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LÍNGUA PORTUGUESA FCC Morfologia: 1 – Substantivo: É a classe de palavras variáveis, a qual geralmente vem acompanhada de determinantes. Logo... Uma classe morfológica acompanha por determinantes é um substantivo ou uma palavra substantivada. Todas as palavras que acompanham o substantivo são palavras com papel adjetivo. Advérbio modifica verbo, adjetivo e advérbio. É uma classe de referência a estas três classes. É a classe de palavras variáveis, que exerce privativamente o núcleo das seguintes funções sintáticas: SUJEITO, OD, OI, COMPLEMENTO NOMINAL, AGENTE DA PASSIVA, APOSTO, PREDICATIVO E VOCATIVO – Funções substantivas . Logo, uma palavra que exerce o núcleo de uma dessas funções sintáticas é um substantivo ou uma palavra substantivada. Ex.: Os noivos disseram sim um ao outro. - Disseram: VTD. - Sim: OD – originalmente é um adverbio, porém exercendo a função de OD, sendo ele o núcleo, só poderá ser uma palavra substantivada. Ex.: Eu gosto dos meninos estudiosos. - Gosto: VTI. - Meninos: núcleo do OI – substantivo. Ex.: Eu gosto dos que estudam. - Gosto: VTI - De + os: os é pronome demonstrativo exercendo papel de substantivo, por ser o núcleo o OI. Obs.: O infinitivo frequentemente exercerá a função de substantivo. O gerúndio frequentemente exercerá a função de advérbio. O particípio frequentemente exercerá a função de adjetivo. Os três elementos acima são formas nominais do verbo.

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Morfologia:

1 – Substantivo:

É a classe de palavras variáveis, a qual geralmente vem acompanhada de determinantes.Logo...Uma classe morfológica acompanha por determinantes é um substantivo ou uma palavra substantivada.Todas as palavras que acompanham o substantivo são palavras com papel adjetivo.

Advérbio modifica verbo, adjetivo e advérbio. É uma classe de referência a estas três classes.

É a classe de palavras variáveis, que exerce privativamente o núcleo das seguintes funções sintáticas:

SUJEITO, OD, OI, COMPLEMENTO NOMINAL, AGENTE DA PASSIVA, APOSTO, PREDICATIVO E VOCATIVO – Funções substantivas.

Logo, uma palavra que exerce o núcleo de uma dessas funções sintáticas é um substantivo ou uma palavra substantivada.Ex.: Os noivos disseram sim um ao outro.- Disseram: VTD.- Sim: OD – originalmente é um adverbio, porém exercendo a função de OD, sendo ele o núcleo, só poderá ser uma palavra substantivada.Ex.: Eu gosto dos meninos estudiosos.- Gosto: VTI.- Meninos: núcleo do OI – substantivo.Ex.: Eu gosto dos que estudam.- Gosto: VTI- De + os: os é pronome demonstrativo exercendo papel de substantivo, por ser o núcleo o OI.

Obs.:O infinitivo frequentemente exercerá a função de substantivo.O gerúndio frequentemente exercerá a função de advérbio.O particípio frequentemente exercerá a função de adjetivo.Os três elementos acima são formas nominais do verbo.

Substantivos Coletivos:- Específicos: matilha, constelação, enxame, etc.- Genéricos: grupo, bando, equipe, etc.

2 – Adjetivo:

O adjetivo se refere ao substantivo.

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Manifestações do adjetivo:

a) Água serrana: adjetivo simples.b) Água da serra: locução adjetiva (prep. + subst.)c) Água que vem da serra: oração subordinada adjetiva.

Obs.: as orações adjetivas sempre serão introduzidas por um pronome relativo, quando estiver em sua forma desenvolvida.Ao encontrar um pronome relativo, estarei diante de uma nova oração de valor adjetivo.Ex.: Os que lutam são os que vencem. Quantas orações há neste período? Existem 3 orações. “Os...são os”: 1ª oração; “que lutam”: 2ª oração; “que vencem”: 3ª oração.A casa que eu comprei é grande. “A casa...é grande”: 1ª oração; “que eu comprei”: 2ª oração.

Exemplos (pronome relativo – introdução de oração adjetiva):- Meu pai resistiu a todas as tentações que o cargo propriciava.- O teor dos processos que entulhavam a maleta era-me completamente alheio.

Flexões de grau do adjetivo:

a) Comparativo:

De inferioridade: menos...(do) que De superioridade: mais...(do) que De igualdade: tão...quanto

- Conjunção bipartida – metade na oração principal, metade na oração subordinada. A gramática chama essas conjunções de subordinativas comparativas correlatas.A preposição “de” que introduz os comparativos de inferioridade e superioridade é sempre facultativa.Nas estruturas comparativas, é comum ocultar-se o verbo da oração comparativa pelo fato de ele ser o mesmo verbo da oração principal.

“Eu olhei para ela como uma filha” – quando a conjunção comparativa se refere a um termo que está precedido de uma preposição, esta preposição deverá ser repetida antes do termo comparativo. O certo seria “Eu olhei para ela como para uma filha”. Caso não seja assim, ocorrer-se-á ambiguidade.

b) Superlativo:

Absoluto:

Sintético Analítico

Relativo – há uma relação comparativa.

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Inferioridade Superioridade

3 – Pronome:

Pronomes pessoais:I – Dentro dos pronomes pessoais, há pronomes átonos e pronomes tônicos.II – O fato de o pronome ser átono ou tônico interfere no emprego deste pronome.III – Os pronomes tônicos só podem ser usados quando antecedidos de preposição.IV – Os pronomes átonos na 3ª pessoa “o, a, os, as, lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos os pronomes “ele, ela, eles, elas” precedidos por preposição.V – Os pronomes me, te, lhe, lhes, nos e vos podem aparecer como pronomes possessivos. Ex.: “Quando o papa chegou, o Presidente beijou-lhe as mãos”.

Pronomes relativos:Estes pronomes necessitam de um antecedente.I – O pronome relativo QUE é denominado de relativo universal, pois pode ser tanto usado para pessoas quanto para coisas, tanto para o singular quanto para o plural, tanto para o feminino quanto para o masculino.Obs.: Se houver mais de um substantivo anteposto para um pronome relativo, ele poderá retomar qualquer um deles, desde que a lógica da oração adjetiva permita.II – O pronome relativo QUEM é denominado de relativo personativo, pois só pode ser usado em substituição a um ser personativo (pessoa ou noção de pessoa). Ex.: “Este é um sinal a quem ninguém pode ser insensível” – sentença errada, pois não se refere à pessoa.III – O pronome relativo ONDE só pode ser usado em relação a um lugar. Equivale a “em que” e variações.IV – Os pronomes relativos CUJO, CUJA, CUJOS e CUJAS são denominados de relativos possessivos, pois são usados para substituir termos que transmitem a noção de posse. Equivalem a “do qual, da qual, dos quais, das quais, seu, sua, seus, suas, dele, dela, deles, delas”. O CUJO e flexões rejeitam a posposição de artigos.A relação de posse estabelecida pela preposição DE é sempre posposta ao substantivo, nunca anteposta.

O pronome relativo QUE por si só não promove uma relação de posse.

O pronome CUJO estará sempre entre dois substantivos ou palavra substantivada.

4 – Verbo:

Palavra que apresenta o maior número de flexões:

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Flexões:1. Modo (indicativo, subjuntivo e imperativo)2. Tempo (presente, pretério e futuro).3. Pessoa (primeira, segunda e terceira)4. Número (singular e plural)

I – Indicativo:O modo indicativo é o modo da realidade: serve para enunciar um fato ou estado verdadeiros ou supostos verdadeiros, em orações independentes ou dependentes, declarativas, interrogativas ou exclamativas, quer afirmando, quer negando.

II – Subjuntivo:O modo subjuntivo (antigo “modo conjuntivo”) é o modo próprio da incerteza, da possibilidade, da dúvida, da futuridade, da vontade, do desejo, da esperança, da suposição, da concessão.

III – Imperativo:O modo imperativo serve para expressar uma ordem, um preceito, um conselho, um pedido ou um convite.

Correlações verbais:

- Presente do indicativo – presente do subjuntivo.- Pretérito perfeito do indicativo – pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

Conjugação dos verbos terminados nos hiatos:- air: sair, cair, abstrair;- oer: roer, moer, doer, soer;- uir: possuir, construir, substituir;Regra: a 3º pessoa do singular do presente do indicativo apresenta a desinência “i” e jamais “e”.

Conjugação dos verbos terminados nos hiatos:- ear: frear, pentear, veranear, passear, homenagear, etc.Regra: intercalam, por motivos fonéticos, um “i” intervocálico em sua desinência nas formas rizotônicas.

Os verbos Mediar, Ansiar, Remediar, Intermediar e Odiar: intercalam um “E” eufônico nas formas rizotônicas.

Conjugação de verbos terminados nos hiatos:- oar e uar: abençoar, voar, leiloar, continuar, suar, atenuar.Regra: apresentam a letra “E” em todas as formas do presente do subjuntivo.

Conjugação dos verbos “ver” e “vir” no futuro do subjuntivo:

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Vir: vierVer: vir

Conjugação de verbos defectivos (importantes para os concursos promovidos pela FCC):

2º Grupo: verbos que no presente do indicativo, só possuem as pessoas “nós” e “vós”.Ex.: reaver, precaver, aguerrir, adequar, empedernir (petrificar), remir (resgatar), fornir (abastecer, prover), falir, embair (iludir, seduzir), adir (acrescentar, adicionar), renhir (disputar, pleitear).

Reaver: derivado de “haver” e só se conjuga nas pessoas em que o haver possui a letra “V”. No presente do indicativo só possui as pessoas “nós” e “vós”.

Cuidado com os falsos derivados: requer, prover, aprazer

Análise Sintática:

1 – Sujeito:

Quando o sujeito é extenso, é chamado de sujeito total ou complexo, ou seja, é o sujeito nuclear, seguido de todos os seus adjuntos e complementos.

O sujeito é um termo que, na voz ativa, apresenta “carga ativa”. Logo, um termo que está relacionado a um verbo e que apresenta “carga passiva”, numa voz ativa, não exercerá a função de sujeito, mas sim a função de objeto direto.

Classificação dos verbos:

I – Intransitivos: sentido completo.II – Transitivos: exigem complemento- diretos: sem preposição necessária- indiretos: com preposição necessária- diretos e indiretos (bitransitivos)- transobjetivos: VTD que exige um predicativo para o objeto direito.III – Ligação.

Cuidado:

1 – Aconteceram vários imprevistos na festa – Verbo Intransitivo.

2 – Se ocorrerem problemas, chamaremos a polícia – Verbo Intransitivo.

3 – Ainda existem pessoas honestas no Brasil – Verbo Intransitivo.

4 – Explodiu nova crise no Oriente Médio – Verbo Intransitivo.

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Os termos bordeados são os sujeitos das frases, não objeto direito do verbo.

Estudo do sujeito passivo:

Conversão da voz ativa para a voz passivaVoz ativa > Voz PassivaSujeito > Agente da passiva

Verbo transitivo direto > Locução verbal (aux. + particípio)Objeto direto > Sujeito passivo ou paciente

Observações fundamentais:

Só se convertem para a voz passiva os verbos transitivos diretos e os verbos transitivos diretos e indiretos. Os verbos ter, querer, poder e conter, apesar de serem VTDI, não vão para voz passiva, por questões fonéticas. Também não vão para a voz passiva os verbos passivos aguentar e sofrer. Também não vão para a voz passiva o verbo impessoal haver. Logo, os verbos intransitivos, os transitivos indiretos e os verbos de ligação são insusceptíveis de conversão para a voz passiva.

Exemplos:

Soldados, vossos chefes vos elogiaram hoje? – convertendo para a voz passiva – Soldados, vós fostes elogiados por vossos chefes hoje?

Ao analisa o balanço, o auditor pôde constatar várias irregularidades – convertendo para a voz passiva – Ao ser analisado o balanço, várias irregularidades puderam ser constatadas pelo auditor.

Todos deveriam te louvar por causa das teses que tu vens defendendo na Universidade – convertendo para a voz passiva – Tu deverias ser louvado por todos por causa das teses que vêm sendo defendidas por ti na Universidade.