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PUB Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4383 • Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 10 PATACAS JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013 FOTO GCS Taxistas revêem em baixa pedido de aumento de tarifas FEDERAÇÃO ANTECIPA PERDA DE “BONS” PROFISSIONAIS SE NÃO HOUVER SUBIDAS NOS PREÇOS Pág. 5 Cai Siping será comissário-adjunto do MNE da China em Macau Com a saída anunciada da comissária-adjunta do Mi- nistério dos Negócios Estrangeiros da China em Macau, Zhang Jinfeng, o cargo vai ser ocupado por Cai Siping, a partir do próximo mês de Novembro. De acordo com uma notícia do jornal “Ou Mun”, Zhang Jinfeng termina o seu mandato atingindo a idade para a aposentação, depois de dois anos e dois meses naquelas funções. Cai Siping assume o cargo depois de ter desempenhado fun- ções como diplomata na Nova Zelândia antes de chegar à RAEM. Rotas de migração mataram 20 mil pessoas em duas décadas Organizações não-governamentais estimam que, nas últi- mas duas décadas, aproximadamente 20 mil pessoas po- dem ter morrido enquanto tentavam chegar à Europa. Os conflitos em África e no Oriente Médio levam milhares de pessoas a atravessar o Deserto do Saara e o Mar Mediter- râneo em veículos e barcos precários. Uma série de mapas elaborados pela Frontex -agência europeia de fronteiras - e pelo Centro Internacional para Desenvolvimento de Polí- ticas Migratórias, identifica as maiores rotas e centros de concentração na região. Adoptantes de animais criticam burocracia do IACM AL de regresso ao trabalho Empresa de sistemas de espionagem ligada à PJ O Le Monde escreveu ontem que uma empresa francesa que fabrica sistemas de vigilância da internet trabalhou com a PJ de Macau. Última Artistas lusófonos expõem 27 obras na Taipa No âmbito da 5ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, 27 artistas lusófonos participam em exposição inspira- da no sol, na Taipa. Centrais Pág. 7 PROCESSOS NO CANIL MUNICIPAL Págs 2 e 3 Lei de contratação de “croupiers” divide deputados Chan Meng Kam quer demissão de “incompetentes” Políticas do Governo para os jovens geram desilusão

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Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4383 • Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 10 PATACAS

JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

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GCS

Taxistas revêem em baixa pedido de aumento de tarifas

FEDERAÇÃO ANTECIPA PERDA DE “BONS” PROFISSIONAIS SE NÃO HOUVER SUBIDAS NOS PREÇOS

Pág. 5

Cai Siping será comissário-adjuntodo MNE da China em MacauCom a saída anunciada da comissária-adjunta do Mi-nistério dos Negócios Estrangeiros da China em Macau, Zhang Jinfeng, o cargo vai ser ocupado por Cai Siping, a partir do próximo mês de Novembro. De acordo com uma notícia do jornal “Ou Mun”, Zhang Jinfeng termina o seu mandato atingindo a idade para a aposentação, depois de dois anos e dois meses naquelas funções. Cai Siping assume o cargo depois de ter desempenhado fun-ções como diplomata na Nova Zelândia antes de chegar à RAEM.

Rotas de migração mataram 20 mil pessoas em duas décadasOrganizações não-governamentais estimam que, nas últi-mas duas décadas, aproximadamente 20 mil pessoas po-dem ter morrido enquanto tentavam chegar à Europa. Os conflitos em África e no Oriente Médio levam milhares de pessoas a atravessar o Deserto do Saara e o Mar Mediter-râneo em veículos e barcos precários. Uma série de mapas elaborados pela Frontex -agência europeia de fronteiras - e pelo Centro Internacional para Desenvolvimento de Polí-ticas Migratórias, identifica as maiores rotas e centros de concentração na região.

Adoptantes de animais criticam burocracia do IACM

AL de regressoao trabalho

Empresa de sistemas deespionagem ligada à PJO Le Monde escreveu ontem que uma empresa francesa que fabrica sistemas de vigilância da internet trabalhou com a PJ de Macau. Última

Artistas lusófonos expõem27 obras na TaipaNo âmbito da 5ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, 27 artistas lusófonos participam em exposição inspira-da no sol, na Taipa. Centrais

Pág. 7

PROCESSOS NO CANIL MUNICIPAL

Págs 2 e 3

• Lei de contratação de “croupiers” divide deputados

• Chan Meng Kam quer demissão de “incompetentes”

• Políticas do Governopara os jovensgeram desilusão

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02 JTM | LOCAL Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grandes Repórteres: Fátima Almeida e Raquel Carvalho • Redacção: Helder Almeida e Sandra Lobo Pimentel (editores), Pedro André Santos, Susana Diniz e Viviana Chan • Colaboradores: Rogério P. D. Luz (S. Paulo), Rui Rey e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, António Ribeiro Martins, Daniel Carlier, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

TEMA DOMINOU PRIMEIRA SESSÃO DE INTERVENÇÕES ANTES DA ORDEM DO DIA

Lei específica sobre “croupiers” divide ALAs reacções nas ruas contra a contratação de não residentes para o cargo de “croupier” motivaram várias interpelações sobre o tema. Vários deputados consideram que a criação de uma lei proibitiva poderá trazer consequências negativas para o futuro do emprego local e para os jovens, motivando ainda situações injustas noutros sectores

Os deputados reuniram-se ontem para a primeira sessão plená-ria da nova legislatura, tendo 23

apresentado intervenções antes da ordem do dia. Melinda Chan optou por falar do passado para pedir ao Governo que ava-lie “os trabalhos da Comissão Eleitoral”, tendo em vista o seu aperfeiçoamento para que não se repitam os problemas que surgiram nas últimas eleições legis-lativas, enquanto que Chan Meng Kam definiu uma das bandeiras para esta 5ª Legislatura: “demitir os governantes in-competentes e melhorar a vida dos resi-dentes” (ver peça em baixo). Mas a con-tratação de mão-de-obra do exterior foi o tema dominante, incidindo sobre as re-centes manifestações para que seja criada uma lei que proíba os não residentes de ocupar o cargo de “croupier”.

Enquanto que alguns deputados, como Ng Kuok Cheong, defendem a criação de uma lei que defina a “contra-tação exclusiva de trabalhadores locais para os cargos de supervisor e ‘croupier’ em casinos”, outros consideram que o compromisso das operadores já é sufi-ciente para assegurar o emprego local e

argumentam ainda que a legislação iria acarretar uma série de problemas para a população local.

Angela Leong foi a primeira a de-fender a segunda ideia. “Creio que as concessionárias do jogo também não vão violar esta política, pois importar mão-de-obra para essas funções seria uma violação que não as favorecia para a concessão de futuras licenças de jogo no futuro”, disse a deputada. A tam-bém administradora-delegada da SJM afirmou ainda que “produzir leis para a importação de ‘croupiers’ é, sem dúvida, criar um quadro de transparência para o desenvolvimento de Macau e para a sua estrutura de recursos humanos (...), no entanto pode, no futuro, vir a constituir uma limitação para o desenvolvimento deste e até mesmo para Macau”.

Gabriel Tong e Vong Hin Fai alertaram para o facto da proibição por meio de uma lei vir a desencadear situações injustas para outras profissões. “Se uma lei que proíba o exercício de funções de ‘croupier’ e supervisor-chefe por TNR for feita sem preparação, isso não só irá levar ao apare-cimento de conjunturas no palco mundial, considerando que em Macau os estrangei-ros ou as gentes de fora são discriminados, mas também poderá levar os trabalhado-

res de outros sectores importantes a sentir que tal não é nada justo”, defendeu Ga-briel Tong, sublinhando que as medidas administrativas são mais razoáveis.

Também Chan Chak Mo enumerou uma série de argumentos para mostrar os efeitos negativos da elaboração de uma lei que proíba a importação de não residentes para o cargo de ‘croupiers’. “Com a protecção das políticas definidas, as funções de ‘croupier’ só podem ser as-seguradas por residentes, e como os salá-rios são mais elevados do que em muitas profissões que exigem habilitações acadé-micas de nível superior, estamos perante uma situação, de certo modo, injusta”, começou por apontar.

Na opinião do deputado, a produção de uma lei deste género “constitui, for-çosamente, uma interferência adminis-trativa no mercado laboral do sector do

jogo”, fazendo com que os recursos locais se concentrem naquela indústria, perden-do oportunidades de promoção noutros empregos. Como os requisitos para con-seguir um lugar de ‘croupier’ são baixos e os salários altos, as outras profissões vão querer o mesmo tratamento ao nível de legislação. Ao mesmo tempo, alertou Chan Chak Mo, “os jovens vão ser afec-tados transformando-se num grupo de pessoas sem vontade de aprender”, que-rendo apenas ser ‘croupiers’ pelos rendi-mentos.

Em sentido contrário, Au Kam San considera que, ao invés de criar medi-das protecionistas apenas para os “crou-piers”, o Governo deve alargar esta “co-bertura de protecção a outras funções do sector do jogo, com vista a reduzir, gra-dualmente, a percentagem de trabalha-dores não residentes no sector em geral”.

Defesa da profissão de “croupier” para os locais não deve ser transposta para um diploma legal, defenderam alguns deputados

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ARQ

UIVO

Fátima Almeida

Comissões sem mudanças na presidência Os deputados votaram ontem os projectos de deliberação relativos ao plenário e elegeram os presidentes das três comissões permanentes que ficarão responsáveis por analisar as propostas de lei na especialidade e as comissões de acompa-nhamento. À semelhança do que aconteceu nos últimos quatro anos, Kwan Tsui Hang presidirá à 1ª Comissão Permanente, Chan Chak Mo à 2ª Comissão e Cheang Chi Keong à 3ª Comissão. Já Vong Hin Fai foi eleito presidente da Comissão de Regimento e Mandatos, Ho Ion Sang presi-dirá à Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas. A Co-missão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas terá como presidente Mak Soi Kun e a Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Administração Pública será pre-sidida por Chan Meng Kam. Tsui Wai Kwan foi eleito para o Conselho Administrativo. Devido à votação ficou adiada para hoje a apreciação na generalidade de dois regimes, como o que visa tratar os litígios decorrentes de erro médico e ainda a apresentação do relatório sobre a Exe-cução do Orçamento de 2012 e do Relatório de Auditoria da Conta Feral de 2012. F.A.

Chan Meng Kam quer demissão de “dirigentes incompetentes”Questionando se a passagem do ex-director da DSRT para assessor de Lau Si Io não terá sido “um refúgio”, Chan Meng Kam voltou ontem a pedir um regime de avaliação transparente que determine quem são os dirigentes incompetentes para que estes possam ser demitidos

Chan Meng Kam defendeu o afastamento de “diri-gentes incompetentes” e um “regime de avaliação de desempenho (…) transparente e eficaz” para de-

terminar a qualidade dos líderes dos serviços. “Tendo em conta a experiência dos outros países, a única maneira de conseguir obter uma resposta para esta pergunta (quem é incompetente?) é criar um regime de avaliação de desem-penho dos dirigentes transparente e eficaz, baseado em critérios científicos”, afirmou o deputado.

Durante o período antes da ordem do dia, o deputado incluiu ainda no lote dos incapazes os dirigentes que “só dão importância ao momento sem terem visão de futuro, prejudicando a vida da população e a imagem do Gover-no”.

O deputado destacou que existe legislação que permi-te a avaliação, mas acusou os Secretários do Governo de considerarem sempre os dirigentes “competentes e dedi-cados”, ficando a população sem saber qual a avaliação

feita pelos responsáveis políticos porque esta é apenas do conhecimento das partes envolvidas.

Recordou ainda o recente afastamento do director dos Serviços de Regulação das Telecomunicações, Tou Veng Keong, que acabou nomeado assessor do Secretário para os Transportes e Obras Públicas para questionar se o lugar de assessor “não é um refúgio”.

O deputado disse também que a vida da população local “melhorou devido ao constante desenvolvimento da economia” dado que a “eficácia da administração é baixa porque alguns dirigentes são incompetentes, porque estão no poleiro e não fazem nada ou porque o que fazem, fazem à toa”. E recordou problemas sociais como o encarecimen-to acentuado do preço da habitação, a assistência médica, os transportes, preços dos produtos devido à inflação e a pressão constantes sobre as Pequenas e Médias Empresas devido à ausência de recursos humanos e ao preço das rendas. JTM/LUSA

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 JTM | LOCAL 03JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

• • • NA AGENDADOS DEPUTADOS

“FUNDO DO POVO”. Si Ka Lon sugeriu ao Governo que es-tude a necessidade de “criar um ‘Fundo do Povo para o Jogo’, ou seja voltado para investimento naquele sector e no turismo, sen-do que também pode investir em sectores como a medicina chinesa, exposições, indústrias criativas e culturais, ajudando Macau a ultra-passar limites, a diversificar o cres-cimento (...)”. “Os lucros podem ser distribuídos periodicamente ou criar-se mesmo um fundo de desenvolvimento de habitação, ou um sistema de seguro de saúde para toda a população”, indicou o deputado.

APOIO MÉDICO NO EXTE-RIOR. Recordando o caso de um menina que pediu ajuda para re-ceber tratamento no exterior, Me-linda Chan frisou que o decreto lei que regula o acesso da população do território a cuidados de saúde não prevê os pormenores sobre as condições, fundamentos de apre-ciação, regiões que prestam servi-ços médicos e o limite máximo das despesas no exterior, o que mostra a falta de transparência dos re-feridos serviços. “Na falta de re-gulamentação, o referido caso da menina Ka Ka foi indeferido e os residentes começam, naturalmen-te a duvidar dos critérios de apre-ciação”, frisou, exigindo que esses regimes sejam aperfeiçoados para que tenhamos um Governo “res-ponsável e incorrupto”.

CONTRA ABUSOS SEXUAIS. Wong Kit Cheng pretende que os processos de queixa de abuso se-xual sejam simplificados para que as vítimas conseguiam partir para a denúncia e não enfrentem um sistema penoso para que se faça justiça. A deputada espera ainda que se legisle o quanto antes sobre os crimes de “atentado ao pudor” e “assédio sexual ”por forma a que a instauração do processo depen-da do Ministério Público, para evi-tar que a ofendida tenha de con-tratar um advogado para imputar as devidas responsabilidades, reduzindo-se assim a influência do processo de acusação sobre a ofendida”.

GARANTIAS NA REFORMA. Para Leong Veng Chai, o “Gover-no não tem agido em conformi-dade com o seu discurso, porque, por um lado considera valiosos os recursos humanos de que a administração dispõe, mas por outro nunca lhes atribui impor-tância”. O deputado afirmou que o Executivo trata como “trapos” os trabalhadores das classes mais baixas durante a velhice depois destes se dedicarem ao ponto de sacrificar a sua saúde. “Quanto às garantias na aposentação, é ne-cessitário voltar a estudar o regi-me de aposentação dos funcioná-rios, pois atendendo à gravidade da inflação, o actual regime de providência não consegue salva-guardar, indefinidamente, essas garantias”, sugeriu.

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DEPUTADOS PEDEM MAIS MEDIDAS DE APOIO

Desiludidos com políticas para jovensNão conseguem comprar uma casa para constituir família e a sociedade não lhes dá oportunidades para progredir profissionalmente. Song Pek Kei exortou ontem o Governo a traçar medidas para que os jovens consigam comprar uma casa, enquanto que Ma Chi Seng apelou a intercâmbios para que os jovens depositem confiança no lema “Amar a Pátria, Amar Macau”

Song Pek Kei chegou ao Hemiciclo com uma certeza: “toda a gente está desiludida com as políticas do Go-

verno para dar resposta às dificuldades dos jovens com a aquisição de uma habi-tação”. Na sua primeira intervenção antes da ordem do dia, a mais jovem deputada falou dos problemas que afectam a sua ge-ração exigindo que o Governo tome como referência as experiências de outras regiões e pondere “sobre a prestação de apoio às famílias de recém-casados na aquisição de habitação”. “Essas medidas devem incluir ‘arrendar primeiro e adquirir depois’, no caso das habitações sociais, e a bonificação de juros para a aquisição de habitações pri-vadas”.

A deputada eleita pela lista de Chan Meng Kam indicou que, segundo os dados apurados recentemente, “nos próximos anos Macau vai ter 70.000 jovens em idade de casar, por isso, é forte a necessidade de habitação”. Neste sentido, questionou: “O Governo realizou algum estudo de ava-liação sobre as necessidades de habitação dos jovens em idade de casar, assim como sobre a sua capacidade para adquirir uma habitação no mercado privado?”.

Recordando que o preço dos imóveis “subiu rapidamente” nos últimos anos, Song Pek Kei afirmou que mesmo os tra-balhadores do jogo que “auferem rendi-mentos mensais médios na ordem das 15.000 patacas, que embora não sejam baixos, estão muito aquém do necessário para a aquisição de um imóvel, mesmo de três ou quatro milhões de patacas”. Assim, “são cada vez mais os jovens que não con-seguem concretizar a sua perspectiva de aquisição de uma casa”.

A deputada apontou que o plano de arrendamento de habitação para as

Famílias de Recém-Casados, proposto em 2008, “iniciou-se com entusiasmo mas, até ao momento, não registou mais avanços”. Por outro lado, “a oferta de habitação pública é gravemente insufi-ciente e a sua construção sempre adiada, ao que acresce o insuficiente controlo do mercado imobiliário, factores que só agravam o descontentamento dos jovens em relação ao Governo”, frisou, apelan-do à definição de planos para aquisição de uma casa, “evitando que os jovens si-gam cegamente os outros e assumam as condutas irrealistas”.

Também Ma Chi Seng, nomeado pelo Chefe do Executivo, traçou um cenário negro para o futuro dos jovens, esperando que “o Governo e a sociedade dêem mais atenção aos assuntos da juventude”, para que esta possa “assumir mais responsa-bilidades na sociedade”. “Já há muito tempo que colaboro com associações que desenvolvem actividades para jovens e verifiquei que alguns têm uma perspecti-va muito cinzenta e sem objectivos de vida porque não conseguem acompanhar o rit-

mo do desenvolvimento, nem enfrentar a pressão e os desafios da vida”. “Os jovens de Macau estão pessimistas, sentem que a sociedade não lhes dá oportunidades para progredirem profissionalmente, sentem que é difícil concretizar o sonho de ‘ter uma casa própria e uma profissão estável’, e alguns estão influenciados por boatos e publicidade negativa na internet, o que resulta numa fraca consciência nacional”, descreveu.

Para resolver este problema, Ma Chi Seng aponta como solução a “intensi-ficação das actividades de intercâmbio entre jovens de Macau e da China”, con-siderando que este “é um meio para se conhecerem e depositarem confiança no lema ‘Amar a Pátria, Amar Macau’”. Ma sugere ainda que o Governo apoie as as-sociações civis na “organização das suas actividades que têm por objectivo elevar o nível das capacidades dos jovens, reforçar a sua competitividade e prepará-los para a adversidade, cultivar o entusiasmo para servirem a sociedade e assim cuidarem e respeitarem os idosos”.

Questionando se o Governo conseguirá dar resposta à pro-cura de vagas nos lares, Zheng Anting, eleito pela lista de Mak Soi Kun, pediu ontem no Hemiciclo que seja dado

mais apoio à associações cívicas para que estas possam desen-volver trabalhos nesta área. “A situação das associações cívicas é idêntica à das PME”, começou por comparar para mostrar que enfrentam dificuldades. “O Governo deve adoptar medidas para resolver a actual situação. Proponho que pondere a redução de restrições às associações que pretendam explorar, e têm capaci-dade de explorar os serviços aos idosos, e concessão de diversos apoios às associações, segundo o modelo ‘as associações a explo-rarem os referidos serviços com apoio financeiro do Governo”, disse o também vice-presidente da Associação dos Conterrâneos de Jiangmen.

Recorde-se que aquela instituição, da qual Mak Soi Kun tam-bém faz parte, durante um encontro com o Chefe do Executivo manifestou a vontade de construir um lar de idosos na zona do

Patane, com capacidade para 200 pessoas. Na sua primeira in-tervenção antes da ordem do dia, Zheng Anting optou por pedir mais apoio para associações, nomeadamente aquelas que quei-ram desenvolver projectos nesta área.

O deputado defendeu que o apoio deve ser dado nomeada-mente “na construção das respectivas instalações para poderem entrar em funcionamento, quanto antes, e ainda a nível técnico, por forma a resolver o actual problema de insuficiência de camas nos lares de idosos”.

Zheng Anting também sugeriu que seja concedido “dinheiro directamente aos que necessitam para que possam ter uma vida condigna na velhice”. “Macau é uma cidade pequena, mas tem um PIB que se situa nos primeiros lugares a nível mundial, e o co-fre do Governo é folgado, assim, para uma vida condigna, porque é que não ponderam a inclusão de um subsídio aos idosos no pla-no de comparticipação pecuniária a longo prazo?”, questionou.

F.A.

Zheng Anting pede mais apoio para associações e idososO deputado Zheng Anting, que pertence a uma associação interessada em abrir um lar no Patane, pediu ontem ao Governo para conceder mais apoio às instituições cívicas sobretudo para construir instalações para idosos. Sugeriu ainda que o Executivo dê dinheiro directamente às pessoas com necessidades

Fátima Almeida

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 201304 JTM | LOCALJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

ANÚNCIO

[ N.º 198/2013 ]

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar o representante do agregado familiar da lista de candidatos a habitação económica abaixo indicado, no uso da competência delegada pela alínea 15) do n.º 3 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

87678WAN CHI

Nome N.º do boletim de candidatura

Por causa do representante do agregado familiar acima mencionado não comparecer no este Instituto para assinar o contrato-promessa da habitação económica que comprometeu a comprar, neste acto recorreu uma infracção, nos termos do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011(Lei da habitação económica) e alínea b) do artigo 14.º do Acesso à compra de habitações construídas no regime de contrato de desenvolvimento para a habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002.

Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa, no dia

1 de Agosto de 2013, a solicitar ao interessado acima mencionado para apresentar por escrito a sua contestação pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de publicação do referido anúncio, mas não fez a entrega da sua contestação dentro do prazo indicado, assim como da decisão o despacho do signatário, exarado na Proposta n.º 0598/DHP/DHEA/2013, a respectiva candidatura foi excluída da lista geral de espera.

E de acordo com o disposto no n.º 22 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da

RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e no artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, cabe recurso hierárquico necessário da respectiva decisão adminstrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30(trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública, Subst.º Mio Chan Seng

28 de Outubro de 2013

ANÚNCIO

[ N.º 199/2013 ]

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares do concurso de habitação económica abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 15) do n.º 3 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Por causa dos representantes dos agregados familiares acima mencionados não comparecerem no este Instituto para escolha de habitação após a emissão da segunda convocação, as respectivas candidaturas serão excluídas na lista geral, de acordo com os termos da alínea 2) do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica) e alínea a) do artigo 14.º do Regulamento de Acesso à Compra de Habitações Construídas no Regime de Contrato de Desenvolvimento para a Habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002.

De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, devem apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio. Se não apresentarem as contestações no prazo fixado, considerando as desistências do respectivo direito e não aceitação das contestações entregues fora do prazo fixado.

No caso de dúvidas, poderá dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou contactar Srª. Cheong, através o tel. n.º 2859 4875 (Ext. 220), para consulta do processo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública, subst.ºMio Chan Seng

28 de Outubro de 2013

Nome N.º do boletim de candidatura LEI WAI CHEONG SOK U IEONG WAN IAM U CHON MUI LO LAP IAN WONG LOI IENG CHAO SOU HAN CHAO KUAN

846250612306675065831335747123518888430

Jason Chao organiza mais uma manifestação contra Florinda ChanA “Aliança contra Florinda Chan” vai protestar hoje, de novo, no Jardim de Penha. O objectivo é lembrar o con-fronto entre os manifestantes e a po-lícia no último protesto que ocorreu em Junho. O organizador Jason Chao, queixa-se de abuso de poder da po-lícia que deteve alguns dos manifes-tantes, mas que acabou por libertá--los sem acusações. Em declarações ao JTM, Jason Chao explicou que no protesto será relembrado o caso das “campas”, mas essencialmente, pre-tendem reagir à decisão emitida pelo Ministério Público (MP) sobre essa outra manifestação que decorreu no dia 30 de Junho. Lembrou que devido à reprovação do percurso, que devia chegar à casa da Secretária, houve confrontos entre os manifestantes e a PSP, acabando detidas seis pessoas, incluindo Jason Chao, Scott Chiang, Sou Ka Hou e Bill Chou. O presiden-te da Associação Novo Macau disse que recebeu recentemente a decisão do MP, e o caso vai ser arquivado sem que nenhum manifestante tenha sido acusado. Os organizadores do protes-to de hoje querem chamar a atenção do público para não parar a luta, de-fendendo que os governantes incapa-zes devem demitir-se.

V.C.

O Ministério Público fez questão de esclarecer as queixas vindas a público ontem sobre o caso da doente em estado vegetativo cujo pai afirma ter resultado de um erro médico. Em comunicado, frisa que o procedimento criminal se encontra encerrado e refuta as acusações de Sam Chan

PROCEDIMENTO CRIMINAL ENCERRADO NO CASO DE DOENTE EM ESTADO VEGETATIVO

MP responde sobre alegado erro médico

O MP diz que o procedimento criminal quanto ao caso da doente em estado vegetativo por alegado erro médico já terminou. Em comunicado, salienta

que “não se verificou nenhuma ilegalidade ou irregulari-dade na tramitação” recusando responsabilidades do ma-gistrado que conduziu o processo.

Depois do pai da doente ter vindo outra vez a público fa-zer acusações de falsificação de documentos e de tratamen-to “irrazoável” dado ao caso, o MP afirmou que “não se ve-rificou nenhuma das situações referidas pelo senhor Chan aos órgãos de comunicação social”, lamentando a situação e disponibilizando apoio dentro do que a lei permite.

Depois do envio de uma carta dirigida ao Procurador Ho Chio Meng e do caso ter sido notícia ontem, o MP de-cidiu reagir em comunicado sobre as acusações do pai “in-satisfeito com o resultado do processo do alegado caso de erro médico”, cuja filha se encontra em estado vegetativo, recordando os passos dados pelas autoridades.

Depois do sucedido, em Março de 2004, Sam Chan “apresentou uma queixa ao centro de avaliação de queixas sobre as actividades médicas mas não teve resultados”, à qual se seguiu, em 2006, uma queixa-crime “por suspeita de falsificação do relatório médico da sua filha pelo médi-co responsável”.

“Em 2007, o Ministério Público abriu um inquérito cri-minal para investigar sobre o caso. Dada a insuficiência das provas que indiciem a prática do crime, o delegado titular do processo decidiu o arquivamento do processo em 2008”, explica o comunicado.

O pai da doente não se conformou com a decisão e deci-diu apresentar reclamação nos termos legais, mas da apre-ciação da reclamação, resultou que não preenchia os requi-sitos legais para uma acusação penal, e o MP “manteve a

decisão de arquivamento do processo”, em Julho de 2009.Requereu depois a instrução criminal junto do Tribunal

de Instrução Criminal, no entanto, o Juiz decidiu pela não pronúncia e arquivou o processo.

Recorde-se que o pai acusa o médico do Centro Hos-pitalar Conde São Januário de falsificação de documento e, mais recentemente, também a Procuradora-Adjunta que conduziu o processo.

Pai de doente em estado vegetativo não se conforma

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 JTM | LOCAL 05JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Viviana Chan

O presidente da Federação dos Negócios de Táxis de Macau disse ao JTM que o aumento das tarifas dos táxis é uma necessidade, indicando que os taxistas são “forçados” a agir de forma incorrecta, porque os salários praticados são baixos. Wong Peng Kei diz mesmo que alguns já fugiram da área por causa do baixo salário deste emprego no território. O responsável prevê em breve submeter ao Governo um pedido de aumento das tarifas e da bandeirada em cerca de 15 por cento

FEDERAÇÃO DO SECTOR VAI APRESENTAR PROPOSTA DE PREÇOS MAIS MODERADA

Sem aumento haverá menos taxistas “bons”

Taxistas vão pedir aumento ao Governo ainda antes do Grande Prémio

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ACORDO ASSINADO EM PEQUIM POR AUTORIDADES DE AVIAÇÃO

China e RAE’s uniformizam inspecção de aviõesAcordo com a China Continental e Hong Kong vai permitir a redução de “redundâncias” e de “custos”, diz a Autoridade de Aviação Civil de Macau. A partir de agora, os certificados de avaliação das aeronaves emitidos num dos territórios passarão a ser válidos nos três

As autoridades de Aviação Civil da China Conti-nental, Macau e Hong Kong assinaram um acor-do de cooperação que vai uniformizar as regras

de certificação de aeronaves e de actuação das equipas que fazem a manutenção. De acordo com a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM), o acordo vai possi-bilitar “a partilha de recursos”, redução de “redundân-cias” nas inspecções de aviões e “redução de custos”.

Com o acordo que foi assinado ontem em Pequim, “mais de cem organizações de manutenção de aviões” de Macau, Hong Kong e China passam a ser reconhe-cidas nos três territórios. Dessa forma, as acções de ins-pecção a aeronaves realizadas por equipas reconhecidas pelas três autoridades de aviação passarão a ser válidas em qualquer dos territórios, em particular a emissão dos “certificados de avaliação de aeronavegabilidade”, um documento que é atribuído a uma aeronave depois de deixar a linha de produção, garantindo que está em con-dições de operar.

A cooperação entre as três entidades de aviação civil foi estabelecida em 2002 e permitiu, desde então, a “alte-ração e uniformização” progressiva dos “regulamentos, práticas e sistemas” de avaliação de aeronaves. Foi esse trabalho, que decorreu ao longo dos últimos cinco anos,

que permitiu, de acordo com a AACM, a assinatura do acordo de cooperação.

“A partir de agora, as três autoridades de aviação ci-vil vão partilhar recursos acabando com actividades de inspecção redundantes, o que vai reduzir muito o tra-balho administrativo. (...) O acordo de cooperação vai

permitir também a melhoria dos parâmetros fiscalização nos três locais”, revela a AACM em comunicado.

A cerimónia de assinatura do acordo aconteceu na sede da Autoridade Administrativa de Aviação Civil da China e contou com a presença dos responsáveis dos três organismos da aeronáutica. A.J.

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Autoridades de aviação prometem acabar com actividades de inspecção “redundantes”

Wong Peng Kei, presidente da Federação dos Negócios de Táxis de Macau, revelou que

brevemente vai apresentar um pedido de aumento das tarifas à Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), indicando que se não for au-mentada, os taxistas “vão fugir para outra área, sobretudo, os bons”.

Em declarações ao JTM, o responsá-vel apontou o dedo às falhas da DSAT, dizendo que “Wong Wan já falhou nos autocarros, é melhor não falhar também com os táxis”. Segundo observou Wong Peng Kei, que é taxista em Macau há mais de 30 anos, o Governo não conse-gue apanhar as “ovelhas negras”, mas em contrapartida, “há taxistas bons que foram apanhados”.

Por um lado, concorda com o agra-vamento da penalização face às infrac-ções dos taxistas, mas por outro lado, não quer que a qualidade dos serviços dos táxis esteja ligada à avaliação do aumento.

“Sem este aumento, muita gente vai sair da área”, avisou, explicando ainda

que os condutores podem ganhar mais conduzindo outro tipo de transporte. Como factores aponta as baixas tarifas cobradas e o facto de haver muito trân-sito, que levam os taxistas a preferir tra-balhar à noite, período no qual há mais possibilidade de prevaricarem, nomea-damente através de abusos na cobrança de tarifas.

Para o aumento, a Federação dos Negócios de Táxis de Macau tem uma exigência ligeiramente diferente da apresentada pela Associação de Auxílio Mútuo de Condutores de Táxi de Ma-cau. A Associação liderada por Tony Kuok pede um aumento de 20 por cen-to da tarifa de táxis e mais três patacas de aumento na bandeirada. “Para nós, esta proposta é um pouco complicada de calcular e preferimos ser mais sim-ples”, disse.

Wong Peng Kei considera que 15 por cento de aumento é razoável, pe-dindo mais duas patacas na bandeira-da, salientando que o valor já contém uma “consideração séria” aos cidadãos de Macau, porque o último aumento já foi há cercs de ano e meio.

O último aumento “não compensa nem a subida das despesas diárias, por

isso, é impossível elevar os salários dos taxistas”. O pedido deverá ser entre-gue ao Governo antes da realização do Grande Prémio.

O mesmo responsável manifestou ainda descontentamento com o Chefe do Executivo, queixando-se que Chui Sai On não quer que os táxis circulem durante o sinal oito de tufão, mas na opinião de Wong Peng Kei, há necessi-dade neste período, e é até muito neces-sário já que muitas pessoas precisam de transporte.

Lembrando que são as pessoas que

pedem para ser levadas até ao COTAI por 200 patacas por pessoa durante os tufões, porque “têm que voltar ao tra-balho”, frisou. Quanto à criação do se-guro para os táxis e de uma tarifa extra durante o mau tempo, Wong Peng Kei acusou o Governo de usar desculpas para escapar aos problemas reais. “Dis-se que há dificuldades na lei”, mas “não vejo a impossibilidade”, dando como exemplo o sucedido com a Reolian. “O Governo pagou pelos autocarros, mas não ajuda os táxis no pagamento dos seguros”.

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 201306 JTM | LOCALJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

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Uniciclos e trotinetes no “radar” da PSP

Foi detectado o uso de uniciclos eléctricos, normalmente designados por “solowheel”, e trotinetes nas vias públicas da Taipa. Ontem, a PSP alertou a população para o facto deste tipo de veículos, com e sem motor, apenas poderem circular em locais autorizados, caso contrário são aplicáveis coimas de 600 patacas. Para veículos a motor, o condutor necessita estar habilitado a conduzir o veículo. L.F.

Taxista “fugiu” com mala de cliente

No domingo, um casal e a filha apanharam um táxi na Ro-tunda Carlos da Maia, tendo

como destino o NAPE. Após ter saído do veículo, o marido notou que tinha deixado a mala no banco da viatura e tentou abrir a porta, mas o taxista não o permitiu, arrancando “prego a fundo”.

Segundo as vítimas contaram à PSP, a mala tinha custado 23.259 dó-lares de Hong Kong, e no seu interior estariam 150 mil dólares em dinheiro.

A investigação da PSP contou com a ajuda de comerciantes da Rotunda Carlos da Maia, que disponibilizaram imagens de vídeos de vigilância, fa-cilitando dessa forma a identificação da matrícula da viatura e consequen-temente do taxista.

O suspeito, um residente de 66 anos, foi chamado para prestar de-clarações e, segundo a PSP, admitiu o crime. O dinheiro foi posteriormente encontrado na fracção que habita.

Ladrões com “veia” informáticaA uns meros 54 metros do Comis-

sariado da Polícia Nº 1, no Pátio dos Penates, uma residência foi alvo de um assalto. De acordo com a vítima, terão sido roubadas duas consolas de jogos avaliadas em 3.400 patacas, um computador portátil e um “tablet”. Os danos foram estimados em 10.700 patacas.

As autoridades policiais suspei-tam que os assaltantes terão usado uma chave falsa para entrar no apar-tamento. L.F.

Comerciantes locais ajudaram as autoridades a identificar um taxista, que se apropriou de bens de um cliente

EMPRESA LIGADA A SALA VIP LESADA EM DOIS MILHÕES

Relógios alimentaram espiral de apostasUm funcionário de uma empresa de brindes confessou ter roubado relógios avaliados em quase dois milhões de dólares de Hong Kong que se destinavam a jogadores de salas VIP

A atracção pelo jogo foi o motivo invocado por um residente de 27 anos, que furtou e vendeu a uma

loja de penhores um conjunto de quatro relógios, que pertenciam à empresa onde trabalhava.

Segundo revelou a Polícia Judiciária, a empresa em questão tem um acordo de parceria com uma sala VIP de um casino de Macau. Os pontos acumulados pelos membros da sala podem ser trocados por brindes dessa empresa.

Na segunda-feira, o suspeito terá ido ao local de trabalho, um balcão da em-presa localizado na sala VIP, para furtar um relógio, que penhorou em troca de di-nheiro para jogar. Com má sorte no jogo, o suspeito terá acabado por furtar mais três relógios.

No total, as peças estavam avaliadas em 1,9 milhões de dólares de Hong Kong, mas o detido recebeu “apenas” 580 mil dólares.

Depois de ter perdido todo o dinhei-ro, o suspeito resolveu confessar o crime perante os responsáveis da sua entidade patronal.

Entrada clandestina por 7.000 yuansNoutro caso, a Polícia de Segurança

Pública deteve uma mulher, oriunda do

Continente chinês, por posse de docu-mentos falsificados, que adquiriu em Zhuhai.

A suspeita foi interceptada na Rua de Pequim quando estava na posse de um passaporte da República Popular da Chi-na falso.

De acordo com as autoridades poli-ciais, a ausência de marcas fluorescentes, que são também detectadas com luz ul-travioleta, e a existência de alterações na zona da fotografia suscitaram as suspei-tas da PSP, sendo que a detida confirmou depois ter comprado o passaporte falso.

Segundo relatou à PSP, a suspeita co-nheceu um indivíduo em Zhuhai, que se ofereceu para a transportar clandesti-namente para Macau de barco e arran-jar-lhe um passaporte, tudo por 7.000 yuans. L.F.

Suspeito assumiu que furtou quatro relógios de luxo para poder apostar

ANÚNCIO

[ N.º 200/2013 ]

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares do concurso de habitação económica abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 16) do n.º 3 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

88510LEI MAN I 111372U WAI LAPNome N.º do boletim de candidatura Nome N.º do boletim de candidatura

Após as verificações deste Instituto, notamos que os representantes dos agregados familiares do concurso de habitação económica acima mencionados são proprietários de fracções autónomas com finalidade habitacional na Região Administrativa Especial de Macau, desde à data da apresentação da candidatura e até à data de celebração da escritura pública de compra e venda da fracção, pelo que, este não podem candidatar-se à aquisição de fracção, nos termos do n.º 3 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), este Instituto informou-os por meio de ofícios, com os n.ºs 1302260164/DAH e 1302260070/DAH, datada de 28 de Fevereiro de 2013, a solicitar aos interessados acima mencionados para apresentarem por escrito as suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de recepção dos referidos ofícios, entretanto não os fizeram dentro do prazo indicado. Nos termos do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 e n.º 2 do artigo 16.º do Regulamento de acesso à compra de habitações construídas no regime de contrato de desenvolvimento para a habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, assim como da decisão do despacho do Chefe do Departamento de Assuntos de Habitação Pública deste Instituto, exarado nas Informações n.ºs 0879/DAHP/DAH/2013 e 0855/DAHP/DAH/2013, as respectivas representantes dos agregados familiares foram retiradas dos agregados familiares e excluídas da lista geral, por não reunirem os requisitos para aquisição de habitação económica.

E nos termos do n.º 21 do Despacho n.º 09/IH/2013, alterado pelo Despacho n.º 20/IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 25, II Série, de 20 de Junho de 2012 e no artigo 155.º do Código doProcedimento Administrativo, cabem recurso hierárquico necessário da respectiva decisão administrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública, subst.ºMio Chan Seng

29 de Outubro de 2013

ANÚNCIO

[ N.º 201 /2013 ]

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar a representante do agregado familiar do concurso de habitação económica abaixo indicada, no uso da competência delegada pela alínea 16) do n.º 3 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

65827 IEONG HANG I

Nome N.º do boletim de candidatura

Após as verificações feitas por este Instituto, verifica-se que o cônjuge da representante do agregado familiar de candidatos a habitação económica acima mencionada é proprietário de fracções autónomas com finalidade habitacional na Região Administrativa Especial de Macau, tendo o cônjuge a propriedade da habitação económica quando a for atribuído, de acordo com o regime de bens do casamento seleccionado pelos representante do agregado familiar e o cônjuge. Neste caso, o cônjuge deve reunir na mesma os requisitos para aquisição de habitação económica, pelo que, este não pode candidatar-se à aquisição de fracção, nos termos da alínea 1) do n.º 3 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica).

De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, deve apresentar, por escrito, a sua contestação e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio.

Se não apresentar a contestação no prazo fixado ou a mesma não foi aceite por este Instituto, a representante do agregado familiar foi retirada do agregado familiar e a respectiva candidatura será excluída da lista geral de espera, por não reune os requisitos para aquisição de habitação económica, nostermos dos n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 e n.º 2 do artigo 16.º do Regulamento de acesso à compra de habitações construídas no regime de contrato de desenvolvimento para a habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002.

No caso de dúvidas, poderá dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou contactar Srª. Cheong, através o tel. n.º 2859 4875 (Ext. 220), para consulta do processo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública, Subst.º Mio Chan Seng

29 de Outubro de 2013

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 JTM | LOCAL 07JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

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• • • BREVES

Associação leiloou caixãopara juntar o dinheiro A Associação de Construção e Armação de Ferro e Aço de Macau-China realizou um leilão de um caixão pelo preço mínimo de um milhão de patacas. De acordo com a publicação chinesa “All About Media”, o pre-sidente da associação, Wong Wai Man, disse que o di-nheiro servirá para doar a uma instituição de caridade, mas não indicou qual.

Atraso de salários na construçãomotivou protesto no GalaxyTrês antigos trabalhadores da construção da nova fase do hotel Galaxy fizeram ontem um protesto no estalei-ro por causa de pagamentos em atraso. Os trabalhado-res exigem que sejam pagas horas extra por subirem ao guindaste. Segundo a PSP, os mesmos queixosos já se tinham dirigido à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais quando foram despedidos. O caso ainda está a ser investigado.

Goreti Lima aborda“crenças” no C&CHoje, pelas 18:45 horas, o Clube C&C acolhe a palestra intitulada “Crenças”, conduzida pela psicóloga Gore-ti Lima. A oradora pretende abordar como as crenças moldam os nossos pensamentos e percepções uma vez que estão enraizadas no subconsciente e dominam o comportamento, neutralizando a vontade.

MARGARET CHAN REUNIU-SE COM CHUI SAI ON

OMS quer ajudar na produção farmacêuticaNum encontro com o Chefe do Executivo, a directora-geral da Organização Mundial de Saúde garantiu que quer ajudar Macau, nomeadamente, nos critérios de produção farmacêutica

O Chefe do Executivo teve ontem dois encon-tros nos quais o tema abordado foi a medici-na tradicional chinesa. Chui Sai On recebeu

Margaret Chan, directora-geral da Organização Mun-dial de Saúde (OMS), que disse estar atenta à cons-trução do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa entre Guangdong e Macau, e ma-nifestou, mais uma vez, o apoio da OMS ao desenvol-vimento do sector.

Sobre aquele empreendimento, a OMS pretende ajudar a elaborar, de acordo com as regulamentações e sugestões da organização, alguns critérios de pro-dução farmacêutica.

Foram ainda discutidos vários temas na área de saúde, incluindo o desenvolvimento e promoção da medicina tradicional e a criação de um centro de coo-peração.

O vice-ministro da Comissão Nacional de Planea-mento Familiar e Saúde e director da Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa, Wang Guo-qiang, também foi recebido por Chui Sai On, que

espera que a Comissão continue a manter contactos estreitos com os Serviços de Saúde da RAEM.

Wang Guoqiang é um dos convidados da OMS para a cimeira sobre o implemento global de es-tratégias da medicina tradicional 2014-2023, bem como para participar no fórum de reitores dos hospitais universitários de medicina tradicional chinesa, com o objectivo de intercâmbio com os re-presentantes dos diferentes territórios sobre medi-cina convencional e medicina tradicional chinesa.

Postura “autocrática”, “absurda” e que represen-ta um “abuso de poder”. É desta forma que o presidente da Sociedade Protectora dos Ani-

mais de Macau (ANIMA), Albano Martins, classifica as condições que estão a ser colocadas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos Municipais (IACM) nos pro-cessos de adopção de animais do Canil Municipal.

Em declarações ao JTM, o presidente da ANIMA frisou que, de acordo com os regulamentos, os interes-sados na adopção de um animal necessitam apenas de “preencher um requerimento e de pagar a licença anual de propriedade” do animal. No entanto, de acordo com várias queixas que têm chegado à associação, o IACM tem comunicado aos adoptantes que o processo pode demorar até “quatro meses”, “aconselhando-os” a as-sumirem antes a propriedade do animal, pela qual têm que pagar taxas superiores a 3.000 patacas.

“Quero confrontar o presidente do IACM com esta situação porque considero isto um abuso de poder. Obrigar uma pessoa a declarar-se proprietária desse ani-mal quando efectivamente não o é, é algo de absurdo”, criticou Albano Martins. Segundo o presidente da ANI-MA, o pagamento das taxas destina-se a “penalizar” as pessoas que abandonam os animais e que pretendem recuperá-los posteriormente e “não deve incidir” sobre quem quer adoptar animais “abandonados por outros”.

Cláudia Ferreira, dinamizadora do “SOS Animals In Macau”, um grupo aberto no Facebook sobre animais desaparecidos ou abandonados, está envolvida num pro-cesso de adopção no Canil Municipal e diz-se “chocada” com a forma como o IACM tem tratado a situação.

CRÍTICAS ÀS EXIGÊNCIAS PARA ADOPÇÃO DE ANIMAIS

ANIMA acusa IACM de postura “autocrática”Adoptantes de animais queixam-se das exigências que estão a ser colocadas pelo IACM e da demora nos processos de adopção. Albano Martins, presidente da Sociedade Protectora dos Animais, diz que as práticas são “absurdas” e representam um “abuso de poder”

No dia 21 de Outubro, um texto no grupo “SOS Ani-mals In Macau”, chamava a atenção para “uma cadela e dois cachorros” que se encontrava “abandonados” na rotunda próxima dos edifícios “Ocean Garden”. Os animais foram entretanto recolhidos pelo IACM e reencaminhados para o Canil Municipal. Tendo identi-ficado um casal que estava interessado em adoptar os animais, Cláudia Ferreira conta que entrou de imediato em contacto com o IACM.

“O que me disseram foi que tinha que pagar mais de três mil patacas por animal. Questionei-os sobre a opção da adopção e o que me responderam foi que te-ria que esperar até quatro meses. Disseram-me também que a cadela adulta poderia não aguentar esse tempo e que os cachorros poderiam apanhar doenças ou não es-tar em grandes condições”, descreveu ao JTM.

Albano Martins acrescenta que a ANIMA “tem tido conhecimento” de outros casos que “confirmam estas práticas”, que classifica como “completamente irregulares”. “Nada disto está nos regulamentos. Já protestei junto do IACM por considerar que este tipo de práticas são abusivas e uma violação dos direitos das pessoas. Obviamente que ninguém quer adoptar

animais nestas circunstâncias”, lamentou.O responsável diz que a associação recebeu “re-

centemente” um pedido de ajuda por parte de uma “jovem chinesa” que pretendia adoptar um animal do Canil, adopção que não chegou a concretizar-se. “Colo-caram-lhe exactamente as mesmas dificuldades, o pro-cesso demorou meses e o animal morreu entretanto. As condições do Canil são muito más e os animais estão cheios de doenças”, disse.

O JTM contactou os responsáveis do IACM, mas até à hora de fecho da edição não foi possível obter uma reacção. De acordo com o site oficial do IACM, o processo de adopção de animais de estimação impli-ca a entrega de vários documentos e o pagamento da licença anual de animal de estimação no valor de 500 patacas. A duração apontada para a análise do requeri-mento de adopção é de 30 dias úteis.

Dados da Divisão de Inspecção e Controlo Veteriná-rio mostram que entre Janeiro e Setembro deste ano fo-ram capturados 668 cães e 209 gatos. No mesmo perío-do, 154 cães e 16 gatos foram abandonados e 501 cães e 22 gatos foram abatidos pelos serviços municipais.

A.J.

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 201308 JTM | LOCALJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Direcção dos Serviços de Turismo

Mandado de Notificação N.° 367/AI/2013

--Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 劉軍 (portador do passaporte da RPC n.° G55108xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.° 17/DI-AI/2012, de 23.02.2012, levantado pela DST e por despacho da signatária de 21.10.2013, exarado no Relatório n.° 429/DI/2013, de 26.09.2013, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório, por prestação ilegal de alojamento da fracção autónoma situada na Rua de Xangai n.° 182, Edf. Hoi Kun Chong Sam, 9.° andar C.--No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito. Nos termos do n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010 não é admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo. --A matéria constante daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, tal facto é punível nos termos no n.° 1 do artigo 10.° da Lei n.° 3/2010. --O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. --Direcção dos Serviços de Turismo, aos 21 de Outubro de 2013.

A Directora dos Serviços, Subst.ª,Tse Heng Sai

Direcção dos Serviços de Turismo

Mandado de Notificação N.° 379/AI/2013

--Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal relativamento ao infractor 徐福美, pelo presente notifique-se os infractores 張懷頂 (portador do passaporte da RPC n.° G52383xxx) e 徐福美 (portador do passaporte da RPC n.° G49545xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.° 25/DI-AI/2012 de 10.03.2012, levantado pela DST, por controlarem a fracção autónoma situada na Rua de Paris n.° 101, Tai Fung Bloco 4 (Edifício Hil Fung), 6.° andar N, utilizada para a prestação ilegal de alojamento, bem como por despacho da signatária de 21.10.2013, exarado no Relatório n.° 443/DI/2013, de 03.10.2013, lhes foi determinada, respectivamente, a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e n.° 1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. --O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.--Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. --Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.--O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. --Direcção dos Serviços de Turismo, aos 21 de Outubro de 2013.

A Directora dos Serviços, Subst.ª,Tse Heng Sai

SERVIÇOS DE ALFÂNDEGA DE MACAU

CONCURSO PÚBLICO Nº 16/2013/DAF/SA

AVISO

Os Serviços de Alfândega de Macau fazem público que, de acordo com o Despacho do Exmo Senhor Secretário para a Segurança de 07 de Outubro de 2013, se encontra aberto o concurso público para a aquisição de – “Serviços de manutenção e conservação do sistema electrónico para controlo de automóveis ”.

O respectivo programa do concurso e o caderno de encargos encontram-se patentes na secretaria do Edifício dos Serviços de Alfândega,localizada na Rua de S. Tiago da Barra, Doca D. Carlos I, SW, Barra, Macau, onde decorrerá o processo do concurso, e os mesmos poderão ser consultados nos dias úteias, nas horas de expediente, (estando os interessados sujeitos ao pagamento das fotocópias dos referidos documentos, se as quiserem).

As propostas devem ser entregues na «Secretaria» dos Serviços de Alfândega de Macau até às 17H00, do dia 26 de Novembro de 2013.

Além da entrega dos documentos referidos no respectivo programa do concurso e no caderno de encargos deve ser apresentado documento comprovativo da efectivação da caução provisória no valor de cinquenta mil patacas (MOP50,000.00) à ordem dos Serviços de Alfândega de Macau, mediante depósito em dinheiro ou garantia bancária. Caso a caução provisória seja efectivada através de depósito em dinheiro, tal deverá ser feito na Tesouraria do Departamento Administrativo e Financeiro dos Serviços de Alfândega de Macau .

A abertura das propostas realizar-se-á no Edifício dos Serviços de Alfândega, localizada na Rua de S. Tiago da Barra, Doca D. Carlos I, SW, Barra, Macau, pelas 10H00, no dia 27 de Novembro de 2013.

Aos 24 de Outrbro de 2013

O Director-geral Choi Lai Hang

Paulo Portas no “Caminho das Exportações”

Paulo Portas, vice-primeiro ministro português, chega domingo a Macau, e participa na manhã de segunda-feira na conferência “Caminho das Exportações”, organizada pelo jornal “Expresso” na residência do cônsul de Portugal, noticiou ontem a Rádio Macau. Na iniciativa vão participar ainda o secretário de Estado do Empreendedorismo, Pedro Gonçalves, o presidente da AICEP, Pedro Reis, e Rita Santos, do Fórum Macau, estando também prevista intervenções do vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos e presidente do BNU, Nuno Fernandes Thomaz, Pedro Cardoso, líder do BNU em Macau, e do advogado Frederico Rato. Segundo a Rádio, o evento deverá ainda contar com a presença de responsáveis chineses, provavelmente o vice-ministro do Comércio. Na tarde de segunda-feira, Paulo Portas encontrar-se-á com as delegações lusófonas e da China que vão participar na reunião ministerial. Na terça-feira, estará na cerimónia oficial da reunião ministerial.

MINISTROS E EMPRESÁRIOS ACOMPANHAM MICHEL TEMER

Vice-Presidente brasileiro na reunião do Fórum

O vice-presidente brasileiro vai realizar uma visita de uma semana à China que incluirá uma deslocação à RAEM. Segundo revelou

a Agência Brasil, Michel Temer, que foi escolhido para ser o embaixador de questões comerciais do Brasil com outros países, participará, a 5 de Novem-bro, na cerimónia de abertura do Fórum para a Coo-peração Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Macau.

Depois da presença na reunião magna do fórum, que reunirá representantes da China, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste e Portugal, Michel Temer rumará ao Continente chi-nês para uma visita oficial que terá como ponto alto um encontro, em Pequim, com o Presidente chinês, Xi Jinping.

Michel Temer deixará Brasília na sexta-feira lide-rando a primeira grande delegação brasileira a visi-tar a China depois da tomada de posse dos novos líderes chineses.

De acordo com a Agência Brasil, empresários de diversos sectores e ministros de Estado acompanha-

Brasil estará representado na conferência ministerial do Fórum Macau pelo seu vice-presidente. Michel Temer seguirá depois para Cantão e Pequim com uma comitiva composta por ministros e empresários

RECONHECIMENTO EXCLUI EXAME FORA DE MACAU

Cartas “portuguesas” não passam fronteira

rão o vice-presidente na deslocação à China para discutir com as autoridades locais avanços nas rela-ções bilaterais e oportunidades de negócio nas áreas de comércio, infra-estrutura, ciência e tecnologia e educação.

Na qualidade de chefe da delegação brasileira na Comissão sino-brasileira de alto nível de concerta-ção e cooperação (Cosban), Michel Temer abordará em Cantão, a 6 de Novembro, os principais temas económicos, comerciais e financeiros entre os dois países com o vice-primeiro-ministro chinês, Wang Yang.

Os portugueses que trocaram ou venham a trocar a carta de condução de Portugal pela de Macau, não terão direito a conduzir do outro lado da fronteira

caso o acordo de reconhecimento mútuo avance. A informação foi dada por Luís Correia Gageiro, chefe

de departamento de assuntos de veículos e condutores da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, citado pela TDM.

O futuro acordo só será válido para quem tirou o res-pectivo título de habilitação em Macau ou no Continente, uma vez que “a China não é assinante da convenção rodo-viária”, por isso, “quem quiser terá que se submeter a uma exame no Continente”.

A possibilidade de reconhecimento mútuo da habi-litação de condução trouxe várias dúvidas para a praça pública, entre as quais, saber se será permitido aos con-dutores do Continente trabalhar em Macau como taxistas ou motoristas.

Luís Correia Gageiro disse ao Canal Macau que “logi-camente que não”, só seria reconhecida “a parte da catego-ria B”, ficando de fora esse cenário. “O reconhecimento da carta de condução não implica o direito ao trabalho”.

O aumento de veículos a circular em Macau é outro dos pontos que preocupa, pondo-se a hipótese do negócio de aluguer de automóveis crescer, já que não há limite ao número de matrículas. “Pode acontecer mas não creio que haja uma avalanche de pessoas a querer conduzir em Ma-cau”, disse Luís Gageiro.

Quanto às vantagens deste reconhecimento mútuo, o responsável apontou que se trata de um “direito que pre-tendemos adquirir para os nossos cidadãos”, mas não há ainda uma decisão tomada. Na reunião de ontem, o Con-selho Consultivo do Trânsito decidiu formar um grupo de trabalho e encomendar um estudo a uma instituição uni-versitária para efectuar uma sondagem junto da população.

O eventual reconhecimento de cartas de condução entre Macau e o Continente que está a ser estudado pelo Governo não engloba aqueles que trocaram a carta portuguesa pela de Macau. O Conselho Consultivo do Trânsito discutiu ontem esta matéria, mas ainda não há uma decisão definitiva

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013

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JTM | LOCAL 09JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

ESPECTÁCULO ENCERRA FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA

Elementos asiáticos melhoram “Miss Saigão”O musical “Miss Saigão”, que estreará em Macau no final da semana, vai incluir alguns ajustamentos para ter um cariz ainda mais “asiático”. Três actores do elenco são locais

É a história da minha mãe e da sua vida”, salien-tou ontem Jacqueline

Nguyen, a estrela principal de “Miss Saigão”. Interpretando o papel de Kim, uma jovem viet-namita que se apaixona por um soldado americano e de quem teve um filho sem o conheci-mento do pai, Jacqueline dedica a actuação à sua mãe. “A minha mãe é a verdadeira Miss Saigão. Tenho três meios irmãos, filhos de um soldado americano. Se chegámos aos Estados Unidos foi devido a ela e à sua luta. É um sonho tornado realidade”, disse emocionada a principal protagonista do musical, em de-clarações ao JTM.

“Miss Saigão”, espectáculo que vai encerrar o XXVII Festi-val Internacional de Música de Macau (FIMM), sofreu algumas mudanças fundamentais para as actuações na Ásia, conforme ex-

plicaram Tom McCoy, produtor executivo, e Brian Kite, director. “Visitámos uma grande comu-nidade vietnamita residente na Califórnia. Percebemos que roupas utilizavam, como se ex-primiam e quais os seus hábitos. Falámos, inclusive, com pessoas que fugiram à guerra do Vietna-me”, disseram.

Devido a este estudo e à “preciosa ajuda” de Jacqueline Nguyen, os responsáveis pelo musical acreditam que lança-ram algo novo e fresco. “Este es-pectáculo já circulou o mundo. Tínhamos que ser melhores”, acrescentaram.

“Este musical está repleto de elementos da Ásia. Está em tudo relacionado com a Ásia e com aquela terrível guerra”, disse Tom McCoy.

Na antevisão do espectácu-lo, Dana Solimando, coreógrafa explicou ainda que a inclusão de artes marciais e danças vietna-mitas visa “criar mais emoção e tornar o espectáculo mais inten-so”.

“Miss Saigão” retrata a his-tória verídica de uma mãe que, no final da guerra, entrega o fi-lho a soldados americanos para que seja educado nos Estados Unidos. No espectáculo em Macau, o papel do filho vai ser interpretado por uma criança de cinco anos, natural do território. “Para Macau resolvemos incluir três personagens locais, para

além de 70% dos músicos serem de Hong Kong”, afirmou John Glaudini, director musical.

Explicando o sucesso do mu-sical, Tom McCoy apresentou alguns dos actores. Aidan Park, que desempenha o papel de Thuy, é natural da Coreia do Sul e já participa pela sétima vez em “Miss Saigão”.

Ao palco do Grande Au-ditório do Centro Cultural de Macau, entre os próximos dias 1 e 4, vão ainda subir Lawrence Cummings, no papel de John, e Mel Sagrado Maghuyop, o “Engineer” do musical. “É uma grande honra fazer um espectá-culo vietnamita com uma ‘Kim vietnamita”, confessou Mel, que nasceu nos EUA mas é descen-dente de filipinos.

Kevin Odekirk, no papel de Chris, Cassandra Murphy, que interpreta Ellen e April Malina, representando Gigi, também su-

blinharam o seu contentamento por trabalharem nesta produção de “Miss Saigão”.

Para além de um grupo de actores experientes e concen-trados em fazer o “melhor dos espectáculos em Macau”, a di-recção quis também transportar para cima do palco um ambiente que se assemelhe o mais possí-vel à realidade. “Vamos ter um helicóptero gigantesco”, afir-mou Tom McCoy.

O espectáculo começa com Kim e Chris completamente so-zinhos em cima do palco. “Qui-semos que o público percebesse que esta é a história e estas são as personagens”, explicou Brian Kite.

“Miss Saigão” converteu-se num sucesso de bilheteira em Macau, com todas as actuações esgotadas. “Se calhar é melhor ficarmos mais uma semana”, gracejou Tom McCoy.

Susana Diniz

Elenco de “Miss Saigão” fez antevisão dos espectáculos do fim-de-semana

FIMM “cativou” Corpo Consular

A convite do Governo da RAEM, membros do Corpo Consular acreditado em Hong Kong e Macau visitaram o território na sexta-feira para participar em actividades organizadas pelo Instituto Cultural (IC), por ocasião do Festival Internacional de Música de Macau (FIMM). Segundo o IC, o programa incluiu uma visita à exposição “Jazz & Design – Niklaus Troxler”, patente na Galeria Tap Seac, um passeio de barco ao longo da costa de Macau, e o concerto “Fado e Naamyam Cantonense”, integrado no programa do FIMM. Durante a visita à exposição no Tap Seac, os convidados assistiram ainda a uma actuação da Associação de Promoção de Jazz de Macau.

Com o apoio da Direcção dos Serviços de Edu-cação e Juventude e do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, a Comissão do Grande

Prémio de Macau (CGPM) decidiu intensificar ain-da mais as acções promocionais em todo o território para alargar os conhecimentos dos cidadãos sobre a história do evento e sublinhar o significado e impor-tância deste “enquanto desporto e um dos factores de diversificação da indústria do turismo”.

Nesse sentido, 36 escolas primárias e secundá-rias, instituições de ensino superior e hotéis colabo-raram com a Comissão para organizar a exposição “A Lenda da Guia, 60 anos brilhantes”, composta por painéis que visam dar a conhecer aos estudan-tes os factos mais importantes da história do Grande Prémio.

Os painéis ficarão instalados em diferentes es-tabelecimentos de ensino até Novembro, sendo que o seu conteúdo de texto e as imagens englo-bam variados aspectos, incluindo “os primórdios do Grande Prémio, a história de 6,2 quilómetros do Circuito da Guia, as super-estrelas do passado que por aqui passaram, até ao quadro de honra dos concorrentes, heróis locais e o presente e o passa-do do evento, entre outros”, explicou a CGPM, em comunicado.

“A exposição visa dar uma mostra geral de 60 anos de história do Grande Prémio e reforçar a cons-ciência dos estudantes de todos os níveis de ensino para que se sintam orgulhosos do sucesso de tão prestigiado evento internacional e compreendam a importância da sua participação”, salientou ainda

a comissão, frisando que o Grande Prémio é hoje “uma imagem de marca” de Macau.

Para além dos jovens, esta acção promocional também está direccionada para os turistas. “O Gran-de Prémio tem um acordo com seis hotéis do territó-rio para a instalação dos referidos painéis, a fim de sensibilizar ainda mais os visitantes sobre o grande evento do Jubileu de Diamante e reforçar a imagem de Macau como um grande centro internacional de turismo e lazer”, acrescenta o comunicado.

A exposição de painéis estará ainda patente em cinco espaços públicos: Jardim de Iao Hon, Largo do Carmo (Festa da Lusofonia) na Taipa, Rotunda de Carlos da Maia, Praça das Portas do Cerco e Largo do Senado, aliada a uma outra de carros, na Praça do Tap Seac, e de motos, na Praça da Amizade.

EXPOSIÇÃO SOBRE GRANDE PRÉMIO DE MACAU

“Lenda da Guia” explicada aos jovensComissão do Grande Prémio organizou uma exposição para divulgar junto dos estudantes os factos mais importantes das seis décadas de história das corridas

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 201310 JTM | LOCALJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Pedro Reigadas, da “Arteperiférica Macau”, é um dos organizadores da exposição

Mostra está patente na casa de exposições temporárias, na Taipa

“Baile da terceira idade”, de António Firmino (Cabo Verde)

“Sonhando com o pôr-do-sol junto ao mar”, de António Trindade (Portugal)

“A decisão persiste na memória”, de Eduardo Fonseca (Brasil)

“Destino”, de Eduardo Fonseca (Brasil) “Cumplicidade, de José Carlos Barros (Guiné- Bissau)

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APRESENTADO LIVRO DE CÂNDIDO AZEVEDO

“Preservar as memórias” de Goa, Damão e DiuA segunda edição da obra “Goa, Damião e Diu”, vencedora do prémio Camilo Pessanha, foi ontem apresentada na Galeria Rui Cunha. O autor, Cândido Azevedo, diz que o livro não tem nenhum propósito “saudosista”, mas apenas resgatar “memórias” de vivências que se encontram lentamente a “desaparecer”

Em 1988, quase trinta anos depois de ter abandonado esse território, Cândido do Carmo Azevedo regressou a Damão, local onde nasceu, para revisitar os lugares

que fizeram parte da sua infância no antigo Estado Portu-guês da Índia. Foi por sentir que as histórias e as pessoas desses lugares “estavam lentamente a desaparecer” que o professor universitário e especialista em cultura chinesa an-tiga decidiu escrever o livro “Goa, Damião e Diu”.

“Não me movi por nenhum saudosismo, mas apenas sal-var algumas memórias e impedir que algumas coisas desa-parecessem simplesmente”, afirmou Cândido Azevedo na apresentação da segunda edição da obra, que aconteceu on-tem na Galeria da Fundação Rui Cunha.

O livro, que tem um pouco de “história”, de levantamen-to “etnográfico” e um vasto conjunto “memórias pessoais”, retrata o período da infância que foi vivida pelo autor na Índia Portuguesa até 1958. Uma parte substancial é dedica-da aos “passatempos, aos jogos, às brincadeiras e aos brin-quedos de então”. Com um pai “comandante da polícia”, durante essa década percorreu quase todos os recantos dos territórios de Goa, Damão e Diu, onde nasceram os seis ir-mãos. Falava um “gujarati perfeito”, a língua tradicional das regiões de Damão e Diu.

“Viver com aquelas crianças hindus, com crianças mou-ras e cristãs foi algo que me fez muitíssimo feliz. Poucas

crianças têm oportunidade de viver numa comunidade tão diferente e com tantos valores estranhos.”, afirmou.

O livro inclui também memórias das “tensões” que resul-taram das primeiras incursões militares das forças da União Indiana, em 1953, quando Cândido Azevedo tinha seis anos. Em 1958, o pai seria transferido para Moçambique e quando aconteceu a ocupação dos territórios pela União Indiana, em 1961, já Cândido Azevedo se encontrava em Lisboa a estu-dar. “Ouvi pela rádio os relatos da invasão. Ainda hoje há histórias impressionantes. Há uma de um piloto da Forca Aérea Indiana que participou nos ataques a Damão. O nome do piloto era Pinto, era descendente de portugueses. Relatos de jornais da altura dizem que ele bombardeava os alvos ao lado para não acertar naquilo que ele considerava patrimó-nio importante de Damão”, conta.

A visita que originou o livro aconteceu em 1988, quando Cândido do Carmo Azevedo decidiu regressar ao local onde nasceu. “A minha ideia inicial era escrever apenas um artigo. Estava em Macau e fui encontrar-me com a minha mulher e os meus filhos em Bombaim para levá-los a visitar a ter-ra onde nasci. Eu quando cheguei ao local e relembrei toda aquela história disse que iria escrever um livro porque aqui-lo a que eu estava a assistir era a erosão completa da cultura portuguesa e cristã naqueles locais”, descreve.

A primeira edição do livro acabaria por ser publicada em

1994, tendo vencido o prémio Camilo Pessanha como a me-lhor obra sobre o Oriente Português.

Para além da Índia, Cândido do Carmo Azevedo viveu 16 anos em Moçambique e 25 em Macau, onde foi professor

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 JTM | LOCAL 11JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Foi inaugurada ontem, na casa de ex-posições temporárias da Avenida da Praia, na Taipa, uma mostra de arte

contemporânea lusófona no âmbito da 5ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa. Pedro Reigadas, representante da “Arteperiférica Macau”, que organiza o evento conjuntamente com o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, disse ao JTM que o objecti-vo da mostra é “ter uma boa linguagem figurativa”. “Por isso, escolhemos obras que comunicassem com quem vem ver a exposição”.

São sete os artistas convidados. De Ti-mor-Leste, a organização trouxe quadros de Abel Júpiter. “O Pôr do Sol na Baía de Díli” é o mais impressionante. Com uma clara influência fauvista, o pintor cria, nesta obra, um ambiente atmosférico má-gico, espesso e quase arenoso - caracterís-tica comum a outros artistas da Indonésia e do Pacífico.

Álvaro Macieira, jornalista, escritor e

artista plástico de Angola, enviou para Macau quatro pinturas que são “inter-pretações de estatuetas e máscaras tradi-cionais bantu, que representam homens, mulheres, mamíferos, aves e objectos que surgem na tela em expressões de diálogo e movimento com o espaço”, explicou Pe-dro Reigadas.

Por sua vez, o cabo-verdiano António Firmino retrata “cenas que, de imediato, pelo tocante sentido da humanidade de que são portadoras, nos raptam para o seu interior”. Desta forma, o artista plás-tico de Cabo Verde pinta num ambiente alegre, uma sala lotada de dançarinos e músicos. “O artista fala da vida, da ale-gria e do calor humano”, comentou Rei-gadas.

De terras de Portugal, António Trin-dade apresenta quatro telas onde o “de-senho satisfaz, a cor é correcta, a super-fície extremamente bem comportada e a técnica profissional”. “Visão da névoa” carrega uma possível visão metafísica e evoca, para além das paragens distantes, um tempo sem limites que humilha a hu-manidade.

Eduardo Fonseca, do Brasil, é o artista

mais jovem deste grupo. Os seus quadros cheios de cor e de energia retratam pessoas da vida real, num ambiente “bem humo-rado e descomplicado”. “Há muito con-teúdo social e político neste autor”, acres-centa Pedro Reigadas. Na obra “A decisão persiste na memória” surge a figura de um rapaz que se esforça por ultrapassar uma barreira e em esboço provavelmente mo-mentos anteriores a esse salto.

João Carlos Barros, artista da Guiné--Bissau com uma forte influência cubista, aposta numa via mais espontânea entre o gráfico e o ilustrativo. Utilizando cores tropicais, as suas pinturas são vulgar-mente denominadas de “boa onda”.

Traços mais expressionistas marcam a pintura de Naguib Elias, de Moçambique. A pobreza, a fome e as epidemias existen-tes no seu país são os temas comuns que atravessam praticamente a obra do autor.

“A organização preocupou-se em es-colher pintores que nunca tivessem ex-posto em Macau”, explicou Pedro Reiga-das.

Intitulada “Haverá Sol!”, esta mostra de arte contemporânea estará patente ao público até ao dia 17 de Novembro.

EXPOSIÇÃO DE SETE ARTISTAS NA TAIPA

“Sol” lusófono ilumina Avenida da PraiaA casa de exposições temporárias, na Taipa, acolhe 27 quadros de sete artistas plásticos lusófonos, cada um ao seu estilo. A mostra “Haverá Sol!” insere-se na Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa

Susana Diniz

“A decisão persiste na memória”, de Eduardo Fonseca (Brasil)

“Cumplicidade, de José Carlos Barros (Guiné- Bissau)

EXPOSIÇÃO DE ESTILISTAS PORTUGUESES

Moda “viaja” de Lisboa a MacauGaleria de Moda de Macau vai acolher uma exposição de trabalhos de dois estilistas portugueses

Catorze obras de Nuno Baltazar e Clara Brito integram a ex-posição “De Lisboa a Macau

- Uma Viagem de Moda”, que será inaugurada no próximo dia 2, pelas 15:00, na “Galeria de Moda de Ma-cau”. Organizada pelo Instituto Cul-tural (IC) e Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Ma-cau (CPTTM), a iniciativa articula-se com a Conferência Ministerial do Fó-rum Macau.

Em jeito de antevisão, as entidades organizadoras sublinharam que a es-tilista Clara Brito “adopta as pessoas e os assuntos circunstantes como um elemento criativo” e o seu estilo de design consiste em “linhas directas e geometrias simples”.

Já o trabalho de Nuno Baltazar evi-dencia um estilo assente em “linhas ágeis e contornos modernos”. Ao logo da sua carreira, o criativo português recebeu inúmeros prémios, incluindo

o galardão para o Melhor Estilista de Moda em Portugal.

A exposição estará patente até 5 de Janeiro de 2014, diariamente das 10:00 às 20:00, excepto às segundas-feiras.

O IC e o CPTTM irão organizar ainda, no Centro de Ciência de Ma-cau, uma palestra subordinada ao tema “Como Estabelecer uma Marca de Moda Internacional”, pelas 17:00 de sábado, com a presença dos dois estilistas portugueses, que irão par-tilhar as suas experiências profissio-nais.

“A palestra irá abordar o processo do estabelecimento de marca e opor-tunidades de desenvolvimento actual e no futuro do vestuário local e portu-guês”, explicou o CPTTM, em comu-nicado.

O evento decorrerá nas salas de conferência números 3 e 4 do Centro de Ciência, em português com inter-pretação simultânea em cantonês.

APRESENTADO LIVRO DE CÂNDIDO AZEVEDO

“Preservar as memórias” de Goa, Damão e Diu

1994, tendo vencido o prémio Camilo Pessanha como a me-lhor obra sobre o Oriente Português.

Para além da Índia, Cândido do Carmo Azevedo viveu 16 anos em Moçambique e 25 em Macau, onde foi professor

de História da China Antiga, no Instituto Politécnico. Recen-temente regressou a Portugal, onde é professor convidado nalgumas universidades.

A.J.

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 201312 JTM | LOCALJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes

AVISO

Faz-se público que se acha aberto o concurso comum externo, de ingresso, de prestação de provas, para o preenchimento de um lugar de técnico de 2.ª classe, 1.º escalão, da área administrativa e financeira, da carreira de técnico, em regime de contrato além do quadro do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes.Serão publicadas as condições de candidatura no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 44, II Série, de 30 de Outubro de 2013 e disponibilizadas na página electrónica deste Gabinete (http://www.git.gov.mo).

O CoordenadorLei Chan Tong

Aos 23 de Outubro de 2013

1ª Vez

Proc. Execução Ordinária nº CV3-12-0057-CEO 3° Juízo Cível

Exequente: BANCO COMERCIAL DE MACAU, S.A., com sede na Avª. da Praia Grande, n.º 572.Executada: YIP, CARLA, ausente em parte incerta, com últimas residências conhecidas em Macau, na Ave do Nordeste, Lote S, 2 nd Edf La Baie Du Noble, bl-3, Flat-O, 28/FL e/ou EST. HAC-SA LOTE 1, BL.4 FL 6, FLAT G, ED HELLENE GARDEN - BUTTERCUP COLOANE e/ou ESTRADA HAC SA S/N EDF. KAM FONG 5/G COLOANE e/ou Rua da Fat Shan,Edf. da Happy Valley, 26º andar D, Taipa, Macau e/ou AVENIDA DO CORONEL MESQUITA, N.º 6, R/C “A” e/ou Rua Cidade de Coimbra, 352, “金苑商業中心N舖”.

FAZ-SE SABER que, pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm ÉDITOS DE TRINTA (30) DIAS, a contar da data da segunda e última publicação dos respectivos anúncios, citando a executada acima identificada, para no prazo de VINTE (20) DIAS, decorridos que sejam os dos éditos, pagar ao exequente a quantia de MOP50,000.00 (Cinquenta Mil Patacas), e demais acréscimos legais, ou no mesmo prazo, deduzir oposição por embargos ou nomear bens à penhora, sob pena de não o fazer ser devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora e seguindo o processo os ulteriores termos até final à sua revelia.

Tudo conforme melhor consta do duplicado da petição inicial que neste 3º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente.

Macau, 03 de Outubro de 2013

A Juiz,a) Ip Sio Fan

O Escrivão Judicial Principal a) Lam Hou Fai

“JTM” - 30 de Outubro de 2013

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO Cumprimento de Obrigações Pecuniárias

nº PC1-13-0250-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, n.º 22.Réus: TERRANCE PATRICK HARKIN e EMMA LYNSEY HARKIN, ambos com a última residência conhecida em Macau, na Rua de Nam Keng, Edifício The Manhattan North Tower, 19.º andar D, Taipa, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que nos autos, Juízo e Tribunal acima referidos, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, citando os Réus Terrance Patrick Harkin e Emma Lynsey Harkin, acima identificados, para querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar, sob pena de, não a fazendo, prosseguindo os autos os seus ulteriores termos à sua revelia.

O pedido formulado pelo Autor consiste na condenação dos Réus a pagar a dívida, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$38.660,73 (Trinta e Oito Mil, Seiscentas e Sessenta Patacas e Setenta e Três Avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição dos citados.

R.A.E.M., aos 9 de Outubro de 2013.

O Juiz,Chan Chi Weng

O Escrivão Judicial Auxiliar,Ng Pui Hong

“JTM” - 30 de Outubro de 2013

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE PEQUENAS CAUSAS CÍVEIS

ANÚNCIO

Tiger Woods participou ontem num convívio com alguns fãs no centro comercial do Venetian Macau. O norte-americano revelou alguns dos seus dotes de golfista, sendo acompanhado mais tarde por seis membros da audiência que testaram a sua habilidade para ganhar um taco do número um mundial da modalidade

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NORTE-AMERICANO ESTARÁ HOJE NOS “GREENS” DE COLOANE

As primeiras tacadas de Tiger em Macau

É a grande estrela actual do golfe mundial e deu as primeiras tacadas no

território num “mini-court” personalizado no centro co-mercial do Venetian Macau. A iniciativa marcou o arranque da passagem de Tiger Woods pela RAEM, e prossegue hoje com uma partida nos “greens” de Coloane com jogadores locais convidados pela Sands China.

Ao final da tarde de ontem várias dezenas de curiosos co-meçaram a reunir-se na zona comercial do Venetian à espera de conseguirem uma fotografia com a grande estrela mundial do golfe, mas seis deles conse-guiram mais do que isso, tendo a possibilidade de dar umas ta-cadas junto a Woods. Depois de uma pequena demonstração do norte-americano, o sexteto, es-colhido à sorte entre os presen-tes, mostrou as suas habilidades para conseguir levar o grande prémio para casa: um taco do número um mundial da moda-lidade.

Woods deslocou-se poste-

Pedro André Santos riormente a um dos restauran-tes do complexo para contactar com a equipa de jogadores de golfe dos “Special Olympics” locais, a quem teceu rasgados elogios.

“Quando vim pela primeira vez à China, em 2001, ainda era uma fase muito precoce, não ti-nham programas de golfe para os mais novos. Mas, com a inclu-são nos Jogos Olímpicos o pano-rama mudou. Dá para ver a téc-nica destes miúdos, que é muita e numa fase em que são muito novos. Há muitos com um bom ‘swing’, vai ser interessante ver dentro dos próximos 10, 15 ou 20 anos. Vamos ver uma entra-da enorme de golfistas a chegar ao nosso tour”, disse Woods no final do evento.

O norte-americano acrescen-tou ainda que procura jogar na Ásia todos os anos, deixando uma palavra especial à Tailândia por ser a nacionalidade da mãe. Em relação a Macau, o golfista mostrou-se agradado. “Gosto do sítio. É a primeira vez que es-tou cá. Cheguei esta manhã, sei que amanhã [hoje] vamos para o campo de golfe jogar alguns buracos. Vamos ver e passar um bom bocado”, concluiu.

Tiger Woods distribuiu autógrafos Com ajuda do filho, um dos

participantes tentou fazer um “putt”

Edward Tracy marcou presença na fotografia em grupo

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 JTM | DESPORTO 13JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Clássico continua a dar que falar

A direcção do Sporting insurgiu-se contra “um conjunto de episódios extra espectáculo que em nada dignificam o futebol e a sua promoção”, na partida de domingo com o FC Porto, no Estádio do Dragão

LIGA PORTUGUESA

Sporting acusa FC Porto de tratamento indigno

Em comunicado, o clube leonino insurge-se contra as agressões aos adeptos

do clube junto ao estádio ou o impedimento de verificação das cadeiras. “Com efeito, são situações que continuam a ter a cobertura e anuência por par-te de muitos que deveriam ser os primeiros interessados em denunciá-las e que não o fazem, situação com a qual nós não compactuamos “, refere o texto divulgado ao final da noite de segunda-feira.

Quanto às agressões, o clube diz que “ao invés do clube da casa repudiar totalmente estas atitudes”, como a direcção de Alvalade “já o fez em situações similares, começou a circular um rumor de que um grupo de sportinguistas teria provocado desacatos, facto ainda não con-firmado, que ‘justificaria’ tais atitudes bárbaras e inqualificá-veis”.

“Até ao momento, ao serem vistas as imagens televisivas e fotográficas disponibilizadas, verificou tratar-se de um con-junto de pessoas onde as únicas que se conseguem identificar são do clube da casa”, sustenta o Sporting.

O comunicado refere que antes do início do jogo tenta-ram impedir os sportinguis-tas de verificar a integridade das cadeiras do sector que lhe foi destinado, permitindo que posteriormente eventuais es-tragos fossem indevidamente atribuídos ao Sporting.

“Até ao início do jogo foi pas-sada a informação de que os ele-mentos do staff da nossa equipa (Segurança, Assessor de Impren-sa e Oficial de Ligação aos Adep-tos) teriam lugar na bancada atrás do banco de suplentes da nossa equipa. Ao invés, no início do jogo vedaram-lhes o acesso, colocando-os numa sala somen-te com cadeiras e sem televisão”, acusam os “leões”.

O Sporting alega que “além da falta de condições da sala do Staff, os ARD’s (Stewards) impe-diram” os adeptos do Sporting “de sair e circular nas zonas au-torizadas, contrariamente ao re-

gulamentarmente definido”.E as acusações continuam,

como o facto de na sala de trei-nadores ter sido retirado “tudo que lá estava (televisão e mesas) deixando apenas os cacifos e três cadeiras”.

“Na entrada para o estádio deixaram, primeiramente, entrar pequenos grupos de adeptos do nosso clube. Posteriormente re-tardaram a entrada dos restantes adeptos, fazendo com que mui-tos apenas tivessem acesso ao jogo já passados 30 minutos do apito inicial”, prosseguem.

De acordo com a direcção do Sporting, os responsáveis portis-

tas autorizaram uma das claques do clube a “entrar com uma fai-xa para a bancada” e “já dentro do estádio, sem nenhuma razão para tal suceder, os ARD´s pro-cederam a sua remoção à força, provocando um tumulto que re-sultou em feridos ligeiros”.

Segundo a direcção, “a razão invocada para este acto descabi-do foi que a referida faixa con-tinha a expressão ‘bimbolândia’, o que era falso”. “Quando os membros da claque abriam a fai-xa para mostrar o que realmen-te estava inscrito (o provérbio chinês ‘mete-os sobre tensão e cansai-os’) esta foi selvaticamen-

te retirada pelos ARD’s. Com efeito, toda esta atitude poderia resultar num acto deliberado para provocar os nossos adeptos e posteriormente os culpabiliza-rem”, explicita.

Ao mesmo tempo, prosse-gue o comunicado, “os ARD’s tiraram uma bandeira à claque Juve Leo, rasgando-a e entre-gando a mesma a uma claque da equipa adversária (Colectivo)”.

“Durante o aquecimento da nossa equipa, as bolas que iam para a bancada desapareciam. Na primeira fila estavam quatro adeptos da equipa da casa de-vidamente instruídos para pas-sarem as bolas entre si e depois passarem a um quinto elemento que na fila atrás roubava a bola, levando-a consigo. Isto tudo com total conivência dos ARD’s que ali assistiam impávidos e se-renos”, acusa.

“Há coisas na vida que nun-ca mudam, a nobreza de ca-rácter é uma delas, ou se tem, ou não. Por mais ‘riqueza’ que ostentem, os pobres de espírito sempre o serão. O complexo de inferioridade demonstrado por todas estas atitudes é totalmen-te incompatível com um clube que para além de títulos quer ser grande, pois a grandeza é muito mais do que o vencer. A grandeza é vencer, é saber ven-cer, é saber perder, é saber estar, algo que não está ao alcance de todos”, conclui o comunicado da equipa de Alvalade.

JTM/Lusa

AVISO

Recrutamento do pessoal

Pretende admitir-se, em regime de contrato individual de trabalho, o seguinte:

1) 6 assistentes técnicos administrativos de 2.ª classe, 1.º escalão, área de rede de balcões; e

2) 1 operário qualificado, 1.° escalão, área de electricista.

O prazo para inscrição é de 30/10/2013 até 19/11/2013, inclusive. Para mais pormenores, deve consultar o aviso de abertura de concurso publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n.° 44, II Série, de 30 de Outubro de 2013, e afixado no quadro informativo do Edifício Sede, 2.º andar da Direcção dos Serviços de Correios, sito no Largo do Senado, em Macau. Pode também consultar o aviso em causa no “Website” da mesma Direcção (http://www.macaupost.gov.mo/ - “Recrutamento”). Para quaisquer esclarecimentos, contacte-nos através do telefone 83968207.

Aos 22 de Outubro de 2013.

A Directora dos Serviços, Substª.,Rosa Leong

Page 14: FOTO GCS - jtm.com.mo · PUB Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4383 • Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 10 PATACAS JORNAL OFICIAL

Quarta-feira, 30 de Outubro de 201314 JTM | ACTUALJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

A afirmação tonitruante do Príncipe Ban-dar, de que estará para breve uma signi-ficativa reformulação da política saudita

em relação aos Estados Unidos, acrescentou ain-da mais ênfase ao gesto teatral de recusa da “ca-deira” do Conselho de Segurança.

Após tão inesperada “declaração de guerra” diplomática, os analistas de todo o planeta pu-seram-se a congeminar... se este pronunciamento representa tão só o ponto de vista do príncipe, dado a excessos de linguagem, apesar de mais de 20 anos como embaixador em Washington, ou do próprio Rei, como a posição oficial da Casa dos Saudis.

Já há dias tentei decifrar as razões deste desa-cordo, desta irritação mesmo, da Arábia Saudita, em relação ao amigo americano.

Mas com o decurso do tempo, vai ficando mais completa a lista dos agravos; e analisá-los poderá constituir a chave para, em certa medida, tentar antecipar um futuro ainda mal desenha-do.

Um futuro que transcende aliás a região ne-vrálgica do Médio Oriente: e, em certa medida mesmo, os dois países, actores desta zanga “qua-se doméstica”, de velho casal, cheio de manias, pelos longos anos de coabitação.

Desde logo, uma primeira constatação: nunca briga tão pública tinha acontecido entre os dois.

Nunca ou quase nunca se sabe do que se diz em privado, em palavras sonoras ou com um im-perceptível mover dos lábios, mas preservam-se naturalmente os presentes de fazer eco, no exte-rior, de desacordos ocorridos que, pela própria publicidade, mais tempo perduram.

Mais do que o necessário, diria, porque as cir-cunstâncias renovam-se, os interesses também; e os compromissos inevitáveis do futuro obrigam a esquecer divergências do passado.

São assim as relações dos países, como as das pessoas.

Alem do ineditismo da publicidade, a zanga (não lhe chamo ainda conflito) tem contornos mais amplos do que parece, pois no fundo o que se exterioriza aqui é que um regime, desde o seu início protegido pelas sucessivas presenças tute-lares de britânicos (desde a fundação do Reino, em 1926/7) e americanos, a seguir ao fim da Se-gunda Guerra Mundial, se sente hoje mais vul-nerável do que nunca.

E de acordo com um paradigma herdado do passado, aspira a encontrar, eventualmente, no-vos pactos de segurança, a subscrever com acto-res emergentes, se sentir inconsistência ou vulne-rabilidade na relação privilegiada actual.

Receio de uma reaproximação entre Wa-shington e Teerão? Compreende-se o quebra-ca-beças que seria para Riade tal cenário. Mas mais.

Desengajamento relativo, desde logo, dos Es-tados Unidos do Médio Oriente e sua refocagem na Ásia, associando duas evoluções paralelas - uma política energética interna que torne Wa-shington cada vez menos dependente dos barris de petróleo originários do Golfo.

E a consequente renúncia a mediar conflitos, numa região que tem constituído uma frustração constante, em décadas de diplomacia falhada, compreendendo varias presidências.

A grande questão que colocam os estudiosos é a de saber se tais transformações preconizam já a multipolaridade, cada vez mais perceptível, do sistema internacional.

*Ex-embaixador de Portugal nas Coreias, ASEAN e Indonésia. Docente da Universidade de S. José.

Mera separação...ou já divórcio?

OBSERVATÓRIOCarlos Frota*

CHINA

Pequim promete reformas “vastas”A redução da interferência estatal no mercado e os direitos dos camponeses sobre o uso da terra deverão ser duas das grandes questões analisadas no próximo plenário do Comité Central do Partido Comunista Chinês

A liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) vai reunir-se de 9 a 12 de Novembro em Pequim para debater um “programa global de aprofundamento

das reformas”, anunciou ontem o Politburo do PCC.Será a 3.ª reunião plenária do Comité Central do PCC

eleito há um ano e está a ser comparada ao histórico plená-rio que adoptou a política de “Reforma Económica e Aber-tura ao Exterior”, no final de 1978.

Os cerca de 370 membros efectivos e suplentes do Co-mité Central irão apreciar uma proposta sobre “grandes questões que dizem respeito ao aprofundamento global das reformas”, disse o Politburo do PCC, num comunica-do citado pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

“Desta vez, as reformas serão vastas, com mais força e sem precedentes”, adiantou no fim de semana o presiden-te da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês, Yu Zhengsheng, que é também o “numero 4” da hierarquia comunista.

“Inevitavelmente, as reformas impulsionarão transfor-mações profundas na economia, na sociedade e noutras esferas”, acrescentou.

Um jornal do PCC, Global Times, disse na segunda--feira que o plenário de Novembro deverá “reduzir a

interferência do governo no mercado”, “introduzir mais investimento externo para encorajar a competitividade” e “assegurar os direitos dos camponeses quanto ao uso da terra”, problema que tem fomentado acesos conflitos entre as populações rurais e as autoridades locais.

No comunicado divulgado ontem, o Politburo define a política de “Reforma e Abertura” adoptada há cerca de 35 anos como “uma grande revolução do povo chinês sob a liderança do PCC na nova era”. Desde então, a economia chinesa cresceu em média quase 10% ao ano, sendo hoje a segunda maior do mundo, a seguir aos Estados Unidos.

“A liderança do PCC deve ser fortalecida e melhora-da, proporcionando plenamente ao partido desempenhar o seu papel nuclear na condução e coordenação de todos os esforços para assegurar o sucesso das reformas”, diz o Politburo, órgão composto por 25 elementos.

JTM/Lusa

Incidente em Tiananmen “associado” a XinjiangDois cidadãos de Xinjiang, região onde actuam movimentos separatista, foram considerados suspeitos de organizar o incidente que causou cinco mortos na Praça de Tiananmen

A polícia chinesa suspeita que pessoas oriundas do Xin-jiang, região de maioria mu-

çulmana, estarão envolvidas no in-cidente registado na segunda-feira na Praça Tiananmen, em Pequim, que matou cinco pessoas e feriu 38, disse ontem um jornal oficial.

Numa notificação enviada aos hotéis da cidade acerca de um “importante caso ocorrido na se-gunda-feira”, a polícia identificou como “possíveis suspeitos” dois residentes de Pishan e Shanshan,

na Região Autónoma do Xinjiang, noroeste da China, disse o “Global Times”.

Ao pedir informações sobre “veículos suspeitos”, a polícia des-creveu quatro jipes com matrículas daquela região, indicou o jornal.

De acordo a agência Reuters, que citou fontes próximas da polícia, o caso está a ser classificado como “um ataque suicida premeditado”.

Na segunda-feira, cerca do meio-dia, um jipe colidiu com a multidão que se encontrava jun-

to à tribuna onde está afixado o retrato do antigo presidente Mao Zedong e a seguir incendiou-se. Cinco pessoas morreram, entre as quais os três ocupantes do veícu-lo, e 38 ficaram feridas. Os outros mortos foram uma turista das Fili-pinas e um homem da província de Guangdong.

Há três semanas, a imprensa chinesa anunciou que 139 pessoas foram detidas no Xinjiang por ad-vogarem a “jihad” (guerra sagra-da) através da Internet.

O Banco Espírito Santo (BES) é o primeiro banco por-tuguês a disponibilizar uma oferta integrada de produtos na moeda chinesa, com o objectivo de

“facilitar a entrada dos clientes” no gigante asiático, infor-mou a entidade liderada por Ricardo Salgado.

“É já hoje possível que as empresas portuguesas pa-guem ou recebam fundos decorrentes das suas importa-ções ou exportações em renminbis [ou yuan], usufruindo ainda da possibilidade de manutenção de depósitos à or-dem e a prazo nesta moeda”, lê-se num comunicado divul-gado pelo BES.

Actualmente, o número de empresas portuguesas que exportam para a China, incluindo Hong Kong e Macau, as-cende a 2.087 companhias, ao passo que há 7.547 empresas portuguesas que importam daquele mercado asiático, se-gundo números avançados à agência Lusa pelo BES.

A partir de agora, as empresas que têm relações comer-

ciais com a China podem assegurar os riscos associados às operações de comércio internacional pela utilização de créditos documentários ou cobranças documentárias de importação ou de exportação, “mantendo a segurança nas suas transacções e oferecendo uma vantagem adicional às suas contrapartes ao negociar na sua moeda”, destacou o banco.

O BES realçou ainda que “um importador português, que opte por comprar produtos em renminbis terá acesso a um maior número de potenciais fornecedores chineses”, enquanto uma empresa exportadora poderá beneficiar “de uma posição negocial reforçada pela disponibilidade de re-ceber fundos decorrentes das suas operações de comércio internacional em renminbis”.

O BES está presente na Ásia há mais de 16 anos, con-tando com o BES Oriente, com sede em Macau, e com um escritório de representação em Xangai.

BES aposta no renminbiPara facilitar a entrada dos seus clientes no mercado da China, o BES lançou produtos em renminbis

Page 15: FOTO GCS - jtm.com.mo · PUB Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4383 • Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 10 PATACAS JORNAL OFICIAL

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 JTM | ROTEIRO 15JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

TDM 13:01 TDM News - Repetição 13:30 Telejornal + 360° (Diferido) 14:40 RTPi DIRECTO 18:20 Caminho das Índias (Repetição) - India - A Love Story (Repeated)19:00 TDM Entrevista (Repetição) 19:35 Vingança 20:30 Telejornal 21:05 Montra do Lilau 21:30 Dóci Papiaçam di Macau - 20 Anos 22:00 Caminho das Índias (India - A Love Story) 23:00 TDM News 23:31 A Guerra

30 FOX SPORTS13:00 Liga Bbva 2013/14 RCD Espanyol vs. Malaga CF 14:30 Liga Bbva 2013/14 Celta de Vigo vs. FC Barcelona 16:00 CIMB Classic 17:00 Long Course Weekend Triathlon 17:30 Wgc - HSBC Champions 2013 - Preview 18:00 (Delay) Baseball Tonight International 2013 19:00 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:00 La Liga 2013/14 Celta de Vigo vs. FC Barcelona 21:00 CIMB Classic 22:00 UFC Unleashed 23:00 (LIVE) FOX SPORTS Central

31 STAR SPORTS13:00 Ladies International Polo Tournament 2013 Highlights 13:30 Golf Focus 2013 14:00 V8 Supercars Championship Series - Race 30 16:00 Max Power 2013 17:00 Golf Focus 2013 17:30 Liga Bbva 2013/14 Celta de Vigo vs. FC Barcelona 19:00 V8 Supercars Championship Series - Race 31 21:00 Smash 2013 21:30 (LIVE) Score Tonight 2013 22:00 Inside European Rally Championship 22:30 Smash 2013 23:00 La Liga 2013/14 Celta de Vigo vs. FC Barcelona 00:00 Score Tonight 2013 00:30 Smash 2013 01:00 FIA F1 World Championship 2013 - Highlights Indian Grand Prix 02:30 Planet Speed 2013/14 02:55 (LIVE) Liga Bbva 2013/14 Valencia CF vs.

UD Almeria 04:55 (LIVE) Liga Bbva 2013/14 Real Madrid CF vs. Sevilla FC

40 FOX MOVIES11:50 Cheaper By The Dozen 2 13:25 The Chronicles Of Narnia 15:45 Abraham Lincoln 17:30 The Watch 19:10 The Other Guys 21:00 Piranha 3Dd 22:20 Silent Hill: Revelation 23:55 Bait

41 HBO12:00 Snow White And The Huntsman 14:10 28 Days 15:55 The Core 18:15 Serangoon Road 19:10 Contraband 21:00 Bad Boys 23:00 True Blood

42 CINEMAX12:30 Love And A Bullet 14:15 Red Water 16:00 Psycho 18:00 The Finest Hour 20:00 Unknown 22:00 Freddy’S Dead 23:30 Videodrome 00:50 Dead Mine

50 DISCOVERY13:00 Life d 14:00 Wild China 15:00 Rampage! 16:00 Ice Cold Gold 17:00 Gold Rush 18:00 How Do They Do It 18:30 How It’s Made 19:00 Man Vs. Wild 20:00 Behind Bars 21:00 Future Firepower 22:00 Secrets Of.. 23:00 Mega Builders 5 00:00 Behind Bars

51 NGC12:55 Street Food Around The World 13:25 Dog Whisperer 14:20 Wild Case Files 15:15 Wicked Tuna 16:10 Monster Fish 17:05 The Numbers Game 18:00 Abandoned 18:30 Bid & Destroy 19:00 Dog Whisperer 20:00 Eat Street 20:30 Street Food Around The World 21:00 Wicked Tuna 22:00 Monster Fish 23:00 The Numbers Game 00:00 Brain Games

54 HISTORY13:00 The Pickers 14:00 Counting Cars 15:00 Storage Wars 16:00 Pawn Stars UK 17:00 Brad Meltzer’s Decoded 18:00 Kings Of Resto-ration 18:30 Pawn Stars19:00 The Pickers 20:00 Cajun Pawn Stars 21:00 All You Can Eat 22:00 Ancient Aliens 23:00 The Making Of The

Lion 00:00 Storage Wars

55 BIOGRAPHY13:00 I Survived 14:00 Jennifer Love Hewitt 15:00 Shipping Wars 16:00 Barter Kings 17:00 Reno vs Relocate 17:30 Celebrity House Hunting 18:00 Storage Wars 18:30 Beatles Biggest Secrets 20:00 Flipping Vegas 21:00 Southie Rules 22:00 Storage Wars: Texas 23:00 Storage Wars 00:00 Flipping Vegas

62 AXN13:00 Wipeout 13:55 Cash Cab Asia 14:50 Supernatural 15:45 The Amazing Race 16:40 Winter Wipeout 17:30 Leverage 18:20 Csi: Crime Scene Investigation 19:15 Csi: Ny 20:10 The Voice 21:05 Csi: Ny 22:00 The Blacklist 22:55 Supernatural 23:50 Hannibal 00:45 The Blacklist

63 STAR WORLD12:55 Melissa & Joey 13:45 Top Chef: Just Desserts 14:35 MasterChef US 16:15 Revenge 17:05 Top Chef: Just Desserts 18:00 Once Upon A Time 18:55 Suburgatory 19:50 The Rachel Zoe Project 20:45 America’s Next Top Model 22:35 Once Upon A Time 23:30 Revenge 00:25 Private Practice

82 RTPI15:00 Telejornal Madeira 15:36 Biosfera 16:05PORTUGAL TAL & QUAL 16:32 Correspondentes 17:00 Bom Dia Portugal-Directo 17:57 ENTRE PRATOS 18:25 Portugueses Pelo Mundo 19:07 O Teu Olhar ( Telenovela) 19:59 Podium 21:00 Jornal da Tarde-Directo 22:15 O Preço Certo 23:05 Correspondentes 23:30 Portugal no Coração-Directo 01:43 Notícias RTP - Madeira (17H00) 02:00 Portugal em Directo-Directo 02:59 Ler +, Ler Melhor 03:17 Bem-vindos a Beirais 04:00 Telejornal-Directo 05:00 Hotel 5 Estrelas 05:42 O Extraordinário Mundo das Fibras 06:11 CIDADE DESPIDA 06:59 Podium

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi (Amarelo) 28 519 519Táxi (Preto) 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

• • • TEMPO

220C/290C

• • • CÂMBIOSPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.94 8.04EURO 10.92 11.06YUAN (RPC) 1.271 1.325

SOCIEDADE PROTECTORA

DOS ANIMAIS DE MACAU

TEL: 28715732/63018939ANIMA

TELEFONES ÚTEIS

CLUBE MILITAR DE MACAUAvenida da Praia Grande, 975, Macau

TEL: 28714000

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

04:55STAR SPORTS

CINETEATROS1 Captain Phillips14:15 • 16.45 • 19.15 •21.45

S2 The Second Sight14:30 •16:30 •19:30 •21.30

TORRE DE MACAUCaptain Phillips14:15 • 16:45 • 19:15 •21:45

GALAXYTHEATER 7Rush- 14:05

DIRECTOR’S CLUB 2Diana12:40

THEATER 6Make your Move16:55

THEATER 6The Best Plan is no Plan15:50

THEATER VÁRIOSThe Second Sight (3D) - 01:20 • 12:20 • 15:00

THEATER VÁRIOSRigor Mortis01:00 • 01:40 • 14:00 • 17:25 • 21:00 • 21:15 • 23:00 • 23:10

THEATER VÁRIOSSpecial ID01:15 • 13:00 • 16:55 • 17:00 • 18:55 • 19:00 • 23:30

THEATER VÁRIOSCaptain Phillips (2D)01:05 •01:15 • 12:30 • 14:35 • 16:20• 18:40 • 19:00 • 20:50 • 22:50 • 23:10

Real Madrid vs Sevilla

• • • AMANHÃ 31/10

• • • HOJE 30/10220C/280C

ANÚNCIO

[ N.º 203/2013 ]

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 11) e 14) do n.º 3 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

31200901928 CHAN HOI IN 31200904075*LO IN*Nome N.º do boletim de candidatura Nome N.º do boletim de candidatura

Após as verificações deste Instituto, notamos que os representantes dos agregados familiares de candidatos a habitação social acima mencionados são ou têm sido proprietários de fracções autónomas na Região Administrativa Especial de Macau, desde o termo do prazo para entrega do boletim de candidatura até à data de assinatura do contrato de arrendamento com este Instituto, pelo que, estes não reúnem os requisitos exigidos para a candidatura, nos termos das alíneas 2) do n.º 4 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 25/2009(Atribuição, Arrendamento e Administração de Habitação Social).

Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa, no dia 18 de Setembro de 2013, a solicitar aos interessados acima mencionados para apresentarem por escrito as suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de publicação do referido anúncio, entretanto não o fizeram. Nos termos dos artigo 5.º e alínea 2) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, e n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habita-ção Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, com as alterações introduzidas pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 141/2012, assim como da decisão do despacho do signatário, exarado na Proposta n.º 0368/DHP/DHS/2013, as respectivas candidaturas foram excluídas da lista geral de espera por IH.

*Simultaneamente, foi cessado a concessão de abono de residência, por o agregado familiar beneficiário ter sido excluido da lista geral de espera, e implicando a restituição do abono recebido a partir do mês seguinte ao da verificação da respectiva ocorrência, no prazo de 30 dias a contar da data de publicaçao do presente anúncio, de acordo com os termos da alínea 1) do n.º 1 e n.º 3 do artigo 8.º do Regulamento Administrativo n.º 23/2008(Plano Provisório de Atribuição de Abono de Residência a Agregados Familiares da Lista de Candidatos a Habitação Social).

E de acordo com o disposto no n.º 22 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e no artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, cabem recurso hierárquico necessário da respectiva decisão adminstrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30(trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública, subst.ºMio Chan Seng

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 201316 JTM | OPINIÃOJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

UM ARTIGOFrancisco José Leandro*

Escrevi há poucas semanas neste mesmo espaço uma crónica dan-do conta do consenso no seio do

Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a questão das armas quí-micas no conflito armado que graça na Síria. Disse, na altura, que a Resolução 2118 (2013), devolveu a legitimidade de acção ao Conselho de Segurança, revi-talizando a função primária para a qual a comunidade internacional lhe outor-gou uma posição única e sem possibi-lidade de revisão em segunda instância as suas decisões. Todavia, se bem que a Resolução 2118 (2013) tenha evitado a escalada do conflito, designadamente através do uso da força não mandatada, ela não criou as condições necessárias para um desenho de uma solução de paz, pelo que os efeitos deste conflito armado continuar-se-ão a fazer sentir.

Um destes efeitos é a dimensão da tragédia humanitária. Também já alu-di noutras crónicas à inaceitável heca-tombe de sofrimento humano que se abateu sobre o povo sírio e sobre os Estados limítrofes, com números ver-dadeiramente impressionantes, cuja dimensão ultrapassa já a escala regio-nal. O Alto Comité das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) regis-tava a 23/10/2013 mais de 2 milhões (2.059.493 mais precisamente), na Jor-dânia, Egipto, Líbano, Turquia e Iraque. A este propósito, deve destacar-se com

No Reino da Suécia cuida-se do princípio do “non-refoulement”

enfático agrado, a medida de emergên-cia anunciada pelo Reino da Suécia, ao acolher, com vistos de residência permanente, e posteriormente dar a possibilidade de integração social aos refugiados Sírios que cheguem ao seu território soberano, medida aliás, ime-diatamente aplaudida pela Comissária para os Assuntos Internos da Comissão Europeia, Cecilia Malmström.

A pedra angular da Convenção de 1951 Relativa ao Estatuto dos Refugia-dos e do seu Protocolo de 1967 é preci-samente o princípio do non-refoulement (artigo 33º), princípio através do qual “nenhum dos Estados Membros (da Con-venção) expulsará ou rechaçará, de manei-ra alguma, um refugiado para as fronteiras dos territórios em que a sua vida ou a sua liberdade seja ameaçada em virtude da sua raça, da sua religião, da sua nacionalidade, do grupo social a que pertence ou das suas opiniões políticas.”

O Reino da Suécia é desde 1954 par-te da Convenção de 1951 e é desde 1967 parte do Protocolo de 1967. Todavia, não foram os 4.846 km que separam Es-

tocolmo de Damasco que impediram a Suécia de se constituir como um exem-plo de um Estado europeu verdadei-ramente empenhado em proporcionar um significativo contributo para aliviar o martírio Sírio, uma vez que esta me-dida, ao ser agora anunciada, poderá ter um impacto significativo na futura reconstrução da sociedade Síria. Sendo certo que muitos outros Estados euro-peus estão também a contribuir para este esforço humanitário de acolhimen-to de refugiados, para além do facto da União Europeia continuar a ser o maior financiador do esforço humanitá-rio (tendo até ao momento doado cer-ca de 1,5 biliões de dólares americanos em operações de ajuda humanitária de emergência), este não deixa de ser um sinal político digno de registo, porque se trata de uma abertura sem reservas e

sem limites temporais, que investe ex-clusivamente nas futuras gerações de Sírios através do acolhimento de pes-soas, sem distinção de credos, grupos sociais ou partes no conflito.

Creio que estas são excelentes razões para que esta semana os cerca de 9 mi-lhões de Suecos se sintam orgulhosos da sua comunidade política, que soube organizar a sua economia de modo a ser capaz de dar um projecto de vida com dignidade na Península Escandinava a uma parte significativa das vítimas desde conflito armado, que passaram as fronteiras do seu Estado, na mais de-plorável forma de existência humana, isto é, sem condição nem direitos.

* Professor Doutor. Docentena Universidade de São José e no Instituto

de Estudos Europeus de Macau. Escrevehabitualmente neste espaço às quartas-feiras.

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 JTM | OPINIÃO 17JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

• • • HÁ 20 ANOS In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

30/10/1993

MÁRIO SOARES DISCURSOUNA ASSEMBLEIA LEGISLATIVAO discurso que o Presidente Re-pública proferiu na manhã de hoje na Assembleia Legislativa, teve um cunho particularmente incisivo no que se refere à neces-sidade de ter em conta as difi-culdades e a complexidade deste período de transição, apelando mais uma vez ao bom senso e ao consenso das forças vivas de Ma-cau, de modo a que as tarefas de valorização do Território e a pas-sagem de soberania sejam cum-pridas com uma dignidade que prestigie Portugal e com a ressal-va dos direitos e anseios da po-pulação do Território. Inflectindo depois para o rumo de Macau nos anos que restam da adminis-tração sob bandeira portuguesa, Mário Soares afirmou: “O siste-ma político institucional e legal que temos procurado construir em Macau, durante o período de transição e na perspectiva da futura administração do Territó-rio, após o ano 2000, tem-se re-velado particularmente adequa-do à realidade e de uma enorme flexibilidade, o que permitirá os necessários ajustamentos às ine-vitáveis mudanças, sem rupturas nem abandonos, no respeito pela singularidade de Macau e na sua normal evolução”. Neste contex-to, referiu o Presidente da Repú-blica: “Vivemos hoje um período histórico conturbado e inseguro onde convergem exaltantes ex-pectativas a par de não menores desafios. A multiplicidade de factores envolvidos - de ordem política, económica, psicológica e estrutural - com a complexida-de resultante de um mundo que conhece uma aceleração sem pa-ralelo na história, aconselha pru-dência, sentido do relativismo das coisas e que se saiba discer-nir, em cada momento, o funda-mental do acessório. A experiên-cia”, prosseguiu Mário Soares, “que se vive em Macau é original e interessa ao futuro do Mundo, por isso mesmo que assegura a coexistência pacífica de concep-ções e interesses divergentes, re-duzindo a conflitualidade e afir-mando a excelência do Diálogo. É preciso pois,” sublinhou, “que não deixemos que os interesses individuais nem sempre comple-tamente legítimos, se sobrepo-nham ao interesse colectivo, uma vez que Macau continua sendo, como sempre disse, um grande desígnio nacional, agora e no fu-turo”.

Dito

“Nesta RAEM (...) que mal fizeram os residentes para em cada mês terem de pagar por uma, duas ou três assoalha-das, quantias próximas de um salário de trabalho?”

Que me desculpem os homens e as senhoras de boa vontade que há dias se reuniram em

Congresso em Macau e que, entre ou-tros temas ligados à droga e à família, discutiram a hipótese da descrimi-nalização das “drogas leves”. Ora, a meu ver, drogas leves é coisa que não existe pois são o caminho mais directo e mais rápido para as pesadas. Só de-pende da esperteza do vendedor pois, como se sabe, 85% dos que as expe-rimentam, ficam agarrados à 3ª ou 4ª doses. Digo-o porque, infelizmente o sei pois que, durante uma dezena de anos, tentei ajudar alguém que me era e sempre será muito querido a carre-gar a sua cruz até ao Gólgota da cruci-fixação por uma overdose de heroína. E tudo começara poucos anos atrás com uns simples “charritos” dessas tais “leves” tão assassinas como as outras.

Pouco tempo depois de voltar do Brasil, fui acordado a meio da noi-te por um telefonema duma menina desesperada a pedir-me que a fosse buscar à Estação do Entroncamento, a poucos quilómetros da minha linda Quinta do Ribatejo. Corri para lá pois o seu tom de voz deixara-me preocu-pado.

Passada meia-hora, dum comboio de mercadorias vindo de Lisboa, des-ceu uma menina muito magra, de rou-pa e cabelo pouco cuidados e grandes olheiras tristes, a arrastar uma mala mal fechada pelo cais. Era a menina muito querida que me telefonara a pe-dir ajuda.

Já no carro, nada lhe perguntei e nada, também, ela me disse. Só no dia seguinte à tarde, depois dum pas-seio calmo pela mata da propriedade - a que chamara Vera Cruz mas que, a partir daquela noite se tornou muito mais cruz do que vera - só então falou, em soluços, e a olhar o chão: tinha 9 anos de heroína!

Como disse, tudo começara anos atrás, com os do seu grupo da Linha (onde morava com a mãe) a fumarem uns “charritos inocentes” das tais dro-

A menina da mala mal fechada

POSTAIS DAS ILHASLuiz Oliveira Dias*

gas leves, como muitos teimam em chamar-lhes. Um dia, quando já esta-vam bastante apanhados pelo vício, o bandido que lhes vendia a morte - que mais tarde encontrei e a quem esmur-rei o focinho ignóbil - anunciou-lhe que o “produto” tinha acabado por-que a Polícia o confiscara todo; mas que tinha outras coisas e até melhores - heroína, cocaína, ice, lsd, ketamina, anfetaminas - era só escolherem. Re-cusaram assustados pois que, além de muito caras, toda a gente sabia que faziam tão mal que até podiam matar.

Tanto insistiu, porém - que isso eram histórias dos pais e dos mais ve-lhos, que muito piores eram o álcool que bebiam e os cigarros que fuma-vam, que até lhes daria a primeira dose…que acabaram por render-se. Foi o primeiro passo da subida ao calvário daquela menina magra de olheiras tristes. Pobre criança - pobres crianças e pobres dos que os amam pois que, enquanto aos poucos se vão matando, destroem todos e tudo à sua volta.

Depois de mais de dez anos de fla-gelação em que, um a um, se foram os anéis e os dedos, os braços, os sonhos e as esperanças, a harmonia da famí-lia e, até, a minha linda Quinta do Ri-batejo morreu deixando um menino pouco mais que bebé, que mal conhe-ceu a mãe. Está no Céu, com certeza, pelo muito que fez para ajudar os ou-tros e pelo tanto que sofreu. As drogas “leves” matam como as outras só que, levam mais tempo.

Durante os anos que demora a su-bida aos seus Gólgotas, estes jovens - estas crianças - vão contraindo her-pes, hepatites, tuberculoses, esqui-zofrenias e, por fim, a SIDA. E tudo,

como em Macau, pela inoperância das autoridades e a negligência das famí-lias e das escolas face à criminosa per-missividade do “mercado”.

É preciso que se saiba - que se diga, que se escreva, que se grite! - que essas crianças, esses jovens não são criminosos nem, como tal devem ser tratados e punidos. Essas crianças, esses jovens são vítimas da sociedade e de todos nós que, em vez de os pre-venirmos a tempo, os mandamos para as cadeias e para os hospitais.

Cheguei a defender publicamen-te - e assim continuo a pensar – que, enquanto o seu consumo não for des-criminalizado (dizem que, em Macau, ainda tem “um longo caminho a per-correr”, se calhar como o da classifica-ção da violência doméstica como cri-me público e as eleições directas…), enquanto se não vai ao fundo das razões do problema, os tribunais de-veriam considerar esses desgraçados em estado de inimputabilidade tran-sitória sempre que em fase de carên-cia aguda ou sob o efeito de estupe-facientes; e, portanto, em lugar de os mandarem apodrecer na cadeia, lhes propusessem o internamento em ins-tituições especializadas. Assim haja vagas em número bastante o que, em Macau, inexplicavelmente continua a não acontecer.

Do que li do tal Congresso nos re-latos da imprensa, ninguém referiu esta possibilidade. Assim, enquanto aqui continuar a percorrer-se aquele “longo caminho”, enquanto os po-deres públicos se recusarem a tomar inteira consciência da sua responsabi-lidade em salvarem da morte parte da sua Juventude - enquanto as drogas “leves” forem toleradas - esses jovens vão continuando a encher cadeias e a morrer em camas de hospital.

Como aquela menina linda de olheiras tristes que, uma noite, che-gou à Estação do Entroncamento a arrastar pelo cais uma mala mal fe-chada.

*Docente. Anterior presidente do Instituto Politécnico de Macau.

UM PONTO É TUDOFerreira Fernandes

Perguntas abertas a Manuel Maria Carrilho

Se me mandassem entrevistar Manuel Maria Carrilho eu ia.

O escândalo agora protagonizado por Carrilho é assunto para ser falado. Mais: deve ser falado.

Há é que perceber qual é o assunto, qual o escândalo. Eu julgo saber qual é, tenho lido, tenho visto as televisões.

Então, eu chegava a Carrilho e perguntava-lhe o que se segue. Como é que o senhor explica dizer aos jornais que a sua mulher toma cinquenta comprimidos de medi-camentos?

E dizer, sempre a jornais e sem autorização dela, que ela se encheu de silicone?

Que, aos 40 anos, ela queria competir com meninas de 18?

Que ela cai de bêbeda? Que ela se mete na cozinha com o pai - a quem o senhor chama de alcoólico - e bebem seis garrafas?

Que a mãe dela “é muito fraca e não tem estrutura psíquica”?

E como se permite o senhor sugerir, de forma ligeira, que o padrasto a tentava violar?

O senhor é ou não responsável (embora não único,

neste caso) por uma jornalista ter lançado ontem à sua mulher e na presença do vosso filho de 9 atentos anos: “O seu marido diz que o seu padrasto a tentava violar...”?

Essas eram algumas perguntas que eu poria a Carri-lho. Todas elas saídas do espanto: como é possível?!

O divórcio deles não me interessa, está em marcha e ponto. Agora, aquelas palavras ditas a jornais por Car-rilho (não o que elas dizem, mas terem sido ditas) são o escândalo.

À jornalista atrás referida, a voz quebrou-se a meio, de vergonha. A voz de Carrilho vai continuar sem ela?

JTM/DN Helder Fernando, in “Hoje Macau”

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 201318 JTM | LAZERJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Morreu a voz de Edna Krabappel Marcia Wallace, conhecida por dar voz à professora Edna Krabappel da série “The Simpsons”, morreu aos 70 anos, depois de vários anos a combater o cancro. Edna Krabappel é a carismática professora da escola de Bart Simpson e o produtor Al Jean revelou que existe a intenção em retirar a sua “insubstituível personagem” de cena. Wallace participava na série de animação desde o início, em 1989, e a sua interpretação valeu-lhe um “Emmy” em 1992.

Chris Brown detido por agressão Chris Brown foi detido na madrugada de domingo após ter alegadamente agredido uma pessoa à porta do hotel onde estava hospedado em Washington. Segundo informou a polícia de Columbia, a vítima do hospital foi levada para o hospital. Esta detenção pode ter consequências graves para Chris Brown uma vez que este se encontra em liberdade condicional desde que foi condenado por agredir Rihanna, a sua namorada na altura.

Sophia Loren ilibada de evasão fiscalSophia Loren foi considerada inocente da acusação de evasão fiscal que, em 1982, a fez passar 17 dias na prisão. Quase quarenta anos depois, o Supremo Tribunal de Itália ilibou a actriz das acusações que remontam a uma declaração de impostos de 1974 relacionado com rendimentos do “Il viaggio”. O tribunal declarou agora que Loren pagou o valor devido de impostos na altura e que nunca devia ter estado na prisão

Uma mulher desejadaFederica Ridolfi é uma bailarina de programas de televisão italiana. Além dos dotes para dançar, a beldade surpreende pelas suas medidas perfeitas: 95-60-90. Em 2008 foi eleita entre as 99 mulheres mais desejadas do mundo pelo portal Askmen.com, e, apesar de ter quase 40 anos, mostra que tem qualidades mais do que suficientes para voltar a merecer tal distinção.

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 JTM | LAZER 19JORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Gente Gira Coordenação:Pedro André Santos

Envie as suas fotos para: [email protected]

O que falta em Macau? por Bárbara Cagica de Oliveira

Estou em Macau há cerca de sete meses e, certamente, ainda não descobri tudo o que tem para ofe-

recer. Ainda assim, entendo que deve in-vestir na manutenção do bem-estar dos seus residentes, na sua modernização e internacionalização. Na minha opinião,

em Macau faltam bons cafés e pastelarias com esplanadas simpáticas, onde nos possamos sentar ao final de um dia de trabalho à conversa com amigos ou a lanchar num fim-de--semana. Falta a aposta numa política de desenvolvimento urbano centrada na revitalização dos edifícios históricos e habitacionais de Macau, e faltam também incentivos à

aprendizagem da língua inglesa por parte de operadores turísticos, motoristas de autocarros e de táxis. Macau é um local muito especial por conjugar, há tantos séculos, culturas tão diferentes e espero que no futuro se consiga preservar a dicotomia da sua identidade cultural, que reúne valores e línguas tão distintas como o português e o chinês.

Um torneiopara recordar

A edição deste ano do “Macau Business Charity Golf Tournament” foi especial por vários motivos. Em primeiro

lugar, disse o responsável Paulo Azevedo, por se

terem cumpridos todos os objectivos traçados e por as pessoas terem ficado

satisfeitas, mas também por terem conseguido albergar

mais equipas e registado um número recorde no

jantar de gala no Westin, que contou com a presença de mais de 170 pessoas. Nas imagens aparecem Paulo Azevedo durante o jantar

de gala, a equipa vencedora com Ian Carlisle, Colin

Edwards e Alastair Dick, que irá representar Macau no Torneio Internacional da cidade de Lugano, na

Suíça, em 2014, e a equipa JBA constituída por Carlos

Cheang, Peter Greville e João Costa Antunes.

Parabéns!!A leitora Mariana Silva enviou ao GENTE

GIRA esta fotografia com uma mensagem muito especial para ser publicada neste dia: “Parabéns ao Carlos M. de Sales da

Silva! Desejando um dia muito especial e inesquecível ao maior benfiquista de Macau!

Um beijo muito especial da filha Mariana Silva. Não importa a distância que nos separa,

estarei sempre aqui para si”. O GENTE GIRA aproveita para se associar a esta bonita

iniciativa e dar os seus parabéns a Carlos Silva.

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20 JTM | ÚLTIMAJORNAL OFICIAL DO ENCONTRO DAS COMUNIDADES MACAENSES 2013

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013 • Fecho da Edição • 02:00 horas

Faz todo o sentido a posição assumida pela Drª Amélia António de não virar costas à presidência da Casa de Portugal, depois de, pela primeira vez, as con-tas fecharem no negativo. Há um mar de questões sem resposta em relação ao futuro do Lusitanus e só lhe fica bem esta atitude.

O projecto, na realidade, teve sempre algo de equívoco. Iniciou-se para corresponder ao convite do Governo da RAEM para ali surgir “uma montra” de produtos de excelência de Portugal, mas o que se pensava ser uma estratégia governamental deparou--se com dificuldades na sua implementação.

Em Macau, todos sabemos, existe um fosso irre-parável entre as intenções do topo e as dos quadros intermédios. Neste caso concreto, o Lusitanus parece ter sido sempre considerado como “o patinho feio” de vários instituições governamentais ou tuteladas pelo Governo, o que acrescentou dificuldades a um projecto, já de si complexo.

A culminar, a Casa de Portugal foi surpreendida por o particular proprietário do imóvel (que se julga-va ser o Governo) ter decidido não renovar o arren-damento. Não houve tempo para garantir o retorno dos vultosos investimentos ali efectuados e a Casa de Portugal ficou com “a criança nos braços”.

Acredito que, com o apoio da comunidade, ha-verá hipóteses de resolver a questão e a Drª Amélia António é a pessoa mais indicada para liderar estes difíceis momentos.

ENPASSANTJosé Rocha Dinis

“Le Monde” diz que empresa francesa de sistemasde espionagem trabalhou com PJ de MacauO diário francês “Le Monde” referiu na edição de ontem que uma empresa francesa chamada “Qosmos”, que fabrica sis-temas de vigilância informática e que no ano passado foi in-vestigada pelas autoridades de França por suspeitas de que tivesse sido cúmplice do regime de Assad, na Síria, trabalhou com a Polícia Judiciária de Macau. A referência é feita numa pequena caixa que acompanha um artigo de fundo sobre em-presas francesas suspeitas de fornecerem equipamentos de espionagem de massa a regimes ditatoriais. É dito, por exem-plo, que tanto a “Qosmos” como uma outra empresa chamada “Amesys” venderam à Líbia e à Síria um sistema de vigilância da internet, o que está a ser investigado pela justiça francesa. A única informação extra relacionada com Macau é quando se refere que a “administração chinesa não é conhecida pela sua tolerância para com a empresa de intercepção de comunicações ‘Al-Fahad’, do Dubai, ou com a ‘Nokia Siemens Network’”. Não se sabe, contudo, a que administração se refere o artigo, se à de Macau se, mais genericamente, à que é exercida de modo lato por Pequim. A “Al-Fahad” é uma empresa que providencia serviços de defesa e inteligência, segurança interna, redes de comunicação e comunicações e energia. Quanto à “Qosmos”, foi uma queixa de um grupo ligado aos direitos humanos, após a divulgação de documentos pela “Wikileaks”, que levou à investigação das autoridades de França no ano passado. Aqueles documentos apontam que a empresa forneceu ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, após um embargo da União Europeia, equipamento informático de vigilância que levou à prisão de muitos opositores do regime. O JTM contactou a PJ de Macau para saber se trabalhou com a “Qosmos”, quando e em que circunstâncias, mas o porta-voz daquela polícia, Chiang Chi Meng, disse não haver dados sobre esta matéria. H.A./V.C.

“Criança nos braços”

Obama pediu revisãoda actuação das “secretas”Numa entrevista à nova cadeia Fusion, do grupo ABC, Barack Obama recusou-se a falar especificamente sobre as escutas a Merkel, mas referiu-se genericamente ao es-cândalo da espionagem. “Nós damos-lhes as instruções”, afirmou sobre as operações da NSA, denunciadas publi-camente pelo ex-consultor da agência Edward Snowden, exilado na Rússia. “Mas nos últimos anos as suas activi-dades desenvolveram-se e alargaram-se”, prosseguiu o Presidente norte-americano, que garantiu ser essa a razão para ter pedido “uma reavaliação” das operações de es-pionagem, para ter a certeza de que a NSA “não fará aqui-lo que tem possibilidade de fazer e não deve”. Estas afir-mações surgiram num momento em chegaram aos EUA cerca de 20 eurodeputados para obter explicações sobre as escutas das secretas norte-americanas. A Casa Branca reconheceu na segunda-feira que precisa medir melhor os riscos e vantagens nas suas actividades de espionagem, considerando que, mesmo que estas operações tivessem aval técnico, não significa que devessem ter sido realiza-das. O “Wall Street Journal”, citando altos responsáveis não identificados, noticiou que Barack Obama, desconhe-cia as escutas a Angela Merkel e que, quando soube delas, mandou pará-las.

Polícia italiana prendeu 17 pessoas da máfia calabresaA polícia italiana realizou uma operação contra a máfia calabresa Ndrangheta em várias regiões de Itália, na qual prendeu 17 pessoas suspeitas de ligação com o grupo mafioso. A operação permitiu identificar os respon-sáveis por sete homicídios realizados entre 1989 e 2007 durante uma guerra entre clãs mafiosos. As prisões e apreensões foram realizadas nas regiões italianas da Emilia Romana, Lombardia, Piemonte, Campânia e Abru-zzo. Além dos assassínios, as pessoas detidas foram acusadas de porte abusivo de armas e tráfico de drogas. As buscas da polícia basearam-se, entre outras coisas, nas informações de Lea Garofalo, uma testemunha da justi-ça assassinada em Milão a mando do marido, Carlo Cosco, membro de um clã mafioso ligado à Ndrangheta.

CPLP defende mobilidade de estudantes e professoresO secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portu-guesa (CPLP) propôs ontem, em Lisboa, a criação de um programa para promover a mobilidade de estudantes, professores e investigado-res entre os Estados-membros. Murade Murargy, que falava na aber-tura da 2.ª Conferência Internacional sobre a Língua Portuguesa no Sistema Mundial, defendeu uma “reflexão conjunta sobre o espaço do ensino superior, ciência e tecnologia da CPLP”. Ao defender a cria-ção de um programa especial de mobilidade, o responsável da CPLP salientou a “importância da circulação do conhecimento académico e científico e da colaboração em redes, e da implementação conjunta de projectos de cooperação”. “Mantemos a prioridade de actuação futura na criação do espaço de ensino superior da CPLP”, intenção aprovada há cerca de dez anos, disse. “Os desafios são gigantescos. Para a con-cretização do objectivo estratégico de construir um espaço de ensino superior para a CPLP são chamadas as universidades dos Estados-membros”, sustentou. Na sua interven-ção, Murargy apelou ainda ao aprofundamento das relações económicas e empresariais entre os países da CPLP. Recordando que o português é a sexta língua mais falada no Mundo, considerou que “o seu valor traduz-se efectivamente num crescente impacto no mundo dos negócios de projecção global”.

Ronaldo na Bola de Ouro, Mourinho para treinador do anoCristiano Ronaldo é o único jogador português entre os 23 nomeados à Bola de Ouro de 2013, e José Mourinho o único luso entre os candidatos a treinador do ano, revelou a revista France Football no seu portal. O Bayern de Munique, cam-peão alemão e europeu, é o clube mais representado com seis atletas. Franck Ribéry, consagrado melhor jogador do ano pela UEFA, perfila-se como mais sério candidato a entrar na lista de três finalistas, anunciada a 13 de Dezembro, junta-mente com o internacional português do Real Madrid e Lio-nel Messi, do Barcelona. Os vencedores serão conhecidos a 13 de janeiro, na gala da FIFA, em Zurique.