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Ano X | Abril 2012 Novas regras da publicidade médica Ações do CREMERN melhoram serviços para profissionais e sociedade

Cremern

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Cremern 2011

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Ano X | Abril 2012

Novas regras da publicidade médica

Ações do CREMERN melhoram serviços para profi ssionais e sociedade

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RETRANCA

Edição comemorativa 3

AXXXXM

Presxxxxselho

Regixxxxxo RN

É com grande prazer indisfarçável que celebra-mos um ano de gestão, à frente do Cremern, com o lançamento da nossa revista. A edição conta a leitura agradável através do acesso a temas diversos relacionados à atuação e ao funcionamento do Cremern.

A revista procura a proximar, ainda mais, o Conselho da classe médica com textos suaves sobre o papel da instituição, o trabalho da nossa assessoria jurídica, a entrada do Cre-mern nas mídias sociais, articulada com a globalização da informação. Há, ainda, a di-vulgação da missão do Memorial da Medicina como instrumento de preservação da memória da medicina potiguar. A edição não esqueceu de registrar a comemoração do dia do médico com a entrega da Comenda “Professor Onofre Lopes da Silva”.

Outra divulgação importante trata-se de um artigo sobre a Resolução do CFM, que norma-tiza a publicidade médica e ainda é pouco co-nhecida da comunidade médica. Nesse sentido, valorizamos, também, a entrega das carteiras de médicos como forma de acolhimento aos novos colegas, além da crônica do médico multimídia Dr. Iaperi Araújo. Para mostrar que o cotidiano do universo do médico transcende os muros da medicina, trouxemos uma matéria sobre médicos esportistas.

O nosso desejo é o de que todos tenham uma excelente leitura! A luta por uma medicina mais digna continua. Muita saúde!

Jeancarlo Fernandes CavalcantePresidente do CREMERN

EDITORIAL

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4 CREMERN Abril 2012

SUMÁRIO

Critérios do CFM para divulgação dos serviços

prestados por profissionais e estabelecimentos

Novos médicos da UERN e UFRN recebem carteiras

profissionais

6

14

9

Entrevista com o Presidente do

CREMERN, Jeancarlo Cavalcante, sobre primeiro

ano de sua gestão

Entenda melhor como o CREMERN funciona e qual o seu papel diante dos profissionais e da sociedade ...........................12

Programa de Educação Continuada oferecido pelo CREMERN realiza cursos gratuitos ..........................20

Setor judiciário inova atuação e celebra convênio pioneiro no País ...........................14

20Memorial da Medicina resgata história potiguar e faz campanha para doações

Ecfodpd.

PEoCc.

Sinecn.

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Abril 2012 CREMERN 5

EXPEDIENTE

Cremern investe nas novas formas de comunicação: mídias sociais

Médicos encontram, no esporte, uma vida mais que saudável

30

24

Médicos são homenageados com a entrega da Comenda Professor Onofre Lopes da Silva ...........................26

Diretoria

Presidente

Conselheiro Jeancarlo Fernandes Cavalcante

Primeiro Vice-presidente

Conselheiro Marcos Antônio Tavares Jácome da

Costa Britto

Segundo Vice-presidente

Conselheiro Francisco de Almeida Braga

Primeira secretária

Conselheira Maria Cristina Monte Pereira de

Macedo

Segunda secretária

Conselheira Giana da Escóssia Melo

Primeiro tesoureiro

Conselheiro Josmar de Castro Alves

Segunda tesoureira

Conselheira Maria do Carmo Costa do Nascimento

Corregedor

Conselheiro Armando Otávio Vilar de Araújo

Corregedor adjunto

Conselheiro Francisco Edênio Rego Costa

Conselheiros Efetivos

Airton Dantas Wanderley

Ana Maria de Oliveira Ramos

Armando Otávio Vilar de Araújo

Celeste Maria de Menezes Souza

Diana Fátima de Lima Ribeiro Dantas

Elvira Maria Mafaldo Soares

Francisco de Almeida Braga

Gilmar Amorim de Sousa

Jairo Lago Alves

Jeancarlo Fernandes Cavalcante

João Batista de Souza

Josmar de Castro Alves

Julio Cesar Cavalcanti da Rocha

Luís Eduardo Barbalho de Mello

Marcos Antonio Tavares Jácome da Costa Britto

Maria Cristina Monte Pereira de Macedo

Maria do Carmo Lopes de Melo

Marísio Almeida (AMRN)

Neuman Figueiredo de Macedo

Roberto de Oliveira Lins

Rubens dos Santos Silva

Suplentes

Aissa de França e Santana

Francisco Edenio Rego Costa

Francisco Edilson Leite Pinto Junior

Francisco Fernandes do Nascimento Junior

Gerson Barbosa do Nascimento

Giana da Escossia Melo

Guaraci Costa Barbosa

Hermann Costa Gomes (AMRN)

Joao Ferreira de Melo Neto

Marcos Antônio Nogueira Mendes

Marcos Lima de Freitas

Maria das Graças Caldas Galvão

Maria do Carmo Costa do Nascimento

Maria do Perpetuo Socorro Lima Nogueira

Mozar Dias de Almeida

Olímpio Maciel

Sidney Augusto da Cruz Costa

Wilson Cleto de Medeiros

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINAAv. Rio Branco, 389 – Cidade Alta – Natal/

RN - CEP: 59010-000Telefone: 4006 5333 – 4006 5343

[email protected]

@Cremern

Conselho Editorial Dr. Carlos Ernani Rosado SoaresDr. Daladier Pessoa Cunha Lima

Dra. Emília Maria Trigueiro Morais de PaivaDr. Iaperi Soares de AraújoDr. Jahyr Navarro da Costa

Dr. Luís Eduardo Barbalho de Mello

Jornalista responsável Gustavo Farache

DRT/RN RN 00638 JP

Textos:Gustavo Farache | Virgínia França

Revisão Rejane Souza

Projeto Gráfico e DiagramaçãoFaça Comunicação e Design

[email protected] (84) 3086.4815

DesignerHenriette Cortez

FotosElpídio Júnior

ImpressãoGráfica São Mateus

Tiragem4.500 exemplares

Foto: Arquivo pessoal

MhePL.

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6 CREMERN Abril 2012

GESTÃO

Inovar e garantir maior atuaçãoO Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte tem atuado cada vez mais para resgatar os valores éticos no exercício da profissão e servir à sociedade através da proteção contra a prática de uma medicina de baixa qualidade. Eleito Presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte para biênio 2011- 2013, o médico Jeancarlo Fernandes Cavalcante vem atuando em uma gestão pautada em coibir as condições insalubres na profissão, realizando fiscalizações que partem através de denúncias e a mercantilização ilegal da profissão. Além disso, busca resgatar a relação médico paciente. Cirurgião torácico e professor, Jeancarlo Cavalcante atuou na

administração anterior como 2º vice-presidente e conselheiro suplente do Conselho Federal de Medicina. Desde que assumiu a presidência do Cremern, em abril do ano passado, fez mudanças para adequar a estrutura administrativa e melhor atender a classe médica. Seguindo as determinações do Conselho Federal de Medicina – CFM, o novo presidente busca uniformidade nas ações junto aos Conselhos Regionais de Medicina de todo o território nacional. Na entrevista concedida à Revista do Cremern, ele relata sobre os desafios enfrentados no primeiro ano de sua gestão, a interação entre o Cremern e o CFM, além das prioridades para 2012.

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Abril 2012 CREMERN 7

Este ano o Cremern completa 55 Este ano o Cremern completa 55 anos, conte-nos um pouco de sua anos, conte-nos um pouco de sua historia junto ao Conselho e como historia junto ao Conselho e como chegou à Presidência.chegou à Presidência.

Há aproximadamente 9 anos, fui convidado pelo então Conse-lheiro Dr. Sebastião Azevêdo para compor uma chapa para a eleição do CRM, procurei o Dr. Neuman, presidente na época, mas informado-me de que as vagas estavam todas preenchi-das, e a única oportunidade seria uma indicação através da AMRN, o que acabou aconte-cendo após uma conversa com o Presidente da AMRN, Dr. Ge-raldo Ferreira, que me indicou Conselheiro Efetivo represen-tante da AMRN em 2003.

Passados quase 10 meses de sua Passados quase 10 meses de sua gestão, qual o balanço desse perí-gestão, qual o balanço desse perí-odo como presidente do Cremern?odo como presidente do Cremern?

O primeiro passo foi adequar a estrutura administrativa para melhor atender as demandas da classe médica potiguar. Isso ocorreu através do fortaleci-mento do Setor Jurídico, melho-ria na Assessoria de Comunica-ção, com a implementação de um plano de comunicação en-volvendo, também, as redes sociais, qualificação da Comis-são de Licitação e do setor de Dívida Ativa. Em seguida, con-tinuamos a prestigiar as ações de sucesso como a Educação Médica Continuada e o incre-mento do Departamento de Fiscalização, além de promover-mos o estreitamento das rela-ções interinstitucionais como o Ministério Público Estadual e Federal, OAB, a UFRN e o Con-selho de Enfermagem.

Em 2011, o Conselho Federal de Em 2011, o Conselho Federal de Medicina integrou ainda mais suas Medicina integrou ainda mais suas ações junto aos Conselhos Regio-ações junto aos Conselhos Regio-

nais. Qual a sua opinião diante nais. Qual a sua opinião diante dessa parceria?dessa parceria?

O CFM vem cumprindo o seu papel como autarquia mater dos Conselhos Regionais. Nesse sentido, o Cremern tem colaborado em diversas comis-sões estratégicas como a CAP (Comissão Mista de Assuntos Políticos), a Comissão do Ato Médico, Comissão de Direito Médico e a Comissão de Ensino Médico. Acredito que o CFM está cumprindo o seu papel como autarquia dos Conselhos Regionais.

O senhor acredita que o Cremern O senhor acredita que o Cremern tem tido uma maior participação tem tido uma maior participação junto à categoria e à sociedade?junto à categoria e à sociedade?

Sem dúvida, o CRM como órgão meramente judicante, punidor de médicos, é uma fotografia envelhecida que não deixou saudades. O Conselho, desde algum tempo, assumiu uma postura progressista de educar para não punir, aproximou-se da sociedade e dos médicos, pro-movendo uma abordagem pró--ativa da judicialização da medi-cina, mostrando aos médicos as nossas fragilidades e as me-lhores soluções legais para so-lucioná-las. Além de se expor para sociedade como órgão de proteção da coletividade e da medicina de maneira ampla.

Este ano também foi marcado Este ano também foi marcado pela Luta dos Médicos por me-pela Luta dos Médicos por me-lhores condições trabalho, de lhores condições trabalho, de salário e atendimento no SUS. Na salário e atendimento no SUS. Na sua opinião, as campanhas obti-sua opinião, as campanhas obti-veram êxito?veram êxito?

Sim. Essas campanhas além de alertar a sociedade e aos ges-tores do SUS, serviram também para politizar ainda mais os mé-dicos, levando-os a compreen-der que o enfraquecimento do

O Conselho Federal de Medicina tem atuado ativamente no direcionamento da política médica visando buscar uniformidade de ações em todo o território nacional. O Cremern tem colaborado.

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8 CREMERN Abril 2012

SUS é uma derrota de todos: médicos e so-ciedade.

Os números de denúncias Os números de denúncias e fiscalizações cresceram e fiscalizações cresceram em 2011. O senhor acre-em 2011. O senhor acre-dita que o Cremern deve dita que o Cremern deve ampliar ainda mais sua ampliar ainda mais sua atuação?atuação?

O Departamento de Fiscalização é o setor mais movimentado do Conselho, até mesmo pela sua magnitude e volume de trabalho, que vem se aperfeiço-ando a cada dia. A me-lhoria das fiscalizações faz crescer as solicitações da sociedade e do judiciário. Assim, a nossa perspectiva é de um crescimento considerá-vel em 2012, em especial com as parcerias que pretendemos firmar com as sociedades de especialidades.

As relações institucionais do Cre-As relações institucionais do Cre-mern com outras entidades têm mern com outras entidades têm dado bons resultados? Qual o se-dado bons resultados? Qual o se-nhor destaca?nhor destaca?

Excelentes resultados. A nossa gestão tem buscado incessante-mente o diálogo e a harmonia com as instituições judiciais e corporativas (Conselhos de ou-tras profissões). Em especial, destaco o Convênio assinado com a OAB - RN no sentido da-quela ordem nomear de forma gratuita Defensores Dativos para atuar junto à Corregedoria do Cre-mern. Inclusive, fomos o primeiro CRM do Brasil a firmar uma par-ceria dessa natureza com a OAB.

Como presidente, o senhor tem Como presidente, o senhor tem dado continuidade aos cursos do dado continuidade aos cursos do Programa de Educação Médica Programa de Educação Médica

Continuada. Isso deve ocorrer no Continuada. Isso deve ocorrer no próximo ano? Por que?próximo ano? Por que?

A educação continuará a ser prioridade em 2012, deveremos ampliar o número de cursos no interior do Estado, em uma ten-tativa de alcançarmos o maior número possível de médicos, que não tem acesso a recicla-gens e atualizações da prática médica. Porque com esse tipo de ação, acreditamos que qua-lificando os médicos estaremos promovendo um benefício a toda sociedade.

Quais os planos e expectativa Quais os planos e expectativa para 2012?para 2012?

Aprimorar todas as ações em curso, promover fóruns para dis-cutirmos os problemas ético--profissionais de maneira inter-disciplinar, participarmos ativa-mente junto às sociedades de especialidades para pontuarmos questões éticas desses profis-sionais. Será um ano de lutas mais intensas, porém, com cer-teza, vamos comemorar a apro-vação da lei do ato médico. 2012 será o ano do resgate da digni-dade médica.

A educação continuará a ser prioridade em 2012. Deveremos ampliar o número de cursos no interior do Estado, em uma tentativa de alcançarmos o maior número possível de médicos, que não tem acesso a reciclagens e atualizações da prática médica.

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Abril 2012 CREMERN 9

PUBLICIDADE MÉDICA

CFM atualiza regras para divulgação na área médicaA Resolução do Conselho Federal de Medicina detalha os critérios que devem ser observados na elaboração de anúncios e no relacionamento com a imprensa e a sociedade

Em vigor desde o dia 15 de fevereiro de 2012, a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) apresenta, detalhadamen-te, as restrições éticas que os médicos, estabelecimentos e instituições vinculadas às atividades médicas devem observar quando da elaboração de peças publicitá-rias relacionadas aos seus serviços. O do-cumento (nº 1.974/2011) acrescenta à norma anterior sobre o tema, publicada em 2003, informações sobre o alcance das disposi-ções e orientações a sua aplicação. Entre os pontos, destacam-se a proibição de as-sistência médica a distância (por internet ou telefone, por exemplo), a vedação ao anún-cio de determinados títulos, certificados e a extensão das regras a instituições, como sindicatos e sociedades médicas.

“A Resolução foi detalhada para que haja uma compreensão mais acessível aos pro-fissionais e para que os Conselhos de Me-dicina disponham de critérios objetivos para orientar os médicos e coibir as infrações. Os anexos da resolução compõem um manual de uso. A norma valoriza o profis-sional, defende o decoro e oferece mais segurança para a população”, avalia o con-selheiro Emmanuel Fortes, 3º vice-presiden-te do CFM e relator da nova Resolução.

Com a publicação da Resolução, fica claro, por exemplo, que as regras de pu-blicidade são extensivas a documentos

médicos como atestados, fichas, bole-tins, termos, receituários e solicitações, emitidos pelo sistema público e privado de assistência. Entre outras exigências, tais documentos devem conter nome do profissional, especialidade e número de registro no Conse-lho Regional de Medicina (CRM) local. Quando a assistên-cia é oferecida por uma institui-ção, devem ser informados o nome do diretor-técnico-médico e o respectivo número de regis-tro no CRM local.

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NOVIDADESAlém dos esclarecimentos, a

nova Resolução se diferencia da anterior por proibir expressamente ao médico a oferta de consultoria a pacientes e familiares em subs-tituição à consulta médica presen-cial. Essa proibição se aplica, por exemplo, aos serviços de assesso-ria médica realizada pela internet ou por telefone. Outro avanço apre-sentado pela norma é a vedação expressa a que o profissional anun-cie possuir títulos de pós-gradua-ção, que não guardem relação com sua especialidade.

“Neste caso, o objetivo do Con-selho é impedir que os pacientes sejam induzidos ao equívoco de acreditar que o médico tem quali-ficação extra em sua especialida-de, ou que está habilitado a atuar em outra área”, relata Fortes. Ainda em relação à qualificação, a norma abriu a possibilidade de que o mé-

dico divulgue ter realizado cursos e outras ações de capacitação, desde que relacionados à sua es-pecialidade e que os respectivos comprovantes tenham sido regis-trados no Conselho Regional de Medicina local.

De acordo com o documento, a proibição de que o médico participe de anúncios de empresas e produ-tos é extensiva a entidades sindi-cais e associativas médicas. Assim, sociedades de especialidade não podem permitir a associação de seus nomes a produtos – medica-mentos, aparelhos, próteses, etc.

DETALHAMENTOOs critérios que foram detalha-

dos na Resolução 1974/2011 consti-tuem em si um importante avanço por apresentar, de forma clara e ob-jetiva, o que o médico, a instituição ou o estabelecimento de saúde pode e o que não pode fazer no

campo da propaganda e da publici-dade. A norma, inclusive com este detalhamento, está disponível para consulta no site do CFM (www.por-talmedico.org.br), além de sua publi-cação no Diário Oficial da União.

O documento prevê que o mé-dico não pode anunciar que utiliza aparelhos que lhe deem capacidade privilegiada ou que faz uso de técni-cas exclusivas; permitir que seu nome seja inscrito em concursos ou premiações de caráter promocional, que elejam “médico do ano”, “pro-fissional destaque” ou similares; garantir, prometer ou insinuar bons resultados nos tratamentos ofereci-dos; e oferecer seus serviços por meio de consórcio.

É vedada, ainda, a propaganda de método ou técnica não aceito pela comunidade científica, ou per-mitir que seu nome circule em ma-terial desprovido de rigor científico; conceder entrevistas para se auto-

Entre outras vedações, o documento prevê que o médico não pode:- anunciar que utiliza aparelhos que lhe deem capacidade privilegiada ou que faz uso de técnicas exclusivas;- permitir que seu nome seja inscrito em concursos ou premiações de caráter promocional, que elejam “médico do ano”, “profissional destaque” ou similares;- garantir, prometer ou insinuar bons resultados nos tratamentos ofereci-dos;- oferecer serviços por meio de consórcio;- anunciar o uso de método ou técnica não aceito pela comunidade cien-tífica;- conceder entrevistas para autopromoção, aferição de lucro ou busca de clientela (por meio, por exemplo, da divulgação de endereço e telefone de consultório);- abordar assuntos médicos, em anúncios ou no contato com a imprensa, de modo sensacionalista, como transmitir informações desprovidas de caráter científico ou que causem pânico ou intranquilidade à sociedade;- usar redes sociais na internet para angariar clientela; e- exibir imagens de paciente para a divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do pacien-te; a exceção a esta vedação, quando imprescindível, o uso da imagem, autorizado previamente pelo paciente, em trabalhos e eventos científicos.

DESTAQUES DAS NOVAS REGRAS

Manual com a regras para publicidade médica está dispo-

nível no Cremern

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Abril 2012 CREMERN 11

promover, auferir lucro ou angariar clientela (permitindo, assim, a divul-gação de endereço e telefone de consultório); abordar assuntos mé-dicos, em anúncios ou no contato com a imprensa, de modo sensacio-nalista, por exemplo, transmitindo informações desprovidas de caráter científico ou causando pânico ou intranquilidade na sociedade.

IMAGENS E CONFLITOSA norma também proíbe a expo-

sição de imagens de paciente para a divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do pacien-te. A exceção a esse preceito é, quan-do imprescindível, o uso da imagem, autorizado, previamente, pelo pacien-te, em trabalhos e eventos científicos.

O detalhamento trazido no anexo da nova Resolução obriga expressamente o médico a declarar potenciais conflitos de interesse: quando conceder entrevistas, par-ticipar de eventos públicos ou trans-

mitir informações à sociedade. Ele determina que o uso de imagens em peças publicitárias enfatize ape-nas a assistência, ou seja, não devem ser utilizadas representa-ções visuais de alterações do corpo humano causadas por lesões ou doenças, ou por tratamentos.

Os critérios ainda vedam a parti-cipação do profissional em demons-trações de tratamento realizadas de modo a valorizar habilidades técnicas ou estimular a procura por serviços médicos. Também é vedado o uso de nome, imagem ou voz de pessoas célebres em anúncios de serviços médicos. Nas redes sociais, assim como em outros meios, o médico não pode divulgar endereço e telefo-ne de consultório, clínica ou serviço.

Para orientar o médico, o docu-mento indica especificações técni-cas que permitem fácil leitura e compreensão das informações cuja presença é obrigatória nas peças publicitárias: os dados mé-dicos devem ser inseridos nas

peças impressas, como por exem-plo, em retângulos de fundo bran-co, em letras de tamanho propor-cional ao das demais informações e de modo destacado. Em peças audiovisuais, a locução dos dados do médico deve ser pausada, ca-denciada e perfeitamente audível – também na TV devem ser obser-vadas regras relacionadas a tipo e dimensão de letras. De acordo com a Resolução, dúvidas sobre a apli-cação das regras de publicidade devem ser encaminhadas à Comis-são de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) do Conselho Regional de Medicina local.

A Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do CFM discutiu as regras de publicidade de serviços médicos entre 03/2010 e 07/2011. Os membros do grupo buscaram refe-rências sobre publicidade e propa-ganda em leis e regulamentos de venda de medicamentos, bebidas e outras substâncias e produtos restri-tos, vigentes no Brasil e no exterior.

A norma também proíbe a exposição de imagens de paciente para a divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do paciente.

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PAPEL DO CREMERN

Em defesa da categoria e da sociedade

Trabalho realizado pelo CREMERN é pautado na defesa dos médicos e qualificação profissional para melhor atender a sociedade do Rio Grande do Norte

Defender a boa prática médica, o exercício profissional ético e uma formação técnica e humanista de qualidade para os médicos potigua-res. Esses são os principais objetivos do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte – Cremern.

Criado em 1957, sua competência inicial reduzia-se ao registro profissio-nal do médico e à aplicação de san-ções do Código de Ética Médica. O Conselho é um órgão que possui atri-buições constitucionais de fiscaliza-ção e normatização da prática médica.

Nos últimos 50 anos, o Brasil e a categoria médica mudaram muito, e hoje, as atribuições e o alcance das ações deste órgão estão mais am-

plos, extrapolando a aplicação do Código de Ética Médica e a normati-zação da prática profissional.

O Cremern possui 6.796 médi-cos inscritos e habilitados para tra-balhar em todo o Estado. Desses, 4.600 são ativos, ou seja, exercem a medicina regularmente. Apesar do CRM ser um órgão regulador e fiscalizador da profissão, muitas vezes essas competências intera-gem. Um exemplo disso está na fiscalização que o Conselho faz nos centros de saúde e hospitais para exigir a garantia de serviços médi-cos de qualidade para a população. Sua preocupação maior está na rede básica de saúde, de atribuição

dos municípios, e também no aten-dimento de média e alta complexi-dade, sob responsabilidade do Go-verno do Estado.

“A maior parte dos pacientes é atendida na rede básica. Se você consegue uma boa rede básica de saúde, também consegue atender a base da pirâmide, ou seja, um núme-ro maior de pacientes. Por isso é importante a rede básica. Um hospi-tal terciário recebe pacientes mais graves, mas em menor número. Por este motivo acredito que a rede bá-sica deveria estar bem estruturada para não sobrecarregar a rede terci-ária”, garante Jeancarlo Cavalcante, presidente do Cremern.

Cadastro é responsável pela triagem no atendimento Setor de Fiscalização cobre todo o Rio Grande do Norte

12 CREMERN Abril 2012

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Francisco de Almeida Braga 2º Vice-Presidente - Graduado pela UFPB. Médico espe-cialista em Cirurgia Geral e Medicina do Trabalho. Membro da Comissão de Ensino e Qualificação Profissional do CREMERN. Diretor responsável pelo Departamento de Fiscalização do CREMERN.

Francisco Edênio Rêgo CostaCorregedor Adjunto - Médico formado pela UFRN. Cardio-logista. Membro da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM). Membro da Comissão de Ensino e Qualificação do CREMERN.

Maria Cristina M. Pereira de Macedo 1ª Secretária - Formada em Medicina pela UFRN. Curso de especialização pela Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia (RJ). Título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Membro da Comissão de Patrimô-nio do CREMERN.

Josmar de Castro Alves1º Tesoureiro - Médico formado pela Faculdade de Medici-na de Campina Grande. Pós-Graduado em Cardiologia pelo Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas/RJ. Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Maria do Carmo Costa do Nascimento2ª Tesoureira - Médica formada pela UFRN. Especialização em Epidemiologia Hospitalar pelo Núcleo de Saúde Coleti-va/UFRN. Especialização em Pneumologia Sanitária pelo Centro de Referência Professor Hélio Fraga, RJ.

Giana da Escóssia Melo2ª Secretária - Médica formada pela UFRN. Especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia pelo Dep. de Pediatria da UFRN. Membro Associada da So-ciedade Brasileira de Pediatria. Membro da Comissão de Ensino e Qualificação do CREMERN.

Armando Otávio Vilar de AraújoCorregedor - Médico neurologista. Especialista em Medicina Legal. Ex-Juiz de Direito. Advogado. Jornalista.

Marcos Antônio T. Jácome da Costa Britto 1º Vice-Presidente - Médico formado pela UFRN. Especia-lista em Ginecologia. Como 1º Vice-Presidente do CRE-MERN, tem a responsabilidade de coordenar as Comissões e Grupos de Trabalho.

Jeancarlo Fernandes CavalcantePresidente - Graduado pela UFRN. Médico - Cirurgião Torácico. Mestre e Doutor em Ciências da Saúde. Professor da UFRN. Cirurgião Torácico da Secretaria de Saúde do RN. Conselheiro Federal Suplente. Titular da SBCT (Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica).

Principal papel está em suas ações

Para servir a sociedade e a classe médica, o Cre-mern é administrado por vários setores, como cadas-tro, dívida ativa, contabilidade, financeiro, informática, assessoria de comunicação, assessoria jurídica, fis-calização, compras, licitação, pessoal, consulta e parecer, gabinete, dep. de processo, corregedoria e administração. Mas são os departamentos de fisca-lização e processos, que se destacam entre as ações do Conselho.

O setor de fiscalização – DEFIS atua a partir das denúncias apresentadas pelos médicos ou sociedade. O setor é responsável por constatar in loco os proble-mas denunciados e elaborar um relatório detalhado sobre as condições encontradas no estabelecimento ou irregularidade do profissional denunciado.

A média de denúncias anuais vem crescendo a cada ano. No ano passado, a médica ficou em 120 denúncias. Os principais tipos de denúncias são: condições de trabalho na rede pública e privada, atestados médicos falsificados e conduta inadequa-da do profissional médico.

Formado por uma diretoria, duas secretárias, o departamento conta também com a subordinação da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos - CODAME, formada pelos conselheiros: Maria do Carmo Lopes de Melo; Elvira Maria Mafaldo Soares e Roberto de Oliveira Lins.

O conselheiro e 2º Vice-presidente do CREMERN, Francisco de Almeida Braga, que também responde como diretor do DEFIS, ressalta as principais ações: “Tivemos uma atuação bastante positiva. Solicitamos interdição nos hospitais regionais de Macaíba, Hos-pital Regional Alfredo Mesquita, e o de Canguareta-ma, hospital regional Professor Dr. Getúlio de Olivei-ra Sales.

O Departamento de Processos é formado por duas secretárias e dois corregedores, Armando Otá-vio Vilar de Araújo – Corregedor Geral, e Francisco Edênio Rego Costa, Corregedor adjunto.

O setor é responsável por receber as denúncias e dar andamento, instaurando sindicâncias e proces-sos. As denúncias são variadas, entre as mais co-muns estão: mau atendimento por parte de médicos, hospitais, clínicas, falta de estrutura, entre outras.

Principal papel está em suas ações

Abril 2012 CREMERN 13

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14 CREMERN Abril 2012

SETOR JURÍDICO

Trabalhando o judiciário

Atuação do setor jurídico do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte vem desenvolvendo um papel fundamental para agilização de processos, além de permitir inovações como a celebração de convênios com outras entidades. Através de uma atuação dinâmica e inovadora é possível tornar as atividades do Conselho mais eficazes e presentes na vida do profissional médico e da sociedade.

O setor jurídico do Conselho Regional de Medicina do Rio Gran-de do Norte vem atuando, cada vez mais, na consultoria preventiva e na atividade judicante do órgão. A demanda de procedimentos tem crescido em ritmo acelerado junto aos diversos departamentos do Conselho. A população médica vem aumentando a cada ano, e isso significa que a demanda do setor gera mais ações. Hoje, já são mais de 5 mil médicos ativos em todo o Rio Grande do Norte.

O trabalho realizado pelo setor se divide em dar consultoria preventiva a quase todos os atos realizados pelo órgão, evitando, assim, vícios nos procedimentos e atuação judicial. Isso significa dizer que, praticamente, todos os atos administrativos são encaminhados à análise do setor ju-rídico. “Hoje, o papel do setor jurídico é fundamental para o trabalho reali-zado pelo Conselho, a fim de evitar que futuramente haja alguma deman-da judicial contra o Cremern ou con-tra os gestores através de alguma situação de impropriedade adminis-

trativa”, esclarece o advogado Kleve-lando Augusto Silva dos Santos, as-sessor jurídico do Cremern.

Todos os procedimentos licita-tórios, processos éticos profissio-nais nos julgamentos contam com a presença dos dois advogados e o parecer da assessoria jurídica. Exis-te a obrigatoriedade dos membros do setor opinar. Além disso, nos pareceres dos julgamentos, os ad-vogados apenas opinam nas ques-tões da área jurídica, pois só os conselheiros decidem.

O setor de fiscalização do Con-selho é o que mais conta com a atuação do setor jurídico. Nos últi-mos meses, várias ações foram ajui-zadas depois da realização de fisca-lizações na capital e interior do Es-tado. A constatação de irregularida-des levou o setor jurídico a, por exemplo, ganhar na Justiça a proibi-ção do uso de cartões de descontos em clínicas médicas de Mossoró; obrigar o Governo do Estado a fazer o abastecimento de medicamentos para o hospital Walfredo Gurgel, além de ajuizar uma ação contra a

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Prefeitura de Natal, pela cobrança de aluguéis em atraso de um pré-dio pertencente ao Conselho.

Através dos relatórios do setor de fiscalização, o departa-mento jurídico toma conta de todas as medidas jurídicas, veri-ficando quais os órgãos que devem ser comunicados. Se um hospital municipal é fiscalizado e confirmam-se irregularidades, a notificação obriga o setor a pro-videnciar a comunicação para a Prefeitura do município, Secreta-ria de Saúde e Ministério Público.

Outro papel desempenhado pelo setor jurídico, em conjunto com o departamento de fiscaliza-ção do Cremern, é fazer com que médicos estrangeiros cumpram as exigências do Conselho Fede-ral de Medicina a se inscrever no Conselho Regional. “Na maioria das vezes, os médicos estrangei-ros não cumprem, na sua integra-lidade, as exigências do Conse-lho. Tal atitude provoca a busca pelo Poder Judiciário através de um Mandado de Segurança, algu-ma maneira de defesa. Nesses casos, o setor jurídico faz a defe-sa como parte passiva”, garante

Jackson Deodado Fernandes de Negreiros Júnior, assessor jurídi-co do Cremern.

O setor jurídico atua, ainda, na cobrança de dívidas, ou seja, quando o médico ou hospital deixa de pagar a anuidade, o Con-selho ajuíza uma ação de execu-ção fiscal, tanto para pessoas fí-sicas quanto para jurídicas. É um processo que é feito através da Justiça Federal por ser o Conse-lho uma autarquia federal.

A capacitação do setor jurídico é outra preocupação da diretoria do Cremern. Para isso, os assessores jurídicos participam de eventos na-cionais realizados junto aos setores jurídicos de outros Conselhos Re-gionais e do Conselho Federal de Medicina. A integração tem facili-tado ainda mais o desempenho das atividades do setor. “Nos últimos meses, participamos do Encontro de Assessores Jurídicos do Brasil, em Brasília, e do Congresso Brasi-leiro sobre Direito Médico, na Bahia. Isso é muito importante pela atualização, troca de experiências, um verdadeiro intercâmbio do aprendizado”, garante o advogado Klevelando Santos.

CREMERN e OAB/RN celebram convênio para defesa de processos

O Conselho Regional de Medici-na do Rio Grande do Norte – Cre-mern e a Ordem dos Advogados do Brasil, secção Rio Grande do Norte - OAB/RN assinaram um convênio em novembro de 2011. Tal convênio permite assistência jurídica integral aos médicos que não apresentarem defesa prévia perante os processos éticos - profissionais em tramitação no Conselho. A iniciativa do convê-nio foi uma ação pioneira entre os Conselhos Regionais de Medicina no País e está servindo de exemplo para que o mesmo convênio seja realizado em outros Estados, com apoio do Conselho Federal de Me-dicina – CFM.

O convênio permite a nomeação de defensor dativo, conforme o art. 13 do Código de Processo Ético Profissional, bem como em estrita obediência ao parágrafo 1º da Re-solução nº1961/2011 do Conselho Federal de Medicina - CFM.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Gran-de do Norte, Jeancarlo Cavalcante, a iniciativa tem contribuído para uma melhor prática jurídica. “Essa iniciativa é o aperfeiçoamento da prática processual da atividade ju-dicante do Conselho. A presença do defensor dativo é de suma im-portância para concretização do devido processo legal”, argumenta o presidente.

Os advogados, que manifesta-rem a vontade de atuar como de-fensor dativo, deverão prestar as-sistência judiciária ao beneficiário totalmente gratuita, vedada qual-quer cobrança a título de honorários advocatícios.

O Convênio entre o Cremern e a OAB/RN foi uma das ações desem-penhadas pelo setor jurídico e a Presidência do Conselho.

Klevelando Augusto Silva dos Santos

Jackson Deodado Fernandes de Negreiros Júnior

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NOVOS MÉDICOS

Certifi cado para carreira médicaA entrega da Carteira Profissional aos médicos formandos das diversas universidades do País, para aqueles que requereiram o documento no Rio Grande do Norte, é uma prática anual do CREMERN. A entrega do documento é marcada por uma solenidade no Conselho, com as presenças da diretoria, conselheiros e novos médicos. Um momento de grande satisfação e alegria para o órgão, profissionais e parentes.

Depois de, no mínimo, seis anos de estudos na universidade, chega o tão esperado momento de receber documentos oficiais que validam o exercício da profissão em todo território nacional. Um documento de apenas 8 x 5 cm, todavia de grande significado. A Carteira de Habilitação profissional da medicina valida o exercício da profissão com o número de inscrição no Conselho Regio-nal de Medicina do Rio Grande do Norte.

A cada solenidade regida pelo Conselho, os novos mé-dicos recebem seu diploma e a carteira do Conselho Federal de Medicina. Nesses docu-

mentos estão: a etiqueta do CRE-MERN, que certifica a validação do novo médico e, na carteira, o nú-mero do CRM, código cadastrado no banco de dados do CFM.

UFRNA cada ano, a Universidade Fe-

deral do Rio Grande do Norte

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Abril 2012 CREMERN 17

forma duas turmas do curso de Me-dicina. No final de julho de 2011, 63 novos médicos receberam os certi-ficados, sendo 43 novos médicos formados pela UFRN, e os outros 20 formandos de outras universidades, que solicitaram a documentação em Natal. Os recém-formados recebe-ram seus documentos no auditório da sede do CREMERN, em Natal.

“O primeiro momento que perce-bi que queria ser médico foi quando, na adolescência, senti a necessida-de de ajudar as pessoas, e a medi-cina é o que oferece mais isso”, afirma o novo médico Diego Aires.

Com o auditório lotado de ami-gos e familiares, os novos médicos são chamados a receber o diploma e a carteira do CRM/RN. Junto a esse material, é entregue o Código de Ética Médica, que direciona os caminhos a serem seguidos pelos profissionais em diversos âmbitos.

A segunda turma de 2011 rece-beu o CRM/RN no dia 09 de feverei-ro de 2012. Mais de 60 novos médi-cos estão inscritos no Conselho. Além de formandos da UFRN, é notável o número alto de formandos em outras Universidades. A primei-ra inscrição é feita no CREMERN devido à aprovação dos médicos para fazer a residência no Estado. Nas duas solenidades, os estudan-

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tes da UFCG, UFPB, UFRR, UFCE, UFPE, entre outras, fizeram suas inscrições com o Conselho Regio-nal de Medicina do RN.

Na cerimônia, estavam presen-tes o Presidente Dr. Jeancarlo Fer-nandes Cavalcante, o 1º Vice-Pre-sidente, Dr. Marcos Antônio Tava-res Jácome da Costa Britto, o 2º Vice-Presidente, Dr. Francisco de Almeida Braga, a 1ª Secretária Dra. Maria Cristina Monte Pereira Macedo, o 1º Tesoureiro Dr. Jos-

mar de Castro Alves e 2ª Tesou-reira, Dra. Maria do Carmo Costa do Nascimento.

O 1º Vice-Presidente, Marcos Jácome, ressaltou em seu discurso a leitura de que as ações dos futu-ros médicos sejam de acordo com o reformulado Código de Ética Mé-dica. “Esse é o primeiro contato dos médicos recém-saídos das faculdades. O Conselho é a casa da ética, órgão que prevalece so-berano dentre os demais do país”,

afirmou o médico.A nova médica, Dra. Marília Car-

doso, não escondeu a felicidade durante o seu discurso represen-tando os colegas. “É com muita alegria que ingressamos no Con-selho. Recebemos, oficialmente, o apoio de uma entidade que busca a valorização do profissional e que nos defende”, disse Marília.

O Presidente do CREMERN, Dr. Jeancarlo, assegurou aos seus novos colegas de profissão que a

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medicina é um eterno aprendizado. No seu discurso, ele destacou a importância da Medicina como ca-tegoria e confirmou que a saúde está intimamente ligada à felicida-de. Ele solicitou aos formandos que fizessem uma “análise do cres-cimento pessoal, que se envolves-sem nas questões sociais e que amassem a Medicina amando ao próximo”, finalizou.

UERN Para a Universidade Estadual

de Rio Grande do Norte – UERN, essa cerimônia, realizada em junho de 2011, teve algo de especial, pois estava sendo formada a primeira turma de médicos da universidade estadual. Ao todo, foram 23 novos médicos que receberam os docu-mentos, no dia 15 de junho, no auditório da Delegacia do CRE-MERN, em Mossoró.

Em 14 de outubro, a segunda turma da UERN foi recebida pelo CREMERN. A solenidade aconte-ceu à noite, no auditório da sucur-sal em Mossoró. Mais 20 médicos receberam das mãos dos direto-res do Conselho os certificados que autorizam o exercício da me-dicina no País.

Nas duas ocasiões, estavam presentes, na solenidade, os dire-tores do CRM/RN, o Presidente Dr. Jeancarlo Fernandes Caval-cante, o 2º Vice-Presidente, Dr. Francisco de Almeida Braga, a 1ª Secretária Dra. Maria Cristina Monte Pereira Macedo e a 2ª Se-cretária, Dra. Giana da Escóssia Melo, além da Cons.ª Maria do Carmo Lopes de Melo.

O curso foi reconhecido pelo MEC pelo decreto assinado pela governadora Rosalba Ciarlini, em maio de 2011. O curso de Medicina da UERN foi aprovado com concei-to 4, apenas 1 ponto abaixo do conceito máximo, nota 5.

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EDUCAÇÃO CONTINUADA

Aprimoramento e atualização do saber médico“Educar para não punir”: Esta é a proposta do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte, que vem atraindo, de forma crescente, profissionais interessados em participar do Curso de Atualização em Medicina Clínica, promovido anualmente pelo Conselho.

O Curso de Atualização em Me-dicina Clínica, que já beneficiou mais de 500 médicos, é realizado através do convênio entre o Con-selho Federal de Medicina – CFM, juntamente com o CREMERN e a Universidade Federal do Rio Gran-de do Norte, através da Pró-Reitoria de Extensão Universitária.

Criado no ano de 2003, o curso tem duração de 16 semanas (192

horas) e visa, através de uma aborda-gem pontual, a preencher lacunas no aprendizado essencial para o desem-penho da clínica médica no cotidiano do médico generalista, que atua nas várias cidades do Rio Grande do Norte. Além disso, os cursos no inte-rior do Estado melhoram a propedêu-tica na atenção básica à saúde da população através de aulas modula-res rápidas à classe médica, a fim de

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que tenha efetividade nas tomadas de condutas terapêuticas.

Para o médico Munir Massud, coordenador do curso e professor do Departamento de Medicina da UFRN, a ação educativa do progra-ma em relação ao aprimoramento e atualização do saber médico, como a resolução de questões clí-nicas em grupos, o convívio direto com grande número de colegas e docentes, exerce um grande impac-to sobre o nível de competência dos alunos. “Os 16 módulos, minis-trados por 37 docentes, tratam de temas da mais alta relevância, de imensa utilidade prática, garantindo sua aplicabilidade quase imediata”, garante Munir Massud.

Na opinião do aluno e Coorde-nador do Curso de Medicina da UnP, o médico Fernando Suassu-na, “o curso é muito importante, principalmente, para atualização do profissional médica. É um curso muito bem estruturado, pe-dagogicamente moderno, além de possibilitar para aqueles que já têm um certo tempo de experiên-cia conviver com os novos conhe-cimentos e a evolução da própria medicina”, disse Suassuna.

O Presidente do CREMERN, Je-ancarlo Cavalcante, entende que manter o convênio entre o Conse-lho e a UFRN faz parte do papel da instituição. “A importância desse curso é a atualização do conheci-mento médico, uma vez que o co-nhecimento médico dobra de volu-me a cada três anos em média. É natural que os médicos necessitem fazer uma atualização, sob pena de ficarem defasados em relação ao conhecimento e, consequentemen-te, em relação ao tratamento aos pacientes. O curso é especialmen-te direcionado aos médicos que moram no interior e que têm maio-res dificuldades de se atualizar”, revelou o Jeancarlo Cavalcante.

Médicos recebem diplomas e elogiam iniciativa

Dentro da proposta de “Educar para não punir”, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte realizou, em 2011, mais um Curso de Atualização em Medicina Clínica. No último mês de janeiro, aconte-ceu a solenidade de entrega de certificados aos concluintes.

O evento, realizado no auditório do CREMERN, marcou mais uma etapa do Programa de Educação Médica Continuada, implantado no Conselho desde 2003. Ao todo, 46 médicos receberam o certificado de conclusão do curso, que é realizado graças a um convênio entre o CREMERN e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Para o médico Munir Massud, coordenador do curso e professor do Departamento de Medicina da UFRN, a ação educativa do programa em relação ao aprimoramento e atualização do saber médico, a reso-lução de questões clínicas em grupos, o convívio direto com grande número de colegas e docentes, exerce um grande impacto sobre o nível de competência dos alunos. “Os 16 módulos, ministrados por 37 do-centes, tratam de temas da mais alta relevância, de imensa utilidade prática, garantindo sua aplicabilidade quase imediata”, afirmou o coor-denador Munir Massud.

O idealizador do Curso de Atualização em Medicina Clínica, o médico Rubens dos Santos Silva, entende que o objetivo, também, é estimular o profissional aos novos conhecimentos. “O presidente Jeancarlo se empe-nhou em dar continuidade à promoção do curso. Essa iniciativa favorece, ainda, aos médicos mais antigos que demonstram total interesse e res-ponsabilidade com o exercer da medicina”, disse Rubens Santos.

Quem participou aprovou: “Foi um dos melhores cursos de espe-cialização. Professores de excelente qualidade. Eu, que atuo no interior, trago muitas experiências que não são vistas em livros. Foi uma ex-periência espetacular”, disse a médica Tania Silveira. Para o Dr. Ivan Brasil: “O curso é muito importante, principalmente para os médicos que atuam no interior. Essa ação possibilita a facilidade de uma atu-alização da profissão. O Cremern tem se preocupado de uma manei-ra geral e sempre proporcionado essa condição do profissional se atualizar. Eu sempre achei isso muito válido”, revelou.

Turma de médicos que concluíram o Curso de Atualização em Medicina Clínica em 2011

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MÍDIA SOCIAL

Apostando nas novas formas de comunicação Entre as mudanças da nova gestão do CREMERN está o trabalho na comunicação. A presença do Conselho na mídias sociais foi uma das ações desenvolvidas pelo setor em 2011.

O avanço tecnológico e a rapidez da informação têm dado lugar a novas fer-ramentas de comunicação, fazendo com que as empresas repensem a forma de se comunicar com seu cliente. É neces-sário conhecer todas essas ferramentas e saber quais delas interagem melhor com seu público alvo.

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte, acompanhando a evolução das mídias sociais, resolveu investir na melhoria do seu site, além de criar o Twiiter, Newsletter e o Facebook.

Criados em meados de 2005, o Face-book e o Twitter só tiveram o seu boom em 2010. Essas novas mídias sociais já

são realidade e possuem uma grande força em órgãos públicos e privados.

Pelo seu alcance e no retorno rápi-do que possui, o Twitter é uma ferra-menta que deixa mais próximo a so-ciedade daquele órgão, sendo o canal de exposição positivo e/ou negativo para todo o mundo. Uma de suas pe-culiaridades é que toda a informação é repassada em apenas 140 caracte-res. Já o Facebook, serve para unir aqueles que fazem parte daquela rede e tem características em comum. Além disso, o “curtir” serve como parâmetro de aceitação pública.

O CRM ativou os seus perfis de Fa-

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Foto: Banco de Imagem

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cebook e Twitter em maio de 2011. Atualmente conta mais de 2000 e 550 seguidores, respectivamente. E esse número só tende a crescer.

As postagens do Twitter são auto-maticamente colocadas no Facebook, para que ninguém fique sem informa-ção sobre a saúde no Estado, no Bra-sil, além de notícias do CREMERN.

O presidente do Conselho Dr. Je-ancarlo Cavalcante (@jeancarlofc) vê as mídias sociais como uma ferra-menta de interação de conteúdos em tempo real, substituindo as velhas formas de relacionamento através de softwares ou serviços que exigiam um intervalo temporal maior.

“No mundo globalizado, a infor-mação é uma instrumento fundamen-tal na gestão de um órgão de fiscali-zação e defesa da sociedade como o Conselho Regional de Medicina. Ao mesmo tempo que divulga as ações da instituição, as mídias sociais apro-ximam o CRM dos médicos e da população pela interação que a web 2.0 proporciona”, disse o presidente.

Os riscos de exposição existem sempre, porém as mídias sociais são um excelente meio de mensuração da aceitação ou reprovação de suas ações. O risco de receber críticas abertamente na web enriquece o debate, e as ofensas pessoais des-

providas de propósitos não encon-tram aceitação entre o público, que faz uma espécie de auto-regulamen-tação da natureza do conteúdo.

Para o médico Alexandre Dantas, recém-chegado às redes sociais do Cremern, essas ferramentas só tra-zem benefícios à classe médica. Por esses meios, os médicos seguidores informam-se e atualizam-se sobre fatos da saúde, discutindo, debaten-do por melhorias.

“Sendo o CREMERN, nosso re-presentante legal como classe médi-ca, a iniciativa é fundamental. Infeliz-mente, nossa profissão demanda muito do nosso tempo no cotidiano, por isso nem sempre podemos estar fisicamente presente na entidade. Com as redes sociais, podemos nos situar sobre o comportamento do CREMERN, suas ações, suas lutas e, principalmente, praticar o ‘diálogo com a entidade’”, disse Alexandre.

Alexandre acredita que não são apenas os jovens médicos que são ligados às redes sociais. “Acho que os colegas mais experientes estão, gradativamente, se rendendo às fa-cilidades desse meio de informa-ção”, confirma o médico, que argu-menta o crescimento de seguidores pela rapidez de informação, pela atualização contínua e pelo fato de unir colegas próximos e os distantes, geograficamente.

O presidente do CREMERN analisa que a resistência do público com mais idade já foi maior, entretanto, é inegá-vel a predominância dos médicos mais jovens no uso de mídias da web 2.0. “Embora essa distribuição etária seja desigual, a linguagem de conte-údo nas mídias sociais do Cremern é uniforme para todos os médicos de todas as idades”, afirma Dr. Jeancarlo.

“As redes vieram para ficar, e usada de maneira coerente, objetiva, produtiva, só tendem a trazer cada vez mais seguidores a esse meio”, declara o médico Alexandre Dantas.

As redes vieram para ficar, e usada de maneira coerente, objetiva, produtiva, só tendem a trazer cada vez mais seguidores a esse meio".

Alexandre Dantas

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HISTÓRIA

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Memorial da Medicina do RN recebe doações para seu acervo Um acervo que guarda a

história da medicina potiguar e contribui com o conhecimento para as novas gerações

Localizado ao lado da sede

do CREMERN

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Preservar a memória da medi-cina do Rio Grande do Norte: este é o principal papel do Memorial da Medicina do Rio Grande do Norte desde que foi inaugurado em 1996. No ano passado, o Me-morial deu início a uma campanha de arrecadação, através de doa-ções, de objetos que sirvam para contar a história da medicina no Estado. O convite é feito aos mé-dicos escritores, músicos, pinto-res, que queiram colaborar com o acervo e fazer doações de li-vros, fotografias, partituras, qua-dros, objetos e instrumentos mé-dicos hospitalar que relembrem o passado da medicina e sirvam como elementos do acervo.

No acervo do Memorial, é pos-sível encontrar fotografias de

expoentes e partícipes da medicina do Rio Gran-de do Norte, registros históricos, diplomas

originais e reproduções, objetos, instrumen-

tos médicos e mo-biliários de consul-tórios usados na metade do século passado. O mate-rial doado passa

por uma tria-

gem e, depois, catalogação.A cada 3 anos, o Memorial da

Medicina renova os membros do seu Conselho Curador, que é no-meado em portaria do presidente do Cremern. Atualmente, inte-gram o Conselho Curador os mé-dicos: Airton Dantas Wanderley, Caio Flávio Fernandes de Oliveira, Carlos Ernani Rosado Soares, Da-ladier Pessoa Cunha Lima, Emília Maria Trigueiro Morais de Paiva, Geraldo dos Santos Queiroz, Gley Nogueira Fernandes Gurjão, Iape-ri Soares de Araújo, Jahyr Navarro da Costa, Jairo Lago Alves, Lenil-son Silva de Carvalho, Luiz Dutra Borges, Munir Massud, Olímpio Maciel, Rubens dos Santos Silva e Zita de Souza Rocha. O Memo-rial tem contribuído com a forma-ção médica do Estado e recebe, em visita técnica, alunos dos cur-sos de medicina do Estado: UFRN, UERN e UnP. Trata-se de

um momento dedicado à visita-ção, à discussão e à reflexão sobre o itinerário sócio-histórico da medicina no RN. Os interessa-dos em obter mais informações podem procurar o responsável pelo Memorial, Roberto Carlos, através do telefone 4006 5300. O Memorial da Medicina está loca-lizado na Av. Rio Branco, 388, Ci-dade Alta, anexo ao prédio do Conselho Regional de Medicina do RN – CREMERN.

1 Porta retrato da turma de 19612 Coração do professor

Onofre Lopes da Silva3 Rubens dos Santos Silva,

presidente do Memorial da Medicina

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COMEMORAÇÃO

Homenagens no Dia do Médico Dia 18 de outubro é o dia em que a classe médica comemora o seu dia de uma maneira especial. Anualmente, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte comemora o Dia do Médico, homenageando com a entrega da Comenda “Professor Onofre Lopes da Silva”, na sede do órgão federal.

A comenda “PROFESSOR ONOFRE LOPES DA SILVA” é destinada aos médicos que, por atuação relevante na medicina norte riograndense, foram escolhidos pela comissão criada através da portaria do CREMERN 049/2011 para tal fim. A home-nagem é destinada a até três médicos.

A comissão de representantes do Con-selho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte é composta por: Academia de Medicina do Rio Grande do Norte, o curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o curso de Medicina da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, o curso de Medicina da Universidade Potiguar, o Sindicato dos médicos do Rio Grande do Norte, a Associação Médica do RN e do Memorial da Medicina do RN.

O nome da comenda homenageia o médico Onofre Lopes da Silva por sua iniciativa em instalar a Faculdade de Me-dicina e ter iniciado o processo de formar e qualificar médicos para atender as ne-cessidades assistenciais da população do Rio Grande do Norte. Ele também foi responsável pela instalação e fez funcio-nar o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte, sendo o primeiro Presidente do Conselho.

Em 2011, a comenda foi outorgada aos médicos Aldo da Cunha Medeiros – CRM/RN 821, André Nunes de Aquino – CRM/RN 373 e Luís Eduardo Barbalho de Mello - CRM/RN 2696. A sessão solene aconte-ceu no auditório lotado do Conselho Re-gional de Medicina do RN.

“Eu me sinto lisonjeado, e ao mesmo tempo agradecido aos colegas do CRE-MERN. Certamente, essa comenda foi devido às decisões que tomei referente a minha profissão: a de dedicar grande

Foto: Banco de Imagem

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parte da minha vida ao ensino e à pesquisa na universidade”, disse Dr. Aldo da Cunha Medeiros.

Dr. André Nunes de Aquino ficou bastante emocionando e hon-rado ao receber a homenagem do Conselho Regional de Medicina. “Não é algo que acontece todos os dias”, disse o médico.

O ex-presidente do CREMERN e um dos homenageados da noite, Dr.Luís Eduardo Barbalho de Mello lembrou acerca da importância de Onofre Lopes para a medicina poti-guar. “Temos que tentar perpetuar a obra de Onofre Lopes para a clas-

se médica e para toda a sociedade, através do nosso trabalho. Além disso, servir de exemplo para todos os médicos, a fim de que a socie-dade se orgulhe do hall de médicos que dispõe no Estado”.

Para a direção do CREMERN, a Comenda Onofre Lopes da Silva re-presenta o reconhecimento do pro-fissionalismo e dedicação da medici-na. “No dia do médico, esta é a me-lhor forma de homenagear os profis-sionais que se destacaram em ações para com a sociedade e no campo cientifico. Exaltamos a medicina, va-lorizando os médicos que constroem

uma nova medicina”, afirma o presi-dente do Conselho, Dr. Jeancarlo Cavalcante.

Após a solenidade, houve o co-quetel de lançamento dos livros que contaram com a parceria do Conse-lho Regional de Medicina.

“Ingrisia – A medicina na língua do povo”, do médico e escritor Iape-ri Araújo; “Memorial de uma Nova Vida”, da médica Albenise de Lima Pinto e “O Contador de Histórias”, do médico Belmir Lopes da Silva. Os autores estavam presentes para au-tografar os livros ao público presente. (Veja a dica de livros página 34)

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CRÔNICA

A cena ainda é muita nítida na memória, era uma manhã de quar-ta-feira, e a sala dos médicos plan-tonistas do Pronto Socorro Clóvis Sarinho estava cheia de colegas tomando aquele habitual cafezinho despertador.

De repente, uma servidora do Hospital aborda a doutora da car-diologia, como habitualmente fazia há meses todas as quartas-feiras, como se recitasse um mantra tan-tas vezes ouvido por todos, pergun-tou se a doutora poderia atender

um vizinho que estava hipertenso, porque afinal de contas ela, a ser-vidora, era muito caridosa e adora-va fazer caridade, e como ela tinha vizinhos, parentes e agregados car-diopatas! Eu mesmo presenciei essa cena dezena de vezes.

Naquela ocasião memorável, a médica fulminou a servidora e re-darguiu – moça! Já que você gosta tanto de fazer caridade, pois a faça com seu próprio esforço, pois fazer

caridade com o trabalho dos outros é muito bom e muito confortável. Para sermos mais didáticos, vamos cognominar a servidora de Maria.

Nesse mundo globalizado, todos conhecem alguém com as caracte-rísticas de Maria. A falta de origina-lidade nos atos e nos textos das pessoas é impressionante, isso leva a formação de uma massa de co-nhecimento plagiado ou simulado de grandes proporções. São os de-nominados pseudo-sábios, leitores de orelhas de livros ou de citações de citações que, automaticamente, unem com conectores de nossa língua, como conjunções e prepo-sições usadas à exaustão e, algu-mas vezes, de forma irresponsável.

Conheço um exemplar desse tipo que diz ser apreciador dos es-critos do filósofo “espanhol” Espi-nosa, desconhecendo que o filóso-fo é holandês. Posar de intelectual ou de caridoso como Maria, já é prática corriqueira para esses pseu-do sábios. O mundo necessita ur-gente de conhecimentos sólidos. Essas pessoas não são capazes de resistir a duas perguntas sobre a essência aprofundada do assunto. Escrevem livros desprovidos de ideias brilhantes, quase sempre sem ISBN, algumas vezes sobre experiências religiosas íntimas, e logo se acham com direito a ser alçados à categoria de “escritores”, e com a possibilidade de garantir a imortalidade das academias.

A superficialidade com que a maior parte das pessoas trata as

JEANCARLO CAVALCANTE Presidente do Cremern

"A legitimidade das

coisas é um

fundamento da vida

moderna, a falta dessa

virtude empobrece as

ações, os discursos e

os escritos"

Falsários de si mesmos

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matérias na área da saúde é impressionante. Puro fruto do desconhecimento de causa. Criticam os Conselhos de Medicina pela falta de médicos nas unidades públicas de saúde, desconhecendo que a resolu-ção para esse problema é de compe-tência do gestor público. Ao Conselho cabe apenas a ferramenta da inter-dição ética e da ação administra-tiva em desfavor do diretor téc-nico da unidade de saúde e, às vezes, titularizar uma ação na Justiça comum para fazer valer os direitos sociais, coisa que não é privativa do Con-selho, podendo ser movida por qualquer cidadão. A isso chamamos de competência legal da autarquia. Ao CRM cabe o papel de fiscalizador do exercício da medicina e de prote-ção da sociedade, fiscalizar é exigir o cumprimento da lei através das prerrogativas legais.

Inclusive pela própria força de nossa formação médica não estamos habituados à materialidade da lei, que-rendo em muitas situações valer-se do jeitinho brasileiro. Isso é muito comum em relação ao registro de especialida-des pelos conselhos que, por força de uma resolução conjunta CFM/AMB, acei-ta como especialista o médico que cur-sou residência médica em uma instituição reconhecida pelo MEC, ou aquele outro que possui título de especialista pela Socie-dade da Especialidade. Mesmo sendo clara a resolução, ainda somos abordados por pessoas que fizeram cursos de especializa-ção ou que cursaram apenas metade de uma residência e querem pela força registrarem suas especialidades no CRM.

A legitimidade das coisas é um fundamento da vida moderna, a falta dessa virtude empobre-ce as ações, os discursos e os escritos, e os falsários de ideias, se não fossem movidos pelo orgulho de ser o que não são, poderiam pelo menos contribuir para a sociedade com um selo de apócrifo de suas obras, o que alertaria aos mais desavisados no sentido de passá-las pelo crivo da razão e da crítica.

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Esporte na vida de quem zela pela saúdeMédicos esportistas encontram na prática uma forma de se manter saudável, servir de exemplo para seus familiares e pacientes, além de ter a atividade física como um hobby em suas vidas

Muitas vezes, a carreira médica é associada ao estresse e à tensão. As várias horas nos centros cirúrgi-cos e consultórios, a preocupação com a evolução do estado de saúde dos pacientes e a correria diária são exemplos do cotidiano atribulado dos médicos. Não é por acaso que muitos procuram praticar esportes e encontram, em alguma modalida-de esportiva, uma válvula de escape para a tensão cotidiana. Enduros, corrida, ciclismo, surf, wind surf, kite surf e esqui aquático estão na lista dos esportes preferidos por alguns médicos.

O pediatra Leonardo Melo Maia, de 41 anos, é um dos profissionais

que se valem dos esportes para fugir da rotina e aliviar o estresse. Leonardo se identifica muito com os esportes aquáticos, como: esqui aquático, surf, wind surf e kite surf. O mesmo já participou de campe-onatos de surfe na adolescência e conquistou algumas vitórias, Leo-nardo vê no esporte algo mais do que os riscos e o esforço físico que, normalmente, são associados a esse tipo de modalidade.

A história de Leonardo com os esportes aquáticos vem de longa data. Ele começou a praticar surf aos 7 anos de idade. O esporte sempre esteve presente na sua vida. “Pratico esporte como um

hobby, mas também para manter a saúde”, justifica Leonardo Maia. Para o médico, o esporte veio em fases. Durante 5 anos o mesmo praticou intensamente esqui aquá-tico, depois windsurf e, por último, kite surf. O surf praticou dos 7 aos 17 anos, tendo retomado há 2 anos para acompanhar o filho Guilher-me, 12 anos. Todos os finais de semana, a dupla pratica surf nas praias do litoral potiguar.

Casado com a médica Giovana Paiva de Melo Maia, Leonardo en-controu em sua esposa uma aliada para a prática de esporte. Diferen-te do esposo, Giovana prefere pe-dalar. O ciclismo faz parte de sua

COMPORTAMENTO

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rotina no esporte, seja na rua ou academia. Ela também é adepta a trilhas e percursos. “Sempre me identifiquei com ciclismo e realizei muitas trilhas e percursos longos, como: Natal- São Miguel do Gos-toso, Natal- Pipa e algumas corri-das de aventura”, revela Giovana, que praticou handebol na infância e Taekwondo na adolescência.

Nas férias, o casal encontra sempre uma forma de relaxar, pra-ticar esporte e conhecer lugares interessantes. Na última viagem, o casal encontrou no esqui e snow-board a diversão perfeita para não deixar a rotina da prática de exer-cícios físicos estacionar. Questio-nada se o interesse dos pais acaba influenciando os filhos na prática do esporte, Giovana responde: “Acho também que tem que haver um interesse próprio. Mas o estí-mulo dos pais influencia muito”.

Incentivar os pacientes à práti-ca do esporte faz parte da rotina dos dois dentro das orientações médicas. “Sempre indicamos como forma de manter uma boa qualidade de vida. É também uma forma de se afastar das drogas que, infelizmente, tem sido um pro-blema constante de saúde pública. É importante mostrar que o pacien-te tem que se identificar com algum esporte para manter a assi-

duidade”, garante Giovana.Praticar esportes radi-

cais também já fez parte da rotina de ambos. Giovana re-vela: “Eu já participei de algu-mas pequenas corridas de aven-tura, porém como necessita muito treino desisti. Fiz também pedaladas por trilhas e pedal para São Miguel do Gostoso, Pipa, Ge-orgino Avelino. O Leonardo já fez várias travessias de kite surf como: Pipa- Natal, Natal-São Mi-guel do Gostoso. Já praticou sno-wboarder em pistas virgens e fora de pista. Praticou o heliski (levado por helicóptero para áreas não habituais de esqui, fora de pista). Ele é mais aventureiro”, confessa a médica pediatra.

Outro médico que dedica parte de seu tempo aos esportes é o oftalmologista Hede Gurjão Gas-par, 40 anos. Quando criança, a paixão dele era o futebol, entre-tanto os esportes radicais sempre o atraíram. O esqui aquático foi o primeiro, quando ainda tinha 7 anos de idade. Depois veio o skate, sand board, artes marciais (karatê e jiujitsu), Wake board, bike, squash. Atualmente, pratica kitesurf, snowboard, trilha de moto e corrida de rua. Disposição não falta. “O esporte é um hobby pra mim, além de manter a saúde em dia”, diz Hede.

Para dar conta da rotina como médico e esportista, Hede Gaspar revela: “É complicado administrar a correria, mas sempre procurei reservar meu tempo para os espor-

tes e para a famí-lia. Administro isso desde o tempo da univer-

sidade, e não é diferente agora na vida

profissional. Essa atitude beneficia meu lado o físico e o mental. Tempo é uma questão de priorida-de. Quando estou cansado físico e mentalmente, reponho minhas energias praticando alguma ativi-dade. A mente estando bem, o resto acompanha!”.

Com tanto amor e disposição para os esportes, o oftalmologista acabou influenciando o filho, Hede Júnior, 17 anos, que encontrou no wake board a modalidade preferida para seguir o exemplo do pai de ser um esportista.

Competir também já fez parte da vida do médico-atleta Hede Gas-par, todavia ele tem uma opinião formada sobre o assunto: “O espor-te, para mim, é uma busca de pra-zer, adrenalina. A competição é muito boa para estimular, mas exige treinamentos mais severos e des-gastantes, requer bastante determi-nação, o que não é inerente a todo esportista. Requer muito tempo de dedicação”, garante.

a.di- da a re-algu-

e aven-cessita também

edal para Pipa, Ge-do já fez ite surf -São Mi-

tes e para a famí-lia. Administro isso desde o tempo da univer-

Dr. Hede Gaspar aposta na prática

do esporte para beneficiar o corpo

e a mente

Dra. Giovana adora ciclismo, mas nas férias não deixa de praticar esportes junto com a família

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CRÔNICA

O médico, imortal e advogado Armando Negreiros, um dos mais cultos profissionais da medicina no Rio Grande do Norte tem sido res-ponsável pelo registro do anedotá-rio da medicina em nosso Estado. Colige fatos da vivência profissio-nal dos colegas e faz o registro na imprensa e em livros.

Nele me inspiro para fazer o registro de causos que já inclui nos meus stand-ups ilustrativos de conferências e aulas. A maioria é verdadeira. Não consigo mentir, no

entanto omitir ou aumentar, nin-guém está avesso de fazê-lo.

Dr. João era médico em São Vi-cente, no Seridó, e após um sába-do, dia de feira na cidade, foi pra casa almoçar e, como sempre, uma porção de gente se aglomerava na sua porta para uma consulta “por

fora”. Como ele nunca deixava de atender a esse povo, foi lá dentro, comeu alguma coisa e, no portão do jardim, foi atender aos clientes que nem sempre tinham uma do-ença para se consultar. Eram mais dúvidas e conselhos. Uma senhori-nha, a primeira da fila chamou-o para um particular e mostrou-lhe um pacote, desses de mercearia em papel rosa, amarrado com um barbante e perguntou se os óvulos vaginais que ele prescrevera era pra ser usado cru ou cozinhado, vez que comprara seis ovos de galinha cai-pira na bodega de Rocha, e ele não estava acostumado a vendê-los como remédio.

Outra pediu para entrar, pois seu caso era em caráter particular mesmo e perguntou-lhe qual o me-lhor método para não engravidar, pois no Posto de Saúde só tinha pílula, e ela tinha temor de tomá--las, pois uma comadre usara os anticoncepcionais orais por tantos anos que quando foi fazer uma histerectomia, em Currais Novos, sua barriga estava cheia de com-primidos. O médico pensou, pen-sou e perguntou se ela tinha orgas-mo. A mulher espantou-se e repe-tiu o nome: Orgasmo? E fazendo um gesto de espere aí com a mão, chamou bem alto pelo marido que tava sob uma algarobeira frondosa na calçada: Toim, o dr. João quer

Médico, escritor, artista e professor da UFRN

"Se a senhora quer usar

um meio de evitar uma

gravidez, já que todo

ano aparece por aqui

grávida, seria bom usar

o coito interrompido"

Boa e velha ginecologia

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saber se eu tenho orgasmo. Toim, coçando a cabeça, afir-mou em alto e bom som: Tem não. O que você tinha, a coma-dre Zefinha levou faz bem um mês e ainda não devolveu.

Dr.João sorriu.- Quando a senhora está

com seu marido não sente nada não?

A mulher abanou negativa-mente a cabeça.

- Nada de nada?Ela continuou balançando a

cabeça. De repente, como se lembrasse de alguma coisa, completou:

- Na verdade, na verdade, doutor, tem uma hora assim que me dá uma vontade dana-da de morrer.

Imediatamente Dr. João completou: É isso mesmo, é essa vontade de morrer que é o orgasmo.

- Pois bem, se a senhora quer usar um meio de evitar uma gravidez, já que todo ano aparece por aqui grávida, seria bom usar o coito interrompido.

- Cuma? Perguntou a mulher.- Coito interrompido. Quan-

do a senhora estiver com seu marido e notar que ele vai fi-cando mais cansado, mais can-sado com o fôlego bem curti-nho, e a senhora olhar para cara dele e ele tiver revirando os olhos, a senhora dá um empur-rão nos peitos dele para ele sair de cima e não engravidar.

Ela com a mão no queixo, perplexa, retrucou indignada.

- Doutor, num vou fazer isso não. Não é possível, eu não vejo essa hora não, pois quan-do ele tá com o fôlego bem curtinho e começa a revirar os olhos, eu já tô cega faz bem uma meia hora.

Era a velha e boa Ginecologia.

Foto: Banco de Imagem

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DICAS DE LIVROS

INGRISIAIaperi Araújo

O livro | dicionário retrata os termos da cultura popular, coletados pelo Dr. Iaperi Araújo com o seu contato com o falar do povo, durante trinta anos. Trata-se dos ter-mos médicos na linguagem popular, constatando a plura-lidade da cultura nordestina.

Editora: Offset Gráfica e Editora

Páginas: 144

MARKETING MÉDICORenato Gregório

Assunto em destaque nos dias atuais, marketing médico é tra-tado com mais importância, através de um planejamento e criando estratégias. O livro esclarece os conceitos e as aplicações do marketing para o médico perante a sociedade e aos seus pacientes diretos. De uma forma dinâmica, os casos citados facilitam o en-tendimento do leitor que se identifica de alguma maneira.

Editora: DOC Páginas: 206

O CONTADOR DE HISTÓRIASBelmir Lopes

Um livro de contos de frag-mentos da vida do médico Belmir Lopes e de histórias que o autor ouviu no seu dia-dia. Direto ao assunto, Belmir usa das artima-nhas de cirurgião para desenvol-ver os contos, prendendo o leitor a cada leitura.

Editora: Offset Gráfica e Edi-tora

Páginas: 297

QUALIDADE NA RECEPÇÃOAna Paula Cavalcanti Ferreira

O livro traz uma abordagem objetiva e prática para que as secretárias de consultórios e clínicas possam desen-volver bem suas funções, e ao mesmo tempo colaborar para o atendimento médico de excelência. As secretárias são responsáveis por inúmeros serviços, sendo o cartão de visita do médico.

Editora: DOC Páginas: 122

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