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Executivo quer voltar a proibir ambulantes de comercializarem lanches em órgãos públicos Marcos Figueiró Assessoria de Imprensa A Câmara Municipal deve votar esta semana o Projeto de Lei 32/2014, de autoria do Poder Executivo, que pretende voltar a proibir que vendedores ambulantes façam a comercialização de lanches em geral, doces, frutas, pães, queijos, refrigerantes, sucos e similares no interior dos órgãos públicos municipais. O PL 32 revoga a lei 3.061, de 2009, que autorizava o comércio destes itens. Na mensagem encaminhada aos vereadores, o Poder Executivo informa que a Secretaria Municipal de Administração verificou que o Decreto Municipal 045, de 17 de fevereiro de 2014, que tem como objetivo otimizar o serviço público, fere o texto legal da Lei Municipal 3.056, de 14 de janeiro de 2009. Segundo a justificativa, para que o decreto esteja em acordo com a legislação, é preciso revogar a Lei 3.061, que altera e acrescenta dispositivo na Lei 3.056/2009. “Visando a primazia da qualidade dos serviços públicos, não pode prosperar tais exceções que a Lei 3.061, de 29 de janeiro de 2009 permite. Em face do exposto, torna-se necessária a revogação”, afirma a mensagem assinada pelo prefeito Fábio Junqueira (PMDB). ENTENDA O CASO Em Janeiro de 2009 o então vereador José Pereira Filho (PT) apresentou na Câmara um projeto criando a proibição da venda de produtos no interior de órgãos públicos. O texto

Executivo quer voltar a proibir ambulantes de comercializarem lanches em órgãos públicos

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Executivo quer voltar a proibir ambulantes de comercializarem lanches em órgãos públicos

Marcos FigueiróAssessoria de Imprensa

A Câmara Municipal deve votar esta semana o Projeto de Lei 32/2014, de autoria do Poder Executivo, que pretende voltar a proibir que vendedores ambulantes façam a comercialização de lanches em geral, doces, frutas, pães, queijos, refrigerantes, sucos e similares no interior dos órgãos públicos municipais. O PL 32 revoga a lei 3.061, de 2009, que autorizava o comércio destes itens.

Na mensagem encaminhada aos vereadores, o Poder Executivo informa que a Secretaria Municipal de Administração verificou que o Decreto Municipal 045, de 17 de fevereiro de 2014, que tem como objetivo otimizar o serviço público, fere o texto legal da Lei Municipal 3.056, de 14 de janeiro de 2009. Segundo a justificativa, para que o decreto esteja em acordo com a legislação, é preciso revogar a Lei 3.061, que altera e acrescenta dispositivo na Lei 3.056/2009.

“Visando a primazia da qualidade dos serviços públicos, não pode prosperar tais exceções que a Lei 3.061, de 29 de janeiro de 2009 permite. Em face do exposto, torna-se necessária a revogação”, afirma a mensagem assinada pelo prefeito Fábio Junqueira (PMDB).

ENTENDA O CASO

Em Janeiro de 2009 o então vereador José Pereira Filho (PT) apresentou na Câmara um projeto criando a proibição da venda de produtos no interior de órgãos públicos. O texto foi aprovado em plenário e sancionado. A partir de então, a venda destes produtos estava proibida e não poderia ser feita nem por vendedores ambulantes, nem por servidores, de acordo com a Lei 3.056/2009.

Mas no fim daquele mesmo mês, o Poder Executivo encaminhou à Câmara um novo projeto de lei, acrescentando parágrafo único ao artigo primeiro da Lei 3.056/2009. E o texto foi aprovado, incluindo uma exceção a regra, desta vez autorizando que “Lanches em geral, doces, frutas, pães, queijos, refrigerantes, sucos e similares” pudessem ser comercializados por ambulantes.

Em janeiro de 2014 o Poder Executivo editou o Decreto 045 e no mesmo mês a Secretaria Municipal de Administração informou que o texto feria a Lei Municipal

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3.056, de 14 de janeiro de 2009. Agora, em abril, o Executivo encaminhou à Câmara o Projeto de Lei 32 visando a revogação da Lei Municipal 3.061, que prevê exceção para a venda de produtos alimentícios.

SE FOR APROVADO

Se a revogação proposta pelo PL 32 for aprovada pela Câmara, volta a vigorar a proibição prevista na Lei 3.056/2009. Com isso, os vendedores ambulantes ficarão proibidos de comercializar produtos no interior dos órgãos públicos municipais.