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NED NÚCLEO DE ESTUDOS DIRIGIDOS Ano Letivo: 2011/2 Estudo Dirigido: ED6 / ED Políticas Públicas Habilidade: Raciocinar de forma critica e analítica Tema: Políticas públicas aplicadas à Saúde. Professora: Giancarla Fontes de Almeida ATIVIDADE DISCURSIVA 1 QUESTÃO 1 Habilidades a serem desenvolvidas Operatória(s): Capacidade de argumentar Específica(s) : Defender idéias e pontos de vista, discutir, sustentar controvérsias, convencer. Dados da questão. Analise a Charge e os fragmentos da entrevista concedida à Domingueira pelo médico Gilson Carvalho, pediatra, especialista na área de saúde pública e consultor do CONASEMS ( Conselho Nacional de Secretarias Municipais de saúde ).

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NED – NÚCLEO DE ESTUDOS DIRIGIDOS

Ano Letivo: 2011/2

Estudo Dirigido: ED6 / ED Políticas Públicas

Habilidade: Raciocinar de forma critica e analítica

Tema: Políticas públicas aplicadas à Saúde.

Professora: Giancarla Fontes de Almeida

ATIVIDADE DISCURSIVA 1

QUESTÃO 1

Habilidades a serem desenvolvidas

Operatória(s): Capacidade de argumentar

Específica(s) : Defender idéias e pontos de vista, discutir, sustentar

controvérsias, convencer.

Dados da questão. Analise a Charge e os fragmentos da entrevista concedida à Domingueira pelo médico Gilson Carvalho, pediatra, especialista na área de saúde pública e consultor do CONASEMS ( Conselho Nacional de Secretarias Municipais de saúde ).

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http://blog.jangadeiroonline.com.br/tag/sus/

POR QUE MAIS RECURSOS PARA A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL? As duas posições extremadas continuam sendo assumidas no Brasil. Uns dizendo que falta dinheiro e outros, radicalizando de outro lado, falando, alto e bom som, que o problema único ou maior, é a falta de gestão (entenda-se incompetência gerencial das pessoas e processos públicos de trabalho obsoletos). Neste texto quero apenas demonstrar a falta de recursos, mas reafirmando que existe realmente má gestão que deve ser corrigida concomitantemente.

Sou adepto e defendo a multicausalidade: falta de dinheiro, falta de condições de vida do brasileiro, falta do novo modelo SUS, falta de gestão, falta de honestidade. Primeiro defino, em 2009, qual foi o gasto público e privado em saúde no Brasil e daí parto para quatro linhas de demonstração de que os recursos são poucos:

QUANTO SE GASTA HOJE NO BRASIL NA SAÚDE PÚBLICA E PRIVADA?

QUANTO GASTAM OS PLANOS DE SAÚDE PARA GARANTIR MENOS AÇÕES E SERVIÇOS QUE O SUS?

QUANTO GASTAM OUTROS PAÍSES COM SAÚDE EM RELAÇÃO A SEU PIB?

QUANTO GASTAM OUTROS PAÍSES COM SAÚDE EM VALOR PER CAPITA?

QUANTO É A NECESSIDADE MAIS IMEDIATA DE RECURSOS PARA A SAÚDE PÚBLLICA NO BRASIL, EM ESPECIAL ORIUNDOS DO GOVERNO FEDERAL?

QUAL O VALOR GASTO COM SAÚDE NO BRASIL EM 2009? Se tomarmos o gasto com saúde pública pelo número de habitantes por dia de um ano, teremos o Índice EJ&RG. Eduardo Jorge(EJ) e Roberto Gouveia (RG) são dois médicos sanitaristas paulistas, ex-deputados federais, próceres da Reforma Sanitária e que criaram este indicador para, mais facilmente, demonstrar quão pouco se gasta com saúde pública no Brasil. Para 2009 a estimativa o Índice EJ&RG é de R$1,82 reais por dia. Muito pouco! Este valor é menos que um simples vale transporte.

QUANTO GASTAM OS PLANOS DE SAÚDE PARA GARANTIR MENOS AÇÕES E SERVIÇOS QUE O SUS? Os Planos e Seguros de Saúde declararam ter arrecadado R$64 bi para atender cerca de 43 milhões de usuários o que resultaria num valor per capita de R$ 1488. Se usássemos o mesmo per capita que os planos, para atendimento de toda a população brasileira, teríamos: R$1488 que multiplicado pelos 191 milhões de habitantes apontaria para uma necessidade de aporte total ao SUS de R$ 284 bi.

QUAL O PERCENTUAL DO PIB UTILIZADO POR OUTROS PAÍSES? Tomando destes dados acima, podemos estimar que se aplicasse no mínimo a média do gasto público com saúde do mundo, em relação ao PIB teríamos 5,5% do PIB o que representaria no Brasil R$ 172 bi, muito mais que os R$127 bi de 2009. Representaria 34,5% a mais que o gasto público em 2009. Se, otimistamente, pensássemos no uso do percentual do PIB gasto pelos países desenvolvidos de alta renda (média de 6,7%) muito próximo do da Europa 6,6% ou das Américas 6,4% O SUS precisaria de R$209 bi o que representa 64,5% a mais que seus atuais R$127 bi de 2009.

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QUAL O VALOR MÉDIO DE RECURSOS PER CAPITA UTILIZADOS POR OUTROS PAÍSES? Um dos bons indicadores é medir os recursos calculados per capita em relação à população do mundo ou de determinada região ou país. Seguindo este raciocínio podemos simular destinar à saúde, numa melhor hipótese US$2000 por habitante. Para tanto a necessidade deveria ser de US$382 bi ou R$573 bi. Se usarmos a média das Américas de US$ 1437 teríamos necessidade de US$274 bi ou R$412 bi ou da Europa, US$1401, US$268 bi ou R$401. Se optarmos por usar a média do mundo com a neutralização dos extremos teríamos US$ 493 PC e um gasto total de US$94 bi ou seja R$141 bi ou 11 % a mais que os R$127 bi de 2009. QUAIS AS NECESSIDADES IMEDIATAS DE MAIS RECURSOS? Partindo dos valores públicos alocados em 2009 no valor de R$127 bi temos uma variação entre R$ 162 bi com levantamentos de necessidades imediatas até um ótimo desejável de R$714 bi tomando-se o que gastam per capita os países de alta renda.

A reportagem pode ser lida na íntegra em: http://www.saudecomdilma.com.br/index.php/2011/03/20/domingueira-por-que-mais-

recursos-para-a-saude-publica-no-brasil/ Considerando a charge e a reportagem, qual é o seu ponto de vista sobre a afirmação “Uns dizendo que falta dinheiro e outros, radicalizando de outro lado, falando, alto e bom som, que o problema único ou maior, é a falta de gestão.” Faça uma argumentação coerente para apresentar o seu posicionamento. Observações: • O texto deve ter entre 8 e 10 linhas. • Seu texto deve ser de cunho dissertativo-argumentativo (não deve, portanto, ser escrito em forma de poema, de narração etc.). • Seu ponto de vista deve estar apoiado em pelo menos dois argumentos. • O texto deve ser redigido na modalidade padrão da Língua Portuguesa.

QUESTÃO 2

Habilidades a serem desenvolvidas

Operatória(s):

- Capacidade de sintetizar conteúdos de textos verbais e não verbais. Específica(s) :

- Resumir, fazer sumário, condensar, selecionar elementos

fundamentais.

Dados da questão Leia o texto abaixo: Levando a Constituição á sério: quo vadis, o constitucionalismo brasileiro?

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Privatização, medicalização e direito à saúde O direito à saúde não se reduz apenas ao diagnóstico. Pela Constituição Brasileira e outros documentos Internacionais, a saúde caracteriza-se pela articulação e interação entre outros direito básico e essenciais que atravessam a vida dos indivíduos, tais como educação, acesso à cultura, moradia, saneamento básico, entre outros. Enquanto a maioria dos países iniciaram um processo de desmantelamento do Estado de bem-estar social, o Brasil apostou em uma ação igualitária dos acessos necessários a uma saúde integral. É dessa maneira que surge o Sistema Único de Saúde (SUS), a cerca de 20 anos, que tem por objetivo fundamentar um sistema de saúde vinculado a uma política social, voltada para a prevenção e a conscientização da população. O que se observa, porém, nos dias de hoje, é justamente o contrário. A crescente privatização do sistema de saúde e a crescente medicalização, onde muitos problemas, processos e doenças se resolvem pela simples utilização de remédios, podem entravar as políticas públicas de qualidade promovidas pelo SUS. A crescente privatização da saúde a torna uma mera mercadoria moldada pelo capitalismo, onde as melhores condições estão voltadas àqueles que têm capacidade de pagar e apenas voltadas para o “eu”, o indivíduo, e não ao coletivo. Apesar de trazer vantagens esse processo, não é raro vermos casos em que pessoas que acabam por falecer por não conseguirem pagar determinado remédio ou pelo plano de saúde não cobrir determinado tipo de tratamento ou medicalização. A saúde, portanto, torna-se uma mercadoria como qualquer outro. No último episódio do programa “Fantástico”, exibido pelo Rede Globo no dia 22 de maio, observamos um exemplo claro de como a questão da privatização e medicalização da saúde está diretamente relacionado a um processo de produção de subjetividade de como a saúde deve ser vinculada. No programa, uma reportagem acerca da longetividade da vida trás a noção do que é saúde como reduzida a processos biológicos com a auxílio de medicamentos, diferente de uma saúde com princípios sociais. E é nesse contexto que entra a intervenção do judiciário. Em muitos momentos, a influência de uma saúde comercializada gera uma produção de uma demanda para que o judiciário atue e determinado que determinado(s) remédio(s) se torne(m) uma posse individual. Assim, aquilo que deveria ser público, pensado de forma coletiva, se torna “o meu”, “de meu interesse”, “ a minha saúde”. Todavia, a efetividade do direito ao medicamento não pode ser respostas individuais a demanda judicial, pois a mesma pode funcionar como melhoria no âmbito do SUS, já que apesar da crescente judicialização da saúde ser voltado para a individualidade, ela também pode apresentar fatores positivos. Mais uma vez, o que está em questão não é acabar com o poder judiciário, mas sim rever as nossas relações para/com o judiciário e o que podemos fazer para que elas sejam melhoradas.

( Felipe Alan Mendes Chaves & Mateus Dias Pedrini)

(http://quovadisconstitucionalismo.blogspot.com/2011/06/judicializacao-da-saude.html)

Elabore uma síntese sobre o fenômeno da Judicialização da saúde no Brasil, apresentado no texto acima. Após, selecione uma das críticas feitas pelos autores e apresente sua opinião sobre a questão. Não se esqueça de selecionar, organizar e relacionar argumentos que sustentem seu ponto de vista. Seu texto deve ter entre 08 e 10 linhas.

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QUESTÃO 3

Habilidades a serem desenvolvidas

Operatória(s):

- Capacidade de inferir e interpretar.

Específica(s) :

- Encontrar relações, implicações, desdobramentos futuros, causas

profundas e formar uma síntese significativa. Dados da questão.

Analise as imagens:

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(www.google.imagens)

“Existem várias garantias no que tange ao direito à saúde, contudo, se estas garantias fossem hipoteticamente efetivadas, o problema da efetivação do direito à saúde estaria sanado”. (HUMENHUK, 2009)

Considerando que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”, quais ações deveriam ser implementadas para garantir a efetivação do direito à Saúde? Proponha duas ações, apresentando argumentos que deem suporte à sua resposta.

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