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 ETNOGRAFIA DE RUA, UMA NOVA FORMA DE VER E VIVER O BAIRRO DE NAZARÉ. Lyvia Queiroz dos Santos Patricia Gonçalves Cordeiro Tamires Monteiro Rescinho RESUMO O objetivo deste trabalho é captar os detalhes arquitetônicos do bairro de Nazaré, onde procuramos analisar todo um conjunto formado pela arquitetura, salientando suas descaraterizações e como ela foi sendo adaptada às necessidades atuais e a relação com as pessoas que moram e/ou transitam frequente, repensando sua paisagem cultural. A pesquisa consiste em três etapas para obtenção dos dados que serão apresentados. Serão estes: O método Etnográfico, que tem como intuito a capacitação do olhar do pesquisador para a cidade tendo em perspectiva a vida urbana, “diário abordo” gravações e anotações feitas dur ante o percurso e entrevistas feitas com moradores e pessoas frequentadoras do local. Palavras-chaves: Etnografia de Rua; Diversidade Arquitetônica; Detalhes  Arquitetônicos; Bairro de Nazaré; Be lém-PA. INTRODUÇÃO Com o conhecimento acerca do bairro de Nazaré, torna-se possível compreender uma parte histórica da cidade de Belém, reavivando-o em nossas memorias. Tal propósito tem como ponto culminante o estudo da paisagem natural e assim possibilitar a compreensão da importância da preservação da identidade do bairro que foi um dos responsáveis pela expansão da cidade por conta do Arraial de Nazaré, e hoje é um dos bairros mais valorizados de Belém. Em Maio de 2015, iniciamos a pesquisa de campo, proposto pela professora Cybelle Miranda para o curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UFPA, referente a disciplina Estética das Artes Plásticas, que tem como objetivo o estudo acerca dos detalhes arquitetônicos, afim de valorizar a diversidades destas, pertencentes ao bairro de Nazaré, situado em Belém, no Estado do Pará. P or questões didáticas o Bairro de Nazaré foi dividido em 5 roteiros distintos, no qual o presente artigo conta com o roteiro 5 que inicia na Avenida Generalíssimo com  Avenida Braz de Aguiar, percorre uma quadra até a avenida Nazaré, segue na

Etnografia de Rua Uma Nova Forma de Ver e Viver o Bairro de Nazaré

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  • ETNOGRAFIA DE RUA, UMA NOVA FORMA DE VER E VIVER O BAIRRO DE

    NAZAR.

    Lyvia Queiroz dos Santos

    Patricia Gonalves Cordeiro

    Tamires Monteiro Rescinho

    RESUMO

    O objetivo deste trabalho captar os detalhes arquitetnicos do bairro de

    Nazar, onde procuramos analisar todo um conjunto formado pela arquitetura,

    salientando suas descaraterizaes e como ela foi sendo adaptada s necessidades

    atuais e a relao com as pessoas que moram e/ou transitam frequente, repensando

    sua paisagem cultural. A pesquisa consiste em trs etapas para obteno dos dados

    que sero apresentados. Sero estes: O mtodo Etnogrfico, que tem como intuito a

    capacitao do olhar do pesquisador para a cidade tendo em perspectiva a vida

    urbana, dirio abordo gravaes e anotaes feitas durante o percurso e entrevistas

    feitas com moradores e pessoas frequentadoras do local.

    Palavras-chaves: Etnografia de Rua; Diversidade Arquitetnica; Detalhes

    Arquitetnicos; Bairro de Nazar; Belm-PA.

    INTRODUO

    Com o conhecimento acerca do bairro de Nazar, torna-se possvel

    compreender uma parte histrica da cidade de Belm, reavivando-o em nossas

    memorias. Tal propsito tem como ponto culminante o estudo da paisagem natural e

    assim possibilitar a compreenso da importncia da preservao da identidade do

    bairro que foi um dos responsveis pela expanso da cidade por conta do Arraial de

    Nazar, e hoje um dos bairros mais valorizados de Belm.

    Em Maio de 2015, iniciamos a pesquisa de campo, proposto pela professora

    Cybelle Miranda para o curso de graduao em Arquitetura e Urbanismo pela UFPA,

    referente a disciplina Esttica das Artes Plsticas, que tem como objetivo o estudo

    acerca dos detalhes arquitetnicos, afim de valorizar a diversidades destas,

    pertencentes ao bairro de Nazar, situado em Belm, no Estado do Par. Por

    questes didticas o Bairro de Nazar foi dividido em 5 roteiros distintos, no qual o

    presente artigo conta com o roteiro 5 que inicia na Avenida Generalssimo com

    Avenida Braz de Aguiar, percorre uma quadra at a avenida Nazar, segue na

  • Avenida Nazar at a Travessa 14 de maro, percorre uma quadra na 14 de maro

    em direo Avenida Governador Jos Malcher e segue nesta por trs quarteires

    (imagem 1- mapa).

    Figura 1 - Mapa do Reoteiro 5

    O permetro do bairro de Nazar analisado no artigo foi dividido em trs trechos para

    melhor dinamicidade:

    TRECHO 1: Inicia na Avenida Braz de Aguiar com Avenida Generalssimo, segue na Generalssimo at a Avenida Nazar e se encerra na esquina da 14 de maro. TRECHO 2: Iniciando na esquina da Travessa da 14 de Maro, seguindo para Jos Malcher at a Avenida Generalssimo Deodoro. TRECHO 3: Segue na Av. Jos Malcher esquina com a Av. Generalssimo at a Trav. Quintino Bocaiva.

    RELATOS DE CAMPO

    TRECHO UM:

    Antes de entrar em vias de fatos na anlise do trecho, faz-se necessrio

    analisar as ruas que nele est compreendido para, desta forma, compreender um

    pouco do seu passado, relacionando este com o presente.

    A Avenida Braz de Aguiar antes era chamada de estrada de So Braz. O atual

    nome faz meno ao Comandante Braz Dias de Aguiar, Chefe da Comisso Brasileira

    Demarcadora de Limites do Setor Norte. A avenida concentra lojas, restaurantes,

    residncias e hotis. bastante movimentada por pedestres e veculos. As

    residncias apresentam caractersticas do estilo Ecltico, Neocolonial e Moderno. A

    avenida que cruza com a Braz, a Avenida Generalssimo Deodoro, possua o nome

  • de estrada Dois de Dezembro, em homenagem a data natalcia de D. Pedro II. A atual

    nomenclatura refere-se ao General Manuel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo

    Provisrio, na transio poltica que marcou o fim do Imprio. A avenida bastante

    arborizada, possui intenso fluxo de veculos e pessoas e tem carter comercial,

    residencial e de servios. Possui prdios de caractersticas Eclticas, Neocoloniais e

    Modernas.

    Na Avenida Generalssimo Deodoro esquina com a Braz de Aguiar,

    encontramos, localizado no centro do primeiro lote, a Escola Baro do Rio Branco.

    Figura 2- Grupo Escolar Baro do Rio Branco, localizado na Av. Generalissimo Deodoro, no corao do bairro de Nazar.

    Fonte: CORDEIRO, Patrcia Gonalves

    Este prdio tem marcas do estilo Neoclssico e Ecltico e foi erguido no perodo

    ureo da borracha, no incio do sculo XX. Desde sua construo, sempre funcionou

    como unidade educacional. Segundo SANTOS (1997), ele era exatamente o padro

    de escola que a sociedade do auge perodo da borracha aceitava como lugar

    destinado educao para seus filhos. possvel perceber, a partir da, a importncia

    dessa edificao, pois esta representante de uma poca importante da histria do

    Par e da sua sociedade. Ao longo da histria, sofreu apenas pequenas intervenes.

    Em 2012 comeou uma revitalizao do prdio e o objetivo era recuperar as linhas

    originais do prdio, que tambm j apresentavam sinais de desgaste provocados pela

    ao do tempo. A edificao tombado pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

    Ainda prosseguindo pela Generalssimo, foi possvel notar um prdio que antes

    tinha certa inspirao das fachadas da tcnica Enxaimel, que consiste em paredes

    montadas com hastes de madeira encaixadas entre si em posies horizontais,

    verticais ou inclinadas. Essa tcnica foi muito usada na Alemanha. Pode-se perceber

  • que para servir como anexo de um restaurante, a fachada com imitao de um

    Enxaimel foi descaracterizada, uniformizada pela cor usada no edifcio.

    Figura 3 - Anexo do restaurante Pomme D'Or com inspirao da tcnica Enxaimel.

    Fonte: CORDEIRO, Patrcia Gonalves

    Ao percorrer a Avenida de Nazar com o propsito de analis-la, descobrimos

    atravs de pesquisas histricas que ela era antigamente o secular caminho do Utinqa.

    Quando, no sculo XVIII, comeou o culto N. S. de Nazar, com as primeiras

    romarias casa de Plcido, e consequentemente a remota construo de um lugar

    para o louvor da Santa, o nome do caminho foi mudado para Nazar. Ficou sendo a

    estrada de Nazar. A avenida hoje uma das mais bonitas de Belm. Bastante

    arborizada, com fluxo intenso de pessoas e veculos, e os edifcios so de carter

    comercial, residencial e de servios e possuem caractersticas Eclticas, Neocoloniais

    e modernas. Um das ruas que a corta, a 14 de Maro, e que esta inserida nesse trecho

    do percurso, bastante arborizada, possui circulao de pessoas e veculos intensa,

    concentra edifcios comerciais, de servios e alguns residenciais.

    A edificao de destaque que pudemos perceber que se encontra na Avenida

    Nazar com a 14 de Maro Baslica de Nazar. Essa igreja d um destaque

    avenida em que esta inserida (a fachada e entrada principal so voltadas para a

    Avenida Nazar), tornando-a bastante movimentada e dando a ela um destaque

    turstico. A edificao uma rplica em menor escala da Baslica de So Paulo

    Extramuros, em Roma, medindo a metade das medies daquela.

  • Figura 4- Baslica de Nazar.

    Fonte: CORDEIRO, Patrcia Gonalves

    De estilo neoclssico e ecltico, foi projetada pelos arquitetos genoveses Gino

    Copped e Giuseppe Predasso. Seu interior de mrmore, tem belo forro de madeira

    confeccionado por artistas paraenses e destaca-se a beleza dos vitrais, que se

    referem a momentos bblicos e histria da devoo Virgem de Nazar.

    Recentemente houve um prolongamento da calada da Praa Santurio. O projeto

    estendeu o calamento, em mrmore chocolate, da Praa at a igreja, acabando com

    a pista em asfalto. Pela histria de sua construo, beleza, importncia cultural e parte

    dos elementos que compem o Crio, a Baslica integra o conjunto da declarao

    como Patrimnio Cultural da Humanidade pela da Organizao das Naes Unidas

    para a Educao, a Cincia e a Cultura (Unesco) e possui importncia evidente e

    um marco para a cultura e sociedade paraense.

    TRECHO 2:

    O percurso que o trecho 2 engloba se inicia na Trav. 14 de Maro , qual

    segundo CRUZ (1970), foi aberta em 1850 e recebeu esse nome para homenagear o

    nascimento da Filha de Dom Pedro II. A Av. Governador Jos Malcher em

    homenagem a Dr. Jos Carneiro da Gama Malcher, porm ela se chamou So

    Jernimo e estrada Paul DAgua, surgiu juntamente, com a maioria das demais ruas

    do bairro, a partir da abertura do arraial de Nazar.

    Quando samos da Avenida Nazar e seu fluxo intenso de transeuntes,

    veculos, e rica de vendedores ambulantes, nos deparamos com uma travessa dona

    de uma calma, com fluxo significativo, porm bem inferior a anterior, com rvores

    frondosas na maior sua parte que confere maior conforto aos que por ali circulam.

  • Figura 5- Perspectiva da Av. 14 de Maro. Fonte: CORDEIRO, Patrcia Gonalves.

    Porm o que chama ateno nessa travessa um trecho onde encontramos

    uma gama de estilos arquitetnicos diferenciados frente a frente, expondo uma da

    caracterstica comum desse bairro, que a riqueza arquitetnica. Um deles um

    prdio multifamiliar construdo aos moldes do Estilo Moderno, onde percebemos a

    utilizao de platibanda, a aplicao de pastilhas que lembram mosaicos, e a

    esquadrias a maioria em madeira, devido adaptaes climticas e dificuldades de

    transporte de esquadrias metlicas de outras partes do pas como informam

    CARVALHO & MIRANDA (2009).

    Figura 6- Prdio Multifamiliar. Fonte: CORDEIRO.Patrcia Gonalves.

    Logo ao lado do prdio, encontramos uma vilas militares, que remetem ao estilo

    neocolonial, no qual podemos perceber a presena do guarda-corpo e esquadrias de

    madeira, o telhado quatro aguas, alm do arco na fachada. O que chama ateno a

    preservao dessas vilas, e levadas pela curiosidade, entre nossas pesquisas

    acabamos descobrindo que as Foras Armadas quando construam essas vilas

    tinham por objetivo criar fixos espaciais mais expressivos da modernizao do

  • Exrcito (FERNANDES apud BONATES & VALENA, 2010). A ideia era estabelecer

    um Exrcito profissional, com a formao de um tipo de soldado-cidado para servir

    nao. (BONATES & VALENA, 2010). E sem sombra de dvidas a informao que

    consideramos mais interessante foi a de que as Foras Armadas mantem uma poltica

    estabelecida no sentido de se preservarem as caractersticas e as condies de cada

    habitao, motivo pelo qual vedada qualquer modificao [...] sem prvia

    autorizao do rgo administrador. Isso garante a condio de preservao das

    unidades construdas no passado no seu modelo original: embora a cidade se

    transforme, acompanhando a evoluo de usos, funes e modismos estilsticos do

    urbanismo e da arquitetura contemporneos, as vilas militares resistem a mudanas

    (BONATES & VALENA, 2010).

    Figura 7- Vila Militar localizada na Trav. 14 de Maro entre Av. Governador Jos Malcher e Av. Nazar. Fonte: CORDEIRO. Patrcia Gonalves.

    Seguindo em direo a Av. Jos Malcher, j prximo ao cruzamento, algo que

    chamou nossa ateno subitamente foi uma fachada, que um dia certamente foi de

    um casaro histrico, que foi quase que totalmente destrudo e utilizada atualmente

    como entrada de garagem em uma residncia particular.

    Figura 8.- Edificao descaracterizada. Fonte : CORDEIRO, Patrcia Gonalves.

  • J na Av. Gov. Jos Malcher marcante a adaptao de edificaes histricas

    para novos usos, alguns j parcialmente descaracterizados e outros bastante

    preservados ainda. Um exemplo o Palacete Augusto Montenegro que foi projetado

    pelo arquiteto italiano Filinto Santoro para ser a residncia particular do ento

    governador do estado do Par, Augusto Montenegro. Foi construdo no auge do

    perodo da borracha e reflete toda riqueza e ostentao do perodo, com muitos dos

    seus materias construtivos importados da Itlia e Blgica e um marco da Arquitetura

    Ecltica na capital nortista.

    Figura 9 e 10- Fachada do palacete voltada para Trav. Generalissimo e fachada voltada para Av. Gov. Jos Malcher respectivamente. Fonte : SANTOS. Lyvia Queiroz.

    Em 1962 foi comprado pela Universidade Federal do Par para sediar a Reitoria

    da instituio ento a casa passa por vrias modificaes internas quando deixa de

    ser moradia para a ser um prdio de instituio pblica.Em 1983, com a construo

    do Campus Universitrio no bairro do Guam, a sede da reitoria da UFPA muda-se e,

    neste mesmo ano, instalado o Museu de Arte da UFPA MUFPA. Devido a sua

    nova utilizao o prdio se mantem bastante preservado e passou por processos de

    restauro, o mais importante dele iniciado em 2003.

    Durante nossa excurso tivemos a oportunidade de conversar e entrevistar no

    dia 30 de Maio, um funcionrio do MUFPA, Marco Antnio, vigilante do local h mais

    de 10 anos, que nos deu sua opinio a respeito do mesmo a das intervenes recentes

    :

    O prdio sofreu algumas alteraes com a nova direo, principalmente dentro

    porque ele estava bastante danificado, ele foi restaurado, s no mudaram as

    estruturas, pintaram as paredes[...]Eu acho esse prdio bastante atraente, porque

    quem entra se sente aconchegado, porque ele tem muitos detalhes que hoje me dia

  • a gente no consegue ver em outros prdios, aqui tem trabalho de profissionais que

    ate difcil de se ver porque tudo muito voltado pra rea moderna, isso que foi feito

    aqui trabalho de artista mesmo, de pessoas que nasceram pra fazer isso, que tem

    um dom.[...]Voc t prximo, ou entra num prdio desse bem cuidado parece que voc

    ta em outra poca, ele muito bonito

    Com esse depoimento podemos inferir a importncia que essa edificao possui no

    somente na histria da cidade, mas como ela desperta um sentimento de

    pertencimento em algumas pessoas, e o poder que a arquitetura tem de evocar

    emoes. Diferentemente da personagem que nos deu seu depoimento, notamos que

    muitas pessoas passavam e nem sequer observavam a edificao apesar dela estar

    situada em um cruzamento com fluxo intenso de veculos e prximo de sinais de

    transito.

    TRECHO 3:

    Logo no incio da quadra da Av. Jos Malcher esquina com a Av. Generalssimo

    encontramos tipologias arquitetnicas remetentes ao ecletismo, um exemplo disso foi

    Instituto De Estudos Superiores Da Amazonia IESAM.

    (...)Av. Jos Malcher esquina com a Av. Generalssimo tem o trafego bastante

    intenso no horrio matutino e vespertino, assim como a movimentao de pedestres

    (...) A arborizao intensa tambm, servindo para ameniza o calor (...) O prdio me

    parece ser ecltico, pois no tem apenas uma caracterstica predominante de um

    estilo arquitetnico especifico... O guarda corpo com balaustrada, as pilastras e os

    capitis, esse conjunto me lembra muito o ecletismo. (Trecho do dirio de Campo

    RESCINHO, Tamires Monteiro Belm, 30 de Maio de 2015, das 10 s 11. Sbado)

    FIGURA 11 - 2015, Belm, Par, IESAM na Av. Jos Malcher.

  • Fonte: RESCINHO, Tamires Monteiro.

    Mas adiante, ainda na Av. Jos Malcher, porm de frente para Av. Almirante

    Wandenkolk encontramos outra edificao de carter ecltico, no qual hoje reside o

    Banco do Brasil, o que nos faz rever a questo da adaptao do patrimnio para as

    necessidades da atualidade. O que antes poderia ter sido uma edificao residencial,

    hoje encontra-se como comercial, com um fluxo de pessoas relativamente intenso.

    (...) A platibanda remete bastante ao ecletismo aqui no Brasil, essa edificao

    tem umas linhas mais suaves, simples. (Trecho do dirio de Campo RESCINHO,

    Tamires Monteiro Belm, 30 de Maio de 2015, das 10 s 11. Sbado)

    FIGURA 12 - 2015, Belm, Par, Banco do Brasil na Av. Jos Malcher.

    Fonte: RESCINHO, Tamires Monteiro.

    Seguindo adiante uma edificao bastante peculiar em ruinas destacou-se

    naquele meio, e remete provavelmente ao mesmo estilo ecltico das duas anteriores,

    porm o que se v a falta de manuteno e de preservao desta.

    FIGURA 13- 2015, Belm, Par, edificao no identificada na Av. Jos Malcher.

    Fonte: RESCINHO, Tamires Monteiro.

  • J na Quintino, partindo da Jos Malcher encontramos uma vila militar que

    remete ao estilo neocolonial, com caracterstica bem tpicas como o uso de madeira

    na varanda, telhados em quatro guas, fronto ondulado e recuo da fachada.

    FIGURA 13 - 2015, Belm, Par, vela militar na Av. Jos Malcher.

    Fonte: RESCINHO, Tamires Monteiro.

    CONCLUSO

    A tipologia encontrada no bairro de Nazar apresenta uma grande diversidade

    arquitetnica enquanto que o fluxo de pessoas e veculos bastante intenso no

    perodo da manh e menos intenso no perodo da noite, tornando-se tranquilo nesse

    turno. Cada esquina apresenta perfis diferenciados contraste de tipologias

    arquitetnicas, como prdios antigos ao lado de edificaes extremamente modernas

    e outras contemporneas, bairro com caractersticas mistas residencial comercial, e

    turstico. Todo esse conjunto de diversidade extremamente importante para a

    preservao da historia do bairro, pois cada edificao traz suas particularidades e

    identidades que contribuem para formao da nossa cidade.

    REFERNCIAS

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