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SUMÁRIO ATOS ADMIN ISTRATIVOS: CONCEITO, REQUISITOS, ATRIBUTOS, CLASSIFICAÇÃO, IN V ALIDAÇ ÃO .......... 1 CONTRATOS ADMI NISTRATI VOS................................................................................................................................... 7 LICITA ÇÕES: MOD ALIDADES ( LEI Nº 8.666/93 E A LTERAÇÕ ES) ............................................................................. 12 SERVIDOR PÚBLICO. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS ..................................................14 (LEI 8.112/90 E ALTERAÇÕES) .....................................................................................................................................1 4 DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINAR ES (ARTS. 1º AO 4º) ..................................................................................................14 DO PROVIMENTO (ARTS. 5º AO 22 E 24 AO 32 ) .............................................................................................................14 DA VA CÂNCIA (ARTS. 33 AO 35) ......................................................................................... .............................................18 DOS DIREITOS E VANTAGENS (ARTS. 40 AO 115) ........................................................................................................19 DO REGI ME DISCIPLI NAR (ARTS. 11 6 AO 1 42) .............. .............................................................................................. 26 DA SEGURIDADE SOCIA L DO SER VIDOR (ARTS. 1 83 AO 23 1) . ................................................................................ 32 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 236 AO 242) ........................................................................................................... 36 PROCESSO ADMI NISTRATIVO NA ADMINIST RAÇÃ O PÚBLICA FEDERAL – LEI Nº 9 .784/99 E SUAS ALTERAÇÕES ...................................................................................................................................................... 37 DIREITO ADMINISTR ATIVO 1 TEORIA GERAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Conceito Ato administrativo é toda manifestação unilateral da Administração que, agindo nesta qualidade, tenha por m imediato adquirir, extinguir, modicar, resguardar ou de- clarar direitos, ou ainda, impor obrigações a si próprio ou a terceiros.  – Ato é manifestação u nilateral de vontade.  – Ato administr ativo é manifestação unilater al de v on- tade que produz efeitos jurídicos; Ato jurídico é qualquer manifestação unilateral que produz efeitos jurídicos; POR- TANTO: Todo ato administrativo é um ato jurídico. A prerrogativa da Administração de impor obrigação a um particular decorre do poder extroverso do Estado. O  part icular pode, por delegação, prat icar ato admi nistrat ivo como ocorre, por exemplo, com o ocial do cartório. O ato administrativo e o fato administrativo estão rela- cionados, pois o ato é a vontade da administração que acon- tece com o fato administrativo, como por exemplo, a ordem de serviço para construção de ponte (ato administrativo) e construção da ponte em si (fato administrativo). Fato administrativo não leva em consideração a produ- ção de efeitos jurídicos e sim um movimento na ação admi- nistrativa. É apenas a execução material das atividades do Es- tado, como o exemplo dado acima e outros: limpeza das ruas, desapropriação de bens privados, demolição de um prédio. A Administração também pode praticar atos em regime de Direito Privado, equiparando-se com os par ticulares, não se podendo falar, nesse caso, em atos administrativos, uma vez que a Administração se submete as regras do Direito Pri- vado. São exemplos: assinatura de cheques, doação, permuta. Requisitos e Elementos  Na lição de Hely L opes Meir elles, os requisitos cons- tituem a infraestrutura do ato administrativo e se ausentes  provocam a invalidação do ato. Os elementos são: competência, nalidade, forma, motivo e objeto. Os três primeiros são requisitos sempre vinculados, tanto nos atos discricionários como vinculados. Os dois últimos, motivo e objeto, são vinculados quando  presentes nos atos vinculados e discr icionários quando pre- sentes em um ato discricionário.

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SUMÁRIO

ATOS ADMINISTRATIVOS: CONCEITO, REQUISITOS, ATRIBUTOS, CLASSIFICAÇÃO, INVALIDAÇÃO .......... 1

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................................................................................... 7

LICITAÇÕES: MODALIDADES (LEI Nº 8.666/93 E ALTERAÇÕES) ............................................................................. 12

SERVIDOR PÚBLICO. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS ..................................................14

(LEI Nº 8.112/90 E ALTERAÇÕES) .....................................................................................................................................14

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (ARTS. 1º AO 4º) ..................................................................................................14

DO PROVIMENTO (ARTS. 5º AO 22 E 24 AO 32) .............................................................................................................14DA VACÂNCIA (ARTS. 33 AO 35) ......................................................................................................................................18

DOS DIREITOS E VANTAGENS (ARTS. 40 AO 115)........................................................................................................19

DO REGIME DISCIPLINAR (ARTS. 116 AO 142) ............................................................................................................ 26

DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR (ARTS. 183 AO 231). ................................................................................ 32

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 236 AO 242) ........................................................................................................... 36

PROCESSO ADMINISTRATIVO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL – LEI Nº 9.784/99

E SUAS ALTERAÇÕES ...................................................................................................................................................... 37

DIREITO ADMINISTRATIVO

1

TEORIA GERAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Conceito

Ato administrativo é toda manifestação unilateral daAdministração que, agindo nesta qualidade, tenha por fimimediato adquirir, extinguir, modificar, resguardar ou de-clarar direitos, ou ainda, impor obrigações a si próprio oua terceiros.

 – Ato é manifestação unilateral de vontade. – Ato administrativo é manifestação unilateral de von-

tade que produz efeitos jurídicos; Ato jurídico é qualquer manifestação unilateral que produz efeitos jurídicos; POR-TANTO: Todo ato administrativo é um ato jurídico.

A prerrogativa da Administração de impor obrigaçãoa um particular decorre do poder extroverso do Estado. O

 particular pode, por delegação, praticar ato administrativocomo ocorre, por exemplo, com o oficial do cartório.

O ato administrativo e o fato administrativo estão rela-cionados, pois o ato é a vontade da administração que acon-

tece com o fato administrativo, como por exemplo, a ordemde serviço para construção de ponte (ato administrativo) econstrução da ponte em si (fato administrativo).

Fato administrativo não leva em consideração a produ-ção de efeitos jurídicos e sim um movimento na ação admi-nistrativa. É apenas a execução material das atividades do Es-tado, como o exemplo dado acima e outros: limpeza das ruas,desapropriação de bens privados, demolição de um prédio.

A Administração também pode praticar atos em regimede Direito Privado, equiparando-se com os particulares, nãose podendo falar, nesse caso, em atos administrativos, uma

vez que a Administração se submete as regras do Direito Pri-vado. São exemplos: assinatura de cheques, doação, permuta.

Requisitos e Elementos

 Na lição de Hely Lopes Meirelles, os requisitos cons-tituem a infraestrutura do ato administrativo e se ausentes

 provocam a invalidação do ato.

Os elementos são: competência, finalidade, forma,motivo e objeto. Os três primeiros são requisitos semprevinculados, tanto nos atos discricionários como vinculados.

Os dois últimos, motivo e objeto, são vinculados quando presentes nos atos vinculados e discricionários quando pre-sentes em um ato discricionário.

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2I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

Competência

É o poder conferido pela lei ao agente para o desem- penho específico de suas atividades. Nenhum ato pode ser concretizado validamente sem que o agente disponha de

 poder legal para praticá-lo.

A competência é irrenunciável, mas pode ser delegadaou avocada. Uma vez violada regra de competência, estaráconfigurado abuso de poder na espécie excesso de poder. Ovício de competência pode ser convalidado se vício de com-

 petência ocorrer quanto à pessoa que realizou o ato, desdeque o ato não seja de competência exclusiva.

 Não é possível o uso da discricionariedade da compe-tência, pois é elemento vinculado de todo ato administrativo.

Finalidade

Todo ato administrativo tem por fim a busca do inte-

resse público.A finalidade é elemento vinculado de todo ato admi-nistrativo, pois não se admite ato administrativo sem oudesviado de sua finalidade pública. Uma vez violada regrade finalidade estará configurado abuso de poder na espéciedesvio de finalidade.

Vício na finalidade é insanável, não pode ser conva-lidado, pois não se admite outro interesse senão o público.

Forma

Em regra, todos os atos administrativos são formais,

ou seja, seguem uma forma pré-determinada em lei. Segun-do Hely Lopes Meirelles, forma é o revestimento exteriori-zador do ato administrativo e constitui requisito vinculadoe imprescindível à sua perfeição (validade).

 No Direito Público, a forma é a regra; no Direito Pr i-vado é a exceção.

O vício de forma pode ser convalidado, exceto quandolei estabelecer determinada forma como essencial à valida-de do ato.

ATENÇÃO! A Lei n° 9.784/99 abrandou esse requisito aodispor que os atos do processo administrati-vo federal não dependem de forma determi-nada senão quando a lei a exigir.

Motivo

É o pressuposto de fato e de direito que leva a ediçãode um ato administrativo.

A Teoria dos motivos determinantes significa que amotivação do ato deverá ser verdadeira para que ele tenhavalidade. O ato será válido somente se os motivos foremverdadeiros.

O vício no motivo é insanável, não pode ser convalidado.Motivo é elemento vinculado quando presente nos atosvinculados e discricionário quando presente nos atos dis-

cricionários, ou seja, pode vir expresso em lei quando atovinculado ou pode ser deixado ao critério do administrador quando ato discricionário.

ATENÇÃO! Motivação e motivo não se confundem. Mo-tivação são os motivos declarados expres-samente e serve para que os administradosconheçam os motivos que levaram a admi-nistração a praticar determinado ato. Todoato precisa de motivo, mas nem todo ato

 precisa de motivação, como por exemplo, anomeação e exoneração de cargo em comissão.

Segundo a Lei n° 9.784/99, os atos que precisam demotivação são aqueles que:

 – Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; – Imponham ou agravem deveres, encargos ou san-

ções; – Decidam processos administrativos de concurso ou

seleção pública; – Dispensem ou declarem a inexigibilidade de pro-

cesso licitatório;

 – Decidam recursos administrativos; – Decorram de reexame de ofício; – Deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a

questão ou discrepem de pareceres, laudos, propos-tas e relatórios oficiais;

 – Importem anulação, revogação, suspensão ou con-validação de ato administrativo.

Objeto

Confunde-se com o próprio conteúdo do ato, por meiodo qual a Administração manifesta seu poder e sua vontade,

ou atesta simplesmente situações preexistentes (Hely LopesMeirelles). São exemplos: multa, alvará etc.

O vício no objeto não pode se convalidado. No objeto dos atos vinculados, não há de se falar em

discricionariedade, pois a um motivo corresponde um únicoobjeto, estabelecido em lei e de cumprimento obrigatório.

 No objeto dos atos discricionários, há possibilidade deescolha do Poder Público, valorando o motivo e a escolhado objeto, dentre os autorizados na lei.

Mérito do ato administrativo, segundo Hely LopesMeirelles consubstancia-se na valoração dos motivos e naescolha do objeto do ato, feitas pela Administração incum-

 bida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre aconveniência, oportunidade e justiça do ato a realizar.

REQUISITOS

Competência

Poder conferido ao agente para o desem-

 penho de suas atividades. Irrenunciável.

Se o agente exorbitar/extrapolar sua

competência ocorrerá abuso de poder – 

excesso de poder.

Finalidade

Todo ato administrativo deve ser praticado

 buscando o fim público.

Se o agente desviar da finalidade públicaocorrerá abuso de poder – desvio de finali-

dade.

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4I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

sos, os próprios servidores, provendo sobre seus direitos,obrigações, negócios ou conduta perante a Administração.A publicidade destes atos é princípio de legitimidade e mo-ralidade administrativa. Exemplo: instrução normativa.

Atos internos produzem efeitos apenas no âmbito daAdministração, e por isso mesmo, normalmente incidem

sobre os órgãos e agentes da administração que os expedi-ram. Como, em princípio, não geram direitos para os admi-nistrados, não necessitam ser publicados no Diário Oficial

 para vigerem e produzirem efeitos. Exemplo: circula r,ordens de serviço, portaria de remoção de um servidor.

Atos de Império, Gestão e Expediente

 Nos atos de império, o Estado age em supremacia, ouseja, a Administração impõe coercitivamente e unilateral-mente aos administrados. Exemplo: desapropriação.

 Nos atos de gestão, o Estado age em igualdade, ou seja,

a Administração não utiliza sua supremacia sobre os desti-natários. Exemplo: emissão de cheques.Os atos de expediente são atos internos utilizados para

o desenvolvimento dos serviços da rotina do órgão, sem ca-ráter decisório, sem caráter vinculante e sem forma espe-cial. Segundo Hely Lopes Meirelles, não podem vincular aadministração em outorgas e contratos com os administra-dos, nomear ou exonerar servidores, criar encargos ou direi-tos para particulares ou servidores. Exemplo: memorando.

Ato Vinculado e Ato Discricionário

Vinculação é quando o agente público não possui li- berdade de atuação, pois lei fixou todo o seu modo de agir.Ou seja, o agir do agente público fica inteiramente preso aoenunciado da lei.

Sempre serão elementos vinculados a competência,a finalidade e a forma, pois ninguém pode exercer poder administrativo sem competência legal, ou desviado do inte-resse público, ou com o procedimento diferente do estabe-lecido em lei. O ato vinculado não pode ser revogado, poisnão foi realizado observando oportunidade e conveniência,

 porém pode ser declarado pela Administração ou pela pró- pria Administração como nulo. É exemplo de ato vinculado

a homologação de concurso público. Na discricionariedade, o agente público possui umarazoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportuni-dade e conveniência da prática do ato. É a liberdade da açãoAdministrativa dentro dos limites permitidos em lei.

 No ato discricionário, os requisitos competência, for-ma e a finalidade são sempre vinculados ao que a lei dispõe.

 No entanto, o motivo e objeto são elementos discricioná-rios onde são observadas a oportunidade e conveniênciada Administração em praticar determinado ato. O motivoe o objeto são chamados de mérito do ato administrativo.A lei, a razoabilidade e a proporcionalidade são limites doato discricionário. Sem os mesmos, ato discricionário seráilegal e poderá ser anulado pela Administração e pelo Poder Judiciário. É exemplo de ato discricionário a prorrogação deconcurso público.

ATO VINCULADO ATO DISCRICIONÁRIO

 Não há liberdade

de atuação.Há liberdade de atuação.

Todos os requisitos são

vinculados.

Motivo e Objeto serão

discricionários.

 Não pode ser revogado.Motivo e Objeto – mérito do

ato administrativo.

Se o motivo for vinculado, o

objeto também será.

Se o motivo for discricionário,

o objeto também será.

Atos simples, complexo e composto

Simples: é aquele formado pela manifestação de vontadede um único órgão, unipessoal ou colegiado. Ex: multa doDETRAN.

Complexo: é o que necessita, para a sua formação, da

manifestação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos,ou seja, integram-se as vontades de vários órgãos para aobtenção de um mesmo ato. Isoladamente nenhum dos ór-gãos é suficiente para dar existência ao ato. Ex.: regimesespeciais de tributação (manifestação de dois ministérios).

Composto: é o que resulta da vontade única de um ór-gão, mas, para produzir seus efeitos, ou seja para se tornar exequível, depende da manifestação de outro órgão. Sãoduas manifestações para a formação de dois atos: um prin-cipal e um acessório. São todos aqueles que necessitam dehomologação, aprovação ou autorização etc. Ex.: nomeaçãodo Procurador Geral da República.

Ato Constitutivo, Extintivo, Declaratório, Alienativo,Modificativo e Abdicatório

Constitutivo: é aquele que cria uma nova situação jurí-dica individual para seus destinatários, em relação à Admi-nistração. Ex.: licença, nomeações sanções administrativas.

Extintivo: é aquele que põe fim a situações jurídicasexistentes. Ex.: cassação de autorização.

Declaratório: é aquele que apenas declara uma situa-ção preexistente, visando preservar direitos ou até mesmo

 possibilitar o seu exercício. Ex.: certidão.Alienativo: é aquele que tem por fim a transferência

de bens ou direitos de um titular a outro. Ex.: decreto quetransfere bens.

Modificativo: é o que tem por fim alterar situações pre-existentes, sem provocar a sua supressão. Ex.: alterações dehorários.

Abdicatório: é aquele por meio do qual o titular abremão, abdica, de um determinado direito. Segundo HelyLopes Meirelles, é incondicionável e irretratável. Precisa deautorização legislativa.

Ato Válido, Nulo e Inexistente

Ato válido é aquele que está de acordo com a lei, ouseja, está adequado as exigências da lei. Segundo Hely Lo-

 pes Meirelles, é o que provém de autoridade com petente para praticá-lo e contém todos os requisitos necessários

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5D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

 para sua eficácia. É possível que o ato seja perfeito e inváli-do, ou seja, um ato pode ter completado todas as suas fasesde formação e não estar de acordo com a lei. O ato válido

 pode não ser ainda exequível, por exemplo, por dependênciade alguma condição suspensiva.

 Nulo: é aquele que nasce com vício insanável, normal-

mente resultante da ausência de um de seus requisitos. Adeclaração de nulidade tem efeitos ex tunc, ou seja, retroageaté a sua origem, não tendo o condão de atingir terceirosde boa-fé.

Inexistente: é aquele que possui apenas aparência demanifestação de vontade da Administração, mas que nãochegou a aperfeiçoar-se como ato administrativo. Não seoriginam da administração, mas de pessoas que se passam

 por agentes.

Ato Perfeito, Imperfeito, Pendente ou Consumado

Ato perfeito é aquele que já completou todas as etapasde formação, ou seja, teve seu ciclo de formação encerrado.Segundo Hely Lopes Meirelles, é aquele que reúne todosos elementos necessários à sua exequibilidade ou operativi-dade, apresentando-se apto e disponível para produzir seusregulares efeitos.

Imperfeito: é aquele que não completou o seu ciclo deformação ou carente de um ato complementar para tornar-se exequível ou operante.

Pendente: é aquele que embora perfeito, está sujeito acondição ou termo para que comece a produzir efeitos. Oato pendente pressupõe sempre um ato perfeito.

Consumado: é o que já exauriu os seus efeitos. Segun-

do Hely Lopes Meirelles, é irretratável ou imodificável por lhe faltar objeto.

Ato eficaz

Ato é eficaz quando produzir efeitos imediatamente.O ato pode ser perfeito, válido e ineficaz, ou seja, seu ciclode formação está completo e adequado às exigências da lei,no entanto, ainda não produz efeitos por depender de ou-tros fatores, como por exemplo, uma homologação de umaautoridade controladora. O ato ineficaz também é chamadode pendente.

Espécies de atos administrativos

Atos Normativos

São aqueles que normatizam uma situação, estabele-cendo regras gerais e complementares à lei, ou seja, contémcomandos gerais e abstratos aplicáveis a todos os adminis-trados que se enquadrarem nas situações neles previstas.São os decretos regulamentares, instruções normativas, osregimentos internos etc.

Atos Ordinatórios

São atos administrativos internos, endereçados aosservidores públicos, que veiculam determinações atinentesao adequado desempenho de suas funções. Também podem

veicular ordens aos particulares vinculados ao Estado. Sãoinferiores em hierarquia aos atos normativos e decorremdiretamente do poder hierárquico. Ex.: circulares, avisos,

 portarias, ordem de serviço ou ofícios.

Atos Negociais

São os editados em situações nas quais uma determi-nada pretensão do particular coincide com a manifestaçãode vontade da Administração, ainda que o interesse da Ad-ministração naquela situação seja apenas indireto. Os atosnegociais são específicos, só operando efeitos jurídicos en-tre as partes – administração e administrado requerente–,impondo a ambos a observância de seu conteúdo e o respei-to as condições de sua execução. Segundo Hely Lopes Mei-relles, atos negociais são todos aqueles em que contêm umadeclaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdadeao particular, nas condições impostas ou consentidas ao

 poder público. Não há imperatividade ou coertividade nosatos negociais.

São espécies de atos negociais:

 – Licença – ato negocial vinculado e definitivo, quedeverá ser concedida sempre que o particular cum-

 pra os requisitos legais exigidos. A licença facultaao administrado o desempenho de atividades ou arealização de fatos materiais antes vedados, como

 por exemplo, exercício de uma profissão. – Autorização – ato negocial precário (pode ser revo-

gado a qualquer momento) e discricionário, em quea Administração faculta ao particular determinadaatividade de seu exclusivo interesse ou a utilizaçãode bem público, ou a prestação de serviços públicos.

 Não há direito subjetivo à obtenção ou à continuidadede autorização.

 – Permissão – ato negocial precário e discricionário,em que a administração possibilita ao par ticular rea-lizar determinadas atividades cujo interesse predo-minante seja da coletividade. Segundo Hely LopesMeirelles, é admissível a permissão condicionada,ou seja, aquela em que o próprio poder público auto-limita-se na faculdade discricionária de revogá-la a

qualquer tempo, fixando em norma legal o prazo desua vigência e/ou assegurando outras vantagens ao permissionário, como incentivo para a execução doserviço. Exemplo: ocupação de bem público (bancade jornal) ou desempenho de atividade de interesse

 público (táxi).

Atos Enunciativos

 Não contém uma manifestação de vontade da Admi-nistração. Apenas declaram, a pedido do interessado, umasituação jurídica preexistente relativa a um particular. Se-gundo Hely Lopes Meirelles, atos enunciativos são todos

aqueles em que a Administração se limita a certificar ou aatestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinadoassunto, sem se vincular ao seu enunciado. Não possuemimperatividade, pois não impõem obrigações.

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6I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

São espécies de Atos Enunciativos:

 – Certidão: é uma cópia de um registro constante dealgum livro em poder da Administração que seja deinteresse do Particular. O poder público não mani-festa sua vontade, apenas transcreve para o docu-mento a ser fornecido aos interessados o que constaem seus arquivos.

 – Atestado: é uma declaração da Administração refe-rente a uma situação de quem tem conhecimento emrazão de atividade de seus órgãos. O declarado noatestado não consta em nenhum livro ou arquivo daAdministração, pois presta-se à comprovação de fatosou situações, passíveis de modificações frequentes.

 – Parecer: é um documento técnico, de caráter opina-tivo, emitido por órgão especializado na matéria deque trata. Um parecer aprovado por ato de autori-dade competente passa a vincular a Administração,tornando-se norma de procedimento interno, de ob-servância obrigatória para todos que estão subordi-

nados a autoridade que tenha aprovado.

Atos Punitivos

São aqueles utilizados pelo Estado para aplicação desanções diretamente aos servidores ou aos particulares.Decorrem do poder disciplinar ou do poder de polícia. Aadministração não precisar ir ao Judiciário pois o ato admi-nistrativo é autoexecutório.

Ex.: a) aplicação de multas administrativas; b) interdi-ção de atividades; c) destruição de coisas.

Extinção dos atos administrativos

Anulação

Ocorre quando o ato praticado for ilegal. Baseia-se emrazões de legitimidade ou legalidade. A anulação pode ser declarada pela própria Administração ou pelo Poder Judici-ário se provocado.

A anulação feita pela própria administração é a formanormal de invalidação de atividade ilegítima do Poder Pú-

 blico e decorre do poder de autotutela do Estado. É impor-tante que a autoridade, ao invalidar um ato, demonstre a nu-lidade com que foi praticado, evidenciando a infração legal.

A anulação feita pelo Poder Judiciário ocorre desde

que os atos sejam levados a sua apreciação pelos meios pro-cessuais cabíveis que permitem a anulação. O controle judi-cial é unicamente da ilegalidade, não podendo revogar atosinconvenientes ou inoportunos.

Tem efeito ex-tunc, ou seja, os efeitos da anulação re-troagem até a origem do ato, invalidando consequências pas-sadas, presente e futuras. Portanto, os atos declarados nulosnão produzem nenhum efeito salvo para o terceiro de boa fé.

A Lei n° 9784/99 determina que os atos ilegais devemser anulados no prazo decadencial de 5 anos. Esse entendi-mento legal e doutrinário reafirma a necessidade de segu-rança e estabilidade jurídica na atuação da Administração.

Em certos casos, a Administração pode deixar de anu-lar um ato quando constatar que sua nulidade é mais preju-dicial do que a manutenção de um ato ilegal.

Inexistem direito adquiridos em face de anulação doato devido à ilegalidade do mesmo.

Revogação

É a supressão de um ato legal (legítimo) que se tornouinconveniente ou inoportuno. A revogação somente podeser declarada pela Administração. Toda revogação pressu-

 põe um ato legal e perfeito, mas inconveniente ao interesse público.

O Judiciário, em sua função típica, nunca pode revo-gar ato da administração, pois nunca/jamais pode analisar omérito administrativo.

Tem efeito ex-nunc, ou seja, os efeitos da revogaçãonão retroagem. A Administração deve manter os efeitos

 passados do ato revogado, não atingindo os direitos adqui-ridos até a data da revogação do ato.

São atos irrevogáveis aqueles que geram direitos sub- jetivos ao destinatário; os que exaurem desde logo os seusefeitos; atos vinculados, pois não há liberdade de atuação;atos meramente declaratórios e atos que fazem parte do pro-cedimento administrativo (é possível revogar todo o proce-dimento e não um único ato).

 ANULAÇÃO

(deve)

REVOGAÇÃO

(pode)

Quem ordenaAdministração e

JudiciárioAdministração

Motivo IlegalidadeConveniência e Opor-

tunidade

Efeitosex tunc – 

 retroageex nunc - não retroage

Direitos

adquiridosInexistem Prevalecem

Pressupostos

Processo Ad-

ministrativo e

Judicial

Processo Adminis-

trativo

ATOS LEGAIS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS

Atos consumados, que exauriram seus efeitos.

Atos vinculados, pois nestes não há liberdade de atuação.

Atos que geram direitos adquiridos.

Atos meramente declaratórios.

Atos que fazem parte de um procedimento administrativo.

ATOS QUE NÃO PODEM SER DELEGADOS

Edição de atos de caráter normativo.

Decisão de recursos administrativos.

Matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

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7D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

Cassação

É o desfazimento do ato administrativo quando o seu beneficiário descumpre os requisitos que permitam a manu-tenção do ato e de seus efeitos. Funciona como uma sanção

 para o part icular que deixou de cumprir as condições exigi-das para a manutenção de um determinado ato.

OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO DO ATOADMINISTRATIVO

Extinção Natural

Desfaz-se pelo mero cumprimento de seus efeitos.Exemplo: licença para show.

Extinção Subjetiva

Ocorre quando há o desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato. Exemplo: morte.

Extinção Objetiva

Ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato.Exemplo: ato de interdição de empresa é extinto quando aempresa é extinta pelos sócios.

Renúncia

O ato extingue os seus efeitos porque o próprio benefi-ciário abriu mão de uma vantagem de que desfrutava.

Caducidade

Ocorre quando uma nova legislação impede a perma-nência da situação anteriormente consentida pelo Poder Pú-

 blico, ou seja, o ato passa a ser contrário a lei.

Contraposição

A retirada do ato se dá porque foi emitido um ato comfundamento em competência diversa que gerou o ato anterior,mas cujos efeitos são contrapostos aos daqueles. Exemplo:exoneração que tem efeitos contrapostos a nomeação.

Convalidação

A convalidação tácita ocorrerá se a Administração nãoanular seus atos ilegais de que decorram de efeitos favorá-veis a seus destinatários no prazo decadencial de 5 (cinco)anos, salvo comprovado má-fé. Importa ressaltar que a con-validação tácita poderá ocorrer com qualquer requisito.

Já a convalidação expressa ocorre quando a Adminis-tração, expressamente, edita um ato a fim de convalidar ou-tro. Somente é possível a convalidação expressa, se o defei-to for sanável, não acarretar prejuízo a terceiro e não causar lesão ao interesse público. Os vícios na finalidade, motivoe objeto são insanáveis. Por sua vez, são defeitos sanáveis,os vícios na competência (desde que não seja exclusiva) e

na forma (desde que não seja essencial à validade do ato).Ressalte-se que os atos sanáveis poderão ser convali-

dados pela própria Administração.

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Conceito, Peculiaridades e Interpretação

A Lei n°. 8.666/93 dispõe “Para os fins desta Lei, con-

sidera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ouentidades da Administração Pública e particulares, em quehaja um acordo de vontades para a formação de vínculo e aestipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a deno-minação utilizada”.

Hely Lopes Meirelles define contratos administrativoscomo “o ajuste que a Administração Pública, agindo nessaqualidade, firma com particular ou outra entidade adminis-trativa para a consecução de objetivos de interesse público,nas condições estabelecidas pela própria Administração”.

Os contratos administrativos são regidos por normasde direito público. Entretanto, é possível aplicação supletivade normas e princípios de direito privado.

As peculiaridades dos contratos administrativos con-sistem nas denominadas cláusulas exorbitantes. Cláusulasexorbitantes são aquelas que exorbitam e extrapolam ascláusulas comuns do direito privado, pois garantem a umadas partes determinadas prerrogativas não extensíveis aoutra. Se previstas em um contrato privado serão conside-radas ilegais.

Formalização

Em regra, os contratos administrativos são sempre for-mais e escritos, salvo para pequenas compras de até quatro mil

reais que podem ser verbais – compras de pronto pagamento.O resumo do instrumento do contrato deve ser publica-do em até 20 (vinte) dias, contados do 5º (quinto) dia útil domês seguinte da assinatura. Esta publicação é indispensável

 para sua eficácia.O contrato administrativo, em regra, tem início após

o término do procedimento licitatório. Porém, em certoscasos, a Administração poderá contratar sem prévia reali-zação de licitação; nesses casos, o contrato administrativotem início quando findo o processo de dispensa ou de inexi-gibilidade de licitação.

Execução

O art. 66 da Lei de Licitações dispõe: “O contrato de-verá ser executado fielmente pelas partes, de acordo comas cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendocada uma pelas consequências de sua inexecução total ou

 parcial.”A execução do contrato ocorre com a realização de seu

objeto pela contratada e pela contraprestação por parte daAdministração.

Regime de Execução nos contratos de obras e serviços

A execução dos contratos administrativos de obras eserviços poderá ocorrer sob os seguintes regimes de exe-cução:

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 – Empreitada por preço global – quando se contrataa execução da obra ou do serviço por preço certo etotal.

 – Empreitada por preço unitário – quando se contrataa execução da obra ou do serviço por preço certo deunidades determinadas.

 – Tarefa – quando se ajusta mão-de-obra para pequenostrabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento demateriais.

 – Empreitada integral – quando se contrata um em- preendimento em sua integralidade, compreendendotodas as etapas das obras, serviços e instalações ne-cessárias, sob inteira responsabilidade da contratadaaté a sua entrega ao contratante em condições de en-trada em operação, atendidos os requisitos técnicose legais para sua utilização em condições de segu-rança estrutural e operacional e com as característi-cas adequadas às finalidades para que foi contratada.

Cláusulas Exorbitantes

As cláusulas exorbitantes são aquelas que exorbitam,extrapolam as cláusulas comuns do direito privado.

São espécies de cláusulas exorbitantes:

 – Exigência de garantia: a exigência ou não de garantia éum ato discricionário. Portanto, se exigida deverá cons-tar do edital.

O contratado poderá optar por uma das seguintes mo-dalidades:

 – caução em dinheiro ou títulos da dívida pública; – seguro-garantia;

 – fiança bancária.Destaca-se que a garantia não pode exceder 5% do valor 

do contrato, ou 10% no caso de contratações de grande vulto.

 – Poder de alteração unilateral do contrato: a Admi-nistração pode alterar unilateralmente o contrato,quando houver modificação no projeto original, nosseguintes percentuais:

 – 25 % é a regra geral (obras e serviços);

 – 50 % no caso de reforma, somente para os acrésci-

mos, sendo o limite de supressão de 25%. – Possibilidade de rescisão unilateral do contrato: o

art. 78 da Lei n°. 8.666/93 enumera as hipótesesde rescisão do contrato. No caso dos incisos XIIe XVII, o particular será indenizado, pois ocorreusem a sua culpa.

O particular para rescindir o contrato deve ir a justiça; já a Administração pode rescindi-lo sem ir ao judiciário.

 – Manutenção do equilíbrio financeiro do contrato: aequação financeira originalmente fixada no momento

da celebração do contrato deverá ser respeitada pelaAdministração. Tem previsão legal de reajuste perió-dico de preços e tarifas.

 – Poder de fiscalização, acompanhamento e ocupaçãotemporária: a Administração deve fiscalizar cons-tantemente o contrato, e poderá ocupar temporaria-mente as instalações a qualquer momento que julgar necessário.

 – Aplicação direta de penalidades contratuais: a Ad-

ministração pode aplicar diretamente as penalidadessem necessidade de ir ao Poder Judiciário. As san-ções administrativas estão previstas nos artigos 86 e87 da Lei n°. 8.666/93.

 – Restrições ao uso da cláusula “exception non adim- pleti contractus”: não pode o particular deixar decumprir o contrato mesmo que a Administraçãodeixe de efetuar o pagamento. Entretanto, se o atra-so for superior a 90 (noventa) dias pode ser rescindi-do judicialmente pelo particular.

Duração do Contrato Administrativo

A Lei n° 8.666/93 prevê expressamente que é vedado ocontrato com prazo de vigência indeterminado.

As cláusulas que estabelecem os prazos de início deetapas de execução, de conclusão, de entrega, de observa-ção e de recebimento definitivo, conforme o caso, são cláu-sulas necessárias em todo contrato.

A duração dos contratos administrativos fica restritaà vigência dos respectivos créditos orçamentários, excetoquanto aos contratos relativos:

 – Aos projetos cujos produtos estejam contempladosnas metas estabelecidas no Plano Plurianual, osquais poderão ser prorrogados se houver interesseda Administração e desde que isso tenha sido pre-visto no ato convocatório.

 – À prestação de serviços a serem executados de formacontínua, que poderão ter a sua duração prorrogada

 por iguais e sucessivos períodos com vistas à obten-ção de preços e condições mais vantajosas para a ad-ministração, limitada a 60 (sessenta) meses – em ca-ráter excepcional, devidamente justificado e medianteautorização da autoridade superior, esse prazo poderáser prorrogado por até 12 (doze) meses.

 – Ao aluguel de equipamentos e à utilização de progra-mas de informática, podendo a duração estender-se

 pelo prazo de até 48 (quarenta) meses após o início davigência do contrato.

Ressalte-se que toda prorrogação de prazo deverá ser  justificada por escrito e previamente autorizada pela autori-dade competente para celebrar o contrato.

Inexecução, Revisão e Rescisão

A inexecução total ou parcial do contrato enseja a suarescisão, com as consequências contratuais e as previstasem lei ou regulamento.

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Constituem motivo para rescisão do contrato:

 – O não cumprimento de cláusulas contratuais, espe-cificações, projetos ou prazos –, nesse caso poderáser determinada a rescisão do contrato por ato uni-lateral e escrito da Administração;

 – O cumprimento irregular de cláusulas contratuais,

especificações, projetos e prazos – nesse caso po-derá ser determinada a rescisão do contrato por atounilateral e escrito da Administração;

 – A lentidão do seu cumprimento, levando a adminis-tração a comprovar a impossibilidade da conclusão daobra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipu-lados – nesse caso poderá ser determinada a rescisão docontrato por ato unilateral e escrito da Administração;

 – O atraso injustificado no início da obra, serviço oufornecimento – nesse caso poderá ser determinadaa rescisão do contrato por ato unilateral e escrito daAdministração;

 – A paralisação da obra, do serviço ou do forneci-mento, sem justa causa e prévia comunicação à ad-ministração – nesse caso poderá ser determinada arescisão do contrato por ato unilateral e escrito daAdministração;

 – A subcontratação total ou parcial do seu objeto, aassociação do contratado com outrem, a cessão outransferência, total ou parcial, bem como a fusão,cisão ou incorporação, não admitidas no edital eno contrato – nesse caso poderá ser determinada arescisão do contrato por ato unilateral e escrito daAdministração;

 – O desatendimento das determinações regulares daautoridade designada para acompanhar e fiscalizar asua execução, assim como as de seus superiores – nes-se caso poderá ser determinada a rescisão do contrato

 por ato unilateral e escrito da Administração;

 – O cometimento reiterado de faltas na sua execução,anotadas na forma do § 1° do art. 67 desta lei – nessecaso poderá ser determinada a rescisão do contrato

 por ato unilateral e escrito da Administração;

“O representante da Administração anotará emregistro próprio todas as ocorrências relacionadascom a execução do contrato, determinando o que

for necessário à regularização das faltas ou defeitosobservados.” (Lei n°. 8.666/93, art. 67 §1°)

 – A decretação de falência ou a instauração de insol-vência civil – nesse caso poderá ser determinada arescisão do contrato por ato unilateral e escrito daAdministração;

 – A dissolução da sociedade ou o falecimento docontratado – nesse caso poderá ser determinada arescisão do contrato por ato unilateral e escrito daAdministração;

 – A alteração social ou a modificação da finalidade ouda estrutura da empresa, que prejudique a execução

do contrato – nesse caso poderá ser determinada arescisão do contrato por ato unilateral e escrito daAdministração;

 – Razões de interesse público, de alta relevância e am- plo conhecimento, justificadas e determinadas pelamáxima autoridade da esfera administrativa a queestá subordinado o contratante e exaradas no proces-so administrativo a que se refere o contrato – nessecaso poderá ser determinada a rescisão do contrato

 por ato unilateral e escrito da Administração; – A supressão, por parte da administração, de obras,

serviços ou compras, acarretando modificação do va-lor inicial do contrato além do limite permitido no §1º do art. 65 desta lei;

O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmascondições contratuais, os acréscimos ou supres-

 sões que se fizerem nas obras, serviços ou compras,até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial 

atualizado do contrato, e, no caso particular de re- forma de edifício ou de equipamento, até o limite de

50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.(Lei n°. 8.666/93, art. 65 §1°)

 – A suspensão de sua execução, por ordem escritada administração, por prazo superior a 120 (centoe vinte) dias, salvo em caso de calamidade públi-ca, grave perturbação da ordem interna ou guerra,ou ainda por repetidas suspensões que totalizem omesmo prazo, independentemente do pagamentoobrigatório de indenizações pelas sucessivas e con-tratualmente imprevistas desmobilizações e mobili-zações e outras previstas, assegurado ao contratado,nesses casos, o direito de optar pela suspensão do

cumprimento das obrigações assumidas até que sejanormalizada a situação;

 – O atraso superior a 90 (noventa) dias dos paga-mentos devidos pela administração decorrentes deobras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes,

 já recebidos ou executados, salvo em caso de calami-dade pública, grave perturbação da ordem interna ouguerra, assegurado ao contratado o direito de optar 

 pela suspensão do cumprimento de suas obrigaçõesaté que seja normalizada a situação;

 – A não liberação, por parte da administração, deárea, local ou objeto para execução de obra, serviçoou fornecimento, nos prazos contratuais, bem comodas fontes de materiais naturais especificadas no

 projeto;

 – A ocorrência de caso fortuito ou de força maior, re-gularmente comprovada, impeditiva da execuçãodo contrato – nesse caso poderá ser determinada arescisão do contrato por ato unilateral e escrito daAdministração;

 – Descumprimento do disposto no inciso V do art. 27,sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

Os casos de rescisão contratual serão formalmentemotivados nos autos do processo, assegurado o contraditó-rio e a ampla defesa.

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10I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

A rescisão do contrato poderá ser:

 – Determinada por ato unilateral e escrito da Admi-nistração, nos casos previstos em lei;

 – Amigável, por acordo entre as partes, reduzida atermo no processo da licitação, desde que haja con-

veniência para a Administração; – Judicial, nos termos da legislação.

Observações importantes

 – A rescisão administrativa ou amigável deverá ser  precedida de autorização escrita e fundamentada daautoridade competente.

 – Quando a rescisão ocorrer nas hipóteses seguintes,sem que haja culpa do contratado, este será ressar-cido dos prejuízos regularmente comprovados quehouver sofrido, tendo ainda direito a devolução de

garantia, aos pagamentos devidos pela execução docontrato até a data da rescisão, e ao pagamento docusto da desmobilização.

 – Razões de interesse público; – Supressão, por parte da administração, de obras,

serviços ou compras, acarretando modificação dovalor inicial do contrato além do limite permitidoem lei;

 – Suspensão de sua execução, por ordem escrita da ad-ministração, por prazo super ior a 120 (cento e vinte)dias, salvo em caso de calamidade pública, grave

 perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda

 por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigató-rio de indenizações pelas sucessivas e contratual-mente imprevistas desmobilizações e mobilizaçõese outras previstas;

 – Atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentosdevidos pela administração decorrentes de obras,serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já re-cebidos ou executados, salvo em caso de calamida-de pública, grave perturbação da ordem interna ouguerra, assegurado ao contratado o direito de optar 

 pela suspensão do cumprimento de suas obrigaçõesaté que seja normalizada a situação;

 – Não liberação, por parte da administração, de área, lo-cal ou objeto para execução de obra, serviço ou forne-cimento, nos prazos contratuais, bem como das fontesde materiais naturais especificadas no projeto;

 – Ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regu-larmente comprovada, impeditiva da execução docontrato.

 – Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustaçãodo contrato, o cronograma de execução será prorro-gado automaticamente por igual tempo.

Alteração dos Contratos

De acordo com o previsto no art. 65 da Lei n° 8.666/93,os contratos administrativos poderão ser alterados, com asdevidas justificativas, nos casos seguintes:

Unilateralmente pela Administração:

 – Quando houver modificação do projeto ou das espe-cificações, para melhor adequação técnica aos seusobjetivos;

 – Quando necessária a modificação do valor contra-tual em decorrência de acréscimo ou diminuiçãoquantitativa de seu objeto, nos limites legalmente

 permitidos.

Por acordo das partes: – Quando conveniente a substituição da garantia de

execução; – Quando necessária a modificação do regime de exe-

cução da obra ou serviço, bem como do modo de for-necimento, em face de verificação técnica da inapli-cabilidade dos termos contratuais originários;

 – Quando necessária a modificação da forma de pa-gamento por imposição de circunstâncias superve-nientes, mantido o valor inicial atualizado, vedadaa antecipação do pagamento, com relação ao crono-grama financeiro fixado, sem a correspondente con-traprestação de fornecimento de bens ou execuçãode obra ou serviço;

 – Para restabelecer a relação que as partes pactuaraminicialmente entre os encargos do contratado e a re-tribuição da administração para a justa remuneraçãoda obra, serviço ou fornecimento, objetivando a ma-nutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicialdo contrato, na hipótese de sobrevirem fatos impre-visíveis, ou previsíveis porém de consequências in-calculáveis, retardadores ou impeditivos da execuçãodo ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso

fortuito ou fato do príncipe, configurando área eco-nômica extraordinária e extracontratual.O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas con-

dições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fize-rem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco

 por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, atéo limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acrés-cimos. Ressalte-se que os contratantes poderão, medianteacordo celebrado, exceder tal limite para supressão.

 No caso de supressão de obras, bens ou serviços, seo contratado já houver adquirido os materiais e posto nolocal dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Adminis-

tração pelos custos de aquisição regularmente comprovadose monetariamente corrigidos, podendo caber indenização

 por outros danos eventualmente decorrentes da supressão,desde que regularmente comprovados.

Ocorrendo alteração unilateral do contrato que aumen-te os encargos do contratado, a Administração deverá resta-

 belecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiroinicial.

Destaca-se que a variação do valor contratual para fa-zer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato,as atualizações, compensações ou penalizações financeirasdecorrentes das condições de pagamento nele previstas,

 bem como o empenho de dotações orçamentárias suple-

mentares até o limite do seu valor corrigido, não caracte-rizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

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11D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOSADMINISTRATIVOS

As principais características dos contratos adminis-trativos são:

• Acordo de vontades ou consensualidade: o contrato

administrativo é um acordo de vontades, portantonão há que se falar em contratação compulsória;• Atuação da Administração como Poder Público:

 prerrogativas conferidas à Administração parafiscalizar, impor penalidade e alterar unilateral-mente as cláusulas;

• Administração contratante: a presença daAdministração é requisito essencial do contratoadministrativo. Entretanto, nem todo contratocelebrado pela Administração é um contratoadministrativo, uma vez que essa poderá firmar contratos onde o vínculo contratual é tipicamente

 privado.• Interesse Público: na celebração dos contratos

administrativos predomina o interesse público.• Formalismo: os contratos administrativos são

formais e escritos, salvo para pequenas compras deaté 4 (quatro) mil reais, quando poderão ser verbais.A publicação do resumo do contrato é indispensável

 para sua eficácia.• Natureza de contrato de adesão: as cláusulas do

contrato administrativo são preestabelecidas pelaAdministração. Assim, o particular apenas se adereao contrato, o que caracteriza um contrato de adesão.

• Natureza Intuito personae: em regra, os contratos

administrativos são pessoais, devendo ser execu-tados pelo licitante vencedor. Se previsto no editale com a concordância da Administração, o licitantevencedor poderá subcontratar. Ressalte-se que, nocaso de serviços técnicos especializados, é vedadaa subcontratação.

• Onerosidade: o contrato administrativo é oneroso,ou seja, envolve gastos.

• Comutatividade: o contrato administrativo écomutativo, pois o objeto do contrato realizado pelo

 particular equivale à contraprestação pecuniária daAdministração e vice-versa.

• Cláusulas Exorbitantes: são aquelas que conferemà Administração prerrogativas não extensíveis aoutra parte – princípio da supremacia do interesse

 público. Essas cláusulas são comuns em contratosadministrativos, e se previstas em um contrato

 privado serão ilícitas, pois garantem a uma das partes prerrogativas não extensíveis a outra.

PRINCIPAIS CONTRATOSADMINISTRATIVOS

Contrato de Obra Pública

Contrato de obra pública consiste em um acordo ce-lebrado entre a Administração Pública e o particular. Em

regra, esse contrato será precedido de licitação pública cujoobjeto é a realização de uma construção, fabricação, refor-ma, recuperação ou ampliação.

A execução dos contratos de obra pública poderá ocor-rer sobre os seguintes regimes de execução:

• empreitada por preço global;

• empreitada por preço unitário;• tarefa;• empreitada integral.

Contrato de Serviço

O contrato de serviço é um ajuste firmado entre a Ad-ministração Pública e o particular. Em regra, esse contra-to também será precedido de licitação pública cujo objetoé a realização de atividade destinada a obter determinadautilidade de interesse para a Administração, tais como: de-

molição, conserto, instalação, montagem, operação, con-servação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-

 profissionais. O contrato de serviço será firmado por prazodeterminado.

Contrato de Fornecimento

O contrato de fornecimento é um acordo celebradoentre a Administração Pública e o particular. Em regra, ocontrato de fornecimento será precedido de licitação públi-ca cujo objeto é a aquisição remunerada de bens pela Ad-

ministração Pública para fornecimento de uma só vez ou parceladamente.

Contrato de Concessão de Serviço Público

O contrato de concessão de serviço público é o con-trato administrativo em que o Estado delega a uma pessoa

 jurídica a prestação de um serviço público por sua conta erisco. Esse contrato será precedido de licitação. A pessoadelegada será remunerada, em regra, por tarifa paga pelousuário, porém, sob o controle e condições determinadas

 pelo Estado.

O art. 2°, inciso II da Lei n° 8.987/1995, dispõe: “con-cessão de serviço público: a delegação de sua prestação,feita pelo poder concedente, mediante licitação, na moda-lidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio deempresas que demonstre capacidade para seu desempenho,

 por sua conta e risco e por prazo determinado”.

Contrato de Concessão de Obra Pública

O contrato de concessão de obra pública é um contra-to em que o Poder Público transfere a outrem a execuçãode uma obra pública. O particular será remunerado pelos

 beneficiários da obra ou em decorrência da exploração dosserviços ou, utilidade que a obra proporciona.

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O art. 2°, inciso III da Lei n° 8.987/1995 dispõe:concessão de serviço público precedida da execução

de obra pública: a construção, total ou parcial, conserva-

ção, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer 

obras de interesse público, delegada pelo poder conceden-te, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à

 pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstrecapacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remune-

rado e amortizado mediante a exploração do serviço ou daobra por prazo determinado

Contrato de Concessão de Uso de Bem Público eContrato de Concessão de Direito Real de Uso

A concessão de uso de bem público é um contrato ad-ministrativo em que a Administração permite ao particular a exploração e uso privativo de bem público, para que esse

 bem seja utilizado segundo a sua destinação. Como por exemplo, a concessão ao particular de um espaço públicodestinado a uma lanchonete, mediante prévia licitação.

De acordo com Hely Lopes Meirelles, a concessão deuso, que pode ser remunerada ou não, apresenta duas moda-lidades: a concessão administrativa de uso e a concessão de

direito real de uso. • Concessão de uso: concede ao concessionário um

direito pessoal, intransferível a terceiros.• Concessão de direito real de uso: atribui o uso

do bem público como direito real, transferível aterceiros por ato inter vivos ou por sucessão legítimaou testamentária.

REAJUSTE DE PREÇOSCorreção Monetária: Reequilíbrio Econômico e

Financeiro

A equação financeira originalmente fixada no mo-mento da celebração do contrato deverá ser respeitada pelaAdministração. Tem previsão legal de reajuste periódico de

 preços e tarifas:São cláusulas necessárias em todo contrato as que

estabeleçam (...) o preço e as condições de pagamento, oscritérios, data-base e periodicidade do reajustamento de

 preços, os critérios de atualização monetária entre a datado adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento.(Lei n° 8.666/1993, art. 55, III).

O critério de reajuste deverá retratar a variação efetiva docusto de produção, admitida a adoção de índices específicosou setoriais, desde a data prevista para apresentação da

 proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, atéa data do adimplemento de cada parcela;

À Administração cabe realizar os reajusteseconômicos necessários para o restabelecimento doequilíbrio econômico-financeiro.

Importa lembrar que as cláusulas econômico-financei-ras e monetárias dos contratos administrativos não poderãoser alteradas sem prévia concordância do contratado.

LEI N° 8.666/93 – LICITAÇÕES E CONTRATOSADMINISTRATIVOS

Considerações Gerais

A Constituição Federal menciona expressamente li-

citação ao estabelecer no artigo 22, inciso XXVII, ser dacompetência privativa da União Federal legislar sobre “nor-mas gerais de licitação e contratação, em todas as modali-dades, para as administrações públicas diretas, autárquicase fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Muni-cípios, obedecido o disposto no art.37, XXI, e para as em-

 presas públicas e sociedades de economia mista, nos termosdo art.173, §1°, III.”

A CF/88 também dispõe sobre o princípio da obriga-toriedade de licitação no artigo 37 XXI onde: “ressalvadosos casos especificados na legislação, as obras, serviços,compras e alienações serão contratados mediante processode licitação pública que assegure igualdade de condiçõesa todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçamobrigações de pagamento, mantidas as condições efetivasda proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá asexigências de qualificação técnica e econômica indispensá-veis à garantia do cumprimento das obrigações”.

Ainda em relação à disciplina constitucional sobrelicitações, a Emenda Constitucional n° 19/1998 (ReformaAdministrativa do Estado) alterou o art.173, §1° da CF/88,trazendo previsão de lei que estabeleça o estatuto jurídicode empresas públicas e sociedades de economia mista e desuas subsidiárias que explorem atividade econômica de pro-dução ou comercialização de bens ou de prestação de ser-

viços, dispondo, entre outros aspectos, sobre licitação paratais entidades. Essa lei deve contemplar os princípios damoralidade e da publicidade e outros dispositivos constitu-cionais que preservem a moralidade pública, princípio fun-damental da Administração. Deve também, trazer normascondizentes com as operações peculiares executadas por essas entidades que têm objetivos nitidamente econômicos.

A lei reguladora das licitações é a Lei n°8666/93 queconsagra, conforme autorizado na CF/88 e expresso emseu artigo 1°, “normas gerais sobre licitações e contratosadministrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de

 publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios”.Ainda que esteja disposto no artigo 173, §1°, III a ela-

 boração de estatuto própr io para licitação de empresas pú- blicas e sociedade de economia mista, este ainda não foieditado, portanto, a Lei n°8666/93 é de observância obriga-tória por essas entidades.

Sobre licitação, existe ainda, a Lei n°10520 que insti-tuiu nova modalidade denominada pregão.

Conceito e Finalidade

A licitação é um procedimento administrativo, de ob-

servância obrigatória pelas entidades governamentais, ob-servada a igualdade entre os participantes, devendo ser se-lecionada a proposta mais vantajosa para a Administração.

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13D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

O procedimento licitatório tem a finalidade de possibi-litar que Administração Pública firme contrato com aquelesque oferecerem condições necessárias correspondentes aointeresse público. Nesse caso, serão considerados aspectoscomo valor e qualidade do objeto, bem como a capacidadetécnica e econômico-financeira do licitante.

O artigo 3° da Lei n° 8.666/93 dispõe: A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a pro-

 posta mais vantajosa para a Administração e será proces-

 sada e julgada em estrita conformidade com os princípiosbásicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,da igualdade, da publicidade, da probidade administrati-va, da vinculação ao instrumento convocatório, do julga-mento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Ainda nos termos da Constituição, a competência paralegislar sobre normas gerais de licitação e contratos cabe

 privativamente à União. As normas específicas serão esta- belecidas por leis federais, estaduais, distritais e municipais.

Compete privativamente à União Legislar sobre (...)normas gerais de licitação e contratação, em todas as mo-dalidades, para as administrações públicas diretas, autár-

quicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal 

e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para

as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos

termos do art. 173, § 1°, III; (CF/88, art. 22, XXVII).

MODALIDADES

Por modalidade entende-se a forma de realização do procedimento licitatório. As modalidades diferenciam pe-las características próprias de cada uma. A Lei nº. 8.666/93

 prevê cinco modalidades de licitações: concorrência, toma-da de preço, convite, concurso e leilão.

A Lei n° 10.520/2002 institui no âmbito da União, Es-tados DF e Municípios a modalidade de licitação denomi-nada pregão.

Concorrência

Concorrência é a modalidade de licitação entre quais-quer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar,comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificaçãoexigidos no edital para execução de seu objeto.

A concorrência é destinada para contratos de grandevulto. Tal modalidade é obrigatória para contratações deobras e serviços de engenharia acima de 1 milhão e 500 milreais; e para compras acima de 650 mil reais. Lembrandoque essa modalidade poderá ser usada para qualquer valor.

Também é obrigatória a modalidade de licitação con-corrência para compra ou alienação de bens imóveis e paraconcessão de direito real de uso; e, ainda, nas licitações in-ternacionais, admitindo-se nesse caso a tomada de preços,quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro interna-cional de fornecedores, ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.

Concorrência internacional é definida por Hely LopesMeirelles, como “aquela em que se permite a participaçãode firmas nacionais e estrangeiras, isoladamente ou em con-sórcio com empresas nacionais”.

Tomada de Preços

Tomada de preços é a modalidade de licitação entre in-teressados devidamente cadastrados ou que atenderem a to-das as condições exigidas para cadastramento até o terceirodia anterior à data do recebimento das propostas, observada

a necessária qualificação.A tomada de preços é destinada a contratações de mé-dio vulto. Um dos principais requisitos para participar datomada de preços é a habilitação prévia dos licitantes por meio de registro cadastral. Aqueles que não possuírem talregistro poderão participar desde que manifestem o interes-se até o terceiro dia anterior a data fixada para recebimentodas propostas e atendam a todas as condições exigidas parao cadastramento.

Convite

Convite é a modalidade de licitação entre interessados

do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, es-colhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pelaunidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado,cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos de-mais cadastrados na correspondente especialidade que ma-nifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vintee quatro) horas da apresentação das propostas.

A modalidade convite é destinada a contratações de pe-queno valor.

Em suma, no convite a Administração convocará, atra-vés da carta-convite, no mínimo três pessoas do ramo per-tinente ao objeto, independentemente de serem cadastradosou não. A Administração afixará em local próprio cópia do

instrumento convocatório para que os cadastrados tomemconhecimento e manifestem seu interesse em participar docertame, desde que o faça em até 24 horas antes da apresen-tação das propostas.

Ressalte-se que a cada novo convite, para objeto idên-tico ou semelhante, é obrigatório o convite a pelo menos uminteressado que não tenha participado da licitação imedia-tamente anterior, enquanto existirem cadastrados não con-vidados nas últimas licitações.

Concurso

Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer 

interessados para escolha de trabalho técnico, científico ouartístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneraçãoaos vencedores, conforme critérios constantes de edital pu-

 blicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45(quarenta e cinco) dias.

A modalidade concurso terá regulamento próprio. Seu julgamento será feito por Comissão Especial cujos integran-tes serão pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhe-cimento da matéria, sejam servidores públicos ou não.

Leilão

Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer in-teressados para a venda de bens móveis inservíveis para aadministração ou de produtos legalmente apreendidos ou

 penhorados, ou para a alienação de bens imóveis cuja aqui-

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sição haja derivado de procedimento judicial ou dação em pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou supe-rior ao valor da avaliação.

SERVIDOR PÚBLICO

Servidor público é a pessoa legalmente investida emcargo público. Carvalho Filho conceitua servidor públicocomo o agente vinculado ao Estado por vínculo permanen-te de trabalho e sendo remunerado por isso, integrando oquadro funcional das pessoas jurídicas de direito públicointerno, das autarquias e fundações públicas.

 Na lição de Hely Lopes Meirelles, em sentido estritoou estatutário, servidores públicos “são os titulares de car-go público efetivo e em comissão, com regime jurídico es-tatutário geral ou peculiar e integrantes da Administraçãodireta, das autarquias e das fundações públicas com perso-nalidade de Direito Público.”

LEI N°. 8.112/90 - REGIME JURÍDICO DOSSERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO

Das Disposições Preliminares

A Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, aplica-seaos servidores públicos civis da União – Administração Di-reta, autarquias e fundações públicas federais.

 – Não alcança: os empregados públicos, contrato tem- porário, militares, agentes políticos (pela CF) e osservidores dos Estados, DF e Municípios (pelo seu

 próprio estatuto).

ATENÇÃO! A Constituição de 1988 estabeleceu no 

caput do artigo 39 que os servidores públicos deveriam ser regidos por um regime jurídico único. A Emenda Constitu-cional nº. 19 de 1998 extinguiu essa obrigatoriedade, permi-tindo que a Administração Pública escolha entre o vínculoestatutário ou contratual. Em 2 de agosto de 2007, o Plená-rio do Supremo Tribunal Federal deferiu cautelar na ADINnº. 2.135, para declarar inconstitucional a nova redaçãodada pela EC nº 19/98 ao caput do art. 39 da CF. Com isso,voltou a vigorar o conhecido regime jurídico único, passan-do a vigorar o antigo texto do caput do artigo 39, qual seja:

 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-cípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime

 jurídico único e planos de carreira para os servidores da

administração pública direta, das autarquias e das fun-dações públicas.

Cargo, Emprego e Função Públicos

Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsa- bilidades previstas na estrutura organizacional que devemser cometidas a um servidor.

•  São criados e extintos por lei.

•  Podem ser de caráter efetivo, exigindo-se aprovação prévia em concurso público; ou em comissão, decla-rados por lei de livre nomeação e exoneração.

•  É exclusivo ao servidor estatutário, regido pela Lein°. 8.112 de 11 de dezembro de 1990.

•  Quando um cargo ocupado for extinto, seu atualocupante, se não for estável, será exonerado. Se oocupante do cargo for estável, este será posto emdisponibilidade com remuneração proporcional ao

tempo de serviço.

Empregos públicos: são preenchidos por agentes con-tratados para desempenhar atividades, sob regime trabalhista.

•  Seu provimento exige concurso público.•  Os empregados públicos são regidos pela Consoli-

dação de Leis Trabalhistas - CLT.Função Pública: qualquer pessoa que realiza qualquer 

atividade do Estado realiza uma função pública.•  Quem exerce um cargo público exerce uma função

 pública.•  Poderá existir função sem cargo ou emprego (con-

trato temporário).

•  As funções de confiança, criadas por lei, são plexosunitários de atribuições correspondentes a encargosde direção, chefia ou assessoramento, exercidas por titular de cargo efetivo da confiança da autoridadeque as preenche. Os ocupantes desta função subme-tem-se ao regime de integral dedicação ao serviço.(CF/88, artigo 37, inciso V).

Provimento

Provimento é o ato administrativo pelo qual se preen-che o cargo vago com designação do seu titular.

•  Será feito mediante ato da autoridade competente

de cada Poder.•  Formas de provimento:

 –  Originário: independe de vínculo anterior entrea Administração e o agente. A única forma de

 provimento originário é a nomeação, seja paracargos efetivos ou em comissão.

 –   Derivado: depende de vínculo anterior entrea Administração e o nomeado. O provimentoderivado dá continuidade à relação jurídica jáexistente entre a Administração e o provido. Asformas de provimento derivado são: promoção,aproveitamento, reintegração, readaptação,reversão e recondução.

Provimento Originário

Nomeação•   Nomeação é um ato administrativo discricionário,

 por meio do qual a Administração designa alguém para ocupar cargo público.

•  Para cargo efetivo, deverá ser precedida de préviahabilitação em concurso público de provas ou pro-vas e títulos.

•  Deverá ocorrer dentro do prazo de validade do con-curso público.

•  O aprovado em concurso público, dentro do númerode vagas previsto no edital, tem direito subjetivo ànomeação.

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15D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

Concurso Público

Concurso público é um método administrativo por meio do qual a Administração Pública seleciona candidatosaos cargos e empregos públicos, obedecendo aos princípiosda isonomia, moralidade e eficiência.

O inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, dis- põe que:

•  a investidura em cargo ou emprego público dependede aprovação prévia em concurso público de provasou de provas e títulos, de acordo com a natureza e acomplexidade do cargo ou emprego, na forma pre-vista em lei, ressalvadas as nomeações para cargoem comissão declarado em lei de livre nomeação eexoneração.

O artigo 11 da Lei n°. 8.112/90 dispõe que:

•  O concurso será de provas ou de provas e títulos,

 podendo ser realizado em duas etapas, conformedispuserem a lei e o regulamento do respectivo pla-no de carreira, condicionada a inscrição do candida-to ao pagamento do valor fixado no edital, quandoindispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipó-teses de isenção nele expressamente previstas

O prazo de validade do concurso público será de atédois anos, prorrogável uma única vez, por igual período.

 –  O prazo será contado a partir da homologação pelaautoridade competente.

 –  Homologação é ato vinculado no qual a Adminis-

tração verifica os aspectos da legalidade.

O prazo de validade e as condições da realização doconcurso público serão fixados em edital, o qual será pu-

 blicado no Diário Oficial da União e em jornal de grandecirculação.

A Lei n°. 8.112/90 estabelece que não se abrirá novoconcurso enquanto houver candidato aprovado em concursoanterior com prazo de validade não expirado. O inciso IV,do artigo 37 da Constituição, não proíbe a abertura denovo certame, mesmo havendo concurso dentro do pra-zo de validade, desde que os aprovados anteriormente

tenham prioridade, conforme a ordem de classificação.

Deficientes

 –  Às pessoas portadoras de deficiência é asseguradoo direito de se inscrever em concurso público para

 provimento de cargos cujas atribuições sejam com- patíveis com a deficiência de que são portadoras.

 –  Aos portadores de deficiência serão reservadas até20% das vagas oferecidas no concurso.

ATENÇÃO! A Constituição Federal dispõe que a leireservará percentual dos cargos e empre-gos públicos para as pessoas portadoras dedeficiência.

Posse

•  A posse é um ato bilateral, pois depende da mani-festação da vontade do nomeado declarando a acei-tação do cargo.

•  A investidura no cargo ocorrerá com a posse.•  Os requisitos básicos para a posse em cargo público

são: –  a nacionalidade brasileira; –  o gozo dos direitos políticos; –  a quitação com as obrigações militares e

eleitorais; –  o nível de escolaridade exigido para o exercício

do cargo; –  a idade mínima de dezoito anos; –  aptidão física e mental.

•  As atribuições do cargo podem justificar a exigên-cia de outros requisitos estabelecidos em lei, como

 por exemplo, carteira de motorista.

•  Segundo a Constituição, o estrangeiro poderá ocu- par cargo público na forma da lei, ou seja, a lei de-verá prever expressamente que determinado cargo

 público pode ser ocupado por estrangeiro.

•  A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo ter-mo, no qual deverão constar as atribuições, os deve-res, as responsabilidades e os direitos inerentes aocargo ocupado.

•  A posse deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias,contados da publicação do ato de provimento. –  Se a posse não ocorrer no prazo previsto, 30

(trinta) dias, o ato de provimento será tornadosem efeito.

•  A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

•   No ato da posse, o servidor apresentará declaraçãode bens e valores que constituem seu patrimônio edeclaração quanto ao exercício ou não de outro cargo,emprego ou função pública.

•  A posse em cargo público dependerá de prévia ins-

 peção médica oficial.•  A posse em cargo público de provimento efetivo é

um direito subjetivo do nomeado, não podendo anomeação ser desfeita por livre vontade da Admi-nistração.

•  O prazo para investidura no cargo será contado dotérmino do impedimento, na hipótese de o servidor,na data da nomeação, estar usufruindo de:

 –  licenças: –   por motivo de doença em pessoa da família; –   por convocação do serviço militar; –   para capacitação; –  gestante, adotante e paternidade; –   para tratar da própria saúde até o limite de 24

(vinte e quatro) meses;

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 – por motivo de acidente em serviço ou doença profissional.

• Afastamentos: – por férias; – para participação em programa de treinamento

regularmente instituído; – para integrar júri e outros serviços obrigatórios por lei;

 – por deslocamento para nova sede de que t rata oartigo 18 da Lei n°. 8.112/90;

 – para participar de competição desportiva nacionalou convocação para integrar representaçãodesportiva nacional, no país e no exterior,conforme disposto em lei específica.

Exercício

•  Exercício é o efetivo desempenho das atribuições

do cargo público ou da função de confiança.

•  O prazo para o servidor empossado em cargo públi-co entrar em exercício é de 15 (quinze) dias, conta-dos da data da posse.

 – Se o servidor não entrar em exercício no prazo previsto, 15 (quinze) dias, será exonerado do cargo.

•  O servidor somente fará jus às vantagens pecuniá-

rias partir do exercício.•  Compete à autoridade competente do órgão ou enti-dade para onde o servidor for nomeado ou designa-do dar-lhe exercício.

•  O início do exercício de função de confiança coinci-dirá com a data de publicação do ato de designação,salvo quando o servidor estiver em licença ou afas-tado por qualquer outro motivo legal, hipótese emque recairá no primeiro dia útil após o término doimpedimento.

 – O início do exercício da função de confiança não poderá exceder a 30 (trinta) dias, contados dadata de publicação do ato de designação.

Estágio Probatório

Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargode provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório,durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto deavaliação para o desempenho do cargo, observados os se-guinte fatores: (Vide EMC nº 19)

 –  Assiduidade;

 –  Disciplina;

 –  Capacidade de iniciativa;

 –  Produtividade; –  Responsabilidade.

ATENÇÃO! A redação do artigo 20 da Lei n°. 8.112/90foi alterada pela Lei nº 11.784/2008:

 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para car-

 go de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses , durante o qual a

 sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o

desempenho do cargo (...)

Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridadecompetente a avaliação do desempenho do servidor,

realizada por comissão constituída para essa finalidade,de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento darespectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidadede apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do  

caput deste artigo.O servidor não aprovado no estágio probatório será

exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anterior-mente ocupado.

O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções

de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidadede lotação.O servidor em estágio probatório somente poderá ser 

cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão doGrupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, de ní-veis 6, 5 e 4, ou equivalentes.

Ao servidor em estágio probatório somente poderãoser concedidos:

 –  as licenças:•   por motivo de doença em pessoa da família;•   por motivo de afastamento do cônjuge ou

companheiro;•   para o serviço militar; e•   para atividade política.

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17D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

 – os afastamentos:•   para exercício de mandato eletivo;•   para estudo ou missão no exterior;•   para servir organismo internacional de que o

Brasil participe; e•   para curso de formação decorrente de aprovação

em concurso para outro cargo na AdministraçãoPública Federal.

O estágio probatório ficará suspenso durante:

 –  as licenças:•   por motivo de doença em pessoa da família;•   por motivo de afastamento do cônjuge ou

companheiro; e•   para atividade política.

 – os afastamentos:•   para servir organismo internacional de que o

Brasil participe; e•   para curso de formação decorrente de aprovação

em concurso para outro cargo na Administração

Pública Federal.

 Nesses casos – licenças e afastamentos – o estágio pro- batório será retomado a partir do término do impedimento.

Estabilidade

 – A estabilidade é uma garantia constitucional deferi-da aos ocupantes de cargo efetivo.

 – Para adquirir estabilidade será necessário:•  Aprovação em concurso público para cargo

efetivo;

•  Aprovação no estágio probatório;•  Aprovação em avaliação especial de desempenhorealizada por comissão instituída para essafinalidade;

•  Três anos de efetivo exercício.

 – A estabilidade diz respeito ao serviço público e nãoao cargo. Já o estágio probatório refere-se ao cargo,assim, a cada novo cargo efetivo, o servidor está su-

 jeito a um novo estágio.

 – O servidor estável aprovado em novo concurso pú- blico não perderá a estabilidade desde que continuena mesma esfera. Como, por exemplo, um servidor efetivo estável que trabalhe no Ministério da Saúde,

uma vez aprovado em concurso do Tribunal de Con-tas da União – TCU continuará estável no âmbitoda União; se reprovado no estágio probatório, seráreconduzido ao Ministério da Saúde.

 – Situação diversa seria do servidor estável no âmbitoda União que seja aprovado em concurso no esta-do de São Paulo. Nesse caso, por mudar de esfera,esse servidor perderá a estabilidade junto à União.Assim, se reprovado em estágio probatório no novocargo que exerce no estado de São Paulo, não pode-rá ser reconduzido ao cargo de origem.

 – Hipóteses de perda da estabilidade:

•  em virtude de sentença judicial transitada em julgado;•  mediante processo administrativo em que lhe

seja assegurada ampla defesa;

•  mediante procedimento de avaliação periódicade desempenho (demissão em caráter punitivo),na forma da lei complementar, assegurada aampla defesa;

•   por excesso de despesa com pessoal.

 – É importante estabelecer a diferença entre efetivi-

dade e estabilidade. Efetividade é atributo do cargodesde o instante da nomeação; estabilidade é a inte-gração ao serviço público após três anos.

Provimento Derivado

Promoção

 –  Provimento é o movimento ascendente dentro damesma carreira, com acréscimo de vencimentos eresponsabilidades (movimento vertical – cargo emcarreira previsto em lei).

 –  Atualmente, é requisito para promoção, a participa-ção em cursos de formação e aperfeiçoamento.

Readaptação

 –  Readaptação é a investidura do servidor em car-go de atribuições e responsabilidades semelhantescompatíveis com a limitação que tenha sofrido emsua capacidade física ou mental.

 –  Se julgado incapaz para o serviço público, o readap-tando será aposentado.

 –  A readaptação será efetivada em cargo de atribui-

ções afins, respeitada a habilitação exigida, nível deescolaridade e equivalência de vencimentos.

 –   Na hipótese de inexistência de cargo vago, o servi-dor exercerá suas atribuições como excedente, até aocorrência de vaga.

Reversão

 – Reversão é retorno do aposentado a ativa e podeocorrer de duas formas distintas:

•  Verificação de insubsistência dos motivos quelevaram a invalidez

 –  Essa hipótese ocorre quando uma junta médica ofi-cial declara superados os motivos de aposentadoriado servidor por invalidez.

 –  É um ato vinculado, pois a Administração, nessecaso, deve reverter o aposentado. Inexistindo vagao servidor atuará como excedente.

•   No interesse da Administração.

•   Nesse caso, a reversão decorre do pedido doservidor, que aposentado voluntariamente,

 pretende voltar ao serviço ativo na condição deservidor ocupante do mesmo cargo efetivo noqual se deu a aposentadoria.

•  Essa forma de reversão depende do interesseda Administração, sendo, portanto, um atodiscricionário.

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São requisitos para a reversão no interesse da Admi-nistração:

 – solicitação do servidor;

 – o servidor ter se aposentado voluntariamente;

 – o servidor ter sido estável quando em atividade;

 – o servidor contar menos de 70 (setenta) anos; – o servidor estar aposentado a menos de 5 (cinco)

anos da data de solicitação de reversão;

 – haver cargo vago.

Aproveitamento

 – Aproveitamento é o retorno ao serviço público doservidor que estava em disponibilidade em razão daextinção do cargo ou declaração de sua desnecessi-dade. Ou, ainda, em vir tude de reingresso do servi-dor ilegalmente desligado de seu cargo, quando nãofor possível reconduzir o atual ocupante ao antigo

 posto ou aproveitá-lo em outro cargo. – Deve ocorrer em cargo de atribuições e vencimen-

tos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Reintegração

 – A reintegração é a reinvestidura do servidor estávelno cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resul-tante de sua transformação, quando invalidada a suademissão por decisão administrativa ou judicial,com ressarcimento de todas as vantagens.

 – Na hipótese de o cargo encontrar-se provido por ser-vidor estável, este será:

•  reconduzido ao cargo de origem, sem direito àindenização;

•  aproveitado em outro cargo;•   posto em disponibilidade, com remuneração

 proporcional ao tempo de serviço.

Recondução

 – Recondução é o retorno do servidor estável ao seucargo de origem por inabilitação no estágio probató-rio relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

 – Encontrando-se provido o cargo de origem, o servi-

dor será aproveitado em outro cargo. – Há uma hipótese em que o servidor estável poderá

 pedir sua recondução:•  O servidor é aprovado em outro concurso

 público, dentro da mesma esfera, desiste do novocargo e pede para ser reconduzido ao cargo deorigem, desde que o faça no período do estágio

 probatório.

VACÂNCIA

A vacância cargo público decorrerá de:

•  Posse inacumulável em outro cargo;•  Promoção;

•  Falecimento;

•  Exoneração;•  Readaptação;•  Aposentadoria;•  Demissão:

 – A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedidoou de ofício.

 – A exoneração de cargo em comissão e a dispensade função de confiança dar-se-á a juízo daautoridade competente ou a pedido do próprioservidor.

REMOÇÃO

Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido oude ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudan-ça de sede.

São modalidades de remoção:•  de ofício, no interesse da Administração;

•  a pedido, a critério da Administração;•  a pedido para outra localidade, independente do in-

teresse da Administração: – para acompanhar cônjuge ou companheiro,

também servidor, que foi deslocado no interesseda Administração;

 – por motivo de saúde do servidor, cônjuge oucompanheiro ou dependente que viva às suasexpensas e conste de seu assentamento funcional,condicionada à comprovação por junta médica;

 – em virtude de processo seletivo.

REDISTRIBUIÇÃO

Redistribuição é o deslocamento de cargo de provi-mento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geralde pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder,com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observa-dos os seguintes preceitos:

•  interesse da administração;•  equivalência de vencimentos;•  manutenção da essência das atribuições do cargo;•  vinculação entre os graus de responsabilidade e

complexidade das atividades;•  mesmo nível de escolaridade, especialidade ou ha-

 bilitação profissional;•  compatibilidade entre as atribuições do cargo e as

finalidades institucionais do órgão ou entidade.

É preciso salientar que a redistribuição ocorrerá ex

officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho àsnecessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorgani-zação, extinção ou criação de órgão ou entidade.

SUBSTITUIÇÃO

Os servidores investidos em cargo ou função de direçãoou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão

substitutos indicados no regimento interno. Se tais substitu-tos não estiverem indicados no regimento interno, o dirigentemáximo do órgão ou entidade, previamente, o designará.

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19D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

 Nos afastamentos, impedimentos legais ou regula-mentares do titular e na vacância do cargo, sem prejuízo docargo que ocupa, o substituto assumirá automática e cumu-lativamente o exercício do cargo ou função de direção ouchefia e os de Natureza Especial. Nessa hipótese, o substitu-to deverá optar pela remuneração de um dos cargos durante

o período em que substituir.ATENÇÃO! A Lei nº. 8.112/90 dispõe que o substitu-to somente receberá a respectiva remune-ração se a substituição for superior a 30(trinta) dias consecutivos e na proporçãodos dias de efetiva substituição, que ex-cederem o referido período. Porém, a re-solução nº. 307, de 05 de março de 2003,do Conselho da Justiça Federal, além deoutras disposições normativas, determinaque o substituto fará jus a remuneraçãodo substituído desde o primeiro dia de

efetiva substituição.

DIREITOS E VANTAGENS

Vencimento

Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercíciode cargo público, com valor fixado em lei.

Remuneração

Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres-

cido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidasem lei.•   Nenhum desconto incidirá sobre a remuneração,

salvo por imposição legal ou mandado judicial. É possível, mediante autorização do servidor, haver descontos em favor de terceiros.

•  O vencimento, a remuneração e o provento não se-rão objeto de arresto, sequestro ou penhora, excetonos casos de prestação de alimentos, resultante dedecisão judicial.

•  O servidor perderá a remuneração: – do total do dia em que faltar ao serviço sem

motivo justificado; – da parcela diária de atrasos salvo na hipótese decompensação, segundo as regras estabelecidas

 pela chefia; – no caso de dano ao erário (patrimônio público),

em que a Administração descontará do servidor o percentual mínimo de 10% de sua remuneraçãomensal, após conceder ao agente o direito dedefesa.

ATENÇÃO! A Lei nº 11.784/2008 incluiu ao art. 41 daLei n° 8.112/90 o § 5°, qual seja: “ Nenhum

 servidor receberá remuneração inferior 

ao salário mínimo”. A remuneração do servidor é que não poderá ser inferior ao

 salário mínimo, e não o vencimento.

Provento

Provento é a remuneração percebida pelo aposentadoou pensionista.

Vantagens

Conforme o artigo 49 da Lei n° 8.112/90, poderãoser pagas ao servidor, além do vencimento, as seguintesvantagens:

•  Indenizações;

•  Gratificações; e

•  Adicionais.

ATENÇÃO! Para efeito de concessão de quaisquer ou-tros acréscimos pecuniários ulteriores, asvantagens pecuniárias não serão computa-das nem acumuladas sob o mesmo títuloou idêntico fundamento.

Indenizações

As indenizações têm por finalidade compensar osgastos eventuais que o servidor foi obrigado a fazer para oexercício de sua atividade.

•   Nunca se incorporam à remuneração para qualquer efeito.

•   Não tem caráter salarial.

•  Constituem espécies de indenização: ajuda de cus-to, diárias, transporte e auxílio-moradia.

Ajuda de custo

A ajuda de custo destina-se a compensar as despesasde instalação do servidor que, no interesse do serviço,

 passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domi-cílio em caráter permanente.

•   No caso de o cônjuge ou companheiro, também ser-vidor, vier a ter exercício na mesma sede é vedado oduplo pagamento da indenização.

•  A ajuda de custo é calculada sobre a remuneraçãodo servidor, conforme dispuser regulamento, não

 podendo exceder a importância correspondente a

três meses.•  As despesas de transporte do servidor e de sua fa-

mília, que compreendem passagem, bagagem e bens pessoais, serão custeadas pela Administração.

•   No caso de o servidor falecer na nova sede, à suafamília são assegurados ajuda de custo e transporte

 para a localidade de origem, dentro do prazo deum ano, a contar do óbito.

•   Na hipótese de o servidor afastar-se do cargo oureassumi-lo em virtude de mandado eletivo não

 perceberá a ajuda de custo.

•  Àquele que, não sendo servidor da União, for no-

meado para cargo em comissão, com mudança dedomicílio, perceberá, a titulo de indenização, ajudade custo.

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20I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

•  Caso o servidor, injustificadamente, não se apresen-te na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias, ficaráobrigado a restituir a ajuda de custo.

Diária

A diária será devida ao servidor que se afastar da sedea serviço, em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional ou para o exterior.

•  As diárias têm por finalidade indenizar as despesasextraordinárias que o servidor tiver com pousada,alimentação e locomoção urbana, sendo concedidas

 por dia de afastamento.

•   Na hipótese de o deslocamento do servidor não exi-gir per noite fora da sede, ou quando a União custe-ar, de uma outra forma, as despesas extraordináriascobertas por diárias, o servidor perceberá a metadeda diária.

•  O servidor não fará jus a diárias, na hipótese de: –  deslocar-se dentro da mesma regiãometropolitana, aglomeração urbana oumicrorregião, constituídas por municípioslimítrofes e regularmente instituídas;

 –  deslocar-se para áreas de controle integradomantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e

competência dos órgãos, entidades e servidoresbrasileiros considera-se estendida;

 –  o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo.

ATENÇÃO! Nos casos previstos, se houver  pernoite 

fora da sede, o servidor perceberá as di-árias, que serão as fixadas para os afasta-mentos dentro do território nacional, salvose o deslocamento do servidor constituir exigência permanente do cargo.

IMPORTANTE! O servidor que receber diárias e não seafastar da sede, por qualquer motivo, ficaobrigado a restituí-las integralmente, no

 prazo de 5 (cinco) dias.

Transporte

A indenização transporte é devida ao servidor que re-alizar despesas, por força das atribuições próprias do cargo,utilizando meio próprio de locomoção para a execução deserviços externos, conforme se dispuser em regulamento.

Auxílio-moradia

O auxílio-moradia consiste em ressarcir as despesascomprovadamente realizadas pelo servidor com aluguelde moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira.

O servidor receberá a indenização no prazo de um mês

após a comprovação da despesa pelo servidor.Para ter direito ao auxílio-moradia, deverão ser atendi-

dos os seguintes requisitos:

•  não existir imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;

•  o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupar imóvel funcional;

•  nos doze meses que antecederem sua nomeação, oservidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou

tenha sido proprietário, promitente comprador, ces-sionário ou promitente cessionário de imóvel no Mu-nicípio onde for exercer o cargo, incluída a hipótesede lote edificado sem averbação de construção;

•  nenhuma outra pessoa que residir com o servidor receba o auxílio-moradia;

•  o servidor ter se mudado do local de residência paraocupar cargo em comissão ou função de confian-ça do Grupo-Direção e Assessoramento Superio-res – DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, deMinistro de Estado ou equivalentes;

•  o Município onde o servidor assumir o cargo em co-missão ou função de confiança não se enquadrar nashipóteses do § 3° do artigo 58 da Lei n° 8.112/90, emrelação ao local de residência ou domicílio do servidor;

•  o servidor não ter sido domiciliado ou residido noMunicípio onde for exercer o cargo em comissão oufunção de confiança nos últimos doze meses. Nes-sa situação, desconsidera-se prazo inferior a 60(sessenta) dias dentro desse período.

•  o deslocamento não ter sido por força de alteraçãode lotação ou nomeação para cargo efetivo;

•  o deslocamento ter ocorrido após 30 de junho de 2006.

O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos.

O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25%do valor do cargo em comissão, função comissionada oucargo de Ministro de Estado ocupado. O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento)da remuneração de Ministro de Estado.

Independentemente do valor do cargo em comissão oufunção comissionada, fica garantido a todos os que preenche-rem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00(mil e oitocentos reais).

O auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês,nos casos de falecimento ou exoneração do servidor, colo-cação de imóvel funcional à sua disposição ou na hipótesede aquisição de imóvel.

Das Gratificações

As gratificações têm o objetivo de retribuir o servidor  pelo exercício de alguma atividade.

Da retribuição pelo exercício de Função de Direção,Chefia ou Assessoramento: o servidor público que ocupar cargo efetivo, investido em função de direção, chefia ou as-sessoramento, em cargo de natureza especial ou em cargo

de provimento em comissão, fará jus a uma retribuição peloseu exercício pelo fato de ter maiores responsabilidades nasua função pública.

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Gratificação Natalina: corresponde a 1/12 (um dozeavos) da remuneração calculada sobre o valor da remunera-ção a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mêsde exercício no respectivo ano. Para fins desta gratificação,a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considera-da como mês integral. Tal retribuição será paga até o dia 20

(vinte) do mês de dezembro de cada ano. O servidor exone-rado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmen-te aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração domês da exoneração.

Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso: édevida ao servidor que, em caráter eventual:

I – atuar como instrutor em curso de formação, de de-senvolvimento ou de treinamento regularmente ins-tituído no âmbito da administração pública federal;

– Nessa situação, o valor máximo da hora trabalha-da corresponderá ao percentual de 2,2%, incidentesobre o maior vencimento básico da administração

 pública federal.II – participar de banca examinadora ou de comissão

 para exames orais, para análise curr icular, paracorreção de provas discursivas, para elaboração dequestões de provas ou para julgamento de recursosintentados por candidatos;

– Nessa situação, o valor máximo da hora trabalha-da corresponderá ao percentual de 2,2%, incidentesobre o maior vencimento básico da administração

 pública federal.

III – participar da logística de preparação e de realiza-ção de concurso público envolvendo atividades de

 planejamento, coordenação, supervisão, execução eavaliação de resultado, quando tais atividades nãoestiverem incluídas entre as suas atribuições per-manentes;

– Nessa situação, o valor máximo da hora trabalha-da corresponderá ao percentual de 1,2%, incidentesobre o maior vencimento básico da administração

 pública federal.

IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar pro-vas de exame vestibular ou de concurso público ousupervisionar essas atividades.

– Nessa situação, o valor máximo da hora trabalha-

da corresponderá ao percentual de 1,2%, incidentesobre o maior vencimento básico da administração

 pública federal.

Considerações Finais

O valor da gratificação será calculado em horas. Paraeste fim, serão observadas a natureza e a complexidade daatividade exercida.

A retribuição não poderá exceder ao equivalente a 120(cento e vinte) horas de trabalho anuais. Em situação excep-

cional, devidamente justificada e previamente aprovada, aautoridade máxima do órgão ou entidade poderá autorizar oacréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anua is.

A Gratificação por Encargo de Curso ou Concursonão se incorpora ao vencimento ou salário do servidor paraqualquer efeito. Também não poderá ser utilizada como

 base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.

Somente será devida a Gratificação por Encargo deCurso ou Concurso se as atividades referidas forem exerci-das sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular. Quando tais atividades forem desempenhadasdurante a jornada de trabalho, a cargo horária deverá ser compensada.

Dos Adicionais

São acréscimos na remuneração do servidor decorren-tes de condições ou situações especiais de trabalho.

Adicional por Tempo de serviço: REVOGADO

PELA MP N. 2.225-45/2001. Os servidores que até o dia8 de março de 1999 completaram quinquênios fazem jus à percepção dos respectivos adicionais que já estão incorpo-rados a suas remunerações.

Adicionais de Insalubridade, Periculosidade e Ati-vidade Penosa:

 –  O adicional de insalubridade é devido aos servi-dores que trabalham com habitualidade em locaisinsalubres ou em contato permanente com substan-cias tóxicas ou radioativas.

 –  O adicional de periculosidade é devido aos servido-

res que trabalham com habitualidade em locais queofereçam risco à vida.

 –  O adicional de atividade penosa é devido aos servi-dores que trabalham em zonas de fronteira ou emlocalidades cujas condições de vida o justifiquem,nos termos, condições e limites fixados em regula-mento.

 –  O servidor que fizer jus aos adicionais de insalu- bridade e de periculosidade não poderá percebê-loscumulativamente, devendo optar por um deles.

 –  O direito ao adicional de insalubridade ou pericu-losidade cessa quando não mais existirem as condi-ções ou os riscos que deram causa a sua concessão.

Adicional por Serviço Extraordinário: o serviço ex-traordinário será remunerado com acréscimo de 50% emrelação à hora normal de trabalho. Este serviço somenteserá permitido para atender a situações excepcionais e tem-

 porárias, observado o limite máximo de 2 (duas) horas por  jornada. A jornada de trabalho dos servidores será fixada deacordo com as atribuições pertinentes aos respectivos car-gos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40(quarenta) horas e observados os limites, mínimo e máximo,de 6 (seis) horas e 8 (oito) horas diárias, respectivamente.

Adicional Noturno: o serviço noturno terá o valor-ho-ra acrescido de 25%. Considera-se serviço noturno, aquele

 prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas)

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22I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, compu-tando-se cada hora como 52 (cinquenta e dois) minutos e 30(trinta) segundos. No caso de serviço extraordinário, o adi-cional noturno incidirá sobre a remuneração do adicional

 por serviço extraordinário.Adicional de férias: será pago ao servidor um adi-

cional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias, independentemente de solicitação doservidor.

Férias

•  O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias.•   No caso de necessidade do serviço, as férias podem

ser acumuladas até o máximo de dois períodos, res-salvadas as hipóteses em que haja legislação especí-fica.

•  Serão exigidos 12 (doze) meses de exercício para o

 primeiro período aquisitivo de férias.•  Qualquer falta ao serviço não poderá ser desconta-da das férias.

•  As férias poderão ser parceladas em até 3 (três) eta- pas, desde que assim requeridas pelo servidor, e nointeresse da administração pública. Nesse caso, oadicional de férias será pago quando da utilizaçãodo primeiro período.

•  O servidor que opera direta e permanentementecom Raios X ou substâncias radioativas gozará 20(vinte) dias consecutivos de férias, por semestre deatividade profissional. Neste caso, a acumulação é

 proibida, em qualquer hipótese.

•  As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de:

 – calamidade pública, – comoção interna, – convocação para júri, – serviço militar ou eleitoral, ou – necessidade do serviço declarada pela autoridade

máxima do órgão ou entidade.•   Na hipótese de inter rupção das férias, o restante do

 período interrompido será gozado de uma só vez.•  O pagamento da remuneração das férias será efe-

tuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.

•  O servidor exonerado fará jus a uma indenizaçãorelativa ao período das férias a que tiver direito e aoincompleto. Essa indenização, calculada com basena remuneração do mês da publicação do ato exo-neratório, será na proporção de 1/12 (um doze avos)

 por mês de efetivo exercício ou fração superior a 14(quatorze) dias.

Licenças

 Nos termos previstos no artigo 81 da Lei n° 8.112/90,conceder-se-á ao servidor as seguintes licenças:

•   por motivo de doença em pessoa da família;•   por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;•   para o serviço militar;

•   para atividade política;•   para capacitação;•   para tratar de interesses particulares;•   para desempenho de mandato classista.

Essas licenças somente serão deferidas aos ocupantes

de cargos efetivos, não abrangendo os cargos em comissão.A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias dotérmino de outra da mesma espécie será considerada comoprorrogação.

As licenças são direitos que o Estatuto concede aosservidores efetivos vinculadas a uma situação jurídica, pre-viamente estabelecida, consistindo na ausência justificadadas atividades do cargo.

Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa daFamília

 –  Ao servidor poderá ser concedida licença por moti-vo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais,

dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, oudependente que viva às suas expensas e conste doseu assentamento funcional, mediante comprova-ção por perícia médica oficial.

 – Sua concessão bem como cada uma de suas pror-rogações serão precedidas de exames por períciamédica oficial, observado o disposto no art. 204.

 – Somente será deferida se a assistência direta doservidor for indispensável e não puder ser prestadasimultaneamente com o exercício do cargo ou me-diante compensação de horário.

 – Pode ser concedida no estágio probatório.

 – Enquanto o servidor estiver no gozo da licença, oestágio probatório ficará suspenso. –  A licença será concedida, sem prejuízo da remu-

neração do cargo efetivo, por até 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por até 30 (trinta) dias e,excedendo estes prazos, sem remuneração, por até90 (noventa) dias.

 –   Não será concedida nova licença em período infe-rior a 12 (doze) meses do término da última licençaconcedida.

 –  O período em que a licença é concedida com remu-neração contar-se-á como tempo de contribuição

 para a aposentadoria e como tempo de serviço para

a disponibilidade. Já o período concedido sem re-muneração não contará para nenhum efeito.

 –  O servidor em gozo desta licença não poderá exer-cer qualquer atividade remunerada.

Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

 –  Ao servidor poderá ser concedida licença paraacompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslo-cado para outro ponto do território nacional, para oexterior ou para o exercício de mandato eletivo dosPoderes Executivo e Legislativo.

 –  Pode ser concedida no estágio probatório. –  Enquanto o servidor estiver no gozo da licença, o

estágio probatório ficará suspenso.

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23D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

 – A licença será por prazo indeterminado e sem re-muneração.

 – O período em que o servidor estiver em gozo dessalicença não contará para nenhum efeito.

 – No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou com- panheiro também seja servidor público, civil ou

militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Es-tados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderáhaver exercício provisório em órgão ou entidade daAdministração Federal direta, autárquica ou funda-cional, desde que para o exercício de atividade com-

 patível com o seu cargo.

Da Licença para o Serviço Militar

 – Ao servidor convocado para o serviço militar seráconcedida licença, na forma e condições previstas

em legislação específica. – Pode ser concedida no estágio probatório.

 – Será por prazo indeterminado e com remuneração.

 – Enquanto o servidor estiver no gozo da licença, oestágio probatório não será suspenso.

 – Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30(trinta) dias sem remuneração para reassumir oexercício do cargo.

Licença para Atividade Política

 – O servidor terá direito a licença para atividade política. Essa licença divide-se em duas etapas:

 –   Sem remuneração - durante o período que mediar 

entre a sua escolha em convenção partidária, como

candidato a cargo eletivo, e a véspera do registrode sua candidatura perante a Justiça Eleitoral;

 –  Com remuneração - a partir do registro da candi-datura na Justiça Eleitoral até o 10° (décimo) dia

 seguinte ao da eleição. Porém, essa remuneração somente se estenderá pelo prazo de 3 (três) meses. No caso de o período eleitoral ultrapassar 3 (três)

meses, o servidor terá direito a licença, mas não

terá direito a remuneração ao que exceder este prazo.

 – Pode ser concedida no estágio probatório.

 – Enquanto o servidor estiver no gozo da licença, oestágio probatório ficará suspenso.

 – O período em que houver remuneração serácomputado para fins de aposentadoria e disponibili-dade.

 – O servidor, candidato a cargo eletivo na localidadeonde desempenha suas funções, que exercer cargode direção, chefia, assessoramento, arrecadaçãoou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia

imediato ao do registro de sua candidatura perantea Justiça Eleitoral, até o 10º (décimo) dia seguinte aodo pleito.

Da Licença para Capacitação

 – Após cada quinquênio de efetivo exercício, oservidor poderá, no interesse da Administração,afastar-se do exercício do cargo efetivo, com arespectiva remuneração, por até 3 (três meses), para

 participar de curso de capacitação profissional. – Os períodos dessa licença não podem ser acumulados. – O período de licença para capacitação é computado

como efetivo exercício. – É importante ressaltar que a concessão dessa licença

constitui um ato discricionário da Administração.

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

 – A critério da Administração, ao servidor ocupantede cargo efetivo poderá ser concedida licença parao trato de assuntos particulares pelo prazo de até 3

(três) anos consecutivos, sem remuneração. – Não pode ser gozada por servidor em estágio proba-tório.

 – A concessão dessa licença constitui uma discricio-nariedade da Administração.

 – Poderá ser interrompida a qualquer tempo peloservidor ou no interesse do serviço.

 – Não havendo remuneração nem contribuição seu período não conta para nenhum efeito.

Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

 – É assegurado ao servidor o direito à licença parao desempenho de mandato em confederação,federação, associação de classe de âmbito nacional,sindicato representativo da categoria ou entidadefiscalizadora da profissão.

 – Será concedida sem remuneração. – Sua concessão é um ato vinculado. – Não pode ser gozada por servidor em estágio proba-

tório. – A licença terá duração igual a do mandato. No caso

de reeleição, poderá ser prorrogada por uma únicavez.

 – Somente poderão ser licenciados servidores eleitos

 para cargos de direção ou representação nasentidades.

 – Seu período será considerado para todos os efeitos,exceto para promoção por merecimento.

Afastamentos

Os afastamentos são direitos que a Lei confere ao ser-vidor em casos especiais. O Estatuto prevê três espécies deafastamentos:

•  Servir a outro órgão ou entidade;•  Exercício de mandato eletivo;

•  Estudo ou missão no exterior;•  Para participação em programa de pós-graduação

 stricto senso no país.

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Servir a outro órgão ou entidade

 – O servidor poderá ser cedido para ter exercício emoutro órgão ou entidade dos Poderes da União, dosEstados, ou do Distrito Federal e dos Municípios,nos seguintes casos:

a. para exercício de cargo em comissão ou função deconfiança;

 b. em casos previstos em leis específicas. – Pode ser concedido no estágio probatório. – Enquanto o servidor estiver no gozo deste afasta-

mento, o estágio probatório não ficará suspenso. – Na hipótese da letra ‘a’, quando a cessão é para

Estado, DF ou Municípios o ônus da remuneraçãoserá do cessionário. Se a cessão do servidor ocorrer entre órgão, entidades e Poderes da União, caberáao cedente o pagamento da remuneração de servidor relativamente ao seu cargo efetivo, e ao cessionárioo pagamento pelo exercício do cargo em comissãoou da função de confiança.

 – Na hipótese de o servidor cedido para empresa pública ou sociedade de economia mista optar pelaremuneração do cargo efetivo, a entidade cessio-nária efetuará o reembolso das despesas realizadas

 pelo órgão ou entidade de origem. – Na hipótese de a União requisitar servidor estadual,

distrital ou municipal, deverá arcar com o ônus daremuneração.

 – O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos em comissão ou função comissio-nada e somente poderá ser cedido para outro órgãoou entidade para ocupar DAS de níveis 6, 5 e 4 ouequivalentes. (Lei n° 8.112/90 - artigo 20 § 3º)

 – O período de afastamento contar-se-á como deefetivo exercício.

Mandato eletivo

 – Ao servidor investido em mandato eletivo é assegu-rado o afastamento na seguinte forma:

 –  investido em mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

 –  investido no mandato de Prefeito, será afastado docargo, podendo optar pela remuneração;

 –  investido no mandato de vereador: havendo compa-tibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargoeletivo; não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar  pela sua remuneração.

 – Pode ser concedido no estágio probatório. – Enquanto o servidor estiver no gozo do afastamento,

o estágio probatório não será suspenso. – No caso de afastamento do cargo, o servidor contri-

 buirá para a seguridade social como se em exercícioestivesse.

 – O servidor investido em mandato eletivo ou classistanão poderá ser removido ou redistribuído de ofício

 para localidade diversa daquela onde exerce omandato.

 – Este período será considerado para todos os efeitos,exceto para promoção por merecimento.

Estudo ou Missão no Exterior

 – Poderá ser concedido ao servidor afastamento paraestudo ou missão no exterior.

 – Esse afastamento dependerá da autorização doPresidente da República (Executivo), Presidente dos

Órgãos do Poder Legislativo (Legislativo) e Presi-dente do Supremo Tribunal Federal (Judiciário). – Pode ser concedido no estágio probatório. – Enquanto o servidor estiver no gozo do afastamento,

o estágio probatório não será suspenso, salvo se for  para servir organismo internacional.

 – O prazo máximo para o afastamento é de quatroanos.

 – O afastamento será com remuneração, salvo se oservidor for servir organismo internacional do qualo Brasil participe.

 – O período em que o servidor ficar afastado é omesmo período que ele tem de trabalhar novamente

 para fazer jus a um novo afastamento. Durante esse período, o servidor beneficiado pelo afastamentonão poderá ser exonerado a pedido e nem poderáafastar-se do cargo para tratar de assuntos particu-lares (Licença para tratar de assuntos particulares),ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesahavida com seu afastamento.

 – O período de afastamento será contado como deefetivo exercício.

Para participação em programa de pós-graduaçãostricto sensu no país

 – O servidor poderá, no interesse da Administração,e desde que a participação não possa ocorrer simul-taneamente com o exercício do cargo ou mediantecompensação de horário, afastar-se do exercício docargo efetivo, com a respectiva remuneração, para

 participar em programa de pós-graduação  stricto

 sensu em instituição de ensino superior no país. – Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade

definirá, em conformidade com a legislação vigente,os programas de capacitação e os critérios para

 participação em programas de pós-graduação no

País, com ou sem afastamento do servidor, que serãoavaliados por um comitê constituído para este fim. – Os afastamentos para realização de programas de

mestrado e doutorado somente serão concedidos aosservidores titulares de cargos efetivos no respectivoórgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos paramestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluídoo período de estágio probatório, que não tenham seafastado por licença para tratar de assuntos parti-culares para gozo de licença capacitação ou comfundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anterioresà data da solicitação de afastamento.

 – Os afastamentos para realização de programas de

 pós-doutorado somente serão concedidos aos servi-dores titulares de cargo efetivo no respectivo órgãoou entidade há pelo menos 4 (quatro) anos, incluído

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25D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

o período de estágio probatório, e que não tenhamse afastado por licença para tratar de assuntos

 particulares, para gozo de licença capacitação oucom fundamento neste artigo nos 4 (quatro) anosanteriores à data da solicitação de afastamento.

 – Os servidores beneficiados por estes afastamentos

terão que permanecer no exercício de suas funçõesapós o seu retorno por um período igual ao do afasta-mento concedido. Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes decumprido o período de permanência previsto na lei,deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma doart. 47 da Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990,dos gastos com seu aperfeiçoamento.

 – Também deverá ressarcir o órgão ou entidade, naforma do art. 47 da Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento, o servidor que não obtenha o título ou grau que justificou seuafastamento no período previsto, salvo na hipótese

comprovada de força maior ou de caso fortuito, acritério do dirigente máximo do órgão ou entidade.

CONCESSÕES DE TEMPO DE SERVIÇO

Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

•   por 1 (um) dia, para doação de sangue;•   por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;•   por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:

 – casamento; – falecimento do cônjuge, companheiro, pais,

madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor 

sob guarda ou tutela e irmãos. – Essas ausências são consideradas como de

efetivo exercício.

Também são considerados como de efetivo exercícioos afastamentos em virtude de:

•  férias;•  exercício de cargo em comissão ou equivalente,

em órgão ou entidade dos Poderes da União, dosEstados, Municípios e Distrito Federal;

•  exercício de cargo ou função de governo ou adminis-tração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;

• participação em programa de treinamentoregularmente instituído, ou em programa depós-graduação stricto sensu no país, conformedispuser o regulamento;

•  desempenho de mandato eletivo federal, estadual,municipal ou do Distrito Federal, exceto para

 promoção por merecimento;•   júri e outros serviços obrigatórios por lei;•  missão ou estudo no exterior, quando autorizado o

afastamento, conforme dispuser o regulamento;•  licença:

 – à gestante, à adotante e à paternidade;

 – para tratamento da própria saúde, até o limitede vinte e quatro meses, cumulativo ao longo dotempo de serviço público prestado à União, emcargo de provimento efetivo;

 –  para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração emsociedade cooperativa constituída por servidores

 para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento;

 – por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

 – para capacitação, conforme dispuser oregulamento;

 – por convocação para o serviço militar.•  deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;•   participação em competição desportiva nacional ou

convocação para integrar representação desportivanacional, no País ou no exterior, conforme dispostoem lei específica;

•  afastamento para servir em organismo internacionalde que o Brasil participe ou com o qual coopere.

Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e dis-

 ponibilidade:•  o tempo de serviço público prestado aos Estados,Municípios e Distrito Federal;

•  a licença para tratamento de saúde de pessoa dafamília do servidor, com remuneração;

•  a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;•  o tempo correspondente ao desempenho de mandato

eletivo federal, estadual, municipal ou distrital,anterior ao ingresso no serviço público federal;

•  o tempo de serviço em atividade privada, vinculadaà Previdência Social;

•  o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

•  o tempo de licença para tratamento da própria saúdeque exceder o prazo a que se refere a alínea “b” doinciso VIII do art. 102.

Do Direito de Petição

O direito de petição é o direito que todo servidor temde pedir, requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direi-to ou interesse legítimo.

•  O pedido sempre será dirigido à autoridade compe-tente para decidi-lo. Tal pedido será encaminhado

 por intermédio da autoridade a que o requerenteestiver imediatamente subordinado, em obediência

à hierarquia na Administração.•  O requerente encaminha à chefia imediata, que tem

 prazo de 5 (cinco) dias para remeter à autoridadecompetente. Esta tem o prazo de 30 (trinta) dias

 para decidir.•  Caso o requerimento do servidor seja indeferido

ou deferido parcialmente caberá pedido de recon-sideração à autoridade que houver expedido o atoou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. Esse pedido de reconsideração deverá ser despachado no prazo de 5 (cinco) dias e decido em30 (trinta) dias.

•  Do indeferimento do pedido de reconsideraçãocaberá recurso a ser interposta no prazo de 30(trinta) dias.

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26I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

•  Também cabe recurso das decisões sobre osrecursos sucessivamente interpostos até o máximode três instâncias administrativas (Lei n°. 9.784/99).

•  O recurso é encaminhado à autoridade imediata-mente superior a que decidiu.

•  O pedido de reconsideração é dirigido para mesma

autoridade prolatora da decisão.•  Em regra, o recurso não terá efeito suspensivo, mas

a Administração, a juízo da autoridade competente, poderá recebê-lo com efeito suspensivo.

•  O direito de requerer prescreve em: – 5 (cinco) anos para atos de demissão e de

cassação de aposentadoria ou disponibilidadeou que afetem interesse patrimonial e créditosresultantes das relações de trabalho;

 – 120 (cento e vinte) dias nos demais casos. – A prescrição começa a correr na data da

 publicação do ato ou da ciência do interessado. – O prazo de prescrição será contado da data da

 publicação do ato impugnado ou da ciência pelointeressado.

 – O pedido de reconsideração e o recurso, quandocabíveis, interrompem o prazo de prescrição.

 – A prescrição não pode ser relevada pelaAdministração, uma vez que é de ordem pública.

 – A Administração deverá rever seus atos, aqualquer tempo, quando eivados de ilegalidade,em obediência ao Princípio da Auto-tutela.

REGIME DISCIPLINAR 

Dos Deveres

São deveres do servidor públicos:•  Exercer com zelo e dedicação as atribuições do

cargo;•  Ser leal às instituições a que servir;•  Observar as normas legais e regulamentares;•  Cumprir as ordens superiores, exceto quando

manifestamente ilegais;•  Atender com presteza:

 – ao público em geral, prestando as informaçõesrequeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

 – a expedição de certidões requeridas para defesa

de direito ou esclarecimento de situações deinteresse pessoal;

 – às requisições para a defesa da Fazenda Pública.•  Levar ao conhecimento da autoridade superior as

irregularidades de que tiver ciência em razão docargo;

•  Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

•  Guardar sigilo sobre assunto da repartição;•  Manter conduta compatível com a moralidade

administrativa;•  Ser assíduo e pontual ao serviço;

•  Tratar com urbanidade as pessoas;•  Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso

de poder.

Das Proibições

Ao servidor é proibido:•  Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem

 prévia autorização do chefe imediato – advertência;•  Retirar, sem prévia anuência da autoridade compe-

tente, qualquer documento ou objeto da repartição – advertência;

•  Recusar fé a documentos públicos – advertência;•  Opor resistência injustificada ao andamento de

documento e processo ou execução de serviço – advertência;

•  Promover manifestação de apreço ou desapreço norecinto da repartição – advertência;

•  Cometer a pessoa estranha à repartição, fora doscasos previstos em lei, o desempenho de atribuiçãoque seja de sua responsabilidade ou de seu subordi-nado – advertência;

•  Coagir ou aliciar subordinados no sentido defiliarem-se a associação profissional ou sindical, oua partido político – advertência;

•  Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funçãode confiança, cônjuge, companheiro ou parente atéo segundo grau civil – advertência;

•  Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal oude outrem, em detrimento da dignidade da função

 pública – demissão; – Incompatibiliza o ex-servidor para nova

investidura em cargo público federal, pelo prazode cinco anos.

•  Participar de gerência ou administração desociedade privada, personificada ou não personifi-cada, exercer o comércio, exceto na qualidade deacionista, cotista ou comanditário - demissão;ATENÇÃO! Essa vedação não se aplica nosseguintes casos:

 – participação nos conselhos de administração efiscal de empresas ou entidades em que a Uniãodetenha, direta ou indiretamente, participaçãono capital social ou em sociedade cooperativaconstituída para prestar serviços a seus membros;

 – gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91, observada alegislação sobre conflito de interesses.

•  Atuar, como procurador ou intermediário, juntoa repartições públicas, salvo quando se tratar de

 benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou compa-nheiro – demissão;

 – Incompatibiliza o ex-servidor para novainvestidura em cargo público federal, pelo prazode cinco anos.

•  Receber propina, comissão, presente ou vantagemde qualquer espécie, em razão de suas atribuições – demissão;

•  Aceitar comissão, emprego ou pensão de estadoestrangeiro – demissão;

•  Praticar usura sob qualquer de suas formas – demissão;

•  Proceder de forma desidiosa – demissão;•  Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição

em serviços ou atividades particulares – demissão;

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27D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

•  Cometer a outro servidor atribuições estranhas aocargo que ocupa, exceto em situações de emergênciae transitórias –  suspensão;

•  Exercer quaisquer atividades que sejam incompatí-veis com o exercício do cargo ou função e com ohorário de trabalho –  suspensão;

•  Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quandosolicitado – advertência.

ACUMULAÇÃO

Ressalvados os casos previstos na Constituição, é ve-dada a acumulação remunerada de cargos públicos. Dispõeo artigo 37, inciso XVI da CF/88:

É vedada a acumulação remunerada de cargos públi-cos, exceto, quando houver compatibilidade de horários,observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou

científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissio-nais de saúde, com profissões regulamentadas.

A proibição de acumular se estende a cargos, empregose funções em autarquias, fundações públicas, empresas pú-

 blicas, sociedades de economia mista da União, do DistritoFederal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

Ainda que lícita, a acumulação de cargos fica condicio-nada à comprovação da compatibilidade de horários.

É proibida a acumulação de vencimento de cargo ouemprego público efetivo com proventos da inatividade, sal-vo quando os cargos de que decorram essas remuneraçõesforem acumuláveis na atividade.

O servidor não poderá exercer mais de um cargo emcomissão, exceto no caso previsto no parágrafo único doart. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão dedeliberação coletiva.

Art. 9º – Parágrafo único. O servidor ocupante decargo em comissão ou de natureza especial poderá ser no-meado para ter exercício, interinamente, em outro cargo deconfiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente

ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração deum deles durante o período da interinidade.

O disposto anteriormente não se aplica à remuneraçãodevida pela participação em conselhos de administração efiscal das empresas públicas e sociedades de economia mis-ta, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer en-tidades sob controle direto ou indireto da União, observadoo que, a respeito, dispuser legislação específica.

O servidor vinculado ao regime da Lei n° 8.112/90, queacumular licitamente dois cargos efetivos, quando investidoem cargo de provimento em comissão, ficará afastado deambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de umdeles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ouentidades envolvidos.

RESPONSABILIDADE CIVIL, CRIMINAL EADMINISTRATIVA

Responsabilidade Civil

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou

comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo aoerário ou a terceiros.A indenização de prejuízo dolosamente causado ao

erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46,na falta de outros bens que assegurem a execução do débito

 pela via judicial.Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atua-

lizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comuni-cadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para

 pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser  parceladas, a pedido do interessado.

§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior aocorrespondente a dez por cento da remuneração, provento

ou pensão.§ 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no

mês anterior ao do processamento da folha, a reposição seráfeita imediatamente, em uma única parcela.

§ 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrênciade cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou asentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão elesatualizados até a data da reposição.

Quando o dano for causado a terceiros, o servidor res- ponderá perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

A obrigação de reparar o dano se estende aos suces-sores e contra eles será executada, até o limite do valor daherança recebida.

Responsabilidade Criminal

A responsabilidade penal abrange os crimes e contra-venções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Responsabilidade Administrativa

A responsabilidade civil-administrativa resulta de atoomissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargoou função.

 – As sanções civis, penais e administrativas poderãocumular, sendo independentes entre si. – No caso de absolvição criminal que negue a

existência do fato ou sua autoria, a responsabilidadeadministrativa do servidor será afastada.

Penalidades

As penalidades disciplinares previstas no artigo 127 daLei n° 8.112/90 são as seguintes:

 – Advertência; – Suspensão; – Demissão; – Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; – Destituição de cargo em comissão; – Destituição de função comissionada;

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28I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

 Na aplicação das penalidades serão consideradas a na-tureza e a gravidade da infração, os danos ao serviço públi-co, as circunstâncias agravantes e atenuantes e os antece-dentes funcionais.

A imposição da pena mencionará sempre o fundamen-to legal e a causa da sanção disciplinar.

Advertência

• Será aplicada por escrito e constará nos assenta-mentos individuais do servidor.

• Prescreverá em 180 (cento e oitenta) dias, a contar do conhecimento do fato pela autoridade compe-tente.

• Seu registro será cancelado após o decurso de 3(três) anos.

• Será aplicada no caso de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou normainterna, que não justifique imposição de penalidademais grave, e quando o servidor:

 – Ausentar-se do serviço durante o expediente,sem prévia autorização do chefe imediato;

 – Retirar, sem prévia anuência da autoridadecompetente, qualquer documento ou objeto darepartição;

 – Recusar fé a documentos públicos; – Opor resistência injustificada ao andamento de

documento e processo ou execução de serviço; – Promover manifestação de apreço ou desapreço

no recinto da repartição; – Cometer a pessoa estranha à repartição, fora

dos casos previstos em lei, o desempenho deatribuição que seja de sua responsabilidade ou de

seu subordinado; – Coagir ou aliciar subordinados no sentido defiliarem-se a associação profissional ou sindical,ou a partido político;

 – Manter sob sua chefia imediata, em cargo oufunção de confiança, cônjuge, companheiro ou

 parente até o segundo grau civil; – Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais

quando solicitado.

Suspensão

• O prazo máximo é de 90 (noventa) dias, sem remu-

neração.• Prescreverá em 2 (dois) anos, a contar do conheci-

mento do fato pela autoridade competente.

• Seu registro será cancelado após o decurso de 5(cinco) anos.

• Será aplicada em caso de reincidência da penalida-de de advertência, e quando o servidor:

 – Cometer a outro servidor atribuições estranhasao cargo que ocupa, exceto em situações deemergência e transitórias;

 – Exercer quaisquer atividades que sejamincompatíveis com o exercício do cargo ou

função e com o horário de trabalho; – Recusar-se, injustificadamente, a ser submetido àinspeção médica oficial (suspensão pelo prazo deaté 15 dias).

• A critério da autoridade competente, a suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando oservidor obrigado a permanecer no serviço.

ATENÇÃO! O cancelamento da penalidade, advertên-

cia ou suspensão não surtirá efeitos retro-ativos.

Demissão

• Demissão é o desligamento do servidor públicoocupante de cargo efetivo em decorrência da práticade falta grave.

• Deve ser precedida de processo administrativodisciplinar, sendo assegurado ao servidor o direito aampla defesa.

• Prescreverá em 5 (cinco) anos, a contar do conheci-mento do fato pela autoridade competente.

 – O prazo de prescrição será interrompido pelaabertura de sindicância ou instauração de

 processo administrativo até a decisão final proferida por autoridade competente.

• Será aplicada nos seguintes casos: – Crime contra a administração pública; – Abandono de cargo - ausência intencional por 

mais de 30 (trinta) dias consecutivos; – Inassiduidade habitual – falta ao serviço por 

60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses, sem causa justificada;

 – Na apuração de abandono de cargo e inassiduidadehabitual será adotado procedimento sumário.

 – Improbidade administrativa; – Incontinência pública e conduta escandalosa, na

repartição; – Insubordinação grave em serviço; – Ofensa física, em serviço, salvo em legítima

defesa própria ou de outrem; – Aplicação irregular de dinheiros públicos; – Revelação de segredo do qual se apropriou em

razão do cargo; – Lesão aos cofres públicos e dilapidação do

 patrimônio nacional; – Corrupção;

 – Acumulação ilegal de cargos, empregos oufunções públicas.• Transgressão dos incisos IX a XVI do artigo 117 da

Lei n° 8.112/90, quais sejam: – Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal

ou de outrem, em detrimento da dignidade dafunção pública;

 – Participar de gerência ou administração desociedade privada, personificada ou não

 personificada, salvo a part icipação nos conselhosde administ ração e fiscal de empresas ou entidadesem que a união detenha, direta ou indiretamente,

 participação no capital social ou em sociedade

cooperativa constituída para prestar serviços aseus membros, e exercer o comércio, exceto naqualidade de acionista, cotista ou comanditário;

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29D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

 – Atuar, como procurador ou intermediário, juntoa repartições públicas, salvo quando se tratar de

 benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge oucompanheiro;

 – Receber propina, comissão, presente ou

vantagem de qualquer espécie, em razão de suasatribuições; – Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado

estrangeiro; – Praticar usura sob qualquer de suas formas; – Proceder de forma desidiosa; – Utilizar pessoal ou recursos materiais da

repartição em serviços ou atividades particulares.• Recusa pelo agente público de prestar declaração

dos bens dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa (Lei n° 8.429/92 - artigo 13 § 3º).

Cassação de Aposentadoria ou Disponibilidade

• A cassação da aposentadoria ou disponibilidadeocorre quando o servidor pratica uma conduta

 punível com demissão e posteriormente é aposen-tado ou posto em disponibilidade sem que aAdministração tenha ciência de sua conduta.

• Deve ser precedida de processo administrativodisciplinar, sendo assegurada ao servidor ampladefesa.

• Prescreverá em 5 (cinco) anos, a contar do conheci-mento do fato pela autoridade competente.

 – O prazo de prescrição será interrompido pelaabertura de sindicância ou instauração de

 processo administrativo até a decisão final proferida por autoridade competente.

• Será aplicada nos seguintes casos: – Quando o servidor inativo houver praticado na

atividade falta punível com a demissão. – Quando o servidor for aproveitado em outro

cargo e não assumi-lo no prazo legal, salvodoença comprovada. (Ver artigo 32 da Lei n°8.112/90).

Destituição de cargo em comissão

• Destituição de cargo em comissão é o desligamento,em caráter punitivo, do servidor ocupante de cargoem comissão – não ocupante de cargo efetivo, pelafalta punível com pena de suspensão ou demissão.

• Deve ser precedida de processo administrativodisciplinar, sendo assegurada ao servidor ampladefesa.

• Prescreverá em 5 (cinco) anos, a contar do conheci-mento do fato pela autoridade competente.

 – O prazo de prescrição será interrompido pelaabertura de sindicância ou instauração de

 processo administrativo até a decisão final proferida por autoridade competente.

• Implica a indisponibilidade dos bens e o ressar-cimento ao erário, se o servidor for demitido oudestituído de cargo em comissão por:

 – improbidade administrativa; – aplicação irregular de dinheiros públicos; – lesão aos cofres públicos e dilapidação do

 patrimônio nacional; – corrupção.

• Incompatibiliza o ex-servidor para nova inves-tidura em cargo público federal, pelo prazo de 5(cinco) anos, a demissão ou destituição de cargo emcomissão nos casos de o servidor:

 – valer-se do cargo para lograr proveito pessoalou de outrem, em detrimento da dignidade dafunção pública;

 – atuar, como procurador ou intermediário, juntoa repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciaisde parentes até o segundo grau, e de cônjuge oucompanheiro.

• Não poderá retornar ao serviço público federal, oservidor que for demitido ou destituído do cargocomissionado por:

 – crime contra a Administração Pública; – improbidade administrativa; – aplicação irregular de dinheiros públicos; – lesão aos cofres públicos e dilapidação do

 patrimônio nacional; – corrupção.

As penalidades disciplinares serão aplicadas:

 – pelo Presidente da República, pelos Presidentes dasCasas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federaise pelo Procurador-Geral da República, quando setratar de demissão e cassação de aposentadoria oudisponibilidade de servidor vinculado ao respectivoPoder, órgão, ou entidade;

 – pelas autoridades administrativas de hierarquiaimediatamente inferior àquelas mencionadas noinciso anterior quando se tratar de suspensãosuperior a 30 (trinta) dias;

 – pelo chefe da repartição e outras autoridades naforma dos respectivos regimentos ou regulamentos,nos casos de advertência ou de suspensão de até 30(trinta) dias;

 – pela autoridade que houver feito a nomeação, quandose tratar de destituição de cargo em comissão.

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR  – PAD

As irregularidades no serviço público podem ser apuradas mediante sindicância ou processo administrativodisciplinar.

Processo administrativo disciplinar é a ferramentautilizada para apurar irregularidades no serviço público. OPAD também é utilizado pela Administração como instru-mento legal para a aplicação de penalidades por faltas gra-ves cometidas pelo servidor público.

A autoridade que tiver ciência de irregularidade no ser-viço público deverá promover sua apuração imediata, assegu-rado ao servidor contraditório e ampla defesa. Essa apuração

 poderá ser promovida por autoridade de órgão ou entidade

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30I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

diverso daquele que em que tenha ocorrido a irregularidade,mediante competência específica para tal finalidade.

As denúncias serão objeto de apuração, desde que con-tenham a identificação e o endereço do denunciante e sejamformuladas por escrito, confirmada a autenticidade. Porém,quando o fato narrado não configurar evidente infração dis-

ciplinar ou ilícito penal, a denuncia será arquivada, por faltade objeto.

Sindicância

A sindicância é um processo mais célere e simples deapurar irregularidades.

A autoridade administrativa procederá à sindicância: – Quando houver necessidade de apurar a existência

de falta ou sua autoria. – Para a aplicação de penalidade quando o ato não

exigir, expressamente, o processo administrativo. – Quando não se consegue comprovar a autoria, por 

faltas cometidas em que haja aplicação das penali-dades de advertência e suspensão – até 30 (trinta)dias.

Da sindicância poderá resultar: – arquivamento do processo; – aplicação de penalidade de advertência ou suspensão

de até 30 (trinta) dias; – instauração de processo disciplinar.

O prazo para conclusão da sindicância não excederá

30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, acritério da autoridade superior.Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a

imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trin-ta) dias, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibi-lidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigató-ria a instauração de processo disciplinar.

Afastamento Preventivo

O afastamento preventivo é uma medida cautelar quetem por objetivo afastar o servidor para que ele não influana apuração da irregularidade.

 – A autoridade instauradora do processo disciplinar  poderá determinar o afastamento do servidor, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo daremuneração.

 – O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, aindaque não concluído o processo.

Processo Disciplinar

O processo disciplinar é o instrumento destinado a

apurar responsabilidade de servidor por infração pratica-

da no exercício de suas atribuições, ou que tenha relaçãocom as atribuições do cargo em que se encontre investido. (Lei n°. 8.112/90 – artigo 148).

• Será conduzido por uma comissão composta de 3(três) servidores estáveis designados pela autori-dade competente.

• A comissão indicará, dentre seus membros, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivosuperior ou de mesmo nível, ou ter nível de escola-

ridade igual ou superior ao do indiciado.• O secretário da comissão será designado pelo presi-dente desta, podendo a indicação recair em um deseus membros.

• O cônjuge, companheiro ou parente do acusado,consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral,até o terceiro grau, não poderão participar dacomissão de sindicância ou de inquérito.

• A Comissão exercerá suas atividades com indepen-dência e imparcialidade, assegurado o sigilonecessário.

• As reuniões e as audiências das comissões terãocaráter reservado.

• O processo disciplinar se desenvolve nas seguintesfases:

 – instauração, com a publicação do ato queconstituir a comissão;

 – inquérito administrativo, que compreendeinstrução, defesa e relatório;

 – julgamento.• O processo disciplinar deverá ser concluído no prazo

de até 60 (sessenta) dias, contados da data de publi-cação do ato que constituir a comissão. Quandoas circunstancias o exigirem, o prazo poderá ser 

 prorrogado por igual período.

• A comissão dedicará tempo integral aos seustrabalhos sempre que necessário, ficando seusmembros dispensados do ponto, até a entrega dorelatório final.

• Os atos do processo serão realizados por escrito.• As reuniões da comissão serão registradas em atas

e os depoimentos reduzidos a termo.

A instauração é a primeira fase do processo adminis-trativo disciplinar que ocorre com a publicação do ato queconstitui a comissão.

O inquérito administrativo obedecerá ao princípio docontraditório, assegurado ao acusado ampla defesa, com a

utilização dos meios e recursos admitidos em direito.É a segunda fase do processo administrativo discipli-

nar, subdividido em Instrução, Defesa e Relatório.

Instrução

• Principal fase investigatória do PAD que investigaos atos praticados pelo servidor investigado.

• No caso de prévia sindicância, seus autos integrarãoo processo como peça informativa de instrução.

 – Se o relatório da sindicância concluir que ainfração está capitulada como ilícito penal, a

autoridade competente encaminhará cópia dosautos ao Ministério Público, independentementeda imediata instauração do processo disciplinar.

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31D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

• A comissão promoverá a tomada de depoimentos,acareações, investigações e diligências cabíveis,objetivando a coleta de prova, recorrendo, quandonecessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

• As testemunhas serão intimadas a depor mediante

mandado expedido pelo presidente da comissão,devendo a segunda via, com o ciente do interessado,ser anexado aos autos.

 – O depoimento das testemunhas deverá ser  prestado oralmente e reduzido a termo escrito.

 – Na hipótese de mais de uma testemunha, osdepoimentos serão prestados separadamente.

 – Na hipótese de depoimentos contraditórios seráfeita a acareação.

• Concluída a inquir ição das testemunhas, o acusadoserá ouvido, intimando-o por meio de mandadoexpedido pelo presidente da comissão.

 – Na hipótese de mais de um acusado, os depoimentos

serão prestados separadamente, e sempre quedivergirem em suas declarações sobre os fatos oucircunstancias, proceder-se-á a acareação entre eles.

 – O incidente de sanidade mental será processadoem auto apartado e apenso ao processo principal,após a expedição do laudo pericial.

• Quando houver dúvida sobre a sanidade mental doacusado, a comissão proporá à autoridade compe-tente que ele seja submetido a exame por juntamédica oficial, da qual participe pelo menos ummédico psiquiatra.

 – O incidente de sanidade mental será processadoem auto apartado e apenso ao processo principal,após a expedição do laudo pericial.

• Tipificada a infração disciplinar, a comissão promoverá o indiciamento do servidor com a especi-ficação dos fatos a ele imputados e das respectivas

 provas.• Com a imputação da infração ao acusado com

a indicação das provas, encerra-se a subfase deinstrução, passando à fase de defesa.

Defesa

• Após o indiciamento, a comissão citará o acusado por 

mandado expedido pelo presidente da comissão paraapresentar defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias. – Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será de

20 (vinte) dias. – O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo

dobro, para diligências reputadas indispensáveis.• O indiciado que mudar de residência fica obrigado

a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

• Encontrando-se o indiciado em lugar incerto e nãosabido, será citado por edital, publicado no DiárioOficial da União e em jornal de grande circulaçãona localidade do último domicílio conhecido, paraapresentar defesa. Nesse caso, o prazo para defesaserá de 15 (quinze) dias a partir da última publi-cação do edital.

• Não apresentando defesa escrita no prazo legal, oacusado, regularmente citado, será consideradorevel.

 – A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

 – A revelia no processo administrativo disciplinar,diferentemente do processo civil, não enseja a

 presunção de veracidade material da acusação. – A autoridade instauradora do processo designará

um servidor como defensor dativo para defender o indiciado revel. O defensor dativo deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmonível, ou ter nível de escolaridade igual ousuperior ao do indiciado.

• Após o recebimento da defesa, encerra-se a subfaseda defesa, passando-se à fase do relatório.

Relatório

• Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatóriominucioso, onde resumirá as peças principais dosautos e mencionará as provas em que se baseou paraformar a sua convicção.

• O relatório será sempre conclusivo quanto àinocência ou à responsabilidade do servidor.

• Reconhecida a responsabilidade do servidor, acomissão indicará o dispositivo legal ou regula-mentar transgredido, bem como as circunstânciasagravantes ou atenuantes.

• O processo disciplinar, com o relatório da comissão,será remetido à autoridade que determinou a suainstauração, para julgamento.

Julgamento

O julgamento é a última fase do processo administra-tivo disciplinar.

• Na hipótese de penalidade a ser aplicada, o julga-mento do processo será feito pela autoridadecompetente nos termos do artigo 141 da Lei n°.8.112/90.

• A autoridade julgadora deverá proferir a sua decisãono prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebi-mento do processo.

• Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçadada autoridade instauradora do processo, este seráencaminhado à autoridade competente, que decidiráem igual prazo.

• Na hipótese de mais de um indiciado e diversi-dade de sanções, o julgamento caberá à autoridadecompetente para a imposição da pena mais grave.

• O julgamento acatará o relatório da comissão, salvoquando contrário às provas dos autos. Nesta hipótese,a autoridade julgadora poderá agravar a penalidade

 proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de respon-sabilidade, desde que motivadamente.

• Em qualquer fase do processo, na ocorrência devício insanável, a autoridade que determinou ainstauração do processo ou outra de hierarquia

superior declarará a sua nulidade, total ou parcial,e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outracomissão para instauração de novo processo.

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33D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídassuas autarquias e fundações, é assegurado regime de previ-dência de caráter contributivo e solidário.

O servidor será aposentado:

• por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto sedecorrente de acidente em serviço, moléstia profis-sional ou doença grave, contagiosa ou incurável, naforma da lei;

• compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;

• voluntariamente, desde que cumprido tempomínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço

 público e cinco anos no cargo efetivo em que se daráa aposentadoria, observadas as seguintes condições:

 – 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) decontribuição, se homem; e 55 (cinquenta e cinco)

anos de idade e 30 (trinta) de contribuição, semulher;

 – 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem,e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher,com proventos proporcionais ao tempo decontribuição.

Os proventos de aposentadoria e as pensões, por oca-sião de sua concessão, não poderão exceder a remuneraçãodo respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu aaposentadoria ou que serviu de referência para a concessãoda pensão.

A aposentadoria compulsória será automática. Serádeclarada por ato e vigorará a partir do dia imediato àqueleem que o servidor atingir a idade limite de permanência noserviço público.

A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a part ir da data da publicação do respectivo ato.

A aposentadoria por invalidez será precedida de licen-ça para tratamento de saúde, por período que não exceda24 (vinte e quatro) meses. Expirado o período de licença enão estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

 – A Lei nº. 11.907 de 2009 estabelece que, para finsde aposentadoria por invalidez, serão consideradas

apenas as licenças motivadas pela enfermidadeensejadora da invalidez ou doenças correlacionadas. – Outra redação dada pela Lei nº. 11.907 de 2009

menciona que a critério da Administração, oservidor em licença para tratamento de saúde ouaposentado por invalidez poderá ser convocado aqualquer momento, para avaliação das condiçõesque ensejaram o afastamento ou a aposentadoria.

 – O lapso de tempo compreendido entre o término dalicença e a publicação do ato da aposentadoria seráconsiderado como de prorrogação da licença.

 – O servidor aposentado com provento proporcionalao tempo de contribuição, se acometido de qualquer das moléstias especificadas no art. 186, § 1° daLei n°. 8.112/90, e por este motivo for consideradoinválido por junta médica oficial, passará a perceber 

 provento integral, calculado com base no funda-mento legal de concessão da aposentadoria. (Lei nº.11.907 de 2009)

 – O provento, quando proporcional ao tempo decontribuição, não será inferior a 1/3 (um terço) daremuneração da atividade

 – O servidor aposentado fará jus à gratificaçãonatalina.

Auxílio-natalidade

• O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho. Este benefício seráno valor correspondente ao menor vencimento doserviço público, inclusive no caso de natimorto.

• Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescidode 50%, por nascituro.

• Quando a parturiente não for servidora, o auxílioserá pago ao cônjuge ou companheiro servidor 

 público.

Salário-família

• O salário-família é devido ao servidor ativo ou aoinativo, por dependente econômico.

• Consideram-se dependentes econômicos para efeitode percepção do salário-família:

 – o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusiveos enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou,se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, seinválido, de qualquer idade;

 – o menor de 21 (vinte e um) anos que, medianteautorização judicial, viver na companhia e àsexpensas do servidor, ou do inativo;

 – a mãe e o pai sem economia própria.• Quando o beneficiário do salário-família perceber 

rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte,inclusive pensão ou provento da aposentadoria, emvalor igual ou superior ao salário-mínimo não seconfigura a dependência econômica.

• Quando o pai e mãe forem servidores públicos eviverem em comum, o salário-família será pagoa um deles; quando separados, será pago a ume outro, de acordo com a distribuição dos depen-

dentes. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, amadrasta e, na falta destes, os representantes legaisdos incapazes.

• O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração,não acarreta a suspensão do pagamento do salário-família.

Licença para tratamento de Saúde

• Ao servidor será concedida licença para tratamentode saúde, a pedido ou de ofício, com base em períciamédica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

• A licença para tratamento de saúde será concedidacom base em perícia oficial. (Lei nº. 11.907 de 2009).

 – Sempre que necessário, a inspeção médicaserá realizada na residência do servidor ou no

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34I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

 – Inexistindo médico no órgão ou entidade no localonde se encontra ou tenha exercício em caráter 

 permanente o servidor, e não se configurandoas hipóteses previstas nos parágrafos do art.230, será aceito atestado passado por médico

 particular.• Excedido o prazo de 120 (cento e vinte) dias no

 período de 12 (doze) meses a contar do primeiro diade afastamento, a licença será concedida medianteavaliação por junta médica oficial. (Lei nº. 11.907 de2009).

• A perícia oficial para concessão dessa licença, bemcomo nos demais casos de perícia oficial previstosnesta lei, nas hipóteses em que abranger o campode atuação da odontologia, será efetuada por cirur-giões-dentistas. (Lei nº. 11.907 de 2009).

• A licença para tratamento de saúde inferior a 15(quinze) dias, dentro de um ano, poderá ser dispen-

sada de perícia oficial, na forma definida emregulamento. (Lei nº. 11.907 de 2009).

Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Pater-nidade

À servidora gestante será concedida licença por 120(cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remune-ração.

IMPORTANTE! O Decreto nº 6.690, de 11 de dezem- bro de 2008, instituiu o Programa de Prorrogação da Licen-ça à Gestante e à Adotante.

•  Serão beneficiadas pelo Programa de Prorrogaçãoda Licença à Gestante e à Adotante as servidoras

 públicas federais lotadas ou em exercício nos órgãose entidades integrantes da Administração Públicafederal direta, autárquica e fundacional.

•  A prorrogação será garantida à servidora públicaque requeira o benefício até o final do primeiro mêsapós o parto e terá duração de 60 (sessenta) dias.

•  A licença poderá ter início no primeiro dia do nonomês de gestação, salvo antecipação por prescriçãomédica. No caso de nascimento prematuro, a licençaterá início a partir do parto.

•   No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias doevento, a servidora será submetida a exame médico,e se julgada apta, reassumirá o exercício.

•   No caso de aborto atestado por médico oficial, aservidora terá direito a 30 (trinta) dias de repousoremunerado.

•  O servidor terá direito à licença-paternidade de5 (cinco) dias consecutivos pelo nascimento ouadoção de filhos.

•  Durante a jornada de t rabalho, a servidora lactanteterá direito a uma hora de descanso para amamentar o próprio filho até a idade de 6 (seis) meses. Essedescanso poderá ser parcelado em dois períodos demeia hora.

•  À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial decriança até um ano de idade, serão concedidos 90(noventa) dias de licença remunerada.

• No caso de adoção ou guarda judicial de criançacom mais de um ano de idade, o prazo será de 30(trinta) dias.

• O Programa de Prorrogação da Licença à Gestante eà Adotante será igualmente garantido a quem adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção decriança, na seguinte proporção:

 – 45 (quarenta e cinco) dias, no caso de cr iança deaté um ano de idade; e

 – 15 (quinze) dias, no caso de criança com mais deum ano de idade.

Licença por Acidente em Serviço

Considera-se acidente em serviço o dano físico oumental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ouimediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

• Equipara-se ao acidente em serviço o dano: – decorrente de agressão sofrida e não provocada

 pelo servidor no exercício do cargo;

 – sofrido no percurso da residência para o trabalhoe vice-versa.

• O servidor acidentado em serviço será licenciadocom remuneração integral.

• Na hipótese de o servidor acidentado em serviçonecessitar de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos

 públicos.• O tratamento recomendado por junta médica

oficial constitui medida de exceção e somente seráadmissível quando inexistirem meios e recursosadequados em instituição pública.

 – A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez)

dias. Este prazo pode ser prorrogado quando ascircunstâncias assim exigirem.

Pensão

• A pensão é devida aos dependentes do servidor falecido.

• Será paga mensalmente no valor correspondente aoda respectiva remuneração ou provento do servidor falecido.

• Será concedida a partir da data do óbito, observadoo limite legal.

• As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em

vitalícias e temporárias.A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas perma-nentes, que somente se extinguem ou revertem com a mortede seus beneficiários.

A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessa-ção de invalidez ou maioridade do beneficiário.

São beneficiários das pensões:• Vitalícia:

 – o cônjuge; – a pessoa desquitada, separada judicialmente ou

divorciada, com percepção de pensão alimentícia; – o companheiro ou companheira designado que

comprove união estável como entidade familiar; – a mãe e o pai que comprovem dependência

econômica do servidor;

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35D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

 – a pessoa designada, maior de 60 anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob adependência econômica do servidor.

• Temporária: – os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos

de idade, ou, se inválidos, enquanto durar a

invalidez; – o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um)anos de idade;

 – o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, eo inválido, enquanto durar a invalidez, quecomprovem dependência econômica do servidor;

 – a pessoa designada que viva na dependênciaeconômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos,ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.

A concessão de pensão vitalícia ao cônjuge ou compa-nheiro exclui desse direito a mãe; o pai; a pessoa designada,maior de 60 (sessenta) anos; e a pessoa portadora de defici-ência, observado o disposto acima.

A concessão da pensão temporária ao cônjuge ou a pessoa desquitada, separada ou divorciada exclui desse di-reito o companheiro ou companheira; a mãe e o pai, obser-vado o disposto acima.

A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pen-são temporária.

• Havendo vários titulares habilitados à pensãovitalícia, o seu valor será distribuído em partesiguais entre os beneficiários habilitados.

• Havendo vários titulares habilitados às pensões

vitalícia e temporária, metade do valor caberá aotitular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outrametade rateada em partes iguais, entre os titularesda pensão temporária.

• Ocorrendo habilitação somente à pensão tempo-rária, o valor integral da pensão será rateado, em

 partes iguais, entre os que se habilitarem.

A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, pres-crevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de 5(cinco) anos.

• Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou

habilitação tardia que implique exclusão de benefi-ciário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida.

O beneficiário condenado pela prática de crime dolosode que tenha resultado a morte do servidor não fará jus à

 pensão.Será concedida pensão provisória por morte presumi-

da do servidor, nos seguintes casos:• declaração de ausência, pela autoridade judiciária

competente;• desaparecimento em desabamento, inundação,

incêndio ou acidente não caracterizado como em

serviço;• desaparecimento no desempenho das atribuições do

cargo ou em missão de segurança.

 – A pensão provisória será transformada em vitalí-cia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5(cinco) anos de sua vigência, ressalvado o even-tual reaparecimento do servidor, hipótese em queo benefício será automaticamente cancelado.

Acarreta perda da qualidade de beneficiário:• o seu falecimento;• a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer 

após a concessão da pensão ao cônjuge;• a cessação de invalidez, em se tratando de beneficiário

inválido;• a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa

designada, aos 21 anos de idade;• a renúncia expressa;• a acumulação de pensão na forma do artigo 225 da

Lei n°. 8.112/90: “Ressalvado o direito de opção,é vedada a percepção cumulativa de mais de duas

 pensões.”

Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a res- pectiva cota reverterá:

• da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares da pensão temporária,se não houver pensionista remanescente da pensãovitalícia;

• da pensão temporária para os co-beneficiários ou, nafalta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia.

Auxílio-Funeral

• O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.

• No caso de acumulação legal de cargos, o auxílioserá pago somente em razão do cargo de maior remuneração.

• O auxílio será pago no prazo de 48 horas, por meiode procedimento sumaríssimo, à pessoa da famíliaque houver custeado o funeral. No caso de o funeralser custeado por terceiro, este será indenizado.

• Em caso de falecimento de servidor em serviçofora do local de trabalho, inclusive no exterior, asdespesas de transporte do corpo correrão à conta derecursos da União, autarquia ou fundação pública.

Auxílio-Reclusão

À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclu-são, nos seguintes valores:

• metade da remuneração, durante o afastamento, emvirtude de condenação, por sentença definitiva, a

 pena que não determine a perda de cargo;• dois terços da remuneração, quando afastado por 

motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, deter-minada pela autoridade competente, enquanto

 perdurar a prisão. Nesse caso, o servidor terádireito à integralização da remuneração, desde queabsolvido.

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36I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir dodia imediato àquele em que o servidor for posto em liberda-de, ainda que condicional.

ASSISTÊNCIA À SAÚDE

A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e desua família compreende:

• assistência médica;• assistência hospitalar;• assistência odontológica;• assistência psicológica; e• assistência farmacêutica.

A assistência à saúde do servidor e de sua família terácomo diretriz básica o implemento de ações preventivasvoltadas para a promoção da saúde e será prestada peloSistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou

entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou medianteconvênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, me-diante ressarcimento parcial do valor despendido pelo ser-vidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistascom planos ou seguros privados de assistência à saúde, naforma estabelecida em regulamento.

 Nas hipóteses previstas na Lei n°. 8.112/90 em que sejaexigida perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausênciade médico ou junta médica oficial, para a sua realização oórgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convêniocom unidades de atendimento do sistema público de saúde,entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade públi-

ca, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Na impossibilidade, devidamente justificada, o órgão ouentidade promoverá a contratação da prestação de serviços

 por pessoa jurídica, que constituirá junta médica especifica-mente para esses fins, indicando os nomes e especialidadesdos seus integrantes, com a comprovação de suas habilita-ções e de que não estejam respondendo a processo discipli-nar junto à entidade fiscalizadora da profissão.

Para os fins do disposto acima, ficam a União e suasentidades autárquicas e fundacionais autorizadas a:

• celebrar convênios exclusivamente para a prestaçãode serviços de assistência à saúde para os seusservidores ou empregados ativos, aposentados,

 pensionistas, bem como para seus respectivosgrupos familiares definidos, com entidades deautogestão por elas patrocinadas por meio deinstrumentos jurídicos efetivamente celebradose publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que

 possuam autor ização de funcionamento doórgão regulador, sendo certo que os convênioscelebrados depois dessa data somente poderãosê-lo na forma da regulamentação específica sobre

 patrocínio de autogestões, a ser publicada pelomesmo órgão regulador, no prazo de 180 (cento e

oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essastambém aplicáveis aos convênios existentes até 12de fevereiro de 2006;

• contratar, mediante licitação, na forma da Lei n°8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planose seguros privados de assistência à saúde que

 possuam autorização de funcionamento do órgãoregulador.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

 No âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judi-ciário, poderão ser instituídos os seguintes incentivos fun-cionais, além daqueles já previstos nos respectivos planosde carreira:

•   prêmios pela apresentação de idéias, inventos outrabalhos que favoreçam o aumento de produtivi-dade e a redução dos custos operacionais;

•  concessão de medalhas, diplomas de honra aomérito, condecoração e elogio.

O Dia do Servidor Público será comemorado em 28(vinte e oito) de outubro.Os prazos serão contados em dias corridos, excluindo-se

o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo ven-cido em dia em que não haja expediente.

Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosó-fica ou política, o servidor não poderá ser privado de quais-quer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vidafuncional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

ninguém será privado de direitos por motivo de crença

religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se asinvocar para eximir-se de obrigação legal a todos impostae recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei(CF/88, art. 5º, inciso VII)

Ao servidor público civil é assegurado, nos termos daConstituição Federal, o direito à livre associação sindical eos seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

•  de ser representado pelo sindicato, inclusive comosubstituto processual;

•  de inamovibilidade do dirigente sindical, até umano após o final do mandato, exceto se a pedido;

•  de descontar em folha, sem ônus para a entidadesindical a que for filiado, o valor das mensalidadese contribuições definidas em assembléia geral dacategoria.

Assim dispõe o art. 8º da Constituição Federal:Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,

observado o seguinte:I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a

fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão com- petente, vedadas ao Poder Público a interferência e a inter-venção na organização sindical;

II – é vedada a criação de mais de uma organizaçãosindical, em qualquer grau, representativa de categoria pro-

fissional ou econômica, na mesma base territorial, que serádefinida pelos trabalhadores ou empregadores interessados,não podendo ser inferior à área de um Município;

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37D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interessescoletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões

 judiciais ou administrativas;IV – a assembléia geral fixará a contribuição que, em

se tratando de categoria profissional, será descontada emfolha, para custeio do sistema confederativo da representa-

ção sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se

filiado a sindicato;VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas ne-

gociações coletivas de trabalho;VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser vo-

tado nas organizações sindicais;VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicali-

zado a partir do registro da candidatura a cargo de direçãoou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente,até um ano após o final do mandato, salvo se cometer faltagrave nos termos da lei.

LEI N°. 9.784/99 – PROCESSO ADMINISTRATIVONO ÂMBITO FEDERAL

Disposições Gerais

A Lei nº. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, regulao processo administrativo no âmbito da AdministraçãoPública Federal, visando, em especial, à proteção dosdireitos dos administrados e ao melhor cumprimento dosfins da Administração.

Esta lei aplica-se à Administração direta e indireta, e

aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,quando no desempenho de função administrativa.Para melhor compreensão desta lei é importante defi-

nir alguns conceitos:• Considera-se órgão a unidade de atuação integrante

da estrutura da Administração direta e indireta. Ressalte-seque os órgãos não têm personalidade jurídica, ao contráriodas entidades.

• Considera-se autoridade o servidor ou agente dotadode poder de decisão.

Princípios

• Legalidade• Eficiência

• Moralidade

• Ampla defesa

• Contraditório

• Finalidade

• Motivação

• Razoabilidade

• Proporcionalidade

• Segurança Jurídica

também expressos no artigo 37 da CF/88

também expressos no artigo 5º da CF/88

Os princípios não expressos na Lei nº. 9.784/99 quenorteiam o processo administrativo da Administração Pú-

 blica são os seguintes:

Oficialidade

Em conformidade com esse princípio, iniciado o pro-cesso, compete à Administração dar a ele prosseguimentoaté a decisão final. O princípio da oficialidade também éconhecido como princípio do impulso oficial do processo.

Maria Sylvia Zanella Di Pietro o define do seguintemodo: “O princípio da oficialidade autoriza a AdministraçãoPública a requerer diligências, investigar fatos de que tomaconhecimento no curso do processo, solicitar pareceres, lau-dos, informações, rever os próprios atos e praticar tudo o quefor necessário à consecução do interesse público.”

Informalismo

 No processo administrativo federal não há formalida-des especiais quanto à prática dos atos, desde que assegu-rem a certeza jurídica e a segurança processual. Ressalte-seque, havendo disposição legal quanto à formalidade de

determinado ato, esta deverá ser cumprida, sob pena de nu-lidade por não atendimento a formalidade legal.

Esse princípio pode ser observado no artigo 3º, incisoIV da Lei nº. 9.784/99, o qual dispõe: “O administrado temos seguintes direitos perante a Administração, sem prejuí-zo de outros que lhe sejam assegurados: (...) IV – fazer-seassistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obri-gatória a representação, por força de lei.”.

Observa-se que no processo administrativo federal, arepresentação por advogado é facultativa.

Verdade Material

Observa-se esse princípio no artigo 27 da Lei n°.9.784/99 quando dispõe que o desatendimento da intima-ção não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, ouseja, o fato de o intimado não comparecer não infere que osfatos expostos pela outra parte são verdadeiros.

Gratuidade

Diferente do que ocorre no processo judicial, o pro-cesso administrativo federal será gratuito, uma vez que aAdministração Pública é uma das partes e principal interes-sada na apuração do fato.

Critérios a serem observados no processo administrativoOs critérios a serem observados no processo adminis-trativo são os seguintes:

• Atuação conforme a lei e o Direito – decorre do princípio da legalidade;

• Atendimento a fins de interesse geral, vedada arenúncia total ou parcial de poderes ou competências,salvo autorização em lei – decorre do princípio daimpessoalidade;

• Objetividade no atendimento do interesse público,vedada a promoção pessoal de agentes ou autori-dades - decorre do princípio da impessoalidade;

• Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro

e boa-fé - decorre do princípio da moralidade;• Divulgação oficial dos atos administrativos, ressal-vadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição- decorre do princípio da publicidade;

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38I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

• Adequação entre meios e fins, vedada a imposição deobrigações, restrições e sanções em medida superior àquelasestritamente necessárias ao atendimento do interesse público -decorre dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade;

• Indicação dos pressupostos de fato e de direito que de-terminarem a decisão - decorre do princípio da motivação;

• Observância das formalidades essenciais à garantiados direitos dos administrados - decorre do princípio da se-gurança jurídica;

• Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitosdos administrados - decorre dos princípios da segurança ju-rídica e do informalismo;

• Garantia dos direitos à comunicação, à apresentaçãode alegações finais, à produção de provas e à interposiçãode recursos, nos processos de que possam resultar sançõese nas situações de litígio - decorre dos princípios da ampladefesa e do contraditório;

• Proibição de cobrança de despesas processuais, res-

salvadas as previstas em leI – decorre do princípio da gra-tuidade dos processos administrativos;• Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem

 prejuízo da atuação dos interessados - decorre do princípioda oficialidade;

• Interpretação da norma administrativa da forma quemelhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige,vedada aplicação retroativa de nova interpretação - decorredos princípios da impessoalidade e da segurança jurídica.

Direitos dos Administrados

Perante a Administração, os administrados possuem os

seguintes direitos, além de outros que lhes são assegurados:• ser tratado com respeito pelas autoridades e servi-

dores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e ocumprimento de suas obrigações;

• ter ciência da tramitação dos processos administra-tivos em que tenha a condição de interessado, ter vista dosautos, obter cópias de documentos neles contidos e conhe-cer as decisões proferidas;

• formular alegações e apresentar documentos antes dadecisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgãocompetente;

• fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, sal-

vo quando obrigatória a representação, por força de lei.

Deveres do Administrado

Perante a Administração, os administrados possuemos seguintes deveres, sem prejuízo de outros previstos emato normativo:

• Expor os fatos conforme a verdade;• Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;• Não agir de modo temerário (imprudente);• Prestar as informações que lhe forem solicitadas e

colaborar para o esclarecimento dos fatos.

Ressalte-se que tanto o processo judicial quanto o proces-so administrativo deverão ter duração “razoável”. A jurispru-dência entende ser direito público subjetivo à razoável duração

dos processos. Essa garantia encontra-se na CF/88, artigo 5º,inciso LXXVII, qual seja: “a todos, no âmbito judicial e admi-nistrativo, são assegurados a razoável duração do processo e osmeios que garantam a celeridade de sua tramitação.”

Do Início do Processo

O processo administrativo pode iniciar-se de ofício oua pedido do interessado.

O requerimento inicial do interessado deve ser formu-lado por escrito, salvo os casos em que for admitida solicita-ção oral. Tal requerimento deve conter os seguintes dados:

• Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;• Identificação do interessado ou de quem o represente;• Domicílio do requerente ou local para recebimento

de comunicações;• Formulação do pedido, com exposição dos fatos e de

seus fundamentos;

• Data e assinatura do requerente ou de seu representante.

 Na falta de elementos necessários ao pedido, o servi-dor deve orientar o interessado quanto ao suprimento des-ses, pois à Administração é vedada a recusa imotivada derecebimento de documentos.

 No caso de pedidos de uma pluralidade de interessa-dos, desde que tenham conteúdo e fundamentos idênticos, alei permite que tais pedidos sejam formulados em um únicorequerimento, salvo disposição legal em contrário.

Dos Interessados

 Na condição de interessados no processo administrati-vo, a Lei nº. 9.784/99 define como legitimados:

• As pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como ti-tulares de direitos ou interesses individuais ou no exercíciodo direito de representação;

• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm di-reitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão aser adotada;

• As organizações e associações representativas, no to-cante a direitos e interesses coletivos;

• As pessoas ou as associações legalmente constituídasquanto a direitos ou interesses difusos.

Destaca-se que há diferença entre interesses coletivose interesses difusos. O interesse coletivo pertence a um gru- po ou categoria de pessoas que podem ser determinadas.Já o interesse difuso abrange um número indeterminado de

 pessoas unidas pelo mesmo fato.Assim dispõe o artigo 81, parágrafo único, da Lei nº.

8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor:“interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para

efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indi-visível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e li-gadas por circunstâncias de fato”;

“interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza

indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por umarelação jurídica base”.

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39D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

Para fins de processo administrativo, consideram-secapazes os maiores de dezoito anos de idade, ressalvadadisposição especial em ato normativo próprio.

Da Competência

Em regra, a competência é irrenunciável e será exer-cida pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmenteadmitidos.

• Avocar é chamar para si a responsabilidade inerenteao subordinado.

• Delegar é atribuir a subordinado responsabilidadesinerentes a autoridade superior.

  Não havendo impedimento legal, um órgão adminis-

trativo e seu titular poderão delegar parte da sua compe-tência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhesejam hierarquicamente subordinados.

ATENÇÃO! A delegação ocorre de superior para subordi-nado. Entretanto, não há obrigatoriedade deque a delegação seja para subordinado hie-rárquico.

 O artigo 13 da Lei nº 9.784/99 enumera os casos em

que não pode haver delegação, quais sejam:• A edição de atos de caráter normativo;• A decisão de recursos administrativos;• As matérias de competência exclusiva do órgão ou

autoridade.

O ato de delegação especificará:

• as matérias e poderes transferidos;• os limites da atuação do delegado;• a duração e os objetivos da delegação; e• recurso cabível.• E, ainda, poderá constar do ato de delegação ressalva

de exercício da atribuição delegada.

Quanto à delegação: • A autoridade delegante poderá revogar, a qualquer 

tempo, o ato de delegação.

• O ato de delegação e sua revogação deverão ser publi-cados no meio oficial.• As decisões adotadas por delegação devem mencionar 

explicitamente esta qualidade.• O ato praticado por delegação considera-se praticado

 pelo delegado.

Em caráter excepcional e por motivos relevantes devi-damente justificados, será permitida a avocação temporáriade competência atribuída a órgão hierarquicamente infe-rior, ou seja, o órgão superior chama para si competênciainerente a órgão inferior.

ATENÇÃO!  Não havendo competência legal específica,o processo administrativo deverá iniciar-se

 perante a autoridade de menor grau hierár-quico para decidir.

DELEGAÇÃO AVOCAÇÃOSuperior delega

competência a subordinado.

Superior chama para si atribuição

de subordinado.O delegado não precisa

ser subordinado

hierarquicamente. Medida excepcional e temporária.Somente pode ser delegada

 parte da competência. Deve ser justificada.

Impedimento e Suspeição

A Lei nº 9.784/99, artigo 18, dispõe que é impedido de atu-ar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

• tenha interesse direto ou indireto na matéria;• tenha participado ou venha a participar como perito,

testemunha ou representante, ou se tais situações ocorremquanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até oterceiro grau;

• esteja litigando judicial ou administrativamente como interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.A autoridade ou servidor que incorrer em impedimen-

to deve comunicar o fato à autoridade competente, deixandode atuar. No caso de omissão, o impedimento constitui faltagrave, para efeitos disciplinares.

Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algumdos interessados ou com os respectivos cônjuges, compa-nheiros, parentes e afins até o terceiro grau. Se indeferidaa alegação de suspeição, caberá recurso contra o indeferi-mento, sem efeito suspensivo.

IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃOPresunção absoluta de

incapacidade para prática do ato.

Presunção relativa de

incapacidade para prática do ato.Dever de comunicar o fato e

abster-se de atuar.

Faculdade de ação à disposição

da parte interessada.

 Nulidade absoluta do ato.  Nulidade relativa do ato.

Forma, Tempo e Lugar dos Atos do Processo

O processo administrativo federal é orientado pelo prin-cípio do informalismo, pois não há formalidades especiais

quanto à prática dos atos, salvo se houver disposição legal.Dispõe o artigo 22, caput , da Lei nº 9.784/99: “Os atosdo processo administrativo não dependem de forma deter-minada senão quando a lei expressamente a exigir.”

Entretanto, os atos do processo devem ser escritos emvernáculo – língua portuguesa, e conter a data e o local desua realização e a assinatura da autoridade responsável.Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somenteserá exigido quando houver dúvida de autenticidade.

Em regra, os atos do processo realizar-se-ão em diasúteis, no horário normal de funcionamento da repartiçãoonde tramita o processo. Entretanto, os atos já iniciados,

cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimentoou cause dano ao interessado ou à Administração, poderãoser concluídos depois do horário normal.

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40I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

Quando não houver disposição específica, os atos doórgão ou autoridade responsável pelo processo e dos admi-nistrados que dele participem devem ser praticados no pra-zo de cinco dias, salvo motivo de força maior. Esse prazo

 poderá ser prorrogado até o dobro, desde que haja motivo justificante devidamente comprovado.

Os atos do processo devem realizar-se preferencial-mente na sede do órgão, podendo ser realizado em outrolocal, caso em que o interessado deve ser cientificado.

Comunicação dos Atos

A intimação será determinada pelo órgão competente perante o qual t ramita o processo. O interessado será inti-mado para a ciência da decisão ou a efetivação de diligên-cias. A intimação observará a antecedência mínima de trêsdias úteis quanto à data de comparecimento, podendo ser efetuada por ciência no processo, via postal com aviso de

recebimento, telegrama ou outro meio que assegure a certe-za da ciência do interessado. No caso de interessados inde-terminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, aintimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.

As intimações que não obedecerem às prescrições le-gais serão nulas. Entretanto, a falta ou nulidade serão supri-das pelo comparecimento do interessado. Assim, caso o in-teressado não seja intimado, porém compareça à audiência,considerar-se-á intimado – o seu comparecimento supriu anão intimação.

O artigo 27, da Lei nº 9.784, dispõe que “O desaten-dimento da intimação não importa o reconhecimento da

verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo adminis-trado.”. Tal artigo decorre do princípio da verdade material,

 pois a falta de atendimento à intimação não presume a culpaou renúncia a direito.

 No prosseguimento do processo, ao interessado serágarantido direito de ampla defesa.

Na intimação conterá:

• Identificação do intimado e nome do órgão ou entidadeadministrativa;

• Finalidade da intimação;• Data, hora e local em que deve comparecer;

• Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fa-zer-se representar;

• Informação da continuidade do processo independen-temente do seu comparecimento;

• Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

Devem ser objeto de intimação:

• Os atos do processo que resultem para o interessa-

do em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição aoexercício de direitos e atividades; e

• Os atos de outra natureza, de seu interesse.

Instrução

A fase de instrução do processo destina-se a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão. Asatividades de instrução realizam-se de ofício ou medianteimpulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo

do direito dos interessados de propor atuações probatórias.O órgão competente para a instrução fará constar dos

autos os dados necessários à decisão do processo. Os atosde instrução que exijam a atuação dos interessados devemrealizar-se do modo menos oneroso para estes.

 No processo administrativo, são inadmissíveis as pro-vas obtidas por meios ilícitos, conforme dispõe o artigo 30 daLei nº 9.784/99 e também o artigo 5º, inciso LVI, da CF/88.

Quando a matéria do processo envolver assunto de in-teresse geral, o órgão competente poderá, mediante despa-cho motivado, abrir período de consulta pública para mani-festação de terceiros, antes da decisão do pedido, desde que

não haja prejuízo para a parte interessada.Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade,

diante da relevância da questão, poderá ser realizada au-diência pública para debates sobre a matéria do processo.

Em se tratando de matéria relevante, os órgãos e enti-dades administrativas poderão estabelecer outros meios de

 participação de administrados, diretamente ou por meio deorganizações e associações legalmente reconhecidas.

O ônus da prova cabe ao interessado quanto aos fatosque tenha alegado. Caso os fatos e dados estejam registra-dos em documentos existentes na Administração, esta pro-videnciará, de ofício, a obtenção dos documentos ou das

respectivas cópias. Na fase instrutória e antes da tomada de decisão, o in-

teressado poderá:• juntar documentos e pareceres;• requerer diligências e perícias;• bem como aduzir alegações referentes à matéria ob-

 jeto do processo.Os elementos probatórios deverão ser considerados na

motivação do relatório e da decisão. As provas propostas pelos interessados somente poderão ser recusadas, median-te decisão fundamentada, quando ilícitas, impertinentes,desnecessárias ou protelatórias.

Quando for necessária a prestação de informações oua apresentação de provas pelos interessados ou terceiros,serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-sedata, prazo, forma e condições de atendimento. Não sendoatendida a intimação, se o órgão entender que a matéria érelevante poderá suprir de ofício a omissão, não se eximindode proferir a decisão.

Quando dados, atuações ou documentos solicitadosao interessado forem necessários à apreciação de pedidoformulado, o não atendimento no prazo fixado pela Admi-nistração para a respectiva apresentação implicará arquiva-mento do processo.

Se necessária a produção de uma prova ou a realizaçãode diligência, os interessados serão intimados, com antece-dência mínima de três dias úteis.

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41D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

IMPORTANTE! Já cobrado em prova.

Quanto às regras referentes à produção de pareceres por órgãos consultivos tem-se:

• Havendo necessidade de um órgão consultivoser ouvido, o parecer deverá ser emitido no prazo

máximo de quinze dias, salvo norma especial oucomprovada necessidade de maior prazo.• Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de

ser emitido no prazo fixado, o processo não teráseguimento até a respectiva apresentação, respon-sabilizando-se quem der causa ao atraso.

• Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar deser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter 

 prosseguimento e ser decidido com sua dispensa,sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiuno atendimento.

Encerrada a instrução, o interessado terá o direito demanifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro

 prazo for legalmente fixado.Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladorassem a prévia manifestação do interessado.

Decorrência do princípio da publicidade, os interessa-dos têm direito à vista do processo e a obter certidões ou có-

 pias reprográficas dos dados e documentos que o integram,ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos

 por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.O órgão de instrução que não for competente para emi-

tir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido ini-cial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará pro-

 posta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando

o processo à autoridade competente.

Dever de Decidir

A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitaçõesou reclamações, em matéria de sua competência.

Concluída a instrução de processo administrativo, aAdministração tem o prazo de até trinta dias para decidir,salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

Destaca-se que, concluída a instrução, o interessadotem o prazo de até 10 dias para manifestar-se; e a Adminis-tração tem o prazo de 30 dias para decidir.

Motivação

Considera-se motivação a exposição expressa dos motivosque levaram a prática de determinado ato pela Administração.A motivação indicará os fatos e fundamentos jurídicos.

IMPORTANTE! Os atos administrativos deverão ser mo-tivados quando:

• Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;• Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;• Decidam processos administrativos de concurso ou

seleção pública;• Dispensem ou declarem a inexigibilidade de

 processo licitatório;

• Decidam recursos administrativos;• Decorram de reexame de ofício;• Deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre

a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

• Importem anulação, revogação, suspensão ou

convalidação de ato administrativo.A motivação deve ser explícita, clara e congruente,

 podendo consistir em declaração de concordância com fun-damentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou

 propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

 Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os funda-mentos das decisões, desde que não prejudique direito ougarantia dos interessados.

A motivação das decisões de órgãos colegiados e co-missões ou de decisões orais constará da respectiva ata oude termo escrito.

Desistência e Extinção do Processo

O interessado poderá, mediante manifestação escri-ta, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou,ainda, renunciar a direitos disponíveis – a desistência podeser total ou parcial; a renúncia pode ser somente a direitosdisponíveis.

Havendo vários interessados, a desistência ou renúnciaatinge somente quem a tenha formulado. A desistência ou

renúncia do interessado não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse pú- blico assim o exige.

O órgão competente poderá declarar extinto o proces-so quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisãose tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato super-veniente.

Anulação, Revogação e Convalidação

A Administração deve anular seus próprios atos, quan-

do eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por mo-tivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direi-tos adquiridos.

O direito da Administração de anular os atos adminis-trativos de que decorram efeitos favoráveis para os destina-tários decai em cinco anos, contados da data em que foram

 praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-áda percepção do primeiro pagamento. Qualquer medida deautoridade administrativa que importe impugnação à vali-dade do ato considera-se exercício do direito de anular.

Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão

ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos queapresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados

 pela própria Administração.

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42I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

 ANULAÇÃO

(deve) REVOGAÇÃO (pode)

Quem ordenaAdministração e

JudiciárioAdministração

Motivo IlegalidadeConveniência e

Oportunidade

Efeitos ex tunc – retroage ex nunc – não retroage

Direitos

adquiridosInexistem Prevalecem

Pressupostos

Processo

Administrativo e

Judicial

Processo Administrativo

Atos legais que não podem ser revogados:

• Atos consumados, que exauriram seus efeitos;• Atos vinculados, pois nestes não há liberdade de atuação;• Atos que geram direitos adquiridos;

• Atos meramente declaratórios;• Atos que fazem parte de um procedimento.

Convalidação

Tácita:

• Se a Administração não anular seus atos ilegais deque decorram de efeitos favoráveis a seus desti-natários no prazo decadencial de 5 anos, haverá aconvalidação tácita, salvo comprovada má-fé.

• Poderá ocorrer com qualquer requisito – compe-tência, finalidade, forma, motivo e objeto.

Expressa:

• Ocorre quando a Administração, expressamente edi-ta um ato a fim de convalidar outro.

Requisitos:

• Que o defeito seja sanável;• Que não cause prejuízo a terceiros;• Que não cause lesão ao interesse público.

Defeitos Sanáveis:

• Competência, desde que não seja exclusiva;• Forma, desde que não seja essencial à validade do ato.

Defeitos Insanáveis:

• Finalidade;• Motivo;• Objeto.

Recurso Administrativo e Decisão

Das decisões administrativas cabe recurso, em face derazões de legalidade e de mérito.

O recurso será dirigido à autoridade que pr oferiu adecisão. Se não reconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias, orecurso será encaminhado à autoridade superior.

A interposição de recurso administrativo independe decaução, salvo exigência legal.

Se o recorrente alegar que a decisão administrativacontraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autori-dade prolatora da decisão impugnada, se não a reconside-rar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade

superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade dasúmula, conforme o caso.

ATENÇÃO! O recurso administrativo tramitará no máxi-mo por três instâncias administrativas, salvodisposição legal diversa.

Conforme previsto no ar tigo 58 da Lei nº 9.784/99, sãolegitimados para interpor recurso administrativo:

• Os titulares de direitos e interesses que forem parteno processo;

• Aqueles cujos direitos ou interesses forem indireta-

mente afetados pela decisão recorrida;• As organizações e associações representativas, notocante a direitos e interesses coletivos;

• Os cidadãos ou associações, quanto a direitos ouinteresses difusos.

O prazo para interposição de recurso administrativo éde 10 (dez) dias, salvo disposição legal específica, contado a

 partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso ad-

ministrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trintadias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão compe-tente. Tal prazo poderá ser prorrogado por igual período,ante justificativa explícita.

O recurso interpõe-se por meio de requerimento noqual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedidode reexame, podendo juntar os documentos que julgar con-venientes.

Salvo disposição legal em contrário, o recurso não temefeito suspensivo. Entretanto, havendo justo receio de prejuízode difícil ou incerta reparação decorrente da execução, aautoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá,de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

Interposto o recurso, o órgão competente deverá inti-mar os demais interessados para que, no prazo de cinco dias

úteis, apresentem alegações.

IMPORTANTE! O recurso não será conhecido quandointerposto:

• fora do prazo;• perante órgão incompetente – será indicada ao recor-

rente a autoridade competente, sendo-lhe devolvidoo prazo para recurso;

• por quem não seja legitimado;• após exaurida a esfera administrativa.

O não conhecimento do recurso não impede a Admi-nistração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocor-rida preclusão administrativa.

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43D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

O órgão competente para decidir o recurso poderá con-firmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente,a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.Se de alguma dessas hipóteses, puder decorrer gravame àsituação do recorrente, este deverá ser cientificado para queformule suas alegações antes da decisão.

Se o recorrente alegar violação de enunciado da sú-mula vinculante, o órgão competente para decidir o recursoexplicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidadeda súmula, conforme o caso. Observa-se que o órgão com-

 petente apenas apresentará as razões da aplicabilidade ounão da súmula.

Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamaçãofundada em violação de enunciado da súmula vinculante,dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão compe-tente para o julgamento do recurso, que deverão adequar asfuturas decisões administrativas em casos semelhantes, sob

 pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, admi-nistrativa e penal.

Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantessuscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.

ATENÇÃO! Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

Em resumo:• Prazo para interpor recurso – 10 dias.

 

Decisão Recurso

Dirigido à autoridade que proferiu a decisão.5 dias para reconsiderar.

Reconsiderado

Não reconsiderado

Encaminhado àautoridade superior.

30 dias para decidir.

• Do recurso poderá resultar agravamento da sanção.• Da revisão não poderá resultar agravamento da sanção.

Prazos

Os prazos começam a correr a partir da data da cienti-ficação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começoe incluindo-se o do vencimento. Considera-se prorrogado o

 prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerradoantes da hora normal.

Os prazos expressos em dias contam-se de modo con-tínuo; os prazos fixados em meses ou anos contam-se de

data a data. Se no mês do vencimento não houver o diaequivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo oúltimo dia do mês.

Salvo motivo de força maior devidamente comprovado,os prazos processuais não se suspendem.

Sanções

As sanções, a serem aplicadas por autoridade compe-

tente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obriga-ção de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direitode defesa.

Disposições Finais

Os processos administrativos específicos continuarãoa reger-se por lei própria, aplicando-se apenas subsidiaria-mente os preceitos da Lei.

LEI Nº. 8429/1992

 Dispõe sobre a improbidade administrativa.

Das Disposições Gerais

A Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, dispõe sobre assanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enri-quecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, empre-go ou função na Administração Pública direta, indireta oufundacional.

Os atos de improbidade praticados por qualquer agen-te público, servidor ou não, contra a administração direta,indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União,dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Ter-ritório, de empresa incorporada ao patrimônio público oude entidade para cuja criação ou custeio o erário haja con-corrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou dareceita anual, serão punidos na forma desta lei. Também es-tão sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade

 praticados contra o patrimônio de entidade que receba sub-venção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão

 público bem como daquelas para cuja criação ou custeio oerário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta

 por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se,nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícitosobre a contribuição dos cofres públicos.

Considera-se agente público todo aquele que exerce

mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencio-nadas anteriormente, ainda que transitoriamente ou sem re-muneração, por eleição, nomeação, designação, contrataçãoou qualquer outra forma de investidura ou vínculo.

Também será responsabilizado por ato de improbidadeadministrativo, aquele que induza ou concorra para a práti-ca de tal ato ou dele se beneficie sob qualquer forma diretaou indireta, mesmo não sendo agente público.

 No caso de haver lesão ao patrimônio público por açãoou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro,dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

 No caso de enriquecimento ilícito, o agente público outerceiro beneficiário perderá os bens ou valores acrescidosao seu patrimônio.

 Na ocorrência de ato de improbidade que causar lesãoao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito,

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44I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

caberá a autoridade administrativa responsável pelo inqué-rito representar ao Ministério Público, para a indisponibili-dade dos bens do indiciado. Nessa situação, a indisponibili-dade dos bens recairá sobre bens que assegurem o integralressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonialresultante do enriquecimento ilícito.

O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio pú- blico ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às comina-ções desta lei até o limite do valor da herança.

Dos Atos de Improbidade Administrativa

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Im-portam Enriquecimento Ilícito

Constitui ato de improbidade administrativa impor-tando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vanta-gem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,mandato, função, emprego ou atividade nas entidades men-

cionadas, e, ainda:• Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel

ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica,direta ou indireta, a título de comissão, percen-tagem, gratificação ou presente de quem tenhainteresse, direto ou indireto, que possa ser atingidoou amparado por ação ou omissão decorrente dasatribuições do agente público;

• Perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para:

 – facilitar a aquisição, permuta ou locação de bemmóvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas

entidades referidas por preço superior ao valor demercado; – facilitar a alienação, permuta ou locação de bem pú-

 blico ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

• Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, má-quinas, equipamentos ou material de qualquer natureza,de propriedade ou à disposição de qualquer das entidadesmencionadas, bem como o trabalho de servidores públicos,empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

• Receber vantagem econômica de qualquer natureza,direta ou indireta, para:

 – tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de

lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usu-ra ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar 

 promessa de tal vantagem; – fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação

em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou so- bre quantidade, peso, medida, qualidade ou carac-terística de mercadorias ou bens fornecidos a qual-quer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

 – omitir ato de ofício, providência ou declaração a queesteja obrigado;

• Adquirir, para si ou para outrem, no exercício demandato, cargo, emprego ou função pública, bensde qualquer natureza cujo valor seja despropor-cional à evolução do patrimônio ou à renda doagente público;

• Aceitar emprego, comissão ou exercer atividade deconsultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurí-dica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou am-

 parado por ação ou omissão decorrente das atribuições doagente público, durante a atividade;

• Perceber vantagem econômica para intermediar a

liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;• Incorporar, por qualquer forma, ao seu patri-

mônio bens, rendas, verbas ou valores integrantesdo acervo patrimonial das entidades mencionadasanteriormente;

• Usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbasou valores integrantes do acervo patrimonial dasentidades mencionadas anteriormente.

Dos Atos de Improbidade Administrativa queCausam Prejuízo ao Erário

Constitui ato de improbidade administrativa que causalesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou cul-

 posa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres dasentidades referidas, e notadamente:

• Facilitar ou concorrer por qualquer forma para aincorporação ao patrimônio particular, de pessoafísica ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valoresintegrantes do acervo patrimonial das entidadesmencionadas;

• Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou

valores integrantes do acervo patrimonial dasentidades mencionadas, sem a observância dasformalidades legais ou regulamentares aplicáveis àespécie;

• Doar à pessoa física ou jurídica bem como ao entedespersonalizado, ainda que de fins educativos ouassistências, bens, rendas, verbas ou valores do

 patrimônio de qualquer das entidades mencionadas,sem observância das formalidades legais e regula-mentares aplicáveis à espécie;

• Permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locaçãode bem integrante do patrimônio de qualquer das

entidades mencionadas, ou ainda a prestação deserviço por parte delas, por preço inferior ao demercado;

• Permitir ou facilitar a aquisição, permuta oulocação de bem ou serviço por preço superior ao demercado;

• Realizar operação financeira sem observância dasnormas legais e regulamentares ou aceitar garantiainsuficiente ou inidônea;

• Conceder benefício administrativo ou fiscal sem aobservância das formalidades legais ou regulamen-tares aplicáveis à espécie;

• Frustrar a licitude de processo licitatório ou

dispensá-lo indevidamente;• Ordenar ou permitir a realização de despesas não

autorizadas em lei ou regulamento;

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45D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

• Agir negligentemente na arrecadação de tributo ourenda, bem como no que diz respeito à conservaçãodo patrimônio público;

• Liberar verba pública sem a estrita observância dasnormas pertinentes ou influir de qualquer forma

 para a sua aplicação ir regular;

• Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro seenriqueça ilicitamente;

• Permitir que a utilização - em obra ou serviço parti-cular - de veículos, máquinas, equipamentos oumaterial de qualquer natureza, de propriedade ouà disposição de qualquer das entidades mencio-nadas no art. 1° desta lei, bem como, o trabalho deservidor público, empregados ou terceiros contra-tados por essas entidades;

• Celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meioda gestão associada sem observar as formalidades

 previstas na lei;• Celebrar contrato de rateio de consórcio públicosem suficiente e prévia dotação orçamentária, ousem observar as formalidades previstas na lei.

Dos Atos de Improbidade Administrativa queatentam contra os Princípios da Administração Pública

Constitui ato de improbidade administrativa que aten-ta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, im-

 parcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e nota-

damente:• Praticar ato visando fim proibido em lei ou regula-mento ou diverso daquele previsto, na regra decompetência;

• Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, atode ofício;

• Revelar fato ou circunstância de que tem ciência emrazão das atribuições e que deva permanecer emsegredo;

• Negar publicidade aos atos oficiais;• Frustrar a licitude de concurso público;• Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a

fazê-lo;• Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento deterceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o

 preço de mercadoria, bem ou serviço.

Das Penas

Independentemente das sanções penais, civis e adminis-trativas, previstas na legislação específica, está o responsável

 pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações:• No caso de atos de improbidade administrativa que

importam enriquecimento ilícito: – ressarcimento integral do dano, quando houver; – perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente

ao patrimônio;

 – perda da função pública; – suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos; – pagamento de multa civil de até três vezes o valor 

do acréscimo patrimonial; e – proibição de contratar com o Poder Público ou re-

ceber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,

direta ou indiretamente, ainda que por intermédiode pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,

 pelo prazo de dez anos.

• Na hipótese de atos de improbidade administrativaque causem prejuízo ao erário:

 – ressarcimento integral do dano; – perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente

ao patrimônio, se concorrer esta circunstância; – perda da função pública; – suspensão dos direitos políticos de cinco a oito

anos;

 – pagamento de multa civil de até duas vezes ovalor do dano; e

 – proibição de contratar com o Poder Públicoou receber benefícios ou incentivos fiscais oucreditícios, direta ou indiretamente, ainda que

 por intermédio de pessoa jurídica da qual sejasócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.

• Na hipótese de atos de improbidade administrativaque atentam contra os princípios da administração

 pública: – ressarcimento integral do dano, se houver;

 – perda da função pública; – suspensão dos direitos políticos de três a cincoanos;

 – pagamento de multa civil de até cem vezes ovalor da remuneração percebida pelo agente; e

 – proibição de contratar com o Poder Públicoou receber benefícios ou incentivos fiscais oucreditícios, direta ou indiretamente, ainda que

 por intermédio de pessoa jurídica da qual sejasócio majoritário, pelo prazo de três anos.

ATENÇÃO!  Na fixação das penas previstas, o juiz levará

em conta a extensão do dano causado, as-sim como o proveito patrimonial obtido peloagente.

Da Declaração de Bens

A Lei nº 8.112/90 artigo 13 § 5º dispõe que “No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valoresque constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exer-cício ou não de outro cargo, emprego ou função pública”.

Assim também determina a Lei nº. 8.429/92: “A possee o exercício de agente público ficam condicionados à apre-

sentação de declaração dos bens e valores que compõem oseu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviçode pessoal competente”.

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46I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

Essa declaração compreenderá imóveis, móveis, se-moventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espéciede bens e valores patrimoniais, localizados no País ou noexterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores

 patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e deoutras pessoas que vivam sob a dependência econômica do

declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de usodoméstico.A declaração de bens será atualizada anualmente e,

também, na data em que o agente público deixar o exercíciodo mandato, cargo, emprego ou função.

Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentrodo prazo determinado, ou que a prestar falsa.

O declarante poderá entregar cópia da declaração anu-al de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal naconformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e

 proventos de qualquer natureza, com as necessárias atua-lizações. Assim, tornam-se as desnecessárias as exigênciascontidas no caput e no § 2º do artigo 13 da Lei nº. 8.429/92.

Do Procedimento Administrativo e do ProcessoJudicial

Qualquer pessoa poderá representar à autoridade ad-ministrativa competente para que seja instaurada investi-gação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

A representação, que será escrita ou reduzida a termoe assinada, conterá:

• A qualificação do representante;• As informações sobre o fato e sua autoria; e• A indicação das provas de que tenha conhecimento.Se a representação não contiver essas formalidades, a

autoridade administrativa rejeitará a representação em des- pacho fundamentado. A rejeição não impede a representa-ção ao Ministério Público.

Atendidos os requisitos da representação, a autorida-de determinará a imediata apuração dos fatos que, em setratando de servidores federais, será processada na forma

 prevista nos artigos 148 a 182 da Lei nº 8.112/90 e, em setratando de servidor militar, de acordo com os respectivosregulamentos disciplinares.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

A ética é disciplina tradicional da filosofia, tambémconhecida por filosofia moral, que estabelece princípios decomo o ser humano deve agir.

Outras definições:• é um padrão aplicável a um grupo bem definido, o

qual nos permite avaliar agentes e suas ações;• pensamento reflexivo sobre os valores e as normas

que regem as condutas humanas;• conjunto de princípios e normas que um grupo

estabelece para o seu exercício profissional, como, por exemplo, os Códigos de Ética dos advogados,médicos, psicólogos etc.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONALDECRETO N° 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

 Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder  Executivo Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atri- buições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda ten-do em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem comonos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990,e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,

DECRETA:

 Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional

do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que

com este baixa.Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pú- blica Federal direta e indireta implementarão, em sessentadias, as providências necessárias à plena vigência do Códi-go de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectivaComissão de Ética, integrada por três servidores ou empre-gados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.

Parágrafo único. A constituição da Comissão de Éticaserá comunicada à Secretaria da Administração Federal daPresidência da República, com a indicação dos respectivosmembros titulares e suplentes.

Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua

 publicação. 

ANEXOCÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOSERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER 

EXECUTIVO FEDERAL

CAPÍTULO I

Seção IDas Regras Deontológicas

I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciên-cia dos princípios morais são primados maiores que devemnortear o servidor público, seja no exercício do cargo oufunção, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocaçãodo próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e ati-tudes serão direcionados para a preservação da honra e datradição dos serviços públicos.

II – O servidor público não poderá jamais desprezar oelemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o con-veniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas

 principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante asregras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da ConstituiçãoFederal.

III – A moralidade da Administração Pública não se li-mita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida

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47D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrioentre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor pú-

 blico, é que poderá consolidar a moralidade do ato admi-nistrativo.

IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos tr ibutos pagos direta ou indiretamente por todos, até

 por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, quea moralidade administrativa se integre no Direito, comoelemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade,erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimoao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integranteda sociedade, o êxito desse trabalho pode ser consideradocomo seu maior patrimônio.

VI – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida part icular decada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados naconduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer 

ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.VII – Salvo os casos de segurança nacional, investiga-

ções policiais ou interesse superior do Estado e da Admi-nistração Pública, a serem preservados em processo previa-mente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidadede qualquer ato administrativo constitui requisito de eficá-cia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimentoético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos in-teresses da própria pessoa interessada ou da AdministraçãoPública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se so-

 bre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ouda mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidadehumana quanto mais a de uma Nação.

IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempodedicados ao serviço público caracterizam o esforço peladisciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributosdireta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral.Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencenteao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou mávontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento eàs instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boavontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas es-

 peranças e seus esforços para construí-los.

X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à es- pera de solução que compete ao setor em que exerça suasfunções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não carac-teriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade,mas principalmente grave dano moral aos usuários dos ser-viços públicos.

XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às or-dens legais de seus superiores, velando atentamente por seucumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Osrepetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se,às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo im-

 prudência no desempenho da função pública.XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu lo-

cal de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, oque quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

XIII – O servidor que trabalha em harmonia com aestrutura organizacional, respeitando seus colegas e cadaconcidadão, colabora e de todos pode receber colaboração,

 pois sua atividade pública é a grande oportunidade para ocrescimento e o engrandecimento da Nação.

Seção IIDos Principais Deveres do Servidor Público

XIV – São deveres fundamentais do servidor público:a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, fun-

ção ou emprego público de que seja titular; b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e

rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente re-solver situações procrastinatórias, principalmente diante defilas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dosserviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com ofim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a in-tegridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o

 bem comum;d) jamais retardar qualquer prestação de contas, con-

dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços dacoletividade a seu cargo;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviçosaperfeiçoando o processo de comunicação e contato como público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por prin-cípios éticos que se materializam na adequada prestaçãodos serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e aten-ção, respeitando a capacidade e as limitações individuais detodos os usuários do serviço público, sem qualquer espéciede preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade,cor, idade, religião, cunho político e posição social, absten-do-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevidoda estrutura em que se funda o Poder Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárqui-cos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em de-corrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

 j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên-cias específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de quesua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletin-do negativamente em todo o sistema;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo equalquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindoas providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de traba-lho, seguindo os métodos mais adequados à sua organiza-ção e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacio-nem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por 

escopo a realização do bem comum; p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa-

das ao exercício da função;

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48I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

q) manter-se atualizado com as instruções, as normasde serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exercesuas funções;

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e asinstruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função,tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez,

mantendo tudo sempre em boa ordem.s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativasfuncionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários doserviço público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais enão cometendo qualquer violação expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da suaclasse sobre a existência deste Código de Ética, estimulan-

do o seu integral cumprimento.

Seção IIIDas Vedações ao Servidor Público

XV – E vedado ao servidor público:a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,

tempo, posição e influências, para obter qualquer favoreci-mento, para si ou para outrem;

 b) prejudicar deliberadamente a reputação de outrosservidores ou de cidadãos que deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, co-

nivente com erro ou infração a este Código de Ética ou aoCódigo de Ética de sua profissão;d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o

exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicosao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimentodo seu mister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca- prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram notrato com o público, com os jurisdicionados administrativosou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual-

quer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão,doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiaresou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou

 para influenciar outro servidor para o mesmo fim;h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva

encaminhar para providências;i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite

do atendimento em serviços públicos; j) desviar servidor público para atendimento a interes-

se particular;l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente

autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencenteao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas noâmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de pa-rentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora delehabitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente con-tra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

 p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seunome a empreendimentos de cunho duvidoso.

CAPÍTULO IIDAS COMISSÕES DE ÉTICA

XVI – Em todos os órgãos e entidades da AdministraçãoPública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ouem qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições dele-gadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão deÉtica, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética pro-fissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o

 patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamentede imputação ou de procedimento susceptível de censura.

XVII – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)XVIII – À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos or-

ganismos encarregados da execução do quadro de carreira dosservidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeitode instruir e fundamentar promoções e para todos os demais

 procedimentos próprios da carreira do servidor público.XIX – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)XX – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)XXI – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)XXII – A pena aplicável ao servidor público pela Co-

missão de Ética é a de censura e sua fundamentação cons-tará do respectivo parecer, assinado por todos os seus inte-grantes, com ciência do faltoso.

XXIII – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)XXIV – Para fins de apuração do comprometimento

ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jur ídico, preste ser-viços de natureza permanente, temporária ou excepcional,ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado diretaou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como asautarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ouem qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

XXV – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

EXERCÍCIOS

1. O Ato Administrativo usado pelo chefe do Poder Execu-tivo para explicar o conteúdo de uma lei, viabilizando asua aplicação, denomina-se:

a. decreto.

 b. decreto-lei.

c. regulamento.

d. regimento.

e. deliberação.

2.  Sobre os Atos Administrativos é incorreto afirmar:

a. a extinção natural decorre do cumprimento normal dosefeitos do ato.

 b. são formas de desfazimento do ato administrativo: inva-lidação (ou anulação), revogação e cassação.

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49D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

c. o Poder Judiciário em sua função típica, não pode revogar atos administrativos, mas tão somente anulá-los, e desdeque provocado, em razão do princípio da inércia.

d. a cassação é forma de extinção dos atos administrativosque se aplica quando o beneficiário de determinado atodescumpre condições que permitem a manutenção do atoe de seus efeitos.

e. o ato que gera direitos adquiridos pode ser revogadoquando se tornarem inconvenientes ou inoportunos.

3.  Relacionando o estudo do ato administrativo com o doregime jurídico-administrativo, assinale no rol dosprincípios abaixo aqueles que mais se coaduna com aimposição de limites ao atributo de autoexecutoriedadedo ato administrativo:

a. Finalidade

 b. Moralidade

c. Publicidade

d. Proporcionalidade

e. Motivação

4.  Um dos elementos do ato administrativo é o motivo. Re-cente a norma federal (Lei nº 9.784/99) arrolou os casosem que o ato administrativo tem de ser motivado. Assi-nale, no rol abaixo, a situação na qual não se impõe moti-vação.

a. Decisão do recurso administrativo.

 b. Decisão de processo administrativo de seleção pública.

c. Dispensa de processo licitatório.

d. Revogação de ato administrativo.

e. Homologação de processo licitatório.

5.  Na classificação dos atos administrativos, o ato que estásujeito a condição ou termo para que se inicie a produzirefeitos jurídicos denomina-se:

a. Imperfeito.

 b. Pendente.

c. Condicionado.

d. Suspensivo.

e. Resolutivo.

6.  Quanto à revogação do ato administrativo, assinale aafirmativa incorreta.

a. Os atos vinculados não podem ser revogados.

 b. A revogação decorre de um juízo de valor privativo daAdministração.

c. A revogação não pode alcançar o ato cujo efeito estejaexaurido.

d. A revogação não se pode dar quando se esgotou a compe-tência relativamente ao objeto do ato.

e. Os atos que integram um procedimento podem ser revogados.

7.  Suponha que Poder Executivo Estadual tenha exaradoum ato administrativo que, ainda que não fosse ile-gal, era inconveniente e inoportuno. Assinale a opçãoque corresponde à(s) providência(s) que poderia(m) ser

tornada(s), em face de tal ato.a. O princípio da autotutela da Administração permite ape-

nas ao Poder Executivo anulá-lo.

 b. Tanto o Poder Executivo como o Poder Judiciário pode-riam anulá-lo (este, apenas se provocado por eventuaisinteressados).

c. O Poder Executivo poderia revogá-lo, não podendo, o Po-der Judiciário, revogá-lo ou anulá-lo.

d. O Poder Executivo poderia anulá-lo, mas apenas se o Po-der Judiciário assim o determinasse.

e. Uma vez já exarado o ato, somente o Poder Judiciário po-deria tomar providências quanto a ele.

8.  A prerrogativa do poder público em editar atos que vãoalém da esfera jurídica do emitente, o denominado poderextroverso, ampara o seguinte atributo do ato adminis-trativo:a. imperatividade. b. presunção de legitimidade.c. autoexecutoriedade.d. exigibilidade.e. coercibilidade.

9.  Aponte, entre os seguintes atos administrativos, aqueleque se encontra vinculado.a. edital de licitação modalidade concorrência para a alie-

nação de bem imóvel. b. nomeação de servidor com mais de 70 anos de idade

 para cargo de provimento em comissão de recrutamentoamplo.

c. aposentadoria compulsória quando o servidor atinge os70 anos de idade.

d. autorização para porte de arma.e. cessão precária de área pública, sem licitação, para a ins-

talação de uma feira beneficente de natureza religiosa.

10.  Entre os elementos sempre essenciais à validade dos atosadministrativos, destaca-se um deles que se refere, pro-priamente, à observância do princípio fundamental daimpessoalidade, pelo qual deve atender ao interesse pú-blico, sintetizado no termo.a. competência. b. legalidade.c. forma.d. motivação.e. finalidade.

11.  Considere as afirmativas:

I – É a qualidade que certos atos administrativos têm paraconstituir situações de observância obrigatória em re-lação aos seus destinatários, independentemente darespectiva concordância ou aquiescência.

II – Diante de determinada situação concreta, a administra-ção pública pode direta e imediatamente, adotar medi-das urgentes sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário.

 No que tange aos atos administrativos, as proposições cor-respondem, respectivamente, aos atributos da:

a. Presunção de Legitimidade a auto-executoriedade. b. Autoexecutoriedade e Imperatividade.

c. Finalidade e Exigibilidade.d. Imperatividade e Tipicidade.

e. Imperatividade e Autoexecutoriedade.

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50I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

12. O atributo segundo o qual os atos administrativos nas-cem com uma presunção relativa de validade é:

a. imperatividade.

 b. presunção de legitimidade.

c. exigibilidade.

d. tipicidade.

e. executoriedade.

13. Tratando-se de ext inção de ato administrativo, assinale aafirmativa verdadeira:a. a anulação far-se-à exclusivamente pelo Poder Judiciário. b. revogação decorre de vício do ato.c. o prazo decadencial para anulação de atos dos quais de-

corram efeitos favoráveis para os destinatários é de 3(três) anos.

d. a revogação depende de provocação do interessado.e. os efeitos da anulação são ex tunc.

14.  A permissão é um ato administrativo:a. ordinatório.

 b. normat ivo.c. punitivo.d. negocial.e. enunciativo.

15.  O elemento ou requisito do ato administrativo que exigedo agente público atribuição decorrente da lei para aprática daquele tipo de ato é:a. capacidade. b. legalidade.c. impessoalidade.d. finalidade.e. competência.

16.  Assinale a alternativa que não reflete uma das formas deextinção dos atos administrativos:a. revogação; b. anulação;c. cassação;d. caducidade;e. teoria dos motivos determinantes.

17.  Com relação aos atos administrativos, assinale a alterna-tiva incorreta:a. Os atos administrativos vinculados são aqueles em que

a Administração Pública não tem liberdade para valorar critérios de conveniência e oportunidade na escolha do

objeto. b. Os órgãos do Poder Judiciário também podem expedir atos administrativos.

c. Os atos administrativos, de um modo geral, podem ser executados pela Administração Pública, independente-mente do auxilio de outro Poder.

d. A Administração Pública pode rever seus atos adminis-trativos somente por motivo de mérito; a revisão de lega-lidade poderá ser feita somente pelo Poder Judiciário.

e. A Administração Pública pode praticar atos regidos pre-dominantemente pelo Direito Pr ivado.

18.  Sobre as diversas formas de extinção e controle de um atoadministrativo, analise as afirmativas:

I – Denomina-se a contraposição a extinção de um ato ad-ministrativo em razão da prática de um novo ato comefeitos opostos ao anterior.

II – Como regra, todos os tipos de atos administrativos,vinculados ou discricionários, admitem revogação por critérios de conveniência e oportunidade.

III – O Tribunal de Contas, no âmbito de sua atuação, pode

controlar atos administrativos praticados por outroPoder.

É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente:a. I e II. b. I e III.c. II e III.d. I, II e III.e. nenhuma.

19. A licença é um ato:a. Unilateral e vinculado, através do qual a administração

 pública reconhece a legalidade de um ato jurídico. b. Bilateral, discricionário e precário.c. Unilateral e vinculado pela qual a administração pública

faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercí-cio de uma atividade.

d. Que conferem aos órgãos consultivos da administração a possibilidade de emitirem opinião.

e. Da competência exclusiva dos chefes do executivo.

20. Os atos administrativos são agrupados em espécies, deacordo com suas características. A licença é consideradaespécie de ato administrativo:a. negocial. b. enunciat ivo.c. normativo.d. discricionário.

e. ordinatório.

21. Em relação aos atos administrativos, analise as afirmati-vas a seguir:I – O ato administrativo discricionário é aquele em que a

Administração Pública não tem liberdade para valo-rar critérios de conveniência e oportunidade, devendoadotar o único objeto previsto na lei.

II – Os atos de gestão são aqueles em que a AdministraçãoPública não precisa usar de sua supremacia em relaçãoao particular.

III – Os atos gerais são aqueles expedidos sem destinatáriosdeterminados, como por exemplo, o regulamento.

A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:a. I. b. II.c. III.d. I e II.e. II e III.

22. O ato administrativo possui elementos constitutivos ourequisitos que integram a sua estrutura. Sobre a matériaé incorreto afirmar que:a. o elemento capacidade significa que o agente público deve

ter atribuição legal para praticar o ato administrativo. b. a alteração da finalidade expressa na norma legal ou im-

 plícita no ordenamento caracter iza desvio de poder, cau-sa de nulidade do ato.

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c. a forma é um dos elementos necessariamente vinculadosdo ato administrativo.

d. não são todos os atos administrativos que devem ser mo-tivados.

e. os elementos motivos e objeto podem ser vinculados oudiscricionários.

23. Sobre os atos administrativos, analise as afirmativas aseguir:I – Os atos de gestão são aqueles em que a Administração

Pública usa de supremacia em relação ao particular.II – Os atos administrativos complexos são aqueles que se

formam pela reunião de vontades de mais de um órgãoadministrativo.

III – No confronto entre um ato administrativo geral e umato administrativo individual, prevalecerá a determi-nação contida no primeiro.

São verdadeiras somente as afirmativas:

a. I e II. b. I e III.c. II e III;d. I, II e III;e. nenhuma.

24.  Considera-se vinculado o ato administrativo no qual a lei já indica o objeto que necessariamente será adotado pelaAdministração Pública. Esse tipo de ato administrativotambém é chamado de:a. legal. b. regrado.c. legítimo.

d. vinculante.e. originário.

25. Levando-se em consideração os elementos do ato admi-nistrativo, analise as afirmativas a seguir:I – Os atos administrativos, como regra, podem ser prati-

cados de forma livre, desde que a lei não exija determi-nada solenidade como sendo essencial.

II – A administração Pública sempre poderá valorar os cri-térios de conveniência e oportunidade na escolha doobjeto do ato administrativo.

III – Denomina-se motivo o elemento do ato administrativoque corresponde ao pressuposto de fato e de direito que justif icam a prática do ato administrativo.

A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:a. I; b. II;c. III;d. I e II;e. II e III.

26. Os atos administrativos praticados pela AdministraçãoPública sem a necessidade do uso da supremacia estatalsão denominados:a. atos de gestão. b. atos de expediente.c. atos gerais.d. atos individuais;e. atos vinculados.

27.  Sobre as formas de extinção do ato administrativo, ana-lise as afirmativas a seguir:I. – A revogação não produz efeitos retroativos.II. – O Poder Judiciário pode revogar e anular atos adminis-

trativos praticados por órgãos de outro poder.III. – A Administração Pública, ao promover a anulação de

um ato administrativo, deve respeitar os direitos deledecorrentes.

A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:

a. I.

 b. II.

c. III.

d. I e II.

e. I e III.

28. Os atos administrativos são agrupados em espécies, deacordo com as suas características. Através de autoriza-ção, a Administração Pública torna possível, ao particu-lar, a realização de certa atividade ou serviço. De acordocom as diversas espécies de ato administrativo, a autori-zação é considerada ato:

a. enunciativo

 b. negocial.

c. ordinatório

d. geral.

e. normativo

29.  Constituem elementos do ato administrativo:

a. presunção de legitimidade e imperatividade.

 b. tipicidade e objetividade.

c. discricionariedade e motivação.d. competência e finalidade.

e. exequibilidade e validade.

30. A usurpação de função e a nomeação para um cargo ine-xistente são vícios, respectivamente, quanto ao (à):

a. finalidade/objeto.

 b. sujeito/finalidade.

c. competência/forma.

d. objeto/forma.

e. competência/objeto.

31.  É exemplo de ato administrativo declaratório e constitu-tivo, respectivamente:

a. licença/admissão.

 b. admissão/autorização.

c. autorização/revogação.

d. aplicação de penalidade/isenção.

e. homologação/admissão.

32.  Na nomeação para cargo inexistente ocorre vício em rela-ção ao (à):

a. sujeito.

 b. competência.

c. forma.

d. objeto.

e. finalidade.

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52I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

33. (CETRO – TRT 12ª Região Técnico Judiciário – Admi-nistrativa 2008) Os Atributos do ato administrativo con-sistem nas característica:

a. competência e motivo.

 b. objeto e finalidade.

c. forma e discricionariedade.

d. praticidade e legalidade.e. imperatividade e auto-executoriedade.

34. (ESAF – MPOG - Especialista EPPGG 2008) Em se tra-tando dos atos administrativos, analise os itens a seguire marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa,assinalando ao final a opção correspondente:( ) Entre os atributos do ato administrativo, encontra-se a

 presunção de veracidade a qual diz respeito à confor-midade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, presume-se, até prova em contrár io, que os atos admi-nistrativos foram emitidos com observância da lei;

( ) A auto-executoriedade consiste em atributo pelo qualos atos administrativos se impõem a terceiros, indepen-dentemente de sua concordância;

( ) Entre os elementos do ato administrativo, encontra-se afinalidade a qual é o pressuposto de fato e de direito queserve de fundamento ao ato administrativo;

( ) O objeto ou conteúdo do ato administrativo consiste noefeito jurídico imediato que o ato produz.

a. F,V,F,F b. F,F,F,Vc. V,F,V,Vd. F,V,V,F

e. V,V,F,F

Com relação aos atos administrativos, julgue os itenssubsequentes.

35. Os atos administrativos estão completamente dissociadosdos atos jurídicos, pois os primeiros referem-se sempreà atuação de agentes públicos, ao passo que os segundosabrangem também os atos praticados por particulares.

36. O excesso de poder, uma das modalidades de abuso de po-der, configura-se quando um agente público pratica determi-nado ato alheio à sua competência.

37. A finalidade dos atos administrativos é sempre um elementovinculado, pois o fim desejado por qualquer ato administra-tivo é o interesse público.

38. Em regra, os atos administrativos são informais, o que aten-de à demanda social de desburocratização da administração pública.

39. Motivo e motivação dos atos administrativos são conceitoscoincidentes e significam a situação de fato e de direito queserve de fundamento para a prática do ato administrativo.

40. A teoria dos motivos determinantes cria para o administra-dor a necessária vinculação entre os motivos invocados paraa prática de um ato administrativo e a sua validade jurídica.

Julgue os itens subsequentes, relativos aos atos admi-nistrativos.

41. Os atos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judi-ciário devem sempre ser atribuídos à sua função típica, ra-zão pela qual tais poderes não praticam atos administrativos.

42. São exemplos de atos administrativos relacionados com avida funcional de servidores públicos a nomeação e a exo-neração. Já os atos praticados pelos concessionários e per-missionários do serviço público não podem ser alçados àcategoria de atos administrativos.

43. O ato administrativo não surge espontaneamente e por conta própria. Ele precisa de um executor, o agente público compe-tente, que recebe da lei o devido dever-poder para o desem- penho de suas funções.

Uma autoridade administrativa do TST, no exercício de suacompetência, editou ato administrativo que determinava a insta-lação de detectores de metais nas entradas da sede do Tribunale estabelecia que todas as pessoas deveriam submeter-se ao de-tector e que somente poderiam ingressar no edifício ou sair delecaso apresentassem aos agentes da segurança todos os pertencesde metal. Porém, seis meses depois da instalação dos detectores,as reclamações dirigidas à administração do TST fizeram com quea autoridade editasse ato anulando a referida determinação, por considerar que ela não alcançou devidamente os seus objetivos.

Acerca da situação hipotética descrita no texto, julgue ositens a seguir.

44. Nessa situação, o dever de submeter-se aos detectores demetais não poderia ser imposto a juízes do t rabalho, pois talexigência violaria as garantias constitucionais da magistra-tura.

45. O ato que determinou a instalação dos detectores de metaisé um ato administrativo discricionário.

46. Os motivos alegados pela referida autoridade para invalidar oato deveriam conduzir à sua revogação, e não, à sua anulação.

Acerca da discricionariedade e do controle judicial dosatos da administração pública, julgue os itens subsequentes.

47. Mesmo nos atos discricionários, não há margem para que oadministrador atue com excessos ou desvio de poder, com- petindo ao Poder Judiciário o controle cabível.

48. A possibilidade da análise de mérito dos atos administrati-vos, ainda que tenha por base os princípios constitucionaisda administração pública, ofende o princípio da separaçãodos poderes e o estado democrático de direito.

49. O Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre osatos administrativos discricionários quando o administra-dor, ao utilizar-se indevidamente dos cr itérios de conveniên-cia e oportunidade, desviar-se da finalidade de persecuçãodo interesse público.

Julgue os itens seguintes, que tratam dos atos e contratosadministrativos.

50. O conceito de ato administrativo engloba todas as açõesemanadas da administração pública e sujeitas ao controle pelo Poder Legislativo.

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54I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

( ) ocorrendo paralisação ou sustação do contrato, o cro-nograma de execução será prorrogado automaticamente pelo dobro do prazo.

a. F, V, F, F. b. F, V, F, V.

c. V, F, F, V.d. V, F, V, F.

e. V, V, F, F.

62. Quanto ás licitações e contratos, é incorreto afirmar que:a. em igualdade de condições, será assegurada preferência

aos bens e serviços produzidos ou prestados por empre-sas brasileiras de capital nacional;

 b. não serão sigilosas, sendo públicos e acessíveis ao públi-co os atos de procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura;

c. qualquer cidadão poderá acompanhar o desenvolvimentodo processo de licitação, desde que não perturbe ou im-

 peça a realização dos trabalhos;d. a probidade administrativa e a vinculação ao instrumentoconvocatório são alguns de seus princípios básicos;

e. entre suas modalidades, estão inseridas a concorrência, oconvite, o concurso e o sorteio público.

63. Em matéria de formação dos contratos, pode-se afirmarque:a. a proposta não gera obrigações; b. a proposta coincide com as tratativas;c. a proposta somente é obrigatória quando feita com prazo;d. a proposta obriga o proponente nos seus termos;e. somente é obrigatór ia se feita a pessoa presente.

64. Sobre os contratos administrativos, analise as afirmati-vas a seguir:I – Nos contratos administrativos a Administração Públi-

ca pode modif icá-los de forma unilateral, promovendosua adequação ao interesse público superveniente.

II – A rescisão do contrato administrativo pode ser feitade forma unilateral pela Administração Pública, mas aanulação do contrato está sujeita ao pr incípio da reser-va da jurisdição.

III – Em todos os casos de rescisão unilateral do contrato aAdministração Pública deverá indenizar o contratado.

A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:

a. I. b. II.c. III.d. I e II.e. I e III.

65.  Não há previsão legal para a celebração de contrato de ges-tão entre pessoa jurídica de direito público política e a se-guinte espécie:a. órgão público. b. organização social.c. agência executiva.d. organização da sociedade civil de interesse público.

e. sociedade de economia mista.

66.  A Constituição Federal prevê a edição do estatuto jurídi-co da empresa pública e da sociedade de economia mista

que explorem atividade econômica. No conteúdo da re-ferida norma jurídica, conforme o texto constitucional,não está previsto dispor sobre:a. licitação e contratação de obras, serviços, compras e

alienações, observados os princípios da administração pública.

 b. constituição e o funcionamento dos conselhos de admi-nistração e fiscal, com a participação dos acionistas mi-noritários.

c. a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas pri-vadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,comerciais, trabalhistas e tributários.

d. sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade.

e. forma de distribuição de seus resultados, inclusive paraacionistas minoritários.

67. Aos contratos administrativos, regidos pela Lei nº8.666/93, para a realização de obras públicas:

a. não se aplicam princípios da teoria geral dos contratos. b. não se aplicam disposições do direito privado.c. aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito privado.d. aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito público.e. não se vinculam os preceitos licitatórios de que decorrem.

68.  De acordo com a previsão expressa contida na Lei nº8.666/93, é cabível inexigibilidade de licitação e nãodispensa,para contratação de serv iço:a. de pequeno valor, até 10% do limite fixado para convite. b. quando não acudirem interessados à licitação anterior 

que não possa ser repetida.c. de profissional do setor artístico, desde que consagrado

 pela crít ica especializada.d. de impressão de Diário Oficial.e. quando houver possibilidade de comprometimento da se-

gurança nacional.

69. Em razão da observância do princípio da publicidade,conforme previsão expressa na Lei nº 8.666/93, os contra-tos administrativos devem ser publicados:a. integralmente, no órgão da imprensa oficial. b. integralmente, no Boletim Interno do órgão respectivo.c. resumidamente, na imprensa oficial e em jornal e em jor-

nal de circulação local.d. resumidamente, no órgão da imprensa oficial.e. resumidamente, na imprensa oficial e, integralmente, no

Boletim Interno do órgão respectivo.

70. O contrato administrativo pode ser alterado unilateral-mente na seguinte hipótese:a. quando necessária a modificação do valor contratual em

decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa deseu objeto, nos limites permitidos pela legislação.

 b. para restabelecer a relação que as partes pactuaram ini-cialmente entre os encargos do contratado e a retribui-ção da Administração para a justa remuneração da obra,serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção doequilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, emvirtude de superveniência de fatos imprevisíveis.

c. quando conveniente a substituição da garantia deexecução.

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55D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

d. quando necessária a modificação do regime de execuçãoda obra ou serviço, em face de verificação técnica da ina- plicabilidade dos termos contratuais originários.

e. quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantidodo valor inicial atualizado.

71. Não se configura como hipótese de dispensa de licitação:a. a contratação realizada por empresa pública com suas

subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienaçãode bens, prestação ou obtenção de serviços, desde queo preço contratado seja compatível com o praticado nomercado.

 b. a contratação de instituição internacional incumbida es-tatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvi-mento institucional, desde que a contrapartida detenhainquestionável reputação ético-profissional e não tenhafins lucrativos.

c. a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimentodas finalidades precípuas da Administração, cujas neces-

sidades de instalação condicionem a sua escolha, desdeque o preço seja compatível com o valor do mercado, se-gundo avaliação prévia.

d. a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos his-tóricos, de autenticidade certificada, desde que compatí-veis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.

e. a contratação do fornecimento ou suprimento de energiaelétrica com concessionário, permissionário ou autoriza-do, segundo normas da legislação específica.

72. Conforme previsão expressa na Lei nº 8.666/93, quandocaracterizada a inviabilidade de competição, para a con-tratação de determinado serviço específico, a licitação

será considerada:a. dispensável. b. facultat iva.c. inexigível.d. obrigatória.e. proibida.

73. As normas gerais, relativas a contratos administrativos,contidas na Lei nº 8.666/93, assim como as prerrogativasconferidas à Administração, em razão do seu regime ju-rídico, aplicam-se aos de seguro, de financiamento e delocação (em que o Poder Público seja locatório), no quecouber.a. Correta a assertiva. b. Incorreta a asser tiva, porque esses contratos, desde que a

Administração seja parte, são todos e por inteiro regidos pela Lei nº 8.666/93.

c. Incorreta a assertiva, porque esses contratos mesmo ten-do a Administração como parte, são todos regidos, exclu-sivamente, pelas normas de direito privado.

d. Incorreta a assertiva, porque desses contratos só os de lo-cação são regidos pela Lei nº 8.666/93, pois os de seguroe financiamento subordinam-se, inteiramente, às normasde direito civil.

e. Incorreta a assertiva, porque o regime jurídico da Lei nº8.666/93, só se aplica aos contratos em que a Administra-ção for parte contratante, e não nesses casos indicados.

74. Não se inclui entre os motivos ensejadores de prorroga-ção do prazo de execução contratual, mantidas as cláusu-

las contratuais e assegurada a manutenção do seu equilí-brio econômico-financeiro:a. a alteração do projeto ou especificações, pela Adminis-

tração. b. o aumento das quantidades inicialmente previstas no

contrato, nos limites legais.

c. o impedimento de execução do contrato por fato ou ato deterceiro reconhecido pela Administração, em documentocontemporâneo a sua ocorrência.

d. a superveniência de fato excepcional ou imprevisível,decorrente do contrato, que altere fundamentalmente ascondições de execução contratual.

e. a interrupção da execução do contrato ou diminuição doritmo de trabalho por ordem e no interesse da Adminis-tração.

75. Tratando-se de contrato administrativo, assinale a afir-mativa verdadeira:

a. A responsabilidade do contrato pode ser reduzida, quan-to a danos causados à Administração, pela comprovaçãoda existência de permanente fiscalização pelo órgão dointeressado.

 b. A inadimplência do contratado por encargos trabalhistas, previdenciários e fiscais não transfere à AdministraçãoPública a responsabilidade por seu pagamento.

c. A Administração Pública responde subsidiariamentecom o contrato pelos encargos trabalhistas e previdenciá-rios resultantes da execução do contrato.

d. O recebimento do objeto contratado, nos casos de aqui-sição de equipamentos de grande vulto far-se-á medianterecibo.

e. Não pode ser dispensado o recebimento provisório do ob- jeto contratado, t ratando-se de serviços profissionais.

76. Não se inclui nas modalidades legais de execução indiretade obras e serviços a:

a. tarefa.

 b. empreitada por preço global.

c. empreitada integral.

d. administração contratada.

e. empreitada por preço unitário.

77. A exigência prevista na lei de licitação para habilitaçãodos interessados, concernentes aos direitos sociais cons-titucionalmente assegurados, refere-se à:

a. a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre amenores de 18 anos, e qualquer a menores de 16 anos,salvo na condição de aprendiz a partir de 14 anos.

 b. proibição de distinção entre trabalho manual, técnico eintelectual.

c. proibição de qualquer discriminação no tocante a salários ecritérios de admissão do trabalhador portador de deficiência.

d. proibição de diferença de salários, de exercícios de fun-ções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,

cor ou estado civil.e. igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo

empregatício, permanente e o t rabalhador avulso.

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56I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

78. Em tema de contrato administrat ivo, é INCORRETOafirmar:

a. Os contratos administrativos são sempre consensuais e,em regra, formais, onerosos, comutativos e intuitu per-

 sonae, porque devem ser executados pelo próprio con-tratado, vedadas, em princípio, a sua substituição por outrem ou a transferência do ajuste.

 b. O equilíbrio financeiro ou equação econômica ou finan-ceira é a relação estabelecida inicialmente pelas partesentre os encargos do contratado e a ret ribuição da Admi-nistração para a justa remuneração do objeto do ajuste.

c. No contrato de gerenciamento, a administração públicasomente comete ao gerenciador particular a execução deum serviço público, transferindo a competência decisó-ria desde o ajuste e isentando-se, via de consequência, daresponsabilidade pelos encargos financeiros dos serviços projetados.

d. O reajuste de preços e de tarifas é a medida convenciona-da entre as partes contratantes para evitar que, em razãodas elevações do mercado, da desvalorização da moeda

ou do aumento geral de salários no período de execução,venha a romper-se o equilíbrio financeiro do ajuste.

e. O contrato de concessão é o ajuste pelo qual a Adminis-tração delega ao particular a execução remunerada deserviço ou de obra pública ou lhe cede o uso de um bem público, para que o explore por sua conta e r isco.

79. De acordo com a Lei nº 8.666/93 é INEXEGÍVEL a licita-ção, dentre outras hipóteses, no caso de:

a. celebração de contratos de prestação de serviços com as or-ganizações sociais regulares perante a legislação brasileira.

 b. a União tiver que intervir no domínio para regular preçoou normalizar o abastecimento.

c. contratação de associação de portadores de deficiênciafísica, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade.

d. guerra ou grave perturbação da ordem, bem como noscasos de emergência ou calamidade pública.

e. contratação direta de profissional de qualquer setor artís-tico, consagrado pela crítica especializada ou pela opi-nião pública.

80.  É certo que os contratos administrativos:

a. não poderão prever cláusulas exorbitantes, ou seja, queexcedam o Direito Comum para consignar uma vantagemou uma restrição à Administração.

 b. são sempre formais, onerosos, comutativos e realizadointui personae e, em regra, consensuais.

c. de atribuição são aqueles em que a Administ ração conferedeterminadas vantagens ou certos direitos ao par ticular.

d. deverão prever, expressamente, o controle do contrato pela Administração Pública, uma vez que esse controlenão está implícito na contratação pública.

e. devem prever penalidades contratuais que só poderão ser aplicadas pelo Poder Judiciário, em razão da segurança jurídica existente na contratação.

81. No que toca a formalização do contrato administrativo,analise:I – Para a formalização de contrato administrativo que

exija concorrência e tomada de preço é obrigatório otermo do contrato.

II – Em regra, o Contrato administrativo regularmente pu- blicado dispensa testemunhas e regist ro em car tório.

III – As cláusulas contratuais que fixam o objeto do contra-to são consideradas cláusulas acessórias.

IV – As leis administrativas obrigam a Administração Pú- blica à exigência de garant ia a f im de assegurar a exe-cução do contrato.

É correto o que consta APENAS em:

a. III e IV.

 b. II, III e IV.

c. II e III.

d. I, II e III.

e. I e II.

82. O contrato administrativo pelo qual a Administraçãodelega ao particular a execução remunerada de serviçoou de obra pública ou lhe cede o uso de um bem público,para que o explore por sua conta e risco, pelo prazo e nas

condições regulamentares e contratuais, é denominadocontrato de:

a. fornecimento.

 b. concessão.

c. empreitada ou parceria.

d. gerenciamento ou consórcio.

e. programa de gestão.

83. Segundo a lei que rege as licitações, o prazo mínimo paraa convocação dos licitantes até o recebimento das propos-tas ou da realização do evento é de:

a. trinta e cinco dias para concorrência.

 b. quarenta e cinco dias para concurso.c. doze dias para tomada de preços.

d. vinte e cinco dias para leilão.

e. dez dias úteis para convite.

84. Quanto à constituição e à responsabilidade das Comis-sões Permanentes de Licitação, é INCORRETO afirmar:

a. Em qualquer hipótese, os membros das Comissões delicitação responderão (civil e criminalmente) de formasolidária pelos atos praticados pela Comissão, não se exi-mindo inclusive aquele que se manifestou posição indivi-dual divergente registrada em ata lavrada na reunião emque tiver sido tomada a decisão.

 b. A investidura dos membros das Comissões permanen-tes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução datotalidade de seus membros para a mesma comissão no período subsequente.

c. No caso de concurso, o julgamento será feito por umacomissão especial integrada por pessoas de reputação ili- bada a reconhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.

d. No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcional-mente, nas pequenas unidades administrativas e em faceda exiguidade de pessoal disponível, poderá ser substituí-da por servidor formalmente designado pela autoridadecompetente.

e. A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição emregistro cadastral, a sua alteração ou o seu cancelamento,será integrada por profissionais legalmente habilitados,no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.

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85. No que se refere à licitação, observa-se que ela será inexi-gível no caso de:

a. aquisição de bens destinados exclusivamente à investiga-ção científica e tecnológica, com recursos concedidos por instituições oficiais de fomento à pesquisa.

 b. impossibilidade jurídica de competição entre contratan-

tes, que pela natureza específica do negócio, quer pelosobjetivos sociais visados pela administração.

c. contratação de instituição brasileira de pesquisa, ensinoou desenvolvimento institucional, ou dedicada à recupe-ração social do preso.

d. aquisição de componentes, ou peças, necessários à ma-nutenção de equipamentos, durante o período de garantiatécnica.

e. serviços prestados por associações de portadores de de-ficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada ido-neidade, desde que os preços sejam compatíveis com omercado.

86. A respeito do procedimento licitatório, considere:I – O pedido de impugnação de edital de licitação deve ser  protocolado até 15 dias úteis antes da data fixada paraa abertura dos envelopes de habilitação.

II – A impugnação feita de tempestividade pelo licitantenão o impedirá de participar do processo licitatório atéo trânsito em julgado da decisão a ela per tinente.

III – A inabilitação do licitante importa preclusão do seudireito de part icipar das fases subsequentes.

IV – Decairá do direito de impugnar o edital de licitação olicitante que não o fizer até o quinto dia útil que ante-ceder a abertura dos envelopes de habilitação em con-corrência.

Está correto o que consta APENAS em:a. I e II.

 b. I, II e III.

c. II e III.

d. III e IV.

e. II, III e IV.

87. Em tema de contratos administrativos, considere asassertivas:I – O contrato administrativo ilegal pode se extinto por 

anulação unilateral da Administração, mas semprecom oportunidade de defesa para o contratado, em cujo

expediente se demonstre a ilegalidade do ajuste.II – As chamadas cláusulas exorbitantes, porque visam

estabelecer prerrogativas em favor de uma das partes,ainda que sob o fundamento do resguardo ao interesse público, desigualam as par tes contratantes e são consi-deradas nulas de pleno Direito se presentes nos contra-tos administrativos.

III – O reajustamento contratual de preços e de tarifas é me-dida convencionada entre as partes contratantes paraevitar que, em razão das elevações do mercado, da des-valorização da moeda ou do aumento geral de saláriosno período de execução do contrato administrativo,venha a romper-se o equilíbrio financeiro do ajuste.

IV – O particular que contrata com a administração públi-ca, face à natureza pública do ajuste, adquire direito àimunidade do contrato ou a sua execução integral, bemcomo as suas vantagens em espécie.

Estão corretas SOMENTE:

a. I e III.

 b. I e IV.

c. II e III.

d. I, II e IV.

e. II, III e IV.

88. A licitação será dispensável, entre outras hipóteses,no caso de:

a. aquisição de componentes necessários à manutenção de programas de informática, desde que fora do período degarantia técnica, vedada a compra junto ao fornecedor original.

 b. compra de materiais de uso pessoal e administrativo paraas Forças Armadas.

c. impossibilidade jurídica de competição entre outros con-tratantes, quer pela natureza específica do negócio, quer  pelos objetivos sociais visados pela administração.

d. contratação de instituição transnacional de pesquisa ou

de ensino, com ou sem fins lucrativos, salvo para a res-tauração de obras de arte e objetos históricos.

e. aquisição de energia elétrica fornecida por concessioná-rio, permissionário ou autorizado, de acordo com a legis-lação específica.

89. A Administração Pública que desejar comprar ou alie-nar bens imóveis, em regra, poderá contratar por meiode licitação na modalidade:

a. concurso.

 b. convite.

c. concorrência.

d. pregão.

e. tomada de preços.

90. A respeito da habilitação no processo licitatório, a ins-crição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis,acompanhada de prova da diretoria que se encontra emexercício, é a documentação relativa à:

a. habilitação de responsabilidade financeira.

 b. qualificação técnica.

c. habilitação jurídica.

d. qualificação econômica.

e. regularidade fiscal.

91. No caso em que todos os licitantes forem inabilitados outodas as propostas forem desclassificadas, a administra-ção poderá fixar aos licitantes o prazo de:

a. quinze dias úteis para apresentação de nova documenta-ção ou de outras propostas, facultada, no caso de convite,a redução deste prazo para cinco dias úteis.

 b. dez dias úteis para apresentação de nova documentaçãoou de outras propostas, facultada, no caso de convite, aredução deste prazo para cinco dias úteis.

c. cinco dias úteis para a apresentação de nova documenta-ção ou de outras propostas, facultada, no caso de convite,a redução deste prazo para três dias úteis.

d. três dias úteis para apresentação de nova documentação oude outras propostas, em todas as modalidades de licitação.

e. oito dias úteis para apresentação de nova documentaçãoou de outras propostas, facultada, no caso de convite, aredução deste prazo para t rês dias úteis.

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58I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

92. Tendo em vista as disposições da Lei nº 8.666/93, considere:I –  Os contratos administrativos regulam-se pelas suas

cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplican-do-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria ge-ral dos contratos e as disposições de direito privado.

II –  A garantia do contrato administrativo, cujas modali-dades são, dentre outras, caução em dinheiro e fiança

 bancár ia, sempre será exigida pela Administração no patamar de dez por cento do valor contratado.

III – As cláusulas econômico-financeiras e monetárias doscontratos administrativos poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

IV –  Não se admite contrato com prazo de vigência inde-terminado, sendo admissível a prorrogação, desde que justif icada por escrito e previamente autorizada pelaautoridade competente.

É correto o que consta APENAS em:a. II, III e IV. b. I e III.

c. II e III.d. I e IV.e. I, II e IV.

93. Nos termos da Lei nº 8.666/93, é correto o que constaAPENAS em:a. A Administração Pública responde solidariamente com o

contratado pelos encargos previdenciários resultantes daexecução do contrato, nos termos da legislação específica.

 b. O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas con-dições contratuais, os acréscimos ou supressões que sefizerem nas compras, até cinquenta por cento do valor inicial atualizado do contrato.

c. Quando ocorrer caso fortuito impeditivo da execução docontrato, haverá rescisão contratual e, independentemen-te da culpa do contratado, será ele ressarcido dos prejuí-zos demonstrados.

d. Em regra, o prazo é de cento e vinte dias para observa-ção ou vistoria comprovadora da adequação do objeto aostermos do contrato administrativo.

e. Se houver agente público nomeado para fiscalizar o cum- primento do contrato, é facultado ao contratado manter  preposto no local da obra ou serviço, para representá-lona execução do contrato.

94. A respeito dos contratos administrativos, assinale a op-

ção correta.a. Os contratos administrativos diferenciam-se dos demaiscontratos privados no que se refere às chamadas cláusu-las exorbitantes, como a cláusula que autoriza à adminis-tração impor penalidades administrativas.

 b. como os cont ratos administ rativos também se submetemao princípio da formalidade, eles devem ser obrigatoria-mente escritos.

c. A administração pode alterar, de forma unilateral, oscontratos que celebrar. No entanto, no que se refere à al-teração quantitativa, a lei estabelece, como o limite paraos acréscimos e supressões nas obras, serviços e com- pras, o percentual de 50% em relação ao valor original docontrato.

d. A administração pode rescindir o contrato, de forma uni-lateral, na ocorrência de caso fortuito ou força maior, nãoficando obrigada ao pagamento de qualquer indenização.

95. Quanto às licitações, assinale a opção correta.a. De acordo com o princípio da adjudicação compulsória, o

licitante contratado deve obedecer não apenas aos termosdo contrato, mas também às determinações da adminis-tração.

 b. os termos da Constituição Federal, as empresas esta-tais (sociedade de economia mista e empresas públicas),

quando prestadoras de serviço público, podem elaborar ato normativo sobre licitação, observados os princípiosda administração pública.

c. A contratação de empresa de publicidade pode ser feitasem licitação, diante da natureza singular do serviço.

d. É dispensável a licitação na hipótese de celebração decontrato de programa entre entes da Federação ou comentidades da administração indireta, para a prestação deserviços públicos de forma associada nos termos do auto-rizado em contrato de consórcio público ou em convêniode cooperação.

96. Com relação às licitações públicas e contratos adminis-

trativos, é correto afirmar que:a. a Lei Federal nº 8.666/93 proíbe contratos com duração su- perior à vigência dos respectivos créditos orçamentários.

 b. adjudicação é o ato pelo qual se atribui ao vencedor docertame o objeto da licitação.

c. o sistema de registro de preços dispensa, para sua im- plantação, a realização de licitação pública.

d. uma das características dos contratos administrativosconsiste na imutabilidade, ou seja, na impossibilidade daAdministração Pública em alterá-los.

e. as empresas públicas e sociedades de economia mista es-tão desobrigadas de realizar procedimentos licitatórios.

97. Sobre a inexecução do contrato administrativo, considere:

I –  Se houver sustação do contrato, o cronograma de execu-ção será prorrogado automaticamente por igual tempo.

II – Em regra, se houver atraso superior a sessenta dias dos pagamentos devidos pela Administração, o cont ratadotem o direito de optar pela suspensão do cumprimentode suas obrigações até que seja normalizada a situação.

III –  Se ocorrer caso fortuito ou força maior, regularmentecomprovado e que impeça a execução do contrato, poderáa Administração Pública rescindir unilateralmente.

Está correto o que conta APANAS em:a. I. b. II.c. III.

d. I e III.e. II e III.

98. Se houver inexecução total ou parcial do contrato, éINCORRETO afirmar que a Administração poderá,garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado a sanção de:a. multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou

no contrato. b. suspensão temporária de participação em licitação e im-

 pedimento de contratar com a Administração, por prazonão superior a três anos.

c. advertência.d. declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com

a Administração pública enquanto perdurarem os moti-vos determinantes da punição.

e. advertência, cumulada com multa, na forma prevista noinstrumento convocatório ou no contrato.

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59D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

99.  Tendo em vista a Lei de Licitação nº 8.666/93, considere:I – Tomada de preços é a modalidade de licitação entre in-

teressados devidamente cadastrados ou que atenderema todas as condições exigidas para o cadastramento atéo terceiro dia anterior à data do recebimento das pro- postas, observada a necessária qualif icação.

II –  Concorrência pública é a modalidade de licitação reali-

zada entre interessados previamente registrados.III –  Nos casos em que a modalidade de licitação cabível

seja convite, é vedado à administração utilizar tomadade preços.

IV –  No convite a administração deverá convidar no míni-mo três interessados, cadastrados ou não.

Está correto o que consta APENAS em:

a. I, II e III.

 b. I, III e IV.

c. I e IV.

d. II e III.

e. III e IV.

100. A respeito das licitações considere:I –  Quanto à competição no processo licitatório, pode-se

afirmar que é relativa, na medida em que, no interesse público, impõem-se regras, dentre outras, que afastamo licitante não constituído regularmente.

II –  O julgamento das propostas deve ser objetivo e pauta-do por critérios claros contidos no edital.

III –  Segundo o princípio da adjudicação compulsória, aAdministração pública é obrigada a contratar imedia-tamente o licitante vencedor.

Está correto o que consta APENAS em:a. I e II.

 b. I e III.c. II.d. III.e. II e III.

101.  Considerando a Lei nº 8.666/93, especialmente quantoaos contratos administrativos, é correto afirmar que:a. o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas con-

dições contratuais, os acréscimos ou supressões que sefizerem nas compras, até cinquenta por cento do valor inicial atualizado do contrato.

 b. a garantia do contrato administrativo, cujas modalidadessão, dentre outras, caução em dinheiro e fiança bancária,sempre será exigida pela Administração no patamar de

dez por cento do valor contratado.c. as cláusulas econômico-financeiras e monetárias doscontratos administrativos só poderão ser alteradas com prévia concordância do contratado.

d. os licitantes ficam liberados do compromisso assumido,se não houver convocação para a contratação no prazo detrinta dias, contados da entrega das propostas.

e. é permitida a rescisão amigável, por acordo entre as par-tes, reduzida a termo no processo da licitação, indepen-dentemente da conveniência para a Administração.

102. Em relação à modalidade de licitação denominada pre-gão, é incorreto afirmar que:a. Se a oferta do licitante vencedor não for aceitável,

o pregoeiro examinará as ofertas subsequentes e aqualificação dos licitantes, na ordem de classificação, eassim sucessivamente, até a apuração de uma que atendaao edital.

 b. declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, no prazode três dias, interpor recurso, podendo apresentar aos de-mais licitantes, contra-razões, em igual prazo, contado a part ir da publicação da decisão que receber recurso.

c. aberta a sessão, os licitantes apresentam declaração deque cumprem todos os requisitos de habilitação e entre-garão os envelopes contendo a indicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata aber tura.

d. no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais bai-xo e os das ofertas com preço até 10% (dez por cento)superiores àquela poderão fazer novos lances verbais esucessivos, até a proclamação do vencedor.

e. se, além da oferta de valor mais baixo, não houver pelomenos duas outras com preço superior, mas até o limitedos 10% da oferta com preço mais baixo, poderão os li-citantes das melhores propostas, até o máximo de três,oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer quesejam os preços oferecidos.

103. Na modalidade de licitação denominada pregão, nos ter-mos da Lei nº 10.520/02, é:a. vedada a exigência de garantia de proposta e o prazo de

sua validade será de sessenta dias, se não houver disposi-ção em contrário no edital.

 b. cabível a exigência de aquisição de edital como condição para a participação no certame e o prazo de validade da proposta será de sessenta dias, se não houver disposiçãoem contrário no edital.

c. vedada a exigência de garantia de proposta e o prazo desua validade será de t rinta dias, se não houver disposiçãoem contrario no edital.

d. cabível exigir garantia da proposta e o prazo de sua va-

lidade será de trinta dias, se não houver disposição emcontrário no edital.e. vedada a exigência de aquisição de edital como condição

 para participação no certame e o prazo de sua validade da proposta será de tr inta dias, se não houver disposição emcontrário no edital.

104. Sobre licitação, considere:I – A licitação não será sigilosa, sendo públicos e aces-

síveis ao público os atos de seu procedimento, salvoquanto ao conteúdo das propostas, até a respectivaabertura.

II – Nos caso em que couber tomada de preços, a Adminis-

tração poderá utilizar o convite e, em qualquer caso, aconcorrência.

III – O prazo mínimo entre a publicação do resumo do edi-tal do concurso até o recebimento das propostas ou darealização do evento será de 45 dias.

IV – Subordinam-se ao regime da Lei de Licitações(8.666/93), além dos órgãos da administração direta,somente as autarquias, as fundações públicas e as em- presas públicas.

Está INCORRETO o que se afirma APENAS em:a. I e II b. I, III e IV

c. I e IIId. II e IVe. III e IV

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60I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

105. Em se tratando de licitação na modalidade pregão, é IN-CORRETO que:a. na fase preparatória do pregão seja observada a definição

do objeto com precisão, de forma clara, vedadas especi-ficações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessá-rias, limitem a competição.

 b. qualquer l icitante poderá manifestar imediata e motiva-

damente a intenção de recorrer, logo após ter sido decla-rado o vencedor, quando lhe será concedido o prazo de 5dias para a apresentação das razões do recurso.

c. o prazo fixado para apresentação das propostas, contadoa partir da publicação do aviso, não será inferior a 8 diasúteis.

d. no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais bai-xo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento)superiores àquela poderão fazer novos lances verbais esucessivos, até a proclamação do vencedor.

e. os licitantes poderão deixar de apresentar os documentosde habilitação que já constem do Sistema de Cadastra-mento Unificado de Fornecedores – Sicaf.

106.  Considerando o que dispõe a Lei nº. 8.666/93, especial-mente quanto à fase de habilitação, o registro ou inscri-ção do engenheiro no conselho regional de engenharia,diz respeito à sua:a. qualificação jurídica.

 b. qualificação técnica.

c. regularidade fiscal.

d. habilitação econômico-financeira.

e. qualificação social.

Julgue os itens.

107. O contrato administrativo é caracterizado pelo formalismo,não se admitindo, portanto, contrato verbal.

108. Conforme prescreve a Lei nº 8.666/1993, o contrato de pu- blicidade não pode ser feito por meio de inexigibilidade delicitação.

A respeito das licitações públicas, julgue os itens queseguem.

109. O estudo das licitações deve ter por base a Lei nº 8.666/1993,a qual estabelece, minuciosamente, as normas sobre licita-

ções e contratos da administração pública.

110. As normas gerais acerca de licitação e contratação públi-ca podem ser estabelecidas por meio de ato legislativo daUnião, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, deacordo com o âmbito de aplicação dessas normas.

111. O conceito de licitação pública remete à ideia de disputa iso-nômica entre as partes concorrentes ao fim da qual deve ser selecionada a proposta mais vantajosa para a administração pública, com vistas à celebração de um contrato administrativo.

112. Os princípios referentes às licitações públicas devem estar obrigatoriamente expressos em texto constitucional ou legal,em obediência ao pr incípio da publicidade, que rege todos os procedimentos licitatórios.

113. O fato de o edital licitatório prever a preferência de contrata-ção de microempresas e empresas de pequeno porte, no casode desempate, é oposto ao princípio da igualdade entre oslicitantes.

A licitação é um procedimento administrativo formal queobjetiva a aquisição, a venda ou a prestação de serviços de formamais vantajosa para a administração pública. Acerca da escolhada modalidade de licitação, julgue o item subsequente.

114. A escolha entre concorrência, tomada de preços e convite édeterminada pelo valor estimado da contratação, existindolimites para obras e serviços de engenhar ia e para compra eserviços em cada uma das três modalidades.

Julgue os itens que se seguem relativos a licitações pú-blicas.

115. O critério de julgamento aplicável a uma licitação vincula-se

ao tipo de licitação. Os tipos de licitação aplicáveis a todasas modalidades de licitação são os de menor preço, melhor técnica, técnica e preço e maior lance ou oferta.

116. A modalidade de licitação denominada pregão pode ser uti-lizada para a aquisição de bens e serviços de informática eautomação, considerados como bens e serviços comuns.

117. A adjudicação compulsória ao vencedor da licitação corres- ponde à celebração do contrato.

118. A inexigibilidade de licitação ocorre sempre que houver im- possibilidade jurídica de competição, enquanto a dispensade licitação tem lugar em contexto de viabilidade jurídica decompetição.

119. A União, em suas contratações públicas, não pode conceder tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte, pois tal comportamento violaria o princípioda isonomia entre os licitantes.

A respeito da doutrina administrativista concernente aoequilíbrio dos contratos mantidos entre a administração e osparticulares, julgue o item seguinte.

120. A permissão de serviço público para exploração de serviçode transporte intermunicipal é negócio jurídico unilateral e, portanto, não se sujeita ao princípio determinador do respei-to ao equilíbrio financeiro do contrato.

Julgue os itens seguintes.

121. O edital, que é a lei interna da concorrência e da tomadade preços, traduz-se em uma verdadeira norma porque su- bordina administradores e administrados às regras que es-tabelece. Para a administração, desse modo, o edital é atovinculado e não pode ser desrespeitado por seus agentes.

122. A União pode contratar, com dispensa de licitação, a presta-ção de serviços de organização social para atividades con-templadas no contrato de gestão.

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61D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

123. É permitida a celebração de contratos administrativos para   prestação de serviço com tempo de vigência indeterminado,desde que o contrato atribua ao poder público o direito derescindi-lo, sem ônus, a qualquer tempo.

124. A introdução, no texto constitucional, do princípio adminis-trativo da economicidade tornou inconstitucional a realiza-

ção de licitações de tipo melhor técnica.

Após recente aprovação de legislação no Distrito Federal es-tabelecendo normas mais rígidas de segurança contra incêndio, oTST iniciou tomada de preços para contratar a prestação de servi-ços correspondentes à adequação do edifício sede a essas normas.Após a apresentação das propostas, mas antes de sua apreciação, areferida legislação distrital foi revogada, motivo pelo qual a auto-ridade competente do TST determinou, de ofício, a imediata anu-lação do referido procedimento licitatório. Irresignada, uma lici-tante ofereceu pedido de reconsideração, argumentando que erailícito invalidar o procedimento sem que os interessados tivessemchance de apreciar os motivos da invalidação e de se manifestar sobre eles. O pedido foi indeferido sob o argumento de que, como

ainda não havia sido definida uma licitante vencedora, a licitação podia ser invalidada sem a abertura de contraditório.

Considerando essa situação hipotética, julgue os itens aseguir.

125. O argumento que sustentou o indeferimento do pedido dereconsideração não tem base legal.

126. A tomada de preços é incompatível com o objeto do referido procedimento, já que essa modalidade licitatória é destinadasomente à aquisição de bens.

127. A revogação da referida legislação pode ser causa para a re-vogação da licitação, mas não é motivo que justifique a suaanulação.

Considere que, visando executar as determinações referidasno texto, o TST tenha realizado licitação para a compra de trêsdetectores de metal, utilizando-se, para esse fim, da modalidade pregão. Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens que seseguem.

128. Essa modalidade licitatória é uma espécie de concorrência pública na qual, em vez de apresentarem propostas defi-nidas, os licitantes participam de um leilão que tem como preço mínimo o valor determinado pela administração em

edital.

129. A opção por essa modalidade licitatória é ato vinculado, poisa lei estabelece o rol dos casos em que é necessário realizar  pregão.

130. Considere que o TST tenha realizado licitação para selecio-nar uma empresa para realizar, nas dependências do Tribu-nal, serviço de fotocópias oferecido para os jur isdicionados. Nessa situação, a administração deve celebrar contrato deconcessão de serviço público com a empresa selecionada noreferido procedimento licitatório.

Julgue os itens.

131. Os contratos administrativos têm como característica básicaa formalização. Apesar dessa característica, caso um admi-

nistrador do TJDFT, no exercício de suas funções, celebreum contrato verbal de compra até o limite de R$ 8.000,00,os efeitos desse pacto serão considerados válidos.

132. O não-cumprimento ou o cumprimento irregular, pelo con-tratado, de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos, constituem motivo para rescisão do contrato admi-

nistrativo.

133. Embora existam três formas de rescisão do contrato admi-nistrativo, o contratado pode requerer apenas duas, a amigá-vel e a judicial.

À luz da Lei nº 8.666/1993 e suas alterações, julgue ositens subsequentes, que versam sobre as normas para licita-ções e contratos da administração pública.

134. Ao organizar uma licitação para realização de um serviço deengenharia no TJDFT, o administrador responsável poderáoptar pela modalidade de convite, desde que o valor estima-do para a obra seja inferior a R$ 160.000,00.

135. Quando houver inviabilidade de competição, como na con-tratação de um artista consagrado pela opinião pública, alicitação será inexigível.

136. A comprovação da regularidade para com a fazenda federal,estadual e municipal do domicílio ou sede do licitante inte-gra os documentos relativos à qualificação técnica do inte-ressado em part icipar de um processo licitatório.

Julgue os próximos itens, relativos à licitação.

137. Considere que a administração tenha anulado licitação du-

rante a execução do respectivo contrato administrativo. Nes-sa situação, há dever de indenizar o contratado na parte docontrato que este já houver executado.

138. Suponha que a União pretenda contratar organização social para o desenvolvimento de atividades contempladas emcontrato de gestão. Nesse caso, haverá inexigibilidade delicitação.

139. Em razão de o INSS ser autarquia especial de intervençãono domínio econômico, nos aspectos de ingerência no setor  privado, ele não se submeterá a procedimentos licitatórios.

(CESPE – INSS Analista 2008) Em relação às licitações

públicas e aos contratos administrativos, julgue os itens quese seguem.

140. É dispensável a licitação para a contratação de ar tista consa-grado pela crítica especializada.

141. O adjudicatário que se recusar, injustificadamente, a assinar contrato administrativo está sujeito às penalidades pelo des-cumprimento total da obrigação assumida.

142. É constitucional dispositivo de lei que determine a inclusão,na análise da proposta mais vantajosa, dos valores de impos-tos já pagos pela participante do certame à fazenda públicaque realiza a licitação.

143. A forma verbal de contratação com a administração é admi-tida para pequenas compras de pronto pagamento.

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62I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

144. A declaração de nulidade do contrato administrativo operaretroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que ele, or-dinariamente, deveria produzir e desconstituindo os já pro-duzidos.

145.  (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – ÁreaJudiciária 2008) No que concerne aos servidores públicos,

regidos pela Lei nº 8.112/1990, assinale a opção correta.a. Os cargos públicos são acessíveis apenas aos brasileiros

natos ou naturalizados.

 b. O regime de trabalho do servidor se sujeita ao limite mí-nimo de 6 horas diárias.

c. É garantido a todo servidor público o exercício do direitode greve.

d. O concurso de títulos, mediante seleção por currículos, para provimento de cargo isolado, terá validade de umano, prorrogável por igual per íodo.

e. A impossibilidade física de entrar em exercício acarreta a possibilidade de fazê-lo por meio de procuração pública.

146. (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – ÁreaJudiciária 2008) Assinale a opção que apresenta cargospúblicos que permitem a uma mesma pessoa a acumula-ção lícita desses cargos.

a. Dois cargos de professor em escolas públicas e médico doserviço público federal.

 b. Advogado da União e advogado da empresa pública.

c. Médico militar e médico de secretaria de saúde do esta-do, quando ingressou nos cargos antes da promulgaçãoda CF.

d. Militar da reserva remunerada e agente de segurança judiciár io que ingressou no serviço público em maio de

2000.e. Três cargos públicos de magistério, sem incompatibilidade

de horários.

147.  (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – ÁreaJudiciária 2008) Assinale a opção que apresenta situa-ções que geram a aplicação de penalidade de demissão.

a. Aliciar subordinados a filiarem-se a partido político eausentar-se do serviço durante o expediente, sem préviaautorização do chefe imediato.

 b. Aceitar comissão ou pensão de Estado estrangeiro e apre-sentar inassiduidade habitual.

c. Promover manifestação de desapreço no recinto da repar-tição e abandonar o cargo.

d. Abandonar o cargo e recusar fé a documento público.

e. Opor resistência injustificada ao andamento de documen-to na repartição e revelar segredo do qual se apropriou emrazão do cargo.

148. (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – Área Ad-ministrativa 2008) No que concerne aos servidores públi-cos, regidos pela Lei nº 8.112/1990, assinale a opção correta.

a. A impossibilidade física de entrar em exercício acarreta a possibilidade de fazê-lo por meio de procuração pública.

 b. Os cargos públicos são acessíveis apenas aos brasileiros

natos ou naturalizados.c. O regime de trabalho do servidor se sujeita ao limite mí-

nimo de 6 horas diárias.

d. É garantido a todo servidor público o exercício do direitode greve.

e. O concurso de títulos, mediante seleção por currículos, para provimento de cargo isolado, terá validade de umano, prorrogável por igual per íodo.

149. (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – ÁreaAdministrativa 2008) Assinale a opção que apresenta si-tuações que geram a aplicação de penalidade de demissão.

a. Opor resistência injustificada ao andamento de documen-to na repartição e revelar segredo do qual se apropriou emrazão do cargo.

 b. Aliciar subordinados a filiarem-se a partido político eausentar-se do serviço durante o expediente, sem préviaautorização do chefe imediato.

c. Aceitar comissão ou pensão de Estado estrangeiro e apre-sentar inassiduidade habitual.

d. Promover manifestação de desapreço no recinto da repar-tição e abandonar o cargo.

e. Abandonar o cargo e recusar fé a documento público.

150. (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – Exe-cução de Mandatos 2008) Em relação aos vencimentose proventos de aposentadoria dos servidores públicos, oSTF entende que:

a. a Constituição veda a cumulação de cargos públicos por uma mesma pessoa.

 b. não há vedação constitucional à acumulação de cargos públicos desde que haja compatibilidade de horários e oacesso tenha se dado por concurso público.

c. é permitida a cumulação sem restrições, se ficar caracte-

rizado direito adquirido pelo servidor d. é possível a acumulação de mais de uma aposentadoria,

se forem elas relativas a cargos que, na atividade, seriamcumuláveis.

e. são inacumuláveis em razão do princípio da moralidadeadministrativa.

151. (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – Execu-ção de Mandatos 2008) A Lei nº 8.112/1990 e suas pos-teriores alterações baniram do ordenamento jurídico asseguintes formas de provimento de cargos públicos:

a. nomeação e readaptação.

 b. promoção e redistr ibuição.

c. reversão e recondução.

d. ascensão e transferência.

e. substituição e aproveitamento.

152. (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – Execu-ção de Mandatos 2008) Maria, casada com Pedro, juiz ti-tular da vara do trabalho de Itaperuna, foi aprovada, emconcurso público, para o cargo de auditor do trabalho,com lotação originária também em Itaperuna, tendo to-mado posse e entrado em exercício em fevereiro de 2004.No ano seguinte, Pedro, após realizar concurso de remo-ção, foi trabalhar em uma das varas do trabalho do Rio deJaneiro. Em 2006, Pedro foi acometido de doença, razãopela qual deveria ser acompanhado por Maria. Em 2008,Maria será candidata a vereadora pelo Rio de Janeiro. Apartir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

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a. A licença por motivo da doença de Pedro somente permi-tirá a Maria a percepção à remuneração pelo período deaté 90 dias.

 b. Uma vez eleita vereadora, havendo incompat ibilidadede horários para cumulação dos cargos, Maria poderá seafastar do cargo de auditora do t rabalho, mas optando por sua remuneração.

c. Em 2005, Maria não poderia pedir licença para acompa-nhar Pedro, porque estava em estágio probatório.

d. Durante a licença em razão da doença de Pedro, Maria poderá exercer atividade remunerada fora do serviço pú- blico.

e. O afastamento para o exercício do cargo de vereador nãoserá computado para fins da contagem do tempo de servi-ço de Maria.

153. (CESPE – TRT 1ª Região – Analista Judiciário – Execu-ção de Mandatos 2008) Assinale a opção correta de acor-do com a Lei nº 8.112/1990.a. O servidor que opera direta e permanentemente com

substâncias radioativas gozará de 20 dias consecutivosde férias por semestre.

 b. A necessidade do serviço declarada pelo chefe da seçãode atendimento ao público em que o servidor está lotadoé motivo para interrupção das suas férias.

c. Para o exercício de mandato classista em sindicato commais de 30.000 filiados, a licença será remunerada.

d. O servidor que não satisfizer as exigências do estágio probatório será demitido.

e. No afastamento para servir na Organização Internacionaldo Trabalho, o servidor da justiça do trabalho poderá op-tar pela remuneração que deseja perceber.

154. (CESPE – TRT 1ª Região – Técnico Judiciário – Área Ad-

ministrativa 2008) José é servidor da administração públicadireta e regido pela Lei nº 8.112/1990. Nos meses de janeiro efevereiro de 2008, ele faltou deliberadamente ao serviço por35 dias ininterruptos, razão por que foi instaurado processoadministrativo para julgamento de sua conduta. A partir dasituação hipotética acima, assinale a opção correta.a. No processo administrativo disciplinar, será apurado o

abandono do cargo com indicação da materialidade dailegalidade praticada pela comprovação do período deausência intencional ao serviço.

 b. A penalidade aplicável ao servidor é a de adver tência oudemissão, a critério da autoridade julgadora.

c. A critério da comissão disciplinar, José poderá ser remo-vido para outra localidade para não interferir na apuração

de sua falta.d. Na hipótese de demissão, José não mais poderá voltar aoserviço público.

e. Na hipótese de a autoridade julgadora ser também o supe-rior hierárquico imediato de José, em razão da aplicaçãodo princípio da verdade sabida, o processo disciplinar  poderá ser simplificado, excluindo-se a formação de co-missão disciplinar.

155. (CESPE – TRT 1ª Região – Técnico Judiciário – ÁreaAdministrativa 2008) Considerando a aplicação da Leinº 8.112/1990 e a interpretação que lhe é dada pelo tribu-nais superiores, assinale a opção correta.a. Caso um cidadão, em razão de tratamento de saúde, não

 possa estar presente no órgão para o qual prestou concur-so no dia marcado para a sua posse, ele poderá outorgar  procuração pública a um terceiro, com poderes para to-mar posse e entrar em exercício.

 b. O ocupante de cargo em comissão submete-se a regimede integral dedicação ao serviço.

c. Caso um servidor estável no cargo I seja aprovado emconcurso no cargo II e, assim, requeira vacância do cargoI, tome posse no cargo II e inicie o exercício, nessa situa-ção, se, em estágio probatório no cargo II, o servidor for reprovado, ele será reintegrado ao cargo I.

d. Agirá nos limites da legalidade administrativa a autar-quia federal que abrir concurso público enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo devalidade não expirado.

e. Às pessoas portadoras de deficiência serão sempre asse-gurados 20% das vagas oferecidas em concurso público.

156. (CESPE – TRT 1ª Região – Técnico Judiciário – ÁreaAdministrativa 2008) As penalidades administrativasprevistas na Lei nº 8.112/1990 incluem a:I – demissão.II – exoneração.III – advertência.

IV – dispensa de função comissionada.V – expulsão.

A quantidade de itens certos é igual a:a. 1 b. 2c. 3d. 4e. 5

157. (CESPE – TRT 1ª Região – Técnico Judiciário – ÁreaAdministrativa 2008) A vacância do cargo público, se-gundo a Lei nº 8.112/1990, pode ser ocasionada por:a. exoneração e reversão.

 b. falecimento e transferência.c. readaptação e promoção.d. demissão e nomeação.e. ascensão e demissão.

158. (CESPE – TRT 1ª Região – Técnico Judiciário – ÁreaAdministrativa 2008) Em relação à improbidade admi-nistrativa, assinale a opção correta.a. Uma vez proposta ação de improbidade administrativa,

o juiz, verificada a observância dos requisitos da petiçãoinicial, determinará como primeiro ato judicial a citaçãodos réus, para o fim de interromper a prescrição.

 b. Empresa que agir em conluio com agente público na prá-

tica de ato ímprobo poderá responder pelas condutas des-critas na Lei nº 8.429/1992, e o prazo prescricional teráinício após o término do contrato administrativo firmado.

c. A aprovação das contas do agente público pelo TCU afas-ta a aplicação de penalidade por improbidade.

d. A fluência do prazo prescricional de cinco anos para con-denação por ato de improbidade administrativa praticado por governador de estado somente é iniciada após o tér-mino do exercício do mandato.

e. A aplicação das penalidades por ato de improbidade de- pende da demonstração de dano financeiro ao patrimônio público.

159. (CESPE – TRT 1ª Região – Técnico Judiciário – Área

Administrativa 2008) Em relação à remuneração dosservidores públicos, assinale a opção correta de acordocom a Lei nº 8.112/1990.

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a. O servidor tem direito a adicional de tempo de serviço,devido à razão de 5% para cada período de 5 anos deserviço público efetivo.

 b. A realização de trabalhos, com habitualidade, em locaisem contato permanente com substâncias tóxicas autorizaa percepção cumulativa dos adicionais de insalubridade e

de per iculosidade.c. A realização de serviço noturno autoriza a majoração em

50% do valor-hora de trabalho, incidente sobre os venci-mentos.

d. O adicional de serviço extraordinário está limitado aduas horas semanais.

e. O pagamento da remuneração de férias será efetuado atédois dias antes do início do respectivo período.

160. (FCC – TRF 5ª Região – Analista Judiciário – Judiciária2008) Para os fins da Lei nº 8.112 de 11.12.1190, que dis-põe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis

da União, analise:I – Interesse da Administração; equivalência de venci-mentos; vinculação entre os graus de responsabilidadee complexidade das at ividades; mesmo nível de escola-ridade; e especialidade ou habilitação profissional.

II – Assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; pro-dutividade; e responsabilidade.

III – Retorno do servidor estável ao cargo anteriormenteocupado, decorrente de inabilitação em estágio proba-tório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

IV – Modalidade consistente em pedido de deslocamento doservidor, para outra localidade, independentemente do

interesse da Administração, em virtude de processo se-letivo promovido, na hipótese em que o número de in-teressados for superior ao número de vagas, de acordocom normas preestabelecidas pelo órgão ou entidadeem que aqueles estejam lotados.

Tais situações dizem respeito, respectivamente, aos institu-tos seguintes:

a. investidura; substituição; reversão; e remoção.

 b. nomeação; promoção; estabilidade; redistribuição.

c. substituição; estabilidade; estágio probatório; transferência.

d. redistribuição; estágio probatório; recondução; e remoção.

e. provimento; estágio probatório; reintegração; e aprovei-tamento.

161. (FCC – TRF 5ª Região – Analista Judiciário – Judiciária2008) Nos casos em que o pagamento indevido ao servi-dor ativo, aposentado ou pensionista, houver ocorrido nomês anterior ao do processamento da folha, a reposiçãoao erário será feita

a. imediatamente, em uma única parcela.

 b. em parcelas, desde que o servidor seja estável.

c. parceladamente, no máximo de 90 (noventa) dias.d. imediatamente ou em parcelas, a critério da Administração.

e. em parcelas, proporcional à remuneração do servidor.

162. (FCC – TRF 5ª Região – Analista Judiciário – Adminis-trativa 2008) Para fins da Lei nº. 8.112 de 11/12/1990, quedispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicoscivis da União, analise:I – A reintegração é a reinvestidura de servidor no cargo

anteriormente ocupado, ou em cargo vago, quando in-validada a sua demissão, desde que por decisão judi-

cial, com ou sem ressarcimento de vantagens.II – Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptan-

do será aposentado, sendo que a reversão por invalidezocorre quando junta médica oficial declarar insubsis-tentes os motivos da aposentadoria.

III – O retorno à atividade de servidor em disponibilidade pode ser feita mediante aproveitamento ou substituiçãoem qualquer cargo, com atribuições e vencimentos acritério da Administração.

IV – O estágio probatório ficará suspenso, dentre outroscasos, durante certas licenças e afastamentos para ser-viços em organismo internacional de que o Brasil par-ticipe ou coopere, e será retomado a partir do términodo último impedimento.

 Nesses casos, APENAS são corretos:

a. I, III e IV.

 b. II e III.

c. I e IV.

d. II e IV.

e. I, II e III.

163.  (FCC – TRF 5ª Região – Analista Judiciário – Adminis-trativa 2008) É certo que a ajuda de custo do servidorpúblico federal será calculada sobre a sua remuneração,

conforme dispuser em regulamento,a. não podendo exceder a importância correspondente a 3

(três) meses.

 b. devendo ser fixada no valor de 15 (quinze) a 45 (quarentae cinco) dias.

c. não podendo exceder a importância correspondente a 4(quatro) meses.

d. devendo ser fixada no valor de 15 (quinze) a 30 (trinta)dias.

e. não podendo exceder a importância correspondente a 2(dois) meses.

164. (FCC – TRF 5ª Região – Técnico Judiciário – Adminis-trativa 2008) É correto afirmar que o servidor público fe-deral substituto assumirá automática e cumulativamen-te, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício, entreoutros, da função de direção, nos impedimentos legais ouregulamentares do titular, hipótese em que:

a. deverá continuar recebendo a remuneração do cargo de provimento efetivo.

 b. receberá os vencimentos da função em substituição du-rante um período de 30 (trinta) dias.

c. deverá optar pela remuneração de um deles durante o res- pectivo período.

d. deverá optar pelo vencimento de um deles a ser recebido

 pelo período de 60 (sessenta) dias.e. receberá o vencimento da função em substituição durante

o respectivo período.

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165. (FCC – TRF 5ª Região – Técnico Judiciário – Adminis-trativa 2008) Em matéria de direitos do servidor públicofederal, analise:I – O servidor em débito com o erário que tiver sua dispo-

nibilidade cassada terá um prazo legal para quitar essedébito.

I – O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custoquando, injustificadamente, não apresentar na nova sededentro de um prazo legal.

 Nesses casos, os prazos acima referidos, serão, respect iva-mente, de

a. 60 (sessenta) e 30 (trinta) dias.

 b. 90 (noventa) e 60(sessenta) dias.

c. 30 (trinta) e 15 (quinze) dias.

d. 120 (cento e vinte) e 45 (quarenta e cinco) dias.

e. 45 (quarenta e cinco) e 10 (dez) dias.

166.  (FCC – TRF 5ª Região – Técnico Judiciário – Adminis-trativa 2008) No que se refere à gratificação natalina, écerto que:

a. será atribuída integralmente ao servidor exonerado, cal-culada sobre o vencimento do mês da exoneração.

 b. corresponde a 1/12 (um doze avos) do vencimento a que oservidor fizer jus, por mês de exercício no respectivo ano.

c. deverá ser paga sempre no dia 20 do mês de dezembro decada ano civil.

d. a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será conside-rada como uma quinzena.

e. não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

167. (ESAF – CGU – TFC 2008) Assinale a opção que contem-pla licença em que há a possibilidade de sua concessão aoservidor, ora com, ora sem remuneração.

a. Licença capacitação.

 b. Licença para tratamento de saúde do próprio servidor.

c. Licença para tratar de interesses particulares.

d. Licença por motivo de doença em pessoa da família.

e. Licença adotante.

168. (ESAF – CGU – TFC 2008) Assinale o tipo de exoneraçãoque se caracteriza por encerrar um juízo de conveniência

e oportunidade da Administração.a. A pedido do servidor.

 b. Decorrente de não aprovação do servidor não estável emestágio probatório.

c. Exoneração ad nutum.

d. Quando o servidor não toma posse no prazo legal.

e. Em razão da não observância do limite gasto com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

169. (ESAF – CGU – TFC 2008) Assinale a opção em que oselementos trazidos não sejam essenciais à substituição.

a. Designação prévia do substituto por autoridade compe-

tente, ou ato regimental. b. Afastamento do titular de função de direção, ou chefia,

ou ocupante de cargo de natureza especial.

c. Afastamento do titular superior a trinta dias.

d. Afastamento do titular de unidade administrativa organi-zada em nível de assessoria.

e. Impedimentos legais ou regulamentares do titular, ou va-cância do cargo.

170. (ESAF – CGU – TFC 2008) Correlacione as colunas a se-guir indicando a penalidade correta para cada uma dasseguintes situações descritas e, ao final, escolha a opçãoque apresente a sequência correta.

(1) Demissão

(2) Destituição

(3) Exoneração

(4) Demissão com ou sem exoneração prévia do cargo emcomissão

( ) Servidor em estágio probatório que resta reprovado.

( ) Servidor em estágio probatório que comete infração gra-

víssima.( ) Servidor sem vínculo efetivo com a Administração, ocu-

 pante de cargo em comissão que comete inf ração gravís-sima.

( ) Servidor que ocupe cargo efetivo e comissionado, quecomete infração gravíssima.

( ) Servidor efetivo que comete infração gravíssima.

a. 3/1/3/2/4

 b. 1/4/2/3/1

c. 4/3/2/1/1

d. 1/3/1/2/4

e. 3/1/2/4/1

171. (ESAF – CGU – TFC 2008) Leia atentamente as situa-ções abaixo para classificá-las como ensejadoras de umadas duas opções oferecidas. Após, identifique a opção quetraga a sequência correta.

(1) Reposição ao Erário

(2) Indenização ao Erário

( ) Motorista oficial, servidor público efetivo, infringe as leisde trânsito fazendo com que a União seja multada.

( ) Servidor público efetivo recebe importância superior aque lhe era devida em razão de erro material por parte daAdministração.

( ) Servidor público efetivo desatentamente liga equipamen-to elétrico na tomada com cuja voltagem ele era incompa-tível, causando a destruição do aparelho.

( ) Servidor público efetivo recebe valores em decorrênciado cumprimento de uma decisão judicial, que é posterior-mente modificada, tornando-os indevidos.

a. 1/2/1/2

 b. 2/1/2/1

c. 1/1/2/2d. 2/2/1/2

e. 2/1/1/2

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172. (ESAF – CGU – TFC 2008) Considerando entendimen-to consolidado do Supremo Tribunal Federal, assinale aopção em que a sentença penal não pode influenciar naesfera administrativa.

a. Condenação por crime contra a Administração Pública à pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior aum ano.

 b. Absolvição por inexistência do fato.

c. Absolvição que não compreenda falta residual.

d. Condenação em que é aplicada pena privativa de liberda-de superior a quatro anos.

e. Absolvição em que a autoria seja negada.

173. (Fundação Universa – PCDF – Papiloscopista Policial2008) Assinale a alternativa correta, acerca dos direitose das vantagens assegurados aos servidores públicos fe-derais.

a. Considere que, concluído o concurso público, o servidor 

tenha sido nomeado para o cargo, mas tenha falecido an-tes da posse. Nesse caso, a investidura no cargo se consu-mou.

 b. Considere que o edital normat ivo do concurso público para provimento de vagas para o cargo de papiloscopista policial, promovido pela Polícia Civil do Distrito Federal(PCDF), prevê que o prazo de validade do certame seráde um ano, prorrogável por igual período. Nesse caso,ante a vinculação a essa disposição editalícia, se a dire-ção da PCDF não prorrogar o prazo de validade do con-curso, não poderá realizar outro processo seletivo para provimento dos mesmos cargos no ano que se seguir àexpiração do prazo não prorrogado.

c. Considere que um servidor da PCDF, após dois anos per-cebendo determinada gratificação, teve suprimida de suaremuneração a referida parcela. Nesse caso, o servidor  poderá formular pedido de reconsideração à autoridadeque expediu o ato de supressão da gratificação. Ademais, poderá interpor recurso em face do indeferimento do pe-dido de reconsideração, dirigido à autoridade imediata-mente superior.

d. Considerando que um servidor da PCDF tenha com- pletado cinco anos de efetivo exercício no dia seguinteà extinção da licença-prêmio por assiduidade, então eleterá direito a esse benefício, com duração de três meses,fazendo jus, nesse período, à respectiva remuneração.

e. Considerando que o regime de seguridade dos servidores públicos é mais vantajoso, então todo o tempo de contri- buição exigido para aposentadoria deve ser contado nesseregime, não se inserindo no cômputo o tempo de contri- buição em atividade privada, vinculada ao regime geralde previdência.

174. (Fundação Universa – PCDF – Escrivão de Polícia 2008)Acerca da relação jurídica dos servidores com a Admi-nistração Pública, assinale a alternativa incorreta.

a. O servidor estável que, tendo pedido exoneração do seucargo, tome posse no cargo de escrivão da Polícia Civildo Distrito Federal (PCDF), mas seja considerado inabi-

litado no respectivo estágio probatório, poderá ser inves-tido novamente, por ato de recondução, no cargo do qualse exonerara.

 b. Se a um deputado, em processo de cassação de seu man-dato, tiver sido imposta a suspensão dos seus direitos po-líticos por oito anos, então, nesse período, o ex-mandatá-rio não poderá assumir o cargo de escrivão da PCDF.

c. O servidor que ocupe cargo público não-acumulável po-derá assumir o cargo de escrivão da PCDF, desde que oshorários de trabalho sejam compatíveis e ele renuncie aos

vencimentos do novo cargo pelo período da acumulação.d. Dá-se por meio de exoneração a vacância de cargo efetivo

quando o servidor empossado não entra em exercício no prazo devido. Ademais, pode ser exonerado de cargo emcomissão, a qualquer momento e a juízo da autoridadecompetente, o servidor que exerça tal cargo mesmo hámais de dez anos.

e. Se, por conveniência da administração, o prazo de vali-dade de um concurso for prorrogado por mais dois anos,isso impedirá que o administrador inicie outro processode seleção para o mesmo cargo durante o prazo de prorro-gação, se ainda houver candidatos aprovados do certame prorrogado que não tenham sido convocados para nome-

ação e posse.

175. (Fundação Universa – PCDF – Escrivão de Polícia 2008)Julgue os itens a seguir, relativos à responsabilidade dosservidores públicos civis.I –  Caso fosse tão-somente omissiva e culposa a conduta

irregular de um servidor, então seria inconcebível a suaresponsabilização civil em face de prejuízos causadosao erário ou a terceiros.

II –   Não há óbice legal a que, em decorrência de um só ato praticado no exercício irregular de suas atribuições,o servidor sofra tríplice sanção: de natureza adminis-trativa, podendo vir a ser demitido; de natureza penal, podendo até ser condenado a pena de reclusão; e de na-

tureza civil, podendo ser condenado a reparar os danos patrimoniais decorrentes dos seus atos.

III –  A obrigação dos servidor de reparar o dano causadoao erário é personalíssima, haja vista a sua naturezade sanção, não se estendendo, consequentemente, aosseus sucessores, na hipótese de falecimento do obriga-do previamente à liquidação da obrigação.

IV –  Se, em razão de ato delituoso praticado no exercíciode suas atribuições, o servidor foi demitido, vindo aser também processado criminalmente e, se, todavia,concluída a instrução criminal, ele foi absolvido por falta de prova que demonstrasse suf icientemente a sua participação no delito, então, nessa hipótese, a sançãode natureza administrativa subsistiria.

V – Considerando que um servidor da PCDF tivesse sidocondenado a reparar dano causado ao erário – decor-rente de adulteração doloso da folha de pagamento -,então a indenização por ele devida seria preferencial-mente liquidada por meio de descontos mensais de atédez por cento da sua remuneração.

A quantidade de itens certos é igual aa. 1 b. 2c. 3d. 4e. 5

176. (Fundação Universa – PCDF – Escrivão de Polícia 2008)Acerca dos direitos e vantagens atribuídos aos servidorespúblicos federais, assinale a alternativa incorreta.

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a. O servidor de uma fundação pública federal, contratadoem 2008, não faz jus a três meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, após cada quinquênio ininter-rupto de efetivo exercício no cargo.

 b. Segundo a Lei nº 8.1128/90, na hipótese de substituiçãode servidor investido em cargo de direção, o substitutosó fará jus à retribuição pelo exercício do referido cargo

 pelo período que exceder a trinta dias de afastamento dotitular.

c. O servidor investido em cargo efetivo e designado para odesempenho de função de chefia não terá direito à incor- poração, na sua remuneração, de nenhuma proporção darespectiva gratificação.

d. Não é admissível que servidor ocupante de cargo efeti-vo de um órgão público seja transferido para cargo doquadro de pessoal de outro órgão – ainda que ambos osórgãos integrem a estrutura do mesmo Poder.

e. É facultado ao servidor converter um terço do períodode férias em abono pecuniário, desde que o requeira com pelo menos sessenta dias de antecedência.

177. (CETRO – TRT 12ª Região Analista Judiciário – Admi-nistrativa 2008) Segundo a Lei nº 8112/90, que dispõesobre o regime jurídico dos servidores públicos civis daUnião, das autarquias e das fundações públicas federais,a demissão será aplicada no(s) seguinte(s) caso(s):a. ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, em

legítima defesa própria ou de outrem. b. incontinência pública e conduta escandalosa, na

repartição.c. inassiduidade eventual.d. aplicação, nos moldes da legislação pertinente, de

dinheiros públicos.

e. acumulação legal de cargos, empregos ou funções públicas.

178.  (CETRO – TRT 12ª Região Técnico Judiciário – Admi-nistrativa 2008) Relativamente ao tema licenças, comotais previstas na Lei 8.112/90, pode-se concluir quea. poderá ser concedida uma licença ao servidor por motivo

de doença do cônjuge, dos avós, dos netos, do padrasto ouenteado, ou dependente que viva às suas expensas e cons-te do seu assentamento funcional, mediante comprovação por junta médica oficial.

 b. poderá ser concedida uma licença ao servidor para acom- panhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para

outro ponto do território nacional, para o exterior ou parao exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo eLegislativo.

c. ao servidor convocado para o serviço militar, será conce-dida licença, na forma e condições previstas na legislaçãoespecífica; concluído o serviço militar, o servidor terá até40 (quarenta) dias sem remuneração para reassumir oexercício do cargo.

d. o servidor terá direito à licença, com remuneração, du-rante o período que mediar entre a sua escolha em con-venção partidária, como candidato a cargo eletivo, e àvéspera do registro de sua candidatura perante a JustiçaEleitoral.

e. a critério do servidor, poderão ser concedidas ao reque-rente, desde que não esteja em estágio probatório, licen-ças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de atédois anos consecutivos, sem remuneração.

179. (NCE – ANTT – Analista AADM55 2008) Considere asseguintes assertivas sobre o Regime Jurídico dos Servi-dores Públicos Civis da União, das autarquias e das fun-dações públicas federais:I – A nacionalidade brasileira e o gozo dos direitos políti-

cos são requisitos básicos para investidura em cargo público.

II – A nomeação, ascensão e readaptação são formas de pro-vimento de cargo público.

III – Exercício é o efetivo desempenho das atribuições docargo público ou da função de confiança.

IV – A reversão é o retorno à atividade de servidor aposen-tado e far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultantede sua transformação.

V – A recondução é o retorno do servidor estável ao cargoanteriormente ocupado, quando invalidada a sua de-missão por decisão administrativa ou judicial.

São falsas:

a. apenas uma assertiva.

 b. apenas duas assertivas.c. apenas três assertivas.

d. apenas quatro assertivas.

e. todas as assertivas.

180.  (NCE - ANTT - Técnico TADM11 2008) No que tange àsvantagens constantes do Regime Jurídico dos ServidoresPúblicos Civis da União, das autarquias e das fundaçõespúblicas federais, estão corretas as seguintes afirmati-vas, exceto:

a. as gratificações e as indenizações se incorporam ao ven-cimento ou provento para qualquer efeito;

 b. a ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do ser-

vidor, conforme se dispuser em regulamento;c. o auxílio-moradia não será concedido por prazo superior 

a cinco anos dentro de cada período de oito anos;

d. não será concedida ajuda de custo ao servidor que seafastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandatoeletivo;

e. no caso de exoneração, o auxílio-moradia continuará sen-do pago por um mês.

181. (NCE - ANTT - Técnico TADM11 2008) A demissão, nostermos da Lei nº 8.112/90, será aplicada nos seguintes ca-sos, exceto:

a. inassiduidade habitual;

 b. abandono de cargo;c. insubordinação grave em serviço;

d. coação de subordinados no sentido de filiarem-se à asso-ciação profissional ou sindical;

e. incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição.

182.  (NCE - ANTT - Técnico TADM11 2008) A Lei nº 8.112/90prevê que o servidor público que reincide em faltas pu-nidas com advertência está sujeito à penalidade adminis-trativa disciplinar de:

a. exoneração;

 b. suspensão de até 15 (quinze) dias;

c. suspensão de até 30 (trinta) dias;d. suspensão de até 60 (sessenta) dias;

e. suspensão de até 90 (noventa) dias.

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68I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

183. (NCE - ANTT - Técnico TADM11 2008) A vacância decargo público, de acordo com a Lei nº 8.112/90, decorre-rá, entre outras, da seguinte situação:

a. aproveitamento;

 b. reversão;

c. transferência;

d. ascensão;e. posse em outro cargo inacumulável.

184. (CETRO – TRT 12ª Região Técnico Judiciário – Admi-nistrativa 2008) Ressalvados os casos previstos na Cons-tituição, é vedada a acumulação remunerada de cargospúblicos; nesse sentido, e sobre o tema da “acumulaçãode cargos”, observa-se que

a. a proibição de acumular não se estende a funções em au-tarquias e fundações públicas, do Distrito Federal, dosEstados, dos Territórios e dos Municípios.

 b. a acumulação de cargos, ainda que ilícita, fica condicio-nada à comprovação da compatibilidade de horários.

c. se considera acumulação proibida a percepção de ven-cimento de cargo ou emprego público efetivo com pro-ventos da inatividade, mesmo quando os cargos de quedecorram essas remunerações forem acumuláveis na ati-vidade.

d. o servidor vinculado ao regime estatutário, que acumu-lar licitamente dois cargos efetivos, quando investido emcargo de provimento em comissão, ficará afastado de am- bos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de umdeles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãosou entidades envolvidos.

e. o servidor não poderá exercer mais de um cargo em co-missão, observada a ressalva legal, todavia poderá ser remunerado pela participação em órgão de deliberaçãocoletiva.

185. (ESAF – MPOG - Especialista EPPGG 2008) Assinalea opção incorreta, nos termos da Constituição Federalde 1988, o que ocorre caso seja invalidada, por sentença judicial, a demissão de serv idor estável.

a. Será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, seestável, reconduzido ao cargo de origem.

 b. O eventual ocupante da vaga, ao ser reconduzido ao car-go de origem, faz jus à indenização, visto que não agiu de

má-fé.c. Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servi-

dor estável ficará em disponibilidade.

d. O servidor estável, quando posto em disponibilidade emvirtude de extinção do cargo, após ser reintegrado, perce- berá remuneração até seu adequado aproveitamento emoutro cargo.

e. A aquisição da estabilidade exige lapso temporal de efe-tivo exercício e avaliação especial de desempenho de for-ma obrigatória.

186.  (ESAF – MPOG - Especialista EPPGG 2008) Em setratando do Regime Jurídico dos Servidores Públicos,analise os itens a seguir e marque com V a assertivaverdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a op-ção correspondente:

( ) readaptação é o retorno à atividade de servidor aposen-tado;

( ) ao servidor é proibido recusar fé a documentos públicos;

( ) a obrigação do servidor público de reparar o dano causa-do a terceiros estende-se aos sucessores;

( ) é modalidade de penalidade disciplinar a cassação de

aposentadoria.

a. F, V, F, V

 b. V, F, F, V

c. V, V, F, F

d. F, V, V, V

e. V, F, F, F

(CESPE – STF – Analista Judiciário 2008) A respeito dodireito administrativo, julgue os itens subsequentes.

187. O edital de um concurso público pode estabelecer limitemínimo de idade para candidato, desde que exista expressa

 previsão legal que autor ize essa exigência.

188. Vencimento ou remuneração é a modalidade remuneratóriados servidores submetidos a regime jurídico estatutário, en-quanto que salário é a contraprestação pecuniária paga aosempregados públicos, regidos pela CLT.

189. Aproveitamento é um exemplo de preenchimento de cargo por intermédio de provimento der ivado.

190. A vacância sempre acarreta o rompimento definitivo do vín-culo jurídico entre o servidor e a administração.

191. As indenizações concedidas ao servidor público integram o

conceito de remuneração.

192. A licença por motivo de afastamento do cônjuge será por  prazo indeterminado e sem remuneração, sendo que o perío-do de fruição não é computado como tempo de serviço paraqualquer efeito.

193. Antes da aplicação de uma penalidade deve ser sempre as-segurado ao servidor o direito ao contraditório e à ampladefesa.

(CESPE – STF – Técnico Judiciário AA 2008) Acerca daremoção, da substituição e da redistribuição dos servidorespúblicos federais regidos pela Lei nº 8.112/1990, julgue os se-

guintes itens.

194. Enquanto na redistribuição o interesse da Administraçãoconfigura uma modalidade, na remoção o interesse da Ad-ministração configura um preceito pressuposto.

195. Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entida-de, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no ór-gão ou entidade, o servidor estável deve ser imediatamenteredistribuído, sendo vedada sua colocação em disponibilida-de, já que tal opção feriria o interesse público.

196. O servidor substituto fará jus à retribuição pelo exercício docargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de nature-

za especial, nos casos de afastamentos ou impedimentos le-gais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efet iva substituição, que excederem oreferido período.

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69D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

(CESPE – TJDFT Analista – Administrativa 2008) Con-sidere as seguintes situações, identificadas em numeraçãosucessiva. Fábio prestou concurso público e foi aprovado (1).Após ser nomeado (2), tomou posse (3) no cargo e entrou emexercício (4). Contudo, Fábio prestara também um outro con-curso público e foi chamado a assumir o novo cargo público.Após meditar, Fábio resolveu pedir exoneração (5) do cargo

que exercia para assumir o novo cargo, inacumulável, emoutro órgão (6). Tendo por base a narrativa acima, julgue ositens subsequentes.

197. A situação 2 é forma de provimento de cargo público.

198. A situação 3 só se verificou em decorrência de, previamente,ter ocorrido a nomeação.

199. As situações identificadas pelos números 5 e 6 configuramremoção.

200. A situação 4 identifica o efetivo desempenho das atribuiçõesdo cargo público.

201. Após a ocorrência da situação 3, Fábio teria 30 dias para praticar a ação 4.

202. A situação 5 constitui forma de vacância do cargo público.

203. (CESPE – TJDFT Analista – Administração 2008) O servi-dor público que for nomeado em cargo público efetivo e nãotomar posse no prazo legal será exonerado do cargo.

(CESPE – INSS Analista 2008) Com base na Lei nº8.112/1990, julgue os itens a seguir.

204. É vedado a chefe de repartição pública, em qualquer situa-ção, cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo

que ocupa.

205. De acordo com essa lei, é vedado ao servidor público recusar fé a documento público.

206. Prescreve em dois anos a ação disciplinar de suspensão, con-tados a partir da data em que o fato se tornou conhecido.

207. Se, depois de aprovado em concurso público, um cidadãofor nomeado para cargo no serviço público e falecer antes detomar posse, sua esposa terá direito a pensão junto ao INSS,direito este que, na situação considerada, consubstancia-seindependentemente da posse.

208. Considere que Esmeralda, servidora pública, que solicitoulicença não-remunerada para cuidar de sua mãe enferma, permaneceu nessa condição por cerca de um ano. Posterior-mente, ao retirar sua certidão de tempo de serviço, observouque o referido período de licença não havia sido contabili-zado e entrou com um pedido de revisão. Nessa situação, o pedido de Esmeralda deverá ser negado, pois licença paratratamento de saúde de pessoa da família do servidor somen-te é contada para efeito de aposentadoria se for remunerada.

(CESPE – INSS Técnico do Seguro Social 2008) Em cadaum dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotéticaenvolvendo servidores públicos, seguida de uma assertiva aser julgada com base na Lei nº 8.112/1990.

209. Mara, jornalista, dirigiu-se a determinada repartição públi-ca e solicitou, com o objetivo de preparar matéria para o

 jornal do bair ro onde trabalha, informações sobre uma listade itens, que incluía dados sobre o efetivo policial e nomesde policiais da área de inteligência que trabalham sem uni-forme no bairro em questão. O servidor atendeu-a rápidae polidamente, mas negou-se a fornecer-lhe informaçõessobre os referidos itens, pois tratava-se de dados sigilosos. Nessa situação, a atitude do servidor está correta, pois é seu

dever atender com presteza ao público em geral, prestandoas informações requeridas, ressalvadas aquelas protegidas por sigilo.

210. Joaquim, após demanda judicial, obteve sentença favorávelao recebimento de indenização a qual, esperava ele, seria in-corporada ao seu vencimento. Entretanto, no mês posterior à publicação da sentença, verificou, no contracheque, não ter havido alteração em seu vencimento. Nessa situação, o setor de pagamentos agiu corretamente, pois verbas de naturezaindenizatória não podem ser incorporadas ao vencimento.

211. Decorridos cinco anos de sua posse, Mônica, com o intui-to de aperfeiçoar sua qualificação profissional, solicitou

licença para terminar curso de pós-graduação que deixaraincompleto. Ao receber resposta negativa, Mônica decidiuapresentar recurso, alegando que a licença capacitação é di-reito subjetivo do servidor e que, em situações como a sua, édever da administração concedê-la. Nesse caso, a legislaçãoapóia todos os argumentos apresentados por Mônica.

212. Renato, servidor de órgão público federal e estudante, cons-tatou, no início do ano letivo, incompatibilidade entre seuhorário escolar e o da repartição onde trabalha. Depois deexplicar sua situação ao chefe, foi por este informado de queteria direito a horário especial, desde que compensasse otempo não trabalhado. Renato contra-argumentou dizendoque era impossível compensar o tempo de afastamento dotrabalho, pois, além de assistir às aulas, precisava estudar 

muito e fazer as tarefas escolares. Nessa situação, os argu-mentos de Renato não têm amparo legal.

213. Antônio, após ter sido aposentado por invalidez, iniciou tra-tamento que implicou a cura da doença que o afastara doserviço público. Após avaliação da junta médica oficial, queaprovou seu retorno às atividades das quais se afastara, An-tônio requereu a readaptação ao cargo ocupado e o cômputodo tempo de afastamento para fins de promoção na carreira. Nessa situação, os pedidos de Antônio devem ser atendidos, por estarem amparados na legislação do servidor público.

(CESPE - TRT 9ª Região - Analista Judiciário 2007) Pe-dro, servidor público federal ocupante de cargo efetivo, faltou

ao trabalho por mais de 30 dias consecutivos, no período de2/5/2002 a 10/6/2002. Em razão disso, foi aberto contra ele umprocesso administrativo disciplinar, em 15/8/2006. Com basenessa situação hipotética, julgue os itens seguintes, conside-rando o regime jurídico dos servidores públicos.

214. Se Pedro for punido com a penalidade de suspensão, os seusregistros serão cancelados com o decurso de prazo de 3 anosde efetivo exercício, desde que não pratique, nesse período,nova infração.

215. O prazo prescricional de 5 anos fixado na Lei nº 8.112/1990não será, necessariamente, aplicado na hipótese.

216.  Nos autos do processo administrativo em tela, que deveráser submetido ao rito sumário, será imperioso que se de-monstre a intenção de Pedro em abandonar o cargo, para queseja aplicada essa penalidade de demissão.

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70I v a n L u c a s d e S o u z a J ú n i o r  

(CESPE – TST Analista 2008) Considerando que Melissaocupe cargo de analista judiciário do TST, da área de apoioespecializado, julgue os itens subsequentes.

217. A passagem de Melissa do penúltimo para o último padrãode determinada classe configuraria progressão funcional enão, promoção.

218. Se for nomeada para cargo comissionado no TST, Melissaterá direito a acumular as remunerações referentes aos doiscargos por ela ocupados.

219. O fato de concluir curso de graduação em Direito não dariaa Melissa direito a perceber adicional de qualificação.

(CESPE – TST Analista 2008) Adriana ocupou por doisanos um cargo comissionado no TST, tendo sido esse o seu pri-meiro vínculo com o serviço público. Posteriormente, ela foiaprovada e nomeada em concurso público para provimento decargo de analista judiciário no referido tribunal, motivo peloqual pediu exoneração do cargo comissionado que ocupava.

A partir dessa situação hipotética, julgue os itens seguintes.

220. Caso Adriana venha a ser reprovada no estágio probatórioreferente ao cargo de analista judiciário, ela não poderá ser reconduzida ao cargo que ocupava anteriormente no TST.

221. A exoneração de Adriana, referida acima, acarreta a vacân-cia do cargo comissionado que ela ocupava.

222. Após a referida exoneração, o TST deveria oferecer a Adria-na a oportunidade de optar entre receber indenização pelasférias ainda não gozadas e manter os períodos aquisitivos para serem utilizados no cargo para o qual ela já havia sidonomeada.

223. O concurso em que Adriana foi aprovada constitui uma lici-tação na modalidade melhor técnica.

(CESPE – TST – Analista Judiciário – AJ 2008) Consi-dere que Rodrigo, servidor do TST, ocupante de cargo efetivo,tenha solicitado o parcelamento de suas férias em duas etapasiguais, com a marcação da primeira etapa para fevereiro de2008. Essa solicitação, porém, foi indeferida, em virtude deRodrigo somente completar um ano de efetivo exercício nocargo em abril de 2008. Rodrigo, porém, dirigiu à autorida-de que indeferiu sua solicitação um pedido de reconsideração,argumentando que seria lícita a marcação de metade de suasférias para o mês de janeiro, pois nesta data ele já teria cum-

prido mais da metade do período aquisitivo. O mérito dessepedido, porém, não foi apreciado, pois foi indeferido sob oargumento de que não cabe pedido de reconsideração de atoadministrativo vinculado.

Acerca dessa situação hipotética, julgue os seguintes itens.

224. O pedido de reconsideração formulado por Rodrigo é emba-sado em argumento jur idicamente incorreto.

225. Rodrigo deveria ter encaminhado o seu pedido de reconsi-deração à autoridade imediatamente super ior à que negou asolicitação inicial por ele encaminhada, e não diretamente aesta última.

226. É juridicamente incorreto o argumento utilizado pela autori-dade para indeferir o pedido de reconsideração.

(CESPE – TST – Analista Judiciário – AJ 2008) Conside-re que Carlos seja servidor público ocupante de cargo comis-sionado em um tribunal regional do trabalho (TRT). Nessasituação hipotética, julgue os itens que se seguem.

227. Caso Carlos e sua esposa adotem uma cr iança, ele terá direi-to a licença-paternidade de cinco dias, independentemente

da idade da criança adotada.

228. Carlos não pode acumular remuneradamente esse cargo pú- blico com outro cargo comissionado na administração públicafederal.

(CESPE – TST Técnico 2008) Considere que, ao avaliara execução das determinações descritas no texto, o chefe dadivisão de segurança tenha observado que um dos agentes desegurança a ele subordinados atuava com racismo e precon-ceito, fazendo verificação cuidadosa de determinadas pessoase, sistematicamente, deixando outras pessoas passarem sem

qualquer tipo de verificação. Em função disso, o chefe tomouas providências cabíveis para possibilitar a instauração de sin-dicância que apurasse a referida situação. Tendo em vista essasituação hipotética, julgue os itens abaixo.

229. O referido agente de segurança atuou em desconformidadecom os princípios constitucionais da administração públicae praticou infração administrativa disciplinar.

230. O chefe da divisão de segurança tem poder disciplinar sobreo referido agente de segurança e, portanto, poderia ter apli-cado, de ofício, a pena de advertência, desde que houvessedado ao agente chance para que apresentasse sua defesa.

231. A punição administrativa do referido agente de segurançanão afastaria a possibilidade de sua punição nos planos pe-nal e civil, com relação ao mesmo ato.

(CESPE – TST Técnico 2008) Acerca do Direito Admi-nistrativo, julgue os itens a seguir.

232. A posse é o contrato por meio do qual os servidores públicosvinculam-se ao Estado.

233. Considere que servidor estável do TST, que nunca solicitouqualquer licença, teve indeferido pedido de licença paratratar de interesses particulares porque a administraçãoconsiderou que o seu afastamento seria incompatível como interesse público. Nessa situação, o indeferimento é invá-lido porque o motivo apresentado pela administração estáem desacordo com o regime jurídico dos servidores civis daUnião.

(CESPE – TCU – TCE 2007) No que concerne aos servi-dores públicos e ao tratamento constitucional e legal dado aesses servidores, julgue os próximos itens.

234. Em decorrência do princípio da organização legal do serviço público, somente por meio de lei podem ser criados cargos,empregos e funções públicas.

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71D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o

235. Apesar de os servidores públicos civis federais estaremorganizados em estrutura hierarquizada na administração pública, não há a obrigação, por parte desses servidores,de dar cumprimento a ordem manifestamente ilegal, assimcomo não há a obrigação de representar contra seu superior no caso em que a ordem configure ilegalidade, omissão ouabuso de poder.

236. A administração pública pode, após regular processo admi-nistrativo disciplinar, converter a penalidade de suspensãoaplicada a servidor público em multa, quando isso for con-veniente ao serviço público. Nesse caso, o ato praticado pelaadministração é discricionário.

A respeito das disposições vigentes na Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens a seguir.

237. O prazo de validade de concurso público deve ser objeto danorma editalícia, que regulamentará o certame, e será de até

um ano, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

238. O servidor vinculado ao regime da lei mencionada, que acu-mular licitamente dois cargos efetivos, quando investido emcargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambosos cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compa-tibilidade de horário e local com o exercício de um deles, de-clarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidadesenvolvidos.

239. É vedado ao servidor público, seja ocupante de cargo efetivoou de cargo em comissão, atuar como procurador ou inter-mediário em repartições públicas, salvo quando se tratar de

 benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até osegundo grau e de cônjuge ou companheiro.

240. O servidor público que, por ato omissivo ou comissivo, do-loso ou culposo, causar prejuízo ao erário ou a terceiros ficaobrigado a reparar o dano, obrigação esta que se estende so-lidariamente ao cônjuge e aos herdeiros do servidor, em casode falecimento deste.

241.  (CESPE – OAB 007) Acerca dos atos administrativos, as-sinale a opção correta.

a. Se o motivo que determina e justifica a prática do ato éinexistente ou é inválido, inválidos serão apenas os efei-tos do ato e não o próprio ato em si.

 b. Os elementos do ato administrativo que se referem aomérito são o objeto e a finalidade.

c. Os atos administrativos são praticados apenas pela admi-nistração pública.

d. Os atos de caráter normativo, de decisão de recurso ad-ministrativo e os de matérias de competência exclusiva,nos termos da Lei nº. 9.784/1999, não são passíveis de de-legação.

242.  (CESPE-TJ/RR – Assistente Judiciário - 2006) Assinale aopção incorreta segundo a Lei de Improbidade Adminis-trativa.

a. A Lei de Improbidade Administrativa alcança os atos praticados por qualquer agente público, seja ele servidor ou não.

 b. Não só as ações dolosas, mas também as culposas podemconfigurar ato de improbidade administrativa.

c. Exigir a apresentação de declaração dos bens e valoresque compõem o patrimônio privado do cidadão no mo-mento em que este toma posse ou entra em exercício emcargo público configura ato de improbidade.

d. É ato ímprobo que atenta contra os princípios da admi-nistração pública retardar ou deixar de praticar, indevi-damente, ato de ofício

243. (CESPE - TRT 9ª Região – Técnico 2007) Considere a se-guinte situação hipotética. João, que tinha cargo exclusiva-mente em comissão na administração pública direta, pra-ticou, entre outros, ato de improbidade previsto na Lei n.º8.429/1992. Em razão disso, foi exonerado do cargo, algunsdias depois. Nessa situação, João não poderá mais sofrer aaplicação da penalidade administrativa de destituição docargo em comissão.

244. (CESPE - TRT 9ª Região – Técnico 2007) As penalidades previstas na lei de improbidade (Lei n.º 8.429/1992) se apli-cam, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concor ra para a prática do ato de impro- bidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ouindiretamente.

245. (CESPE – TST Analista 2008) Considere que um servidor do TST tenha sido condenado pela prática de ato de improbi-dade administrativa, mediante processo em que tenha ficadodemonstrado que ele causou prejuízo ao erário, apesar denão restar provado qualquer tipo de enriquecimento ilícito. Nessa situação, a inexistência de comprovação de enriqueci-mento ilícito torna inválida a condenação do servidor.

246.  No que tange aos atos de improbidade administrativa,aLei nº 8.429/92 dispõe que:

a. o Ministério público atuará sempre como parte e o órgão público lesado, como fiscal da lei.

 b. a aprovação das contas pelo tribunal de contas respectivoé requisito indispensável para sua caracter ização.

c. os particulares que concorrerem para sua prática somen-

te serão responsabilizados na esfera penal e mediante acomprovação de dolo ou culpa.

d. a constatação de sua prática gera a responsabilidade obje-tiva do agente.

e. a aplicação das sanções independe da efetiva ocorrênciade dano ao erário.

247.  NÃO figura no rol de sanções legalmente previstas para aprática de ato de improbidade administrativa:

a. a suspensão de direitos políticos.

 b. a perda de bens.

c. o pagamento de multa de caráter penal.d. a perda da função pública.

e. a proibição de contratar com o Poder Público.

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GABARITO 190. E191. E192. C193. C194. E195. E196. E

197. C198. C199. E200. C201. E202. C203. E204. E205. C206. C207. E208. C209. C

210. C211. E212. C213. E214. E215. C216. C

217. C218. E219. C220. C221. C222. E223. E224. C225. C226. E227. C228. C229. C

230. C231. C232. E233. E234. C235. E236. C

237. E238. C239. C240. E241. D242. C243. E244. C245. E246. E247. C

1. a2. e3. d4. e5. b

6. e7. c8. a9. c

10. e11. e12. b13. e14. d15. e16. e17. d18. b19. c20. a21. e22. a23. c24. b25. c26. a27. a28. b29. d30. e31. b32. d

33. e34. b35. e36. c37. c38. e39. e40. c41. E42. E43. C44. E45. C46. C

47. C48. E49. C50. E51. C52. C

64. a65. d66. c67. c68. c

69. d70. a71. b72. c73. a74. d75. b76. d77. a78. c79. e80. c81. e82. b83. b84. a85. b86. c87. a88. e89. c90. c91. e92. d93. a94. a95. d

96. b97. d98. b99. c

100. a101. c102. b103. a104. c105. b106. b107. E108. C109. C

110. E111. C112. E113. E114. E115. E

127. C128. E129. E130. E131. E

132. C133. C134. E135. C136. E137. C138. E139. E140. E141. C142. E143. C144. C145. b146. c147. b148. b149. b150. d151. d152. b153. a154. a155. b156. b157. c158. d

159. e160. d161. a162. d163. a164. c165. a166. e167. d168. c169. c170. e171. b172. c

173. c174. c175. b176. e177. b178. b