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Modelo etológico ajuda-nos a compreender fenómenos psicopatológicos. Todas as sp guardam as suas informações no genoma, no sistema endócrino e nos kos. Este faz a estratificação neuro-psiquica e bio-evolutiva, e explica a latência e emergência dos kos. Este modelo é comparativo, pq vamos estudar fenómenos psicopatológicos, q existem, mas q n foram provocados pelo homem. Comparamos a homologia (antepassado comum) c a analogia (parecenças). Estudamos as diferenças entre os indivíduos normais e os c patologia, a criança e o adulto, kos actuais e homólogos. Fenómeno psicopatológico – sendo 1 fenómeno qq coisa q é sempre única, 1 fenómeno psicopatológico é 1 ko mais diferente e irrepetivél. Demência – doença orgânica de causa neurológica; atinge os kos adquiridos, e numa fase + avançada, os kos inaptos. Doenças cerebrais – processos de dissolução. / Doenças degenerativas – tem a ver c o envelhecimento, vão começar a morrer células de forma dispersa e vão sendo afectadas áreas cerebrais de forma dispersa (daí o conceito de dissolução). / Demência (cérebro funciona pior – lesão orgânica) é diferente de psicoses (estados de loucura, em q o cérebro funciona de forma desadaptada c o ambiente – n há lesão cerebral). O q se passa na demência é semelhante ao q se passa na deficiência mental; a grande diferença é a idade em q surge. Na demência o cérebro n está doente, adoece posterior/e, perdendo as aprendiz. Na deficiência o cérebro nasce doente, n sendo capaz de aprender. / Nas demências todas as funções cerebrais são atingidas: motoras (comandam os sistemas musculares), sensitivas/sensoriais (5 sentidos recebem a informação), associativas (áreas q pensam; integram a informação recebida e estabelecem estratégias pa o acto motor); mas s especialmente atingidas as áreas associativas ( área do hemisfério esq – linguagem; do hemisfério dto – gestos e esquema corporal; lobo frontal – programas de referência pa adaptação dos kos (juízo crítico)) – aprendiz e kos adquiridos -. É atingida a memória adquirida/aprendida. Kos observáveis nas demências e oligofrenias (doença mental): padrões motores (origem inapta; s sinal da dissolução da psicomotricidade – processo q melhor ilustra a complexidade motora; s os kos + arcaicos da sp humana.),

Etologia 2

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Resumo cadeira Etologia , licenciatura em Psicopedagogia Curativa.

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Page 1: Etologia 2

Modelo etológico ajuda-nos a compreender fenómenos psicopatológicos. Todas as sp guardam as suas informações no genoma, no sistema endócrino e nos kos. Este faz a estratificação neuro-psiquica e bio-evolutiva, e explica a latência e emergência dos kos. Este modelo é comparativo, pq vamos estudar fenómenos psicopatológicos, q existem, mas q n foram provocados pelo homem. Comparamos a homologia (antepassado comum) c a analogia (parecenças). Estudamos as diferenças entre os indivíduos normais e os c patologia, a criança e o adulto, kos actuais e homólogos.

Fenómeno psicopatológico – sendo 1 fenómeno qq coisa q é sempre única, 1 fenómeno psicopatológico é 1 ko mais diferente e irrepetivél.

Demência – doença orgânica de causa neurológica; atinge os kos adquiridos, e numa fase + avançada, os kos inaptos.

Doenças cerebrais – processos de dissolução. / Doenças degenerativas – tem a ver c o envelhecimento, vão começar a morrer células de forma dispersa e vão sendo afectadas áreas cerebrais de forma dispersa (daí o conceito de dissolução). / Demência (cérebro funciona pior – lesão orgânica) é diferente de psicoses (estados de loucura, em q o cérebro funciona de forma desadaptada c o ambiente – n há lesão cerebral). O q se passa na demência é semelhante ao q se passa na deficiência mental; a grande diferença é a idade em q surge. Na demência o cérebro n está doente, adoece posterior/e, perdendo as aprendiz. Na deficiência o cérebro nasce doente, n sendo capaz de aprender. / Nas demências todas as funções cerebrais são atingidas: motoras (comandam os sistemas musculares), sensitivas/sensoriais (5 sentidos recebem a informação), associativas (áreas q pensam; integram a informação recebida e estabelecem estratégias pa o acto motor); mas s especialmente atingidas as áreas associativas ( área do hemisfério esq – linguagem; do hemisfério dto – gestos e esquema corporal; lobo frontal – programas de referência pa adaptação dos kos (juízo crítico)) – aprendiz e kos adquiridos -. É atingida a memória adquirida/aprendida.

Kos observáveis nas demências e oligofrenias (doença mental): padrões motores (origem inapta; s sinal da dissolução da psicomotricidade – processo q melhor ilustra a complexidade motora; s os kos + arcaicos da sp humana.), q s: os reflexos, automatismos e cinésias. Todas as aprendiz dependem dos nossos reflexos e automatismos. / A psicomotricidade engloba os actos e os movi/os./ o ko é 1 conj de actos e movi/os associados a 1a situação – actos e movi/os s prévios à adaptação. Acto interfere c o ambiente (envolve 1a intenção); movimento n interfere c o ambiente; n há coordenação qdo se separa acto de movi/o. / Dissolução da psicomotricidade – dos kos aprendidos e já mto elaborados, regride-se a kos rudimentares. P.ex: na 3ª idade, há separação entre o acto e o movi/o; há desintegração e descoordenação; há perda de características voluntárias, intencionais e elaboradas, pa passarem a ser, prensiveis, simplificadas, estereotipadas, com + automatismos, instintos e reflexos. Ou seja, perde-se o indivíduo e aparecem os movim/os da própria sp. A activi// voluntária é substituída por padrões motores cd vez + ancestrais. É 1a doença q se processa continua/e.

Padrões motores (observáveis em demências e oligofrenias): destruturação motora e da personalidade (diminuição da vontade) – as movimentações voluntárias passam a involuntárias (desintegração motora, motória e da motricidade). Os padrões involuntários q surgem s ancestrais, e podem observar-se nos primatas. Os movi/os dos primatas s semelhantes aos do recém-nascido (ex.: fenómeno magnético: seguir c o olhar 1 objecto em movi/o), os movi/os pendulares tb s semelhantes (procura do mamilo pa mamar), os reflexos de sucção (mamar), preensão (agarrar), o reflexo de moro (testa-se o tónus muscular e vitalidade do bebé, fingindo q se vai deixar cair o bebé, e ele abre e fecha os braços). Todos estes padrões motores são observáveis de forma desintegrada nas demências e oligofrenias. Nem todos os padrões motores tem a mma antigui//; qto

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+ profunda for a demência, + arcaico é o padrão motor. Os + arcaicos s os automatismos posturais (temos até a dormir, qdo mudamos de posição), os reflexos de defesa (após 1a travagem brusca, projectamos os braços pa a frente; estes reflexos já vem dos vertebrados + arcaicos); reflexos orais (existem a partir dos mamíferos – reflexo pa mamar – é mamaliano arcaico); reflexo de preensão dos membros superiores (mãos); reflexo de moro(estes 2 últimos s reflexos dos primatas + antigos); reflexo da marcha automática; reflexo da preensão plantar (já é dos protohominideos). / Há reflexos q se perdem, mas há outros, q s especializados, nomeada/e os orais e de preensão palmar – estes s aperfeiçoados nas 1ªs horas. Nas demências e oligofrenias estes reflexos reaparecem, de forma desintegrada, disarmónica e descontextualizada – é a partir de todos estes reflexos q existe psicomotricidade ./ Na evolução todos estes reflexos são harmónicos (tem significado – normal) e na demência s disarmónicos (surgem sem motivo – patológico); dá-se 1a involução. / Já dentro do útero (pré-natais), existem aptidões motoras (ex. deglutir), reflexos de defesa, movi/os antetóides (de natação), movi/os de sucção, o bebé solta pequenos vagidos (pequenos sons). / Todos estes padrões motores s mto importantes pa a vinculação mãe/filho. Os q s + facilitadores e gratificantes nesta vinculação s os q se mantém e especializam.

Tipos de padrões motores: automatismos e reflexos e cinésias (hipercinésias ou acinésias). Reflexos (ou respostas orais) – a zona da boca é mto estimulada logo no 3º mês do embrião. Estes reflexos dependem de camadas mto arcaicas do sistema nervoso, e n tem necessaria/e a ver c o cérebro. No recém-nascido, há o reflexo oral por excelência: sucção (série de movi/os de sucção separados por pausas); há o reflexo de pro-trusão dos lábios (fazer beicinho – característico na doença de Alzheimer); movi/os pendulares (automatismos de orientação: na criança, é a procura do mamilo). / Respostas Preênsiveis – reflexo de preensão humana tem 2 fases: fase de captação do objecto e sustentação do objecto (agarrar o objecto e n querer largar). O reflexo palmar e plantar tb s visíveis nos anencéfalos. Estes reflexos em situações patológicas: fenómeno de enganchar as mãos (ex. aperto de mão); fenómeno de marcha senil (ex. encolher os dedos dos pés pa baixo)./ As respostas orais e preênsiveis estão mto relacionadas, e normal/e aparecem juntas. Prendem-se mto c os factores de vinculação. Há uma grande relação filogenética entre estes 2 reflexos. Nos dementes, estas respostas por norma s mto estereotipadas – os reflexos da boca, das mãos, o olhar fixo, a hipertonia, os sistemas de regulação postural e defensiva, estão mto interligados. / Outros: hipertonia de oposição, olhar fixo, reflexo corneo-mandibular (deslocação do queixo, do maxilar), agitação psicomotora, fenómenos cinéticos.

Dentro dos padrões motores existem as cinésias (movimentos). Acinésias – ausência de movi/to; hipercinésias – agitação psicomotora , excesso de movi/to. As acinésias e hipercinésias tem a ver c o facto de todos sermos portadores de significado, em relação à atitude interna do indivíduo. Todos os animais têm a capacidade de se fazerem grandes ou pequenos (ex. pisamos as formigas, e qdo levanta-mos o pé, ela está viva e foge – faz-se pequena (medo)).Nos animais fazer-se de grande significa intimidar./ As atitudes internas, podem ser: de intimação, levada ao extremo – Fanéricas (ex. mostrar as garras, eriças os pêlos) – levam-nos à hipercinésia; e de submissão, levadas ao extremo – Criptíca (ex. a pessoa esconde-se, tentar passar despercebida) – remetem-nos pa as acinésias. / ACINÈSIAS _ (movi/os lentos ou ausentes, pq estão em atitude de submissão): qdo o indivíduo está c 1a acinésia, é despertado o reflexo de imobilização (fingir-se de morto) – nós paralisamos qdo temos medo. As acinésias s atitudes normais em determinadas situações (ex. durante um assalto), mas podem assumir-se patologias qdo se encontram descontextualizadas e exageradas. Em todos os animais, existe 1a disposição inapta pa a imobilidade e

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camuflagem; é 1a resposta passiva e inespecifíca. Nesta resposta há falta de impulso pa o movi/o. Numa situação patológica, pode tornar-se 1a resposta defensiva face a 1 delírio de perseguição (p.ex.) q no seu grau máximo, pode chegar à catatonia./ Em termos biológicos, o reflexo de imobilização depende de vários níveis – envolve o nível biológico, cultural, psicológico e uma dinâmica patológica. NOS ANIMAIS – existe a cataplesia (manter-se horas seguidas imobilizado em posições desconfortáveis). Corresponde e assemelha-se à catatonia nos humanos (ex. num aquário de marisqueira à 1 lavagante e 1a lagosta. O lavagante está em cataplesia (sono acordado), face ao domínio da lagosta, q está a Ter 1a fuga passiva. Nos humanos este sono é cerebral e muscular). Cataplesia – evita os ataques do adversário mais forte; surge qdo já n há nada a fazer. A cataplesia é 1a actividade derivada estrema, mas é real, está mmo a acontecer. Na catatonia, a ameaça sentida pelo indivíduo é 1a ameaça q surge de forma delirante, n é real. O sujeito sente-se ameaçado, n só naquele momento, mas em toda a sua vida, e n identifica os seus inimigos, logo, mantém-se imobilizado em posições desconfortáveis. Estes indivíduos são passivos e sugestionáveis, o q dá 1a certa vulnerabilidade pa a doença. Situações de catatonia, em q existe 1 grande grau de dissociação: “ o espírito sai do corpo, sente-o co estranho. O espirito dissocia-se do corpo e parece q o corpo deixa de responder.” - A catatonia é sempre involuntária. / O doente n sente desconforto nas suas posições, pq há 1a abolição dos automatismos de reposição (o doente n sente fadiga; é co se ele regredisse à posição de feto intra-uterino). Dentro do útero, n precisamos de automatismos de reposição. / HIPERCINÉSIAS – (hiperactividade, déficit de atenção na infância, etc.). – aparecem nas demências. S a contrapartida dialéctica do reflexo de imobilização; o reflexo de imobilização parece estar abolido (a pessoa n para). A activi// cerebral é tempestuosa, tal co acontece no sono REM (fase dos sonhos e dos pesadelos), pa reintegar o q acontece nas 24H do dia. Na adolescência, tb existem tempestades cerebrais (devido à grande velocidade do desenvolvi/o cerebral). O sonambulismo corresponde a 1 au/o hipercinético do cérebro. / Numa hipercinésia existe 1a fuga activa, contraria/e à acinésia, q essa é fuga passiva. Numa hipercinésia a pessoa n consegue estar quieta. Esta fuga activa leva a 1a tempestade motora. Exs. De hipercinésias – nos animais: transformações motoras q ocorram nos animais em cativeiro (os animais chegam mmo a auto-mutilar-se co forma de exprimirem a sua ansiedade). Os animais cativos entram mtas vezes em demência./ Uma das formas de provocar hipercinésias é colocar individúos q necessitam de mto espaço, em pouco espaço./ Os graus de hipercinésia vão de: hiperactividade (grau mais leve – pode ser chamado de esteriotipias q s frequentes nas esquizofrenias e nos autistas); fenómenos de agitação psicomotora (p.ex. é preciso utilizar a camisa-de-forças); actividades em vazio (levam a kos de auto-mutilação – as + frequentes s as activi//s masturbatórias e as activi//s auto-mutilantes). / Nas psicoses, o estreita/o do território n é objectivo mas subjectivo (empobreci/o do espaço psicológico). Este estreita/o faz c q o indivíduo se feche, e seja, 1 indivíduo enjaulado no seu próprio cérebro. Daí advém as tais esteriotipias (tal co os tigres dentro de 1a jaula: deambulam). As psicoses conduzem a uma esteriotipização dos esquemas motores. As esteriotipias s mto típicas da degradação psicomotora, em q ocorre 1 empobreci/o da relação c o mundo; nas esquizofrenias, correspondem a 1a regressão). Esta regressão corresponde a 1a degradação do doente (p. ex. esquizofrénico crónico, em regime de internamento). Qdo estas esteriotipias s mto iniciais chamam-se rituais. A demência é o momento final a q o doente chega. Qdo se chega a este ponto, o doente já n é esquizofrénico, mas é demente. Há 1a dissolução das funções q activam os centros motores e q levam às esteriotipias. Existem 3 tipos de esteriotipias (kos inaptos involuntários): dissolução da função reprodutiva (esteriotipias masturbatórias c o acto sexual – coito); dissolução da

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função lúdica (instinto de exploração e do jogo. Na esteriotipia, existe manipulação dos objectos); dissolução da função agonística (regulador da agressividade; na esteriotipia há, p. ex. acessos de fúria – reacções catastróficas hiperexpressivas).

PSICOSE – designa loucura; n é 1 termo cliníco nem técnico, mas + cultural, do senso comum. A demência é 1 dos tipos de psicose. / As psicoses, vistas sob a prespectiva biopsicossocial, podem ser afectadas por: factores bio - psicoses endógenas (+ bizarras e dificeis de explicar, q dependem de causas genéticas. O padrão heredo constitucional, ou seja, familiar, é responsavél por estas psicoses. A partir de informações genéticas alteradas, surge a psicose, onde existem esquemas sociais arcaicos, sem o controle da vontade); factores psicológicos – psicoses não endógenas, ou exógenas (psicoses em q se podem desencadear esquemas sociais arcaicos, por razões orgânicas (p. ex. lesão). Esta lesão provoca 1a dissolução da consciência e da vigilía, e vai levar aos esquemas sociais desinibidos, sem o controlo da vontade. As demências s psicoses orgânicas. Existem causas ambientais q vão destruturar o cérebro.); factores sociais – psicoses psicógenas (p. ex. psicopatias e sociopatias. Visam causas relacionais (existe desadaptação ao meio). Aqui o indivíduo tem juízo critíco, sobre os seus actos (ele sabe o q é q n é aceite pelos outros). Continua a n existir vontade, s paranóicos. O individúo segue padrões de referência errados.). / Existem factores de influência para as psicoses. Um mecanismo genético pode levar a alterações dos limiares de expressão psicopatológica. A estrutura da personalidade de cd indivíduo é construida a partir de limiares definidos pelos genes de cada 1. Qto menor o limite, + facil/e a pessoa se deprime. Os genes em relação às sinapses, traduzem-se em tendências pa... o q leva cd sujeito a ser e a comportar-se dentro de 1a determinada média (tendência média). Os genes dão-nos tendências mas n determinam o nosso desenvolvi/o, porque isso depende do n.º de sinapses.

Psicoses endógenas: esquizomorfas (esquema territorial. Ex. esquizofrenia), ou esquizoafectivas (esquema hierárquico). A esquizofrenia tem uma invariabilidade cultural (os sintomas s os mmos, independente/e da cultura e do meio. O q muda é a forma co o esquizofrénico é aceite e integrado socialmente). Os sintomas das psicoses s sempre os mmos, a causa desencadeante da doença é q pode ser diferente. Mas todas provocam 1a dissolução da consciência, q vai progredir. Tal dissolução vai fazer c q emerjam esquemas sociais (delírios - regressões), e se a progressão for ainda maior, vão emergir padrões motores arcaicos (não há delírio)./ Ex. Coreia de Huntington doença neurológica q surge aos 40 anos aprox. (normal/e as doenças dos 40 anos s genéticas fenotipícas). A maior prevalência é pa o sexo masculino. Há degenerescência cortical (o cortex “desfaz-se”), devido a 1 gene autossómico dominante (por a doença aparecer sempre na mma idade). A degenerescência cortical vai afectar as funções superiores. Inicial/e, o doente deprime (psicose pré-demencial), depois a doença atinge as áreas motoras e as ligações entre as áreas voluntárias e involuntárias, o q leva o doente a apresentar movi/s descordenados, estranhos e bizarros (clownismos, grimaces). De seguida, emerge o delírio do tipo paranoide, de perseguição e os clownismos e grimaces aliam-se ao terror sentido pelo individúo. Por fim, existe 1a desorganização completa da motrici//, o lobo frontal foi total/e atingido e o indivíduo está em acinésia (onde já n existe delirio; o indivíduo está inerte).

As psisoses, em termos de patologia, s a emergência dos esquemas sociais. As psicosese s doenças onde há delirio; s manifestações desrreguladas dos sistemas de comporta/o gragário: esquema espácio-territorial (se a ruptura se dá neste esquema, pode haver 2 tipos de psicoses: defesa paranóica do territótio; e/ou a ameaça paranóide); e esquema hierárquico (pode surgir a mania e/ou a melancolia – psicose

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depressiva). / A personalidade perde as características da vontade e da consciência, e fixamo-nos num pólo das psicoses, vivendo de acordo c ele – a isto chama-se projecto psicótico, que é completa/e desadaptativo.

DEMÊNCIAS – podem ser: recuperáveis (sifílis, alcoolismo); irrecuperáveis ( e q se agravem – doença senil e Alzheimer); n s recuperáveis, mas estão estabilizadas

(pós-traumáticas).

MODELO ETO-ANTROPOLÓGICO – baseado nos esquemas sociais. Debruça-se essencialmente sob 3 dimensões: território, esquema-hierárquico e tempo./Psicoses e esquemas sociais: repartir o espaço entre os grupos de indivíduos, visivél nos animais gregários (esquema espácio-territorial); o espaço é o fisíco, social e o contextual; o espaço é assim, fisíco e simbólico. São as fronteiras entre nos sentirmos pertencentes a um grupo, ou fora dele. Os animais q apresentam esquema hierárquico, establecem relações de dominância e de submissão. O dominante pode ser + forte, + inteligente, o q representa o modelo pa o grupo, o representante. As psicoses endógenas

Psicose é parte de 1a desestruturação das funções psíquicas. As FUNÇÕES SUPERIORES s: funções cognitivas, afectivas e conactivas (tem a ver c a integração das 2 funções anteriores; promovem essa integração em acção). As FUNÇÕES COGNITIVAS – o neocortex tem áreas motoras, sensitivas e associativas. As funções superiores s das áreas associativas; estas s responsáveis pela estrutura da personalidade da cd sujeito (consciência, identidade, ...). as áreas associativas – 2 anatomistas estudaram a disposição cerebral: Cissura de Sylvius (separa o lobo frontal do parietal); e Cissura de Rolando (delimita o frontal e delimita-os das outras áreas). As áreas associativas tem a ver c as áreas cerebrais: – á volta da cissura de Sylvius q chega ao occipital, há o cruza/o temporo-parieto-ocipital (T-P-O) esq (zona instrumental da linguagem (1ª grande função cognitiva)) e o cruza/o temporo-parieto-ocipital dto (zona responsável pelos gestos (é esta q aprende a dançar, desenhar)). No lobo frontal, quase na sua totalidade temos a 3ª área associativa: programas de referência – este comanda os kos, e é o lobo superior + impotante, em relação aos outros. Responsavel pela imaginação, capaci// simbólica, de aprender, de abestrair (desenvolve-se mto na adolescência). O neocortex permite falar e agir de forma adaptada. / LESÕES CEREBRAIS: hemisfério esq. – afasias (perturbações da linguagem); na linguagem existe a fase do falar (expressão) e do agir (compreensão), em simultanêo; assim assume 2 áreas, a de Broca (expressão) e de Wernick (compreensão). As afasias podem ser da linguagem oral (alexias, dislexias) ou da escrita (agrafias, disgrafias). Hemisfério dto . apraxognosias: agnosias (perturbações da apreensão visual), apraxias (perturbações da execução gestual) e perturbações do conheci/o e utilização do próprio corpo (negligência do conhecimento do menbro). Lobo frontal – perturbações da adaptação (atinguem todas as outras funções): sabe falar, mas n o faz adequadamente; sabe gesticular, mas os gestos s descoordenados. 1a lesão neste lobo, faz c q a pessoa perca o juízo critíco. / MEMÓRIA – é a base das funções cognitivas, mas n é 1a função superior. É prévia às funções superiores. Existe a MCP (lesão: pessoa n aprende); MLP (as referidas no hemisfério esq, dto e lobo frontal). As lesões q afectam a memória chamam-se amenésias. / Qdo as lesões referidas acontecem todas ao mmo tempo, a pessoa tem demência. Emergem as funções inferiores (do arqueo e paleo cortex). A pessoa assume padrões arcaicos, fora do controle e sem significado.

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vão-se debruçar sobre estes 2 esquemas. A civilização depende de esquemas inaptos da sp, e da forma de nos organizarmos. Os genes e a cultura modificam-se simultanea/e, s interdependentes. As determinantes biológicas estão sempre presentes, mmo qdo realizamos os nossos kos. Sempre q estamos em grupo, estamos a funcionar territorial/e e hierarquica/e. Numa psicose, funcionamos de forma patológica, desadaptada; é 1 funciona/o psicótico de ruptura consigo mmo e c o mundo. As psicoses endógenas emergem a partir de uma desrregulação do funcionamento psicológico./ Qdo o neocortex n integra os 2 niveis + arcaicos (arqueo e paleo cortex), eles começam a funcionar sózinhos, desadaptados e arcaica/e (regressão filogenética). / As psicoses endógenas s as + dificeis de explicar, de todas as doenças humanas. Através do esquema hierárquico e do territorial (eixo y e eixo x respectivamente), torna-se + fácil a sua compreensão. “1a psicose é 1a doença acompanhada por algo, cuja existência n é compreensivél em termos da existência precedente” (Schineider, Rurt, 1959). 1a psicose surge de forma abrupta, por uma ruptura. 1 indivíduo de repente altera o seu comporta/o de forma disruptiva, e ninguém o “conhece”. / Um psicótico afectivo e/ou esquizomorfo comporta-se da mma forma q outro, independente/e do lugar do mundo em q se encontram, da cultura. Uma psicose tem uma constância transcultural. Há 1 morfismo dos síndromas em q as psicoses se organizam (cd caso é 1 caso, mas todos tem certas caracteristicas; p. ex. o delírio – afirmação de 1 novo projecto de 1a forma de estar no mundo; lógica interna q é desadaptada para outros). 1 delírio é um todo c significado pa o indivíduo, e é 1 todo significante n racional. Este morfismo aponta pa factores bio, e nas psicoses, é possivél o seu caácter heredo-constitucional (carga herditária). As psicoses s respostas possiveis à forma de estar no mundo, mas s exageradas, desadaptadas, desrreguladas. S desapropriadas em relação ao muindo real e actual, enqto antiga/e poderiam ser aceites, s regressões. / Numa psicose há 1a doença da personalidade (não há equilibrío nem integração no neocortex, paleo e arqueo). Isto vai levar a 1a regressão e o neocortex deixa de comandar os kos. Para q esta regressão suceda, antes de +, tem de haver 1 defeito genético e 1 acontecimento (“noxa do ambiente”) marcante (p. ex. ida para a tropa, perda da 1ª namorada). As noxas do ambiente podem agravar a doença, mas n foram elas q a originaram. Nas psicoses, há 1a latência genética q emerge se for desencadeada. / Modelo eto-antropológico: defeito genético + noxa do ambiente. De acordo c este as psicoses s síndromas de kos arcaícos elaborados, manifestando-se sob influência genética. É 1 modelo q parte do principío q nós temos inscrito no nosso padrão genético o “defeito” dos 2 esquemas sociais, e q a influência de 1a noxa do ambiente, vai desencadear um funciona/o psicótico. 1a psicose é um corte com a realidade.

O modelo eto-antropológico (baseado na etologia; integra o quadro dos 4 grandes síndromes das psicoses), tem 3 dimensões q organizam os kos sociais, da socie// humana ou outros: 1- espaço; 2- hierarquia; 3- tempo./ Os síndromes psicóticos s síndromes de desorganização dos kos sociais, e a consequência vai ser a sua dificul// de se adaptar social/e. O indivíduo deseroganiza-se em todas as dimensões; todas as psicoses s desorganizadoras ao nível do tempo. As outras dimensões desorganizam-se consoante a psicose.

Características gerais das várias psicoses: eixo vertical – hierarquia; no eixo horizontal – território (espaço): sentimentos de pertença, posse; pertençe ao território e ao grupo. Os kos são explicados em função das 2 coordenadas antropológicas (pq s invariantes culturais, universais). As coordenadas s o nucleo dos kos biológicos, e por isso resistem às influências do meio ambiente. Nós temos genes + aberto à mudança, ou + fechados à mudança. Estes 2 esquemas configuram as sociedades humanas. Este

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modelo surge de 1a análise comparativa entre as culturas, e permite deduzir 4 polos invariantes no espaço dos animais gregários. Teritório (centro e fronteiras) tem formas psicóticas: ou estar senpre no centro do território - paranóico, ou estar fora das fronteiras e não conseguir voltar (caos) - paranóide. Hierarquia (lugar mais alto – predominante; lugar mais baixo – soldado raso), está presente em todas as culturas humanas; existem 2 símbolos em todas as culturas q representam o predominate e o raso. Pólo superior – psicose maníaca (estado de euforia excessiva e desadquada); pólo inferior – psicose melancólica ou depressiva (culpa, infelicidade, inferioridade). / Tempo e a sua vivência em cd psicose: Maníaco – todos os chefes tem isenção de carga horária; ele auto-regula-se e vive o tempo no presente, e o presente prevalece em relação ao futuro (consequencias) e ao passado (restrições). Ele pode fazer tudo, e vive o dia co se fosse o último da sua vida, n se preocupa c nada, n pára para pensar, apetece-lhe e faz. O maníaco é hiperactivo e pa ele, o tempo é rápido. Melancólico – pergunta a toda a gente se pode fazer alguma coisa, é submisso, está situado no passado (n existe presente nem futuro, e a vida n faz sentido). Pa ele, o tempo é lento. Os obstáculos parecem intransponiveis, e o tempo é sempre ameaçador. Paranóide – perde as referências temporais dos seu grupo pq se perdeu dele. N sabe co regular-se ao nivél do tempo. Está desterritorializado, perdido, mtas vezes em delírios de perseguição. Vive fora do tempo dos outros, faz as coisas a horas diferentes dos outros (p. ex. comer fora de horas, deita-se de manhã). Pa ele o tempo é dissociado; existe 1 corte com a realidade. N é + lento nem + rápido, é dissociado. Paranóico – é premeditado; é rigído c o tempo; é o guardião do centro do território. Pa ele, o tempo é centrado e rigído. Ele n é o dominante, tem 1 delírio organizado e está encarregue de manter a organização do grupo e efectiva estabili//. Os maiores assasinos s os paranóicos, q matam pa repor a ordem e eliminar todos aqueles q n respeitam as regras impostas ao grupo. / Agressividade e atitude de cada psicótico: nas psicoses mistas: o melancólico é + parecido c o paranóide – psicose esquizo-afectiva. O maníaco é + parecido c o paranóico (há predominância de 1 dos polos). Psicose bipolar – hoje está maníaco, amanhã está paranóico; os 2 polos n se dão em uníssono. Maníaco – é 1 dos 2 + agressivos; tem atitudes esténicas, activas. Exerce a sua agressividade pondo os outros na ordem; o maníaco n mata. N se mata os ele/os do seu próprio grupo. A agressividade é sintónica, benigna. Paranóico – é o outro + agressivo. Defende o território dos intrusos; ele mata, nomeada/e qdo o inimigo está perto do centro do territótio. A agressividade é assintónica, maligna. O melancólico e o paranóide tem atitudes + retraídas, tem atitudes asténicas, passivas./ Os doentes territoriais sentem a sua psicose co imposta de fora; eles n se sentem doentes. Por isso, mtas vezes existem delírios de perseguição. A sua problemática vem sempre a partir dos outros. Os doentes hierárquicos acreditam q a doença vem de dentro deles próprios; é ao contrário.

SÍNDROMA PARANÓIDE – conj de sintomas, q n em si 1a doença. É provocado por ingestão de drogas (p. ex.). inclui-se aqui a esquizofrenia paranóide (o doente está situado fora das fronteiras do território).Está relacionado c o esquema espácio-territorial. / O território é 1a área fixa definida pelo proprietário e pelos congéneres. A defesa é feita ao grupo (os elementos estão vinculados); é defendido por meios directos (p. ex. luta), ou por meios indirectos (p. ex. rituais olfactivos – marcação do território). A defesa do território prende-se a 1 instinto biológico q leva a q o animal determine, mantenha e defenda fronteiras estabelecidas. Toda a área q está para lá do território, a área vital, n é de ninguém. É a área dos predadores e da caça (de alimentos e de fêmeas pa acasalar). O nível de consanguinidade é baixo, pois acasalam c elementos de outros grupos. Na área vital, os animais perdem o instinto territorial. Isto

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interessa pa a espécie humana pq, desde mto cedo, q fomos obrigados a adquirir kos instintivos territoriais. Este instinto foi sendo incorporado pelo nosso cérebro, à medida q esse foi evoluindo, e foi-se complexificando.(neo – instinto territorial conceptual – ambiente simbolizado; paleo – instinto territorial social; arqueo – instinto territorial físico). No síndroma paranóide, o indivíduo desadaptou-se social/e e conceptual/e do seu grupo./ Este síndroma é biológico. Ex. de doença integrada neste síndroma - esquizofrenia paranóide : causas: aparece sob a influência de 1a informação genética alterada (é 1a doença multigénica – vários genes estão alterados); existe 1 padrão inquestionável de influência hereditária. Pa além disso, junta-se tb uma influência ambiental (acontecimentos da vida da pessoa q vão desencadear a doença q estava latente na vida da pessoa). Qdo se juntam estes 2 factores, o q estava latente vai emergir, reavivando comporta/os arcaicos de vinculação ao espaço (vai haver 1a regressão filogenética; o indivíduo comporta-se co um protohominídeo). A esquizofrenia tem 5 fases de evolução: 1- desterritorialização (n é um quadro psicótico)- co é q a doença se inicia? O doente é tomado por 1a motivação territorial em q 1 vector desconhecido o vai empurrar pa longe do centro do território (é 1 vector desvinculador e centrífugo), e vai empurrá-lo pa um território adverso. Este individúo vai ser afastado do domínio do seu grupo, e vai sentir-se em território hostil. Todos os seus sentimentos, vivências e respectivos kos, passam a ser o espelho da forma co se sente no mundo (perdido); ficam c medo, alerta, vigilantes, nervosos, ...Surgem motivações de tipo territorial, de quem se perdeu e comporta-se co um animal desalojado do seu território. Sente-se a perder o contacto c o grupo, a quem pertencia. O doente vê-se progressivamente fora do seu grupo, e n sabe pq é q isso está a acontecer (o mal vem de fora) e vai procurar as razões, pelas quais isso lhe aconteçeu. Isto é o inicio do percurso q o vai levar ao delirio, pq está a tornar-se excessiva/e e desadquada/e desconfiado. O doente perde familiari// c o meio em q vive e vai acabar por perder contacto c o grupo a que pertençe. (ex. frequentes – doentes asilados, surdos, personalidade esquizoide, soldados de guerra, emigrantes). Esta desterritorialização n é ao nivél fisico; a pessoa mantèm-se no seu lugar normal. Passa antes pelas dimensões social e conceptual. A personali// esquizóide é 1a personalidade tipo, q falta à sp humana e q às vezes podem tornar-se adaptativas (ex. pessoas q gostam de viver isoladas nas aldeias longuinquas e quase desabitadas). Caso contrário, preferir mta gente e viver nas cidades, predomina 1a personalidade + afectiva./ 2- Despersonalização (já é 1 quadro psicótico) – o indivíduo n está, nem se sente completa/e num ambiente hostil; está confuso, mas ainda n está totalmente perdido. O indivíduo está a sentir-se expulso e vai sofrer 1 processo de despersonalização: começa por sentimentos de ambivalência (ex. n sei se te amo, se te odeio), vai ter dificuldades de adaptação aos outros, perda do controle dos seus senti/os e dos senti/os dos outros. A certa altura, esta ambivalência transforma-se numa alteração da consciência dos limites do Eu. A ambivalência provoca o imputamento afectivo (no esquizofrénico), ele n sabe quais os seus e os limites dos outros. Há oposição entre agressividade vs medo, vai começar a fugir do outro, entra em ensimesmamento e autismo, e vai sofrer 1 processo dramático ao nivel da personalidade, q se chama Clivagem do EU – alteração da consciência dos limites do eu, passa a 1a perda dos limites. Aqui pode surgiro delirio de influenciamento – imposição do pensa/o, experiências de passividade e simbolica/e perdeu-se do seu grupo e é dominado pelos dominantes de 1 grupo hostil; o doente está em hiperstesia (5 sentidos mto apurados e em alerta, n conseguindo estar distraído), e vão surgir alucinações (percepções sem objecto real, em vazio; normal/e s vozes, auditivas, em q as vozes dão ordens e/ou avisos, s vozes malignas). Alucinações verbais – reprovação, ordens, troça, comentários prejurativos, críticas, opiniões, etc. ele recebe tudo de forma

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mto exagerada (os sorrisos estão a fazer troça); estas podem ser cominativas (avisos) ou injuntivas (ordens)./ As 2 primeiras fases podem acontecer fora de esquizofrenia e o constituem ainda quadro psicótico. A esquizofrenia é + frequente em filhos de pais rigidos e autoritários./ 3- intencionalidade delirante: da passagem da 2ª para a 3ª fase, dá-se a clivagem do eu. O doente está extremamente sensivél a tudo o q lhe chega vindo dos outros (hiperestesia sensorial). Estão mto vigilantes e atentos. O doente está atento aos sinais dos olhos dos outros (toda a gente olha pa mim a troçar – olhares c significado negativo). Entramos então aqui, na 3ª fase da esquizofrenia: perda dos limites do eu (2ª fase), certeza de q se está a ser perseguido (3ª fase). Alguém lhe quer mal e o persegue. Os olhos s importantes devido à expressividade, e co o doente entrou em produção delirante (produção alucionatório-delirante), s ainda importantes pq s 1 orgão especializado na sp animal (é 1 receptor e emissor de mensagens). A capaci// de emitir mensagens, tem 1 papel mto importante na demarcação territorial e hierárquica (nos vertebrados superiores e primatas). O olhar ganha assim capacidade de intimidação (esta capacidade é já muito arcaica, é 1a recuperação filogenética q já existia noutras sps). O doente vai perder a capaci// de intimidar c o olhar e vai estar mto atento à intimidação do olhar q vem do outro. No olhar do outro, o doente encontre sempre uma intenção contra ele (intencionalidade delirante) e a partir daí, vai desenvolver vários tipos de delirio: de influenciamento (já vem da fase anterior – vozes, clivagem do eu; as vozes comandam o seu pensa/o); de auto-referência (tudo nos outros se refere a ele. Numa situação quotidiana, isto é normal, na esquizofrenia é uma resposta exagerada/exarcebada); de perseguição (pa além dos outros só olharem e se rirem dele, neste delirio os outros andam tb atrás dele e querem fazer-lhe mal. Ele quer passar despercebido, não quer ser observado – todo o evita/o do olhar reflecte um síndrome paranóide). Estes delirios provocam ainda outros tipos de delirios. As ideias persecutórias podem ser de vários tipos (normal/e s as pessoas + próximas q passam a ser inimigas). Existem ecos de pensa/o, rejeição alimentar (delirio de envenenamento), atelose (inicio de aperto de mão e interrupção brusca). Como defesa, o doente vai Ter delirios de filiação(p.ex. filho do papa) e de megalomania (nunca se refere a ele próprio; ou ao q foi no passado ou a alguém da familía). Outro aconteci/o desta fase, é a perturbação da identidade sexual. Este doente n se atreve a competir c pessoas do mesmo sexo. Todos estes delirios acontecem devido às alucinações (percepções q partem de promenores, mto valorizados, em deterior/o do todo; é 1a percepção em vazio, sem objecto, percepções deformadas da realidade). O de inicío parecia uma marginalização, aqui torna-se uma marginalização real; vai ser posto de lado devido aos seus kos berrantes. A partir de certa altura, os factores sosiais pioram e a doença (daí, a esquizofrenia era vista co 1a doença de foro social). 4- Catatonia : passa de esquizofrenia paranóide a catatónica (é uma resposta ao terror da fase anterior), desperta o reflexo de imibilização – respostacataléptica, acinética. O doente n me mexe, mas é aqui q o doente é + perigoso (a agressivi// é filha do medo). O doente nunca perde a sua distância individual, e os limites proxémicos s os dele dentro daquele delirio, e corremos o risco de sermos vistos co o inimigo dele q está dentro do território, e aí pode contra-atacar e matar-nos (reacções critícas – súbitas e de grande violência; a imibili// é imterrompida por instantes pa atacar). Nesta fase o delirío de negação (negação de orgãos; o doente imagina-se sem determinados orgãos ou funções bio. O orgão está parado). O doente nesta fase, está a ficar + degradado e defende-se através deste delirio. 5- perca definitiva do impulso gregário (perca do impulso q nos leva a querer aproximarmo-nos dos outros). O doente isola-se, deixa de querer procurar os outros. O q real/e existe é a sua própria proxémia, e aqui volta a existir demarcação olfactiva (as fezes do doente s postas no lugar do q é seu). Nesta fase, já nem sequer há delirio. O

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doente funciona c as suas camadas + básicas e arcaicas do cortex; já não está catatónico. Esta fase é a da demência da esquizofrenia. O doente aqui, comporta-se co 1 animal enjaulado, em hipercinésias. / Tratamento farmacológico: neurolépticos (anti-psicóticos). O doente é medicado e trabalhado e já n chega a estas fases terminais. / O delirio é uma má interpretação da realidade, e como tal, os consequentes kos vão ser regidos por essa má interpretação.

PARANÓICO: no mundo animal, o centro do território é o abrigo de maior segurança, onde as respostas defensivas são + fortes, rigorosas e podem ser mortíferas. Pq os estimulos de dissoação s maiores, qq confrontação q ocorra nesta zona, mmo q o n.º de sujeitos seja menor, é ele (o paranóico) q ganha, idependente/e da força dos invasores; estes apresentam kos de submissão enqto q os donos do território tem kos dissuasores. O invasor está inibido biológica/e – coacção psicológica. O esquema territorial é biológico, e provoca alterações no ko q se traduzem em 2 pólos opstos: submissão vs dissuação. As culturas humanas apesar das suas diferenças estruturais, tem factors comuns: o territorial e o hierárquico. O psiquismo humano integra estes esquemas mesmo inconscientemente; por isso, o ko humano vai ser influenciado de acordo com a proximidade, ou não, do centro do território. O paranóico vai situar-se numa posição defensiva no centro do seu território. É 1 doente em q o esquema territorial vai emergir de modo em q se manifesta numa perspectiva de dono do território, ou seja, vai sentir-se o senhor de 1 dominio, onde se irá sentir sempre, perto do centro. É um dominio q lhe pertençe, assume-se o proprietário, vai ser levado a 1 estado de alerta permanente, sinais de ameaça, à intrusão do território. Cada vez q detecta 1 suposto invasor, ele vai mover contra os invasores, intrusos, todos os meios disponiveis, incluindo o matar. Há 2 tipos de paranóia: vera e profética. A p.Vera é oposta à esquizofrenia, mas c a mma raíz biológica; defeito genético. É 1 doente q delira, q tem pensamentos alterados, partindo de permissas erradas, constrói 1a resposta delirante a 1a interpretação dessa realidade q o território está ameaçado. O sistema defensivo, q na sua lógica é pertinente, tem de estar de acordo c aquilo q ele vê, meios legais de defesa, aos trunfos legitímos da sociedade. É o q se preocupa + c as regras do território, é o modo co ele pode ser visto pelos restantes membros do grupo. Tudo o q ele considere co fazendo parte do território vai ser defendido por ele de forma impiedosa. Este doente n tem dúividas acerca dos seus direitos, no entanto esta segurança é paranóica. Mtas vezes pareçe plausivél aos outros, mas inflexivél, por isso este doente vai ser implacavél; ele nunca é capaz de admitir a razão da outra pessoa, só ele é q está certo. Segundo Kretschmen de todos os doentes psicóticos, este é aquele, em q n há mtas semelhanças – n há paranóia, há paranóicos. Por isso é q muitos deles estão diagnosticados co psicopatas, daí a maior parte dos psicopatas são paranóicos q se revelam através de actos sociais, co o homicídeo de alguém. / A evolução da doença tem a ver com a evolução do delirio, as ideias de perseguição q se tornam em delirio, e ele passa de simples ideias num estado legal, para passar a fazer justiça pelas suas próprias mãos. 1 psicopata é 1 sociopata, pq tem alterações de ko na sociedade. É mto frequente confundir-se o psicopata c o paranóico, pq só se manifesta qdo ocorrem kos anti-sociais./ O paranóico começa por Ter ideias de perseguição e alerta, ele tem a vivência de q o território está ameaçado, então vai tentar identificar o intruso, q pode ser de 2 tipos: 1- alguém muito poderoso, pa se atrever a aproximar-se do centro do territorio; 2- alguém mto dissimulado, por ter passado tão bem despercebido e ninguém o ter visto, mas q ele vai desmascará-lo./ São delirios parecidos com os esquizofrénicos, só q o paranóide pretende defender-se dos outros e ele está num ambiente hostil; o paranóico pretende defender o seu território q está a ser ameaçado. O paranóico define e

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assume as fronteiras do grupo. A defesa é obstinada e muito agressiva, podendo cometer crimes premeditados de grande violência ou então cometer crimes passionais. Se ele identifica o intruso disfarçado, ele está a Ter o delirio de Sóssia – aquela pessoa é parecida c o meu amigo, mas n é ele, está disfarçado pa se poder aproximar./ É um indivíduo esténico, activo, é dominador./ delirios: auto-referência; perseguição; megalómania; sóssia./ p. Profética – tem a ver c a personali// do doente. É 1 sujeito q por qq razão começa a desenvolver 1 processo paranóico; começa a sentir-se empurrado pa fora do seu território, só q antes de ser expulso, ele cria a seu próprio centro e o seu próprio grupo (ex. seitas), defendendo este. A diferença entre a Vera e a Profética (ambos tem indivíduos esténicos) é q na vera o indivíduo está no centro do território, é rigido c as regras do grupo; a profética defende-se criando 1 novo grupo./ 1 paranóico só é identificado à posteriori. No inicio é considerado pelos outros co o melhor do grupo cujo exemplo deve ser seguido. O q caracteriza o paranóico é o facto de Ter 1 pensa/o sistematizado. O crime é sempre frio e premeditado, n tem nada de impulsivo; é tudo mto organizado; é 1 doente c 1a grande rigidez psiquica. Tudo parte de falsas premissas – delirio crítico intolerante, sem capacidade de atender a atenuantes ou circuntâncias. É o + agressivo e solitário, pode viver completa/e sózinho durante anos, mto anti-social, tem exibicionismo agressivo, usa sinais de intimidação. S pessoas a quem fazer testes para diagnosticar a doença n é nada fácil. P.ex. se pedirmos pa desenhar 1a pessoa (em todas as psicoses qdo se pede pa o fazerem, geral/e é 1 desenho projectivo), o paranóico desenha no centro da folha, c ombros largos, olhos grandes, orelhas grandes (vigilância, alerta); pq ele está sempre muito atento, geralmente com alguma coisa militar (botas). O paranóico é 1 doente q n pode ser reconhecido pelos outros, co tal passar despercebido, tem 1a lógica rigída e patológica. / Identi// sexual dos paranóicos: o paranóide tem 1 pensa/o de pseudo-homosexualidade e de confusão (atitudes q vão contra a sua identi// sexual. P.ex. homem – submissão); no paranóico tem pavor q alguem pense q ele n é 1 verdadeiro macho; desenvolve 1 grande medo da homosexualidade, e se possivél, acabaria com todos os homossexuais. Esta diferença entre pd e pc, é q o pd tem atitudes de submissão e o pc tem muita necessidade de afirmação e de dominio. Alguns pedófilos estão no registo paranóico. A questão da identi// sexual prende-se c 1a regressão filogenética arcaica, q é visivél nos primatas (ex. macacos esquilos tem 1a erecção de intimidação perante 1 estranho). O temor do pc, leva-o a uma actividade sexual frenética. O pd tem alucinações cinestésicas (ex. estar a ser masturbado por alguém). Dizia-se q o pc tinha esta actividade para sublimar o seu impulso homossexual – a etologia veio corroborar esta ideia. / tema de delírio principal de um pc, e como este leva às perturbalções delirantes – nas esquizofrenias pd, existem crises psicóticas, no pc, o esquema delirante é permanente, é 1 sistema estavél proveniente de causas internas ao indivíduo, há uma vulnerabilidade individual q é diferente da do doente pd, devido à personalidade individual. O delirio pd – desadquação evidente; delirio pc – pensamento conservado: delirio organizado, ideias claras, aliado a 1a capaci// e vontade de agir. No pc temos 1 delirio primário – delirio q tem causas bio (de origem endógena/genética). Se a paranóia surgir no contexto de outra doença, o delirio já é secundário (é 1a consequência). O delirio debruca-se sobre o tema de um objecto q é cobiçado pelo intruso. Tal objecto, é o tema do delirio e tudo vai girar em torno dele. Tríade de Kretschmer: numa perturbação delirante, está presente esta tríade. O factor mais importante é a vivência-chave, q vai ser o tema do delirio. Os temas podem ser divididos em território: bens (alimentos e materiais para construir o abrigo) e fêmeas (isto para o reino animal). É constituida por 3 factores: – 1- factor do carácter: delirío de prejuízo (o sujeito está no centro e alguém quer roubar-lhe os bens, o bom nome (difamação). O inimigo pode ser de

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ambos os sexos.) e delirío de perseguição (alguuém quer roubar-lhe todo o território). 2- factor de vivência-chave: delirío de ciúme (alguem q lhe quer roubar a mulher. O inimigo é sempre do mmo sexo. O ciúme é imaginário, n existe razão pa haver ciúme; torna-se doentio e leva a pessoa a matar o inimigo). 3- Factor do ambiente: delirio erotomania (ideia delirante em q o doente pensa ser amado por alguém em evidência (alguem c prestigío, famoso, conhecido). É 1 delirio c o sexo oposto. A pessoa sente-se mto importante por ser amada, por alguem mto importante. Co é um delirio, ao cair no real, o doente pode-se matar))./ Existem diferentes formas de sentir ciúmes (não tem de ser necessária/e paranóico ou delirante). Os alcoolicos s mto ciumentos, n s doentes paranóides, mas depressivos – mata a mulher pq ela é a culpada: a obrigação dela era gostar dele.

SINDROMAS A NIVÉL HIERÁRQUICO: dominância (ponto superior – alfa) ou submissão (ponto inferior - ómega). Estes síndromas s considerados afectivos – a nossa vida afectiva desenvolve-se sempre qdo existem papeis assumidos. O estado normal dos seres vivos é serem dependentes (do meio ambiente, ou do grupo)./ Nos sindromas hierárquicos, o problema é exacta/e o da autonomia-dependente. O maníaco quer ser excessiva/e autónomo e independente, n respeitando as regras do grupo; o melancólico é demasiado dependente dos outros. Esquema hiérarquico – esq de ko social q existe nas sps gregárias (o texugo n tem hierarquia, é 1 animal solitário). A esses grupos (c hierarquia) chamamos grupos individualizados. Existe conheci/o individual do grupo (o q pertençe vs o q n pertence). É a partir das hierarquias q existem afectos (p.ex. 1 gato é submisso em relação ao seu dono). 1 dominante (alfa) é só um. Tem direitos (escolha de certos ele/os em 1º lugar) e tem deveres (manter a ordem e a organização do grupo). Estas hierarquias s establecidas através de interacções iniciais do tipo agonistico. A ordem de dominância surge qdo a hierarquia está establecida (regula os impulsos opostos – o grupo deixa de competir; existe 1 grupo + organizado, coeso). A disposição pa a hierarquia é uma disposição inata (nos animais gregários e na sp humana), temos o lobo frontal capaz de antecipar e prever, o q nos vai tornar inconformistas face à hierarquia. Só aceitamos ser dominados se existirem regras iniciais mto bem definidas (ideal democrático). Qdo existe 1a desregulação das nossas disposições inatas para a hierarquia, surgem 2 sindromas hierarquicos (mania e melancolia) q podem existir em simultanêo (ciclofrénia – doença bipolar). O nosso humor é flutuante (varia c as estações do ano, c a presença ou ausência do sol, e c as próprias variações ao longo do dia). Num síndroma patológico, tb existem flutuações, mas estas estão + acentuadas. Se o sujeito se fixa num pólo, ou está em mania (sempre eufórico) ou está em melancolia (depressão), isto acima ou abaixo do nivel de humor. As alterações do humor podem ser + lentas ou + rápidas (alteração de minutos em minutos). As + dificeis de tratar são as lentas. Estes sindromas s regressões kais e filogenéticas. Desde mto cedo, a sp humana teve capaci// de substituir 1 dominante mto rápida/e (por morte, feri/o). Adaptámo-nos a mudar de dominantes c frequência e a submetermo-nos a eles. A mania só existe na sp humana, mas a melancolia existe em várias sps (nomeada/e qdo as crias perdem a mãe – depressão anaclítica). Qdo estamos perante 1a ciclofrenia, a mudança dá-se de dentro pa fora do indivíduo (endógena). No exterior, nada mudou... as razões exteriores nunca explicam a doença nem a desencadeiam. O doente de repente, subita/e, está em psicose (ruptura). Qdo real/e a razão vem do exterior (num estado normal) reagimos, zangamo-nos, protestamos, falamos mal (pq somos inconformistas). / Binswanger – maníaco é aquele q perde a preocupação c as regras éticas do grupo (transgressor); 1 melancólico é aquele q mostra 1a submissão completa às leis e imperativos da interdição (é incapaz de transgredir).

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Um maníoco-depressivo altera sempre estes 2 pólos; n sofre de delirio de perseguição. É um doente plena/e centrado no grupo, mas ou o transgride ou lhe é submisso. É alguém q sofre 1a grande alteração hierárquica (ou ascende ou cai brusca/e na hierarquia). A alteração do humor é sempre súbita.

MANIA – doente c vários senti/os, e a partir destes, vai Ter um tipo de delirio – delirio de grandeza. Existe o senti/to de força e dominio sobre o grupo (existe sobrevalorização), q provoca kos mal aceites pelos outros (superioridade, mania q é bom, distância). Inicial/e, é atraente, sedutor, audacioso, confiante, activo, cheio de iniciativa. / Manifestações fisícas: enorme capaci// (resistência) fisíca, au/o das sensações vitais, au/o do apetite, da libido, sonos breves e reparadores./ Inicialmente predominam senti/os expansivos: a vai// transforma-se em arrogância, começa a menosprezar os outros, a troçar, a criticar. Vai havendo 1a perda do sentido critico. Gradualmente vai começar a Ter um grande senti/o de angústia (de perder o lugar de dominante e da opinião dos outros) – torna-se inseguro. Face a esta angústia, o maníaco “foge para a frente” (sentimento de omnipotência) q leva às manias delirantes (histórias inventadas em q ele é o bom, ambição desmedida, desrregulação dos instintos, fuga perma/e de ideias, compulsão pa consumir, hiperactivi//, pensa/o c saltos de atençaõ, podem cometer pequenos distúrbios – ex. comprar sem Ter dinheiro e individar-se). Há sempre 1a megalomania sobre si próprio (sou capaz, sou o maior) e temas herótomanos (sou o mais desejado). Existe 1a euforia permanente q lhes dá 1a hiperstasia sensorial (ex. virarem-se pa a arte e pintam a casa de todas as cores possiveis). O maníaco é um exuberante, extravagante, mto expressivo, mto falador (c pouco tempo pa ouvir os outros – verborreia) e é mto mimíco (risse mto, exagerada/e), olha os outros nos olhos persistente/e. O seu olhar é provocatório, frontal, mas não é agressivo, é dominante./ A mania aparece na doença bipolar, mas pode aparecer noutras doenças c intensi// diferente: grande mania, hopomania, mania simples, mania de luto (viúvas alegres). No caso dos homens, é frequente a doença bipolar.

MELANCOLIA – psicose depressiva – existe um declinio hierárquico do seu posicionamento, em relação ao grupo. A melancolia é 1 termo q já n é mto utilizado, q designa 1 estado profundo de tristeza q atingia geral/e as mulheres + novas à espera de marido. Hoje, a depressão é frequente em idades jovens, aparecendo + na transição da vida adulta para o envelheci/o, parecendo estar influenciada pelas perdas hormonais. É o oposto da mania, o contraste é ao nivél dos sentimentos q se evidenciam; o melancólico tem sentimentos de inferioridade. Co é 1a doença bio, existem tb sintomas fisicos co a inibição. A inibição é diferente da timidez; é o contrário da acção q é psiquica e motora (inibição psicomotora). Simbólica/e um deprimido é o animal w, é o último, n existe, n escolhe, come os restos. Auto-excluem-se do grupo, renunciando às relações preferenciais. Estas pessoas integram uma grande culpabili// e n se sentem dignas pa os outros. Daí a origem de um delirio – delirio da pequenez – é o declinio da depressão psicótica c 6 temas principais: 1- auto-desvalorização (onde começa o declinío; interiorização da perca de estatuto); 2- indignidade (pessoa dirige contra si própria os kos q o grupo dirige normal/e, ao sujeito w); 3- ruína (as pessoas empobrecem pq n competem c os outros; ficam c os restos (ex. vagabundo). É a interiorização de se ser renegado pa último utente dos bens do grupo); 4- hipocondria (procura 1a explicação pa o q lhe está a acontecer e então tem a certeza de q tem doenças q lhe põem em risco a viabili// de viver); 5- negação (dos orgão e funções); 6- culpa e expiação (convence-se q houve coisas no passado q estão a reflectir-se no presente, é portanto merecido. Há 1a despersonalização, nós somos culpados, e toda a gente sabe q somos culpados. A expiação leva à auto-puição e suicídio). / É 1a doença

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q desenvolve 1 grande pessimismo. Estas pessoas n conseguem Ter projectos de vida e a morte surge co única solução. De todas as psicoses, esta é a única onde se encontra quadros semelhantes nos primatas. É a mais urgente de se tratar; este indivíduo suicida-se sem avisar. O suicídio está de acordo c as leis da natureza, nos animais. Ele marginaliza-se a ele próprio e o grupo acaba por o marginalizar tb, o q acaba por levar à sua morte. Este risco de suicídio, está de acordo c as leis selectivas (relacionadas c os genes). Existe 1 orgão q adoece, q é o cérebro. Esta inibição psiquica traduz-se num bloqueio do pensa/o, melancolia profunda e movimentos fortemente retardados (lentificação psicomotora)./ Tipos de depressões: depressão neurótica (pessoas q lidam c aconteci/os aflitivos de forma depressiva; é possivel viver-se c esta; radica em conflitos), depressao psicotica (é endogena; todos nos temos de vez em qdo incapaci// biologica pa agir); depressao border line (esta na froteira do neurotico e do psicotico, por isso, estas pessoas sentem mtas vezes 1 vazio ; radica numa não-viculacao no periodo sensivel (pessoas q se apaixonam intesa/e e depois passa ao fim de 2, 3 meses))./ A + dificil de tratar é a depressao psicotica. Deptressao reativa – produzida a partir de aconteci/os reais da vida (p.ex. o luto costuma passar aoi fim de 6 meses mas se ao fim de 2 anos ainda continua igual, já é 1a depressao reativa); a pessoa tem 1a maior vulnerabilidade pa a doença, e esta é desencadeada por algum acomtecimento. / Depressão psicótica – é 1a queda de dominância q vem do interior da própria pessoa, é endógena. Leva à perda do poder de decisão, de inicativa e inibição dos kos apetitivos (alimentação e sexuali//). São o reflexo interiorizado da pessoa, do seu colapso hierárqioco, q se traduz em 2 tipos: depressão melancólica (pessoa muito angústiada; adormeçe c facili// mas acorda mto antes da hora e n consegue adormecer – insónia terminal), e depressão anciosa (a pessoa fica agitada, ansiosa, o q dá origem a insónias; tem dificul// em adormecer – insónia inicial). A insónia intercalar pode acontecer em ambas as depressões./ Siontomas fisicos das depressões: diminuição de todas as funções vitais, co o apetite, q levam a 1a perda de peso; sono alterado(co tem insónias acorda sempre cansado; pode Ter hipersónias); líbido a perder-se, desejo desaparece. / A depressão é + frequente no sexo feminino, o q tem a ver c a flutuação hormonal feminina. Mtas vezes o 1º sintoma duma demência é a depressão involutiva (aconteçe na menopausa nas mulheres e nas 1as falências sexuais dos homens). Tem a ver c a passagem súbita da vida activa pa 1a vida + passiva.

Aspecto particular das psicoses: BIÓTIPOS – são tipos biológicos dentro da sp – biótipos. Segundo o biótipo de cada pessoa, temos + ou – tendência para descompensar em certas situações (esta ideia parece muito determinista, logo levanta ideias contorversas). Existem tendencias biotipicas em cd sujeito, e elas encontram-se misturadas no próprio indivíduo. Na sp humana existem 2 biótipos opostos. No processo de humanização, tudo depende da adaptação e interacção do ser vivo c o ambiente. Esta interacção vai reflectir-se numa evolução e numa efectiva mudança de kos. Na história do homem, existiram modificações (a todos os niveis), mas lentas. São precisas 100 gerações pa se notarem e ocorrerem mudanças significativas numa sp (pelo menos 3 mil anos). As pressões selectivas vêm do ambiente (nas outras sp), mas na sp humana as pressões selectivas vêm do próprio homem pa o ambiente. O homem modifica-o, consoante as suas necessi//s. Inicial/e o homem está sujeito a pressões provenientes do ambiente. Numa Segunda fase, o homem está sujeito a pressões artificiais q ele próprio produziu. Os 2 biótipos opostos são: equatorial e polar. O equatorial – regiões + quentes da terra. O homem desenvolveu o biótipo em q predomina a altura sobre a largura (mãos e pés grandes, tronco longo e adelgaçado). O polar – regiões + frias. O homem desenvolveu o biótipo em q predomina a largura

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sobre a altura (mãos e pés pequenos, tronco + pequeno e espesso). Isto s respostas adaptativas: 1 tronco + pequeno tem + reservas de calor e economiza-o, 1 + comprido, tende a libertar o calor. / A sedentarização humana, ou seja, a fixação a 1 território, vem depois da existencia dos 2 biótipos opostos. Esta fixação vai diminuir os cruza/os entre sps (isto +/- no periodo neolítico). No neolítico, o processo vai-se alterar: o homem introduz em si próprio, 1 processo de domesticidade (processo articicial) – processo de apuração de 1 animal doméstico (q nos está a acontecer hoje em dia). Neste existem informações morfológicas, anatómicas nos animais, qdo s domésticos (e no homem tb) – au/o das dimensões corporais em espessura; - relaxa/o dos músculos e balonização do ventre; - hipertrofia das activi//s alimentares, reprodutivas; - enfraqueci/o dos kos agonísticos, mas conservação das atitudes hierárquicas (permite-se + a proximidade entre eu – outro); - diminuição da intensi// dos esquemas motores e dos mecanismos desencadeadores inaptos./ Lorenz fala da auto-domesticidade humana: existe 1a mudança proveniente deste processo, mas a informação + arcaica continua retida nos nossos genes, nomeada/e os 2 biótipos opostos e os respectivos kos. No entanto, existe sempre 1 biótipo q predomina + em cd 1 de nós./ Os 2 biótipos originais já não existem, mas sim variações destes biótipos: ao biótipo equatorial corresponde a leptossómica, ao biótipo polar, corresponde o pícnico. No entanto, os esquimós tem ainda o biótipo polar, e algumas tribos africanas, conservam o biótipo equatorial. O equatorial era um caçador com kos territoriais, muito marcantes; o polar era muito hierarquizado./ O biótipo de cd 1, faz c q este tenha tendências leptossómicas – traços de personalidade + esquizotípicos; + sensiveis, fechados e introvertidos; valorizam a reflexão, a concentração em termos especificos. O pícnico – é ciclótimico; s indivíduos + sintónicos, expansivos, c maior facili// em conviver, menos fechados. / Qdo nascemos todos somos pícnicos. Isto altera-se ao longo de toda a vida. Podemos ser leptossómicos numa fase da vida e passarmos a ser pícnicos. O + arcaico é o leptóssomico e o + actual é o pícnico. Normal/e primeiro cresce-se em altura e depois em largura. O biótipo atléctico é o mais moderno e é aquele onde há equilíbrio entre a altura e a largura./ 3 hipóteses: 1- a sp humana sofreu 1 processo parcial, próximo da auto-domesticidade; 2- ao contrário do q se pensa, os leptossómicos s + arcaicos do q os pícnicos. A tendência é a tornarmo-nos + pícnicos; 3- os biótipos s tb 1 tipo de personali//, e correspondem a determinados esquemas sociais ( ou + territoriais, ou + hierarquicos)./ 1 leptóssomico se descompensar – pc ou pd. Um pícnico se descompensar – mc (esténico) ou ml (asténico).

PELE – orgão q serve de veículo pa a comunicação social, dentro da mma sp. É tb 1 veículo de expressão psicopatológica. Parece ser 1 orgão mto psicossomático. Nos rituais de vinculação (cuidados alimentares e cuidados de higiene corporal), o contacto corporal (q já vem desde os primatas) passa por a pele ser 1 orgão capaz de emitir mensagens e um orgão de trensferência afectiva./ Nós temos o sistema nervosos central, periférico (nervos motores e sensitivos) e o sistema nervoso autónomo ou vegetativo. Existe cominucação entre estes 3 sistemas embora o sistema nervoso autónomo funcione independentemente e sem o controle e vontade do sujeito. Daí designar respostas vegetativas, involuntárias (ex. errecção das peles). O sistema nervoso autónomo é constituído pelo simpático e pelo o parassimpático ou vago./ A pele está muito dependente do sistema nervoso vegetativo. A pele é o maior e o + pesado orgão de todo o corpo. É nos primatas q esta função da pele em comunicar se torna + elaborada. O homem perdeu 1 pouco alguns trunfos da comunicação q os primatas tem, pq se veste. A pele, q tb comunica pelos cheiros, é um orgão de protecção e de cuminicação, principalmente não verbal (corar), e de transferência de afectos (preening

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das aves – alizar as penas; grooming – serve pa aproximação: nos primatas é o catar. Utilizam-se as mãos e especializam a sua função enqto se catam uns aos outros)./ Existem 2 tipos de grooming: o auto-grooming e o alo-grooming ( a mãe faz à cria). O alo-grooming opera uma inversão hierarquica – o superior é q faz ao inferior: a mãe faz ao filho e nunca o contrário). O alo-grooming tem 1 papel mto importante pa o funciona/o do grupo; seve tb co ritual de solicitação (a fêmea seduz o macho); tem 1 papel importantíssimo no estabeleci/to de alianças dentro do grupo. Este é feito em certas partes do corpo, às quais o próprio sujeito n tem acesso, o q é diferente do auto-grooming ( q o indivíduo faz a ele próprio, é 1 ritual individual.). o alo-grooming é social, e é sempre realizado, mmo qdo os animais n estão parasitados. Estes rituais servem para baixar as tensões hierarquicas, são apaziguadores. O alo-grooming pode ser feito entre sps diferentes. Nos humanos, o espremer das borbulhas entre namorados, deriva do alo-grooming noutras sps. O alo-grooming nunca é patológico, mas o auto-grooming pode ser (quando os cuidados não são prestados pelos outros, o sujeito opta por actividades neuróticas: tricotilomania (enrrolar o cabelo e fazer pelasdas), onicofagia (roer as unhas até fazer sangue). Normal/e estas activi//s estão na fronteira do neurótico pa o psicótico, no sentido em q podem lever à auto-mutilação). Ainda na fase neurótica, os obesessivos compulsivos, correspondem tb ao auto-grooming patológico./ Existem delírios relacionados com a pele, q s o reflexo de alterações mentais. Em certas doenças psicóticas podem emergir representações arcaicas de q a sua pele é invadida por insectos (aranhiços, carraças). A pessoa vivencia isto de forma delirante, estando num estado + consciente ou subconsciente (um alcoolico, já num estado avançado da doemça, sente insectos por todo o corpo, sente q o comem e q passeiam por ele – ao nivel do subconsciente). Nestes delírios, a pessoa tem alucinações cinesteticas (tácteis) e zoopsias (visuais). A este delirio, dá-se o nome de delírio dermatozóico. Qdo os bichinhos se limitam a passear sobre a pele chama-se delirio ectozóico. Qdo os bichinhos andam dentro do corpo (a circularem no sangue, dentro dos olhos), o delirio é endozóico. O aparelho digestivo, o cérebro, o sangue, os olhos, são os orgãos mais referidos. Este delirio revela q existe 1 isolamento profundo e privação de afectos./ Psicoses q causam este tipo de delirio (por ordem de frequência): melancolia involutiva; psicose maníaco-depressiva, na fase depressiva; algumas esquizofrenias avançadas (sobretudo o endizoico); psicoses tóxicas (provocadas por substâncias), induzidas pelo alcóol (delirium tremens), pelas anfetaminas, pela cocaína; psicose de indução (onde apenas está presente o delirio de parasitação); e psicoses orgânicas (sifílis); demências./ A psicose de indução é 1a doença rara e c aspectos particulares: n é 1 defeito de personali// e está associada a vivências-chave de episódios reais experenciados no passado, c parasitação. Esta é retomada, no presente, mas sem parasitação, esta é imaginária. Ocorre mto no sexo femenino, qdo as mulheres, p. ex. vivem sózinhas numa fase etária + avançada. A pessoa começa a interessar-se por bichinhos, compra tudo sobre els, tem filmes sobre eles, aos poucos eles invadem-lhe a casa, compra todos os insecticidas e acaba rodeada e desesperada por n saber o q fazer – delirio de parasitação. Num extremo de patologia, até os bens materiais destrói. A pessoa associa este delirio a intenções malévolas de outro, q lhe quer encher a casa de bichos. A pessoa regride sobre a sua pele as preocupações relacionais. É um auto-grooming psicótico (ex. queimar as roupas, destruir o mobiliário, pq acha q tudo está invadido por insectos. Aquilo q causa a psicose é a falta de amor. A pessoa sente falta de protecção e rompe a sua ligação com o mundo exterior.

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K/Os neuroticos: as activi//s derivadas relacionam-se c conflitos de motivações. A etologia foi percursora da psicanalise, mas ela propria acabou por contribuir pa a explicação. As histerias já n s vistas co doenças neuroticas (co defendeu freud); hoje enquadram-se nas perturbações da personali//./ Activi//s derivadas: conflitos de motivações; nos animais chamam-se equivalentes animais de ansie// humana. A ansie// começa por ser humana expande-se aos outros animais. 1 conflito é fruto de + q 1a motivação principal/e qdo estas s antagonicas. 1a motivação é 1 impluso edogeno actualizado em situaçao pa a satisfação de 1 ko aptencial actraves de 1 esquema motor q termina numa actividade consumatoria. Impulso endogeno- impulso bio q n depende de 1 estimulo(ter fome estar subita/e triste ou euforico s/ explicação). Actividades em situação – nós temos estes impulsos, mas n temos sempre (n ter fome e passa-la a te-la qdo se passa numa pastelaria). Ko apetencial – utiliza esquemas motores. 1- fase apetencial (vemos o bolo e contamos os trocos pa o comprar); 2-fase comsumatória (comprar o bolo, come-lo e limpar os cantos da boca). Se n temos dinheiro pa o comprar, n concretizamos a fase consumatória. A motivação antagónica depende de um condiciona/o cultural, q reprime as nossas motivações primárias. O animal inicia 1 conflito qdo existem, pelo menos, 2 motivações opostas (eu quero comer o bolo, mas tenho medo de engordar). 1 conflito pode resolver-se de 3 formas: 1- obedecer ao impulso endógeno; 2- obedecer à motivação oposta; 3- ficar indeciso e acumular tensão tal co 1a panela de pressão, e vai desenvolver-se activi//s derivadas (pq o conflito n se resolveu). / Actividades derivadas podem ser (graus de intensidade) 1- activades de deslocamento ou subestituição (+ leve); 2- actividades de movimento de intensão ( inicia-se a fase apetencial, moderadas); 3- actividades em vazio (fase consumatória, surge mm na ausência do objecto, + intensas). Actividades derivadas são esquemas instintivos aparente/e estranhos à lógica da situação em q surgem, mas pertencentes ao etograma da sp. São kos bruscos e acentuados, c diferentes graus de intensi// relacionados c a tensão. As actividade derivadas podem surgir de forma: 1- ritualizada (ex. interromper a luta e por-se a chocar ovos); 2- redireccionadas (ex. gaivotas interrompem o vôo e dirigem a agressividade pa 1 tufo de ervas). As actividades derivadas servem pa graduar a agressivi// e diminuir a tenção. Estes riruais servem pa comunicar mensagens (a tensão q o sujeito tem naquele mo/o – comunicação não verbal). Os kos leves n chegam a ser neuróticos (q equivalem à fase de desloca/o ou de subustituição): bocejo social (n querer sair da cama c sono, vir pa a aula e continuar a bocejar. O bocejo é caracteristico de 1 conflito leve, e comunica aborreci/o, impaciência, tédio); auto-grooming (coçar, surge em situações de ansiedade leve, e qdo é contagiante fala-mos de grooming social); kos alimentares de desloca/to (comer qdo se está ancioso, nervoso, deprimido); esperguiçar; masturbações deslocadas ou actividades lúdicas c as mãos (revelam alguma tensão). Qto maior a intensidade do conflito, maior vai ser a sua manifestação. Qdo a personali// se constroi em conflitos mal resolvidos, podemos estar perante kos neurótiocos. Todos nós temos traços neuróticos, q surgem pa a economia comportamental, pa a nossa gestação emocional. A neurose incapacita-nos de viver e pode ser + incapacitante, do q a psicose (na neurose sabe-se q se está mal, e na psicose não). Para a etologia, determinados kos acessuais das neuroses (existem sintomas bruscos, acessos), serão homólogos de activi//s deslocadas e/ou de intensão, emergindo em sujeitos, nos quais 1 conflito intrapsiquico latente é actualizado em situação. / Segundo Konrad Lorenz, as activi//s derivadas têm 1a função protectora, catártica, fazendo derivar energia dos sistemas conflituais noutra direcção e transmitir ao outro 1a mensagem. / Zeagans –“os kos neuróticos s por excelência kos n verbais”, é 1 jogo permanente de emoções e instintos q originam conflitos entre motivações ambivalentes. São conflitos q normal/e estão radicados na

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agressividade e na sexualidade. Pelos neuróticos, nós temos acesso à comunicação n verbal do paciente.

Sintomas neuróticos: existem vários tipos de sintomas q s incapacitantes pa a vida da pessoa, a todos os niveis, incluindo o mental (a pessoa está lucida). Alguns sintomas biológicos (neuropsicopatológicos) – os sintomas irrompem, fazem parte do etograma e s involuntários. 2 sintomas biológicos: 1- narcolepsia (acesso paraxisticos de sono; a pessoa subita/e adormeçe e qdo acorda n sabe q adormeceu, e perde o fia à meada na conversa; surge inesperadamente e fora de contexto, resulta de 1 conflito entre ficar e ir embora); 2- catalepsia (sono paradoxal, dissociado, reduzida ao ele/o somatico (só a parte muscular é q adormeçe) “é co estar a dormir de olhos abertos”; a pessoa n tem consciência do q está acontecer, qto + orgânico for o sintoma, - a pessoa se lembra dele e do q aconteceu). Estes 2 sintomas quando associados, dão origem à doença gelineau. Estes sintomas são os + expressivos de todos os sintomas neuróticos. Num sintoma neurótico à: 1 conflito actualizado em situação; inicio e fim abruptos (caracter paroxistico); duração breve (segundos a escassos minutos); reduzem sempre 1 fragmento de 1 instinto deslocado (ex. 1 instinto normal de sono). Outros exs. biológicos c as mm caracteristicas: 1- sindroma de guilles de la tourette (constituido pos crises espasmódicas de tiques e de vocalizações (podem ser obscenas). A pessoa tem sons guturais, tiques, frases abruptas q tb existem nos gorilas e chimpazés, em paradas de intimidação)); 2- astaso – abasias de guerra (no meio de 1a batalha, os soldados interrompem a acção e tem 1a marcha de configuração infantil)). / Sintomas neuróticos + comuns: 1- crises dissociativas (tem a forma de histerias (histeriformes), expressam a intensidade. Para além das outras 4 caracteristicas já referidas (conflito é entre a agressividade e a sexualidade), estas crises são descontextualizadas, breves, com 1 fragmento de impulso e é 1 sintoma neurótico, mais comunicativo, hiperexpressivo e de exebição; só aconteçe quando há 1 observador. A melhor maneira de parar a crise histérica, é deixas a pessoa sózinha, quanto + gente à volta pior – há histerias mto parecidas c ataques epilépticos, mas numa crise histéricas, nunca se morde a língua, e nunca partem a cabeça, e as convulsões são diferentes.). / as crises tem 3 grandes niveis de intensidade: a + intensa (grande crise histérica de charcot; é 1a actividade em vazio (a pessoa pode ter 1 orgasmos em vazio), mas o conflito n tem necessária/e de erradicar na sexualidade. A mulher pode “n ter falta de homem”, co se diz no senso comum. O conflito pode ser sexual, mas normal/e, é de aproximação e fuga (gestão do espaço pessoal)); intermédia (crise dissociativa simples, é frequente a narcolepsia e existem convulsões q n chegam a ser convulsões. Mtas crises dissociativas, s provocadas culturalmente: uma mulher é encarregue de provocar 1 choro colectivo num funeral “carpideiras”); + leve (pequena histeria; é parecida com as anteriores mas muito + leve). Todas estas crises são de exibição, e n generalizadas a todos os sujeitos, apesar de num estado limite, todos poder-mos passar por elas. As crises s +/- aceites dependendo da cultura e da personalidade do sujeito em q esta ocorre. Actual/e fala-se em crises histriónicas no DSM, estas redirigem pa outro objecto a agressividade q inicialmente é dirigida pa 1 objecto especifíco, e permitem a consumação do conflito. As crises associativas s o q + nos aproxima dos chimpazés. Outros sintomas neuróticos: 1- obessesões (+ comum nos homens) – as actividades deslocadas ex. a pessoa c medo de ir pa a rua, enfrentar o mundo exterior, e ver se o gás está fechado 500 vezes – obsessão ritualizada. Estas podem ser: rituais; ruminações (durante 1a hora discute-se o mm pénalti 20 vezes). 2- Fobias: redirige pa outro objecto o medo, q sente por outro objecto, sem saber qual. São redireccionadas; é 1 medo irracional; podem ser agarofobias (medo de espaços abertos c mtas pessoas); as + dificeis de tratar s as ritualizações pois estão ligadas ao conflito – tratar c psicanálise. 3- actos falhados é 1

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movi/o de intenção (nivel intermédio); mostram a tendência universal da sp, pa activi//s derivadas. / Sintomas neuróticos surgem sempre involuntária/e; revelam intranquili//, mau estar, indecisão a nível inconsciente (conflito interior), nascem nas camadas + profundas do sistema psíquico ( a nível das motivações primárias); são manifestações vindas do inconsciente; são de raíz bio, e tem de ser valorizadas (bio e psico); são ainda + primárias q as emoções. N há controle do sintoma neurótico, nem a vontade consciente do sujeito. Existem sintomas neuróticos + indiferenciados (incontroláveis) do q outros, tal como as crises dissociativas (histerias). Todos estes sintomas s equivalentes de ansiedade (leve, moderada e intensa). A ansiedade produz 1 sintoma neurótico e este surge ao nivel do sistema neuropsicológico, no arqueo cortex. Tomar consciencia do conflito será o ponto de partida pa ultrapassar o conflito “o objectivo é faze-lo chegar ao neocortex”, tornando-o consciente. Isto pode suceder ao contrário, qdo à regressão; em vez de alcançar o neocortex, o conflito regride, ao nivel da base da piramide: nivel neurofisiológico – aqui as respostas são ainda + indeferenciadas “o conflito é + reprimido”; a ansiedade manifesta-se por “equivalentes vegetativos” q originam doenças psicossomáticas. Aqui as respostas vão ser + fisicas e menos psiquicas; s emitidas pelos orgãos. Os nervos vegetativos comandam os orgãos e funciona/os internos, q se encontram no SNAutonomo (parrasimpático e simpático). Quando a ansiedade é muito intensa, surgem então os equivalentes vegetativos de ansiedade; qdo esta se mantem num nivel patológico, pode surgir a “conversão psicossomática”, surge 1a doença fisica, fruto de 1 sofrimento psico. Esta doença surge das inumeras respostas vegetativas, q nunca cessam. As manifestações ritualizadas da sp revelam tb o grau de ansiedade sentida (ex. erriçar os pêlos); estes sinais tem 1 a função comunicativa (ex. nós coramos em sitios do corpo visiveis pa os outros)./ Sintomas vegetativos de nivel fisiológico: ereutofobia (pânico de corar; muitos primatas tb coram e há areas filogeneticamente programadas pa estas manifestações, bochechas, pescoço, etc); reveladores de ansiedade (a transpiração das mãos); neurodermite (leva aos equizemas). / Doenças orgânicas de nivel psicossomático: 1- hipertenções arteriais (o factor psicossomático é importante nesta doença); 2- enfartes (ligados ao stress); 3- asma (apenas alguns tipos, outros dependem das alergias; aqui a asma é intrinseca); 4- colites nervosas (espasmos intestinais em situações de ansiedade); 5- alguns tipos de cancro; 6- disfunções sexuais. Alguns conflitos existentes nas doenças psicossomáticas tem origem da ansiedade entre a competição hierárquica.

ANOREXIA NERVOSA – existe anorexia nervosa verdadeira “juvenil” e outros tipos. A anorexia por si só, é 1 sintoma de muitas doenças fisicas, mas por si só, ela propria é a doença. É uma doença q atinge de modo profundo e especifico o corpo e as grandes funções vitais, quase sempre no sexo feminino, e geral/e na fase etária da puberdade, q comporta alterações pulsionais graves e constantes q levam a supor a existência de factores bio, sujacentes à sua causalidade (a sua origem n é puramente psico).DISTANCIAS: 1- distãncia individual- os de tipo contacto aceitam e procuram o contacto corporal; os de tipo distante evitam-no, excepto no contexto epimelético e reprudotor (q se procedem normal/e os rituais de sedução q permitem a aproximação). Os de tipo distante de q fazem parte os primatas, dispoem de distancia individual (o espaço n pode ser invadido, impune/e e acompanha o sujeito a todo o lado). Tipos de distancia: individual do sujeito; terriporial do grupo; área vital fora do território (competição). A individual existe sempre e em todas as outras; é rigorosa e medivél. Esta é diferente da distancia de fuga ao predador, pq é dentro da mm sp e a de fuga ao predador é entre sps diferentes. Esta distancia é definida bio, e faz parte do sujeito. Se ela for invadida, sem haver negociação, o sujeito vai-se defender (ou se afasta ou tem 1 a

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reacção critica – contra ataque de extrema violencia q pode levar à morte do invasor). A tensão, a excitação e a agressividade são grandes. Se 1 animal estiver cativo (preso), a aproximação de 1 visitante pa o ver, pode fazer c q ele vá pa o centro da jaula, o q corresponde à sua dist indivudual, qdo tem a devida dimensão. Se a jaula for mto pequena pa o animal, este sente q n pode fugir, n pode atacar, reagir e assim vai desencadear 1a resposta patológica anoréxica (rejeita os alimentos q lhe dão, tem alterações psicovegetativas e pode morrer de fome. A resposta anoréxica é observável em qq animal do tipo distante (mamiferos e aves). Primatas: os mamiferos iniciam a sua vida, co animais de tipo contacto, na infância tem necessidade de mamar e relaçãoes de vinculação muito fortes. São animais socialmente amigáveis, as crias do grupo s protegidas, por todos os elementos do grupo (pais ou n). A passagem de animal tipo contacto pa tipo distante, é diferente no sexo masculino e no sexo feminino., até chegar à puberdade as crias vão perdendo estatuto. Isto leva à diferenciação hierarquica e organização grupal, em q as crias masculinas depois da puberdade ocupam lugar na hierarquia + alto q a mãe, mas o + baixo nos homens. As crias femininas n ultrapassm o estatuto da mãe na puberdade, e em toda a vida. A irmã + velha tem 1 estatuto + baixo q a cria + nova. Na sp humana (tipo contacto na infância; tipo distante na fase adulta – qdo se passa a puberdade, chega-se à adolescência (construção do espaço pessoal, à volta de 4 distâncias (hall): intima, pessoal, social e pública); todas estas distâncias, tem de ser bem geridas, de forma a n induzirem patologia. Uma defesa extremada leva à psicose. / ANOREXIA NERVOSA E O ESPAÇO PESSOAL: na próxemia existem niveis bio, psico e sociais. É na adolescência q se dá a construção da identidade, o nosso espaço pessoal e tornamo-nos do tipo distante. Na puberdade dá-se o processo de autonomização, e pa q isso aconteça o adolescente quer tornar-se independente e os pais tem q o permitir. Se os pais forem hiperprotectores/envasivos, pode haver consequências, e o adolescente começa a ter dificuldade em estableçer o seu espaço pessoal, e pode ter 1a resposta anoréxica. Se o limiar for mais intolerante, o jovem rejeita alimentos (dar alimento é cuidar e os cuidados são recusados). Aconteçe + nas raparigas, pq cultural/e as mães são + galinhas com as filhas, por factores etológicos, pq a filha ultrapassa hierarquica/e a mãe. Esta mãe invasiva, quer manter-se doadora de alimentos e a filha rejeita. A rapariga recusa alimentos, rouba-os e esconde-os (dependência da mão vs resentimento da tirania da mãe). Este conflito leva a 1a

regressão infantil e “ganha” a dependência da mãe. O ressentimento mantém-se enquanto q o desejo de emancipação da rapariga existir; e muitas vezes o pai é acusado de n-protecção. A anorexia vai rederigir-se para o brincar c os alimentos (dar de comer à boneca e constrói o seu espaço lúdico e simbólico) – regressão./ Evolução da anorexia:1ª fase ciclo psicofisiológico (à 1 factor endógeno e 1 relacional); o primeiro sintoma normalmente é a amenorreia (ausência de mesntruação); as funções bio já estão alteradas, ainda antes da recusa de alimentos; com esta surge a anorexia e hiperactividade; a hiperactividade é constante (as actividades são pensadas, executadas e raramente chegam ao fim, tal como um animal enjaulado) ; 2ªfase ciclo neurótico- anorexia + hiperactividade = a perda de peso. O tema da alimentação e da perda de peso vai ser o tema central todos os dias. Aqui o papel hierarquico é invertido e é a filha q passa a comandar a mãe.. O corpo infantiliza-se pq o peso é reduzido. A filha recusa alimentos mas aceita q a mãe lhe dê miminhos. A representação de esquema corporal da rapariga é alterado, a rapariga vai vivenciar a doença psicótica/e (“alucinações” visuais – vê-se gorda). Um corpo qdo desenhado é desenhado gordo, ou seja é 1a percepção deformada, 1a ilusão. 3ª fase- ciclo bulímico ou do colapso metabólico – n há hiperactividade pq a fraqueza n o permite, mas continua a recusar alimentos, e tentam dar-lhe suplementos alimentares q podem recuperar ou n. As esferas instintivas estão

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todas afectadas, e comporta alterações pulsionais graves a todos os niveis, surgem factores terciários co a bulimia (à fraqueza para recusar alimentos, então come e vomita). Quando n há + reservas de gordura, há 1a fusão muscular, a astenia, a lesão dos tegumentos (unhas, cabelo, pele escamada, dentes partidos), hirsutismo (alteração endócrina faz nascer pêlos), insónias, tensão arterial diminui, a temperatura baixa, tem hipotermia e morre. Quando apareçe em rapazes é muito + grave. TRATAMENTO – separação do doente do espaço familiar (enternemento). Assim a filha pode tb criar o seu espaço pessoal, pois é 1 a doença do par mãe/filha, a relação está doente . A mãe está sempre a telefonar, a visitar, e a separação n é suficiente. Faz-se terapia familiar, comportamental (e os técnicos tb tem dificul// de contacto e facilita dar 1 beijo de bom dia e de boa noite).