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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PRAJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE A LINGUAGEM DAS MÃOS IRIA CALIENDO Orientador Prof: Marco Antonio Chaves Rio de Janeiro, RJ, Agosto/ 2001 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2015-08-27 · 11 com o Senhor Wilson Pereira Duarte, com cinqüenta e cinco anos atualmente, residente em Itaipu – Niterói –

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PRAJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

A LINGUAGEM DAS MÃOS

IRIA CALIENDO Orientador

Prof: Marco Antonio Chaves Rio de Janeiro, RJ, Agosto/ 2001

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PRAJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

A LINGUAGEM DAS MÃOS

IRIA CALIENDO

Trabalho Monográfico apresentado Como requisito parcial para obtenção Do Grau de Especialista em ARTETERAPIA

Rio de Janeiro, RJ, Agosto/ 2001

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AGRADECIMENTOS

Aos professores:

Marco Antônio Chaves, pela orientação metodológica. Aos colegas, pelo incentivo.

Ao digitador: Luiz Fernando Ristov, pela amizade.

Um agradecimento muito especial à Professora Noemia Scheurmann

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EPIGRAMAS

• Viajantes pelo universo a fora,

Na cauda de um cometa errante

tocaram o azul da gaia virgem,

sob a luz dos luminares andantes.

• Pequeninas gotas de orvalho.

Em folhas verdes se deitam,

tremendo as mãos as colheriam,

Quando em mil estrelas se transformaram.

• As mãos do amante a tocam

percorrendo um longo caminho.

Mas quando ao destino chegarem,

já não se encontram sozinhas.

• Ao toque a mão se incendeia,

com o fogo comum do pecado.

Mas apaga com a voz do silêncio,

quando sentir um leve recado.

• Percorrem caminhos e vales.

Que levam a mundos encantados

tateando e buscam a saída,

da fogosa armadilha engendrada.

IRIA CALIENDO

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.............................................................................................06

2- A LINGUAGEM DAS MÃOS......................................................................07

3- A MÃO NO CAMPO FÍSICO E CIENTÍFICO............................................08

4- A MÃO NO CAMPO EMOCIONAL E PSICOLÓGICO............................12

5- A MÃO NO CAMPO ARTÍSTICO E MITOLÓGICO................................14

6- A MÃO NO CAMPO RELIGIOSO E FILOSÓFICO...................................18

7- AS MÃOS NA LINGUAGEM E NA CULTURA........................................21

8- CONCLUSÃO...............................................................................................27

9- DOCUMENTOS ICONOGRÁFICOS..........................................................28

10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................63

11- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...............................................................64

12- ÍNDICE..........................................................................................................65

13- ANEXOS.......................................................................................................68

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INTRODUÇÃO

Diz a lenda que o homem é a mais bela criação de Deus. A partir daí,

esse semi Deus cria mecanismos para entender os mistérios e as magias do

oculto, que envolvem a natureza, os fenômenos astrais e mentais. Por isso,

começa a pensar e filosofar sobre tudo que o cerca, do natural ao sobrenatural.

Envolve-se de corpo e mente em tudo que traz respostas às questões que se

relacionam com ele e a sociedade.

No presente trabalho, procura-se dar um enfoque geral sobre a

“Linguagem das Mãos”, que consiste no tema em estudo. Procura-se enfatizar a

importância das mãos na forma e meio de comunicação e expressão do ser

humano.

Limitando-se, para tanto, na intenção de estudar e analisar a verdadeira

importância das mãos nas diferentes atividades reais e simbólicas.

Para a realização do trabalho foram utilizadas as normas pertinentes à

pesquisa exploratória e bibliográfica baseada em coletânea de dados isolados

encontrados em Dicionários, Enciclopédias e Revistas, e a colaboração de

entrevista. Procura-se salientar que a “Linguagem das Mãos” é, acima de tudo,

um ato de amor e de vida

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A LINGUAGEM DAS MÃOS A linguagem atual é o resultado de diferentes tipos de sons, que o

homem captou das aves e animais. Somados com a sua capacidade de produzir sons da

linguagem primitiva, que aos poucos filtravam. A força sobre–humana que já pulsava

nas veias e na mente desse ser quase animal. ( Figura 1 )

Descobrindo o seu verdadeiro sentido, o de ser diferente, desses seres que

ele imitava. Torna o capaz de organizar idéias e criou sinais. Combinado-os com os sons

da natureza. Surge, então, uma linguagem rude, porém, entendida no grupo, ao qual esse

gênio pertencia .

O tempo passa, o homem busca uma saída, mesmo não conhecendo o

caminho, tateia pelas paredes das cavernas. Descobre e apriciona o fogo e com ele

ilumina a escuridão. Como um ser social, descobre os meios de se relacionar e formar

grupos com seres com os mesmos interesses. E para manter esses grupos unidos, são

criados, gestos e uma linguagem para destacar o homem dos demais seres.

Pinta nas cavernas animais e figuras. Atrai e aprimora o traço. Vive a

magia, faz do desenho das mãos uma força e um domínio. ( figura 2) Descobre o poder

das ervas e faz curas. Dá um enorme passo à frente ao domesticar animais, ao descobrir

a escrita e a filosofar; como:

- A mão do homem puro é tocada prá todas as outras terem vida.

- Sábios gestos são ensinados que são hoje linguagens vivas.

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CAPÍTULO I A MÃO NO CAMPO FÍSICO E CENTÍFICO Para que um ato manual seja considerado mágico ou científico, depende

da sociedade ou cultura de quem a pratica, da época em que se realiza, através da

extraordinária flexibilidade das mãos. Onde elas se entrelaçam , olhares se trocam, cores

se refletem ou sons se falam. ( figura 3 )

No dia-a-dia, pode-se observar toda a forma de movimentos expressivos

da vida, através das mãos, que são energias: Transportadoras, receptoras, vigorosas,

suplicantes, acalentadoras, fogosas, arrebatadoras e eróticas, bem como, endutoras,

punidoras, destruidoras e violentas. Quando deveriam servir como um elo entre o ser

humano e o Criador. Elas diferenciam o homem de todos os animais e serve também

para mudar os objetos que tocam e modelam.

1.1- AS MÃOS NO CAMPO FÍSICO

1.1.1 - TATO

Através do toque das mãos pode-se percorrer caminhos além da

imaginação, onde texturas infinitas se mostrarão. Umas são repulsivas e

afastadoras, outras são como imãs que atraem os opostos. Pela textura sente-se o

quente e o frio, o alto e o baixo, o dentro e fora, o em cima e o em baixo,

que é a base da escrita dos cegos. “O Breiller tem o seu plano liso e pontilhado”.

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1.1.2 - A PERCEPÇÃO Pela percepção atravessa-se as fronteiras da realidade e penetra-se em

labirintos, onde cada indivíduo busca a sua saída, evitando as adversidades que

se interpoem em seu caminho, obstruindo o livre percurso, pelo qual o ser é dotado no momento de sua concepção e impressas nas palmas das mãos.

( figura 5 )

1.1.3 – A IMAGEM A sombra produzida pela interposição das mãos, fazendo movimentos

específicos, produzem imagens, figurativas, são projetadas com o objetivo de

entreter, comunicar e alegrar. Consiste num processo antigo de tratamento

terápico no qual são readaptadas as antigas figuras da cultura chinesa .

1.1.4 - A DECODIFICAÇÃO

A identidade do ser humano é comprovada pela impressão trazida com

ele e que constitui sua estrutura essencial. Por isso, as impressões digitais

servem para identificar uma pessoa. Toda pessoa racional supõe que sua

identidade, a estrutura de sua personalidade, se acha impressa nas ondulações

das gemas dos dedos das mãos.

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1.1.5 – A MÍMICA A mímica representa o uso dos gestos na comunicação do homem, em

certas circunstâncias. Por isso, o gesto é uma forma de comunicar os conceitos.

Assim como os conceitos devem obedecer a um critério independente apoiado

no esforço da razão.

O gesto tem uma qualidade estética, pela qual sempre se veio sacrificar

as modas e costumes. Há profissões que exigem, o que pode chamar de atitudes

gestuais, como a linguagem dos surdos – mudos realizada pela mímica. ( figura 6)

Os gestos simbólicos convencionais ou não, de nada servem se não

correspondem ao critério individual.

1.2 – AS MÃOS NO CAMPO CIENTÍFICO

1.2.1–Agilidade, Mobilidade, Destreza e Equilíbrio

Ao observar-se, fisicamente, o ser humano percebe-se que são três os seus

extremos naturais. Extremidades estas que exercem funções distintas, porém de

importâncias vitais no conjunto de órgãos essenciais do corpo humano. A

dimensão e a importância de um membro do corpo, somente se percebe, quando

o é perdido.

Um dos membros mais importantes do corpo é a mão. Pois é ela que

realiza as nossas atividades físicas. Isto se confirma, com a entrevista realizada

11 com o Senhor Wilson Pereira Duarte, com cinqüenta e cinco anos atualmente,

residente em Itaipu – Niterói – RJ.

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Relatou ele, que em um acidente de trabalho, perdeu as mãos aos

dezessete anos de idade.

A fatalidade que foi acometido o Sr. Wilson, que em plena juventude,

não só transformou sua vida fisicamente, bem como psicologicamente e

socialmente de forma drástica de um momento a outro. Vai-se ele sem as duas

mãos usurpadas, que foram, por uma moenda de cana, numa usina de açúcar.

Difícil foi aceitar a nova situação e readaptar-se as novas condições físicas.

Porém uma reação de fé, uma convicção de inteligência e força de vontade o fez

reagir contra a adversidade. Que aos poucos, foram surgindo novas perspectivas

de vida de trabalho de acordo com a sua deficiência.

Extraordinária é a lição de vida que transmite a todos que o conhecem, pois

conseguiu transformar em mãos, o que restou-lhe dos braços para executar as

mais diversas tarefas, como ampliar a sua casa e até realizar e controlar a sua

conta bancária.

Com uma lição de vida desta, percebe-se que, com uma boa terapia,

interesse, coragem e ajuda, é possível superar obstáculos enormes e seguir em

frente. Pois há certas situações em que o instinto de preservação da vida exige

que ela passe por verdadeiras transformações. Segundo Edgar Mitchelli, “A

ninguem ocorre afirmar que a mão tem a capacidade de atuar, com

independência do braço, que as partes integrantes de um todo, podem em um

dado momento, suspender a ação com o resto e lançar-se a uma ação por sua

conta.” ( N 1)

1 - O poder da mente, Ed. Século do Futuro nº 3 Pg 711

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CAPITULO II

A Mão no Campo Emocional e Psicológico

Todo gesto realizado pelas mãos tem cunho emocional, psicológico,

energético ou físico. Há um gesto específico que nos leva ao encontro do outro,

abrindo as portas a uma nova relação, o que confere uma importância especial.

Trata-se do aperto de mãos, causa da impressão inicial, de uma resposta emotiva

e perdurável em quem a recebe deixando a descoberto, de entrada, uma parte de

nós mesmos que pode produzir aceitação ou recusa. ( N 2 )

Segundo Picasso, “Cada objeto que toco se revitaliza e se torna a

encarnação de meu drama interior. Nada que não possua um objetivo a atingir,

um resultado a conquistar, um enigma a resolver, um mistério a penetrar, me

interessa.

Portanto, considera-se que o aperto de mão é como a tomada de contato

entre dois indivíduos , que significa um descobrimento ativo, com todo os

atrativos e riscos de um descobrimento. O aperto de mão pode ser amistoso ou

complicado.

A textura da mão com calor e com sua umidade de que são fatores

considerados importantes, e que, continuam a plasmar no subconsciente essa

primeira impressão, às vezes decisiva. É evidente que, o aperto de mão nos

deixa a imagem e o prazer de um encontro, de uma despedida, que grava a

imagem de um caráter, determinando um futuro relacionamento.

2- Picasso, Pablo. O pensamento vivo de Picasso 4 Coordenação Editorial

Martin Claret, 1985 Pg 43

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2.1 - O PODER DAS MÃOS

Para os adeptos do Reiki, as mãos são consideradas grandes centros

energéticos. Porque, com um simples toque das mãos, a técnica é usada para o

relaxamento, calmante e auto cura em diversas regiões do corpo, atuando sobre

os órgãos, aliviando a dor.

O cirurgião estirpa um tumor, um tecido, afetado pela degeneração,

reconstitui membros dilacerados, devolve a beleza na cirurgia plástica, traz a

vida, os que nascem, fecha os olhos dos que partem. ( figura 7 )

As mãos estão em boas mãos, do cientista, do dentista, do parteiro, do artista, do mágico, do médico porque: As mãos estão presas ao destino com um juramento ao grande consórcio,

o dever de lutar pela vida. Sua sina é driblar com a morte.

Quando levantam o rebento. De pronto o cordão é aparado. Atentas mãos

e examinam, o pequenino ser esperado.

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CAPITULO III A Mão no Campo Artístico e Mitológico. 3.1 – No Campo Artístico 3.1.1 Na Pintura A pintura é praticada desde o tempo em que o homem habitava as

cavernas, na qual representava animais de caça e suas próprias mãos. Em

qualquer época, o pintor transcreve uma imagem de acordo com sua inteligência,

imaginação, sensibilidade e estado emocional. Que muitas vezes reforçam

gestos, formas ou representações da expressão artístico. Refletem os sentimentos

pessoais e sociais do momento da criação da obra.

Simbolicamente, uma pintura pode expressar simplesmente como: - Mãos que pintam mãos que falam gestos.

- Fazem poses, que pintam mitos e contam lendas.

- Como nas obras de Van Gogh, percebe-se a angústia, que são refletidas nas

cenas, principalmente, nas mãos pintadas com aspectos cansados. Nas quais

retrata mãos flácidas, crispadas, caídas, prostadas e sem vida. Sendo o oposto

do estilo expressionista do autor. ( figura 8 )

Por outro lado, de forma positiva o Rembram pintou mãos vigorosas,

suplicantes, acalentadoras e receptivas. ( figura 9 )

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No entanto as mãos que representam as figuras de Rubens são fogosas,

enérgicas, arrebatadoras, ( figura 10 ), eróticas e comunicativas. Entretanto,

Michelangelo pintou os mitos, no sentido de invocar, punir e absolver, representando também a tristeza o afastamento, a criação e união.

( figuras 11,12 )

Nas tradições sociais tanto no japão, na Índia como no Marrocos,

os compromissos de união são assumidos com pinturas no dorso das mãos.

Realizados com desenhos geométricos, feitos com a henna, uma tinta vegetal.

( figura 13 )

3.1.2 A GRAVURA

A gravura é a arte que possibilita a representação de figuras, formas,

linhas e caracteres de elementos abstratos e figurativos. Isso se realiza quando se

ferir, imprimir ou calcar sobre um suporte. Revela-se, então, a técnica da gravura

que pode ser manual ou mecânica.

Como: Trazer gravado na pele o tatuado da tua miragem, os dedos

buscam a imagem, de um velho sonho passado. Para mostrar a imagem, afiadas

goivas percorrem traçados: mostrando relevos e nos sulcos a tinta se deita,

deixando impressa a beleza da gravura. ( figura 14 )

Nos, versos seguintes, pode se resumir a arte da gravura:

- Com a mão cobre a pedra com a cera e na lito o estilo releva;

- Cumpre, sempre, quando desperta a mente criadora;

- O domínio e a força gravadas nas entranhas das mãos;

- Percorre as linhas marcadas a identidade do homem que irmana;

- Os dedos na argila molhada o animal do passado eternizam.

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3.1.2 – A ESCULTURA

Esculpir é uma hábil maneira de dar forma a diversos materiais

encontrados na natureza, como: o mármore, a madeira, o granito, a argila e

atualmente a rezina. São suportes e espaços onde o homem pode inserir e

representar o seu talento . Ao plasmar e modelar, ele faz nascer as imaginárias

expressões, onde surgem as figuras para ilustrar aventuras, agonias, amores,

paixões e sofrimentos humanos.

Desde os homens primitivos, até hoje, encontram-se mãos fazendo mãos

e mãos sendo representadas. ( figuras 15 , 16 )

3.1.4 – O DESENHO

A arte de desenhar é uma forma delicada e incrivelmente rápida, no qual,

as mãos, com agilidade e destreza, reproduzem formas abstratas e figurativas,

mantendo uma arte expressiva e muito agradável. Atualmente, o desenho está

inserido em convenções e técnicas, utilizando materiais diversos e meios

eletrônicos e digitais de reproduzir uma forma ou um símbolo.

Ao retornar, no tempo, pode-se encontrar desenhistas que expressam

emoções, sentimentos, convicções e uma certa magia em seus desenhos. Sem se

importar com a estética ou estilo, apenas com a forma mais simples e humana de

se expressar. ( figuras 17,18,19 )

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3.1.5 – REPRODUÇÃO GRÁFICA É uma forma de reproduzir ou transferir imagens que estão em filmes,

fotografias, pinturas, gravuras ou desenhos. Dos quais tiram-se cópias perfeitas,

através de sistema mecânico, eletrônico ou manual. As reproduções são usadas

como gravuras, para ilustrar livros, disquetes e todos os tipos de elementos que

utilizam as reproduções ( figura 20 )

Na reprodução, os retratos ou fotos são reproduzidas com perfeição. As

imagens são transferidas através de sistemas sofisticados e complexos. Onde, o

computador é a maneira mais fácil e prática de reproduzir imagens e filmes

programados ao qual é dada vida aos personagens.

3.2 – NO CAMPO MITOLÓGICO 3.2.1 – CRENÇAS E SUPERTIÇÕES

Todas as civilizações, com sutilezas ou não, utilizaram-se das mãos em

gestos ou atitudes para demostrar submissão, humildade, domínio ou poder. Na

tradição cristã, a mão representa o poder e a supremacia a ser alcançado pela

mão De Deus, é receber a manifestação de seu espírito. ( figura 21 )

A mão também é usada num ritual superticíoso, como o de fazer o sinal

da Cruz, ao passar em cemitério, para afastar o perigo da morte. Mesmo as

benzeduras são realizadas com o intuito de curas e ou maldições.

No entender de Rollo May, “ O êxtase é um método consagrado pelo

tempo de transcedência da consciência normal, que nos ajuda a alcançar

inspirações, de outro modo inatingíveis. Todo símbolo e todo mito contém uma

parte de êxtase, por menor que seja; pois, se realmente participamos do símbolo,

ou do mito, somos momentaneamente levados para “fora” e para “alem” de nós

mesmos. ( figura 22 ) (N 3 )

3- May Rollo, A Coragem de Criar 5 Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro 1982. P113

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CAPITULO IV A MÃO NO CAMPO RELIGIOSO E FILOSÓFICO 4.1 – No Campo Religioso

Na tradição cristã, quando se faz alusão à Deus, significa como na

totalidade de seu poder e de sua eficácia. Pois a mão de Deus cria e protege. Ela

é muitas vezes representada, através de uma imagem, saindo das nuvens,

enquanto que, seu corpo permanece oculto no céu. ( figura 13 ) Com o objetivo

de manifestar sua divindade. A imposição das mãos significa uma transferência

de energia ou de poder.

4.2 – No Campo Filosófico 4.2.1 – Nas Forças

As mãos muitas vezes são comparadas aos olhos. Porque através delas é

que os cegos vêem. Os dedos deram visão ao cego, fala ao mudo e som ao surdo.

“Segundo Gregório de Nissa, as mãos do homem estão do mesmo modo

ligadas ao conhecimento, à visão, pois elas têm com a linguagem. Em seu

tratado sobre: a criação do homem, ele escreve ... as mãos são para ele, em

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função das necessidades da linguagem, de grande ajuda. Quem vê no uso das

mãos o que é próprio de uma natureza racional não está enganado, pela razão

corrente é fácil de compreender de que elas nos permite representar nossas

palavras através de letras; com efeito, é bem uma das marcas da presença da

razão a expressão através das letras é de uma certa maneira de conversar com as

mãos, dando os caracteres escritos persistência aos sons e aos gestos.

( GREC, 107 )”( N 4 )

4.2.2 – Nos Ícones

Estamos num mundo hierático e magnificante que evoca, com certos

gestos adequados, cenas transportadas do mundo real para o da liturgia.

Portanto, o “ícone” é em primeiro lugar, a representação da realidade

transidental. As pinturas em cera servem para representar os ícones, geralmente

retratos pintados, em pequenos pedaços de madeira e cenas complexas.

( figura 24, 25 )

Em pergaminhos, encontramos Ícones ilustrando páginas inteiras, com

muitos detalhes e magnificência, com detalhes em ouro, surpreendentes em

obras tão pequenas. Mas nem a forma prejudica a delicadeza da expressão.

O ícone é uma forma original de pintura, onde os personagens

apresentam olhos bem grandes, as mãos expressivas e em permanente estado de

contemplação ou de adorar. Embora surjam figuras de Santos, anjos ou de a

Virgem Maria e o menino são imagens idealizadas.

4 - Chevalier, jean, Dicionário de Simbolos, 15ª Ed. José Olympio, p 592

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A arte de produzir ícones é praticada e usada pelos cristãos, até hoje. Os

cristãos ortodoxos atribuem aos ícones uma grande importância, com eles

decoram paredes dos templos, casas e até cavernas.

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CAPITULO V AS MÃOS NA LINGUAGEM E NA CULTURA

Quando chega o homem ao mundo, as coisas lhe são alheias. O homem

vai ordenando-as em sua mente, diferenciando objetos e classificando-os,

outorgando-lhes identidade mediante um símbolo próprio e intransferível.

Através desses símbolos é que o homem tem a faculdade de expressar, a seus

semelhantes, o que pensa e sente.

Portanto, toda a linguagem falada, escrita ou mimificada é baseada em

símbolos e signos, bem como, os fatores Sociedade, Religião, Profissão, Cultura

e Ideologia, podem condicionar a linguagem. Ou mesmo, ser alterado o seu

estado normal por uma alteração abstrata das condições físicas, emocionais ou

psicológicas. ( figura 35 )

5.1 – A Linguagem Simbólica

A linguagem simbólica tem como função de interpretar, decodificar e

representar símbolos. Conhecer-se a sociedade e o ser que interage nesse meio.

Esse tipo de linguagem pode ser míticas, psicológica, mágica ou religiosa. Ela

exerce no ser humano, transcendendo os limites da história, da religião e da

mitologia. E no psiquismo individual se torna universal. Do qual, retira a matéria

e todo o seu conhecimento. Enriquecendo e sensibilizando o senso estético e

harmonizando, até mesmo, os opostos.

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Em suma, não é a lógica que move a sociedade e sim, o drama que ela

vive e interpreta através da linguagem abstrata dos símbolos. ( figura 26 )

5.1.1 – Os Sinais

Consista em signos, símbolos ou formas de representar uma idéia,

projetar, exteriorizar figuras que têm uma linguagem própria. Sendo o seu

principal objetivo revelar e materializar imagens mentais e que estão registradas

no inconsciente coletivo são reveladas com gestos, movimentos e mímicas.

Qualquer símbolo, acompanhado do respectivo ritual, tem nas mãos a

possibilidade de ser representado como num gesto de repulsa, de cura, de

ascensionar , de reverênciar, de absorção, de advertência e de alerta. Ou mesmo,

o simples gesto com as mãos, do guarda de trânsito.

Os gestos são uma das formas que o homem tem para se comunicar. É

uma linguagem instintiva e simbólica. ( figura 27 )

5.1.2 – Os Símbolos

As características simbólicas que os homens vêm adquirindo, ao seu

código lingüistico, durante milhares de anos, com a finalidade de se expressar,

relacionar e finalmente se perpetuar como seres inteligentes.

O homem somou ao código simbólico todo passado, costumes, lendas,

mitos e tragédias vividas, em toda a permanência que cada civilização se

manteve no auge, criando para cada momento marcante um símbolo ou um

marco que o mantivesse vivo, em sua mente, fatos que não devem ou não podem

ser esquecidos.

Surgem, então os símbolos que contam e, ou melhor, não deixam o

homem esquecer o seu compromisso assumido com o fantástico passado. E para

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manter sempre presente a informação adquirida, ele usa uma parte do corpo, um

dos símbolos mais significastes, mais ligados, mais presentes e vigiados de

todos. As mãos, por estarem mais próximas e sempre presentes, revelam o mais

fantástico poder.

Esse poder pode ser demostrado de acordo com o Dicionário Simbólico;

“ A mão de Deus é muitas vezes representada saindo das nuvens, o corpo

permanecendo oculto no céu”. ( Nº 5 ) e ( figura 28 ) As mãos escondidas

demonstram sinal de submissão e humildade. As mãos fechadas representam os

mistérios ocultos. Mãos abertas simbolizam a gratidão, a generosidade e a

sinceridade absoluta.

Sem o uso das mãos, o homem assemelha-se a criatura meio homem e

meio animal, o Centauro. O lado humano associa-se a razão e o lado animal aos instintos. Portanto, as mãos delegam ao homem uma característica racional e

simbólica.

5.1.3 – O Ritmo

O ritmo pode determinar os mais diversos movimentos realizados pelo

homem. Ao acompanhar o ritmo de uma música batendo palmas. O maestro

encanta o seu público, utilizando-se de gestos mágicos, ao embalar sua batuta

em movimentos ritmados, que conduzem as mãos dos músicos, que como

hipnotizadas tocam os instrumentos emitindo notas, que espalham-se como sons

mágicos pelo espaço. ( figura 29 ) Esta magia reforça-se através dos seguintes

versos:

• As cordas sublimes da lira.

Nas mãos dos anjos vibram.

As notas no universo ressoam.

Num concerto de angelical harmonia.

5 - ibid. p. 591

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5.2 – A Linguagem Iconográfica

5.2.1 – Letras e Linguagens

Tem a finalidade de avaliar os signos icônicos e tipográficos de um

contexto, tipos de letras, quadros, grifos, desenhos e fotografias. Através de

imagens captadas, fatos são comprovados, crimes revelados, amores reatados,

viagens recordadas e passados revividos.

Na televisão pode-se observar os diferentes tipos de informações, que as

vezes são verdadeiras ou aquelas que tem a finalidade de desenformar. Pois

percebe-se que na comunicação existe a linguagem em código que é entendido

pelo observador que o conhece.

Em outros contextos, são encontradas imagens vistas e que não são

ouvidas. Isto é, a linguagem do som não é ouvida ou entendida. Pois um dos

interlocutores é mudo ou surdo. Havendo uma grande dificuldade para entender

códigos voltados para linguagem de pessoas de percepção normal.

Resta aos receptores ou telespectadores deficientes auditivos e mudos, a

linguagem dos sinais, feitos com as mãos e também outros símbolos que

permitem a comunicação, É uma linguagem universal onde não só o deficiente

pode se comunicar e entender como todos os seres com uma linguagem de

códigos, que é pessoal e reservado a cada um.

Na fotografia encontram-se as formas mais simples de captar a

representação de uma idéia, emoção ou estado mental. Em fim, um código visual

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entendido pela maioria dos leitores, que se identificam com expressões, cores e

formas. A linguagem inserida no contexto simbólico. ( figura 30 e foto 31 )

5.2.2 – A Cultura

Na verdade, do ponto de vista da ação, pode-se encontrar as mais

variadas definições, quando ao termo cultura. As mais complexas possíveis de

relação. Em termos de um estudo, onde destaca-se meios ou formas de colocar

uma linguagem gestual. Considera-se que cultura é um componente ou sistema

de ação, onde o indivíduo age ou é conduzido a agir de acordo com o contexto

físico, social ou cultural. Sendo ele um membro atuante, tanto para assimilar e

ou transmitir a cultura existente. ( figura 32 )

É neste ambiente em que o homem age, se movimenta, gesticula e

mimifica uma linguagem conhecida. Esta somada ao código universal das

sociedades, em todas as partes do planeta. E mais ainda, entre grupos que

conhecem os símbolos que o compõe.

Segundo Parsons, a cultura faz parte do sistema de ação. “ Do ponto de

vista da ação pode-se classificar o mundo dos objetos em três classes: objetos

físicos, sociais e culturais. O objeto social é o autor, tomado como ponto de

referência de si mesmo, ou como coletividade, os objetos empíricos os meios e

condições de ação. Objetos culturais são elementos simbólicos da tradição

cultural, idéias ou crenças, símbolos expressivos ou padrões de valores, em tanto

que considerados como objetos situacionais pelo ego, e que não sejam internalizados, passando a fazer parte de sua estrutura de personalidade” (6 )

6 - Enciclopédia Mirador, Internacional, pg 3108

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5.3 – A Linguagem Mágica 5.3.1 – As Mãos Para: Ler, Benzer, Hipnotizar Saudar, Encontrar e Salvar.

Todos os passos que o homem deu, durante milênios, se realizaram

acompanhados de uma intensa magia simbólica, onde ele sempre encontrou uma

maneira de entender e transmitir os seus sentimentos mágicos. O instrumento, ou

melhor, o meio que lhe deu o possibilidade foram os gestos que simbolicamente,

lhe transmitiram uma linguagem, que fez deles o ser real, consciente e

extremamente mágico. Para interpretar sinais e fenômenos físicos, sociais,

filosóficos e místicos. ( figura 33)

Na linguagem mágica, usa-se as mãos como forma se sustentação ao

código, onde benzer e rezar fazem parte do ritual dos sacerdotes, feiticeiros,

curandeiros e pajés. A hipnose já é usada, atualmente, com o pêndulo, por

especialistas em áreas médicas, para conseguir a cura dos pacientes através da

regressão.

A linguagem mágica é também produzida pela multidão, ao saudar,

acenar, aplaudir ou discordar. Fazendo com que os ouvintes entrem em êxtase e

ou delírio, assumindo atitudes descontroladas. Levados pela concentração,

movimentos e magia.

Todo encantamento é alcançado pelos movimentos ritmados e constantes

das mãos, dentro da linguagem mágica, simpática e sofisticada dos símbolos

consagrados. Assim como Deus tocou a mão de Adão para transmitir-lhe a vida.

Os Homens as tocam para sentir prazer. ( figura 34 )

A linguagem mágica é intensamente usada nas pinturas, desenhos e

gravuras. Reforçando a imagem e lhes dando expressão, vida, força e luz.

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CONCLUSÃO Logo chegar-se no final da presente pesquisa, conclui-se que à linguagem

das mãos tem uma filosofia própria abrangente e bastante significativa, que os

indivíduos usam para comunicar-se simbolicamente. Atuando no campo físico e

científico. Tocando a emoção despertam o homem criativo capaz de entender o

seu passado e os personagens dos sonhos. Que o levam a viajar ao espaço e no

tempo, decifrando, com a linguagem, um passado cultural e repleto de

significados.

Por conseguinte, ao final do trabalho, o resultado ultrapassou as

espectativas iniciais. Pois a “Linguagem das Mãos” não limitou-se, então

somente, a ações de afeto ou reais.

Mas também, analizou-se as atividades nos níveis psicológico, artístico,

mitológico, religioso, filosófico e cultural.

“A Linguagem das Mãos” foge a qualquer termo científico, pois elas

estão vinculadas a ação mental.

Os meios de comunicação através da linguagem, das mãos tornam mais

fáceis a compreensão dos fatos. Desenvolvem posturas, comportamentos e

formam idéias. Decodificam os signos, sinais, sons, símbolos e as expressões. A

leitura dos símbolos facilita a linguagem de todos os seres humanos,

principalmente dos surdos-mudos.

Por isso, atualmente a globalização e a comunicação das massas faz com

que o homem permaneça em constante busca de novas respostas

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

01- AURÉLIO, Dicionário Prático da Linguagem Portuguesa, O DIA, Ed.

Nova Fronteira.

02- BARTHES, Roland. Aula, Ed. Cultrix, Edição 9876543, ano 56789

03- BOSI, Alfredo. Reflexões Sobre a Arte, São Paulo, Ed Ática,1985

04- CIÊNCIA e da TECNOLOGIA, Enciclopédia da Cultura,Tecnirama, Nº 25

05- CYSNEIROS,Israel, Ídolos e Deuses da Mitologia Afro-Brasileira, Ed. Conquista

06- DIDÁTICA, de Informações e Pesquisa Educacional, Enciclopédia, Ed Iracema

Ltda. São Paulo, 6ª ed. 1989

07- FOLCLORE, Brasileiro, Dicionário Câmara Cascudo, coleção Terras Brasilis, Ed

Edioro S.A Rio de Janeiro, 930p

08- FONTES, Nancy C. A Hierarquia dos Iluminados, Os Portadores da Luz Azul, Ed

Madras Ltda. 6ªed, São Paulo 1998, 251p

09- HELP, Ciência e Tecnologia, Sistemas de Consulta Interativas, Ed, Globo, 208p.

10- KNELLER, George F, Introdução à Filosofia da Educação Zahar Editores, Rio de

Janeiro, 8ª eed

11- LA-MADONE, ª Venturi, P .Souze, Librairie G. Baranger Fils, Peres Paris, Gir. 02,

444p

12- LIMA, Luiz Costa, Controle do Imaginário, Voleção Imagens do Tempo, Ed

Forense Universitária, Rio de Janeiro, 1989, 282p.

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13- MALTZ, Maxwell, Liberte sua Personalidade, Ed. Sumus, São Paulo, 4º ed. 1981

206p.

14- MIRANDA, Ermínio, Alquimia da Mente, Publicações Lachatre Nit. Rio de

Janeiro, 2º ed 1994, 331p

15- PORCHER,Louis, Educação Artística, Luxo ou Necessidade,ed Sumus, São

Paulo, 197p

16- AVENTURA VISUAL, Povos Primitivos, Ed Globo

17- CRISTANDADE CLÁSSICA E BIZANTINA, O Mundo da Arte, Ed Expressão e

Cultura.

18- ESTÁ PRÓXIMO O FIM DA RELIGIÃO:Revista Despertai, Sociedade de Vigia

de Bíblica e Tratados, São Paulo, 8 de Nov. 1996

19- IMAGENS DA TRANSFORMAÇÃO: Revista Arteterapia, Ed. Pomar, Rio de

Janeiro, Vol 5 Set. 1998 Vol 6 Mar 1999

20- LITERATURA UNIVERSAL; Revista os Imorais, Ed Abril Cultural, N 12

21- MUSEU DE ARTE BASILÉIA: O Mundo dos Museus, Ed Codex S. ª Madri Ep

86p

22- O TURISTA DO UNIVERSO INTERIOR: Revista Destino, Ano VII, Nº 101, 130p

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- ALFABETO SURDOS-MUDOS. Folheto Popular

2 - BULFINCH, Thomas. O Livro de Ouro da Mitologia, História de Deuses e

Heróis, ( Idade da Fábula ) 14ª ed Ed. Edi Ouro Publicações S.A

3- CHEVALIER, Jean & Gheerbrant, ª Dicionário de Símbolos, Ed. José

Olímpo, Rio de Janeiro, 15º ed. 1982, 998p

4- LELOUP, Jean Yves, O Corpo e seus Símbolos, Ed Vozes. Petrópolis , Rio

de Janeiro, 7ª ed. 2000. 126p

5- MAY, Rollo. A Coragem de Criar.5ª ed Nova fronteira, Rio de Janeiro, 1982,

143 p

6- Mirador, Enciclopédia Internavional, Enciclopédia Britânica do Brasil Ltda,

Rio de Janeiro

7- O PODER DA MENTE, Ed Século do Futuro, Volumes 1,2,3, 1986 959p

8- OSTROWER, Fayga, Criatividade e Processo de Criação, Ed Vozes, 6º ed

1987, Petrópoles, Rio de Janeiro 187p

9- PICASSO, Pablo, O Pensamento Vivo de Picasso, 4ª ed. 1985 Coordenação

Editorial, Martins Claret.

10- PINACOTECA CARAS, Ed Caras S. A São Paulo.

11- REVISTA ESCALA, Republica Federativa da Alemanha, Agosto 1989, d

2002 F 53p

12- NETO, Geniton M. O D”Vinci da Rainha, Jornal O Globo, 2º Caderno, Rio

de Janeiro, 26 MAR 1996

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ENTREVISTA PARTICULAR

NOME: Wilson Pereira Duarte IDADE: 57 Anos

SITUAÇÃO FUNCIONAL: Aposentado

ENDEREÇO: AV: Bahia s/n, Itaipu, Niterói RJ- Tel: 2609-5748 1- Trabalho que exercia na época do acidente?

2- Com qual idade?

3- Perdeu as mãos em que máquina? Em que Usina?

4- Qual foi sua reação ao se deparar com a falta das mãos?

5- Foi difícil superar a falta das mãos ?

6- E como é o “ Fazer “ sem elas?

7- Quais são as atividades realizadas no seu dia-a-dia?

8- Ainda tem algum desejo de realização ou perspectiva? E qual?

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ÍNDICE TEMA – A Linguagem das mãos................................................................07

CAPÍTULO I – A Mão no Campo Físico e Científico................................08

1.1 – Campo Físico.................................................................08 1.1.1 – O Tato...................................................................08 1.1.2 – A Percepção..........................................................09 1.1.3 – A Imagem.............................................................09 1.1.4 – A Decodificação...................................................09 1.1.5 – A Mímica..............................................................10

1.2 – Campo Científico..........................................................10 1.2.1– Agilidade, Mobilidade, Destreza e Equilíbrio.......11

CAPÍTULO II – A Mão no Campo Emocional e Psicológico....................12 2.1 – O Poder das Mãos..........................................................13

CAPÍTULO III – A Mão no Campo Artístico e Mitológico.......................14 3.1 – No Campo Artístico.......................................................14

3.1.1 – Na Pintura.........................................................14 3.1.2 – Na Gravura........................................................15 3.1.3 – Na Escultura......................................................16 3.1.4 – No Desenho.......................................................16 3.1.5 – Na Reprodução Gráfica.....................................17

3.2 – No Campo Mitológico....................................................17 3.2.1 – Crenças e Supertições.......................................17

CAPÍTULO IV – A Mão no Campo Religioso e Filosófico.......................18 4.1 – No Campo Religioso......................................................18 4.2 – No Campo Filosófico.....................................................18

4.2.1 – Nas Forças.........................................................18

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4.2.2 – Nos Ícones.........................................................19

CAPÍTULO V – As Mãos na Linguagem e na Cultura..............................21 5.1 – A Linguagem Simbólica................................................21

5.1.1 – Os Sinais...........................................................22 5.1.2 – Os Símbolos......................................................22 5.1.3 – O Ritmo.............................................................23

5.2 – A Linguagem Iconográfica............................................24 5.2.1 – As Letras e Linguagens....................................24 5.2.2 – A Cultura..........................................................25

5.3 – A Linguagem Mágica....................................................26 5.3.1 – As Mãos para: Ler, Benzer, Hipnotizar, Saudar, e Cantar...........................................................26

CONCLUÇÃO.................................................................................27 DOCUMENTOS ICONOGRAFICOS.............................................28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................63 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...................................................64 ANEXOS...........................................................................................68