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EDIÇÃO 47 – 11 DE MARÇO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

Fim de Semana ARTESP - edição 47

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 11 de março de 2015.

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Page 1: Fim de Semana ARTESP - edição 47

EDIÇÃO 47 – 11 DE MARÇO DE 2016

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

Page 2: Fim de Semana ARTESP - edição 47

09.03.2016

IPCA desacelera alta em fevereiro a 0,90% com alívio nos

alimentos e transportes

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

(Reuters) - A alta dos preços de alimentação, transportes e habitação mostrou

algum alívio em fevereiro e a inflação oficial brasileira desacelerou para o nível

mais baixo em quatro meses, em um reflexo da recessão que pode ajudar o Banco

Central na tarefa de domar o avanço dos preços.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,90

por cento em fevereiro, após avançar 1,27 por cento no mês anterior, informou

nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, a alta acumulada do índice até fevereiro foi a 10,36 por cento,

desacelerando sobre os 10,71 por cento de janeiro.

Em ambos os casos, os resultados são os mais baixos desde outubro do ano

passado, quando o IPCA avançou 0,82 por cento na base mensal e 9,93 por cento

em 12 meses, última vez em que ficou abaixo dos dois dígitos.

Assim, os números começam a dar algum fôlego às expectativas de que os preços

começariam a ceder depois de a economia brasileira ter registrado o pior

desempenho em 25 anos no ano passado.

"A queda da atividade econômica, com o aumento da taxa de desemprego, tem

esse efeito sobre a inflação, e já observamos essa dinâmica", destacou o

economista da Austin Rating Wellington Ramos.

Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanço

de 1,0 por cento na comparação mensal e de 10,47 por cento em 12 meses.

ALIMENTOS

O maior destaque em fevereiro ficou para Educação, com alta de 5,90 por cento

como reflexo dos reajustes de início de ano, após avançar 0,31 por cento em

janeiro. Já Alimentação e Bebidas desacelerou o avanço em fevereiro a 1,06 por

cento, de 2,28 por cento.

"Itens importantes como refeição fora de casa, carne e café moído estão

apresentando decréscimo. O que vemos é...uma limitação do consumo por conta

da conjuntura econômica", destacou a economista do IBGE Eulina Nunes dos

Santos.

Apesar do alívio nos preços dos alimentos, que tem importante peso sobre a

renda das famílias, esse grupo mais Educação responderam por 60 por cento do

IPCA do mês, ou 0,54 ponto percentual.

Também apresentaram desaceleração importante Transportes, para uma alta de

0,62 por cento sobre 1,77 por cento em janeiro, e Habitação, cujos preços

passaram a cair 0,15 por cento depois de subirem 0,81 por cento no primeiro mês

do ano.

Page 3: Fim de Semana ARTESP - edição 47

Ajudou nesse resultado de Habitação o recuo de 2,16 por cento nas contas de

energia elétrica diante da redução no valor da bandeira tarifária vermelha.

"A energia vai começar a ajudar a inflação uma vez que em março a bandeira

passou para amarela e em abril a bandeira tarifária será verde", completou Eulina.

Apesar da forte recessão que o país enfrenta, a inflação deve terminar 2016 bem

acima do teto da meta --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de tolerância de

2 pontos percentuais para mais ou menos-- pela segunda vez. A expectativa em

pesquisa Focus do BC é de alta do IPCA de 7,59 por cento no final do ano.

Mesmo com a fraqueza da economia, diante da inflação elevada, o BC manteve a

Selic em 14,25 por cento ao ano pela quinta vez seguida, deixando claro que não

deve cortar a taxa básica de juros tão cedo.

A expectativa agora gira em torno da divulgação da ata dessa reunião, na quinta-

feira. Mas o resultado do IPCA levou as taxas dos contratos de juros futuros a

recuarem com força nesta sessão, já que a desaceleração da inflação alimenta

expectativas de corte na taxa básica de juros para estimular a economia.

"Vemos o BC terminando este ano com redução da Selic pelo fato de a recessão

segurar a inflação", disse Ramos, da Austin Rating, calculando a Selic em 11,50

por cento ao final de 2016. Já a pesquisa Focus aponta para Selic a 14,25 por

cento no final do ano.

04.03.2016

ANTT aumenta pedágio em trechos explorados pela

concessionária Rodovia do Aço

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o aumento da

Tarifa Básica de Pedágio (TBP) da BR-393/RJ, trecho Div. MG/RJ – Entr. BR-116 (Via

Dutra), explorado pela concessionária Rodovia do Aço. Com a decisão, a TBP

passará de R$ 5 para R$ 6 nas praças de pedágio de Sapucaia, Paraíba do Sul e

Barra do Piraí, todas no Rio de Janeiro. Os novos valores entram em vigor a partir

da zero hora deste sábado.

Page 4: Fim de Semana ARTESP - edição 47

10.03.2016

Refinanciamento de dívidas não é efetivo, afirmam

caminhoneiros e agricultores

Representantes de entidades de caminhoneiros e de agricultores reclamaram que

a Medida Provisória (MP) 707/15 não está resolvendo o problema de renegociação

de dívidas dos setores, na primeira audiência pública da comissão especial que

analisa a matéria, que ocorreu nesta quarta-feira (9).

A MP 707/15 autoriza a prorrogação até 30 de junho do prazo para a formalização

de refinanciamento de empréstimos contraídos por caminhoneiros para a

aquisição de caminhões, carretas, reboques, carrocerias e outros bens

semelhantes.

A MP também suspende, até 31 de dezembro de 2016, a cobrança judicial de

dívidas relativas a empreendimentos rurais na área de abrangência da

Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) contratadas até 31

de dezembro de 2006, no valor original de até R$ 100 mil.

A MP proíbe ainda que, até essa data, essas dívidas sejam inscritas na Dívida

Ativa da União. Por fim, suspende a prescrição dessas dívidas até a mesma data.

Autorização

O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA),

Diumar Bueno, disse que a MP não está resolvendo o problema do

refinanciamento das dívidas dos caminhoneiros.

Segundo ele, a medida apenas autoriza, e não determina a prorrogação do prazo

de refinanciamento. Conforme ele, há resistência dos agentes financeiros da área

privada em fazer a prorrogação, e só o Banco do Brasil vem possibilitando esse

adiamento.

Para ele, isso deveria ser obrigatório também para os agentes financeiros da área

privada ou deveria ser autorizada a migração dos empréstimos para o Banco do

Brasil.

Dificuldades

O coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura

Familiar (Fetraf/Brasil), Marcos Rochinski, também reclamou da efetividade da

MP, pela não adesão dos agentes financeiros à medida.

“O agricultor familiar muitas vezes não tem condições de acesso, não tem

condições de chegar aos agentes financeiros para renegociar as suas dívidas”,

Page 5: Fim de Semana ARTESP - edição 47

ressaltou. Além disso, ele pediu a inclusão na medida provisória das dívidas de

cooperativas de agricultura familiar.

Pequenos agricultores

O assessor da secretaria de Política Agrícola da Confederação Nacional dos

Trabalhadores na Agricultura (Contag), Paulo de Oliveira, também destacou que

esse tipo de medida muitas vezes não é efetiva para pequenos agricultores, em

lugares distantes dos centros urbanos.

Ele salientou que os agricultores familiares muitas vezes não têm assistência

técnica e não ficam nem mesmo sabendo da possibilidade de prorrogação do

prazo para refinanciamento da dívida.

Para ele, uma medida desse tipo deveria garantir de imediato a prorrogação para

os agricultores familiares, sem necessidade de ele procurar o agente financeiro

para a renegociação.

Nordeste

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba, Mário

Borba, ressaltou que o problema dos agricultores da região do Nordeste é

permanente, porque a seca ocorre todos os anos, e as sucessivas medidas

provisórias sobre prazo para renegociação de dívidas dos agricultores da região

lidam de forma paliativa com a questão, sem a resolver definitivamente.

“Precisamos, na realidade, de um crédito diferenciado para o semiárido”,

defendeu. “Se for decretado estado de emergência no município, o crédito tem

que ser prorrogado imediatamente”, opinou.

Emendas

Durante a audiência, o deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS) pediu que fosse

incluído na medida provisória adiamento do prazo para cadastro ambiental rural.

Ele apresentou emendas com esse objetivo. Ao todo, a MP 707/15 recebeu 93

emendas.

O presidente da comissão especial, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE),

informou que ainda serão realizadas uma série de audiências públicas para

discutir a MP, antes da apresentação do parecer sobre a medida pelo relator,

deputado Marx Beltrão (PMDB-AL). Na próxima sexta (11), será realizada audiência

em Petrolina (PE), seguida de audiências em Fortaleza (CE) e em Arapiraca (AL).

Já o relator da medida disse que espera fazer um relatório que atenda aos anseios

dos agricultores. “Todo agricultor está com dificuldade, com dívida no banco”,

afirmou Beltrão. O prazo de vencimento da MP é 1º de abril. A partir de 18 de

março, ela começará a trancar a pauta de votações.

Page 6: Fim de Semana ARTESP - edição 47

08.03.2016

Justiça Federal proíbe renovação de pedágio no Paraná

sem licitação

Em decisão liminar, a Justiça Federal do Paraná proibiu o governo do Estado de

renovar, sem licitação, os contratos de concessão com as atuais empresas que

exploram o pedágio. Para o juiz federal Rogério Cangussu Dantas Cachichi,

existem evidências de que a administração estadual tem a intenção de obter junto

à União a renovação dos convênios de delegação de rodovias para, na sequência,

manter no Anel de Integração as atuais concessionárias. Os contratos junto ao

Departamento de Estradas de Rodagem (DER) vencem no ano de 2021.

O governo estadual solicitou, no ano passado, à União, autorização para renovar a

delegação das estradas federais, que representam mais da metade dos 2,5 mil

quilômetros do trecho com pedágio no Paraná. Ainda não houve uma resposta

oficial, porém, o secretário de Gestão de Programas de Transportes do Ministério

dos Transportes, Luciano de Souza Castro, disse à FOLHA antes da sua primeira

reunião com o governador Beto Richa (PSDB), no mês de agosto, que havia

recebido um pedido para renovação, também, das concessões do pedágio.

“Vieram e solicitaram a renovação da delegação e também dos contratos das

concessionárias”, informou à época.

De acordo com o magistrado, a participação direta das empresas nas negociações

entre Estado e União sobre os convênios de delegação representa risco aos

interesses do cidadão. “A prorrogação do convênio há de ter em mira

exclusivamente o interesse público entre os entes políticos envolvidos, numa

racionalidade comunicativa livre da interferência do poder econômico das

empresas privadas”, escreveu Cachichi. A decisão foi proferida depois dos

primeiras discussões sobre o tema, em 2015, em ação civil pública apresentada

pelo Ministério Público Federal (MPF), em Jacarezinho (Norte Pioneiro).

União e DER apresentaram agravo de instrumento contra a liminar no Tribunal

Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), mas o recurso foi negado pelo

desembargador federal Cândido Alfredo S. Leal Jr. Segundo ele, não há risco

iminente de prejuízo às concessionárias e nem à sociedade que possa justificar a

suspensão imediata da liminar. “Os réus não estão proibidos de adotar toda ou

qualquer medida para verificar ou estudar a viabilidade da prorrogação dos

contratos (a liminar foi clara quanto a isso, limitando-se a determinar abstenção

quanto a qualquer ato de renovação dos convênios ou acordo de prorrogação de

prazo)”, anotou o desembargador. Agora, o caso deverá ser analisado pelo

colegiado do tribunal.

OUTRO LADO

O secretário Chefe da Casa Civil do Paraná, Eduardo Sciarra, confirmou o

interesse nas renovações dos convênios de delegação e dos contratos de

concessão. Segundo ele, o procedimento pode ser feito sem licitação. “Não é ilegal

porque o contrato original prevê renovação (com as concessionárias).” Sciarra

Page 7: Fim de Semana ARTESP - edição 47

afirmou que o governo deve realizar audiências públicas se houver o aval do

Ministério dos Transportes para decidir sobre a permanência das atuais empresas

de pedágio. “Formalmente não tem nenhuma negociação em curso. É evidente que

o governo tem interesse na delegação, necessária para renovar agora ou daqui a

cinco, seis anos. Quem está fazendo estudo para eventuais prorrogações é o

governo federal e se ele se convencer que vai ter desconto grande na tarifa e

incremento de obras, isso pode avançar.” Não estão descartadas a renovação

direta de alguns contratos e a abertura de licitações em outras regiões.

O DER, no entanto, informou por meio da assessoria de imprensa que tem

cumprido a decisão judicial e que não está pleiteando a prorrogação de contratos

de pedágio. Segundo o órgão, o pedido feito ao governo federal foi motivado por

entidades do setor produtivo. “O governo do Paraná tem feito estudos para

avaliar o cenário em caso de prorrogação da delegação de concessão, que permite

ao Paraná definir o que fazer com os contratos de pedágio. Esta discussão sobre a

delegação foi motivada por pedidos de federações e associações do setor

produtivo (como Fecomércio, Fetranspar e Faep)”, diz o DER, em nota.

A reportagem procurou também o governo federal para repercutir o tema, mas

não houve retorno.

11.03.2016

TRF da 4ª Região cancela multas de R$ 5.000,00 aplicadas

pela ANTT por evasão de balança

Em decisão unânime, Turma dá provimento à apelação de empresa transportadora

da região Sul do país

Após autuação de infração de evasão de balança em 2013, empresa

transportadora entrou com apelação por incoerência na fiscalização. De acordo

com a empresa, mesmo que se comprovasse a evasão, a infração é tipificada

como violação ao CTB, Código de Trânsito Brasileiro, com pena de multa de R$

127,69, e deve ser prevista nesse dispositivo legal, e não conforme disposto na

Resolução 3056/09 da ANTT, de multa de R$5.000,00.

A empresa argumentou ainda que não houve evasão, pois as balanças rodoviárias

onde foram aplicadas as multas estavam fechadas com cones impedindo a

passagem do caminhão no local indicado, constituído prova de que não houve

culpa do motorista.

Page 8: Fim de Semana ARTESP - edição 47

11.03.2016 Controle de caminhões é falho

O acidente com um caminhão no bairro São Bento, na região Centro-Sul de Belo

Horizonte, que deixou dois mortos e um ferido, nesta quarta, expõe a deficiência

da fiscalização de veículos pesados no trânsito da capital mineira. Dos 382

radares da cidade, só dois são exclusivos para esse tipo de transporte, e não há

previsão de instalação de novos equipamentos. A inexistência de operações

específicas para esse contexto – criticada por especialistas – deixa as abordagens

restritas ao flagrante ocasional da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

Belo Horizonte tem restrição de tráfego de caminhões em 19 corredores, além de

todo o perímetro da avenida do Contorno. Outras 108 vias também têm trechos

limitados. Apesar das proibições, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo

Horizonte (BHTrans) mantém apenas uma base estática para fiscalizar e impedir

que caminhoneiros desrespeitem a sinalização. Uma equipe fica 24 horas no

início da avenida Nossa Senhora do Carmo, no trevo do Belvedere, para abordar

os motoristas. O órgão informou não haver previsão de expansão para outros

pontos.

Flagrantes. De acordo com a BHTrans, no ano passado foram abordados 4.288

caminhões na avenida Nossa Senhora do Carmo, uma média de 11 por dia. Ainda

assim, muitos desses motoristas seguem na via e são flagrados pelo radar

existente logo após o trevo do Belvedere. O equipamento, junto com o aparelho

instalado no tobogã da avenida do Contorno, no bairro Funcionários, na mesma

região, somou, em 2015, 1.111 autuações. O número é 12% maior que em 2014,

quando foram 984 flagrantes.

As autuações feitas pelos dois radares representam 0,19% das multas aplicadas

por fiscalização eletrônica em BH em 2015, que totalizaram 580.450 infrações. A

BHTrans informou que as duas últimas licitações para novos equipamentos não

contemplavam mais radares de caminhões e também que não há previsão para

outras expansões. Conforme a empresa, seus agentes não podem multar os

caminhoneiros, apenas abordar e orientar. Além disso, os locais com restrição

estão sinalizados por placas.

Procurado, o Batalhão de Trânsito da PM não se posicionou. A Guarda Municipal

informou que não tem ações específicas para caminhões.

Restrições

Regiões. A região Centro-Sul tem o maior número de vias com restrição para

caminhões de BH, mas a BHTrans não informou o número. Em seguida vem a

região Oeste, com 37 trechos.

Mão única

Page 9: Fim de Semana ARTESP - edição 47

Recusa. Mesmo com o acidente e o pedido de moradores para mudança no

trânsito da rua Centauro, no bairro São Bento, a BHTrans informou que não há

previsão de alterar a via para mão única.

Projeto. Segundo o órgão, desde setembro de 2015 foi elaborado um projeto para

a revitalização do trecho, desde a praça das Constelações até a rotatória com a

avenida Cônsul Antônio Cadar. O plano prevê redução de velocidade,

estreitamento da via e implantação de faixas de estacionamento. A promessa é

fazer tudo até o fim do primeiro semestre de 2016.

Palavra de especialista

Falha. O especialista em transporte e trânsito da Fumec Márcio Aguiar diz que,

devido a Belo Horizonte ser uma cidade com topografia irregular, a fiscalização

de tráfego de caminhões em locais proibidos é insuficiente. Para ele, muitas ações

podem ser realizadas, como aumento de radares, orientação de transportadoras e

abordagens com equipes na rua.

Planejamento. “Se há a proibição na avenida Nossa Senhora do Carmo, a BHTrans

precisa descobrir quais as rotas alternativas que os caminhoneiros estão fazendo

e tomar uma atitude. Não é possível deixar um radar estático, mas uma

fiscalização pode ser feita por amostragem”, analisa o especialista.

Conscientização. Márcio Aguiar diz que uma pesquisa poderia levar até o ponto

de origem das cargas e os pontos de comércio, para instruir os motoristas dos

veículos. “Esse acidente já estava demorando para acontecer. Não foi coisa

pontual”.

Condutor que atropelou e matou menino recebe pena alternativa

A Justiça condenou a três anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, o

motorista de um caminhão que atropelou e matou um garoto de 12 anos, em

setembro de 2013. No entanto, a pena de Joel Jorge da Silva, 58, dada nesta

semana, foi substituída por prestação de serviço à comunidade, em uma

instituição a ser escolhida.

A vítima andava de bicicleta na orla da lagoa da Pampulha, na companhia dos pais

e de um amigo, quando foi atingida pela carreta no canteiro de uma rotatória.

Segundo a mãe do menino, responsável por ajuizar a ação, o motorista agiu de

forma negligente, pois não teve cuidado ao iniciar uma manobra de conversão.

Além disso, ele fugiu do local sem oferecer socorro. Além de prestar serviços à

comunidade, Silva deverá pagar à família uma indenização de dez salários

mínimos. Ele também teve a carteira de habilitação suspensa por cinco meses.

Page 10: Fim de Semana ARTESP - edição 47

10.03.2016

Detrans e ANTT debatem implantação do SINIAV

Detrans do Brasil levaram à Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

demandas sobre a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática

de Veículos – o SINIAV. O presidente da Associação Nacional dos Detrans (AND),

Marcos Traad, diretor do Detran do Paraná, representou as autarquias em

audiência realizada em Brasília nesta quarta-feira, 9.

Traad expôs a preocupação com a validação dos contratos de arrendamento e a

instalação dos chips nos veículos de carga. “ São questões práticas, que exigem a

participação direta dos Detrans”, disse.

A reunião teve a participação do diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, do

superintendente de Serviços de Transportes Rodoviários Multimodal de Cargas,

Tito Lívio Pereira Queiroz Silva, e do diretor de Tecnologia e Desenvolvimento do

Detran, Marco Aurélio Araújo Barbosa.

Cronograma

A ANTT divulgou no Diário Oficial da União (DOU) as datas de instalação

obrigatória do chip que identificará de forma eletrônica o veículo por meio de

antenas específicas nas ruas, avenidas e rodovias. Ao passar por uma das

antenas, o caminhão enviará um código com os dados à central do Registro

Nacional dos Transportadores Rodoviários e sua localização será apontada.

O governo federal busca com o SINIAV a redução do roubo de veículos e cargas no

país. Automaticamente, deve reduzir também o valor pago nos seguros. Além

disso, o chip permite a busca eletrônica por veículos com queixas de roubo, bem

como a fiscalização tributária.

Datas para instalação de chip em caminhões, conforme o final da placa:

1 – de 28/08/2016 a 06/10/2016

2 – 07/10/2016 a 15/11/2016

3 – 16/11/2016 a 25/12/2016

4 – 26/12/2016 a 03/02/2017

5 – 04/02/2017 a 14/03/2017

6 – 15/03/2017 a 22/04/2017

7 – 23/04/2017 a 31/05/2017

8 – 01/06/2017 a 10/07/2017

9 – 11/07/2017 a 19/08/2017

0 – 20/08/2017 a 28/09/2017

Após 31/12/2016 até 2020:

1 e 2 – 28/09/2017 a 28/10/2017

3 e 4 – 29/10/2017 a 25/11/2017

5 e 6 – 26/11/2017 a 26/12/2017

7 e 8 – 27/12/2017 a 25/01/2018

9 e 0 – 26/01/2018 a 25/02/2018

Page 11: Fim de Semana ARTESP - edição 47

09.03.2016

A experiência positiva dos simuladores de direção no Rio

Grande do Sul

Há mais de dois anos sendo utilizados nos processos de formação de

condutores no Rio Grande do Sul, os simuladores de direção consolidam o

caminho para assegurar um aprendizado atrás do volante mais seguro e

eficaz. Em boa parte do país, a obrigatoriedade da inserção do equipamento

ainda tem causado discussões acaloradas. A aposta genuína do Detran/RS

nesse poderoso instrumento pedagógico resulta da confiança de que a

ferramenta contribui amplamente para melhor preparar o condutor aprendiz

a enfrentar a realidade das vias, sem expor a si mesmo e aos demais usuários

a riscos.

A técnica de simulação é empregada no mundo todo, em diferentes áreas, desde

a aviação, navegação, fórmula 1, até a própria habilitação e qualificação de

motoristas de veículos e motociclistas. Aqui no Brasil, além do Rio Grande do Sul,

Acre, Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e outros Estados já adotaram a tecnologia.

O objetivo é que o candidato experiencie o manuseio de um veículo ANTES de

partir para as aulas práticas na via. Dessa forma, quando chegar às ruas, já estará

familiarizado tanto com os equipamentos do veículo (pedais de freio, acelerador,

embreagem, sinalizadores, painel, luz alta) como com as regras de circulação e

conduta, com a antecipação das dificuldades vivenciais (aquaplanagem, tipos de

pistas, animais na pista, força centrífuga, distância de seguimento, distância de

reação e frenagem) e as medidas prevencionistas a serem adotadas pelo condutor.

Nesse espaço virtual é possível errar para aprender. No mundo real, o condutor

não terá a segunda chance. Ensinamos para a vida e não apenas para a aprovação

no exame prático.

A discussão que inflama os outros Estados já foi ultrapassada por aqui. São 353

simuladores de direção distribuídos nos 272 Centros de Formação de Condutores

do Rio Grande do Sul. Atingimos, em 2016, a marca de dois milhões de aulas com

simuladores no Estado, contribuindo para a sensibilização do futuro condutor

gaúcho e buscando a melhoria dos índices de aprovação. Reduzimos a

acidentalidade e sinistralidade no percentual de 17% de acidentes e as mortes no

trânsito em 14,7%. Resultados que, em apertada síntese, contém uma fatia de

participação desse instrumento pedagógico, didático, moderno e evoluído para

refrear a violência do trânsito. Estamos convictos de que os custos que envolvem

a implantação do equipamento tornam-se ínfimos perante o incalculável: a

proteção da vida.

Ildo Mário Szinvelski - Diretor-geral do Detran/RS

Page 12: Fim de Semana ARTESP - edição 47

10.03.2016

Ônibus urbanos perderam 900 mil passageiros por dia no

país em 2015

ADAMO BAZANI

A perda anual de passageiros de ônibus urbanos em todo o país registrada na

última década aumentou ainda mais em 2015.

De acordo com dados da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes

Urbanos, que reúne em torno de 500 viações, no ano passado, os ônibus deixaram

de transportar 900 mil passageiros por dia em 15 das principais cidades do país e

uma região metropolitana, incluindo as maiores capitais, que somam quase dois

terços da demanda dos passageiros de ônibus em todo o país.

O número significa uma queda de 4,2% em relação aos patamares de 2014. É o

quarto ano de perda seguida e a maior registrada nesta década.

De acordo com o levantamento da NTU, se anteriormente o motivo da redução do

número de passageiros foi a concorrência com outras formas de deslocamento,

como carros e motos que receberam incentivos especiais do Governo Federal,

desta vez segundo a entidade patronal, a crise econômica é que explica esta

queda maior.

Segundo os empresários, a situação faz com que mais pessoas se desloquem a pé

e também com desemprego, menos pessoas usam diariamente os ônibus para se

deslocarem ao trabalho. Mesmo que saiam para procurar emprego, o número de

viagens tende a ser menor que a rotina anterior.

Page 13: Fim de Semana ARTESP - edição 47

As piores perdas, de acordo com este levantamento da NTU, divulgado a parte da

imprensa, foram nas cidades de Curitiba e Goiânia com que de 8% e 7,9%

respectivamente no número de passageiros em 2015. Em São Paulo, a queda foi de

0,9%, conforme adiantou o Blog Ponto de Ônibus.

Veja em:https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2016/02/02/onibus-de-sao-

paulo-deixaram-de-transportar-26-milhoes-passageiros-em-2015/

Rio de Janeiro, Maceió e São Paulo foram as cidades com as reduções menores de

passageiros.

Para tentar reverter o quadro, a NTU sugere uma série de incentivos para o

transporte público, como a criação de uma taxa por litro combustível para reduzir

os aumentos nas tarifas.

Confira as cidades ou regiões metropolitanas pesquisadas pela NTU:

– Grande Porto Alegre: queda de 6,1%

– Joinville: queda de 4,3%

– Curitiba: queda de 8%

– Londrina: queda de 4,7%

– São Paulo: queda de 0,9%

– Rio de Janeiro: queda de 0,1%

– Belo Horizonte: queda de 6,5%

– Goiânia: queda de 7,9%

– Salvador: queda de 4,1%

– Aracaju: queda de 5,9%

– Maceió: queda de 0,8%

– Recife: queda de 5,2%

– Natal: queda de 5,2%

– Teresina: queda de 7,8%

– Fortaleza: queda de 2,2%

Page 14: Fim de Semana ARTESP - edição 47

10.03.2016

Itapemirim pede recuperação judicial

A empresa de transporte rodoviário

Itapemirim, fundada em 1953, protocolou

ontem pedido de recuperação judicial, na 13ª

Vara Cível Especializada Empresarial de

Vitória (ES). A dívida é de R$ 336,5 milhões.

O pedido envolve as empresas Viação

Itapemirim; Transportadora Itapemirim; ITA,

Imobiliária Bianca; Cola Comercial e

Distribuidora; e a Flecha Turismo Comércio e

Indústria. “É uma empresa com 60 anos de história que está sofrendo com a crise,

e que quer resolver a situação e continuar servindo o país”, disse ao Valor o

advogado Gilberto Giansante, sócio da Giansante Advogados Associados,

contratada para o processo de recuperação judicial da Itapemirim.

A companhia tem, a partir da decisão de juiz que avaliará se aceita ou não o

pedido de recuperação judicial, 60 dias para apresentar o plano de recuperação

aos credores – que deve ser votado em assembleia em seis meses. O processo é

comandado pelo presidente da Itapemirim, Camilo Cola Filho.Da dívida de R$

336,5 milhões, uma fatia de R$ 42,7 milhões são dívidas trabalhistas, R$ 124

milhões são compromissos com garantia real (como imóveis, por exemplo), outros

R$ 166 milhões de credores comuns (sem garantia) e ainda R$ 3,5 milhões

devidos a micro e pequenas empresas.

Em nota, a Itapemirim afirmou que “a medida foi tomada principalmente pelo

agravamento da conjuntura financeira e econômica pela qual passa o país e

considerada a melhor decisão em razão do quadro atual”.A Itapemirim e as

empresas da família Cola empregam 1,6 mil pessoas. Em 2014, a empresa

transportou 3,2 milhões de passageiros, atendendo dois mil municípios em 22

Estados. Desde meados daquele ano, a companhia enfrenta a retração nos

negócios. Em junho de 2015, a empresa vendeu 40% da frota e transferiu mais da

metade das linhas em operação para a Viação Kaissara, também do Espírito Santo,

ficando com as 68 linhas atuais.Segundo a Associação Brasileira de Transporte

Terrestre de Passageiros (Abrati), a demanda pelo transporte interestadual de

passageiros encolheu 7,8% em 2015 em relação a 2014.

O número de recuperações judiciais requeridas no primeiro bimestre de 2016 foi

116,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a

Serasa Experian. Foram 251 ocorrências – o maior para o acumulado do primeiro

bimestre desde 2006.

Page 15: Fim de Semana ARTESP - edição 47

09.03.2016

ANTT divulga revisão da Agenda Regulatória

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a revisão ordinária

da Agenda Regulatória para o biênio 2015/2016. O processo de revisão da Agenda

foi participativo, envolvendo consulta às unidades organizacionais e consulta

externa, por meio da Tomada de Subsídio nº 009/2015, que contou com a

participação da sociedade em geral. Vena na íntegra clicando aqui.

A ferramenta está organizada em cinco Eixos Temáticos, que contemplam os

temas correlatos e prioritários para discussão. Os eixos estão organizados da

seguinte forma:

·Eixo Temático 1: Temas Gerais (projetos que envolvem mais de uma

superintendência)

·Eixo Temático 2: Exploração da Infraestrutura Rodoviária Federal

·Eixo Temático 3: Serviços de Transporte de Passageiros

·Eixo Temático 4: Transporte Ferroviário de Cargas

·Eixo Temático 5: Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas

Agenda – Como um instrumento de planejamento e organização, a Agenda

Regulatória da ANTT tem a finalidade de direcionar as ações da Agência para

temas considerados prioritários na regulação do transporte sob sua

responsabilidade. Essa prioridade é definida levando-se em conta as necessidades

apontadas pelos usuários, pelas áreas técnicas e pelos servidores da Agência e

respeitando as regras regulatórias vigentes. Com esse instrumento, a ANTT busca

conferir eficiência, efetividade, previsibilidade e transparência às suas ações, de

modo a promover o cumprimento de sua missão e de seus objetivos

institucionais, além de fortalecer-se como instituição reguladora.

Revisões - Por se tratar de um instrumento de melhoria da qualidade regulatória,

a Agenda não é uma ferramenta estática, uma vez que os cenários são

constantemente alterados por motivos diversos. Em função disso, o documento

passa por uma revisão ordinária, que ocorre anualmente, e pode ser submetido a

revisões extraordinárias, a qualquer tempo, por decisão da Diretoria da ANTT ou

por determinação judicial, do Ministério Público ou do TCU.

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 47

09.03.2016

Brasil pode perder competitividade nos portos

Lançamento de navios cada vez maiores com tanta rapidez traz para a logística

brasileira a necessidade de mudanças na mesma velocidade. Maiores calados,

terminais cada vez maiores e mais preparados para receber essas embarcações.

Junto a isso, a infraestrutura brasileira precisa melhorar e dar lugar aos modais

que parecem cada vez mais esquecidos, a exemplo, a malha ferroviária brasileira,

que além de sucateada e pequena, é diferente de uma região para outra. Além

disso, a burocracia, as altas tarifas, os muitos anúncios de investimentos e

poucas ações propriamente ditas, causam pânico e desânimo para um setor que

carece cada vez mais de atitude.

Traçando um panorama do cenário do setor portuário, o Diretor Presidente da

ABTP (Associação Brasileira de Terminais Portuários), Wilen Manteli, conversou

com exclusividade com o Guia Marítimo e apontou que tantos fatores negativos

impactam de forma importante o setor, “justamente aumentando o chamado

Custo Brasil”.

Manteli comenta ainda sobre a importância do modal ferroviário quanto do modal

hidroviário, “essenciais para o desenvolvimento econômico e social de qualquer

país”. E que, segundo ele, é possível ver apenas olhando a experiência dos países

desenvolvidos.

Sobre melhorias, trabalhos realizados ou que ainda precisam ser colocados como

prioridade, altos custos, necessidades de mudanças e as expectativas para 2016,

Manteli destacou a necessidade de mais e melhores investimentos na ampliação e

modernização dos terminais portuários e foi enfático: “O excesso de intervenção

do Estado nas atividades portuárias, o excesso de burocracia, o processo errático

de regulação, a não modernização da relação do capital e trabalho. Tudo isso fere

a livre iniciativa e ora inibe, ora encarece os investimentos”.

Entrevista:

GM – Qual a situação da infraestrutura portuária brasileira hoje?

Manteli –Destaco os importantes investimentos privados na infra e

superestrutura em terminais privados e arrendados – tanto em instalações de

terra, equipamentos, cais e até acessos terrestres e aquaviários. O problema

centra-se nos investimentos que dependem do governo, notadamente nos acessos

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 47

aos portos em terra e na água, especialmente no aprofundamento dos canais para

permitir a entrada e saída de grandes navios e na manutenção dos

aprofundamentos. Portos competitivos dependem de águas profundas. Neste

último caso, o governo está andando de lado.

GM – Quais as maiores dificuldades enfrentadas no transporte de cargas no

País?

Manteli – Historicamente, o maior entrave dos nossos portos são a governança da

atividade portuária e a estrutura burocrática. São tantos os órgãos públicos que

interferem na atividade portuária que isso gera insegurança jurídica para aqueles

que investem no setor. Somado a isso, a excessiva burocracia nas operações de

importação e exportação resulta num tempo improdutivo nos terminais. Esse

tempo improdutivo é caríssimo.

No setor portuário, para mudar esse quadro de burocracia e de excesso de

intervenções regulatórias e de insegurança jurídica, não precisamos de

investimentos públicos, mas de vontade política: seriedade, espírito público e

uma forte e inarredável atenção voltada para as verdadeiras necessidades

brasileiras – geração de riqueza e de empregos.

GM – Por que os custos de transporte são tão altos?

Manteli – O excesso de intervenção do Estado nas atividades portuárias, o

excesso de burocracia, o processo errático de regulação, a não modernização da

relação do capital e trabalho. Tudo isso fere a livre iniciativa e ora inibe, ora

encarece os investimentos. Por essa governança confusa e pouco contemporânea,

pagamos todos um preço. Esse é o chamado Custo Brasil.

Por isso insistimos: apenas com mais e melhores investimentos na ampliação e

modernização dos terminais portuários, seremos capazes de praticar preços mais

competitivos e atender as permanentes e crescentes exigências do comércio

internacional. Sem esses investimentos, inibidos pelas amarras que temos hoje,

nossos preços vão se manter altos e o país, pouco eficiente.

GM – As rodovias têm um papel de destaque no transporte de mercadorias,

mas ainda não possuem infraestrutura adequada. Como esses novos

investimentos do governo podem ajudar? Qual a importância de uma parceria

público-privada?

Manteli – As rodovias são estratégicas para o escoamento da produção e para o

transporte de pessoas. O que está faltando é uma verdadeira integração dos

modais de transporte. As PPPs se constituem no desfazimento desse nó que

impede o País de se desenvolver. Elas são a solução.

GM – A malha ferroviária brasileira, além de sucateada e pequena, é diferente

de uma região para outra. Como isso impacta no escoamento das mercadorias

e como podemos mudar esse cenário?

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 47

Manteli – Impacta de forma importante, justamente aumentando o chamado

Custo Brasil. Tanto o modal ferroviário quanto o modal hidroviário são essenciais

para o desenvolvimento econômico e social de qualquer país. Isso não se discute,

basta olhar a experiência dos países desenvolvidos.

No que depende do setor portuário, temos visto melhorias na integração rumo a

um transporte intermodal no país. Porque é preciso entender que quando falta

integração, todos perdemos – e a malha ferroviária brasileira é um exemplo disso.

Em muitos portos já há planejamento entre produtores, transportadores, porto e

armadores.

GM – Como a cabotagem pode ajudar?

Manteli – A cabotagem ajuda e muito. Os armadores estão se associando e

pensando em ganhos de escala. Estão construindo navios com grande capacidade

de carga, tanto de contêineres como de granéis. Teremos na costa brasileira, em

futuro breve, três ou dois portos concentradores (hub port), enquanto os demais

se transformarão em portos auxiliares (feeders). Isso exigirá o crescimento de

nossa cabotagem. Agora cabe adotar as medidas necessárias (fiscais, financeiras,

adaptação de cais, entre outras) para viabilizar as empresas que operam nesse

segmento.

GM – Quais as expectativas com os novos investimentos anunciados?

Manteli – São boas. Teremos agora no final do mês os leilões de quatro áreas nos

portos do Pará. O ministro dos portos, Helder Barbalho, já disse que vai lançar

mais 20 editais para licitar cerca de 93 áreas portuárias. A despeito da crise, o

setor portuário tem grande potencial e está atraindo investidores. Há uma forte

demanda dos setores produtivos, voltados para o comércio internacional.

GM – Quais as perspectivas para 2016?

Manteli – Quero olhar do ponto de vista positivo. Temos oportunidades para

avançar em 2016. Mas o Brasil precisa romper com a excessiva intervenção estatal

no setor portuário, com legislação e normas infralegais que afetam negativamente

as empresas uma vez que tornam precárias as condições contratuais e geram

insegurança jurídica para os agentes econômicos. Temos hoje uma verdadeira

inflação de atos normativos, sem base legal.

Ora, democracia econômica significa democracia de mercado. Precisamos fazer

valer, no dia a dia do setor, fazer valer o primado da livre iniciativa e da livre

concorrência, estabelecido na Constituição Brasileira. Isso é realmente urgente.

Page 19: Fim de Semana ARTESP - edição 47

08.03.2016

Membro do alto escalão do PCC liderava a máfia dos

transportes em São Vicente

Foram 126 policiais civis mobilizados e 31 mandados cumpridos em oito cidades

Apontado como líder da Máfia das Lotações de São Vicente e com passagens por

roubo, corrupção de menor, tráfico de drogas e associação para o tráfico, Levi da

Silva é citado como “membro de alto escalão do Primeiro Comando da Capital

(PCC)”, conforme dossiê feito sob o crivo do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias

Júnior, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Nesta segunda-feira, (7),

a Operação Martim Afonso desmantelou a quadrilha que lucrava com o setor de

transportes da cidade.

Capturado em casa, em Mogi das Cruzes, Levi comandaria as ações da diretoria da

Cooperativa de Trabalho e Serviços de Transporte Alternativo de São Vicente

(Cooperlotação) para atingir todos os seus objetivos ilícitos. Uma das metas da

quadrilha seria criar dificuldades para impedir, quem não fosse do bando, de

continuar operando o transporte alternativo de passageiros, que já virou oficial.

Para isso, o líder da organização coordenou a corrupção de membros do Poder

Público municipal, editando regras. Como o lobista, estaria o vereador Eronaldo

José de Oliveira, o Ferrugem (SD).

Page 20: Fim de Semana ARTESP - edição 47

Além de impor condições que só os envolvidos no esquema poderiam cumprir,

Levi determinou que os micro-ônibus a serem usados no transporte alternativo,

conforme as especificações do decreto, só poderiam ser adquiridos, mediante

consórcio, em uma única concessionária da Volkswagen em São Bernardo do

Campo. Diretor-presidente da empresa, João Alves Neto, também integra a

relação de suspeitos capturados, junto com os vendedores Ricardo Hannuch e

Ricardo Monteiro Siqueira.

Núcleos de investigação

Para individualizar as condutas dos suspeitos detidos dentro da engrenagem

criminosa, a DIG os dividiu em cinco núcleos (veja imagem acima): Cooperlotação,

Concessionária, Pagamento informatizado de tarifa, Administração Pública e

Operador. Porém, o dossiê da equipe do investigador Paulo Carvalhal frisa que

“os investigados agem de comum acordo, cada qual no seu ramo de atividade,

visando dominar o sistema de transporte alternativo da cidade de São Vicente”.

Page 21: Fim de Semana ARTESP - edição 47

10.03.2016

Ex-secretário de Transporte e outras cinco pessoas são

denunciadas por fraude em licitação

Ministério Público denunciou envolvidos no processo licitatório

iniciado em 2011 que mudou o sistema de transporte. Na CPI do

Transporte, na Câmara Legislativa, deputados aprovaram a

convocação do atual secretário de Mobilidade, Marcos Dantas

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou seis

pessoas envolvidas na polêmica licitação do transporte público do DF iniciada

em 2011. Entre os denunciados, estão o ex-secretário de Transporte José Walter

Vazquez e o advogado e consultor do certame Sacha Reck.

Todos vão responder por fraude à competitividade, advocacia administrativa em

licitações e usurpação da função pública. A mudança na frota do DF é alvo de uma

CPI na Câmara Legislativa. Na manhã desta quinta-feira (10/3), os distritais

aprovaram a convocação do atual secretário de Mobilidade do DF, Marcos Dantas.

A denúncia foi apresentada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio

Público e Social (Prodep) na terça (8). Segundo os promotores, “o advogado Sacha

Reck, consciente e voluntariamente contando com a participação de gestores

públicos, atuou na elaboração do edital da concorrência, com a fixação de todos

os parâmetros necessários para atender aos benefícios de sua clientela, em

especial da empresa Viação Marechal”.

No documento, os representantes do MPDFT afirmam que Reck contou com o

auxílio de Vazquez, do ex-coordenador da Unidade de Gerenciamento do

Programa de Transportes Urbanos José Augusto Pinto Júnior e do então

Page 22: Fim de Semana ARTESP - edição 47

presidente da Comissão Especial de Licitação Galeno Monte. “Além disso, a

investigação criminal comprovou a advocacia administrativa na licitação, em que

os denunciados Sacha Reck, José Walter Vazquez, José Augusto Pinto Júnior e

Galeno Monte, agindo em concurso de pessoas, patrocinaram, direta e

indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública”, afirma o

MPDFT.

Convocação

Durante encontro da CPI do Transporte desta quinta (10), os deputados

aprovaram a convocação do atual secretário de Mobilidade do DF, Marcos Dantas.

Segundo os integrantes da comissão, o depoimento de Dantas é importante

para esclarecer o motivo de o GDF não ter respondido até agora uma carta de

recomendação que a CPI encaminhou ao Executivo no ano passado. A data em que

ele será ouvido ainda não foi marcada, mas deve ser este mês.

Justiça

Em janeiro deste ano, o juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, da 1ª Vara de Fazenda

Pública do Distrito Federal, suspendeu os contratos da licitação do transporte

público do DF. A decisão afeta a Viação Piracicabana, a Viação Pioneira, a Auto

Viação Marechal, a Expresso São José e o consórcio formado pela HP Transportes

Coletivos e a Ita Empresa de Transportes.

O magistrado acatou os argumentos da ação pública que apontou supostas

irregularidades na concorrência 01/2011, com o objetivo de explorar o transporte

público do DF. A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), foi uma das

autoras do processo movido contra o Governo do Distrito Federal (GDF).

Na sentença, o magistrado respaldou as alegações segundo as quais “a condução

do certame deu-se de forma viciada, tudo a beneficiar certo conglomerado

empresarial detentor de grande fatia do transporte público distrital”. Esse grupo

responde por 60% dos ônibus em circulação na capital da República.

Operação

Dois dias depois de a Justiça suspender a licitação, no dia 27 de janeiro, a

Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), da

Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de José Walter

Vazquez e na Câmara Legislativa.

O foco das investigações são denúncias de irregularidades na licitação e o pedido

judicial para que fossem realizadas as buscas e apreensões foi feito pelo Grupo

Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do DF e

Territórios (MPDFT). A delegacia abriu dois inquéritos para investigar as

denúncias de fraude na concorrência.

Até esta publicação, o Metrópoles não tinha conseguido contato com os

denunciados pelo MPDFT.

Page 23: Fim de Semana ARTESP - edição 47

09.03.2016

Passageiros com o Cartão Metrocard já podem ter acesso à

internet. Também é estudado o uso de cartão de crédito

e débito.

ADAMO BAZANI

Passageiros que possuem o cartão

Metrocard, usado nas linhas

metropolitanas integradas e não

integradas, já podem ter acesso à

internet grátis por meio de redes

Wi-Fi em terminais de ônibus e

estações-tubo.

Dependo dos trajetos, os usuários

já têm o serviço disponível nos

principais pontos de deslocamento. Para os passageiros das linhas da Leblon e da

Nobel, por exemplo, os pontos de acesso à internet estão no terminal Fazenda Rio

Grande e nas estações-tubo PUC Paraná e Carlos Gomes, em Curitiba.

O acesso, de acordo com a Metrocard, que reúne as empresas operadoras das

linhas metropolitanas, é bastante simples e destinado apenas para quem possui o

Cartão Metrocard.

Basta por meio do smartphone ou tablet localizar a rede Metrocard pelo Wi-Fi.

Depois é necessário informar o CPF, a data de nascimento e aceitar as condições

de uso do serviço. A conexão é automática.

Todos os usuários dos cartões Metrocard têm à disposição 30 minutos por acesso

para consulta de horários, usando o aplicativo Ônibus +, ou para consultar a

páginawww.cartaometrocard.com.br.

Passageiros que utilizam o cartão Metrocard há pelo menos 60 dias também

podem acessar rede sociais, como Facebook, Twitter, além de consultar e-mails.

Até a metade deste ano deve ser disponibilizado também para os passageiros um

novo aplicativo, o Metrocard App, que vai ser integrado ao Google Street View e

oferecer novas funções como o tempo de viagem programado e informar a

previsão de quando o ônibus deve demorar para passar pelo ponto onde a pessoa

está. O aplicativo também vai sugerir as linhas de ônibus mais próximas da

localização selecionada pelo usuário.

De acordo com a Metrocard, têm sido realizados testes para que até junho, o

sistema de ônibus metropolitanos de Curitiba também aceite pagamento de

passagens por meio de cartões de crédito e débito. Sistema semelhante começou

a ser implantado em linhas municipais de Jundiaí, no interior paulista.

Page 24: Fim de Semana ARTESP - edição 47

No caso da região metropolitana de Curitiba, o sistema terá parceria da

Mastercard e vai calcular a diferença das tarifas metropolitanas das municipais

em caso de integração.

A possibilidade de pagamento pelo cartão de crédito ou débito será para os

passageiros na modalidade comum, o vale-transporte pago pelas empresas

empregadoras só será possível pelo cartão Metrocard. O Metrocard para

modalidade comum também continua.

Até o final do ano também devem estar disponíveis nos terminais, máquinas de

autoatendimento para carga e recarga de créditos de transporte. As máquinas

serão semelhantes aos caixas eletrônicos e vão possibilitar a inserção de valores

para o pagamento das tarifas.

A Metrocard também estuda a possibilidade de oferecer serviço de Wi-Fi dentro

dos ônibus.

Acompanhe abaixo as estações e terminais onde já é possível acessar

gratuitamente a internet pelo cadastro do cartão Metrocard

Terminal Fazenda Rio Grande (terminal novo)

Estação Tubo Carlos Gomes

Estação Tubo PUC – Paraná

· Terminal do Maracanã (Colombo)

· Terminal Cachoeira

· Terminal Central de São José dos Pinhais

· Terminal do Guaraituba

· Terminal Central de Araucária

· Terminal de Pinhais

· Estação Tubo 19 de Dezembro

· Estação Tubo Camilo Di’Lellis

· Estação Tubo Rui Barbosa

Próximos locais que devem oferecer acesso gratuito à internet

· Estação Tubo Autódromo

· Estação Tubo Paulo Kissula

· Estação Tubo Pastor Manoel Virgílio de Souza

· Estação Tubo Vila Nova

· Estação Tubo Ferrari

· Estação Tubo Aeroporto

· Terminal de Almirante Tamandaré

· Terminal Maria Angélica

· Terminal do Roça Grande

· Terminal do Jardim Paulista

· Terminal de Quatro Barras

· Terminal de Piraquara

· Terminal Velho da Fazenda Rio Grande

· Terminal de Campo Largo

Page 25: Fim de Semana ARTESP - edição 47

07.03.2016

Reino Unido testará caminhões sem motoristas em

estradas

O governo do Reino Unido irá realizar testes com caminhões sem motoristas nos

próximos meses em uma estrada do noroeste da Inglaterra, informou neste

domingo o jornal “The Sunday Times”.

De acordo com o jornal, o governo financiará um teste com um comboio de

caminhões automatizados que avançarão em conjunto por uma estrada em

Carlisle, no noroeste do país, uma região tranquila onde é possível analisar a

tecnologia sem causar riscos.

A expectativa é que o anúncio do teste seja feito pelo ministro da Economia,

George Osborne, durante a apresentação do orçamento geral do governo, marcada

para ocorrer no dia 16 de março.

Até dez caminhões automatizados de grande porte seguirão um primeiro veículo

conduzido por um motorista, que controlará eletronicamente a evolução de todo

o grupo, segundo o jornal.

Apenas o primeiro veículo terá um condutor. No entanto, outros motoristas

estarão nas cabines dos caminhões, inicialmente controlados por um computador,

para casos de emergência.

O governo britânico já investiu 19 milhões de libras (24,5 milhões de euros) em

outros programas piloto para testar carros sem motorista na Inglaterra.

De acordo com o “The Sunday Times”, a vantagem desse tipo de veículos é que

eles podem viajar com uma menor distância de segurança entre eles, o que reduz

o uso de combustível e diminui a poluição.

Outros benefícios, indica o jornal, são que eles são flexíveis quanto às rotas

utilizadas, o que pode contribuir para evitar congestionamentos e acidentes.

O presidente da Automobile Association (AA), a maior do Reino Unido, Edmund

King, afirmou, no entanto, que esse uso desse tipo de caminhão não faz sentido já

que as estradas estão sobrecarregadas.

“As vantagens dessa tecnologia podem ser notadas nas estradas desertas da

Austrália, mas temos rodovias lotadas no nosso país, nas quais os motoristas

estão constantemente tentando entrar e sair. Eles só vão obstruir a passagem dos

carros”, avaliou King.

Page 26: Fim de Semana ARTESP - edição 47

[

11.03.2016

Com mais de 4 meses de atraso, ônibus turístico de dois

andares começa a circular neste sábado em São Paulo

ADAMO BAZANI

A partir deste sábado, 12 de março de 2016 a cidade de São Paulo, começa a ter

um serviço de ônibus turístico de dois andares que vai percorrer onze pontos

históricos. A previsão inicial era para outubro do ano passado.

Para o serviço serão usados ônibus de dois andares Volvo carroceria Marcopolo

elétricos híbridos, com motores a diesel e elétricos funcionando juntos, do

mesmo modelo já usado em outras regiões do país, como o Parque Nacional das

Cataratas do Iguaçu.

As partidas serão às 9h00, 12h40 e 16h00. Aos domingos e feriados, os horários

são 10h, 13h40 e 17h. Excepcionalmente aos domingos, devido ao programa Rua

Aberta, ou em dias de manifestação, as saídas serão nos mesmos horários, mas os

ônibus não passarão ou terão paradas na avenida Paulista.

Mas é bom prepara o bolso, a passagem é R$ 40, válida por 24 horas, ou seja, a

pessoa pode descer no ponto turístico que quiser e depois continuar o passeio no

mesmo dia. Para isso, o passageiro receberá um cartão que dará direito à

Page 27: Fim de Semana ARTESP - edição 47

gratuidade em espaços culturais como no Catavento Cultural e Educacional,

Estação Pinacoteca, Museu de Arte Moderna (MAM), Museu Afro Brasil, Museu de

Arte Sacra, Museu do Futebol e Pinacoteca do Estado.

As vendas só ocorrem dentro do ônibus. No interior do veículo, o pagamento

poderá ser feito em dinheiro, cartões de crédito ou débito. O Bilhete Único

comum não vai operar na “Circular Turismo Sightseeing SP”, e o ingresso da linha

turística não poderá ser utilizado no sistema comum.O trajeto vai contemplar a

Estação da Luz, Mercado Municipal, República, Pacaembu, Av. Paulista/MASP, Av.

Paulista/Casa das Rosas, Ibirapuera, Centro Cultural de São Paulo, Liberdade,

Patteo do Collegio e Theatro Municipal.O passageiro deve embarcar nos pontos de

parada do “Circular Turismo Sightseeing SP” que têm a mesma estrutura de um

ponto de parada convencional. A diferença são as cores, em amarelo e vermelho,

com um totem que apresenta o nome do local e seu número no roteiro turístico.A

viagem dura até três horas e os ônibus podem usar faixas e corredores dos ônibus

urbanos comuns.Um sistema de som dentro do veículo, com guias, vai passar as

informações sobre os pontos turísticos em espanhol, inglês e português.

O ônibus de dois andares é da Sambaíba e vai ser guiado por motoristas

mulheres.

AGENDA 2016

Março

MÓDULO 3 “Formações em Mobilidade a

Pé”: O PEDESTRE NA LEI

12.03.2016 - em São Paulo

Associação Nacional dos Detrans (AND)

discute o exame toxicológico de larga

janela de detecção para motoristas

profissionais.

15 e 16 de março- em São Paulo

69ª Reunião Geral da FNP- Frente Nacional de Prefeitos- Tema:

Estratégias para o financiamento do sistema de transporte coletivo

urbano e barateamento da tarifa

23 e 24 de março- no Rio de Janeiro

87ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes

Públicos de Mobilidade Urbana

28 de março - em Curitiba