rebaixado de novo

Will Dunham

Cálculos publicados na quinta-feira mostram que aquele lugar remoto, que os astrô-

nomos já nem consideram mais um planeta, não é nem mesmo o maior dos chamadosplanetas-anões em nosso Sistema Solar – ficou para trás do recém-descoberto Eris.

Michael Blown e Emily Schaller, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, usaram da-dos coletados pelo Telescópio Espacial Hubble e pelo Observatório Keck, do Havaí, paradeterminar pela primeira vez que Eris tem uma massa superior à de Plutão.

Descoberto em 2005 e batizado como a deusa grega da discórdia, Eris, com aproxi-madamente metade do tamanho da nossa Lua, é 27% mais pesado que Plutão, segundoos cientistas.

Plutão, batizado em homenagem ao deus grego do submundo, foi descoberto em

1930. Era considerado o nono planeta do nosso Sistema Solar até agosto de 2006, quan-do a União Astronômica Internacional o declarou um planeta-anão, termo que se referea corpos esféricos na órbita do Sol, mas menores que os oito planetas, e normalmenteno cinturão de asteroides de Kuiper, nos confins do Sistema Solar.

“Não acho que estejamos pegando no pé de Plutão”, disse por telefone Brown, pro-fessor de Astronomia que ajudou a rebaixar o ex-planeta. “É só a verdade. [Eris] Simples-mente tem mais massa que Plutão, é assim que é.”

As conclusões foram publicadas na revista Science.

Os cientistas já haviam concluído que o diâmetro de Eris era maior que o de Plutão,

mas não sabiam a respeito da massa.(Disponível em: <http://br.today.reuters.com/news/newsArticle.aspx?type=internetNews&storyID=2007-06-14T221609Z_01_B344350_RTRIDST_0_INTERNET-CIENCIA-PLUTAO-POL.XML&archived=False>.)

Os asteroides

Asteroides são fragmentos de rocha, de formato irregular e de diferentes tamanhos, combrilho muito fraco que orbitam o Sol.

Considerando o cinturão de asteroides, podemos reunir os planetas em dois grupos:

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 Planetas interiores ao cinturão  – Mercúrio, Vênus,Terra e Marte.

 Planetas exteriores ao cinturão  – Júpiter, Saturno,Urano e Netuno.

 

Os cometas

Esta é a imagem do cometa Halley. Você já ouviu falar dele? Bem, esse cometa foi bati-zado com esse nome em homenagem ao astrônomo Edmund Halley (1656-1742).

Os cometas  são astros forma-dos por poeira, gases e gelo. Apresen-tam três regiões principais: o núcleo, acoma ou cabeleira e a cauda. As duas úl-timas regiões, a cabeleira e a cauda, sóaparecem quando o cometa se aproximado Sol. A ideia mais aceita para explicar

esse fato é que, quando se aproxima doSol, os materiais que compõem o cometapassam do estado sólido para o estadogasoso, originando uma cabeleira, que é“soprada” pelas partículas emitidas peloSol, criando uma cauda iluminada.

Meteoroides, meteorose meteoritos

Os meteoroides são astros constituídos por rochas ou metais de tamanhos variados quegiram em torno do Sol. Alguns deles podem ser atraídos pela força de gravidade de outros astrosdo Sistema Solar – como a Terra – e penetrar na atmosfera. A atmosfera terrestre age como umfreio para a entrada dos meteoroides que, em razão do atrito, são fragmentados e tornam-seincandescentes, fenômeno conhecido popularmente por “estrela cadente”. Na verdade, os frag-mentos do meteoroide que cortam a atmosfera e deixam rastros de luz são chamados de meteo-

ros. Boa parte desse material se dispersa na atmosfera, entretanto, alguns fragmentos atingem

a superfície terrestre: são os meteoritos.

Em 1993, a sonda espacial Galileu foto-grafou o asteroide Ida, com cerca de 56kmde diâmetro.

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   N   A   S   A .

Cometa Halley.

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Satélites

Os satélites são astros que giram ao redor dos planetas. Como você pode notar, lendo asfichas com dados sobre os planetas, Mercúrio e Vênus são os únicos planetas do Sistema Solarque não têm satélites.

CO2 põe em dúvida habitabilidade de planeta extrassolar 

Modelo de clima sugere que Gliese 581c pode ser quente demais para a vida

Carlos Orsi 

SÃO PAULO – Em abril de 2007, uma equipe de astrônomos europeus havia anunciadoa descoberta de um planeta, fora do Sistema Solar, que parecia capaz de suportar seresvivos. Agora, no entanto, outro grupo de cientistas contesta essa conclusão, apontandopara um fator que poderia tornar a vida inviável no novo mundo: o efeito estufa.

Com cinco vezes a massa da Terra, o planeta, batizado Gliese 581c, é o menor jáencontrado – tem raio apenas 50% maior que o terrestre –, é provavelmente rochoso e,numa primeira análise, pareceu localizar-se na chamada zona habitável, isto é, fica auma distância de sua estrela que faz com que ele não seja, a princípio, nem frio e nem

quente demais.Os cientistas responsáveis pela descoberta acreditam que sua temperatura deve va-

riar entre 0ºC e 40ºC, o que torna provável que tenha água líquida na superfície, compo-nente fundamental para a existência de vida como conhecida na Terra.

Agora, no entanto, um grupo liderado pelo físico alemão Werner von Bloh concluiuque Gliese 581c deve sofrer com um efeito estufa intenso, que põe sua temperatura aci-ma dos 100ºC e, portanto, para além da faixa habitável.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores aplicaram equações que levam emconta a radiação que o planeta recebe de sua estrela e a variação provável na concentra-

ção de CO2 na atmosfera, estimada a partir dos ciclos geológicos observados na Terra.O artigo da equipe internacional liderada pelo alemão, publicado no periódico Astro-

nomy & Astrophysics, sugere que outro planeta no mesmo sistema, Gliese 581d, seria umcandidato melhor para suportar vida.

Mesmo estando mais distante da estrela, esse planeta tem massa grande o bastante –oito vezes a da Terra – para gerar uma atmosfera suficientemente densa para não congelarna superfície, dizem os cientistas.

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O artigo reconhece, no entanto, que apenas novas missões espaciais projetadas parabuscar planetas semelhantes à Terra – como a TPF, prevista pela NASA, ou a Darwin, emplanejamento na Agência Espacial Europeia (ESA) – poderão, de fato, confirmar ou des-

mentir os resultados desses cálculos.(Disponível em: <www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/jun/11/312.htm>.)

1.  Atualmente, o Sistema Solar é composto por nove planetas somente. Podemos dizerque esta frase está:

a) correta, pois o Sistema Solar é realmente constituído por nove planetas.

b) errada, pois o Sistema Solar é constituído por oito planetas somente.

c) errada, pois além de oito planetas, o Sistema Solar é constituído por outros astroscomo estrelas, satélites, asteroides, cometas e meteoroides.

d) errada, pois o Sistema Solar é constituído por nove planetas e outros astros comoestrelas, satélites, asteroides, cometas e meteoroides.

1.  Após a sua viagem pelo Sistema Solar você pôde conhecer muitos planetas, não émesmo? Procure no caça-palavras abaixo os planetas que compõem o Sistema Solar ecite uma característica importante que cada um apresenta.

H D S S H S J K S D P O W A T I E B D J

N E T U N O A M Y R O Q M V Z S A L C U

B L V C A R U J C S B T E R R A Z W Q P

G M E R C U R I O I A I H A L D N S L I

O E Z M P A P U B M S U N M I E F N F T  

 Y A S N R P T R T A U N T A I Q A X U E

V M Z S A T U R N O C C O R T N I T I R

S U N E V D F J W K M U Y T K A P X I P

P A H G A D U R A N O X C E T M F N N F

Q M E A R Q T X S E V A B J E O T L U A

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Mercúrio:

Vênus:

Terra:

Marte:

Júpiter:

Saturno:

Urano:

Netuno:

2.  O nome do “cometa” vem em consequência da cauda que se forma quando esse astrose aproxima do Sol. Qual é a ideia mais aceita para explicar o porquê desse fato?

3.  A Lua é o satélite da Terra. Ela não tem atmosfera e sua superfície é repleta de cra-teras. Qual a relação entre essas duas características e os meteoroides, meteoros emeteoritos?

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4.  É correto dizer que planetas são corpos celestes iluminados e, as estrelas, corposcelestes luminosos? Justifique.

5.  Esta notícia ocupou as páginas de alguns jornais em dezembro de 2002.

A Agência Japonesa de Desenvolvimento Espacial (Nasda) informou que o foguete japonês H-2A colocou em órbita quatro satélites artificiais para pesquisas espaciais eterrestres. O lançamento ocorreu na Ilha de Tanegashima (sudoeste do Japão). Cerca de16 minutos após ser lançado, o foguete pôs em órbita terrestre, a 800 quilômetros dedistância, o satélite artificial Adeos-II, de 3,7 toneladas, fabricado em conjunto peloJapão, EUA e França.

(Folha de S.Paulo, 14 dez. 2002. Adaptado.)

  Procure em um dicionário o significado da palavra artificial e explique qual a dife-rença entre os satélites naturais e os satélites artificiais.

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   E   F   2_

   6   A

_   C   I   E_

   0   0   4

6.  Realize uma pesquisa sobre os planetas e complete a tabela abaixo:

PlanetaDiâmetro(em km)

Duraçãodo ano

Duraçãodo dia

Distânciamédia do Sol

(em km)

Satélites

Mercúrio 4 88059 dias

terrestres

Vênus 225 dias

Terra

Marte 228 milhões

Júpiter

Saturno 30

Urano 51 118

Netuno

7.  Agora, analise os dados da tabela e responda:

  a) Qual é o maior planeta? _____________________

  b) Qual é o menor planeta?_____________________

  c) Qual planeta está mais próximo do Sol?_________________

  d) Qual está mais distante?________________________

8.  Que planeta demora mais tempo para dar uma volta em torno do Sol?

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   6   A

_   C   I   E_

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  Utilizando as informações trabalhadas no exercício anterior, você e seus colegas vãoconstruir um modelo de Sistema Solar. O primeiro passo é observar os dados levan-tados na pesquisa e comparar com as tabelas abaixo.

Tabela 1

AstroDiâmetro reduzido 1 bilhão

de vezes (em cm)

Sol 139,0

Mercúrio 0,5

Vênus 1,1

Terra 1,3

Marte 0,6

Júpiter 14,3

Saturno 12,1

Urano 5,1

Netuno 5,0

Tabela 2

AstroDistância média reduzida

1 trilhão de vezes (em cm)

Mercúrio 6

Vênus 11

Terra 15

Marte 23

Júpiter 78

Saturno 143Urano 287

Netuno 450

As informações contidas nessas tabelas serão a base para a construção do modelode Sistema Solar.

Providenciem papel bobina ou folhas de jornal, fita adesiva, tesoura, fita métrica,régua e canetas coloridas.

 

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Com a mão na massa 

Recortem um círculo de papel para cada astro do Sistema Solar, utilizando o diâ-metro em cm indicado na tabela 1.

  Em seguida, dirijam-se ao pátio da escola e escolham um lugar para o “Sol”.

Depois, coloquem cada um dos planetas em torno do Sol, obedecendo as distân-cias indicadas em cm na tabela 2.

Organizem uma apresentação para os os professores e colegas da escola e expo-nham as diferenças existentes entre os planetas com relação ao tamanho, númerode satélites, distância do Sol etc.

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O planeta Terra

no Sistema Solar 

C

Planeta Terra“Esfera azul de beleza sem igual. Admiro-te tanto,

meu mundo real. O Universo lhe criou, e a vida brotou...

Muitos seres vivem aqui. Novos seres podem vir.Para o Universo estamos viajando. E buscando umplaneta igual a ti. Os homens estão te destruindo.Esfera azul, nunca deixe de existir.”

Paulo Roberto Sanches

omo dizem os versos de Paulo Roberto Sanches,“Muitos seres vivem aqui. Novos seres podem

vir.” Você sabe dizer por que o planeta Terra é oúnico, comprovadamente até hoje, que possui caracte-rísticas que permitem a existência de vida?

EF2_6A_CIE_005

  N A  S A

.

       N       A      S      A

  .

        I       s

        t       o       c

          k

         P         h

     o         t    o

  .

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Um planeta muito especialVocê já deve ter escutado a comparação do planeta Terra

com planeta água. Isso mesmo! Cerca de 70% da superfície donosso planeta é coberta de água, constituindo a hidrosfera*.

Destacando-se do azul dos oceanos, como se fossem man-chas, estão as rochas e o solo. As rochas e o solo que emergemdos oceanos são partes visíveis de uma camada fina e superficialda Terra – a crosta terrestre, que faz parte da litosfera.

Envolvendo toda a superfície do planeta Terra existe uma camada gasosa – a atmosfera.Ela é composta por gases, vapor de água e partícu-las microscópicas de poeira.

Os conhecimentos que temos até os dias dehoje sobre a Terra indicam que ela é o único pla-neta onde há condições para a existência de vida.Mas será que encontramos vida em todos os lugaresdo planeta? A resposta é não. Na verdade, os luga-res do planeta onde a vida tem condições de se de-senvolver chamam-se biosfera. Esta é constituídapor apenas uma parte da atmosfera, da litosfera eda hidrosfera. Ela se encontra nos limites máximos

entre 10 000 metros de profundidade e 10 000 me-tros de altura.

Movimentos da Terra

Lilo,você já percebeu que

enquanto aqui no Brasil é dia, é noite emoutros países como no Japão?

Já percebi sim,mas o que eu não consigo

entender, Juca, é como isso pode acontecer.Será que o Sol se apaga à noite?

   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i   l   S .   A .

*Hidrosfera é o conjuntode regiões do Planeta quecompreende os lagos, os

oceanos, os rios e as águassubterrâneas.

   I  s   t  o  c   k   P   h  o   t  o .

Planeta Terra.

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Não é bem assim Lilo! Durante muito tempo, o ser humano acreditou que a Terra estavaparada no centro do Universo e que tudo se movia ao seu redor. Mas, graças aos estudos eobservações realizadas pelos astrônomos, sabemos que é a Terra que se movimenta. Ela realizadois movimentos principais: rotação e translação.

Movimento de rotação

Esse é o movimento que ajudará a solucionar as dúvidas dos nossos amigos!

Rotação é o movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo. Esse eixo imaginárioatravessa a Terra do Polo Norte ao Polo Sul.

   I   E   S   D

   E   B  r  a  s   i   l   S .   A .

Polo Norte

Equador

Polo Sul 

Cada volta em torno dela mesma leva, aproximadamente, um dia terrestre (24 horas). Essemovimento origina os dias e as noites. Observe a imagem abaixo:

A imagem acima representa o movimento de rotação da Terra. En-

quanto é diano Rio de Janeiro, é noite em Londres.

Londres

Rio de Janeiro

   D

  o  m   í  n   i  o

  p   ú   b   l   i  c  o .

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Quando uma região está exposta ao Sol, é dia em todos os países que a compõe e noitenos países da região oposta. No decorrer do movimento de rotação, vai anoitecendo em algunspaíses e amanhecendo em outros.

Movimento de translação

Se o movimento de rotação é o movimento que a Terra faz em torno do próprio eixo eorigina os dias e as noites, o que faz na translação?

Translação é o movimento que a Terra realiza em torno do Sol. Tem a duração de 365 diase 6 horas. É o ano terrestre. Mas se sobram 6 horas ao final de cada ano, para onde elas vão?Somando de 6 em 6, ao final de 4 anos teremos 24 horas, ou seja, mais um dia. Quando issoocorre temos um ano com 366 dias, conhecido como ano bissexto.

O movimento de translação origina as estações do ano. Observe a imagem abaixo.

outono no hemisfério Sul 

primavera no hemisfério Sul 

verão no

hemisfério Sul 

N

Sinverno no

hemisfério Sul 

Ilustração representando o movimento de translação.

   D  o  m   í  n   i  o  p   ú   b   l   i  c  o .

A inclinação do eixo da Terra atualmente é de 23,45°. Ela também varia. Numperíodo de 41 000 anos o ângulo que o eixo da Terra faz com respeito ao plano derevolução muda de 21,80° para 24,36°. Uma inclinação menor da Terra significa menordiferença da temperatura das estações do ano; maior inclinação significa maior dife-rença, ou seja, inverno mais frio e verão mais quente. Essa inclinação, há milhões deanos, chegou a 54°.

A Terra, além de estar inclinada de 23,45°, gira como se fosse um pião, mudandolentamente o ponto no espaço para onde aponta seu eixo. Esse lento movimentorecebe o nome de precessão e sua duração é de 26 000 anos. O efeito desse movi-mento na Terra é muito lento, mas o resultado final é que dentro de 13 000 anos overão no Brasil ocorrerá em junho e o inverno em dezembro.

(Disponível em: <www.todooceu.com/detalhamento/generalidades_terra.html>.)

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As imagens abaixo representam o mesmo mês e ano. Mas como você pode observar, éinverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul.

   C  r  e  a   t   i  v

  e   S  u   í   t  e .

Dezembro no hemisfério Norte.

   C  o  r  e   l   I  m  a  g  e   B  a  n   k .

Dezembro no hemisfério Sul.

Como você pode explicar esse acontecimento?

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O satélite da Terra: a Lua

A Lua é o satélite natural da Terra, distante do planeta cerca de 384 400km e sua massaé 81 vezes menor do que a da Terra. A superfície da Lua é rochosa e não há evidências de águano estado líquido. Em 1609, o astrônomo Galileu Galilei, utilizando uma luneta, observou a Luae notou que sua superfície era formada por planícies, crateras e montanhas. Ele acreditava queas planícies eram mares como os que existem na Terra. Apesar de sabermos que não são mares,elas receberam nomes como Mar da Tranquilidade, Mar das Chuvas e são assim chamadas até osdias de hoje.

As crateras da Lua são consequências de choques provocados por meteoritos em sua su-perfície há bilhões de anos. Como ela não tem atmosfera não havia resistência à entrada dosmeteoritos.

Fases da Lua

A Lua também tem dois movimentos principais – a revolução, movimento que a Luarealiza ao redor da Terra e a rotação, movimento que ela realiza ao redor de seu próprio eixo. Osmovimentos de revolução e o de rotação têm praticamente a mesma duração – aproximadamen-te 28 dias. Isso significa que o tempo que a Lua demora para dar uma volta em torno da Terraé o mesmo que ela leva para dar uma volta em torno de seu próprio eixo. É por essa razão quesempre vemos a mesma face da Lua.

Conforme a Lua se movimenta ao redor da Terra, ela míngua, cresce, desaparece, isto é, seapresenta de diferentes aspectos conforme é diferentemente iluminada pelo Sol. Esses aspectossão conhecidos como fases da Lua – nova, crescente, cheia e minguante.

Fases da Lua.

Lua Nova Quarto Crescente Quarto MinguanteLua Cheia

As marés

A ação da gravidade da Terra sobre a Lua a man-tém na órbita do planeta. Entretanto, a Lua tambémexerce, em menor grau, atração sobre a Terra, que éa principal causa do movimento das águas conheci-do como fenômeno das marés. Veja, neste exemplo aolado, uma previsão para as marés.

Previsão das marés para Santos (SP)em 10/03/2005

Alta 1,56m 02h23

Baixa 0,49m 08h37

Alta 1,57m 14h24

Baixa 0,10m 20h55

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Como você observou, em intervalos regulares de, aproximadamente, 6 horas e 12 minu-tos, o mar sobe ou desce. A subida da maré é conhecida como alta ou preamar e a maré baixaé conhecida como baixa-mar . Nas Luas Nova e Cheia, ocorrem as marés mais altas. Nas LuasMinguante e Crescente, ocorrem as marés mais baixas.

As marés exercem influência nos ecossistemas da Terra, como nos manguezais. Nasmarés altas, a água do mar entra no manguezal revolvendo o fundo lodoso, rico emnutrientes e matéria orgânica. Na vazante (quando a maré volta a baixar), a maré trans-porta para o mar os nutrientes e a matéria orgânica que servirão de alimento para muitosdos seres marinhos.

Eclipses

Você sabe o que significa a palavra eclipse? Significa ocultar, esconder. O eclipse solaracontece quando o Sol é escondido pela sombra da Lua. A Terra, o Sol e a Lua encontram-sealinhados, sendo que a Lua passa entre o Sol e a Terra. Quando isso acontece, a sombra da Luaé projetada sobre algum ponto da Terra, onde o dia ficará escuro durante alguns minutos.

Lua

Sol 

Terra

Eclipse solar.

   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i   l   S .   A .

Existe, também, um outro tipo de eclipse – o eclipse lunar , que acontece quando a Terrafica exatamente entre o Sol e a Lua. Nesse caso, a Terra bloqueia os raios solares que iluminama Lua, fazendo com que uma sombra da Terra seja nela projetada. Durante o período em que oeclipse lunar está acontecendo, a Lua fica total ou parcialmente encoberta pela sombra da Terra.

Sol 

Lua

Terra

Eclipse lunar.

   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i   l   S .   A .

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O samba Terra-Lua

Colunista mostra como evoluem o mestre-sala e a porta-bandeira desse desfile celeste

 Adilson de Oliveira

O Carnaval é considerado o maior espetáculo da Terra. Em particular, o desfile dasescolas de samba nas grandes capitais como Rio de Janeiro e São Paulo atraem a presen-ça de milhares de pessoas e de milhões de espectadores pela TV em um show de cores esons, música e harmonia, movimentos cadenciados por ritmos que exaltam uma parte daalma do brasileiro. Enfim, o Carnaval é uma festa de alegria.

Essa festa tão grandiosa não tem data fixa. A cada ano ela ocorre em dias diferentes.Algumas vezes em fevereiro, outras em março. Neste ano, a terça-feira de Carnaval é nodia 21 de fevereiro. Em 2003, ela ocorreu no dia 4 de março, e no ano que vem será em5 de fevereiro. Por que será que isso acontece? O rei momo gosta de mudar seu períodode trabalho?

A mudança de data ocorre porque a terça-feira de carnaval cai 47 dias antes dodomingo da Páscoa, que tem a sua data determinada em função de uma combinação dedois eventos astronômicos: as fases da Lua e as estações do ano.

Um decreto do papa Gregório 13 de 24 de fevereiro de 1582, seguindo a uma deci-são tomada no concílio de Niceia no ano de 325 d.C., determinou que a Páscoa deveriaocorrer no primeiro domingo após a Lua Cheia, que ocorre a partir de 21 março, ou seja,no início da primavera do hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul. Na realidade,existem ainda alguns detalhes sobre a determinação dessa data, como a utilização doperíodo lunar eclesiástico, que considera como 13 dias o tempo entre a Lua Cheia e a LuaNova, o que difere um pouco do ciclo lunar real.

No Carnaval deste ano a Lua não participará dos desfiles, pois estará no céu durante odia e por isso dificilmente poderá ser observada. A Lua e a Terra realizam movimentos quelembram a dança do mestre-sala e da porta-bandeira. O movimento de revolução da Lua ao

redor da Terra, que tem duração de 29 dias e meio, é responsável pelas fases da Lua. A pre-sença do Sol, nesse caso como espectador da evolução desse par, também é fundamental.

Mestre-sala e porta-bandeira

Quando o Sol, a Lua e a Terra estão praticamente alinhados, a região não iluminadaNa superfície lunar é que fica voltada em direção à Terra, o que caracteriza a fase da LuaNova. Continuando a sua dança, o mestre-sala – a Lua –, após aproximadamente setedias, atinge uma posição em que a metade de sua superfície iluminada pode ser vistapela porta-bandeira – a Terra –, ocorrendo a fase de quarto crescente, na qual apenas um

quarto da face da Lua pode ser avistado da Terra.

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Após sete ou oito dias a Lua fica em uma posição na qual mostra toda a sua faceiluminada para nós: é a fase de Lua Cheia. Continuando seu trajeto, a Lua começa no-vamente a se esconder e, após sete dias, novamente vemos apenas um quarto. Estamosentão na fase de Quarto Minguante. Finalizando sua evolução, o mestre-sala volta à posi-ção inicial e esconde novamente sua face para a porta-bandeira, completando seu ciclo.

A dança entre a Lua e a Terra ainda proporciona outras evoluções. O mestre-sala (aLua) sempre mostra a mesma face para a porta-bandeira, pois a Lua gasta o mesmo tempopara girar em torno da Terra e de si mesma. Essa sincronização de movimentos não é obrado acaso, mas sim o efeito da atração mútua que ambas exercem entre si. Essa sincronici-dade é consequência das marés que a Lua produz na Terra e, também, que a Terra produzna Lua.

O conceito de maré, nesse caso, está associado à deformação provocada pela atraçãogravitacional: as marés dissipam energia de movimento e, dessa forma, fazem com que a

rotação da Terra e da Lua diminua. Como a Terra tem 82 vezes mais massa que a Lua, estasente os efeitos de uma maneira mais intensa, tanto que a rotação da Lua foi freada e for-çada a uma rotação síncrona. Ao mesmo tempo, a Terra também é freada e estima-se quea duração do dia esteja aumentando em uma taxa de 2 segundos por milênio. Além disso,esse efeito faz com que a Lua também se afaste da Terra alguns centímetros por ano, o queé pouco perceptível. A Lua está aproximadamente 384 mil quilômetros distante de nós.

Eclipses

No eclipse solar, como o de fevereiro de 1998,

retratado ao lado, a Lua se coloca entre a Terra e oSol, tampando a visão deste.

A dança desse casal celeste pode ainda mostrarnovos fenômenos. Em particular, os eclipses tan-to do Sol como da Lua acontecem quando o parTerra-Lua fica perfeitamente alinhado com o Sol. Oseclipses não ocorrem todos os meses porque a Lua, ao executar o seu movimento ao redorda Terra, o faz com uma inclinação de aproximadamente 5º em relação ao plano da órbitada Terra ao redor do Sol. Quando ocorre a combinação ideal, podemos ter o eclipse do Solna Lua Nova e o eclipse da Lua na Lua Cheia. No primeiro caso, a Lua projeta a sua sombra

sobre a Terra e no segundo ocorre o contrário. No eclipse do Sol, tudo acontece como seo mestre-sala (a Lua) quisesse esconder do público (o Sol) a porta-bandeira (Terra). Nosegundo caso, ocorre o contrário: a Terra esconde o Sol da Lua.

Nessas comparações, não podemos esquecer que a Lua tem o seu raio quase quatrovezes menor do que o da Terra e, por estar distante, aparentemente, tem o mesmo tama-nho do Sol no céu. Por esse motivo é possível ocorrer eclipses totais, nos quais o Sol ficacompletamente escondido. Contudo, estes somente são observados em algumas regiõesda Terra e por no máximo alguns minutos. No caso do eclipse lunar, a Terra consegue es-conder completamente o Sol da Lua por várias horas, cobrindo praticamente toda a faceda Lua.

   A  n   t   h

  o  n  y   A  y   i  o  m  a  m   i   t   i  s .

Eclipse solar.

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Além desses movimentos, a Lua e a Terra realizam seu desfile anual ao redor do Sol.Como o Equador terrestre está inclinado aproximadamente 23,5º em relação ao plano daórbita da Terra, os hemisférios são iluminados de maneiras distintas. No verão, a épocaque estamos vivendo agora, o Sol ilumina mais o hemisfério Sul e menos o hemisférioNorte (por isso lá é inverno neste momento). No outono e na primavera, os hemisfériossão iluminados de maneira semelhante.

A dança celeste entre a Terra e a Lua se estende por todo o cosmos. Lembrando queSol também se movimenta ao redor da nossa galáxia, com velocidade de 220 quilôme-tros por segundo, completando uma volta a cada 250 milhões de anos. A nossa galáxia,como todas as outras do Universo, está se afastando das outras em velocidades aindamaiores e, em alguns casos, próximas à da luz. A performance desse casal de mestre-sala e porta-bandeira ocorre graças à atração gravitacional que um exerce sobre o outro.Esse desfile já acontece há bilhões de anos e, sem dúvida, é um dos maiores espetáculosque podemos observar.

(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, Departamento de Física. 16 fev. 2007.Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/66571>.)

1.  Explique a alternância dos dias e das noites e das estações do ano no planeta Terra.

Solução:

 A alternância dos dias e das noites ocorre em função do movimento de rotação. As es-

tações do ano ocorrem em função do movimento de translação e também porque o eixo

terrestre é inclinado em relação à órbita da Terra em torno do Sol e sempre permanece

na mesma direção.

1.  Observe a imagem da Lua:

a) Em que fase ela está?

   N   A   S   A .

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b) Qual será o seu aspecto daqui a sete dias?

c) Qual a relação existente entre a Lua e o fenômeno das marés?

d) Que diferença existe entre o eclipse da Lua e o eclipse do Sol?

2.  Algumas pessoas acreditam que o verão acontece porque a Terra está mais próximado Sol e o inverno porque ela está mais distante. Essas pessoas estão certas? Justi-fique.

3.  A Terra apresenta dois movimentos principais: rotação e translação. Qual é a duraçãode cada um deles?

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4.  Como seriam as estações do ano se o eixo imaginário da Terra não fosse inclinado?

5.  Observe um calendário e complete o quadro:

Estação do ano no

hemisfério Sul

Data de início da

estação

Estação do ano no

hemisfério Norte

Outono

Inverno

Primavera

Verão

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A Terra por dentro

Nós, humanos, pensamos que tudo na Terra estásob nosso controle. Mas, de vez em quando, a

natureza inventa jeitos devastadores de provar que issonão passa de mera presunção. Pode não ser um con-solo, mas o planeta só continua favorável à vida, emparte, porque esses desastres acontecem. Quando asplacas tectônicas (as “balsas” de rocha sobre as quaisos continentes se apoiam) se chocam, criando vulcões,terremotos e ondas gigantes chamadas tsunami , novasrochas e solos nascem. “A água, o dióxido de carbonoe o enxofre, essenciais para a criação e manutenção davida, são reciclados pelos vulcões”, afirmou o geólogobritânico Simon Winchester no livro Krakatoa.

Com essas informações, reflita com seus colegas arespeito dos desastres naturais e o que os ocasionam.

         I       s

          t     o     c

        k

      P       h

    o    t    o

 .

         C       o     m        s

          t       o     c

        k 

      C    o   m    p       l     e

     t    e .

EF2_6A_CIE_006

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Conhecendo o centro da Terra

   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i   l   S .   A .

Será que existealgo embaixo da terra em que pisamos?

Aonde eu chegaria se eu cavasse, cavasse,

cavasse um buraco bem fundo?

Durante a história do ser humano sobre a Terra, diversos povos haviam tentado explicarcomo era o planeta em que viviam. Por exemplo, eles se assustavam com a força dos vulcões. Oque haveria no interior da Terra?

A noção de que a Terra era redonda já aparecia nos escritos de alguns estudiosos gregos,como o matemático e geógrafo Erastótenes, que, em 250 a.C., conseguiu calcular a circunferên-

cia da Terra utilizando-se de cálculos simples de Geometria. Naquela ocasião, ele concluiu quea Terra teria uma circunferência de 42 000km na linha do Equador. Sabemos hoje, que esse valoré de 40 076km. Os cálculos de Erastótenes chegaram muito próximo da verdade.

O contorno dos continentes também foi, durante muito tempo, apenas intuído. Os cartó-grafos do passado não tinham os recursos de hoje para mapear o planeta.

Com os avanços dos conhecimentos daAstronomia e da conquista espacial, a obser-vação da superfície do planeta hoje é maisfácil, mas nem tudo foi resolvido. O interior

do planeta, por exemplo, como saber maissobre ele? A tecnologia ainda não produziuequipamentos capazes de fazer perfurações aprofundidades tais que o interior do planetapossa ser estudado.

Ao contrário do que se pensa, a dificul-dade em se viajar ao centro da Terra não é adistância. Na verdade, a grande dificuldadeestá no calor e na pressão existente. A maior

profundidade atingida foi de 12km, realizada A Terra vista do Apollo 17.

   N   A   S   A .

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por uma sonda em solo russo. Considerando que o raio da Terra é de 6 370km, esta é uma dis-tância insignificante. É apenas um arranhão na superfície da Terra. Entretanto, se essa viagemfosse realizada por um ser humano, a essa altura alcançada ele já estaria frito e assado!

Para saber mais sobre o interior da Terra, a Ciência se vale de métodos indiretos, comoos de percussão, pois as vibrações sonoras, dependendo do meio em que se encontram, variamde velocidade. É como quando queremos saber se um objeto é oco ou maciço: batemos com osdedos e fazemos essa distinção pelo som emitido. É óbvio que os instrumentos usados peloscientistas são bastante sofisticados, permitindo ampliar cientificamente esses conhecimentos.

As camadas da Terra

Yuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro homem a ver a Terra do espaço, em abril de 1961.

Agora, imagine se fosse possível retirar a atmosfera e toda a água que recobre a superfície

da Terra. Como seria nosso planeta? Certamente veríamos uma paisagem nada familiar.Onde começam os continentes? Onde estão as ilhas?

Que vales e novas montanhas apareceram? Como você pode notar,tudo é completamente diferente daquilo que estamos acostuma-dos a ver, pois, se essa hipótese fosse possível, veríamos a crostaterrestre* em toda sua extensão e relevo: cheia de altos e bai-xos, planícies e depressões profundas.

Abaixo da crosta terrestre temos o manto e, depois, o núcleo.

   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i   l   S .   A

 .

Crosta terrestre: até 70kmde espessura.

Manto: 2 950km deespessura.

Núcleo externo: 2 100kmde espessura.

Núcleo interno: 1 370kmde raio.

hidrosfera

atmosfera

crosta terrestre

manto

núcleo externo

núcleo interno

*Crosta terrestre é a cama-da superficial que reveste a

Terra.

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A crosta terrestre é formada basicamente de rochas. Mas, como ela se originou?

Para responder a essa pergunta é necessário ler um pouco sobre a história da Terra.

Acredita-se que o planeta Terra teve origem há cerca de 4,6 bilhões de anos, a partir de

uma nuvem muito quente de gases e poeira, que também deu origem ao Sol e aos outros plane-tas do Sistema Solar. A Terra era um globo de material muito quente, formado por ferro, níquele outros metais que se concentraram em seu núcleo. Há cerca de 4 bilhões de anos, a superfíciedo planeta começou a se resfriar, permitindo a solidificação das rochas. As rochas formam umacamada muito fina e sólida sobre a superfície da Terra, a crosta terrestre. Nessa camada surgi-ram depressões que mais tarde foram preenchidas por água e formaram os oceanos. As parteselevadas deram origem aos blocos continentais.

A solidificação das rochasformou a crosta terrestre.Globo de rochas fundidas.

   I   E   S   D   E

   B  r  a  s   i   l   S .   A .

   D   i  g   i   t  a   l   J  u   i  c  e .

Durante o resfriamento da crosta terrestre, a casca que se formou não era contínua, ocor-reram rachaduras, dando à litosfera o aspecto de um quebra-cabeça. Atualmente, sabe-se que alitosfera, está partida em vários pedaços, chamados de placas tectônicas. Observe neste mapa

as principais placas tectônicas que formam a litosfera.

   T  e  m   á   t   i  c  a   C  a  r   t  o  g  r  a   fi  a .

Mapa de distribuição de placas tectônicas.

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Observe que os continentes e oceanos ficam sobre elas e que estas não correspondem aoslimites continentais.

Você acha que as transformações pararam por aí e tudo ficou do jeito que conhecemos

hoje? Pois está enganado.

A “dança” dos continentes

Apesar da ideia de que a Terra sempre teve a aparência que conhecemos hoje, em 1912, ometeorologista Alfred L. Wegener não concordava com ela. Entre outras evidências ele observounos mapas o contorno da África e da América do Sul, dando a ideia de que, no passado, todosos continentes estavam agrupados, formando um único bloco – conhecido como Pangeia. Hácerca de 65 milhões de anos esse bloco começou a se separar em pedaços, que se movimenta-ram até chegar à configuração do planeta que conhecemos hoje. Além do contorno da África

e da América do Sul, outras pistas como a vegetação e os animais fósseis muito semelhantesencontrados nos dois continentes, reforçam a hipótese de Wegener. Com o avanço da tecnologiae graças aos novos estudos, hoje sabemos que a litosfera não é estável e que a vida no planetase desenvolve sobre uma “casca” partida e móvel. Observe nestas imagens como tem sido adança dos continentes nestes milhões de anos:

   T  e  m   á   t   i  c  a   C  a  r   t  o  g  r  a   fi  a .

        L    a

   u  r  á   s   i   a

G    o  

n d  w    a   n

  a

O  c  e  a  n  o  

OceanoAtlântico

A     t     l      â     n    t     i      c    o    

Oceano PacíficoOceano

Pacífico

Américado Norte

Américado Norte

Europa Europa   Ásia

ÁfricaÁfrica

Américado Sul

Américado Sul

Austrália

Austrália

AntártidaAntártida

Oceano

Pacífico

Oceano

Pacífico

OceanoÍndico

    O   c   e   a    n   o

      Í    n    d     i   c

   o

Mar  d e  T é t i s 

Índia

Índia

 

Evolução da Terra.

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Como os continentes se movimentam?

Vamos voltar às placas tectônicas. Essasplacas estão sobre o manto. O material queconstitui o manto, o magma, está em altatemperatura, é maleável e, devido ao calor donúcleo, pode formar correntes. Essas correntesmovimentam o magma e, consequentemente,as placas tectônicas. Portanto, não são os con-tinentes que se movimentam, mas sim as pla-cas tectônicas. Esse movimento dá origem acadeias de montanhas, vulcões e terremotos.

O material expelido pelos vulcões é o

magma, mas como este sofreu modificaçõespassa a se chamar lava.

Mas lembre-se, a dança dos continentesnão para! A prova disso está nos terremotos e naerupção de vulcões que, frequentemente, ocorrem em algumas regiões do planeta.

Vulcões

cratera

lava

chaminésecundária

câmaramagmáticarocha 1

rocha 2

crosta

manto

   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i   l   S .   A .

Com o movimento das placas tectônicas, podem ocorrer fendas profundas na crosta, localpelo qual o magma se dirige à superfície. É a atividade vulcânica: quando o magma chega à

superfície, está mais fluido e, junto aos gases que o compõem, sai dos vulcões sob a forma delava quente. Observe na imagem anterior as partes de um vulcão cônico.

atmosfera

núcleo

litosfera

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Você sabia... que na África existe um vulcão coberto de neve?

No Kilimanjaro, que tem quase 6 mil metros de altitude, faz frio como nos polos!

Celso Dal Ré Carneiro

   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i   l   S .   A

 .

Quando se fala em África, logo vem à cabeça a imagem de uma savana. Veja se vocêpensou em uma cena parecida: mata baixa, leões disfarçados à procura de uma presa,manadas de rinocerontes, elefantes, sol escaldante – capaz de fritar um ovo no chão – eum pouquinho de neve... Opa! Há algo errado! Neve? Na África?

É mesmo difícil de acreditar, mas embaixo de todo esse calor, muito perto de leões, gi-rafas e rinocerontes, existe um vulcão coberto de neve: o Kilimanjaro. Ele está localizadona Tanzânia, país da costa oeste do continente, e tem quase seis mil metros de altitude.

Ué, mas a lava do vulcão expelida não derreteria a neve? Derreteria, acontece que

não há registros de erupções nesse vulcão. Isso porque o Kilimanjaro não é um vulcão

Alguns terremotos surgem a par-tir de atividades vulcânicas, mas geral-mente eles estão associados aos movi-mentos bruscos das placas tectônicas.

E os terremotos?

Existe alguma relação entre eles

e as atividades vulcânicas?

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1.  Como denominamos o material expelido pelos vulcões?

Solução:

O material expelido pelos vulcões é conhecido como lava, além de expelir também po-

eira, gases e vapor d’agua.

ativo, e sim, dormente. No seu interior, há lava derretida e ele, de vez em quando, soltano ar vapor de água, poeira e gases, que parecem uma fumaça. Por isso, não é descartadaa hipótese de que entre em erupção no futuro, o que causaria o fim da camada de gelo.Mas, você deve estar se perguntando: por que, afinal, a neve se acumulou em cima dovulcão? Guarde bem para não esquecer: em locais extremamente altos, como no topo doKilimanjaro, a temperatura média chega a ser tão fria como nos polos da Terra. Quem seaventura a escalar essa montanha começa enfrentando clima quente como o da Amazôniaaté que, com a subida, a temperatura vai baixando, há chuvas e, no topo, gelo! Ali, ocorreum fenômeno conhecido como “neve eterna”. Essa neve cai nos dias mais frios do invernoe não consegue ser derretida durante o resto do ano. Só que esse quadro mudou...

Há 100 anos, o gelo cobria todo o alto da montanha – uma área de, aproximadamente,12 quilômetros quadrados. Comparada ao que já foi, hoje ela é bem pouca, se acumula emcerca de dois quilômetros quadrados, ou seja, um sexto de seu tamanho original. Foi oaquecimento do planeta que fez com que pouco a pouco a neve eterna se derretesse.

Resultado: o desaparecimento da neve no topo do Kilimanjaro, paralelamente, provo-cará a diminuição do volume de águas dos rios que as neves alimentam. E aí pode ocorrero desaparecimento das florestas também.

Se você acha que ainda vai levar tempo para isso acontecer, preste atenção: por contadas mudanças no clima da Terra, alguns cientistas preveem que o branquinho no topo doKilimanjaro desapareça em futuro próximo, daqui a 10 ou 15 anos. Aproveite, então, paraver depressa esse fenômeno ainda que seja por fotos. Em <www-bprc.mps.ohio-state.edu/ Icecore/Kilimanjaro.html> você encontra belas imagens. Confira!

(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Instituto de Geociências.

Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/materia/view/48848>.)

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1.  Observe na imagem da página 4 os limites entre as placas tectônicas e, a seguir,responda:

a) Como se formaram as placas tectônicas?

b) Em que placa tectônica o Brasil está localizado?

c) O Nordeste é uma das regiões mais sujeitas a terremotos no Brasil. Eles atingemmagnitude média de 3,5 graus na chamada escala Richter. Os terremotos que fazemmais estragos, geralmente, ultrapassam 6 graus nessa escala. Por que no Brasil nãoocorrem grandes terremotos?

d) Em que regiões do planeta ocorrem com mais frequência as erupções vulcânicas eos terremotos?

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2. Estes são alguns dos piores terremotos que ocorreram nos últimos anos:

Ano Local Vítimas Escala Richter  

1995 Kobe-Osaka, Japão 6 500 mortos 7,2 graus1998

Nordeste doAfeganistão

5 000 mortos 7,1 graus

1999 Noroeste da Turquiapelo menos 20 mil mortos e mais de43 mil feridos

7,4 graus

1999 Taiwan 2 500 mortos e 11 mil feridos 7,3 graus

2001 El Salvador1 142, 2 000 desaparecidos,1,3 milhão de desabrigados

dois violentos terremo-tos de 7,6 e 6,6 graus

2001Oeste da Índia(Gujarat)

mais de 20 mil mortos e 160 milferidos

7,9 graus

2003China, oeste deXinjiang

268 mortos 6,8 graus

2004 Sul da Ásia mais de 235 mil mortos 9 graus

a) Qual a relação entre os limites das placas tectônicas e os países que aparecemnessa tabela?

b) Como a superfície da Terra tem se modificado ao longo dos 4,6 bilhões de anos?

   (   R  e  v

   i  s   t  a

    É  p  o  c  a .   )

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c) Considerando a teoria da placas tectônicas, daqui a milhões de anos o mapa daTerra estará igual?

3.  Como a teoria das placas tectônicas explica a origem dos vulcões e terremotos?

4.  Indique nesta imagem o nome das camadas da Terra e aespessura de cada uma delas.

a) _____________________________

b) _____________________________

c) _____________________________

d) _____________________________

5.  O material que compõe o manto pode ser estudado porque ele chega até a superfícieterrestre na forma de __________________ expelida pelos vulcões.

6.  Por que o magma recebe o nome de lava ao atingir a superfície terrestre?

A

BC

D   I   E   S   D   E   B  r  a  s   i

   l   S .

   A .

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Abalo sísmico

Terremoto foi de 5 graus na escala Richter.

Tremor mais forte dos últimos 7 anos no país atinge o norte de Mato Grosso  Kamila Fernandes

Um terremoto de 5 graus na escala Richter assustou moradores de cinco municípiosdo norte de Mato Grosso, no final da tarde de anteontem. Não houve feridos e o prejuízose restringiu a rachaduras em casas e prédios públicos. O tremor foi sentido com maisintensidade durante 40 segundos. O registro do terremoto foi feito pelo ObservatórioSismológico da UnB (Universidade de Brasília), que identificou o epicentro em Porto dosGaúchos (644km de Cuiabá), onde há a mais intensa atividade sísmica do país. Em 1998,aconteceu um abalo mais forte, de 5,1 graus na escala Richter. Foi lá também que severificou o maior terremoto já registrado no Brasil, de 6,6 graus, em 1955. Em janeiro,

o município promoveu uma cerimônia para lembrar os 50 anos do fato. O tremor de an-teontem foi o mais forte no país em sete anos.Os tremores ocorrem porque há uma falhageológica de pelo menos sete quilômetros de extensão no subsolo, que foi responsávelpor mais de 3 000 sismos desde 1998. Desses, 30 tiveram dimensão maior que 3,5 graus– acima disso, os abalos começam a se tornar significativos. O tsunami  que destruiu acosta do Sudeste Asiático e de parte da África foi formado por um terremoto no fundodo oceano Índico de 9 graus na escala Richter.

(Folha de S.Paulo, 25 mar. 2005. Folha Cotidiano.)

7.  Utilizando os termos a seguir, elabore um texto explicativo sobre o assunto:

  escala Richter;

  atividade sísmica.

Pesquise em fontes como livros, dicionários e internet o significado desses termos. Leve os re-sultados de sua pesquisa para a sala de aula e com os colegas e professor, leiam novamente a notíciae comentem os fatos apresentados.

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VulcãoVulcão é uma estrutura geológica criada quando magma, gases e partículas quentes

(como cinzas) escapam para a superfície terrestre. Eles lançam altas quantidades depoeira, gases e aerossóis na atmosfera, podendo causar resfriamento climático tempo-rário. São frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, osvulcões apresentam formato cônico e montanhoso.

  Objetivo:

  demonstrar, de maneira simples, como é a erupção vulcânica.  Materal necessário:

  argila;

  bacia;

  2 copos plásticos;

  2 colheres de sopa;

  copos de medida;

  tubo de aquário (ou canudo de refrigerante);  fita adesiva;

  vinagre;

  bicarbonato de sódio;

  água;

  corante alimentar vermelho;

  sabão em pó.

  MetodologiaAtenção:

O experimento deve ser realizado com a supervisão de um adulto.

1. Faça um buraco na parte lateral e embaixo do copo de plástico, com o auxí-lio da ponta da faca aquecida com o isqueiro, para inserir o tubo de aquárioou o canudo de refrigerante.

2. Coloque a fita no espaço entre o tubo e o copo para vedar bem.

3. Molde a argila para formar o vulcão de modo que o copo com o tubo fique

dentro do barro. Não esqueça que o tubo deve passar por dentro da argila.Deixe secar por pelo menos 24 horas.

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4. Coloque o vulcão dentro da bacia.

5. Acrescente 100ml de água no copo limpo.

6. Coloque na água 3 colheres de bicarbonato de sódio e mexa.7. Despeje a água com o bicarbonato no copo do vulcão. Cuidado para não sair

pelo tubo. Coloque o tubo para cima.

8. Coloque no copo do vulcão 10 gotas de corante vermelho.

9. Acrescente 2 ou 3 colheres de sabão em pó, mexendo devagar.

10.  Coloque a ponta do tubo de aquário ou o canudo de refrigerante em umagarrafa de vinagre, com cerca de 100ml.

11.  Vire o vinagre dentro do tubo ligado ao copo.

(Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/>. Acesso em: mar. 2007.)(Disponível em: <www.sitiodosmiudos.pt/brincareaprender/>. Acesso em: mar. 2007.)

 

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