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1 ETEC JOÃO BELARMINO TÉCNICO EM DESIGN DE INTERIORES Ergonomia Eliane Gallo Aquino [email protected] Eloisa Macedo [email protected] Amparo - SP 2014

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    ETEC JOO BELARMINO TCNICO EM DESIGN DE INTERIORES

    Ergonomia

    Eliane Gallo Aquino [email protected]

    Eloisa Macedo

    [email protected]

    Amparo - SP 2014

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    Ementa do componente curricular

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    ERGONOMIA

    1. A origem do termo Ergonomia

    O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polons W.

    Jastrzebowski, que publicou um artigo intitulado Ensaio de ergonomia ou cincia do trabalho baseada nas leis objetivas da cincia da natureza.

    Figura 1. Crianas trabalhando no passado.

    Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro ingls chamado Murrel criou na

    Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a Ergonomic Research Society. O desenvolvimento da Ergonomia est ligado evoluo da tecnologia, principalmente

    no incio da revoluo industrial (Fig. 1), no final do sculo XIX, e incio do sculo XX.

    O nascimento oficial da Ergonomia se deu logo aps a Segunda Guerra, depois de se

    perceber que inmeras falhas ocorridas com avies e dispositivos como radares derivavam da

    inadequao dos mecanismos e reas de acionamento s capacidades humanas.

    A ergonomia uma cincia que tem como objetivo a melhoria da relao do homem e o

    meio ambiente com o estudo das caractersticas fsicas do corpo humano (fisiologia e fatores

    psicolgicos).Portanto, pode ser entendida como uma disciplina que tem como objetivo

    transformar o trabalho, em suas diferentes dimenses, adaptando-o s caacterticas e aos

    limites do ser humano.

    ergon + nomos Estes termos gregos

    denominam a cincia do trabalho

    2. Aspectos estudados pela Ergonomia

    Ser Humano: caractersticas fsicas, fisiolgicas, psicolgicas e sociais do trabalho;

    influncia do sexo, idade, treinamento e motivao;

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    Mquina: entende-se por mquina todas as ajudas materiais que o homem utiliza no

    seu trabalho, englobando os equipamentos, ferramentas, mobilirios e instalaes;

    Ambiente: estuda as caractersticas do ambiente fsico que envolve o homem durante o

    trabalho, como temperatura, rudos, vibraes, luz, cores, gases e outros;

    Informao: refere-se s comunicaes existentes entre os elementos de um sistema,

    a transmisso de informaes, o processamento e a tomada de decises;

    Organizao: a conjugao de todos estes elementos no sistema produtivo,

    estudando aspectos como horrios, turnos de trabalho e formao de equipes; 3. As diferentes abordagens em ergonomia

    Quanto abrangncia:

    o Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonmica;

    o Ergonomia de sistemas de produo: abordagem macroergonmica.

    Quanto contribuio:

    o Ergonomia de concepo:

    o Normas e especificaes de projeto;

    o Ergonomia de correo:

    o Modificaes de situaes existentes;

    o Ergonomia de arranjo fsico:

    o Melhoria de sequencias e fluxos de produo;

    o Ergonomia de conscientizao:

    o Capacitao em ergonomia.

    Quanto interdisciplinaridade:

    o Engenharia: projeto e produo ergonomicamente seguros;

    o Design: metodologia de projeto e design do produto;

    o Psicologia: treinamento e motivao do pessoal;

    o Medicina e enfermagem: preveno de acidentes e doenas do trabalho;

    o Administrao: projetos organizacionais e gesto de R.H..

    3.1. Os objetivos da ergonomia

    - Interpretar as abordagens e principais campos da aplicao da ergonomia;

    - Analisar as variveis relativas a ergonomia, propondo solues para melhoria do desempenho

    humano;

    - Analisar e identificar as principais diferenas entre as medidas objetivas e subjetivas da

    ergonomia;

    - Analisar e identificar condies antropomtricas para atendimento s determinaes dos

    padres mundiais;

    - Estabelecer relaes ergonmicas entre o homem, mobilirio e ambientes;

    - Estabelecer relaes ergonmicas visando atender aos portadores de necessidades especiais

    para a obteno de autonomia, segurana e conforto no trabalho e na vida diria.

    4. Os domnios da Ergonomia: Fsica, Cognitiva e Organizacional 4.1 A Ergonomia Fsica

    Interessa-se pelas caractersticas da anatomia humana, antropometria, fisiologia e

    biomecnica e sua relao com a atividade fsica e inclui:

    Posturas de trabalho; Levantamento manual de carga; Movimentos repetitivos;

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    Distrbios musculoesqueltico relacionados ao trabalho; Layout do local de trabalho; Segurana e sade.

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    4.2 Dimenses adequadas a movimentos especficos

    As diferentes atividades do dia a dia exigem um espao mnimo recomendado para que

    se possam ser executadas sem maiores problemas. Abaixar, sentar, alcanar um arquivo, ou

    seja, movimentar-se requer uma distncia, um rea, um espao para os movimentos envolvidos

    na ao especfica. Ento respeite:

    Aproximadamente 30 cm entre a altura do assento e a da bancada. Portanto, para

    mesas de 75 cm de altura, o assento deve ter 45 cm; para bancadas de 90 cm de altura,

    o banco deve ter 60cm; e para bancadas mais altas, de 100 cm a 110 cm, opte por

    bancos de 70 cm.

    Bancadas com pia devem estar aproximadamente com 5 cm abaixo do cotovelo (brao

    dobrado a 90.).

    A altura ideal para bancadas de trabalho e preparao de alimentos com a utilizao de

    utenslios de pequeno e mdio porte de 17 cm a 25 cm abaixo do cotovelo dobrado a

    90.

    4.3 Antropometria

    Antropometria o ramo das cincias biolgicas que tem por finalidade o estudo dos

    caracteres mensurveis da morfologia humana. O mtodo antropomtrico baseia-se na

    mensurao sistemtica e na anlise quantitativa das variaes dimensionais do corpo humano.

    Constituem divises da antropometria:

    Somatometria consiste na avaliao das dimenses corporais; Cefalometria estudo das medidas da cabea do indivduo; Osteometria estudo dos ossos cranianos; Pelvimetria ocupa-se das medidas plvicas; Odontometria estudo das dimenses dos dentes e reas dentrias.

    4.3.1 Qual a relao que existe entre Ergonomia, Antropometria e Design Ergonmico

    Na tentativa de estabelecer as adaptaes necessrias entre

    Homem/Envolvimento/Actividade de Trabalho, a Ergonomia socorre-se, por um lado, da

    Antropometria, que se encarrega de estudar as caractersticas antropomtricas individuais, por

    outro lado, do Design Ergonmico, que tenta criar condies materiais para que essa adaptao

    seja optimizada tanto quanto possvel.

    De um ponto de vista funcional, Design a organizao de um equilbrio harmonioso de

    materiais, de procedimentos e de todos os elementos de forma a satisfazer uma dada funo do

    ponto de vista artstico, e evidencia exclusivamente a componente artstica sem pensar na sua

    utilizao.

    Design Ergonmico a disciplina que disponibiliza metodologias que permitem o

    desenvolvimento de requisitos funcionais para uma dada proposta de concepo, centrada no

    utilizador, a partir das informaes obtidas na anlise ergonmica e da ergonomia do produto,

    fazendo com que haja uma optimizao da relao entre segurana, conforto e eficcia.

    Por seu lado a Antropometria fornece dados bidimensionais e tridimensionais para a

    Ergonomia, preocupando-se tambm com os deslocamentos no espao dos segmentos.

    A classificao proposta por Pheasant (1988), coloca a Antropometria como a cincia

    humana que contribui para a Ergonomia, com todo o seu conhecimento acerca das dimenses

    do corpo humano. Esta, por sua vez, possui dados, conceitos, princpios e metodologias que so

    necessrios para os processos de design.

    Existe portanto, uma partilha de informao por parte destas duas cincias e do design,

    sendo de prever que o fluxo de informao deve ser em ambas as direes, ou seja, de modo a

    que se verifiquem interaes positivas. Esta interao pode ser esquematizada:

    Antropometria

    Ergonomia

    Design Ergonmico

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    4.3.2 A importncia da Antropometria na Ergonomia

    O estudo dos dados antropomtricos, constitui uma base de referncia para a

    Ergonomia, que com a ajuda de todo este conhecimento vai tentar resolver os problemas

    dimensionais no local de trabalho, definir zonas de alcance e acessibilidade, conseguindo deste

    modo minimizar o desconforto e mal-estar que todo o envolvimento possa provocar.

    O problema para o projetista, consiste em organizar uma estrutura dimensional que

    conjugue a adaptao ptima do indivduo com o trabalho a realizar, nas condies fisiolgicas

    convenientes, por um lado, e na boa execuo da tarefa e conforto do operador, por outro. Esta

    adaptao deve ser feita, tendo sempre em conta as caractersticas do trabalhador, as

    condies de execuo do trabalho e as condies do envolvimento em que ele o executa.

    Assim, examinar o dimensionamento do posto de trabalho, do ponto de vista

    ergonmico, consiste em estudar a existncia e natureza das relaes que o trabalho

    determine. Desta relao resulta uma interao dos diversos segmentos corporais, uma

    determinada intensidade dos esforos dispendidos e a durao da postura.

    Aqui, entra ento a Antropometria, que com as suas vertentes, vem contribuir para a

    resoluo deste tipo de problemas:

    Antropometria Esttica/ Estrutural

    Estudam-se as dimenses lineares (alturas, comprimentos, permetros e dimetros) e o

    peso do corpo, que vo permitir melhorar a zona de trabalho do operador, fazendo com que ele

    no sinta qualquer constrangimento no exerccio das suas funes. Ou seja, comporta um

    conjunto de medidas bidimensionais ou tridimensionais, que definem com a melhor preciso

    possvel os tamanhos e formas humanas.

    Antropometria Dinmica/ Funcional

    Inclui medies de alcance, espao livre, rea de trabalho, postura e fora, realizados

    sob condies funcionais, isto , consideram-se dados relativos biomecnica humana,

    incluindo amplitudes dos gestos, velocidade dos movimentos, foras musculares aplicadas, etc.

    Estes dados, tm a caracterstica comum de definirem o espao corporal e de uma

    maneira geral as possibilidades extremas do operador executar movimentos e de exercer a sua

    fora muscular. Permite a concepo de um posto de trabalho e a realizao de um projecto, no

    qual a colocao dos rgos de proteco dos utenslios e mquinas impossibilitam que

    qualquer parte do corpo do operador penetre nas zonas de perigo e seja atingido por acidente.

    Antropometria Newtoniana

    Termo utilizado para descrever um conjunto de dados estruturais e funcionais aos quais

    se aplicam as leis de Newton do movimento.

    4.3.3 Diferenas e Variabilidade Humana

    Por tudo o que foi referido anteriormente, o estudo das posturas, movimentos

    profissionais, espaos de trabalho, concepo de ferramentas ou de rgos de comando,

    necessita de conhecimento prvio de medidas antropomtricas. No entanto, estas no so

    iguais de indivduo para indivduo. Existem, no plano geral, vrios factores que influenciam de

    forma marcante as caractersticas antropomtricas.

    Eles so, segundo Pheasant (1988):

    Sexo as dimenses corporais diferem consideravelmente de homem para mulher. Tanto ao nvel da estrutura esqueltica, como em nveis de adiposidade (maiores nas

    mulheres);

    Idade o ser humano aumenta a estrutura desde o nascimento at idade adulta, onde estabiliza. Por volta dos 40 anos comea a notar-se um decrscimo da estatura;

    Diferenas tnicas um grupo tnico constitudo por um conjunto de indivduos que habitam uma mesma zona geogrfica e que tm caractersticas fsicas idnticas, o

    que os distingue das restantes zonas e grupos de pessoas;

    Crescimento e Desenvolvimento cada indivduo possui informao gentica prpria que o faz ser diferente e ter um crescimento tambm diferente. O envolvimento que

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    rodeia o Homem desde a nascena, vai condicionar o desenvolvimento corporal de

    cada indivduo, fazendo com que essas diferenas se acentuem;

    Tendncia Secular traduz uma alterao das caractersticas mensurveis da populao, ocorridas durante um determinado perodo de tempo. Tem-se ento

    verificado um aumento proporcional no crescimento das crianas, uma diminuio da

    idade da puberdade e um aumento da estatura dos adultos;

    Classe Social e Ocupao segundo o tipo de ocupao que um indivduo tem, as suas caractersticas corporais moldam-se e definem uma forma caracterstica para

    cada indivduo. A Classe Social que determina a ocupao que o indivduo vai ter,

    influi com o modo de vida, com a conduta de cada um, com a alimentao e at com

    a prpria cultura.

    Por seu lado, Kroemer (1986), atribui esta variabilidade:

    Variaes Inter-individuais resultado das caractersticas do DNA. Este material gentico, inerente a cada indivduo que determina a composio celular e as

    caractersticas biolgicas. Alm disso, o tamanho corporal influenciado pelo

    envolvimento, ou seja, pela altitude, temperatura, sol e tipo de clima. lgico que, o

    modo de nutrio desempenha um papel importante, na medida em que provoca

    efeitos directos no aumento do tamanho corporal, tornando-o diferente de indivduo

    para indivduo;

    Variaes Intra-individuais na antropometria os efeitos da idade so bastante evidentes;

    Variaes Seculares actualmente os indivduos so maiores que os seus antepassados. O desenvolvimento secular das dimenses corporais pequeno e

    lento;

    Mudanas Populacionais caractersticas como a idade, sade, fora e composio da populao em geral, com o evoluir do tempo vo sendo diferentes, quer nas suas

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    exigncias, quer nas suas origens e fontes. Por outro lado, existem tambm as

    migraes.

    H portanto dois grandes desafios para aqueles que se preocupam em adequar as

    situaes de trabalho s caractersticas dos trabalhadores: Conhecer a populao e saber trabalhar com a diversidade inerente a ela.

    4.3.4 Tipologia Morfolgica

    A Somatotipologia uma escala de classificao morfolgica, introduzida em 1940 por

    Sheldon, Stevens e Tucker. O seu conceito central o de Somattipo, entendido como a

    quantificao dos trs componentes derivados dos trs folhetos embrionrios que determinam a

    estrutura morfolgica do indivduo, e designam-se de:

    - Endomorfismo (folheto endodrmico), exprime o grau de desenvolvimento em adiposidade

    (711 endomorfo puro);

    - Mesomorfismo (folheto mesodrmico), traduz o desenvolvimento msculo-esqueltico relativo,

    em relao altura (171 mesomorfo puro);

    - Ectomorfismo (folheto ectodrmico), traduz a linearidade ou o grau de desenvolvimento em

    comprimento (117 ectomorfo puro).

    Endomorfo

    A principal caracterstica dos indivduos com predomnio das formas arredondadas a

    sua capacidade de acumulao de gordura e o elevado volume dos seus rgos digestivos.

    Designao endomorfo, prende-se com o facto do sistema digestivo ter a sua origem

    embriolgica no folheto germinativo endodrmico.

    Os indivduos com caractersticas endomorfas, tm aspecto volumoso e uma grande

    concentrao de massa na zona central devido ao grande volume dos rgos digestivos e

    quantidade elevada de tecido adiposo acumulada nesta regio. A flacidez muscular evidente,

    a pele macia e aveludada, e em consequncia da sua maturao precoce terminam o processo

    de crescimento muito cedo.

    Mesomorfo

    Os indivduos com robustez fsica, apresentam um predomnio dos ossos, msculos,

    tecido conjuntivo e vasos sanguneos que se desenvolvem a partir do folheto germinativo

    mesodrmico.

    Robustos fisicamente, com ossos largos e pesados e msculos bem desenvolvidos e

    proeminentes, os relevos musculares e as projeces sseas so visveis. No apresentam

    concentraes de massa na regio central, a sua pele spera e encontra-se fortemente ligada

    aos tecidos subjacentes. A sua maturao varivel, sendo a resposta andrognica no incio do

    salto pubertrio muito intensa fundamentalmente nos rapazes.

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    Ectomorfo

    A pele e o sistema nervoso, que tm origem no folheto germinativo ectodrmico, so

    relativamente predominantes nos indivduos muito lineares e cujo tipo morfolgico dominante

    o ectomorfo.

    Os indivduos com caractersticas ectomorfas apresentam grande linearidade e

    fragilidade, consequncia directa de possurem uma superfcie corporal relativamente grande

    em comparao com a sua massa total. mnimo o desenvolvimento muscular e a acumulao

    de gordura corporal, sendo bem visveis as salincias sseas e a hipotonia muscular, a pele

    fina e est desligada dos tecidos subjacentes. Tendem a ser atrasados maturacionalmente

    apresentando algum potencial crescimento em altura aps o pico de velocidade em altura.

    4.3.5 Composio Corporal

    A Composio Corporal o estudo dos diferentes componentes qumicos do corpo

    humano, a sua anlise permite a quantificao de grande variedade de componentes corporais,

    tais como gua, protenas, gordura, hidratos de carbono, minerais, etc., variando as suas

    quantidades de indivduo para indivduo.

    A quantidade relativa de gordura corporal (percentagem de massa gorda) a medida de

    composio corporal que avaliada com maior frequncia. Este facto prende-se com a

    existncia de uma relao inversa entre a quantidade de gordura e a qualidade de vida, e entre

    a quantidade de gordura e a prestao motora.

    Heyward e Stolarczyk (1996), referem que a estimativa da composio corporal obtida

    atravs da quantificao da massa gorda e da massa livre de gordura. A massa gorda inclui

    todos os lpidos extraveis do tecido adiposo e dos outros tecidos, a massa magra consiste em

    todas as restantes substncias qumicas livres de gordura e tecidos orgnicos.

    Considerando o organismo humano composto por 3 componentes bsicos (msculo,

    gordura e osso) e a existncia de diferenas entre sexos na composio corporal, Behnke

    props dois modelos tericos: o homem de referncia e a mulher de referncia, que podem

    servir como base de trabalhos quando desejamos comparar a composio corporal de diferentes

    indivduos. De acordo com este modelo proposto, possvel verificarmos que:

    Homem de Referncia Mulher de Referncia

    Altura 174 Cm 163,8 Cm

    Peso 70 Kg 56,7 Kg

    Massa Muscular 31,3 Kg 20,4 Kg

    Gordura 10,5 Kg 15,3 Kg

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    Os adultos apresentam alteraes na composio corporal, embora estes se processem

    mais lentamente. Sabe-se que, com o aumento da idade h um aumento da percentagem de

    massa gorda e do peso corporal e, simultaneamente, a diminuio da massa livre de gordura,

    do contedo mineral sseo e de gua corporal (Van Loan, 1996).

    4.3.6 Medidas Antropomtricas

    As medidas convencionais em Antropometria incluem distncias entre pontos ou linhas

    (alturas, comprimentos e dimetros), permetros, superfcies, volumes e medidas de massa e

    de gordura subcutnea.

    4.3.7 Espao Livre

    Segundo Pheasant, o mnimo espao para dar acesso pessoal a passagens sujeitas a

    limitaes especiais. Espao disponvel em que a dimenso mxima aceitvel de um objeto

    determinado pela populao de percentil 95, ou seja, 95% das pessoas tm uma medida

    corporal inferior, logo, se o indivduo com maiores dimenses passa, os restantes 95% tambm

    passam, ficando apenas um espao inadequado para 5% da populao.

    Associados ao espao livre aparecem dois conceitos, que no podem ser considerados

    constries, pois so impossveis de quantificar, so as chamadas dimenses escondidas. A

    definio destas dimenses dada pelo espao mnimo necessrio para o bem-estar fsico e

    mental, e so eles:

    o Territorialidade

    Espao de uso exclusivo do indivduo, com importncia na alterao dos postos de

    trabalho, determinando a adaptao do indivduo nova situao. uma dimenso varivel de

    indivduo para indivduo, e consoante o grupo tnico ao qual pertence o indivduo.

    um conceito presente sobretudo nos animais, contudo o Homem tambm demarca o

    seu territrio, principalmente quando um espao que sempre utilizado pela mesma pessoa.

    Se no for respeitado este conceito na dimenso dos postos de trabalho, podem surgir

    alteraes no trabalho do indivduo diminuindo a performance e a produtividade.

    o Espao Pessoal

    Bolha psicolgica que rodeia o indivduo e que influencia a sua relao com os outros,

    sendo maior atrs e menor frente. relativo e psicolgico, variando de indivduo para

    indivduo, principalmente entre grupos tnicos e devido confiana que cada sujeito possui de

    si mesmo.

    Este conceito deve ser respeitado pelo facto de ter uma grande influncia sobre o bem-

    estar psicolgico do trabalhador, bem como sobre a sua relao com os outros.

    O Espao Livre impe assim determinadas consequncias no design ergonmico, como

    sejam a determinao do p direito adequado, os espaos mnimos para circulao e as

    aberturas adequadas para os vrios segmentos corporais.

    o Alcance

    Resulta do deslocamento dos segmentos corporais no espao tridimensional de forma a

    atingir o alvo e cumprir um dado objectivo, ou seja, com vista execuo de uma tarefa.

    Segundo Pheasant, um conjunto de coordenadas resultantes do deslocamento de um

    segmento no espao, definindo uma rea de trabalho. O percentil indicado como referncia o

    percentil 5, no entanto para a concepo de alcances ideais numa determinada situao de

    trabalho, deve fazer-se a interseco dos dois percentis.

    Importa referir, que a solicitao dos segmentos corporais no alcance no feita sempre

    da mesma forma, e normalmente, fazemos primeiro a solicitao dos segmentos mais

    proximais e depois dos segmentos distais.

    O Alcance depende de vrios factores, tais como: peso do objecto objectos mais pesados sero mais facilmente transportados se estiverem aproximados do centro de gravidade

    do corpo; vesturio se for muito apertado dificulta o alcance; inclinao do solo; limitaes da amplitude articular; barreiras; a base de sustentao; etc.

    o Postura

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    a posio e orientao dos segmentos corporais no espao durante a realizao de

    uma dada tarefa num dado momento, sendo o percentil negociado para cada situao, pois est

    dependente do Espao Livre, do Alcance, da Fora e tambm, do Campo de Viso.

    Na determinao da postura mais adequada para realizar a actividade, deve-se quando

    possvel, ter em conta a vontade demonstrada pelo trabalhador, ou seja, se este prefere

    desempenh-la sentado ou de p. No entanto, ela determinada pela relao entre as

    dimenses do corpo do indivduo e as dimenses do seu espao de trabalho, que podem

    provocar limitaes quer fsicas, quer visuais.

    Postura Sentado

    Contempla duas atitudes diferentes:

    - indivduo sentado, numa posio erecta, fazendo um ngulo de 90 entre pernas e coxas, e

    coxas e tronco;

    - indivduo sentado, numa posio relaxada, em que a plvis roda para trs e a coluna

    encontra-se flectida. Esta rotao aproximadamente de 30 a partir da posio erecta.

    A postura sentado no deve ser mantida durante grandes intervalos de tempo, devendo

    ser alternado com a postura de p, devido ao aporte sanguneo aos membros inferiores. Outros

    factores tambm podem constituir problema para o indivduo nesta postura e o ergonomista

    deve tentar sempre optimiz-las tendo como referncia os vrios percentis: altura do assento

    (altura popltea do P5 feminino); profundidade do assento (comprimento poplteo-ndega do P5

    feminino); encosto (P95 masculino); largura do assento (largura entre cotovelos do P95

    feminino); ngulo do encosto (inclinao mxima varia entre 100 e 110); ngulo do assento.

    Postura de P

    Utilizao de um apoia ndegas que reduza o peso suportado pelos membros inferiores e

    permita uma postura mais ou menos estvel, podendo ser utilizado em tarefas que requerem

    um descanso dos membros inferiores, mas que por limitao de espao, no permitem a

    colocao de uma cadeira.

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    o Fora

    Caracterstica individual que influenciada pelo comprimento dos segmentos corporais

    de cada indivduo, assim como pela postura adaptada e por todos os fatores fisiolgicos que

    tenham a ver com a tenso produzida ao nvel muscular. a capacidade que um conjunto de

    segmentos corporais tem para aplicar uma fora sobre um dado objecto e cumprir um

    objectivo, sendo o percentil 5 o mais adequado.

    A atividade de trabalho vai impor ao indivduo a adopo de vrias posturas que vo

    solicitar intensidades diferentes de fora, estabelecendo-se uma relao entre estes trs

    conceitos. Este compromisso entre Fora/Postura/Atividade de Trabalho, trs consequncias

    prticas ao nvel do desempenho do indivduo no posto de trabalho, como o caso da

    manipulao de comandos que devem ser adequados a cada nvel de fora.

    Pheasant definiu Fora como o estado mximo de tenso que um indivduo consegue

    exercer num esforo esttico de curta durao. Esta fora, designada de Fora Esttica,

    existindo tambm a Fora Dinmica, que pode ser exercida durante um longo perodo de

    tempo.

    Variao de Fora com o Sexo e a Idade Na generalidade, a fora das mulheres cerca de 60% da dos homens. Ambos os sexos

    atingem o pico de fora por volta dos 30 anos, decrescem em 90% aos 45 anos e em 70-80%

    aos 60 anos.

    Durao e Repetio da Fora A fora mxima apenas pode ser executada durante breves segundos. A percentagem

    mxima de fora aceitvel de um indivduo quando realiza esforos contnuos de 15%

    devendo ser evitada, para esforos frequentes aceitvel os 30%, para esforos ocasionais

    60% e acima destes deve ser evitado.

    H circunstncias em que a fora que o indivduo pode exercer depende de outros

    fatores, o caso das aes de levantar, puxar e empurrar, em que existe uma determinada

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    frico dos objectos ao solo, para alm do peso inerente a esses objectos. A carga aceitvel

    deve ser estimada para a pessoa mais fraca.

    4.3.9 A Ergonomia Cognitiva

    Relacionam-se com os processos mentais, tais como percepo, memria raciocnio e

    resposta motora, e seus efeitos nas interaes entre seres humanos e outros elementos de um

    sistema.

    Estuda tambm como esses processos afetam as interaes entre pessoas e outros

    elementos do sistema. Entre os tpicos relevantes:

    Carga de trabalho mental; Tomada de deciso; Performance especializada; Interao humano-computador; Confiabilidade humana; Estresse; Treinamento de trabalho.

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    4.3.10 Os Processos Perceptivos e Cognitivos

    4.3.11 estudo da Ergonomia das cores

    Segundo Iida (2005), a sensao de luz e calor associada com a forma dos objetos um dos elementos mais importantes na transmisso de informaes. So itens importantes na aplicao das cores:

    VISIBILIDADE

    Quanto mais visvel uma cor, mais ela chama a ateno; A visibilidade depende do contraste e da saturao da cor; Visibilidade em excesso fatigante.

    LEGIBILIDADE

    o contraste entre a figura e o fundo; Para aumentar, preciso distanciar as cores principalmente pela luminosidade.

    MEMRIA

    Experincias anteriores interferem nas atuais.

    EMOO

    As cores influenciam nosso estado emocional refletindo sobre: - Produtividade

    - Qualidade

    - Erros

    RECOMENDAES

    O uso adequado das cores facilita a comunicao, reduz erros e aumenta a eficincia no trabalho.

    COR NO AMBIENTE

    Cores claras ajudam na limpeza A sensao de temperatura pode ser influenciada: - Cores quentes aumentam o calor

    - Cores frias aumentam o frescor

  • 17

    Cuidado com cores fortes

    - Cores fortes podem tirar a concentrao

    Evite a monocromia - O ambiente fica confuso e estressante

    4.3.12 A Ergonomia Organizacional

    Relaciona-se com a otimizao de sistemas socio-tcnicos, incluindo suas estruturas

    organizacionais, polticas e processos. Tpicos relevantes: Comunicao; Gerenciamento de recursos humanos; Projeto do trabalho; Projeto de turnos de trabalho; Equipe de trabalho; Projeto participativo; Trabalho cooperativo; Novos paradigmas do trabalho; Organizaes virtuais; Teletrabalho; Gerncia de qualidade; Ergonomia de comunidade.

    5. Espaos de moradia

    Em ergonomia, o espao de moradia do homem constitui uma dimenso importante de

    anlise pelo nmero de variveis envolvidas e a interdependncia entre elas. Um es-

    pao de moradia adequado s caractersticas dos seus habitantes aumenta a segurana e o

    bem como favorece o conforto e o bem-estar. Considerar os diversos ambiente que compem

    uma residncia ser importante para a boa aplicao da ergonomia.

  • 18

    5.1 A Sala de Estar e Jantar

    importante observar as dimneses mnimas para a circulao e mobilirio nas salas de estar e jantar. So inmeras as opes de sofs, poltronas e mesas, mas o designer de

    interiores dever saber fazer a melhor escolha para o seu cliente. Abaixo seguem algumas

    indicaes das dimenses mnimas recomendadas para o ser humano:

  • 19

    A distncia das mesas de centro aos assentos no deve ser menor do que 50 cm. A

    distncia mnima de 60 cm mais aconselhvel, porm no ultrapasse os 70 cm, evitando que

    aspessoas tenham de levantar para utilizar a mesa.

    A altura do assento do sof ir variar conforme sua finalidade. mais inc-

    modo levantar de um sof mais baixo, embora possa parecer mais informal e

    relaxante. A estrutura dos mveis tambm deve ser considerada, j que pessoas

    mais idosas, por exemplo, preferiro braos mais firmes e altos para facilitar o

    apoio na hora de levantarem-se.

    A Sala de Estar (Living)

  • 20

    O revestimento do sof tambm deve ser analisado com cuidado, pois um

    sof de couro para algumas pessoas ideal pela facilidade de manuteno; para

    outras, desconfortvel, pois se escorrega facilmente sobre ele.

    O tamanho das mesas de jantar ir variar segundo o modelo e, principalmente, o

    tamanho das cadeiras e vice-versa.

    Aparadores devem ter no mnimo 50 cm de profundidade, para que travessas e outros

    utenslios possam ser dispostos sem problemas num jantar americano, por exemplo.

    Buffets para louas e objetos relacionados com almoo ou jantar podem ter

    at 60 cm de profundidade. Mais do que essa medida, tornam-se demasiada-

    mente fundos e de difcil acesso. Lembre-se de manter uma distncia de, no

    mnimo, 120/130 cm entre o buffet e a mesa, caso tenha de ter acesso a ele

    durante o jantar, evitando incomodar as pessoas durante a refeio.

    Cadeiras de jantar medem, no mnimo, aproximadamente 45 cm x 45 cm,

    com a mesma medida para a altura do assento. As cadeiras com brao sero

    razoavelmente mais largas.

    Mesas circulares (dimetros mnimos) e altura entre 70 cm e 75 cm:

    2 pessoas - 60 cm; 4 pessoas - 90 cm; 5 pessoas - 110 cm; 6 pessoas - 120 cm; 8 pessoas - 140 cm. Para as mesas quadradas ou retangulares, a altura tambm varia de 70 cm a

    75 cm, dependendo da cadeira e do modelo. Podemos considerar 60 cm como

    espao para cada pessoa e rea mnima de 60 cm x 45 cm. Para cada cabeceira

    de mesa, adote o mnimo de 20 cm a mais no comprimento da mesa. O ideal,

    entretanto, seria 45 cm.

    5.2 Banheiros e Lavabos

    Banheiros e lavabos tambm merecem muita ateno quanto s dimenses mnimas

    recomendadas. Os boxes podem ter portas de abrir (para fora o mais indicado por motivo de

    segurana), correr ou sanfonadas.

    Medidas e dimenses especiais para pessoas com necessidades especiais constam na

    NBR 9050/2004.

  • 21

    5.3 Cozinhas

    As cozinhas devem ser confortveis e adaptadas a cada famlia. As alturas

    podem variar conforme a utilizao das bancadas de apoio.

    Bancadas:

    pia - 83 cm a 90 cm ou 5 cm abaixo do cotovelo dobrado a 90 graus;

    preparao de alimentos - 83 cm a 90 cm ou 5 cm a 10 cm abaixo do cotovelo dobrado a

    90 graus;

    utilizao de eletrodomsticos de pequeno e mdio porte - 70 cm a 75 cm

    ou 17 cm a 25 cm do cotovelo dobrado a 90 graus.

    Bancada para refeio

    (diferena de aproximadamente 30 cm entre a bancada e o assento)

    com cadeira ou banco baixo - 75 cm;

    com banco mdio - 90 cm;

    com banco alto - 100 cm/110 cm.

  • 22

    5.4 Dormitrios

    Nos dormitrios, as principais consideraes quanto ergonomia esto

    ligadas ao espao de circulao ao redor das camas e s reas destinadas ao

    armazenamento de roupas e objetos.

    O espaamento entre as camas ou entre cama e a parede nunca deve ser

    menor do que 50 cm, mnimo ideal de 60 cm, e melhor distncia 70/80 cm.

    O tamanho das camas varivel. Seguimos no Brasil as medidas america-

    nas. Basicamente podemos considerar num estudo preliminar as seguintes

    medidas:

    solteiro - de 70 cm a 90 cm x 190 cm;

    viva - 120 cm X 190 cm;

    casal - 140 cm X 190 cm;

    queen - 150 cm x 2 m.

    king - 160 cm x 2 m;

    cama tipo box americana (tipo hotel) - pode medir de 180 cm x 2m a 2 m x 2,10 m.

  • 23

    Camas com estrado geralmente tm altura de 45 cm; as do tipo hotel/box podem ser mais

    altas.

    As mesas de cabeceira devem estar de acordo com a altura das camas. A melhor opo

    seria a mesa ter uma altura um pouco maior do que a da cama, evitando que a pessoa bata a

    cabea a noite. As dimenses das mesas ou criados mudos so variadas.

    ESTUDO DE CASO 1: Executar um layout para um casal de terceira idade adotando o projeto

    da Casa da Sogra. Adotar a NBR 9050/2004.

    6. Espaos de trabalho

    Em ergonomia, o espao de trabalho constitui uma dimenso importante de

    anlise pelo nmero de variveis envolvidas e a interdependncia entre elas. Um es-

    pao de trabalho adequado s caractersticas dos trabalhadores aumenta a segurana

    dos homens/mulheres e equipamentos, a probabilidade de melhoria da produo,

    bem como favorece o conforto e o bem-estar. Considerar o espao de trabalho, ou

    melhor, os locais onde os trabalhadores desenvolvem as suas atividades importante

    para compreender diferentes aspectos do trabalho como:

  • 24

    As posturas possveis;

    As dificuldades em obter certas informaes;

    As necessidades de deslocamento;

    Certas estratgias operacionais, entre outras variveis.

    A compreenso da relao dos trabalhadores com o espao fundamental para

    a (re)concepo dos postos, dos locais e do ambiente.

    Como j vimos nos captulos precedentes, a questo do espao de trabalho

    sempre esteve presente nas demandas e nas abordagens da ergonomia. Conceitos

    relativos a essa questo foram, e so, tratados isoladamente ou integrados com ou-

    tras variveis do trabalho. A necessidade de integrar organizao do espao com as

    dimenses humanas, com os ritmos biolgicos, com a fadiga pode ajudar a explicar

    o desconforto, as doenas e os insucessos.

    Utilizaremos um estudo de caso como fio condutor na apre-

    sentao dos conceitos, mostrando como eles podem ser aplicados. Discutiremos,

    tambm, os espaos de trabalho, ora retomando os conceitos j apresentados, ora

    sugerindo novos elementos determinantes para a sua compreenso e anlise.

    Inicialmente, apresentaremos uma situao de trabalho com uso de compu-

    tadores e a partir dela discutiremos as relaes do espao com a antropometria, e a

    relao entre alguns elementos ambientais importantes como a iluminao, o rudo

    e a temperatura com a fisiologia e os processos perceptivos humanos.

    ESTUDO DE CASO 2: Um hipermercado geralmente associado ao seu primeiro objetivo:

    vender produtos de diferentes naturezas, desde gneros alimentcios at eletrodomsticos.

    comum, ao pensar no trabalho de uma organizao como essa, que as pessoas

    geralmente se lembrem do caixa, dos organizadores de prateleiras, dos promotores,

    do pessoal da limpeza, ou seja, de todos os que lidam diretamente com o cliente/con-

    sumidor. No entanto, para que essa organizao obtenha sucesso, um conjunto de

    funcionrios executa tarefas de suporte direto e indireto ao atendimento aos clientes, como

    contabilistas, programadores/analistas de sistemas, administradores, psiclo-

    gos organizacionais, dentre outros. Abaixo segue o layout do espao de trabalho:

    Espao de trabalho

  • 25

    Maria uma dessas funcionrias e trabalha como analista de sistemas. Seu

    papel e criar e aprimorar novos aplicativos para controlar o estoque, identificar rela-

    es padres de consumo, desencadear processos de compras. Ela criou um progra-

    ma que permitiu mapear hbitos de consumo como, por exemplo: pessoas de uma

    determinada faixa etria costumam, ao comprar fraldas descartveis, levar tambm

    cervejas, principalmente nos finais de semana.

    Seu trabalho tem contribudo para que, ao planejarem promoes, os gerentes

    possam defmir a organizao das sees e prateleiras de maneira a induzir a compra I

    desses produtos conjuntamente. Apesar de no ser visvel para o pblico, seu traba-

    lho muito importante na relao direta consumidor-hipermercado.

    Maria e suas colegas chegam ao trabalho s 8h e saem s 18h. H um planto

    das 18h at s 24h, para garantir que caso o sistema informatizado apresente algum

    problema tenha algum para assegurar a manuteno. Quem est escalado para o

    planto, folga no dia seguinte.

    O ambiente de trabalho de Maria assemelha-se a um escritrio comum. Nele

    existem postos de trabalho onde esto colocados computadores, impressoras, mesas

    para reunio da equipe (veja croqui do espao de trabalho).

    Apesar dos acessrios para ajudar a reduzir o desconforto, como teclados de boa qualidade,

    apoio para ps, mouse e cadeiras ajustveis, nesse setor, h vrias queixas.

    7. Sugestes de livros e Normas, etc. ABRAHO, J. Introduo ergonomia: da prtica teoria. So Paulo: Blucher, 2009.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificaes,

    mobilirio, espaos e equipamentos urbanos, 2004.

    BOUERI FILHO, Jos Jorge. Projetos e Dimensionamento dos Espaos da Habitao

    Espaos de Atividades. So Paulo: Estao da Letras e Cores, 2008.

    GURGEL, Mirian. Projetando Espaos: guia de arquitetura de interiores para reas

    residenciais. So Paulo: Ed. SENAC, 2005.

    _______, Mirim. Projetando Espaos: guia de arquitetura de interiores para reas comerciais.

    So Paulo: Ed. SENAC, 2005.