32
MELHORES E PIORES DE 2011

Edição 109

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Os melhores e piores de 2011

Citation preview

Page 1: Edição 109

130.DEZ.2011

melhorese piores

de 2011

Page 2: Edição 109

2

Comerciantesfaturaram menos do que esperavamno Natal

Mudanças na Câmara e na prefeitura, de olho nas eleições

Quer festa? Só no litoral

Um dia na vida de quem foi retirado decasa à força

A última noitada de rock na Estação

Quando o doutor é que fica esperando

Tacadas com estilo na praia

Uma chance para mudar o mundo

O que eles fizeram – oudeixaram de fazer – em 2011

10

11

9

30

Os números do made in Caxias

17 monumentos a um trânsito mais humano

7

8

22

5

6

4

29Fotos: 6: Paulo Pasa, Div./O Caxiense | 5 e 11: Maurício Concatto/O Caxiense

Page 3: Edição 109

330.DEZ.2011

Na edição anterior, a revista O CA-XIENSE revelou o peso da greve dos médicos no dia a dia da população de-pois de percorrer 36 das 38 UBSs da área urbana. Expôs não apenas o problema, mas as dificuldades que emperravam uma solução. A principal delas: a falta de diálogo entre os 2 lados – que a própria prefeitura chegou a classificar, tempos atrás, como o “diálogo do impossível”. A repercussão foi imediata. No Twitter, Fenix da Silveira comentou:

Ainda na sexta-feira (23), dia em que a edição chegou às bancas, Daniel Dal-soto fez sua análise: “Mais uma grande reportagem. Mostra o caos da saúde pú-blica, que muitos tentam esconder. Fica o registro do fato de @ocaxiense sempre ouvir todos os lados. Esta greve tem que acabar!”.

Na terça-feira (27), o inesperado aconteceu. A prefeitura e o Sindicato dos Médicos conseguiram, enfim, dialo-gar, e o pedido de Daniel, que também era nosso e de todos os caxienses, foi atendido: a greve “acabou” – ao menos pelos próximos 11 meses. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) acredita até que a reportagem da revista tenha contribuído para esse desfecho. “Matéria séria e abrangente de @ocaxiense mostrando com dados incontestáveis os prejuízos aos usuários nos 8 meses de greve colaborou para o fim da greve”, disse João Dorlan no Twitter.

Já dissemos, aqui, que os jornais diários cada vez envelhecem mais rápido. As notícias não esperam o tempo de

ser impressas. As revistas semanais têm vantagem nesse aspecto. Produzem reportagens mais aprofundadas, dando aos temas abordagens mais duradouras. No caso da greve dos médicos, porém, os acontecimentos fizeram a revista “ca-ducar” antes do período habitual. Como dar conta disso? Aí entra a agilidade da internet e dos dispositivos móveis, mídias onde O CAXIENSE é diário. No mesmo instante em que o acordo para o fim da greve era assinado, informamos os leitores sobre os termos desse acerto. A notícia estava dada, mas, no jorna-lismo online, isso também não basta. É preciso aprofundá-la, desdobrá-la. Menos de 2 horas após a reunião entre prefeitura e sindicato, O CAXIENSE ouviu o presidente da categoria, Mar-lonei Silveira dos Santos, por telefone. E aí se percebeu que a notícia não era tão boa assim. Marlonei reafirmou que os médicos atuais não vão cumprir sua jornada de 20h semanais. Continuarão atendendo por número de consultas – algumas, como se sabe, feitas em tempo recorde. Além de desmoralizar o acordo recém-firmado, as declarações de Mar-lonei provocam uma reflexão: continuar descumprindo o horário de expediente não é o mesmo que continuar em greve?

Minha opinião: a prefeitura errou. Premiou quem não cumpria suas obriga-ções, criando uma jornada ainda menor para os novos médicos (12h semanais) pelo mesmo salário-base – abrindo caminho para o inevitável pedido de equiparação salarial do quadro atual, que trabalha 20h. E fez isso quando estava muito próxima de obter uma decisão judicial favorável, que declararia ilegal a paralisação dos médicos no início de 2012 – 2 dos 3 votos dos desembarga-dores que analisam o caso no Tribunal de Justiça já foram pronunciados, e são contra a greve. Por quê? Para aliviar a população prejudicada pela deficiência no serviço, com certeza. Mas também – e talvez principalmente – para evitar o desgaste político de conviver com uma greve em ano eleitoral.

Felipe Boff, editor-chefe

DIGA!O pesO da greve | O jOrnalismO Online atualiza O impressO | O errO da prefeitura

Diretor administrativo

Luiz Antônio Boff

Editores-chefes

Felipe Boff Paula Sperb

Editores

Marcelo AramisJaisson Valim

Colunistas

Renato HenrichsRoberto Hunoff

Carol De BarbaRobin Siteneski

Gesiele LordesCaroline Dall’AgnolElisa Rossi KemmerDimas Dal Rosso

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutivos de contas

Pita Loss Suani CampagnolloGustavo Fabião

ASSINATURASAtendimento

Tatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

Redes sociaisTwitter: @ocaxienseFacebook: O Caxiense Revista

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538www.ocaxiense.com.br

Enfim uma reportagem séria e aberta da palhaçada que virou a saúde de Caxias! #muitolegal Parabéns.

Page 4: Edição 109

4

BASTIDORESa rOtina de quem viu a casa cair | a última viagem dO vagãO| a expOrtaçãO de bOns resultadOs | quem ajuda pede ajuda

Os pacientes que exigem paciência

Prefeitura e médicos assinaram nesta semana uma trégua de 11 meses e a greve no Sistema Único de Saúde (SUS) chegou ao fim, mas os problemas nos postos estão longe de acabar. E nem todos são de responsabilidade da Secre-taria da Saúde. Parte é culpa do próprio usuário. Conforme dados de outubro, de cada 100 consultas marcadas com especialistas, 13 não são realizadas pela ausência dos pacientes. Se essa média se repetiu durante o ano inteiro, foram mais de 33 mil procedimentos que deixaram de ser feitos.

Aliada à escassez de profissionais e ao acúmulo da paralisação de 8 meses, a falta de consciência dos usuários contribui para ampliar a agonia na fila de espera – que chega a durar meses, como comprovou a ronda da revista O CAXIENSE pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) publicada na edição passada. Pior para pacientes como Valdir Resende Gonçalves, de 30 anos.

Há 4 meses, ele cumpre uma rotina: comparece até 3 vezes por semana na UBS Fátima Alto, mas nunca consegue uma consulta com um psiquiatra. Sem falar com um profissional, só lhe resta desabafar com outros companheiros de fila.

A espera por atendimento do apo-sentado João Gonçalves Candido, de 63 anos, dura ainda mais. Ele aguardou 2 anos por um diagnóstico neurológico. Após ter realizado os exames, foi ne-cessário esperar mais de 8 meses para que conseguisse mostrá-los ao médico. Quando pensou que o problema seria resolvido, pediram-lhe mais 3 exames. O resultado só saiu com mais um ano de paciência.

O problema se avoluma a cada dia. Numa das unidades com situação mais crítica, o posto de Ana Rech, a pilha de fichas de inscrições por um especialis-ta já ultrapassa os 30 centímetros de altura.

O dESCASO dO USUáriOEm outubro, o Município ofereceu 21.577 consultas, mas só 21.104 acabaram agendadas:

18.320realizadas

2.784não realizadas pelaausência de pacientes

13% dos usuários faltam às consultas agendadas, ampliando o drama da fila de espera nos postos | Maurício Concatto/O Caxiense

Page 5: Edição 109

530.DEZ.2011

... uma família que teve a casa demolida pela prefeitura

Everaldo Quintana | Maurício Concatto/O Caxiense

UM DIA NA vIDA DE...

Depois de perder a casa por conse-quência de uma demolição controversa por parte da prefeitura na metade deste ano, Everaldo Quintana, de 32 anos, tem uma vida complicada. Mas isso não o esmorece: ele mantém a esperan-ça de reaver a moradia.

Em meio a uma briga judicial que ainda não havia se encerrado, o vendedor autônomo perdeu a casa ao lado com outros moradores de uma área irregular no loteamento Altos da Maestra. Com ajuda de associações de bairros, defensoria pública e vereado-res, conseguiu um terreno no bairro Belo Horizonte, onde mora de aluguel.

Viúvo, pai de 3 filhos, narra a seguir a sua rotina:

08:00 Acordo cedo, tomo um banho e prepa-ro o café. Em dias normais, eu preparo os meus 3 filhos – Júlio, Calebe e Davi – e os levo para a escola ou para a psi-cologa, já que eles ficaram com trauma

da demolição da casa, foi ruim para eles. Agora é época de férias, então eu os deixo dormir por mais algumas horas.

09:00Eu faço o serviço de casa, limpo e lavo. Antes eu só a ajudava a minha mulher, mas quando ela morreu eu tomei as rédeas.

11:30Preparo o almoço para todos nós: a comida é boa. Depois de alimentar as crianças, eu as levo para a minha irmã. Ela cuida deles enquanto eu trabalho ou faço outras coisas. Lá eles têm mais liberdade para brincar.

14:00Normalmente é esse o horário em que eu trabalho, vendo perfumes e outras coisas que compro no Paraguai. Eu comecei como vendedor autônomo depois que a minha mulher faleceu,

tive que ficar mais tempo em casa para cuidar dos meninos. Antes disso, eu trabalhava na Agrale como metalúr-gico. Pretendo arrumar um emprego fixo quando os garotos estiverem mais crescidos ou quando conseguir o minha casa própria. No mínimo, uma vez por semana eu passo na Câmara ou falo com o defensor público para ter informações do processo sobre minha casa.

19:00Eu busco os meus filhos na casa da minha irmã. Se é época de aula, tento ajudar os garotos com os temas e traba-lhos de escola. Mais tarde eu preparo a janta e dou banho neles.

23:00Coloco os garotos para dormir. Depois vejo se falta fazer alguma coisa para a casa e vou para a cama. Vou dormir com uma esperança: ter a minha casa própria de volta.

Page 6: Edição 109

6

A última parada do VagãoNoite fria de segunda-feira (26).

Enquanto se escuta o coro das pessoas com os músicos de dentro do bar, uma fila com mais de 200 pessoas aguarda ansiosa para a noite de despedida do point do rock, o Vagão Bar.

Juliano, Fernanda e Cassiano eram os últimos, mas foi por pouco tempo. A cada instante, mais pessoas se juntavam à aglomeração. “Acho que vai empo-brecer muito a cena rock em Caxias” comenta Rogério, frequentador assíduo desde 2002, quando ainda existia o famoso Galeria, primeiro bar de rock na antiga Estação Férrea.

Lá dentro, a festa se mantém anima-da. Cerca de 400 pessoas compartilham um único lugar, e o relógio recém marca 00:20 de terça-feira (27). A festa teve mais de mil nomes na lista.

Frequentadora há pouco tempo, a cantora Ana Jardim se preocupa com o público fiel do bar. “É uma pena fechar. A Estação é um ponto de refe-rência na cidade. Eu espero que abram em outro lugar. Onde o Vagão for, o

público vai atrás”, acredita.A trupe dos “antigos” frequentadores

se une uma última vez na casa, onde até os quadros do Led Zeppelin, The Doors e os eternos e sempre lembrados The Beatles se embalam com as ondas sonoras. Eduardo, Johnatan, Pablo e Taís se reúnem para despedida da casa e do bar. “Quando era adolescente, frequentava o Galeria, e quando ele fechou, a minha tristeza foi muito grande. Sempre disse que bar como aquele não existirá nunca mais. Somos reféns de um lugar, onde só ficam as lembranças”, filosofa Pablo, conhecido como “o professor de Filosofia”.

Taís, a moça dos cabelos de fogo, concorda com os amigos e se mistura com a animação do resto da galera. As horas passam: 2:00. Pela sacada da casa ainda dá para ver os corajosos que permanecem na fila.

Rodas punks se formam nas músicas mais pesadas, mas, para a tranquilida-de do famoso Bira do Vagão, segurança há 2 anos do local, elas ficam somente

nas brincadeiras. “Ao contrário do que muita gente pensa, não dá briga aqui dentro”, assegura Bira.

“O Vagão é o único lugar que aceita todo mundo”, diz Fiu, vocalista da pri-meira banda que subiu no palco do bar em 2007. “O Vagão foi o bar que abriu as portas e acolheu as bandas”.

“Valorizamos o autoral. As bandas precisam de um incentivo, é por isso que o palco sempre esteve aberto”, explica César Casara, um dos proprie-tários. Ele comenta sobre o fecha-mento. “O novo proprietário da casa aumentou o aluguel. Infelizmente seria inviável manter os dois bares. Teríamos que aumentar o valor da entrada e das bebidas. Não seria justo com o público”, explica César, que promete para 2012 o Vagão Bar e o Classic unidos.

A festa continuou. Às 4:00, todos conseguiram entrar. Curtiram a festa até o sol raiar, às 8:00. Na festa, 664 pessoas circularam e 7 bandas de Caxias tocaram. Foi o triste adeus ao Vagão.

Despedida da Estação Férrea lotou o bar mais rock da cidade | Fotos: Paulo Pasa, Divulgação/O Caxiense

Page 7: Edição 109

730.DEZ.2011

BOAGENTE

Mau

ríci

o C

onca

tto/

O C

axie

nse

Ela é mãe de 5 filhos – 2 deles adotados – e já perdeu a conta de quantas crianças ajudou a criar. Ca-xiense, Dolores Machado do Nasci-mento morou uma década no Rio, mas foi na terra natal que começou sua trajetória solidária, aos 18 anos, em 1969. Ela havia desembarcado na Serra para visitar o tio Paulino Soares do Nascimento e acabou fi-cando. Dolores começou a ajudá-lo no albergue noturno mantido pelo Departamento de Assistência e Promoção Social, da Sociedade Es-pírita Amor e Caridade. Na década de 70, o local sofria para atingir o objetivo, o que motivou a criação da Creche da Tia Laura – uma refe-rência a Laura de Assis, criadora a entidade, em 1934.

O espaço já atendeu, simultanea-mente, a 90 crianças de até 5 anos. Hoje, tem autorização para 65 meninos e meninas, mas abriga pouco mais da metade. Cheias de goteiras, 2 das 4 salas de aula estão vazias.

A crise bate à porta da escola infantil. Com o que há no caixa, a creche só consegue funcionar até junho. Faltam padrinhos: a inicia-tiva já contou com 84, mas agora restam apenas 10.

Para apadrinhar uma criança, o interessado pode contribuir com o valor mínimo de R$ 50 por mês ou com a doação de alimentos, além de material didático e peda-gógico. Informações podem ser ob-tidas com Dolores pelo 3225-1500 ou pelo e-mail [email protected].

dolores, a Tia Laura

Caxias exporta o sucessoA indústria caxiense mostra fôlego suficiente para enfrentar

as incertezas da crise internacional. Apesar do impasse europeu, Caxias já conseguiu superar as exportações de 2010, apesar de ainda faltar um mês para fechar a conta. Até novembro, a cifra já atingia U$$ 943 milhões e se aproximava do recorde de 2008, quando o município ultrapassou a barreira do bilhão. Nos 12 meses do ano passado, as vendas para outros países fecharam em US$ 893 milhões.

O sucesso caxiense se explica por razões geográficas. Os princi-pais clientes, que ficam na vizinhança brasileira, sofreram menor impacto com a crise na Europa. Isso alimenta o otimismo para 2012. “Para 2012 esperamos que continue no mesmo ritmo desse ano, a menos que haja uma grande mudança no cenário interna-cional”, avalia a diretora de assuntos internacionais da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), Denise Gallio.

Para ela, os chineses se tornarão nossos principais concor-rentes, porque estão ávidos por compensar as perdas em outros países. Mas Denise aposta na força local. “Mesmo que a China venha buscar o nosso mercado, nós temos vantagens em relação aos nossos compradores, que são a proximidade geográfica e afinidades culturais”, observa.

Radiografia da exportaçãoEVOLUçãOO crescimento caxiense em 10 anos (em US$):

OS CAMPEõESOs produtos que Caxias mais exportou em 2011:

OS PriNCiPAiS dESTiNOSA participação dos principais países queimportam produtos de Caxias:

Argentina Chile Holanda MéxicoEstados Unidos

2002200320042005200620072008200920102011*

352.629.563408.255.113

564.255.316738.488.569

789.942.185980.863.703

1.096.318.479632.190.853

893.042.755943.030.602

13,51% 11,26% 9,06% 6,63% 5,37%

5,6% 5%

Carrocerias Reboques para transporte de mercadorias

Guarnições para freio

Veículos para até10 pessoas

Congelados

*até novembro

Page 8: Edição 109

8

CAMPUS Os vestibulandos contam com

uma nova oportunidade de ingres-sar na Universidade de Caxias do Sul (UCS). Depois do vestibular de verão, que ocorreu no início des-te mês, a instituição agora abre o processo seletivo para os cursos de graduação em tecnologias ou licen-ciaturas à distância.

No campus universitário, os estu-dantes têm a chance de concorrer a uma vaga para Polímeros, Proces-sos Gerenciais, Produção de Vestu-ário, Secretariado e Sistemas para Internet. No ensino a distância, a instituição oferece ainda Marke-ting, Gestão de Recursos Humanos, Processos Gerenciais e Pedagogia.

As inscrições, por R$ 30, ocor-rem entre 9 de janeiro e 10 de feve-reiro pelo site www.ucs.br. A prova será no dia 14 de fevereiro.

+ VESTIBULARESAnhangueraA unidade de Caxias se prepara para o ves-tibular agendado nos dias 5, 6 e 7 de janeiro. As inscrições podem ser feitas até a véspera, por R$ 25.

FtecEngenharia Civil, Design de Moda e Admi-nistração são 3 das 20 opções do vestibulan-do. As provas ocorrem no dia 11 de janeiro. A inscrição custa R$ 25.

Faculdade dos imigrantesA instituição oferece vestibular agendado, com provas todas às quinta-feiras. Econo-mia e Design de Interiores são algumas das opções. A inscrição custa R$ 20.

Faculdade da América LatinaAdministração, Ciência Política, Design, Jornalismo e Relações Internacionais são os 5 cursos oferecidos no vestibular 2012. As inscrições podem ser feitas entre o dia 2 de janeiro a 7 de fevereiro pelo site www.americalatina.edu.br, ou na própria instituição até dia 8.

Faculdade da Serra Gaúcha A instituição oferece curso de pós-gradu-ação para 2012. Profissionais que buscam desenvolvimento nas áreas de liderança po-dem se matricular a partir de 20 de fevereiro no MBA em Gestão Integrada da Comuni-cação (Corporativa e Pessoal). O início das aulas é no dia 5 de março.

ANHANGUERA: SINIMBU, 2.590, SÂO PE-LEGRINO, 3223-3910. FACULDADE AMÉ-RICA LATINA: MARECHAL FLORIANO, 889, 3022-8600. FAI: SINIMBU, 1.670, CENTRO, 3028-7007. FTEC: GUSTAVO RAMOS SEH-BE, 107, CINQUENTENÁRIO, 3027-1300. UCS: FRANCISCO GETúLIO VARGAS, 1.130, PETRÓPOLIS, 3218-2800.

Nova chance para entrar na UCS

Por um trânsito melhor

Mau

ríci

o C

onca

tto/

O C

axie

nse

O uso tímido nos 10 primeiros dias dos bicicletários – instala-dos pela Visate nos 17 postos Ditrento da cidade – não ofusca a importância da iniciativa. A estrutura amarela de ferro se tornou um marco, um monumento para um trânsito melhor em Caxias.

A adesão reduzida já era esperada. Como o município se es-vaziou com as comemorações de fim de ano, os ciclistas também escassearam nas ruas. A previsão é de que o movimento se inten-sifique a partir de fevereiro. Afinal, para usar uma das 3 vagas de cada bicicletário, não precisa nem pagar estacionamento rotativo. Mesmo que eles estejam instalados em locais cobertos e vigiados pelos frentistas, sua utilização é gratuita. Basta levar a corrente.

Vamos pedalar?

“Vai continuar a mesma coisa: atendendo os 16 pacientes e saindo. Vão continuar o que vêm fazendo há 20 anos.”

“Você perde mulher, fica viúvo. Perde pai, fica órfão. Perde filho, você fica o quê? Não tem palavra para definir. Fica louco.”

Marlonei Silveira dos Santos, presidente do Sindicato dos Médicos, confirmando que a categoria continuará descumprindo a carga horária de 20 horas semanais.

Carlinhos de Jesus, coreógrafo, sobre o drama de perder o filho à revista QUEM. Ele soube do assassinato em Caxias.

Page 9: Edição 109

930.DEZ.2011

rObertO HunOff

Nos supermercados gaúchos as vendas ficaram acima das expec-tativas. O setor esperava aumento de 8%, mas ele chegou a 12%, de acordo com dados da Associa-ção Gaúcha de Supermercados. Destaque para as vendas de re-frigerantes e cervejas, com alta

de 30%, e das frutas secas, como castanhas e ameixas, com 40%. As aves natalinas registraram in-cremento 20%. Chamou atenção a grande procura por bombons e sorvetes, que se transformaram na sobremesa preferida dos gaú-chos.

Assim como no domingo passado, o comércio, incluindo os supermercados, não fun-cionará no dia 1º de janeiro. Faz parte do acordo coletivo das categorias. O presidente do Sindicato do Comércio de Gêneros Alimentícios, Jor-ge Salvador, recomenda que aqueles que viajarem ao litoral façam suas compras por aqui para evitar filas e aproveitar as promoções programadas pela maioria dos 1,4 estabelecimen-tos da Serra.

A Caixa Econômica Federal confirma a abertura de duas novas agências neste ano, atin-gindo a marca de 10 unidades. A oitava agência foi inaugura-da esta semana na Avenida Ru-bem Bento Alves, próximo ao entroncamento com a BR-116, no Bairro De Lazzer.

O Sescon-Serra Gaúcha e a Lefan formaram a terceira tur-ma de 23 jovens que participa-ram do curso de Departamento Fiscal. A iniciativa integra o Projeto Capacitar, que visa à formação de jovens em vulne-rabilidade social para o merca-do contábil. O curso também surgiu como forma de suprir a demanda de mão de obra qua-lificada para atuar no departa-mento fiscal dos escritórios de contabilidade. Em três edições já foram formados mais de 100 jovens.

Mais preocupante é a alta na inadimplência. Ela cresceu, em valores, 20% na comparação com o final de outubro, atin-gindo R$ 34,5 milhões. Já o nú-mero de inadimplentes, agora de 68 mil, aumentou 2%. Sinal de que são prestações mais ele-vadas, possivelmente envolven-do veículos, eletrodomésticos e até a casa própria.

As vendas no San Pelegrino Shopping Mall aumentaram 19% no Natal na comparação com a mesma data de 2010. Os segmen-tos de cosméticos e perfumaria tiveram 32% de participação nas vendas do shopping, enquanto a telefonia móvel registrou 23%. O segmento de brinquedos contabi-

lizou 19% e os eletroeletrônicos, 13%. O shopping apurou cresci-mento de 35% no movimento de pessoas. É preciso considerar que no ano passado o shopping abriu em novembro, com número de lojas inferior ao atual de 115. Só em dezembro, 8 novas unidades entraram em funcionamento.

Não há como negar que o bra-sileiro dá sinais de que está preo-cupado com os efeitos da crise fi-nanceira mundial. O mais recente sintoma é o volume de compras no Natal, que ficou abaixo das es-timativas do varejo. O crescimen-to médio nacional foi de 2,33% para uma expectativa de 8% da Confederação Nacional dos Diri-gentes Lojistas. As razões aponta-

das: alto nível de endividamento das famílias brasileiras e elevação da inadimplência. Embora de for-ma menos crítica, o quadro se re-petiu em Caxias do Sul. As vendas sobre o Natal de 2010 cresceram 6%, puxadas por eletrodomésti-cos, favorecidos pela redução do IPI. Já o segmento de vestuário, que já vinha mal durante o ano, fechou no vermelho.

Ocupando espaços

Agências

Qualificação

Precaução

Fechados

Em alta

Endividamento

Ana

hi F

ros,D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

Nova chance para entrar na UCS

Page 10: Edição 109

10

Até a quinta-feira (28) não ha-via confirmação de reajuste nas tarifas dos pedágios das rodo-vias concedidas do Rio Grande do Sul, mas ele deverá acontecer em janeiro.

Ainda no início de dezembro, o consórcio Univias protocolou tanto no Daer quanto na Ager-gs pedido de aumento, “a fim de restabelecer as perdas com o ín-dice de inflação do período”. O último reajuste foi há 2 anos.

O único polo rodoviário que terá mudança imediata no valor de tarifa é o de Gramado. Para carros de passeio, o pedágio será de R$ 7,50, a partir deste do-mingo, 1º de janeiro.

No Polo de Caxias, quando for autorizado o aumento, o va-lor do pedágio em praças como a de Farroupilha e de Vila Cris-tina poderá chegar a R$ 6,70. A projeção é do presidente da Associação dos Usuários de Ro-dovias Pedagiadas da Serra (As-surcon-Serra), Paulo Schneider.

O governo do Estado acena com o cumprimento de promes-sa de campanha de não manter o atual regime de concessões de rodovias.

Vai lançar nos primeiros dias de janeiro edital para contra-tação de uma empresa de con-sultoria a ser encarregada de promover uma devassa no mo-delo em vigor no Estado. Um dos objetivos: apurar o valor da dívida do Estado para com as concessionárias prejudicadas com o sempre lembrado dese-quilíbrio econômico-financeiro da atividade.

A futura presidente Geni Pete-ffi (PMDB) convidou o advogado Daiton Fonseca para ocupar a direção-geral da Câmara de Ve-readores. Ele atua no momento como assessor técnico da Comis-são de Orçamento. Na direção-

geral do Legislativo, Daiton seria CC-9, com 100% de verba de re-presentação.

Lembrada por muitos para o cargo, Tânia Fochesato permane-cerá na assessoria da bancada do PMDB.

Com a autorização concedida pelo Daer, a prefeitura pretende introduzir melhorias no trecho urbano da BR-116.

Técnicos da Secretaria Muni-

cipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade sonham com a cons-trução de uma elevada de acesso ao bairro Serrano, na altura da Brasdiesel.

O prefeito José Ivo Sartori de-verá conversar na próxima se-mana com o agora ex-vereador Edio Elói Frizzo (PSB). Até como reconhecimento ao trabalho feito por Frizzo na Câmara e também à competência administrativa e política do socialista, o prefeito deverá lhe oferecer uma secretaria municipal.

Nos corredores da prefeitura fa-la-se na Secretaria de Obras ou de Planejamento. O titular atual da escolhida seria remanejado para uma diretoria da Codeca.

Exemplo que poderia ser ado-tado por Caxias do Sul: a prefei-tura de Novo Hamburgo proibiu a atuação de guardadores de car-ros – por “exploração indevida do espaço público”.

Aqueles que viviam desse tipo de expediente nas ruas daquela cidade serão encaminhados para cursos profissionalizantes e, após, deverão estar aptos ao mercado de trabalho formal.

Com o término oficial do man-dato de Milton Corlatti à frente da CIC neste sábado (31), ganha força a articulação do chamado G-6 para a viabilização da candi-datura do empresário à prefeitura

de Caxias do Sul.Integrantes do governo Sartori,

dirigentes do DEM, PSC, PHS, PMN, PV e PR buscam agora a adesão de novos partidos. Ao PP, já foi oferecida a vaga de vice.

reconhecimento pelo trabalho

Não à exploração

Cargos da Câmara

Melhorias municipais

Aumentono pedágio

Exceção à regra

devassa nomodelo

Candidatura

Mau

ríci

o C

onca

tto/

O C

axie

nse

renatO HenricHs

PLENARIO

Page 11: Edição 109

1130.DEZ.2011

Aumentono pedágio

devassa nomodelo

2011: PARA

LEMBRARE PARA

ESqUECERUma lista do que foi destaque, para o bem ou para

o mal, durante o ano: o que se disse, se fez ou se deixou de fazer em Caxias do Sul

por Carol De Barba

Page 12: Edição 109

12

FrEi

JAiM

EPA

ULO

GAr

GiO

Ni

ZÉ d

O r

iO

TiO dA CASQUiNHA

FUCk YEAH COLUNA SOCiAL

Bem ou mal, os 5 escolhidos deste ranking deram o que falar em 2011. O campeão deixou saudades. O se-gundo, em compensação, há quem diga que já foi tarde. O terceiro falou tanto que virou filme. O quarto fala de Deus na missa, nos negócios, em livro e nas redes sociais. Sobre o quinto, não basta falar: é preciso neologizar.

Foi um dia triste para todos que já saíram correndo do colégio com dinheiro contado na mão para encontrar o senhor magrinho, com uma longa barba grisalha e um carrinho cheio de delícias. Um dos personagens mais queridos da cidade e uma lenda do comér-cio ambulante, Ruy da Silva Peres, o Tio da Casquinha, morreu em 25 de outubro, aos 77 anos, por complicações da doença que o fizera largar o ofício 8 meses antes, o Alzhei-mer. Coube a um dos netos de Ruy, Patric de Oliveira Peres, de 19 anos, manter viva a tra-dição. Virou o Moço da Casquinha.

“Porque a sociedade caxiense merece uma legenda à sua altura!”, di-zia o slogan do site Fuck Yeah Coluna Social, que causou polêmica em 2011 entre os habitués dos eventos sociais da Pérola das Colônias. A paródia não só criava novas legendas como fazia fotomontagens, vídeos e piadinhas – engraçadas para alguns, maldosas para outros – com as fotos publicadas na coluna de João Pulita, do jornal Pioneiro. O CA-XIENSE chegou a entrevistá-lo na edição 70, por e-mail, sem descobrir sua identidade secreta. No dia 28 de abril, quase 3 meses após entrar no ar, o FYCS encerrou suas atividades, pedindo que seus seguidores fizessem doações para a Soama e deixando um recado: “Somos uma ci-dade cheia de pessoas jovens e criativas. Basta pensarmos dessa forma e novas ideias vão surgir por aí, seja para divertir, seja para informar, seja para contestar.” Para matar a saudade de quem o amava ou atormentar quem o odiava, porém, o Fuck Yeah ainda dá as caras ocasionalmente no Twitter – e teve algumas recaídas em novo site, hospedado no Yahoo!.

José de Oliveira Luiz, o Zé do Rio, fez de quase tudo na vida – é escritor, pintor, já foi ator, fotógrafo, vendedor e um dos fundadores locais do Parti-do dos Trabalhadores (PT), do qual se desfiliou –, mas sua especialidade é a verborragia, em manifestações, audiências públicas, eventos cultu-rais ou qualquer outro lugar onde enxergue a oportunidade de encaixar nas falas poemas ou explicações de por que o senso comum está errado – ou seja, todos estão errados. Em 2011, a figurinha tarimbada virou fil-me, produzido pela Spaghetti Filmes, com título mais do que apropriado: Deixa o Zé falar.

Frei Jaime foi fenômeno de público e vendas em 2011. Não bastasse o sucesso nas redes sociais – ele tem 962 seguidores no Twitter (até a

tarde de quarta-feira, 28), 3 perfis (sendo 2 lotados e ou-tro com 73 amigos) e uma fan page com 494 “curtir” no Facebook –, o novo livro de Frei Jaime, Fazer o Bem, con-seguiu um feito inédito: ultra-passou a Bíblia e foi o mais vendido da 27ª Feira do Livro.

Paulo Gargioni, um dos mais importantes colunistas sociais de Caxias do Sul, vol-tou à cidade em 2011, depois de 2 décadas morando em Maceió, Alagoas. Para marcar o retorno, festejou seu aniver-sário de 69 anos em “chique-tíssimo” estilo, reunindo as damas da sociedade em um chá inspirado no casamento real britânico.

1

2

3

4

5

Mau

ríci

o Co

ncat

to/O

Cax

iens

e

And

ré T

. Sus

in, A

rqui

vo/O

Cax

iens

e

Luci

ana

Lain

/O C

axie

nse

PERSONAGENS

Page 13: Edição 109

1330.DEZ.2011

FR

ASE

SA frase campeã de 2011 não poderia ter outro

autor senão o polêmico presidente do Sindicato

dos Médicos, que produ-ziu farpas em abundância

ao longo do ano – com uma franqueza que chega

a doer. No Legislativo, os debates foram quen-

tes, mas algumas das melhores frases foram ditas fora do plenário.

1

2 3

4 5

“Hipócrates nunca atendeu pelo SUS”

“Se Cristo estivesse aqui, utilizaria o Facebook e essas redes todas”

“É uma diarreialegislativa”

“Não queremos fazer barraco, só queremos ver as notas”

“Esta Câmara deve consultar urgentemente um otorrinolaringolo-gista”

Marlonei Silveira dos Santos, presidente do Sindica-to dos Médicos, sobre as críticas de que a greve estaria em desacordo com o juramento da profissão.

Frei Jaime Bettega, administrador e cam-peão de vendas na 27ª Feira do Livro e de amigos nas redes sociais

Vereador Daniel Guerra (PSDB), criticando o grande volume de projetos que, segundo ele, não transformam a vida da população – um dos motivos para ter votado contra o aumen-to de vagas na Câmara

Carla Brandalise, embai-xatriz da Festa da Uva 2012, explicando as razões da mar-cha das candidatas derrotadas até a Réplica 4 dos Pavilhões, dois dias após a escolha das soberanas

Ex-vereador Harty Moisés Paese (PDT), meses antes de renunciar ao mandato por ter apresentado atestados médicos falsos, afirman-do que a Câmara não ouviu a população ao aprovar o aumento de vereadores

And

ré T

. Sus

in, A

rqui

vo/O

Cax

iens

eM

aurí

cio

Conc

atto

/O C

axie

nse

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível1ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul.

Prazo: 20 (vinte) dias. Natureza: Declaratória Processo: 010/1.09.0004217-9 (CNJ:.0042171-68.2009.8.21.0010). Autor: André Modena. Réu: Minetto Utilidades Domésticas Ltda. e Banco do Brasil S/A. Objeto: citação de Minetto Utilidades Domésticas Ltda., atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no prazo de quinze (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, a presente ação, ciente de que, em não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial.

Caxias do Sul, 14 de novembro de 2011. SERVIDOR: Miriam Buchebuan Lima, Ajudante Substituta.

JUIZ: Daniel Henrique Dummer.

1330.DEZ.2011

PERSONAGENS

Page 14: Edição 109

14

POLEMICASA maior polêmica de 2011 passou longe da política. Desembarcou nos Pavilhões, logo após a escolha de

Roberta Veber Toscan como rainha da Festa da Uva, e se alastrou pelas redes sociais. As manifestações dos leitores – a favor e contra – foram tantas que o site de O CAXIENSE chegou a sair do ar temporariamen-te por excesso de comentários postados simultaneamente. As outras 4 questões da lista ficaram atrás em termos de repercussão, mas, se o critério fosse apenas a relevância, certamente estariam na frente.

Pela primeira vez em 25 reinados, os súditos, ou melhor, as súditas se rebelaram contra o processo que es-colhe a rainha da Festa da Uva. Dois dias após a escolha do trio sobera-no, 10 embaixatrizes foram aos Pa-vilhões, na Casa 4 da Réplica, para pressionar a organização a divulgar as notas de todas as participantes do concurso. O movimento chegou a ser levado à Justiça – onde não avan-çou –, entidades que apoiaram as descontentes lamentaram a atitude e as únicas notas divulgadas foram da Comissão Comunitária da Festa, afirmando que “nessa construção há etapas não comparáveis aos proce-dimentos ordinários de outras ativi-dades. No intuito de trabalhar para a elevação e preservação da imagem da cidade de Caxias do Sul perante outras comunidades, estados e país, informamos que as notas das can-didatas não serão divulgadas” e das próprias embaixatrizes insatisfeitas, argumentando que “aceitaram parti-cipar da Festa da Uva independente do resultado. Por esta razão, não es-tamos questionando a escolha rea-lizada, mas sim a transparência do processo, socializando com a comu-nidade o que entendemos como uma construção coletiva e, portanto, de ca-ráter público”.

EMBA

iXAT

riZE

S X

FEST

A d

A U

VA

1M

aurí

cio

Conc

atto

/O C

axie

nse

Page 15: Edição 109

1530.DEZ.2011

POLEMICAS

Depois de 8 meses castigando os usuários do SUS em Caxias, o desfe-cho foi até inesperado. Na última se-mana do ano, os médicos suspende-ram a greve – até depois das eleições de 2012. Em troca, ganharam um bô-nus de cerca de R$ 200 por plantões em feriados e domingos, redução da carga horária para os novos contra-tados (de 20h para 12h semanais) e devolução de valores descontados dos grevistas. Os problemas, porém, estão longe de acabar: o presidente do Sindicato dos Médicos já avisou que eles não vão cumprir os horários, mas apenas um número determinado de consultas. “Vai continuar a mesma coisa: atendendo os 16 pacientes e saindo”, disse Marlonei Silveira dos Santos na terça (27), logo depois de assinar o acordo com a prefeitura. Na edição anterior, a revista O CAXIEN-SE mostrou que pelo menos 15 UBSs estavam sendo diretamente afetadas pela greve, que no auge, em junho, chegou a derrubar 76% dos atendi-mentos.

O público lotou o plenário – algo que raramente acontece –, munido de carta-zes de protesto e narizes de palhaço. Os parlamentares bateram mais boca do que o normal e o tumulto levou à suspensão do debate por 2 vezes. Assim foi a sessão que aprovou, por 14 votos a 3, o aumen-to de 6 vagas no Legislativo caxiense – de 17, passaremos a ter 23 vereadores depois das eleições de 2012. Na prática, isso deve custar R$ 1,5 milhão a mais por ano para a Casa do Povo. Na teoria, pelo menos por enquanto, quem votou a favor defende o ganho da sociedade caxiense em repre-sentatividade.

Entre fevereiro e março de 2011, a prefeitura quase trocou um modelo de política de saúde mental referência no Estado e elogiado por usuários e profissionais da área para voltar ao período pré-Lei Antimanicomial. Se a proposta da Secretaria de Saúde – criar um residencial terapêutico no bairro São Ciro para abrigar pessoas com deficiência mental, colocando-as no mesmo complexo com dependentes químicos – não tivesse sido rejeitada por unanimidade em reunião do Conselho Municipal de Saúde, hoje os doentes viveriam em um prédio afas-tado, que os privaria de um dos principais elementos que garantem a evolução dos tratamentos: a convivência direta em sociedade, com acesso imediato à rua e a estabelecimentos comerciais – um contato que os permite levar a vida da forma mais normal possível. O complexo, gerido pela Associação Cultural Virvi Ramos, passou a funcionar, mas apenas para dependentes químicos.

No início de novembro, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a prática de diri-gir alcoolizado em todo o país. Desde então, a fiscaliza-ção de trânsito e as polícias rodoviárias aumentaram o cerco, multando e recolhendo a carteira de habilitação de centenas de motoristas que ultrapassaram as 0,33 mg/l de álcool por litro de ar expelido no teste do ba-fômetro. O aumento das blitze trouxe, no entanto, um alerta que vem causando transtorno às autoridades: perfis no Twitter que alertam os motoristas dos locais onde há fiscalização. O diretor de trânsito e mobilida-de da Secretaria Municipal de Trânsito, Jorge Catus-so, condena a ação dos autores e colaboradores desses perfis, mas admite que é difícil tomar medidas legais. “Temos conhecimento do perfil, mas fica difícil tomar providências pela falta de informação”, salienta, uma vez que o Twitter permite o anonimato do usuário.

GrEVE dOS MÉdiCOS

AUMENTO dO NúMErO dE VErEAdOrES

SErViçO rESidENCiAL TErAPêUTiCO

LEi SECA

2

3

5

4

Foto

s: M

aurí

cio

Con

catt

o/O

Cax

iens

e

Page 16: Edição 109

16

PROMESSASSe a esperança é a última que morre, este é o Top 5 dos sobreviventes, para marcar no calendário e levar na

agenda: as obras que, de acordo com seus responsáveis, ficam prontas no ano que vem. Na lista, tem projeto completando 3 anos no papel – e alguns que sofrem para ganhar impulso até no papel, como o trem regional.

SOM

& L

UZ

O governador Tarso Genro anunciou Caxias do Sul como sede do novo Aeroporto Regional da Serra no dia 19 de maio de 2011. Mas o decreto que declara a área de utilidade pública, para fins de desapropriação, só foi assinado por Sartori em novembro. O terreno de 445,69 hectares, locali-zado em Vila Oliva, já está gravado no Plano Di-retor Municipal desde 2007. No mesmo mês, em audiência na Assembleia Legislativa, o diretor do Departamento Aeroportuário (DAP), Roberto Carvalho Neto, prometeu encaminhar a licitação para o novo aeroporto em 2012.

O primeiro passo foi dado: em 2011, a Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul (UFR-GS) confirmou interesse em instalar uma exten-são na Serra até 2013 – promessa obtida pelo deputado federal Assis Melo (PC do B). Agora, falta o segundo: trazê-la para Caxias do Sul. É o que mobiliza a Comissão Pró-Universidade Pú-blica da Câmara de Vereadores, que reuniu 1,5 mil pessoas em audiência pública, em setembro, para reivindicar que o campus seja na cidade. O vice-reitor da UFRGS, Rui Oppermann, já dis-se que o desenvolvimento caxiense representa vantagem competitiva e que o objetivo é trazer cursos cuja demanda seja deficiente por aqui. De acordo com o vereador Vinícius Ribeiro (PDT), presidente da comissão, a UFRGS soli-citou relatórios para 2 tipos de núcleo e aguarda dados dos outros municípios no páreo – Bento e Veranópolis – para encaminhar a decisão, que deve sair em 2012.

A passarela de pedestres no bairro São Ciro, próximo à Agrale e à Escola Estadual de Ensi-no Fundamental Erico Verissimo, era para estar pronta em novembro de 2011, mas parou no co-mecinho das obras – que já tinham começado com um mês de atraso, em julho. O motivo é o solo frágil, que exigiu nova licitação (aberta no final de dezembro) para contratar uma empresa que construirá fundações especiais e remanejará a estação de gás natural da Agrale.

Esta é a primeira promessa que o leitor pode co-brar em 2012: a reforma no espaço que abriga o espetáculo Som & Luz deve ser concluída até o fim de janeiro. As obras no local que abriga uma das principais atrações da Festa da Uva, de respon-sabilidade da Secretaria Municipal do Turismo, duraram quase 3 anos, entre complicações com licitações e atrasos na construção – o que fez com que a tradicional atração ficasse de fora da festa em 2010.

Mais uma promessa para ser cobrada assim que o ano virar. O projeto de trem regional, que vem desde as administrações do PT na cidade, teve, enfim, uma novidade. Em abril, o Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da UFSC con-cluiu e encaminhou ao Ministério dos Transpor-tes a primeira versão estudo de viabilidade. Nessa proposta inicial – que poderá sofrer mudanças – o trem passaria por 5 cidades (Caxias, Farroupilha, Garibaldi, Bento Gonçalves e Carlos Barbosa), so-bre o antigo traçado. O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, prometeu uma resposta para o início de 2012, no máximo.

AErOPOrTO EM ViLA OLiVA

UFrGS EM CAXiAS

PASSArELA NA Br-116

TrEM rEGiONAL

1

2

3

4

5

Foto

s: M

aurí

cio

Conc

atto

/O C

axie

nse

Page 17: Edição 109

1730.DEZ.2011

ESCANDALOSDenúncias atingiram a prefeitura e a Câmara de Vereadores em 2011, causando baixas. Nada que se

compare, porém, à dor de uma família que perdeu a mãe por descuido do poder público no que deveria ser o simples corte de uma árvore. Nos principais escândalos do ano, uma renúncia, uma exoneração e uma palavra que deveria ter sido mais aplicada: investigação. A contratação de parentes de funcionários públicos, por exemplo, não constrangeu a prefeitura a abrir sindicâncias.

Após presidir a Câmara de Vereadores em 2010, o jovem líder pedetista Harty Moisés Paese começou 2011 faltando às sessões legislativas. Ao todo, foram 65 ausências e 3 licenças de 30 dias consecutivas. O maior problema: 3 faltas foram justificadas com atestados médicos falsos. A denúncia estourou em outubro, quando ele também admitiu publicamente ser usuário de dro-gas. Investigado pela polícia e pela Câmara, por causa dos atestados, Paese renunciou no dia 28 de novembro. Horas depois, foi flagrado pela BM com 7 papelotes de cocaína em um táxi. Mesmo com a renúncia, Paese não se livrou da ameaça de cassação, que pode deixá-lo inelegível.

1M

aurí

cio

Conc

atto

/O C

axie

nse

Naquela manhã de sábado, no final de agosto, enquanto tomavam café da manhã juntos, Áurea Maria Teixeira, 48 anos, e o filho Matheus Dall Agnol, combinaram de sair à tarde. Estranharam o movimento de uma equipe da Se-cretaria Municipal do Meio Ambiente cortando uma árvore de 40 metros em frente à casa deles, mas não se preocuparam. Minutos depois, o eucalipto cai-ria sobre a residência e mataria Áurea na hora. Em outubro, após 2 meses de indignação dos filhos – que chegaram a tentar entregar um “manual” feito a mão sobre como podar uma árvore ao secretário municipal do Meio Ambien-te, Adelino Teles –, um inquérito foi encaminhado ao Judiciário indiciando 2 pessoas diretamente ligadas ao corte da árvore.

A regra não é clara e deu o que falar em 2011: o artigo 106 da Lei Orgânica Munici-pal proíbe a contratação de pessoas ligadas a servidores municipais por “matrimô-nio ou parentesco, afim ou consanguíneo, até terceiro grau inclusive”, mas deixa uma brecha, em parágrafo único: “Não se incluem nesta proibição os contratos cujas cláusulas e condições sejam uniformes para todos os in-teressados”. Três casos do gênero foram denunciados neste ano. Na FAS, a empre-sa do filho da presidente é contratada. Na Secretaria de Obras, é a empresa do mari-do de uma funcionária. E na Semtur, a mulher e a cunha-da de um CC. A prefeitura não abriu sindicância em ne-nhum dos casos.

Em janeiro de 2011, O CAXIENSE denunciou com exclusividade uma série de irregularidades no progra-ma Minha Casa, Minha Vida em Caxias. Os imóveis eram vendidos acima do valor má-ximo de financiamento com pagamento de quantia extra, “por fora”, às imobiliárias ou construtoras responsáveis. Algumas, inclusive, incen-tivavam os beneficiários a revender ou alugar suas moradias, o que é ilegal. Em março, o Ministério das Cidades e a Caixa assegura-ram, em nota conjunta, que investigariam os problemas, remetendo o assunto à Polí-cia Federal. Prefeitura e Pro-con admitiram não fiscalizar irregularidades. Até o fim de 2011, ninguém havia sido responsabilizado.

Em março de 2011, o ex-secretário da Habitação e en-tão diretor da Secretaria Mu-nicipal de Obras e Serviços Públicos, Francisco Rech, solicitou seu desligamento da administração. Rech é sócio da Imobiliária Itaperu, que comercializava imóveis do residencial Puerto Vallar-ta, conjunto habitacional fi-nanciado pelo Minha Casa, Minha Vida (olha ele aqui de novo). O prédio estava sendo erguido com 2 andares a mais do que o projeto aprovado e foi interditado e embargado a pedido do Departamen-to Aeroportuário do Estado (DAP) por representar risco ao funcionamento do Aero-porto Hugo Cantergiani. Em abril, a incorporadora proto-colou novo projeto, ajustada às regras.

dErrUBAdA dE árVOrE MATA MOrAdOrA

A rENúNCiA dE PAESE

PArE

NTE

S N

O S

ErVi

çO P

úBL

iCO

TrAP

AçAS

NO

FiN

ANCi

AMEN

TO

A Q

UEd

A d

E Fr

ANCi

SCO

rEC

H

2

3 4 5M

aurí

cio

Conc

atto

/O C

axie

nsePASSArELA NA Br-116

TrEM rEGiONAL

Page 18: Edição 109

18

ECO

NO

MIA

O ano come-çou promissor, com uma ótima safra de uva, mas acabou com um drama para os agricultores: uma tempestade de granizo destruiu centenas de pro-priedades. Apesar da crise da mão de obra, temos a melhor empresa brasileira do setor da autoindústria e comemoramos a chegada de uma nova com-panhia aérea.

Nunca na história desta cidade se viu tantos prédios e casas em construção. Em 2010, registros da Secretaria de Urbanismo mostraram que Caxias ultrapassou a marca histórica de 1 milhão de m² liberados para se tornarem canteiros de obras. Em 2011, a previsão é que esse indicador seja 20% superior. Com ritmo tão intenso, no entanto, a construção civil não escapou do número 1 deste Top 5 – recrutou mulheres para pôr a mão na massa, por exemplo. O lado ruim da boa notícia: os acidentes de trabalho também aumentaram muito.

No dia 14 de dezembro, o interior da Serra foi arrasado por uma tempestade de granizo que deve prejudicar não só esta mas as próximas 3 safras dos produtores atingidos. A Emater apontou um preju-ízo de R$ 18,5 milhões nos 880 hectares destruídos pelo gelo. O prefeito José Ivo Sartori (PMDB) de-cretou situação de emergência em Caxias do Sul, o que pode garantir aos produtores de 219 proprieda-des auxílio do poder público.

Depois de uma safra ruim em 2010, agoura-da por um fungo apro-priadamente chamado podridão amarga, os agricultores da região comemoraram a vindi-ma da recuperação em 2011. Além da quan-tidade – foram 60 mil toneladas a mais –, a qualidade das uvas foi considerada excelente. Em 2010, a média de graduação de açúcar da safra chegou a apenas 13,5 graus. Em 2011, o índice subiu para a casa dos 15 graus.

Depois de muito prometer, a Azul Linhas Aéreas finalmente chegou em Caxias no início do mês de novembro, logo após ao término das reformas das salas de embarque e desembarque, e o balanço desses quase 2 meses de operação é bastante positivo. O movimento do Aeroporto Regional de Caxias do Sul Hugo Cantergiani aumentou 43% em um mês. A média mensal de passageiros subiu de 13,4 mil para 19,1 mil pessoas. A companhia tem um voo com destino ao Aeroporto de Campinas. A concorrente Gol oferece 3 destinos – Congonhas, Guarulhos e Curitiba.

Em janeiro, já se constatava: sobravam vagas e faltava mão de obra qualificada em Caxias. Ao longo do ano, o avanço da economia só aumentou fez a lacuna crescer. Em maio, espe-cialistas afirmavam que, em seus mais de 130 anos de história, a região jamais convivera com a realidade agora estabelecida: os trabalhadores escolhem as empresas onde querem atuar e a disputa por profissionais fez dobrar o índice de rotatividade nos quadros de fun-cionários. Em agosto, o aumento dos salários acima da inflação era um dos principais mo-tivos que levavam a indústria caxiense a repensar investimentos e procurar alternativas fora da cidade para manter os lucros.

CONSTrUçãO CiViL

GrANiZO

SAFr

A d

E U

VA

MAiS UMA COMPANHiA AÉrEA

CriSE dA MãO dE OBrA

2

3

4

5

1

Fábi

o G

riso

n, D

iv./O

Cax

iens

e

Mau

ríci

o Co

ncat

to/O

Cax

iens

e

Page 19: Edição 109

1930.DEZ.2011

A julgar por este Top 5, 2011 foi um ano ecumênico como há muito não se via. Tanto que 3 posições são ocupadas por acontecimentos que nada têm a ver com a tradicional Igreja Católica. Os 2 principais, porém, estão ligados a ela – e sinalizando tempos menos conservadores.

LAVAGEM dAS ESCAdAriAS

TrOCA dE BiSPO

CASAMENTO GAY NA UMBANdA

A ONdA GOSPEL

80 anOs da assEmblEia

Depois de ocupar o posto por 37 anos, dom Pau-lo Moretto aposentou-se. Em seu lugar, entrou dom Alessandro Ruffinoni, um italiano que mora há 50 anos na América do Sul, aprendeu o idioma guarani, era jogador disputado nos times de futebol do se-minário, é adepto do iPhone e tem a personalidade expansiva e extrovertida – completamente diferente de seu antecessor. Aos 67 anos, deve comandar a dio-cese por apenas 8, mas promete encarar o desafio de atrair mais católicos pouco praticantes à Igreja.

Diferentemente da maioria das religiões, a umbanda acredita que o amor independe de sexo. Foi essa premissa que uniu Fabiano Bor-ges Leite e Éverson Moreira Silva num dos pri-meiros casamentos religiosos homossexuais do Estado, celebrado em um terreiro caxiense.

Em 2011, Caxias não só entrou para o cir-cuito nacional de shows como também para o segmento gospel. Começamos pequenos, em fe-vereiro, com a Ciranda Gospel, promovida pelo Departamento de Arte e Cultura Popular da Se-cretaria da Cultura, com os grupos Ministério Dikaios (rap) e †FiGhT InsiDe†. Mas, no segun-do semestre, recebemos Rosa de Saron, Hava, Ministério Frequência, Pastor Luciano, Arena Louvor e o gospel star Fernandinho.

Em novembro, para marcar a Semana da Cons-ciência Negra, dezenas de praticantes de religiões afrodescendentes fizeram uma lavagem simbólica nas escadarias da Catedral, com ramos de árvores e água perfumada. Em Caxias, parte de uma região onde, conforme pesquisadores, a política de imigra-ção tinha, entre outros objetivos, o branqueamento da população, o acontecimento foi considerado his-tórico por religiosos e historiadores, com méritos para o bispo dom Alessandro, que pela primeira vez autorizou a cerimônia.

Em outubro de 2011, a criação do primeiro templo da Assembleia de Deus em Caxias co-memorou 80 anos. A igreja, que hoje estima reunir, em 54 congregações, cerca de 6 mil fiéis, celebrou o aniversário com um fim de semana de orações nos Pavilhões da Festa da Uva e ho-menagem na Câmara de Vereadores. Bem dife-rente da década de 1930, quando o pastor Roso-limbo José Cóssio enfrentou um calvário, com insultos, boicotes e tentativas de proibir celebra-ções ao desafiar a hegemonia católica na cidade.

1 3

4

2 5

Carl

os A

lber

to Sa

ntos

, Div

./O C

axie

nse

Mau

ríci

o Co

ncat

to/O

Cax

iens

eM

aurí

cio

Conc

atto

/O C

axie

nse

RELIGIAO

Page 20: Edição 109

20

CULTURACaxias encerra o ano com saldo cultural positivo. Com tantas boas atrações – como a exposição Linha

de Partida, de Iberê Camargo, e a peça Wonderland ou o que M.J. encontrou por lá – e iniciativas, foi difícil escolher os 5 campeões da área – que não necessariamente se destacaram por bons motivos.

Em 13 dias com pelo menos 2 espetáculos cada – fo-ram 28 apresentações (19 nacionais, 2 internacionais e 7 sete locais) de teatro, dança e música –, o Caxias em Cena driblou com classe a reforma da Casa da Cultura e comprovou a tese da organização: o evento estimula as pessoas a frequentar espetáculos nos quais não teriam interesse em uma programação avulsa. Apesar da qua-lidade das peças não superar 2010, o público de 6,5 mil pessoas – 25% maior do que no ano passado – comprova que o festival segue renovando e qualificando a plateia caxiense.

Uma das primeiras notícias do ano – a reforma do Te-atro Pedro Parenti, sede da maioria dos espetáculos da cidade – preocupou o setor cultural: a partir de maio, o local amargaria 6 meses de cortinas fechadas. Aos trancos e barrancos, a demanda de apresentações foi suprida por outras casas e pelo novo teatro do Ordovás. Para a reinau-guração, em novembro, nada mais apropriado do que um clássico: Don Quixote, comemorando os 50 anos do Dora Ballet. A casa voltou à ativa com mudanças estruturais e 63 poltronas a menos (agora, tem 349).

Para a plateia, foi um momento má-gico. Para o festival, um salto de quali-dade sonora e prova da maturidade que o evento alcançou em sua 4ª edição: os Nightcats de Rick Estrin, um dos grupos mais importantes e antigos do blues, to-cando de costas para a plateia, com os instrumentos sobre as cabeças – guitar-ra, bateria e rabecão – enquanto o mes-tre fazia a harmônica rosnar e o público delirar. Em 3 dias, mais de 50 shows – incluindo 5 atrações internacionais – transformaram o Largo da Estação Fér-rea em “cidade do blues”.

Uma perda significante e um ótimo ganho que começou com alguns poréns. Na reta final de 2011, o UCS Cinema anunciou que não retorna às atividades normais em 2012. Sai de um circuito co-mercial até demais – a sala normalmente exibia blockbusters – para atender ape-nas necessidades acadêmicas. Já o Ci-népolis, esperança de maior variedade e oportunidade para filmes alternativos, começou com o pé esquerdo: com filas e cancelamentos de última hora.

2011 foi o ano do doutor poeta cui-dar da literatura caxiense e gaúcha. Depois de, em 2010, levar os prêmios de melhor Livro de Poesia e Livro do Ano no Açorianos de Literatura com a obra Fim das Coisas Velhas, Marco foi investido Patrono da 27ª Feira do Livro de Caxias do Sul. Por duas sema-nas, trocou a emergência do PA 24 ho-ras para cuidar da praça e dos leitores. Em 2011, Marco ainda foi novamente finalista da categoria Poesia do Prêmio Açorianos, com Ode Paranoide.

13º CAXiAS EM CENA

rEFOrMA dA CASA dA CULTUrA

MiSSiSSiPPi dELTA BLUES FESTiVAL

PErdAS E GANHOSNO CiNEMA

MArCO dE MENEZES

1

2

3

4

5

Luci

ane

Pire

s Fer

reir

a, D

iv./O

Cax

iens

eM

aurí

icio

Con

catt

o/O

Cax

iens

e

Page 21: Edição 109

2130.DEZ.2011

ESP

OR

TE Num ano em

que o futebol amargou perdas e maus desempe-nhos, pelo menos um caxiense fez bonito – o que, talvez, só aumente a saudade dos tempos em que ele pisava nos gramados daqui. Por falar em sau-dade, dois ídolos da dupla CA-JU se despediram da bola para, em 2012, entrar em campo na política.

O caxiense de São Braz fez a alegria do campeão dos campeões, o Co-rinthians, no início de dezembro. Sob o comando do guri “batizado” por engano por Felipão, que superou a pobreza, a lesão e as pressões para construir uma consistente carreira como técnico, e com as bênçãos de dona Ivone, o Timão levou o título de pentacampeão brasileiro empa-tando em 0 a 0 o clássico da última rodada contra o Palmeiras – treinado por quem? Felipão.

A dupla CA-JU dispensou a rivalidade e uniu-se em solidariedade e luto pela morte do supervisor de futebol do Caxias, Vanderlei Bersaghi, o Pé. Ele morreu em um acidente de carro no dia 22 de dezembro, em Veranópolis, quando voltava de um amistoso contra o VEC. O carro do clube, que Pé dirigia, foi atingido por outro que vinha em sentido contrário. Pé dedicou 12 bem-humorados anos de trabalho ao Caxias, que extinguiu o cargo de supervisor de futebol em sua homenagem.

Em sua última partida pelo Juventude, o vo-lante Lauro Antônio Ferreira da Silva usou uma camisa especial, especialmente confeccionada para o jogo de despedida, em julho. Com lis-tas verdes e brancas horizontais, o fardamen-to tinha às costas DLXXI, ou 571 em números romanos – a quantidade de partidas em que o Guerreiro entrou em campo com a camisa al-viverde. O amistoso com o Grêmio terminou empatado em 2 a 2, e Lauro jogou apenas os primeiros 15 minutos. Depois, foi curtir a festa na torcida. Antes do adeus no Jaconi, Laurinho chegou a bater bola no Esportivo, de Bento. Em 2012, deve se candidatar a vereador pelo DEM.

Nascido em Brasília, Washington Cerqueira Steca-nella escolheu sua cidade do coração para se despe-dir dos gramados. O Coração Valente protagonizou o Jogo da Paz, no Estádio Centenário, casa do clube que ajudou a projetá-lo no futebol. Ao lado de Ede-nilson (saído do Caxias para ser campeão brasileiro pelo Corinthians em 2011), do ex-craque grená Gil Baiano, do ídolo rival Lauro, dos ex-goleiros Danrlei (hoje deputado federal) e Gilmar Rinaldi (ex-Fla-mengo, agora empresário), Washington emplacou 3 gols antes da aposentadoria. Para 2012, já foi escala-do pelo PDT para concorrer a vereador.

O último campeonato do ano até trouxe um consolo, mas pequeno para as ambições da dupla em 2011. O Juventude ficou com a Copa Laci Ughini, pra não dizer que não colocou taça no armário este ano. No Gau-chão, tanto papos quanto grenás não tiveram o que comemorar – o que, na época, não preocupava tanto: os grandes planos estavam reservados ao Campeonato Brasileiro. E foi aí que a decepção marcou 2011 para as torcidas locais. Primeiro, na Copa do Brasil, os grenás foram previsivel-mente eliminados pelo Coritiba. O gosto amargo veio mesmo na Série C. O Caxias mobilizou sua torcida para sair do “quase”, mas em campo a situação foi bem diferente. No final da competição, o clube teve que escapar do rebaixamento – com ajuda da punição do STJD ao Brasil de Pelotas, que também tentava fugir do fantasma. O Juventude caiu nas oitavas de final e não conseguiu sair do inferno da Série D. E por pouco não foi pior: só garantiu a vaga na quarta divisão de 2012 ao conquistar a Copinha. Dias melhores virão.

TiTE CAMPEãO

PÉ VAi dEiXAr SAUdAdE

A dESPEdidA dE LAUrOA dESPEdidA dE WASHiNGTON

FrACASSO dA dUPLA CA-JU

2

3

4 5

1

Mai

con

Dam

asce

no/O

Cax

iens

e

Rodr

igo

Fatt

uri,

Div

./O C

axie

nse

Page 22: Edição 109

22

PLATEIABanho de mar ou Banho de espuma no réveillon | Comédias em um Cinema triste | roCk de despedida | Caxias das Cores

Na virada do ano, a lógica de tranquilidade no litoral e agitação em Caxias se inverte. Enquanto a cidade silencia e reduz a programação cultural – apenas uma casa noturna vai abrir no réveillon –, a festa migra para as praias mais queridas dos caxienses. Nos primeiros 15 minutos de 2012, o céu do litoral gaúcho será iluminado por shows pirotécni-cos. Depois dos brindes, a festa segue com música à beira-mar. Durante a temporada de férias, O Caxiense acompa-nha os leitores e divulga também as atrações de Arroio do Sal, Torres e Capão da Canoa. Confira a programação para a noite de Ano Novo.

3 praiaspara pularas 7 ondas

O show da virada de Torres, “a 4ª maior festa de Ré-veillon do país”, é pouco modesto. A festa na Praia Gran-de, a partir das 21:00, promete rivalizar com as mais tradicionais do Brasil. Para fazer frente a “maior queima de fogos do mundo”, em Copacabana, Torres contratou Armandinho e mais 4 shows. Além do reggae, terá pa-gode, com Cupim na Mesa e Mania de Você, e sertanejo universitário, com Rodrigo Ferrari. A festa espera 300 mil pessoas, bem menos do que os 2 milhões de Copacabana. Mas o show pirotécnico do maior Réveillon gaúcho pro-mete durar mais do que o carioca. No Rio, serão exatos 16 minutos de fogos. Em Torres, o espetáculo pode chegar a 20 minutos – talvez com menos tecnologia e sincronismo.

É das praias catarinenses que os argentinos gostam mais, mas, na virada de Arroio do Sal, os hermanos serão a grande atração. A festa começa às 21:00, no final da Av. Assis Brasil, de frente para o mar, com o DJ Troah. De-pois do show de fogos de artifício, os argentinos da Star Beatles – autointitulados “o mais autêntico e fiel cover dos Beatles” – comandam a comemoração em um longo show com cerca de 40 músicas no repertório.

A festa começa às 20:00, na beira-mar, entre as aveni-das Rudá e Flávio Boianovski, com shows locais: o serta-nejo universitário de Vinícius e Matheus, o pop rock teen da banda Trevoáh e o tradicionalista meio romântico sertanejo, Beto Mayer. Depois de 20 minutos de queima de fogos, a festa continua com o velho rock de Acústicos e Valvulados, às 00:20, pagode com Se Ativa, a 1:30, e os super ecléticos A3, que sobem ao palco às 3:00 para tocar do rock ao axé. Na beira-mar, próximo ao Largo Baron-da, a DJ Letícia Sartoretto comanda a festa até as 4:30.

TorresCapão da Canoa

Arroio do Sal

Foto

s: D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

Was

hing

ton

Poss

ato,

Div

./O C

axie

nse

Page 23: Edição 109

2330.DEZ.2011

CINE

Por anos, George Clooney ouviu convites para entrar na política e seguir os passos do pai. Ele sempre se negou a aceitá-los. Agora, o diretor e ator apresenta uma contundente obra em que explica, de forma indireta, por que tanta recusa. Tudo Pelo Poder expõe toda a desilusão da estrela de Hollywood com a política. Há intriga, vingança e traição por todo o lado – até onde menos se espera. Imperdível! 2ª semana.

★ ★ ★ ★ ★

GNC 19:10-21:20 CINÉPOLIS 17:50-20:05-22:20 (Exceto SÁB.) 12 1:42

TUdO PELO POdEr

George CLOONEY. Ryan GOSLING. De George CLOONEY

ALViN E OS ESQUiLOS 3Alvin, Simon e Theodore e as

esquiletes embarcam em um cru-zeiro de férias. Em uma brinca-deira malsucedida com uma asa-delta, eles vão parar em uma ilha deserta. Com músicas e piadi-nhas contemporâneas, eles diver-tem o público e acumulam mais um mar de dinheiro nas bilhete-rias. 2ª semana em pré-estreia.

CINÉPOLIS 13:35-15.35 (Exceto DOM.) GNC. 14:20-16:30 (Exceto SÁB.) L 1:27

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Page 24: Edição 109

24

De Chris MILLER

COMPrAMOS UM ZOOLóGiCOEntre o luto pela morte da es-

posa, a responsabilidade pelo ca-sal de filhos – o menino revoltado pela falta da mãe – Benjamin Mee (Matt Damon) se demite e com-pra uma nova casa. Em um zoo-lógico abandonado. Baseado em uma história real, a reconstrução do zoo é uma metáfora para um recomeço na vida. E não existe um lar melhor para reestruturar a família do que um lugar onde há animais e Scarlett Johansson. Na ótima trilha sonora, marca do di-retor Cameron Crowe, Pearl Jam, Neil Young, Led Zeppelin e U2. Para a crítica, a trilha é a única boa surpresa do longa. 2ª semana.

CINÉPOLIS. 12:40 (Exceto DOM.), 15:20 e 18:00 (Exceto SÁB)GNC. 13:30-16:00-18:45-21:10(Exceto SÁB.)

L 2:04

GATO dE BOTASInicialmente, a intenção dos produtores era lançar o filme direto

em DVD. Teriam perdido pelo menos US$ 140 milhões só nas bi-lheterias americanas. Na história do Robin Wood dos felinos – daí o jeito latino e mafioso do personagem – o Gato de Botas conta com a ajuda da charmosa – não mimosa – Kitty Pata Mansa para roubar a Gansa dos Ovos de Ouro. Não saia do cinema antes de terminar os créditos. Tem uma coreografia bônus no final. 5ª semana.

GNC DUB 13:50-15:40-17:40 3D 13:20-15:30 (Exceto SÁB.)CINÉPOLIS 12:15 (Somente SEX. e SÁB)14:15-16:15-18:15-20:15

L 1:30

missãO impOssívEl – pROtOcOlO FantasmaÉ a primeira vez que Brad Bird dirige personagens reais. Ainda

assim, o estreante usa humor e as proezas físicas dos seus filmes anteriores Ratatouille e Os Incríveis. No 4º filme da série – que só não tem um 4 no título porque Tom Cruise não quis – Ethan Hunt, agente da IMF é acusado de um bobardeio terrorista no Kremlim. Banido com a agência pelo presidente, Hunt se junta com 3 miste-riosos agentes fugitivos da IMF para limpar o nome da agência e prevenir um novo atentado. 3ª semana.

CINÉPOLIS DUB. 11:40 (Somente SEX. e SÁB) 14:25-17:10-19:55 13:25 (Exceto DOM)-16:10-18:55-21:40-22:40 GNC 14:00-16:40-19:20-22:00 (Exceto SÁB.)

13:40-16:20-19:00-21:40 (Exceto SÁB.) 14 2:12

Tom CRUISE. Jeremy RENNER. Jonathan RhYS MEYERS. De Brad BIRD

Page 25: Edição 109

2530.DEZ.2011

OS iMOrTAiSQuando o rei Hyperion ameaça a humanidade tentando libertar os titãs pre-

sos por Zeus, o maior deus da mitologia grega tem as mãos atadas por uma lei – eles eram cheios delas: deuses não podem se meter em guerras humanas. Poderoso e espertinho, Zeus encontra uma brecha na lei e recorre secretamente a um mortal, Teseu, para comandar um exército de gregos do bem contra um exército de bárbaros do mau. Estreia.

CINÉPOLIS 3D LEG 14:00-17:00 e 19:40-22:00 (Exceto SÁB.) GNC. 3D DUB 17:30 LEG. 19:45-22:10 (Exceto SÁB.)

16 1:50

rOUBO NAS ALTUrASSinopse Sessão da Tarde para um filme à altura. Com ajuda de um bandido da

pesada, essa turminha do barulho, funcionários de um luxuoso condomínio, vai se meter em altas confusões para recuperar a grana da aposentadoria. O tesouro roubado está escondido na cobertura do terrível golpista. Não vai sobrar pedra sobre pedra nessa aventura eletrizante. 3ª semana.

CINÉPOLIS. SEX. E DOM-QUI 17:00. 21:55 SÁB. 17:00GNC. SEX E DOM-QUI. 22:10 14 1:46

Henry CAVILL. Mickey ROURkE. John hURT. De Tarsem SINGh

amanhEcER – paRtE 1No 1° filme da saga, Edward observa Bella dormir sem poder tocá-la. Nos

outros 2, continua fugindo e protegendo a mocinha da sua força sobrenatural – não confunda com virilidade – dos vampiros. Quando finalmente chega a lua-de-mel – Stephenie Meyer é conservadora –, Bella decide perder a virgindade como humana, e acorda cheia de hematomas, grávida da problematização da trama. Brega, lento e cheio de humor acidental, dizem os críticos. Os fãs, que são quem realmente interessa aos produtores, adoraram sem questionar. 7ª semana.

CINÉPOLIS 21:00GNC 19:30 (Exceto SÁB.) 14 2:10

Page 26: Edição 109

26

Para quem escolher passar a noite de Réveillon em Caxias, a Move promove a única festa da cidade. A mistura musical ficará por conta do DJ Luciano Mayer, com a participação especial do DJ Mauri. Próximo às 5:00, será servido café da manhã para que as energias sejam recarregadas e a festa continue. Durante a noite haverá banho de espuma e bebida liberada para quem optar pela área vip. O som irá do sertanejo, passando pelo pop, indo até o axé.

SÁB. 23:59. De R$ 20 a R$ 70. Move.

A banda inglesa de Gilmour, Waters, Barret, Wright e Mason revolucionou o rock mundial e influenciou muitos grupos. O Blackbirds foi um deles. Para pres-tar homenagem, o quarteto de Veranópolis fará um show-tributo ao Pink Floyd, no Mississipi. Serão 2 horas de psicodelismo e rock progressivo com as músicas mais famosas da banda. No palco, as fortes interpretações do vocalista Jus Black-bird (ele é super fã dos ingleses), os solos certeiros do guitarrista Diogo Farina, o inspirado tecladista Rafael Teclas (convidado da noite), o habilidoso baterista Júlio Sasquatt e, pela última vez, o baixista que cumpre à altura a missão de tocar como o ícone Roger Waters, Cafú Farina. Em 2012, a banda entra em nova fase com Fher Costa no baixo.

SEX. 20:00. Mississipi

O pagode vai embalar o Litoral nesta terça-feira (3). O Exaltasamba fará o show previsto para o dia 27, mas cancelado pela forte chuva. A empresa organi-zadora avisa que quem comprou o ingresso para o primeiro evento pode trocá-lo por novo.

Até o final do dia 30, a empresa organizadora ficará de plantão na Casa do Turista em Torres para a aquisição e troca de ingressos. O Exaltasamba tocará as músicas do DVD de 25 anos do grupo.

TER. 20:00. de R$ 30 a R$ 90. Parque de Balonismo (Torres).

MUSICA+ SHOWS

Longe das ondas, banho de espuma

Tributo de despedida

Pagode bodas de prata

sExta-FEiRa (30/12)

Preview de réveillon 23:00. Bora Bora (Torres)

tERça-FEiRa (03/01)

disco R$ 8. Bier Haus

QuaRta-FEiRa (04/01)

ToolBox R$ 8. Bier Haus

Hard rockers 22:00. De R$ 10 a R$ 15. Mississipi

Quinta-FEiRa (05/01)

Fabricio Beck e Trio R$ 10. Bier Haus

Tool Box 23:30. De R$ 5 a R$ 10. Boteco 13

Victor Hugo e Samuel 23:30. De R$ 10 a R$ 20. Portal Bowling

décio Caetano & The Brothers 22:00. De R$ 10 a R$ 15. Mississipi

Cairon e Gustavo 22:00. Praça da Emancipação (Arroiodo Sal)

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Page 27: Edição 109

2730.DEZ.2011

À luz do luar, entre sombras Coletiva. SEG-DOM. 10:00-22:00. San Pelegrino

Pinto e não Bordo Coletivo. SEG-SEX. 10:00-19:30. DOM. 16:00-19:00. Catna Café.

imagens Ordinárias – uma noite no museu Liliane Giordano e Myra Gonçalves. TER-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Café e Bons Sentimentos Rodrigo Toitiño. SEG-SEX. 9:00-19:00.SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

ARTE CAMARIM

Aproveite as férias para tirar da gaveta seu projeto cultural. A Se-cretaria da Cultura lança nesta se-gunda (2) o edital do Financiarte 2012. A partir do dia 9, a secretaria realiza todas as segundas, às 14:00, na antiga Estação Férrea, reuniões abertas para esclarecer dúvidas dos proponentes. E essa parte tem grande importância no proces-so. Entre os 2 editais lançados em 2011, com 179 projetos inscritos e 66 contemplados, 26 nem passa-ram pela avaliação, foram inabili-tados por falhas na inscrição. Se os projetos contemplados no primeiro edital forem inferiores à verba dis-ponível, a secretaria pode abrir um novo edital, na metade do ano. As inscrições de projetos se encerram no dia 15 de fevereiro.

A Curadoria Independente de Mona Carvalho realizou mais de 20 exposições em 2011. A inicia-tiva que promoveu novos artistas – gratas surpresas – e consolidou o Catna Café como espaço de arte culminou, no final do ano, com a exposição de Cristiane Marcante na Florence Biennale. Em 2012, Mona vai apostar em um novo – e ainda secreto – projeto. A curado-ra adianta que a empreitada deve-rá envolver a Estação Férrea e será mais um esforço para aproximar o público da arte. A promoção de no-vos talentos, carro-chefe da cura-doria, deve permanecer.

O espetáculo Bonecos – Sonhos e Memórias, contemplado pelo Financiarte 2010 e apresentado pelo Ballet Margô Brusa em 2011, selecionou crianças em escolas municipais. Os talentos revelados ali continuaram dançando na es-cola gratuitamente. Mas, para pelo menos 5 desses jovens bailarinos, dançar ainda custa caro: transpor-te, despesas de viagens e taxas de concursos, uniforme, figurino... Para 2012, a escola lançou o projeto Estímulo. Quem quiser colaborar, com qualquer valor, pode entrar em contato pelo fone 3222-5338.

ócio criativo

mais arte em 2012

Adote um bailarino

Fábio Balen está pintando um painel de 24m x 5,5m, que será instalado no Shopping San Pelegrino. A obra dividida em módulos deverá ser concluída na metade de janeiro. O painel mostrará os pontos turísticos e a alegria caxiense no traço cubista e na vasta paleta de cores do artista. Enquanto a tela gigante não é instalada, o shopping mostra 18 trabalhos de Balen – telas esculturas e obje-tos –, entre elas, Bossa Nova com Peixes Voadores.

Natureza Fábio Balen. SEG-DOM. 10:00-22:00. San Pelegrino

Aperitivo de cores

marcelO aramis

Page 28: Edição 109

28

É fato: o color blocking vai per-der força e virar color merge (algo como cores que se mesclam) a partir do inverno. Mas se você ainda quer aproveitar a tendên-cia sem gastar muito, em vez de comprar peças novas pode refor-mar antigas na Restaura Jeans.

A rede que oferece renovação e customização acaba de lançar a coleção Color Block, com três novas cores de tingimento: roxo, laranja e turquesa. Elas podem ser aplicadas a peças lisas e claras (brancas, nudes e pastéis) feitas em algodão, malha, linho e lesie.

Em Caxias, a Restaura Jeans tem duas lojas, na Av. Júlio de Castilhos, 1200 (Centro) e 2906 (São Pelegrino).

Idealizado pela estilista Milka Wolff, o Museu da Moda (MUM) gaúcho abriu suas portas na ter-ça-feira (27), em Gramado. O espaço propõe uma viagem pela história do vestuário feminino, desde 2.000 a.C. até a atualidade.

O acervo de 150 peças, feito pela equipe de costureiras de Milka, está inserido em cenários de época, com detalhes como lustres e tapeçarias originais de cada período, garimpados em antiquários ao redor do mundo.

O museu fica na Avenida das Hortênsias, 1810, e funciona das 9:00 às 18:00. Os ingressos cus-tam R$ 30 e R$ 15 (crianças e idosos).

reforma colorida

História da moda

CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 15 (NOITE), R$ 23 (3D). TER. R$ 8, R$ 12 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 17 (MATINE E NOITE), R$ 23 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) | UCS. FRANCISCO GETúLIO VARGAS, 1130, PETRÓPOLIS. 3218.2100. R$ 10 (INTEIRA). R$ 5 (MEIA).

MÚSICA:ARENA. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11.366. SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13. AUGUSTO PESTANA. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3221-4513 | COND BAR. ÂNGELO MURATORE, 54. DE LAZZER. 3229-5377 | ESTÁDIO ALFREDO JACONI. HÉRCULES GALLÓ, 1.547, CENTRO | HAVANA. RUA DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTA-ÇÃO. 3215-6619. | LA BARRA. CEL. FLORES, 810, SÃO PELEGRINO | MISSISSIP-PI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | MOVE. RUA GASTON LUÍS BENETTI, 849. PARQUE SANVITTO. CIDADE NOVA. 8407-4942. | NOX VERSUS. DARCy ZAPAROLLI, 111. VILLAGGIO. 3027-1351 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. SÃO LEOPOLDO. 3213-1774 | PEPSI CLUB. VEREADOR MÁRIO PEZZI, 1.450. LOURDES. 3419-0900 | PLACE DES SENS. RUA 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620. | PORTAL BOwLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIZZO. 3220-5758 | THE KING PUB. TRONCA, 2802. RIO BRANCO. 3021.7973 | VAGãO BAR. CORONEL FLORES, 789. SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3223-0007 | VAGãO CLASSIC. JúLIO DE CASTILHOS, 1.343. CENTRO. 3223-0616 | XERIFE. HILÁRIO PASQUALI, 34. UNIVERSITÁRIO. 3025-4971 | ZARA-BATANA. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3228-9046

TEATROS:CASA DE TEATRO. OLAVO BILAC, 300. SÃO PELEGRINO. 3221.3130 | ESTAÇãO FÉRREA. AUGUSTO PESTANA. SÃO PELEGRINO | ESCOLA MUNICIPAL PE. AN-TôNIO VIEIRA. R. JOÃO BATISTA MONTANARI, S/N. BAIRRO SÃO JOSÉ | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462. PIO X. 3221-5233 | TEATRO MUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | TEATRO SãO CARLOS. FEIJÓ JúNIOR, 778. SÃO PE-LEGRINO. 3221-6387 | UCS TEATRO. FRANCISCO GETúLIO VARGAS, 1130. PE-TRÓPOLIS. BLOCO M. 3218.2100

GALERIAS:ARTE QUADROS. FEIJÓ JúNIOR, 975, SALA 1.007, SÃO PELEGRINO | CATNA CAFÉ. JúLIO DE CASTILHOS, 2546. CENTRO. 3221-5059 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | INSTITUTO BRUNO SE-GALLA. 3027-6243. ANDRADE NEVES, 603,CENTRO | MUSEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221.2423 | ORDOVÁS. LUIZ ANTU-NES, 312. PANAZZOLO. 3228-9046 | SACCARO. AV. THEREZINHA PAULETTI-SANVITTO, 344. 3283-1333 | SAN PELEGRINO. RIO BRANCO, 425. SÃO PELE-GRINO. 3022-6700 | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462, PIO X. 3221-5233

LEGENdA

ENdERECOS

Duração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Aventura Comédia Drama Documentário Infantil Romance Suspense Terror Ficção Científica

MúsicaBlues Coral Eletrônica Funk MPB Pagode Pop Rock Samba Sertanejo Tradicionalista

dançaContemporânea Flamenco Jazz Folclórica Dança de Rua Tango Dança do Ventre Clássico

ArtesDesenho Diversas Escultura Artesanato Fotografia Pintura Grafite

A

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

carOl de barba

Page 29: Edição 109

2930.DEZ.2011

ARqUIBANCADApara o golfe, sáBado é dia de aCordar Cedo |leve protetor solar e raquete para o litoral | onde vale gol de mão

TACAdAS NA PrAiA+ ESPORTE

Quem deseja praticar um esporte leve e entrar em contato com a natu-reza terá uma alternativa às vésperas do Réveillon: o golfe. Mas precisa que acordar cedo. O Clube São Do-mingos promoverá, às 7:30 de sába-do (31), o torneio de abertura da temporada 2012.

Serão disputadas as categorias de handicap altos e baixos. A organi-zação do evento promete a presença dos principais jogadores do Estado.

Os participantes não poderão colocar a culpa no campo para um eventual mau desempenho. Com 9 buracos e características planas, a área evita o cansaço e deixa o es-porte mais ágil. Apontada como um dos mais bonitos do estado, foi sede do campeonato anual da Federação Riograndense de Golfe.

O organizador do evento, Cláu-dio Guimarães, aposta no potencial da competição deste sábado. “O torneio é relaxante, tem pouca visi-bilidade, mas com o tempo isso vai mudar”, avalia. A programação pre-vê, após a competição, um coquetel comemorativo. Durante a cerimô-nia, será feita a premiação.

Os sócios do clube terão entrada gratuita, já os não associados terão que desembolsar R$ 100 para parti-cipar. Para quem quiser dar as suas tacadas na praia e não puder neste sábado, não há razão para se preo-cupar: O clube ainda planeja outras 9 competições na temporada.

SÁB. 7:30. São Domingos Torres Golf Club (Torres)

TêNiS: Beach Tennis: abertura das quadras para o públicoSEG. Praia dos Molhes

HANdEBOL: Campeonato Brasileiro deHandebol na AreiaSEX-DOM. 09:00. Praia Grande

SãO DOMINGOS TORRES GOLF CLUB: ESTRADA SALINAS, N° 1.000, TORRES | PRAIA DOS MO-LHES: TORRES | PRAIA GRANDE: TORRES

Page 30: Edição 109

30

Page 31: Edição 109

3130.DEZ.2011

Page 32: Edição 109

32

EM MÍDIASMÓVEIS, NÓS SOMOS O GIGANTE POR AQUI. Seu celular pode ser uma grande fonte de notícias locais. Baixe grátis o aplicativo O CAxIENSE para Android.