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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Por: Daiane da Silva Araújo Ribeiro Orientador Profª Adélia Maria Oliveira de Araújo Belo Horizonte 2010 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NA ADMINISTRAÇÃO DE

RECURSOS HUMANOS

Por: Daiane da Silva Araújo Ribeiro

Orientador

Profª Adélia Maria Oliveira de Araújo

Belo Horizonte

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NA ADMINISTRAÇÃO DE

RECURSOS HUMANOS

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Recursos Humanos

Por: Daiane da Silva Araújo Ribeiro

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me concedido

paciência e sabedoria no

desenvolvimento deste trabalho; aos

meus pais, irmãs, sobrinhos, parentes

e amigos pela motivação e força.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que, de uma

maneira ou de outra, me ajudaram a

chegar até aqui.

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RESUMO

O presente trabalho pretende enfocar algumas questões acerca da Pedagogia

e da Administração de Recursos Humanos, discutindo a importância do

profissional Pedagogo como gestor dessa área. Trata-se, dessa forma, de

investigar as questões relacionadas ao problema proposto nessa monografia e

mostrar o vasto campo que um Pedagogo pode atuar nos dias atuais,

principalmente relacionados às funções pertinentes ao chamado setor de RH.

Sabe-se que para enfrentar os desafios propostos no mundo organizacional,

as empresas precisam estar dotadas de pessoas com capacidades de levar

todos esses desafios à real prática. E é, nesse sentido, que se optou, nesse

trabalho de conclusão, por uma perspectiva que demonstre, historicamente, a

evolução nos modos de entender e atuar da Pedagogia, fazendo com que se

chegue à importância vital de se ter o profissional Pedagogo à frente da

Gestão de Recursos Humanos.

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METODOLOGIA

Esta pesquisa é de cunho exploratório e será embasada em estudos teóricos

sobre o tema em questão, buscando fazer analogias com as publicações já

existentes sobre o mesmo. Desse modo, de forma a permitir maior

entrosamento com o problema apresentado, possuirá uma abordagem

qualitativa e para a efetivação da mesma realizar-se-á a pesquisa bibliográfica

como instrumento de coleta de dados.

A pesquisa foi realizada no período de março/2010 a maio do mesmo ano,

sendo utilizados livros, internet, jornais, revistas, e como fonte bibliográfica,

autores como Idalberto Chiavenato, José Carlos Libâneo, Amélia Escotto do

Amaral Ribeiro, etc.

Para o aprofundamento dos capítulos apresentados, procurou-se utilizar, na

maioria dos casos, textos e livros cujas publicações fossem superior ao ano

2000 para garantir a atualidade das informações.

Nesse sentido, pode-se dizer, resumidamente, que a pesquisa, após a

definição do tema, objetivos, problema e hipótese, seguiu as seguintes etapas:

• Identificação, através de Bibliografias, índices e sumários, de fontes que

pudessem ser esclarecedoras do tema proposto;

• Localização das fontes extraídas no levantamento anterior em

bibliotecas de algumas Universidades de Belo Horizonte e sites;

• Compilação e obtenção de todos os materiais encontrados que fossem

relevantes para a construção do trabalho monográfico;

• Fichamento de textos e livros;

• Redação do texto propriamente dito;

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A Administração de

Recursos Humanos: o conceito 10

CAPÍTULO II - A Pedagogia e a

Formação do Pedagogo no Brasil: o

conceito

22

CAPÍTULO III - O pedagogo como

Gestor de Recursos Humanos: sua

importância

33

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CITADA 40

ÍNDICE 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho, que tem a Pedagogia e a Administração de Recursos

Humanos como temas centrais, possui o seguinte problema: O pedagogo pode

contribuir de maneira mais efetiva na Administração/Gestão de Recursos

Humanos?

Assim, sabendo-se que a educação é um fenômeno plurifacetado, que pode

ocorrer em várias instâncias sociais, e que o gestor de Recursos Humanos

precisa focar no desenvolvimento completo do ser humano levando em

consideração seus aspectos psicossociais, o Pedagogo, através de sua ampla

formação acadêmica, que se embasa na psicologia, na sociologia, na filosofia,

na história, na administração e, consequentemente, na gestão de recursos de

humanos, pode significar um grande diferencial econômico e competitivo para

a empresa.

A questão central da Pedagogia é, portanto, a formação humana mediante a qual os indivíduos adquirem aquelas características humanas necessárias para a vida em sociedade, considerando uma realidade sempre em mudança. Mas trata-se da formação humana de sujeitos concretos, com suas condições físicas, emocionais, intelectuais, sociais, culturais, vivendo num determinado contexto sócio-cultural hoje visto na relação entre o global e o local, entre o homogêneo e o diverso, entre o individual e o comunitário. É para esse mundo que a Pedagogia precisa dar sua contribuição para a formação das pessoas. Decorre daí o desafio social da Pedagogia que consiste em saber como ajudar os indivíduos a agir num mundo em mudança. (LIBÂNEO, 2010)

Diante dos fatos supracitados e tendo em vista que lidar com pessoas, hoje, é

completamente distinto do que se fazia há alguns anos, o tema sugerido é de

fundamental importância uma vez que, mais do que em qualquer outra época,

o mercado atual formula sucessivos e constantes apelos à pedagogia, já que

as rápidas transformações por que passa afeta de modo direto e imediato as

pessoas que trabalham nas mais variadas organizações. Nesse sentido, as

empresas, sendo representadas pelo seu setor de Recursos Humanos,

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precisam buscar profissionais que sejam capazes de quebrar paradigmas e

caminhar rumo aos objetivos propostos pela organização.

Dessa forma, torna-se necessário situar o espaço que o Pedagogo assume, ou

deveria assumir, dentro da Gestão de Recursos Humanos, tendo como

objetivos essenciais de pesquisa: analisar a importância que o Pedagogo

assume como Gestor de Recursos Humanos; estruturar as funções pertinentes

ao setor de Recursos Humanos; verificar a essência da formação acadêmica

do pedagogo; identificar as vantagens de se ter um Pedagogo à frente da

Gestão de RH.

Nesse sentido, o capítulo I abordará alguns conceitos da Administração de

Recursos Humanos, perfazendo um caminho histórico do tema até chegar aos

dias atuais e estabelecendo algumas funções pertinentes ao setor de Recursos

Humanos das organizações. O capítulo II tem por objetivo trazer questões

sobre a Pedagogia: conceitos, formação e uma breve história desse curso que

ainda causa confusão na definição do profissional a ser formado. Já o capítulo

III traz subsídios para verificar a importância que o Pedagogo assume como

Gestor de RH. Ainda neste, far-se-á um estudo sobre o perfil do profissional

que a “nova” organização busca.

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CAPÍTULO I

A ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

O CONCEITO

Antes de conceituar o termo Administração de Recursos Humanos, torna-se

necessário definir o termo administração. Segundo Raza (2005) a palavra

administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister

(subordinação ou obediência) e representa a ação de trabalhar com e por meio

de pessoas, no sentido de atingir tanto os objetivos da organização quanto da

sua equipe.

Para o autor supramencionado, há três aspectos que devem ser levados em

consideração na definição dada: maior destaque ao elemento humano na

organização, foco nos objetivos, inclusão do conceito de que realização dos

objetivos pessoais dos funcionários deve estar atrelada aos organizacionais.

Tendo delineado o conceito de Administração, volta-se agora para o conceito

de Administração de Recursos Humanos (ARH). Pode-se dizer que a ARH é

uma expressão abrangente e, por isso, tem sido objeto de várias

interpretações. Vários são os conceitos encontrados quando este é o assunto,

mas, de modo geral, apresentam certa coerência entre eles.

Para Desseler (1997) apud Chiavenato (1999) a ARH são políticas e práticas

necessárias para direcionar os aspectos da posição gerencial relacionados

com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, treinamento,

seleção, recompensas e avaliação de desempenho.

Desseler (1998) apud Chiavenato (1999) apresenta também a visão que a

ARH é a função administrativa voltada para a aquisição, treinamento, avaliação

e remuneração dos funcionários. Assim, todos os gerentes são, de certo modo,

gerentes de pessoas, porque todos estão envolvidos em atividades como

recrutamento, entrevistas, seleção e treinamento.

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Na mesma linha de Desseler (1998), Cenzo (1996) apud Chiavenato (1999)

conceitua a ARH como a função na organização que está relacionada com

provisão, treinamento, desenvolvimento, motivação e manutenção dos

empregados.

MilKovich (1994) apud Chiavenato (1999: p.8) afirma que “é o conjunto de

decisões integradas sobre as relações de emprego que influenciam a eficácia

dos funcionários e das organizações.”

Mas o que significa, afinal, Recursos Humanos (RH)? Segundo Nogueira

(2005) esse termo se remete à um recurso vivo e dinâmico da organização,

dotado de habilidades para o crescimento e desenvolvimento. Ainda de acordo

com esse autor, essa expressão pode significar também, um setor específico

da organização que tenha profissionais capazes de conceituar, identificar,

operacionalizar e desenvolver pessoas, através de contínuos processos de

avaliação que permitam reter os chamados “bons funcionários”.

Na mesma linha de Nogueira, de acordo com artigo publicado no site da Abril

(2009) dá-se o nome de Recursos Humanos ao conjunto de empregados ou

colaboradores da organização, podendo ainda significar um departamento com

objetivos de adquirir, desenvolver, usar e reter talentos para a mesma.

Esclarecidos os conceitos, ter-se-á o contexto histórico que a administração se

encontrava e se encontra hoje.

1.1 Contexto Histórico

De acordo com Gomes (2005) a história da Administração tem suas origens na

Suméria em tempos remotos. Data-se de mais ou menos 5000 anos antes de

Cristo, quando os povos desse lugar buscavam alternativas para solucionar

problemas práticos. Há 500 anos antes de Cristo, na china, também tem

histórico de regulamentos e regras sobre princípios da Administração.

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Para Raza (2005) a Administração é praticada desde que existem os primeiros

grupos humanos. Para ele, tudo começou na região do atual Oriente Médio a,

mais ou menos, seis mil anos. Nessa época, durante um período chamado

Revolução Urbana, surgiram as cidades e Estados e estes precisavam da

criação de práticas administrativas.

Já a chamada Administração de Recursos Humanos (ARH), que é

representada pelas organizações e pelas pessoas que delas fazem parte, de

acordo com Chiavenato (2000), surgiu com o crescimento e complexidade das

tarefas organizacionais. A mesma, que até então era chamada Relações

Industriais, tem suas origens fundadas por volta do século XX, após o grande

impacto sofrido pela Revolução Industrial.

Ainda nessa época, ela representava uma atividade de mediação entre as

organizações e as pessoas, a fim de diminuir os conflitos entre objetivos

organizacionais e individuais, que eram considerados incompatíveis e

irreconciliáveis. (Chiavenato, 2000)

Era como se as pessoas e as organizações, embora estreitamente inter-relacionadas, vivessem em compartimentos rigidamente separados, com fronteiras fechadas, trincheiras abertas, requerendo um interlocutor estranho a ambas para poderem entender-se ou, pelo menos, reduzirem suas enormes indiferenças. (CHIAVENATO, 2000, p.20)

Ainda com base em Chiavenato (2000), por volta da década de 1950, o

conceito de Relações Industriais foi ampliado, passando a se chamar

“Administração de Pessoal”. Nesse momento, seu conceito já não abrangia

somente o intermédio de situações conflitantes, mas a administração de

pessoas de acordo com as leis trabalhistas vigentes e de conflitos que

surgissem espontaneamente.

Em 1960, outra mudança aconteceu. A legislação que amparava o trabalhador

permaneceu inalterada e foi se tornando arcaica, e em contrapartida, os

desafios das organizações cresciam rapidamente. Tudo isso levou à

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verificação de que as pessoas são os únicos recursos para enfrentar os

desafios e caminhar rumo ao sucesso organizacional. Surge, assim, o conceito

de Administração de Recursos Humanos (ARH), mas ainda com a visão de

que as pessoas são meros recursos produtivos, onde as atividades devem ser

planejadas e controladas a partir das necessidades da organização.

(Chiavenato, 2000)

Segundo Nogueira (2005), na década de 1970 vários fatos, como a crise

mundial do petróleo, a manifestação do ensino, a lei nº 6.297 de incentivos

fiscais do treinamento, a abertura política e o surgimento de um sindicalismo

independente, de raízes políticas socialistas e de atuação agressiva, que

facilitou o aparecimento das greves como forma de reivindicação dos

empregados, também causaram impacto na atividade de Recursos Humanos.

À área de RH coube a elaboração de planos e táticas que pudessem combater

os sindicatos e manter a empresa funcionando, a qualquer custo, sem a temida

greve.

Em 1980 em RH houve a necessidade de treinamentos gerenciais e de

executivos. Tinha-se a idéia de que supervisores, gerentes, diretores,

superintendentes, vice-presidentes, etc, precisavam ser treinados e

desenvolvidos para ocuparem a função de gestores de recursos humanos.

Siqueira (2007) resume a história da Administração em oito fases, cada uma

com ênfase em determinada expressão do pensamento científico:

• Ênfase na tarefa: não havia preocupação com o processo de produção

em si. O homem era visto como uma simples máquina. Esta buscava

valorizar o trabalho e a ênfase estava no modus operandi, não na

pessoa.

• Ênfase na estrutura: A ênfase na estrutura preocupou-se com a

modelagem empresarial. Tratou da estrutura de poder, fixou o comando

e fez da empresa, a organização-máquina.

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• Ênfase humanística: A ênfase humanística tratou do trabalhador.

Valorizou as relações internas da empresa, cuidou da liderança, no

entanto, não caminhou ao externo da empresa. O “homem”, ao invés de

ser tratado como “ser humano”, era visto como o “ser subordinado”.

• Ênfase na tecnologia: colocou o “homem” como sub-produto das

máquinas e equipamentos de tecnologia de ponta.

• Ênfase no ambiente: já vê o entorno da empresa e percebe que esta é

fruto do próprio ambiente. Se o ambiente não impuser novas exigências

econômicas e sociais não haverá novas empresas.

• Ênfase no cliente: busca a satisfação do consumidor, usuário,

distinguido, através de sistemas da qualidade que garantem a satisfação

dos mesmos. O cliente é o vértice da sociedade.

• Ênfase na globalização/mundialização: sugere que as empresas se

tornem, assim como o ambiente, universais, pelo menos no que

concerne em qualidade, tecnologia e preço de venda de produtos. “A

“modernização” sugerida foi a forma de garantir a remuneração do

capital investido em ciência e tecnologia pelo sistema financeiro

internacional.”

• Ênfase na concepção holística da administração: possui no ser humano

e nas relações que são estabelecidas por ele, seu foco principal. As

estruturas hierarquizadas e rígidas vão dando lugar às estruturas mais

flexíveis e o operário, antes visto simplesmente como um ser

econômico, passa a ser visto como um ser psicossocial, que pensa, tem

sentimentos, desejos e medos.

Houve, dessa forma, uma transferência da ênfase na tarefa, para a ênfase nas

pessoas, tendo como principais características: motivação, liderança,

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delegação de autoridade, confiança nas pessoas, comunicação, organização

informal, dinâmica de grupo, etc.

As mudanças ocorridas no ambiente em que as organizações estão inseridas

fazem com que área de Recursos Humanos (RH) tenha que se adaptar aos

novos modelos de gestão.

Nesse novo ambiente, as políticas e práticas de Administração de Recursos Humanos devem tornar-se menos cartoriais e mais estratégicas, amplas e voltadas para resultados, ao mesmo tempo em que facilitam a confiabilidade, a criatividade, a autonomia e a visão a longo prazo dos colaboradores (STOFFEL, 2000, p.11)

Nesse sentido, o RH terá na motivação seu ponto primordial para envolver

todos os funcionários da organização, pois uma pessoa motivada desenvolve

melhor as suas atividades diárias e, com isso, os resultados esperados tendem

a aparecer naturalmente.

Hoje, ver-se-á mais adiante, em meio à globalização e ao mercado

extremamente competitivo, as organizações de sucesso tendem não mais a

administrar recursos humanos ou pessoas, mas, sobretudo, administrar com

pessoas. É com essa idéia que se fala, agora, em Administração com

Pessoas, ou seja, conduzir a organização juntamente com os colaboradores e

parceiros internos. (Chiavenato, 1999)

As pessoas não são recursos que a organização consome e utiliza e que produzem custos. Ao contrário, as pessoas constituem um fator de competitividade, da mesma forma que o mercado e a tecnologia. Assim, parece-nos melhor falar em Administração de Pessoas para ressaltar a administração com as pessoas – como parceiros – e não sobre as pessoas – como meros recursos. (CHIAVENATO, 2000, p.20)

Assim, com base nos dados acima descritos, pode-se dizer que nos últimos

anos a área passou por profundas transformações, o que pode ser observado,

resumidamente, no quadro a seguir:

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Novas Funções de RH

DE PARA

Operacional e Burocrático Estratégico

Policiamento e Controle Parceria e Compromisso

Curto Prazo e Imediatismo Longo Prazo

Administrativo Consultivo

Foco na Função Foco no Negócio

Foco Interno e Introvertido Foco no Externo e no Cliente

Reativo e Solucionador de Problemas Proativo e Preventivo

Foco na Atividade e nos Meios Foco nos Resultados e nos Fins

Adaptado de CHIAVENATO (1999, p.37)

1.2 A “Administração de Recursos Humanos” Hoje

'Você pode sonhar, projetar, criar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo, mas é preciso pessoas para tornar o sonho realidade'

Walt Disney

O cenário do mercado atual tem sido alvo de diversas transformações, reflexo

de um mundo globalizado, com tecnologias arrojadas, que vem exigindo, cada

vez mais, a busca pela produtividade, qualidade e satisfação do cliente. Por

causa dessa nova demanda, as empresas têm investido pesado em novos

sistemas de gestão.

Nesse sentido, a Administração de Recursos Humanos tem se configurado

dentro de uma visão estratégica, alinhada à busca dos resultados da

organização. No novo modelo, o profissional de RH deixa de ser apenas um

executor de aspectos operacionais, para exercer um papel de agente de

mudanças, alguém que vai além do simples atingimento de metas e

desenvolva programas que tenha, nas pessoas, seu foco principal.

(Chiavenato, 2003)

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Corroborando com a idéia de se ter as pessoas como parte integrante das

organizações tem-se a importância do “conhecimento” na gestão de RH. Este

se tornou, nos últimos tempos, fator essencial para o desenvolvimento das

organizações e as pessoas partes fundamentais para a produção, aprendizado

e aplicação do mesmo.

Observou-se que o conhecimento é fonte de inovações, e estas são essenciais

para que se prospere em ambientes competitivos. A partir do conhecimento,

podem-se atrair diversos outros recursos para a organização, tornado-se,

assim, grande fator estratégico das mesmas.

A implantação do novo paradigma da administração pelo conhecimento nas empresas brasileiras não é uma questão de opção e sim de sobrevivência. A globalização da economia não respeita setores tradicionais, antigamente considerados de baixa tecnologia, como a agricultura, que atualmente passa por uma profunda transformação. (OLIVEIRA, 2007: p.28)

Assim, com o advento do “conhecimento” como um dos principais instrumentos

de trabalho, as empresas passaram a dar maior atenção ao seu “capital

intelectual”, pois, investir em pessoas e utilizar todo o conhecimento que elas

possuem, melhora a qualidade, eficiência, eficácia e amplia a competitividade

frente ao novo modelo de mercado. Pode-se dizer que “as grandes realizações

da Humanidade são frutos do conhecimento.” (Oliveira, 2007, p.40)

Com o crescimento da importância da Gestão do Conhecimento, as empresas passam a se preocupar com o que sabem, o que precisam saber e, não menos importante, o que a concorrência sabe. Passa a ser cada vez mais importante identificar o impacto e a consistência do conhecimento no setor específico de sua empresa. Torna-se fundamental criar condições e apoiar o desenvolvimento e a comunicação desse conhecimento. A empresa passa a perceber a importância de transformar seu conhecimento realmente em um ativo a serviço da organização, ao invés de apenas propriedade de indivíduos ou grupos internos. (TEIXEIRA FILHO, p.1)

Um ponto que também vem ganhando destaque dentro das organizações é a

chamada “Gestão da Qualidade Total” (GQT). A mesma é uma opção para

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reorientar os processos gerenciais das organizações e sua base está na

premissa de que o sucesso da Instituição é decorrente da qualidade que ela

oferece às pessoas da sociedade, pois tem como princípio norteador o

atendimento às necessidades do ser humano.

Através de um conjunto de princípios, ferramentas e procedimentos, a GQT

auxilia a instituição a elevar a qualidade dos seus processos. Assim, tem como

características: reconhecimento das necessidades das pessoas e

estabelecimento de padrões para que estas necessidades sejam atendidas, a

busca pela manutenção dos padrões que atendam a essas necessidades com

vistas a melhorá-las a partir de uma visão estratégica e com abordagem

humanista. Pode-se dizer, assim, que possui como pontos: o foco no cliente, o

envolvimento da equipe a fim de melhorar a qualidade dos serviços e a busca

constante da resolução de problemas.

Segundo Oliveira (2007, p.32) “A capacidade de inovar é essencial à

prosperidade dos negócios em ambientes competitivos”, dessa forma, a GQT

tem seu sucesso fundado na capacidade de reiterar o potencial inovador de

todas as pessoas que colaboram para/com a empresa. E é através do

conhecimento, fator inerente ao ser humano, que ela consegue permitir que

tudo isso dê certo.

Diante desse cenário, a Gestão de RH ganha um importante aliado, pois

esforços são concentrados na melhoria da qualidade pessoal, buscando meios

de superar obstáculos e agradar seus clientes. Nesse sentido, a Gestão da

Qualidade Total é uma estratégia para que a Gestão de RH possa

desempenhar seu papel dentro da organização. Através dessa linha de

gerenciamento, é possível que se alinhe as atividades de todas as pessoas a

fim de que elas se sintam motivadas e, dessa forma, executem as ações

propostas e superem os possíveis desafios que aparecerão.

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Nota-se, dessa forma, que as funções antes desempenhadas pelos

profissionais de RH já não abarcam todos os pontos de uma organização com

vistas à realidade estratégica, pois se observou que toda e qualquer mudança

que se espera nas mesmas começa primeiro com as pessoas que delas fazem

parte, ou seja, não há meio melhor de se conseguir os resultados almejados

pela organização, que através do desempenho de seus

funcionários/colaboradores. Por este motivo, o gestor de Recursos Humanos

passou a ser visto como parceiro estratégico, pois, ninguém melhor que ele

para conhecer o capital humano e colaborar rumo à satisfação de suas

necessidades trabalhistas e pessoais.

Até pouco tempo atrás, o relacionamento entre pessoas e organizações era considerado antagônico e conflitante. Acreditava-se que os objetivos das organizações – como lucro, produtividade, eficácia (...) – eram incompatíveis com os objetivos das pessoas – com melhores salários e benefícios [...].(CHIAVENATO, 1999, p.05)

Nesse sentido, os profissionais de RH precisam alinhar os objetivos da

empresa com as necessidades pessoais de seus trabalhadores, precisam

entender que estes devem assumir certas responsabilidades no

estabelecimento de próprias metas, para que assim, possam contribuir para o

cumprimento das metas gerais que foram estabelecidas pela organização.

As empresas que conseguirem executar uma gestão, que possibilite o equilíbrio trabalho/vida particular pode trazer uma significante vantagem competitiva para a empresa com um maior compromisso do trabalhador com o seu trabalho e aumentarão, dessa maneira, suas possibilidades de atrair e manter os talentos do mercado de trabalho. Isso também exige um bom gestor. E essa capacidade gerencial será um dos indicadores estratégicos. (ARAÚJO, 2007, P.13)

Assim, com base nas informações supracitadas e com respaldo de Chiavenato

(1999) podem-se atribuir quatro principais papéis de RH: administração de

estratégias de recursos humanos, que seria como o RH pode impulsionar a

estratégia da organização; administração da infra-estrutura da empresa, que

ofereceria uma base de serviços à organização para ajudá-la a ser eficiente e

eficaz; administração da contribuição dos funcionários, onde foca no

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comprometimento dos funcionários, transformando-os em parceiros da

organização; e por último, administração da transformação e da mudança, que

seria como o RH pode ajudar na criação de uma organização criativa,

renovadora e inovadora.

Em outra linha, porém não em oposição à Chiavenato, Teixeira Filho (2010)

propõe que o RH:

• Pode apoiar a empresa na distribuição da informação e nas políticas de

comunicação;

• Pode desenvolver ‘políticas culturais’ na organização, buscando

disseminar novos modelos mentais para reflexão, abordagem do

processo de aprendizado e ação;

• Pode apoiar a estruturação da ‘memória organizacional’, através dos

representantes das áreas de especialidades, processos, estruturas,

registros, sistemas, manuais, documentos, livros, vídeos, etc.;

• Pode apoiar a interconexão entre os núcleos de conhecimento,

ajudando a identificar quem sabe o que, e criando sistemas, processos

e bases de dados que facilitem a proteção, o acesso e a atualização da

memória organizacional.

Com o quadro abaixo, tem-se uma síntese da definição dos papéis de RH em

uma organização:

Papel de RH Resultado Característica Principal Atividade

Administração de estratégias de

recursos humanos

Execução da estratégia

Parceiro estratégico para ajudar a alcançar

os objetivos organizacionais

Ajuste das estratégias de RH

à estratégia empresarial: diagnóstico

organizacional para detectar

forças e fraquezas da organização

Administração da Construção de Especialista Reengenharia

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infra-estrutura da empresa

uma infra-estrutura eficiente

administrativo para reduzir

custos e aumentar valor

dos processos da organização: serviços em comum para

melhoria contínua

Administração da contribuição dos

funcionários

Aumento do envolvimento e capacidade dos

funcionários

Defensor dos funcionários para treinar e incentivar

as pessoas

Ouvir e responder aos funcionários: prover recursos aos funcionários para incentivar contribuições

Administração da transformação e

da mudança

Criação de uma organização

renovada

Agente de mudança e

inovação para melhorar a

capacidade de mudar

Gerir a transformação e a

mudança: assegurar

capacidade para mudança e

identificação e solução de problemas

Fonte: CHIAVENATO, 1999, p.38

Notadamente, o desenvolvimento ocorrido em RH e consequentemente em

sua política, é fator indispensável à melhoria da qualidade das organizações.

Foi através de toda mudança ocorrida que as mesmas ficaram em condições

de se estabelecer, sobretudo, no contexto social atual.

Cabe ratificar que a área de recursos humanos sobretudo no contexto da sociedade e organizações contemporâneas, constitui-se na área mais importante e imprescindível na estrutura de qualquer organização. Planejá-la e implementá-la não é algo tão simples, especialmente quando se trata de operacionalizar programas que atendam tanto aos interesses organizacionais, quanto aos aspectos de melhoria de desempenho profissional e pessoal. (RIBEIRO, 2007, p.53)

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CAPÍTULO II

A PEDAGOGIA E A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO NO

BRASIL

O CONCEITO

Vários são os entendimentos quando o assunto é a conceituação do termo

Pedagogia. Alguns a reduz somente ao ensino, outros a define como o estudo

do processo educativo. Dessa forma, torna-se necessário destacar alguns dos

conceitos mais utilizados.

Chiraldelli (1987) retoma à Grécia antiga para explicar que Pedagogia, nessa

época, significava a atividade do escravo que conduzia as crianças aos locais

destinados aos estudos. Dessa forma, o escravo era considerado Pedagogo e

lhe cabia a função de levar a criança ao local de conhecimento, mas não de

instruir.

Para Libâneo (1999, p.22)

Pedagogia é, então, o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da configuração da atividade humana.

Nesse sentido, ainda de acordo com Libâneo (1999), o Pedagogo é o

profissional que atua nos mais diversos departamentos da prática educativa,

direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão

e assimilação de saberes, sempre levando em consideração a formação

humana contextualizada historicamente.

Silva (2004) já afirma que a Pedagogia é uma ciência que estuda os conteúdos

científicos:

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A Pedagogia, de acordo com a abordagem da educação de cunho emancipatório, é uma ciência que estuda os conteúdos científicos, os quais são explicitados através de objetivos de cunho ético, filosófico, político e pedagógico. Nesses objetivos está presente uma intencionalidade nas formas de intervenção organizativa e metodológica do ato educativo. (SILVA, 2004, p. 17)

Observa-se que o conceito de Pedagogia está sempre atrelado a um conceito

amplo de Educação, é o que se verá ao longo de todo o trabalho. Dessa forma,

tem-se a seguir, alguns significados atribuídos a essa expressão tão

abrangente.

De acordo com Libâneo (1999, p.22)

Educação é o conjunto de ações, processos, influências, estruturas, que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais. É uma prática social que atua na configuração da existência humana individual e grupal, para realizar nos sujeitos humanos as características de ‘ser humano’.

Segundo Ferreira (1986) educação é o processo de desenvolvimento da

capacidade física, intelectual ou moral da criança e do ser humano em geral,

visando à sua melhor integração individual e social.

Para Brandão (1981), ninguém escapa da educação, seja na escola, na igreja,

na rua, ou em qualquer outro lugar, sempre se esbarra com ela.

Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação? Educações. (...) Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a única prática, e o professor não é o único praticante. (BRANDÃO, 1985 p.7; p.9)

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2.1 Contexto histórico

No Brasil, historicamente, o curso de Pedagogia, o qual se constitui em um

espaço que se estuda intencionalmente e criticamente a educação e suas

manifestações na sociedade, desde sua criação vem sendo permeado por

questões que dizem respeito às suas reais funções, o que reflete em uma

busca incessante pela definição desse profissional: Professor ou Técnico em

Educação?

De acordo com Libâneo (1999) a Pedagogia em si existe desde a existência de

necessidade de cuidar de crianças e inseri-la na sociedade. No entanto, o

curso de Pedagogia no Brasil e consequentemente a figura do Pedagogo

tiveram a sua emergência no Decreto-lei 1190/39, que cria a Faculdade

Nacional de Filosofia, Ciências e Letras, onde a primeira preocupação era a

formar profissionais que já eram técnicos em educação e docentes para o

curso normal, de nível médio. Nesse período, o curso de Pedagogia constituía-

se no esquema 3+1, ou seja, três anos para a formação do bacharel e um ano

para a formação do licenciado. Araújo (2006)

Com base em Araújo (2006), Libâneo (1999) e Silva (2004), pode-se verificar a

seguinte trajetória da Pedagogia no Brasil, após a sua emergência:

• 1961: promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases, Lei

4024/1961, com uma visão profissionalizante, o curso de Pedagogia

acopla especializações como inerentes à formação do Pedagogo;

• 1962: o Parecer CFE n. 251/1962 estabelece um currículo mínimo e a

duração dos cursos de Pedagogia e este passa a assumir a formação

tanto do técnico em educação quanto do professor de disciplinas

pedagógicas do curso normal, ou seja, o curso passa a formar o

bacharel.

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• 1968: a lei 5540/1968 fixou normas de organização e funcionamento do

ensino superior, obrigando todos os profissionais que trabalhassem com

a formação de professores e nos planejamento, supervisão,

administração, inspeção e orientação nas escolas a terem curso

superior. Surgiu, assim, a Faculdade de Educação para oferecer esse

suporte;

• 1969: O Parecer CFE n. 252/69, traz grandes mudanças para o curso de

Pedagogia. Agora, ao Pedagogo, será conferido o grau de Licenciado e,

além da formação para a docência do ensino normal, a Pedagogia

passa a contar com a formação de especialistas para orientação,

administração, supervisão e inspeção de escolas e sistemas escolares.

Nesse mesmo período surge a função do Pedagogo como estudioso da

educação;

• 1970/1980: re-significação do pedagogo e do seu curso de formação

devido à reabertura da democracia. Começam a surgir críticas

referentes ao caráter didático-metodológico e organizacional dos

processos educativos.

• 1983: houve um grande salto de qualidade sobre o tema, pois ocorreu

um amplo debate em Belo Horizonte, no período de 21 a 25 de

novembro, sobre a formação dos professores, surgindo uma proposta

de reformulação dos cursos de pedagogia e licenciatura. Esse Debate

culminou no chamado “Documento Final” que passou a ser referência

nacional para as questões acerca da formação do educador.

• Meados da década de 1980: algumas Faculdades de Educação,

suspenderam ou suprimiram as habilitações até então presentes

(administração, orientação e supervisão escolar) e investiram em um

currículo cujo cerne era a formação de professores para as séries

iniciais do ensino fundamental e curso de magistério.

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• 1996: promulgação da LDBEN 9394/1996, que estabelece as Diretrizes

e Bases da Educação Nacional e que em seu artigo 64 constitui:

A formação dos profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pósgraduação, a critério da instituição de ensino, garantida nessa formação, a base comum nacional. (BRASIL, 1996)

Silva (2003) resume reconhecendo quatro períodos do curso de Pedagogia no

Brasil:

• 1939–1972: Regulamentações = Identidade questionada

• 1973–1978: Indicações = Identidade projetada

• 1979–1998: Propostas = Identidade em discussão

• 1999–... :Decretos = Identidade outorgada

Hoje se vive outro momento na história da Pedagogia, uma vez que, após anos

sem posicionamento sobre a profissão do Pedagogo, houve a promulgação da

Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006, que institui as Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Nesta, o curso vem

associado à formação de docentes como mostra o artigo 4º da Resolução

supracitada:

Art. 4º O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. (BRASIL, 2006, p. 2)

De acordo com o Parecer CNE/CP Nº 5, de 13 de dezembro de 2005, parecer

este que explica as Diretrizes mencionadas acima, nos cursos de Pedagogia

objetiva-se múltiplas formações do Pedagogo:

Enfatiza-se ainda que grande parte dos cursos de Pedagogia, hoje, tem como objetivo central a formação de profissionais capazes de exercer a docência na Educação Infantil, nos anos

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iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas para a formação de professores, assim como para a participação no planejamento, gestão e avaliação de estabelecimentos de ensino, de sistemas educativos escolares, bem como organização e desenvolvimento de programas não-escolares. (BRASIL, 2005, p.05)

Nota-se, que mesmo tendo na docência a base para a nova formação do

Pedagogo e extinguindo a palavra “habilitação”, a referida Diretriz não exclui do

currículo atividades de gestão e coordenação do ensino e atividades

educativas.

Parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando: I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação; II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas não-escolares; III - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não-escolares. (BRASIL, 2006, p. 2)

Em sua organização curricular, as Diretrizes propõem a criação de três

núcleos: núcleo de estudos básicos, núcleo de aprofundamento e

diversificação de estudos e núcleo de estudos integradores. Assim, além de

teorias sobre a educação, o aluno desfrutará de seminários, estágios, etc,

buscando articular a teoria com a prática.

Quanto à sua duração, a Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006

difere da legislação que regulariza as demais licenciaturas propondo:

Art. 7º O curso de Licenciatura em Pedagogia terá a carga horária mínima de 3.200 horas de efetivo trabalho acadêmico, assim distribuídas: I - 2.800 horas dedicadas às atividades formativas como assistência a aulas, realização de seminários, participação na realização de pesquisas, consultas a bibliotecas e centros de documentação, visitas a instituições educacionais e culturais, atividades práticas de diferente natureza, participação em grupos cooperativos de estudos;

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II - 300 horas dedicadas ao Estágio Supervisionado prioritariamente em Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, contemplando também outras áreas específicas, se for o caso, conforme o projeto pedagógico da instituição; III - 100 horas de atividades teórico-práticas de aprofundamento em áreas específicas de interesse dos alunos, por meio, da iniciação científica, da extensão e da monitoria. (BRASIL, 2006, p. 4)

Até então, o curso era regulamentado, em termos de duração e carga-horária,

pela Resolução CNE/CP Nº 2, de 19 de fevereiro de 2002. A mesma ditava

para o curso de Pedagogia e ainda dita para as demais licenciaturas:

Art. 1º A carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, será efetivada mediante a integralização de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas, nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes comuns: I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso; II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso; III - 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científicocultural; IV - 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais. (BRASIL, 2002, p. 1)

Segundo o Parecer CNE/CP Nº 5, de 13 de dezembro de 2005, essa

diferenciação foi necessária devido à complexidade na configuração do curso,

que engloba a formação para o exercício da docência, gestão dos processos

educativos escolares e não escolares.

Nota-se, dessa forma, com todo esse traçado histórico, que a Pedagogia e

consequentemente todo o sistema educacional, sempre esteve vinculada à

trajetória político-econômica do país e que as manifestações sobre a real

formação do Pedagogo estão longe de serem extintas. No entanto, mesmo

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com tanta indecisão, uma coisa é certa, mesmo com o advento das Diretrizes

que regulamentam o curso, o Pedagogo continua sendo um profissional

multifacetado que “cuida” tanto da docência, quanto da gestão dos processos

educativos como um todo.

2.2 O Pedagogo em espaços não escolares

O século XXI vem com novas perspectivas para a área da educacional. Sob

diversas abrangências e novas discussões, uma nova estrutura se firma na

sociedade e exige profissionais cada vez mais capacitados pra atuarem nesse

mercado competitivo e com possibilidades aumentadas. Agora, além de o

Pedagogo atuar nos contornos da escola, sua formação lhe permite expandir a

alargar seus horizontes para outros espaços que não, somente, os escolares.

De acordo com Orzechowski (2006) a formação de professores/Pedagogos no

Brasil, desde a escola tradicional jesuítica, sempre esteve ligada à preparação

de profissionais que pudessem atuar, dentro da escola, com o processo de

ensino e aprendizagem. Havia, e ainda há, uma dubiedade para esta formação

que se resume em duas facetas: “ora a da técnica/ instrumental, ora a da

operacionalização metodológica a partir dos estudos das ciências da

educação. Ora uma formação como aplicação prática, ora uma formação como

aplicação da ciência da educação” (p.01).

No entanto, indo além dessas questões puramente escolares, a educação em

espaços não escolares vem sendo pauta de diversas discussões do Pedagogo.

Nesta nova tendência, a pedagogia vem sendo inserida em outros espaços,

como se verá mais adiante.

A idéia subjacente é a de que a educação ocorre em vários espaços, nestes o Pedagogo tem seu lugar de atuação desde que compreendida sua intervenção pedagógica, garantindo sua identidade profissional e seu fazer dentro da variedade de atividades voltadas para o processo educacional. Nestes o Pedagogo atua intencionalmente, analisando, discutindo, colaborando e efetivando uma educação instituída como

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campo próprio de problematização. Diante do qual o Pedagogo tem seu espaço de contribuição. (Orzechowski, 2006, p. 2)

Assim, entende-se por espaços não-escolares a atividade educacional

organizada e sistemática, que se constitui fora do sistema de ensino formal e

que busca proporcionar aprendizagem sistemática e continuada a educandos-

trabalhadores. Os trabalhadores foram assim denominados porque além de

executarem as tarefas pertinentes ao seu trabalho, estão em constante

processo de formação e aprendizagem. (Frison, 2009)

Segundo Oliveira (2010), diante desse novo cenário, o Pedagogo, que até

pouco tempo tinha seu espaço restrito à escola, se insere em novos espaços

de atuação como: empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas, rádio, TV,

etc. Assim, transpondo os muros da escola para trabalhar em espaços até

então restritos a outros profissionais, o Pedagogo quebra preconceitos e

mostra que onde houver a prática educativa, há a possibilidade de sua

atuação. Nesse sentido,

convivemos até bem pouco tempo com a visão de uma pedagogia inserida no ambiente escolar, na sala de aula, do profissional da educação envolvido com os problemas da educação formal, uma idéia falsa de que o pedagogo é o profissional capacitado e devidamente treinado para atuar somente em espaços escolares, é o responsável pela formação intelectual das crianças, sempre se envolvendo no cotidiano escolar, com os problemas relacionados à educação formal, propriamente dita. A vida escolar, a educação formal, não deixa de ser um foco importante para o Pedagogo, mas deixa de ser o único. (Oliveira, 2010)

A educação vem, dessa forma, como uma possibilidade para se enfrentar os

desafios decorrentes do processo de Globalização. O pedagogo do século XXI

já não é o mesmo de meados do século XX, ele apresenta-se agora como um

dos principais agentes de transformação da sociedade atual. Hoje, “o

pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal,

abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não-formal.”

(Libâneo, 1999, p.20)

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De acordo com Libâneo (2002) a existência da Pedagogia se remete ao fato de

a mesma ocupar-se do estudo sistemático das práticas educativas que se

realizam em sociedade como feito da própria condição humana. Nesse sentido,

haverá Pedagogia onde a prática educativa existir, seja ela na escola, na

família ou em outras instituições formais ou não-formais.

Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, indireta ou diretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação direta de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana definidos em sua contextualização histórica. (LIBÂNEO, 1999, p.44)

Nesse sentido, e ainda com base em Libâneo (1999), existe uma diversidade

de práticas educativas na sociedade, e desde que estas venham carregadas

de intenção, sempre há a ação pedagógica em seu meio. Segundo ele, o

campo da ação pedagógica extra-escolar possui dois tipos de profissionais: os

que exercem sistematicamente atividades Pedagógicas (formadores,

animadores, organizadores, orientadores, que realizam atividades pedagógicas

não-escolares em órgãos públicos e privados) e os que dedicam apenas parte

do seu tempo nas mesmas (formadores ocasionais que ocupam parte do seu

tempo em atividades pedagógicas em órgãos públicos e privados, mas ligados

à outra atividade especializada).

Nas empresas brasileiras, especificamente, a atuação do Pedagogo é bem

recente. Segundo Ribeiro (2007), seu surgimento está vinculado à necessidade

de preparação dos Recursos Humanos das empresas e o Pedagogo passa, a

partir daí, a ganhar espaço nas mesmas como um profissional que atua na

área de Desenvolvimento de Recursos Humanos, principalmente na

preparação de mão obra que viesse a atender as especificidades da

organização (treinamento).

Ainda segundo o autor supracitado, “a atuação do Pedagogo na empresa tem

com pressupostos principais a filosofia e a política de Recursos Humanos

adotados pela Organização” (Ribeiro, 2007, p. 09). Assim, como se verá mais

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adiante, o Pedagogo vem como um profissional capaz de articular o

desenvolvimento das pessoas às estratégias organizacionais.

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CAPÍTULO III

O PEDAGOGO COMO GESTOR DE RECURSOS

HUMANOS: SUA IMPORTÂNCIA

Atualmente, neste novo cenário globalizado e competitivo, as empresas estão

buscando se adequarem à nova realidade organizacional através do

reconhecimento e valorização do SER HUMANO.

A qualidade começa com as pessoas. São elas que a fazem acontecer, e é para elas, como qualidade de vida que todo o processo deve retomar. (BONFIN, 1995, p. 36, apud MAGALHÃES, 2007, p.13)

Esta afirmativa feita por Bonfin (1995) mostra claramente que as pessoas são

indispensáveis no processo produtivo e por isso, precisam ser valorizadas.

Segundo Chiavenato (2003) é a qualidade de vida (que ele coloca como: clima

organizacional sadio, bons salários, motivação intensiva, etc.) que permite aos

funcionários proporcionarem à empresa a qualidade de trabalho como

retribuição, pois um empregado satisfeito desenvolve-se muito mais que um

insatisfeito e revoltado.

Assim, qualidade de vida do trabalhador, que é uma das dimensões da

Qualidade de Vida, diz respeito a tudo que, de certa forma, envolve o

trabalhador, ou seja, focaliza o potencial humano e os meios que ele convive

na esfera biopsicossocial, trazendo a idéia de humanização e aproximação do

homem com seu trabalho. Nessa abordagem, as organizações levam em

conta que a vida do trabalhador não está condicionada somente ao trabalho,

mas à uma série de outras necessidades que estão foram dele: condições de

moradia, alimentação, saúde, educação, segurança, emprego, etc.

Todas as condições supramencionadas influenciam diretamente no

comprometimento profissional do trabalhador. Uma vez atendidas, elas trazem

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tranqüilidade ao mesmo, caso contrário, isso também afetará de maneira

negativa.

(...) se falamos em qualidade de vida e o foco é o trabalhador certamente não podemos imaginar que seja possível dividi-lo e esperar que o profissional entre na empresa e esqueça seus problemas como o aluguel atrasado, a falta de escola para seus filhos e a insegurança que pode impedi-lo de chegar em casa com a integridade física assegurada. (ARAÚJO et.al, 2007, p.20)

Nesse contexto, observa-se que a adoção de programas de qualidade de vida

por parte da gerência de RH nas organizações proporciona ao indivíduo maior

estabilidade emocional, maior motivação e, consequentemente, maior

eficiência no trabalho. Através desse novo paradigma o gestor deverá atuar no

diagnóstico, implantação de novos processos, novas tecnologias, sempre com

vistas às peculiaridades dos seus funcionários.

Dessa forma, as organizações terão em seu quadro, uma força de trabalho

mais saudável, com menor probabilidade de rotatividade e gastos com saúde.

O equilíbrio entre essas vertentes constitui-se, dessa forma, uma estratégia

para as empresas que buscam o sucesso, pois as mesmas terão a satisfação

de seus funcionários como uma fonte de vantagem competitiva.

Começou-se, assim, a perceber que, a partir dessa mudança de foco dentro

das organizações, poder-se-ia haver melhores conquistas nos espaços do

mercado moderno, bem como significativo aumento do lucro das empresas.

Nas organizações bem sucedidas, já não se fala em administrar ou gerenciar pessoas, pois isso poderia significar que as pessoas são meros agentes passivos e dependentes das decisões vindas de cima. Fala-se em administrar com pessoas, como se elas fossem parceiras do negócio e não elementos estranhos e separados da organização. Isso tem um novo significado. As pessoas em todos os níveis da organização são consideradas os parceiros que condizem os negócios da empresa, utilizam a informação disponível, aplicam seus conhecimentos e habilidades e tomam as decisões adequadas para garantir os resultados desejados. Esse passa a ser o grande diferencial, a vantagem competitiva por meio das pessoas. (CHIAVENATO, 2003: p. 189)

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O trabalhador precisa se sentir parte integrante do processo produtivo. Quando

há um envolvimento dos funcionários com a empresa, quando estes se sentem

valorizados e são vistos como elementos principais para o sucesso da

empresa, eles se tornam mais produtivos, criativos e realmente comprometidos

com o alcance das metas. “A motivação de cada elemento da organização é o

ponto chave para efetivação/operacionalização de programas, projetos,

atividades” (Ribeiro, 2007, p.55)

É neste contexto que entra o Pedagogo como uma figura capaz de promover e

despertar as potencialidades, regatando a auto-estima, a iniciativa e a

autonomia das pessoas envolvidas na organização.

(...) a gestão de pessoas representa a maneira pela qual as organizações procuram lidar com as pessoas trabalhando em conjunto em plena era da informação. Não mais como recursos organizacionais que precisam ser passivamente administrados, mas como seres inteligentes e proativos, capazes de responsabilidade e de iniciativa e dotados de habilidades e de conhecimentos que ajudam a administrar os demais recursos organizacionais inertes e sem vida própria. Não trata mais de administrar pessoas, mas de administrar com as pessoas. (CHIAVENATO, 2003: p. 26)

Por adquirir em sua formação a capacidade de gerir relações humanas, o

Pedagogo poderá auxiliar os funcionários na reflexão de suas práticas dentro

da organização. A partir daí, os mesmos se sentirão mais seguros para a

busca de meios de alcançar melhor o rendimento e o desempenho de seu

trabalho, levando ao desenvolvimento nos âmbitos pessoal e profissional.

Nota-se que, por ser ”empresa”, ela não deixa de ser um ambiente educativo,

pelo contrário, por ter seres humanos em sua composição, a mesma se firma

em um constante processo de aprendizagem. Assim. utilizando-se de seu

aparato teórico e prático nesse espaço criativo e dinâmico, o Pedagogo,

juntamente com as pessoas que compõem a organização, trabalhará em

busca do cumprimento dos objetivos organizacionais e pessoais, visando

sempre o aprimoramento e qualificação desses interesses.

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Considerando-se a empresa como essencialmente um espaço educativo, estruturado como uma associação de pessoas em torno de uma atividade com objetivos específicos e, portanto, como um espaço também aprendente, cabe à Pedagogia a busca de estratégias e metodologias que garantam uma melhor aprendizagem/apropriação de informações e conhecimentos, tendo sempre como pano de fundo a realização de ideais e objetivos precisamente definidos. (RIBEIRO, 2003, p. 10)

Nesse sentido, Ribeiro (2007) destaca algumas competências consideradas

essenciais ao pedagogo na empresa, diante das implicações das novas

organizações:

• Trabalhar em equipe: essa seria a marca das empresas

contemporâneas, pois o Pedagogo precisa aflorar nas pessoas o

conceito de cooperação, fazendo-as perceber que cada um tem a sua

função e que a mesma está entrelaçada à outras da organização.

• Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões: essa não é uma tarefa

fácil. Conduzir uma reunião vai além de distribuir falas aos participantes

ou ter o controle da pauta, significa “dar vida” à equipe que dela

participa. Para que esse trabalho dê certo, é preciso manter a

organização: controlando tumultos, interrupções e o monopólio das

falas, etc.

• Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e

problemas profissionais: um dos problemas que o Pedagogo enfrentará

são as reclamações e insatisfações sobre seu trabalho e sobre a

organização como um todo, o que pode acarretar em perda de

produtividade. Assim, o papel do Pedagogo torna-se essencial no

sentido de previnir conflitos.

Desse modo, o pedagogo, que é um profissional de detém conhecimentos

sobre economia, sociologia, filosofia, psicologia, etc, é capaz de observar e

analisar as verdadeiras deficiências e necessidades de seu ambiente de

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trabalho. Seu desafio não se concentra somente na capacitação de

funcionários, mas, sobretudo, na avaliação constante que permita diagnosticar

as várias possibilidades em função de cada contexto.

O graduando em Pedagogia trabalha com um repertório de informações e habilidades composto por pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, cuja consolidação será proporcionada pelo exercício da profissão, fundamentando-se em interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva e estética. Este repertório deve se constituir por meio de múltiplos olhares, próprios das ciências, das culturas, das artes, da vida cotidiana, que proporcionam leitura das relações sociais e étnico-raciais, também dos processos educativos por estas desencadeados. (BRASIL, 2005, p.06)

Assim, de acordo com Almeida (2006) citado por Ribeiro (2007), em termos de

gestão de pessoas o Pedagogo pode:

• Desenvolver projetos;

• Coordenar equipes multidisciplinares;

• Trabalhar com formas educacionais eficazes que garanta uma

aprendizagem significativa;

• Gerar mudanças culturais na organização;

• Definir políticas que se voltem, permanentemente, para o

desenvolvimento humano;

• Prestar consultoria sobre treinamento e desenvolvimento das pessoas

que trabalham na organização.

Segundo Greco (2005) citado por Silva (2010), a organização contemporânea

precisa de um trabalhador pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com

habilidade para resolução de problemas e tomadas de decisões, capacidade

de trabalho em equipe e que esteja sempre em contato com as rápidas

transformações dos tempos atuais. Dessa forma, na área de Recursos

Humanos, o Pedagogo poderá intervir de forma a estabelecer uma relação

interpessoal saudável, promovendo dinâmicas de grupo, jogos, treinamentos e

desenvolvimentos adequados a cada funcionário ou grupos de funcionários.

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Na empresa, como dito anteriormente, o Pedagogo continua a exercer o seu

papel de educador, não de maneira fechada e aplicando-se técnicas usadas

no contexto escolar, mas ampliando-as e extrapolando-as de modo que os

trabalhadores melhorem suas qualidades pessoais e profissionais.

O Pedagogo Empresarial tem o domínio de conhecimentos, técnicas e práticas que, somadas à experiência dos profissionais de outras áreas, constituem instrumentos importantes para atuação na gestão de pessoas: coordenando equipes multidisciplinares no desenvolvimento de projetos; evidenciando formas educacionais para aprendizagem organizacional significativa e sustentável; gerando mudanças culturais no ambiente de trabalho; na definição de políticas voltadas ao desenvolvimento humano permanente; prestando consultoria interna relacionada ao treinamento e desenvolvimento das pessoas nas organizações. (NOBRE, 2007)

Holterhoff (1989) citado por Ribeiro (2007) diz que o Departamento de

Recursos de uma empresa representa um dos principais responsáveis pelo

aumento da aprendizagem nos outros setores e em seu próprio ambiente de

trabalho. Dessa forma, o Pedagogo seria uma espécie de “assessor para

assuntos de processo de formação e desenvolvimento organizacional que atua

(ele próprio) a partir de critérios estratégicos” (p.32).

Tudo isso requer do Pedagogo perspicácia, observação, envolvimento,

coragem, certas técnicas, ousadia, garra, criatividade e aspiração pela

descoberta dos pontos fracos e fortes dentro da organização. Políticas de RH,

quando sozinhas, não garantem, efetivamente, mudanças, pois o ponto central

está no “elemento humano”. É através desse centro que se torna possível

consolidar planos e projetos estabelecidos pela instituição.

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CONCLUSÃO

Todos os avanços supramencionados têm levado as organizações a

desenvolverem novas formas de gestão com vistas a melhorar o seu

desempenho. Dessa forma, observou-se que o sucesso das mesmas depende,

principalmente, do investimento que se faz nas pessoas que nelas trabalham,

identificando, aproveitando e desenvolvendo seu capital intelectual.

Nota-se, que muito tem sido os esforços no sentido de ultrapassar o antigo

modelo burocrático que estava vigente. Grandes avanços aconteceram, como

a adoção de novas técnicas, descentralização administrativa, etc, mas sabe-se

que há ainda muitos passos a serem dados para que se tenha, efetivamente,

uma organização com altos padrões de qualidade.

Assim, como gestor de RH, o Pedagogo cumpre um importante papel para os

avanços esperados nas organizações, articulando as necessidades

organizacionais às necessidades das pessoas que delas fazem parte. Nesse

sentido, esse profissional traz mudanças que são capazes de favorecer tanto

os funcionários, que quando se sentem motivados e com os conhecimentos

necessários produzem mais e melhor, quanto a empresa em si, que quando se

mantém com pessoas qualificadas, caminha em direção ao sucesso.

Pode-se dizer, dessa forma, que o Profissional Pedagogo traz todo o aparato

necessário, de sua ampla formação acadêmica, para transformar a prática

educativa que se faz presente em vários os espaços extra-escolares. O

mesmo, através de atividades intencionais e eficazes, é capaz de criar

condições metodológicas e organizativas a fim de se alcançar os objetivos da

organização.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

A ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS

HUMANOS: O CONCEITO

10

1.1 Contexto Histórico 11

1.2 A “Administração de Recursos

Humanos” Hoje

16

CAPÍTULO II

A PEDAGOGIA E A FORMAÇÃO DO

PEDAGOGO NO BRASIL: O

CONCEITO

22

2.1 Contexto Histórico 24

2.2 O Pedagogo em espaços não

escolares

29

CAPÍTULO III

O PEDAGOGO COMO GESTOR DE

RECURSOS HUMANOS: SUA

IMPORTÂNCIA

32

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CITADA 40

ÍNDICE 44

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

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Avaliado por: Conceito: