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03/03/2017 1 Princípios e métodos de controle de doenças de plantas Fitopatologia Aplicada Daniel Diego Costa Carvalho Mestre em Fitopatologia (UFLA) Doutor em Fitopatologia (UnB) F2v005 Controle: Prevenção dos prejuízos de uma doença (Whetzel et al. 1925). Aceito como válido, somente quando lucrativo (Whetzel, 1929). Limiar de dano econômico: LDE Danos: quantidade e qualidade da produção. Perdas: retorno financeiro. Controle: Princípios Métodos (medidas) X Manejo: Estratégia Táticas LD LDE LA Os princípios gerais de controle e o triângulo da doença CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO (esquema geral) Medidas de controle 1. Evasão = Escape Fugas dirigidas ao patógeno e/ou ambiente favorável Métodos de controle: Escolha da área geográfica Escolha do local de plantio Heterodera glycines Soja Agrios, 2005.

Fito2 - Aula - PMCDP [Modo de Compatibilidade] · Fitopatologia Aplicada Daniel Diego Costa Carvalho Mestre em Fitopatologia (UFLA) Doutor em Fitopatologia (UnB) F2v005 Controle:

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03/03/2017

1

Princípios e métodos de controle de doenças de plantas

Fitopatologia Aplicada

Daniel Diego Costa Carvalho

Mestre em Fitopatologia (UFLA)

Doutor em Fitopatologia (UnB)

F2v005

Controle:

Prevenção dos prejuízos de uma doença (Whetzel et al. 1925).

Aceito como válido, somente quando lucrativo (Whetzel, 1929).

Limiar de dano econômico: LDE

Danos: quantidade e qualidade da produção.

Perdas: retorno financeiro.

Controle: Princípios Métodos (medidas)X

Manejo: Estratégia Táticas

LD

LDE

LA

Os princípios gerais de controle e o triângulo da d oença

CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO (esquema ger al)

Medidas de controle

1. Evasão = Escape

Fugas dirigidas ao patógeno e/ou ambiente favorável

Métodos de controle:

Escolha da área geográfica

Escolha do local de plantio

Heterodera glycinesSoja

Agrios, 2005.

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SojaRhizoctonia solani

Agrios, 2005.

SojaPhakopsora pachyrhizi

http://www.apsnet.org

Escolha da data de plantio

Plantio raso

Variedade precoce

2. Regulação

Medidas de controle baseadas em modificações do amb iente

Métodos de controle:

Incorporação de matéria orgânica

Nutrição

Preparo do solo, aração

Modificações na Umidade, Tº, luz

Composição do ar

Agrios, 2005.

3. Exclusão

Prevenção da entrada de um patógeno numa área ainda não infestada

Métodos de controle:

Sementes em mudas sadias

Inspeção e certificação

Quarentena

Eliminação de insetos vetores(vizinho)

Foto: J.C.Machado (2009). Agrios, 2005.

Cancro cítrico

Agrios, 2005.

Eliminação de insetos vetores (vizinho)

4. Erradicação

Eliminação do patógeno de uma área em que foi intro duzido

Métodos de controle:

Eliminação de plantas doentes

Eliminação de hospedeiros alternativos

Agrios, 2005.Phakopsora pachyrhizi

Agrios, 2005.

Xanthomonas axonopodis pv. citri

Eliminação de restos de cultura

Rotação de cultura

Pseudocercospora griseola

Ex: Feijão

Colletotrichum lindemuthianum

Agrios, 2005.

Uromyces appendiculatus

Schwartz et al, 2005.

http://www.cnpaf.embrapa.br

http://www.cnpaf.embrapa.br

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Tratamento de sementes

Tratamento do solo

Foto: D.D.C.Carvalho, 2009.

Agrios, 2005.

Controle de vetores ( dentro da propriedade)

5. Proteção

Interposição de barreira entre as partes suscetívei s da planta e o inóculo do patógeno

Métodos de controle:

Pulverização de partes aéreas

Tratamento de sementes

Foto: D.D.C.Carvalho, 2009.Agrios, 2005.

Eerwinia amylovora em muda de maça

6. Imunização

Desenvolvimento de plantas resistentes ou imunes

Métodos de controle:

Imunização genética

Resistência Horizontal (poligênica)

Resistência Vertical (monogênica)5 8

85

7

0

10

20

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r1 r2 r3 r4

Nív

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a (%

)

Raças do Patógeno

RV

4045 42 41

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Nív

el d

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sist

ênci

a (%

)

Raças do patógeno

RH

Resistência Vertical

raça específica

monogênica

qualitativa

pouco durável

Resistência Horizontal

raça inespecífica

poligênica

quantitativa

durável

Resistência Vertical

Agrios, 2005.

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Resistência Horizontal

Agrios, 2005.

0

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r1 r2 r3 r4

Nív

el d

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a (%

)

Raças do patógeno

R

0

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sist

ênci

a (%

)

Raças do patógeno

MR

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r1 r2 r3 r4

Nív

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ênci

a (%

)

Raças do patógeno

MS

0

5

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r1 r2 r3 r4

Nív

el d

e re

sist

ênci

a (%

)

Raças do patógeno

S

Foto: L.R.Silva, 2014. Foto: L.R.Silva, 2014.

Silva et al., 2015.

Imunização biológica

Pré-imunização

Citrus tristeza virus

Agrios, 2005.

(Hipóteses)

Competição por sítios de replicação

Deficiência de metabólitos essenciais

Impedimento da perda da capa protéica

Encapsidação do RNA da estirpe forte

Inibição da síntese de RNA viral

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7. Terapia

Restabelecer a sanidade de uma planta com a qual o patógeno já estabelecera íntima relação parasítica

Termoterapia; Quimioterapia; Cirurgia.

Termoterapia

Cana de açúcar: Leifsonia xyli

Agrios, 2005.

Quimioterapia

Fungicidas

(Sistêmicos)

Agrios, 2005.

Cirurgia

Ex: gomose do citros (Phytophthora citrophthora)

Agrios, 2005.

Princípios e métodos de controle de doenças de plantas

Fitopatologia Aplicada

Exercícios

Doenças da Soja

Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi)

Aplicação de fungicidas: Triazóis e estrobirulinas

Evitar semeadura em épocas favoráveis a doença

Variedade mais precoce

Vazio sanitário (60 a 90 dias)

http://www.apsnet.org

Doenças da Soja

Nematóide das galhas (Meloidogyne spp.)

Rotação de culturas + Adubação verde com espécies não hospedeiras

Eliminação de plantas invasoras

Cultivares resistentes

http://www.insectimages.org/browse/detail.cfm?imgnum=5440175

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Doenças da Batatinha

Viroses (PLRV e PVY)

Evitar batata-semente de lavouras com presença do vírus

Seleção de batata-semente destinada ao plantio

Usar batata-semente certificada

Controlar insetos vetores de vírus

Realizar eliminação semanal de plantas suspeitas de infecção

Agrios, 2005.

Doenças da Batatinha

Requeima (Phytophthora infestans)

Evitar plantio em épocas de Tºs baixas e alta umidade

Aplicação preventiva de fungicidas (Metalaxyl e Chlorothalonil)

Agrios, 2005.

Doenças da Batatinha

Murchadeira (Ralstonia solanacearum)

Usar batata-semente certificada ou fiscalizada

Evitar o plantio em solos infestados com a murchadeira

Arrancar da lavoura todas as plantas com sintomas e queimá-las fora do local de cultivo

Agrios, 2005.

Bibliografia citada e recomendada:

AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5 th ed. San Diego, Academic Press,2005, 948p.

SCHWARTZ, H.F.; STEADMAN, J.R.; HALL, R.; FOSTER, R.L.Compendium of bean diseases , 2nd ed. APS Press, St. Paul. 2005.

SILVA, L.R.; SILVA, R.C.D.; CARDOSO, A.F.; PELÁ, G.M.; CARVALHO,D.D.C. Reaction of cauliflower genotypes to black rot of crucifers. ThePlant Pathology Journal, v.31, n.2, p.181-185, 2015.

Leitura Obrigatória:

MICHEREFF, S.J. Princípios gerais de controle de doenças deplantas. Recife. Universidade Federal Rural de Pernambuco.Departamento de agronomia – Fitossanidade. 2001. 7 p.

Este material é gratuito para download

Acesse: www.labfito.webnode.com