Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    1/51

    UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN UTFPR

    DIRETORIA DE GRADUAO

    TECNOLOGIA EM MANUTENO INDUSTRIAL

    ANDERSON MIGUEL LENZ

    WELDER SIENA

    DESENVOLVIMENTO DE UM TRANSDUTOR LVDT E DATALOGGERPARA O PHYTOMONITORING.

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    MEDIANEIRA2013

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    2/51

    ANDERSON MIGUEL LENZ

    WELDER SIENA

    DESENVOLVIMENTO DE UM TRANSDUTOR LVDT E DATALOGGERPARA O PHYTOMONITORING.

    Monografia apresentada como requisitoparcial obteno do ttulo de Tecnlogoem Manuteno Industrial, da UniversidadeTecnolgica Federal do Paran UTFPR Campus Medianeira.

    Orientador: Prof Me. Yuri Ferruzzi

    MEDIANEIRA

    2013

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    3/51

    Ministrio da EducaoUniversidade Tecnolgica Federal do Paran

    Cmpus MedianeiraDiretoria de Graduao e Educao Profissional do

    Curso Superior de Tecnologia em ManutenoIndustrial

    TERMO DE APROVAO

    DESENVOLVIMENTO DE UM TRANSDUTOR LVDT E DATALOGGERPARA OPHYTOMONITORING

    Por:

    Anderson Miguel Lenz

    Welder Siena

    Este Trabalho de Concluso de Curso (TCC) foi apresentado s 15:30 h do dia 05

    de abril de 2013como requisito parcial para a obteno do ttulo de Tecnlogo no

    Curso Superior de Tecnologia em Manuteno Industrial, da Universidade

    Tecnolgica Federal do Paran, Cmpus Medianeira. Os acadmicos foram

    arguidos pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados.

    Aps deliberao, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.1

    Prof. MeYuri FerruzziUTFPR CmpusMedianeira

    (Orientador)

    Prof. Me. . Alberto Noboru MyiadairaUTFPR CmpusMedianeira

    (Convidado)

    Prof. Me.Me. Filipe MarangoniUTFPR CmpusMedianeira

    (Convidado)

    Prof. Yuri FerruzziUTFPR CmpusMedianeira

    (Responsvel pelas atividades de TCC)

    1Nota: A verso deste termo de aprovao com as assinaturas encontra-se na secretaria decoordenao de cursos.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    4/51

    RESUMO

    LENZ, Anderson Miguel e SIENA, Welder. Projeto desenvolvimento de um sensor

    LVDT (Linear Variable Differential Transformer) e sistemas de: alimentao,

    adequao e aquisio de sinal do dispositivo (Tecnologia em Manuteno

    Industrial) Universidade Tecnolgica Federal do Paran. Medianeira, 2012.

    O sensoriamento representa um importante papel na agricultura, devido a crescente

    demanda na alimentao e a dificuldade de mensurar ou diagnosticarcomportamentos que designem um problema, ou otimizem o desenvolvimento de

    culturas. A agricultura de preciso proporciona a evoluo nesse conceito, pois este

    modelo de cultivo aborda a insero de sistemas capazes de estimar parmetros de

    controle. Contudo o propsito desse trabalho apresentar a construo de um

    transdutor LVDT, junto ao seu princpio de funcionamento e informaes relativas ao

    processo de desenvolvimento, modelagem de ensaio e resposta de sinais de

    posicionamento do ncleo do LVDT.

    Palavras-chaves: Agricultura de preciso, Desenvolvimento de culturas, Sistemas

    Eletrnicos, Phytomonitoring,

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    5/51

    ABSTRACT

    LENZ, Miguel Anderson and SIENA, Welder. Project development of a sensor LVDT

    (Linear Variable Differential Transformer) and systems: signal acquisition device

    (Technology in Industrial Maintenance) - Federal Technological University of Paran.

    Medianeira 2012.

    Nowadays sensors represents an important role in agriculture, due to growing

    demand in feed and the difficulty of measuring behavior that designate or diagnose a

    problem or optimize the development of cultures. Precision agriculture provides theevolution of this concept, because this model addresses the growing integration of

    systems capable of estimating control parameters. However the purpose of this

    paper is to present the construction of an transducer LVDT, with its principle of

    operation and information relating to the process of development, testing and

    modeling of response signals for positioning the core of the LVDT.

    Keywords: Prec Agriculture, Development of growing, Electronic Systems,

    Phytomonitoring

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    6/51

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1. EXPOSIO DA FORMA FUNCIONAL DO SENSO ............................. 13FIGURA 2. ENCAPSULAMENTO E ELEMENTO DE INSERO DE RESINA PARAPROTEO DE CONEXES. .................................................................................. 15FIGURA 3. ILUSTRAO DO ELEMENTO CARRETEL .......................................... 16FIGURA 4. EXPOSIO DOS CIRCUITOS MAGNTICOS .................................... 17FIGURA 5. CARRETEL DO LVDT APS ENROLAMENTO DOS CIRCUITOSMAGNTICOS .......................................................................................................... 18FIGURA 6. MODELO DE FIXAO UTILIZADO ...................................................... 19FIGURA 7. COMPARAO ENTRE OS SISTEMAS DE FIXAO ......................... 19FIGURA 8. CIRCUITO OSCILADOR UTILIZADO PARA ALIMENTAO DOSENSOR. .................................................................................................................. 21FIGURA 9. COMPARAO DE TRANSFERNCIA DE POTNCIA ........................ 22FIGURA 10. CIRCUITO DE EXCITAO PARA O TRANSDUTOR ......................... 23FIGURA 11. DIAGRAMA DE BLOCOS PARA CONDICIONAMENTO DE SINAL .... 24FIGURA 12. CIRCUITO DE ACOPLAMENTO E AMPLIFICAO DO SISTEMA DECONDICIONAMENTO DE SINAL ............................................................................. 26FIGURA 13. ILUSTRAO DAS FORMAS PASSO A PASSO DO SISTEMA DETRATAMENTO DE SINAL (CONDICIONADOR) ...................................................... 27FIGURA 14. CONFIGURAO SUBTRATORA ....................................................... 27FIGURA 15. CIRCUITO DE ADEQUAO DE SINAL ............................................. 29FIGURA 16. COMPLEMENTO DO CIRCUITO DE ADEQUAO DE SINAL .......... 29

    FIGURA 17. CONFIGURAES DE HARDWAREPARA DESENVOLVIMENTO DODATALOGGER......................................................................................................... 31FIGURA 18. CONFIGURAO DE HARDWAREPARA MEMRIAS DE DADOS .. 32FIGURA 19. SADAS OPTO-ACOPLADAS............................................................... 32FIGURA 20. HARDWAREDO DATALOGGER ......................................................... 33FIGURA 21. AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO MICROCHIP MPLAB .............. 35FIGURA 22. ESTRUTURA ELABORADA PARA AFERIO DO SENSOR ............. 38FIGURA 23. ESTRUTURA DE APOIO PARA AVALIAO DE CULTURAS AINDAJOVENS .................................................................................................................... 41FIGURA 24. SISTEMA UTILIZADO NO RESGUARDO DO SENSOR PARAATUAO EM CAMPO ............................................................................................ 42FIGURA 25. PLANTA EM ESTADO DE STRESS HDRICO..................................... 44FIGURA 26. REESTRUTURAO DO GIRASSOL. ................................................. 44

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    7/51

    LISTA DE GRFICOS

    GRFICO 1. MODELO CARACTERSTICO DE RESPOSTA DE UM SENSOR LVDT.................................................................................................................................. 14GRFICO 2. REPETIO COM AS REGIES EXTREMAS NO LINEARES ........ 38GRFICO 3. PLOTAGEM DE ANLISES ................................................................. 39GRFICO 4. VARIAO DO DIMETRO DO CAULE CONFORMEACOMPANHAMENTO .............................................................................................. 43

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    8/51

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1. ELEMENTOS UTILIZADOS NA CALIBRAO DO

    TRANSDUTOR...........................................................................................................37 TABELA2. DADOS DE VERIFICAO DO ERROPERCENTUAL............................................................................................................40

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    9/51

    SUMRIO

    1 INTRODUO ...................................................................................................... 102 OBJETIVOS .......................................................................................................... 112.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 112.2 OBJETIVO ESPECFICO .................................................................................... 112.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................... 113 LINEAR VARIABLE DIFFERENTIAL TRANSFORMER (LVDT) ......................... 123.1 CONSIDERAES INICIAIS .............................................................................. 123.2 ENCAPSULAMENTO ......................................................................................... 153.3 CARRETEL ......................................................................................................... 163.4 CIRCUITOS MAGNTICOS EMISSOR E RECEPTOR ................................... 163.5 CATARACTERISTICA CONSTRUTIVA DAS BOBINAS .................................... 173.6 NCLEO ............................................................................................................. 183.7 FIXAO ............................................................................................................ 184 CIRCUITO DE ALIMENTAO EXCITAO .................................................. 204.1 CONSIDERAES INICIAS ............................................................................... 204.2 CIRCUITO DE EXCITAO DO LVDT - OSCILADOR ...................................... 204.3 CIRCUITO DE EXCITAO DO LVDT SEGUIDOR DE TENSO .................. 225 CIRCUITO DE ADEQUAO DE SINAL ............................................................. 245.1 CONSIDERAES INICIAIS .............................................................................. 245.2 CARACTERSTICA DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE ADEQUAODE SINAL .................................................................................................................. 255.3 SISTEMA DE ACOPLAMENTO E AMPLIFICAO ........................................... 255.4 SISTEMA DE RETIFICAO, FILTRAGEM E SUBTRAO ............................ 265.5 SISTEMA OFFSET, AMPLIFICAO E FILTRAGEM. ....................................... 286 SISTEMA DE AQUISIO DE DADOS ............................................................... 306.1 CONSIDERAES INICIAIS .............................................................................. 306.2 5.2 MICROCONTROLADOR PIC 18F4550 ........................................................ 306.3 DESENVOLVIMENTO DO SAD SISTEMA DE AQUISIO DE DADOS ....... 316.4 DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE ............................................................. 347 TESTE DE CALIBRAO DO SENSOR ............................................................. 367.1 CONSIDERAES INICIAIS .............................................................................. 367.2 METODOLOGIA DE CALIBRAO ................................................................... 36

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    10/51

    8 AVALIAES DO SISTEMA DE MONITORAMENTO POR LVDT, APLICADOA UM GIRASSOL. .............................................................................................. 41

    9 CONCLUSO ....................................................................................................... 4510REFERNCIAS .................................................................................................... 46

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    11/51

    10

    1 INTRODUO

    A obteno de dados atravs de sensores proporcionam a expanso das

    formas de aquisio das informaes de carter avaliativo, o que possibilita a

    otimizao de recursos e processos. Com base nessa tendncia e necessidade de

    automatizar processos, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a

    construo e anlise de um transformador diferencial varivel linear (LVDT, do ingls

    Linear Variable Differential Trasnformer) para avaliar o desenvolvimento de culturas,

    caracterizado como phytomonitoring.

    O phtyomontitoringsegundo JORAS, J.S.D.(2003) deriva-se em um dos casoscomo manejo adequado e eficiente da irrigao, onde se necessita dispor de

    informaes sobre as condies hdricas do solo. Essas condies podem ser

    obtidas por meio de um sensor LVDT que capta a contrao radial da planta

    conforme as condies a qual esta submetida. Estas contraes para HINCKLEY

    T.M and BRIKERHOFF D.N. (1975) advm do comportamento do caule das plantas,

    que tem seu dimetro reduzido durante o dia, devido transpirao no ser

    compensada pela absoro de gua, e durante a noite h o aumento do cauledevido absoro hdrica e pouca transpirao. Essa variao advinda da mudana

    do potencial matricial proporciona a utilizao de sensores que captem a

    movimentao.

    Segundo DONGWON, Y. (2011) a utilizao de sensores de reatncia varivel

    advm das vantagens, as quais se tratam da boa linearidade e ganho de tenso, o

    que proporciona a mensurao de eventos. Assim o dispositivo de deslocamento

    magntico permite mensurar precisamente posies, fazendo deste um dos maisdifundidos sensores de posicionamento usado em modo geral, devido forma de

    aquisio, boa linearidade, e robustez. Estes atributos proporcionam ao sensor uma

    variedade de aplicaes, como na indstria agrcola e mecnica, em centros de

    pesquisa SPEZIA (2011).

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    12/51

    11

    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Desenvolver um sistema funcional de monitoramento do dimetro do caule deplantas, que seja capaz de avaliar o desenvolvimento de culturas atravs doarmazenamento de dados da variao do dimetro do caule.

    2.2 OBJETIVO ESPECFICO

    Estudar a aplicabilidade do sensor LVDT na agricultura e desenvolv-lo em

    conjunto com circuito de alimentao, adequao e aquisio de sinal. Particionando

    o sistema LVDT para desenvolver e avaliar cada etapa, integrando-os num projeto

    final, que possibilite a funcionalidade do sensor e, por conseguinte a anlise de

    culturas atravs de metodologias como o phito monitoramento.

    2.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

    O trabalho foi estruturado de acordo com a sequencia de montagem dos

    sistemas, onde primeiramente se faz o embasamento terico que srvio de base,

    para que se fizesse a escolha dos materiais, as formas e o processo de fabricao

    da parte mecnica, aps isso partiu-se para o desenvolvimento dos sistemas dealimentao e ajuste do sensor, e seguindo com o sistema de aquisio, e com

    todas as etapas anteriores concludas o teste em campo do sensor.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    13/51

    12

    3 LINEAR VARIABLE DIFFERENTIAL TRANSFORMER (LVDT)

    3.1 CONSIDERAES INICIAIS

    A eficiente gesto das culturas conforme YUNSEOP (2011) uma preocupao

    em muitos sistemas de cultivo, entretanto como uma forma de apoio a eficincia

    agrcola, a utilizao de sensores vem se difundindo para permitir o controle do

    sistema de irrigao e desenvolvimento, de forma a maximizar a produo,

    otimizando o uso dos recursos agrcolas.

    Como forma de otimizao de recursos, a obteno de dados pelo sistemaLVDT, atravs da variao de caule vem sendo considerada uma ferramenta em

    potencial no manejo de culturas, pois possibilita uma resposta imediata, consistente

    e confivel do estado hdrico da planta. O controle do sistema de modo geral ocorre

    devido s culturas, em maior ou menor grau, respondem s condies variveis de

    umidade do solo retraindo ou dilatando seu caule. Essa variao anatmica

    proporcionada pelo dficit hdrico analisada por sensores de contato, que medem

    a variao radial do caule em resposta ao potencial matricial do solo, JORAS, J.S.D.(2003).

    Segundo CORREIA (2005), atualmente, cada vez mais a eletrnica assume um

    papel importante em diversas reas tecnolgicas. Na agricultura tambm se verifica

    este fato, uma vez que existe um aumento da incluso de sistemas eletrnicos. Isto

    acontece devido a estes sistemas apresentarem muitas vantagens em comparao

    aos mecnicos, como por exemplo, uma dimenso fsica do sistema menor, um

    tempo de vida maior e maior facilidade de controle.Uma razo para a crescente utilizao da eletrnica na agriculta a busca pela

    otimizao de recursos e produtividade, assim sistemas sensoriais so aplicados

    visando melhoria do processo agrcola.

    Os sistemas sensoriais so compostos por transdutores, os quais segundo

    MARTINO (2010), convertem grandezas fsicas em sinais eltricos que so enviados

    posteriormente para a unidade de controle correspondente ao sistema a ser medido.

    Atualmente encontram-se diversos tipos de sensores no processo agrcola para a

    realizao de medies como a posio, velocidade, umidade e temperatura. No

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    14/51

    13

    caso do sensor aqui apresentado o LVDT, esse se caracteriza por um transdutor de

    deslocamento ou de posio.

    Este tipo sensor possui caractersticas indutivas baseado em mudanas mtua

    na indutncia, autoindutncia ou da resistncia magntica. Conforme exposto por

    SPEZIA (2010) este sensor geralmente encapsulado em ao inoxidvel, ou em

    polmeros, tornando-o insensvel interferncia mecnica, eltrica. A Figura 1 expe

    o funcionamento do sensor.

    Figura 1. Exposio da forma funcional do sensoFonte: Pedro Filipe Alhais Lopes

    Conforme visualizado na Figura 1, a forma de onda vermelha e a bobina de cor

    vermelha representa o sinal de alimentao alternado, a forma de onda azul e a

    bobina azul representa a 1 bobina secundaria e a verde a 2,assim quando o ncleo

    representado pela cor cinza estiver com sua maior parte inserida no campo da 1bobina haver a maior amplitude do sinal nesta bobina como visualizado na segunda

    coluna de formas de onda, quando o ncleo estiver posicionado de maneira

    uniforme entre as duas bobinas os dois sinais sero do mesmo valor visualizado na

    3 coluna, e quando estiver com a maior parte do ncleo posicionado na 2 bobina

    haver maior amplitude do sinal nesta bobina, assim o sensor LVDT trabalha com

    variao de sada proporcional ao posicionamento do ncleo, o que acarreta a este

    sensor, muitos campos de utilizao, devido boa linearidade e fcil implementao

    MAZI (2010).

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    15/51

    14

    Referente sua constituio fsica, segundo LOSITO (2011), o LVDT contm

    trs bobinas concntricas e coaxiais envolvidas por um encapsulamento, a bobina

    central trata-se do circuito magntico emissor, sendo este alimentado em corrente

    alternada de alta frequncia. Ao entorno da bobina emissora alocam-se os

    enrolamentos secundrios. A parte mvel, isto , o ncleo, que feito de um

    material de alta permeabilidade magntica, Ao com nquel e cromo, que inserido

    na bobina. Quando o ncleo se move da posio central, onde o mesmo resulta em

    zero de tenso de sada, a intensidade da tenso nos secundrios em determinada

    direo do movimento do ncleo aumenta, enquanto que o movimento oposto do

    ncleo faz com que reduza essa tenso eltrica. O 1 Grfico 1 exposto por MEYDAN

    (1992) exemplifica a caracterstica de trabalho do transdutor conforme a posio doncleo

    Grfico 1. Modelo caracterstico de resposta de um sensor LVDTFonte: MEYDAN (1992)

    Como se observa no Grfico 1, o sensor apresenta uma chamada faixa

    nominal que vai de -100% a +100% da posio do ncleo, que segundo MEYDAN

    (1992), se refere rea de captao de maior linearidade do sinal de sada de

    tenso em (V). Com isso o sensor quando projetado, deve conter uma medida um

    pouco maior que a requerida. Pois como caracterstica intrnseca deste sensor, h

    perda de linearidade nas extremidades dos enrolamentos.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    16/51

    15

    Alm dos enrolamentos, o LVDT particionado em vrios outros elementos

    que sero detalhados adiante, juntamente com as caractersticas do projeto. Tais

    elementos que constituem esse tipo de dispositivo consistem em: encapsulamento,

    carretel, ncleo, fixao, alimentao, adequao e aquisio de sinais.

    3.2 ENCAPSULAMENTO

    O encapsulamento do sensor conforme CRESCINI (1995) consiste na proteo

    do circuito magntico contra choques mecnicos ou intempries. Com intuito de

    tornar o dispositivo mais leve e resistente, o mesmo foi desenvolvido em materialnylon technyl, que proporciona caractersticas fsicas relevantes, pois o polmero

    utilizado possui baixa densidade e alta resistncia intemprie. Estes requisitos so

    fundamentais na escolha do material devido aplicao do sensor, a qual requer um

    sistema que interfira o menos possvel no desenvolvimento da cultura. A Figura 2

    demonstra a caracterstica fsica do encapsulamento desenvolvido para o sensor.

    Figura 2. Encapsulamento e elemento de insero de resina para proteo deconexes.

    O encapsulamento visto na Figura 2 foi desenvolvido em torno mecnico at a

    obteno da forma visualizada.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    17/51

    16

    3.3 CARRETEL

    No LVDT o carretel o elemento responsvel pela alocao das bobinas.

    Como caracterstica, segundo BALBINOT (2006), este particionamento do sensor

    consiste num elemento mecnico com formato cilndrico e trs rebaixos coaxiais e

    concntricos e geralmente de mesmas dimenses.

    Para o desenvolvimento do dispositivo de alocao de enrolamentos, utilizou-

    se do mesmo polmero mencionado anteriormente, com o intuito de facilitar a

    construo e proporcionar uma reduo de massa do sensor, para que possa ser

    aplicado a culturas em fase inicial de desenvolvimento. A Figura 3 demonstra a

    forma fsica e dimenses do projeto do carretel.

    Figura 3. Ilustrao do elemento carretel

    3.4 CIRCUITOS MAGNTICOS EMISSOR E RECEPTOR

    Em sua constituio fsica, um sensor LVDT apresenta dois circuitos

    magnticos justapostos entre si. Sobre o carretel alocado centralmente, estar o

    enrolamento primrio, que consiste no circuito emissor do dispositivo. Nas demais

    parties do carretel aloca-se o circuito secundrio, SPEZIA (2010).

    Quanto ao circuito primrio, segundo MARTINO (2011) sua alimentao pode

    variar de 1kHz a 20kHz em tenso alternada Essa variao na frequncia de

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    18/51

    17

    trabalho apresenta um ganho na densidade magntica do sensor, tornando-o mais

    sensvel e com maiores amplitudes de respostas.

    O circuito secundrio do LVDT alocado ao entorno da bobina emissora,

    ligados em srie entre si, mas com defasagem em seus enrolamentos de 180 e

    espaados de forma simtrica com relao bobina primaria e entre os mesmo. A

    Figura 4 demonstra o circuito magntico emissor e receptor do LVTD.

    Figura 4. exposio dos circuitos magnticosFonte: Meydan (1992)

    A parte secundria dos enrolamentos vistos na Figura 4, consiste no elemento

    de indutncia mtua, que sofre este fenmeno conforme um dos conceitos de

    magnetismo em que a exposio de uma bobina em uma regio de fluxo magntico

    pulsante induz uma tenso nesta. No caso do sensor, o circuito magntico primrio

    fornece o fluxo pulsante, devido a sua alimentao C.A de alta frequncia. Assim, o

    circuito secundrio por estar imerso neste fluxo magntico pulsante sofre o

    fenmeno de indutncia mtua, acarretando nos sinais de sada.

    3.5 CATARACTERISTICA CONSTRUTIVA DAS BOBINAS

    Segundo BALBINOT (2006), um sensor LVDT, contm espiras de acordo com

    o projeto, sabendo-se que acima de 1000 espiras por bobinas encontram-se

    sensores de maiores capacidades.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    19/51

    18

    Entretanto, devido aplicao do dispositivo desenvolvido, este no pode

    apresentar grandes dimenses, assim conforme visto na Figura 3, as dimenses do

    carretel, sobre este se desenvolveu os enrolamentos primrio e secundrio com fio

    AWG32 com 600 espiras em cada uma das parties do carretel. A Figura 5

    demonstra a resultado final do carretel com os circuitos magnticos.

    Figura 5.Carretel do LVDT aps enrolamento dos circuitos magnticos

    3.6 NCLEO

    Este elemento responsvel pela variao do sinal de sada, pois o mesmo

    provoca a concentrao do fluxo magntico conforme seu movimento, que

    intensifica ou reduz o sinal proporcionalmente ao seu posicionamento, sua

    constituio para este trabalho foi uma liga de Ao de Nquel com Cromo. A

    concentrao de fluxo magntico pode ser visualizada na Figura 4.

    3.7 FIXAO

    Este trabalho expe um sensor LVDT para phytomonitoring, e com base nesse

    foco a fixao do sensor foi desenvolvida de modo a atender o acoplamento em

    plantas, do modo mais adequado possvel. Assim segundo KANO (1998),

    desenvolveu-se a fixao, a qual se constitui de duas partes, uma placa plana

    superior e uma placa angular inferior, estas placas so utilizadas para fixar o LVDT e

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    20/51

    19

    acoplar o conjunto a planta. A Figura 6 demonstra a caracterstica desses

    elementos.

    Figura 6.Modelo de fixao utilizado

    Como visto na Figura 6, a placa angular do LVDT foi desenvolvida de modo

    que seja acoplada a espcie (planta) com uma boa fixao, pois o elementodesenvolvido se apresenta como um tringulo. Assim a instalao do sensor possui

    maior rea de contato, em relao a fixao com duas chapas planas. A Figura 7

    demonstra as situaes de fixao mencionadas aqui.

    Figura 7. Comparao entre os sistemas de fixao

    O dispositivo de fixao com base angular apresenta-se como melhor soluo

    de aplicao, pois consiste num dos tipos de acoplamentos mais utilizados no nicho

    sensorial agrcola.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    21/51

    20

    4 CIRCUITO DE ALIMENTAO EXCITAO

    4.1 CONSIDERAES INICIAS

    O circuito de alimentao de um sensor LVDT se baseia na excitao

    sinusoidal de alta frequncia, o que define essa alimentao como circuito oscilador.

    Segundo SEDRA (2004), um oscilador uma etapa amplificadora que gera

    determinada frequncia, condicionada pelo valor de seus componentes, e a mantm

    dentro de certos limites. Nesse tipo de circuito se utiliza de realimentao positiva,

    com intuito de compensar a perda de potncia durante a gerao de cada ciclo.Conforme VARGAS (2002), as propriedades eltricas dos transistores permitem que

    este seja utilizado em osciladores. Assim para que um transistor atue num circuito

    sinusoidal de alta frequncia o mesmo deve operar no seu ponto quiecente, faixa

    caracterizadora de operao de amplificao.

    Existe uma vasta gama de osciladores, como: oscilador em ponte de wien,

    oscilador hartley, oscilador de colpitts, oscilador de bloqueio, oscilador duplo T e o

    oscilador de deslocamento de fase (usado no desenvolvimento do sensor). O circuitoser detalhado adiante.

    4.2 CIRCUITO DE EXCITAO DO LVDT - OSCILADOR

    Na construo do sensor em questo se utilizou de um oscilador por rotao de

    fase transistorizado. Esse tipo de oscilador segundo VARGAS (2002) opera sob a

    relao reatncia-capacitncia, onde as resistncias atribudas ao circuito junto aoscapacitores, acarretaram na oscilao e mudana de fase, produzindo sinais que se

    encontram em frequncias de 15Hz a 20kHz. A Figura 8 demonstra o circuito

    oscilador utilizado na alimentao do sensor.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    22/51

    21

    Figura 8. Circuito oscilador utilizado para alimentao do sensor.

    Os componentes utilizados na confeco do circuito so visualizados na Figura

    8. Segundo VARGAS (2002) os elementos do circuito podem ser definidos conforme

    a frequncia desejada pela Equao 1.

    f =

    (1)

    f = frequncia requerida.

    R = valor da resistncia.

    C = valor da capacitncia.

    Entretanto, na construo do circuito oscilador utilizou-se do circuito oscilador

    de deslocamento de fase conforme exposto por BRAGA (1998). Apesar da utilizao

    do circuito desenvolvido por Braga, foi necessrio realizar algumas alteraes para

    compatibiliz-lo ao LVDT. As alteraes ocorreram sobre o complemento do circuito

    onde se introduziu no oscilador o circuito acoplador de impedncia e amplificador de

    corrente, para assim adequar o funcionamento do circuito, de alimentao ao

    transdutor.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    23/51

    22

    4.3 CIRCUITO DE EXCITAO DO LVDT SEGUIDOR DE TENSO

    Um amplificador operacional, ou amp op, um amplificador diferencial de

    ganho muito alto com alta impedncia de entra e baixa impedncia de sada.

    Normalmente utilizado em circuitos osciladores, filtros e sistemas de

    instrumentao.

    Segundo WENDLING (2004) umas das formas de se utilizar os amplificadores

    remete-se a configurao seguidora, a qual possui como caracterstica o ganho

    unitrio, mesma amplitude e polaridade. A configurao de seguidor unitrio opera

    normalmente como isolador de estgios, reforador de correntes e acoplador de

    impedncias. A configurao emissora proporciona aos amplificadores aplicaesessenciais em inmeros projetos para que haja a mxima transferncia de energia

    entre dois circuitos, sejam eles amplificadores, osciladores, etc.

    A Figura 9 expe dois circuitos (a) e (b). o circuito (a), a tenso Vo segundo

    COUGHLIN (2001), quando ligada diretamente a carga, a resistncia interna produz

    um divisor resistivo, afetando diretamente na tenso entregue. Entretanto, a fonte e

    a carga quando intercalada por um circuito seguidor mantm a tenso.

    Figura 9. comparao de transferncia de potncia

    Assim, com o intuito de manter a mxima transferncia de potncia entre

    circuitos, utilizou-se de um Circuito integrado LM324 em configurao seguidor de

    emissor. A Figura 10 expe o circuito de alimentao do sensor completo.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    24/51

    23

    Figura 10. Circuito de excitao para o transdutor

    Como se visualiza na Figura 10, o circuito de excitao composto de circuito

    oscilador, circuito seguidor e amplificador de corrente (TIP-122), inserido para

    proporcionar um campo magntico de maior densidade ao sensor. A partir dessa

    premissa, o LVDT inserido nos terminais do conector J1.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    25/51

    24

    5 CIRCUITO DE ADEQUAO DE SINAL

    5.1 CONSIDERAES INICIAIS

    Segundo NATALE (2007), geralmente a grandeza eltrica de sada de um

    transdutor no diretamente manipulvel. Por exemplo, a faixa de tenso de sada

    no desejada, a potncia do sinal baixa ou a tipo de grandeza no o requerido.

    Por esses motivos, os transdutores necessitam de um sistema que manipule o sinal

    do modo mais adequado, e essa manipulao do sinal denominada

    condicionamento.O condicionador de sinal, segundo NATALE (2007), um equipamento que

    converte uma grandeza eltrica em outra, tambm eltrica, mas adaptada

    aplicao especfica. Em grande parte dos casos a grandeza eltrica de sada

    constituda por tenso. A Figura 11 ilustra o diagrama de blocos de um sensor com

    sistema de condicionamento.

    Figura 11. Diagrama de blocos para condicionamento de sinalFonte: NATALE (2007)

    Conforme ilustrado na Figura 11, o sistema de excitao alimentar o sensor e

    a partir disso ao ser influenciada pelo meio o qual est monitorando o dispositivo

    emitir um sinal proporcional a influncia sofrida. O sinal emitido pelo sensor

    passar pelo amplificador, filtro e por fim ir para o sistema de aquisio, gerando

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    26/51

    25

    assim medidas de controle ou avaliao. O trajeto do sinal desde a excitao at

    aquisio denominado sistema de condicionamento de sinal.

    5.2 CARACTERSTICA DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE

    ADEQUAO DE SINAL

    Para o transdutor aqui demonstrado, necessitou-se de um condicionamento no

    valor de tenso dos secundrios, para que fosse possvel por meio de um conversor

    analgico digital de um microcontrolador, analisar esse valor representante do curso

    medido. O ADC (Analog to Digital Converter) do microcontrolador escolhido, o PIC

    18F4550, limitado em alcance entre 0 e 5V, em resoluo cerca de 4,8 mV.O sinal de sada dos enrolamentos secundrios, como caracterstica do

    sensor tem a mesma frequncia que o sinal de excitao, f = 9,7 kHz, este valor

    advm de vrios testes, onde ao variar a frequncia da alimentao verificamos que

    nesta frequncia, o sinal de sada apresentou o menor nvel de rudo e amplitude

    adequada para o sistema de ajuste. Com o intuito de aplicar uma variao linear no

    sensor se utilizou do sistema eletrnico para converso analgica digital, adequando

    assim o sensor as caractersticas do sistema de aquisio conforme as medidas devariao do sensor, as quais representam de 0 a 10 mm de deslocamento.

    Para a anlise do sistema de condicionamento de sinal, subdividiu-se este em

    4 blocos: acoplamento e amplificao, Retificao, filtragem e subtrao e por fim

    Offset.

    5.3 SISTEMA DE ACOPLAMENTO E AMPLIFICAO

    Conforme j mencionado, neste fragmento do sistema utilizou-se de um

    LM324 para configurao seguidora, a qual se responsabiliza pelo acoplamento das

    impedncias dos sistemas, no caso a sada do LVDT e a entrada do condicionador

    de sinal, conforme Figura 12.

    Como complemento desse sistema utilizou-se de uma das portas do LM324

    para a configurao de amplificao no inversora. Esta etapa foi utilizada devido

    baixa amplitude de sada fornecida pelo LVDT, sinal esse situado em milivolts.

    Assim a utilizao do amplificador elevou a sada para 5 volts. A Figura 12 ilustra

    este fragmento do circuito condicionador de sinal.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    27/51

    26

    Figura 12. Circuito de acoplamento e amplificao do sistema decondicionamento de sinal

    Como visto na Figura 12, o sinal do LVDT advm pelo conector J1. A partirdesse ponto os amplificadores em configurao seguidor de emissor, operaram em

    cada uma das polaridades do sensor, acoplando as impedncias entre sensor e

    circuito. Aps o acoplamento, ocorre a amplificao do sinal que seguir adiante,

    sendo condicionado pelo circuito.

    5.4 SISTEMA DE RETIFICAO, FILTRAGEM E SUBTRAO

    O sistema referido neste subitem condiz com a retificao necessria para o

    tratamento do sinal. Nesse tratamento, o diodo transforma o sinal ainda CA de alta

    frequncia em onda pulsante. Devido caracterstica do sensor LVDT, aps a

    retificao segundo ALHAIS (2008), a expresso grfica que demonstra essa ao

    (retificao) conter dois domnios. A Figura 13 demonstra as expresses grficas

    do sensor conforme a retificao.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    28/51

    27

    Figura 13. Ilustrao das formas passo a passo do sistema detratamento de sinal (condicionador)Fonte: Vilhais

    Na Figura 13 verifica-se o comportamento do sinal do LVDT sob o

    condicionador. As sadas do secundrio do sensor so visualizadas nos dois

    primeiros grficos, os quais apresentam um sinal sinuoso com defasagem de 180.

    Como j discutido, este sinal amplificado e depois retificado, por conseguinte

    utiliza-se o circuito de subtrao. Esse circuito consiste numa montagem tpica deum subtrator no inversor. Segundo ALHAIS (2008), o amplificador subtrator

    consiste numa configurao que possibilite obter na sada um sinal de tenso igual

    diferena entre os sinais aplicados. A Figura 14 demonstra a configurao subtratora

    de um amplificador operacional.

    Figura 14. Configurao subtratoraFonte: Wedling

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    29/51

    28

    O resultado de sada de um circuito em configurao subtratora possui

    caracterstica conforme a Equao 2 exposta por WEDLING (2010), em que a

    tenso Vo depende da razo entre R1 e R2 integrados a um produto da diferena de

    sinal adicionados aos terminas positivo e negativos do amplificador operacional.

    [2]

    A partir dessa configurao, obtm-se o grfico (c) da Figura 13, em que as

    tenses que formavam duas imagens so subtradas em um nico sinal que varie

    apenas no ciclo positivo com base no offset que ser detalhado adiante.

    5.5 SISTEMA OFFSET, AMPLIFICAO E FILTRAGEM.

    Este particionamento do sistema de condicionamento de sinal, o Offset, se faz

    necessrio, segundo ALHAIS (2008), devido subtrao resultar num sinal negativo

    para uma metade do deslocamento. Como o sistema de aquisio ser efetuado por

    um microcontrolador, este no permite a leitura de sinais negativos de tenso,acarretando na necessidade de realizar um offset ao valor de diferena.

    Referente amplificao, como a diferena de amplitude muito pequena

    deve-se amplificar o sinal para leitura do ADC e para que se tenha uma maior gama

    de tenso em todo o curso. No caso do sensor, essa amplificao resulta num valor

    de tenso mxima de 3,3volts, dimensionada para evitar possveis danos porta do

    microcontrolador por picos de tenso. As Figuras 15 e 16 expe o circuito global de

    condicionamento de sinal, onde esto os circuitos de oscilao, acoplamento,

    amplificao, retificao, filtragem, subtrao e offset.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    30/51

    29

    Figura 15. Circuito de adequao de sinal

    A Figura 15 expressa configurao partindo do sinal enviado pelo LVDT, o

    qual processado mediante acoplador de impedncia, amplificador, retificador;

    divisor de tenso (para readequao da tenso) e subtrator. Aps estes passos, o

    sinal dirigido ao restante do circuito responsvel pela adequao do sinal.

    Figura 16. Complemento do circuito de adequao de sinal

    As Figuras 15 e 16 representam o circuito de adequao de sinal em que aps

    todo tratamento do sinal na figura 15, o mesmo entra no circuito da figura 16 para

    complementar o tratamento necessrio para utilizao do sinal no datalogger.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    31/51

    30

    6 SISTEMA DE AQUISIO DE DADOS

    6.1 CONSIDERAES INICIAIS

    A evoluo crescente nos ramos de gerenciamento e controladoria de

    processos, acarretaram no desenvolvimento da informtica para fins agrcolas

    atravs das dcadas, possibilitando a utilizao de ferramentas de preciso para a

    anlise e aquisio de dados. Segundo PARK (2003), em todo tipo de tecnologia e

    cincia, a aquisio de dados uma atividade essencial. Devido o sistema de

    aquisio ter como finalidade apresentar ao observador os valores das variveis queesto sendo mensuradas. Assim o desempenho de uma determinada cultura quanto

    fertirrigao e irrigao amplamente estudado em suas diversas configuraes,

    objetivando entre outros aspectos a obteno de um desempenho equilibrado e a

    diminuio de custos operacionais. Com base nessas premissas, neste capitulo ser

    detalhado o sistema de aquisio do sensor, um datalogger que consiste num

    dispositivo que recebe dados de um ou vrios sensores, processa esses dados e

    armazena num formato digital. O sistema em questo ser desenvolvido sobre omicrocontrolador PIC 18F4550.

    6.2 5.2 MICROCONTROLADOR PIC 18F4550

    Os microcontroladores se caracterizam internamente por um sistema

    computacional, no qual esto includas uma CPU (Central Processor Unit) memria

    de dados e programa, um sistema de clock, portas de I/O (Input/Output), alm deoutros possveis perifricos. Segundo MIYADAIRA (2011) o microcontrolador

    18F4550 consiste num sistema baseado na arquitetura Harvard onde o processador

    acessa memrias de dados e instrues atravs de dois barramentos distintos. O

    conjunto de instrues desse tipo de mquina (PIC18F4550) ocorre sobre

    arquitetura RISC ( computador com conjunto de instrues reduzidas). Essa

    mquina tambm se caracteriza por ser de 8 bits dotado de 32 kbytes de memria

    de programa e 2,048 kbytes de memria RAM (Randon acess memory). A

    alimentao desse dispositivo pode variar entre 4 e 5,5 Volts e operaes sob

    frequncias ate 48 MHz, ou 12 MIPS ( Milhes De Instrues Por Segundo).

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    32/51

    31

    O modelo utilizado apresenta 40 pinos, dos quais 35 podem ser configurados

    com I/Os (input Output). Diversos perifricos podem ser utilizados nesse

    microcontrolador, como por exemplo: EEPROM de 256 Bytes ou de outra

    capacidade, dois mdulos CCP (Capture, Compare or PWM) e ECCP (Enhanced,

    Capture, Compare or PWM), treze mdulos de analgico e digitais (A/D) com

    resoluo de 10 bits com tempo de aquisio programvel, dois comparadores

    analgicos, uma comunicao EUSART, um TIMER de 8 bits entre outros.

    6.3 DESENVOLVIMENTO DO SAD SISTEMA DE AQUISIO DE DADOS

    No desenvolvimento do sistema de aquisio utilizou-se de configurao decircuito conforme MIYADAIRA (2011), tais configuraes podem ser visualizadas na

    Figura 17.

    Figura 17. Configuraes de hardwarepara desenvolvimento do dataloggerFonte: Miyadaira (2011)

    Nessa configurao exposta na figura 17 observam-se os perifricos

    necessrios para utilizao do PIC 18F4550, como cristal oscilador, capacitores

    inibidores de rudos acoplados as portas Vcc e Vss do microcontrolador, circuito

    integrado Max 232 para comunicao serial e terminais utilizados para o acesso aos

    canais analgicos (AN1, AN2, AN3, AN4).

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    33/51

    32

    Como pode ser visualizado no esquemtico do circuito utilizado,o hardawaredo

    datalogger contm 4 memrias CMOS Serial EEPROM de 256 kbytes, com

    comunicao I2C, de acordo com a figura 18.

    Figura 18. Configurao de hardwarepara memrias de dados

    Outras caractersticas de hardwarepertencentes ao dataloggerso: 4 sadas a

    rel opto-acopladas Figura 19; Display lcd 2x16; 5 entradas analgicas; e acesso ao

    CCP1 e ao CCP2.

    Figura 19. Sadas opto-acopladas

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    34/51

    33

    Se o ncleo estiver exposto ao campo magntico do primrio por um longo

    tempo, este perder sua caracterstica de alta permeabilidade magntica, pois seus

    domnios internos se alinharo permanentemente, assim se transformando em um

    im, visando evitar isto foi adicionado no hardware rels para acionar o LVDT 15

    minutos antes da aquisio, que o tempo suficiente para magnetizar o ncleo e

    fazer a medio, assim estando exposta ao fluxo magntico metade do tempo, vai

    aumentar a sua vida til, e vai consumir metade da energia se comparado caso

    estivesse operando continuamente. A Figura 19 mostra o esquemtico das quatro

    sadas rel para o acionamento do LVDT 15. O objetivo de quatro rels advm de

    aplicaes futuras onde um mesmo datalogger aquisitar os dados de quatro

    LVDTs. Para a gravao do programa no microcontrolador foi escolhido o modo in-

    circuit(ICSP In-Circuit Serial Programming), que mais prtico, uma vez que no

    h necessidade de retirar o microcontrolador do circuito eletrnico para realizar a

    gravao do chip. Todas as caractersticas at aqui apresentadas so demonstradas

    num resultado final do projeto de hardwaredo datalogger, o qual visualizado na

    figura 20.

    Figura 20. Hardwaredo datalogger

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    35/51

    34

    6.4 DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE

    Segundo COELHO (2009), no desenvolvimento de um software, so

    necessrias etapas que antecedem esse processo, a qual se apresenta de

    diferentes formas, podendo ser organizado em textos e comentrios, utilizando

    ferramentas como dicionrios, diagramas e fluxogramas. Um fluxograma apresenta

    figuras geomtricas com breve descrio do processo, linhas e setas descrevendo a

    sequncia das atividades, demonstrando o caminho da informao de modo

    estruturado, contribuindo para manter a organizao na documentao do processo

    e programao. Desse modo no desenvolvimento do datalogger, se utilizou de um

    fluxograma de estrutura do programa, o qual apresentado no Apndice A.Aps a definio do comportamento da monitorao (fluxograma) se

    desenvolveu o software. O sistema de manipulao do hardware (software) foi

    desenvolvido em liguagem C padro ANSI. O tipo de linguagem foi definido

    conforme exposto por JUNIOR (1999) que apresenta como a principal vantagem de

    se usar linguagens de alto nvel (no caso a linguagem C) o fato de esta fornecer uma

    menor interao do projetista com o hardware, no que diz respeito ao controle do

    mesmo (ajuste de bancos de registradores e sequncias de inicializao). Destaforma o projetista dedica seu tempo basicamente lgica do problema e no aos

    detalhes internos do chip.

    Assim, para o desenvolvimento do programa em C utilizou-se do ambiente de

    programao MPLAB da Microchip. A plataforma em questo permite acesso ao

    compilador C18 que transforma linguagem de alto nvel em linguagem de mquina,

    tambm gerencia o projeto, debuga(depura ou confere) e grava o chip. A Figura

    21 demonstra o ambiente de desenvolvimento utilizado.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    36/51

    35

    Figura 21. Ambiente de desenvolvimento Microchip MPLAB

    A Figura 21 demonstra a rea de trabalho do softwareonde criou-se o projeto

    de controle para a gravao num microcontrolador.

    Alm do software de criao de programa, o datalogger utilizou de vrios

    mdulos disponibilizados em hardware PIC. Assim para o desenvolvimento do

    controle utilizou-se basicamente do Conversor Analgico-Digital, Comunicao IC

    para gravao na memria EEPROM, TIMERs, Display LCD 2X16, sendo que o uso

    de todos esses mdulos se baseou em MIYADAIRA (2011).

    Sobre os mdulos citados, foi desenvolvido o programa, o qual possui como

    funo principal gravar em EEPROM externa os valores de tenso lidos pelo canal

    analgico AD1, com tempos definidos pela configurao de uma varivel global

    chamada tempoaqui.

    Sobre o softwareno menu do programa, tem-se a possibilidade de se editar

    vrios parmetros do programa, e verificar indicadores do estado de funcionamento

    do programa, como exemplo: se esta ligado ou desligado, o valor de tenso lido no

    momento, e a leitura dos dados gravados na EEPROM. Para mais informaes

    sobre a lgica de funcionamento ver Apndice A o software Datalogger

    Dendrometer1.0.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    37/51

    36

    7 TESTE DE CALIBRAO DO SENSOR

    7.1 CONSIDERAES INICIAIS

    Um sistema de medio (SM) de boa qualidade deve ser capaz de operar com

    pequenos erros. Seus princpios construtivos e operacionais devem ser projetados

    para minimizar erros sistemticos e aleatrios ao longo da sua faixa de medio, nas

    suas condies de operao nominais. Entretanto, por melhores que sejam as

    caractersticas de um SM, este sempre apresentar erros, seja por fatores internos,

    seja por ao das grandezas de influncia externas. A perfeita caracterizao dasincertezas associadas a estes erros de grande importncia para que o resultado

    da medio possa ser estimado de maneira segura. Embora, em alguns casos, os

    erros de um sistema de medio possam ser analtica ou numericamente estimados,

    na prtica so utilizados procedimentos experimentais quase que exclusivamente.

    Atravs do procedimento experimental denominado calibrao possvel

    correlacionar os valores indicados pelo sistema de medio e sua correspondncia

    com a grandeza sendo medida. Assim, este captulo apresenta, em linhas gerais,aspectos caractersticos da calibrao do sensor LVDT.

    7.2 METODOLOGIA DE CALIBRAO

    Aps a construo do conjunto, oscilador e condicionamento, em placa de

    circuito impresso, procede-se a caracterizao do sensor ligado ao circuito final. A

    caracterizao s feita nesta altura para que os sinais sejam lidos diretamente peloseu sistema de aquisio, obtendo assim os valores reais medidos pelo LVDT, com

    todas as impedncias envolvidas acopladas.

    No ensaio em questo foi extrada a relao deslocamento por tenso de sada

    atravs da medio da tenso por etapa. Essa caracterizao de calibrao do

    sensor se desenvolveu conforme o exposto por BALBINOT(2006) em que uma

    forma de aquisio e levantamento da reta de calibrao, se constitui na submisso

    do sensor a um suporte esttico, para que a movimentao de seu ncleo seja

    efetuada por um dispositivo de medio de alta preciso, como exemplo:

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    38/51

    37

    micrmetro. Os itens para a realizao da calibrao do sensor encontram-se na

    Tabela 1.

    Tabela 1. Elementos utilizados na calibrao do transdutorItens Funoestrutura em

    chapasuporte para

    sensor

    micrometro deslocamentode ncleo

    sistema dealimentao

    alimentao dosensor

    sistema deaquisio de

    sinal

    leitura devariao

    Atravs dos elementos expostos na Tabela 1 realizou-se o procedimento de

    calibrao, onde a variao do sinal de tenso foi verificada com deslocamento do

    micrometro a cada 0,5mm. Assim, os sinais provenientes da sada do sensor eram

    lidos pelo canal ADC do microcontrolador que demonstrava, mediante a lgica de

    programao, os valores de tenso no display.

    A Figura 22,demonstra a montagem fsica da metodologia exposta por

    BALBINOT (2006) para obteno da reta de calibrao do sensor LVDT. Com base

    nesta metodologia, o dispositivo foi submetido, a um acoplamento de 10V de pico-a-

    pico (alimentao do sistema) e frequncia de 10kHz (Quilo-Hertz) todos os valores

    fornecidos pelo sistema de alimentao. A leitura dos valores foi obtida no

    datalogger desenvolvido. Na figura em questo observa-se entre a estrutura

    metlica o LVDT e sobre esta (estrutura indicada pela seta azul) o micrometro

    responsvel pela variao de aferio (seta vermelha).

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    39/51

    38

    Figura 22. Estrutura elaborada para aferio do sensor

    Atravs da metodologia aplicada realizaram-se os testes sobre o sensor para o

    levantamento da reta de calibrao. O grfico 2 mostra uma das repeties com os

    dados alm da regio linear de 1 a 9 mm, mostrando o abaulamento ou perca da

    linearidade da tenso de sada nas extremidade, que mostra que o sensor

    apresentou caracterstica de LVDT. As Repeties 1, 2, 3 e 4 so referentes sanlises de tenso em funo do deslocamento. Estes, so resultados dos quatros

    testes realizados sobre o sensor, e o grfico 3 mostra os 4 testes sobrepostos para

    avaliar o comportamento de histerese, o que resultaria dependendo da magnitude

    desta, erros significantes de medida.

    Grfico 2. Repetio com as regies extremas no lineares

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    40/51

    39

    Grfico 3. plotagem de anlises

    O Grfico 3, serviu para verificao da existncia de histerese no sensor por

    carga residual magntica no ncleo, onde ao observar os pontos possvel

    identificar que por quase no haver diferena entre um ponto e outro no h

    histerese.Aps a realizao das quatro repeties obteve-se a equao da reta do

    sensor, a qual retorna o deslocamento ocorrido a partir da variao da tenso. A

    Equao 3, obteve um coeficiente de correlao de Pearson de 0,996 que indica

    uma correlao com alto grau de confiabilidade entre tenso e deslocamento. A

    Equao 3 demonstrada abaixo:

    Y(mm) = 4,6938x(V) 1,2925 [3]

    Por conseguinte obteno da equao passou-se a calcular o erro percentual

    mdio, entre o valor previsto pela equao aplicado a tenso lida pelo

    microcontrolador e o deslocamento conhecido. O clculo executado resultou num

    erro mdio de 1,69%. A Tabela 2 demonstra os valores calculados pela Equao 3.

    y = 4,6938x - 1,2925

    R = 0,9965

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    89

    10

    0 0,5 1 1,5 2 2,5

    DESLOCAMENTO(mm)

    TENSO (volts)

    Repetio 1

    Repetio 2

    Repetio 3

    Repetio 4

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    41/51

    40

    Tabela2. Dados de verificao do erro percentual

    Verificao do erro

    Tenso deslocamento y Previsto Erro (mm) |Erro (mm)|Erro%

    0,49 1,0 1,007 0,007 0,007 0,70,6 1,5 1,524 0,024 0,024 1,6

    0,68 2,0 1,899 -0,101 0,101 5,0

    0,79 2,5 2,416 -0,084 0,084 3,4

    0,92 3,0 3,026 0,026 0,026 0,9

    1,01 3,5 3,448 -0,052 0,052 1,5

    1,13 4,0 4,011 0,011 0,011 0,3

    1,24 4,5 4,528 0,028 0,028 0,6

    1,36 5,0 5,091 0,091 0,091 1,8

    1,45 5,5 5,514 0,014 0,014 0,2

    1,53 6,0 5,889 -0,111 0,111 1,81,67 6,5 6,546 0,046 0,046 0,7

    1,8 7,0 7,156 0,156 0,156 2,2

    1,89 7,5 7,579 0,079 0,079 1,1

    1,97 8,0 7,954 -0,046 0,046 0,6

    2,05 8,5 8,330 -0,170 0,170 2,0

    2,11 9,0 8,611 -0,389 0,389 4,3

    Erro mdio 1,69 %

    Conforme visualizado na Tabela 2, os erros oscilaram numa diferena entre 0,2

    a 5% de erro, e o erro mdio se situou em 1,69%, isto mostra que na regio linear do

    sensor que vai de 1 a 9mm, o sensor apresentar medidas confiveis, que

    adequado para uma boa medio.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    42/51

    41

    8 AVALIAES DO SISTEMA DE MONITORAMENTO POR LVDT, APLICADO

    A UM GIRASSOL.

    Para testar o equipamento em campo, optou-se pela instalao em um tipo de

    planta com crescimento rpido, de caracterstica comercial e ainda cujo seu caule

    no fosse do tipo colmo, o qual facilmente danificado. Baseado nessas condies

    optou-se pela utilizao do girassol.

    A cultura escolhida apresenta grande adaptabilidade a vrios tipos de climas,

    tolera baixas temperaturas e tem relativa resistncia seca. As caractersticas

    citadas, proporcionam ao girassol uma relevante adaptabilidade para o cultivo

    safrinha na regio Centro-oeste, ou sucessor ao milho safrinha na Regio sul,CAMPOS(2007). O cultivo do girassol proporciona derivaes em sua utilizao,

    como a alimentao animal, extrao de leo e sua utilizao na elaborao de

    biocombustveis conforme estudo realizado pela (SAVANACHI, 2008).

    Foram plantadas em um recipiente algumas sementes de girassol, a uma

    profundidade de 5 cm, no dia 01 de fevereiro de 2013, e aps certo perodo de

    vegetao instalou-se o LVDT em seu caule. Antes de instalar o transdutor mediu-se

    o dimetro inicial do caule, o qual resultou em 12,26 mm. O sensor foi instalado comum apoio da parte traseira conforme a seta vermelha na Figura 23, para evitar o

    tombamento da planta, E tambm adequar o ngulo de contanto da haste do sensor.

    Desta forma, garante-se que o sensor esteja sempre em contato com a cultura

    formando 90, evitando inclinaes indesejadas, que acarretariam numa deformao

    da planta e erro de medida da variao no caule.

    Figura 23. Estrutura de apoio para avaliao de culturas ainda jovens

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    43/51

    42

    Referente instalao em campo, utilizou-se a alimentao proveniente de

    uma fonte de computador, que quando ligada pela rede fornece +12V e -12 V,

    necessrios para o funcionamento do sistema. Devido o sensor atuar em camposujeito a variabilidade de estados climticos, o dispositivo foi inserido em proteo

    polimrica para resguard-lo. A Figura 24 expe o modo de acomodao do

    dataloggerem campo.

    Figura 24. Sistema utilizado no resguardo do sensor para atuao emcampo

    Aps a instalao do sensor em campo, iniciou-se a coleta dos dados no dia

    28/02/2013, as 09h00min da manh. A configurao estabelecida em software foi

    uma anlise de monitoramento realizada a cada 30 min, possibilitando um

    acompanhamento dirio do comportamento do girassol. Por conseguinte, no sexto

    dia de coleta obteve-se o seguinte grfico de variao do caule. O qual demonstra a

    variao da cultura perante o estado matricial do solo, ndice fundamental na tomada

    de decises sobre irrigao.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    44/51

    43

    Grfico 4. Variao do dimetro do caule conforme acompanhamento

    No Grfico 4, se visualiza nos dois primeiros dias, que a planta variou seu

    caule normalmente ao longo do dia, contraindo de dia pela exposio a sol e

    dilatando de noite, pode-se verificar na regio apontada pela seta vermelha, a

    diminuio da variao da amplitude diria que caracteriza num stresshdrico, onde

    a planta j no possui gua o suficiente para a manutenabilidade de seu

    metabolismo. Essa caracterstica se confirma na Figura 25 onde o solo encontra-se

    num potencial matricial reduzido, o que proporciona o dficit hdrico diretamente a

    planta.

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    Diamentro(mm)

    Dia

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    45/51

    44

    Figura 25. Planta em estado de stress hdrico

    Aps constatao visual e via monitoramento do dficit no desenvolvimento da

    cultura, no dia 04/03/2013, foi molhado com agua o solo do girassol. A

    reestruturao do girassol visualizada na seta verde no Grfico 6 onde a cultura

    voltou a apresentar uma maior variao diria do caule, mostrando sua recuperao

    frente ao dficit no potencial matricial do solo. A manuteno no solo proporcionou

    um aumento da umidade, o que acarretou numa recuperao do girassol. Essa

    recuperao do estado da planta visualizada na Figura 26.

    Figura 26. Reestruturao do girassol.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    46/51

    45

    9 CONCLUSO

    Aps construo e testes do sensor, constatou-se que este se caracteriza

    como uma ferramenta em potencial a ser utilizada para verificar o estado hdrico de

    culturas e o seu desenvolvimento. Pois como demonstrado, o sensor desenvolvido

    apresentou-se em faixas adequadas quanto taxa de erros, sua massa resultou

    num total de 50 gramas e modo de acoplamento nos testes verificados no

    apresentou danos cultura em estudo, proporcionando assim a utilizao do

    transdutor como ferramenta de monitoramento.

    Apesar do pleno funcionamento do sensor, uma caracterstica construtiva do

    dispositivo demonstrou-se de extrema necessidade no desenvolvimento. Acaracterstica em questo remete-se ao tap central do sensor, que primeiramente

    no existia, o que acarretou na impossibilidade de adequao de sinal, devido

    inexistncia de tap e por consequncia a inexistncia de uma referncia no circuito

    de adequao, impossibilitando o desenvolvimento deste. No novo projeto, integrou-

    se o tap central possibilitando assim a adequao do sinal no transdutor e por

    conseguinte o acoplamento ao datalogger.

    Quanto sensibilidade do transdutor, essa se demonstrou adequada paradetectar variaes micromtricas do dimetro do caule. Assim, conforme a variao

    e a posterior aquisio de dados, o sensor demonstra quantitativamente o estado de

    desenvolvimento, o qual caracteriza no monitoramento, e sobre este pode-se

    indexar decises de irrigar caso a cultura monitorada possua senilidade hdrica, ou

    ainda pode-se tomar deciso de cessar irrigao, para adquirir alguma caracterstica

    em especial fornecida pela cultura sobre o estado de estresse hdrico. Como

    exemplo de cultura a qual se pode atribuir o estado de estresse tem-se a uva, quequando se encontra no estado de estresse, libera um teor maximizado de sacarose

    no seu metabolismo. Essa caracterstica fornecida pela uva e requerida na produo

    de vinhos e compotas.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    47/51

    46

    10 REFERNCIAS

    ALHAIS, P.L. Sistema de Sensores para Carro de Competio Integrado na

    Frmula Student. Dissertao para obteno do grau de Mestre em engenhariaelectrotcnica e de computadores, Universidade Tcnica de Lisboa, 2008

    BALBINOT, A. Instrumentao e fundamentos de medida. Rio de Janeiro LTCVol.2 2007.

    BRAGA, N. Banco de circuitos 3ed. So Paulo, 1998.

    CAMPOS, M. L. Indicaes para utilizao do girassol, comunicado tcnico,EMBRAPA 2007

    CARR, Joseph J. Elements of electronic instrumentation and measurement. Pearson

    1996. P 340-343(CORREIA)

    Coelho HS. Documentao de software: uma necessidade. Texto Livre:Linguagem e Tecnologia. 2009. (2):1 1-6.

    Coughlin, F. Driscoll,F. Amplificadores Operacionales y Circuitos IntegradosLineales 4 Ed. Person(2001)

    Crescini, D., A. Flammini, D. Marioli, and A. Taroni, Application of an FFT basedalgorithm to signal processing of LVDT position sensors, IEEE Trans. Instrum.Meas., vol. 47, no. 5, pag. 11191123, Oct. 1998.

    DONGWON, Y. SANGYONG, H. JUNGHO, P. SONAM, Y. Analysis and design oflvdt. 8th International Conference on Ubiquitous Robots and Ambient Intelligence(URAI 20), Korea, November 2011.

    HINCKLEY T.M and BRIKERHOFF D.N. The effects of drought on water relationsand stem shrinkage of quercus alba, 1975.

    KANO, Y. HASEBE, S. HAUNG, C. New Type Lvdt Position Detector. IEEE,International Conference on Ubiquitous Robots and Ambient Intelligence, 1998.

    LOSITO, R. ET ALL. Design of a Linear Variable Differential Transformer WithHigh Rejection. IEEE transactions on magnetics, vol. 46, no. 2, february 2010.

    MASI and R. LOSITO, LHC collimators low level control system, IEEE Trans.Nucl. Sci., vol. 55, no. 1, pag. 333340, Feb. 2008.

    MARTINO, M. ET ALL. Study of interference magnetic on a lvdt prototype. IEEEtransactions on magnetics, vol. 46, no. 2, february 2010.

    MEYDAN, T. and HEALEY G.W. Linear Variable Differencial Transformer lineardisplacement transducer utilizing ferromagnetic amorphus metallic glasribbons. IEEE sensors and actuadors, vol 32, 1992.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    48/51

    47

    MIYADAIRA, A.N. Microcontroladores PIC18, aprenda e programe emlinguagem C. 2ed. So Paulo-SP Ed. rica, 2011.

    NATALE. F. Automao Industrial, srie brasileira de tecnologia, 7ed., So PauloEditora rica.(2007)

    Park, J., Mackay, S., Practical Data Acquisition for Instrumentation and ControlSystems, Elsevier, 2003

    SEDRA, A.S. MICROELETRONIC CIRCUITS, by Oxford University press, Inc 2004

    SPEZIA, G. Automatic test bench for measurement of magnetic interference onlvdts. IEEE transactions on instrumentation and measurement, vol. 60, no. 5, may2011.

    WENDLING, M. Amplificadores Operacionais, Universidade Estadual Paulista(Unesp), 2010. Diponvelem:http://www2.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/3---amplificadores-operacionais-v2.0.pdf

    YUNSEOP, K EVANS, R.G.; IVERSEN, W.M. Remote sensing and control of anirrigation system using a distributed wireless Sensor network. IEEE transactionson instrumentation and measurement, vol. 57, no. 7, july 2008.

    VARGAS. Tcnicas com sistemas digitais. 2002. Disponvel em:http://www.vargasp.net/download/livros/tecnicas_digitais.pdf

    JUNIOR, V. Linguagem C para microcontroladores PIC. VIDAL ProjetosPersonalizados 1999.

    SAVANACHI, E. Os girassis da Petrobrs, dinheiro rural Edio 50 Agronegcios,2008

    JORAS, J.S.D. Avaliao do uso do fluxo de seiva e da variao do dimetro docaule e dos ramos na determinao das condies hdricas de citros, combase no manejo da irrigao. Dissertao para obteno do grau de doutor em

    agronomia. USP 2003.

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    49/51

    48

    APNDICE A - FLUXOGRAMA REPRESENTATIVO DO DATALOGGER

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    50/51

    49

  • 7/27/2019 Desenvolvimento de Um Transdutor Lvdt e Datalogger Para o Phytomonitoring

    51/51

    50