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5/20/2018 CONTABILIDADE_TRIBUTARIA-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/contabilidadetributaria-5619947c5a146 1/82 Contabilidade Tributária - Sérgio Almir Wachter  - UNIGRAN    C   o   n   v   e   r   s   a    I   n    i   c    i   a    l Prezados(as) estudantes: Bem-vindos(as) à disciplina de Contabilidade Tributária, mediante a qual pretendo subsidiar teoricamente os aspectos comumente relacionados aos tributos, procedendo à uma revisão das questões tributárias pertinentes a seus  princípios constitucionais, a m de enriquecer seus conhecimentos prévios. Para que seu estudo se torne proveitoso e prazeroso, esta disciplina foi organizada em 8 aulas, com temas que, por sua vez, foram subdivididos em seções. Atendendo aos objetivos do processo de ensino-aprendizagem, tenciona-se que até ao nal da disciplina vocês possam: ampliar a compreensão acerca da questão tributária no Brasil, conhecer a trajetória e efetivação da contribuição social, crédito tributário e tributos incidentes e compreender a importância do planejamento tributário. Desse modo, a metodologia que perpassará as aulas centrar-se-á, nos conteúdos especícos da área, além das leituras complementares reexivas de textos referenciais e resolução de atividades de avaliação da aprendizagem. Assim, espero que estejam prontos(as) para construir conhecimentos sobre esses que são conteúdos fundamentais para sua formação prossional. Vamos, então, à leitura das aulas? Desejo a todos(as) um excelente estudo! Profº. Sérgio Almir 9

CONTABILIDADE_TRIBUTARIA

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    Con

    vers

    a In

    icia

    l

    Prezados(as) estudantes:

    Bem-vindos(as) disciplina de Contabilidade Tributria, mediante a

    qual pretendo subsidiar teoricamente os aspectos comumente relacionados aos

    tributos, procedendo uma reviso das questes tributrias pertinentes a seus

    princpios constitucionais, a fi m de enriquecer seus conhecimentos prvios.

    Para que seu estudo se torne proveitoso e prazeroso, esta disciplina

    foi organizada em 8 aulas, com temas que, por sua vez, foram subdivididos

    em sees. Atendendo aos objetivos do processo de ensino-aprendizagem,

    tenciona-se que at ao fi nal da disciplina vocs possam: ampliar a compreenso

    acerca da questo tributria no Brasil, conhecer a trajetria e efetivao da

    contribuio social, crdito tributrio e tributos incidentes e compreender a

    importncia do planejamento tributrio.

    Desse modo, a metodologia que perpassar as aulas centrar-se-, nos

    contedos especfi cos da rea, alm das leituras complementares refl exivas de

    textos referenciais e resoluo de atividades de avaliao da aprendizagem.

    Assim, espero que estejam prontos(as) para construir conhecimentos

    sobre esses que so contedos fundamentais para sua formao profi ssional.

    Vamos, ento, leitura das aulas?

    Desejo a todos(as) um excelente estudo!

    Prof. Srgio Almir

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  • Aula01Contabilidade Tributria - Srgio Almir Wachter - UNIGRAN TRIBUTOS

    Prezados(as) acadmicos(as),Dando continuidade aos estudos do nosso curso, iremos na disciplina

    de Contabilidade Tributria estudar o sistema tributrio brasileiro, especialmente no que tange aos tributos que incidem sobre as empresas. Neste sentido, temos opes tributrias diversas, como Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional.

    Estes tipos tributrios fornecem s empresas possibilidades de opes para, quando possvel, fazer um planejamento tributrio propiciando s mesmas uma economia tributria. Assim, antes de iniciar a parte prtica, iremos discorrer sobre alguns aspectos constitucionais e legais.

    Vamos, primeiramente, ver quais so os objetivos e as sees de estudo que sero desenvolvidas nesta aula.

    Objetivos de aprendizagem

    Ao trmino desta aula, vocs sero capazes de:

    Compreender os aspectos constitucionais e legais dos tributos com relao sua instituio e administrao pela Unio, Estado e Municpio;

    Identificar os diferentes tipos de tributos, impostos, taxas e contribuies;

    Definir tributos, impostos, taxas e contribuies.

    Sees de estudo

    Seo 1- Conceituaes de Tributo; Seo 2- Elementos Essenciais; 2.1 Fato Gerador; 2.2 Sujeito Ativo da Obrigao; 2.1.2 Sujeito Ativo da Obrigao; 2.1.2 Sujeito Passivo da Obrigao; 2.2 Espcies Tributrias; Seo 3- Classificao dos Tributos.

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    Seo 1 - Conceituaes de Tributo

    Inicialmente, vamos verificar o conceito de tributo conforme estabelecido no artigo 3, do Cdigo Tributrio Nacional (CTN):

    Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de alto ilcito, institudo em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    Para melhor compreenso, cada um dos seguintes elementos que compem sua definio deve ser analisado:

    Tributo a prestao pecuniria, pois o conceito legal exclui qualquer prestao que no seja apresentada por dinheiro. No podem ser cobrados tributos que consistam em prestao de servios. S a lei pode obrigar o contribuinte a pagar tributo em moeda corrente do Pas ou em outra unidade traduzvel em moeda, tal como a UFIR, por exemplo.

    O tributo compulsrio, pois a obrigatoriedade faz parte de sua essncia. O tributo no decorre de negcio jurdico realizado mediante manifestao de vontade das partes, e, sim, de uma relao de soberania do Estado que lhe permite exigir de todos aqueles que praticaram o fato gerador, independentemente da vontade.

    A criao ou instituio de um tributo depende exclusivamente da lei, no sendo admitidas outras maneiras de cri-lo.

    De acordo com o Art. 3, do CTN, o tributo no constitui sano a ato ilcito, significa que a hiptese de incidncia depende da prtica de atos lcitos. Devemos observar quais situaes, como a aquisio de disponibilidade econmica ou jurdica de rendimentos, so suficientes para o nascimento de obrigaes tributrias, como o Imposto de Renda, por exemplo, ainda que esses rendimentos

    Fonte: Acesso em: 03 abr. 2012.

    CONCEITO

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    sejam provenientes de atividades ilcitas como o jogo do bicho (a hiptese de incidncia a aquisio de disponibilidade financeira e no o jogo do bicho).

    Finalmente, precisamos saber que a cobrana do tributo uma atividade privada da administrao pblica que no pode ser exercida por nenhuma outra pessoa. Alm disso, h de ser vinculada, ou seja, a administrao pblica dever agir estritamente conforme a lei e no segundo os seus critrios de convenincia e oportunidade.

    Diante dessas caractersticas, lembre sempre que o contedo prevalece sobre a forma. Assim, toda obrigao instituda pelo Estado absorver os elementos descritos anteriormente para serem considerados como tributos, mesmo que a lei que o tenha criado no o denomine de tal forma.

    Por outro lado, se na obrigao criada no estiver inclusa uma dessas caractersticas, ainda que seja denominada como tributo, no possuir tal natureza.

    Seo 2 - Elementos Essenciais

    Agora vamos ver que a obrigao tributria corresponde ao vnculo derivado da relao do Estado como particular. Nessa relao, o Estado o sujeito ativo da obrigao tributria que graas a seu poder de imprio, impe ao particular, sujeito passivo da obrigao, um dever de dar, fazer ou no fazer alguma coisa em razo da concretizao de uma situao hipoteticamente prevista em lei.

    Esse dever do particular corresponde aos tipos de obrigaes tributrias, previstos no Art. 113, do CTN:

    A obrigao tributria essencial ou acessria.Observe que a obrigao principal surge com a ocorrncia do fato gerador,

    tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria e extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente, o tributo propriamente dito.

    J a obrigao acessria decorre da legislao tributria e tem por objeto as prestaes positivas ou negativas nela previstas no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos.

    Fonte: Acesso em: 31 mar. 2012.

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    A obrigao acessria, pelo simples fato de sua inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria.

    Somente a lei pode estabelecer:a) A instituio de tributos ou a sua extino;b) A majorao de tributos ou sua reduo, ressalvado o disposto nos

    artigos 21, 26, 39,57 e 65 do CTN;c) A definio do fato gerador da obrigao tributria principal,

    ressalvando o disposto no inciso I, do 3, do artigo 52,, e do seu sujeito passivo;d) A fixao da alquota do tributo e da sua base de clculo, ressalvando

    o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;e) A cominao de penalidades para as aes ou omisses contrrias a

    seus dispositivos, ou para outras infraes nela definidas;f) As hipteses de excluso, suspenso e extino de crditos tributrios,

    ou de dispensa ou reduo de penalidades.

    2.1 - Fato Gerador Fato gerador da obrigao principal a situao definida em lei

    como necessria e suficiente a sua ocorrncia. De forma simples, conceitua-se o fato que gera a obrigao de pagar tributo.

    Exemplo: O fato gerador da obrigao fiscal com o imposto de renda, definido de acordo com a legislao, a obteno de renda e proventos de qualquer natureza, por pessoas fsicas ou jurdicas.

    Fato gerador da obrigao acessria qualquer situao que, na forma de legislao aplicvel, impe a prtica ou a absteno de ato que no configure obrigao principal.

    Exemplo: Emitir Notas Fiscais, escriturar livros fiscais e contbeis, etc. A obrigao tributria acessria ser convertida em principal no que se refere ao pagamento de multas, caso o contribuinte no cumpra com o seu dever de fazer a obrigao acessria.

    2.1.2 - Sujeito Ativo da ObrigaoO sujeito ativo da obrigao a pessoa jurdica de direito pblico, titular

    da competncia para exigir o seu cumprimento (Unio, Estado, Municpio).

    2.1.2 - Sujeito Passivo da ObrigaoJ o sujeito passivo da obrigao principal a pessoa obrigada ao

    pagamento de tributo ou penalidade pecuniria.O sujeito passivo da obrigao principal pode ser:1 contribuinte, quando tenha relao pessoal e direta com a situao

    que constitua o respectivo fato gerador;

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    2 responsvel, quando, sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa de lei.

    2.2 - Espcies TributriasPodemos ver no Art. 145, da Constituio Federal, a definio das

    espcies de tributos, quais sejam: impostos, taxas e contribuies de melhoria.Saiba que a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero

    instituir os seguintes tributos:a) impostosb) taxas, em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao

    efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposio;

    c) contribuio de melhoria, decorrente de obras pblicas.Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao

    independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte. As taxas cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos

    Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, tm como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposio.

    Percebam que a contribuio de melhoria cobrada pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, instituda para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acrscimo de valor que da obra resultar para cada imvel beneficiado.

    Tudo bem at aqui, pessoal? Ento, vamos para a Seo 3.

    Seo 3 - Classifi cao dos Tributos

    Quanto aos tributos, os mesmos podem ser classificados de vrias

    formas, destacando suas caractersticas inerentes ao Sistema Tributrio Brasileiro

    Temos como exemplos de taxas cobradas pela prestao de servios pelo Estado:- Taxa de coleta de lixo- Taxa de Combate a Incndios- Taxa de Conservao e Limpeza Pblica- Taxa de Emisso de Documentos (nveis federais, estaduais e municipais)- Taxa de licenciamento para Funcionamento e Alvar Municipal- Taxa de Registro do Comrcio (Juntas Comerciais)- Taxa de gua e esgoto- Taxa de expediente

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    e doutrina, bem como a diferena que existe entre eles.De acordo com a Constituio Federal, existem tributos que podem

    ser institudos somente por um ente federativo (Unio, Estados ou Municpios), enquanto outros podem ser criados por qualquer um deles diante da ausncia de dispositivo constitucional, fixando a competncia a um nico ente.

    Segundo esse critrio, podemos dividir os tributos da seguinte forma:1 Segundo a Competncia:a)Tributos de Competncia Privativa; eb)Tributos de Competncia Comum.

    2 Segundo a sua Funo:a)Tributos fiscais: possuem funo meramente arrecadatria, visando

    ao financiamento das atividades do Estado para garantir o aporte de recursos necessrios ao exerccio de suas atividades. Exemplo: Imposto de Renda (IR);

    b)Tributos parafiscais: possuem funo meramente arrecadatria; contudo a receita arrecadada destina-se ao cumprimento de funes paralelas s funes tpicas de Estado. Exemplo: as contribuies previdencirias; e

    c)Tributos extrafiscais: no so institudos com funo arrecadatria, mas para que o Estado cumpra a funo de controle da economia. Exemplos: Imposto de Importao (II), Imposto de Exportao (IE), Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operaes Financeiras (IOF), Imposto Territorial Rural (ITR).

    3 Segundo suas Finalidades:a)Tributos vinculados: ao arrecadar o tributo, o Estado oferece uma

    contraprestao de imediato ao contribuinte. Exemplos: taxas e contribuies de melhoria; e

    b)Tributos no vinculados: a arrecadao do tributo no depende de qualquer contrapartida do Estado em favor do sujeito passivo: Exemplo: impostos.

    Diante dessas, e de outras, formas existentes de classifi cao dos tributos, preciso analis-los em funo de seus efeitos sobre as a vidades operacionais de uma organizao.

    Assim teramos:a) tributos incidentes sobre faturamento;b) tributos incidentes sobre o valor agregado; ec) tributos incidentes sobre o resultado.

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    Segundo esta abordagem, os incidentes sobre o faturamento tributam as receitas de vendas e as de servios no momento do seu reconhecimento, que corresponde ao da entrega de bens ou servios.

    Atente-se que nas empresas, o momento do fornecimento de tais bens e servios ao comprador simultneo emisso das notas fiscais, as quais permitiro o clculo dos tributos que lhe incidem.

    Assim, temos que cada fase do processo produtivo tributada pelos incidentes sobre o valor agregado ou sobre o valor acrescentado. O valor adicionado de uma empresa representa quanto de valor ela agrega aos insumos que adquire em um determinado perodo, obtidos pela diferena entre as vendas ou produo e o total dos insumos adquiridos de terceiros (matrias-primas, mo de obra).

    Esse valor ser igual soma de toda a remunerao dos esforos consumidos nas atividades da empresa. Por exemplo, no caso da panificao, os tributos que incidem sobre o valor agregado atingem a fase de produo do trigo pelo agricultor, assim como a fase de processamento da farinha no moinho, a produo de po e, finalmente, sua venda na padaria.

    Diante disso, levantamos o seguinte questionamento:Os tributos que incidem sobre o faturamento tributam, simplesmente,

    qualquer transao de venda efetuada: trigo, farinha, massa de farinha, po.Os tributos sobre o valor agregado, por exemplo, so diferentes, porque

    no incluem no tributo que recai sobre a farinha do moleiro a parte correspondente ao valor do trigo comprado do agricultor, apenas tributam o moleiro pelo custo das remuneraes associadas moagem e pelos juros, rendas e royalties inerentes a essa fase de produo.

    Assim, os custos das matrias-primas usadas nas fases anteriores so deduzidos ao preo de venda dos moleiros para o clculo de seu valor agregado e do tributo correspondente.

    Os tributos incidentes sobre o resultado tributam o resultado positivo (lucro) das empresas provenientes da diferena entre as receitas reconhecidas (ganhas) e as despesas que foram incorridas (consumidas) no perodo.

    Dessa forma, independentemente do fato de uma empresa ter recebido

    um valor correspondente a uma venda efetuada no perodo, ela deve confrontar

    suas respectivas despesas e recolher os tributos incidentes sobre o resultado

    positivo (lucro).

    Em que diferem, ento, esses tributos daqueles incidentes sobre faturamento??

    ?

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    Tudo bem at aqui? Esto entendendo o contedo? Aguardo vocs na prxima aula, onde continuaremos nossos estudos e refletiremos sobre os princpios constitucionais tributrios.

    Antes, porm, de encerrarmos esta aula, vejam abaixo os pontos principais dos assuntos abordados e, em seguida, algumas sugestes de leituras e sites para consulta, a fim de aprofundar conhecimentos.

    At a prxima aula!

    Retomando a Conversa Inicial

    Seo 1 - Conceituaes de Tributo

    Importante lembrar que quando falamos de forma genrica de impostos, na verdade falamos de tributos, e so espcies tributrias os impostos, taxas e contribuies. Vocs, futuros(as) contadores(as), tm que usar as nomenclaturas corretas.

    Vimos tambm que o Tributo uma prestao pecuniria, pois o conceito legal exclui qualquer prestao que no seja apresentada por dinheiro. O tributo compulsrio, pois a obrigatoriedade faz parte de sua essncia.

    Seo 2 - Elementos Essenciais

    Nesta seo, vimos que, constitucionalmente, temos que sempre lembrar que nenhum tributo pode ser institudo sem prvia lei que o defina, quer dizer, todo tributo deve ser institudo por lei.

    Outro aspecto importante a instituio de tributo, que deve obedecer aos princpios de anterioridade, quer dizer, deve haver um prazo para que a lei institua novo tributo, normalmente no ano anterior a entrada em vigor e noventa dias antes.

    Na prtica, um novo tributo deve ser institudo e publicado no dirio oficial at 30 de setembro do ano anterior a entrada em vigncia.

    Seo 3 - Classifi cao dos Tributos

    Finalmente, nesta terceira seo, vimos que os tributos so classificados

    Chegamos, assim, ao fi nal da primeira aula. Espero que agora tenha fi cado mais claro o entendimento de vocs, em linhas gerais, sobre tributos. Vamos, ento, recordar:

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    de acordo com o seu fato gerador. Sendo faturamento, que a venda ou o servio prestado pelas empresas, onde podemos elencar:

    - o Programa de Integrao Social - PIS e a Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS;

    - o valor agregado, que representa a diferena entre a compra e a venda de um produto, sendo que o exemplo mais comum o ICMS;

    - e, sobre o resultado, que em outras palavras o lucro das empresas, exemplificando o Imposto de Renda das Pessoas Jurdicas (IRPJ) e a Contribuio Social Sobre o Lucro Lquido (CSLL).

    Sugestes de Leituras, Sites e Filmes

    LeiturasBARRETO, Aires Fernandino. Direito Tributrio Contemporneo - Estudos em Homenagem a Geraldo Ataliba. So Paulo: Malheiros, 2011.CRUZ, Flvio da. [et al.] Lei de responsabilidade fi scal comentada: lei complementar n 101, de 04 de maio de 2000. 3. ed. So Paulo : Atlas, 2002.FILHO, Ives Gandra da Silva Martins. Responsabilidade Tributria - Coleo Pesquisas Tributrias Nova Srie 17. Vol. 17. So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.HARADA, Kiyoshi; HARADA, Kyioshi Marcelo. Cdigo Tributrio Nacional Comentado. So Paulo: RIDEEL, 2012.RT, EQUIPE. Cdigo Tributrio Nacional - Constituio Federal, Legislao Tributria. 17. ed. So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.S, Antnio Lopes de. Dicionrio de Contabilidade 9. ed. rev. e ampl. So Paulo: Atlas, 1995.

    SitesAcademia Brasileira de Cincias Contbeis. Disponvel em: Acesso em: 28 mar. 2012.BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Braslia: Senado Federal, 1988. Disponvel em: . Acesso em: 30 mar. 2012.Cdigo Tributrio Nacional CTN. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Legislao Tributria. Ministrio da Fazenda - Brasil. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.

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    Legislao Tributria. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Lei N 11.945, de 4 de junho de 2009. Altera a legislao tributria federal e d outras providncias. Converso da Medida Provisria n 451, de 2008. Disponvel em: Acesso em: 25 mar. 2012.PEIXOTO, Marcelo Magalhes. Conceito de Legislao Tributria. Disponvel em: Acesso em: 25 mar. 2012.Portal Tributrio. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Revista Brasileira de Contabilidade - CFC. Disponvel em: www.cfc.org.br/conteudo.aspx?codMenu=9

    FilmesYouTube: Vdeo Direito Tributrio - Legislao Tributria. Disponvel em: Acesso em: 26 mar. 2012.

    Atividade da Aula 01Ao finalizar o estudo de cada aula fundamental acessar o

    ambiente virtual e realizar as atividades propostas para a Aula estudada.As atividades referentes a esta aula esto disponibilizadas

    na ferramenta Sala Virtual Atividades. Aps responder envie-as, procurando atentar aos prazos estabelecidos, por meio do Portflio ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Net.

    Lembre-se de que no ambiente virtual voc encontrar o apoio necessrio para efetivar sua comunicao com o professor e colegas de curso!

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  • Aula02Contabilidade Tributria - Srgio Almir Wachter - UNIGRAN PRINCPIOS

    CONSTITUCIONAIS TRIBUTRIOS

    Ol pessoal! Vamos para mais uma etapa de nossa disciplina. Nesta segunda aula, refletiremos inicialmente que apesar de pretendermos ser contadores e no advogados, necessrio compreender os princpios constitucionais que norteiam os tributos.

    Temos que ter noo e senso crtico quando um tributo institudo, principalmente, com relao ao seu campo de aplicao, vigncia, fato gerador e base de clculo.

    Este assunto tambm ser objeto de estudo aprofundado na disciplina de Direito Tributrio, nesta disciplina, contudo, apresenta breve resumo para introduo disciplina de Contabilidade Tributria.

    Estarei esperando a participao de vocs no Frum e Quadro se Avisos.

    Boa Aula!

    Objetivos de aprendizagem

    Ao trmino desta aula, vocs sero capazes de:

    Compreender sobre quem pode instituir e administrar os tributos de forma privativa ou comum entre a Unio, Estados e Municpios;

    Caracterizar quais os princpios que norteiam os tributos sobre sua instituio legal;

    Concluir sobre a importncia dos princpios constitucionais incidentes sobre os tributos, fatos geradores e bases de clculos.

    Sees de estudo

    Seo 1- Princpios Tributrios; 1.1 Princpio da Legalidade; 1.2 Princpio da Isonomia; 1.3 Princpio da Irretroatividade;

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  • Contabilidade Tributria - Srgio Almir Wachter - UNIGRAN

    1.4 Princpio da Anterioridade Simples; 1.5 Princpio da Anterioridade Nonagesimal; 1.6 Princpio da Vedao de Tributo Confiscatrio; 1.7 Princpio da Liberdade de Trfego.

    Seo 1 Princpios Tributrios

    Importante lembrar que o tributo no existe sem fronteiras e reside nestas a limitao do poder de tributar. Tais limitaes so formadas pela unio de traos que demarcam o modo, o campo, a forma e a intensidade com que atuar o poder de tributar.

    Os tributos so capacitados de princpios constitucionais para que possam ser exercidos. Na verdade, esses princpios regem o limite do poder de tributar.

    Quando um tributo ultrapassa ou no respeita um dos princpios constantes em lei referente a eles nesse ponto que est localizada a fronteira do poder do tributo.

    Os princpios tributrios so: o Princpio da Legalidade; o Princpio da Isonomia; o Princpio da Irretroatividade; o Princpio da Anterioridade Simples; o Princpio da Anterioridade Nonagesimal; o Princpio da Vedao de Tributo Confiscatrio e o Princpio da Liberdade de Trfego.

    Assim, vamos continuar a produo de conhecimentos conhecendo as principais diferenas existentes entre esses princpios tributrios. Vamos l?

    1.1 - Princpio da legalidadeO Princpio da Legalidade, de acordo com o Art. 150, I, da Constituio

    Federal (CF), determina que:Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado

    Fonte: Acesso em: 03 abr. 2012.

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  • Contabilidade Tributria - Srgio Almir Wachter - UNIGRAN

    Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea.Sendo assim, esse o fator essencial para a instituio ou a majorao

    de um tributo, visto que s podem se dar com base em uma lei em sentido estrito, ou seja, lei ordinria.

    O tributo no pode ser criado sem que para isso a lei ordinria o ampare nessa aplicao, salvo naqueles casos em que a CF determinou claramente o uso de lei complementar (Arts. 148 e 154, I, da CF).

    1.2 - Princpio da IsonomiaO Princpio da Isonomia ou Igualdade Tributria, conforme o Art. 150,

    II, da Constituio Federal (CF), institui tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente.

    proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos.

    Este princpio deriva do princpio republicano que probe qualquer tipo de distino entre as pessoas, considerando que todos so iguais perante a lei (Art. 5 da CF).

    A igualdade tributria garante o tratamento tributrio igual entre os contribuintes que se encontrem em situao igual e diferenciada para aqueles que estiverem em situao desigual, na medida de suas desigualdades.

    Assim, uma pessoa que ganhar um salrio mnimo por ms ser tratada em matria tributria de forma diferente daquela outra que recebe vinte salrios mnimos mensais.

    1.3 - Princpio da IrretroatividadeO Princpio da Irretroatividade, segundo o Art. 150, III, A, da

    Constituio Federal, rege que sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:

    Cobrar tributos:

    Em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei

    que os houver institudo ou aumentado.

    No entanto, a obrigao tributria s poder ser exigida em fatos

    ocorridos vigncia da lei que a houver institudo ou majorado, a no ser nos

    ?VOC SABIA Este princpio deriva do princpio republicano que probe

    qualquer po de dis no entre as pessoas, considerando que todos so iguais perante a lei (Art. 5 da CF).

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  • Contabilidade Tributria - Srgio Almir Wachter - UNIGRAN

    casos previstos no Art. 106, do Cdigo Tributrio Nacional que se vocacionam para atuarem no passado com suas equivalentes bases.

    Percebam que tal princpio refora a segurana jurdica do contribuinte, afastando a incidncia tributria, sobre fatos geradores passados em relao lei que apareceu depois.

    Vamos, ento, ao prximo princpio.

    1.4 - Princpio da Anterioridade SimplesO Princpio da Anterioridade Simples, no Art. 150, III, b, da

    Constituio Federal (CF), estabelece que sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:

    Cobrar tributos: No mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei

    que os instituiu ou aumentou.Esse princpio consequncia da segurana jurdica composto pela

    vedao da Administrao de exigir tributos no mesmo ano da publicao da lei, que instituiu ou aumentou o tributo em questo.

    Essa regra, portanto, garante ao contribuinte um certo perodo de tempo para se adaptar ao tributo criado ou majorado, postergando para o primeiro dia do ano seguinte da publicao da lei o incio da sua cobrana.

    1.5 - Princpio da Anterioridade NonagesimalO Princpio da Anterioridade Nonagesimal ou Noventena, de acordo

    com o Art. 150, III. c, da Constituio Federal (CF), orienta que sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:

    Cobrar tributos:Antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a

    lei que os instituiu ou aumentou.

    Tal princpio foi includo na Constituio Federal pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003, e a Administrao s poder exigir um tributo decorridos 90 dias da publicao da lei que instituiu ou aumentou o tributo em questo.

    Dessa forma, combinando esse princpio com o da anterioridade simples, a cobrana de um tributo s produzir efeito 90 dias da data da publicao da lei que o houver criado ou majorado, bem como se es ver no ano seguinte ao da referida publicao.

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    Tudo bem at aqui? Vamos para o penltimo princpio.

    1.6 Princpio da Vedao de Tributo ConfiscatrioO Princpio da Vedao de Tributo Confiscatrio, conforme o Art. 150,

    IV, da Constituio Federal (CF), prescreve que sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:

    Utilizar tributo com efeito de confisco.Desse modo, proibido Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios,

    obter o tributo foradamente ou com ameaa de punio em proveito do fisco.

    1.7 - Princpio da Liberdade de TrfegoO Princpio da Liberdade de Trfego, segundo o Art. 150, V, da

    Constituio Federal (CF), determina que sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:

    Assim, temos que a liberdade de locomoo parte integrante dos direitos fundamentais do indivduo previstos no art. 5, da Constituio Federal.

    Em matria tributria, portanto, essa liberdade probe a limitao da locomoo de pessoas ou bens dentro do territrio nacional por meio de estabelecimento de barreiras fiscais na forma de tributos interestaduais e intermunicipais.

    E, ento?! Entenderam sobre este assunto relacionado aos princpios tributrios em nosso pas? Agora, vamos fazer um pequeno intervalo. Vejo vocs na prxima aula!

    No esquea! Em caso de dvidas, acesse as ferramentas Frum ou Quadro de

    Avisos. Envie suas dvidas diariamente ao professor. Leia as recomendaes postadas diariamente. Acesse os sites

    recomendados. Amplie seus conhecimentos!

    Retomando a Conversa Inicial

    Estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrana de pedgio pela u lizao de vias conservadas pelo Poder Pblico.

    Espero que agora tenha fi cado mais claro o entendimento de vocs sobre princpios tributrios. Vamos, ento, recordar os pontos principais:

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    Seo 1 Princpios Tributrios

    Como pudemos observar os princpios tributrios subdividem-se em:

    a) Princpio da legalidade; b) Princpio da isonomia; c) Princpio da irretroatividade;d) Princpio da anterioridade simples;e) Princpio da anterioridade nonagesimal;f) Princpio da vedao de tributo confiscatrio;g) Princpio da Liberdade de trfego.

    Sugestes de Leituras, Sites e Filmes

    LeiturasBARRETO, Aires Fernandino. Direito Tributrio Contemporneo - Estudos em Homenagem a Geraldo Ataliba. So Paulo: Malheiros, 2011.CRUZ, Flvio da. [et al.] Lei de responsabilidade fi scal comentada: lei complementar n 101, de 04 de maio de 2000 3. ed. So Paulo : Atlas, 2002.HARADA, Kiyoshi; HARADA, Kyioshi Marcelo. Cdigo Tributrio Nacional Comentado. So Paulo: RIDEEL, 2012.MARTINS, Rogerio Gandra da Silva; NASCIMENTO, Carlos Valder do; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Tratado de Direito Tributrio Vol. 2. So Paulo: Saraiva, 2011.PEREZ JUNIOR, Jos Hernandez; OLIVEIRA, Lus Martins de; GOMES, Marliete Bezerra; CHIEREGATO, Renato. Manual De Contabilidade Tributria: Textos e Testes com as Respostas. 10. ed. So Paulo: Atlas, 2011. RT, EQUIPE. Cdigo Tributrio Nacional - Constituio Federal, Legislao Tributria. 17. ed. So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.

    SitesCdigo Tributrio Nacional CTN. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Conselho Federal de Contabilidade. Resolues e Pronunciamentos. Braslia: Disponvel em: .FRANCESCUTTI, Iuri Engel. Anteprojeto de reforma do CTN proposto pela PFN. Disponvel em: Acesso em: 28 mar. 2012.

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    Instituto dos Auditores Independentes do Brasil IBRACON. - Disponvel em: Acesso em: 28 mar. 2012.Legislao Tributria. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Legislao Tributria. Ministrio da Fazenda - Brasil. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Portal Tributrio. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Revista Contempornea de Contabilidade.Disponvel em:

    Atividades da Aula 02Aps terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em

    nossa aula, na Sala Virtual esto disponveis os arquivos com as atividades avaliativas que devero ser respondidas e enviadas procurando atentar ao prazo limite estipulado.

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  • 28

  • Aula03

    CRDITO TRIBUTRIO

    Prezados(as) acadmicos(as), sabemos que o crdito tributrio constitui o valor devido ao fisco

    como imposto, taxa e contribuio. Alguns tributos so lanados pelo agente arrecadador, Unio, Estado ou Municpio, conforme a competncia.

    Outros tributos so objeto de lanamento atravs de informaes prestadas pelos prprios contribuintes, como o Imposto de Renda da Pessoa Jurdica, que informado atravs de programas disponibilizados pela Receita Federal.

    O lanamento gera o crdito tributrio, valor devido ao fisco e que pode ser extinto, suspenso ou excludo como veremos a seguir.

    Agora vamos conhecer os objetivos e quais as sees que desenvolveremos ao longo da aula.

    Bons estudos!

    Objetivos de aprendizagem

    Ao trmino desta aula, vocs sero capazes de:

    Especificar o que o Crdito Tributrio e suas formas de extino, excluso ou suspenso;

    Definir como o crdito tributrio institudo e cobrado pelo fisco; Compreender o lanamento do crdito tributrio.

    Sees de estudo

    Seo 1- Caractersticas do Crdito Tributrio; 1.1 Lanamento Tributrio; 1.1.1 Suspenso do Crdito Tributrio; 1.1.2 Extino do Crdito Tributrio; 1.1.3 Excluso do Crdito Tributrio;

    Seo 2- Tributos Incidentes Sobre o Resultado;2.1 Imposto de Renda das Pessoas Jurdicas; 2.2 Tributao Com Base no Lucro Real IRPJ ;2.3 Pagamento Mensal por Estimativa.

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  • Seo 1- Caractersticas do Crdito Tributrio

    O crdito tributrio origina-se da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria principal. Entretanto, o Estado no capaz de exigir seu cumprimento pelo contribuinte, fator esse que depende da constituio do crdito tributrio, conforme preceitua o Art. 139, do Cdigo Tributrio Nacional (CTN):

    O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza dessa.Para podermos aprofundar o assunto, vamos conhecer um pouco mais

    sobre o crdito tributrio a partir do lanamento tributrio.

    1.1 - Lanamento TributrioLanamento tributrio o procedimento administrativo mediante o qual

    possvel verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao da penalidade cabvel.

    Assim, a atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional.

    A Figura 1, abaixo, ilustra para um melhor entendimento dessa definio: Esquema 1 - Lanamento tributrio

    Fonte: Acesso em: 31 mar. 2012.

    Fonte: Acesso em: 01 abr. 2012.

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  • O Art. 142, do Cdigo Tributrio Nacional (CTN), Lei n 5.172/66, definiu o conceito de lanamento tributrio, especificando todos os seus componentes, quais sejam: Suspenso do Crdito Tributrio; Extino do Crdito Tributrio e Excluso do Crdito Tributrio.

    Vejamos nos prximos subtpicos cada um dos componentes do lanamento tributrio.

    1.1.1 - Suspenso do Crdito Tributrio

    A suspenso do crdito tributrio representa situaes em que o Estado como credor tem sua capacidade para exigir o crdito tributrio do sujeito passivo suspenso temporariamente.

    Durante esse perodo, o Estado dever aguardar o trmino das causas suspensivas para readquirir o direito de exigir o crdito.

    O crdito s poder ser suspenso nas situaes relacionadas no Art. 151 do CTN:

    Art. 151 Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio:I moratria;II o depsito do seu montante integral;III as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributrio administrativo;IV a concesso de medida liminar em mandado de segurana;V a concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espcies de ao judicial; (Inciso includo pela Lcp n 104, de 10.01.2001.) (Vide Medida Provisria n 38, de 13.05. 2002)VI o parcelamento. (Inciso includo pela Lcp n 104, de 10.1.2001.) (Vide Medida provisria n 38, de 13.5.2002.)

    Pargrafo nico O disposto neste artigo no dispensa o cumprimento

    Fonte: Acesso em: 28 mar. 2012.

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  • das obrigaes assessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja suspenso, ou dela conseqentes.

    Entretanto, as hipteses de suspenso do crdito no interferem na obrigao do sujeito passivo em cumprir com as obrigaes acessrias que lhe so correspondentes.

    1.1.2 - Extino do Crdito Tributrio

    J a extino do crdito tributrio ocorre ao desfazer a obrigao tributria existente entre o Estado (sujeito ativo) e o contribuinte (sujeito passivo) nas hipteses previstas pelo Art. 156, do CTN, cabendo a lei ordinria disciplinar a respeito das situaes em que se constatam erros nos lanamentos de crditos tributrios j extintos.

    Extinguem o crdito tributrio, segundo o Art. 156:I o pagamentoII a compensao;III a transao;IV a remisso;V a prescrio e a decadncia;VI a converso de depsito em renda.

    1.1.3 - Excluso do Crdito TributrioDe acordo com o que estabelece o Art. 175,

    excluem o crdito tributrio:I a iseno;II a anistia.Nestes casos, a excluso do crdito tributrio se

    d, especificamente:

    Fonte: Acesso em: 01 abr. 2012.

    Fonte: Acesso em: 03 abr. 2012.

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  • Iseno (Art. 176 a 179, do CTN):A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei

    que especifique as condies e requisitos exigidos para sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o prazo de sua durao.

    Anistia (Arts. 180 a 182 do CTN):A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente

    vigncia da lei que a concede.

    Seo 2 - Tributos Incidentes Sobre o Resultado

    1.1 - Imposto de Renda das Pessoas JurdicasEm relao s pessoas jurdicas, a ocorrncia do fato gerador verificada

    pela obteno de resultados positivos (lucros) em suas operaes industriais, mercantis ou de prestao de servios, alm de acrscimos patrimoniais decorrentes de ganhos de capital (receitas no operacionais). O imposto ser devido conforme os rendimentos, ganhos e lucros forem sendo gerados.

    Assim, de acordo com o regulamento do Imposto de Renda (Decreto n 3.000/99), a base de clculo do Imposto de Renda Pessoa Jurdica IRPJ, ser determinada pelo montante real, presumido ou arbitrado das rendas e proventos de qualquer natureza, condicionado ocorrncia de certas circunstncias previstas em lei que sero explicadas mais adiante.

    Fonte: Acesso em: 30 mar. 2012.

    O perodo de apurao do IRPJ trimestral, encerrado nos dias 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro

    de cada ano-calendrio, sendo determinado mediante a aplicao sobre a base de clculo (lucro real, presumido ou

    arbitrado) expressa em reais (R$) da alquota de 15,0%.

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  • Alm dessa alquota, a parcela de base de clculo que exceder ao resultado da multiplicao de R$ 20.000,00, pelo nmero de meses do respectivo perodo de apurao, ficar sujeita incidncia de adicional de IRPJ, calculado alquota de 10,0%.

    O recolhimento do IRPJ, bem como das demais receitas tributrias de competncia da Unio, dever ser realizado em um formulrio denominado Documento de Arrecadao de Receitas Federais (DARF).

    O prazo de recolhimento do IRPJ em quota nica ser at o ltimo dia til do ms subseqente ao do trimestre encerrado. Conforme opo da pessoa jurdica, o imposto devido poder ser pago em at trs quotas mensais iguais e sucessivas, vencveis no ltimo dia til dos trs meses conseqentes ao encerramento do trimestre.

    Nenhuma dessas quotas poder ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais), e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 dever ser pago em quota nica, observando a incidncia de juros nas seguintes quotas:

    1 quota: no ser acrescida de juros; 2 quota: ser acrescida em 1,0% no ms do pagamento; e 3 quota: ser acrescida de juros taxa do Sistema Especial de

    Liquidao e de Custdia SELIC, acumulada mensalmente a partir do primeiro dia do segundo ms subsequente ao do encerramento do perodo de apurao at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento, e 1,0% no ms do pagamento.

    2.2 - Tributao com Base no Lucro Real IrpjDe acordo com a legislao em vigor, Lucro Real conceituado como sendo

    o resultado contbil lquido do trimestre antes do Imposto Renda Pessoa Jurdica - IRPJ e da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido - CSLL, transcrito em livro prprio denominado Livro de Apurao do Lucro Real (LALUR) e ajustado pelas adies, excluses e compensaes prescritas ou amortizadas pela Legislao do Imposto de renda.

    Note que desses ajustes chamados de extra contbeis, obtm-se o Lucro Real, considerado como base para o clculo de IRPJ do perodo de apurao.

    Em seu artigo 246, o Regulamento do Imposto de Renda define as pessoas jurdicas obrigadas apurao do IRPJ com base no lucro real:

    a) Cujo faturamento (receita total), no ano-calendrio anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo nmero de meses de atividade no ano, quando inferior a 12 meses (at o ano de 2002 esse limite era de R$ 24.000.000,00).

    Fonte: Acesso em: 27 mar. 2012.

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  • b) Cujas atividades sejam de bancos comerciais, de investimentos, de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos, valores mobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao e entidades de previdncia privada e aberta.

    c) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital provenientes do exterior.d) Que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam benefcios fiscais

    relativos iseno ou reduo do imposto.e) Que, no decorrer do ano-calendrio, tenham efetuado pagamento mensal

    pelo regime de estimativa (Pagamento Mensal por Estimativa) Lucro Real Anual.f) Que explorem as atividades de prestao cumulativa e contnua de

    servios de assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos, administrao de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestao de servios, (factoring).

    g) que explorem atividades de compra e venda, loteamento, incorporao e construo de imveis, enquanto no concludas as operaes imobilirias para as quais haja registro de custo orado (Instruo Normativa da Secretaria da Receita Federal - IN SRF n 25/1999).

    Por esse regime de tributao, embora seja determinado com base no resultado contbil do exerccio auferido pelas pessoas jurdicas, observa-se que esse no o mesmo que ser tributado pelo IRPJ.

    Entretanto, nota-se de imediato a importncia das demonstraes contbeis, pois com base nelas que o encargo tributrio da pessoa jurdica determinado.

    Pode-se afirmar, ento, que a escriturao contbil exerce um carter universal, isto , desconsiderando quaisquer indagaes sobre as origens ou consequncias comerciais ou fiscais, todos os fatos devem, obrigatoriamente, ser registrados contabilmente.

    Alm disso, a legislao tributria estrutura-se pautada em inmeros conceitos do Direito Comercial, tais como: balano patrimonial, patrimnio lquido, reservas, incorporao, ciso, dividendo etc. Muitos desses institutos ingressam no mundo jurdico apoiados em conceitos e princpios que pertencem contabilidade.

    Valores que devero ser adicionados ao lucro lquido do exerccio:

    O direito vai buscar na Contabilidade critrios e procedimentos tcnicos e transforma-os em atos jurdicos.

    CURIOSIDADE

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  • Os encargos de depreciao, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem j integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais previstos no Regulamento do Imposto de Renda - RIR/2004:

    Despesas com alimentao de scios, acionistas e administradores;Doaes;Despesas com brindes.O valor da Contribuio Social Sobre o Lucro Lquido registrado como

    despesa operacional.Valores que devero ser excludos ao lucro lquido do exerccio:Os valores cuja deduo seja autorizada pelo Regulamento do Imposto

    de Renda e que no tenham sido computados na apurao do Lucro Lquido no perodo de apurao.

    Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores includos na apurao do lucro lquido que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, no sejam computados no lucro real.

    O prejuzo Fiscal apurado em perodos de apurao anteriores, limitada a compensao a 30% (trinta por cento) do lucro lquido ajustado pelas adies e excluses previstas no Regulamento do Imposto de Renda, desde que tenha a escriturao do LALUR.

    Os rendimentos e ganhos de capital nas transferncias de imveis desapropriados para fins de reforma agrria, quando auferidos pelo desapropriado.

    Os dividendos anuais mnimos distribudos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento.

    Os juros produzidos pelos Bnus do Tesouro Nacional (BTN) e pelas Notas do Tesouro Nacional (NTN), emitidos pelo Banco Central do Brasil.

    Os custos, despesas, encargos, perdas, provises, par cipaes e quaisquer outros valores deduzidos na apurao do lucro lquido que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, no sejam dedu veis na determinao do lucro real.Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores no includos na apurao do lucro lquido que, de acordo com o RIR/2004, devam ser computados na determinao do lucro real.Ressalvadas as disposies especiais con das no RIR/2004, as quan as radas dos lucros ou de quaisquer fundos ainda no tributados para aumento do capital, para distribuio de quaisquer interesses ou des nadas a reservas, quaisquer que sejam as designaes que verem, inclusive lucros suspensos e lucros acumulados.Os pagamentos efetuados sociedade civil quando esta for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas sicas que sejam diretores, gerentes, controladores da pessoa jurdica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cnjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas.

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  • Abaixo, observe a Figura 2, um exemplo de escriturao do Livro de Apurao do Lucro Real (LALUR):

    Quadro 1 - Escriturao do LALUR

    2.3 - Pagamento Mensal por EstimativaAinda quanto s pessoas jurdicas, note que as mesmas so sujeitas

    tribulao com base no regime do lucro real e podero optar pela sua apurao anual, que compreender o perodo entre 1 de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.

    Entretanto, alm de ficarem impedidas de optar pela tributao com base no lucro presumido, elas estaro obrigadas ao pagamento mensal da parcela do imposto que ser devido a ttulo de antecipao, inclusive o relativo ao ms de dezembro, calculado por estimativa.

    ATENO! Essas parcelas sero vencveis at o ultimo dia til do ms subsequente ao de sua apurao.

    O saldo da diferena entre o imposto devido com base no lucro real anual e o somatrio das importncias pagas por estimativas durante o ano ser:

    Se positivo, pago em quota nica at o ltimo dia til do ms de maro do ano subseqente, acrescido de juros equivalentes taxa Sistema Especial de Liquidao e

    1. Resultado do trimestre antes do IRPJ 36.0002. ( + ) Adies 2.1. Multas por infraes fi scais 3.500 2.2. Provises indedutveis 2.000 2.3. CSLL 4.0003. ( - ) Excluses 3.1. Depreciao Acelerada (15.000)4. ( = ) Lucro Real antes da Comp. de Prejuzos 30.5005. ( - ) Compensao de Prejuzos (9.150)6. ( = ) Lucro Real 21.350 Clculo do IRPJLucro Real do 1 Trimestre R$ 21.350( X ) Alquota 15%___( = ) Imposto de Renda devido R$ 3.202,50

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    KatiaHighlight

  • de Custdia - SELIC, acumulada mensalmente, a partir de 1 de fevereiro at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento, e de 1,0% no ms do pagamento.

    Se negativo, compensado com o imposto devido a partir do ms de janeiro do ano-calendrio subsequente, assegurada da alternativa de requerer a restituio do montante pago a maior. Esse saldo ser acrescido de juros equivalentes taxa SELIC acumulada mensalmente, a partir de 1,0% relativamente ao ms em que estiver sendo efetuada a restituio ou compensao.

    Lembre-se que quando do encerramento do exerccio, as pessoas jurdicas que optarem por essa forma de recolhimento devero calcular o imposto devido com base no lucro real anual, apurado em 31 de dezembro, de forma idntica descrita s pessoas jurdicas com apurao trimestral do imposto e elaborar uma declarao de ajuste.

    Chegamos, assim, ao final de nossa terceira aula. Como estamos indo? Espero que os assuntos tratados tenham sido muito proveitosos. Nas aulas seguintes veremos como calcular o IRPJ e CSLL sobre o resultado.

    Agora, vamos rever resumidamente o que estudamos em cada seo. Confira tambm as sugestes disponibilizadas, para aprofundar seus conhecimentos. At a prxima aula!

    No esqueam! Em caso de dvidas, acessem as ferramentas Frum ou Quadro de Avisos. Espero sua participao no ambiente virtual.

    Lembrem-se de que estarei esperando suas sugestes, para melhorar os recursos e tcnicas didticas utilizados no curso. Afinal, na EaD, a construo de conhecimento um trabalho conjunto.

    Retomando a Conversa Inicial

    Seo 1 - Caractersticas do Crdito Tributrio

    O crdito tributrio origina-se da ocorrncia do fato gerador da

    obrigao tributria principal. Formas de instituio do crdito tributrio atravs

    do lanamento e extino, suspenso e excluso do crdito, foram os temas

    abordados nesta seo.

    Chegamos, assim, ao fi nal da terceira aula. Espero que agora tenha fi cado claro o entendimento de vocs sobre crdito tributrio e tributos incidentes sobre o resultado. Vamos, ento, recordar:

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  • Seo 2 - Tributos Incidentes Sobre o Resultado

    O Imposto de Renda e a Contribuio Social so tributos incidentes sobre o resultado, que significa tributos calculados sobre o Lucro das empresas.

    Sugestes de Leituras, Sites e Filmes

    LeiturasASSIS, Geovana Oliveira de. Direito Tributrio na Perspectiva dos Direitos Fundamentais. So Paulo: Juru, 2011. FABRETTI, Laudio Camargo. Prtica tributria da micro e pequena empresa. 3. ed. So Paulo: Atlas, 1999.HARADA, Kiyoshi; HARADA, Kyioshi Marcelo. Cdigo Tributrio Nacional Comentado. So Paulo: RIDEEL, 2012.MARTINS, Ives Gandra da Silva; Nascimento, Carlos Valder do. Comentrios Lei de Responsabilidade Fiscal So Paulo: Saraiva, 2001.MORETI, Elizabeth Nazar Carrazza Daniel. Imunidades Tributrias. So Paulo: Campus, 2012.RT, EQUIPE. Cdigo Tributrio Nacional - Constituio Federal, Legislao Tributria. 17. ed. So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.

    SitesBRASIL. Decreto N 3.000, de 26.03.1999. RIR 99 - Tributao das Pessoas Jurdicas (Livro 2 - Art. 146 a 619). Disponvel em: Cdigo Tributrio Nacional CTN. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Conselho Federal de Contabilidade CFC. Normas Brasileiras de Contabilidade. Braslia, 2004. Disponvel em: Lanamento tributrio. Disponvel em: In: Acesso em: 01 abr. 2012.Legislao Tributria. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Legislao Tributria. Ministrio da Fazenda - Brasil. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Portal Tributrio. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.

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  • Revista de Contabilidade e Organizaes. Disponvel em:

    FilmesYouTube: Vdeo Direito Tributrio - Lanamento Tributrio. Disponvel em: Acesso em: 28 mar. 2012.

    Atividades da Aula 03

    Aps terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados nesta aula, na Sala Virtual esto disponveis os arquivos com as Atividades que devero ser respondidas e enviadas. Procurem resolver as atividades dentro dos prazos estabelecidos. Agora com vocs!

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  • Aula04

    CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO

    Prezados(as) estudantes:Dando continuidade nossa disciplina, vamos refletir sobre

    a Contribuio Social Sobre o Lucro Lquido (CSLL), que incide sobre o resultado (lucro) das empresas e calculado de forma distinta na opo pelo Lucro Real e Lucro Presumido, conforme veremos atravs de modelos de clculos e tabelas nesta aula.

    Convido vocs a participarem desta aula, realizando uma boa leitura do material impresso, que o seu guia de leitura, para contribuir com seu aprendizado.

    Durante os estudos das sees que compem a Aula 04, importante compartilhar ideias, opinies e sugestes no ambiente virtual, por meio das ferramentas da plataforma de ensino.

    Boa Aula!

    Objetivos de aprendizagem

    Ao trmino desta aula, vocs sero capazes de:

    compreender a incidncia da Contribuio Social sobre o lucro das empresas e suas formas de clculo;

    identificar quando h incidncias de CSLL e de que forma calcular nas diferentes opes tributrias: Lucro Real e Lucro Presumido;

    definir base de clculo da Contribuio Social de acordo com a opo tributria.

    Sees de estudo

    Seo 1- Tributao Com Base no Lucro Real - CSLL; Seo 2- Tributao Com Base no Lucro Presumido; Seo 3- Pessoas Jurdicas Tributadas Pelo LucroPresumido e Arbitrado;3.1 Clculo do Lucro Presumido - IRPJ;3.1 Base de Clculo da CSLL.

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  • Seo 1 - Tributao com Base no Lucro Real Csll

    De competncia da Unio, essa contribuio foi instituda pela Lei n 7.689/88, com o objetivo de financiar a seguridade social por meio dos lucros obtidos pelas pessoas jurdicas e das entidades que lhe so equiparadas pela legislao do imposto de renda.

    Para as empresas tributadas pelo lucro real, a CSLL dever ser apurada trimestralmente, encerrada nos dias 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendrio, com base no resultado do exerccio, antes da Proviso para IRPJ, ajustado pelas adies, excluses e compensaes estabelecidas na legislao.

    Saiba que caso as empresas apurem o Imposto de Renda de Pessoa Jurdica IRPJ, com base no lucro presumido ou arbitrado, a Contribuio

    Social Sobre o Lucro Lquido - CSLL, tambm dever ser apurada trimestralmente pelos mesmos critrios.

    Mas com base em um valor determinado pela aplicao de porcentuais definidos pela legislao sobre a receita bruta, acrescido dos ganhos de capital, de rendimentos e ganhos lquidos obtidos em aplicaes financeiras, das demais receitas e rendimentos e dos resultados positivos decorrentes de receitas no abrangidas pela incidncia do porcentual.

    Nesse regime de tributao, a base de clculo para CSLL determinada pelo resultado do trimestre, antes da proviso para seu prprio pagamento e a proviso para IRPJ, ajustado por adies, excluses e compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao.

    So consideradas no dedutveis, entre outros, devendo ser adicionados para determinar a base de clculo da CSLL, os seguintes valores:

    As provises no dedutveis para fins de apurao do lucro real, exceto a Proviso para Imposto de Renda;

    As seguintes despesas no dedutveis computados na apurao do lucro lquido:a) Das contraprestaes de arrendamento mercantil e do aluguel de bens

    mveis ou imveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produo ou comercializao de bens e servios.

    b) Das despesas e custos de depreciao, amortizao, manuteno,

    Fonte: Acesso em: 30 mar. 2012.

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    KatiaHighlight

  • reparo conservao, impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens mveis ou imveis, exceto se intrinsecamente relacionados com a produo ou comercializao dos bens e servios.

    c) Das despesas e custos com alimentao dos scios, acionistas e administradores, quando no fornecidas pelo restaurante da prpria empresa.

    d) Das despesas, custos e contribuies baseadas nos lucros, relativos previdncia privada e ao Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), cujo nus seja da pessoa jurdica, que somados, excederem a 20% do total dos salrios dos empregados e da remunerao dos dirigentes da empresa, vinculados ao referido plano.

    e) Das doaes, exceto as referidas no 2 do Art., 13 da Lei n 9.249, de 1995; e

    f) Das despesas com brindes.Os ajustes decorrentes da aplicao de mtodos de preos de transferncias;Os ajustes por diminuio do valor de investimento avaliados pelo

    patrimnio lquido (equivalncia patrimonial);O valor de reserva de reavaliao, baixado durante o perodo-base, cuja

    contrapartida no tenha sido computada no resultado do perodo-base; e O valor dos lucros distribudos disfaradamente, apurados nos termos da

    legislao do imposto de renda.So considerados dedutveis, podendo ser excludos para determinar

    a base de clculo da CSLL, entre outros, os seguintes valores:O montante dos saldos das provises no dedutveis, bem como o

    montante dos crditos deduzidos que tenham sido recuperados (revertidos), em qualquer poca ou a qualquer ttulo.

    Os Lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo mtodo do custo de aquisio. e,

    O resultado positivo dos investimentos avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial.

    Como possvel perceber, a base de clculo para a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido CSLL, determinada pelo resultado do trimestre, onde devem ser considerados os valores no dedutveis e tambm os dedutveis.

    Tudo tranquilo at aqui?! Vamos para prxima seo refletir sobre a tributao com base no lucro presumido, ou seja, uma forma de tributao mais simplificada. Vamos l!

    Seo 2 - Tributao com Base no Lucro Presumido

    A apurao trimestral do Imposto de Renda de Pessoa Jurdica IRPJ,

    com base no lucro presumido constitui uma forma de tributao simplificada a

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  • ser exercida pelas empresas de modesto porte desde que no sejam obrigadas, no ano-calendrio, complexa apurao trimestral do IRPJ baseada no lucro real, que pressupe uma escriturao contbil capaz de apurar o resultado fiscal do trimestre, antes do ltimo dia til do ms subsequente.

    A opo pelo regime de tributao, com base no lucro presumido, ser manifestada com o pagamento em Documento de Arrecadao de Receitas Federais - DARF com cdigo especfico da primeira quota ou nica quota do imposto devido, correspondente ao primeiro trimestre de apurao de cada ano-calendrio (janeiro a maro).

    Atente que toda pessoa jurdica que iniciar as atividades a partir do segundo trimestre, manifestar a opo com o pagamento da primeira quota ou nica quota do imposto devido, relativa ao perodo de apurao do incio de atividade.

    De acordo com o Art. 527, do Regulamento do Imposto de Renda - RIR/2004, a pessoa jurdica que optar pela tributao com base no lucro presumido dever manter:

    Assim, o lucro presumido ser o montante determinado pela aplicao de porcentuais variveis, conforme o ramo de atividade da pessoa jurdica sobre a receita bruta obtida em cada trimestre do ano-calendrio, j referidos no clculo do IRPJ por estimativa, exceto as instituies financeiras, seguradoras, entidades de previdncia privada e as empresas de factoring que esto obrigadas apurao

    do imposto com base no lucro real.

    Ao lucro presumido, portanto, devero ser adicionados os ganhos de

    capital, demais receitas e resultados positivos no compreendidos na atividade

    a) Escriturao contbil nos termos da legislao comercial;b) Livro Registro de Inventrio, no qual devero constar registrados os estoques existentes no trmino do ano-calendrio;c) Em boa guarda e ordem, enquanto no ver decorrido o prazo decadencial e no forem prescritas as eventuais aes que lhe sejam per nentes, todos os livros de escriturao obrigatrios por legislao fi scal especfi ca, bem como os documentos e demais papis que serviram de base para a escriturao comercial e fi scal.

    Observem que o pargrafo nico desse mesmo ar go dispensa da escriturao contbil as empresas que

    man verem o Livro Caixa no qual dever estar escriturada toda a sua movimentao fi nanceira, inclusive bancria.

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  • operacional da empresa inclusive:a) Os rendimentos e ganhos lquidos resultantes de aplicaes financeiras,

    inclusive nos mercados de renda varivel, como bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados e no mercado de balco organizado;

    b) Os juros recebidos a ttulo de remunerao do capital prprio por outras empresas, cuja pessoa jurdica seja scia ou acionista;

    c) Os juros ativos e os descontos obtidos em pagamentos de obrigaes.Desse modo, o contribuinte poder efetuar o pagamento do IRPJ com base

    no lucro arbitrado (auto-arbitramento), desde que a receita bruta seja conhecida e que ocorram as hipteses listadas acima, as quais permitem ao Fisco arbitrar o lucro de ofcio.

    O contribuinte, ao optar pelo auto-arbitramento, dever observar que essa forma de apurao abranger todo ano-calendrio, assegurada, ainda, a tributao com base no lucro real relativa aos trimestres no submetidos ao arbitramento, se a pessoa jurdica dispuser de escriturao exigida pela legislao comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos perodos no abrangidos por aquela modalidade de tributao.

    Espero que, at aqui, estejam acompanhando o desenvolvimento do tema. Na seo 3, vamos explicar como as pessoas jurdicas so tributadas por meio do lucro presumido e arbitrado. Vamos l?!

    Seo 3 - Pessoas Jurdicas Tributadas pelo Lucro Presumido e Arbitrado

    A pessoa jurdica que apura trimestralmente o Imposto de Renda da Pessoa Jurdica IRPJ, com base no lucro presumido ou arbitrado tambm dever recolher trimestralmente a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido - CSLL, cuja base corresponde aplicao dos porcentuais de 12,0% ou 32,0% sobre a receita bruta do trimestre acrescida dos ganhos de capital, de rendimentos e ganhos lquidos advindos de aplicaes financeiras, das demais receitas e rendimentos e dos resultados positivos decorrentes de receitas no abrangidas pela incidncia dos porcentuais.

    Por outro lado, note que se a receita bruta no for conhecida, o lucro arbitrado, determinado por meio de procedimento de ofcio, ser calculado mediante a aplicao dos porcentuais e critrios constantes na tabela prpria. Tributao com Base no Lucro Arbitrado, e tambm constituir a base de clculo da CSLL.

    Fonte: Acesso em: 22 abr. 2012.

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  • 3.1 - Clculo do Lucro Presumido - IrpjSobre as receitas da atividade operacional, lembre que o imposto de

    renda das empresas recai sobre o lucro.As empresas optantes pelo lucro presumido devem presumir o lucro

    obtido em cada trimestre, e essa presuno feita pela aplicao de percentuais de lucratividade ditados pela lei:

    a) comrcio e Indstria: 8,0% (oito por cento); b) revenda, para consumo, de combustvel derivado de petrleo, lcool

    etlico carburante e gs natural: 1,6% (um inteiro e seis dcimos por cento); c) servios em geral: 32,0% (trinta e dois por cento); d) servios hospitalares e de transporte de carga: 8% (oito por cento); e) demais servios de transporte: 16% (dezesseis por cento); e f) instituies financeiras, sociedades corretoras de ttulos, valores

    mobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios, empresas de seguros privados, entidades de previdncia privada aberta e empresas de capitalizao: 16%.

    H tambm os percentuais reduzidos para pequenos prestadores de servios. Observe que a base de clculo mensal do imposto de renda das pessoas

    jurdicas prestadoras de servios em geral, exceto servios hospitalares e de transporte, bem como aqueles prestados por sociedades prestadoras de servios de profisses legalmente regulamentadas, cuja receita bruta anual seja de at R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ser determinada mediante a aplicao do percentual de 16% sobre a receita bruta auferida mensalmente (Lei n 9.250/95, art. 40).

    Assim, a pessoa jurdica que houver utilizado a alquota reduzida de 16,0%, cuja receita bruta acumulada at um determinado ms do ano-calendrio exceder o limite de R$ 120.000,00, ficar sujeita ao pagamento da diferena de estimativa no recolhida, apurada em relao a cada trimestre transcorrido, at o ltimo dia til do ms subsequente quele em que ocorrer o excesso, sem acrscimos legais.

    EXEMPLO:

    FATURAMENTO DO TRIMESTRE X1 R$ 2.200.000,00

    Comrcio base de clculo 8% R$ 176.000,00

    Imposto de Renda 15% R$ 26.400,00

    Imposto de Renda Adicional 10%

    (176.000 60.000) x 10% R$ 11.600,00

    TOTAL DO IRPJ DEVIDO R$ 38.000,00

    Confira na Tabela1, abaixo, como ficam as prticas percentuais:

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  • Tabela 4.1 - Prtica de percentuais

    3.2 - Base de Clculo da CsllDesde 1 de janeiro de 1997, a base de clculo da Contribuio Social

    sobre o Lucro Lquido (CSLL), apurada pelas pessoas jurdicas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado corresponde soma dos valores (1+ 3):

    1) Sobre a receita bruta trimestral (regime de competncia ou de caixa): 1.1) do comrcio ou indstria e prestao de servios em

    geral: 12% (doze por cento); e 1.2) desde 1 de setembro de 2003, 32% (trinta e dois por

    cento) sobre a receita da prestao dos seguintes servios: a) prestao de servios em geral, exceto servios

    hospitalares e de transportes; b) intermediao de negcios;

    A T I V I D A D E S Tabela 4.1 - Prtica de percentuais Percentuais

    Percentuais R e d u z i d o s R e c e i t a Anual at R$ 120.000,00

    Servios de transporte de cargas 8,0Sobre a receita bruta dos servios hospitalares 8,0

    Sobre a receita bruta de construo por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer quantidade (Ato Declaratrio Normativo COSIT n 06/97).

    8,0

    Loteamento de terrenos, incorporao imobiliria e venda de imveis construdos ou adquiridos para revenda

    8,0

    Servios de transporte de passageiros 16,0

    A t i v i d a d e s que no podem se benefi ciar da reduo do percentual

    Revenda de combustveis derivados de petrleo e lcool, inclusive gs 1,6Prestadoras de servios relativos ao exerccio de profi sses legalmente regulamentada, inclusive escolas (S/C do antigo regime do DL 2.397)

    32,0

    Intermediao de negcios, inclusive corretagem (seguros, imveis, dentre outros) e as de representao comercial

    32,0 16,0

    Administrao, locao ou cesso de bens imveis, e mveis. 32,0 16,0Construo por administrao ou por empreitada unicamente de mo-de-obra 32,0 16,0Prestao de servios de grfi ca, com ou sem fornecimento de material, em relao receita bruta que no decorra de atividade comercial ou industrial 32,0 16,0

    Prestao de servios de suprimento de gua tratada e coleta de esgoto e explorao de rodovia mediante cobrana de pedgio (Ato Declaratrio COSIT n 16/2000)

    32,0 16,0

    Fonte: Acesso em: 03 mar. 2012.

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  • c) administrao, locao ou cesso de bens imveis, mveis e direitos de qualquer natureza;

    d) prestao cumulativa e contnua de servios de assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo de riscos, administrao de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditrios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring); e

    e) ao diferencial entre o preo de venda e o custo de aquisio de veculos usados;

    2) 12% (doze por cento) da parcela das receitas obtidas, no respectivo perodo de apurao, nas exportaes a pessoas vinculadas ou para pases com tributao favorecida, que exceder ao valor j apropriado na escriturao da empresa, na forma da legislao especfica.

    Ganhos de capital, os rendimentos e ganhos lquidos auferidos em aplicaes financeiras, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas no abrangidas pela atividade operacional, alcanados no mesmo perodo de apurao, inclusive:

    a) os ganhos de capital nas alienaes de bens do ativo permanente e de ouro no caracterizado como ativo financeiro;

    b) os ganhos de capital ganhos na alienao de participaes societrias permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participaes societrias que permaneceram no ativo da pessoa jurdica at o trmino do ano-calendrio seguinte ao de sua aquisio;

    c) os ganhos de capital auferidos na devoluo de capital em bens ou direitos;d) os rendimentos obtidos nas operaes de mtuo realizadas entre

    pessoas jurdicas ou entre pessoa jurdica e pessoa fsica;e) a receita de locao de imvel, quando no for este o objeto social da

    pessoa jurdica, deduzida dos encargos necessrios sua percepo;f) os juros equivalentes taxa referencial da Selic para ttulos federais,

    acumulada mensalmente, relativos a tributos e contribuies a serem restitudos ou compensados;

    g) os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de crditos, salvo se a pessoa jurdica comprovar no os ter deduzido em perodo anterior no qual tenha se submetido ao regime de incidncia da CSLL com base no resultado ajustado, ou que se refiram a perodo no qual tenha se submetido ao regime de incidncia da CSLL com base no resultado presumido ou arbitrado;

    h) a diferena entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos

    de instituio isenta, a ttulo de devoluo de patrimnio, e o valor em dinheiro ou o

    valor dos bens e direitos entregue para a formao do referido patrimnio;

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  • i) os rendimentos e ganhos lquidos obtidos em aplicaes financeiras de renda fixa e de renda varivel; e

    j) as variaes monetrias ativas dos direitos de crdito e das obrigaes do contribuinte, em funo da taxa de cmbio ou de ndices ou coeficientes aplicveis por disposio legal ou contratual.

    Ento, pessoal, estas so as regras bsicas para quando h incidncias de Contribuio Social sobre o Lucro Lquido CSLL, e a forma de calcular as diferentes opes tributrias: Lucro Real e Lucro Presumido. Alguma dvida?

    Espero que agora tenha ficado mais claro o entendimento de vocs sobre esses aspectos da CSLL, apurada pelas pessoas jurdicas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado, conforme trabalhados em nesta aula.

    Ao finalizar esta Aula, procurem fazer uma anlise crtica sobre os contedos estudados e as estratgias que utilizamos. Lembrem-se de que vocs so personagens principais de sua aprendizagem e que, o tema estudado nesta Aula muito importante para sua vida acadmica e profissional.

    Assim, caso tenham sugestes, comentrios, crticas ou tenham ficado com dvidas, acessem o ambiente virtual e utilizem as ferramentas adequadas para interagir com seus colegas de curso e com seu professor.

    Agora, vamos fazer um pequeno intervalo. Espero vocs na prxima aula!

    Retomando a Conversa Inicial

    Seo 1 - Tributao Com Base no Lucro Real - CSLL

    Vimos que a CSLL, de competncia da Unio, instituda pela Lei n

    7.689/88, uma contribuio que objetiva financiar a seguridade social por meio

    dos lucros obtidos pelas pessoas jurdicas e pelas entidades afins pela legislao

    do imposto de renda.

    Agora, para consolidar os conhecimentos adquiridos, vamos relembrar os principais pontos estudados na Aula 04:

    EXEMPLO:FATURAMENTO DO TRIMESTRE X1 R$ 2.200.000,00Comrcio base de clculo 12% R$ 264.000,00TOTAL DA CSLL DEVIDA 9% R$ 23.760,00

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  • preciso lembrar que nesse regime de tributao, a base de clculo para CSLL determinada pelo resultado do trimestre, antes da proviso para seu prprio pagamento e a proviso para IRPJ, ajustado por adies, excluses e compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao.

    Seo 2 - Tributao com Base no Lucro Presumido

    Nesta seo, vimos que o lucro presumido, que constitui uma forma de tributao simplificada, ser o montante determinado pela aplicao de porcentuais variveis, conforme o ramo de atividade da pessoa jurdica sobre a receita bruta obtida em cada trimestre do ano-calendrio, j referidos no clculo do IRPJ por estimativa.

    A opo pelo regime de tributao, com base no lucro presumido, ser manifestada com o pagamento em DARF com cdigo especfico da primeira quota ou nica quota do imposto devido, correspondente ao primeiro trimestre de apurao de cada ano-calendrio (janeiro a maro).

    Seo 3 - Pessoas Jurdicas Tributadas pelo Lucro Presumido e Arbitrado

    A pessoa jurdica que apura trimestralmente o Imposto de Renda da Pessoa Jurdica (IRPJ) com base no lucro presumido ou arbitrado tambm dever recolher trimestralmente a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL).

    Assim, empresas optantes pelo lucro presumido e arbitrado devem presumir o lucro obtido em cada trimestre, e essa presuno feita pela aplicao de percentuais de lucratividade variados, definidos por lei.

    As atividades referentes a esta aula esto disponibilizadas na ferramenta Sala Virtual Atividades. Aps responder, envie por meio do Portflio ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual.

    Sugestes de Leituras, Sites e Filmes

    LeiturasBORGES, Humberto Bonavides. Gerncia de Impostos. 7. ed. So Paulo: Atlas, 2011.CHAVES, Francisco Coutinho; MUNIZ, rika Gadlha. Contabilidade Tributria na prtica. So Paulo: Atlas, 2010. HARADA, Kiyoshi; HARADA, Kyioshi Marcelo. Cdigo Tributrio Nacional Comentado. So Paulo: RIDEEL, 2012.

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  • OLIVEIRA, Luis Martins de. et all. Manual de Contabilidade Tributria. 5. ed. So Paulo: Atlas, 2006.RT, EQUIPE. Cdigo Tributrio Nacional - Constituio Federal, Legislao Tributria. 17. ed. So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.

    SitesCdigo Tributrio Nacional CTN. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Comit de Pronunciamentos Contbeis. Disponvel em: Acesso em: 28 mar. 2012.Legislao Tributria. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Legislao Tributria. Ministrio da Fazenda - Brasil. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Portal Tributrio. Disponvel em: Acesso em: 27 mar. 2012.Revista Contempornea de Contabilidade RCC.Disponvel em:

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  • Aula05TRIBUTOS INCIDENTES

    SOBRE O VALOR AGREGADO

    Caros(as) alunos(as), animados(as) para nossa quinta aula?!Nas aulas anteriores, conceituamos e classificamos os tributos,

    estudamos tambm sobre os elementos essenciais, as espcies tributrias, os princpios constitucionais tributrios, o crdito tributrio e a Contribuio Social Sobre o Lucro - CSLL.

    Nesta aula, veremos a respeito do valor agregado, do Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios - ICMS, dos tributos que incidem sobre a folha de pagamento e sobre os rendimentos do trabalho.

    Lembrem-se que fundamental que no fiquem com dvidas sobre os contedos estudados. Se, porm, surgirem questionamentos, aproveitem para realizar novas pesquisas e tambm acessar e interagir no ambiente virtual para ajudar a esclarec-los.

    Bons estudos!

    Objetivos de aprendizagem

    Ao trmino desta aula, vocs sero capazes de:

    conceituar e entender a respeito do valor agregado; conhecer as formas de tributao que incidem sobre cada fase

    do processo produtivo; entender sobre as contribuies que recaem sobre a folha de pagamento.

    Sees de estudo

    Seo 1- Imposto Sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS);Seo 2- Tributos Sobre a Folha de Pagamento; 2.1 Contribuio ao INSS; 2.2 Contribuio ao FGTS; 2.3 IRRF Sobre Rendimentos do Trabalho.

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  • Seo 1 - Imposto Sobre Circulao de Mercadorias e Servios (Icms)

    Primeiramente, precisamos ter claro que os incidentes sobre o valor agregado ou valor acrescentado, tributam cada fase do processo produtivo.

    O valor adicionado de uma empresa, portanto, representa quanto de valor ela agrega aos insumos que adquire em um determinado perodo, obtidos pela diferena entre as vendas e o total dos insumos adquiridos de terceiros (matrias-primas, mo de obra). Esse valor ser igual soma de toda remunerao dos esforos consumidos nas atividades da empresa.

    Figura 1 Valor agregado

    A atual Constituio Federal atribuiu aos Estados e ao Distrito Federal a competncia para regulamentar o Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios - ICMS, observando as normas gerais previstas pela Lei Complementar n 87/96 (Lei Kandir) e pelos convnios firmados entre os Estados.

    por essa razo que cada Estado brasileiro possui seu prprio regulamento para esse imposto, determinando o prazo de recolhimento e o documento a ser

    Fonte: Acesso em: 31 mar. 2012.

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  • utilizado em sua arrecadao.

    Mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, tambm contribuinte a pessoa fsica ou jurdica que:

    a) Importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;b) Seja destinatria de servio prestado no exterior ou cuja prestao se

    tenha iniciado no exterior.Desse modo, a legislao em vigor considera como contribuintes qualquer

    pessoa, fsica ou jurdica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operaes de circulao de mercadoria ou prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que se iniciem no exterior.

    Na prxima seo, vamos buscar compreender melhor a respeito dos tributos sobre a folha de pagamento: o INSS, o FGTS e o IRRF, quando, ento, conheceremos o significado de cada uma destas siglas. Vamos l?!

    Seo 2 - Tributos Sobre a Folha de Pagamento

    Alm do prprio salrio a ser pago aos empregados pela prestao de servios ao empregador, todos os benefcios aos quais eles tm direito devem constar na folha de salrios, tais como: adicionais, comisses, gorjetas, gratificaes, prmios etc.

    Constam ainda como despesas com pessoal aqueles valores cujo nus exclusivo do empregador, tais como:

    a) a parte da contribuio ao Instituto Nacional do Seguro Social INSS, registrada sobre a folha de pagamento a ser recolhida pelo empregador;

    b) as indenizaes pagas aos funcionrios; e

    Fonte: Acesso em: 22 abr. 2012

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  • c) o encargo da empresa referente contribuio ao Fundo de Garantia por Tempo de Servio - FGTS.

    Do total da remunerao devero, ainda, ser descontados todos os valores legalmente permitidos, tais como: contribuies previdencirias, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), adiantamentos salariais, contribuio sindical, vale-transporte e outros valores previstos em instrumentos de negociao coletiva.

    2.1 - Contribuio ao InssAlm da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido - CSLL, da Contribuio

    para Financiamento da Seguridade Social - COFINS e da contribuio ao Programa de Integrao Social - PIS, uma das formas de financiamento da seguridade social que se origina das pessoas jurdicas a proveniente da folha de salrios, inclusive pr-labore, conforme o Art. 195, da Constituio Federal. Essa contribuio repartida proporcionalmente entre empregados, como ser visto a seguir.

    Na forma da Lei n 8.212/91, as empresas contribuem Seguridade Social da seguinte forma:

    a) 20,0% sobre o total das remuneraes pagas, devidas ou creditadas a qualquer ttulo, durante o ms, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem servios, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos servios efetivamente prestados, quer pelo tempo a disposio do empregador ou tomador de servios, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conveno ou acordo coletivo de trabalho ou sentena normativa;

    b) sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas no decorrer do ms aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, para o financiamento dos benefcios concedidos em razo do grau de incidncia de incapacidade laborativa (antigo Seguro de Acidente do Trabalho - SAT) decorrente dos riscos ambientais do trabalho:

    1,0% para risco considerado leve; 2,0% para risco mdio; e,

    Fonte: Acesso em: 25 mar. 2012.

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  • 3,0% para risco considerado grave.c) sobre o total das contribuies das remuneraes pagas ou creditadas,

    para os seguintes Fundos e Entidades (Terceiros): SEBRAE ( 0,6%); SENAI , SENAC ou SENAT (1,0%); INCRA ( 0,2%); Salrio Educao (2,5%); SESI, SESC ou SEST (1,5%).EXEMPLO: Tabela 5.1 Contribuies das remuneraes pagas a Terceiros

    Quanto parcela do empregado, inclusive dos domsticos e trabalhadores avulsos, o empregador obrigado a descontar deles a contribuio previdenciria, mediante aplicao de porcentuais sobre o salrio recebido limitado a um teto de salrio contribuio estabelecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, conforme tabela divulgada periodicamente em seu prprio site.

    A contribuio previdenciria descontada do empregado, se no for

    Total da Folha de Pagamento Alquota R$ 100.000,00Encargos Sociais 20,0% R$ 20.000,00SAT 2,0% R$ 2.000,00Salrio Educao 2,5% R$ 2.500,00INCRA 0,2% R$ 200,00SENAI 1,0% R$ 1.000,00SESI 1,5% R$ 1.500,00SEBRAE 0,6% R$ 600,00

    Total do INSS sobre a Folha de Pagamento 27,8% R$ 27.800,00Fonte: Dados fi ctcios, apenas para fi ns ilustrativos.

    ?VOC SABIA

    Caso a empresa mantenha convnio com SENAI e SESI, por exemplo, ministrando cursos profi ssionalizantes em suas prprias dependncias, e a seu custo, ela est isenta do recolhimento des nado a esses rgos.

    Consulte a tabela com os percentuais a ser descontados dos salrios dos empregados para contribuio

    previdenciria divulgada no site do INSS: .

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  • recolhida pela empresa ao INSS nos prazos legais (atualmente dia 2 do ms seguinte a aquele a que se referirem s remuneraes, prorrogando-se o vencimento para o dia til subsequente quando no houver expediente bancrio), configurar crime de apropriao indbita previdenciria.

    Portanto, o valor do encargo do empregado (contribuinte de fato) no faz parte do custo ou despesa e apenas representado no passivo como obrigao da empresa, que depositria desse desconto e responsvel pelo recolhimento, no prazo, ao INSS.

    O recolhimento das contribuies previdencirias devidas pelas empresas, a partir da competncia 02/2001, dever ser realizada por meio da Guia da Previdncia Social (GPS), cuja arrecadao ser efetuada exclusivamente mediante dbito em conta, comandado por meio da rede Internet ou por aplicativos eletrnicos disponibilizados pelos bancos

    A Resoluo INSS/DC n 39, de 23.11.00, determinou o valor mnimo de R$ 29,00 para recolhimento de contribuies previdencirias junto rede arrecadadora, a partir de 01.12.2000. A empresa ou contribuinte que eventualmente possuir recolhimento inferior a R$ 29,00 dever acumular esse valor com os prximos valores devidos at que a soma atinja esse mnimo, para, ento, proceder ao recolhimento, utilizando a ltima competncia como base de informao.

    2.2 - Contribuio ao FgtsO Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS), institudo em 1966,

    e regido atualmente pela Lei n 8.036, de 1990, representa uma reserva constituda por depsitos realizados pelo empregador na rede bancria e transferidos Caixa Econmica Federal, com base na remunerao do empregado, a ser utilizado por este nos seguintes casos:

    Demisso do trabalhador sem justa causa; Trmino do contrato por prazo determinado; Aposentadoria; Suspenso de trabalho avulso; Falecimento do trabalhador; Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vrus HIV; Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido

    de neoplasia maligna (cncer); Permanncia da conta sem depsito por trs anos ininterruptos, para os

    contratos rescindidos at 13.07.90 e para os demais; permanncia do trabalhador por igual perodo fora do regime de FGTS;

    Resciso do contrato por culpa recproca ou fora maior; Resciso do contrato por extino total ou parcial da empresa;

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  • Ocorrncia de calamidade pblica que tenha afetado a residncia do trabalhador, devidamente reconhecida pelo governo federal e observadas as demais exigncias da lei;

    Resciso do contrato por decretao de nulidade do contrato de trabalho nas hipteses previstas no Art. 37 2, da Constituio Federal, quando mantido o direito ao salrio, ocorrida aps 28.07.2001;

    Compra da casa prpria; Pagamento de parte do valor das prestaes de financiamento do SFH;

    Aplicao em FMP/FGTS, quando da venda de empresas pblicas.

    2.3 - Irrf Sobre Rendimentos do Trabalho

    De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda - RIR/2004, o Imposto sobre a Renda retido na Fonte (IRRF) incidente sobre rendimentos do trabalho tem como fato gerador:

    o pagamento de salrio a qualquer ttulo; a indenizao sujeita a tributao; o ordenado, vencimento; provento de aposentadoria; reserva ou reforma; penso civil ou militar; soldo; pr-labore; remunerao indireta; retirada; vantagem;

    Fonte: Acesso em: 23 mar. 2012.

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  • subsdio; comisso, corretagem; benefcio (remunerao mensal ou prestao nica) das previdncias

    social ou privada; do Plano Gerador de Benefcio Livre (PGBL); e de Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI); remunerao de conselheiro fiscal e de administrao, diretor e administrador de pessoa jurdica; titular de empresa individual, gratificao e participao dos dirigentes no lucro; participao dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e demais remuneraes decorrentes de vnculo empregatcio, recebidos

    por pessoa fsica residente no Brasil.O imposto ser calculado mediante a utilizao da tabela progressiva

    mensal, divulgada no site da Site da Receita Federal (SRF), confira: .

    Chegamos, assim, ao final da Aula 05. Como estamos indo?Aps terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nossa

    aula, convido vocs a realizarem as atividades disponibilizadas no ambiente virtual, tornando a pesquisa e a interao com colegas de curso, instrumento de aprendizagem sobre a temtica desta aula. At a prxima aula!

    Retomando a Conversa Inicial

    Seo 1 - Imposto Sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS)

    Pudemos entender que o valor agregado constitudo quando comercializamos mercadorias, cujo valor de entrada menor que o valor da sada. Neste contexto, o ICMS o exemplo mais especfico para a compreenso de valor agregado. Neste caso, paga-se apenas a diferena entre o valor da venda e o valor da compra.