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Av. vale dos rios, 111 Recife Pernambuco, Brasil 33389200 sflibvr.wordpress.com 1 ENCONTRO I ÍNDICE Lição Tema Pág. 01 Meditação Bíblica 02 02 A Criação do Homem 04 03 Compreendendo o Pecado 07 04 Classificando o Pecado 10 05 O Novo Nascimento 12 06 As Fases do Crescimento Espiritual 13 07 O Batismo nas Águas 16 08 Oração 17 09 As Escrituras Sagradas Bíblia 19

Encontro i

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ENCONTRO I

ÍNDICE

Lição Tema Pág. 01 Meditação Bíblica 02

02 A Criação do Homem 04

03 Compreendendo o Pecado 07

04 Classificando o Pecado 10

05 O Novo Nascimento 12

06 As Fases do Crescimento Espiritual 13

07 O Batismo nas Águas 16

08 Oração 17

09 As Escrituras Sagradas – Bíblia 19

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LIÇÃO 01- MEDITAÇÃO BÍBLICA

Conceito:

Meditar é ato ou efeito de pensar, refletir, considerar, matutar sobre alguma coisa. A

meditação é composta de uma ação e reação, na qual se colhe um resultado.

Baseado no conceito acima pode destacar o uso da palavra “MEDITAÇÃO” usada pelas

seitas orientais, onde afirmam que meditar é esvaziar sua mente, deixando vulnerável a

atuação demoníaca.

A meditação bíblica é o ato voluntário de refletir sobre a palavra de Deus, expondo-se a

ela para receber dos seus benefícios.

A Importância da Meditação Bíblica

Deus tem várias formas de comunicar-se com o homem, e uma delas é através de sua

palavra revelada, e a meditação bíblica é u instrumento de grande importância porque é

o modelo de:

1. Nos expomos a palavra de Deus, para cura, consolo, restauração e direção.

2. Buscarmos a sua vontade.

3. Nos envolvermos em seus propósitos.

4. Conhecermos as suas promessas.

5. Geramos comunhão com o Espírito Santo.

6. Aprendermos a respeito de DEUS e de Seu reino.

7. Crescemos espiritualmente, sabemos quem somos e qual a nossa missão neste

reino.

Passos para a Meditação

Para fazer uma boa meditação e ter êxito, é preciso se preparar (Amós 4:12 “prepara-te

ó Israel , para te encontrares com o teu Deus”). Lembre-se, as coisas pertinentes ao

reino de Deus devem ser realizadas com ordem e decência ( I Coríntios 14:40).

10 O Batismo no Espírito Santo 23

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Preparo Espiritual:

a) Orar pedindo um coração limpo, afim de mantermos uma comunhão verdadeira

com Ele (Salmos 51:10; Mateus 5:8)

b) Reconhecer que não sabemos orar como convém (Romanos 8:26)

c) Calar nossa vontade (Mateus 6:10).

d) Calar a voz de satanás (Marcos 1 :23, 25).

e) Ouvir a voz de Deus (Hebreus 3:7; Apocalipse 2:29, 3:6, 13:22)

f) Render-se a Deus para que Ele abra o entendimento (Salmos 119:18;Lucas

24:45).

g) Orar agradecendo a Deus (Mateus 11:25)

Tarefas a serem Realizadas:

a) Ler e entender o texto

b) Identificar e memorizar o texto chave

c) Extrair do texto a promessa de Deus para si, usando os pronomes sempre na 1ª

pessoa do singular (eu), para facilitar na posse das promessas que Deus estiver

prometendo.

d) Extrair a condição para cumprimento da promessa.

e) Ver qual a aplicação prática da promessa para o meditador

f) Agradecer, louvar, adorar a Deus e glorificar seu nome.

Hábitos a serem cultivados:

a) Manter um caderno para as anotações das meditações

b) Procurar, se possível, meditar no mesmo horário

c) Ter um local apropriado para a meditação observando a comodidade e o silêncio

d) Rever as anotações, assinalando as promessas alcançadas.

e) Considerar a meditação como um momento de prazer e de um encontro marcado

com Deus.

Exemplo a serem cultivados:

Texto: Salmo 1:1-3

“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém

no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu

prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como uma

árvore plantada junto ao ribeiro de águas, a qual dá o seu fruto da estação própria, e

cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará”.

Texto chave: Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de

noite.

Promessa: E tudo quanto eu fizer, prosperará.

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Condição: Não devo andar segundo o conselho dos ímpios;

devo meditar continuamente na lei do Senhor.

Aplicação: Devemos registrar como as verdades da passagem bíblica se aplicam a

nossa própria vida, a qual devemos avaliar identificando as atitudes a serem corrigidas

para que possamos alcançar a promessa.

Não devo mais tomar parte nas turmas que se fazem nas horas do almoço do meu

trabalho, participando de conversas, piadas e falatórios.

Procurarei cumprir com alegria o que diz a palavras de Deus e estarei envolvido nela e o

tempo todo. Não vou esquecer: Devo ser testemunha viva do reino de Deus.

Conversar com Deus: Anotar o que Deus mostrou, e o “rhema” recebido através dessa

meditação.

Adorá-lo, orar, tomar decisões referentes á meditação, e memorizar o texto meditado.

Textos sugeridos para meditação: João 15:5-7, Lc. 18: 18-30, João 3:14-21.

LIÇÃO 02- A CRIAÇÃO DO HOMEM

O homem e a mulher igualmente foram criados à “imagem” e “semelhança” de Deus.

A base dessa semelhança podia comunicar-se com Deus, ter comunhão e expressar de

modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a Deus

e obedecendo-o. Observamos abaixo, algumas características dessa imagem e

semelhança:

Eles tinham Semelhança Moral com Deus, pois não tinham pecado, eram

santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder da decisão para fazer

o que era certo (Gn. 2:16-17; Ef.4:24) e viviam em comunhão pessoal com

Deus, que abrangia obediência moral e plena comunhão.

Adão e Eva possuíam Semelhança Natural com Deus. Foram criados com

seres pessoais tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre

arbítrio.Gn.3:6-7

Em certo sentido, a constituição do homem e da mulher retrata a imagem de

Deus, o que não ocorre no reino animal. Deus, pois nos seres humanos a

imagem e forma que Seu Filho viria a ter e pela qual apareceria visivelmente

aos homens. (Gn.18:1,2,22).

Tanto o homem quanto a mulher são a criação especial de Deus e não um

produto da evolução, como nos coloca a ciência. Esse sofisma é destruído

através da palavra do Senhor. Podemos perceber isto, através dos textos

(Gn.1:27; Mt.19:4; Mc.10:6). Existem outras passagens bíblicas que

confirmam a criação do homem.

A REBELIAO

Por natureza o homem é pecador. Desde o momento que Deus o criou, no jardim do

Éden, este se rebelou contra o criador, contra o mandato divino (Gn. 2:16-17),. Portanto

o homem alargou sua mão, pois tinha livre arbítrio. Comeu do fruto proibido (Gn.

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3:6,7) e veio, imediatamente, a morte espiritual para ele e

sua descendência, caindo num poço profundo de separação completa de Deus.

A alma e o corpo em rebelião instigados por satanás (Gn.3:1-6), uniram-se contra o

governo do Espírito e destronaram a quem Deus havia estabelecido para governar a

personalidade do homem (o próprio espírito), perdendo as bênçãos que Ele lhes tinha

dado. “E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que vos dá semente e que

está sobre a face de toda a terra e toda arvore em que há fruto de árvore que dá

semente: ser-vos-ão para mantimento. E a todo animal da terra, e a toda ave dos

céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda erva verde lhe será por

mantimento. E assim foi. (Gn. 1:29,30)

Nota-se no cap. 3:16-19 que além de perder as bênçãos do Senhor, o homem foi expulso

do Éden e recebeu castigo ainda maior.Is. 1:5 nos diz “Porque sereis ainda

castigados, se mais vos rebelarei? Toda cabeça está enferma e todo coração fraco”.

A rebelião separa o homem de Deus, pois o mesmo passa a fazer uso da sua própria

vontade e opta pelo caminho que mais convém, levantando assim um muro de divisão

com o Senhor por causa da sua própria iniqüidade (Isaias 59:2;Efésios 2:2,3)

TENTAÇÃO E ORIGEM DO PECADO

O pecado teve sua origem no jardim do Éden. E Deus querendo que o homem

permanecesse no estado de inocência advertiu-lhe sobre o único que poderia destruí-lo,

dizendo que não comesse do fruto do bem e do mal (Gn.2:16-17). Porém, satanás que

havia sido expulso do céu por pretender adoração que pertencia a Deus, planejou astuta

e sigilosamente, e através da serpente, comunicou-se com a mulher, usando os mesmos

argumentos que o levaram a rebelião contra o próprio Deus e disse-lhe: “...Certamente

não morreria...” (Gn.3:4-5).

- Os argumentos que o inimigo usou foram:

a) Não morrereis

b) Serão abertos os vossos olhos

c) Sereis como Deus

d) Saberá acerca do bem e do mal

Partindo como satanás conseguiu despertar a curiosidade da mulher (pois foi a primeira

a comer do fruto proibido), Paulo toma essa experiência e exorta aos Coríntios, dizendo:

“Mas receio que assim como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, assim

sejam corrompidas as nossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devido

a Cristo”. (II Co.11:3). Segundo Tiago 1:14 a concupiscência vem a ser a natureza

perversa que há dentro de cada pessoa e satanás prepara a tentação de acordo com a

fraqueza de cada individuo, levando a humanidade á destruição, segurando-a com

pecado.

- A tentação tem seus objetivos específicos:

1- Retirar a autoridade da Palavra de Deus

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2- Levar o homem á desobediência

3- Separá-lo completamente de Deus

- Outros objetivos da tentação:

a) Atacar e desvirtuar a mente do homem

b) Atrair e conduzir para pecado

c) Afastar da presença de Deus

d) Atacar a natureza fraca de cada pessoa

O primeiro casal caiu numa armadilha do inimigo e sua queda foi um processo:

- Eva viu que o fruto era bom para comer;

- Desejoso para a carne

- Era apetitoso e agradável aos olhos

- Cobiçável para alcançar sabedoria e vanglória

O inimigo mudou a palavra de Deus dizendo: “... Não morrereis...” (Gn.3:4) e Deus

jamais muda o que sai dos seus lábios ou retifica o que Ele faz. Satanás inflamou o ego

de Eva quando disse que ela seria como Deus e conseguiu colocar a soberba no seu

coração. Nos dias atuais, o homem fala com arrogância e se gaba de não dar crédito ao

que a Bíblia ensina, mas quando se arrepende e consegue entrar no santuário de Deus o

pecado o pecado tem fim . (Sl.73:18-20).

O PECADO

“...Tomou do seu fruto, comeu, e deu ao seu marido, e ele também comeu”. Ao

voltar-se para o pecado e haver agido de acordo com sua natureza pecaminosa, o

homem se fez culpável diante dos olhos de Deus, pois transgrediu a norma, a lei que o

Senhor havia ordenado. (Gn. 2:16,17).

O pecado trouxe a morte espiritual e física, bem como a condenação eterna para o

homem que, separado de Deus, é incapaz de salvar-se a si mesmo, dependendo

exclusivamente da graça de Deus em Jesus Cristo, desde que se arrependa e creia N’ele

como filho de Deus e seu salvador: o único remédio contra o pecado, que se instalou e

depravou a raça humana.

As conseqüências do pecado são: Morte espiritual (eterna), morte física, cegueira

espiritual, imoralidade, falta de comunhão com Deus, dor, sofrimento, maldição, temor,

entre muitas outras que aprisionam o homem.

O TEMOR

Nos dias de hoje, muitas pessoas ouvem a palavra, mas fogem da presença divina, assim

como Adão, porque não querem ter compromisso serio com o Senhor, tem medo.

O temor do homem colocara o laço, sabendo-se que o medo não é uma virtude, mas

uma debilidade que veio por causa do pecado. “Seja o vosso temor, Ó Senhor, não

temerei o que possa me fazer o homem”. Adão ao verse nu e desprotegido

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experimentou no consciente de sua natureza

pecaminosa, a sensação do temor (Gn 3.10) e a sua primeira reação após o medo foi

fugir de Deus e se esconder entre as árvores. (Gn 3.8b).

Esse temor cria ciladas ou laços que devem ser quebrados. “O medo do homem lhe

arma laços”. (Pv 29.25). “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o

diabo vive pecando desde o inicio. Para isso se manifestou o filho de Deus, para

destruir as obras do diabo” (1 João 3.8).

O CASTIGO

Deus teve que castigar todos que estiveram envolvidos no pecado. O Senhor

amaldiçoou a serpente e dede então se arrasta no pó da terra. (Gn 3.14-16). O homem

foi expulso do paraíso com sua mulher e este tinha a árdua tarefa de lavrar a terra que

havia ficado sob juízo de maldição, por causa do pecado que ele mesmo tinha cometido.

(Gn 3.17-23).

Deus havia advertido o homem sobre as conseqüências desastrosas se este lhe

desobedecesse. (Gn 2.17b). Embora o homem permanecesse consciente da ordem das

coisas, seu lado espiritual morreu, imediatamente quando comeu do fruto proibido. O

homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, com sua natureza eterna. Por causa

de sua desobediência teve colher as conseqüências de uma maldição causada por ele

mesmo. Paulo disse: “Porque o salário do pecado é a morte...”(Rm.6:23).

O salmista Davi em sua oração dizia: “Eu nasci em pecado, e em iniqüidade me

concebeu minha mãe”(Sl.51:5). Desde o momento que nasci, o homem possui uma

propensão natural para o pecado, sua natureza é pecaminosa, é egoísta e quer satisfazer

seus próprios desejos mesmo que esta atitude prejudique e cause sofrimento ao seu

próximo.Davi reconheceu que sua natureza era pecaminosa, ele sabia que em Deus

havia redenção através do seu sangue, e demonstra isso quando diz: “purifica-me com

hissopo e ficarei limpo: Lava-me e ficarei mais alvo que a neve” (S.51:7).

O rei Davi pecou cometendo adultério com Bateseba e assassinando o seu marido, o

heteu Urias. Porém, o Senhor fez com que Davi entendesse a magnitude de seu pecado e

confessa se “...pequei contra o Senhor”. Ele sabia que aquele pecado o condenara a

morte essa consciência do reconhecimento levou Davi ao genuíno arrependimento e

confissão dos seus pecados. (Sl.51). Antes, porém, o pecado levara a afetar a saúde de

Davi, como nos relata o Salmos 32.

Isto é um exemplo de que muitas pessoas podem estar doentes por causa de algum

pecado que mantenham oculto. Não só a área física, mas a emocional, sentimental e

principalmente, a espiritual são afetas pelos pecados não confessados. Os problemas nos

atacam e não temos explicação. Davi encontrou a resposta, até que tomou a decisão de

confiar ao Senhor todas as suas transgressões e disse: “...E tu perdoaste a maldade do

meu pecado...” (Sl.32:5).

Medite nestas palavras:

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Reconhecer e confessar o pecado com um coração

sincero e arrependido, sempre trará o perdão gracioso da parte de Deus, a

remoção da culpa e a dádiva da sua presença.

LIÇÃO 03- COMPREENDENDO O PECADO

O QUE É PECADO?

É transgredir a lei de Deus. Sendo o pecado uma transgressão e uma rebelião

contra Deus, é o mesmo que uma “Declaração de Independência”, de Deus. Em

suma, é fazer a vontade própria.(I Jo.3:4;Sl.51:1;Lc.15:29).

É toda injustiça. Isto é, é tudo aquilo que não é reto segundo o padrão divino.

(Jo. 5:17).

É uma divida. Contraída com Deus. Tal divida o homem não pode jamais

pagar. O homem uma vez cometendo pecado contra Deus, não pode desfazê-lo:

a única esperança está no lado divino. É o perdão que obtemos de Deus

mediante a morte vicária de nosso Senhor Jesus Cristo.(Mt. 6:12);

É não cumprir com os deveres de cristãos. Pecado não é só praticar o mal;

deixar de fazer o bem também é pecado. (Tg. 4:7), aqui está inclusa a

indiferença.

É não dar crédito a Cristo. Não ter fé em Cristo. Não lhe dar crédito é um

insulto a Deus que o enviou. (Jo. 16:8) – Ver nota sobre esse versículo.

É praticar coisas duvidosas (R.14:13).

É errar o alvo verdadeiro. O homem foi criado para temer a Deus, adorá-lo e

glorificá-lo, mas quando peca, erra esse alvo. (Rm. 3:23).

João 16:8 – “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do

juízo...”

NOTA: A obra de convicção realizada pelo Espírito Santo opera em três aspectos

em relação ao pecador:

1. O pecado. O Espírito santo desmascara e reprova a incredulidade e o

pecado, a fim de despertar a consciência da culpa e da necessidade de

perdão. Isto, constantemente, leva o pecador ao arrependimento genuíno e a

conversão a Cristo (At 2.37-38).

2. A justiça. O Espírito Santo convence o homem de que Jesus é o Santo filho

de Deus que o toma consciente do padrão divino de justiça em Cristo. Esse

padrão divino da justiça é controlado contra o pecado e a pessoa recebe

poder para vencer o mundo. (At.3:12-16; 7:51-60; I Pe. 3:18).

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3. O Juízo. Trata-se da obra do

Espírito Santo convencer o homem da derrota de satanás na cruz, do juízo

atual do mundo por Deus (Rm.1:18-32) e do juízo futuro de todos os

homens (Mt.16:27; At. 17:31; Rm. 14:10; I Co.6:2; II Co. 5:10; Jd.14).

EFEITOS DO PECADO

Morte Moral – a morte consiste na morte da vida de Deus dentro do

homem, ou seja, quando a natureza pecaminosa humana volta a

predominar dentro do individuo. (Gn.3:8).

Morte Física- o homem não morreu fisicamente no dia em que

comeu o fruto, mas ficou sujeito á lei da morte como resultado da

maldição divina (Gn. 3:19).

Morte espiritual- a morte espiritual destruiu a comunhão que o

homem tinha antes com Deus. (Gn.3:8).

Morte eterna- eterna condenação e separação de Deus como

resultado da desobediência do homem para com Deus. Percebemos

em (Gn.2:17) que o risco da morte deveria ser aceito pela fé, porque

Adão não tinha presenciado a morte humana.

A VIDA SOB O DOMÍNIO DO PECADO

“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da

morte” (Rm. 8:2)

“Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são

segundo o Espírito Santo para as coisas do Espírito” (Rm.8:5).

A lei do pecado e da morte é o poder dominante do pecado, que faz da pessoa escrava,

reduzindo-a á miséria. (Rm.7:7-14,24).

Viver “segundo a carne” (CARNE, aqui , é o elemento pecaminoso da natureza

humana) é desejar e satisfazer os desejos corrompidos da natureza pecaminosa, ter

prazer e ocupar-se com eles. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio,

da ambição egoísta, de raiva etc. (Gn. 5:19-21), mas também da obscenidade, de ser

viciado em pornografias e em drogas, do prazer mental e emocional em canas de sexo,

em peças teatrais, livros, vídeos, cinema etc.

RESISTIR E MORRER PARA O PECADO

“Por que todos pecaram e destruídos estão da glória de Deus”. (Rm.3:23).

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O pecado tenta reinar em nossas vidas através da carne e

tais desejos devem ser resistidos pelos que tem fé em Cristo. Como resistir ao pecado?

1º - Não atender ás concupiscências do corpo (Rm.6:12)

2º - Não colocar membro algum do nosso corpo á disposição do pecado.(Rm.6:13)

3º - Apresentar nosso corpo e a nossa personalidade submissa a Deus e a justiça.

(Rm.6:13-19).

O Crente morreu para o pecado de três formas diferentes:

Morreu para o pecado, do ponto de vista de Deus. Ele considera que o crente

morreu com Cristo na cruz e que foi ressuscitado na sua ressurreição (Rm.

6:5-10).

Morreu para o pecado quando nasceu de novo pelo Espírito e recebeu o

poder de Cristo para resistir ao pecado. (Rm. 6:14-18); para morrer

diariamente para o pecado, aniquilando os maus desejos da carne e vivendo

uma nova vida de obediência a Deus. (Rm.6:5-14,18,22).

Morreu para o pecado quando, no batismo em água, o crente proclamou sua

morte para o mundo e assumiu o compromisso de rejeitar o mal e de viver

em Cristo (Rm.6:3-5).

A NOVA VIDA DEBAIXO DA GRAÇA

A lei do Espírito de vida e o poder e a vida do Espírito Santo, reguladores e ativadores

operando na vida do crente. O Espírito Santo entra no crente e o liberta do poder do

pecado (Rm. 8:23). Essa lei entra em operação á medida que o crente se compromete a

obedecer ao Espírito Santo (Rm. 8:4-5,13,14).

Viver “segundo o Espírito” é buscar a orientação e capacitação do Espírito Santo e

submeter-nos a eles e concentrar nossa atenção nas coisas de Deus.

É impossível obedecer á carne e ao Espírito ao mesmo tempo (Rm. 8:7-8; Gl.5:17-18).

Se alguém deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos,

passa a viver segundo a carne (Rm. 8:13), torna-se inimigo de Deus (Tg.4:4), e a morte

espiritual e eterna o aguardam. Aqueles cujo amor e solicitude estão prioritariamente

fixados nas coisas de Deus podem esperar a vida eterna e a comunhão com Ele

(Rm.8:10,11,15,16).

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LIÇÃO 04- CLASSIFICANDO O PECADO

Rm. 8:6-8 – “Porque a inclinação da carne é morta; mas a inclinação do Espírito é vida

e paz porquanto a inclinação da carne Deus, pois não é sujeita á lei de Deus, nem, em

verdade, o poder ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”.

A CARNE

“CARNE” – (GR. SARX) é natureza pecaminosa do homem, com seus desejos

corruptos, a qual continua no cristão após sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm

8:6-8,13; G 5:17-21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o

reino de Deus. Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e

mortificada numa guerra espiritual contínua, diária, que o crente trava do poder do

Espírito Santo (Rm.8:4-14). Vejamos a seguir algumas das obras da carne:

PROSTITUIÇAO – (Gr. Porneia) – imoralidade sexual de todas as formas.

Isto inclui também gostar de quadro, filmes ou publicações pornográficos

(Mt.5:23). Os termos MOICHÉIA e PORNÉIA são traduzidos para um só

português: prostituição.

IMPUREZA – (Gr. Akatharsia) – pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios,

inclusive, mas pensamentos e desejos do coração (Ef. 5:3; Cl.3:5).

LASCIVIA – (Gr. Aselgeia) – sensualidade. É a pessoa seguir suas pr´pias

paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência. (II Co.

12:21).

IDOLATRIA – (Gr. Eidololatria) – a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos,

e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse

autoridade igual o maior que Deus e sua palavra (Cl.3:5).

FEITIÇARIAS – (Gr. Pharmakeia) – espiritismo, magia negra, adoração de

demônios e o uso de drogas e outros materiais na prática de feitiçaria

(Ex.7:11,22; Ap.. 9:21; 18:23).

INIMIZADES – (Gr. Echtra) - intenções e ações fortemente hostis; antipatia e

inimizades extremas.

PORFIAS – (Gr. Eris) – briga oposições, luta por superioridade (Rm.1:29; I

Co. 1:11; 3:3).

EMULAÇÕES – (Gr. Zelos) – ressentimento, inveja amarga do sucesso dos

outros (Rm.13:13; I Co.3:3).

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IRAS – (Gr. Thumos) – ira ou fúria

explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl.3:8).

PELEJAS – (Gr. Eritheia) – ambição egoísta e a cobiça do poder (II Co.

12:20; Fl.1:16,17).

DISSENSÕES – (Gr. Dichostasia) – introduzir ensinos cismáticos na

congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus. (Rm.16:17).

HERESIAS – (Gr. Hairesis) – grupos divididos dentro da congregação,

formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja. (I Co.11:19)

INVEJAS – (Gr. Fthonos) - antipatia ressentida contra outra pessoa que

possui algo que não temos e queremos.

HOMICIDIOS – (Gr. Phonos) – matar o próximo por perversidade. Notamos,

no entanto, uma ligação do termo PHONOS que está embutida na tradução do

termo METHE, a seguir, por tratar-se de praticas conexas.

BEBEDICES – (Gr.methe) – descontrole das faculdades físicas e mentais por

meio de bebida embriagante.

GLUTONARIAS – (Gr. Komas) – diversões, festas com comida e bebida de

modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas

semelhantes.

TIMIDEZ – consiste em o individuo temer a desaprovação, e as ameaças do

povo a ponto de dar menos valor á lealdade a Cristo e á verdade da sua Palavra.

Sua segurança e status pessoais em relação aos outros valem mais para ele d que

a fidelidade a Cristo. Entre os tais, estais, estão os crentes acomodados que

desistem da luta espiritual e se deixam vencer (Mc. 8:35; II Tm.2:12,13;

Ap.21:8).

FORNICAÇÃO – refere-se ás intimidades sexuais pré-conjugais,

especialmente entre a juventude, ou seja, namoro ilegal etc. (I Co.5:1; Ap.21:8).

MENTIRA – os mentirosos também fazem parte da classe de pessoas que Deus

abomina e terão sua parte no lago que arde com fogo e enxofre (morte eterna)

(Ap. 21:8).

Há igrejas, hoje, anunciando, que é possível alguém ser a um só tempo verdadeiro

filho de Deus e também imoral, mentiroso, adultério, homossexual, fornica dor,

idólatra e homicida. Tais pessoas contradizem as claras Palavras de Deus registradas

nos livros de (I Co. 6:9,10; Gl.519-21; Ef.5:5-7).

As palavras de Paulo, a respeito das obras da carne são severas e energéticas, pois

quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades perversas exclui-se d reino

de Deus, isto é, NÃO TERÁ SALVAÇÃO. (I Co. 6:9-10; Gl.5:21; A. 21:8).

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LIÇÃO 05 -O NOVO NASCIMENTO

A expressão “Nascer de novo”, nos faz entender, que o homem nasce de uma forma

errada, porém tem a necessidade de nascer outra vez. Não, o homem não nasceu de

forma errada, Deus o criou perfeito com alma, corpo e espírito, no entanto, o homem no

Éden escolheu experimentar a morte espiritual, cometendo o pecado da desobediência,

perdendo por sua vez a comunhão com seu Deus.

Em Efésios 2: 1-10, relata que o homem antes de ser vivificado por Cristo, estava

morto em seus delitos e pecados, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da

potestade do ar, do espírito que opera nos filhos da desobediência, que é por natureza

filhos da ira.

O nascer de novo é puramente espiritual, pois para experimentá-lo temos que ter

nascido fisicamente, com toda formação corporal; Jesus falou a Nicodemos ”Quem é

nascido de carne é carne, mais quem é nascido do Espírito é espírito”.

Todo homem indistintamente de raça, posição social ou condição econômica, que

queira ser participante do Reino de Deus, tem que passar pelo processo do novo

nascimento. Jesus cobrou isto, do religioso Nicodemos, da prostituta Madalena e do

publicano Zaqueu.

O Processo do Novo Nascimento

Este processo é uma obra exclusiva do Espírito Santo, não depende de um mero

cumpridor da lei, que faz suas orações rotineiras e seus jejuns, não depende da

capacidade intelectual, nem da vontade , nem do esforço de qualquer ser humano. Não

entendemos como acontece, sabemos que é real, pois vemos pessoas totalmente mortas

em seus delitos e pecados, praticando toda torpeza, participando de práticas e seitas

diabólicas, e de repente passa pelo processo de novo nascimento e, é completamente

transformado. Em Lucas 1:35 Maria faz esta pergunta ao anjo, quando lhe disse que ia

conceber o salvador do mundo: Como posso ficar grávida se eu não conheço varão? E

ele respondeu-lhe: “descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te cobrirá

com Sua sombra”.

As experiências são diversas; assim como Jesus falou para Nicodemos em João 3:8

“O vento sopra aonde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para

onde vai, assim é todo aquele que é nascido do espírito”. O vento ás vezes é forte como

um furacão, tempestade, mas também é sereno e calmo. As conversões também são

assim, umas é tomado por fortes emoções, outras ás vezes nem é percebida, porém todas

começaram uma nova vida com Cristo; passando de imediato para condição de filhos

(Jo. 1:12-13).

Compreendendo o Arrependimento

Porque se arrepender?

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O pecado de Adão contaminou toda raça humana

conforme Rm. 5:12 “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e

pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque

todos pecaram”.

Deus na sua infinita misericórdia não deixa a humanidade doente, mas providenciou o

remédio eficaz e infalível; Rm. 5:19 “Pois como pela desobediência de um só

homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão

feitos justos”. O arrependimento é ação do homem em buscar esse remédio;

arrepender-se é dá uma volta de 180° graus, ou seja, dá as costas para o mundo e se

voltar para Deus.

Em Is. 55:7, encontramos um dos inúmeros convites de Deus ao arrependimento.

“Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao

Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em

perdoar”. A volta do homem para Deus é uma iniciativa dele.

Em Ezequiel 36:26-27 Deus promete através do arrependimento de Israel: “Dar-vos-ei

coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de

pedra e vos darei um coração de carne. Porei em vós o meu Espírito e farei que

andeis nos meus estatutos, guardem os meus juízos e os observareis”. Exemplos

bíblicos: Davi – Sl. 51 e Zaqueu – Lc. 19:8

Condição para alcançarmos o novo nascimento.

Para que o homem receba o novo nascimento é necessário que lê reconheça seu erro,

renuncie ao pecado, e tome uma decisão de voltar para Deus. Esta volta tem que ser

marcante genuína e de profundo arrependimento; como podemos observar na parábola

do filho pródigo em Lucas 15:11-31. Essa atitude deve ser acompanhada de

humilhação, renunciar sua própria vontade, confessando que errou e quer voltar a

condição de filho.

Benefícios do novo nascimento.

As vantagens são inúmeras, pois a Bíblia está repleta de promessas para os filhos;

podemos observar na parábola do filho pródigo, o contraste da vida antes e depois;

retoma o direito de filho, recebe uma roupagem espiritual completa e os céus entram em

festa, cf. Lc. 15-7 “... haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende, do

que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. “Podemos citar

outros benefícios”.

Adoção como filho e recebimento do Espírito Santo – 1 João. 3:1; Ef. 1:13

Autoridade delegada por Deus – Lc. 10:19

Poder na Oração – Tg.5:16b

Entendimento das escrituras – I Co. 1:2;Tt. 3:7

Vida abundante – Jo. 10:10b

Herdeiros de Deus – Rm. 8:7

Cidadão e membro da família de Deus – Ef. 2:19

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LIÇÃO 06- AS FASES DO CRESCIMENTO ESPÍRITUAL:

Bebê:

Podemos fazer um paralelo das fazes de um bebê quando nasce fisicamente, e do

nascimento espiritual. Observamos que o cuidado com o recém-nascido exige na

atenção dobrada, principalmente na sua alimentação, para que o mesmo tenha

crescimento normal dentro da sua conformidade; esses mesmos cuidados devem ter com

os convertidos, que acabaram de nascer. Dentro do princípio de desenvolvimento

espiritual, quero citar quatro prioridades fundamentais.

A palavra de Deus é o alimento primordial e essencial; é tão importante para vida do

bebê espiritual como o leite materno é para o bebê natural; cf. 1 Pe. 2:2 “desejai

ardentemente, como crianças recém-nascidas o puro e genuíno leite espiritual, para que

por ele vos seja dado crescimento para salvação”. Textos: Mt. 4:4 “Nem só de pão

viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Hb. 5:13 “Ora,

todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é

criança”.

Manter relacionamento com Deus permanente, através da oração. Devemos estar

ligados com Deus todo tempo; é por isso que a palavra nos ordena “orai sem cessar” – 1

Ts. 5:17. A oração é tão importante no crescimento espiritual que Jeus não ensinou os

seus discípulos a pregar, mas os ensinou a orar. A oração foi á maneira pelo qual Deus

estabeleceu para que tivéssemos comunhão com Ele. Assim como o nosso corpo precisa

alimentar-se três vezes ao dia, dessa mesma forma Daniel também orava três vezes ao

dia (Dn. 6:10) Jesus foi um exemplo de oração: pela manhã – Mc. 1:35; á noite – Mc.

6:46; no deserto – Lc. 5:16; durante toda noite – Lc. 6:12; na hora de angústia no

Getsêmani – Lc. 22:42.

Testemunhar da nossa fé. O bebê natural ele não fala, mas expressa com seu corpo,

alegria (através do sorriso), dor ou mal-estar (através do choro); assim também deve ser

o bebê espiritual, ele não sabe pregar, desenvolver texto ou manusear a bíblia com um

certo domínio, porém ele tem que usar a linguagem do bebê, ou seja, contar sua

experiência com Cristo para viver essa atitude não precisa conhecer a Bíblia, você sabe

o que experimentou, e só descrever, isso é testemunhar. O testemunho é primordial em

todas as fases espirituais, pois a palavra de Deus em Mt 10:32-33 “Portanto todo aquele

que me negar diante dos homens, também eu confessarei diante do meu Pai que está nos

céus, mas aquele que me negar diante dos homens, também eu negarei diante do meu

Pai que está nos céus”.

Comunhão com os cristãos. Em todas as fases da nossa vida cristã, nunca podemos

perder a comunhão com os irmãos; muitos pensam que não precisam ir a igrejas, podem

orar e ter comunhão com Deus em casa, esse é o primeiro sintoma do esfriamento

espiritual. A Bíblia nos ensina que a comunhão e necessária para o crescimento

espiritual sadio; podemos observar nos textos: Atos 2.24 “A igreja primitiva

perseveravam na comunhão uns com os outros”; Hebreus 10.24-25 “Concederemos uns

aos outros para estimularmo-nos ao amor e as boas obras...” João 1:7 “Mas se

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andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão

uns com os outros e o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado”.

Infância:

Como na vida natural as crianças são o futuro de uma cidade, estado ou uma nação,

também no reino de Deus as crianças espirituais serão os futuros pastores, seminaristas,

missionários e líderes de multidões, mas isso só ocorrerá se dermos o devido cuidado

que ele necessita; Provérbios 22:16 relata: “Ensina a criança no caminho que deve

andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Cuidado com o extremo,

não trate a criança como bebê (não, ela é pequeninha, não sabe o que está fazendo) e

nem como um adulto (seja homem! Homem não chora); saiba que tudo que você ensina

ela aprende. Paulo escreveu a Timóteo em II Timóteo 1:5 que “a fé que Timóteo

exercia, ele fazia memória de sua vó Loide, e também de sua mãe Eunice,...”, a

oração de Jesus em Mateus 11:25 “Graças te dou, ó Pai...que ocultasse essas coisas

aos sábios e as revelastes aos pequeninos”; a expressão “pequenina”, não se refere a

estatura física, mas a vida espiritual, humildade, simplicidade de vida, fé inocente,

pureza de coração, dependência total do Senhor, essa postura produz alegria no coração

do Senhor.

Juventude:

Essa é a fase do crescimento mais visível e acelerada na vida espiritual; é o começo do

amadurecimento; onde ele já tem suas vontades e decisões, podendo traçar seus

objetivos de oração; ingressar na escola de líderes, entretanto, deve ter

acompanhamento, porém os dias maus chegarão cf. Eclesiastes 12:1 “Lembra-te do

teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os dias maus, e cheguem

os anos nos quais dirás: Não tenho neles contentamento”.

É importante que desde a juventude se tome o caminho da retidão, da fidelidade a Deus,

colocando-se a disposição do reino e da soberana vontade de Deus; podemos destacar

alguns jovens na bíblia que fizeram história, que são: O Rei Davi, o Sonhador José,

Daniel e outros.

Adulto:

Sentir-se adulto e ser adulto, é completamente diferente; há muitos crentes que se

sentem adultos espiritualmente, porém carregam muitas características de meninos; ser

adulto é saber se manter é produzir seu próprio sustento e ser capaz de cuidar de outros.

Paulo alertou a igreja de Coríntios referente a meninice que diz: “Quando eu era

menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino, quando

cheguei a ser homem desisti das coisas próprias de menino” (I Co. 13:11).

O amadurecimento espiritual não depende da idade, da formação intelectual ou posição

social elevada; porém essa maturação é evidenciada no cristão, dentro do seu caráter

(honestidade, fidelidade, bondade, integridade, etc). Ser irrepreensível em toda área de

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sua vida, não tendo de que se envergonhar. Podemos

destacar na bíblia Daniel um homem de qualidade e amadurecimento espiritual:

Integridade Daniel 6:4

Daniel 9:3-4 – sentir a necessidade do povo, orando com súplica e clamor com toda

perseverança para alcançar a vitória como se fosse sua.

Velhice:

Essa fase no mundo natural é marcada pelo esquecimento, abandono dos familiares,

muitos se sentem inutilizados e marcados pelas enfermidades porém no plano de Deus a

velhice não é sinônimo de sofrimento, mas podemos ter uma velhice prazerosa, desde

que as fases anteriores sejam controladas por Deus, ou seja, aquilo que plantamos,

colheremos na velhice, se plantarmos doenças, canseiras e enfados etc, assim será, mas

se plantou o fruto do Espírito, colherá amor, paz, longaminidade, benignidade, bondade,

fidelidade, mansidão, domínio próprio. “contra essas coisas não há lei” (Gl. 5:22-23).

A velhice é igual a qualquer outra faze e que deve ser vivida naturalmente.

Não devemos abrir mão das promessas que recebemos do Senhor durante a nossa vida,

mesmo que estejamos velhos, mas a palavra do Senhor diz que a velhice do justo gera

frutos, podemos ver a velhice de Abraão:

Quando Deus lhe chamou tinha 75 anos de idade (Gênesis 12:4);

Ele entendeu que para Deus não existe a palavra ”impossível”;

Para Ele era impossível abandonar sua terra, família, seus negócios, etc;

Porém ele se apoiou nas promessas de Deus;

Era-lhe impossível ter um filho, pois sua mulher era estéril e tinha 90 anos de

idade mas ele simplesmente creu;

Era-lhe impossível sacrificar Isaque, mas ele obedeceu.

LIÇÃO 07- O BATISMO NAS ÁGUAS

A palavra “Batismo” deriva do termo grego, Batpismós que significa imersão.

Considerando o significado da palavra e pelos vários relatos da bíblia é que a maioria

das igrejas evangélicas praticam o batismo por imersão.

O batismo nas águas obedece uma ordem divina; em Mateus 28:19, Jesus ordena:

“...fazei discípulos...batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

A importância e o significado do Batismo

O batismo é de extrema importância na vida do cristão, vimos isto no exemplo de Jesus

em Mateus 3:16. Em Romanos 6:3 “Porventura, ignorais que todos os que fomos

batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte?”. Este texto ns mostra

que quando aceitamos Jesus com salvador, automaticamente somos batizados com

Cristo em sua morte; que ocorre pela fé no reino espiritual, no ato do Novo Nascimento,

e por sua vez temos que manifestar essas realidades espirituais, no reino físico,

participando do batismo nas águas.

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O significado desse batismo é darmos testemunho público da morte do homem velho e

o novo nascimento de um novo homem. Quando imergimos morremos para:

a) O pecado – Romanos 6:2

b) O mundo – Gálatas 6:14

c) A carne (desejos carnais) – Gálatas 5:24

d) A lei da graça nos libertou do julgo da lei – Romanos 7:6

Obs: Em Rm. 6:4 relata que nós fomos sepultados com Cristo pelo batismo e

ressuscitados com Ele, para andarmos em novidade, (2 Co 5.17 “...se alguém esta

em Cristo nova criatura é, as coisas velhas passaram, e eis que tudo se fez novo”) .

Qualificações Necessárias para o Batismo:

a) Crer em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador

b) Arrepender-se dos pecados – At. 2:38

c) Saber o significado do batismo, Rm.6:4 (morte da natureza e ressurreição de

uma nova vida).

LIÇÃO 08- ORAÇÃO

A oração é a maneira essencial de se comunicar com Deus; é o veículo, pelo qual, nos

relacionamos com Ele. Podemos identificar o sucesso da vida cristã pela freqüência de

oração, ou seja, não basta orar, tem que ter uma vida de oração.

Assim como o ser humano precisa de ar para sobreviver, no reino espiritual não se vive

sem oração; não existe maneira mais íntima de ns aproximarmos de Deus e entrarmos

no reino do espírito e apossarmos das bênçãos espirituais, se não for através da oração.

Muitas vezes encontramos muitos obstáculos (falta de tempo, cansaço, desânimo, etc.)

para não orarmos, porém Jesus é o nosso modelo, para Ele os obstáculos eram motivos

de orações; Ele tinha a consciência que a comunhão com o Pai era indispensável; a vida

de oração de Jesus era tão marcante que seus discípulos pediram para que Ele os

ensinasse a orar (Lc. 11:1). Jesus orava: peã manhã – Mc. 1:35, á noite – Lc.6:12, num

lugar deserto – Lc.5:16, durante toda noite – Lc.6:12, na hora de angústia no Getsêmani

– Lc. 22:42, na preparação do seu ministério, orou e jejuou por quarenta dias – Mt.4:1-

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Paulo não andou com Jesus, mas assimilou a importância da oração; ele sabia que para

ser discípulo do Mestre tinha que ter uma vida de oração; vimos esse valor da oração no

ministério de Paulo onde ele escreve de maneira enfática em suas cartas: Rm. 12:2; I

Co.7:5; Ef.6:18; Fp.4:6; Cl.4:2; ITs.5:17 “Orai sem cessar”.

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Entendemos que a oração é valiosa, poderosa e

indispensável na vida do cristão, porém temos que ter cuidado para não cairmos nos

erros dos fariseus; cuidado para não fazer da sua oração algo mecânico, enfadonho,

discurso de bondade, acusações; se não sabe orar faça com os discípulos, peça a Jesus

para lhe ensinar.

Os judeus haviam transformado a oração num ato meramente externo, acompanhado de

movimentos, gesticulações, e palavras repetidas, que eram expressas mecanicamente.

Por esse motivo Jesus exortou por várias vezes os líderes religiosos daquela época, lhes

dando a característica de um hipócrita: cf. Mt. 23:25-26 “Ai de vós escribas e fariseus

hipócritas! Porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro

estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do

copo, para que também o seu exterior fique limpo”. Para que seus discípulos não

caíssem no mesmo erro, Jesus lhes ensina três aspectos fundamentais na oração:

a) Não ser hipócrita Mt. 6:5; 7:3-5; 15:7-9. “É o que justifica a si mesmo,

está sempre dando desculpas dos erros: Ex: Fez por que alguém não

avisou; não queria fazer isto; a carne é fraca”.

b) Ter privacidade na oração Mt. 6:6; isto não quer dizer, que não devemos

orar em público, mas primordiais são minhas orações em secreto, pois

são através dela que temos intimidade com Deus.

c) Não usar de vãs repetições Mt. 6:7 achamos que por muito repetir Deus

vai nos ouvir, cuidado para não fazer da oração uma reza ou uma

penitência, lembre-se que antes de você pedir, Deus já sabe o que

necessitas.

Orações Fracassadas:

Desobediência – Dt. 1:45

Pecado Oculto – Sl. 66:18

Falta de misericórdia – Pv.21:13 “O que tapa seu ouvido ao clamor do pobre,

também clamará e não será ouvido”.

Desprezo á palavra – Pv. 28:9 “O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei, até as

suas orações são abomináveis”.

Iniqüidade – Is. 59:2

Instabilidade – Tg. 1:6-7

Egoísmo – Tg. 4:3

Como Obter Êxito na Oração:

1. Coração contrito – 2 Cr. 7:14.

2. Sinceridade – Jr. 29:13.

3. Fé – Mc. 11:24.

4. Justiça e Arrependimento – Tg. 5:16.

5. Obediência – I Jo. 3:22.

Oração do Pai Nosso:

Através desta oração Jesus estabeleceu dez níveis que cobrem dia a dia, todas as áreas

de nossas vidas:

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1. Nível de Redenção: “Pai nosso” Para os judeus o seu pai era Abraão e ele se

sentia bastante orgulhoso: João 8:9. Chamar Deus de pai era considerado

blasfêmia.Pai nosso significa rendição, submissão de filho para com o seu pai,

para o homem usar essa expressão tem que primeiro entregar sua vida a Jesus,

conforme João 1:12-13.

2. Nível de Autoridade: “Que estás no céu”. O céu está acima de todas as coisas,

não existe nada após o céu, isto expressa controle, domínio e autoridade sobre

todas as coisas, visíveis e invisíveis.

3. Nível de Adoração: “Santificado seja o teu nome”. É o único que devemos

adorar, não existe outro digno de adoração. Muitos o adoram de qualquer jeito:

coração com ódio, mãos manchadas e lábios impuros; conforme João 4:23-24

“Deus é Espírito e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em

verdade”.

4. Nível de Governo: “Venha o teu reino”. Venha sobre mim o seu governo,

domínio total em todas as áreas, predomine sobre mim a sua vontade, o seu

querer e o seu agir. Conforme Gl. 2:20 “...não vivo mais eu, mas é Cristo que

vive em mim”.

5. Nível de Evangelização: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como nos céus”.

Qual á vontade do Pai? Conforme João 6:39 á vontade de Deus é que nenhum se

perca. O projeto final de Deus é vida, foi por amor ao homem que Jesus deixou

seu trono de glória e despojou-se de divindade, para fazer-se homem; dando

assim o maior exemplo de amor e misericórdia.

6. Nível de Provisão: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. É ele que nos

sustenta em tudo, temos que aprender a lançar sobre ele toda nossa ansiedade

conforme Mt. 6:28-32 nos ensina.

7. Nível de Perdão: “Perdoa nossas dividas, assim como temos perdoado aos

nossos devedores”. Os meus pecados e ofensas ao meu Deus só são perdoados

quando eu libero perdão ao meu próximo. O perdão não traz mais

ressentimentos.

8. Nível Proteção: “E não nos deixe cair em tentação”. Eu não sou o todo

poderoso, eu não posso e não conseguirei chegar ao fim de minha jornada por

conta própria. Dependendo da proteção total de Deus, sou maior quando o Maior

está comigo na minha frente.

9. Nível de Libertação: “Mas livra-nos do mal”.

10. Nível de Segurança: “Não nos deixe cair em tentação”. Ele é o meu pastor, e o

bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.

LIÇÃO 09- AS ESCRITURAS SAGRADAS- BÍBLIA

Devemos entender que mesmo Deus sendo Espírito, tendo seus atributos (poderoso,

santo, soberano, eterno, etc.) totalmente superiores aos atributos do homem; pra muitos

é impossível Deus relacionar-se com o homem tão intimamente; porém, isto não é

verdade, Ele materializou formas pela qual pudesse ser entendendo pelo homem;

podemos destacar duas dessas formas:

a) A Bíblia sendo um livro divino veio até nós por canal humano. Deus sempre vai

falar em linguagem terrena, para que o homem possa entendê-lo; podemos

observar nos relatos bíblicos quando Deus e Jesus usam: Parábolas,

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comparações do natural para explicar o

espiritual, metáforas, linguagens figuradas, dinheiro, costumes, culturas, raças,

etc.

b) Jesus Cristo como filho de Deus, humilhou em forma de homem (Flp. 2:8),

através do seu nascimento, a fim de manifestar-se ao homem.

Conceito:

A palavra vem do grego que significa “biblion”, ou seja, os livros eram feitos em folha

de papiro. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado “biblion”, vários rolos

juntos eram chamados “bíblia”. Portanto, literalmente a palavra Bíblia quer dizer

“coleção de livros pequenos”. Com origem do papel, os rolos deixaram de serem

usados, sendo assim, a palavra bíblia deu origem ao nome livro.

A unidade da Escritura Sagrada é tão perfeita que a palavra Bíblia, sendo plural, passou

a ser singular, significando o LIVRO (O Livro dos livros e o Livro por Excelência).

Obs. Podemos afirmar que o autor da Bíblia é Deus, porém os escritores foram homens

conforme IITm. 3:16, a Bíblia é a revelação de Deus á humanidade.

A História:

Como vivemos em uma época de grande desenvolvimento tecnológico, principalmente

na área da imprensa, temos dificuldade em perceber o quanto era difícil produzir uma

cópia dos livros bíblicos, na época em que foram escritos. Cada cópia tinha que ser feita

lenta e laboriosamente á mão. Foi inevitável que muitos livros antigos se perdessem, o

que em grande arte explica o desaparecimento de todos os manuscritos originais da

Bíblia.

Composição da Bíblia:

Por ser um livro antigo, era apresentado em forma de “rolo”, conforme Jr. 36:2;

Suas escritas eram feitas em papiro (Papiro é uma planta aquática cuja

entrecasca é lâminas finíssimas e pergaminho que é uma pele de animal curtida

e polida.

Período da Escrita:

Foi escrita num período de 1600 anos por quarenta autores de diferentes

épocas, e culturas e posição social (reis, ilustres, juízes, profetas, mulheres,

lavradores e pescadores).

Primeiro livro foi escrito por Moisés, cerca de 1500 a C., e o último por João no

ano de 95 d.C.

Línguas Usadas:

O Antigo Testamento foi escrito no hebraico e um apequena parte no aramaico (Esdras

4:8 a 6:18; 7:12-26; Dn. 2:4 a 7:28; Jr.10:11 e o Novo Testamento foram escrito no

grego).

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O Cânon:

Cânon ou escritura canônica é a coleção completa dos livros divinamente inspirados que

constituem a Bíblia. A palavra Cânon é de origem grega e significa “vara de medir”,

porem no sentido religioso significa norm, ou seja, regras.

O mesmo Senhor Soberano e Onipotente que inspirou os homens para escreverem a

Palavra de Deus conduziu outros homens para reconhecer que esses livros deviam

formar o Cânon das escrituras.

Os livros “apócrifos” que significa escondido, ou secreto, aplicam-se genericamente a

uma série de livros sugeridos entre o antigo e novo testamento.

Obs. 1: a Igreja Católica Romana, no Concílio de Trento, 1546 d. C., considerou

canônico onze desses livros, que aparecem nas edições católicas das escrituras.

Obs.2: Os evangélicos, ou protestantes, aceitam os apócrifos, como material de

valor literário e histórico, porém rejeitam sua canonicidade.

Argumentos pela qual os Livros Apócrifos não pertencem ao Cânon:

1. Nunca foram citados por Jesus, e duvida-se que os apóstolos

tenham feito alusão a eles.

2. A maioria dos primeiros pais da igreja os consideraram como

não inspirados.

3. Não aparecem no Cânon Hebraico.

4. Quando comparados aos canônicos, os livros apócrifos, por sua

qualidade inferior, se revelam como indignos de ocupar um

lugar nas Sagradas Escrituras.

Os livros Apócrifos são:

1 e 2 Esdras; 1 e 2 Macabeus; Tobias; Judite; Adições ao livro de Éster; Sabedoria de

Salomão; Eclesiástico; Baruque; Epístola de Jeremias; Canções dos três jovens; Susana;

bel e o dragão e Oração de Manasses.

Comprovação da Veracidade da Bíblia:

Temos que entender que os argumentos abaixo mencionados, não são para mostrarmos

ao incrédulo que a bíblia é a Palavra de Deus, mas é para nós, pois temos que ter a cada

dia a convicção que esse Livro Divino é para nós; manifestação do poder de Deus para

nossas vidas, para crermos nessas verdades, primeiro temos que ter fé; temos que crer

no que a Bíblia afirma a respeito dela mesma “II Tm. 3:16 Toda escritura é

divinamente inspirada e proveitosa e proveitosa para ensinar, repreender, corrigir,

instruir em justiça”. Entre várias evidências podemos citar:

1. Nenhum escrito (obras) antigo apresenta tanta evidência documental como a

Bíblia. O Novo Testamento conta com cerca de 14000 cópias, temos que levar

em consideração a qualidade dessas cópias.

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2. A Bíblia declara ser a Palavra de Deus, e

nessa certeza ela afirma que sequer um pequenino acento ou letra não passará,

sem que tudo se cumpra (Mt. 5:17-18), vimos essas promessas ser relatadas

no Velho Testamento e cumprisse no Novo Testamento e alguma se cumprem

em nossos dias.

3. Inspiração, essa é a grande diferença de todos os livros do mundo; não

podemos negar a influência sobrenatural do Espírito Santo, capacitando os

escritores a receber e transmitir a mensagem divina sem apresentar erros,

Textos: Jr.36:2 “Toma um rolo, e escreve nele todas as palavras que te falei...”,

Ez.1:3 “Veio expressada mente a palavra do Senhor a Ezequiel...”; Ap. 14:13

“Então ouvi uma voz do céu que dizia: Bem-aventurados os mortos que desde

agora morrem no Senhor...” Podemos afirmar que os escritos da Bíblia foram

realmente homens natural, porém o autor foi Deus.

4. A harmonia e a unidade da Bíblia é fator marcante; essa perfeita harmonia é

mais uma prova incontestável de sua origem divina, onde observamos, que seus

66 livros, escrito por cerca de 40 homens, num período de aproximadamente

dois milênios, onde esses escritores tinham as mais variadas ocupações, muitos

não se conheceram e viveram em épocas diferentes; mesmo assim, verificamos

que os escritores deles se completam como se fosse um só assunto. Subtende-se

que a Bíblia não foi escrita para ser um livro, no entanto, não apresenta nenhuma

contradição doutrinária, história ou científica.

5. A Bíblia tem uma influência benéfica e transformadora na vida do homem;

mesmo aqueles que aceitam, reconhecem o seu efeito sadio na civilização. Sua

aceitação é universal, independente de raça, nação, tribo ou povos, qualquer um

que lê recebe sua mensagem como se houvera escrito exclusivamente para ele.

Ela também é atemporal, ou seja, é o livro mais antigo do mundo, porém o

mais moderno. É uma fonte inesgotável onde o leitor não perde o interesse pela

leitura.

Obs. A Bíblia é o livro mais lido em todo o mundo.

A Bíblia em Português:

João Ferreira de Almeida, nascido em 1628 em Lisboa – Portugal teve o privilégio de

honrar de traduzir pela primeira vez para o português o Antigo Testamento.

Iniciou o seu trabalho de tradução da Bíblia para o português em 1648. Em 1676, ele

concluiu o trabalho de tradução do Novo Testamento, remetendo-se para impressão,

sendo publicada em 1681 a primeira versão do N. Testamento em português.

Logo após a publicação do N.T., ele iniciou a tradução do V.T., porém só conseguiu

traduzir até o livro de Ezequiel 41:12, pois o mesmo veio a falecer em 6 de Agosto de

1691. Em 1748, o Pastor Jacobus reiniciou o trabalho dando continuidade á tradução,

ficando o trabalho concluído em 1753, sendo a primeira Bíblia completa traduzida em

português em dois volumes.

A Bíblia E Suas Divisões:

A bíblia se divide em duas partes: Velho Testamento e Novo Testamento.

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O Velho Testamento: Contém 39 livros, onde estão

divididos em cinco partes que são:

Livros da Lei ou Pentateuco: (5)

Gênesis- Êxodo- Levítico- Números- Deuteronômio.

Autor: Moisés

Livros Históricos: (12)

Josué- Juízes- Rute- I e II Samuel, Possivelmente Samuel, Desconhecimento,

Desconhecido, Indeterminado, crê-se que tem sido revisado por Esdras, Desconhecido,

atribui a Esdras, Desconhecido.

Livros Poéticos: (5)

Jó- Salmos- Provérbios – Eclesiastes – Cantares de Salomão.

Autores: Desconhecidos, Diversos (Davi, aos filhos de Core, Asafe, Moisés, Ageu,

Zacarias, Ezequiel, Esdras, Anônimos etc.), Atribuem a Salomão por ele ter escrito uma

grande parte, Desconhecido (Salomão), Salomão.

Livros dos Profetas Maiores: (5)

Isaias – Jeremias – Lamentações de Jeremias – Ezequiel – Daniel.

Autores: Todos esses livros seus autores são os seus títulos.

Livros dos Profetas Menores: (12)

Oséias – Joel – Amós – Obadias – Jonas – Miquéias – Naum – Habacuque – Sofonias –

Ageu – Zacarias – Malaquias.

Autores: Todos esses livros seus autores são os seus títulos.

O Novo Testamento: Contém 27 livros, onde estão divididos em cinco partes, que são:

Evangelho: (4)

Mateus – Marcos – Lucas – João.

Autores: Todos esses livros seus autores são os seus títulos.

Histórico:

Atos

Autor: Lucas

Epístolas Paulinas: (13)

Romanos- I e II Coríntios – Gálatas – Efésios- Filipenses – Colossenses – I e II

Tessalonicenses – I e II Timóteo – tito – Filemom.

Autor: Paulo.

Epistolas Gerais: (8)

Hebreus – Tiago – I e II Pedro – I, II e III João – Judas.

Autores: Anônimo é atribuído a Paulo, indeterminado (existe três Tiagos no N.T., mas

atribui a Tiago irmão de Jesus), Pedro, João, Provavelmente Judas.

Profético: (1)

Apocalipse .

Autor: João.

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LIÇÃO 10- O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é uma pessoa da Trindade, igual ao Pai e o Filho e tem as mesmas

substâncias, poder e glória, e deve-se crer Nele, amá-lo, obedecê-lo e adorá-lo,

juntamente com o Pai e o Filho.

Devemos entender que o Espírito Santo não é apenas um relato bíblico para explicar a

seqüência do plano Divino (Deus enviou o Filho e depois o Espírito Santo como

consolador), mas a bíblia mostra claramente que Ele é real.

Prometido por Jesus antes de subir aos céus. Jo. 14:16-18 “Eu rogarei ao Pai e

ele vos dará outro consolador...”

No inicio da criação da humanidade. Gn. 1:2 “O Espírito de Deus pairava sobre

a superfície das águas”.

No anuncio da chegada do Messias através de Isaias. Is.61:1 “O Espírito do

Senhor está sobre mim porque o Senhor me ungiu pra pregar boas novas...”.

Provas Bíblicas da Divindade do Espírito Santo:

1. Nomes Divinos: Deus – At. 5:3-4; Senhor – II Co. 3:18;

2. Atributos Divinos: Eternidade – Hb. 9:14; Onipresença – Sl.139:7-10; Onipotência –

Lc. 1:35; Onisciência – I Co.2:1-11;

3. Obras Divinas: Na criação – Jó. 33:4; Dá vida – Rm.8:11

Provas Bíblicas Da Personalidade Do Espírito:

1. Características pessoais: Inteligência - I Co. 2:10-11; Rm. 8:27; Vontade – I Co. 12:11;

Amor – Rm. 15:13; Bondade – Ne. 9:20; Tristeza – Ef.4:30;

2. Atos Pessoais: Falar – Ap. 2:7; At.10:19; Testemunhar – Rm.3:16; Interceder – Rm.8:26;

Convencer – Jo. 16:18; Ensinar – Jo. 14:26;

3. Reações Pessoais: Blasfemado – Mt.12:31-32; Mentira – At.5:3; Entristecido – Ef.4:30.

Relações Do Espírito Santo:

1. Nomes pessoais: O Espírito – I Co.2:10; O Espírito Santo – Lc.11:13; O Espírito Eterno –

Hb.9:14;

2. Nomes em relação ao Pai – O Espírito de Deus - Gn.1:2; O Espírito de Jeová – Is.11:2;

3. Nomes em relação ao Filho – O Espírito de Cristo – Rm.8:9; O Espírito de Jesus –

At.16:6-7;

4. Nomes em relação ao Homem – O Consolador – Jo. 14:26; O Espírito Purificador – Is.4:4;

O Espírito de Verdade – Jo.15:26.

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O Que Vem a Ser o Batismo do Espírito Santo:

Ser batizado é receber um revestimento de poder, experimentando as virtudes do

Espírito Santo, podemos observar em At.2:1. Podemos dizer que é a manifestação do

seu poder dentro de nós, salientando que Ele já está dentro de nós, pois somos o seu

templo I Co.6:19.

O batismo não foi só uma experiência para s cristãos da igreja primitiva, mas é para

todos que professam sua fé em Cristo. Pedro declara isso em Atos 2:39 “ Porque a

promessa diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos que estão longe e a tantos

quantos Deus nosso Senhor”.

O falar em outras línguas é uma das evidências exteriores do batismo no Espírito;

podemos observar essas evidências nos textos: At.2:1; 10:46; 19:6.

Os Benefícios Oferecidos pelo Espírito Santo:

1. Convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo de Deus. Jo.16:8

2. Realizar no homem o novo nascimento. Jo. 3:5-7

3. Capacita o crente com um poder sobrenatural, para um testemunho eficaz. At.1:8

4. É Ele quem fala a igreja. Ap.2:7

5. É Ele quem distribui os dons. I Co.12:7-11.

Os Símbolos do Espírito Santo:

1. Água: (física)É usada para limpeza do nosso corpo; (Símbolo) é usada para

limpeza da nossa mente, do nosso espírito e corpo.”...do seu interior correrão

rios de água viva...”. Jo. 7:38-39;

2. Fogo: É usado no sentido de purificação, queimar, destruir, purificando

nossas vidas. At.2:3;

3. Vento: O vento penetra em todo lugar movimentando o ar que respiramos,

renovando-o, refrescando o ambiente e nos dando condição de vida saudável.

”o vento sopra onde quer...assim é todo o que é nascido do Espírito”. Jo. 3:8.

4. Óleo: No antigo testamento era usado como unção especial para um serviço

especifico, após a unção o Espírito Santo vinha sobre ele. I Sm. 16:13. Óleo

também era usado nas lâmpadas. Como somos luz no mundo, temos que está

sempre cheios do óleo do Espírito Santo para brilharmos diante das trevas.

5. Pomba: A pomba é considerada no mundo inteiro como um símbolo da Paz.

Quando Jesus foi batizado o Espírito desceu sobre Jesus em forma de pomba,

ou seja, O Espírito Santo é apropria paz. Jo.1:32.

6. Vinho: Traz alegria, euforia, ousadia as pessoas tímidas, ou seja, o Espírito

nos torna uma pessoa feliz, alegre, cheia de gozo, mesmo nas situações

adversas e nos proporciona uma ousadia santa. Ef.5:18.

7. Selo: Selo significa fechar, proibindo que pessoas não autorizadas a toquem,

assim fomos selados pelo Espírito, e o maligno não nos toca. O selo também é

sinal de autoridade, um documento oficial com o selo do governo tem

autoridade do governo, portanto, se somos selados pelo Espírito, temos

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autoridade outorgada por Ele, este

selo também é a garantia que somos dEle e ele vem nos resgatar.

Os Dons do Espírito Santo:

Conforme I Co.12:4-11, há diversidades de dons, mas o Espírito é o mesmo. A

manifestação do espírito é dada a cada um para que seja útil na obra do Senhor,

usando-os com responsabilidade e eficiência. Os dons do Espírito Santo são nove:

Dons de Revelação:

a) Dom de Discernimento do espírito- Capacidade espiritual para julgar

profecias ou outras revelações espirituais

b) Palavra de Sabedoria – Conceder palavras sobre o futuro.

c) Palavra de Conhecimento – Expressa sobre um acontecimento do qual

não tínhamos conhecimento algum.

Dons Vocais:

a) Dom de Variedades de línguas: Serve para edificação individual, e da igreja

quando há interprete.

b) Dom de Interpretação de Línguas: Serve para que a igreja possa tomar

conhecimento de uma profecia proferida em línguas. Não é, e não pode ser

comparada como tradução.

c) Dom de Profecia: Trazer mensagem para igreja de exortação, edificação e

consolação.

Dons de Poder:

a) Dom Fé: É concedida para um trabalho direto e imediato do Espírito, ela é

produzida de tal modo que grandes milagres podem ser realizados.

b) Dons de Cura: Realizações de curas físicas, através de métodos sobrenaturais.

c) Dons de Operar Milagres e Maravilhas: É um poder divino sobrenatural para

alterar o curso da natureza.

Fruto do Espírito:

Toda pessoa que nasceu de novo tem o Espírito dentro dela, porém, essa evidência

tem que ser mostrada através do fruto do Espírito que são: Caridade, Gozo, Paz,

Longanimidade, Benignidade, Fé, Mansidão e Temperança. Gl.5:22.

Pecado Contra o Espírito Santo

Em Mt.12:31 e Mc.3:29, relata que todo pecado e blasfêmia contra o homem, serão

perdoados, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, ou seja, é réu

de eterno pecado. Dentro dessa ótica, devemos entender que não há perdão para

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aqueles que conhecem, ou seja, sabe o que é o espírito

Santo e faz a blasfêmia consciente. Em At. 5.3, Ananias não era um estranho ou

visitante, mas fazia parte da igreja primitiva. Em Ef. 4.30, Paulo exorta os crentes de

Éfeso, “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, o qual foste selados para o dia da

redenção”, no entanto, entendemos que só pode entristecer o Espírito Santo aquele

que é selado.