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ESCOLA ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO – ENSINO FUNDAMENTAL. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO LARANJEIRAS DO SUL 2010.

ESCOLA ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO · dezembro de 1905. Filho de família abastada, que se arruinou economicamente, foi obrigado a exercer funções modestas. Estudou em Porto Alegre

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ESCOLA ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO –

ENSINO FUNDAMENTAL.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

LARANJEIRAS DO SUL

2010.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO

"A amorosidade de que falo, o sonho pelo qual brigo e

para cuja realização me preparo permanentemente,

exigem em mim, na minha experiência social, outra

qualidade: a coragem de lutar ao lado da coragem de

AMAR. Não é, porém, a esperança um cruzar de braços

e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se

luto com esperança, espero."

(Paulo Freire)

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..............................................................................................................04

2. IDENTIFICAÇÃO............................................................................................................04

3. MARCO SITUACIONAL ................................................................................................06

4. MARCO CONCEITUAL..................................................................................................17

5. MARCO OPERACIONAL...............................................................................................36

6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL

6.1.Arte...............................................................................................................................45

6.2.Ciências........................................................................................................................54

6.3.Educação Física...........................................................................................................69

6.4. Ensino Religioso.... .....................................................................................................74

6.5.Geografia......................................................................................................................79

6.6.História..........................................................................................................................97

6.7.LEM – Inglês...............................................................................................................105

6.8.Língua Portuguesa......................................................................................................120

6.9.Matemática.................................................................................................................136

7. ATIVIDADES ESCOLARES DE APOIO E COMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR

DESENVOLVIDAS NO ESTABELECIMENTO

7.1.1.Proposta Pedagógica Sala de Recursos.............................................................144

7.1.2.Proposta Pedagógica do CELEM - Espanhol (Centro de Estudos de Língua

Estrangeira Moderna).....................................................................................................158

7.2.Proposta Pedagógica das Atividades do Programa Viva a Escola

7.2.1.Esporte na Escola..................................................................................................172

7.2.2.Investigação Científica..........................................................................................176

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................180

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................180

10. ANEXOS

10.1. Matriz Curricular Ensino Fundamental................................................................184

10.2. Calendário Escolar................................................................................................186

10.3. Plano de Estágio....................................................................................................187

10.4. Plano de Ação para Implementação do Programa Prontidão Escolar

Preventiva........................................................................................................................191

10.5. Projeto Enriquecendo a vida................................................................................193

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O PPP da Escola Érico Veríssimo pretende representar à comunidade escolar a

sua realidade, bem como a sua identidade. É uma forma de organizar o trabalho

educativo junto ao coletivo escolar, a partir da avaliação de seus avanços e

descontinuidades. Decorrente disso, são propostas ações, por meio de um processo

participativo, bem como alternativas inovadoras a fim de possibilitar a melhoria da

qualidade de ensino.

Dentre as funções do PPP, destacam-se: o processo participativo de decisões; a

organização do trabalho pedagógico que leve a desvelar conflitos e contradições; os

princípios da autonomia , da solidariedade entre os agentes educativos e do estímulo a

participação de todos no projeto comum e coletivo; opções de superação dos problemas

no decorrer do trabalho educativo; explicitar o compromisso com a formação do cidadão.

O PPP deve ser compreendido como uma mola do dinamismo, se tornando um

instrumento indispensável no processo de organização da escola, visando a sua

transformação. Tem a intenção de expressar os rumos da educação, os princípios que a

norteiam, assim como, a concepção de homem, sociedade e mundo. A materialização de

sua proposta baseia-se nos princípios de universalização do ensino, gratuidade,

qualidade, inclusão, numa perspectiva de educação como direito de todos. Procura

expressar a reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os profissionais

envolvidos, no sentido de atender as diretrizes do sistema nacional de Educação, bem

como as necessidades específicas da comunidade.

2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

2.1.DADOS DO ESTABELECIMENTO

Escola: Escola Estadual Érico Veríssimo – E.F

Código: 41102274

Endereço: Rua Marechal Cândido Rondon, 1731.

Telefone: (42) 3635-1138 – 3635-1394.

Site da Escola: ljsericoverissimo.seed.pr.gov.br

Município: Laranjeiras do Sul.

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Código do Município: 1340.

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação (SEED).

NRE: Laranjeiras do Sul.

Código: 31.

Distância da Escola até o NRE: 600 metros.

2.2 HISTÓRICO

Este Estabelecimento de Ensino, inicialmente denominado Ginásio Estadual de

Laranjeiras do Sul, foi criado pelo Decreto N.º 12003 de 13 de Setembro de 1950,

assinado pelo Exmo. Senhor Governador do Estado do Paraná, Moisés Lupion e pelo

Exmo Sr. Erasmo Piloto , Secretário de Educação e Cultura. Passou a funcionar somente

em 18 de fevereiro de 1957, com 30 alunos matriculados na 1ª série do 1º Ciclo , tendo

como Diretor, o Senhor Gilson Carvalho, e tendo como sede, o Grupo Escolar Aluísio

Maier, localizado à Rua Antônio Joaquim de Camargo, onde permaneceu até 28 de

fevereiro de 1966. Mudou ao seu atual endereço, cito à rua Marechal Cândido Rondon,

N.º 1731, funcionando em prédio próprio, com 7 salas pertencentes à Unidade

Administrativa Estadual, sendo a entidade Mantenedora, o Governo do Estado do

Paraná.

A FUNDEPAR ampliou o prédio em 1967, construindo mais 04 salas, sendo uma

ocupada pela secretaria da escola. Somente em 1974 deu-se a adequação da parte

administrativa, que foi dividida em diversos setores para o funcionamento adequado.

Em 1976 foi extinta a Lei 4024/61 e implantado a Lei 5692/71, passando de

Ginásio, para Escola de 5ª a 8ª séries. Neste ano foi criada as extensões de Porto

Santana , Barreirinho e Guarani da Estratégica.

Pelo Decreto 2483/80 de 16 de junho de 1980 o Ginásio Estadual de Laranjeiras do

Sul, passa a denominar-se Escola Estadual Érico Veríssimo – Ensino de 1º Grau .O curso

de 1º grau ficou reconhecido, mediante a Resolução 2872/81, publicado no Diário Oficial

de 04/01/82.

Com a promulgação da nova LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei nº

9394/96, a Escola passou a denominar-se Escola Estadual Érico Veríssimo – Ensino

Fundamental, Ato de reconhecimento pela Resolução nº2872/81 de 04/01/1982 – Ato de

renovação do reconhecimento pela Resolução nº2466/02 de 12/ 07/ 2002, e Ato

Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar nº 89/09 de 30/12/09.

Érico Veríssimo foi escritor, nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, em 17 de

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dezembro de 1905. Filho de família abastada, que se arruinou economicamente, foi

obrigado a exercer funções modestas. Estudou em Porto Alegre e depois voltou à sua

cidade natal, onde trabalhou em um banco e tornou-se sócio de uma farmácia. Ali, entre

remédios, dedicava as horas vagas à leitura, principalmente de IBSEN, Shakespeare,

Bernard Shaw, Oscar Wilde e Machado de Assis, que muito influenciaram sua formação

literária. A escolha pela denominação Érico Veríssimo partiu da comunidade,

representando uma homenagem ao ilustre escritor.

DIRETORES NOMEADOS

Nome Gestão

Gilson Carvalho 1957 / 1960

Afonso Loocks 1960 / 1961

Angelo Romano Dagostin 1961/ 1970

Luis Renato de Mattos 1970 / 1971

Therezinha Mª Moretto Andreetta 1971 / 1982

Matilde Drabeski Vienc 1982 / 1985

Pedro Josefi 1986 / 1987

Julia Camargo Putini 1988 / 1992

Terezinha C. Fae 1993 / 1994

Julio Cesar Klaczek 1995 / 1996

Alda M. S. Vainer 1997 / 2002

Diovana Maria Southier 2004 / Março 2008

Roselaine Marin da Silva Abril 2008/2010

3. MARCO SITUACIONAL

A educação pública brasileira é marcada historicamente por ranços e avanços.

Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)-2007

comprovam que emerge dos números, “um novo Brasil”. Dividida em blocos, a análise

discute com profundidade e detalhamento os dados e avalia as modificações na área

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social do País, entre elas a educação.

Hoje, no Brasil, 97% dos estudantes com idade entre 7 e 14 anos se encontram na

escola, no entanto, o restante desse percentual, 3%, respondem por aproximadamente

1,5 milhão de pessoas em idade escolar, que estão fora da sala de aula. Para cada 100

alunos que entram na primeira série, somente 47 terminam o 9º ano na idade

correspondente. A estatística demonstra também que 61% dos alunos do 5ºano não

conseguem interpretar textos simples, não dominam o cálculo, no 9º ano não interpretam

textos dissertativos e não sabem realizar cálculos de porcentagem.

A análise dos dados, de forma geral, revela melhoria significativa na educação,

porém o que se discute é o nível de aprendizado efetivo das crianças e jovens na escola.

Sabe-se, entretanto, que o fato de a criança ou o jovem estar frequentando a escola não

garante sua aprendizagem. No entanto, a educação não pode estar desvinculada de um

todo, em que estão envolvidas a família, a comunidade e as condições mínimas de vida

em sociedade. Acredita-se existir um hiato entre o que se ensina em sala de aula e o

conhecimento informal, trazido pelo aluno. Questiona-se: como o conhecimento formal

elevaria a capacidade cognitiva da criança e do jovem, auxiliando-os no discernimento,

nas escolhas e perspectivas da vida profissional futura?

Limitações sociais da educação, como baixa condição socioeconômica dos alunos

e gestões ineficientes continuam recorrentes; entretanto, existem soluções, como as

redes de aprendizagem por meio de políticas públicas dirigidas, que reduziriam as

desigualdades escolares. O desafio do sistema educacional brasileiro continua amplo e

ambicioso, sugerindo um conjunto de ações, que demandam aumento significativo, não

apenas de investimentos, como também de coordenação e avaliação eficiente e contínua

de sua gestão.

No estado do Paraná, as análises das políticas educacionais da década de 1990,

nos permitem perceber as rupturas ou descontinuidades de um currículo que expressa as

necessidades da escola pública e de suas especificidades. Os descaminhos produzidos

pelos modismos pedagógicos, ao longo das políticas em âmbito nacional da década de

1990, ainda provocam impactos.

O empreendimento de qualquer iniciativa em prol da melhoria da qualidade da

educação está fortemente condicionado à presença, nas diferentes instâncias do contexto

educacional, de pessoas que compactuem com os objetivos e ideais educacionais, pois,

conforme concluiu Candeias (1995), a forma que temos de pensar e praticar a educação

está indissoluvelmente ligada as representações que temos da vida, da realidade e do

processo de formação do ser humano. Deste ponto de vista, os parâmetros e ideais de

qualidade explicitados nas atuais políticas educacionais, embora contemplem os

ideais propugnados no interior do contexto educacional, ao se voltarem

predominantemente às regras e indicadores do mercado, tornam-se contraditórios e

conflitantes com suas próprias proposições e, desta forma, pouco ou quase nada

introduzem de espaço real de transformação e superação dos problemas existentes no

sistema.

O estado do Paraná, conhecedor desta realidade, em conjunto com a SEED,

apresentou um grande desafio para a Escola Pública, a reformulação coletiva do Projeto

Político Pedagógico. Para melhor orientar o trabalho, realizaram-se encontros de estudos

e cursos, orientados pelo NRE, tais como: Semanas Pedagógicas, Cursos Específicos

das DCEs (Diretrizes Curriculares Estaduais), Grupos de estudos, Jornadas Pedagógicas

e Seminários. Estas ações objetivavam a melhoraria na qualidade da educação. Com

esta proposta, abrem-se espaços para debates, reflexão crítica e aprofundamento de

estudos por parte dos profissionais da educação e comunidade escolar.

As próprias escolas e Núcleos Regionais da Educação indicam como avanço a

compreensão sobre a forma de abordar discussões como violência, preconceito,

discriminação e uso indevido de drogas, a partir do seu PPP e do próprio currículo.

O município de Laranjeiras do Sul foi emancipado em 21/11/1946, através do

Decreto Lei Estadual nº 533, de 21/11/1946 e instalado oficialmente em 30/11/1946, data

em que é comemorado sua emancipação política administrativa. Está posicionado

geograficamente na região médio Centro-Oeste do Paraná com uma extensão territorial

de 601,00 km². Em relação ao seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) ocupa a

151ª posição. O IDH mede a qualidade de vida de um determinado lugar e este índice

varia de zero até 1, sendo considerado o do nosso município, índice médio.

A população corresponde a 30.063 habitantes, sendo 23.601 na zona urbana e

6.462 na zona rural. A base econômica do município é a agricultura, com destaque para

as culturas de milho e soja.

No que diz respeito ás mantenedoras da educação de Laranjeiras do Sul, a

Educação Infantil e as Séries Iniciais do Ensino Fundamental, são de responsabilidade

da Administração Pública Municipal e administradas pela Secretaria Municipal de

Educação e Cultura. As séries finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio,

Profissionalizante, EJA e Educação Indígena, são mantidas pelo Poder Público Estadual

e Administradas pela Secretaria de Estado da Educação. Quanto ao Ensino Superior, o

município conta com a Universidade Estadual do Centro-Oeste

(UNICENTRO),Universidade Aberta do Brasil (UAB), Universidade Federal da Fronteira

Sul (UFFS) e Faculdade Alto Iguaçu (FAI), sendo esta privada.

A Escola Estadual Érico Veríssimo – Ensino Fundamental, localizada à Rua

Marechal Cândido Rondon, número 1731, município de Laranjeiras do Sul, Estado do

Paraná, é mantida pelo Poder Público Estadual, administrada pela Secretaria do Estado

da Educação, jurisdicionada ao Núcleo Regional de Educação desse município. Atende

578 alunos, oriundos do centro, periferia e campo. Estes estão divididos em 22 turmas,

nos períodos matutino e vespertino. Para se locomover até à escola, 106 alunos utilizam

o transporte escolar.

Os profissionais da educação que atuam neste estabelecimento de ensino incluem:

1 Diretor; 2 docentes na disciplina de Arte; 5 docentes na disciplina de Ciências; 3

docentes na disciplina de Educação Física; 2 docentes na disciplina de Ensino Religioso;

4 docentes na disciplina de Geografia; 6 docentes na disciplina de História; 5 docentes na

disciplina de Língua Estrangeira Moderna- Inglês; 6 docentes na disciplina de Língua

Portuguesa; 4 docentes na disciplina de Matemática; 2 docentes da Sala de Recursos, 4

docentes da Sala de Apoio à Aprendizagem; 1 docente do CELEM; 2 docentes do

Programa Viva Escola; 4 Pedagogas; 7 Agentes Educacionais I; 4 Agentes Educacionais

II; 3 docentes Readaptados.

As atividades escolares do turno matutino iniciam às 7h e 30min e terminam às 11h

e 50min. No turno vespertino iniciam às 13h e terminam às 17h e 20min. São 5 horas/aula

diárias, perfazendo 25 horas/aula semanais, por turno.

A escola conta com programas de Complementação Curricular como Viva Escola,

CELEM- Centro de Línguas Estrangeiras Moderna- Espanhol, Sala de Apoio à

Aprendizagem e Sala de recursos, funcionando nos dias e horários abaixo:

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Viva Escola – Esportes

Das 13h e

50min às 17h e

20min

CELEM

Das 8h 20 às

10h

Sala de Apoio à

Aprendizagem

Língua

Portuguesa

Das 7h e 30min

às 11h e 05min.

CELEM

Das 8h 20 às

10h

Sala de Apoio à

Aprendizagem

Matemática

Das 7h e 30min

às 11h e 05min.

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Sala de Recursos

Das 7h e 30min às 12h e 45

Sala de Recursos

Das 7h e 30min

às 12h e 45

Sala de Recursos

Das 7h e 30min

às 12h e 45

Sala de Recursos

Das 7h e 30min

às 12h e 45

Viva Escola -Investigação

Científica.

Das 13h e

50min às 17h e

20min

CELEM

Das 13h e

50min às 15h e

30 min.

Sala de Apoio à

Aprendizagem

Língua

Portuguesa

Das 13h às 16h e 35 min

CELEM

Das 13h e

50min às 15h e

30 min.

Sala de Apoio à

Aprendizagem

Matemática

Das 13h às 16h

e 35 min

Sala de Recursos

Das 13h às 17h e 20 min

Sala de Recursos

Das 13h às 17h

e 20 min

Sala de Recursos

Das 13h às 17h

e 20 min

Sala de Recursos

Das 13h às 17h

e 20 min

CELEM

Das 19h às 20h

e 40min.

CELEM

Das 19h às 20h

e 40min.

A Escola Estadual Érico Veríssimo, procura dentro das possibilidades, organizar o

cronograma da hora- atividade, conforme as orientações do NRE, divididas por disciplina,

sendo assim:

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Língua Portuguesa

Educação Física

Ciências Matemática História Ensino Religioso

Língua Estrangeira

Moderna

Arte -------------

--------------

Geografia

Este cronograma é rotativo ano a ano e está sujeito a alterações devido a fatores

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do cotidiano que dificultam a concretização desse momento. Sendo eles: Diferentes

concepções do para quê é destinada a hora-atividade; Dificuldade de organização do

horário, de forma que as disciplinas afins se encontrem; Inviabilidade de conciliar o tempo

do professor com o do pedagogo; Hora Atividade para o Pedagogo com o intuito de

buscar a fundamentação teórica necessária para discutir com os professores o fazer

pedagógico; Visão fragmentada do trabalho.

Faz-se necessário que a hora-atividade vá além das atividades práticas

individualizadas e passe a ser utilizada também para estudos e momentos pedagógicos

coletivos, permitindo avanços no sentido de maior articulação entre as questões teóricas

e práticas, ou seja, entre os fundamentos e as práticas educativas.

Neste Estabelecimento de Ensino os alunos trabalhadores, estão amparados pela

lei nº 11788/2008, sendo atendidos conforme o plano de estágio em anexo.

A Escola Estadual Érico Veríssimo possui os seguintes recursos físicos e

materiais:

• Área física do imóvel:Terreno 6.000 m²

• Área construída: 1.044 m².

• Área livre coberta e fechada: 196 m².

• 01 laboratório de informática com 20 terminais, 05 multiterminais, 03 impressoras,

10 mesas;

• 13 salas, sendo 11 salas de aulas do ensino regular, 01 Sala de Apoio à

aprendizagem e CELEM e 01 Sala de Recursos;

• 01 Biblioteca;

• 01 Sala dos educadores;

• 01 secretaria;

• 01 sala da direção;

• 01 sala da Equipe Pedagógica;

• 01 cozinha;

• 01 dispensa;

• 01 almoxarifado e sala de materiais esportivos;

• 02 salas de material pedagógico;

• 03 sanitários femininos e 01 masculino, para uso dos funcionários;

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• 06 sanitários e 02 chuveiros femininos;

• 04 sanitários,02 chuveiros e 01 mictório masculino;

• 01 saguão;

• 01 mini-ginásio;

• 01 quadra de voleibol, sem cobertura;

• 11 Tvs Pen Drive;

• 03 vídeocassete;

• 03 aparelhos de DVDs;

• 04 aparelhos de som;

• 02 caixas amplificadas;

• 17 ventiladores;

• 03 microcomputadores;

• 02 impressoras;

• 01 aparelho de fax com impressora;

• 04 aparelhos telefônicos;

• 01 antena parabólica

O regime escolar adotado por esta escola é presencial e por série/ano,com

04(quatro) anos de duração, perfazendo um total de 3200 horas, para os anos finais do

Ensino Fundamental.

O porte da escola considera o número de alunos matriculados no ensino regular,

sendo que este estabelecimento está inserido no porte 4.

A Escola Estadual Érico Veríssimo adota a classificação como um procedimento

para posicionar o aluno na etapa de estudo compatível com a idade, experiência e

desenvolvimento adquiridos, por meios formais ou informais, podendo ser realizada por

promoção, transferência ou mediante avaliação, para posicionar o aluno de acordo com

seu grau de desenvolvimento. Adota, também, a reclasssificação como um processo que

leva em conta as normas curriculares gerais, objetivando encaminhar o aluno à etapa de

estudo compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que

registre o seu histórico escolar.

O aluno será promovido para a série seguinte, ao apresentar média anual, igual ou

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superior, a 6,0 em cada disciplina , e frequência mínima de 75% do total de horas letivas.

Este Estabelecimento de Ensino não oferta, aos seus alunos, matrícula com

progressão parcial, porém assegura a matrícula por transferência, neste regime, devendo

ser cumprida pelo aluno, mediante plano especial de estudos.

Nos anos de 2008 e 2009, a escola obteve os seguintes Índices de Rendimento

Escolar:

2008

Ensino/Série Rendimento Escolar

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

FUNDAMENTAL - TOTAL 85,70% 10,50% 3,70%

5ª SERIE 82,90% 12,00% 4,90% 6ª SERIE 79,30% 16,20% 4,40% 7ª SERIE 88,00% 10,10% 1,70% 8ª SERIE 94,80% 1,40% 3,60%

2009

Ensino/Série Rendimento Escolar

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

FUNDAMENTAL - TOTAL 95,20% 2,30% 2,30%

5ª SERIE 95,30% 1,90% 2,60% 6ª SERIE 94,80% 4,00% 1,10% 7ª SERIE 93,80% 2,40% 3,60% 8ª SERIE 97,30% 0,60% 2,00%

O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), é calculado a partir de

dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação) e médias de desempenho nos

exames padronizados aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir

do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Inep. As médias de desempenho utilizadas

são as da Prova Brasil (para Idebs de escolas e municípios) e do Saeb (no caso dos

Idebs dos estados e nacional).

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O IDEB alcançado pela Escola Estadual Érico Veríssimo, foi o seguinte:

IDEB observado Metas Projetadas

Escola 2005

2007

2009 2007 2009 2011

2013

2015

2017 2019 2021

Érico Veríssimo 3,7 4,7 4,6 3,8 3,9 4,2 4,6 5 5,2 5,5 5,7

A formação dos profissionais que atuam na escola:

Docentes acadêmicos: 04;

Docentes sem especialização: 03;

Docentes com licenciatura: 49;

Equipe Pedagógica com licenciatura: 04;

Agente Educacional I: Ensino Fundamental-01; Ensino Médio-05; Licenciatura-01 .

Agente Educacional II: Ensino Médio-03 ; Licenciatura-01 .

Direção: Licenciatura- 01 .

O maior desafio da escola é encontrar formas de tornar o ensino-aprendizagem

significativo para os que estão envolvidos no processo. Os professores são conscientes e

preocupados com a realidade social. Sabem da necessidade de diversificar suas aulas,

com atividades que despertem o interesse nos alunos, e que consequentemente, os

façam aprender. Reconhecem a necessidade de formar o cidadão indo além dos

conteúdos escolares. E para que esta prática se efetive, reconhecem a importância de

aproximarem o conteúdo curricular da realidade do aluno, trabalhando, entre outros, com

os Desafios Educacionais Contemporâneos.

Para uma educação de qualidade os profissionais lutam pela redução de alunos

por turma, pela ampliação da hora-atividade, pela valorização profissional, por condições

apropriadas de trabalho, entre outras reivindicações, junto a APP Sindicato.

Na opinião dos professores, a escola vem assumindo papéis que são de

responsabilidade da família, do Estado e de outras instâncias, em detrimento do

conhecimento científico. Acreditam que a escola ideal é a aquela que visa a formação de

cidadãos conscientes e transformadores da sociedade.

A formação continuada abrange todos os profissionais da educação, incluindo

também os componentes dos órgãos colegiados da escola.

A (re)significação da atuação profissional em qualquer área, é uma necessidade

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imposta pelas mudanças de paradigmas, pelos avanços tecnológicos, pelas descobertas

científicas e pela evolução dos meios de comunicação. Não faz mais sentido o

profissional pensar que, ao terminar sua formação escolar, não necessitará recorrer ao

estudo e à pesquisa. As exigências, na área educacional, apesar da finalidade

diferenciada, são afirmadas pelas entidades e profissionais que buscam a qualidade

social, como também nos documentos oficiais que definem os encaminhamentos para a

educação.

Procura-se uma formação que articule a reflexão, a investigação e os

conhecimentos teóricos requeridos para promover uma transformação na ação

pedagógica, e não um acúmulo de teorias e técnicas. A formação continuada deve

constituir-se em espaço de produção de novos conhecimentos, de troca de diferentes

saberes, de repensar e refazer a prática do professor. Considerando o conhecimento

como uma construção social, a linguagem tem importante papel no aspecto da interação e

mediação na formação do professor (Vygotsky, 1994). O que geralmente acontece é que

este espaço não é percebido “(...) como espaço de produção coletiva: neles a linguagem

é propriedade de uns e deve ser comprada por outros (...) nos cursos de formação de

professores a linguagem é pedaço... é eco” (Kramer, 1995,p.85). A palavra tomada como

movimento, que constrói, não pode ser encarada em significados estanques e

contraditórios. Compreender e captar o significado em cada uma das enunciações, em

sentido mais restrito, o contexto imediato, que é o momento histórico, o contexto social, e

a ideologia que perpassa todo o discurso. Também Bakhtin considera a palavra como

“fenômeno ideológico por excelência” (BAKHTIN, 1992, p.36), e que ao ser separada do

contexto sócio-histórico, pode assumir o discurso de qualquer ideologia.

Os contextos não são imobilizados e não se repetem. Estão sempre em movimento

e “encontram-se numa situação de interação e conflito tenso e ininterrupto” (BAKHTIN,

1992, p. 107). A memória do discurso tem características importantes e é definida por

Orlandi (1999, p. 31) como: “o saber discursivo que torna possível todo dizer e que

retorna sob forma do pré-construído, o já-dito que está na base do dizível, sustentando

cada tomada da palavra”. Todo saber que retorna o que já foi dito em outro tempo e lugar,

também é parte essencial da linguagem.

Há uma questão essencial para a formação continuada para os educadores: A

relação entre a teoria e a prática, uma ação consciente que se estabelece como “práxis”.

Levar o professor a identificar as concepções que embasam as teorias discutidas nos

encontros de formação e relacioná-las com a sua ação na escola é diferenciar o “saber”

da “ideologia” (CHAUÍ, 1997).

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É necessário compreender que as teorias são a base para as concepções que

direcionam o trabalho em sala de aula.

A Formação Continuada destina-se a professores, funcionários, equipe

pedagógica, direção e Instâncias Colegiadas. Ocorre em vários momentos, entre eles, a

Semana Pedagógica, as quais ocorrem no início do ano letivo e início do 2º semestre,

ambas previstas em Calendário Escolar; Os Grupos de Estudos; Reuniões Pedagógicas;

Encontros por Disciplinas; Grupo de Trabalho em Rede; Programa de Desenvolvimento

Educacional; Pró-funcionário, direcionado aos funcionários; Programa Descentralizado de

Formação(Itinerante) e Jornada Pedagógica, direcionada aos pedagogos.

A criança ou o adolescente, cuja família participa de forma mais direta no cotidiano

escolar, apresenta um desempenho superior em relação àquela onde os pais estão

ausentes do seu processo educacional. Ao conversarem com o filho sobre o que acontece

na escola, cobrarem dele a assiduidade à escola, ajudarem a fazer a tarefa de casa,

incentivar em tirar boas notas e o hábito de leitura, os pais estão contribuindo para o

sucesso escolar.

Com a participação da família, no processo de ensino aprendizagem, o aluno

ganha confiança e percebe que todos se interessam por ele. A família passa a conhecer

quais são as dificuldades e facilidades de aprendizagem que o filho apresenta.

Neste Estabelecimento de Ensino a grande maioria dos pais comparece na escola,

quando convocados para reuniões de formação, para as quais se estabelece parcerias

com a Patrulha Escolar, Secretaria Municipal de Saúde, membros de entidades

religiosas e outros; informação de resultados (entrega de boletins) e individualmente para

tratar assuntos pertinentes a vida escolar de seus filhos. Os pais/responsáveis participam

como convidados nos eventos organizados, tais como apresentações artísticas/culturais,

e auxiliam no desenvolvimento das atividades extracurriculares propostas. No entanto,

muitos pais têm dificuldade em acompanhar a vida escolar de seus filhos em relação às

tarefas, rendimento e frequência. Dentre os fatores apontados, estão a baixa

escolaridade, a extensa jornada de trabalho e/ou não atribuir a devida importância em

acompanhar o desenvolvimento escolar.

A forma de administração adotada pela escola é a Gestão Democrática e

Colegiada, compreendendo a tomada de decisão conjunta, envolvendo a participação de

toda a comunidade escolar, através de sua representatividade, Conselho Escolar, APMF,

Grêmio Estudantil. Os assuntos são tratados em reuniões ordinárias e extraordinárias.

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4. MARCO CONCEITUAL

A educação expressa uma doutrina pedagógica, que se apoia na concepção de

homem e sociedade. O processo educacional emerge através da família, igreja, escola e

comunidade.

A Educação Básica tem por objetivo formar o educando para o exercício da

cidadania possibilitando meios para que ele prossiga sua formação em estudos

posteriores.

Durante muito tempo, os educadores pensavam que quem sabia algo poderia,

naturalmente, pôr em ação esse conhecimento. Tentavam ensinar a maior quantidade

possível de conteúdos, imaginando que, quanto mais se soubesse, melhor se atuaria.

Além disso, o processo de ensino estava focalizado no professor, que, explicando,

dizendo, mostrando, supostamente colocava os alunos em contato com o saber.

Entretanto, a impossibilidade dos educandos em aplicar ou transferir aquilo que

tinham aprendido fazia duvidar da própria aprendizagem, pois conforme Dewey, (1958,

apud FERRAZ, 1962, p.120) “Dizer que ensinou quando ninguém aprendeu, é o mesmo

que dizer que vendeu quando ninguém comprou.”Poucas vezes se relacionava a

aprendizagem com o ensino, pois muitas vezes ocorria informalmente, fora do contexto

escolar.

O papel do professor, segundo Bolivar (2002, p. 106).

[...] mais que o de transmitir um saber externo é servir de

mediador entre a pessoa, o objeto de aprendizagem e a análise

de situações vividas. Ao mesmo tempo em que coloca a pessoa

em situações de aprender, acompanha-a e ajuda-a na

elucidação das práticas, torna-a consciente de seu processo de

aprendizagem e lhe proporciona contextos para observar seu

próprio progresso.

Para um bom ensino, não bastam novos conhecimentos, mas é imprescindível que

se possa fazer novas e boas perguntas. Pois conforme Veiga, (1998. p. 17, 18)

A escola guarda relação com o contexto social mais amplo.

Ora, para sabermos que escola precisamos construir, que

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cidadãos queremos formar, nós temos que saber para que

sociedade estamos rumando. Definido o tipo de sociedade que

queremos construir, discutiremos qual a concepção de

educação correspondente. A educação é direito de todos e não

deve se constituir em serviço, uma mercadoria, sendo

transformada num processo centrado na ideologia da

competição e da qualidade para poucos.

Trabalhar de forma colaborativa entre docentes, explicitar os critérios de avaliação,

observar como os alunos aprendem, para então elaborar maneiras possíveis de ensinar,

supõem uma revolução nos vínculos da escola e da sala de aula, democratizando as

relações entre as pessoas e o conhecimento.

A mudança não virá com a vontade política dos governantes, nem com o desejo

dos professores isoladamente. A vida em sociedade não é possível, se não houver um

conjunto de conhecimentos e valores compartilhados por todos os cidadãos. A ideia de

Educação Pública depende por completo da existência de narrativas compartilhadas,

como também da exclusão de narrativas que conduzam a , alienação e a divisão.

A ideia chave daquilo que deve ser a missão da escola pública, é criar um público

que compartilhe valores comuns, acima de suas particularidades. Mais do que a

mobilidade social, que a integração e a socialização política dos indivíduos, que suas

crenças e individualidades sejam respeitadas.

“Quem é o homem?” não tem uma resposta metafísica a partir da qual seria

possível construir um modelo de natureza humana, genérica, a-histórica, uma natureza

dada. Segundo Gramsci, a pergunta mais adequada é “o que o homem pode tornar-se?”.

A resposta será sempre concreta, historicizada. Então o conceito de homem é um

conceito histórico, concreto, singular e não uma abstração. O homem enquanto ser social,

ser histórico, deve ser concebido como um processo de relações ativas nas quais a

individualidade é apenas um elemento.

Três elementos compõem o conceito de homem: o indivíduo, os outros homens e a

natureza. Estes elementos, entretanto, tem sua unidade dialética nas relações sociais

concretas que o homem estabelece na produção de sua existência.

Se o homem é um processo histórico que define a partir do conjunto de relações

sociais, “cada homem transforma a si mesmo e se modifica na medida que modifica todo

o conjunto das relações do qual é o ponto central”. (Gramsci, 1984, p.40); Sua concepção

de mundo se refere as relações sociais nas quais está envolvido e que podem ser

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vivenciadas com maior ou menor grau de participação ativa e consciência crítica. A

tomada de consciência dessas relações sociais é o início de um processo de mudança. O

ponto de partida desse processo é o senso comum, e o ponto de chegada é a consciência

crítica.

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza, transformando-a segundo

suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele produz

conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo

bens materiais e não-materias que são apropriados de diferentes formas pelo homem.

Conforme Saviani (1992), o homem necessita produzir continuamente sua própria

existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza a si, transformá-la pelo

trabalho”.

O homem não existe à margem de sua história, de sua

práxis, pois a História não existe como uma potência

distinta, sobre-humana. O homem e a História se

conjugam. Os homens transformam e se transformam; a

história dessas transformações é a história dos homens.

Todo homem consciente ou não, executa uma práxis.

(FREI BETO)

O homem, numa dimensão consciente, conhece a si mesmo e identifica a

importância de seus atos nos rumos do processo histórico da sociedade à qual pertence,

sendo, por isso, capaz de elaborar “a própria concepção de mundo, de uma matéria

crítica e coerente, tendo, portanto, condições de participar ativamente na produção da

história do mundo, ser o guia de si mesmo e não aceitar do exterior, passiva e

servilmente, a marca da própria personalidade” (Gramsci, 1984, p.12)

Embora não sistematizando formalmente um conceito de mundo teoricamente

ampliado, o discurso de Freire traz implícita esta compreensão quando ele

constantemente assinala que estar no mundo resulta do processo de estabelecer relações

entre subjetividade individual e realidade objetiva. Para Freire estas duas dimensões da

natureza humana vai permitir aos indivíduos conviver com a pluralidade para transcender

sua subjetividade.

Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a natureza

do trabalho educativo, enquanto docentes, parecemos sem iniciativa, “arredados ou

deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos

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que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas”. (GÓMEZ,1998). E para

que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de sociedade estamos

inseridos.

A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,

Transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no

passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo

engendra e que oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria

o homem para si.”(PINTO,1994)

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto

dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social, a partir das

contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade

não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata de leis naturais, mas sim de

leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Atílio Boron(1986) questiona: “Que tipo de sociedade deixa como legado estes

quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo”. Uma sociedade heterogênea e

fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o tipo – classe, etnia,

gênero, religião, entre outros – que foram exarcebadas com a aplicação das políticas

neoliberais. Há um amplo setor social, um terço excluído e fatalmente condenado à

marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em termos laborais, nem inserir-se nos

mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos. Essa crescente fragmentação

do social, que potencializaram as políticas conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo

excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo

contemporâneo.

Segundo Inês B. Oliveira, uma sociedade democrática, não é aquela na qual os

governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade de

participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os processos decisórios

que dizem respeito a sua vida.

Nossa convicção funda-se no processo histórico, a qual ensina que não há

verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e Estado, e que estas, se

fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais, e que a busca de uma

democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade

social, continua sendo um horizonte histórico .

Desejando-se uma sociedade mais justa e igualitária, deve-se reforçar as

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propostas inequívocas a favor de uma cultura de paz e de solidariedade, baseada nos

pressupostos éticos e organizacionais da democracia participativa. A melhor forma de

aprender a democracia e os direitos humanos é vivendo-os e praticando-os nas escolas.

Os conteúdos da realidade, na qual se insere o aluno, estão intimamente

ligados à questão da cultura popular e da cultura intelectualizada.

Todos nós somos intelectuais por pensarmos, fazermos mediações e termos uma

visão de mundo, embora nem todos se comportem como intelectuais. Os educadores,

nessa visão, são intelectuais em função de sua política, da natureza dos seus discursos e

das funções pedagógicas que desempenham.

A cultura, na visão de GIROUX (1988) deve ser compreendida como parte da

prática e do poder. É uma esfera de luta continuada de pessoas para afirmar suas

histórias e espaços de vida. A dominação pela cultura vai se dar quando silenciam

ativamente as culturas subordinadas.

A cultura para ser emancipatória, precisa ser uma expressão concreta da

afirmação, da resistência e da luta do povo para ter lugar no mundo.

Para se discutir a questão da cultura, torna-se necessário fazer uma relação entre

a cultura e educação no Brasil nos últimos anos.

BRANDÃO (1990) faz um retrospecto da cultura no Brasil, onde coloca que os

primeiros trabalhos publicados buscavam as raízes da brasilidade na cultura popular.

Essa fase é a da idealização romântica dos grupos étnicos (negro, índio e branco). A

partir da década de 30, o homem rural começa a ser alvo, na valorização de tipos como o

gaúcho, o Jeca Tatú, que passam a representar o “popular”.

Os anos 40 e a chegada dos meios de comunicação de massa, trazem um novo

elemento: a utilização da cultura popular pelo aparelho do Estado, na alternância da

supervalorização e do controle. O processo de desenvolvimento que o Brasil atravessa

traz, no final da década de 50, o “afã dos folcloristas” quando a tarefa do pesquisador

passa a ser coletar o mais rápido possível os fragmentos da cultura popular, antes que a

industrialização desapareça com ela.

Começa a surgir a idéia de que os fenômenos não existem soltos, deslocados da

realidade, mas encarnados na sociedade num significativo avanço. O centro de

interesses, nesta ótica, passa a ser não mais o produto, mas o processo social em que

ele está inserido.

A década de 60 assiste ao surgimento dos movimentos populares de cultura,

mudando a concepção de que a cultura popular não só é um fato social e político, mas a

prática política se dá via culturaL. E, neste sentido, o que o povo faz é traduzido como

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modos alienados e desqualificados de inserção destes atores na sociedade. Cabe aos

intelectuais resgatar estas práticas, dar-lhes uma razão crítica e, finalmente, devolvê-las

ao povo, para que a cultura popular não seja apenas fato social, mas fato político.

A cultura é resultado de toda a produção humana. Para

sobreviver, o homem necessita extrair da natureza ativa

e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao

fazer isso, ele inicia o processo de transformação da

natureza, criando um mundo humano:(SAVIANI, 1999,

p.19).

É um fato paradoxal, que a suposta diversidade conviva com fenômenos

igualmente surpreendentes de homogeneização cultural.

Ao mesmo tempo que se tornam visíveis, manifestações e expressões culturais de

grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas

pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada, as

produções culturais em sua dimensão material e não-material.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade, precisa completar

várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua

prática, há necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da

sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los a produção de uma

cultura erudita.

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita, a

escola aproveita essa diversidade e faz dela, um espaço motivador, aberto e democrático.

É importante considerar que o cidadão é antes de tudo um ser humano que deve

conviver com outros seres, porém nunca na situação de dominado e subserviente ou na

de indiferente e omisso.

A conquista da cidadania exige trabalho, luta e esforço, constituindo-se em projeto

histórico que pressupõe preparo e determinação. “ Cidadania é a posse dos direitos e o

exercício dos deveres por todos os membros da sociedade.” (LUCKESI, P. 34,1986)

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho e

nem dos conhecimentos produzidos nestas relações, porque o trabalhador não domina

as formas de produção e sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels... “a

classe que tem disposição os modos de produção material, controla concomitantemente,

os meios de produção intelectual, de sorte que, por essa razão, geralmente as ideias

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daqueles que carecem desses meios ficam subordinadas a ela.” (FRIGOTO,1993,p.67)

Kramer afirma que conhecimento é uma atividade humana que busca explicar as

relações entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas

relações sociais mediadas pelo trabalho. Reafirma também que garantir a reapropriação

do conhecimento é função da escola e é sua maneira de contribuir no próprio processo de

humanização.” (1998, p.16)

Um dos elementos para compreender o processo da mudança que vivemos, é o

aumento progressivo da dependência dos países, dos governos, das empresas e dos

indivíduos em relação ao conhecimento. Países e pessoas percebem melhor sua

condição de dependência uns dos outros e o papel central que o conhecimento possui

nessa dependência ou, pensando numa forma mais positiva, nessa partilha. A maneira

como os homens partilham o conhecimento, criando outros, é facilitada pela sua rápida

divulgação pelos meios de comunicação e pela tecnologia da informática.

Muitos autores que, diante das incertezas que o atual momento tende a despertar,

indicam a importância do conhecimento para todos os indivíduos, sobretudo o jovem, para

enfrentar o presente e o futuro.

Essa nova relação das pessoas com o conhecimento, traz duas consequências

para a escola brasileira. A primeira delas é o reforço de sua importância social, já que ela

ainda é a porta de entrada da maior parte da população para acesso ao mundo do

conhecimento. De fato, vivemos um período no qual a informação está, a um só tempo,

disponível como nunca esteve e, contraditoriamente, inacessível a grandes parcelas da

nossa população.

A segunda consequência, aliada à perspectiva democratizada, já considera a

necessidade de a escola repensar profundamente sua organização, sua gestão, sua

maneira de definir os espaços, os meios e as formas de ensinar – ou seja, ensinar bem e

preparar os indivíduos para exercer a cidadania e o trabalho no contexto de uma

sociedade complexa, enquanto se realizam como pessoas.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições

sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de

ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando

portanto, a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a

escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do

trabalho nas suas relações.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social, gerando

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mudanças internas e externas no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Para a escola pública, tais reflexões representam uma oportunidade para

reconhecer que as mudanças necessárias no sistema educacional são urgentes e

demandam esforço coletivo de todos os que fazem educação, assim como da sociedade

como um todo.

Em todas as épocas, os meios de comunicação e informação, reorganizam a vida

das sociedades politicamente e culturalmente. A arte visual, a música, a literatura e toda

forma de expressão e comunicação humana, continuam sendo criadas dentro do

componente da imaginação e da criatividade, porém são transformadas e tornam-se

dependentes desses meios. Baseando-se em Levy (1993), que diz que essas novas

abordagens vêm interferindo de forma que se produz e se assimila o conhecimento, e até

a própria inteligência a necessitar dos dispositivos tecnológicos. Apesar de que esse

termo “necessitar” seja muito potente, ele pode ser explicado a partir de ZABALA, (1998),

quando defende as práticas educativas contemporâneas, dizendo que quem aprende não

é a inteligência, mas seres inteligentes. Portanto, nossos alunos necessitam do que tem

de mais inovador em termo de tecnologia, para que possam se estabelecer no mundo

competitivo, para se estabelecerem também como seres inteligentes que são.

Perrenoud, enfatiza:

[...] que a maior característica que acompanha a

sociedade moderna é a informação – quem não se

informa, não participa – e também porque esses

instrumentos estão presentes no cotidiano das pessoas,

cercando-as com informações das mais variadas,

cabendo inclusive em alguns casos à televisão, a

educação de crianças, jovens e adultos, especialmente

das classes menos favorecidas.

O que Friedmann (apud PERRENOUD, 2000, p.137) chama de escola paralela,

que mesmo proporcionando saber em gotas, um saber de jogos televisivos, “[...] que

enriquece realmente apenas aqueles que desenvolveram estruturas de recepção, na

escola ou no trabalho”.

Lima (1979, p.65) defende que o homem “[...] tecnicamente capaz, é um ser livre

na moderna sociedade, porque tem o mundo todo para exercício de sua participação”. Na

contemporaneidade, um indivíduo que desconhece como se processa o desenvolvimento

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social, cultural e tecnológico, passa, de certa forma, a encontrar-se em isolamento. Assim

sendo, é responsabilidade da educação fazer que os indivíduos tenham acesso,

aprendam e participem. Para isso, é imperativo que a escola pública seja democratizada,

ampliada nas oportunidades educacionais, que difunda os conhecimentos e leve os

alunos a pensar criticamente, reelaborando novos conhecimentos, aprimorando a prática

educativa escolar, visando a elevação cultural e científica das camadas populares.

(LIBÂNEO,1996)

Tentando preencher essa lacuna, a educação brasileira, desde a última década do

século XX, vem tentando se organizar com fins de proporcionar a todos, uma educação

de qualidade, embora as propostas não sejam suficientes e nem alcancem todos os níveis

de ensino, muito longe do que seria o ideal. Vejamos o que diz a LDB- Lei de Diretrizes a

Bases da Educação nº 9394/96, Seção III, Art.32, capítulo II: Estabelece que no ensino

básico, prioritariamente no Ensino Fundamental, o aluno tenha “a compreensão do

ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em

que se fundamenta a sociedade” (2001, p.39,) e no Ensino Médio etapa final da educação

básica, Seção IV, art.35, capitulo I, quando se refere à avaliação, requer que o aluno

tenha “domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção

moderna”;(2001,p.39,)

No entanto, como um aluno da escola pública poderá apresentar um domínio dos

princípios científicos e tecnológicos, se ele e o seu professor e a escola, de um modo

geral, também não tem acesso a esses meios?

Consequentemente, as novas regras da educação foram reformuladas para se

adaptar a essas novas exigências. Os governos vêm tentando, mesmo de uma forma

precária, equipar as escolas com os aparatos técnicos e tecnológicos, com o intuito de se

organizar e criar condições favoráveis.

Contudo, para que os legados históricos, culturais e sociais, possam ser

resgatados pela e em prol da educação popular, se faz necessário que o ensino

acompanhe a dinâmica estabelecida pela modernidade, introduzindo em sala de aula,

meios de comunicação e de informação, com o objetivo de intermediar a construção de

conhecimentos e potencializar a sua capacidade por aparatos tecnológicos, sejam eles,

computador, retroprojetor, datashow, câmeras de vídeo, videocassete, ilha de edição,

televisão, Internet, CD ROMS, softwares, cinema, DVD, que denominamos tecnologia de

ponta, ou tecnologia de primeira linha, que podem ser usados com bons resultados, no

processo de ensino-aprendizagem, tornando acessível o conjunto de saberes e

habilidades elaborados pela humanidade para que o domínio da leitura verbal, visual, da

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escrita e dos cálculos, sejam equiparados em importância.

A escola deve preparar os alunos para entenderem as mensagens inteligentes ou

não, contidas nas redes e na mídia, principalmente as mais acessíveis no momento:

cinema e televisão. Sem esses aparatos tecnológicos em sala de aula, fica muito mais

difícil a aprendizagem.

Por ser de grande aceitação dos alunos , a tecnologia pode e deve contribuir para a

realização das atividades fora e dentro da escola.

A busca da verdade é mais que um bom critério ético educativo para encarar a

profissão de professor e a vida em geral. Faz parte da essência da natureza humana.

Preocupando-se com o fato de que os alunos explorem não apenas o mundo, mas a si

mesmos, a escola estará cumprindo com seu papel.

O trabalho educativo é direto e intencional entre o educador e o educando,

resultado do processo de ensinar e aprender que, por consequência, na medida em que

possibilita o acesso a uma produção histórica e objetiva da vida dos homens é, sobretudo,

humanizador.

Para Vygotsky “o desenvolvimento é consequência do ensino, da aprendizagem e

da mediação entre os sujeitos que ensinam e aprendem e os objetos de conhecimento.[...]

O ser humano se faz humano apropriando-se da produção histórica da humanidade.”

O processo de ensinar e aprender implica, sobretudo, num processo mediado por

conceitos, conhecimentos produzidos em situações concretas na história da humanidade,

pelo coletivo humano, pelo sujeito que aprende, pelo sujeito que ensina e pelo objeto da

aprendizagem. A mediação não se reduz apenas ao papel do professor, mas no conjunto

dos conceitos (conteúdos) que explicam um determinado conhecimento. Essa relação de

mediação se dá de várias maneiras. O papel de mediador pode ser realizado por todos

que dela fazem parte: aluno-aluno, aluno-professor, professor-pais, professor- professor,

professor-direção, professor-funcionário, pais-funcionários, aluno-funcionários...

Então, na relação professor-aluno, a centralidade do processo ensino-aprendizagem

está na mediação que acontece também, (além das outras relações de mediação

enunciadas) de forma significativa, quando o professor transmite o conhecimento

científico e “apropriação do patrimônio cultural humano” (SILVA, 2003), partindo do saber

real do seu aluno, retomando o que ele já sabe para ir além, apropriando-se do que ele

ainda não sabe.

A concepção sobre o ensinar e o aprender, tem sido o resultado de disputas

ideológicas de diversos segmentos que vêem a escola como espaço de legitimação do

poder. A história da educação nos indica isto, quando se tem a dualização da escola por

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parte da lógica de mercado - a escola pública como um espaço de preparação de mão-

de-obra especializada e adaptada, e a escola privada como via de formação da elite que

governará e controlará a classe trabalhadora. Esta é a lógica da divisão da escola: para

os que pensam e para os que executam.

Uma vez que o papel da educação não pode ser compreendido na lógica do

mercado, qual seria então, o papel da escola pública? Para quem ela deve se voltar e o

que ou quem estaria na centralidade do processo pedagógico?

É preciso defender uma educação para todos, voltada para as necessidades

históricas dos trabalhadores, ou seja, daqueles que necessitam da escola como espaço

para apreender o conhecimento. Conforme Freire, “só aprende aquele que se apropria do

aprendido transformando-o em apreendido, com o que pode por isso mesmo, reinventá-lo;

aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações existentes concretas" .

Se é pelo monopólio ao conhecimento que uma determinada classe pretende exercer o

poder sobre a outra, é a partir dele que há a possibilidade de emancipação e não de

adaptação passiva ante as contradições da nossa sociedade.

Para construir uma aprendizagem significativa o professor se utilizará da avaliação

manifestada através de instrumentos, os quais deverão favorecer a reflexão da prática

pedagógica, e por consequência, implicará numa tomada de decisão. Segundo

HOFFMANN:

Avaliar em um novo paradigma, é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor; e este deve propiciar ao aluno em seu processo de apreendência, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.

O elemento chave da definição de avaliação implica em julgamento, apreciação,

valoração, e qualquer ato que implique em julgar, implica que quem o pratica tenha uma

norma ou padrão que permita atribuir um dos valores possíveis a essa realidade. Ainda

que avaliar implique alguma espécie de medição, a avaliação é muito mais ampla que

mediação ou a qualificação.

Na elaboração da Proposta Pedagógica da disciplina, o professor opta por este ou

aquele conteúdo, esta opção não é neutra ou aleatória, já traz consigo uma determinada

intencionalidade. Esta, por sua vez, expressa também uma certa visão de homem, de

mundo e de sociedade, os quais serão compreendidos e analisados a partir dos

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conhecimentos historicamente produzidos e construídos pelo conjunto da humanidade.

Portanto, o trabalho com o conteúdo carrega a forma como o professor e a escola, em

seu conjunto, esperam que os sujeitos da aprendizagem compreendam, analisem e se

relacionem com o mundo, com o outro e desta forma com o objeto de conhecimento.

Os critérios são a via para se acompanhar o processo de aprendizagem, “devem

servir de base para o julgamento do nível de aprendizagem dos alunos e,

consequentemente, do ensino do professor. O estabelecimento de critérios tem por

finalidade auxiliar a prática pedagógica do professor, posto que é necessário uma

constante apreciação do processo de ensino/aprendizagem”.(BATISTA, 2008).

De acordo com DEPRESBITERIS (2007, p.37) “os critérios são princípios que

servirão de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos aqui,

não apenas como execução de uma tarefa, mas como mobilização de uma série de

atributos que para ela convergem”.

Outro aspecto relacionado à avaliação diz respeito ao Conselho de Classe, o qual

deve ser concebido como espaço privilegiado para discussão dos avanços e

necessidades dos alunos, assim como também, traçar estratégias de atuação coletiva que

favoreçam o processo de ensino-aprendizagem, pois de acordo com MATTOS, 2005, “o

Conselho de Classe não é o espaço de comparação de alunos, em que se valida a

construção de imagens dos alunos e alunas, feitas pelos docentes, no decorrer do ano

letivo.”

O Conselho de Classe se estrutura a partir de três dimensões:

O Pré-conselho de Classe: este procedimento se configura como oportunidade de

levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à análise do colegiado, permitem

a retomada e redirecionamento do processo de ensino, com vistas a superação dos

problemas levantados e que não são privativos deste ou daquele aluno, ou desta ou

daquela disciplina. É um espaço de diagnóstico do processo de ensino e aprendizagem,

mediado pela equipe pedagógica, junto com os alunos e professores, ainda que em

momentos diferentes, conforme os avanços e limites da cultura escolar. Não se

constituem em ações privativas, implicam em decisões tomadas pelo grupo/coletivo

escolar.

O Conselho de Classe: quando os professores se reúnem em Conselho (grande grupo),

são discutidos os diagnósticos e proposições levantados no Pré-Conselho,

estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e atuais, entre níveis de

aprendizagem diferentes nas turmas e não entre alunos.

O Pós-Conselho de Classe: traduz-se nos encaminhamentos e ações previstas no

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Conselho de Classe propriamente dito, que podem implicar em: retorno aos alunos sobre

sua situação escolar e as questões que a fundamentaram (combinados necessários);

retomada do Plano de Trabalho Docente no que se refere a organização curricular,

encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação; retorno aos

pais/responsáveis sobre o aproveitamento escolar e o acompanhamento necessário,

entre outras ações. Todos estes encaminhamentos devem ser registrados em ata.

Transformar a prática avaliativa significa questionar a educação desde as suas

concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Significa

mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes, entre outras.

A educação pública é a educação de todos, para todos. Conforme nos lembra

Marilena CHAUÍ, “o reconhecimento do que é público decorre da necessidade de

entendermos que existe uma esfera coletiva na vida humana, de interface e convívio entre

as pessoas. Para operar esta esfera pública da vida humana, a democracia foi erigida.

Isto é, para planejar, decidir, coordenar, executar ações, acompanhar e controlar, avaliar

as questões públicas, é importante envolvermos o maior número possível de pessoas

neste processo, dialogando e democratizando a gestão pública”.

A educação não pode estar a serviço de interesses de uma minoria, somente assim

poderemos garantir que a escola seja realmente um espaço democrático. Uma das

principais medidas de democratização, no plano escolar, reside na criação de estruturas

participativas de organização onde professores, alunos e funcionários formem uma

comunidade real. Por outro lado, de nada adianta uma Lei de Gestão Democrática do

Ensino Público que "concede autonomia" pedagógica, administrativa e financeira às

escolas, se os principais interessados, que compõem a comunidade educativa, não

sabem o significado político da autonomia, a qual não é dádiva, mas sim uma construção

contínua, individual e coletiva que de forma concreta, voltada para dentro da escola e

para além dela, poderá contribuir com o seu processo de crescimento e mudança.

A gestão educacional e o projeto educativo da escola pública têm uma importância

decisiva na vida das comunidades e no processo emancipatório de seus cidadãos, apesar

dos obstáculos, razão pela qual há desistências na conquista do processo diante, até, das

primeiras dificuldades.

Não podemos, no entanto, acreditar em colocações ingênuas como as que dizem

que apenas mudando a escola mudaremos a sociedade, porém também não é possível

continuar sustentando a posição inversa, pois a escola não é apenas o resultado das

estruturas sociais, e defender este princípio é o mesmo que negar a força da educação e

das práticas pedagógicas na transformação da realidade.

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A gestão democrática é entendida como a participação efetiva dos vários

segmentos da comunidade escolar, através dos órgãos colegiados, pais, professores,

estudantes e funcionários, na organização, na construção e na avaliação dos projetos

pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios

da escola.

A confirmação desse contexto só poderá ser dada numa escola autônoma, onde as

relações pedagógicas são humanizadas, visto que a autonomia faz parte da própria

natureza da educação.

O Projeto Político Pedagógico elenca alguns elementos essenciais à prática da

gestão democrática:

Autonomia: luta para resgatar o papel e o lugar da escola como eixo do processo

educativo autônomo, não sendo a escola uma mera reprodutora de ordens e decisões

elaboradas fora de seu contexto.

Participação: a participação é condição para a gestão democrática: uma não existe

sem a outra. Participar significa todos contribuírem, com igualdade de oportunidades, para

algo que pertence a todos: a escola pública. A participação não diz respeito apenas à

comunidade interna, mas também à comunidade externa a qual a escola serve.

Clima organizacional: determina a vontade dos membros de participar ou alienar-se

do processo educativo. Isso depende muito das relações que se estabelecem no interior

das escolas. Para que haja a participação, é fundamental que os objetivos das ações

estejam sempre muito claros, que as pessoas sejam situadas como sujeitos, pois apenas

sujeitos são cidadãos capazes de se comprometer e participar com autonomia. Alguns

dos espaços que favorecem a participação coletiva são as instâncias colegiadas, que, a

partir da década de 80, passaram a ser priorizadas no discurso sobre gestão democrática.

As instâncias colegiadas como espaços de participação a que nos referimos são: o

Conselho Escolar, Conselho de classe, APMF – Associação de Pais, Mestres e

Funcionários e Grêmio Estudantil.

Esse novo conceito de gestão, que abre espaço para que os colegiados - legítimos

representantes da comunidade escolar - tomem parte nas decisões e na gestão da

escola, não acontece de maneira simples e plenamente satisfatória. Ainda existem muitos

obstáculos que se contrapõem a participação coletiva exigida na democracia. (PARO

(2005, p.19) afirma que “uma sociedade autoritária, com tradição autoritária, com

organização autoritária e, não por acaso, articulados com interesses autoritários de uma

minoria, orienta-se na direção oposta à democracia”.

Cidadania é um processo histórico-social que

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capacita a massa humana a forjar condições de

consciência, de organização e de elaboração de

um projeto e de práticas, no sentido de deixar de

ser massa e de passar a ser povo, como sujeito

histórico, plasmador e de seu próprio

destino.(BOFF, p.51,2000)

O Brasil, historicamente, foi construído de cima para baixo e de fora para dentro –

poderes coloniais, elites proprietárias, Estado realimentando as desigualdades e

agravando as inclusões. Neste momento, se quer construir uma base social,constituída

por aqueles excluídos da história brasileira, que organizando-se na sociedade civil e nos

diferentes movimentos sociais, acumularam força e conseguem expressar-se, tomando as

rédeas do seu destino, criando uma nação soberana e aberta ao diálogo e participação.

Martins diz: “... a construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação

de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de

direitos e deveres”. A realização se faz através de lutas contra as discriminações, da

abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os

tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso às

políticas públicas e pela participação de todos, nas tomadas de decisões.

É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação depende

fundamentalmente do interessado, uma vez que, quando a desigualdade é somente

confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente

dos serviços públicos. No entanto, ser/estar interessado, não dispensa apoio, pois os

serviços públicos são sempre necessários e instrumentais.

O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar

consciente, organizado e participativo, no processo de construção político-social e

cultural.

Angel Pino in (Boff SEVERINO A J. ZALUARA e outros p.15, 1992), consideram

que “o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um direito e o exercício desse

direito. Sem este, aquele é uma mera fórmula.” Portanto, a educação como um dos

principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida como a

concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na sociedade.

A realidade educacional de nosso país, requer o enfrentamento e a superação

da contradição da estrutura que existe entre a declaração constitucional dos direitos

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sociais e a negação da prática desses direitos; uma ideologia que associa a pobreza

material à cultural; de recolocar-se o problema da escola pública em termos de direito de

todos, de acesso ao conhecimento elaborado; recolocar a questão do trabalho como

atividade de produção/apropriação de conhecimento e não apenas mera operação

mecânica, em repensar a relação escola/trabalho.

A cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação e as novas

exigências colocadas para a escola, que como instituição para o ensino, pode ser um

locus excelente para a construção da cidadania. As dimensões da cidadania, segundo

BOFF, são cinco:

1) A dimensão econômica-produtiva: a massa é mantida intencionalmente,

como produzida e cultivada, por isso é profundamente injusta;

2) A dimensão político-participativa: as pessoas interessadas lutam em prol de

sua autonomia e participação social, tornando-se cidadãos plenos;

3) A dimensão popular: inclui somente as que tem acesso ao sistema produtivo

e exclui as demais, sendo está a dimensão vigente;

4) A dimensão de con-cidadania: os cidadãos devem reivindicar e não pedir ao

Estado, precisam organizar-se, não para substituir, mas para fazê-lo funcionar. Define

também o cidadão mediante a solidariedade e a cooperação;

5) A cidadania Terrenal: apresenta a dimensão planetária na consciência de

causas comuns, com a responsabilidade coletiva de garantir um futuro para a Terra e a

humanidade.

O autor cita ainda, que a cidadania pode caracterizar-se por ser: Seletiva, Menor

ou Maior e Plena.

A cidadania seletiva reduz a cidadania nacional, a autonomia do próprio país,

pois envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal, coletiva e

social em um projeto neoliberal.

A cidadania Menor não leva em conta o Capitalismo em sua lógica que explora e

exclui. Ele é visto como criador de oportunidades e de progresso.

No entanto, a cidadania Maior, visa construir uma nação autônoma, capaz de

democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade inteira para a mudança, primando por

uma sociedade sustentável, que se desenvolva com a natureza, e não contra ela, que

produza o suficiente para todos e que não permita a acumulação para poucos.

Educar para a autonomia significa dar ao indivíduo, condições de atender aos

seus desejos e necessidades, possibilitando-lhe realizar-se pessoalmente, e

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comprometer-se com a solidariedade e com a responsabilidade social.

Quando se fala de alunos autônomos e agentes de sua própria aprendizagem,

fala-se de uma escola que não os considere receptores passivos e de um professor que

não defina sozinho o que e como deve aprender. Devido à crescente importância da

comunicação na sociedade atual, globalizada a altamente tecnológica, a educação é

chamada a constituir-se em espaço de mediação entre o educando e o meio ambiente

povoado de máquinas cada vez mais inteligentes.

O tempo escolar pode ser entendido como um dos aspectos da cultura escolar; é

um tempo específico, diferente de outros tempos; é institucional e organizativo; é parte

de uma organização cultural e específica e como tal, resulta de uma construção histórica.

A arquitetura temporal, assim como a espacial, conforma e é conformada pelas

concepções pedagógicas de cada momento histórico. Tempo e espaço são elos de uma

mesma corrente de formação; ambos orientam condutas e organizam atividades,

determinam o aceitável e o impróprio, permitem e negam determinados comportamentos.

Assim, a organização destes elementos acaba se subordinando às premissas da ciência

do momento considerado; a prática educativa torna-se um instrumento de coerção

civilizatória.

A criança experimenta desde cedo o caráter coercitivo do tempo. Ao crescer,

aprende a interpretar os códigos temporais e a pautar sua conduta sob sua orientação;

para desempenhar seu papel na sociedade deverá aprender a desenvolver um sistema de

autodisciplina de acordo com esta instituição social.

Para Frago, a transformação da coerção exercida pelo tempo padronizado num

sistema de autodisciplina ilustra "a maneira como o processo civilizador contribui para

formar os hábitos sociais que são parte integrante de qualquer estrutura de

personalidade."

A escola torna-se, no mundo civilizado, um dos mais importantes meios de

aprendizagem destes signos temporais.

Michel Foucault observa que especialmente a partir do século XVIII, o tempo (e o

espaço) é reorganizado em função do que ele chama de poder disciplinar. Essa nova

organização do tempo, de um tempo disciplinar, se impõe pouco a pouco à prática

pedagógica, citando o autor: (...) especializando o tempo de formação e destacando-o do

tempo adulto, do tempo do ofício adquirido; organizando diversos estágios separados uns

dos outros por provas graduadas; determinando programas, que devem desenrolar-se

cada um durante uma determinada fase, e que comportam exercícios de dificuldade

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crescente; qualificando os indivíduos de acordo com a maneira como percorreram essas

séries. O tempo "iniciático" da formação tradicional (...) foi substituído pelo tempo

disciplinar com suas séries múltiplas e progressivas. Forma-se toda uma pedagogia

analítica, muito minuciosa. (...) Cada programa deve ser cumprido no seu tempo. Cada

elemento constituinte do processo educativo deve ter a consciência das exigências do

"tempo"; seu comportamento deverá estar pautado pelas determinações do controle

disciplinar. Aqueles que, de alguma forma, não se adequarem a estas formas serão

excluídos. (1999).

Na escola aprende-se que há um lugar e um tempo para cada coisa; há

comportamentos permitidos e proibidos, há normas que determinam o possível, ainda que

sofram transgressões. Determina-se através das regras estabelecidas em cada

instituição, o que se considera adequado à conduta de cada elemento. Assim, além de

inculcar determinadas concepções sobre o tempo que devem ser interiorizadas, a escola

acaba criando mecanismos de conformação às condutas esperadas.

Assim como o currículo, o espaço escolar também não é neutro, pois, conforme

afirma Vinão Frago (2001), sempre educa. O locus de aprendizagem, a arquitetura do

prédio e seus elementos simbólicos, a localização das escolas nas cidades e sua relação

com a ordem urbana, o tipo e a disposição das salas de aulas e de outras instalações, o

tipo e a disposição das carteiras e dos móveis escolares e os tempos alocados a cada

disciplina também não são elementos neutros na educação. Todos esses aspectos, desde

a estrutura arquitetônica do prédio ao mínimo detalhe decorativo, devem ser considerados

como também fazendo parte do currículo escolar, uma vez que correspondem a “padrões

culturais e pedagógicos que a criança internaliza e aprende” (ESCOLANO, 2001, p. 45).

Essa assertiva tem como fundamento o mencionado por Escolano (2001), o qual

afirma que a escola, por meio da sua materialidade, traduz todo um sistema de valores,

tais como os de ordem (por exemplo, a distribuição das séries pelas salas de aula),

disciplina (rotinas e formaturas dos alunos e alunas) e vigilância (instalações desenhadas

para permitir o controle tanto dos alunos e alunas como dos professores e professoras),

valores esses que são incutidos sub-liminarmente (currículo oculto) em seus estudantes,

a fim de perpetuar a política social, controladora dos movimentos e dos costumes.

Os espaços educativos, como lugares que abrigam a liturgia acadêmica, estão

dotados de significados e transmitem uma importante quantidade de estímulos, conteúdos

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e valores do chamado currículo oculto, ao mesmo tempo em que impõem suas leis como

organizações disciplinares (ESCOLANO, 2001, p. 27).

[ ... ] espaços e tempos fazem parte da ordem social escolar. Sendo assim, são sempre

pessoais e institucionais, individuais e coletivos, e a busca de delimitá-los, controlá-los,

materializando-os em quadros de anos/séries, horários, relógios, campainhas, ou em

salas específicas, pátios, carteiras individuais ou duplas, deve ser compreendida como

um movimento que teve ou propôs múltiplas trajetórias de institucionalização da escola.

Daí, dentre outros aspectos, a sua força educativa e sua centralidade no aparato escolar.

Na educação, os currículos incorporam conhecimentos tomados como um saber

objetivo e indiscutível. Os conhecimentos são estruturados em verdades indispensáveis

que devem ser transmitidas às novas gerações. Normas e hábitos são institucionalizados.

Raças, gêneros, grupos e outros fatores identitários são considerados superiores aos

demais, gerando todo tipo de preconceito e de exclusão.

Entretanto, as mudanças que estão ocorrendo no mundo contemporâneo –

inerentes à Pós-Modernidade – em função das novas configurações políticas e sociais e

dos novos mapas culturais, demandam um novo delineamento para os currículos

escolares.

Gadotti (2002) lembra que a educação pós-moderna seria aquela que leva em

conta a diversidade cultural, portanto uma educação multicultural. Como concepção geral,

o multiculturalismo defende uma educação para todos que respeite a diversidade, as

minorias étnicas, a pluralidade de doutrinas, os direitos humanos, eliminando os

estereótipos, ampliando o horizonte de conhecimentos e de visões de mundo. O pós-

modernismo na educação trabalha mais com o significado do que com o conteúdo, muito

mais com a intersubjetividade e a pluralidade do que com a igualdade e a unidade. Não

nega os conteúdos. Pelo contrário, trabalha para uma profunda mudança deles na

educação, para torná-los essencialmente significativos para os estudantes.

O currículo pode ser analisado a partir de cinco âmbitos:

• O ponto de vista sobre sua função social como ponte entre a sociedade e a escola;

• Projeto ou plano educativo, pretenso ou real, composto de diferentes aspectos,

experiências, conteúdos, etc;

• Fala-se do currículo como expressão formal e material desse projeto que deve

apresentar, sob determinado formato, seus conteúdos, suas orientações e suas

sequências para abordá-lo, etc;

• Referem-se ao currículo os que o entendem como um campo prático. Entendê-lo

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assim supõe a possibilidade de: 1) analisar os processos instrutivos e a realidade

da prática a partir de uma perspectiva que lhes dota de conteúdo; 2) estudá-lo

como território de intersecção de práticas diversas que não se referem apenas aos

processos de tipo pedagógico, interações e comunicações educativas; 3) sustentar

o discurso sobre a interação entre a teoria e a prática em educação.

• Referem-se a ele os que exercem um tipo de atividade discursiva e acadêmica e

pesquisadora sobre todos estes temas.

Young afirma que o currículo é o mecanismo através do qual o conhecimento é

distribuído socialmente. Com isso, a natureza do saber distribuído pela escola se situa

como um dos problemas centrais a ser colocado e discutido. O currículo passa a ser

considerado como uma invenção social que reflete escolhas sociais conscientes e

inconscientes, que concordam com os valores e as crenças dos grupos dominantes da

sociedade. (1980, p.25).

5. MARCO OPERACIONAL

Objetivando transformar a escola num espaço de vivência participativa, na

perspectiva da gestão democrática, haverá um permanente planejamento participativo,

rompendo-se com os limites das relações hierarquizadas, com os incômodos da divisão e

do cumprimento das responsabilidades, zelando para que não haja fragmentação nas

ações desenvolvidas no contexto escolar, aprimorando ações educativas que fortaleçam

os compromissos com uma educação de qualidade social e com a transformação da

sociedade.

A escola almeja por uma gestão democrática com a participação de todos,

buscando a autonomia e a liberdade. Todas as decisões tomadas pela escola têm a

participação efetiva de todos seus segmentos na construção da concepção, na execução

e na avaliação da proposta pedagógica. A elaboração do Projeto Político Pedagógico

teve o acompanhamento e a participação de toda os representantes da comunidade

escolar: Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e APMF.

Observamos a necessidade de se fortalecer as instâncias colegiadas, para que a

participação deste segmento seja mais efetiva e atuante. Para isso é necessária a

formação/instrumentalização de seus agentes, para que estes possam efetivamente

discutir a escola. O NRE de Laranjeiras do Sul será convidado através de seus técnicos-

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pedagógicos, a assessorar às reuniões de formação, vindo até à escola ou fazendo

encontros com seus representantes. A Escola Estadual Érico Veríssimo, na oportunidade

em que é oferecido, pela SEED, cursos e espaços de formação, incentiva a participação

dos membros colegiados.

A escolha do diretor é por meio de eleição, realizada na escola a cada três anos,

conforme orientações da SEED, a qual publica edital com as normas a serem seguidas,

tendo a participação de todos os segmentos. Também a escolha dos representantes da

APMF e do Conselho Escolar, é feita por meio de eleição, onde os pais elegem, em

sessão plenária, os membros que compõe a diretoria.

A escolha do aluno representante de turma é realizada trimestralmente, ou

extraordinariamente, quando o professor coordenador da turma julgar necessário, por

meio de eleição entre todos os alunos da turma, ficando como representante, o aluno

mais votado. Este processo é mediado pelo professor coordenador da turma.

A composição do Grêmio Estudantil é feita por meio de eleição de chapas,

escolhidas pelos próprios alunos. Este processo é mediado pela Direção e Equipe

Pedagógica.

Entendendo que a escola pública é um espaço de constante

construção/transformação por meio de seus agentes, é que a Escola Érico Veríssimo tem

avançado na concepção de Conselho de Classe, compreendendo que deixou de ser um

tempo/espaço de comunicação de resultados. Temos trabalhado na concepção de que

este se efetive como um eessppaaççoo ddee ddiiaaggnnóóssttiiccoo ddoo pprroocceessssoo ddee eennssiinnoo ee

aapprreennddiizzaaggeemm,,mmeeddiiaaddoo ppeellaa eeqquuiippee ppeeddaaggóóggiiccaa ee ddiirreeççããoo,, jjuunnttoo ccoomm ooss aalluunnooss ee

pprrooffeessssoorreess,, aaiinnddaa qquuee eemm mmoommeennttooss ddiiffeerreenntteess.. EEsstteess mmoommeennttooss,, ddiizzeemm rreessppeeiittoo aaoo PPrréé

ccoonnsseellhhoo,, CCoonnsseellhhoo ddee CCllaassssee ee PPóóss CCoonnsseellhhoo..

O Conselho de Classe é realizado a cada trimestre, com análise de notas e revisão

das avaliações, buscando alternativas para trabalhar as dificuldades encontradas no

trimestre. É direcionado por série, sendo discutidos caso a caso, anotados em ata e em

uma ficha onde se registra as dificuldades, avanços de cada aluno e ações propostas

para melhorar seu desempenho, momento privilegiado para discussão e análise das

práticas educativas da escola. Fazem parte do Conselho de Classe, um representante do

Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, diretor, pedagogo e professores.

A Avaliação Institucional deste estabelecimento é construída de forma coletiva,

identificando as qualidades e fragilidades da instituição e do sistema, subsidiando as

políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento

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da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual de Ensino. Ocorre

durante as reuniões pedagógicas realizadas durante o ano letivo, subsidiando a

organização do Plano de Ação da Escola no ano subsequente.

Respaldados na LDBEN 9394/96, (Leis de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional), a Escola Estadual Érico Veríssimo elaborou o seu Sistema Avaliativo, o qual

foi amplamente debatido com seus pares, e aprovado em seu Regimento. A avaliação do

ensino-aprendizagem tem a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno. É contínua, cumulativa e processual, realizada em função dos

conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados.

A Escola estadual Érico Veríssimo compreende o seu papel fundamental no

combate a evasão escolar, uma vez que o aluno está diretamente vinculado ao

estabelecimento. Portanto a escola toma todas as iniciativas que lhe cabem, visando à

permanência do aluno no sistema educacional, conscientizando-o da importância da

educação em sua vida e para seu futuro, mantendo contato frequente e direto com os pais

ou responsáveis, enfatizando a sua responsabilidade na educação dos filhos,

encaminhando aos órgãos competentes , casos que não foram resolvidos pela escola, ou

casos recorrentes de evasão.

Baseado nas diretrizes da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED,

as quais contemplam a articulação, integração e conscientização de todos os envolvidos

no processo de ensino da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná, a Coordenação

de Gestão Escolar e com o apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, apresenta-

se o PROGRAMA FICA COMIGO – ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR. Com

este programa, a Secretaria busca confirmar a concepção democrática da escola como

direito de todos. Não apenas um direito legal, com a preocupação em situações que

impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes na escola.

O programa Fica Comigo prevê ações dos profissionais da escola, Professores,

Equipe Pedagógica, Direção, Conselho Tutelar e Ministério Público, cabendo a cada um,

funções específicas. Ao professor cabe comunicar à Equipe Pedagógica, através do

preenchimento de ficha própria, nos casos em que o aluno apresentar cinco (5) faltas

consecutivas ou sete (7) faltas alternadas. A Equipe Pedagógica, ao receber a ficha,

entrará em contato com os familiares e/ou responsáveis, solicitando o comparecimento

destes à escola. Havendo uma negativa ao retorno do aluno à escola, esta preencherá a

ficha Fica, encaminhado-a ao Conselho Tutelar, onde relatará de forma suscinta todos os

encaminhamentos realizados em favor do aluno.

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A Escola Estadual Érico Veríssimo, ao comparar os índices de abandono dos anos

letivos anteriores, observou uma redução significativa. Isto foi possível, dentre outras

ações, à efetivação do Programa Fica Comigo, o qual considera primordial conhecer as

verdadeiras causas pelas quais as crianças e adolescentes deixam de frequentar a

escola; o envolvimento toda a comunidade escolar na discussão e definição de ações de

enfrentamentos das possíveis causas do abandono e da evasão; estabelecer metas para

redução dos índices de abandono; criar um ambiente de respeito, onde os alunos sintam

que são bem recebidos e que a sua presença é valorizada; promover a cooperação e a

solidariedade entre os alunos, desestimulando qualquer atitude de preconceito ou

discriminação; trabalhar para tornar a escola relevante na vida dos alunos, principalmente

daqueles em situação de risco, realçando a importância da educação na vida e no futuro

de cada um; realizar reuniões periódicas com os pais e o Conselho Tutelar para discutir

em conjunto as possíveis alternativas para a solução dos problemas detectados, tanto no

plano individual quanto no coletivo; acompanhar diariamente a presença/ausência dos

alunos, sobretudo daqueles em situação de risco e/ou abandono.

No que diz respeito a atos indisciplinares e violência na escola, temos encontrado

apoio da Patrulha Escolar, a qual tem desenvolvido um trabalho educativo, preventivo e

quando necessário, punitivo.

Entre as várias ações o Plano de Ação da Escola, contempla ainda os Desafios

Educacionais Contemporâneos. Estes tratam das inquietudes humanas, as relações

sociais, econômicas, políticas e culturais, levando-nos a avaliar os enfrentamentos que

devemos fazer. Nesta perspectiva é trabalhado, em todas as disciplinas, relacionando ao

conteúdo, temas como Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na escola,

História e Cultura Afrobrasileira e Africana, Educando para as relações étnico-raciais,

Prevenção ao uso indevido de drogas e Sexualidade. Este trabalho é realizado durante o

ano letivo, havendo a oportunidade, prevista em calendário e no Plano de Ação da

Escola, para a divulgação dos trabalhos desenvolvidos no decorrer do ano letivo.

No que diz respeito ao dia da Consciência Negra, a instituição favorece o

desenvolvimento da expressão corporal, oral e cultural dos alunos, através de momentos

de interpretação, coreografias, músicas, poesias e a valorização da cultura negra, para a

ampliação dos conhecimentos e formação de hábitos e atitudes fundamentais nos valores

éticos. Através destas atividades, busca-se desenvolver ações transformadoras,

projetando o respeito como prática fundamental e essencial para mudar a concepção da

sociedade. No dia 20 de novembro, dia da consciência negra, é realizado a Mostra

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Cultural, onde é apresentado para a comunidade escolar, todas as atividades artísticas,

científicas e culturais desenvolvidas no decorrer do período letivo.

Na Escola Estadual Érico Veríssimo os conteúdos referentes à História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena são trabalhados inclusos em todo o currículo escolar,

especialmente nas áreas de Arte, Língua Portuguesa (Literatura) e História. Com

relação a História do Paraná, é abordada na disciplina de História.

Conforme instrução da Secretaria de Estado da Educação, a Escola Estadual Érico

Veríssimo, formou a equipe multidisciplinar, a qual é composta por 1 (um) pedagogo, 1

(um) agente educacional, 1 (um) representante das instâncias colegiadas, 1 (um)

professor da área de humanas, 1 (um) da área de exatas e 1 (um) da área de biológicas.

Dentre as atribuições da Equipe multidisciplinar, estão:

1. Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as

orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER e o Ensino de

História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, que deverá ser incorporado no

ProjetoPolítico-Pedagógico e legitimado pelo Regimento Escolar;

2. Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores na

elaboração do Plano de Trabalho docente no que se refere à ERER;

3. Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação e

comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira,

Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED;

4. Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as, funcionários/as e

alunos/as na execução de ações que efetivem a ERER e o Ensino de História e Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena;

5. Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao preconceito,

discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as, equipe

pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e alunos/as;

6. Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando for o caso, as

situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos

estabelecimentos de ensino;

7. Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano Nacional de

Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e para o Ensino da

História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.

8. Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de conteúdos e

propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino;

9. Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe multidisciplinar.

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A Agenda 21 é o principal documento da Rio 92 (Conferência das Nações Unidas

sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano), sendo a mais importante

conferência organizada pela ONU em todos os tempos. Nesta perspectiva a Escola Érico

realiza a Conferência do Meio Ambiente, baseando-se nos documentos da Agenda 21,

realizada a cada dois anos e com a participação de todas as turmas. As melhores

propostas são levadas para a discussão na Conferência Municipal do Meio Ambiente.

Desta forma contemplamos a política nacional de educação ambiental.

São desenvolvidos atividades de incentivo a leitura. Neste sentido os alunos

realizam o “diário de leitura”, orientados pelos professores de Língua Portuguesa. Para

tanto a biblioteca da escola foi reestruturada e aprimorada com a aquisição de obras de

autores e temas diferenciados. É elaborado pelo Grêmio Estudantil o Jornal Escolar

“Educomunicação”, o qual tem por objetivo complementar o trabalho de incentivo à leitura

e escrita, assim como também, o protagonismo juvenil.

A Escola Estadual Érico Veríssimo participa anualmente do FERA COM CIÊNCIA (

Festival de Arte e Ciências da Rede Estudantil), com tema pré definido pela SEED, o qual

tem a finalidade de proporcionar o acesso e promover a socialização do conhecimento

artístico, científico e cultural dos alunos, dos professores e demais segmentos da

comunidade escolar. Representa um momento oportuno para que a escola demostre o

trabalho realizado por ela e ao mesmo tempo adquira conhecimento, através das Oficinas

oferecidas.

É realizado por esta instituição o monitoramento nutricional, conforme orientação

da SEED, o qual tem como objetivo principal promover a saúde e prevenir doenças,

acompanhando o desenvolvimento da altura e do peso dos alunos.

O Programa Viva a Escola visa atender os alunos tanto na área educacional quanto

cultural. Funciona em horário contra-turno e é organizado em três núcleos de

conhecimento: Expressivo -corporal; Científico- cultural e Integração comunidade e

Escola. A Escola estadual Érico Veríssimo oferta o Programa, sendo um do núcleo

científico-cultural, (investigação científica), e outro do núcleo expressivo corporal

(esporte). O público-alvo é preferencialmente crianças/adolescentes com risco social.

A Escola Érico Veríssimo mantém o Programa de sensibilização musical, através

da fanfarra. Este funciona, há vários anos, em horário intermediário, com profissional

voluntário indicado pela APMF. Os alunos se apresentam em comemorações cívicas e

culturais do município e região.

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Também conta com a efetivação do Programa Prontidão Escolar Preventiva, o

qual tem por objetivo implantar uma nova cultura escolar, por intermédio do conhecimento

teórico e prático de temas como primeiros socorros, desastres climáticos, sinistros

causados pelo fogo, prejuízos causados por bombas e artefatos explosivos. Objetiva

ainda a formação de uma brigada de emergência como uma ação preventiva às diferentes

calamidades e desastres da natureza, assim como, desastres provocados pelo próprio

homem. Este programa efetivou-se no ano de 2010.

É realizado anualmente os Jogos Inter-salas, objetivando a integração dos

educandos, bem como, o desenvolvimento pelo gosto da prática esportiva. Este

estabelecimento de ensino participa do JOCOPS ( Jogos Colegiais do Paraná), que têm

como finalidade promover o desporto educacional, por meio de jogos que envolvam

várias modalidades esportivas, dando oportunidade de participação de um maior número

de alunos e despertando o gosto pela prática de esportes com fins educativos e

formativos, oportunizando a descoberta de novos talentos esportivos.

Para atender a demanda de alunos que tem acesso restrito às áreas de lazer e

desporto, a Escola pretende disponibilizar de uma infraestrutura para o desenvolvimento

destas atividades. Para efetivar esta proposta a escola desenvolveu um projeto e

encaminhou a empresa TRACTEBEL, e também protocolou pedidos de reforma do

Ginásio de Esportes, à SEED, dos quais, aguarda-se retorno.

Com relação a lei nº 16105/2009, a qual trata da Semana de Orientação sobre a

gravidez na adolescência, a escola realiza palestras formativas e informativas, tanto para

os alunos quanto para os pais. Estas palestras são ministradas por um profissional da

saúde e acontecem em momentos diferentes, onde os alunos são divididos por idade e

sexo.

Nos eventos cívicos (7 de setembro) e comemorativo (30 de novembro), realizados

no município, a escola participa ativamente. Estes eventos são organizados pela SEMEC

(Secretaria Municipal de Educação e Cultura) e o NRE (Núcleo Regional de Educação).

Na ocasião do desfile comemorativo ao aniversário do município, 30 de novembro,

a comissão elege um tema,e de acordo com este, a escola desenvolve e apresenta à

comunidade laranjeirense.

Acontece anualmente, no mês de agosto, a Semana Nacional da Família. A escola

participa, conforme cronograma e tema pré-estabelecidos, na organização da

Celebração Eucarística, juntamente com outras escolas.

Para atender a resolução nº 04 de 02/10/09, a qual se refere ao atendimento aos

alunos inclusos nas salas de ensino regular e na Sala de Recursos, a Escola Estadual

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Érico Veríssimo, modifica alguns procedimentos de ensino, planejando atividades,

adaptando e enriquecendo o currículo. Promove uma avaliação diferenciada, com

propostas educativas de forma a favorecer a todos os alunos que apresentem

necessidades educacionais especiais. As adaptações curriculares, feitas pelo professor,

são de pequeno porte. Referem-se a ajustes nas ações planejadas pelo professor,

modificações promovidas no currículo, permitindo a participação produtiva dos alunos

que apresentam necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem. São

implementações no âmbito de responsabilidade de ação exclusiva do professor, não

exigindo autorização de outra instância superior, nas áreas política, administrativa ou

técnica.

As adaptações curriculares realizadas pelo professor, são anotadas no Livro de

Registro de Classe

A Equipe Pedagógica realiza o acompanhamento pedagógico às 5ª séries,

semestralmente. Este acompanhamento diz respeito, no primeiro momento, ao

acolhimento ( fevereiro/março) que tem por objetivo orientá-los em relação ao novo nível

de ensino e as normas deste; reconhecimento do espaço físico, funções de cada

componente do coletivo escolar. No segundo momento é realizado uma sondagem de

leitura, escrita, interpretação, raciocínio-lógico-matemático, bem como a organização do

material escolar. Por meio desta sondagem, é realizado os encaminhamentos

necessários a cada situação verificada , tais como dicas de estudo, contato com os

familiares e/ou responsáveis, bem como, auxilia na definição do encaminhamento para

Sala de Apoio à Aprendizagem ou Sala de Recursos.

Aos alunos matriculados na 5ª série, com defasagem de aprendizagem em

conteúdos referentes aos anos iniciais do ensino Fundamental, na disciplina de Língua

Portuguesa e/ou Matemática, é oferecido o apoio pedagógico, no período contrário, nas

Salas de Apoio à Aprendizagem. Seu funcionamento prevê número reduzido de alunos, (

no máximo 15 alunos), o que facilita o atendimento individualizado.

A direção e equipe pedagógica deste estabelecimento, orienta as famílias a

respeito do Programa Sala de Apoio à Aprendizagem, informando aos pais e/ ou

responsáveis sobre a necessidade e importância dos alunos estenderem seu tempo

escolar. Acompanha os alunos inclusos no programa, buscando sua participação integral,

mantendo pais ou responsáveis informados quanto à frequência, aproveitamento nas

Salas de Apoio à aprendizagem e no ensino regular.

O professor regente diagnostica as dificuldades dos alunos, indicando-os para a

participação no Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem; acompanha o processo de

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aprendizagem durante e após a participação no programa.

Nos casos em que após realizado todos os encaminhamentos, o aluno não

frequentar assiduamente a Sala de Apoio à Aprendizagem, e/ou superar as dificuldades,

este é substituído, permitindo desta forma a rotatividade.

No que se refere ao CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, o qual

oferece o curso anualmente, destinando matrícula para alunos e também para pessoas

da comunidade, tem como mantenedores a Secretaria de Estado da Educação do Paraná

(SEED-PR); Superintendência da Educação (SUED);Departamento de Educação Básica

(DEB) e a Coordenação do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas

(CELEM/DEB/SEED).

Sob a Resolução nº 3904/2008 da SEED-PR (de 27/08/2008): Regulamentação e

Organização do CELEM e Instrução Normativa nº 019/2008 da SUED/SEED-PR (de

31/10/2008): Definição de critérios para assegurar a implantação e funcionamento dos

Cursos do CELEM, o ensino do mesmo objetiva promover a aprendizagem de Língua

Estrangeira Moderna (LEM); Desenvolver a compreensão de valores sociais; Adquirir

conhecimentos sobre outras culturas.

Em comemoração ao Dia do Estudante, a escola organiza várias atividades, dentre

elas, a escolha do Garoto e da Garota, representantes da Escola, apresentações

artísticas e culturais.

O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar, objetiva o

atendimento educacional aos educandos , que se encontram impossibilitados de

frequentar a escola em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento de

saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a

reinserção em seu ambiente escolar. Cabe a escola encaminhar, por meio do

responsável regional, os conteúdos a serem desenvolvidos pelo Programa SAREH.

No que diz respeito ao estágio não obrigatório, Lei nº11.788/2008, esta instituição

de ensino zelará pelo cumprimento da legislação, quando houver demanda. Em anexo

segue o Plano de Estágio não obrigatório.

6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

6.1. ENSINO FUNDAMENTAL

6.1.1. Proposta Pedagógica Curricular de Arte

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Apresentação da disciplina

A arte é a criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é

transformar, e nesse processo, o sujeito também se recria assim a existência humana é o

objeto do estudo da Arte. A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do

real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já

humanizada.

A Arte no âmbito escolar se desenvolveu embasada na educação jesuíta e foi

importante, pois influenciou a cultura brasileira, manifestando-se também na cultura

paranaense. A influência francesa muito também contribuiu para o culto à beleza clássica,

o que caracterizou o pensamento pedagógico tradicional da arte, mas com a proclamação

da República o ensino da Arte passou as técnicas e artes manuais. Porém, sabe-se que o

ensino da Arte nas escolas e cursos são influenciados também, por movimentos políticos

e sociais, por exemplo, a semana da Arte Moderna de 1922, que valorizava a cultura

popular brasileira.

Enfocando a expressividade, espontaneísmo e criatividade, a Arte passou por

vários processos devido as novas ideias e experiências, mas o que estimulou a Arte a se

tornar disciplina escolar foi sua importância para o desenvolvimento da sociedade e a

valorização da realidade local, bem como, a aplicação dela nos meios produtivos.

O ensino da Arte proporcionará o conhecimento das mais variadas linguagens artísticas,

por intermédio do conhecimento dos conteúdos e das técnicas necessárias à leitura e

produção, possibilitando a formação da percepção da sensibilidade estética e o domínio

do conhecimento acumulado, por meio do contato com a produção cultural existente. Esta

prática se fundamenta na premissa de que o acesso ao conhecimento no âmbito da

escola, se realizará na interação professor-aluno. A Arte propicia um tipo de comunicação

em que inúmeras significações se condensam na combinação de determinados elementos

e conceitos específicos de cada modalidade artística. A percepção é condicionada pelas

vivências culturais, experiências e estruturas mentais.

O ensino de Arte na escola objetiva construir a identidade e a consciência do

jovem, tornando-se capaz de conhecer, diferenciar, e ao mesmo tempo, integrar o

concreto e o abstrato compreendendo a diversidade de valores que orientam tanto seus

modos de pensar e agir na sociedade. A proposta curricular no ensino, aponta caminhos

possíveis no processo de ensinar e aprender.

Conteúdos Estruturantes

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São conhecimentos que constituem para a fundamentação do ensino das Artes,

são eles: Elementos formais, Composição, Movimentos e Períodos.

5ª série- Área Música

ELEMENTOS FORMAIS: altura,duração, timbre, intensidade e densidade.

COMPOSIÇÃO: ritmo, melodia, escalas: diatônica, pentatômica cromática, improvisação.

MOVIMENTOS E PERÍODOS: greco-romana ocidental, oriental e africana.

6ª série- Área Música

ELEMENTOS FORMAIS: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

COMPOSIÇÃO: ritmo, melodia,escalas.

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico; técnicas: vocal, instrumental, mista e

improvisação.

MOVIMENTOS E PERIODOS: Música popular e étnica (ocidental oriental).

7ª série Música

ELEMENTOS FORMAIS: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

COMPOSIÇÃO: ritmo, melodia, harmonia tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

MOVIMENTOS E PERÍODOS: eletrônica, minimalista, rap, rock e techno.

8ª série – Área Música

ELEMENTOS FORMAIS: altura,timbre,duração, intensidade e densidade.

COMPOSIÇÃO: ritmo, melodia,harmonia; técnicas: vocal, instrumental e mista.

Gêneros: popular, folclórico, étnico.

MOVIMENTOS E PERíODOS: Música engajada, música popular brasileira e música

contemporânea.

5ª série Artes Visuais

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ELEMENTOS FORMAIS:ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.

COMPOSIÇÃO: bidimensional, figurativa, geométrica e simetria; técnicas: pintura,

escultura e arquitetura.

Gêneros: cenas da mitologia

MOVIMENTOS E PERÍODOS: Arte Greco-romana, Arte Africana, Arte Oriental e Arte Pré-

histórica.

6ª série – Área Artes Visuais

ELEMENTOS FORMAIS: ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.

COMPOSIÇÃO: proporção, tridimensional, figura e fundo, abstrata e perspectiva.

Técnicas: pintura, escultura, modelagem, gravura.

Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta.

MOVIMENTOS E PERÍODOS: Arte Indígena, Arte popular brasileira e paranaense

renascimento barroco.

7ª série- Área Artes Visuais

ELEMENTOS FORMAIS: linha, forma, textura, superfície,volume, cor e luz.

COMPOSIÇÃO: semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização e deformação.

Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.

MOVIMENTOS E PERÍODOS: Arte no Séc. XX e Arte contemporânea

8ª Série- Artes Visuais

ELEMENTOS FORMAIS: linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.

COMPOSIÇÃO: bidimensional, tridimensional, figura-fundo e ritmo visual.

Técnica: pintura, grafite e performance.

Gêneros: paisagem urbana e cenas do cotidiano.

MOVIMENTOS E PERÍODOS: Realismo, vanguardas, muralismo e arte latino-americana

e hip hop.

5ª série- Área Teatro

ELEMENTOS FORMAIS: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais :

ação e espaço.

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COMPOSIÇÃO: enredo, roteiro, espaço cênico e adereços.

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação e máscara.

Gênero: tragédia, comédia e circo.

MOVIMENTOS E PERÍODOS: greco-romana, teatro oriental, teatro medieval e

renascimento.

6ª série – Área Teatro

ELEMENTOS FORMAIS: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais,

ação e espaço.

COMPOSIÇÃO: representação, leitura dramática e cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação e formas animadas.

Gêneros: rua, arena e caracterização.

MOVIMENTOS E PERÍODOS: comédia dell'arte, teatro popular brasileiro e paranaense e

teatro africano.

7ª série – Área Teatro

ELEMENTOS FORMAIS: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

ação e espaço.

COMPOSIÇÃO: representação no cinema e mídias: texto dramático, maquiagem,

sonoplastia e roteiro.

Técnicas: jogos teatrais, sombra e adaptação cênica.

MOVIMENTOS E PERÍODOS: indústria cultural, realismo, expressionismo e cinema novo.

8ª série- Área teatro

ELEMENTOS FORMAIS: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

ação

espaço

COMPOSIÇÃO

técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-fórum...

dramaturgia

cenografia

sonoplastia

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iluminação

figurino

MOVIMENTOS E PERÍODOS

teatro engajado

teatro do oprimido

teatro pobre

teatro do absurdo

vanguardas

5ª série- Área Dança

ELEMENTOS FORMAIS

movimento corporal

tempo

espaço

COMPOSIÇÃO

kinesfera

eixo

ponto de apoio

movimentos articulares

fluxo (livre, interrompido)

rápido e lento

formação níveis (alto, médio e baixo)

deslocamento (direto e indireto)

dimensões (pequeno e grande)

técnica: improvisação

gênero: circular

MOVIMENTOS E PERÍODOS

pré-história

greco-romana

renascimento

dança clássica

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6ª série – Área Dança

ELEMENTOS FORMAIS

movimento corporal

tempo

espaço

COMPOSIÇÃO

ponto de apoio

rotação

coreografia

salto e queda

peso (leve, pesado)

fluxo (livre, interrompido e conduzido)

lento, rápido e moderado

níveis (alto, médio e baixo)

formação

direção

gênero: folclórica, popular, étnica

MOVIMENTOS E PERÍODOS

dança popular

brasileira

paranaense

africana

indígena

7ª série – Área Dança

ELEMENTOS FORMAIS

movimento corporal

tempo

espaço

COMPOSIÇÃO

giro

rolamento

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saltos

aceleração

desaceleração

direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda)

improvisação

coreografia

sonoplastia

gênero: indústria cultural e espetáculo

MOVIMENTOS E PERÍODOS

hip hop

musicais

expressionismo

indústria cultural

dança moderna

8ª série- Área Dança

ELEMENTOS FORMAIS

movimento corporal

tempo

espaço

COMPOSIÇÃO

kinesfera

ponto de apoio

peso

fluxo

quedas

saltos

giros

rolamentos

extensão (perto e longe)

coreografia

deslocamento

gênero: performance, moderna

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MOVIMENTOS E PERÍODOS

vanguardas

dança moderna

dança contemporânea

METODOLOGIA

É necessário sentir e perceber, conhecer e trabalhar artisticamente saberes

que levem os educandos a conhecer, compreender e envolver-se com a arte. Portanto,

educar esteticamente é ensinar a ver, ouvir criticamente, interpretar a realidade a fim, de

ampliar as possibilidades de fruição e expressão artística. É necessário que deem

continuidade a conhecimentos práticos e teóricos aprendidos anteriormente. E, para isso,

tentaremos desenvolver três aspectos que se constituem como base para a ação

pedagógica.

A humanização dos objetos e dos sentidos, a familiarização cultural e o

saber estético, bem como o trabalho artístico.Para isso nos fixaremos no ver, sentir, e

fazer através de aulas expositivas, leitura de obras produzidas, aulas teóricas e

práticas.experimentação com técnicas e materiais diversos e exposição de trabalhos

realizados pelos alunos.

AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. De

acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do

desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. De fato, a

avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o

professor participa do processo e compartilha a produção do aluno. Ou seja, a avaliação

permite que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de

uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a

valorização somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera

critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais, direcionando de

maneira sistematizada o trabalho pedagógico. Assim, a avaliação em Arte supera o papel

de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar

aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não

estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos

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de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização

dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.

O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já

conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar,

desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos

para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo

professor.

Esse diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos

os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem

dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.

Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de desenvolvimento proximal, conceito

elaborado por Lev Semenovich Vigotsky que trabalha a questão da apropriação do

conhecimento. Vigotsky argumenta que a distância entre o nível de desenvolvimento real,

determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de

desenvolvimento potencial, determinado pela resolução de um problema sob a orientação

de um adulto ou em colaboração com outro colega, é denominado de zona de

desenvolvimento proximal.

Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os

colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor

abordagens diferenciadas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários

instrumentos de verificação tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográfica e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às

seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a

sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

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diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAGHIROLI, Mário M, MORAIS, Walter. A Educação Artística, Ed. FTD.

FREITAS, Juliana e Ornaldo. Arte e comunicação, Ed. FTD.

MARCHESI, Isaias Junior- Atividades de Educação Artistica, Ed. Ática

OLIVEIRA, Malaí Guedes. Hoje é dia de arte, Ed. IBEP.

PARANÁ- SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares para a

disciplina de Artes, 2006.

VASCONCELLOS, Thelma , NOGUEIRA Leonardo- Reviver nossa arte, Ed, Scipione.

XAVIER, Natália, AGNER, Albano. Viver com arte, Ed. Ática.

YAJIMA, Eiji. Plástica e Educação Artística, Ed. IBEP.

6.1.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Segundo as DCE's a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o

conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista

científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

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Universo em toda sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os

fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência

do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos

e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura,

o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do

conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de

compreendê-la e se apropriar dos seus recursos.

A história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do conhecimento

científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na Natureza, o que

permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem.

Uma opção para conceituar ciência é considerá-la

(...) um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos,

etc, visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em contínua

ampliação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma

metodologia especial (metodologia científica).

(FREIRE-MAIA, 2000, p. 24).

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas

também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de

pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam (KNELLER, 1980).

De acordo com Gaston Bachelard (1884-1962), existem três grandes períodos do

desenvolvimento do conhecimento científico:

O primeiro período, que representa o estado pré-científico, compreenderia

tanto a Antiguidade clássica, quanto os séculos de renascimento e de novas

buscas, como os séculos XVI, XVII e até XVIII. O segundo período, que

representa o estado científico, em preparação no fim do século XVIII, se

estenderia por todo o século XIX e início do século XX. Em terceiro lugar,

consideraríamos o ano de 1905 como o início da era do novo espírito

científico, momento em que a Relatividade de Einstein deforma conceitos

primordiais que eram tidos como fixados para sempre (BACHELARD, 1996,

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p.9).

O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período

marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Este estado

representa a busca da superação das explicações míticas, com base em sucessivas

observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso

registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do séc. XVIII.

O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo

estado científico, em que um único método científico constitui-se para a compreensão da

Natureza.

O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese

em leis ou teorias. Isso produz um conhecimento (científico) a respeito de um

determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e

divulgação do conhecimento, feita no período pré-científico.

O estado do novo espírito científico, configura-se também, como um

período fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de

divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços

científicos. Segundo Sevcenko (2001), mais de oitenta por cento dos avanços científicos

e inovações técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de dois terços

após a Segunda Guerra Mundial. Ainda, cerca de setenta por cento de todos os

cientistas, engenheiros, técnicos e pesquisadores formados desde o início da ciência,

ainda estão vivos, continuam a contribuir com pesquisas e produzir conhecimento

científico. Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a

superação dos estados pré-científico e científico, na mesma expressividade em que

ocorre na atividade científica e tecnológica, o processo de produção do conhecimento

científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar, possibilitando discussões acerca

de como a ciência realmente funciona (DURANT, 2002).

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à

educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e

recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram

nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo”

(MARANDINO, 2005, p.162).

O ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração de campos de

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referência como a Biologia, a Física, a Química, a Geologia, a Astronomia, entre outras. A

consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que ultrapassam os

campos de saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins

sociais” (MACEDO e LOPES, 2002, p.84), de modo a possibilitar ao

educando a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da investigação

da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.

A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas

brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo de

transmitir conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais

de referência já transmitiam-se informações gerais por meio de metodologia centrada

na aula expositiva, não-dialogada, que exigia a memorização da biografia de

cientistas importantes e da divulgação dos conhecimentos provenientes de suas

descobertas. Desse modo, privilegiava-se a quantidade de informações científicas em

prejuízo de uma abordagem de base investigatória.

Na década de 1940, com a Reforma Capanema, o ensino objetivava a preparação

de uma “elite condutora” e para tal, “a legislação era clara: a escola deveria contribuir para

a divisão de classes e, desde cedo, separar pelas diferenças de chances de

aquisição cultural, dirigentes e dirigidos” (GHIRALDELLI JR., 1991, p.86). O currículo era

organizado no ensino secundário em dois ciclos, um de quatro e outro de três anos. O

primeiro ciclo, ginasial, distribuía a disciplina de Ciências Naturais nas duas séries finais.

Em linhas gerais, no 3º ano, atual 7ª série do Ensino Fundamental, abordavam-se os

seguintes conteúdos: água, ar e solo, noções de botânica e de zoologia e corpo humano.

No 4º ano, atual 8ª série do Ensino Fundamental, prevaleceram as noções de Química e

Física e foram retirados alguns conteúdos da proposta anterior que propiciavam

articulação com a realidade. Dessa maneira acentuava-se o caráter propedêutico da

disciplina, objetivando o ingresso dos alunos da classe média, mesmo que em

minoria, na universidade. O país modernizava-se rapidamente e o parque industrial exigia

uma qualificação de mão-de-obra que o sistema público de ensino profissional, recém-

criado, não poderia fornecer em curto prazo. Nesse contexto de modernização e

industrialização, instituíram-se escolas de formação profissional paralelas ao ensino

secundário público.

As decisões políticas instituídas na LDB nº 4024/61 apontaram para o

fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos

avanços em relação às reformas educacionais de décadas anteriores foi a ampliação da

participação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar, ampliando para todas

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as séries da etapa ginasial a necessidade do preparo do indivíduo (e da sociedade como

um todo) para o domínio dos recursos científicos e tecnológicos por meio do exercício do

método científico.

Os acordos entre o Brasil e os EUA, provenientes dos projetos voltados ao ensino

de Ciências, asseguravam ao Brasil assistência técnica e financiamento externos, a fim

de instituir novas reformas tanto no ensino universitário (Lei nº. 5540/68) quanto no ensino

de 1º e 2º graus (Lei nº 5692/71). Tais reformas marcaram o advento do ensino

tecnicista, que pretendia articular a educação ao sistema produtivo para aperfeiçoar o

sistema capitalista. Portanto, os investimentos na área educacional pretendiam a

formação para o mercado de trabalho, de acordo com as exigências da sociedade

industrial e tecnológica.

O objetivo primordial do ensino de Ciências, anteriormente focado na formação do

futuro cientista ou na qualificação do trabalhador, voltou-se, neste momento histórico, à

análise das implicações sociais da produção científica, com vistas a fornecer ao

cidadão elementos para viver melhor e participar do processo de redemocratização

iniciado em 1985.

Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no

Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o

ensino de 1° grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica. Este

documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do Paraná, visando

debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento metodológico. Esse programa

analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.

O Currículo Básico, no início dos anos 1990 ainda sob a LDB nº.

5692/71, apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando sua

legitimidade e constituição de sua identidade para o momento histórico vigente,

pois valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três

eixos norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau, hoje

Ensino Fundamental, a saber:

1. Noções de Astronomia;

2. Transformação e Interação de Matéria e Energia;

3. Saúde - melhoria da qualidade de vida.

Com a promulgação da LDB nº. 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases

para a Educação Nacional, fora produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais

(PCN) que propunham uma nova organização curricular em âmbito federal. O Currículo

Básico foi desvalorizado e os PCN contribuíram para a perda de identidade da disciplina

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de Ciências, pois parte de seus conteúdos mais tradicionais foram englobados pelos

Temas Transversais. O quadro conceitual de referência da disciplina e sua constituição

histórica com campo do conhecimento ficaram, assim, em segundo plano.

Tal proposta considerava que tudo que fosse passível de aprendizagem na escola

poderia ser considerado conteúdo curricular. O conceito de conteúdo curricular passou a

ser entendido então, em três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal. Neste

momento histórico houve a supervalorização do trabalho com temas, como por exemplo,

a questão do lixo e da reciclagem, das drogas, dos valores, da sexualidade, do meio

ambiente, entre outros. Entretanto, os conceitos científicos escolares que

fundamentam o trabalho com esses temas não eram enfatizados, ficavam em segundo

plano. A ênfase no desenvolvimento de atitudes e valores, bem como no trabalho

pedagógico com os temas transversais enfraqueceram o ensino dos conteúdos científicos

na disciplina de Ciências.

A incursão pela história da ciência permite identificar que não existe um único

método científico, mas a configuração de métodos científicos que se modificaram com o

passar do tempo.

No ensino de Ciências, ao assumir posicionamento contrário ao método único para

toda e qualquer investigação científica da Natureza, faz-se necessário ampliar os

encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares de modo que os

alunos superem os obstáculos conceituais oriundos de sua vivência cultural.

Considera-se, nas Diretrizes Curriculares, que, no processo de ensino-

aprendizagem a construção de conceitos pelo estudante não difere, em nenhum aspecto,

do desenvolvimento de conceitos não sistematizados que traz de sua vida cotidiana.

O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a escola. Por

isso, aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de

vida e qualquer situação de aprendizagem na escola tem sempre uma história anterior.

Há, no entanto, uma diferença entre o aprendizado anterior e o aprendizado escolar. O

primeiro não é sistematizado, o segundo é, além disso, este objetiva a

assimilação do conhecimento científico e produz algo fundamentalmente novo

no desenvolvimento do estudante.

Dentre os saberes sociais, os conhecimentos científico e cotidiano “se mostram

como campos que se inter-relacionam com o conhecimento escolar” (LOPES, 1999,

p.104), porém não sem contradições. O conhecimento cotidiano tem origem empírica e é

a soma dos conhecimentos sobre a realidade produzida na cotidianeidade. Esse

conhecimento pode acolher certas aquisições científicas, por meio de divulgação na mídia

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e na informalidade, mas não é o conhecimento científico. O educando, nos dias

atuais, tem mais acesso a informações sobre o conhecimento científico, no

entanto, constantemente reconstrói suas representações a partir do conhecimento

cotidiano, formando as bases para a construção de conhecimentos alternativos,

úteis na sua vida diária.

A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto

escolar implica a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o

conhecimento anterior do estudante, construído nas interações e nas relações que

estabelece na vida cotidiana, num primeiro momento, deve ser valorizado. Denominam-se

tais conhecimentos como alternativos aos conhecimentos científicos e, por isso, podem

ser considerados como primeiros obstáculos conceituais a serem superados. Nem

sempre o conhecimento cotidiano ou mesmo o alternativo podem ser

considerados incoerentes com o conhecimento científico, uma vez que são úteis na vida

prática e para o desenvolvimento de novas ideias. Valorizá-los e tomá-los como ponto de

partida terá como conseqüência a formação dos conceitos científicos, para cada

estudante, em tempos distintos.

Dessa forma, o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera transmissão

de conceitos científicos, para ser compreendido como processo de superação das

concepções alternativas dos estudantes, possibilitando o enriquecimento de sua cultura

científica (LOPES, 1999). Espera-se uma superação do que o estudante já possui de

conhecimentos alternativos, rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores

condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber

utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da

aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

Com base em investigações realizadas sobre o ensino de Ciências, nota-se uma

tendência de superação de estratégias de ensino que privilegiam atividades de estímulo,

resposta, reforço positivo, objetivos operacionais e instrução programada (MOREIRA,

1999). Tais estratégias não enfocam a aprendizagem no processo de construção de

significados.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de

que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados.

Isso põe o processo de construção de significados como elemento central do processo de

ensino-aprendizagem.

A construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede

de interações composta por no mínimo três elementos: o estudante, os conteúdos

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científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-

aprendizagem. O estudante é o responsável final pela aprendizagem ao atribuir sentido e

significado aos conteúdos científicos escolares. O professor é quem determina as

estratégias que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade dos

significados construídos. É do professor, também, a responsabilidade por orientar e

direcionar tal processo de construção.

Nesse contexto, pretende-se que o ensino de Ciências gere oportunidades

sistemáticas para que o aluno, ao final do ensino fundamental, tenha adquirido um

conjunto de conceitos, procedimentos e atitudes que operem como instrumentos para

interpretação do mundo científico e tecnológico em que vivemos, capacitando-os nas

escolhas que faz como indivíduo e como cidadão. Desse modo, o ensino de Ciências

objetiva:

1. Estabelecer relações entre o mundo natural , o mundo construído pelo homem e

seu cotidiano. Além disso, essa abordagem do currículo potencializará a função social

da disciplina pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e,

consequentemente influi na tomada de decisões desses sujeitos como agentes

transformadores.

2. Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,

como agente de transformação do mundo em que vive, em relação com os demais

seres vivos e outros componentes do ambiente.

3. Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma

atividade humana, histórica, associada ao aspecto de ordem social, econômica,

política e cultural.

4. Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e

condições de vida no mundo de hoje e em sua evolução histórica e compreender a

tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo

sobre riscos e benefícios das práticas científico – tecnológicos.

5. Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.

6. .Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir

de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos

e atitudes, desenvolvidos no aprendizado escolar.

7. Saber utilizar conceitos científicos básicos associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.

8. Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,

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comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e

informações.

9. Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a

construção coletiva do conhecimento.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

Desde que foi inserida no currículo escolar, a disciplina de Ciências passou por

muitas alterações em seus fundamentos teórico-metodológicos e na seleção dos

conteúdos de ensino. Isso ocorreu em função dos diferentes interesses econômicos,

políticos e sociais sobre a escola básica e dos avanços na produção do conhecimento

científico. Contudo, essa disciplina sempre contribuiu para superar a banalização do

conhecimento que se alicerça, muitas vezes, na consolidação de conceitos equivocados,

socialmente validados e tomados como um saber “científico”.

A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências deve considerar a relevância dos

mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da

identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a

integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo assim, os conteúdos de

Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência –

Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras.

Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da

historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além

de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de

estudo e ensino (LOPES, 1999).

São os conteúdos estruturantes:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em

todas as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos adequados ao nível de

desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o trabalho pedagógico, o professor deverá

manter o necessário rigor conceitual, adotar uma linguagem adequada à série,

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problematizar os conteúdos em função das realidades regionais, além de considerar

os limites e possibilidades dos livros didáticos de Ciências.

QUADRO TEÓRICO DOS CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA UNIVERSO

SISTEMA SOLAR

MOVIMENTOS TERRESTRES

MOVIMENTOS CELESTES

MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

SISTEMAS BIOLÓGICOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO CELULAR

ENERGIA FORMAS DE ENERGIA

CONVERSÃO DE ENERGIA

TRANSMISSÃO DE ENERGIA

BIODIVERSIDADE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

ECOSSISTEMA

EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA ASTROS

MOVIMENTOS TERRESTRES

MOVIMENTOS CELESTES

MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MÁTÉRIA

SISTEMAS BIOLÓGICOS MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES

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VIVOS

ENERGIA FORMAS DE ENERGIA

TRANSMISSÃO DE ENERGIA

BIODIVERSIDADE ORIGEM DA VIDA

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

SISTEMÁTICA

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA ORIGEM E EVOLUÇÃO DO UNIVERSO

MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

SISTEMAS BIOLÓGICOS CÉLULA

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES

VIVOS

ENERGIA FORMAS DE ENERGIA

BIODIVERSIDADE EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA ASTROS

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

MATÉRIA PROPRIEDADES DA MATÉRIA

SISTEMAS BIOLÓGICOS MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES

VIVOS

MECANISMOS DE HEREANÇA GENÉTICA

ENERGIA FORMAS DE ENERGIA

CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

BIODIVERSIDADE INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências propõem uma prática

pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o

pluralismo metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas

num único método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam

tão somente à comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos alunos.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências,

o professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo

disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político

Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está

inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações

atualizadas sobre os avanços da produção científica.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos

em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de

conhecimento físico, químico e biológico; estabeleçam relações interdisciplinares e sejam

abordados a partir dos contextos tecnológico, social, cultural, ético e político que os

envolvem.

O professor de Ciências deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos

que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a

interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de

forma significativa para os estudantes. É importante que o professor tenha autonomia

para fazer uso de diferentes recursos e estratégias, de modo que o processo ensino-

aprendizagem em Ciências resulte de uma rede de interações sociais entre estudantes,

professores e o conhecimento científico escolar selecionado para o trabalho em

um ano letivo.

No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais tanto para a

formação do professor quanto para a atividade pedagógica. São eles:

A HISTÓRIA DA CIÊNCIA

Considera-se que a história da ciência contribui para a melhoria do ensino de

Ciências porque propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares,

prioritariamente sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e como

fonte de estudo que permite ao professor compreender melhor os conceitos científicos.

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O professor de Ciências, ao optar pelo uso de documentos, textos, imagens e

registros da história da ciência como recurso pedagógico, está contribuindo para sua

própria formação científica, além de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo

específico, pois “ensinar um resultado sem a fundamentação é simplesmente

doutrinar e não ensinar ciência” (MARTINS, 1990, p.4).

A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Um importante papel da divulgação científica consiste em servir de alternativa para

cobrir a defasagem entre o conhecimento científico e o conhecimento científico escolar,

permitindo a veiculação em linguagem acessível do conhecimento que é produzido pela

ciência e dos métodos empregados nessa produção. Também, tem o papel de oportunizar

ao professor de Ciências o contato com o conhecimento científico atualizado contribuindo

desta forma para sua própria formação continuada (LINS DE BARROS, 2002).

AS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

As atividades experimentais estão presentes no ensino de Ciências desde sua

origem e são estratégias de ensino fundamentais, pois podem contribuir para a superação

de obstáculos na aprendizagem de conceitos científicos.

Entende-se por atividade experimental toda atividade prática cujo objetivo inicial é a

observação seguida da demonstração ou da manipulação, utilizando-se de recursos como

vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou de materiais alternativos, a

depender do tipo de atividade e do espaço pedagógico planejado para sua realização. As

atividades experimentais possibilitam ao professor criar dúvidas, problematizar o conteúdo

que pretende ensinar e contribuir para que o estudante construa suas hipóteses.Tais

atividades devem ser tão somente estratégias de ensino que permitam o estudante refletir

sobre o conteúdo em estudo e os contextos que o envolvem.

Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino de Ciências,

é a escolha de estratégias pedagógicas adequadas à mediação do professor. A estratégia

contribui para que o estudante se aproprie de conceitos científicos de forma

mais significativa.

O professor de Ciências, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e

dos recursos instrucionais, dentre outros critérios, precisa levar em consideração

o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

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O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de:

• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música,

quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo

didático (torso, esqueleto, célula, entre outros), microscópio, lupa, jogo, TV multimídia,

computador, retroprojetor, entre outros;

• de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, exposições de

ciência, seminários e debates.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos

metodológicos a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a problematização,

a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em

grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico.

É importante ressaltar, que dentro de recursos como a pesquisa, a leitura científica,

a interdisiplinariedade, a atividade em grupo, deverão ser tratados os temas referentes a

História e Cultura Afro e Indígena (Lei nº 11.654/3/2008), e questões referentes ao Meio

Ambiente ( Lei nº 9795/99).

AVALIAÇÃO

De acordo com as DCE's a avaliação é atividade essencial do processo ensino-

aprendizagem dos conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº

9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante,

com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática realizada pelo

professor é entendida como “ação, movimento, provocação, na tentativa de

reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno

buscando coordenar seus pontos de vista, trocando idéias, reorganizando-as”

(HOFFMANN, 1991, p.67).

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois

pode propiciar um momento de interação e construção de significados no qual

o estudante aprende. O professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a

serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória

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e excludente.

A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos

no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias

que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É fundamental que se

valorize também, o que se chama de “erro”, de modo a retomar a compreensão

(equivocada) do aluno por meio de diversos instrumentos de ensino e de avaliação.

A compreensão de um conceito científico escolar implica a aquisição de significados

claros, precisos, diferenciados e transferíveis (AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN, 1980).

Ao investigar se houve tal compreensão, o professor precisa utilizar instrumentos

compostos por questões e problemas novos, não-familiares, que exijam a máxima

transformação do conhecimento adquirido.

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor, pode ser por meio de

problematizações, envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou

mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso

de recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os

problemas propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações.

O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo

compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada

do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias

para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem:

• origem e evolução do universo;

• constituição e propriedades da matéria;

• sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;

• conservação e transformação de energia;

• diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que

vivem, bem como os processos evolutivos envolvidos.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos

científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

Os critérios de avaliação precisam ser bem claros para ambos os lados, professor e

aluno. Esses critérios tornam claras as expectativas de aprendizagem e apontam as

experiências educativas tidas como essenciais para o desenvolvimento e socialização

dos alunos.

Não se deve considerar a prova como única forma de avaliação, pois esta deve ter

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uma conotação mais abrangente. São várias as formas possíveis para avaliar o aluno:

prova escrita, prova oral, trabalhos realizados em casa ou em classe, trabalhos em

grupos, participação em atividades de campo e atividades práticas, entre outras.

É importante que o professor comente, reveja e registre todos os aspectos

relevantes de diferentes trabalhos realizados, apontando erros, que também fazem parte

do processo ensino-aprendizagem. O erro deve ser devidamente tratado e trabalhado

pelo professor, permitindo ao aluno ter consciência de seu desempenho ao longo do

processo de aprendizagem. O erro também aponta para eventuais necessidades de

modificações no planejamento.

Essa análise conjunta do que foi produzido ao longo do processo escolar é muito

importante para professor e aluno. A auto-avaliação faz parte desse contexto e leva o

aluno a uma reflexão crítica de suas atitudes, pois o estimula a refletir sobre o seu próprio

desempenho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências para os anos

finais. Curitiba, 2008.

2. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO.

6.1.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física, assim como as demais disciplinas, se desenvolveu

historicamente, através de discursos teóricos e metodológicos, algumas vezes

hegemônicos. Sendo assim optou-se por retratar os fatos ocorridos a partir do século

XIX, devido às transformações sociais pelas quais o Brasil passava, dentre elas, o fim da

exploração escrava e as políticas de incentivo à imigração, e principalmente o

crescimento das cidades, exigindo uma série de medidas com vistas a aplicar os

preceitos de moralidade.

Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa emitiu um parecer denominado

“Reforma do Ensino Primário” no ano de 1882, onde entre outras conclusões, firmou-se a

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importância da Ginástica para a formação do cidadão, se equiparando com as demais

disciplinas. A partir de então a disciplina tornou-se obrigatória dos currículos escolares

(DCE 2008).

Para atender os objetivos de adquirir, conservar, promover e estabelecer a saúde

por meio dos exercícios físicos, foram importados da Europa, práticas confirmativas como

o modelo de saúde e o “Sistema Ginástico” (DCE 2008), assim a Educação Física

começou a se fazer presente na academia e, depois na escola, como meio de capacitar o

indivíduo para o trabalho.

No Brasil, já no início do século XX: (...) “a Educação Física Escolar era entendida

como atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não diferenciá-la da

instrução militar” (Coletivo de autores, 1992, p. 53).

No período pós Segunda guerra, a prática de atividades físicas nas escolas

públicas brasileiras, foi marcada pela supremacia dos esportes, sob influência das

escolas européias. Este pensamento concebia as atividades esportivas com elementos

que viriam a se instalar por longos períodos no ambientes escolares do país, cultuados

de maneira mecânica e tecnicista, de forma mais acentuada na década de 70. O aluno

devia reproduzir gestos técnicos, sem condição de criar, modificar ou transformar tais

movimentos (DCE, 2008).

Já no início da década de 90, no Estado do Paraná ocorreu a elaboração do

Currículo Básico, onde, a Educação Física esteve elaborada na Pedagogia histórico

critica da Educação. Tendência esta, denominada, por alguns teóricos, como Educação

Física progressista, revolucionária e crítica, com os fundamentos teóricos pautados no

materialismo histórico dialético. O documento propôs, assim, um modelo de superação

das contradições e injustiças sociais (DCE, 2008).

O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a

instrumentalização do corpo deveria dar lugar à formação humana do aluno em todas as

suas potencialidades e em todas as suas dimensões. No entanto, apresentava uma rígida

listagem de conteúdos que limitava o trabalho do professor, enfraquecendo seus

pressupostos teóricos metodológicos devido os conteúdos serem já definidos em cartilha

e não levando em conta a realidade escolar e não possibilitando a flexibilização dos

mesmos.

No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da

Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física. A

proposta também se fundamentou na concepção histórica - crítica da educação e,

naquele momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da ação pedagógica de

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Educação Física (DCE 2008).

Segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Física da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, versão 2008, o corpo é entendido em sua totalidade, ou seja, o ser

humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. Os aspectos subjetivos, de valorização

ou não do corpo, devem ser analisados sob uma perspectiva crítica da construção

hegemônica do referencial de beleza e saúde, veiculados por mecanismos

mercadológicos e midiáticos, que fazem do corpo uma ferramenta produtiva e um objeto

de consumo (DCE , 2008).

Dessa forma, pretende-se que a disciplina desenvolva atividades que busquem a

compreensão do ser humano, enquanto produto da cultura, formando assim, pessoas

conscientes, solidárias e que aprendam a fazer uso das expressões corporais, levando-o

a descobrir como o corpo é sensível e possui linguagem própria demonstrada pelos

gestos, os quais possibilitam um elo com o mundo, tendo como objetivo principal a

“cultura corporal.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/BÁSICOS:

Esporte: coletivos e individuais

Jogos e Brincadeiras: Brincadeiras cantadas (cantigas de roda), jogos e suas

classificação.

Ginástica: rítmica, circense e geral.

Lutas: lutas de aproximação e capoeira.

Dança: folclóricas e de rua.

6ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/BÁSICOS:

Esporte: coletivos e individuais

Jogos e Brincadeiras: Brincadeiras cantadas (cantigas de roda), jogos, jogos de

tabuleiro e cooperativos.

Ginástica: rítmica, circense e geral.

Lutas: lutas de aproximação e capoeira.

Dança: folclóricas, de rua, circulares e criativas.

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7ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/BÁSICOS:

Esporte: coletivos, individuais e radicais.

Jogos e Brincadeiras: jogos dramáticos, jogos de tabuleiro e cooperativos.

Ginástica: rítmica, circense e geral.

Lutas: lutas com instrumento mediador e capoeira.

Dança: folclóricas, circulares e criativas.

8ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/BÁSICOS:

Esporte: coletivos, individuais e radicais.

Jogos e Brincadeiras: jogos dramáticos, jogos de tabuleiro e cooperativos.

Ginástica: rítmica e geral.

Lutas: lutas com instrumento mediador e capoeira.

Dança: circulares e criativas.

METODOLOGIA Usar-se-á um encaminhamento metodológico voltado para a conscientização dos

objetivos buscando diversificar as aulas, deixando-as mais atrativas aos olhos do

educando, para que, através da harmonia e bom relacionamento entre professor e alunos,

ocorra com maior facilidade a aprendizagem. Para atingir os objetivos propostos será

utilizado aulas praticas, teóricas e expositivas.

A partir da inclusão, construir um ambiente de aprendizagem significativa, que

faça sentido ao aluno, no qual ele tenha a possibilidade de fazer escolhas, trocar

informações, estabelecer questões e construir hipóteses, na tentativa de respondê-las.

Valorizando a história e a cultura do povo afro descendente, indígena e também de alunos

com necessidades educacionais especiais, na perspectiva de não apenas elevar a auto-

estima, mas compreender a sua participação dentro de uma sociedade multi cultural e

suas miscigenações e pluriétnica. De acordo com as leis: História e Cultura Afro, Indígena

(11.645/3/2008) e Meio Ambiente(9795/99).

Será proposta a realização de pesquisas bibliográficas, entrevistas, reflexão sobre

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textos, elaboração de projetos, jogos, gincanas, resgate de brincadeiras populares,

elaboração de coreografias, utilização de materiais alternativos, trabalhos individuais e em

grupo, utilização de meios tecnológicos e recursos materiais disponíveis que a escola

oferece e que o professor dispõe, entre eles: bolas, quadras, dvd, toca cd, colchonetes,

cones, bastões, cordas, raquetes, tabuleiros, peças de xadrez, tv pendrive, entre outros.

Os desafios educacionais contemporâneos poderão ser abordados a partir dos

conteúdos , quando possível: Educação Ambiental (lei 9795/99); Educação Fiscal;

Enfrentamento à violência na escola; Historia da Cultura Afro Brasileira( lei 10639/03) e

Indígena ( lei 645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas e Sexualidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser pautada de acordo com Projeto Político Pedagógico e em

critérios definidos juntamente com os alunos e estará voltada para uma prática criativa de

superação e valorização da formação humana a qual deverá ser contínuo, permanente e

cumulativo. O professor, atuando como mediador, será o elo para que se possa interagir

na construção da autonomia do sujeito. Será usada técnicas e instrumentos

diversificados, de acordo com as diversidades e possibilidades das várias turmas e

turnos, respeitando as vivencias dos alunos tais como: seminários, tarefa específica,

trabalhos de criação individual e em grupo, pesquisa de informações, observação

espontânea ou dirigida, conversas e debates, relatório, prova teórica, prática e oral.

Também será utilizado a auto-avaliação como um momento para reflexão do educando

sobre as contribuições no seu crescimento profissional e coletivo, sobre seu próprio

desempenho, buscando assim, a mudança da conduta e posicionamento do educando

sobre o processo de construção do conhecimento contínuo.

Para a recuperação simultânea, primeiramente, será efetuada uma revisão dos

conteúdos, após a verificação que não foram assimilados pelos alunos, podendo ocorrer a

qualquer momento do ano letivo durante as aulas teóricas e práticas.

Quanto aos alunos inclusos será feita uma avaliação diferenciada, respeitando seu

tempo e limitações.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,

1992.

� ��

ESCOLA ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO. PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO, 2008.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de Ensino da Educação Física. São Paulo:

Cortez,1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências para os a nos

finais do Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.

TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. São Paulo: editora

Saraiva,1995.

SABA, Fabio. Mexa – se . São Paulo : Editora Phorte,2008.

ANDERSON, Bob. Alongue – se . São Paulo: Editora Summus, 1983.

6.1.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino Religioso pretende contribuir para o reconhecimento de

respeito das diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos,

bem como, possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno

religioso.

O Ensino Religioso, em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a

oportunidade do processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de

entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato

religioso de modo a colaborar com a formação da pessoa. Nesta perspectiva, para

superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito constitucional de liberdade de

crença e expressão, sendo um dos grandes desafios da escola e da disciplina, efetivar

uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito religioso, como também,

desprender-se do seu histórico confessional catequético, para a consolidação do

respeito à diversidade cultural e religiosa, visando propiciar aos educandos a

oportunidade de identificação de entendimento, de conhecimento e de aprendizagem, em

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relação as diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade.

O Ensino Religioso permitirá que os educandos reflitam e entendam como os

grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado.

OOOBBBJJJEEETTTIIIVVVOOOSSS

• Entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura;

• Estudo das manifestações do sagrado no coletivo;

• Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do

cotidiano no universo cultural;

• Compreender por meio do entendimento do sagrado a construção dos processos

de explicação para os conhecimentos que não obedecem, por exemplo, as leis da

natureza do físico e do material;

• Entender o sagrado como parte da dimensão cultural e sua influência na

compreensão do mundo e da maneira como o homem religioso vive o seu

cotidiano.

CCCOOONNNTTTEEEÚDOS ESTRUTUUURRRAAANNNTTTEEESSS EEE BBBÁÁÁSSSIIICCCOOOSSS

1. Texto sagrado;

2. Universo simbólico religioso;

3. Paisagem religiosa;

CCCOOONNNTTTEEEÚÚÚDDDOOOSSS BBBÁÁÁSSSIIICCCOOOSSS DDDEEE EEENNNSSSIIINNNOOO RRREEELLLIIIGGGIIIOOOSSSOOO

5ªªª SSSÉÉÉRRRIIIEEE

RRREEESSSPPPEEEIIITTTOOO AAA DDDIIIVVVEEERRRSSSIIIDDDAAADDDEEE RRREEELLLIIIGGGIIIOOOSSSAAA

- Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa;

- Declaração universal dos direitos humanos e constituição brasileira;

- Direito a professar fé e liberdade de opinião;

- Direito a liberdade de reunião de associações pacíficas;

- Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado;

LLLUUUGGGAAARRREEESSS SSSAAAGGGRRRAAADDDOOOSSS

- Caracterização dos lugares e templos sagrados, lugares de peregrinação, de

� ��

reverencia, de culto de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes

locais;

- Lugares da natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras etc;

- Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

TTTEEEXXXTTTOOOSSS SSSAAAGGGRRRAAADDDOOOSSS OOORRRAAAIIISSS EEE EEESSSCCCRRRIIITTTOOOSSS

- Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas

religiosas;

- Leitura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc) exemplos: Vedas -

Hinduísmo, Escritas Bahá’ls – Fé Bahá’l, tradições orais Africanas, Afro – brasileiras e

Americanas, Alcorão - Islamismo, etc.

OOORRRGGGAAANNNIIIZZZAAAÇÇÇÕÕÕEEESSS RRREEELLLIIIGGGIIIOOOSSSOOOSSS

- As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratados como conteúdos destacando-se as suas principais

características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que

expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.

- Fundadores e líderes religiosos;

- Estruturas Hierárquicas;

- Budismo

- Judaísmo

- Cristianismo

- Islamismo

- Animismo

- Hinduísmo

SSSIIIMMMBBBOOOLLLOOOSSS SSSAAAGGGRRRAAADDDOOOSSS

- Símbolos que constituem as diferentes religiões do mundo:

- Palavras;

- Sons;

- Gestos;

- Rituais;

- Obra de Arte;

� ��

- Cores;

- Textos;

- Arquitetura;

- Objetos;

- Mantras;

- Ritos;

- Mitos;

666ªªª SSSÉÉÉRRRIIIEEE

III --- TEMPORALIDADE SAGRADA

- A criação do mundo nas diversas tradições religiosas;

- Os calendários e seus tempos sagrados( nascimento do líder religioso, passagem de

ano,datas de rituais,festas,dias da semana e calendários religiosos).

- Natal cristão ;Kumba Mela(hinduísmo);Losar(passagem do ano tibetano).

IIIIII --- RITOS

São práticas celebrativas das tradições religiosas, formadas por um conjunto de

rituais.Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado

anterior, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições religiosas

e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

-Ritos de passagem;

-Mortuários;

-Propiciatórios;

Exemplos: dança (Xire); candomblé; Kiki (Kaigang,Ritual fúnebre),via sacra, festejo

indígena de colheita,etc.

IIIIIIIII---FESTAS RELIGIOSAS

São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos,com objetivos

diversos:Confraternizações,Rememoração dos símbolos,períodos ou datas importantes.

- Peregrinações;

- Festas familiares;

- Festas nos templos;

- Datas comemorativas;

- Festa do dente sagrado (Budismo), Ramadã (Islã), Kuarup (Indígena), Iemanjá(Afro-

� �

Brasileira), Pessach (Judaísmo), Natal (Cristão).

IIIVVV --- VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para a vida além da morte, nas diversas tradições religiosas e a

sua relação com o sagrado.

- O sentimento da vida nas tradições e manifestações religiosas;

- Reencarnações:Além da morte,ancestralidade,espíritos dos antepassados;

- Ressurreição-ação de voltar a vida;

- Alem da morte;

- A morte,culto aos mortos,finados e dias especiais para tal relação(segundo cada cultura

e organização religiosa).

VVV --- RECURSOS DIDÁTICOS

-Textos

-Histórias em quadrinhos

-Momento reflexão

-Fotos

-Músicas

-Vídeos

VVVIII --- METODOLOGIA

No processo ensino aprendizagem o estudo do ensino religioso para construção e

a produção do conhecimento se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese

divergente da dúvida real ou metódica do confronto de idéias de informações discordantes

e também da exposição competente de conteúdos formalizados.O ensino religioso,exige

também, a compreensão ampla da diversidade cultural entre os países e diferentes

comunidades. Nunca como no presente, a sociedade esteve consciente da unidade do

destino do homem em todo o planeta e das radicais diferença culturais que marcaram a

humanidade.

Dentro dos desafios para o ensino religioso na atualidade, pode-se destacar a

necessária superação das tradicionais aulas de religião e a inserção de conteúdos que

tratem da diversidade das manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e

símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais,políticas e econômicas.

É de fundamental importância que o ensino-aprendizagem, seja desenvolvido

através da sensibilidade, da observação, reflexão,sendo interativo de forma que os alunos

� �

e professor possam compartilhar através de idéias,experiências e da pesquisa.

VVVIIIIII --- AVALIAÇÃO

A disciplina não se constitui como objeto de aprovação, não terá registro de notas

ou conceitos na documentação escolar, o que se justifica pelo caráter facultativo de

matrícula.

A avaliação do ensino religioso ocorre de forma contínua e processual permitindo

conhecer o progresso do aluno,objetivando rever e reorganizar os instrumentos e a

metodologia utilizadas.

Pode-se avaliar por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação

respeitosa com os colegas de classe que tem opções religiosas diferente da sua; aceita

as diferenças e principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura

e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para referir-se às

diferentes manifestações do sagrado; percebe as diferentes interpretações do

transcendente; conhece as diferentes narrativas sagradas, relacionando a elas o contexto

sócio-político, religioso; compreende o universo místico simbólico com o uso da razão e

da intuição.

RRREEEFFFEEERRRÊÊÊNNNCCCIIIAAASSS BBBIIIBBBLLLIIIOOOGGGRRRÁÁÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO

FUNDAMENTAL.julho/2006.

Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Religioso.São Paulo:Ave Maria, 1997.

FIGUEIREDO, A.P .Perspectiva Pedagógica .Petrópolis, RJ: ed Vozes,1994.

MARTINELLI,S.A Religião na sociedade Pós-Moderna.Trad.Euclides Martins

Balancin.São Paulo: Paulinas , 1995.

MARCHON Benoit, LAUDENBACH Anne e MOURVILLIER François. As grandes

religiões do Mundo, São Paulo, Paulinas 1995.

6.1.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

� �

O ensino da Geografia deve possibilitar ao educando, tomar conhecimento dos

conteúdos conceituais e também os conteúdos relacionados à atitudes, valores ou

procedimentos que são fundamentais para o convívio social. Oportunizando-lhe condições

de compreender o mundo e suas dimensões sociais, culturais, ambientais, econômicas

entre outras. Conduzindo-o a um comportamento mais harmonioso, mais autêntico,

integrante, transformador, dependente do meio ambiente, de maneira crítica, responsável,

construtiva e questionadora da realidade. De modo a fazer recuar a pobreza, a exclusão

social, as incompreensões, as opressões e as guerras.

O ensino da Geografia se traduz pelo estudo descrito e observação das paisagens

naturais e humanizadas, estabelecendo relações, analogias e generalizadas, voltadas

para as questões locais, nacionais e ou mundiais.

A Geografia tem como objeto principal a análise crítica do espaço geográfico nas

várias dimensões (econômicas, social, cultural, política, física, ecológica) nas escalas

globais, nacionais, regionais e locais.

Procede como objeto principal a ampliação do debate e da reflexão sobre as

funções e sobre a utilização da Geografia. Para atingir tal objetivo, analisamos, dentro de

um enfoque comparativo, os percursos da Geografia, dando prioridade aos aspectos

relacionados à história do pensamento geográfico, assim como a sua institucionalização,

aos fatores que a influenciaram, as transformações sofridas ao longo do tempo, aos seus

objetivos principais e a sua configuração nos diferentes períodos históricos. A abordagem

comparativa permite a ampliação da visão de construção e afirmação da Geografia

escolar.

Assim, o ensino da Geografia deve levar os alunos a compreenderem de forma

mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e

propositiva. Para que isso ocorra, é preciso que adquiram conhecimento, dominem

categorias, conceitos e procedimentos básicos com os quais esse campo do

conhecimento opera e constituem suas teorias e explicações, a fim de poder não apenas

compreender relações sócio-culturais e o funcionamento da natureza às quais

historicamente pertencem, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de

pensar sobre a realidade: o conhecimento geográfico.

Torna-se importante que os alunos percebam-se como agentes transformadores

na construção de paisagens e lugares, e que possam compreender que essas paisagens

e lugares resultam de múltiplas interações entre o trabalho social e a natureza.

A Geografia tem como objetivo mostrar ao aluno: o mundo atual em sua

diversidade, favorecendo a compreensão, de como as paisagens, os lugares e os

� �

territórios se constroem. As ações dos homens em sociedade e suas consequências em

diferentes espaços e tempos, de modo que construa referências que possibilitem uma

participação prepositiva e reativa nas questões sócios-ambientais locais. A natureza em

suas múltiplas relações, de modo que compreenda o papel das sociedades na construção

do território, da paisagem e do lugar. A compreensão de que melhorias nas condições de

vida, os direitos políticos, os avanços tecnológicos e as transformações sóciosculturais

são conquistas ainda não usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas

possibilidades, empenhar-se em democratizá-las. Utilizar a linguagem gráfica pode obter

informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos.

CONTEÚDOS BÁSICOS - GEOGRAFIA 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO

METODOLOGIA

AVALIAÇÃO

Dimensão econômica

do espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfico;

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico;

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico.

1. A Geografia como

uma possibilidade de

leitura e compreensão

do mundo.

- Os territórios e os

lugares, tempo da

natureza e o tempo do

ser humano.

- Planeta Terra, o

mundo em que

vivemos.

_

Os fenômenos

naturais, sua

singularidade de

previsão pelo homem.

_ As formas de relevo,

os solos e sua

ocupação(urbana e

Espera-se que o

aluno domine os

conceitos

fundamentais da

Geografia:

paisagem, lugar,

região, território,

natureza e

sociedade- serão

apresentados de

uma perspectiva

crítica.

Para o

entendimento do

espaço geográfico,

faz- se necessário o

uso dos

instrumentos de

leitura cartográfica

Espera- se que o

aluno:

Reconheça o

processo de

formação e

transformação das

paisagens

geográficas;

Entenda que o

espaço geográfico é

composto pela

materialidade

(natural e técnica) e

pelas ações sociais,

econômicas,

culturais e políticas;

Localize- se e

oriente- se no

� �

rural).

_ Erosão e

desertificação(morte do

solo).

_ As águas e o clima(

ciclo das águas).

_ Circulação

atmosférica e estação

do ano.

2. A construção do

espaço.

_ O Trabalho e a

apropriação da

natureza na construção

do território.

_ O mundo natural e

diversidade das

paisagens agrárias no

mundo (da coleta nas

florestas à irrigação nas

áreas semi- áridas e

desérticas).

_ O ritmo do trabalho

(aceleração na

produção do campo e

da cidade).

_ O imigrante, ruptura

campo-cidade,

segregação

socioeconômico e

cultural (exclusão

social, criminalidade).

e gráfica,

compreendendo

signos, legenda,

escala e orientação.

A compreensão do

objeto da

Geografia- espaço

geográfico-é a

finalidade do ensino

dessa disciplina.

As categorias de

análise da

Geografia, as

relações

sociedades-

natureza e as

relações espaço-

temporais, São

fundamentais para

a compreensão dos

conteúdos.

A realidade local e

paranaense serão

consideradas,

sempre que

possível.

Os conteúdos

devem ser

espacializados e

tratados em

diferentes escalas

espaço através da

leitura cartográfica;

Identifique as formas

de apropriação da

natureza, a partir do

trabalho e suas

consequências

econômicas,

socioambientais e

políticas;

Entenda o processo

de transformação de

recursos naturais em

fonte de energia;

Forme e signifique os

conceitos de

paisagem, lugar,

região, território,

natureza e

sociedade;

Identifique as

relações existentes

entre o espaço

urbano e rural:

questões

econômicas,

ambientais, políticas,

culturais;

movimentos

demográficos e

atividades

produtivas;

Entenda a evolução

� �

3. A cartografia como

instrumento na

aproximação dos

lugares e do mundo.

3.1. Da alfabetização

cartográfica à leitura

crítica e mapeamento.

_ Orientação (pontos

cardeais), localização

(sala, casa, bairros, e

cidade, Estado, país,

mundo).

_ Escala

_ Carta, plantas,

diferentes tipos de

mapas.

_ Coordenadas

Geográficas.

_ Legenda.

_ Análise de mapas

temáticos (densidade

populacional,

população, etc).

4. A natureza e as

questões sócio-

ambientais:

_ O lixo nas cidades: do

consumismo à poluição.

_ Industrialização,

degradação do meio

ambiente e modo de

vida.

geográficas, com

uso da linguagem

cartográfica –

signos, escala,

orientação.

A cultura afro-

brasileira e

indígena serão

consideradas no

desenvolvimento

dos conteúdos.

e a distribuição

espacial da

população, como

resultado de fatores

históricos, naturais e

econômicas;

Entenda o significado

dos indicadores

demográficos

refletidos na

organização

espacial;

Identifique as

manifestações

espaciais .

CONTEÚDO BÁSICO – GEOGRAFIA 6ª SÉRIE

� �

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO

METODOLOGIA

AVALIAÇÃO

Dimensão

econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfico

Dimensão cultural

demográfica do

espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico

1. O campo e a

cidade como

formação

socioespaciais.

_ As mudanças nas

relações sociais do

trabalho e a

separação entre

campo e cidade.

_ As diferenças

técnicas, costumes e

a diversidade de

paisagem entre

campo e cidade.

_ A pequena

propriedade de

subsistência, as

relações de parceira

no campo e sua

coexistência com a

monocultura

empresarial.

_ O latifúndio e o

trabalho tradicional

como sobrevivência

do passado nos

tempo atual.

_ Os problemas

enfrentados

atualmente pelas

Os conteúdos

estruturantes

deverão fundamentar

a abordagem dos

conteúdos básicos.

Os conceitos

fundamentais da

Geografia: paisagem,

lugar, região,

território, natureza e

sociedade serão

apresentados em

uma perspectiva

crítica.

A compreensão do

objeto da Geografia

– espaço geográfico

– é a finalidade do

ensino dessa

disciplina.

As categorias de

análise da Geografia,

as relações

sociedades- natureza

e as relações

espaço-temporal,

são fundamentais

para a compreensão

Espera- se que o aluno:

Aproprie- se dos

conceitos de região,

território, paisagem,

natureza, sociedade e

lugar.

Localize- se e oriente-

se, através da linguagem

cartográfica.

Identifique o processo de

formação do território

brasileiro e as diferentes

formas de regionalização

do espaço geográfico.

Entenda o processo de

formação das fronteiras

agrícolas e a apropriação

do território.

Entenda o espaço

brasileiro dentro do

contexto mundial,

compreendendo suas

relações econômicas,

� �

pequenas e médios

produtores do

campo.

_ Modernização e

desemprego no

campo e na cidade(

a fome no campo).

_ A importância da

reforma agrária como

solução para os

grandes problemas

sociais do campo e

da cidade no Brasil.

2. A modernização

capitalista e a

redefinição nas

relações entre

campo e a cidade.

_ A entrada das

multinacionais no

campo e o seu papel

nas exportações.

_ Abastecimento das

cidades e o papel do

pequeno e médio

produtor do campo.

_ A mecanização, a

automação e a

concentração de

propriedades e o

problema dos sem-

terras.

_ Os sem tetos nas

dos conteúdos.

A realidade local e

paranaense serão

consideradas sempre

que possível.

Os conteúdos devem

ser espacializados e

tratados em

diferentes escalas

geográficas com uso

da linguagem

cartográfica – signos,

escala, orientação.

As culturas

afrobrasileira e

indígenas serão

consideradas no

desenvolvimento

dos conteúdos.

culturais e políticas com

outros países.

Verifique o

aproveitamento

econômico das bacias

hidrográficas e do relevo.

Identifique as áreas de

proteção ambiental e sua

importância para a

preservação dos

recursos naturais.

Identifique a diversidade

cultural regional no Brasil

construída pelos

diferentes povos.

Compreenda o processo

de crescimento da

população e sua

mobilidade no território.

Relacione as migrações

e a ocupação do território

brasileiro.

Identifique a importância

dos fatores e o uso de

novas tcnologias na

agropecuária brasileira.

� �

metrópoles e suas

relações com o

processo de

modernização

capitalista.

3. O estudo da

natureza e sua

importância para o

homem.

_ Regiões do Brasil.

_ Vegetação

brasileira (a

megadiversidade do

mundo tropical).

_ Florestas tropicais (

seu funcionamento).

_ Cerrado e

interações como solo

e o relevo.

_ Estudando e

compreendendo a

caatinga.

4.Regiões

Geoeconômicas

brasileiras

_Centro Sul

_ Nordeste

_ Amazônia

Estabeleça relações

entre a estrutura

fundiária e os

movimentos sociais e do

campo.

Entenda o processo de

formação e localização

dos microterritórios

urbanos.

Compreenda como a

industrialização

influenciou o processo de

urbanização brasileira.

Entenda o processo de

transformação das

paisagens brasileiras,

levando em

consideração as formas

de ocupação, as

atividades econômicas

desenvolvidas, a

dinâmica populacional e

a diversidade cultural.

CONTEÚDOS BÁSICOS - GEOGRAFIA 7ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO

AVALIAÇÃO

� �

METODOLÓGICA

Dimensão

econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfico

Dimensão cultural

demográfica do

espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico

1. Os continentes e

as paisagens

naturais:

As divisões do

mundo em

continentes e

oceanos resultam da

longa história da

natureza:

- Vulcões, terremotos

e a deriva dos

continentes;

- As placas

tectônicas e as

zonas sísmicas.

2. As paisagens

naturais e a

influência dos

elementos da

natureza:

- Influência do clima

e do relevo;

- Influência da

vegetação e do solo;

- A hidrografia.

3. A distribuição dos

ecossistemas

naturais da Terra:

- Regiões

temperadas:

intensamente

povoada e a mais

Os conteúdos

estruturantes

deverão fundamentar

a abordagem dos

conteúdos básicos;

Os conteúdos

fundamentais da

Geografia –

paisagem, lugar,

região, território,

natureza e sociedade

– serão

apresentados de

uma perspectiva

crítica;

A compreensão do

objeto da Geografia

– espaço geográfico

– é a finalidade do

ensino dessa

disciplina;

As categorias de

análise da Geografia,

as relações

sociedade/natureza e

as relações

espaço/temporal, são

fundamentais para a

compreensão dos

conteúdos;

Espera-se que o

aluno:

Forme e signifique os

conceitos de região,

território, paisagem,

natureza, sociedade

e lugar;

Identifique a

configuração

socioespacial da

América por meio da

leitura dos mapas,

gráficos, tabelas e

imagens;

Diferencie as formas

de regionalização da

América nos diversos

critérios adotados;

Compreenda o

processo de

formação e

transformação e

diferenciação das

paisagens mundiais;

Compreenda a

formação dos

territórios e

reconfiguração das

modificada pela ação

humana.

- Regiões tropicais:

características e

diversidade;

- Regiões polares:

um mundo gelado;

- Desertos e altas

montanhas.

4. Regionalização do

mundo e o estudo do

desenvolvimento e

subdesenvolvimento:

- As diferenças

econômicas e

culturais;

-Desenvolvimento e

subdesenvolvimento

resultam da história

dos povos;

- As bases históricas

do

subdesenvolvimento:

Colonialismo e

Imperialismo;

- Indicadores ou

características do

subdesenvolvimento

(fome, moradia,

música...)

destaque para a

América.

5. O mercado

desenhando novas

- A realidade local e

paranaense deverão

ser consideradas

sempre que possível;

- Os conteúdos

devem ser

espacializados e

tratados em

diferentes escalas

geográficas com uso

da linguagem

cartográfica – signos,

escala, orientação;

- As culturas

afrobrasileira e

indígena deverão ser

consideradas no

desenvolvimento dos

conteúdos.

fronteiras do

continente

americano;

Reconheça a

constituição dos

blocos econômicos,

considerando a

influência política e

econômica na

regionalização do

continente

americano;

Identifique as

diferenças de

paisagens e

compreenda sua

exploração

econômica no

continente

americano;

Reconheça a

importância da rede

de transporte,

comunicação e

circulação da

mercadoria, pessoas

e informações na

economia regional;

Entenda como as

atividades produtivas

fronteiras: a

formação dos blocos

econômicos

regionais;

- Os grandes

mercados

internacionais: União

Européia e o Nafta.

- Mercosul: uma

região em

construção.

6. América Latina:

- A situação atual de

subdesenvolvimento

e dependência;

- As desigualdades

sociais;

- Pobreza, exclusão

social e a questão

fundiária na América

Latina;

-A América Latina e

suas relações com o

mundo capitalista

desenvolvido;

- As questões da

integração latino-

americana com o

Mercosul;

México:

características

gerais.

- América Central e

América Andina:

interferem na

organização espacial

e nas questões

ambientais;

Estabeleça a relação

entre o processo de

industrialização e a

urbanização;

Compreenda as

inovações

tecnológicas, sua

relação com as

atividades industriais

e agrícolas e suas

consequências

ambientais e sociais;

Reconheça as

configurações

espaciais dos

diferentes grupos

étnicos americanos

em suas

manifestações

culturais e em seus

conflitos étnicos e

políticos;

Relacione as

questões ambientais

com a utilização dos

recursos naturais no

� �

aspectos físicos e

econômicos;

-Cuba: um caso

especial;

- América do Sul: as

bases históricas;

- Brasil e suas

relações comerciais

com a América do

Sul;

- Brasil, o Mercosul e

a ALCA;

- O patrimônio

cultural como fator

de integração latino-

americana.

7. África:

- Aspectos gerais do

continente africano;

- A colonização e a

descolonização da

África;

- Conjuntos regionais

e econômicos da

África;

8. Ásia:

- Aspectos gerais do

continente asiático;

- Israel: uma

economia

desenvolvida no

Oriente Médio;

- Conflitos árabes-

israelenses;

continente

Americano.

� �

- A população e as

diversidades étnicas

dos países do Sul

asiáticos;

- Os tigres asiáticos;

- China: população e

economia;

- Industrialização e

nível de vida dos

tigres asiáticos.

CONTEÚDOS BÁSICOS - GEOGRAFIA 8ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Dimensão

econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfico

Dimensão cultural

1. Globalização e o

espaço geográfico:

- A regionalização do

mundo em países do

norte e países do sul;

- As origens das

denominações dos

países do norte e

países do sul;

- A multipolarização

econômica: a divisão

do mundo em blocos

econômicos;

- Dois subconjuntos

singulares: Europa

oriental e CEI;

- As relações Norte-

Sul na nova ordem

Os conteúdos

estruturantes

deverão fundamentar

a abordagem dos

conteúdos básicos;

Os conceitos

fundamentais da

Geografia –

paisagem, lugar,

região, território,

natureza e sociedade

– serão

apresentados de

uma perspectiva

crítica;

A compreensão do

O aluno deverá

formar e significar os

conceitos de região,

território, paisagem,

natureza, sociedade

e lugar;

Identifique a

configuração

socioespacial

mundial por meio da

leitura dos mapas,

gráficos, tabelas e

imagens;

Diferencie as formas

de regionalização da

América nos diversos

� �

demográfica do

espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico

mundial;

2. Europa ocidental:

- A Europa ocidental

diante da hegemonia

dos Estados Unidos;

-Plano Marshall e a

OTAN;

- As diferenças

regionais: países

altamente

industrializados;

- Urbanização e a

população da Europa

ocidental;

- Países europeus de

menor

industrialização;

- Os miniestados

europeus.

3. Europa oriental:

- Europa oriental

após a segunda

Guerra mundial;

- As diferenças

regionais;

- As três nações

bálticas.

- Comunidade dos

Estados

Independentes:

- Aspectos gerais;

- Os aspectos físicos

objeto da Geografia

– espaço geográfico

– é a finalidade do

ensino dessa

disciplina;

As categorias de

análise da Geografia,

as relações

sociedade/natureza e

as relações

espaço/temporal, são

fundamentais para a

compreensão dos

conteúdos;

A realidade local e

paranaense deverão

ser consideradas

sempre que possível;

Os conteúdos devem

ser espacializados e

tratados em

diferentes escalas

geográficas com uso

da linguagem

cartográfica – signos,

escala e orientação;

As culturas

afrobrasileira e

indígenas deverão

ser consideradas no

critérios adotados;

Identifique os

conflitos étnicos e

separatistas e suas

consequências no

espaço geográfico;

Entenda as relações

entre países e

regiões no processo

de mundialização do

espaço;

Reconheça a

reconfiguração das

fronteiras e a

formação de novos

territórios nacionais;

Faça a leitura dos

indicadores sociais e

econômicos e

compreenda a

desigual distribuição

de renda;

Reconheça as

motivações dos

fluxos migratórios

mundiais;

Entenda as

consequências

� �

da área abrangida

pela CEI;

- O fim da União

Soviética e a

ocidentalização

russa;

- As perspectivas

atuais da CEI.

5. Estados Unidos e

Canadá:

- Dois países e uma

só economia;

Estados Unidos:

economia de grande

potência mundial;

- A economia

canadense e sua

relação com os

Estados Unidos;

- Acordo de Livre

Comércio da

América do Norte –

ALCA.

6. Japão:

- O extraordinário

desenvolvimento

industrial do Japão;

O espaço

industrial/urbano do

Japão;

- A megalópole mais

populosa do mundo;

desenvolvimento dos

conteúdos.

ambientais geradas

pelas atividades

produtivas;

Analise as

transformações na

dinâmica da natureza

decorrentes do

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção;

Entenda a

importância das

redes e a dinâmica

da economia para a

aplicação delas.

� �

- O esgotamento do

modelo japonês.

7. Oceania: Austrália

e Nova Zelândia:

- Austrália, o gigante

da Oceania;

- Austrália: aspectos

físicos e

desenvolvimento

econômico e

qualidade de vida;

- População e meio

ambiente;

- Nova Zelândia, uma

forte política

antinuclear no

Pacífico Sul.

8. Globalização:

- A nova ordem

mundial;

- Revolução técnico-

científica e a

globalização;

- Quem terá a

hegemonia no século

XXI?

- As áreas periféricas

e a globalização.

METODOLOGIA

O objeto de estudo de geografia (Espaço Geográfico ), os principais conceitos

geográficos, os conteúdos estruturantes, bem como, seus conteúdos específicos devem

� �

ser abordados, no ambiente escolar, de forma crítica e dinâmica, integrando teoria, prática

e dinâmica, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos, utilizando-se a

cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim, transitar em diferentes

escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice – versa.

O ensino da Geografia deve se preocupar com a relação do espaço transformado e

ocupado pela presença humana, e suas relações, e, não se preocupar somente com as

fronteiras ou com os limites de uma determinada região, pois se sabe que o espaço é

transformado como um todo.

Precisa-se entender as regionalizações, não somente até as fronteiras, mas além

delas, observando que cada espaço vai ser diferente do outro, por isso é preciso

compreender melhor a realidade dos alunos, pois são eles que deverão compreender

melhor a utilização do espaço, partindo da sua realidade e de sua história de vida.

Deve-se relacionar a ocupação humana, no espaço, realçando a história e cultura

afro-indígena e as transformações ocorridas no globo terrestre.

A educação Inclusiva tem como finalidade assegurar educação de qualidade a

todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em todas as etapas da

educação básica, oferecendo apoio, complementação, suplementação ou substituição dos

serviços educacionais regulares.

A compreensão das questões ambientais, podem ser favorecidas pela organização

de um trabalho interdisciplinar. A quantificação de aspectos envolvidos em problemas

ambientais favorecem uma visão mais clara deles, possibilitando tomar decisões e fazer

intervenções necessárias ( reciclagens e reaproveitamento de materiais ).

É necessário que a metodologia adotada para o ensino da geografia, seja de

investigação, de problematização e de análise, possibilitando conclusões lógicas e

encaminhando novas investigações com vistas a recriação do saber.

Realizar-se-á trabalhos em grupos, leitura de textos, seminários, debates, aulas

dialogadas, leitura da paisagem (através de visita, vídeos, fotografias, mapas, etc.),

trabalho com pesquisa, representação cartográfica, sendo utilizado para tal, além do livro

didático para o embasamento cientifico dos conteúdos, pesquisas bibliográficas, pesquisa

de campo, utilização de vídeos, trabalhos com mapas, gravuras, artigos , debates e

projetos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e

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aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento

pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno, considerando suas características individuais. Avalia-se

o conjunto dos componentes curriculares cursados, preponderando os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. A atividade crítica, capacidade de síntese e a

elaboração pessoal têm relevância sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Seguir-se-á os seguintes

instrumentos: avaliações escritas e orais, trabalhos individuais e em grupos, pesquisas,

experimentos, atividades práticas, seminários, entrevistas, exposições de atividades,

leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação de fotos,

imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de

campo, apresentação de seminários, construção e análise de maquetes entre outros.

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico,

sendo no mínimo 30% (trinta por cento) do valor da nota atribuídos a trabalhos

(pesquisas, seminários, relatórios e outros) e 70% (setenta por cento) atribuídos a provas.

A avaliação utilizará procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno

desenvolvimento do aluno, evitando a comparação dos alunos entre si. O resultado da

avaliação contribuirá para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Serão considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num

processo contínuo, expressando o desenvolvimento escolar do aluno.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo,

pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para

o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente, com os conteúdos

trabalhados, e será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos

didático-metodológicos diversificados, na forma de revisão de conteúdos, evidenciando as

dificuldades, para saná-las.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANRADE,M.C. de Geografia Ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987

GOMES,P.C.da C. Geografia da modernidade. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 1997

SANTOS,M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record. 2000.

RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo. Ática, 1903.

DCEs - Diretrizes Curriculares Estaduais, 2008

Projeto Político Pedagógico - Escola Estadual Érico Veríssimo.

Regimento Escolar - Escola Estadual Érico Veríssimo.

6.1.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino de História, busca suscitar reflexões a respeito de aspectos políticos,

econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina com a produção

do conhecimento histórico.

A história é uma forma de conhecimento muito particular e ao mesmo tempo muito

abrangente. Ela é abrangente porque pode permitir a explicação das relações entre fatos

de uma totalidade muito ampla, ou uma reunião entre arte, política e sociedade. E é uma

forma de conhecimento particular porque tem a virtude de poder explicar e representar

situações sutis e peculiares.

Essa disciplina é uma narrativa e seu aprendizado é acima de tudo uma construção

de conhecimentos, portanto deve-se ter uma consciência histórica que leve em conta a

diversidade das práticas culturais dos sujeitos, sem abandono do conhecimento histórico.

É necessário que a história não se imponha como um conjunto de verdades

definitivas. Porque todo historiador vai ao trabalho de pesquisa e análise a partir de

preocupações, angústias, conceitos e preconceitos de seu tempo, e o passado não pode

fugir dessa perspectiva do presente, por mais objetiva que seja a narrativa histórica. Por

isso mesmo a história é e continuará sendo reescrita e reinterpretada pelas gerações

sucessivas.

Segundo o historiador Marc Bloch, “a incompreensão do presente nasce da

ignorância do passado”. Mas, para ele de nada adianta conhecermos o passado se nada

sabemos do presente, isto é, não se pode perder de vista o compromisso com os

problemas e indagações do tempo presente. Por essa razão, o historiador em seu

trabalho de investigação, deve utilizar o método do duplo movimento: conhecer o passado

através do presente e conhecer o presente através do passado.

2) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

5ª SÉRIE - OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básico

1)A experiência humana no tempo: a memória local e memória da

humanidade; o tempo (as temporalidades e as periodizações); o

processo histórico (as relações humanas no tempo)

O local e o Brasil A relação com o Mundo

O jovem aluno e suas percepções do

tempo histórico (temporalidades e

periodizações): memórias e

documentos familiares e locais

O jovem e suas relações com a

sociedade no tempo (família,

amizade, lazer, esporte, escola,

cidade, estado, país, mundo)

A formação do pensamento

histórico

Os vestígios humanos: os

documentos históricos

O surgimento dos lugares de

memórias: lembranças, mitos,

museus, arquivos,

monumentos espaços públicos,

privados e sagrados;

As diversas temporalidades

nas sociedades indígenas,

agrárias e industriais;

As formas de periodização: por

dinastias, por eras, por eventos

significativos,etc.

2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e

as etnias

O local e o Brasil

A relação com o Mundo

O surgimento da humanidade

na África e a diversidade

cultural na sua expansão: as

teorias sobre seu

aparecimento;

As sociedades comunitárias;

As sociedades matriarcais;

As sociedades patriarcais;

O significado das crianças,

jovens e idosos nas sociedades

históricas.

3) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura

popular, festas e religiosidades; a constituição do pensamento

científico; as formas de representação humanas; a oralidade e a

escrita; as formas de se narrar a história.

O local e o Brasil A relação com o Mundo

Os mitos, rituais, lendas dos povos

indígenas paranaenses

As manifestações populares no

Paraná: a congada, o fandango,

cantos, lendas, rituais e as

festividades religiosas;

Pinturas rupestres e sambaquis no

Paraná;

A produção artística e científica

paranaense.

Pensamento científico: a

antiguidade grega e Europa

moderna;

A formação da arte moderna;

As relações entre a cultura oral

e a cultura escrita: a narrativa

histórica.

4) As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade

pública; a propriedade privada; a terra

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6ª SÉRIE - A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DOS MUNDOS RURAL E URBANO E A FORMACAO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básico

Relações de Poder, Cultura e Trabalho

O Local e o Brasil

A Relação com o mundo

O engenho colonial; A conquista do sertão; As missões jesuíticas; A Belle Époque tropical; Modernização das cidades; Cidades africanas e pré-colombiana.

A ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeu A constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África meridional) e glebas servis (Europa Ocidental); As transformações no feudalismo europeu; O crescimento comercial e urbano na Europa.

3) As relações entre o campo e a cidade

O local e o Brasil A relação com o Mundo

As cidades mineradoras; As cidades e o tropeirismo no Paraná; Os engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro Planalto.

Relações campo – cidade no Oriente; As feiras medievais; O comércio com o Oriente; Os cercamentos na Inglaterra moderna; O inicio da industrialização na Europa; A reforma agrária na América Latina no século XX

4) Guerras e Revoluções:

O local e o Brasil A relação com o Mundo

As heresias medievais; As guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas; A conquista e colonização da América pelos povos europeus.

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7ª SÉRIE - O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de poder, cultura e trabalho

1) História das relações da humanidade com o trabalho O local e o Brasil A relação com o Mundo O trabalho nas sociedades indígenas; Sociedde patriarcal e escravocrata;-Mocambos/Quilombos as resistências na colônia; Remanescentes de quilombos

A história do trabalho nas primeiras sociedades humanas; O trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita; O trabalho assalariado

2) O trabalho e a vida em sociedade O local e o Brasil A relação com o Mundo

A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império; A busca pela cidadania no Brasil Império; Os saberes nas sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam as tradições; Corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom trabalhador.

Os significados do trabalho na Antigüidade Oriental e Antigüidade Clássica; As três ordens do imaginário feudal; As corporações de oficio; O entretenimento na corte e nas feiras; O nascimento das fábricas e a vida cultural ao redor .

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8ª SÉRIE - RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO

ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS Relações de poder, cultura e trabalho

1) A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas; as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis

O local e o Brasil A relação com o Mundo O surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas e universidades no Brasil; A formação dos sindicatos no Brasil; As associações e clubes esportivos no Brasil; A república chega ao Brasil.

A instituição da Igreja no Império Romano; As ordens religiosas católicas; As guildas e as corporações de ofício na Europa medieval; O surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais; A organização do poder entre os povos africanos; A formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidente; O surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI, OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas).

2) A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os poderes do Estado

O local e o Brasil A relação com o Mundo As constituições do Brasil imperial e republicano; A instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia; Os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário. As empresas públicas brasileiras; A constituição do Mercosul.

A formação dos reinos africanos; O Estado Absolutismo europeu;

A constituição da república no OcidenteO imperialismo no século XIX;

A formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as democracias;

A constituição dos Estados socialistas e dos Estados de Bem- Estar Social;

A formação dos blocos econômicos. 3) Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais

O local e o Brasil A relação com o Mundo As guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil imperial; As revoltas republicanas na América portuguesa; As revoltas sociais no Brasil imperial e republicano; As guerras cisplatinas e a guerra do Paraguai; Os movimentos republicanos e abolicionistas no Brasil imperial; O movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil; O Brasil nas Guerras Mundiais

As revoltas democráticas nas pólis gregas;As revoltas plebéias, escravas e camponesas, na república romana; As revoluções modernas: Os movimentos nacionalistas; As guerras mundiais; As revoluções socialistas no século XX; As guerras de independência das nações africanas e asiáticas; Os movimentos camponeses latinoamericanos e asiáticos.

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Os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis).

O local e o Brasil A relação com o Mundo O movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil nas Guerras Mundiais; Os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis); Era Vargas Democracia e ditadura no Brasil

As revoluções modernas: Os movimentos nacionalistas; As guerras mundiais; As revoluções socialistas do século XX; As guerras de independência das nações africanas e asiáticas; A nova ordem mundial.

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FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS

A História se caracteriza pela pluralidade de interpretações e concepções

metodológicas, cada uma delas com significados e princípios próprios.

A produção do conhecimento histórico deve ser problematizado considerando que

a apropriação dos conceitos deve ser retomado constantemente pelo educador. Para

adotar essa produção o professor deverá ir além do livro didático, buscando novos

referenciais teoricos e metodológicos para completar os temas abordados (imagens,textos

complementares,debates e seminários) , buscando na pesquisa um procedimento em que

o professor possa orientar seus alunos na busca de um conhecimento mais amplo.

Não há manual didático que substitua uma boa formação e a postura do professor

educador, esses manuais são instrumentos elaborados para auxiliar a viabilização do seu

trabalho. Ninguém melhor que o professor de história pode estabelecer as relações entre

o presente e o passado. Nesse processo, ele deve considerar as experiências de seus

alunos e auxiliá-los na busca de sua própria perspectiva, estudando a história e

incorporando conteúdos de modo que os alunos adquiram hábitos de problematizar o que

é apresentado.

Sob a perspectiva de inclusão social, priorizará a diversidade cultural como

cumprimento das leis: 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana, História e

Cultura dos Povos Indígenas (11.645/03/2008) e Política Nacional de Educação Ambiental

( 9.795/99).

AVALIAÇÃO

A avaliação do processo ensino-aprendizagem realizar-se-á por meio de diversos

recursos, de maneira continuada, permitindo um retrato do conjunto do aluno e da classe.

A avaliação deve ser um processo, não uma série de obstáculos e deverá ser assumida

como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra

o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar

no seu processo de aprendizagem.

Quando se discute um assunto e depois se registra por escrito, individualmente ou

em grupo, estará avaliando-se a capacidade de interpretar o texto, elaborar conclusões,

relacionar assuntos e definir conceitos. A síntese presta-se muito bem para avaliar o grau

de compreensão global do assunto. O debate serve para avaliar a competência de refletir

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sobre uma situação presente e encontrar soluções para ela. As imagens constituem

recurso para avaliar o nível de entendimento do aluno, estabelecer relações com uma

situação presente.

Na avaliação é importante evitar ater-se somente a memorização, mas na capacidade

de raciocinar, concluir, encontrar soluções, relacionar fatos, comparar. O resultado do

processo educativo deve manifestar-se no comportamento intelectual e no

comportamento social do aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História. Curitiba:

SEED,1990.

SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, Curitiba, 1990.

SEED. Diretrizes Curriculares de História - Versão Preliminar, julho de 2006.

DREGUER. Ricardo e TOLEDO. Eliete. História - Cotidiano e Mentalidades, ed. Atual, SP,

2000.

SEED. Livro Didático Público do Estado do PR.

Regimento Escolar- Escola Estadual Érico Veríssimo.

Projeto Político Pedagógico-Escola Estadual Érico Veríssimo..

Referência da DCE:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de História para os anos

finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba,2008

6.1.7.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM- INGLÊS

Apresentação da Disciplina

As Diretrizes estão comprometidas com o resgate da função social e educacional

da Língua Inglesa de modo a conciliar os conhecimentos específicos com uma

compreensão crítica da sociedade e a sua transformação. Sabe-se que o ensino da

Língua deve oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as

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possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras

de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser

estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social, o desenvolvimento da

consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural

e o processo de construção das identidades transformadoras.

Na relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na

sociedade, residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das línguas

estrangeiras nas escolas. Com o objetivo de analisar tais relações, para definir novas

Diretrizes Curriculares para o ensino de Língua Estrangeira na rede pública estadual, será

abordada a seguir a dimensão histórica desse componente curricular.

Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas

advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou decreto para

criar as cadeiras de infles e francês. A partir daí o ensino das línguas modernas começou

a ser valorizado.

A abordagem pedagógica tradicional de raízes europeias, também chamada de

gramática-tradução, prevaleceu no ensino das línguas modernas. Nessa abordagem a

língua era concebida como um conjunto de regras e privilegiava a escrita, sob o

pressuposto de que o aluno, ao estudar a gramática, teria melhor desempenho, tanto na

fala quanto na escrita. Essa metodologia vigorou até o princípio do século XX e tinha

como um dos objetivos permitir o acesso a textos literários e domínio da gramática

normativa. As atividades tratavam das regras gramaticais, tradução, versão e ditados,

sendo que a avaliação preocupava-se também com o conhecimento gramatical.

Com a Reforma Francisco Campos, (1931), pela primeira vez estabeleceu-se um

método oficial de ensino de língua estrangeira: Método Direto. Esse método surgiu na

Europa, no final do século XIX e início do século XX, em contraposição ao Tradicional, de

modo a atender aos novos anseios sociais impulsionados pela necessidade do ensino das

habilidades orais, visando a comunicação na língua alvo. No método anterior essas

habilidades não eram contempladas, pois privilegiava-se somente a escrita visto que a

língua não era ensinada como método de comunicação.

O Método Direto se baseava na teoria associacionista da psicologia da

aprendizagem, que tem na associação o princípio básico da atividade mental. Nesse

método, a transmissão dos significados acontece por meio de gestos, gravuras, fotos,

simulação, enfim de tudo que possa facilitar a compreensão, sem intervenção da

tradução.

Nos anos de 1950, com o desenvolvimento da ciência linguística e o crescente

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interesse pela aprendizagem de línguas, surgiram mudanças significativas quanto às

abordagens e aos métodos de ensino. Os linguistas estruturalistas da época apoiavam-se

na psicologia da Escola Behaviorista de Pavlov e Skinner para trabalhar a língua, partindo

da forma para se chegar ao significado. Pautados nesta concepção e oriundos de uma

visão estruturalista, tais linguistas sistematizaram os Métodos Audiovisual e Áudio-Oral.

De acordo com esse método, a língua passou a ser vista como um conjunto de hábitos a

serem automatizados e não mais como um conjunto de regras a serem memorizadas. O

Método Áudio-Oral tinha como pressuposto que todo ser humano seria capaz de falar

uma segunda língua fluentemente, desde que fosse submetido a uma constante repetição

de modelos. Por sua vez, o método Audiovisual apresentava um pequeno avanço em

relação ao Áudio-Oral, porque não usava sentenças isoladas, mas sim diálogos

contextualizados.

A partir da década de 1960, a concepção estruturalista da língua enfraqueceu-se

diante dos novos estudos científicos. No campo da linguística, surgiu o modelo de

descrição linguística postulado por Chomsky (1965). Criador dos conceitos de

competência (aquilo que sabemos) e de desempenho (o que fazemos com o

conhecimento adquirido), Chomsky retomou a discussão entre língua e fala e propôs a

teoria inatista de aquisição de linguagem, a qual postula que o ser humano nasce com

determinadas capacidades que serão desenvolvidas com o tempo.

As teorias de aquisição da linguagem desse período trouxeram grandes influências

ao ensino de Língua Estrangeira, pois passou-se a permitir o uso da língua materna com

o intuito de verificar a compreensão dos conceitos. Por sua vez, a gramática era explicada

de forma dedutiva. Por explorar o aspecto social da linguagem, com destaque às

atividades em grupo, surgiu a preocupação com aspectos afetivos, tais como a motivação

e a interação que deveriam ser contempladas no ensino de língua.

Na década de 1970, em oposição ao modelo inatista de aquisição de linguagem,

teve início, no Brasil, a discussão das teorias de Piaget sobre a abordagem cognitiva e

construtivista. Nessa abordagem a aquisição da língua é entendida como resultado de

interação entre o organismo e o ambiente, em assimilações e acomodações responsáveis

pelo desenvolvimento da inteligência.

No mesmo período, como alternativa ao cognitivismo piagetiano e face às questões

postas pelo conceito de inatismo postulado por Chomsky, educadores brasileiros

passaram a tomar contato com os estudos de Vygotsky, no campo de aquisição da

linguagem. Para esse psicólogo, o desenvolvimento da linguagem ocorre em duas

instâncias, primeiramente externa ao indivíduo e depois interna. A primeira, acontece nas

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trocas socias e a segunda, num processo mental, no qual as trocas sociais exercem um

movimento de interiorização.

Com a lei 5692/71, o governo militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras

nos currículos de primeiro e segundo graus, sob o argumento de que a escola não deveria

se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural estrangeira.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a

disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo grau. O grande interesse

despertado pelos métodos audiolinguais, fundamentados na linguística estrutural e no

behaviorismo de Skinner, imperava nesse contexto. Nessa perspectiva, deixava-se de

ensinar língua e civilização estrangeiras para ensinar apenas a língua como recurso

instrumental.

Na década de 1980, a Abordagem Comunicativa, método de ensino desenvolvido

na Europa desde os anos de 1970, começou a ser discutida no Brasil. Em tal abordagem,

a língua é concebida como instrumento de comunicação ou de interação social,

concentrada nos aspectos semânticos e não mais no código linguístico.

Ainda na década de 1980, Canale e Swain ampliaram o conceito de competência

comunicativa ao incorporarem, além da competência gramatical, outras três em seu

modelo final: a competência sociolingüística, a estratégica e a discursiva. Além disso,

esses linguistas propuseram quatro habilidades respectivas: leitura, escrita, fala e

audição. Após dez anos do primeiro modelo proposto por Canale, Bachman apresentou o

modelo de competência comunicativa e desempenho, no qual o uso de uma determinada

língua envolve tanto o seu conhecimento quanto a capacidade de implementação ou de

seu uso.

Em 1998, como desdobramento da LDB 9394/96, o MEC publicou os Parâmetros

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira (PCN),

pautados numa concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem

comunicativa. No entanto, tal documento recomendou um trabalho pedagógico com

ênfase na prática de leitura em detrimento das demais práticas – oralidade e escrita.

Entretanto essa prática era excludente, pois desconsiderava a escola como espaço de

conhecimento, cuja função social é formar para a cidadania.

Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua

Estrangeira, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita, para atender as

demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e profissional. Esta diferença entre as

concepções de língua apregoadas nos dois níveis de ensino influencia os resultados da

aprendizagem desta disciplina na Educação Básica.

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No Paraná, Gimenez (1999) afirma que a abordagem comunicativa foi apropriada

como referencial teórico na elaboração da proposta de ensino de Língua Estrangeira do

Currículo Básico (1992). Embora esse documento apresente uma concepção de língua

discursiva e sugira um trabalho com diferentes tipos de textos, a partir da visão

bakhtiniana, observa-se que a progressão de conteúdos, de 5ª a 8ª séries, está voltada

para o ensino comunicativo, centrado em funções da linguagem do cotidiano, o que

esvazia as práticas sociais mais amplas de uso da língua.

A abordagem comunicativa apresenta aspectos positivos na medida que incorpora

em seu modelo o uso da gramática exigida para a interpretação, expressão e negociação

de sentidos no contexto imediato da situação de fala, colocando-se a serviço dos

objetivos de comunicação.Cabe salientar que a vertente mais crítica da abordagem

comunicativa tem apresentado avanços na visão de cultura como prática social.

Propõe-se, então, que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço

para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo

que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados

em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os

significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social. Em outras palavras, a língua concebida como discurso,

não como estrutura ou código a ser decifrado, constrói significados e não apenas os

transmite. O sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema

lingüístico.

No ensino de Língua Estrangeira, objetiva-se que os alunos analisem as questões

da nova ordem global, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a

respeito do papel das línguas na sociedade. Deve também contribuir para formar alunos

críticos e transformadores. Desta forma, espera-se que o aluno:

- use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilite

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social;

- tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios

para o desenvolvimento cultural do país.

Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações que

podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o

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desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o reconhecimento

da diversidade cultural.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos

no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações

significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de

formas linguísticas descontextualizadas. Ao ser exposto às diversas manifestações de

uma língua estrangeira e às suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói

recursos para compará-la à língua materna, de maneira a alargar horizontes e expandir

sua capacidade interpretativa e cognitiva. Ao conceber a língua como discurso, conhecer

e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como

integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Os conteúdos estruturantes se constituem através da história, são legitimados

socialmente e, por isso, são provisórios e processuais. Ao tomar a língua como interação

verbal, como espaço de produção de sentidos marcado por relações sociais, o conteúdo

estruturante da Língua Estrangeira Moderna é do Discurso como prática social, que a

tratará de forma dinâmica, por meio das práticas de leitura, de oralidade e de escrita.

CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIE

• GÊNEROS DISCURSIVOS COTIDIANA: ALBUM DE FAMÍLIA BILHETES CANTIGAS DE RODA CARTÃO CONVITES FOTOS MÚSICAS PROVÉRBIOS LITERÁRIA /ARTÍSTICA: AUTOBIOGRAFIA HISTÓRIAS EM QUADRINHOS LETRAS DE MÚSICAS NARRATIVAS DE HUMOR POEMAS TEXTOS DRAMÁTICOS CIENTÍFICA: PESQUISAS

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ESCOLAR: CARTAZES DIÁLOGO IMPRENSA: CARTUM CHARGE CLASSIFICADOS TIRAS PUBLICITÁRIA: CARTAZES

PUBLICIDADE COMERCIAL PRODUÇÃO E CONSUMO: BULAS PLACAS RÓTULOS/EMBALAGENS MIDIÁTICA: DESENHO ANIMADO ENTREVISTA

FILMES

LEITURA

- TEMA DO TEXTO;

- INTERLOCUTOR;

- FINALIDADE;

- ACEITABILIDADE DO TEXTO;

- INFORMATIVIDADE;

- ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO;

- LÉXICO;

- REPETIÇÃO PROPOSITAL DE PALAVRAS;

- MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO,COERÊNCIA, FUNÇÃO DAS CLASSES

- GRAMATICAIS NO TEXTO, PONTUAÇÃO, RECURSOS GRÁFICOS (COMO ASPAS,

TRAVESSÃO, NEGRITO), FIGURAS DE LINGUAGEM.

ESCRITA

TEMA DO TEXTO ;

INTERLOCUTOR;

FINALIDADE DO TEXTO;

INFORMATIVIDADE;

ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO;

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, FUNÇÃO DAS CLASSES

GRAMATICAIS NO TEXTO, PONTUAÇÃO, RECURSOS GRÁFICOS (COMO ASPAS,

TRAVESSÃO, NEGRITO), FIGURAS DE LINGUAGEM;

ACENTUAÇÃO GRÁFICA;

� ���

ORTOGRAFIA;

CONCORDÂNCIA VERBAL/NOMINAL.

ORALIDADE

TEMA DO TEXTO;

FINALIDADE;

PAPEL DO LOCUTOR E INTERLOCUTOR;

ELEMENTOS EXTRALINGÜÍSTICOS: ENTONAÇÃO, PAUSAS, GESTOS...;

ADEQUAÇÃO DO DISCURSO AO GÊNERO;

TURNOS DE FALA;

VARIAÇÕES LINGÜÍSTICAS;

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, GÍRIAS, REPETIÇÃO, RECURSOS

SEMÂNTICOS.

6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL GÊNEROS DISCURSIVOS: COTIDIANA: ÁLBUM DE FAMÍLIA

BILHETES CANTIGAS DE RODA CARTÃO CONVITES FOTOS MÚSICAS PROVÉRBIOS RECEITAS

LITERÁRIAS ARTÍSTICA: AUTOBIOGRAFIA

HISTÓRIA EM QUADRINHOS LETRAS DEMÚSICAS

NARRATIVAS DE HUMOR POEMAS TEXTOS DRAMÁTICOS

CIENTÍFICA: PESQUISA ESCOLAR: CARTAZES DIÁLOGO/DISCUSSÃO ARGUMENTATIVA IMPRENSA: CARTUM

CHARGE CLASSIFICADOS TIRAS

PUBLICITÁRIA: CARTAZES

� ���

PUBLICIDADE COMERCIAL PRODUÇÃO E CONSUMO: BULAS

PLACAS RÓTULOS E EMBALAGENS

MIDIÁTICA: FILMES LEITURA

TEMA DO TEXTO;

INTERLOCUTOR;

FINALIDADE DO TEXTO;

INFORMATIVIDADE;

SITUACIONALIDADE;

INFORMAÇÕES EXPLÍCITAS

DISCURSO DIRETO E INDIRETO;

ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO;

REPETIÇÃO PROPOSITAL DE PALAVRAS;

LÉXICO;

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, FUNÇÃO DAS CLASSES

GRAMATICAIS NO TEXTO, PONTUAÇÃO, RECURSOS GRÁFICOS (COMO ASPAS,

TRAVESSÃO, NEGRITO), FIGURAS DE LINGUAGEM.

ESCRITA

TEMA DO TEXTO;

INTERLOCUTOR;

FINALIDADE DO TEXTO;

DISCURSO DIRETO E INDIRETO;

ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO;

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO,COERÊNCIA, FUNÇÃO DAS CLASSES

GRAMATICAIS NO TEXTO, PONTUAÇÃO, RECURSOS GRÁFICOS (COMO ASPAS,

TRAVESSÃO, NEGRITO), FIGURAS DE LINGUAGEM;

ACENTUAÇÃO GRÁFICA;

ORTOGRAFIA;

CONCORDÂNCIA VERBAL/NOMINAL.

ORALIDADE

TEMA DO TEXTO;

� ���

FINALIDADE;

PAPEL DO LOCUTOR E INTERLOCUTOR;

ELEMENTOS EXTRALINGÜÍSTICOS: ENTONAÇÃO, PAUSAS, GESTOS,

ETC;

ADEQUAÇÃO DO DISCURSO AO GÊNERO;

TURNOS DE FALA;

VARIAÇÕES LINGÜÍSTICAS;

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, GÍRIAS, REPETIÇÃO, SEMÂNTICA.

7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL GÊNERO DISCURSIVO: COTIDIANO: CARTÃO PESSOAL CARTÃO POSTAL COMUNICADO FOTOS MÚSICAS PROVÉRBIOS RECEITAS LITERÁRIA ARTÍSTICA: AUTOBIOGRAFIA CONTOS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS LETRAS DE MÚSICAS CIENTÍFICA: PESQUISAS E RESUMOS ESCOLAR: CARTAZES DIÁLOGO/DISCUSSÃO ARGUMENTATIVA IMPRENSA: CARTUM CHARGE CLASSIFICADOS TIRAS PUBLICITÁRIA: CARTAZES PUBLICIDADE COMERCIAL PRODUÇÃO E CONSUMO: BULAS REGRAS DEJOGO RÓTULOS E EMBALAGENS MIDIÁTICA: E-MAILS e FILMES LEITURA

CONTEÚDO TEMÁTICO;

� ���

INTERLOCUTOR;

FINALIDADE DO TEXTO;

ACEITABILIDADE DO TEXTO;

INFORMATIVIDADE;

SITUACIONALIDADE;

INTERTEXTUALIDADE;

VOZES SOCIAIS PRESENTES NO TEXTO;

ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO;

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, FUNÇÃO DAS CLASSES

GRAMATICAIS NO TEXTO, PONTUAÇÃO, RECURSOS GRÁFICOS COMO: (ASPAS,

TRAVESSÃO, NEGRITO), FIGURAS DE LINGUAGEM.

rSEMÂNTICA:

- OPERADORES ARGUMENTATIVOS;

- AMBIGÜIDADE;

- SENTIDO CONOTATIVO E DENOTATIVO DAS PALAVRAS NO TEXTO;

-EXPRESSÕES QUE DENOTAM IRONIA E HUMOR NO TEXTO.

- LÉXICO.

ESCRITA

CONTEÚDO TEMÁTICO;

INTERLOCUTOR;

FINALIDADE DO TEXTO;

INFORMATIVIDADE;

SITUACIONALIDADE;

INTERTEXTUALIDADE;

VOZES SOCIAIS PRESENTES NO TEXTO;

ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO;

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, FUNÇÃO DAS CLASSES

GRAMATICAIS NO TEXTO, PONTUAÇÃO, RECURSOS GRÁFICOS (COMO ASPAS,

TRAVESSÃO, NEGRITO);

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL;

SEMÂNTICA:

- OPERADORES ARGUMENTATIVOS;

- AMBIGÜIDADE;

- SIGNIFICADO DAS PALAVRAS;

� ���

- FIGURAS DE LINGUAGEM;

- SENTIDO CONOTATIVO E DENOTATIVO;

- EXPRESSÕES QUE DENOTAM IRONIA E HUMOR NO TEXTO.

ORALIDADE

CONTEÚDO TEMÁTICO;rFINALIDADE;

ACEITABILIDADE DO TEXTO;

INFORMATIVIDADE;

PAPEL DO LOCUTOR E INTERLOCUTOR;

ELEMENTOS EXTRALINGÜÍSTICOS: ENTONAÇÃO, EXPRESSÕES FACIAL,

CORPORAL E GESTUAL, PAUSAS;

ADEQUAÇÃO DO DISCURSO AO GÊNERO;

TURNOS DE FALA;

VARIAÇÕES LINGÜÍSTICAS

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, GÍRIAS, REPETIÇÃO;

ELEMENTOS SEMÂNTICOS;

ADEQUAÇÃO DA FALA AO CONTEXTO (USO DE CONECTIVOS, GÍRIAS

REPETIÇÕES, ETC);

DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE O DISCURSO ORAL E O ESCRITO.

8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL GÊNERO DISCURSIVO:

COTIDIANA: CARTA PESSOAL CARTÃO POSTAL COMUNICADO FOTOS MÚSICAS PROVÉRBIOS LITERÁRIA ARTÍSTICA: AUTOBIOGRAFIA CONTOS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS LETRAS DE MÚSICAS

CIENTÍFICA: PESQUISAS RESUMO ESCOLAR: CARTAZES

DIÁLOGO DISCUSSÃO ARGUMENTATIVA

IMPRENSA: CARTUM

� ���

CHARGE CLASSIFICADOS TIRAS

PUBLICITÁRIA: CARTAZES

PUBLICIDADE COMERCIAL

PRODUÇÃO E CONSUMO: BULAS RÓTULOS/EMBALAGENS

MIDIÁTICA: E-MAIL E FILMES LEITURA

TEMA DO TEXTO

INTERLOCUTOR

FINALIDADE DO TEXTO

ACEITABILIDADE DO TEXTO

INFORMATIVIDADE

SITUACIONALIDADE

INTERTEXTUALIDADE

TEMPORALIDADE

DISCURSO DIRETO E INDIRETO

ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO;

EMPREGO DO SENTIDO CONOTATIVO E DENOTATIVO NO TEXTO;

PALAVRAS E/OU EXPRESSÕES QUE DENOTAM IRONIA E HUMOR NO TEXTO;

POLISSEMIA

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, FUNÇÃO DAS CLASSES

GRAMATICAIS NO TEXTO, PONTUAÇÃO, RECURSOS GRÁFICOS (COMO ASPAS,

TRAVESSÃO,NEGRITO), FIGURAS DE LINGUAGEM ) LÉXICO.

ESCRITA

TEMA DO TEXTO

INTERLOCUTOR

FINALIDADE DO TEXTO

ACEITABILIDADE DO TEXTO

INFORMATIVIDADErSITUACIONALIDADE

INTERTEXTUALIADE

TEMPORALIDADE

DISCURSO DIRETO E INDIRETO

� ��

ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO

EMPREGO DO SENTIDO CONOTATIVO E DENOTATIVO NO TEXTO;

RELAÇÃO DE CAUSA E CONSEQÜÊNCIA ENTRE AS PARTES E

ELEMENTOS DO TEXTO;

PALAVRAS E/OU EXPRESSÕES QUE DENOTAM IRONIA E HUMOR NO TEXTO;

POLISSEMIA

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, FUNÇÃO DAS CLASSES

GRAMATICAIS NO TEXTO, PONTUAÇÃO, RECURSOS GRÁFICOS (COMO ASPAS,

TRAVESSÃO, NEGRITO), FIGURAS DE LINGUAGEM;

PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

ORTOGRAFIA

CONCORDÂNCIA VERBAL/NOMINAL

ORALIDADE

CONTEÚDO TEMÁTICO

FINALIDADE

ACEITABILIDADE DO TEXTO

INFORMATIVIDADE

ADEQUAÇÃO DO DISCURSO AO GÊNERO

TURNOS DE FALA

VARIAÇÕES LINGÜÍSTICAS

MARCAS LINGÜÍSTICAS: COESÃO, COERÊNCIA, GÍRIAS, REPETIÇÃO. SEMÂNTICA

ADEQUAÇÃO DA FALA AO CONTEXTO (USO DE CONECTIVOS, GÍRIAS,

REPETIÇÕES, ETC).

DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE O DISCURSO ORAL E ESCRITO.

PAPEL DO LOCUTOR E INTERLOCUTOR

ELEMENTOS EXTRALINGÜÍSTICOS: ENTONAÇÃO, EXPRESSÕES FACIAL,

CORPORAL E GESTUAL, PAUSAS ...]

METODOLOGIA

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As aulas de Língua Estrangeira Moderna devem constituir um espaço para que o

aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se

envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados

são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na

prática social.

A proposta adotada , se baseia na corrente sociológica e nas teorias do Círculo de

Bakhtin, que concebem a língua como discurso. Busca-se, dessa forma, estabelecer os

objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira Moderna e resgatar a função social e

educacional desta disciplina na Educação Básica.

Para efetivar a referida proposta, o professor realizará trabalhos em grupos ou em

duplas; utilizar-se-á de dicionários, com o objetivo ampliar o vocabulário; utilizará o livro

didático como fonte de pesquisa; proporá a resolução exercícios de fixação, através de

textos, músicas, bingo, caça-palavras, palavras cruzadas e poemas; Ouvir CD'S para

aperfeiçoar a pronúncia das palavras; explicação do conteúdo através de aula expositiva,

fazendo repetições sempre que forem necessárias e observar cenas de filmes e

desenhos animados.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos

fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB n. 9394/96. Ao propor

reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de

aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno

tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico. Conforme

analisa Luckesi (1995, p. 166) ”a avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o

seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem

bem-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é que as intervenções

pedagógicas ultrapassem o conteúdo trabalhado, de forma que os objetivos de ensino

explicitados sejam alcançados.

É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente

pedagógico,observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo

na sala de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos consistentes, e

de diferentes formas:entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na

interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua

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Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o

desenvolvimento de idéias (Vygotsky, 1989).

Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de

entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no processo

ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos,criativos,

solidários e autônomos.

Com o propósito de encarar este desafio, busca-se em Língua Estrangeira

Moderna, superar a concepção de avaliação como mero instrumento de medição da

apreensão de conteúdos.

A avaliação será através de provas escritas ou orais, individual ou em dupla,

apresentações de trabalhos, jogos lúdicos; caça-palavras, bingo, palavras cruzada,

poemas e exercícios de fixação, respeitando e oportunizando a realidade de cada aluno.

Serão realizadas recuperações paralelas, que terão por objetivo proporcionar ao aluno, o

qual demonstrar rendimento insuficiente, atividades complementares para oportunizar a

recuperação do aprendizado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA - PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Inglesa para os

anos finais do Ensino Fundamental . Curitiba, 2009.

- Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Érico Veríssimo,

- Regimento Escolar da Escola Estadual Érico Veríssimo.

6.1.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

É nos processos educativos, e notadamente nas aulas de Língua Materna,

que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência

linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. É na escola que

o aluno, e mais especificamente o da escola pública, deveria encontrar o espaço para as

práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes

circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente

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escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso da palavra, numa sociedade

democrática, mas plena de conflitos e tensões.

A democratização do ensino levou para a instituição escolar os integrantes

das classes menos favorecidas. A consequência foi a instalação do conflito entre a

linguagem ensinada na escola, que é a norma das classes privilegiadas, e a linguagem

das camadas populares. O conflito persiste quando se observa que “[...] segundo os

princípios democráticos nenhuma discriminação dos indivíduos tem razão de ser, com

base em critérios de raça, religião, credo político, a única brecha deixada aberta para a

discriminação é aquela que se baseia nos critérios da linguagem e da educação.”

(GNERRE, 1991, p.18).

Não basta dar a palavra ao outro, é necessário devolver e aceitar a palavra

do outro: “É devolvendo o direito à palavra – e na nossa sociedade isto inclui o direito à

palavra escrita – que talvez possamos um dia ler a história contida, e não contada, da

grande maioria que hoje ocupa os bancos das escolas públicas” (GERALDI, 1990, p.

124).

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil

iniciou-se com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na

formação da elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e

“catequizar” os indígenas (MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o trabalho de

escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem

reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica

intelectualista, que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização

fônica revelava o pensamento. Nesse período, não havia uma educação

institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que

visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico

de ensino organizava-se, então, a partir de dois objetivos: primeiro, uma pedagogia que

por meio da catequese indígena visava à expansão católica e a um modelo econômico de

subsistência da comunidade. Segundo, esse sistema objetivava a formação de elites

subordinadas à metrópole, “favorecendo o modelo de sociedade escravocrata e de

produção colonial destinada aos interesses do país colonizador” (LUZ-FREITAS, 2007

s/p).

Evidenciava-se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o

acesso à educação letrada era determinante na estrutura social, fazendo com que os

colégios fossem destinados aos filhos da elite colonial.

As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os

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poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Essas práticas visavam

à construção de uma civilização de aparências com base em uma educação “claramente

reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial.

Assim, priorizaram uma não-pedagogia, acionando no cotidiano o aparato repressivo para

inculcar a obediência.

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às

escolas de ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as

aulas eram de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.

No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português “era a

língua da burocracia” (ILARI, 2007 s/p), ou seja, a língua das transações comerciais, dos

documentos legais. A interação entre colonizados e colonizadores resultou na constituição

da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos portugueses, num primeiro momento, com

vistas ao conhecimento necessário para a dominação da nova terra. Essas línguas

continuaram sendo usadas por muito tempo na comunicação informal por grande parte da

população não escolarizada. Entretanto, a partir do século XVIII, época que coincide com

as expedições bandeirantes e a descoberta da riqueza mineral do solo brasileiro, essa

situação de bilinguismo passou a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal,

que precisava manter a colônia e, para isso, a unificação e padronização linguística

constituíram-se fatores de relevância. A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto

do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o

uso da Língua Geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios e

produzido literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil. Essa foi uma das

primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o território. Essa

hegemonia foi “conseguida, historicamente, a ferro e fogo: com decretos e proibições,

expulsões e prisões, perseguições e massacres” (BAGNO, 2003, p. 74).

Foi nesse contexto, e influenciado por alguns ideais iluministas, que o

Marquês de Pombal tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no

Brasil.

Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de

ensino superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal

que emergia. Essas instituições de ensino, portanto, privilegiaram as camadas superiores

da sociedade, europeizando e produzindo uma educação que visava à manutenção do

status quo. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler

e escrever a língua portuguesa, continuaram negligenciadas. A Reforma Pombalina, em

1759, impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do ensino, entre outras medidas que

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visavam à modernização do sistema educacional, a cargo dos jesuítas por mais de dois

séculos. A Língua Portuguesa passa, então, com a Reforma Pombalina, a fazer parte dos

conteúdos curriculares, mesmo assim seguindo os moldes do ensino de latim. (LUZ

FREITAS, 2004, s/p)

Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua

Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo

privilegiava as disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço

sem relevância (LUZ-FREITAS, 2004).

Ainda no final do século XIX, e com o advento da República, a preocupação

com a nascente industrialização influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a

formação profissional, as Humanidades não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-

se o caráter utilitário da educação. Houve, então, a necessidade de rever o acesso ao

ensino para atender às necessidades da industrialização.

Nesse momento em que a escola se abria a camadas cada vez maiores da

população, o ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma

língua que era considerada a “boa língua” – houve a tentativa de uma aprendizagem

hierarquizada e seletiva. No entanto, a multiplicação das escolas públicas expulsou dos

currículos o curso de Retórica, isto é, a disciplina que fornecia às classes dirigentes uma

técnica privilegiada que lhe permitia “assegurar-se da propriedade da linguagem”

(FONTES, 1999, p. 47).

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data

em que foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

Contudo, a mudança de denominação não significou que o objetivo do ensino de língua

havia mudado também.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo

de expansão do ensino primário público, o qual incluiu, entre outras ações, a ampliação

de vagas e, em 1971, a eliminação dos chamados exames de admissão (FREDERICO E

OSAKABE, 2004). Como consequência desse processo, a multiplicação de alunos, as

condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram

a ser outras bem diferentes.

No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa

não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas

necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de

registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola.

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Nesse contexto, que foi também de consolidação da ditadura militar, uma concepção

tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de memorização, no qual

“a visão de reforço é acentuada, pois a aprendizagem é entendida como processada pela

internalização inconsciente de hábitos (teoria comportamentalista/behaviorista)”

(PERFEITO, 2007, p. 827). A pedagogia da formação de hábitos, memorização e reforço

era adequada ao contexto autoritário que cerceava a reflexão e a crítica no ambiente

escolar, impondo uma formação acrítica e passiva.

A Lei n. 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o

ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a

instituição de uma pedagogia tecnicista que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-

se na concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo objeto é a língua vista

como código), com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do aprimoramento

das capacidades linguísticas do falante. Essa concepção baseou-se nos estudos de

Saussure, o qual se preocupou com a organização interna da língua ao elegê-la como

objeto de estudo. Os seguidores de Saussure denominaram essa organização de

estrutura.

Dessas teorias resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia

das aulas de gramática no ensino. Porém, apesar das discussões acadêmicas, os livros

didáticos continuavam porta-vozes da concepção tradicional de linguagem, reforçando

metodologias que não possibilitavam a todos os estudantes o aprimoramento no uso da

Língua Materna tanto no ensino da língua propriamente dito, quanto no trabalho com a

literatura. As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto

(compreendida como veículo de transmissão de mensagens) e a leitura entendida como

um ato mecânico. O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em exercícios

estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderley Geraldi, em

1984, marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo

artigos de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e o

próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino. Nessa

coletânea, os autores citados dialogam com os professores, mobilizando-os para a

discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o

trabalho realizado nas salas de aula. Geraldi, em seu artigo, defende uma abordagem

com as unidades básicas de ensino de português (leitura, produção textual e análise

linguística), tendo como ponto de partida o texto. Essas produções teóricas influenciaram

os programas de reestruturação do Ensino de 2.º Grau, de 1988, e do Currículo Básico,

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de 1990, que já denunciavam “o ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas

práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais” (PARANÁ, 1988, p. 02) e

valorizavam o direito à educação linguística. O Currículo de Língua Portuguesa orientava

os professores a um trabalho de sala de aula focado na leitura e na produção, buscava

romper com o ensino tradicionalista: “optamos por um ensino não mais voltado à teoria

gramatical ou ao reconhecimento de algumas formas de língua padrão, mas ao domínio

efetivo de falar, ler e escrever” (PARANÁ, 1990, p. 56).

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na

Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de

analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos

apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e,

mesmo, de pesquisas acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua

Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às

práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento

direto dos professores na construção de alternativas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante de Língua Portuguesa é o discurso como prática

social, concretizando-se nas três práticas discursivas que são: leitura, escrita e oralidade.

2.1. CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª SÉRIE GÊNEROS DISCURSIVOS

- Adivinhas

- Anedotas

- Autobiografia

- Aviso

- Bilhetes

- Cantigas de roda

- Carta de solicitação

- Carta do leitor

- Carta pessoal

- Cartaz

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- Causos

- Classificados

- Comercial para TV

- Contos de fadas

- Convite

- Dramatização

- E-mail

- Exposição oral

- Fábulas

- Fotos

- História em quadrinho,

- Horóscopo

- Lendas

- Mapas

- Narrativa de aventura

- Narrativa de enigma

- Piadas

- Poemas

- Quadrinhos

- Receita

- Regras de jogo

- Verbete

LEITURA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Léxico

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

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ESCRITA

- Tema do texto ;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Argumentatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Divisão do texto em parágrafos;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentetividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos:entonação, pausas, gestos;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

6ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS

- Álbum de família

- Carta ao leitor

- Carta de reclamação

- Cartum

- Chat

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- Crônica de ficção

- Diário

- Entrevista (oral e escrita)

- Estatutos

- Exposição oral

- História em quadrinhos

- Instruções de uso

- Literatura de cordel

- Mapas

- Música

- Narrativa mítica

- Notícia

- Paródia

- Pinturas

- Placas

- Propaganda

- Provérbios

- Provérbios

- Tiras

- Torpedos

LEITURA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Aceitabilidade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Informações explícitas e implícitas;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Repetição proposital de palavras;

- Léxico;

- Ambiguidade;

� ��

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

7ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS

- Anúncio publicitário

- Biografia

- Blog

- Caricatura

- Charge

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- Conto fantástico

- Crônica jornalística

- Discurso de defesa e acusação

- Dissertação escolar

- Escultura.

- Haicai

- Júri simulado

- Mesa redonda

- Narrativa de ficção científica

- Narrativa de humor

- Narrativa de terror

- Outdoor

- Paródia

- Pesquisa

- Poema

- Regimento

- Regulamentos

- Relato pessoal

- Reportagem (oral e escrita)

- Resumo

- Sinopse de filme

- Slogan

- Telejornal

- Telenovela

LEITURA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

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- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).

- Semântica:

- Operadores argumentativos;

- Ambiguidade;

- Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

-Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

- Concordância verbal e nominal;

- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do

texto;

- Semântica:

- Operadores argumentativos;

- Ambiguidade;

- Significado das palavras;

- Sentido conotativo e denotativo;

- Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

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- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Elementos semânticos;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

- Agenda cultural

- Artigo de opinião

- Assembléia

- Charges

- Conferência

- Contos

- Curriculum vitae

- Debate

- Depoimento

- Editorial

- Entrevista oral e escrita

- Fotoblog

- Histórias de humor

- Imagens

- Instruções.

- Manifesto

- Música

- Narrativa fantástica

- Novela fantástica

- Palestra

- Reality show

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- Relatório científico

- Reportagem oral e escrita

- Resenha crítica

- Romance

- Seminário

LEITURA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Discurso ideológico presente no texto;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

- Semântica:

- Operadores argumentativos;

- Polissemia;

- Sentido conotativo e denotativo;

- Expressões que denotam ironia e humor no texto;

ESCRITA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

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- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

- Sintaxe de concordância;

- Sintaxe de regência;

- Processo de formação de palavras;

- Vícios de linguagem;

- Semântica:

- Operadores argumentativos;

- Modalizadores;

- Polissemia.

ORALIDADE

- Conteúdo temático ;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e-gestual, pausas;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,conectivos;

- Semântica;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

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O ensino da Língua Portuguesa deve ser abrangente e consciente para contemplar

com igual importância as variações linguísticas e o domínio da norma padrão. Assim, as

aulas devem ajudar o aluno a tornar-se um usuário atuante e eficiente da língua. Na sala

de aula o professor deve oportunizar momentos de oralidade, escrita, leitura e análise

lingüística.

ORALIDADE – Proporcionar aulas em que o aluno possa expressar-se

adequadamente em diferentes situações, fazendo-se entender, sendo capaz de ouvir,

organizar suas idéias, adequar ao vocabulário. Ampliar a competência do aluno para o

uso da língua oral, de modo que ele passe a adequá-la também para situações formais,

percebendo que sua produção deverá variar de acordo com o propósito a que se destina:

informar, divertir, persuadir com o interlocutor e a situação.

LEITURA – Proporcionar aulas que incentivem a leitura. O aluno lê para informar-

se, emocionar-se, para perceber a intencionalidade do texto, sua estrutura, o seu

significado. A leitura deverá propiciar momentos de prazer, emoção, descoberta,

conhecimento, diversão e reflexão.

ESCRITA – Proporcionar aulas em que o aluno escreva para registrar, para instruir,

para convencer, para emocionar, para informar. Com a orientação do professor o aluno

redigirá utilizando os recursos linguísticos para expressar-se de modo claro e objetivo.

Utilizar com propriedade e desenvoltura os padrões da língua escrita, analisar e revisar o

próprio texto em função dos objetivos estabelecidos, da intenção comunicativa e do leitor

a que se destina.

ANÁLISE LINGUÍSTICA – Proporcionar momentos que ajudem e esclareçam

dúvidas para se chegar ao domínio da norma padrão. As atividades deverão incidir sobre

aspectos discursivos, estruturais e ortográficos, através de reestruturação textual,

observando problemas e possíveis formas de melhorar construções de frases, parágrafos,

textos e também, com diversas atividades sistematizadas para apreensão de regras,

normas e conceitos.

Os temas como História e Cultura Africana e Indígena, Meio Ambiente, Educação

Fiscal, Sexualidade e Violência serão abordados nos textos, vídeos, reportagens,

documentários, filmes, debates, etc., trabalhados durante o ano todo e não em um

momento especificamente. Após a abordagem do assunto será solicitado ao aluno que

realize alguma atividade, como: produção de texto, desenhos, apresentações, colagem,

entrevista, pesquisa, entre outras, para a verificação da apropriação e conscientização do

aluno acerca do tema proposto.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com

a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais

condições. Para tanto é preciso elaborar um conjunto de procedimentos investigativos que

possibilitem o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para tornar possível o

ensino e a aprendizagem da melhor qualidade, por isso em lugar de apenas avaliar por

meio de provas, o professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo ou com o objetivo.

E no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos – discursivos,

textuais, ortográficos e gramaticais – os elementos linguísticos utilizados nas produções

dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que

possibilite aos alunos a compreensão desses elementos no interior do texto.

Utilizando a língua oral e escrita, em práticas sociais sendo avaliados

continuamente, efetuando operações com a linguagem refletindo sobre as diferentes

possibilidades do uso da língua que os alunos caminharão para a almejada proficiência

em leitura e escrita, ao letramento.

Sendo assim, será oportunizado o conhecimento da língua a todos os alunos,

inclusive àqueles alunos considerados inclusos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para

os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2009.

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Érico Veríssimo.

Regimento escolar da Escola Estadual Érico Veríssimo.

6.1.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do homem

primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. Por isso, a matemática tornou-se uma

linguagem e instrumento importante para resolução e compreensão dos problemas e

necessidades sociais dentro de cada contexto para a transformação da sociedade: nas

relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e culturais.

Sendo a escola uma instituição incumbida de sistematizar o conhecimento científico,

abrindo possibilidades de mudanças na ação cotidiana das pessoas. Com isso, é preciso

que o conhecimento matemático seja selecionado organizado e transformado em saber

escolar – o qual deverá ser expresso pelos conteúdos sem, no entanto deixar de valorizar

os conhecimentos que o estudante traz de suas vivências.

Promover um ensino contextualizado para formação dos conceitos, a fim de

possibilitar ao aluno o entendimento da matemática como instrumento para compreender

e solucionar os problemas.

Os conteúdos estruturantes propostos nas diretrizes curriculares para a educação

básica, são:

Ø Números e álgebra

Ø Grandezas e medidas

Ø Geometrias

Ø Tratamento da informação

Ø Funções

Os mesmos não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois é na inter-relação

que os conteúdos ganham significado.

A matemática tem como função desenvolver a consciência crítica, provocando

alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a

compreensão das relações sociais.

É impossível não reconhecer o valor desta ciência como indispensável para

resolução e compreensão de diversas situações do cotidiano.

Ao longo do Ensino Fundamental esperasse que o aluno consiga:

Desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar, representar, abstrair e

generalizar;

Desenvolver a capacidade de julgamento e o hábito de concisão e rigor;

Habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação;

Conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem matemática, associando-a com

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a linguagem usual;

Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na sociedade em que

vive;

Desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que proporcione

a construção de seu aprendizado;

Desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de conjecturas, a

descoberta de soluções e a capacidade de concluir;

Associar a Matemática a outras áreas de conhecimento;

Construir uma imagem da Matemática como algo agradável e prazeroso, desmistificando

o mito da “genialidade”.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

5ª Série

1-NÚMEROS E ÁLGEBRA

Sistema de numeração;

Números naturais;

Potenciação e radiciação;

Múltiplos e divisores;

Números fracionários;

Números decimais.

2- GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulos;

Sistema monetário.

3 - GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial.

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4- TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

6ªSérie

1- NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números inteiros;

Números racionais;

Equação e inequação do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três.

2- GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de temperatura;

Ângulos.

3 - GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometrias não-Euclidianas.

4- TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Pesquisa estatística;

Média aritmética;

Moda e mediana;

Juros simples.

7ª Série

1. NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números irracionais;

Sistemas de Equações do 1º grau;

Potências;

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Monômios e polinômios;

Produtos notáveis

2 – GRANDEZAS E MEDIDAS

Medida de comprimento;

Medida de área;

Medidas de ângulos.

3 - GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não-Euclidiana.

4- TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Gráfico e informação;

População e amostra.

8ª Série

1- NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números reais;

Propriedades dos radicais;

Equação do 2°grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações irracionais;

Equações biquadradas;

Regra de três composta.

2 - GRANDEZAS E MEDIDAS

Relações métricas no triângulo retângulo;

Trigonometria no triângulo retângulo.

3 - FUNÇÕES

Noção intuitiva de função afim;

Noção intuitiva de função quadrática.

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4 - GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não-Euclidiana.

5 - TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Noções de análise combinatória;

Noções de probabilidade;

Estatística;

Juros composto.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A matemática é a ciência base de várias áreas do conhecimento, sendo, portanto

fundamental seu domínio por parte dos alunos. É necessário procurar novas formas

(métodos) para ensiná-la, buscando maior eficiência no processo de ensino e

aprendizagem no âmbito escolar.

As DCEs propõem que o ensino da matemática seja fundamentado nas tendências

metodológicas (resolução de problemas, modelagem matemática, mídias tecnológicas,

história da matemática e investigações matemática).

Estudar matemática é resolver problemas e a incumbência do professor de

matemática é ensinar a arte de resolver problemas.

Assim, o professor deverá ser um facilitador na tarefa de resolver problemas,

levando o aluno a pensar, raciocinar, relacionar, procurar compreender o processo e

solucioná-lo.

Através do modelo é possível expressar uma situação problema por meio da

linguagem matemática e através disso buscar sua solução. Nesse sentido, através da

modelagem o conteúdo ganha significado para o aluno, facilitando sua compreensão.

Etnomatemática é a matemática praticada por grupos

culturais, tais como comunidades urbanas e rurais, grupo de trabalhadores, classes

profissionais, sociedades indígenas e tantos outros grupos que se identificam por

objetivos e tradições comuns aos grupos (D'AMBRÓSIO, 2005, p.9)

Ao ensinar matemática deve-se considerar os conhecimentos prévios, a história

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cultural que cada indivíduo possui.

Outra tendência metodológica é recorrer á história da matemática, que surge

para garantir e respeitar essa construção histórica. Os conteúdos trabalhados a partir do

seu contexto, fazem com que os alunos compreendam seus significados, passando a ver

a matemática como uma construção da humanidade.

As Diretrizes Curriculares de Matemática consideram que a história da Matemática

deve orientar a elaboração de atividades com problemas históricos, para que o aluno

possa compreender os conceitos e conceber a matemática como campo do conhecimento

em construção.

As Mídias Tecnológicas que tem a função de potencializar formas de resolução de

problemas, através dos recursos tecnológicos como calculadora e aplicativos da internet.

A prática pedagógica de investigações matemática contribui para uma melhor

compreensão da matemática, podem ser abordadas a partir da resolução de simples

exercícios e se relacionam com a resolução de problemas.

Uma investigação é um problema em aberto e por isso, as coisas acontecem de

forma distinta por diferentes grupos de alunos, enfim, investigar significa procurar

conhecer o que não se sabe.

Abordar as questões sociais que despertam o interesse dos alunos com contextos

significativos para a aprendizagem dos conceitos e procedimentos neles envolvidos.

Propor situações problemas que irão desenvolver os conteúdos de acordo com os

eixos norteadores do currículo básico, entre eles citamos:

1. Notícias de jornais, em particular as que envolvem índices econômicos –

leitura, interpretação e cálculo;

2. Medições envolvendo as diferentes grandezas (comprimento, área, volume,

massa, tempo e temperatura;

3. Receitas (massa, capacidade) – interpretação, cálculos e transformação de

unidades;

4. Problemas históricos;

5. Índices relacionados à saúde (taxas de mortalidade, doenças, etc);

6. Índices relacionados ao trabalho (taxas de desemprego, salários);

7. Planta baixa de uma casa – interpretação, desenho, cálculos, ampliação e

redução;

8. Talão de água e energia elétrica (cálculo do custo em função do consumo,

etc);

9. Velocidade em estradas – velocidade máxima, consumo e preço de

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combustível – unidades, gráficos (tempo e distância);

10. Embalagens de produtos – planificações, construções;

11. Construção de maquetes e gráficos.

Serão utilizados recursos didáticos como livros, vídeo, rádio, calculadoras,

computadores, jogos e outros materiais que tem papel importante no processo de ensino

aprendizagem, integrados a situações que levem ao exercício da análise e reflexão.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem, em

que o objetivo não é verificar (através de medição) a quantidade de informações “retidas”

pelo aluno ao longo de um determinado período, já que não se concebe ensino como

“transmissão de conhecimento”.

Ela deve servir como um instrumento de diagnóstico do processo de ensino-

aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os

componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia –

instrumentos de avaliação).

Restringir a avaliação a um conceito obtido em uma prova não retrata com

fidelidade o aproveitamento obtido. Diante disso a avaliação deverá ser contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, verificando a compreensão dos conceitos, o

desenvolvimento de atitudes, procedimentos e a criatividade nas soluções de

situações problemas.

Faz-se uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos

alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seus

conhecimentos.

A verificação da aprendizagem será feita através de provas, trabalhos e

registros das atitudes dos alunos que fornece para nós professores as informações

sobre como está ocorrendo o processo ensino-aprendizagem, que irá nortear os

novos rumos do trabalho e será um suporte para verificar a necessidade de uma

nova metodologia ou um processo de recuperação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRINI Álvaro; Vasconcelos Maria José. Coleção Atualizada Praticando Matemática.

São Paulo; Editora do Brasil,2002.

� ���

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO / SECRETARIA DO ENSINO

FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Matemática. 1998

PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Departamento de Ensino do Primeiro Grau.

Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG, 1990.

MACHADO, Nilson José. Coleção Matemática por Assunto. São Paulo, Spione, Vol. 1,

1988.

D'AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:

Scipione, 1988.

D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: Arte ou Técnica de Explicar e Conhecer. São Paulo:

Ática, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para os anos

finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2009.

Projeto Político Pedagógico Escola Estadual Érico Veríssimo, 2008

Regimento Escolar- E.E.Érico Veríssimo, 2008.

7. ATIVIDADES ESCOLARES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

DESENVOLVIDAS NO ESTABELECIMENTO

7.1.1. Proposta Pedagógica da Sala de Recursos

EMENTA:

A Sala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que apoia

e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns.

A Sala de recursos vem atender os diferentes alunos no seu processo de aprender,

procurando estratégias que melhor respondam às características e às necessidades

peculiares a cada aluno; procurando sanar algumas defasagens escolares que implicam

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no bom andamento escolar, para que assim, ele possa avançar nos seus estudos.

JUSTIFICATIVA

Diante da existência de alunos com dificuldades e necessidades educacionais

especiais no processo de aprender, a escola se propõe a oportunizar a estes alunos

atividades pedagógicas que permitam seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo e

afetivo, respeitando suas individualidades e limitações, procurando integrá-los ao meio

social onde vivem.

A descoberta de várias e novas formas de intervenção educativa para alunos de 5ª

a 8ª série, fazem parte de um processo que vem ocorrendo nas escolas da rede Estadual

de ensino do Estado do Paraná e, neste processo, encontra-se a Escola Estadual Érico

Veríssimo.

Tal prática educacional impõe a capacitação e especialização de seus professores

para que estes possam realizar o trabalho na Sala de Recursos.

Em suma, a Sala de Recursos é um espaço destinado a um trabalho pedagógico

específico com alunos que estejam integrados em turmas regulares, tendo como objetivo

ampliar e complementar o trabalho realizado pelos professores do ensino regular, bem

como atender as diversidades dos alunos, buscando integrá-los no ambiente escolar e

social, dando a eles atendimento individualizado, procurando contribuir para que suas

dificuldades e/ou defasagens sejam superadas.

OBJETIVO GERAL

Proporcionar um atendimento especializado aos alunos do ensino fundamental e

egressos da educação especial, que apresentam deficiência intelectual ou transtornos

funcionais específicos, que necessitam de um apoio direcionado as suas especificidades

e que possam obter sucesso no processo de aprendizagem.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Propiciar situações de aprendizagem que busquem sanar ou minimizar as

dificuldades do educando com necessidades especiais, na consecução dos objetivos

da classe comum;

- Refletir com o educando sobre a busca de sua autonomia na realização das

atividades propostas, procurando auxiliá-lo na realização das mesmas;

- Aprimorar o desenvolvimento da linguagem oral e escrita para que se tenha

clareza de ideias, construindo um vocabulário adequado a sua idade, priorizando a

diversidade textual;

- Trabalhar a escrita como meio de inserção social, levando o aluno a perceber a

importância dela como forma de registro, sendo ela espontânea ou não;

- Explorar a interpretação de texto tendo ele como alicerce no desenvolvimento

acadêmico do aluno, levando em consideração o contexto social em que esses

educandos estão inseridos;

- Trabalhar o raciocínio lógico matemático, priorizando resolução de problemas e

as quatro operações fundamentais e contextualizar as atividades de acordo com realidade

dos educandos;

- Procurar meios para trabalhar a auto-estima, promovendo o protagonismo dos

educandos, como agentes de aprendizagens, pela valorização de sua identidade e pela

consciência do valor do conhecimento para sua vida.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu capítulo I, art. 5º, garante

a todo cidadão o direito à vida, à liberdade, à igualdade, entre outros. Sabe-se que apesar

de haver o reconhecimento do cidadão como um sujeito de direitos, materializado no fato

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do poder público assumir legalmente essa condição, não foi e ainda não é suficiente para

garantir ao cidadão o real exercício desses direitos. Porém, políticas públicas e propostas

de ação voltadas para a Inclusão caracterizam um grande avanço no exercício pleno

desse direito. Ou seja, o fato de a lei suprema de um país ressaltar, em seu texto, os

direitos do cidadão não significam a garantia desses – ainda vemos em nossa sociedade

uma incoerência entre a igualdade proposta na Lei e as exclusões dos que vivem à

margem da sociedade. Porém, a verificação da contradição entre discursos e práticas já é

um grande passo para a construção de uma sociedade inclusiva. Fechar os olhos à falta

de uma práxis é o mesmo que compactuar com os níveis de elevada exclusão, ao passo

que admitir a realidade tal como ela se apresenta é sair à procura de alternativas na luta

contra a exclusão.

A organização educacional no Brasil é norteada pela Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional 9394/96 e pelas Diretrizes e Bases para a Educação Especial na

Educação Básica (resolução nº 02/2001 do Conselho Nacional de Educação – CNE).

A LDB nº 9394/96, em seu art. 1º, do título I, ressalta que “a educação abrange os

processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no

trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organização da

sociedade civil e nas manifestações culturais” e, no art. 2º, do título II, confere “por

finalidade [da educação] o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. E, ainda, salienta como

princípios (art. 3º) a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e a

garantia de padrão de qualidade, legitimando o acesso ao ensino fundamental como um

direito público subjetivo (art. 5º) e como dever do Estado (art. 4º) a “oferta de educação

escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às

suas necessidades e disponibilidades”.

Nesse sentido, o papel e a função da escola têm se mostrado de grande valor na

conquista de uma educação inclusiva, ratificando em sua prática os pressupostos teóricos

da Lei acima citada, uma vez que conta com um Projeto Político Pedagógico que leva em

conta a diversidade do aluno e a necessidade de construir currículos capazes de garantir

o acesso a um ensino de qualidade para todos.

A resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001, institui as Diretrizes Nacionais para a

Educação Especial na Educação Básica, obrigando “os Sistemas de Ensino a conceber a

demanda real de atendimento a alunos portadores de necessidades educacionais

especiais, mediante a criação de sistemas de informação e o estabelecimento de interface

com os órgãos governamentais responsáveis pelo Censo Demográfico, para atender a

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todas as variáveis implícitas à qualidade do processo formativo desses alunos”. O

Conselho Nacional de Educação concebe, em seu art. 3º, a Educação Especial como ”um

processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e

serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,

complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais

comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das

potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais,

em todas as etapas e modalidades da educação básica”. Para isso, faz-se necessário

refletir sobre os processos que geram as exclusões, buscando um novo cenário, onde a

diferença seja a expressão de uma maneira própria de agir e de pensar o mundo, e não

um motivo para se desvalorizar os sujeitos segundo padrões pré-estabelecidos.

A LDB 9394/96 determina, no art. 59, inciso III, que os sistemas de ensino deverão

assegurar “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para o

atendimento especializado, bem como professores de ensino regular capacitados para a

integração desses educandos nas classes comuns”.

O trabalho pedagógico que se impõe para essa clientela, constitui-se como ponto

de partida e de referência para não mais a simples identificação das dificuldades do

aluno, mas para uma avaliação que busque compreender o aluno tanto no que ele já sabe

na sua autonomia, como no que ele pode vir, a saber, a fazer, a produzir, apesar de suas

dificuldades. Essas são as bases para um processo de intervenção pedagógica, dirigindo

o trabalho de maneira prospectiva para as possibilidades do aluno. O que exige, por parte

dos envolvidos no processo, uma avaliação constante da relação entre desenvolvimento e

aprendizagem, assim como da identificação das necessidades educacionais do aluno, a

fim de que as metas para a educação de qualidade possam ser atingidas.

Encarar as necessidades educacionais especiais é, portanto, não apenas estar

atento às características pessoais de cada aluno e de sua deficiência, como também

antever a forma como a escola organiza o processo educativo, ou seja, as necessidades

não são estabelecidas de forma definitiva, mas se constituem no fazer pedagógico

cotidiano, buscando caminhos e respostas, indo além das dificuldades, possibilitando ao

aluno um pleno desenvolvimento.

Segundo Vygotsky, os processos psíquicos do indivíduo são constituídos a partir

da internalização de relações entres os sujeitos sociais. A ação humana está baseada na

cooperação entre os indivíduos; e as formas como os homens participam e atuam na vida

determina o que pensam. A partir da experiência social, conceitos são internalizados,

permitindo identificações e diferenciações que constituirão a singularidade, a identidade

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do sujeito.

“A transformação de um processo interpessoal, num processo intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos ocorridos ao longo do desenvolvimento. O processo, sendo transformado, continua a existir e a mudar como uma forma externa de atividade por um longo período de tempo, antes de internalizar-se definitivamente” (VYGOTSKY, 2000).

Dessa forma, pode-se dizer que o ser humano está em constante transformação e

nada é definitivo, e a escola é o caminho mais abrangente para que se possa garantir um

aprendizado diferente a cada novo dia.

O mesmo autor nos traz a relação entre “Pensamento e Linguagem”, onde: “a

linguagem possui duas funções básicas: a de intercâmbio social e a de pensamento

generalizante. Ela fornece os conceitos e as formas de organização do real que

constituem a mediação entre o sujeito e o objeto de conhecimento”.

O pensamento e a linguagem têm origens diferentes e desenvolvem-se segundo

trajetórias diferentes, até que ocorra a unidade entre esses dois fenômenos, quando o

pensamento se torna verbal. Para Vygotsky, a relação entre pensamento e linguagem

deriva de duas raízes genéticas diferentes: há uma fase pré-verbal do pensamento e uma

fase pré-intelectual da fala no desenvolvimento da criança.

São os significados que possibilitam a mediação simbólica entre o indivíduo e o

mundo real, constituindo-se no filtro através do qual o sujeito é capaz de compreender o

mundo e agir sobre ele. Os significados são construídos ao longo da história dos sujeitos

com base nas suas relações com o mundo físico e social, encontrando-se, portanto, em

constante transformação.

A perspectiva sócio-histórica de Vygotsky informa no que se refere à percepção,

memória e atenção dos sujeitos, que o desenvolvimento dessas funções psíquicas

superiores caminha do social para o individual, do genérico ao particular.

Vygotsky também explica o papel da escola no desenvolvimento da criança,

firmando uma distinção entre conceitos cotidianos e conceitos científicos. Os conceitos

cotidianos instalam-se no psiquismo a partir da experiência pessoal, concreta e cotidiana

das crianças. Ao passo que, os científicos são os elaborados e fundados na sala de aula,

por meio do ensino sistemático.

O processo de formação dos conceitos, sejam cotidianos ou científicos, abarca

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operações intelectuais guiadas pela utilização e pelo partilhar das palavras. Para a

internalização de um conceito, faz-se necessária uma grande atividade mental, além das

informações externas recebidas. Ou seja, “o desenvolvimento dos conceitos ou dos

significados das palavras, pressupõe o desenvolvimento de muitas funções intelectuais:

atenção deliberada, memória lógica, abstração, capacidade para comparar e diferenciar.

Esses processos complexos não podem ser dominados apenas através da aprendizagem

inicial”. Portanto, “o ensino direto de conceitos é impossível e infrutífero. Um professor

que tenta fazer isso geralmente não obtém qualquer resultado, exceto o verbalismo vazio,

uma repetição de palavras pela criança, semelhante a um papagaio, que simula um

conhecimento dos conceitos correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo”

(VYGOTSKY, 1989).

Segundo essa perspectiva, o espaço escolar, então, deve funcionar de forma a

desafiar e a exigir do intelecto da criança e do adolescente. A escola proporciona ao aluno

um conhecimento sobre coisas e fatos que não estão disponíveis à percepção ou à

experiência diretas, fornecendo as bases para o acesso ao conhecimento construído e

acumulado pela humanidade, ao longo do tempo, possibilitando, assim, a criação de

novos conhecimentos, que farão a história posterior.

Contribuições de Vygostky para a Educação Especial:

Para Vygotsky, no processo geral de desenvolvimento, há duas linhas

qualitativamente diferentes do desenvolvimento, que diferem quanto à origem: de um

lado, os processos elementares, de origem biológica; de outro, as funções psíquicas

superiores, de origem sócio-cultural. Mas é do entrelaçamento dessas duas linhas que a

história do comportamento da criança emerge. O autor enfatiza que o desenvolvimento da

criança portadora de deficiência é governado pelas mesmas leis gerais do

desenvolvimento da criança “normal”, ressaltando a importância dos aspectos sociais e

culturais – a aprendizagem – para a superação das dificuldades apresentadas por essas

crianças.

Vygotsky aponta que as crianças portadoras de deficiência desenvolvem

mecanismos compensatórios de suas funções, cuja nova organização orienta o

funcionamento psicológico na superação dos limites impostos pela deficiência. Mais uma

vez, ressalta-se a importância da eficácia da estratégia pedagógica utilizada com o

objetivo de fornecer condições adequadas e ajustadas às necessidades educacionais

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especiais da criança.

À medida que a criança portadora de deficiência passa a ser vista como aquela

que usa e precisa usar diferentes instrumentos para ter garantido o seu desenvolvimento

pleno, a Educação Especial precisa desempenhar a tarefa de colocar à disposição do

aluno a diversidade de instrumentos peculiares, de forma a viabilizar o desenvolvimento

de seu processo social e cultural. Ou seja, a criança portadora de deficiência tem o direito

ao acesso a instrumentos especialmente desenvolvidos para ela e a Educação Especial,

o dever de criar esses instrumentos. Para que esse contexto possa ser vislumbrado na

prática, não se pode deixar de ressaltar dois importantes aspectos: a) todo o professor

necessita de formação constante para atuar junto aos alunos; b) os sistemas

educacionais precisam tomar para si a responsabilidade de adaptar-se para atender ao

grupo de alunos como um todo – passos fundamentais na direção da Educação Inclusiva.

A Educação Especial visa a garantia dos mesmos princípios fundamentais e

núcleos conceituais do Ensino Básico a todos os alunos portadores de necessidades

educacionais especiais, ressaltando a necessidade de serem promovidas as devidas

adaptações, de forma que todos os alunos sejam atendidos nas suas especificidades.

A inserção do aluno portador de necessidades educacionais especiais na rede

regular de ensino tem sido objeto de reflexão e de angústia para a Educação Especial.

Muitos educadores não recebem com bons olhos tal proposta, por acreditarem que um

espaço específico – segregado – seja mais adequado para garantir a esses alunos o

acesso ao conhecimento.

As novas diretrizes e bases para a Educação Especial representam anseios no

sentido de se alcançar metas educacionais democráticas, para todos os sujeitos, na

Educação Básica. No entanto, conceber a Educação Especial como modalidade da

educação escolar significa ressaltar o caráter pedagógico da Educação Especial,

implicando a definição de uma proposta pedagógica que garanta a qualidade do ensino

para todos.

(...) “Não se trata, portanto, de uma proposta encaminhada isoladamente pela Educação Especial. A educação inclusiva pressupõe o atendimento a todos os alunos, onde um mesmo currículo esteja aberto às diferenças, garantindo o direito à construção de conhecimentos e valores e da qual participem todos os profissionais da Educação” (BLANCO e FERNANDEZ).

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Dessa forma, o Governo do Estado do Paraná, preocupado com a qualidade de

ensino e a grande demanda de alunos especiais, “criou” nas escolas públicas do ensino

fundamental as “Salas de Recursos”, onde profissionais especializados na área de

educação especial, prestam atendimento educacional a alunos que necessitam de um

acompanhamento especial mais individualizado.

A Sala de recurso se constitui num ambiente de natureza pedagógica, orientado

por professor (a) especializado (a) que suplementa (no caso dos superdotados) e

complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em classes

comuns da rede regular de ensino. Esse serviço realiza-se em escolas, em local dotado

de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais

especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais

ainda não existe esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos

grupos, para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, em horário

diferente daquele em que frequentam a classe comum.

METODOLOGIA

O trabalho será desenvolvido partindo das necessidades e dificuldades de

aprendizagem específicas de cada aluno, bem como as defasagens das séries iniciais e

da série em que se encontra, oferecendo subsídios pedagógicos e diferenciados,

contribuindo para que estes possam acompanhar os conteúdos aplicados na classe do

ensino regular.

O trabalho é centrado na realidade do educando, em sua identidade, seu nome,

sua família, suas motivações, no que ela já sabe e trabalhando sempre o cognitivo

juntamente com o afetivo, criando vínculos que facilitarão e darão maior sabor a

aprendizagem.

O trabalho apoia-se na inter-relação das crianças, em duplas ou em grupos, porque

é sabido que o seu desenvolvimento é facilitado pela mediação estabelecida com seus

pares.

O educador deve oferecer caminhos alternativos para a aprendizagem, sempre que

for necessário, bem como fazer com que essas experiências estejam contextualizadas.

É fundamental valorizar a interação com a família e o trabalho desenvolvido pelo

professor do ensino regular, através do diálogo constante com estes.

CONTEÚDOS

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Habilidades do Desenvolvimento:

• Desenvolvimento das capacidades que possam levar o sujeito ao

conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação das

informações;

• Análise, síntese e interpretação de dados, fatos e situações;

• Planejamento das atividades;

• Raciocínio lógico-dedutivo;

• Cálculo mental;

• Conceito de número;

• Processos aritméticos;

• Classificação, ordenação e seriação;

• Compreensão analítica do todo.

Habilidade Sensorial:

• Associação áudio-verbal;

• Memória auditiva;

• Seqüência auditiva;

• Discriminação visual de formas;

• Diferenciação visual / figura fundo;

• Memória visual e auditiva.

Habilidade Psicomotora:

• Organização do corpo no espaço;

• Lateralidade;

• Orientação no tempo e no espaço;

• Coordenação viso motora fina.

Habilidade Motora:

• Destreza motora;

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• Equilíbrio e ritmo;

Habilidade da Linguagem:

• Vocabulário;

• Fluência Verbal;

• Compreensão e interpretação de leitura;

• Escrita;

• Comunicação gestual.

Habilidade Afetivo Emocional:

• Valores;

• Atitudes;

• Sentimentos;

• Emoções;

• Auto-estima;

• Relações frente às situações de aprendizagem.

Habilidade Social:

• Habilidade em lidar com pessoas (interpessoal);

• Aceitação e reconhecimento social;

• Julgamento de valor;

• Conhecimento de valores e normas;

• Reação frente regras sociais;

• Adaptação;

• Controle sobre a própria conduta;

• Aprendizagem de hábitos sociais.

Saberes Pedagógicos:

1. Língua Portuguesa – domínio da linguagem oral:

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• Concordância Verbal;

• Omissões ou trocas de fonemas;

• Raciocínio lógico (seqüência, coerência e coesão).

Linguagem Receptiva:

• Compreensão oral (simples ou complexa);

• Atenção;

• Concentração na tarefa;

• Quantidade de informações recebidas.

Linguagem Expressiva:

• Clareza de idéias;

• Construção do vocabulário;

• Articulação e organização do pensamento;

• Pronúncia das palavras;

• Coesão/coerência;

• Criatividade;

• Imaginação;

• Criação de detalhes;

Domínio da leitura (silenciosa, oral e interpretação de texto):

• Leitura com fluência;

• Entonação e ritmo;

• Valor expressivo do texto e relação com os sinais de pontuação;

• Oralidade da ideia principal do texto;

• Sinais de pontuação;

• Acentuação;

• Relação entre o texto e o título do mesmo;

• Nomear os personagens principais e secundários;

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Domínio da Escrita (ditado, cópia, produção de texto e escrita espontânea):

• Função da escrita na sociedade;

• Escrita convencional como forma de registro;

• Relação entre a escrita e a pronúncia;

• Escrita para registrar opiniões sobre fatos, textos e obras;

• Concordância verbal letras maiúsculas e minúsculas;

• Acentuação;

• Trabalhar com palavras do texto quanto à flexão dos substantivos;

• Concordância nominal;

• Tonicidade e acentuação;

• Som das palavras;

• Cópia;

• Ditado;

• Caligrafia;

• Escrita espontânea;

• Produção de texto;

• Diversidade textual;

• Conteúdos defasados e da série em que o aluno frequenta.

Matemática:

• Classificação, seriação e números;

• Relação entre quantidades;

• Seriação numérica;

• Registro de quantidade;

• Leitura e escrita de números;

• Noções de antecessor/sucessor, par/impar, igualdade/desigualdade,

crescente/decrescente;

• Agrupamento, trocas (sistema de numeração decimal);

• Operações e resolução de problemas;

• Seis operações básicas de 5ª a 8ª série (+, -, x, : , raiz quadrada e

potência);

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• Construção de algoritmos;

• Cálculo de metade, dobro, etc;

• Medidas de tempo e sequência temporal;

• Noção de valor;

• Unidade de medidas;

• Geometria (classificação de quadrado, retângulo, triângulo e círculo);

• Medidas relacionando com situações problemas;

• Conteúdos defasados e da série em que o aluno freqüenta.

AVALIAÇÃO

A Avaliação inicia-se no contexto escolar, para observação do desempenho dos

alunos, sendo analisado o relacionamento aluno professor, aluno/aluno e alunos e

saberes pedagógicos.

A avaliação será contínua, feita pelo professor durante a realização das atividades

em sala de aula e, em conjunto com os professores do ensino regular e equipe

pedagógica. Semestralmente, será elaborado um relatório de desempenho individual

fazendo uma reavaliação das áreas trabalhadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLANCO, L. Língua, linguagem, reflexão.Rio de Janeiro: SME, 2002.

BLANCO, L. e FERNANDEZ, S. Falando de integração. Rio de Janeiro: SME, 1997.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05/10/1988. Brasília: Senado Federal, 1988.

________. Lei no 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.

________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, 1998.

________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial - Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares, 1998.

UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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____________. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

www.novaescola.abril.com.br��

7.1.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CELEM

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Tanto a opção teórico-metodológica quanto o idioma a ser ensinado na escola,

não são neutros, mas marcados por questões político-econômicas e ideológicas, que

resultam do imperialismo de uma língua, o comprometimento com o plurilinguismo como

política educacional é uma das possibilidades de valorização e respeito à diversidade

cultural, pois é a comunidade escolar que define a Língua Estrangeira a ser ensinada.

Aprender um idioma é, sobretudo, aprender a apreciar uma cultura. O aluno, não

só tem o direito a aprender idiomas estrangeiros para estar preparado para os desafios da

vida neste mundo globalizado, como é mister, que seja um cidadão conhecedor de outras

línguas ou culturas para melhor entender o mundo ao seu redor.

No Estado do Paraná, fronteira com países do Mercosul como Argentina e

Paraguai a possibilidade de contatos culturais econômicos e sociais são mais frequentes;

e o CELEM, através dos seus cursos, é o que melhor propicia ao aluno da rede pública

esta oportunidade.

Os princípios educacionais que orientam esta escolha, estão baseados no respeito

à diversidade (cultural, identitária e lingüística) pautada no ensino de línguas que não

priorize a manutenção da hegemonia cultural, como acontece com a Língua Inglesa

atualmente; no resgate da função social e cultural da Língua Estrangeira no currículo da

Educação Básica; na garantia da equidade no tratamento das disciplinas de Língua

Estrangeira Moderna, no nosso caso o Espanhol, para atender as necessidades do

público alvo do CELEM. Portanto, segundo o documento de diretrizes curriculares da

SEED, a pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta esta abordagem: “A

valorização da escola como espaço social, democrático, responsável pela apropriação

crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações

sociais e para a transformação da realidade".

Neste sentido, supera-se a visão de ensino de LEM. Apenas como meio para se

atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua aprendizagem como

experiência de identificação social e cultural, ao postular os significados como externos

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aos sujeitos.

HISTÓRICO

O marco inicial do ensino da Língua Espanhol Reforma Capanema, em 1942,

quando o prestígio das Línguas Estrangeiras foi mantido no ginásio.

O Francês se apresentava ainda com uma ligeira vantagem sobre o Inglês e, o

Espanhol foi introduzido como matéria obrigatória alternativa ao ensino de Alemão.

Nesta época, o MEC preconizava que a disciplina de Língua Estrangeira deveria

contribuir, tanto para a formação do aprendiz, quanto para o acesso ao conhecimento e a

reflexão sobre as civilizações estrangeiras, e com isso, o Espanhol passou a ser permitido

oficialmente para compor o currículo do curso secundário, mesmo com a presença restrita

de imigrantes espanhóis no Brasil.

Conforme contextualiza Picanço (2003, p. 33),

O espanhol que até então não havia figurado como componente curricular,

é escolhido para compor programas oficiais do curso científico, que

pertencia à escola secundária. Na época, os conteúdos privilegiados pelos

professores de línguas vivas eram a literatura consagrada e noções de

civilização, ou seja, história e costumes do país onde se fala a língua

estrangeira. O espanhol , naquele momento, era indicado como a língua de

autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope de Veja. Ao mesmo

tempo, era a língua de um povo que (...) mesmo com importante

participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas

territoriais (...), não representava ameaça para o governo durante o Estado

Novo.

A Língua Espanhola foi valorizada porque representava para o Governo um

modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas tradições e a história nacional.

Mesmo com a valorização do Espanhol no Ensino Secundário, o ensino do Inglês

teve espaço garantido nos currículos por ser o idioma mais usado nas transações

comerciais, e porque a independência econômica do Brasil em relação aos Estados

Unidos se acentuou durante e após a Segunda Guerra Mundial.

Na década de 50, o ensino de humanidades foi substituído por um currículo cada

vez mais técnico, reduzindo a carga horária de Língua Estrangeira Moderna.

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A LDB 4.024 de 1961 criou os Conselhos Estaduais que deviam decidir sobre a

inclusão ou não da Língua Estrangeira nos currículos.

As teorias de aquisição de linguagem trouxeram grandes influências ao ensino de

Língua Estrangeira na década de 70.

Com a Lei 5692/71, o Governo Militar desobrigou a inclusão de Línguas

Estrangeiras nos currículos de 1º e 2º graus, argumentando que a escola não deveria se

prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural estrangeira.

Em 1975, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado quando a

disciplina se tornou novamente obrigatória, somente no segundo grau.

No Estado do Paraná, a partir da década de 1970, os professores de idiomas

estrangeiros, insatisfeitos com a reforma de ensino, para manter a oferta de Línguas

Estrangeiras nas escolas públicas e superar a hegemonia do Inglês, sugeriram a criação

do CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) que passou a oferecer aulas de

Inglês, Espanhol, Francês e Alemão aos alunos do contraturno.

Em 1982 foram incluídas no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

as línguas Espanhola, Italiana e Alemã.

O CELEM foi criado oficialmente em 15 de agosto de 1986, como forma de

valorizar as diversidades étnicas que marca a história paranaense.

A necessidade de conhecer a língua espanhola (uma das mais faladas

atualmente) e a opção feita pela maioria dos vestibulandos nas provas das universidades

do Estado já são motivos suficientes para justificar a abertura de novas turmas.

O domínio da língua mãe (o português) é uma obrigação. Conhecer outras línguas

é uma necessidade perante os desafios da globalização.

A língua espanhola apresenta algumas variantes específicas de alguns países e

diferenças culturais entre eles, que o professor deve ter conhecimento e repassar aos

seus alunos para mantê-los constantemente motivados.

A Literatura Espanhola e Hispano-americana, também deve ser contemplada

durante o curso com textos de obras dos autores mais conhecidos como: Miguel de

Cervantes, Frederico García Lorca, Camilo José Cela, Rubén Darío, Gabriel García

Márquez, Pablo Neruda, Gabriela Mistral, Augusto Roa Bastos, Juana Ibarburu, Jorge

Luiz Borges, Ernesto Sábato, Mario Benedetti, Octavio Paz entre outros.

A importância de estudar o melódico idioma de “Cervantes” se justifica também,

pelo fato de ser o 3º idioma (em número de falantes) mais falado no mundo, com cerca de

500 milhões de falantes em mais de 20 países.

Diante do acima exposto não podemos ignorar a importância do estudo do Idioma

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Espanhol pelos alunos do Ensino Fundamental e Médio como ferramenta para formar

cidadãos conscientes, com conhecimento de mundo adquirido através da aquisição de

outras línguas alem de sua língua materna.

Por isso, a Disciplina de Língua Espanhola foi projetada com base no PPP

(Projeto Político Pedagógico) da escola e respeitando o DCE (Diretrizes Curriculares do

Estado).

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Para o

trabalho das

práticas de

leitura,

escrita,

oralidade e

análise

lingüística,

serão

adotados

como

conteúdos

básicos os

gêneros

discursivos

conforme

suas esferas

sociais de

circulação.

Caberá ao

professor

fazer a

seleção de

gêneros em

conformidade

- Tema do texto

- Interlocutor

- Finalidade do

texto

- Aceitabilidade do

texto

- Informatividade

- Situcionalidade

- Intertextualidade

- Temporalidade

- Referência textual

- Partículas

conectivas do texto

- Discurso direto e

indireto

- Elementos

composicionais do

gênero;

- Emprego do

sentido conotativo

e denotativo no

texto;

- Palavras e/ou

expressões que

detonam ironia e

LEITURA

É importante que o

professor:

- Propicie práticas de

leitura de textos de

diferentes gêneros;

- Considere os

conhecimentos prévios

dos alunos;

- Formule

questionamentos que

possibilitem inferências

sobre o texto;

- Encaminhe discussões

e reflexões sobre: tema,

intenções,

intertextualidade,

aceitabilidade,

informatividade,

situcionalidade,

temporalidade, vozes

sociais e ideologia;

- Proporcione análise

LEITURA

- Realização de

leitura compreensiva

do texto;

- Localização de

informações

explícitas e implícitas

no texto;

-Posicionamento

argumentativo;

- Ampliação do

horizonte de

expectativas;

- Ampliação do

léxico;

- Percepção do

ambiente no qual

circula o gênero;

- Identificação da

idéia principal do

texto;

- Análise das

intenções do autor;

- Identificação do

� ���

com as

característica

s da escola e

com o nível

de

complexidad

e adequado a

cada uma

das séries.

humor no texto;

- Polissemia

- Marcas

linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no

texto, pontuação,

recursos gráficos

(como aspas,

travessão, negrito),

figuras de

linguagem.

- Léxico

ESCRITA

- Tema do texto

- Interlocutor

- Finalidade do

texto

- Aceitabilidade do

texto

- Informatividade

- Situcionalidade

- Intertextualidade

- Temporalidade

- Referência textual

para estabelecer a

referencia textual;

- Conduza leituras para a

compreensão das

partículas conectivas;

- Contextualize a

produção: super/fonte,

interlocutores, finalidade,

época;

- Utilize textos não-

verbais diversos: gráficos,

fotos, imagens, mapas e

outros;

- Relacione o tema com o

contexto atual;

- Oportunize a

socialização das idéias

dos alunos sobre o texto;

- Instigue o

entendimento/reflexão

das diferenças decorridas

do uso de palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo e denotativo,

bem como de expressões

que denotam ironia e

humor;

- Estimule a ampliação de

leituras sobre o tema e o

gênero propostos;

- Acompanhe a produção

do texto;

- Acompanhe e

encaminhe a reescrita

textual: revisão dos

tema;

- Dedução dos

sentidos de palavras

e/ou expressões a

partir do contexto;

- Compreensão das

diferenças decorridas

do uso de palavras

e/ou expressões no

sentido conotativo e

denotativo;

-Reconhecimento de

palavras e/ou

expressões que

estabelecem a

referência textual;

ESCRITA

- Expressão de idéias

com clareza;

- Elaboração de

textos atentendo:

- às situações de

produção propostas

(gênero, interlocutor,

finalidade...);

- à continuidade

temática;

- Diferenciação do

contexto de uso da

linguagem formal e

informal;

- Uso de recursos

textuais como:

� ���

- Partículas

conectivas do texto

- Discurso direto e

indireto

- Elementos

composicionais do

gênero

- Emprego do

sentido conotativo

e denotativo no

texto

- Palavras e/ou

expressões que

detonam a ironia e

humor no texto;

- Polissemia;

- Marcas

linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no

texto, pontuação,

recursos gráficos

(como aspas,

travessão, negrito),

figuras de

linguagem.

- Acentuação

gráfica

- Ortografia

- Concordância

verbal/nominal

ORALIDADE

argumentos, das idéias,

dos elementos que

compõe o gênero;

-Instigue o uso de

palavras e/ou expressões

no sentido conotativo e

denotativo, bem como de

expressões que denotam

ironia e humor;

- Estimule produções em

diferentes gêneros;

- Conduza a uma reflexão

dos elementos

discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o

professor:

- Organize apresentações

de textos produzidos

pelos alunos levando em

consideração à

aceitabilidade,

informatividade,

situcionalidade, finalidade

do texto;

- Oriente sobre o contexto

social de uso do gênero

oral selecionado;

- Prepare apresentações

que explorem as marcas

lingüísticas típicas da

oralidade em seu uso

coesão e coerência,

informatividade,

intertextualidade,

etc.;

- Utilização adequada

de recursos

lingüísticos como:

pontuação, uso e

função do artigo,

pronome,

substantivo, etc.

- Emprego de

palavras e/ou

expressões no

sentido conotativo e

denotativo, bem

como de expressões

que indicam ironia e

humor, em

conformidade com o

gênero proposto;

- Pertinência do uso

dos elementos

discursivos, textuais,

estruturais e

normativos.

-Reconhecimento de

palavras e/ou

expressões que

estabelecem a

referencia textual;

ORALIDADE

- Utilização do

� ���

- Conteúdo

temático

- Finalidade

- Aceitabilidade do

texto

- Informatividade

- Papel de locutor e

interlocutor

- Elementos

extralingüísticos,

entonação,

expressões facial,

corporal e gestual,

pausas.

- Adequação do

discurso ao gênero

- Turnos de fala

- Variações

linguísticas

- Marcas

linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição,

semântica.

- Adequação da

fala ao contexto

(uso de conectivos,

gírias, repetições,

etc.).

- Diferenças e

semelhanças entre

o discurso oral ou

escrito.

formal e informal;

- Estime contação de

historias de diferentes

gêneros, utilizando-se

dos recursos

extralinguísticos, com:

entonação, expressões

facial, corporal e gestual,

pausas e outros;

- Selecione discursos de

outros para análise dos

programas infanto-

juvenis, entrevistas,

reportagem entre outros.

discurso de acordo

com a situação de

produção

(forma/informal);

- Apresentação de

idéias com clareza;

- Compreensão de

argumentos no

discurso do outro;

- Exposição objetiva

de argumentos;

-Organização da

seqüência da fala;

- Participação ativa

em diálogos, relatos,

discussões, quando

necessário em língua

materna, etc.;

- Utilização

consciente de

expressões faciais,

corporais e gestuais,

de pausas e

entonação nas

exposições orais,

entre outros

elementos

extralinguísticos.

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GÊNEROS DISCURSIVOS COMO PRÁTICA SOCIAL

1º ANO

• Cotidiana:

- Álbum de Família

- Carta Pessoal

- Comunicado

- Exposição Oral

- Músicas

- Provérbios

- Receitas

- Relatos de experiências vividas

- Trava – línguas

• Literária / Artística:

- Autobiografia

- Biografias

- Contos

- Fábulas

- Letras de Músicas

- Poemas

- Romances

- Textos Dramáticos

• Científica:

- Artigos

- Debates

- Pesquisas

- Relatórios

• Escolar:

- Cartazes

- Diálogo / Discussão argumentativa

- Relatório

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GÊNEROS DISCURSIVOS COMO PRÁTICA SOCIAL

2º ANO

• Cotidiana:

- Adivinhas

- Anedotas

- Bilhetes

- Cartão

- Cartão Postal

- Causos

- Fatos

- Piadas

- Provérbios

- Quadrinhos

• Literária / Artística:

- Contos de Fadas

- Contos de fadas Contemporâneos

- Crônicas de Ficção

- Haicai

- Narrativas diversas

- Paródias

- Pinturas

• Científica:

- Conferência

- Palestra

- Relatos Históricos

- Verbetes

• Escolar:

- Ata

- Debate Regrado

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- Resenha

- Relato Histórico

- Textos Argumentativos

- Seminários

- Resumo

METODOLOGIA

O trabalho a ser desenvolvido com a língua espanhola segue uma abordagem

discursiva, onde a língua é vista como instrumento de interação, investigação,

interpretação, reflexão e construção. Nessa concepção, levar-se-á em consideração a

realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos e respeitando suas

necessidades e características individuais.

Esse trabalho em sala de aula, parte do entendimento do papel das línguas na

sociedade, como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas

estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender

o mundo e construir significados.

O conteúdo “Discurso como prática social” é o ponto de partida para abordar

questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas de

uso da linguagem, oralidade e escrita.

Se buscará nas aulas de língua espanhola, a abordagem de vários gêneros

textuais, com a análise: da função do gênero estudado; sua composição, a distribuição de

informações; o grau de informação presente nele; a intertextualidade; os recursos

coesivos; a coerência e somente depois de tudo isso a gramática em si. Nesta

abordagem, o ensino deixa de priorizar a gramática, sem no entanto, abandona-la.

Considera-se importante que o aluno tenha acesso a textos de vários gêneros:

publicitário, jornalísticos, literários, informativos, de opinião e outros. Ele precisa discernir

entre a estrutura de uma bula de remédio e um poema, por exemplo, e identificar as

diferenças estruturais e funcionais, a autoria e o público a que se destina.

A reflexão crítica será baseada com contato com textos verbais e não verbais.

A produção de textos (escrita) se fará a partir do contato com outros textos que

servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.

No trabalho pedagógico com textos se buscará uma problematização e a busca

por sua solução para que o aluno, despertado seu interesse, desenvolva uma prática

analítica e crítica.

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Na abordagem da leitura discursiva parte-se dos conhecimentos existentes na

memória do leitor os quais são articulados e relacionados às informações materializadas

no texto; valorizando o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos.

O papel do professor é importante pela forma como encaminha o trabalho em

sala de aula. Os significados serão mais ou menos problematizados, ou as possibilidades

de construção de sentidos percebidas como mais ou menos significativas, e assim, os

alunos devem entender que ao interagir com a língua ou na língua, interagem com

pessoas específicas.

Para entender um enunciado deve-se ter em mente quem disse o quê, para

quem, onde, quando e porque. Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar

em conta, principalmente o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as

necessidades regionais, que levem o educando a criar significados.

O trabalho com a produção de textos na aula de Língua Estrangeira Moderna

precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no qual escreve-se

sempre para alguém de quem se constrói uma representação. Conforme Bahktin “ um

discurso nasce de outros discursos e se produz para um outro sujeito, sendo que este

outro é construído imaginariamente pelo sujeito autor” (Apud MUSSALIN, 2004, p.250).

A escrita será vista como uma atividade sócio interacional e significativa, pois em

situações reais de uso escreve-se sempre para alguém, ou para um alguém de quem se

constrói uma representação.

Com relação à literatura, ao propor os textos literários aos alunos, se fará

atividades que colaborem para que os mesmos analisem os textos e os percebam como

prática social de uma sociedade em um determinados contexto sociocultural.

A finalidade básica é formar cidadãos com conhecimentos gerais, dentro das leis

11.645/03/2008 (História e Cultura Afro indígena) e a lei 9795/99 (Do meio ambiente) .

Buscar-se-á a articulação com as demais disciplinas para relacionar os vários

conhecimentos, fazendo com que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas

estão relacionados.

Para viabilizar a metodologia proposta serão desenvolvidas as seguintes

atividades: Cartas comerciais, pedidos, requerimentos, ofícios, curriculum vitae, contratos,

relatórios, diálogos em situações reais de compra e venda, numerais e sua utilização

comercial.

LEITURA:

- Considerar os conhecimentos prévios dos alunos.

- Formular questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto.

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-Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia.

- Proporcionar análise para estabelecer a referência textual.

- Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas.

- Contextualizar a produção: super/fonte, interlocutores, finalidade, época.

- Utilizar textos não verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros.

- Relacionar o tema com o contexto atual.

- Oportunizar a socialização das idéias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA:

- Finalidade do texto.

- Interlocutor.

- Referência textual.

- Partículas conectivas do texto.

- Discurso direto e indireto.

- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto.

- Polissemia.

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais.

- Acentuação gráfica.

- Ortografia.

- Concordância verbal e nominal.

- Entendimento e reflexão sobre o texto.

- Acompanhar a produção do texto.

- Acompanhar e encaminhar a reescrita textual.

- Estimular a produção em diferentes gêneros.

- Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE:

- Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em

consideração a aceitabilidade, informatividade, expressões que estabelecem a referência

textual;

- Papel do locutor e do interlocutor

- Elemento extralingüístico, entonação, expressão facial, corporal e gestual.

- Adequação do discurso ao gênero;

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- Turno de fala.;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições e etc);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Para desenvolvimento da metodologia descrita acima, serão utilizados os

seguintes materiais e recursos disponíveis:

- Utilização de materiais audiovisuais (músicas, filmes, DVDs, CDs, informativos,

jornais, revistas;

- Leitura de livros infantis e juvenis;

- Dramatizações, simulações e jogos ;

- Estudo das diferentes culturas hispano-americanas;

- Uso da tv pendrive, para enriquecimento dos conteúdos culturais e históricos,

costumes e tradições.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um elemento do processo de ensino aprendizagem que deve ser

considerado em direta associação com os demais. A avaliação informa ao professor o que

foi aprendido pelo estudante, informa ao estudante quais são seus avanços, dificuldades

e possibilidades; encaminhando o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua

prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para

que o estudante aprenda. Possibilita também a equipe escolar definir prioridades em suas

ações educativas.

Em língua espanhola, são muitas as formas de avaliação possíveis: individual,

coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a

observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos alunos, as

respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, as provas, que muitas vezes

são entendidas como a única forma de avaliação possível, perdendo-se a perspectiva da

avaliação como elementos muito mais abrangentes.

Quanto à compreensão escrita o aluno deverá ser capaz de:

- Demonstrar compreensão geral dos tipos de textos variados, apoiado em

elemento icônico (gravura, tabelas, fotografias, desenhos);

- Selecionar informações específicas do texto;

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- Demonstrar conhecimento da organização textual por meio do reconhecimento

de como a formação é apresentada no texto, atentando para as tipologias;

- Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto;

- Demonstrar conhecimento sistêmico necessário para o nível de conhecimento

fixado para o texto;

A avaliação é trimestral, envolvendo vários tipos de trabalhos e provas escritas e

orais.

As avaliações propostas estão coerentes com a concepção de avaliação da LDB,

DCE , com o PPP e Regimento Interno da Escola.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Curso de Lengua Española 2ª edição. São Paulo – SP.

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y médio. Editora Saraiva.

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Editora Ao Livro Técnico. Madrid. 1995.

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5. Español para todos. Equipe de professores da Universidade de Salamanca. Editora

Ática . São Paulo – SP.

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7. MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. (org.) Introdução à lingüística 2: domínios e

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8. PICANÇO, D. C. L. História, memória e ensino de espanhol (1942-1990). Curitiba:

UFPR, 2003.

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9. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO da Escola Estadual Érico Veríssimo.

10.SANCHEZ, Aquilino, ESPINET, Maria Teresa, Cantos Pacual – “Cumbre” Editora

SGEL S/A.

7.2. Proposta Pedagógica das atividades do Programa Viva a Escola

7.2.1. Esporte na escola

• Data Criação: 16/10/2009

• NRE: LARANJEIRAS DO SUL

• Município: LARANJEIRAS DO SUL

• Escola: ERICO VERISSIMO, E E - E FUNDAMENTAL

• Porte: De 361 a 760 alunos

• IDEB: 4,6

JUSTIFICATIVA

O esporte ocupa atualmente um lugar de enorme importância na vida do

educando. Até pouco tempo seu acesso era restrito a uma pequena minoria. Há um

reconhecimento de que essas atividades representam um fato de promoção social, pois

são considerados fundamentos de uma melhor qualidade de vida. A atividade prática

esportiva: de Tênis de mesa, Voleibol, futsal e Xadrez, deverá propor em contra turno, as

condições necessárias para a prática esportiva. Atendendo às necessidades

socioeducativas dos participantes, alunos com vulnerabilidade social, e maior

participação, garantindo a sua permanência na escola. Contribuindo assim, para a

melhoria da qualidade de vida de nossos alunos.

Devendo salientar, que inúmeros trabalhos científicos no campo da medicina

desportiva nos permitem afirmar que a prática de uma atividade física sistematizada tem

um papel fundamental na melhora da qualidade de vida, atuando como agente preventivo

contra diversas moléstias, entre estas, as diabetes, doenças cardiovasculares e

respiratórias e doenças neuro-degeneretivas. Mais que elevar o nível de saúde das

pessoas, o esporte é uma ferramenta eficaz para a formação do cidadão; auxiliando no

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desenvolvimento de importantes características como: sociabilidade, auto-estima, auto-

controle, respeito e companheirismo.

CONTEÚDO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Esporte: Entendido como uma atividade teórico-prática é um fenômeno social

que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma ferramenta de

aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em

suas relações sociais. Pode ser entendido, apreendido, refletido e reconstruído como um

conhecimento que constitui um acervo cultural, acessível ao aluno.

• Jogos e brincadeiras: São pensados de maneira complementar, compõem um

conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

. Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua

evolução, seu contexto atual, mudanças ocorridas no decorrer da história;

. Aprender as regras e os elementos básicos do esporte;

. Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

. Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos.

. Propor a vivência dos fundamentos das diversas modalidades esportivas e de

atividades pré-desportivas. Compreender o sentido da competição esportiva;

. Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal,

como: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como, os benefícios e

os malefícios do mesmo à saúde.

. A interferência da mídia sobre o esporte;

. Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas;

. Possibilitar a vivência e confecção/construção coletiva dos jogos, de brinquedos,

jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos.

. Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte.

. Estudar os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.

OBJETIVOS

O Programa Viva Escola: Esporte na Escola, busca:

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. Democratizar a prática do esporte,oportunizando a todos o acesso com igualdade

e qualidade, conscientes de seus direitos e deveres.

. Promover a inclusão e a socialização dos alunos;

. Oportunizar a prática esportiva sem privilegiar habilidade motora;

. Possibilitar a vivência e experimentação de diversas modalidades esportivas;

. Propiciar promoção humana para cidadania;

. Despertar o gosto pela prática dos esportes.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O programa Esporte na Escola busca desenvolver uma metodologia centrada na

práxis, organizando e sistematizando o conhecimento sobre as práticas corporais,

possibilitando a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo

pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa aprimora as aulas e amplia o conjunto

de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e

nas reflexões.

O trabalho realizado se constitui pela expressão do corpo, o aprendizado das

técnicas próprias do Futsal, Voleibol, Tênis de mesa, Xadrez e Atletismo e a reflexão

sobre o movimento corporal. A partir desse encaminhamento, é possível problematizar

questões que surgem no decorrer da prática. Pode-se potencializar o trabalho específico

vinculando-os com os princípios da cooperação, da responsabilidade, do respeito e da

autonomia. Nesta direção, o professor propõe na sua proposta pedagógica, a

investigação e a pesquisa, pois sabemos que é preciso levar em conta, inicialmente,

aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma

primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e

mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. Após o breve

mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor propõe desafios

remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos

prévios. Posteriormente, o professor apresenta aos alunos o conteúdo sistematizado, para

que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo assim, as

atividades relativas a apreensão do conhecimento através da prática corporal. Ainda

neste momento, o professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias, para que o

jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos estabelecidos.

Finalizando a aula ou um conjunto de aulas, o professor solicita aos alunos que

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criem outras variações de jogo, vivenciando-as. Neste momento, é possível também a

efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de

ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à

prática realizada.

Essa metodologia pretende ir além do conjunto de conhecimentos específicos

dos esportes. O recorte do conteúdo investigado deve buscar a interação dos alunos com

e no processo de produção do conhecimento, tornando-os sujeitos da história capazes de

compreender o mundo a partir da sua ampliação. Prioriza-se na prática pedagógica o

conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaboração de idéias e atividades

que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade

e suas implicações para a vida. Serão considerados os aspectos técnicos das

modalidades: Os fundamentos dos jogos; as situações decorrentes da utilização desses

fundamentos e os exercícios elaborados para a aprendizagem e o treinamento dos

fundamentos e das situações. Cada fundamento será abordado separadamente e, em

seguida, junto com os outros, dando-se ao aluno condições de atingir gradativamente os

objetivos propostos.

A metodologia a ser utilizada procura contribuir para que os alunos se tornem

sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

INFRA-ESTRUTURA

Local com quadra coberta para atender às duas aulas semanais, com uma

hora/aula de duração para cada categoria do Programa.

Local para a realização dos relatórios e planejamentos (sala com computador e

internet).

Local para guardar os materiais.

RESULTADOS ESPERADOS:

Espera-se alcançar a formação cidadã dos alunos, a integração com a escola e

comunidade e o desenvolvimento de outras habilidades para sua formação;

Educar e socializar através do esporte;

Reduzir a evasão escolar;

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Melhora no desempenho das atividades esportivas;

Respeito às regras e trabalho em equipe;

Melhora no desempenho escolar e disciplina;

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

O projeto será desenvolvido com uma turma de no máximo 20 alunos em contra-

turno no período da tarde, nas segundas e quarta-feira. Poderão participar os alunos que

estudam no período da manhã e que possuem disponibilidade nos horários mencionados

e que tenham interesse em aprimorarem suas habilidades , observando as necessidades

sócio-educacionais de cada alunos participante da atividade.

AVALIAÇÃO

Alunos com baixo rendimento escolar, como alternativa de desenvolvimento de

potencialidades;

Alunos com problemas de frequência, de forma a incentivá-los a participar das

atividades escolares;

Alunos que desejarem fazer as aulas.

7.2.2. Investigação Científica

• Data Criação: 19/10/2009 NRE: LARANJEIRAS DO SUL

• Município: LARANJEIRAS DO SUL

• Escola: ERICO VERISSIMO, E E - E FUND Porte: De 361 a 760 alunos

JUSTIFICATIVA

Em nossos tempos, é sabido que a base da educação escolar é a pesquisa e não

a aula ou o simples contato entre professor e aluno. Esta é tida como princípio científico e

educativo e deve tornar-se o ambiente didático cotidiano no professor e no aluno, desde

logo para desfazer a expectativa arcaica de que pesquisa é coisa especial, de gente

especial (DEMO, 2002).

O trabalho com projetos de pesquisa proporciona ao aluno aprender coisas que

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têm relação com a sua vida, sugerindo ao professor uma postura diferenciada para a sua

prática pedagógica. Nesse contexto, o papel do professor, além do que faz no seu

cotidiano, passa ser também o de motivador/orientador/consultor, pois através dele, o

aluno será motivado a tomar iniciativa, apreciar a leitura e a frequentar bibliotecas, buscar

dados e encontrar fontes, vai aprender a duvidar, a perguntar, a querer sempre mais e

melhor. O aluno precisa também ser motivado a ter autonomia em seu pensamento, a

formular conceitos próprios, dentro do seu processo cognitivo, ter leitura e escrita crítica,

capacidade de expressão, de construir seu próprio espaço. “Precisa deixar de ocupar a

posição de aluno-objeto, que só escuta a aula e a reproduz em prova, e passar a ser o

aluno-sujeito, que é aquele que trabalha com o professor, contribui para reconstruir

conhecimento, busca inovar a prática, participa ativamente em tudo”. (DEMO, 2002, p.30)

Podemos ainda, considerar segundo SCHENETZLER apud STANGE, (2004, p.7)

que “a aprendizagem é um processo idiossincrático do aluno (e ele deve ser informado

disso para se sentir responsável pelo seu processo), nós professores, não podemos

garantir a aprendizagem do aluno, mas sim, devemos, pois esta é a nossa função social,

criar as condições para facilitar a ocorrência da aprendizagem significativa em nossos

alunos”. Uma das possibilidades de proporcionar o acesso a informação e de direcionar

as normalidades para uma melhor aprendizagem, são os projetos de pesquisa.

CONTEÚDOS

A pesquisa constitui um dos mais relevantes processos de construção do

conhecimento.

De acordo com PARANÁ (2006), a escola deve se fazer um espaço de pesquisa,

de construção e reconstrução do conhecimento, promovendo a articulação entre o

conhecimento elaborado e os temas da vida cidadã. É salutar levar em consideração

também as Diretrizes Curriculares para o Ensino de Ciências, expondo a importância do

ensino de Ciências nos dias de hoje: “O ensino de Ciências, na atualidade tem o desafio

de oportunizar a todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que

propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos relacionados à vida, a diversidade

cultural, social e da produção científica.” Nessa perspectiva, o educar pela pesquisa

DEMO (2002), “torna-se essencial, podendo e devendo ser estimulada nas salas de aula,

em todas as disciplinas, na intenção de oportunizar ao aluno, meios de formação desse

sujeito”.

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Dentro do trabalho com projetos de pesquisa poderão ser contemplados todos os

Conteúdos Estruturantes da disciplina de Ciências ( Astronomia, Matéria, Sistemas

Biológicos, Energia e Biodiversidade). Os temas de pesquisa das equipes a serem

formadas, estarão norteados nos conteúdos básicos e específicos da disciplina de

Ciências, obedecendo o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno participante do

projeto.

OBJETIVOS

1. Oportunizar aos alunos, demonstrarem através de projetos de pesquisa, a sua

criatividade, o desenvolvimento da capacidade de raciocínio lógico, sua capacidade de

pesquisa e investigação, bem como a disseminação dos conhecimentos científicos

adquiridos, tomando como base os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos da

disciplina de Ciências;

2. Capacitar e instruir os alunos na forma de usar a Internet em suas pesquisas;

3. Orientar os alunos sobre a forma correta de se realizar uma pesquisa, e quais são os

passos necessários para a sua execução;

4. Despertar no aluno o interesse pelos problemas do seu cotidiano, fazendo deles o seu

tema de investigação;

5. Desenvolver no aluno a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades, bem como a formação de atitudes e valores;

6. Incentivar o uso da Internet e de novas metodologias de ensino;

7.Inserir a modelagem como uma nova metodologia de ensino.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O trabalho com projetos de pesquisa científica, com posterior divulgação a toda a

comunidade escolar, proporciona ao aluno aprender coisas que tem relação com a sua

vida, sugerindo ao professor uma postura diferenciada para a sua prática pedagógica.

Nesse sentido, ao se trabalhar com projetos de pesquisa, obrigatoriamente são utilizados

recursos como a LINGUAGEM, A LEITURA, A ESCRITA. O trabalho com projetos de

pesquisa é realizado em várias etapas, seguindo os seguintes encaminhamentos

metodológicos:

1. Formação dos alunos para a pesquisa, utilizando o Manual de |Orientação para

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a pesquisa.

2. Formação dos grupos de pesquisa e definição dos temas de pesquisa ( livre

opção dos alunos).

3. Elaboração dos projetos de pesquisa científica e seleção das fontes de

pesquisa.

4. Execução do projeto de pesquisa, utilizando principalmente a Internet como

fonte e meio de pesquisa. Nesse momento, a construção de maquetes, utilizando a

modelagem será essencial para a apresentação dos projetos científicos.

5. Planejamento da Exposição Científica como forma de divulgar os resultados da

pesquisa científica a toda a comunidade escolar.

6. Elaboração de um Jornal de Divulgação da Exposição, utilizando os recursos

que o computador oferece.

7. Elaboração de um Caderno de Resumos de todos os projetos científicos.

INFRAESTRUTURA

O projeto de incentivo à pesquisa científica aliada ao uso da internet, será

realizado na Escola Estadual Érico Veríssimo, e utilizará como espaço físico o Laboratório

Digital da escola, pois os computadores serão essenciais para a realização das

pesquisas, elaboração e digitação dos projetos de pesquisa científica, do Jornal de

Divulgação e do Caderno de Resumos. Será utilizada também uma sala de aula para as

aulas de modelagem, durante a confecção das maquetes e modelos.

RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que o trabalho com projetos de pesquisa e sua posterior divulgação,

possa:

1. Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, estimulando nos alunos o

interesse pela leitura e o desenvolvimento da pesquisa científica.

2. Identificar as causas de desinteresse dos alunos em relação a seu aprendizado,

bem como as causas do fracasso escolar.

3. Constituir uma estratégia de renovação do ensino.

4. Possibilitar ao aluno o acesso ao conhecimento de diferentes fontes de

informação para estudos e planejamentos futuros, principalmente no que diz respeito ao

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uso da Internet como fonte de pesquisa.

5. Despertar no aluno a curiosidade por temas científicos e o interesse pelas

disciplinas científicas.

6. Desenvolver no aluno a capacidade de resolver problemas e de tomar decisões,

bem como, habilidades motoras utilizadas no momento da modelagem.

7. Garantir o acesso às informações e inovações científicas a todos, sem

distinção de nível social.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

O projeto será desenvolvido com uma turma de no máximo 20 alunos em contra-

turno no período da tarde, nas segundas e quarta-feira. Poderão participar os alunos que

estudam no período da manhã e que possuem disponibilidade nos horários mencionados

e que tenham interesse em aprender a elaborar projetos de pesquisar científica e

aprender a pesquisar, observando as necessidades sócio-educacionais de cada aluno

participante da atividade.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Projeto Político Pedagógico indica o rumo que a escola deve

percorrer, correspondendo às tomadas de decisões pelos agentes escolares que o

concebem, planejam, executam, e avaliam , tendo por base a organização do trabalho

escolar de forma integral. É, portanto, um instrumento teórico – metodológico que a

escola elaborou de forma coletiva com a participação da comunidade escolar, em busca

de um caminho que remeterá à realização da melhor maneira possível da função

educativa. Ele assume características próprias, pois nasce da própria realidade, tendo

como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais

problemas aparecem; é exequível e prevê as condições necessárias ao desenvolvimento

e à avaliação; representa uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da

escola; é construído continuamente, pois é produto e também processo.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1992.

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Editora Saraiva, 2008.

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1998.

38. VIÑAO FRAGO, F.; ESCOLANO, Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura

como programa. Belo Horizonte - MG: DP&A, 2001.

39. VYGOTSKY, L. S. (1989). Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

________ . (1988). A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes.

40. VYGOTSKY, L. S. et al. (1988). Linguagem, desenvolvimento e Aprendizagem.

São Paulo: Ícone. Ed. da Universidade de São Paulo.

41. YONG, MICHAEL F. D. O currículo do futuro: da nova sociologia da educação a

uma teoria crítica do aprendizado. Campinas: Papirus, 2000.

42. ZABALA,MIGUEL ANGEL. Qualidade em educação infantil. Tradução de Beatriz

Affonso Neves. Porto Alegre: ARTMED, 1998.

SITES CONSULTADOS:

1. Dia-a-dia Educação - Educadores - www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

2. www.ipeadata.gov.br

3. www.pnud.org.br/pobreza.

4. www.inep.gov.br/imprensa/noticias/ideb/news10_01.htm

5. www.diaadia.pr.gov.br/nre/laranjeirasdosul/

10. ANEXOS

10.1. MATRIZ CURRICULAR

Município: Laranjeiras do Sul Estabelecimento: Érico Veríssimo, E.E- E. FUND. Período letivo: 2010 Curso: Ensino Fundamental de 5/8 série

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Código Matriz: 67947

Nome da Disciplina (Código SAE)

Composição Curricular Série/Carga Horária

6ª 7ª 8ª

ARTE (704)* BNC 2 2 2 2

CIÊNCIAS (301)* BNC 3 3 4 3

EDUCAÇÃO FÍSICA (601)* BNC 3 3 3 3

ENSINO RELIGIOSO (7502)** BNC 1 1 0 0

GEOGRAFIA (401)* 3 3 3 3

HISTÓRIA (501)* BNC 3 3 3 3

LÍNGUA PORTUGUESA (106)* BNC 4 4 4 4

MATEMÁTICA (201)* BNC 4 4 4 4

LEM – INGLÊS (1107)* PD 2 2 2 2 BNC – Base Nacional Comum

PD – Parte Diversificada

*Disciplinas Obrigatórias ao aluno

**Disciplina Optativa ao aluno

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10.2. CALENDÁRIO ESCOLAR

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOAnexo da Resolução N º 3587/09 – GS/SEED

Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia);

Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 63 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 23

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 3131

15 Recesso Escolar

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 1 2 3 4 54 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 21

11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30

30 31

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 44 5 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 16 5 6 7 8 9 10 11 21

11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 20 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 16

10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131

Férias Discentes Férias/Recessos/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro / férias 30

fevereiro 7 abril/julho/agost./rec. 23Dias letivos 200 julho/agosto 28 dez/reces. 9

dezembro 9Total 75 Total 62

Início/TérminoPlanejamento e Replanejamento FériasRecesso

Formação Continuada Reunião PedagógicaSemana Cultural

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2010

1 Dia Mundial da Paz 27 Reunião Pedagógica

16 Carnaval 17 Cinzas

2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi

05 a 09 Semana Cultural 14 Término do 1º Trimestre 4 Reunião Pedagógica

21 Tiradentes 8 OBMEP – 1ª fase

10 Replanejamento 7 Independência

10 Término do 2º Trimestre

11 OBMEP – 2ª fase

11 Feriado 1 Reunião pedagógica 19 Emancipação Política do PR

12 N. S. Aparecida 2 Finados 22 Término 3° Trimestre e à Noite - Conselho de Classe

14 Reun. Pedag. à noite 15 Proclamação da República 25 Natal

15 Dia do Professor 20 Dia Nacional da Consc. Negra

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10.3. PLANO DE ESTÁGIO

Professor orientador e/ou pedagogo:

Justificativa

Em cumprimento a Instrução Nº 006/2009 emanada da Superintendência da

Educação e Secretaria Estadual da Educação a qual orienta os procedimentos do Estágio

dos estudantes da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, do Ensino Médio, da

Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na modalidade Profissional

da educação de Jovens e Adultos, considerando a LDBEN nº 9.394/1996; a Lei nº

11.788/2008, que dispõe sobre o estágio dos estudantes; a Lei nº 8.069/1990, que dispõe

sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente; a Deliberação nº 02/2009 – do Conselho

Estadual de Educação e a necessidade de explicitar as normas para a organização de

estágio de alunos que estejam frequentando o ensino em instituições de educação acima

descritas, esta instituição de ensino propõem o referido Plano de Estágio obrigatório e do

estagio não-obrigatório.

Nessa perspectiva entende-se que o estágio é o ato educativo escolar supervisionado,

desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às

exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do

educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo. O estágio poderá ser

Profissional obrigatório ou Profissional não-obrigatório.

As atividades de estágio, previstas e desenvolvidas nos cursos serão consideradas

como parte do currículo, prevista no Projeto Politico Pedagógico, na Proposta Curricular

do Curso e no Regimento Escolar da instituição de ensino.

Objetivos do estágio:

Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas

ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educativo.

Local de realização do estágio obrigatório:

Carga horária e período de realização de estágio obrigatório:

Atividades de estágio:

As atividades estão vinculadas as possibilidades de: integração social, uso de novas

tecnologias, produções de textos, aperfeiçoamento do domínio de cálculo,

aperfeiçoamento da oralidade e a compreensão das relações do mundo do trabalho.

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Atribuições da instituição de ensino:

I- indicar professor/ orientador como responsável pelo acompanhamento e avaliação das

atividades do estágio;

a) coordenador de estágio para os estágios obrigatórios;

b) coordenador de curso para os estágios não-obrigatórios, quando o estudante estiver

matriculado em Educação Profissional Técnica de Nível Médio; c) professor pedagogo,

quando o estudante estiver matriculado no Ensino Médio, inclusive na modalidade de

Educação de Jovens e Adultos, na Educação Especial e nos Anos Finais do Ensino

Fundamental, na Modalidade Profissional da Educação de Jovens e Adultos.

Atribuições do Coordenador de Curso, Coordenador de Estágio, Professor

orientador de Estágio, Supervisor de estágio(Enfermagem)

I- solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de Compromisso, sobre a

avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário,

levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento

de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do

trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;

II- exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em prazo não

superior a 6(seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades desenvolvidas nesse

período;

III- auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de relatório

das atividades;

IV- elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus

estudantes;

V- esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário Escolar;

VI- planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizados pelo estagiário;

VII- proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão

de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante

relatório;

VIII- zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

IX- observar se o número de horas estabelecidas para o estágio não-obrigatório

compromete o rendimento escolar do estudantes e, neste caso, propor uma revisão do

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Termo de Compromisso.

Atribuições da parte concedente:

1. Considerar-se-ão partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade

jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente

registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.

2. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:

I- celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;

II- celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;

III- a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades

de aprendizagem social, profissional e cultural;

IV- indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência

profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário para orientar e

supervisionar até 10(dez) estagiários simultaneamente;

V- contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice

seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso de

Estágio nos casos de estágios não-obrigatório;

a) no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra

acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição

de ensino;

VI- entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do

desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos

períodos e da avaliação de desempenho;

VII- relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário

responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista do

estagiário e com periodicidade mínima de 6(seis) meses;

VIII- a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.

Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente:

Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a

instituição de ensino:

a) tomar conhecimento do Termo de Compromisso;

b) orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de

Estágio;

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c) preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;

d) manter contato com o Professor orientador da escola;

e) propiciar instalações e ambientes favoráveis à aprendizagem social, profissional e

cultural dos alunos;

f) encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à

instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

Atribuições do estagiário:

Considerando a Concepção de Estágio, o estagiário deverá:

I- ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente

como na instituição de ensino;

II- celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de

ensino;

III- respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino;

IV-associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;

V- realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não

previstas no plano de estágio;

VI- entregar relatórios de estágio no prazo previsto.

Forma de acompanhamento de estágio

Celebrando um Termo de Compromisso de Estágio, estipulando entre si as

cláusulas e condições, com vistas ao estágio obrigatório e não-obrigatório. Estando de

pleno acordo com os seus termos, as partes nominadas subscrevem o documento,

impresso em 3 (três) vias de igual teor e forma, assinando-as também 2 (duas0

testemunhas instrumentárias para que se produza o legítimo efeito de direito.

Avaliação do estágio:

O estágio será avaliado através da análise do cumprimento do Plano de

Estágio .

a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não

obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não para o

desempenho escolar do aluno. Desta foma, o professor orientador precisa ter

acesso a três documentos do aluno:rendimento e aproveitamento escolar; relatório

elaborado pelo aluno. (Anexo II) e relatório de desempenho das atividades encaminhado

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pela parte concedente (Anexo III).

b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às

instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de

funcionamento de estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a

serem observados: Cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e

69 da Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.

10.4. PLANO DE AÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PEP- (Programa Prontidão

Escolar Preventiva)

O Projeto Prontidão Escolar Preventiva na Escola (P.E.P), tem por finalidade

principal, levar aos alunos, professores e funcionários, conhecimentos básicos na área de

Prevenção de Riscos, Combate a Incêndio e Primeiros Socorros em casos de sinistros

que possam atingir a instituição escolar durante o período de aula.

1.Ações na implementação do programa:

• Treinar os profissionais da escola;

• Reunir a comunidade escolar para o repasse do PEP;

• Diagnóstico da escola (fatores de risco);

• Implantação da brigada contra incêndio;

• Elaboração e implementação do Plano de emergência.

2.Tipos e quantidade de simulações:

• De 2 (duas) a 4 (quatro) simulações por ano;

• Primeiro com professores e funcionários;

• Posteriormente com os alunos.

3.Qual a função que cada um desempenhará, na implementação do programa:

• Direção – Coordenador geral de prédio;

• Secretário(a) – Controle da chave geral;

• Pedagogos(as) – Coordenador de setores;

• Professores(as) – Cerra filas;

• Agente Educacional I – Abertura de portas e portões/utilização de

extintores;sinalizadores;

• Agente Educacional II – Acionar alarme/ ligar ao Corpo de Bombeiros;

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• Professores Readaptados – Responsáveis nos pontos de encontro;

• Aluno monitor – Puxa fila.

4.Rota de Fuga:

• Caminhos mais curtos e retos;

• Maior acessibilidade;

• Caminhos mais seguros e bem sinalizados.

5.Pontos de Encontro:

• Quadra de esportes aberta;

• Frente da escola.

6.Locais de extintores:

• Secretaria;

• Sala dos professores;

• Cozinha;

• Laboratórios;

• Biblioteca;

• Casa do zelador.

7.Equipamentos indispensáveis numa emergência:

• Colocar o telefone de emergência bem visível;

• Kit Primeiros Socorros;

• Alarme/lanterna;

• Lâmpada de emergência;

• Sinalizador de Rota de Fuga;

• Extintores em funcionamento e no lugar;

• Brigada de emergência;

• Maca e colete cervical.

8.Recursos Financeiros:Fundo Rotativo/PDDE.

• Avaliação do prédio;

• Solicitação de serviços para reparos;

• Solicitação de extintores;

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• Solicitação de lâmpadas de emergência.

9.Fatores de Risco do estabelecimento:

• Cozinha no centro do prédio;

• Portão de saída lateral muito estreito;

• Casa do zelador, muito velha;

• Instalações elétricas muito antigas.

10.Bibliografia:

• Instrução Técnica: nº16/2004

• NR – 23 do MTB

• NBR 9077, 5413 e 13434

• Código Estadual de Prevenção de Incêndios e Pânico.

10.5 PROJETO ENRIQUECENDO A VIDA (MEIO AMBIENTE)

ESCOLA ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO – ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO: ENRIQUECENDO A VIDA

LARANJEIRAS DO SUL, 08 DE SETEMBRO DE 2009.

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IDENTIFICAÇÃO

Direção: Roselaine Marin da Silva

Secretária: Dileta Matciulevicz Walczynski

Equipe Pedagógica: Salette Mussoi

Simone Alves Badotti

Solange Andreetta Alberti

Tania Teresinha Grando

Endereço: Rua Marechal Cândido Rondon, 1731, Centro

Laranjeiras do Sul, Paraná

Fone: (42)3635-1394 Fax(42)3635-1138

email: [email protected]

I. TÍTULO: PROJETO ENRIQUECENDO A VIDA

“Em uma relação dialética entre indivíduo e a vida social, é que se constrói o processo de

uma educação política que forma Indivíduos atores(sujeitos), aptos a atuarem

coletivamente no processo de transformações sociais, em busca de uma nova sociedade

ambientalmente sustentável. Nesse processo eles se transformam também, se educam,

se conscientizam.”

(Mauro Guimarães)

II. JUSTIFICATIVA

Uma escola inserida em um contexto secular, que traz agregado, marcas das

desigualdades sociais que se expressam nas calamidades sociais, na fome que aflige

milhões de seres humanos, nos fundamentalismos religiosos, na violência contra o

ambiente natural e social, entre outros fatores, sente-se responsável pela tarefa de gerar

uma esperança coletiva de que a educação pode ajudar as pessoas a viverem melhor, a

enfrentar de forma mais instrumentalizada a realidade dessa geração.

A escola reúne condições de assumir seu papel de instituição formadora e

instrumentalizadora para os desafios de seu tempo.

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“É preciso gerar indignação nas pessoas, inconformidade com as injustiças,

sensibilidade para a dor alheia; é preciso desejar gente que olhe para a vida e tenha

desejo de viver, de abraçar, de sorrir e fazer diferença diante dos muitos desafios

impostos pela vida social.’

III. OBJETIVOS GERAIS

Incentivo ao exercício da cidadania, por meio da participação individual e coletiva,

permanente e responsável.

Desenvolver o raciocínio crítico, prospectivo e interpretativo das questões

socioambientais, bem como, a cidadania ambiental.

IV. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conferências de Meio Ambiente, com a participação de toda comunidade escolar,

debatendo temas, levantando propostas e ações.

Compartilhar ações de educação ambiental com o Grêmio Estudantil e APMF da Escola

Estadual Érico Veríssimo;

Realização de atividades de coleta de dados, observações e entrevistas com

responsáveis de secretarias e instituições ligadas ao meio ambiente;

Utilização das tecnologias para realização de mapeamentos eletrônicos, coleta

automatizada de dados ambientais, assim como outras ferramentas de pesquisas

disponíveis na Internet;

Mostrar que a reciclagem traz inúmeros benefícios para a sociedade, reduzindo o volume

de lixo enviado aos aterros sanitários e ajudando a manter a cidade limpa, além de

promover economia de matéria-prima;

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Levar as ações de coleta seletiva para além dos latões de separação de lixo dos pátios

das escolas, motivadas pelo sentido de um problema vivido na realidade local e global;

Incentivar os alunos a plantarem árvores e criarem jardins em suas casas, investindo no

paisagismo e na preservação ambiental.

Levar reflexões para ações coletivas, planejadas e decididas em espaços coletivos de

participação que proponha formas de intervir na realidade para enfrentar os problemas

apontados;

Produzir com material reciclado, lembretes, murais, cartazes e placas educativas para

incentivar toda comunidade escolar a participar das iniciativas de preservação ambiental.

Leitura de textos educativos, buscando informações sobre o “repensar”, “recusar”,

“reduzir”, “reutilizar” e “reciclar”, ações estas que nos levam ao verdadeiro consumo

sustentável;

Elaboração de peças teatrais com temas relacionados a educação ambiental, estimulando

a sensibilidade e a criatividade;

Incentivar os alunos a expressarem-se através de shows de músicas ambientais e

declamações de poesias, para divulgarem ações em prol do meio ambiente;

Conhecer e criar oficinas de reciclagem, valorizando os processos de reaproveitamento

de materiais;

Visitas a espaços rurais, onde pequenos agricultores familiares podem ensinar como

construir hortas, ampliar a oferta e a diversidade de produtos de qualidade para a

alimentação;

Passeios no entorno da escola para observação da natureza, esportes ao ar livre e

ecoturismo, para que adquira-se conhecimento das condições dos espaços ambientais;

Conhecer procedimentos e técnicas adequadas cultural e ambientalmente corretas, que

permitam o enriquecimento alimentar e a melhoria das condições de vida e saúde dos

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alunos;

Incentivar a postura do cidadão-consumidor que fiscaliza, que exige seus direitos junto ao

serviço de atendimento ao consumidor;

Realização de palestras com alunos, pais/responsáveis de alunos, professores, agentes

de apoio, bibliotecário, pedagogos e comunidade em geral, conscientizando sobre os

vários aspectos que permeiam a educação ambiental;

Divulgação das pesquisas e trabalhos realizados sobre o Meio Ambiente em rádios, blogs

e jornais.

V. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O educando é estimulado a uma reflexão crítica para transformar-se e, ao mesmo tempo,

subsidiar uma prática que busque intencional e coletivamente transformar a sociedade.

Esse processo de conscientização se dá por intermédio de uma formação cidadã

comprometida com o exercício do enfrentamento das questões sócio-ambientais da

atualidade.

Por meio de intervenções educativas se contextualiza para além dos muros da escola, já

que na interação com sua comunidade, pode, se aplicando criticamente os

conhecimentos acumulados, produzir uma interpretação da realidade vivida e que nesse

processo de experienciação que envolve o saber , o sentir e o fazer, promove uma

reformulação do que é esta realidade e como ela se constitui, gerando assim, a

construção de um novo conhecimento, alimentador de novas práticas que promovem

transformações. Destacamos:

Educação sobre o ambiente – informativa, com enfoque na aquisição de

conhecimentos, em que o meio ambiente se torna um objeto de aprendizado;

Educação no meio ambiente – vivencial e naturalizante, em que se propicia o contato

com a natureza ou com passeios no entorno da escola como contextos para a

aprendizagem ambiental. Com passeios, observação da natureza, esportes ao ar livre,

ecoturismo, o meio ambiente oferece vivências experimentais tornando-se um meio de

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aprendizado;

Educação para o ambiente – construtiva, busca engajar ativamente por meio de projetos

de intervenção socioambiental que previnam problemas ambientais. Buscando uma visão

crítica dos processos históricos de construção da sociedade ocidental, o meio ambiente

se torna meta do aprendizado;

Educação a partir do meio ambiente – considera os saberes dos povos tradicionais e

originários que sempre partem do meio ambiente , as interdependências das sociedades

humanas, da economia, do meio ambiente, a simultaneidade dos impactos nos âmbitos

local e global; uma revisão dos valores, ética, atitudes e responsabilidades individuais e

coletivas; a participação e a cooperação; reconhecimento das diferenças étnico-raciais e

da diversidade dos seres vivos, respeito aos territórios com sua capacidade de suporte, a

melhoria da qualidade de vida ambiental das presentes e futuras gerações; os princípios

da incerteza e da precaução.

VI. FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA

Partindo do reconhecimento de que há hoje uma crise ambiental, decorrente de um

processo histórico que colocou a sociedade humana e a natureza em lados opostos,

pensamos na caminhada da humanidade e identificamos em paralelo a essa caminhada,

um processo de individualização da humanidade. Os seres humanos sentem-se cada vez

mais partes isoladas do todo e rompem, entre outros, o elo com a natureza. Do

sentimento de não-pertencimento à natureza para o de estabelecer relações de

dominação e exploração foi um pequeno passo dado pela sociedade humana.

Na racionalidade que constitui e é constituída pela modernidade, o que prevalece

são os interesses individuais/particulares sobre as necessidades comuns, coletivas, do

conjunto. Essas posturas, somadas à competição exarcebada entre indivíduos, classes

sociais e nações, à acumulação privada de um bem público que é o meio ambiente, à

acumulação ampliada e concentração da riqueza, intensificou a exploração do meio

ambiente o distanciamento entre os seres humanos dessa sociedade urbano-industrial e a

natureza, o que produz a degradação de ambos: sociedade e natureza.

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A natureza explorada por nossa sociedade, como se fosse um recurso

inesgotável, vista de forma fragmentada, sem a preocupação e o respeito com as

relações dinâmicas do equilíbrio ecológico e sua capacidade de suportar os impactos

sobre ela, resulta nos graves problemas ambientais da atualidade. A natureza percebida a

partir de uma visão mais complexa, em sua totalidade, potencializaria a construção de

uma relação entre seres humanos em sociedade e a natureza de forma mais integrada,

cooperativa e, portanto, sustentável sócio-ambientalmente.

Estamos sentindo na pele, em nosso cotidiano, uma urgente necessidade de

transformações para superarmos as injustiças ambientais, a desigualdade social, a

apropriação da natureza – e da própria humanidade – como objetos de exploração e

consumo. Vivemos em uma cultura de risco, com efeitos que muitas vezes escapam à

nossa capacidade de percepção direta, mas aumentam consideravelmente as evidências

que eles podem atingir não só a vida de quem os produz, mas as de outras pessoas,

espécies e até gerações.

Torna-se quase impossível pensar neste século sem lembrar dos tsunamis, das

inundações urbanas, da escassez de água, de energia, de desperdício de alimentos, da

desigualdade de renda das pessoas, da proliferação de doenças como AIDS, da gravidez

precoce, do trabalho infantil (que priva as crianças da escola), do desemprego e de tantas

outras situações que poderiam ser listadas.

Essa crise ambiental e social se deve às ações humanas, pois tudo o que

fazemos tem efeitos colaterais e consequências não-antecipadas, que tornam

inadequadas as ferramentas éticas que herdamos do passado diante dos poderes que

possuímos atualmente.

A educação ambiental assume assim, a sua parte no enfrentamento dessa crise

radicalizando seu compromisso com mudanças de valores, comportamentos, sentimentos

e atitudes.

A educação ambiental é uma prática social como tudo aquilo que se refere à

criação humana na história, e necessita vincular os processos ecológicos aos sociais, na

leitura de mundo, na forma de intervir na realidade e de existir na natureza. Reconhecer,

portanto, por meio de dimensões que criamos na própria dinâmica de nossa espécie e

que nos formam ao longo da vida (cultura, educação, classe social, instituições, família,

gênero, etnia, nacionalidade, entre outros), é considerar que somos sínteses singulares

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de relações, unidade complexa que envolve estrutura biológica, criação simbólica e ação

transformadora da natureza.

Com a perspectiva crítica, entendemos que não há leis atemporais, verdades

absolutas, conceitos sem história, educação fora da sociedade, mas relações em

movimento no tempo-espaço e características peculiares a cada formação social, que

devem ser permanentemente questionadas e superadas para que se construa uma nova

sociedade vista como sustentável.

Educar as novas gerações, conscientizando-as da esgotabilidade dos recursos

naturais e da responsabilidade que cada um tem em zelar pelo meio que vive é um dos

objetivos da Educação Ambiental. Ela oferece ferramental teórico e técnico para que os

observadores de hoje se tornem os formadores de opinião amanhã, através de um

processo de ensino que passa pela sensibilização e redescoberta de paisagens e valores.

VII. AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá ao longo do desenvolvimento do projeto, através da

observação do desempenho e interesse dos alunos no desenvolvimento das tarefas

propostas, produções e relatórios sobre as atividades.

VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Vamos Cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola,

Ministério da Educação, Brasília, 2007.

2. FREIRE, P. Educação: O sonho possível. In: BRANDÃO C. O educador: Vida e Morte.

Rio de Janeiro. Edições Graal, 1986.

3.MACHADO, P.A.L. Direito Ambiental Brasileiro. 9ed. São Paulo: Malheiros

Editores,2004.

4.GUIMARÃES, M. Caminhos da educação ambiental: da forma à ação. Campinas:

Papirus, 2006.

5. MATOS, K.S.L. Cultura de paz, educação ambiental e movimentos sociais: ações com

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sensibilidade. Fortaleza: Edufc, 2006.